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ISSN 1980-0894 Dossiê, Vol.8 Nº3, Ano 2013
INDICAÇÃO DE USO DE ESPÉCIES VEGETAIS PARA O
TRATAMENTO DA CELULITE COM FINS COSMÉTICOS
INDICATION OF USE OF PLANT FOR TREATING CELLULITIS FOR
COSMETIC PURPOSES
Beatrice Helfstein de Magalhães1
Monica Fernandes de Camargo2
Célio Takashi Higuchi3
Resumo
A celulite acomete mais mulheres em idade pós-puberal do que homens, causando
alterações topográficas na região ginóide cuja aparência se assemelham ao aspecto
“casca-de-laranja”. É caracterizado por uma sobrecarga de gordura localizada
decorrente do número de adipócitos (hipertrofia dos adipócitos) ou devido à associação
dos dois fenômenos aos quais se somam uma acumulação de toxinas e de água. Já os
produtos naturais têm desempenhado um papel importante nos tratamentos estéticos, em
geral, devido ao fato de que as plantas possuem uma ampla variedade de metabólitos
secundários. O presente estudo visa um levantamento bibliográfico sobre a ação de
substâncias ativas fitoterápicas no tratamento da celulite, procurando uma alternativa
não invasiva para o tratamento. Foram utilizados livros e artigos científicos específicos
da área para a realização desta pesquisa. São encontrados em ambas das literaturas a
utilização dos extratos da Coffea arabica; Paullinia cupana; Lycium barbarum; Vitis
vinifera; Melilotus officinalis; Centella asiatica; Aesculus hippocastanum; Zingiber
1 Especialista em Cosmetologia aplicada à Estética, Senac, SP, farmacêutica pela Unisa, SP; 2 Especialista em Cosmetologia aplicada à Estética, Senac, SP, farmacêutica pela Universidade São Francisco, SP;
3 Mestre e farmacêutico pela UNESP, Araraquara, e pesquisador responsável pela linha de pesquisa “Cosméticos
Sustentáveis”, Senac, SP. E-mail: celio.thiguchi@sp.senac.br.
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officinale e Rosmarinus officinalis para o tratamento e/ou prevenção. Em todos os
extratos, há substâncias que reduzem a permeabilidade vascular, além de antioxidantes,
antiinflamatórios e calmantes.
Palavras-chave: Celulite, cafeína e ativos fitoterápicos.
Abstract
Cellulite affects most women in post - pubertal age than men, causing topographic
changes in gynoid region whose appearance resemble the look "orange -peel". It is
characterized by an overload of fat located due to the number of adipocytes (adipocyte
hypertrophy) or due to the association of the two phenomena to which are added an
accumulation of toxins and water. Natural products have already played an important
role in aesthetic treatments in general due to the fact that plants have a wide variety of
secondary metabolites. This study aims to review the literature on the action of herbal
active substances for the treatment of cellulite looking for a non-invasive alternative for
treatment. Specific books and scientific articles in the field were used for this research.
Both of them are found in the literature the use of extracts of Coffea arabica, Paullinia
cupana; Lycium barbarum, Vitis vinifera, Melilotus officinalis, Centella asiatica,
Aesculus hippocastanum, Zingiber officinale and Rosmarinus officinalis for the
treatment and /or prevention. In all the extracts, there are substances that reduce
vascular permeability include antioxidants, anti-inflammatory and soothing.
Key words: Cellulitis, caffeine and herbal active.
1. Introdução
O termo celulite foi descrito pela primeira vez em 1920. Palavra de origem latina,
Cellulite, foi utilizada para descrever uma alteração estética da superfície da pele.
Celulite não seria o termo mais apropriado, pois a derivação da palavra significa
inflamação celular e estudos sugerem que não foram encontrados sinais de inflamação
no tecido em questão (GIMENEZ, 2001).
Diversos são os termos utilizados para definir estas alterações do tecido
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subcutâneo, na tentativa de adequar às alterações histomorfológicas, sendo eles:
Lipodistrofia, Lipoedema, Fibroedema Geloide, Hidrolipodistrofia, Hirolipodistrofia
Ginoide, Paniculopatia edemato fibro esclerótica, Paniculose, Lipoesclerose Nodular,
Lipodistrofia Ginoide (SCHNEIDER, 2010).
A celulite é considerada um problema esteticamente preocupante para milhões de
mulheres. Uma das possibilidades do surgimento da celulite é, em consequência, pelo
aumento do número e o volume dos adipócitos e, por fim, a ação do estrogênio
(hormônio sexual secundário feminino) durante a puberdade. Este hormônio é
responsável por reter líquidos ricos em sódio (GOMES & DAMAZIO, 2009;
LEONARDI, 2008). A celulite é uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo
subcutâneo, não inflamatório, seguido de polimerização da substância fundamental, que,
infiltrando-se nos traumas, produz uma reação fibrótica consecutiva, ou seja, os
mucopolissacarídeos que a integram sofrem um processo de geleificação (CIPORKIN &
PASCHOAL, 1992). A celulite é considerada uma patologia multifatorial por ser
determinada por efeitos hormonais, predisposição genética, inatividade, dietas
inadequadas, obesidade, distúrbios posturais, bem como o tabagismo (TOGNI, 2006).
Uma das hipóteses atribuída à celulite é a possível alteração na microcirculação,
envolvendo compressão dos sistemas venoso e linfático (RAWLINGS, 2006; SMALLS
et al 2006, RAO et al, 2005). Esta alteração circulatória está relacionada com a
obesidade, uma vez que, durante a fase inicial de desenvolvimento celulite, os
adipócitos estiveram associados ao edema e à dilatação dos vasos linfáticos
(TERRANOVA et al, 2006).
Como a celulite afeta quase exclusivamente mulheres, o fator hormonal merece
atenção neste sentido. A distribuição de celulite na mulher ocorre em regiões específicas
e segue o mesmo padrão que o depósito de tecido adiposo (de GODOY & de GODOY,
2009).
Um estudo concluiu que fatores mecânicos podem afetar a aparência da celulite,
tais como: alterações ortostáticas, descalço e alterações da coluna lombar, como a
hiperlordose (SANDOVAL, 2003). Além disso, houve relato na literatura que, nas áreas
onde a celulite foi evidente, a aparência da pele mudou em função da posição do
membro inferior (AVRAM, 2004; QUATRESOOZ, 2006).
A celulite se caracteriza pela presença de depressão na pele, assemelhadas à
textura da casca de laranja ou do queijo cottage, observadas regularmente nas coxas e
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nádegas (TREU et al., 2009). É uma condição fisiopatológica mais prevalente em
mulheres independentemente do peso corpóreo do que nos homens. A principal
alteração histológica é a hipertrofia ou, inversamente, o enfraquecimento dos fios do
tecido conjuntivo que sustenta os adipócitos encontrados, caracterizando-se por uma
desordem do metabolismo lipídico e no fluxo de líquidos do organismo, e ocorre
quando há problemas na microcirculação sanguínea fazendo com que os resíduos
adiposos acumulem-se na região hipodérmica. Esta afecção produz importantes
alterações que deixam um aspecto pouco agradável visualmente, pois modifica
profundamente a estrutura histológica da pele, dificulta o aporte nutritivo e a possível
tendência ao agravamento do quadro (SANCHEZ, 1990; PIÉRARD et al., 2006). A
FEG é classificada em quatro tipos de formas clínicas: dura ou compacta, flácida ou
branda, edematosa e mista. Para cada tipo, há variação na consistência e natureza da
celulite e incidência prevalente em diferentes períodos durante a vida (KEDE, 2010).
Além disso, a FEG passa a ser considerada como uma patologia dependendo do estágio
ou grau evolutivo, distinguindo-se em quatro estágios os quais se baseiam na avaliação
anatômica e na semiologia, pois são de demarcação difícil e imprecisa já que a celulite
ocorre de forma gradual e progressiva, intercalando por períodos de estagnação e de
reatividade (SABARÁ et al., 2008; MURAD, 2006; CIPORKIN & PASCHOAL,
1992).
Quanto a sua localização, ela afeta várias regiões do corpo, mas, em destaque, na
região glútea, na região lateral, a face interna e posterior da coxa, o abdômen, a parte
posterior e lateral dos braços e a face interna dos joelhos (LEONARDI & CHORILLI,
2010; GOLIK, 1995). Leonardi (2008) afirma que, na região dos quadris, os adipócitos
tem seu volume aumentado durante o período gestacional e da amamentação. Na
menopausa também ocorre uma enorme variação hormonal o que poderá predispor ao
aparecimento de ondulações. Por esse motivo, é preciso muita atenção para as diferentes
fases da vida (menarca, gravidez e menopausa) para a construção de um projeto de
prevenção e dentre as medidas se faz necessário à aplicação de produtos tópicos, com
substâncias ativas capazes de alcançar a camada da hipoderme, para que ocorra a
diminuição seletiva e bem sucedida dos adipócitos e descreve que a formação deste
processo, geralmente parte da combinação de vários fatores. Essa tese gênese
multifatorial, Kede (2010) ressalta os vários fatores responsáveis pelo aparecimento da
FEG, entre eles, a herança genética, etnia, fototipo de pele, alimentação inadequada,
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falta de prática de atividades físicas, uso de nicotina e o uso de determinados
medicamentos como terapia de reposição de estrógenos, anticoncepcionais,
corticosteroides, antialérgicos, antitireoidianos e betabloqueadores podem agravar a
situação. Eles ativam o receptor alfa 2 adrenérgico, diminuindo a ação lipolítica e
quanto maior o número de receptores, maior é a dificuldade de realizar a ação,
independente da localização da célula (RIBEIRO, 2010; LEONARDI, 2008). O
agravante neste caso, em especial, é o estresse, pois também promove a retenção de
toxinas (ILIES, 2002; GOLIK, 1995).
A esteticista pode avaliar e constatar de forma mais precisa o estágio da celulite,
solicitando que o paciente permaneça em posição ortostática (CARNEIRO et al., 2010;
MORAES et al., 2010).
Há outras maneiras de diagnosticar a celulite, como macrofotografia (método
fotográfico); medidas antropométricas (medidas de peso, altura, circunferência e pregas
cutâneas); bioimpedanciometria (método que permite acessar o tecido através de
corrente elétrica); xenografia (avalia os tecidos por radiotransparência ou radio-
opacidade); ecografia bidimensional (analisa a morfologia do tecido subcutâneo);
tomografia computadorizada (método pouco acurado na avaliação do tecido adiposo);
Ressonância Nuclear Magnética (possibilita detalhamento das imagens e tecidos);
fluxometria de Doopler por Laser (avalia a microcirculação tecidual); biópsia de pele
seguida de exame histopatológico (acessa direta e invasivamente o tecido subcutâneo
normal ou alterado e analisa sua microestrutura). No entanto não existe método melhor
ou aceito unanimemente, pois tais conceitos dependem de variáveis como custo, grau de
invasão, riscos, acessibilidade e outros (AFONSO et al., 2010).
Após a avaliação do quadro, indicam-se cuidados de forma multidisciplinar. No
campo e na proposta estética ocorra de forma não curativa, tenha finalidade de corrigir
as causas, previna complicações e diminua a gravidade do quadro (GUIRRO &
GUIRRO, 2010). A drenagem linfática tem como princípio realizar movimentos
manuais, suaves e precisos com o objetivo de drenar o líquido excedente que banha as
células, mantendo o equilíbrio hídrico nos espaços extracelulares e auxiliando no
retorno venoso; o ultrassom (3MHz) emite ondas mecânicas que são convertidas na pele
em energia térmica, estimulando o metabolismo celular e a circulação dermo-
hipodérmica local e, além disso, aumentar a permeabilidade cutânea a substâncias
ativas. A combinação do ultrassom com outros métodos, como a endermologia e
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massagens, trazem resultados favoráveis na redução de medidas, associada a melhora no
tônus, textura e aparência; a endermologia ou vacuoterapia é uma técnica francesa que
associa drenagem linfática e massagem. O aparelho succiona a pele como ventosas.
Esta sucção, associada a massagem, estimula a circulação local, diminui a viscosidade e
a drenagem linfática; a eletrolipólise sem agulha utiliza placas que emitem corrente
elétrica de baixa intensidade. Esta corrente atravessa a pele e atua diretamente nos
adipócitos, fazendo com que haja uma excitação celular, aumentando na produção do
AMPc e estimulando, desta forma, a lipólise, além de aumentar a circulação local; a
radiação infravermelha longa penetra profundamente na superfície do corpo e aumenta
lentamente a temperatura, induzindo a um incremento do metabolismo corporal e
dilatação dos capilares; a radiofrequência unipolar trata-se de ondas hertzianas (de
rádio), produz radiação eletromagnética de 40 MHz e induz oscilações rotacionais nas
moléculas de água. Tais efeitos físicos produzem aquecimento que se dissipa nos
tecidos subjacentes e leva a uma retração tecidual local entre derme e fáscias e, por fim,
a prática de exercícios físicos.
Complementa-se ao melhora do quadro clínico da celulite, o uso de produtos
cosméticos de origem natural ou sintético que têm desempenhado um papel importante
por diferentes mecanismos de ação nos tratamentos estéticos em geral com resultados
eficientes e satisfatórios. A formulação para obtenção de cosméticos naturais significa
dar a preferência, sempre que possível, aos derivados vegetais, evitando a sua
substituição por substâncias sintéticas (RODRIGUES, 2001).
Nos últimos anos, pesquisa de plantas medicinais tem atraído muito a atenção
global para fins alimentícios, medicinais e cosméticos como, por exemplo, Coffea
arabica, Vitis vinifera e Zingiber officinale. As plantas são ricas em uma ampla
variedade de metabólitos secundários. Diversas classes desses compostos podem ser
citadas: fenois e polifenois, quinonas, flavonois, flavanonas, flavanonois, flavonoides,
taninos, cumarinas, terpenoides, óleo essencial e alcaloides (SHER, 2009; ALMEIDA et
al., 2002).
1.1. Fitocosméticos
A utilização de extratos vegetais é cada vez mais empregada, pois o conhecimento
de sua atividade é baseado na medicina popular e é acessível a todos. Eles são
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incorporados a concentrações que variam entre 3 a 10% de inúmeros fitocosméticos em
função de sua atividade como, por exemplo, em antirrugas, regeneradores, anti-acne
entre outras (PEYREFITTE et al., 1998). Os vegetais possuem um grande número de
compostos ou substâncias ativas, onde alguns destes são entidades químicas definidas
ou misturas de substâncias que formam grupos verdadeiros, devido a seus caracteres
físicos (CIPORKIN & PASCHOAL, 1992).
Várias plantas estão ganhando aceitação por parte dos profissionais da área
cosmética e dos consumidores, sendo que o uso de extratos vegetais em produtos
cosméticos tem sido cada vez mais motivado pelos pesquisadores e formuladores da
área, porém é preciso cautela e um estudo minucioso da eficácia de cosméticos
contendo extratos vegetais para a obtenção de produtos de alta qualidade (DWECK,
2001).
Os produtos fitocosméticos destinados ao tratamento da FEG podem atuar em
diversos aspectos desta afecção, sendo em locais que sofrem acometimento da
microcirculação, perda de elasticidade da pele, diminuição endógena da atividade
lipolítica e alteração do relevo cutâneo (LEONARDI & CHORILLI, 2010; GUIRRO &
GUIRRO, 2010; AFONSO et al., 2010).
2. Objetivo geral
O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico, indicando os
principais princípios extratos vegetais com ação anticelulítica e apontar os mecanismos
de ação e seus efeitos. Além disso, demonstrar os benefícios do uso de plantas
medicinais respeitando suas concentrações, modo de usar e indicação, e justificando que
a associação da mudança nos hábitos alimentares e a prática de atividades físicas são
extremamente interessantes em benefício ao tratamento da celulite.
3. Metodologia
A metodologia utilizada foi a pesquisa de livros específicos e revistas científicas
nas áreas cosmética e estética e sites de busca como Scielo e Pubmed.
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4. Levantamento de literatura
Cafeína
Coffea arabica
A análise fitoquímica dos grãos de café registra a cafeína como sua substância
ativa, também encontrado em outras partes da planta com exceção das raízes,
acompanhada de teofilina e teobromina, hemicelulose e outros carboidratos, ácido
clorogênico e trigonelina (ácido-metil-nicotínico), ácidos graxos, esteróis, fenóis, ácidos
fenólicos, proteínas e taninos. As folhas contém, além destes mesmos componentes, os
ácidos benzóico, cinâmico e ascórbico, quercetina e outros flavonóides (LORENZI &
MATOS, 2008).
A cafeína é um composto químico de fórmula C8H10N4O2 — classificado como
alcalóide do grupo das xantinas e designado quimicamente como 1,3,7-trimetilxantina.
É extraído do Coffea arabica, mas também pode ser encontrado nas folhas e talos da
Ilex paraguariensis; nas folhas da Camellia sinensis, nos frutos da Theobroma cacao e
nos frutos da Paullinia cupana (SIMÕES et al., 2003).
O uso de produtos tópicos a médio e longo prazo indutores da lipólise derivados
de extratos vegetais ajudam a melhorar inclusive a aparência da pele. Dentre as
substâncias utilizadas com este propósito, destacam-se a utilização do Amarashape® o
qual é composto por sinefrina, uma substância extraída de laranja amarga (Citrus
aurantium) e cafeína (Coffea arabica), tipicamente presentes em produtos cosméticos
destinados ao tratamento da celulite. No sentido de ultrapassar o estrato córneo que
constitui a principal barreira à penetração da cafeína e, atingir o tecido subcutâneo, os
pesquisadores desenvolvem formulações cosméticas, constituídas por substâncias que
promovam a penetração cutânea, utilizando-se veículos, como a incorporação em
lipossomas, que depositam os ingredientes ativos no local de ação, de uma forma
direcionada e em maior quantidade. Sabe-se que além de manter a estabilidade dos
ativos, os lipossomas aumentam a absorção pelas camadas da pele (CHORILLI et al.;
2007; LEONARDI & CHORILLI, 2008; PIRES-DE-CAMPOS et al., 2008;
RAMALHO & CURVELO, 2006).
Há registros de outros ativos cosméticos que apresentam a cafeína associados para
o tratamento da celulite como, por exemplo, o Biotannicol® (associado a teofilina,
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glicina, extrato de semente de cola); Cafeisilane® (associado ao metilsilanol manurato);
Glycosan cafeína® (em ciclodextrina) e o Unislim® (associado com mate) (RIBEIRO,
2010).
No caso do Slimbuster® (associado com fitoesteróis de canola de Brassica
campestris L.), estudos mostram a capacidade de estimular significativamente a lipólise,
a síntese de leptina em cultura de adipócitos humanos, colágeno, elastina e
glicosaminoglicanas (GAGs) em cultura de fibroblastos humanos, a contração de
fibroblastos em gel de colágeno, bem como promover a melhora das características
histológicas gerais da pele em ensaios ex-vivo (STASI et al., 2009).
A cafeína, associada ao tiratricol (ácido triiodotiroacético), segundo estudos
experimentais, atuam por inibição da fosfodiesterase, enzima que induz a degradação de
AMPc transformando-o em 5'AMP inativo, acarretando na manutenção da taxa de
AMPc que ativa a proteinoquinase A e, consequentemente, a lipase hormônio sensível
(LHS), induzindo a lipólise através da mobilização de ácidos graxos e glicerol
(EASTWOOD, 2011).
A ação da cafeína pode ser potencializada pela coenzima A e aminoácido L-
carnitina os quais potencializam os efeitos da cafeína por aumentar o consumo e a
quebra dos ácidos graxos livres, induzindo o seu transporte ativo através da membrana
mitocondrial, que libera ATP, aumentando a eficiência da triglicéride lipase, facilitando
a hidrólise dos triglicérides (LEONARDI & CHORILLI, 2010).
Guaraná
Paullinia cupana K.
O guaraná extraído na espécie Paullinia cupana K. é usado na indústria
farmacêutica e na fabricação de refrigerantes, xaropes, sucos, pó e bastões. São
atribuídos ao guaraná, entre outras, as seguintes propriedades: estimulante, afrodisíaco,
adstringente, ação tônica cardiovascular, combate a cólicas, diarreias crônicas,
nevralgias e enxaquecas e ação diurética e febrífuga (LORENZI & MATOS, 2008;
SIMÕES et al., 2003).
A análise fitoquímica das sementes registra a presença de pequena quantidade de
um óleo formado de constituintes voláteis e fixos, 30% de amido, 15% de proteína, 12%
de taninos e até 5,8% de cafeína acompanhada de pequenas quantidades de teofilina,
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além de resina, ácido málico, saponinas, catequina, epicatequina e alantoína (LORENZI
& MATOS, 2008).
Há séculos, por via oral, o extrato de guaraná vem sendo utilizado como
estimulante do sistema nervoso central, e tal propriedade pode ser associada
especialmente à cafeína, um das substâncias ativas mais abundantes nesse extrato, além
da possibilidade de se usar topicamente. Além de possuir compostos por bases
xantínicas (cafeína, teofilina e teobromina), inclui-se saponinas e taninos em altas
concentrações, sendo que estes apresentam atividade antioxidante (MURAD, 2006;
ESPINOLA, 1997).
Dessa forma, sugerem-se o uso em formulações tópicas para o tratamento da
celulite. No entanto, a eficácia do uso do extrato de guaraná topicamente ainda não foi
comprovada na literatura científica, sendo às vezes empregada a cafeína em
formulações tópicas para o tratamento e a prevenção, sendo concentração usual da
cafeína até 8% e das outras metilxantinas até 4% (GAMA, 2010; CHORILLI et al.,
2004; ACCÚRSIO, 1999; DI SALVO, 1996).
Goji berry
Lycium barbarum
Estudos de GROSS (2005) confirmam que as bagas de Goji da espécie Lycium
barbarum despertaram interesse na comunidade científica ocidental pela sua riqueza
nutritiva e ação antioxidante. Conhecido como Goji (ou wolfberry) no mercado, L.
barbarum é popular por suas propriedades nutritivas e é chamado de "super frutas" ou
"Super alimento" (Karp, 2009; McLaughlin, 2006; Sohn, 2008). L. barbarum,
distribuídos predominantemente em todo o Mediterrâneo e da Ásia, é um arbusto de
folha caduca que é amplamente cultivada na província de Ningxia no noroeste da China
para fins comerciais.
Contêm o espectro completo de carotenoides, incluindo o betacaroteno,
zeaxantina e a luteína. Além disso, elas apresentam 500 vezes a quantidade de vitamina
C em comparação com a laranja, e são ricas em B1, B2, B6 e E. As bagas maduras
contêm -sisterol, sesquiterpenoides como a ciperona, solavetivona, tetraterpenoides,
betaína e fisalina. Um polissacarídeo demonstrou ser um poderoso estimulante da
regeneração celular (MIGUEL, 2007). Estudos têm demonstrado efeitos benefícios da
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L. barbarum relacionadas ao envelhecimento, neuroproteção, bem-estar geral, fadiga /
resistência, controle glicêmico em diabéticos, glaucoma, imunomodulação,
citoproteção, atividade antitumoral e antioxidante (State Pharmacopoeia Committee,
2010).
Uva vermelha
Vitis vinifera L.
As partes utilizadas da espécie Vitis vinifera L. são as folhas, os frutos e as
sementes e, em cosméticos, as sementes (SCHLEIER, 2004). As uvas vermelhas
possuem em sua composição: flavonoides (ação antioxidante), leucocianidinas, pró-
cianidinas que auxiliam no aumento da permeabilidade das vesículas microarteriais e
linfáticas) e taninos que auxiliam na redução da peroxidação lipídica. As frutas contêm
diversos ácidos, como o oxálico, málico, tartárico e racêmico. Nos produtos tópicos, o
óleo essencial é usado na concentração de 2 a 7% (LEONARDI & CHORILLI, 2010;
GAMA, 2010; MAFFEI FACINO et al., 1994).
Trevo amarelo
Melilotus officinalis
A parte da planta do trevo amarelo da espécie Melilotus officinalis que se
encontram os princípios ativos são as folhas e flores. Um dos componentes do extrato
vegetal é a cumarina que reduz o edema linfático e diminui a permeabilidade capilar. É
comum a recomendação para pacientes com insuficiência venosa crônica e congestão
linfática, condições que se acredita estar associada à celulite. A concentração
recomendada é de 2 a 5% (LEONARDI & CHORILLI, 2010).
Centela
Centella asiática
A parte da planta utilizada da espécie Centella asiatica é as folhas as quais seus
extratos são compostos por 40% de asiaticosídio, 30% de ácido madecássico, 30% de
ácido asiático, além de derivados triterpênicos como madecasósido e terminolósido. A
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união dessas substâncias atuam no tecido conjuntivo, nos fibroblastos e bem como na
microcirculação (LEONARDI & CHORILLI, 2010; GAMA, 2010).
Castanha da Índia
Aesculus hippocastanum
A composição fitoquímica da Castanha da Índia varia de saponinas triterpênicas
(principalmente aescina, aesculina e aescigenina), flavonoides (quercetina, canferol,
rutina, astragalin, quercetrina e esculina), heterosideos cumarínicos (fraxina, escopolina,
aesculetina, aesculosídeo e aesculina), óleos fixos (ácidos oléico, linoléico, palmítico,
esteárico e linoleico), vitaminas (B, C e provitamina D), ácidos graxos (2-5%), proteínas
(8-10%), fitosterol, açúcar e taninos (ácido esculitânico, epicatequina, leucocianidina e
leucodelfinina) (GAMA, 2010). A principal ação farmacológica da Castanha da Índia é
sobre o sistema circulatório, particularmente sobre o sistema venoso. Seus ativos
aumentam a resistência e o tônus das veias, diminuindo a fragilidade e a permeabilidade
dos capilares. Essa ação resulta em vasoconstrição periférica, ativa a circulação
sanguínea e favorece o retorno venoso. Suas indicações na fitocosmética variam na
formulação de cremes e loções para embelezamento de pernas. Também indica-se como
tônicos capilares e xampus voltados ao tratamento de queda de cabelo (MULTI
VEGETAL, 2012).
Na fitoterapia, as indicações são diversas, em casos de flebites, na prevenção de
varizes, em tratamento de processos reumáticos, para o alívio dos sintomas das
hemorroidas, graças a presença da escina e o esculósido presentes no extrato. Eles
apresentam ações venotônicos e estimuladores da resistência capilar, aliviando dores e
inflamações (SIRTORI, 2001).
Os derivados cumarínicos agem nos distúrbios vasculares periféricos e nos
edemas proteicos, retiram as proteínas do interstício e promovem a drenagem linfática.
A escina é o principal componente em formulações cosméticas para a celulite, pois
demonstram a capacidade de reduzir a atividade enzimática lisossomal, além de reduzir
a permeabilidade capilar. A concentração usual recomendada é de 1 a 3% (LEONARDI
& CHORILLI, 2010; MIGUEL, 2007).
Os flavanoides possuem ação anti-inflamatória, por inibirem o ciclo da
lipoxigenase e cicloxigenase. Como resultado destas funções, não há liberação dos
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principais mediadores inflamatórios (prostaglandinas e leucotrienos), com redução da
permeabilidade capilar, redução da inflamação e da dor, além de possuir a capacidade
de melhorar o fluxo sanguíneo ao preencher buracos microscópicos em vasos
sanguíneos. Ao reforçar estas veias, ocorre a prevenção de danos futuros no sistema
circulatório (NÈGRE-SALVAYRE et al., 1991).
A rutina é um flavonóide com potente ação sobre o endotélio capilar. Atua na
bioquímica da via do ácido araquidônico, inibindo a síntese de prostaglandinas e da
ciclooxigenase, inibindo a ação dos leucotrienos pela lipoxigenase. Como consequência
desse bloqueio, ocorre a lipólise estimulada pelas catecolaminas e hormônios lipolíticos,
reduzindo os processos inflamatórios por diminuição da histamina e diminuição da
permeabilidade capilar e ação vasoconstritora por bloqueio da síntese dos leucotrienos.
Atua também na formação de um complexo, com os radicais livres, protegendo as
estruturas vasculares contra sua ação lesiva, pois possui ação antilipoperoxidante,
impedindo a oxigenação das gorduras. Sua ação também se verifica no colágeno,
elastina e proteoglicanos, aumentando a síntese destes nas paredes dos vasos tornando-
as mais resistentes (NEVES & PAES, 1998).
Gengibre
Zingiber officinale R.
Seus rizomas são utilizados como especiarias para temperos de carnes e bebidas.
Pode ser utilizada medicinalmente para asma, bronquite, menorreia, estimulante
digestivo, anti-inflamatória, antirreumática, antiviral, antimicrobiana, antitussígena,
antitrombose, cardiotônica, antialérgica, colagoga, protetora do estômago e da garganta.
Sua análise fitoquímica mostrou a presença de 1 a 2,5% de óleos voláteis, sendo estes os
citral, cineol, borneol e os sesquiterpenos zingibereno e bisaboleno, além de um óleo-
resina rico em gingeróis. Outros constituintes são os açúcares, proteínas, vitaminas do
complexo B e C (LORENZI & MATOS, 2008).
O canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona são óleos essenciais encontrados
no gengibre para promover o aquecimento dos membros frios, sendo utilizados para
ativarem a circulação de áreas afetas pela celulite (Plant cultures: botany, history and
uses of ginger 2011; Hearth-Care-Clinic, 2011).
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Alecrim
Rosmarinus officinalis L.
As folhas, flores e frutos secos de alecrim são utilizados em temperos de carnes e
massas quando triturados. Seu uso medicinal em forma de chá (folhas) é utilizado para
os casos de má digestão, gases no aparelho digestivo, dor de cabeça, hipertensão,
problemas digestivos, perda de apetite, dismenorréia, fraqueza e memória fraca. É
utilizado também nos tratamentos tópicos como em reumatismo, cicatrizante e anti-
inflamatório. A análise fitoquímica registrou para as folhas a presença de óleo essencial
constituído de uma mistura de componentes voláteis que é responsável pelo odor típico,
dentre os quais os principais são cineol, alfa-pineno e cânfora e, entre os compostos não
voláteis, o ácido caféico, ácido rosmárico, diterpenos amargos, flavonoides e
triterpenoides (LORENZI & MATOS, 2008).
Quando o extrato aquoso de alecrim foi analisado, sua composição química
revelou a presença de muitas substâncias cujas propriedades antioxidantes e anti-
lipoperoxidante tem sido demonstradas nos quais podem citar o ácido rosmarínico,
ácido caféico, ácido clorogênico, ácido carnosólico, rosmanol, diterpenos carnosol,
rosmari-diphenol, rosmariquinona e muitos outros antioxidantes naturais, ácido
ursólico, ácido e do alcaloide rosmaricina glucocólico. O óleo de alecrim contém ésteres
(2-6%) em grande parte como borneol, cineoles e vários terpenos (SENA et al,. 1999).
5. Discussão
O resultado mais expressivo encontrado foi a substância ativa cafeína extraída da
espécie Coffea arabica, muito utilizado para o tratamento anticelulítico. Pode ser
associado com outros ativos com mesmos fins. As associações de substâncias ativas
naturais tem como propostas presentes atuarem em diferentes vias e mecanismos de
ação para tornarem mais efetivos.
Os metabólitos secundários mais presentes com apelo de ação anticelulítica
encontrados são os alcaloides (cafeína, teofilina e teobromina) como, por exemplo, o
extrato vegetal de Paullinia cupana. Como ação antioxidante, os flavonoides, taninos ou
óleos essenciais são exemplos encontrados nas espécies Vitis vinifera, Aesculus
hippocastanum, Lycium barbarum, Paullinia cupana, Zingiber officinale e Rosmarinus
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officinalis. O extrato de Centella asiatica auxilia na melhora do quadro do tecido
conjuntivo, estimula a síntese de colágeno e na microcirculação. A cumarina extraída do
Melilotus officinalis é uma substância que auxilia na redução do edema local linfático e
também diminui a permeabilidade capilar.
Segue-se abaixo, na tabela 1, os agentes ativos do tratamento tópico da celulite
com base no seu mecanismo de ação mais usualmente indicados de acordo com as
espécies pesquisadas:
Ação cosmética Espécie vegetal Metabólito (ativo presente)
Antioxidante Paullinia cupana taninos
Lycium barbarumvitaminas e -sisterol
Vitis vinifera flavonoides e taninos
Rosmarinus officinalis óleos essenciais voláteis
Permeabilidade capilar Melilotus officinalis cumarina
Lipólise Coffea arabica metilxantinas (cafeína)
Paullinia cupana metilxantinas (cafeína, teobromina e teofilina)
Aesculus hippocastanum escina e rutina
Termoterápica Zingiber officinale óleos essenciais voláteis
Restauração dérmica Centella asiática asiaticosídio
ácido madecássico, asiático e derivados
triterpênicos
Tabela 1: Agentes ativos do tratamento tópico da celulite com base no seu mecanismo de ação
6. Conclusão
Conclui-se que para um tratamento eficaz contra a celulite torna-se necessário, a
princípio, consultar um dermatologista e/ou outro profissional da área de saúde para
fazer a avaliação e a recomendação de qual substância ativa incorporada num
fitocosmético é o melhor indicado para o caso específico em si, pois, às vezes, somente
com mudança de hábitos de vida associadas a uma alimentação saudável, sem vícios e
com a prática de algum esporte, poderá melhorar o aspecto celulítico.
As substâncias ativas fitoterápicas extraídas da Coffea arabica; Paullinia cupana;
Lycium barbarum; Vitis vinifera; Melilotus officinalis; Centella asiatica; Aesculus
hippocastanum; Zingiber officinale e Rosmarinus officinalis são eficazes no tratamento
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da celulite, pois melhoram o aspecto "casca de laranja".
Acredita-se que a tendência seja a procura de outras substâncias ativas
fitoterápicas que atuam em todas as vias de tratamento e/ou prevenção da celulite.
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Aceito em 11/12/2013