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Profª Lina Sue Matsumoto Psicóloga e Psicoterapeuta
Psicóloga colaboradora no Programa de Ansiedade – AMBAN-IPq-HC-FMUSP (Jan/2013)Psicóloga colaboradora no Programa de Atenção aos Transtornos Alimentares – PROATA–UNIFESP-EPM (Set/2012)
Professora de TCC, Construtivismo, Psicoterapia Cognitiva Narrativa e Psicologia Positiva no CETCC-SP (Jan/2011)Psicóloga colaboradora do Programa de Transtornos Alimentares - AMBULIM-IPq-HC-FMUSP (Jan/2008 a Abr/2010)Professora de Psicologia Cognitiva e Construtivismo, PPB e Teste de Rorschach na UNIP-SP (Jan/2009 a Dez/2010)
Aprimorada em Transtornos Alimentares pelo AMBULIM-IPq-HC-FMUSP (2008)E-mail: lina.sue@hotmail.com
Celular (11) 9866-01234
2FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
Construtivismo: Construtivismo: Um momento de síntese ou uma nova tese?Um momento de síntese ou uma nova tese?
3FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
1. 1. A ciência moderna, a realidade e o conhecimento.A ciência moderna, a realidade e o conhecimento.
Ciência Moderna mundo = ordem única; Construção Conhecimento homem = poder +
controle + domínio; Natureza Conhecimento representação/cópia do
mundo real; Meta Ciência desenvolvimento de representações
da realidade; Ciência linguagem matemática = a verdade
contida nos fatos;
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4FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
1. 1. A ciência moderna, a realidade e o conhecimento.A ciência moderna, a realidade e o conhecimento.
“A revolução científica que se iniciava tinha como traço mais característico seu
MÉTODO EXPERIMENTAL, buscando suas verdades
independentemente da metafísica e da fé e tendo como pretensão
descrever uma realidade objetiva”. (Henrique A. da Silva)
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5FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
2. 2. A ciência moderna e o sujeito do conhecimento.A ciência moderna e o sujeito do conhecimento.
Ciência Moderna Método Científico;
Distanciamento entre o conhecedor e o objeto do conhecimento;
Cientista fica ausente do seu próprio discurso;
Método Científico Galileu = formulação de testes de hipóteses;
Ciências da Natureza Ciências Humanas (séc. XIX).
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6FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
2. 2. A ciência moderna e o sujeito do conhecimento.A ciência moderna e o sujeito do conhecimento.
“A ciência seria a busca da certeza, da verdade objetiva.
Nesse contexto, a atividade científica seria concebida como a descoberta
dessas leis da natureza (da realidade), e o homem seria apenas um observador passivo,
capaz de captar fenômenos que ocorrem sem a sua interferência”.
(Henrique A. da Silva)
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7FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
3. 3. A pós-modernidade e a crise do paradigma da A pós-modernidade e a crise do paradigma da ciência moderna.ciência moderna.
Consenso Momento de transição = Revolução científica;
Ciência Moderna limite?
Questão Universo constituído de regularidades?
Impossibilidade Reduzir a natureza a uma linguagem única, matematizável e decifrável pela experimentação;
Verdade múltipla e contextual;
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8FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
3. 3. A pós-modernidade e a crise do paradigma da A pós-modernidade e a crise do paradigma da ciência moderna.ciência moderna.
“A ciência começava a se interessar por fenômenos que não poderiam mais ser
explicados por simples relações de causa e efeito (...)
as certezas dão lugar a possibilidades e probabilidades,
e o futuro deixa de ser totalmente previsível (...) esse movimento,
esboçado desde o final do século XIX, passa a ser chamado de pós-modernismo”.
(Henrique A. da Silva)
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9FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
4. 4. O paradigma emergente, o sujeito, o objeto e o O paradigma emergente, o sujeito, o objeto e o conhecimento.conhecimento.
1: Idealistas ou Racionalistas pólo do sujeito
2: Empiristas ou Realistas pólo do objeto
3: Interacionistas superar a dicotomia sujeito X objeto
4: sujeito + objeto resultados de processos de construção construções sócio-históricas = Independente do conhecedor, nenhum objeto existe identificado como tal na realidade.
Papel do observador = Participação construtiva (Não se pode mais eliminar de cena o observador).
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10FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
4. 4. O paradigma emergente, o sujeito, o objeto e o O paradigma emergente, o sujeito, o objeto e o conhecimento.conhecimento.
“O papel do observador adquire uma nova dimensão, pois não há mais observação desprovida de interferência.
Todo contato com outro ser humano provoca inevitavelmente interferência
e modifica o objeto da observação... não há mais somente um observador, e sim um participante do processo”.
(Henrique A. da Silva)
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11FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
5. 5. Uma ciência articulada com as necessidades da pós-Uma ciência articulada com as necessidades da pós-modernidade.modernidade.
Ciência atender as necessidades da pós-modernidade;
Superação das rupturas realizadas pelas ciências modernas:conhecimento científico X conhecimento senso-comum ciências naturais X ciências humanas sujeito X objeto pesquisa qualitativa X pesquisa quantitativa
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12FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
5. 5. Uma ciência articulada com as necessidades da pós-Uma ciência articulada com as necessidades da pós-modernidade.modernidade.
“O homem não é uma natureza, e sim uma história...
Os seres humanos não terminam em suas próprias peles...
A essência de sua existência é a relação...Um ser que se relaciona com o mundo,
e não apenas se localiza neste... Os processos
básicos da mente originam-se na vida social...
A atividade cognitiva humana não é algo a priori, porque se estabelece no processo de desenvolvimento histórico e social,
sendo codificada pela linguagem.” (Henrique A. da Silva)
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13FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
6. 6. Pós-modernidade, psicologia e construtivismo.Pós-modernidade, psicologia e construtivismo.
“É enfatizada a natureza ativa de toda percepção, aprendizagem e memória, vistos como fenômenos a
refletirem tentativas contínuas do corpo e do cérebro
em organizar (e continuamente reorganizar)
seus próprios padrões de ação e experiência”
(Mahoney)
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14FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
6. 6. Pós-modernidade, psicologia e construtivismo.Pós-modernidade, psicologia e construtivismo.
“Em uma relação terapêutica, significa considerar de extrema importância a interpretação que
o próprio paciente tem sobre suas experiências, sobre seu mundo e sobre si mesmo...
Não se trata mais de descobrir os significados ocultos, mas de conhecer os processos de sua
construção...Cada um é criador de sua própria rede de
significados, sendo participante ativo nesse processo...
Na ausência de uma coerência interna, a vida transforma-se em um composto de experiências dissociadas que não podem ser compreendidas,
nem na sua singularidade, nem na sua sequência...” (Henrique A. da Silva)
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15FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
7. 7. Ser construtivista.Ser construtivista.
É desenvolver uma subjetividade aberta e efetiva-mente interessada em compreender a singularidade do outro, tendo como base as construções de realidade dele, mesmo que aparentemente estranhas.
As referências teóricas do psicólogo consideradas simplesmente como metáforas suas = não revelando nem a “verdade” do outro e tampouco um “padrão verdadeiro” a ser atingido.
É, efetivamente, o profissional estar aberto à alteridade.
É articular-se na complexidade, apesar da angústia causada.
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16FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
7. 7. Ser construtivista.Ser construtivista.
“as ideias tornam-se verdadeiras na medida em que nos ajudam
a manter relações satisfatórias com outras partes da nossa experiência... ou
seja, temos a tendência de aceitar melhor aquilo que está de acordo com nossas
crenças e, ao aceitar, nós o validamos como
verdadeiro...Na vida cotidiana, “verdadeiro”
é apenas um adjetivo que qualifica uma crença, um julgamento ou um fato
como sendo coerente com o que já conhecemos”
(Henrique A. da Silva)
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17FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
8. 8. Construtivismo: continuidade ou ruptura?Construtivismo: continuidade ou ruptura?
Considero, sim, ser uma ruptura com a concepção objetivista.
Mudança = um processo gradual = a coexistir as duas concepções:
OBJETIVISTA X CONSTRUTIVISTAexplicação de
fenômenos que tendem a manter uma
regularidade no tempo
compreensão de fenômenos históricos e irreversíveis, como os fenômenos humanos.
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18FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
8. 8. Construtivismo: continuidade ou ruptura?Construtivismo: continuidade ou ruptura?
“Ser construtivista não se reduz a uma simples opção
teórica ou técnica, mas é a assunção de outra
epistemologia que, em última análise, implica na constituição de uma
nova subjetividade pelos profissionais, portanto, uma
transformação enquanto indivíduos”
(Ricardo Franklin Ferreira)
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19FERREIRA,R.F. FERREIRA,R.F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.
9. 9. ConclusãoConclusão
“Acredito ser a concepção construtivista, (...) o terreno no qual a
ciência virá a apoiar-se, no futuro (...)
Talvez, esta concepção de conhecimento passe a constituir as
subjetividades e, futuramente, deixe de haver a
necessidade de darem-se adjetivos à ciência
– ciência moderna, ciência pós-moderna – para, já com a subjetividade transformada, as pessoas passem
a se referir a ela como, simplesmente, ciência”
(Ricardo Franklin Ferreira)
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Grandesso, M. A. Grandesso, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. epistemológica e hermenêutica da prática clínica. São Paulo: Casa do São Paulo: Casa do Psicólogo,2000.Psicólogo,2000.
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Terapia = prática social = tipo especial de discursoTerapia = prática social = tipo especial de discurso Conversação terapêutica = Conversação terapêutica = dialógicadialógica = dilemas = dilemas Criação de um contexto facilitador para a Criação de um contexto facilitador para a construção de construção de
novos significadosnovos significados, edificados em novas narrativas, , edificados em novas narrativas, ampliando o seu sentido de autoria e suas possibilidades ampliando o seu sentido de autoria e suas possibilidades existenciais.existenciais.
Prática colaborativa Prática colaborativa que se constrói no momento que se constrói no momento presente e a partir de dentro do próprio contexto dos presente e a partir de dentro do próprio contexto dos participantes = deixa de lado os conceitos de patologia, participantes = deixa de lado os conceitos de patologia, normalidade e terapeuta como normalidade e terapeuta como expertexpert..
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““...Cada cliente é considerado único nas suas ...Cada cliente é considerado único nas suas circunstâncias... Cada sistema terapêutico e cada circunstâncias... Cada sistema terapêutico e cada
relação terapeuta-cliente são também relação terapeuta-cliente são também idiossincráticos... Portanto, se uma depressão não é idiossincráticos... Portanto, se uma depressão não é
igual a outra depressão, a experiência que o igual a outra depressão, a experiência que o terapeuta acumula é a habilidade de desconstruir sua terapeuta acumula é a habilidade de desconstruir sua
escuta fechada, estar em diálogo, de criar um escuta fechada, estar em diálogo, de criar um contexto conversacional gerador de novos significados contexto conversacional gerador de novos significados
mais libertadores, o que implica, necessariamente, mais libertadores, o que implica, necessariamente, uma atitude de respeito e humildade “ uma atitude de respeito e humildade “
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Um encontro que se dá na linguagem, um Um encontro que se dá na linguagem, um evento evento linguístico linguístico no qual pessoas com diferentes tipos de no qual pessoas com diferentes tipos de experiências, uma das quais, se define como terapeuta, experiências, uma das quais, se define como terapeuta, interagem a partir de um interesse comum que os coloca interagem a partir de um interesse comum que os coloca juntos.juntos.
A terapia constitui-se de pessoas que se relacionam A terapia constitui-se de pessoas que se relacionam nana e e por meio por meio da da linguagemlinguagem, em torno dos dramas de , em torno dos dramas de diferentes complexidades que restringem as suas diferentes complexidades que restringem as suas alternativas existenciais.alternativas existenciais.
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Prática conversacional Prática conversacional = não é uma conversação trivial.= não é uma conversação trivial. Novos significados devem emergir, reescrevendo a Novos significados devem emergir, reescrevendo a
experiência vivida a partir de novos marcos de sentido. experiência vivida a partir de novos marcos de sentido. Natureza terapêutica = Natureza terapêutica = não apenas as histórias mudam, não apenas as histórias mudam,
mas as próprias pessoas que as narram.mas as próprias pessoas que as narram.
O O espaço dialógico espaço dialógico = conversações externas entre os = conversações externas entre os participantes = internas dentro de cada participante participantes = internas dentro de cada participante a possibilidade da expressão do ainda não-dito.a possibilidade da expressão do ainda não-dito.
Dizer e Dizer e expandir o não-dito expandir o não-dito e o ainda por ser dito = e o ainda por ser dito = diálogo = novos significados.diálogo = novos significados.
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A mudança do cliente decorre do contar histórias sobre A mudança do cliente decorre do contar histórias sobre sua vida.sua vida.
Terapeuta = Terapeuta = bom editor bom editor = contar e recontar= contar e recontar Criação de contextos exploratórios para as histórias de Criação de contextos exploratórios para as histórias de
vida dos clientes vida dos clientes procurando por narrativas da procurando por narrativas da experiência, referendadas pelos clientes, revelando experiência, referendadas pelos clientes, revelando recursos, competências e habilidades veladas pelos recursos, competências e habilidades veladas pelos recortes feitos na experiência, por meio de narrativas recortes feitos na experiência, por meio de narrativas dominantes, edificadas em torno de problemas.dominantes, edificadas em torno de problemas.
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““As histórias vividas são sempre muito mais ricas As histórias vividas são sempre muito mais ricas que qualquer possibilidade de relato sobre elas... que qualquer possibilidade de relato sobre elas... As experiências vividas, quando excluídas das As experiências vividas, quando excluídas das
narrativas pessoais, permanecendo não-narrativas pessoais, permanecendo não-historiadas, não só deixam de ser notadas e, historiadas, não só deixam de ser notadas e,
portanto, de fazer diferença para a vida da pessoa, portanto, de fazer diferença para a vida da pessoa, como também permanece fora das possibilidades como também permanece fora das possibilidades
de compreensão” de compreensão”
(Monk, 1997)(Monk, 1997)
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É a compreensão das narrativas pelas quais É a compreensão das narrativas pelas quais construímos as histórias da nossa existência, como co-construímos as histórias da nossa existência, como co-autoriadas nos contextos dos quais fazemos parte, tendo autoriadas nos contextos dos quais fazemos parte, tendo como ecos as vozes canônicas da cultura.como ecos as vozes canônicas da cultura.
A A metáfora narrativa metáfora narrativa estabelece que as pessoas vivem estabelece que as pessoas vivem e estruturam suas vidas por meio de histórias, cujos e estruturam suas vidas por meio de histórias, cujos efeitos podem tanto ampliar, como restringir as suas efeitos podem tanto ampliar, como restringir as suas possibilidades existenciais.possibilidades existenciais.
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Diagnóstico = reconhecer uma doença.Diagnóstico = reconhecer uma doença. Acreditar é ver Acreditar é ver = encontrar o que procuramos.= encontrar o que procuramos. Acreditar é ouvir Acreditar é ouvir = nosso clientes vão tender a = nosso clientes vão tender a
apresentar os problemas cuja existência acreditamos.apresentar os problemas cuja existência acreditamos. O que obtemos com nossas definições dos problemas = O que obtemos com nossas definições dos problemas =
são apenas as nossas próprias descrições e explicações dos são apenas as nossas próprias descrições e explicações dos problemas.problemas.
Terapeutas + clientes Terapeutas + clientes co-constroem narrativas co-constroem narrativas = = preferências temáticas do terapeuta (etnia, minoria, ciclo preferências temáticas do terapeuta (etnia, minoria, ciclo vital, cultura, perdas e lutos...) vital, cultura, perdas e lutos...)
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Qual é? Qual é? Para quem é? Para quem é? O que é? O que é? Porque é ? Porque é ? Significados estruturados em narrativas nas quais as Significados estruturados em narrativas nas quais as
pessoas organizam a experiência de si mesmas e do seu pessoas organizam a experiência de si mesmas e do seu mundo, descrevendo uma empobrecida capacidade de mundo, descrevendo uma empobrecida capacidade de autoria pessoal, como se fossem impotentes diante dos autoria pessoal, como se fossem impotentes diante dos dilemas que as afligem.dilemas que as afligem.
O problema (O problema (dilemadilema) é considerado como um ) é considerado como um sistema de sistema de significados organizado pelo sofrimentosignificados organizado pelo sofrimento, do qual fazem , do qual fazem parte parte todostodos os que contribuem para esse sistema. os que contribuem para esse sistema.
Solução Solução Situação de vida Situação de vida ((life situationlife situation))
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Somente os Somente os protagonistas da história protagonistas da história podem descrever podem descrever como tem sido afetados nas suas vidas, nos seus como tem sido afetados nas suas vidas, nos seus relacionamentos, nas visões sobre si mesmos e nas suas relacionamentos, nas visões sobre si mesmos e nas suas perspectivas de futuro.perspectivas de futuro.
Cada um localiza o problema no outro, e o outro nega Cada um localiza o problema no outro, e o outro nega tal coisa, muitas vezes contra-atacando tal coisa, muitas vezes contra-atacando desafio para a desafio para a construção de um construção de um sistema terapêutico colaborativosistema terapêutico colaborativo..
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Clientes que buscam por terapia são pessoas envolvidas Clientes que buscam por terapia são pessoas envolvidas em em histórias de sofrimentoshistórias de sofrimentos, mais ou menos dolorosos e , mais ou menos dolorosos e alarmantes, de alguma forma, alarmantes, de alguma forma, protagonistas de histórias de protagonistas de histórias de dificuldades existenciaisdificuldades existenciais, em que figuram restrições de , em que figuram restrições de autonomia, da condição de autoria e de melhores e mais autonomia, da condição de autoria e de melhores e mais esperançosas alternativas de vida.esperançosas alternativas de vida.
Seja qual for o caso, as pessoas costumam recorrer à Seja qual for o caso, as pessoas costumam recorrer à terapia quando terapia quando algo abala sua sensação de bem-estaralgo abala sua sensação de bem-estar, o , o reconhecimento de suas competências e a reconhecimento de suas competências e a validação de si validação de si mesmas mesmas como pessoas.como pessoas.
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Seus Seus dilemas existenciais dilemas existenciais organizam-se em histórias de organizam-se em histórias de queixas para as quais, ou não vêm saídas, ou não queixas para as quais, ou não vêm saídas, ou não conseguem colocá-las em prática.conseguem colocá-las em prática.
Nesse tipo de terapia, os clientes são colocados no lugar Nesse tipo de terapia, os clientes são colocados no lugar de de especialistasespecialistas. .
Assim, abandonando papéis tradicionais do terapeuta Assim, abandonando papéis tradicionais do terapeuta como aquele que sabe, e do cliente como o que não sabe,como aquele que sabe, e do cliente como o que não sabe, “terapeutas aprendem e clientes ensinam”.“terapeutas aprendem e clientes ensinam”.
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A mudança, coerentemente com o conceito de A mudança, coerentemente com o conceito de problema, envolve problema, envolve o desenvolvimento de narrativas em o desenvolvimento de narrativas em primeira pessoaprimeira pessoa, ou seja, de narrativas do self, , ou seja, de narrativas do self, favorecendo a compreensão da experiência e dos favorecendo a compreensão da experiência e dos eventos da vida, de modo que permita: eventos da vida, de modo que permita: “múltiplas “múltiplas possibilidades no ser e estar no mundo em um dado possibilidades no ser e estar no mundo em um dado momento e determinada circunstância, ajudando o momento e determinada circunstância, ajudando o cliente a ter acesso, expressar ou exercer a autoria ou cliente a ter acesso, expressar ou exercer a autoria ou agenciamento pessoal”.agenciamento pessoal”.
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Compreendo que uma Compreendo que uma terapia bem-sucedida terapia bem-sucedida favorece tanto a libertação em relação às histórias favorece tanto a libertação em relação às histórias saturadas de problemas, e, portanto, opressoras do saturadas de problemas, e, portanto, opressoras do self, como um sentido de esperança à medida que as self, como um sentido de esperança à medida que as histórias mais libertadoras, vindas do acesso e histórias mais libertadoras, vindas do acesso e expansão do ainda não-ditoexpansão do ainda não-dito, podem construir futuros , podem construir futuros mais promissores.mais promissores.
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Metáfora da FogueiraMetáfora da Fogueira
Para manter a primeira chama vacilante acesa, necessita-Para manter a primeira chama vacilante acesa, necessita-se colocar pequenos gravetos no tempo adequado. se colocar pequenos gravetos no tempo adequado.
Se for colocado apenas um, ele rapidamente será Se for colocado apenas um, ele rapidamente será consumido e o fogo apagar-se-á; se forem muitos de uma consumido e o fogo apagar-se-á; se forem muitos de uma só vez, ou lenha muito pesada, a chama será sufocada. só vez, ou lenha muito pesada, a chama será sufocada.
Assim, gentil e habilmente cuidada, a chama pode ser Assim, gentil e habilmente cuidada, a chama pode ser alimentada pelo oxigênio, até que, estabelecida, alimentada pelo oxigênio, até que, estabelecida, a fogueira possa receber a lenha mais pesada a fogueira possa receber a lenha mais pesada
e seguir por si mesma sua vida.e seguir por si mesma sua vida.
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37proflinasue@hotmail.com – celular (11) 98184-0550