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Quando tudo parecia um mar dê rosas, quando Zezé Moreiraconseguiu colocar o visto no passaporte da seleção rumo à Suíça,quando apesar do rompimento por seis meses da Federação Pa-raguaia por causa do "massacre" do Maracanã, quando^ tudo pa-recia estar "azul", surgiu a grande bomba: o Brasil não tomariaparte nas finais da Copa do Mundo.

A história é igual as histórias das verbas de certos órgãos go-vemamentais, apresenta-se o total mas não se explicam as par-celas de certas despesas, o fim a que se destinam, nem tampoucose o seu emprego é justo e honesto.

A C.B.D. pediu cinco milhões de cruzeiros ao governo paraatender despesas do comparecimento da seleção nacional a Copado Mundo na Suíça. Por questão de hierarquia o assunto foi pararno C.N.D. para opinar sobre o assunto. O C.N.D. está de mar-cação sobre a C.B.D., exigiu explicações sobre o emprego da ver-ba. A C.B.D. botou a boca no mundo, disse que não iria mais

ta potteria ter >i««» <¦ ««•*• -, -- ¦ .___, "Copa do Mundo", so a verba dos cinco

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a Copa do Mundo, porque sem os cinco milhões nada poderia fa-zer A Federação Suíça paga as passagens, paga a estada, paraum número certo de jogadores. Acontece que os dirigentes daC.B.D. precisam de fazer turismo a custa da entidade, são ama-dores, e é preciso dinheiro para pagar os fabulosos ordenados aos"cracks". São seiscentos mil cruzeiros mensais. A hospedagem doselecionado em Caxambu e em Friburgo é gratuita, simples per-muta de propaganda para as estâncias de veraneio.

A coisa esteve preta, tudo indicava que mesmo com uma coletaentre os amigos da C.B.D., o dinheiro não daria para levar àSuíça todos os "delegados" da entidade.

O presidente da C.B.D. pintou com cores negras, o Brasil nãocompareceria a Suíça, mas o Irineu Chaves superintendente daConfederação acabou fazendo um balanço do destino que seriadado ao total de cinco milhões.

Está tudo resolvido, todo mundo vai passear na Suíça.

A correspondência deve ser endere-cada ao DIRETOR do ESPORTE

ILUSTRADO — Rua Visconde deMaranguape, 15 (Lapa)

Rio de Janeiro

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ESPORTE ILUSTRADO — 8-4-54 — Bág.

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Agora, tendo ultrapassadobem o primeiro obstáculo, pre-param-se os nossos rapazes paraa derradeira tarefa na Suíça.É oportuno todavia que façamosum retrospecto sobre a atuaçãodos jogadores que tomaram par-te nos jogos eliminatórios, assimcomo observações sobre os de-mais convocados. Inicialmentetemos o arqueiro Veludo. Antesda contusão de Castilho, poucoscogitavam mesmo da convoca-ção do jogador, muito emboraeste cronista tivesse estranhadoa não convocação do reserva deCastilho no arco tricolor a quemreconhecíamos tanta capacida-de como Osvaldo e Cabeção.Portanto, após o acidente do-mestiço de Castilho, a convoca-ção do arqueiro Veludo que seencontrava em Montevidéu, naochegou mesmo a ser surpresa, emuito menos a condução de Ve-ludo à posição de titular. Real-mente era o elemento talhadopara substituir Castilho, sen-

ESPORTE ILUSTRADO — 8-4-54 Pág. 4

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TrCs ases do torneio de classificação, o goleiro Veludo, Jnlinho e Baltazar,refrescando-se no chuveiro após a últim§ batalha

do que agora, será difícil a re-tirada de Veludo já que corres-pondeu plenamente à expecta-tiva. De um modo geral foipouco empenhado nos dois jogoscontra os chilenos, quer emSantiago quer no Maracanã.

Sua missão foi mais difícil emAssunção tendo apresentadomagnífico desempenho. Comozagueiro lateral direito temosDjalma Santos. Sóbrio, seguro,jogando muito sério é um ver-dadeiro esteio. Sua grande exi-bicão foi no prélio contra oschilenos no Maracanã. Nos trei-nos é um jogador que não che-ga a impressionar, porém quan-do é "para valer" é um dos jo-gadores que mais se empenha.

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ESPORTE ILUSTRADO — 8-4-54 — Pág, 5

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O extrema Maurinbolançado na última par-tida demonstrou o seuvalor, substituindo acontento o veterano I

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O goleiro Veludo foiu m a garantia noarco. O suplente deCastilho no arco tri-color, soube aprovei-tar, muito bem, aoportunidade ofereci-da pelo acidente queafastou o titular da

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No prelio contra o Paraguai noMaracanã teve boa atuação anu-lando Silvio Parodi. Infeliz-mente de uma falha conjuntasua e de Brandãozinho surgiu oúnico tento sofrido pelo Brasilnas eliminatórias. Como za-gueiro central tivemos Pinheiroe Gerson. Ambos desempenha-ram-se a contento, muito embo-ra queira-me parecer que aspreferências do técnico pendemligeiramente para Pinheiro. To-

davia, Gerson em nada fica de-vendo ao zagueiro tricolor, jáque é um jogador sóbrio, marcabem, e muito valente. Com qual-quer um dos dois o selecionadoestará bem . servido. O melhordesempenho de Gerson foi con-tra o Paraguai no encontro doMaracanã, e o de Pinheiro tam-bém contra os guaranis em As-sunção. Nilton Santos como za-gueiro lateral esquerdo, preen-

(Continua na pág. 18)

A sólida intermediária do selecionado,constituída pelos representantes dofutebol paulista: Djalma Santos, Bran-

dãozinho e Bauer

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ESPORTE ILUSTRADO 8-4-54 Pág. 6

n nlacar da tarde de domingo emrprieral Severiano, não deixa dúvidasmianto à superioridade do ganhador.iVotafoRO e Fluminense estiveram em«lano realmente distintos. Enquantoí> nrimeiro apresentava jogadores emforma física explêndida, resultado decontínuos treinos e repetidos amlsto-íní o segundo tinha exatamente nomaíi estado atlético de seus homenssua maior falha.

Iniciado o "match", os tricolores selançaram com Ímpeto ao ataque Eembora o Botafogo às yêzes. contra-atacasse os primeiros vinte minutospertenceram em sua maioria ao F u-minense. Apesar desse domínio inicialdo adversário, coube ao da casa aabertura da contagem aos quatro mi-mito* Dino, foi lançado por Vlní-eiüfi

"e correu para a meta chutando

fora do alcance de Adalberto. A tra-ietória da pelota era duvidosa e Car-lvle correndo enviou ao fundo dasredes A pressão tricolor, após o"troai", continuou mas sem muita ob-ietividade. Aliás o Botafogo era quemmais procurava o "goal" em profun-didade. Decorridos os momentos desupremacia dos visitantes os jogado-res locais forçaram um pouco. Mascoube ao Fluminense empatar. Aosvinte e nove minutos Malcher marcoufalta de Bob sobre VUlalobos. A pelo-ta foi colocada a vinte e tantos me-tros do arco de Amauri. Esquerdi-nha encarregado da cobrança o fêzmagistralmente. O couro voou demodo estranho e Amauri estava ina-pelàvelmente batido. Dois minutosmais tarde, no entanto, Vinícius fugiuvencendo vários na carreira. Dino es-tava presente na área e recebeu, dan-do impressão de que iria arrematarao arco. Na iminência de perigo osdefensores do Fluminense fecharamsobre o ponta de lança alvi-negro.Dino, porém, vislumbrou Neivalclomelhor colocado e o acionou. O pon-teiro calmamente controlou o couro

e marcou. Estava formado o placarda primeira etapa: Botafogo 2 x Flu-minense 1.

Após o período de descanço, os doislitigantes se apresentaram com mo-dificações. Novamente as cenas daprimeira fase se repetiram: domínioinicial do Fluminense, equilíbrio doBotafogo, posteriormente supremaciados locais. Mais uma vez se eviden-ciou o mau estado físico dos compo-nentes da equipe das Laranjeiras,com homens com excesso de peso, emcontraste com o fôlego dos defenso-res da camiseta alvi-negra. E se Nei-valdo aparecera bem enquanto per-manecia na cancha Garrincha por seuturno também brilhou. Geninho forasempre aquele construtor lento maspreciso. Paulinho, seu substituto, foimais vivo imprimindo maior velocl-dade. Até o setor defensivo foi feliznas alterações. Tome estivera bemno período complementar, ma? Or-lando Mala apresentou-se com maiorsenso de antecipação. Do lado opostoas substituições não trouxeram umresultado mais positivo. E como re-sultado da maior elasticidade do Bo-tafogo o placar foi crescendo. Aosonze minutos Garrincha recebeu ocouro e driblou Bigode soltando a es-fera para Jaime, este falhou no con-trôle sobrando a bola para Dino, queentre Píndaro e Duque marcou. O Bo-tafogo com o placar fácil a seu favorcontinuou manobrando com desenvol-tura. Deixava o Fluminense ir ao ata-que e contra-atacava rapidamentepelos ponteiros já que tanto Jair comoEdson, este principalmente, não vol-tavam com a rapidez necessária, dei-xando ' assim a descoberto grandesáreas do setor defensivo. O Botafo-go então forçava sempre pelas extre-mas conseguindo manobras úteis deprofundidade. No vigésimo minuto dafase derradeira Vinícius lançou umabola alta sobre a área. Píndaro pulou

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BOGOLE O UO FLUMINENSE

CAPA e CONTRA-CAPADe jair, extrema esquerda do Vasco da Gama

que participou da temporada internacional que o clubecruzmaltino disputou na Costa Rica, Guatemala, Mê-xico e Peru. O "mignon" ponteiro recuperou o seu pos-to na extrema canhota.

CONTRA-CAPA: Lance do jogo de domingo, no qualo Botafogo derrotou o Fluminense po; 5x1: Flprlano eVUlalobos lutam pelo couro em posição acrobatlca, nafrente de Larri e Amauri. (jFoto de José Santos).

I Escreveu ¦ GERALDO BORGES -Fotografou : ALBERTO FERREIRA

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e cabeceou ficando o couro ainda den-tro da área em disputa. O "rebotcolheu finalmente Jaime solto. Odianteiro controlou a bola no peito edesceu-a ao pé direito para o arre-mêsso fatal mau grado o esforço deBigode que tentava salvar. Nove mi-nutos mais tarde Garrincha iniciousensacional escalada pela esquerda,procurando seu marcador Bigodepara batê-lo em extraordinário "dri-bling". A bola parecia que iria esca-par para a linha de fundo quando ojovem dianteiro a alcançou e combelo toque a pôs ao alcance de Dinoque surgia vindo de trás. Dino como joelho marcou o mais belo tento datarde, encerrando o marcador: Bo-tafogo 5 x Fluminense 1.

O "match" embora sem grande brl-lho técnico apresentou lances de emo-ção. Podemos registrar como demaior realce uma cabeçada de Carlay-le que Bigode salvou e uma bicicletaexplêndida de VUlalobos que Orlan-do Maia com outra bicicleta conlurouquando Amauri já estava fora da jo-gada.

No vencedor — Amauri estevenuito bqm. Mesmo o tento de Es-querdinha não nos pareceu falha sua.Tome bom e Orlando Maia seu subs-tituto um pouco melhor. Floria no foicrescendo com o correr do encontro,apresentando real senso de cobertura.Arati teve falhas na primeira etapamas ao final estava cumprindo suamissão. Bom dentro de suas possibi-lidades marcando mais do que distri-buindo. Richard seu substituto inte-grou-se bem. Ruarinho apareceu comdestaque. Neivaldo muito bom. Gar-rincha jogando à vontade é sempreum perigo. Geninho com jogo sério.Paulinho Ô substituiu com vantagempela mócidade. Sabe distribuir o jogocom facilidade. Carlyle regular, sen-do tal como Geninho muito castigadonas disputas de corpo a corpo. Jaime

entrou na segunda fase com certo re-ceio mas aos poucos foi se firmando.Dino muito bom oportunista veloz elutador. Vinícius dentro de sua carac-terística de arrancadas pessoais crian-do confusão e proporcionando bonspasses a seus companheiros. No duelocom Píndaro bateu-o de forma nítida.

Nos vencidos — Adalberto gordonos paraceu pouco elástico. Féz mes-mo assim algumas boas intervenções.Píndaro sem a velocidade necessáriapara conter Vinícius. Duque . lutoumuito aparecendo bem no jogo altoe rebatendo com energia. Às vezesporém foi envolvido. Vítor regular,mas um pouco duro nas entradas.Jair seu substituto esteve menos mau.Gilberto não chegou a produzir o quepode. Edson seu substituto muitogordo apoiava bem mas nunca volta atempo no contra-ataque adversário.Bigode sentiu dificuldade para duelarcom Neivaldo e foi batido sensível-mente por Garrincha. Telê o maislutador de seu bando mas perdido emmeio a tantos companheiros com fa-lha atuação. VUlalobos trabalhandobem próximo à área mas sem pene-tração. Larri, regular, sem espíritode luta. Emilson e Ramiro que osubstituíram pouco renderam. Robsonesteve bem na primeira etapa e emalgumas partes da segunda. Esquer-dinha apenas com o tento a seu fa-vor. Quincas nada fêz de aproveita-vel.

Malcher teve boa atuação.Na nossa opinião o trabalho do Bo-

tafogo foi facilitado pelo estado pre-cario dos jogadores do Fluminense,sem que no entanto possa ser deslus-trado o brilho de sua conquista. Osalvl-negros sempre jogaram em pro-fundidade, com contra-ataques rápi-dos. O Fluminense abandonou suamaior arma justamente o contra-ata-que para reter um pouco a bola fa-zendo muito o avanço com passes la-terais.

Edson e Dino disputam uma bola alta, enquanto Píndaro cobre a retaguardatricolor

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Pedro desfaz uma confusão estabelecida ã porta do arco mineiro, apesar de acossado por Dino. Tônico, Tetraldo, Carlyle, Ari e L. Gonzaga «.IBtem A Jogada

Triunfo cômodo e categóricofoi o que conquistou o quadrobotafoguense frente ao EsporteClube, campeão de Juiz de Fora.Com efeito, o quadro visitanteem momento algum da partidaconseguiu ameaçar a vitória ai-vi-negra. Desde os primeirosminutos, notou-se a superiori-dade dos pupilos de Gentil Car-doso sobre os seus rivais, tendosido inaugurada a contagemlogo aos 3 minutos, após cerradacarga do ataque botafoguense àmeta de Tônico. Mesmo"depoisda marcação desse tento, nãovimos a esperada reação dos jo-gadores mineiros, que continua-ram sendo amplamente domi-nados no .gramado. Desta ma-neira, mesmo sem render o má-ximo de que são capazes, oscraques da "estrela solitária"ampliaram a sua vantagem para2x0, aos 34 minutos do períodoinicial. Nessa ocasião, por sinal,falhou o arqueiro Tônico, quese atirou atrasado na jogada.

Embora a atuação da equipevisitante não tivesse agradadona l.a parte da pugna, ainda seesperava que na etapa comple-mentar os seus elementos con-seguissem firmar-se e desenvol-ver um trabalho mais eficiente,principalmnte na ofensiva. In-felizmente, porém, esses pro-gressos não se fizeram notar naequipe alvi-verde. A sua van-.

Perigosa carga de Ariosto à meta guar necida por Tônico. Ari está na expectativa guarda continuou inoperante, e

ESPORTE ILUSTRADO — 8-4-54 — Pág. P

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a defesa apresentando apenasdisposição para a luta. Assim,aos 11 minutos coube a Dinoconsignar o terceiro tento doslocais, tornando-se o "artilhei-po" da noite, com a marcaçãode três "goals". Cinco minutosdepois, Paulinho aumentou "o

placar para 4x0, completandouma jogada de Dino. Somenteaos 26 minutos, obtiveram osmontanheses o seu "goal" dehonra, graças a uma penalida-de máxima aproveitada porGino, proveniente de um "foul"de Arati dentro da área. Depoisdisto, os alvi-negros continua-ram jogando tranqüilamente, lo-grando garantir o marcador atéo final do encontro, sem difi-culdade.

Tônico defende tranqüilamente umtiro longo da ofensiva aivi-negra

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I^ance que precedeu o terceiro tentodo Botafogo. A pelote bateu na trave,

e na recarga Dino marcou

Na equipe vencedora, as fi-guras de maior realce foram:Arísio, Bob, Neivaldo — que fêzum ótimo primeiro tempo, sen-do substituído por Garrincha nafase final — Dino e Paulinho.

Entre os campeões da "Man-chester Mineira", os valores quese salvaram foram: o trio inter-mediário, formado por Tetraldo,Ari Costa e Pedro, e a ala di-reita, constituída por Gino eJordão.

O sr. Isaias Barigno funcio-nou na arbitragem, tendo óti-ma atuação, auxiliado que foipela conduta exemplar dosvinte e dois ''players".

O campeão da "Manchester Mineira",que foi batido por 1x1. Da esquerdapara a direicü, em pé: Raimundo, Ari,Tônico, Luís Gonzaga, Tetraldo ePedro. Agachados: Gino, Jordão,

Amarílio, Haroldo e Murilo

ESPORTE ILUSTRADO — 8-4-54 Pág. 9

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Fotos de: ^ -|

ALBERTO FERREIRAff,:-

Encerrou-se o XI Campeona-to Sul-Americano de Natação,disputado na piscina do Pa-caembu dentro das comemora-ções do IV Centenário de SaoPaulo. _ ,

O Brasil foi o vencedor abso-luto de todos os certames, na-tação, saltos e water-polo. Po-deria ter sido invicto nas pro-vas de nado, não fosse a vitoriado peruano Ismael Mermo nos100 metros livres. Confrontan-do-se os tempos conseguidospelos campeões continentais eos registrados pelos nadadoresargentinos nas competições pre-paratórias verificou-se que osnossos seriam os vencedoresmesmo com a presença dos por-tenhos, que fizeram "forfait"_aúltima hora, não podendo tãocedo organizar um campeonatos u 1 -americano, perdendo aomesmo tempo excelente oportu-nidade de um confronto inter-nacional.

Nas três últimas etapas docampeonato verificaram-se osseguintes resultados:

Passagem do re-vezamento de 4x100, vencido pelaequipe do Brasil.Salta a nadadoraVilma Luz paracumprir a sua

parte

Sílvio Kelly dos Santos,do Brasil, vencedor dos

1.500 metros

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As três primeiras colocadas na prova de 200 metros de costas: Isa Teixeirade Almeida (Brasil), Edith Khol (Brasil) e Martha Ambrosia! (Uruguai)

100 metros, nado de costas: 1.°João Gonçalves (Brasil), 1'8-,1.

100 'metros, nado de peito,borboleta: 1.° Ademar Grijó Fi-lho (Brasil), 1'9"9.

100 metros, moças, nado livre;Leda Carvalho (Brasil), 1*9.

400 metros, nado livre. SilvioKelly (Brasil), 20,00"2.

4x100 metros, equipe do Bra-sil (Leda Carvalho, Vilma Luz,Isa de Almeida, Silvia Bitran),5'2"1.

100 metros, nado livre: 1.°Ismael Merino (Peru) 59"9.

1.500 metros, livres: SilvioKelly (Brasil), 2*53"2.

200 metros, moças, nado decostas: 1.° Isa Teixeira de Al-meida (Brasil), 2'53"2.

200 metros, costas: 1.° JoãoGonçalves (Brasil), 2'28"9.

200 metros, nado clássico: 1.°Otávio Mobiglia (Brasil), 2'48"6.

400 metros, livres, moças: Or-landa Vergara Paes Leme (Bra-sil), 5'55"8.

200 metros, moças, nado cias-sico: 1.° Vanda de Castro (Bra-sil), 3'12"8 (recorde sul-ameri-cano).

TEM CASPÀ?Caem os Cabelos ?

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13ESPORTE ILUSTRADO 8-4-54 -- Pág.

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ESPORTE ILUSTRADO — 8-4-54 —

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i m.^»* miPhrou a invencibilidade dos brasileiros ao vencer:O peruano Ismael V^^gfâHgiíTetros livres

Revezamento de 4x200, nadolivre- Equipe do Brasil (SilvioKelly Tetsuo Okamoto, VicenteP. Lima e João Gonçalves)9'Í8"5. .

O próximo campeonato sul-americano será realizado noChile, conforme deliberação doCongresso, ficando a critériodos andinos indicar para sedeSantiago ou Vinã dei Mar.CONTAGEM DE PONTOS DAS

PROVAS FINAISMasculino: 1.° Brasil, 204 pon-

tos; 2.° Peru. 100 pontos; 3.°Uruguai, 42 pontos; 4.° Chile, 19pontos; 5.° Paraguai. I ponto

Feminino: 1.° Brasil, 199 pon-tos; 2.° Chile, 20 pontos. 3.°Uruguai, 18 pontos

Trampolim - Moças: 1.° Ma-ria Carlota S. Dominyues, Bra-sil, 97,25; 2.° Mary Dalva Pro-ença, (Brasil), 94,08. Contagem:Brasil (único participante), 42pontos.

Plataforma — Homens: 1.°Haroldo Mariano, (Brasil),158,92; 2.° Osvaldo Lopes Fiore,

(Continua na pág. 18)

João Gonçalves e Ricardo Capanema,os dois primeiros nos 200 metros de

costas

A bela saltadora Maria Carlota, con-quistou dois títulos no nul-americano,

trampolim e plataforma

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Mim, os mtes do embarque. Fleitas Solich, Garcia, Pavão e <> Dr. Paulo São ik aI& M$^^$í<>§^^' v/SÍTiago, em animada palestra B^ Sk ^^L •"*' ^$Ââl ^ P^^y^^^^y^^ai pü«^

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Tr6s membros do "estado-maior" rubro-negro: Alfredo Gwvelo^GUbertoCardoso e Mnrcus Vinícius. Este último será o chefe da delegação

Jenitez despede-se de seu filho, esperançoso de reeditar na Europa as atuaçõesque o consagraram como "artilheiro-mor" do campeonato carioca

O FLAMENGO VOOURUMO À EUROPA!

Depois de marchas e contra-marchas, contratos e maiscontratos, o Flamengo foi a Europa para uma temporada de

— „a* o i^rro,- om A/Tiliíri O nihrn-Tiperro foi

desfalcado de três "astros" de primeira grandeza, reqmsi^ _,__ „_i_ i~«;~„„/i^ Krociioim- r\ m^riin Domiinha. e OS

atacantes índio e Rubens. O quadro dirigido por FleitasSolich disputará uma série de doze pelejas, regressando emseguida para tomar parte no Rio-São Paulo de 53. Alem dosefetivos e reservas, em número de dezoito, seguiram os no-vatos Duca, Paulinho e Henrique nas vagas dos rubro-negrosrequisitados para o selecionado. Caberá ao Flamengo, naqualidade de campeão carioca de 53, experimentar a forçado futebol europeu, um autêntico k<test" para o futebol na-cional, nesta antevéspera da Copa do Mundo.

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Os "brotos" da equipe rubro-negra, que jo-garão no Velho Mundo: Henrique, Pa"11"1}"'l>uca e Zagalo. Ao lado: Zèzinho e Marlntioem companhia de suas esposas e demais

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Por que sofremos? Por queesperamos?

Os dçentes que esperam sãomarcados pelo sofrimento e pe-Ia doença. A doença do cora-ção é uma coisa tão inexpli-cável, que não percebemos arazão por que não hei de curar-me inexplicavelmente. . . diz oincrédulo. ..

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NOME: ; • (Favor escrever em letra de forma)

ENDEREÇO CIDADE ESTADO

O time do Avaí, de Florianópolis, Santa Catarina, que completou em setembro

de 5:» o seu cinqüentenário de fundação. Em pé da esquerda para à direita.

Jair Banda, Bráulía, Nenem, Barbato, Adolíinho Agachados na mesma

ordem: Manara, Amorim, Bolão, Saul e Lisboa

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Santa Cruz, juvenil, de Cachoeira

O quadro do Santa Cruz Juvenil, de Hera, Cachoeira, Bahia, Invicto há J

anos, com 12 vitórias e 3 empates. Aparecem da esquerda para a direita, *I

pó: Clóvis, Valdemar, Luís 1, Kvandro, Alvinho e Peca. Agachados: G«r ¦

dino, Luís II, Jocílio, Zóca e Caca. Com esta formação abateu a beie<.u ¦

Feira e empatou com a seleção de veteranos no dia 13 de março de

em homenagem ao dia da Cachoeira

ESPORTE ILUSTRADO 8-4-54 Pág. 16

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Nâo, o titulo desta reportagem não está errado leitor amigo.Sim, nós sabemos que uma partida de futebol tem dois tempos,mas no caso do treinador da seleção brasileira de futebol a se-qüência colhida pelo nosso operoso repórter fotográfico, sem má-quina de seqüência, no jogo Brasil x Paraguai que continua dandoassunto aqui e em Assunção, apresenta quatro tempos do seu drama.

As expressões, sem pose, do senhor Alfredo Moreira Júnior, sãoum fiel reflexo do andamento da partida em que o Brasil venceu

Foto-sequenciwmim

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MIRANDA

o Paraguai. Em cima o jogo estava duro, não havia jeito de abrira defesa guarani e acertar no arco de Vitor Gonzaiez, mas depoisda inclusão de Pinga as coisas melhoraram no segundo tempoaté que Julinho abriu a contagem e Zezé sorri de satisfação, ali-viado com a vantagem conquistada pelos seus pupilos. Eis porqueapresentamos Zezé Moreira em quatro tempos, numa partida queteve dois tempos e bateu o recorde de assistência do Maracanã edo mundo.

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ESPORTE ILUSTRADO — 8-4-54 — Pág. 17

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fi.iurta.feira. dia 31 de MarçoaSi.fn.fo 4 xEsporte Clube Juiz de

*. ?? i ?iSo1 No campo do BotafogoF°rDino (3) è TaulSo, do Botafogo

Pino -do Esporte Clube Juiz deFora ~ Ju£ lsaías Barigno, regu arPri 32 641,00. Botafogo ¦— Arísio,& e Floriano (Orlando Maia);St Bob e Ruarinho; Neivaldo (Gar-rincha) Geninho (Paulinho), Dino,círlyle (Ariosto) e Vinícius. Espor-te — Tônico, Raimundo (Renato) eLuís Gonzaga; Jetraldo,

Ari Costa ePedro; Gino, Ari Jordão, Amarmo,Haroldo (Douglas) e Mu™°\

Em Lima — Vasco lx Aliam 1íOx0) _ Lazon, do Ahanza e vava,do Vasco — Juir, Dean, regular.Vasco-Ernani, Beline (Alfredo ata-da no primei*) tempo) eFantoni,Amauri, Danilo e Beto; Sabará Ipo-jucan (no final Maneca), Ademir, Al-vínho (depois Maneca e depois Vaváno segundo tempo) e Dejair. Aüan-za — Clemente Velasquez Fuentes eHenrique Velasquez; Enrique Velas-quez, Calderon e Herédia; Felix Cas-Ulho, Lazon, Roberto Castilho, Mos-quera e Gomes Sanchez. 9

Em Viena — Rapid 4 x Bangu 2(4x2) — Dienst (2), Hanappi e Viz-kerl do Rapid — Menezes e Zizinho,ao BangÍRapid - Zeman, Gotobice Gppel, Riegler, Giesse e Harnhardt,Halla, Koerner I, Dienst, Hanappi eProbst. Bangu — Fernando, Hélio eTórbis; Alves, Lito (depois Alaíne) eEdson; Xavier, Menezes, Zizinho, Lu-f*3*5 g ISFívio.

Em Buenos Aires — Santos 2 xGymnasia y Esgrima 2.

Em Cali — Corintians 3 x Boca,de Cali, 1. .

Em Caracas — Sul-Americano deJuvenis — Brasil 2 x Pargauai 1 —.Paulinho e Leal, do Brasil — Alba-renga, do Paraguai.

Na Copa do Mundo — Irlanda doNorte 2 x Pais de Gales 1 — O Paisde Gales foi eliminado.

Sábado, dia 3 de Abrilúltimo jogo da temporada do Vasco.Vasco 1 x Universitário 1 (Univer-

sitário 1x0) — Em Lima — Rovay, doUniversitário — Friaça, do Vasco— Juiz • mister Dean. Vasco daGama — Ernani, Alfredo e Fantoni;Amauri, Danilo e Beto; Sabará, Ma-neca, Ademir, Ipojucan e Dejair.Substituições: Haroldo entrou no lu-gar de Fantoni; Vavá, no de Maneca;Maneca, no de Ipojucan; Friaça no deSabará; Ipojucan, no de Ademir e Be-nito, no de Beto. Universitário: Sua-rez, Cavero e Da Silva; Croas, Colun-

a e Gasco; Osório, Gutierrez, Arce,Terry e Rovay.CAMPEONATO SUL-AMERICANO DEJUVENIS

Brasil 2 x Venezuela 0 (0x0) Ade-"Olartaíx Adalet 3 (2x2) - NaTurquia - Washington (2), MaxweUe Jorge, do Olaria. Olaria -— Gelso,Osvaldo e Jorge; Olavo, Moacir eAnlnias; Roberto,' Washington, Max-wpR J Alves e Moreno. _

Portuguesa 4 x Besiktas 0 (Portu-truêsa 2x0). Na Turquia — Atls, ur-tega Dido e OsvaldiAho. Portuguesa—Xlndolfo, Nena e Valter; Herminio,Clóvis e Ceei; Dido, Renato, Átis (Os-valdinho), Edmur e Ortega.

COPA DO MUNDOInglaterra 4 x Escócia 2 — Em

LOndrDomingo, dia 4 de AbrilBotafogo 5 x Fluminense 1 (2x1)

No campo do Botafogo — Dino (2)Neivaldo, Carlyle e Jatoe do Botafogo — Esquerdinha, do Flumlnense

Juiz: Gama Malcher, bom. CrS ..123.720,00. Botafogo — Amauri,Tome (Orlando Maia na segunda fase)e Ftorlano; Arati, Bob (aos 3? nünutos do segundo-tempo Richard) eRuarinho; Neivaldo (Garrincha, noSSfvalo), Geninho (PauUnho no in-tervalo), Dino, Carlyle (Jaime no in-tervalo) e Vinícius. Fluminenses —Adalberto, Píndaro e Duque; Vítor(Jair no intervalo), Gilberto (Edsonno intervalo), Gilberto (Edson no in-tervalo) e Bigode; Telê, Villalobos,Larry (Emilson aos 16 minutos dosegundo tempo, contundindo-se noprimeiro minuto e sendo substituídopor Ramiro), Robson e Esquerdinha(no intervalo, Quincas).

Em Salvador — Sâo Paulo 2 xS C Bahia 1 — Dino e Luís, do S.Paulo — Lierte, do S. C. Bahia.São Paulo — Bertoluci, De Sord eTurcão; Cleclio, Pé de Valsa e Nilo;Haroldo (Luís), Dino, Huntzer (Gino),NegrI e Teixeirinha. S. C. Bahia —Manga, Marinho e Procópio; Rui, Ivane Raimundo; Fernando, Maneca, Car-lito, Clóvis e Lierte.

Bangu 2 x Selecionado Borussia-Vl-torla 2 (Bangu 2x1). Em Berlim —Menezes e Zizinho, do Bangu — Ni-dzwiadek (2), do Combinado. —Bangu — Jorge, Hilton e Tórbis;Alves, Alaíne e Edson; Xavier, Mene-zes, Zizinho, Lucas e Nívio. Combi-nado — Lessel, Deinert e Maehmiert;Jonas, Klopocki e Henning; Horter,Niedzwiadek, Graf, Wilde e K611.

Depois ílo primeiro. ..(Continuação da pág. 6)

che todos os requisitos necessá-rios a um grande zagueiro deseleção. É um dos expoentesmáximos do conjunto nacional,

e sua grande exibição foi con-tra o Paraguai no encontro doMaracanã. Brandãozinho eBauer como médios de apoio de-sempenharam-se bem nos en-contros eliminatórios. Claroestá que agora com maior pe-

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riodo de adaptação^ Jogadoresde recursos como sao, meinorpoderão ainda desempentarsuas tarefas dentro do sistemausado pelo "scraten' . Ambossão jogadores de larçòa recursose sobejamente conhecidos dopúblico. E assim já analisamos,de um modo geral, a parte de-fensiva e de apoio do selecio-nado. Não há absolutamentequalquer restrição à fazerpelos desempenhos apresenta-dos. Conta ainda o selecionadocom reservas à altura dos titu-lares, tendo mesmo o técnicodeclarado que absolutamentenão existem suplentes, poistodos são considerados como ti-tulares. Para o posto de Djai-ma Santos temos o jovem Pau-Unho, jogador de recursos, bommarcador, duro, joga muito sé-rio e poderá a qualquer momen-to substituir Djalma Santossem que o conjunto sofra solu-çâo de continuidade. Para oposto de Nilton Santos, temosAlfredo, outro grande "crack", ejogador de grande experiência.Para os postos de médios volan-tes temos Salvador e Dequinha.O médio gaúcho é sem dúvidamagnífico na tarefa de apoio,sendo com suas avançadas sem-pre perigoso para a defensivacontrária. Ê preciso cuidar umpouco mais da tarefa de mar-cação... Dequinha possui qua-lidades individuais magníficas,e foi um dos jogadores que commaior facilidade adaptou-se aosistema empregado pelo selecio-nado. Acreditamos mesmo queesteve por pouco o seu aprovei-tamento na cancha. Fala-seainda na possível convocação deEli, o que ficará na dependênciado estado físico do médio cruz-maltino. No que se refere aoataque, aí residem os motivosde críticas de alguns. Na pontadireita temos o Julinho. Ora

, meus amigos, Julinho é o Juli-nho, um dos maiores ponteirosdo mundo. Didi na meia é im-prescindível ao quadro, já quemanobra magnificamente nacancha, em sua tarefa de apoio,completamente á vontade jáque atua dentro de uma táticaque lhe é familiar. É indispen-savel ao selecionado. Deve cui-dar muito de sua forma física, etemperar o espírito para muitaluta, pois seu posto é uma dasprincipais peças da máquina doselecionado. No centro do ata-que tivemos Baltazar. Qualquerrestrição, agora, ruirá por ter-ra contra o argumento de quefoi êle o artilheiro de nossa se-leção, tendo mesmo decididotrês partidas. Gostamos de seuespírito de luta e de combate.Para ganhar campeonato domundo tem que ser assim mes-mo. Humberto foi o jogadormais discutido do onze brasi-leiro. Tem realmente grandesqualidades, porém foi persegui-do por uma incrível falta desorte. Criava, o jovem atacan-te, êle mesmo, as melhores si-tuações, porém não pôde usu-fruí-las pois foi o que mais ati-rou nos postes e no travessãoda meta contrária. No últimoprélio, após driblar o própriogoleiro atirou contra o arco li-vre quando surgiu Cabrera parasalvar com o joelho. Enervou-se, perdeu a calma o jovem e,teve que ceder seu posto. O téc-nico Zezé Moreira tem muitaconfiança em Humberto. O

mesmo acontece conosco. Acom-panhamos sua atuação em Hei-sinki, nos Jogos Olímpicos, edesde então achamos qualicla-des no jovem atacante. Umbom trabalho psicológico eHumberto muito poderá produ-zir na Suíça. Pinga jogou meiotempo contra o Paraguai. De-sempenhou-se bem, e dada sua,experiência é um jogador quedeverá ser lançado em certoscompromissos que teremos pelafrente*. Ao contrário que hátempos se propalou,-o atacantenão fugiu dos ponta-pés de Ca-brera. Assim é que deve ser.campeonato do mundo só sevence com muita coragem e va-lentia. Na ponta esquerda Eo-drigues e Maurinho foram lan-çados. Não temos dúvida emafirmar que Rodrigues cumpremelhor sua função dentro dosistema. Maurinho, jogandomais na frente, mais objetivo,impressiona melhor a assistên-cia. Forma física é o que maisnecessita Rodrigues, para quepossa lutar um pouco mais, commais desembaraço. Maurinho éum elemento útil, já que emqualquer oportunidade poderáser lançado indistintamente naponta direita ou esquerda. Aindano ataque temos outros elemen-tos que não chegaram a inte-grar o quadro. índio, o jovematacante do Flamengo, pela suavivacidade, rapidez e malíciapoderá, ao ser oferecida a opor-tunidade, ser lançado como ele-mento de surpresa para o ad-versário. Rubens, companheirode índio, pelo entendimento quepossui com seu companheiro étambém outro jogador que pos-sivelmente terá sua oportunida-de.

Esperamos que não surjam"casos" quando das concentra-ções. O que podemos esclareceré que este cronista esteve naSuíça na mesma época do anoem que serão disputadas as fl-nais da Copa do Mundo. Nãoachamos qualquer diferença declima. Um dia normal, comoum dia de maio no Rio de Ja-neiro. O que achamos curioso,é que sendo os encontros reali-zados em atmosfera do níveldo mar, tenham nossas autori-dades arranjado uma con cemtração que fica há cerca de 1.000metros de altura! Parecia-noslógico que procurássemos as |condições mais semelhantes asnossas.Vitória total do. ..

(Continuação da pág. 14)(Brasil), 153,35; 3.° Alberto Sil-va, (Uruguai), 84,33; 4.° ErnestoPerez Leon (fora concurso).Peru, 88,31. Contagem final: l.Brasil, 42 pontos; 2.° Uruguai,13 pontos. .

CONTAGEM DAS VÁRIASTAÇAS

Taça América (soma de 1. Slugares — 10 pontos para pro-vas simples, inclusive saltos epolo aquático — 20 pontos paraos relays). 1.°. Brasil, 280 pon-tos- 2.° Peru Í0.

Taça Montevidéu (soma geraldo certame, em pontos, valendo30 pontos o 1.° lugar em poloaquático), 1.° Brasil, 517 pontos,2.° Peru, 100; 3.° Uruguai, - >4.° Chile, 39;. 5.-° Paraguai,

Taça Uruguai (aos não vence-dores de campeonatos sulameri-canos) . l.° Peru, 100 pontos,2.° Uruguai, 93; 3.° Chile, #>,4.° Paraguai, 1.

ESPORTE ILUSTRADO 8-4-54 Pág.

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