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5/22/2018 Revista Pet Food Brasil Jun 2012
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Pet Food Brasil
Pet Food BrasilRevista
Ano 4 / Edio 20 / Mai-Jun de 2012 / www.editorastilo.com.br
PremixO uso da suplementao imprime uma nova
realidade indstria brasileira de nutrio anim
PremixO uso da suplementao imprime uma nova
realidade indstria brasileira de nutrio anim
Setor se rene na 2 EXPO PET FOODSetor se rene na 2 EXPO PET FOOD
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2 Editori a
Edio 20Maio/Junho 2012
Prezado Leitor
A indstria de nutrio para animais de estimao contabiliza a sua
participao durante a segunda edio da Expo Pet Food, evento realizado
em So Paulo, no incio de maio. A feira, promovida pela Editora Stilo, foi
mais uma vez palco para lanamentos e apresentao de tendncias em
equipamentos, insumos, raes, embalagens e demais itens voltados para o
mercado de alimentao animal. Confira as novidades e a opinio de quemparticipou do evento, que em paralelo sediou o IV Congresso Internacional e
o XI Simpsio sobre Nutrio de Animais de Estimao, ambos organizados
pelo CBNA Colgio Brasileiro de Nutrio Animal.
Destacamos tambm nesta edio o uso do premix na a limentao para animais
de companhia. De acordo com dados fornecidos pela ABINPET, o setor pet
food produziu em 2011, 1.934 mil toneladas, movimentando R$ 12,2 bilhes.
Considerando-se uma incluso mdia de 4% de premix, o volume utilizado foi
de aproximadamente 77 mil toneladas. A demanda para este mercado segue
o crescimento estimado para o setor de alimentao animal. Fornecedores
analisam o mercado brasileiro de premix, apontam as tendncias, nos contam
como atuam e revelam as suas perspectivas de negcios.
Gerente industrial da Brazilian Pet Foods, Marcelino Bortolo, o nosso
entrevistado. O especialista conta a trajetria da companhia, que surgiu em
2010 aps diviso da Nutriara, e tem como proposta produzir alimentos com
alta tecnologia e qualidade superior. Nosso objetivo desenvolver alimentos
que se destacam pela qualidade, inovao e bem estar dos animais, com uma
atuao respaldada na sustentabilidade. Confira!
Boa Leitura!
Daniel Geraldes
Pet Food B
Pet Food BRevista
Ano 4 /Edio 20 /Mai-
PremixO uso dasuplementao imprim
realidadei ndstriabrasileirade nu
PremixO uso dasuplementao imprim
realidade indstriabrasileirade nu
Setorserenena 2EXPO PESetorserenena 2EXPO PE
C
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DiretorDaniel Geraldes
Editor Chefe
Daniel Geraldes MTB 41.523daniel@editorastilo.com.br
Jornalista Colaboradora
Lia Freire - MTB 30222
PublicidadeLuiz Carlos N. Lubos,
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Direo de Arte e ProduoLeonardo Piva
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Conselho EditorialAulus Carciofi
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Flavia SaadJos Roberto Sartori
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Cepea/Esalq, Engormix, CBNA
ImpressoIntergraf Ind.Grfica Ltda
DistribuioACF Alfonso Bovero
Editora StiloRua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61So Paulo (SP) - Cep: 04004-000
Fone: (11) 2384-0047
A Revista Pet Food Brasil uma publicao bimestralda Editora Stilo que tem como pblico-alvo empresasdos seguintes mercados: Indstrias de Pet Food,
Fbricas de Rao Animal, Fornecedores de Mquinase Equipamentos, Fornecedores de Insumos e Matrias
Primas, Frigorficos, Graxarias, Palatabilizantes, Aditivos,Anti-Oxidante, Embalagens, Vitaminas, Minerais,
Corantes, Veterinrios e Zootecnistas, Farmacologia,Pet Shops, Distribuidores, Informtica/Automao
Industrial, Prestadores de Servios, Equipamentos deSegurana, Entidades da cadeia produtiva, Cmaras de
Comrcio, Centros de Pesquisas e Universidades, EscolasTcnicas, com tiragem de 10.400 exemplares.Distribuda entre as empresas nos setores de
engenharia, projetos, manuteno, compras, diretoria,gerentes. enviada aos executivos e especificadores
destes segmentos.Os artigos assinados so de responsabilidade de seus
autores e no necessariamente refletem as opinies darevista. No permitida a reproduo total ou parcial
das matrias sem expressa autorizao da Editora.
Sumrio
Not cias
Cade rno Cien tfi co
Capa
Entr evis ta
Info rme Tcni co
Em F oco1
Em F oco2
Em F oco3
Em F oco4
Segu rana Alim enta r
Pet Food Online
Cade rno Tcni co1
Cade rno Tcni co2
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6 Not ciasNot cias
Mais uma planta industrial, construda pelaFerraz, inaugurada
A Puro Trato uma das principais fornecedoras de alimentos para grandes animais, com uma vasta gama de produtos, quer seja
no setor de raes balanceadas, quer seja no de suplementos minerais e proticos. H um portflio bastante grande e completo
na linha para equinos, tendo em suas instalaes modernos equipamentos para fabricao de raes de alto padro (por exemplo,
laminador de gros e aveia).
A empresa atende vrios Estados e, de agora em diante com a nova planta j construda dentro dos padres de qualidade e
sanidade - poder expandir ainda mais sua rea de atuao no territrio nacional e tambm internacional, com alimentos para ces,
gatos e peixes, todos com maior valor agregado.
Foi empregada a mais alta tecnologia na nova planta, quer seja em equipamentos, quer seja em automao de mquinas e
processos, possibilitando um perfeito controle de qualidade. Um moderno laboratrio responsvel pela segurana de todas as
matrias-primas envolvidas no processo, bem como, da qualidade dos produtos acabados.
NOFINALDOMSDEMAIOANOVAUNIDADEDEPRODUODERAESEXTRUSADAS, DAPUROTRATO, EMSANTOAUGUSTO(RS), COMEOUAOPERAR
Melhoradores de desempenho na alimentaoso proibidos O uso das substncias antimicrobianas espiramicina e eritromicina, com finalidade de aditivo zootcnico melhorador de
desempenho na alimentao animal, foi proibido pelo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Mapa). A determinao
est na Instruo Normativa n 14, publicada no Dirio Oficial da Unio (DOU) de 18 de maio.
A deciso faz parte das aes desenvolvidas pelo Mapa para garantir o uso responsvel e prudente de antimicrobianos em
animais produtores de alimento e atualizar os estudos tcnico-cientficos sobre aditivos melhoradores de desempenho utilizados
em animais. O trabalho vem sendo desenvolvido pelo Grupo de Trabalho do Departamento de Fiscalizao de Insumos Pecurios
(DFIP) desde 2003.
O comit sugeriu a descontinuidade do uso de espiramicina e eritromicina como aditivo melhorador de desempenho por
preocupaes relacionadas sade pblica. Para essas substncias, considerada prioritria a necessidade de anlises de risco
e implementao de medidas para preveno do desenvolvimento de resistncia microbiana, conforme as recomendaes dos
organismos de referncia dos quais o Brasil membro, como a Organizao Mundial de Sade (OMS), a Organizao Mundial de
Sade Animal (OIE, sigla em ingls) e o Codex Alimentarius.
Com as novas regras, os registros dos aditivos e produtos destinados alimentao animal que contenham as substncias
antimicrobianas espiramicina e eritromicina devero ser cancelados no prazo de 30 dias.
A manuteno dos registros dos produtos destinados alimentao animal, quando for do interesse das empresas detentoras dos
registros, permitida desde que seja alterada a sua composio, com a substituio das substncias antimicrobianas espiramicina e
eritromicina por outro aditivo melhorador de desempenho base de antimicrobianos, em conformidade com a legislao vigente.
Fonte: Mapa
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Incio da construo do novo Instituto dePesquisa da Kemin em Des Moines
Kemin Industries iniciou a construo do novo prdio que abrigar o departamento de Pesquisa e Desenvolvimento em Des Moines. O moderno
laboratrio dispor de 370 metros lineares de espao de bancada, abrigando cerca de 60 cientistas.
O novo prdio contar com dois laboratrios gerais, seis laboratrios compartilhados e trs laboratrios-piloto. Os laboratrios-piloto atuaro no
desenvolvimento de produtos que possam posteriormente ganhar escala de produo na preparao do lanamento comercial.
Caso voc queira saber o que inspira cientistas e pesquisadores a darem o melhor de si, basta lhes perguntar e foi exatamente o que fizemos,
afirmou o Dr. Chris Nelson, Presidentee CEO da Kemin. Eles nos ajudaram no projeto do novo prdio de P&D, que uma abordagem de conceito
aberto e inclui laboratrios compartilhados. o melhor ambiente possvel para estimular a colaborao, inovao e desenvolvimento de produtos
inditos.
Os cientistas da Kemin que pesquisam e desenvolvem produtos para as indstrias de rao, alimentos, sade, nutrio e beleza trabalharo neste novo
prdio. O departamento atual continuar a operar em plena capacidade com cientistas focados em inovaes, pesquisas e alimentos para pets.
Existem inmeras caractersticas especiais no projeto do novo prdio, inclusive um laboratrio sensorial e uma cozinha experimental, que seroutilizados pela diviso de tecnologia de alimentos da empresa. Contar tambm com um laboratrio para a avaliao das molculas desenvolvidas pela
Kemin para produtos de cuidados pessoais.
Este novo centro de pesquisas parte do plano de expanso global anunciado pela Kemin em outubro de 2010, que inclui a duplicao das
instalaes de sua matriz em Iowa. O centro de pesquisas, que deve ser concludo em meados de 2013, ser conectado ao novo prdio da matriz.
Mais de 100 cientistas se reuniram este ms em Des Moines para a cerimnia de lanamento da pedra fundamental da nova instalao.
KEMIN INSPIREDMOLECULARSOLUTIONS
A Kemin (www.kemin.com) fornece solues moleculares inspiradas, especificamente desenvolvidas para o benefcio de seres humanos e animais.
Comprometida com segurana de alimentos e raes, a Kemin fabrica mais de 500 ingredientes especiais em suas modernas fbricas para o setor
global de alimentos e raes, alm dos mercados de sade, nutrio e cuidados pessoais. A Kemin, empresa privada global, conta com quase 1.500
funcionrios, opera em mais de 90 pases e possui plantas na Blgica, Brasil, China, ndia, Itlia, Cingapura, frica do Sul e Estados Unidos.
A CONSTRUOPARTEDOPLANOGLOBALDEEXPANSODAEMPRESA
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Nosso problema o farelo de soja, e no omilho, diz executivo da BRF O preo do farelo de soja o que tem pressionado os custos da BRF
Brasil Foods e no o preo do milho, segundo informaes do diretor de
compra de gros, farelo e leos da companhia, Messias Oliveira. O farelo
est bastante alto e corresponde a 25% do custo de produo da rao e
16% do custo final do frango. J o preo do milho est em um nvel bem
interessante, esclarece o executivo durante o evento Perspectivas para o
Agrobusiness em 2012 e 2013, realizado pela BM&FBovespa.
Para ele, o preo da soja deve continuar alto. Tivemos uma quebra
na ltima safra de soja de 13 milhes de toneladas, considerando as
estimativas, e em 10 mi lhes considerando a produo de 2011, informa
ao comentar os preos para este ano. Para ele, a safra dos Estados Unidos,
no segundo semestre do ano, deve ajudar a melhorar o cenrio. Acho que,
com a entrada da safra americana, o quadro pode melhorar um pouco,mas no muito, diz.
No sentido oposto, o preo do milho deve permanecer em um patamar mais baixo, com a previso de uma boa oferta no prximo
semestre. Vemos uma safra recorde tanto nos Estados Unidos, quanto no Brasil, diz L eonardo Sologuren, da empresa Clarivi. Ele salienta
um ponto importante para exportadores nacionais de milho o preo da commodity est pareando uma correlao no mercado nacional e em
Chicago, comenta. Para Sologuren, essa aproximao indica um amadurecimento do mercado brasileiro.
Os executivos tambm comentaram sobre a possibilidade de a Chi na aumentar a produo interna de milho e, assim, diminuir demanda
externa. H muito potencial para crescimento de produo na China. Eles ainda tem muito a crescer com tecnologia, avalia o executivo
da BRF. Por outro lado, aponta Leonardo Sologuren, por mais que a China cresa, o nvel da demanda ainda vai superar e muito a oferta,
pontua. As informaes partem da Agncia L eia.
Fonte: Agncia Leia
Guabi prospecta novas parcerias em feirainternacional do segmento petINTERZOO2012 UMDOSPRINCIPAISEVENTOSPETINTERNACIONAIS
O mercado pet brasileiro est aquecido e empresas nacionais buscam novas oportunidades no cenrio internacional para ingressar
seus produtos em um setor que movimenta no mundo U$76 bilhes/ano. No Brasil, o segmento alcana a cifra de R$11 bilhes, de acordo
com dados da ABINPET (Associao Brasileira da Indstria de Produtos para Animais de Estimao). Desta fatia, o ramo Pet Food
representa 66% de todo o valor de mercado. O Grupo Guabi um dos maiores produtores de raes e suplementos do pas participou da Interzoo, que foi realizada entre os dias
17 a 20 de maio, em Nuremberg (Alemanha). No ano passado, a feira recebeu 1.500 expositores de vrios pases e um pblico estimado em
mais de 39 mil visitantes de diversas nacionalidades.
A Interzoo a maior feira no segmento pet e traz um panorama do mercado mundial. A Guabi no poderia deixar de participar deste
importante evento, que rene os principais fornecedores desta rea. Para a Empresa uma oportunidade de prospectar novas parcerias
e apresentar um produto genuinamente brasileiro com qualidade superior ao mercado internacional. A Guabi j exporta pa ra mais de 30
pases e busca ampliar c ada vez mais sua rea de atuao, ressalta Robson Fonseca, gerente de Comrcio Exterior da Guabi.
Para Robson, os produtos no mundo vm caminhando para as linhas naturais, como ocorre para os seres humanos. Cada vez mais os
animais de estimao so tratados como membros da famlia e os cuidados com a alimentao e sade dos pets tm merecido uma ateno
especial por pa rte de seus donos, complementa Fonseca.
Informaes para imprensa: LN Comunicao
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s frutanas so polmeros de frutose, podendo
ser naturais, derivados de plantas (inulina) ou sintticos,
resultante da polimerizao da frutose (Gibson e
Roberfroid, 1995). A inulina um termo aplicado a
uma mistura heterognea de polmeros de frutose,
de cadeia linear com tamanho varivel, unidos por
ligaes do tipo (2-1), encontrados amplamente na
natureza como carboidratos de armazenamento de
plantas como alcachofras, cebola, alho, aspargo, banana,
tomate, cevada, centeio, trigo, raiz de chicria e yacon
(Roberfroid et al., 2010). Grande parte da inulina e
Frutooligossacardeos (FOS) comoprebiticos para ces e gatos
A
Por: Ricardo Souza Vasconcellos e Karla dos Sa ntos Felssner
oligofrutose disponveis no mercado de ingredientes
sintetizada a partir da sacarose ou extrada das
razes de chicria (Niness, 1999). Tratando-se de
carboidratos no-redutores no participam das
reaes de Maillard e so altamente estveis em
diferentes condies de pH e temperatura (Van Loo
et al., 1998). Possuem resistncia acidez gstrica,
hidrlise enzimtica e absoro gastrointestinal,
penetrando no intestino grosso onde serviro
de substrato para microrganismos benficos
(Roberfroid, 2007). A fermentao no intestino
grosso produz os cidos graxos de cadeia curta (AGCC),
dentre estes os mais estudados o cido ltico, propinico,
butrico e actico. Estes compostos promovem uma
acidificao do lmen intestinal fornecendo um meio
propcio ao crescimento de bactrias benficas como
os Lactobacillus e Bifidobacterium em detrimento
das bactrias patognicas como Clostridium, E.coli,
Listeria, Salmonella e outras (Cummings et al., 2001).
A absoro dos AGCC rpida sendo que acetato e
propionato chegam a circulao portal e em seguida
ao fgado e o butirato utilizado como principal fonte
de energia para os coloncitos. Estudos recentes tm
demonstrado que as clulas do sistema imunolgico,
especialmente polimorfonucleares, expressam
receptores acopladores de protena-G (GPRs) capazes
de transportar os AGCC para o interior destas
clulas, evidenciando a importncia destes substratos
energticos para o sistema imunolgico (Roberfroid
et al., 2010). A suplementao com FOS pode reduzir
a produo de compostos putrefativos (fenis, indis e
amnia), os quais contribuem para o mau odor das fezes
e para a carci nognese do clon (Swanson et al., 2002).
Os mecanismos pelos quais os prebiticos
so capazes de melhorar a resposta imunolgica
do hospedeiro ainda so pouco conhecidos.
Ao estimularem o crescimento das bactrias
produtoras de cido lctico, os prebiticos atuam
indiretamente e de forma benfica sobre o sistema
imune do hospedeiro, pois estas populaes
bacterianas produzem substncias com propriedades
imuno-estimulatrias (ex. lipopolissacardeos,
peptideoglicanas e cidos lipoteicicos) que interagem
com o sistema imune em vrios nveis, incluindo
a produo de citocinas, a proliferao de clulas
mononucleares, a fagocitose macrofgica e a induo
na sntese de imunoglobulinas, em especial as IgA de
mucosa (Macfarlane & Cummings, 1999).
Em humanos, o FOS demonstrou efeitos benficos
em pacientes com infeces intestinais e condiesinflamatrias como colite ulcerativa ativas e sndrome
do intestino irritvel. Apesar destas evidncias do
efeito benfico do FOS sobre a sade em humanos,
os estudos com prebiticos em ces e gatos ainda
so relativamente escassos e apresentam resultados
um tanto quanto controversos. Nesta edio sero
apresentados dois artigos recentes sobre o uso de
FOS, sendo o primeiro deles em gatos e o segundo,
uma meta-anlise de estudos sobre o uso de FOS em
humanos com distrbios gastrointestinais sobre os
benefcios sade alcanados.
CELULOSE, FRUTOOLIGOSSACRDEOS
E PECTINA DIETTICOS MODIFICAM
CATABLITOS PROTICOS FECAIS E
POPULAES MICROBIANAS
EM GATOS ADULTOS.
Resumo: -2,1 frutanas so molculas de hidratos de carb
com propriedades prebiticas. Atravs da resistncia
digesto no trato gastrointestinal superior, elas atingem
clon intactas, onde seletivamente estimulam o crescime
e / ou atividade da populao benfica intestinal. Atra
desta alterao da microflora intestinal e por mecanism
adicionais, -2,1 frutanas podem ter efeitos benficos so
a funo imune, a capacidade para combater a infec
proce ssos inf lam atri os. Nest e trab alh o foram resu mi
e avaliados estudos que investigaram os efeitos do F
Vinte e um estudos em animais de laboratrio sugerem
alguns aspectos da imunidade inata e adaptativa do intest
e os sistemas imunes sistmicas so modificados por B
frutanas. No homem, dois estudos em crianas e nove estu
em adultos indicam que o sistema imunitrio adaptativo p
ser modificado por B-2,1 frutanas. Treze estudos em mode
animais de infeces intestinais concluem um efeito ben
das -2,1 frutanas . Dez estudos envolvendo lactentes e crian
relataram principalmente benefcios sobre os parmetros
infeco. Em quinze ensaios com humanos adultos, po
efeito foi verificado, embora em situaes especfi
certos -2,1 frutanos podem ser benficos. Dez estudos
modelos animais mostram benefcio de -2,1 frutanos no
diz respeito inflamao intestinal. Relatrio de estu
em humanos trazem alguns benefcios em relao a doe
inflamatria intestinal (quatro estudos positivos) e derma
atpica (um estudo positivo), mas os achados em sndro
do clon irritvel so inconsistentes. Portanto, em geral
resultados indicam que -2,1 frutanos so capazes de modu
alguns aspectos da funo imune, melhorando a capacidade
hospedeiro em responder com sucesso para certas infec
intestinais e modificando algumas condies inf lamatri
Bristish Journal of Nutrition, vol.101, p.633-658, 2009.
Autores: Lomax, AR; Calder, PC
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CELULOSE, FRUTOOLIGOSSACRDEOS E PECTINA DIETTICOS
MODIFICAM CATABLITOS PROTICOS FECAIS E POPULAES
MICROBIANAS EM GATOS ADULTOS.
Resumo: doze gatos machos adultos (1,70,7 anos) foram empregados em um delineamento
replicado quadrado latino 3x3 para determinar os efeitos do tipo de fibra na digestibilidade dos
nutrientes, produtos finais da fermentao e populao microbiana fecal. Trs dietas contendo
4% de celulose, frutooligossacardeos (FOS) ou de pectina foram avaliadas. O escore fecal
foi avaliado pelo mtodo de 5 pontos, sendo 1 fezes firmes e ressecadas e 5 fezes lquidas e
aquosas, com diarria. No foram observadas diferenas (P> 0,100) na ingesto de MS, MO,
PB e gordura em hidrlise cida, digestibilidade da MS e da MO, pH fecal e percentual de MS
fecal, concentraes de histamina ou feniletilamina, tambm nas fezes. Digestibilidade da
prote na b ruta e d a g ordur a d imi nur am (P = 0 ,079 e 0 ,001, resp ect iva mente) em resp osta
suplementao com pectina em comparao com a celulose. Tanto a suplementao com FOS
quanto pectina resul tou em aumento dos escores fecais (P
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os anos 80, fabricantes de pet food j acrescentavam
aos seus produtos o premix, porm eram raros os estudos e
pesquisas acerca deste ingrediente e a sua real importncia e
contribuio para os animais, to pouco, havia uma definiotcnica, que surgiu h aproximadamente trs anos. Antes
disso, o premix era registrado como suplemento. Estamos
falando de uma pr-mistura de vitaminas, minerais e
aditivos, acrescentada na alimentao animal em pequenas
quantidades (em virtude de sua alta concentrao) e que no
deve ser fornecida diretamente aos animais (IN 15/2009).
Os premixes esto disponveis para todos os tipos de raes
(extrusadas, peletizadas, fareladas etc) e so direcionados s
mais variadas espcies e fases de desenvolvimento animal,
tanto para animais de produo quanto de companhia, com
maior ou menor grau de processamento.
N
PremixUm mercado com alto potencial
Foi a partir da dcada de 90 que o uso do premix na alimentao para animais de companhiaganhou maior relevncia, estabelecendo uma nova realidade no mercado brasileiro
Por: Lia Freire
O gerente nacional de Premix Pet, da Nutron Alimentos,
Vladimir Fay Silva, observa que o setor de premix passou
por diversas fases de desenvolvimento. At as dcadas de
60 e 70, a maioria das empresas de alimentao animal eraabastecida por alimentos prontos, ou seja, adquiriam-se
raes produzidas por fornecedores especializados, com raras
excees de empresas de alimentao animal que produziam
o seu prprio premix ou compravam este ingrediente. A
partir da segunda metade da dcada de 70, com o aumento
considervel de empresas do setor de alimentao animal,
houve uma difuso do uso da tecnologia do premix pronto
terceirizado, com o fornecimento por empresas produtoras
de vitaminas, o que se consolidou na dcada de 80, com a
entrada de fornecedores de outros componentes, como
aditivos, antibiticos base, melhoradores de desempenho
e outros. Com o tempo, demais fornecedores deste setor
surgiram e, atualmente h mais de 60 empresas de premix
atendendo o mercado nacional.
Com o passar dos anos, os principais players do setor de
alimentao animal focaram suas pesquisas na importncia
desta suplementao, uma vez que durante as fases de
processamento dos alimentos perdia-se vitaminas, minerais
etc. De l para c o seu uso tornou-se sine qua non, ou
seja, no representa mais um diferencial, mas uma condio
mnima de atuao. A partir da dcada de 90 o premix se
popularizou, quando o uso do alimento industrializado
especfico para os animais de estimao ganhou relevncia
e os pets deixaram de frequentar apenas o quintal das
residncias e ganharam o seu espao no interior das casas.
Essa maior aproximao com os donos fez com que eles
notassem os benefcios que estes premixes ofereciam aos
seus animais, analisa Guilherme R. Palumbo, supervisor de
produtos da M.Cassab, companhia que atua neste mercado
h quase trs decadas.
TENDNCIA
A incluso de premix na rao garante o fornecimento
de nutrientes e aditivos de maneira equilibrada, segura e com
garantias mnimas ou ideais, baseadas no perfil de consumo
em questo, alm de ter o aporte de qualidade de mistura
ideal obtido com rigorosos sistemas de c ontrole.
Os tipos de premix mais utilizados so tambm os
mais comuns, ou seja, vitamnico e mineral. A indstria
comumente trabalha com frmula prpria, encomendando
o premix de acordo com sua necessidade, podendo incluir
aminocidos e outros aditivos.
No basta empregar o premix na alimentao animal,
hoje soma-se necessidade do seu uso, a preciso das
misturas, a quantidade empregada, dentre outros aspectos.
Desenvolver premix no se restringe a misturar vitaminas.
Por trs disso, h uma cincia que atua em vrias frentes:
produto, mistura, estabilidade etc, destaca o supervisor da
M.Cassab, Palumbo, acrescentando que atualmente atribui-
se ao premix no apenas a sua importncia nutricional, comotambm a sua contribuio para as funes imunolgicas.
Os estudos de suplementao sempre foram assim: retirava-
se determinada vitamina do alimento e analisava-se o
resultado. Atualmente, as pesquisas vo alm desta questo.
Analisa-se tambm as doses necessrias de cada vitamina
para determinada fase do animal, destacando-se assim as
funes imunolgicas que os premixes promovem.
Palumbo afirma que o mercado de nutrio animal atua
em paralelo com a nutrio humana. Aqui na M.Cassab
trabalhamos dentro da cincia e seguimos esta tendncia. A
rao econmica no mais a pri meira opo, especialmente
quando analisamos a regio Sudeste. Devido as melhorias
na qualidade de vida do brasileiro, ele busca para o seu pet
alimentos mais nutritivos. Percebemos ainda que alm da
tendncia em aumentar as doses de vitaminas, minerais etc,
nos premixes, vem crescendo consideravelmente o uso de
minerais quelatados - minerais ligados a uma estrutura de
protena ou aminocido, que tem aumento de absoro e no
necessita usar fonte inorgnica -, embora o custo seja mais
alto, explica Palumbo.
MERCADO BRASILEIRO
De acordo com dados fornecidos pela ABINPET
- Associao Brasileira da Indstria de Produtos para
Animais de Estimao, o setor pet food produziu em 2011,
1.934 mil toneladas, movimentando R$ 12,2 bilhes.
Considerando uma incluso mdia de 4% de premix, o
volume utilizado na alimentao de animais de companhia
foi de aproximadamente 77 mil toneladas. A demanda para
este mercado segue o crescimento estimado para o setor de
alimentao animal.
FISCALIZAO E LEGISLAO
A indstria de premix submetida ao controle do
Ministrio da Agricultura. Alm disso, em virtude dos
Atribui-se ao premix no apenasa sua importncia nutricional, comtambm a sua contribuio para a
funes imunolg icas .
A partir da do premix se popoca em queindustrializadoanimais de estganhou relevGuilherme PalM.Cassab.
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constantes e graves problemas de sade pblica e animal, os
importadores de alimentos mantm avanadas estruturas
de fiscalizao a fim de evitar a aquisio de alimentos
contaminados (com metais pesados, antibiticos no
permitidos pela legislao do pas, dioxinas etc). Com base
nisso, a indstria brasileira de raes exige cada vez mais
qualidade e garantias das premixeiras - j que o premix de
baixa qualidade pode ser o principal contaminante de ca rnes,
leite, ovos e raes, descreve Vladimir, gerente da Nutron.
As indstrias de premix devem seguir o regulamento
estabelecido pelo Decreto 6296/2007, normas correlatas
e possuir registro no MAPA- Ministrio da Agricultura,
Pecuria e Abastecimento. A IN 42/2010 isentou o premix
da necessidade de registro. A norma que regulamenta
os produtos destinados a alimentao de animais de
companhia, IN 30/2009, determina que as vitaminas e os
microminerais constantes na formulao dos produtos
devero ter seus nveis de garantia declarados. A norma
tambm diz que para a declarao nveis de garantia de
vitaminas e microminerais, devero ser consideradas apenas
as quantidades adicionadas.
A ABINPET lanou o Manual Pet Food Brasil.
A nova publicao uma atualizao do Manual PIQ
PET, desenvolvido h seis anos pelos grupos tcnicos da
entidade, compostos por diversos profissionais das empresas
associadas e de universidades.
O Manual contm informaes sobre os padres
tcnicos e de qualidade de matrias-primas, parmetros
nutricionais, metodologias analticas aplicveis e condies
ideais de produo para garantir alimentos seguros, tanto
para o mercado nacional, quanto internacional.
A ATUAO DOS FORNECEDORES
De acordo com o gerente da Nutron, Vladimir, desde
o incio da atuao no segmento de nutrio animal, a
empresa que passou no final de 2011 a integrar o grupo
Cargill - focou os seus servios e produtos no mais alto
padro de qualidade para parceiros interessadas no melhor
custo-benefcio, com garantias de segurana nutricional e
qualidade total.
A companhia oferece linha de premixes para gado
leiteiro e de corte, animais de companhia, equinos,
sunos, aves em geral, peixes, alm de matrias-primas e
especialidades do setor. Tambm atendemos empresas
que necessitam de frmulas especficas. Ao contrrio da
maioria, a Nutron no tem como foco principal o custo
primrio de premix, pois a participao deste ingrediente
geralmente pequena no custo total da rao e devido
s garantias necessrias de um produto como este e os
riscos que uma qualidade inferior podem ocasionar, a
nossa preocupao principal a tranquilidade e satisfao
do cliente, entregando o que ele nos sinalizar que seja um
real valor para sua companhia. Com isso, atualmente aNutron no tem direcionamento principal em participao
do mercado de preo e sim na presena no cliente com
qualidade inquestionvel e os melhores resultados possveis
e possibilidade de risco zero. Agora que passamos a
integrar o Grupo Cargill muitas outras novidades viro:
passamos a contar com centenas de pesquisadores, iremos
desenvolver novos ingredientes, alm disso, tecnologias
e servios j esto sendo avaliados e futuramente estaro
disponveis para o mercado nacional.
A Nutron tem investido h um bom tempo em mquinas
para a deteco e controle de contaminantes de alto risco
De acordo com dados daABINPET, o setor pet fo odpr oduz iu em 2011, 1.934 mi l
toneladas e movimentou R$12,2 bilhes. Considerando uma
incl uso mdi a de 4% de prem ix ,o vo lume ut il iz ado na al imenta o
de an im ais de comp anhi a fo i deaproxima damente 77 mi l to ne la das.
Investimosconstantemente emnossos laboratrios
para a qualifcao e
validao de nossosprodutos, Pedro L.
Bertolani, da M.Cassab.
como metais pesados, dioxinas e antibiticos. Atualmente,
o nosso laboratrio referncia no setor, prestando servio
inclusive a outras empresas do segmento, destaca Vladimir. A M.Cassab h 3 anos atua fortemente no segmento de
premixes para pet food. A sua fbrica de Valinhos (SP) possui
produo inteiramente dedicada a esta linha e tem recebido
investimentos constantes para adequar-se s diversas
exigncias do mercado. At o final de 2012, a expectativa
que os investimentos cheguem a R$ 1 milho. O Grupo
tambm investe em laboratrios para a qualificao e
validao de seus produtos, como acontece h 10 anos em
sua unidade na China, que conta com 12 pessoas. Em
paralelo a isso, temos aqui no Brasil uma forte e capacitada
estrutura tcnica que por meios analticos busca comprovar
a qualidade de nossos produtos. Possumos um sistema
de rastreabilidade total e de pesagem assistida, que um
sistema de checagem da incluso de cada ingrediente que
faz parte da formulao do premix ou do blend vitamnico,
por isso, no h a menor possibilidade da incluso de um
ingrediente indesejado em nossas formulaes. Em virtude
desta atuao, temos a total segurana em comercializar
produtos de mxima qualidade e segurana. Atuamos
a partir do que o Ministrio da Agricultura, Pecuria e
Abastecimento (MAPA) exige. Nossos premixes no tma presena de antibiticos, antioccidianos, medicamentos e
melhoradores de desempenho, so livres de contaminantes,
ou seja, apenas linha branca. Tambm desenvolvemos
formulaes customizadas em conjunto com as empresas
do setor, explica Pedro Luis Bertolani, gerente de mercado
ingredientes e suprimentos da M.Cassab.
Palumbo, da M.Cassab, afirma que atualmente a
empresa detm aproximadamente 8% do mercado brasileiro
de premix e a meta conquistar 15%. Temos estrutura para
atender 50%. Somos audaciosos, com otimismo. Visamos
crescer com segurana e gradativamente. Encaramos o
premix como uma ferramenta de trabalho. O que temos de
expertise, compartilhamos com o mercado. O conhecimento
tcnico comum a quase todas a s empresas e cabe a ns querecebemos outros tipos de informaes compartilharmos
com os nossos parceiros de negcios.
Presente em mais de 35 pases, a DSM oferece ao
mercado a garantia de rastreabilidade dos seus premixes
e isso se deve a complexa estrutura da companhia que
permite desde a produo da matria-prima das vitaminas,
passando por sua transformao na forma comercial,
chegando produo dos premixes. Desenvolvemos
premixes de linha e de formulao especial, para cada
necessidade. Alm disso, estamos focados em setores onde
a nossa participao relativamente baixa. Aproveitamos
para investir em novas parcerias de negcios, expandindo
a nossa linha a atuao no mercado brasileiro, explica
Rodolfo Agustin Pereyra, gerente de vendas no Brasil,
destacando ainda que a tendncia neste mercado por
produtos com alta eficincia e qualidade, exatamente a
filosofia adotada pela empresa.
Desenvolver premix nose restringe a misturar
vitaminas. Por trs disso,h uma cincia que atua emvrias frentes: produto,
mistura, estabi lidade etc.
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20 Entrevi sta
Durante a sua participao no IV Congresso Internacional e XI Simpsio sobre Nutrio de Animais de Estimao,
realizados no incio de maio, juntamente com a 2 Expo Pet Food, em So Paulo, o zootecnista e Dr. em Nutrio
Animal, Marcelino Bortolo, gerente industrial da Brazilian Pet Foods concedeu entrevista equipe da Revista Pet
Food Brasil. Na ocasio, o especialista deu o seu parecer sobre a atual posio do mercado brasileiro de nutrio
animal, falou sobre tendncias de consumo no setor e a atuao da Brazilian Pet Foods. A companhia que surgiu
em 2010 aps ciso da Nutriara, tem como proposta produzir alimentos com alta tecnologia e qualidade superior.
Nosso objetivo desenvolver alimentos que se destacam pela qualidade, inovao e bem estar dos animais, com
uma atuao respaldada na sustentabilidade, enaltece Bortolo.
Marcelino Bortolo
A nutrio para animaisde companhia j h algumtempo est sendo direcionadapara a especializao.
Acredito que segmentos como o de petiscos despontaro ainda mais, como tambm os alimentos que tm intrnsecos conceitos desustentabilidade e funcionalidade, Marcelino Bortolo.
Revista Pet Food Atualmente, qual a tendncia
de consumo no mercado brasileiro de alimentao
animal?
Marcelino Bortolo De um modo geral e isso se estende
ao mercado brasileiro, a nutrio para animais de
companhia est sendo aprimorada, ou seja, os alimentos
esto com finalidades funcionais e apelos de recreao e
treinamento (snacks). Esta tendncia ocorre em funo da
humanizao na relao entre os proprietrios e os seus
animais de estimao. Estes so considerados e tratados
como um membro da famlia, portanto, a procura cada
vez maior por uma alimentao saudvel, balanceada e
adequada, estando diretamente relacionada a alimentos
de maior valor agregado.
Revista Pet Food Qual a anlise sobre o mercado
brasileiro de alimentao animal?
Bortolo Embora seja ntida a evoluo no mercado em
termos de qualidade e diversidade e exista a crescente
procura por alimentos mais elaborados, obviamente
que ainda temos uma grande e considervel fatia para
ser conquistada, formada tanto pelos consumidores
que continuam oferecendo aos seus animais alimentos
humanos, quanto por aqueles que devido s questes
econmicas no tm condies de comprar alimentos
(mais elaborados, que compem as linhas Premium e
Super Premium).
Revista Pet Food Em que posio est a indstria
brasileira de alimentao animal quando levamos em
considerao o cenrio internacional?
Bortolo Hoje em dia, o Brasil est em uma situao
bastante favorvel, especialmente com relao s
questes sanitrias. Os alimentos destinados aos animais
de estimao so altamente seguros, pois sempre
tivemos uma forte presso dos pases da Comunidade
Europeia, Estados Unidos, Canad, China, Chile e demais
regies que importavam os nossos produtos.
A Brazilian Pet Foods est entre os 10 maiores
fabricantes de alimentos para animais do mundo e em
3 lugar na Amrica Latina (http://www.petfoodindustry.
com/Petfood_top_10). Cheguei recentemente dos
Estados Unidos para falar sobre o rigoroso controle
microbiolgico dentro das fbricas da Brazilian Pet
Foods que tem sido timo exemplo de como produzir
alimento animal.
Revista Pet Food O que difere o controle
microbiolgico realizado na Brazilian Pet Foods das
demais companhias?
Bortolo Trabalhamos a partir das Boas Prticas
de Fabricao (BPF) que abrangem um conjunto de
medidas que devem ser adotadas pelas indstrias de
alimentos a fim de garantir a qualidade sanitria e
a conformidade dos produtos alimentcios com os
regulamentos tcnicos. Promovemos diferentes anlises
Por: Lia Freire
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22 Entrevi sta
Alimentar com qualidade
o nosso negcio!
e os resultados vm sendo muito bons. Transmitimos
alta confiabilidade ao mercado. Todo este trabalho de
rastreabilidade na empresa comeou forte h cerca de 6
anos e est fundamentado na conscientizao de todos
os colaboradores. Isso algo que no compramos, mas
formamos e a Brazilian Pet Foods est apoiada pelo
Programa Integrado de Qualidade Pet (PIQ Pet), criado
pela ABINPET - Associao Brasileira da Indstria de
Produtos para Animais de Estimao - ex- ANFALPET.
Esta certificao fornecida para empresas que
seguem as normas de cdigos da BPF (Boas Prticas de
Fabricao) e Programas de Certificaes Internacionais
(APPCC com base no Codex Alimentarius), visando
contribuir para a evoluo da qualidade dos produtos
oferecidos ao mercado consumidor, aumentando a
confiabilidade e a segurana dos alimentos e permitindo
uma demonstrao pblica do comprometimento das
empresas produtoras.
Revista Pet Food Quais aspectos, em sua opinio,
ainda precisam ser aprimorados pela indstria
brasileira de alimentao animal?
Bortolo Acredito que ainda h muito fabricante
brasileiro que precisa se adequar s Boas Prticas de
Fabricao. Os rgos governamentais e de fiscalizaodeveriam concentrar ainda mais esforos neste sentido.
H itens desenvolvidos a partir da mais alta tecnologia,
enquanto outros so produzidos de maneira precria, sem
nenhum tipo de cuidado. Se e voluirmos neste sentido, o
setor de alimentao para animais de estimao ter um
resultado ainda melhor.
Revista Pet Food Como analisa o futuro do
mercado?
Bortolo Como j havia mencionado anteriormente,
o setor est sendo direcionado para alimentos
A companhia nasceu em 2010, a partir de um processo de ciso da empresa Nutriara. A atuao est focada em alimentosfuncionais e de valor agregado, alm da exportao.
A Brazilian Pet Foods segue as n ormas de c digos da BPF (Boas Prticas de Fabricao) e Programas de Certifcaes In ternacionais (A PP
base no Codex Alimentarius).
com finalidades funcionais. Talvez o volume de
extrusados, por exemplo, no cresa tanto, mas
certamente a migrao ir acontecer devido s
novas necessidades. E acredito ainda, que segmentos
como o de petiscos despontaro ainda mais, como
tambm os alimentos que tm intrnsecos conceitos
de sustentabilidade e funcionalidade.
Revista Pet Food N os a present e a Brazil ian Pet
Foods, o seu posici onament o no mercado e os
produtos desenvolvidos.Bortolo A companhia nasceu em 2010, a partir de
um processo de ciso da empresa Nutriara. Nossa
atuao focada em alimentos funcionais e de
valor agregad o, alm disso, trabalha mos forte na
exportao. A sede da empresa est em Arapongas
(PR) e h unidades industriais espalhadas por Paulnia
(SP), Apucarana (PR) e Cuiab (MT), totalizando
6 fbricas. Nossas unidades so equipadas com
a mais alta tecnologia, temos um departamento
especfico para desenvolver novos produtos, que se
destacam pela qualidade, inovao e bem estar que
proporcionam aos animais. Alm disso, buscando
sempre o desenvolvimento aliado sustentabilidade
e respeito ao meio ambiente.
O Grupo Brazilian Pet Foods tambm produtor
de biodiesel e temos uma unidade que atua com
os seus derivados, destinados alimentao
animal, a rea de cosmtica, qumica fina e outros
setores. Destacamos ainda a nossa atuao focada
na sustentabilidade. No desejamos ser apenas
mais um produtor de nutrio animal. As aes de
hoje vo garantir a segurana do futuro, estamoscomprometidos com todo o planeta e evoluo da
sociedade. Atualmente, o nosso apoio ao projeto
Co Guia Brasil: D olhos a quem no pode ver
inclui o pet na responsabilidade social. Quando o
animal de estimao alimentado com um produto
da Brazilian Pet Foods, o seu dono e o animalzinho
esto indiretamente colaborando para manuteno
do projeto. Hoje so 2 mil pessoas cadastradas
entre 5.400.000 com deficincia visual em nosso
pas, aguardando um co companheiro. Isso o que
chamamos de responsabilidade societal.
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24 Informe Tcn ico
C om a demanda crescente de produtos que beneficiem asade de ces e gatos, a funcionalidade do pet food se tornou um
dos principais fatores de sucesso na conquista do marketshare.
Dessa forma, apelos de claims voltados para a sade e o b em-estar
se tornaram valores importantes e defendidos pelos fabricantes de
pet food. Assim, as marcas que so capazes de oferecer benefcios
precisos, eficientes e compreensveis para o pet e seu dono, acabam
se sobressaindo neste segmento de mercado.
O Vit2Be, unidade de negcios do Grupo DIANA, atravs de uma
profunda anlise e compreenso dos aspectos e funes f isiolgicas
de ces e gatos desenvolve uma abordagem especfica para trazer aos
fabricantes de pet food novos meios de diferenciar seus produtos.
Baseado nesta metodologia, o desenvolvimento do antioxidante
fisiolgico SYNOX 3D considerou o crescimento da expectativa de
vida dos pets e o impacto da nutrio no envelhecimento celular.
Fenmeno fortemente induzido por radicais livres, o envelhecimento
celular o g rande responsvel pelo estresse oxidativo.
Baseado em estudos que ilustram como a disponibilidade de
vitamina E e as concentraes plasmticas de metablitos txicos
Ingredientes para a sade e o bem-estar
O modelo Vit2Bedo estresse oxidativo esto ligadas gravidade de doenas, a buscapor alternativas mais eficientes e complementares com quantidades
significativas de radicais livres se tornou uma importante
necessidade. Pesquisas e experincias prticas em todo o mundo
mostram que as formulaes modernas de pet food deveriam ser
complementadas com varredores de radicais livres.
Alm disso, o uso contnuo de mega 3 amplifica as atividades
dos radicais livres, os quais, atravs de trs passos de reao de
estresse oxidativo, aumentam ainda mais os efeitos negativos de
longo prazo.
Em condies normais, o equilbrio entre antioxidantes
fisiolgicos (vitamina E, vitamina C, SOD e glutationa) e os radicais
livres, asseguram uma proteo eficaz das clulas.
Uma vez que os benefcios de proteo celular dos cidos graxos
poliinsaturados alimentares (AGPI) so cada vez mais aplicados na
formulao de pet food, a necessidade de antioxidantes fisiolgicos
se torna cada vez mais importa nte.
O aumento da produo de radicais livres (processo de
envelhecimento, exerccio, estresse, doenas...) exige o fornecimento
de antioxidantes cada vez mais eficientes. A administrao oral de
enzimas que atuam no processo da proteo fisiolgica contra estes
radicais no permite alcanar concentraes plasmticas eficientes,
enquanto que o fornecimento alimentar de varredores de radicais
livres uma alternativa real e ef iciente.
Para conter os efeitos dos radicais livres no dano celular, o varredor
ideal de radicais livres alimentares deve ser absorvido e manter a
atividade nos meios aquoso e lipdico. A suplementao do pet food
com antioxidantes naturais uma tendncia crescente, mas a eficincia
clnica desses varredores de radicais livres raramente demonstrada.
Melhorar a sade do pet e seu bem-estar atravs da concepo de uma
mistura de varredores de radicais livres otimizados tem sido um desaf io
VARREDORES DE RADICAIS LIVRES
Os antioxidantes podem ser categorizados comotecnolgicos ou fisiolgicos. Os primeiros, so cruciaisna conservao de alimentos e na vida de prateleirados produtos. J os antioxidantes fisiolgicos, comoos varredores de radicais livres, protegem as clulascontra os danos estruturais induzidos por radicais livresque atacam principalmente as membranas celulares (1),estruturas da protena (2) e os cidosnucleicos (3).
Iniciao
A lipoperoxidao uma reao biolgica
de auto-propagao, iniciada por espcies
reativas de oxignio que abstraem os
prtons dos cidos graxos. Dentre os
mais sensveis, esto os cidos graxos
poliinsaturados (AGPI) da famlia N-3.
A iniciao resulta na produo de um
radical de cido graxo reativo.
Propagao
O radical de cido graxo instvel reage
com a molcula de oxignio, criando
assim um radical peroxil de cido graxo
instvel que reage imediatamente com
outro cido graxo livre, produzindo um
novo radical de cido graxo e o perxido
de lipdio. Esta reao em cadeia se
amplifica, uma vez que este novo radical
de cido graxo reage da mesma forma.
Terminao
A reao em cadeia cessa quando dois
radicais interagem e produzem espcies no-
radicais estveis. A intensidade da interao
direta dos radicais livres dependente da
concentrao e produz metablitos txicos
(dentre eles o malondialdedo). A acelerao
da terminao alcanada por antioxidantes
exgenos ou endgenos que atuam como
doadores de prtons.
industrial e nutricional durante vrios anos. A seleo e otimiz
extratos de plantas tituladas, visando as diferentesestruturas c
e a disponibilidade de ingredientes focados na sade, parece ho
caminho mais eficiente para o sucesso.
Atravs do SYNOX3D, o Vit2Be oferece aos fabricante
food uma nova aplicao que lhes permite formular o pet fo
mltiplas vantagens, diferenciao tcnica, eficcia na melh
sade dos pets e melhora na percepo do produto pelo mer
Atravs da sua abordagem em trs etapas espe
(formulao, bem-estar e benefcios para a sade), o
maximiza o valor do ingrediente para pets e seus dono
como para os fabricantes de pet food.
REAODOESTRESSEOXI DATIVE
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26
Sindicato Nacional da Indstria de Alimentao
Animal (Sindiraes) projeta crescimento de 2,8% em
2012, em comparao ao a no anterior, com produo
de 66,2 milhes de toneladas de rao e 2,58 milhes
de toneladas de suplementos minerais. Em 2011, o
setor cresceu 5,2%, movimentou R$ 40 bilhes em
insumos e produziu 64,5 milhes de toneladas de
rao e 2,35 milhes de suplementos minerais.
O modesto aumento previsto para 2012 tem comoprincipal fator a demanda contida da c adeia suincola
e moderada da avicultura industrial, atividades
que tm sofrido com o custo elevado dos principais
insumos da alimentao animal, baixos preos pagos
aos produtores e desacelerao do ritmo exportador,
explica Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do
Sindiraes.
Apenas no primeiro trimestre de 2012, a produo
de raes alcanou 14,9 milhes de toneladas, recuo de
2% quando comparado ao que foi produzido de janeiro
a maro do ano passado. Os segmentos de avicultura
o de corte e suinocultura, que representam mais de 70%de toda demanda, recuaram respectivamente 1,1% e
6,1%. As atividades da pecuria de corte e leiteira, por
sua vez, apresentaram ligeiro avano de 1,2% e 1,1%,
enquanto a postura de ovos manteve-se praticamente
estvel (avano de 0,4%).
De acordo com o executivo do Sindiraes, a
cadeia de produo pecuria brasileira tem percorrido
sucessivos ciclos de expanso, graas constantemobilizao de tecnologia e motivada pelo voraz
apetite global por protena animal. Atualmente
representa 6,5% do PIB brasileiro, gera milhares de
empregos e responsvel por 18% das exportaes do
agronegcio nacional. Desde meados do ano passado,
no entanto, alguns setores expuseram-se em demasia
e atualmente sofrem mais intensamente os efeitos
da reorganizao econmica contempornea, cuja
multiplicidade de efeitos vem impactando diversos
empreendimentos que podem contagiar e prejudicar
toda a cadeia produtiva, alerta.
Dentre os fatores que influenciaram negativamente
esto o enfraquecimento dos embarques observados
desde 2010, graas valorizao da moeda brasileira,
alm dos embargos impostos pelos Estados Unidos,
Rssia e frica do Sul e da perda do vigor de clientes
internacionais importantes. A quantidade de carne
bovina exportada recuou 12% em 2011. A carne de
frango aumentou apenas 3%, enquanto a exportao
de carne suna recuou mais de 5%. A baixa pression ou
os preos pagos aos produtores por conta da maior
oferta no mercado domstico porque todo o excedente
no exportado foi direcionado para consumo interno.
Para Zani, todos os setores seguem pressionados
pelo preo das commodities ainda relativamente
sustentado que retroalimentam os custos de
produo. A reduo do preo do milho nesse incio
de ano acentuada pela produtividade recorde da
safrinha corrobora a expectativa de mdia abaixo da
verificada no ano passado, todavia a subida forte nas
cotaes desde meados de 2010 alcanou 54 pontos
percentuais at maro de 2012 e continua impactando
sobremaneira o custo de produo das atividades
pecurias, diz. O farelo de soja, por sua vez, j
aumentou quase 40% at abril desse ano por conta
da menor liquidez internacional, enquanto o salrio
mnimo onerou a folha de pagamentos pela amplitude
do reajuste e intensidade de mo de obra empregada,
completa.
AVICULTURA DE CORTE
A avicultura de corte representou 50% da demanda
de raes em 2011 e deve consumir 33,2 milhes de
toneladas em 2012, ou seja, um crescimento de 3,1%.
O grfico abaixo demonstra nos primeiros meses de
2012 a queda acentuada do preo do frango que pode
estar atrelada oferta de carne superior demanda
embalada em 2011 e pelo crescimento de quase 5%
no alojamento de pintos de corte que resultara em
aproximadamente 13 milhes de toneladas de carne
de frango e consumo per capita de 47,4 kg.
AVICULTURA DE POSTURA A produo de rao para a indstria de postura
comercial cresceu 2,6% e alcanou 5,1 milhes de
toneladas em 2011, em resposta ao alojamento mdio
de 79,7 milhes de pintainhas de postura e incremento
de mais de 9% no consumo per capita de ovos que
alcanou 162,5 por habitante. As exportaes de ovos,Indstria de alimentao animal projetaproduzir cerca de 3% mais em 2012
Em Foco 1
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28 Em Foco 1por sua vez, recuaram 45% em quantidade e 31% em
receita. As perspectivas pouco otimistas para o preo
do ovo no corrente ano e a tendncia de crescimento
no alojamento acumulado das pintainhas motivam
o setor de alimentao animal a prever evoluo de
menos de 3% na demanda de raes, algo em torno de
5,1 milhes de toneladas em 2012.
BOVINOCULTURA DE CORTE O setor de alimentao animal para bovinos de
corte produziu 2,7 milhes de toneladas de raes e
2,35 milhes de toneladas de suplementos minerais,
incremento de 7,1% e 9,8%, respectivamente em
2011, perodo que confinou 2,8 milhes de cabeas
e foi caracterizado pela modesta oferta de bois
compensada pelo abate de mais fmeas. Apesar
dos relativos bons preos pagos ao boi gordo, o
desembolso com alimentao representou 35% do
custo do confinamento e dim inuiu a rentabilidade do
produtor.
Em 2012 o setor de alimentao animal espera
produzir 2,9 milhes de toneladas de raes e mais
2,6 milhes de toneladas de suplementos minerais,
adio de 5,6% e 9,8% respectivamente, por conta
do aumento da taxa de confinamento estimada no
mnimo em 5%, embora o desempenho seja dependente
tambm do mercado de reposio e venda do boi
e bezerro, possvel reverso na reteno de fmeas,
oportunidades de exportao da carne bovina, etc.
BOVINOCULTURA DE LEITE
Mesmo impactado pela alta dos insumos que
aumentou em 20% o custo de produo, o crescimento
de 9,3% que resultou em 5,1 milhes de toneladas de
raes para bovinocultura leiteira em 2011 pode ser
justifi cado, em pa rte, pela l imita o na oferta de leite
em virtude da baixa qualidade das pastagens e a queda
na captao por fatores logsticos que fortaleceram
o preo pago ao produtor em boa parte do ano epressionaram a rentabilidade dos laticnios.
Em 2012, o setor de alimentao animal prev
incremento na ordem de 2,7% e produo de 5,2
milhes de toneladas de rao, diante do estmulo
produo de leite, reduo dos preos pagos ao
produtor e continuidade na importao de lcteos.
SUINOCULTURA
A quantidade de carne suna exportada em 2011
recuou mais de 4% por conta da valorizao do real
no primeiro semestre e dos embargos comerciais.
O mercado domstico absorveu 180 mil toneladas
a mais, e o consumo per capita superou os 15kg. O
aumento no custo de produo determinado pela
valorizao expressiva dos insumos da alimentao
estabeleceu um ritmo acelerado no abate de matrizes
e, sobretudo, animais mais leves. Esses fatores
pressionaram o preo do suno vivo pago ao produtor
e desestimularam aumento do planAcompanhando a
tendncia de estabilidade, a indstria de alimentao
animal produziu 15,4 milhes de toneladas de rao em
2011 e projeta entregar a mesma quantidade em 2012,
embora a intensificao dos embarques para a China
e a abertura dos mercados do Japo e Coria do Sul
possa imprimir maior ritmo produo de carne suna.
CES E GATOS A produo de alimentos para ces e gatos avanou
5% em 2011 e alcanou quase 2,2 milhes de toneladas,
enquanto o varejo faturou cerca de R$ 10 bilhes
nesse ano em alimentos para ces, gatos, pssaros
exticos e peixes ornamentais. Cerca da metade dos
ces e gatos brasileiros so alimentados com produtos
industrializados, embora esse segmento j represente
8% do mercado pet global estimado em mais de US$
80 bilhes. A contnua ascenso das classes sociais
com aumento consistente da renda dos brasileiros e a
ntida constatao da ampliao do exerccio da posse
responsvel permitem indstria de alimentao
animal projetar produo de 2 ,3 milhes de toneladas
em 2012, ou seja, um aumento de mais de 6%.
PEIXES E CAMARES
A demanda da piscicultu ra em 2011 foi de 500 mil
toneladas de raes, representando crescimento de
33%, em resposta crescente produo continental. O
segmento marinho, por sua vez, revelou-se bem menos
produtivo por conta da carcinicultura que regrediu
s 71 mil toneladas, impactada negativamente pelos
desafios sanitrios, embargos comerciais, reduoglobal dos preos, burocracia do licenciamento
ambiental e a indstria impossibilitada de investir
apropriadamente em tecnologia e sistemas de cultivo
mais produtivos e sustentveis. Em resposta, o
consumo de raes para camares recuou quase 17%
e encerrou 2011 com apenas 70 mil toneladas. A
perspectiva da indstria de alimentao animal para
2012 produzir 560 mil toneladas de raes para
peixes e 75 mil toneladas de raes para camares.
Fonte: Sindiraes
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16/35
30
feira, promovida pela Editora Stilo, foi mais uma
vez palco para lanamentos e apresentao de tendncias em
equipamentos, insumos, raes, embalagens e demais itens voltados
para o mercado de alimentao animal. Importantes players do
setor como M. Cassab, Biorigin, Ferraz Mquinas, All Tech,
Wenger, SPF Palatability, Kemin Nord, Guabi, Nestle PetCare,
Rhotopls, Promep/Tekinok, dentre outros, aproveitaram a ocasio
para reunir clientes, prospectar novos, alm de se atualizarem e
compartilharem informaes, em virtude do carter tcnico do
evento, que em paralelo sediou o IV Congresso Internacional e
o XI Simpsio sobre Nutrio de Animais de Estimao, ambos
organizados pelo CBNA Colgio Brasileiro de Nutrio Animal.
Em 2011, segundo a Associao Brasileira da Indstria de Produtos
para Animais de Estimao (ABINPET), o setor faturou 13% mais
A
2 Expo Pet Food
que no ano de 2010. Isso significa um lucro de R$ 12,439 bilhes. E,
o segmento Pet Food representa cerca de 66% desse faturamento, o
que corresponde a R$ 8,209 bilhes.
Juntamente com a Expo Pet Food tambm aconteceu a 7
Feira Internacional das Graxaria (Fenagra) e o XI Congresso
Internacional de Graxaria. Atualmente a indstria de Reciclagem
Animal (Graxaria) que d destino a insumos de origem animal
at h pouco tempo descartados, como ossos, sangue e sebo, que
se transformam em base para materiais de limpeza, cosmticos,
farinha para rao animal e at em biodiesel. O Brasil o segundo
maior mercado de reciclagem animal em todo o mundo. Em 2011
foram processados no Pas cerca de 4,5 milhes de toneladas de
subprodutos de origem animal gerando insumos no valor de
aproximadamente R$ 2 bilhes.
A ind str ia d e nut ri o pa ra a nimai s de esti mao cont abil iza a su a pa rtic ipa o d uran te a segun da e dio do e vent o,real izad o em So Paul o, n o in cio de m aio
ALLTECH A participao da empresa na Expo Pet Food, que considera o
evento o mais importante do setor, devido o seu carter tcnico e por
atrair exatamente o pblico que interessa para os seus negcios, ouseja, a cadeia produtiva, teve como destaque as solues oferecidas
e que visam a segurana alimentar a AllTech Pet Advantage.
Focamos na segurana a limentar, na sade digestiva, na integridade
do pelo e p elagem, na integridade msculo esqueltica, nas defesas
orgnicas e na qualidade de vida, observou Rafael Prates Frana,
gerente de vendas. A feira muito importante para os nossos
negcios. fundamentalmente networking e ainda contribui para a
nossa bagagem tcnica devido a reali zao do Congresso.
ANDRITZ Os equipamentos de extruso da Andritz, que tem a sua matriz
na ustria, j so bem conhecidos pelo mercado brasileiro de Pet
Food e o executivo da empresa presente da feira, Claudio Mathias,
reforou a importncia de esta r no evento. Mesmo tendo a questo
do espao fsico que inviabiliza trazermos os nossos equipamentos
para apresentar os seus detalhes, desempenho e diferenciais,
fundamental estarmos aqui para estreitarmos o relacionamen
o mercado brasileiro, ainda mais agora, que est muito prx
termos uma fbrica no Brasil, em Pomerode (SC). Para a A
o Brasil um mercado de grande potencial, o corao da ALatina. O nosso objetivo oferecer solues completas, co
tecnologia e simples operao, destacou Mathias.
BIORIGIN Responsvel pela produo de ingredie ntes natu
partir de leveduras e derivados destinados nutrio a
a empresa durante a 2 Expo Pet Food reforou os be
e diferenciais proporcionados aos animais atravs d
linha Macrogard, composta de Beta-glucanas purificad
melhoram, por exemplo, problemas articulares e est
naturalmente a defesa imunolgica, contribuindo para a
e bem estar dos pets. Hoje, a atuao da Biorigin est
focada no mercado externo (estamos presentes em m
30 pases), por isso, a participao em eventos como a
Pet Food primordial para nos aproximarmos do m
brasileiro, mostrarmos as nossas inovaes e entenderm
OS EXPOSITORES
Em Foco 2
Por: Lia Freire
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32 Em Foco 2reais necessidades e expectativas do setor Pet Food, afirmou
na ocasio Roberto Vituzzo, gerente de negcios da companhia,
que faz questo de ressaltar o compromisso da Biorigin como
o tema sustentabilidade: atuamos em perfeita sintonia com as
legislaes locais, atendendo os direitos humanos e ambientais.
CONSOLID Com foco em alta tecnologia em processamento de slidos, semi
slidos e lquidos, com tanques misturadores e transportadores de
vrios tipos, a Consolid, que est prestes a obter a certificao ISO
9001:2000, esteve na Expo Pet Food para mostrar as suas inmeras
solues para o setor de nutrio animal. A companhia tambm
atua fortemente em outros segmentos de mercado como cosmtica
e farmacutica.
EUROTEC Tendo o seu trabalho focado na qualidade das matrias-primas
destinadas nutrio animal e considerando a Expo Pet Food
uma importante vitrine, a Eurotec destacou linhas como a StopAcid, que visa controlar e preservar a qualidade fsico-qumica
e microbiolgica das matrias-primas resultantes do abate de
animais, garantindo a qualidade das farinhas e leos produzidos.
Trata-se de uma combinao de cidos orgnicos e seus sais de
alta estabilidade. E, mais uma vez, reforou os benefcios da Linha
Euroguard, composta por produtos destinados especialmente
ao controle da Salmonella sp., desenvolvida em parceria com
universidades da Espanha, Blgica e Brasil, alm da Eurotiox, linha
antioxidante para controle e estabilizao da oxidao lipdica em
farinhas e leos de origem animal.
FERRAZMQUINAS Representa ntes da empresa recebiam no stand os clientes e
esclareciam suas dvidas, apresentavam as solues em mquinas
e equipamentos, alm de destacarem recentes novidades como
a extrusora de pequeno porte e rosca dupla (E 55D), com
capacidade de 300 kg/hora e os laminadores de milho e aveia,
com capacidade de 2 mil kg/hora. Mais do que apresentar os
recentes lanamentos em extrusoras, moinhos, misturadores,
peletizadoras etc, reforamos a nossa atuao como fornecedores
de solues completas para a produo de raes, destacou o
diretor Jos Luiz Ferraz.
GRUPOBC O executivo Rodrigo Sria, da empresa que fornece e produz
ingredientes para a nutrio anima l, atendendo setores de avicultura,
suinocultura, piscicultura e pet food mostrou-se bastante otimista
com relao economia brasileira e a asc enso do mercado em que
atua. Disse ainda que a prpria feira um retrato fiel do segmento.
Os nveis dos produtos, servios e profissionais brasileiros esto
cada vez mais altos. A feira, que ganhou visibilidade internacional,
comprova o que estou dizendo. Muitos estrangeiros aqui presentes
elogiaram a atuao brasileira no setor de nutrio e reciclagem
animal.
INFORMEAGROBUSINESS Durante a 7 Fenagra e 2 Expo Pet Food, a Informe
Representaes destacou para os seus clientes e prospects, a
prestao de servios que oferece e envolve todo tipo de i nformao
referente ao mercado de gorduras e protenas animais, alm da
gama de produtos que tem comercializado e envolve tambm o setor
de gorduras vegetais. Durante a feira tivemos a oportunidade
de estreitar relaes comercias j existentes e tambm criamos
diversas possibilidades de novos negcios. O evento vem crescendo
a cada ano e j podemos afirmar que se tornou referncia no nosso
mercado, destacou o executivo da Informe, Juliano Mona.
MANZONI Uma novidade a mais foi destacada pela Manzoni em sua segunda
participao como expositora da feira. Alm de focar no sortimento
oferecido ao mercado, tanto com relao s peas de reposio,
quanto de equipamentos, a empresa enfatizou a sua recente parceria
com a Faculdade de Cincias Agrrias e Veterinrias da UNESP,
campus de Jaboticabal, que resultou na doao pela Manzoni deuma extrusora, modelo MEX-250, para o Laboratrio de Pesquisa
em Processamento Termomecnico dos Alimentos da Universidade.
Com esta parceria, tudo que desenvolvermos para o mercado ser a
partir de dados cientficos, validados por uma universidade brasileira,
que atuar a partir de padres brasileiros, com referncias nacionais.
Isso no ser apenas benfico para a Manzoni, mas para toda a
indstria nacional, contabilizou Luciano Manzoni.
MARTEC Especializada no desenvolvimento de martelos, pinos,
peneiras, moinhos para peneiras e demais itens para a rea de moagem,
a empresa revelou na feira uma outra novidade: a linha Unifrigo de
uniformes, especialmente criada e padronizada para frigorficos e
graxarias. A Martec tambm aproveitou a ocasio para comemorar
a sua nova unidade de metais perfurados em Pinhalzinho (SP). A
nossa empresa est em um timo momento e mais uma vez viemos
prestigiar a feira como expositores devido a sua relevncia para o setor
e consequentemente para os nossos negcios, destacou Salvador J.
Grecco.
A Martec, do grupo SJG, inaugura em julho prximo uma das mais
modernas industrias de perfurao de chapas para o mercado Pet Food,
totalmente equipadas com mquinas CNC. A empresa investiu R$ 2,7
milhes nas novas instalaes.
MUYANG A mquina extrusora MY 120, pela sua robustez e por oferecer,
segundo a empresa, alta qualidade final nos produtos, assim
como o novo rob para a linha de paletizao que substitui o
trabalho de 14 para 2 pessoas - foram certamente os principais
destaques da chinesa Muyang durante a sua participao na Expo
Pet Food. Temos mostrado para o mercado brasileiro, o nosso
profissionalismo, a qualidade de nossos produtos e, o principal, a
nossa confiabilidade, destacou Thiago Barbeiro Maneira da Silva,
coordenador de vendas e marketing.
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34 Em Foco 2PROMEP/TEKINOK
O diretor Antonio Rubega, da Promep/Tekinok, empresa
especializada em mquinas e equipamentos para o segmento Pet Food
comprovou em mais esta edio a importncia em expor em eventos
tcnicos como a Expo Pet Food. No conseguimos trazer nossos
equipamentos devido a falta de espao, mas fundamental estarmos
presentes para que estejamos em contato com os clientes e possamos
falar das nossas linhas, i nvestimentos, diferenciais etc, ouvirmos as suas
necessidades, bem como, nos apresentarmos aos novos parceiros, alm,
claro, de termos a chance, uma vez que o setor est todo reunido, de
acompanharmos as tendncias do nosso setor.
RHOTOPLS As embalagens da empresa estiveram mais uma vez sendo expostas
aos visitantes do evento, assim como a s novas tecnologias empregadas,
que tm a finalidade de oferecer no apenas um aspecto visual mais
atraente, como tambm, praticidade no manuseio e a adequada proteo
aos alimentos armazenados. Um dos recentes investimentos da
Rhotopls, que contabiliza 15 anos de know-how, est nas embalagens
com fundo square e quatro soldas laterais.
SPF PALATABILITY Apresentar a nova unidade de negcios da diviso Pet Food do
Grupo Diana, a Vit2Be, que atua no desenvolvimento e comercializao
de ingredientes funcionais naturais, foi a proposta da companhia
em sua participao na Expo Pet Food. O objetivo com os nossos
ingredientes aumentar o valor agregado dos produtos finais e oferecer
inovao ao setor de nutrio animal, destacou Georde Ben Josef,
gerente de marketing. A empresa tambm foi uma das patrocinadoras
do IV Congresso Internacional, realizado em paralelo ao evento. A
oportunidade que a feira nos proporciona em estreitarmos as nossas
relaes com os clientes, somada a chance de desenvolvermos novos
negcios so importantes motivos que nos trazem Expo Pet Food.
VIEIRAMOINHOSAMARTELO Especia lista, h mais de 40 anos, em desenvolver equipamentos para
moagem com diferentes capacidades de micronizao, este ano o destaque
para o setor pet food foi o Resfriador Frontal Vertical indicado para
instalaes de baixo volume de rao extrusada (at 1000 kg/hora) e sem
restrio de altura. Fabricado em ao carbono ou inox est disponvel nos
modelos RFV 90 (300kg/hora) e 120 (500kg/hora). O equipamento defcil manuteno e tem garantia de assistncia tcnica e manuteno.
WENGER Os recentes avanos tecnolgicos da Wenger na rea de extruso
foram mais uma vez apresentados ao pblico da Expo Pet Food.
Destaques da empresa foram: o extrusor trmico de rosca dupla, que
permite aumentar a adio de carne fresca na formulao do pet food
ou enriquecer a gelatinizao do amido em produtos como farinhas
instantneas; o pr-condicionador HIP High Intensity Preconditioner,
que oferece elevado ndice de mistura das matrias-primas; o
Gerenciamento Automatizado de Processo Wenger (APM), responsvel
por controlar a partida, a operao e a parada do sistema de extruso,
entre outros equipamentos e servios.
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36 Em Foco 2
O IV Congresso Internacional e XI Simpsio sobre
Nutrio de Animais de Estimao promovido pelo
CBNA, realizado dias 08 e 09 de maio, encheu o auditrio
e proporcionou aos participantes encontrar muita gente
e conversar durante os intervalos. A estrutura do espao
fsico onde ocorreram as palestras chamou a ateno pela
qualidade. O fato de ser dentro de um shopping facilitou
o estacionar, almoar, sacar dinheiro e fazer aquelas mil
coisas que a gente sempre tem que continuar a fazer mesmo
quando est em eventos. O credenciamento e a entrada
fluram com muita facilidade e os estandes na Expo Pet
Food estavam mais caprichados.
Sobre a programao, houve uma surpresa boa.
O melhor da festa no foi nenhum dos palestrantes do
exterior, nem dos conferencistas brasileiros, que estiveram
excelentes: foi a mesa redonda. Foi ltimo item da pauta do
ltimo dia de eventos, compreensivelmente, mas nem por
isso se lamente menos, o salo j no estava to cheio. Sendo
assim, ainda que voc tenha comparecido ao congresso,
bem possvel que no tenha visto o debate final. Uma pena!
O perodo comeou com a exposio de Lucas
Cypriano (representante da ABRA Associao Brasileira
de Reciclagem Animal) que passou dados numricos e
comentou que h uma discordncia do setor com relao a
pretenses do MAPA (Ministrio da Agricultura, Pecuria
e Abastecimento) em tornar mais rgidos alguns padres
exigidos para farinhas e gorduras de origem animal.
Argumentou que o setor abastece no s mercados com
padres mais estreitos quanto a nveis de perxidos e de
cidos graxos livres. As graxarias fornecem tambm aalguns mercados que aceitam produtos com nveis mais
frouxos e que impor ndices muito elevados inviabilizaria
inclusive a sobrevivncia de vrias empresas. Alm
disso, questionou a metodologia a ser adotada, que no
a escolhida na maioria dos pases do exterior e que
intrinsecamente tem grande desvio padro no tendo base
cientfica que a sustente. Sugeriu que o trabalho dos fiscais
mais importante. Posteriormente, da plateia, a mdica
veterinria Marina Galvo, da MGALVAO Assessoria,
que atua na rea Pet Food h 16 anos, contraps: o
MAPA no tem fiscais em nmero suficiente e embora as
exigncias do Ministrio ainda fiquem muito aqum do que
o mercado Pet Food necessita, o fato das regras tornarem-
se mais exigentes ajudaria sim melhoria no padro dos
ingredientes demandados pela indstria pet food. Entre os
participantes presentes na audincia era possvel ouvir os
comentrios paralelos acontecendo.
Alderley Zani Carvalho, do Grupo-Guabi, fez ento
uma apresentao objetiva e didtica: Vocs perguntaram
o que ns do setor pet food queremos dos produtos de vocs,
ento eu vou dizer, foi como comeou. Na sequncia de slides
apresentou as necessidades de boas prticas de fabricao,
rastreabilidade dos itens, higiene, composio bromatolgica
constante, ausncia de salmonella, entre outras.
Um participante da plateia dirigindo-se aos
representantes do setor Pet Food comentou que tem
vivido a situao de investir na melhoria do processo, em
maquinrio inclusive e, no entanto, ter os seus produtos
preteridos pela indstria de alimentos para animais de
estimao, por ter o preo um pouco maior. Props ento
que a indstria Pet Food valorize a diferenciao das
empresas que investem em produtos com maior qualidade,
pagando o preo justo. Alexandre Ferreira, da BC Empr.
e Part., entre os palestrantes da mesa redonda, falando
pelo setor de reciclagem animal, afirmou que o setor de
Pet Food presta um grande servio ao no comprar de
empresas recicladoras que no tm qualidade. Concluiu
dizendo que isto muito importante para o aprimoramento
do setor, que a empresa que tenha qualidade venha ser a
favorecida pelos consumidores.
Marcelino Bortolo, gerente industrial tcnico daBrazilian Pet Foods, comentou outra necessidade da
indstria Pet Food: a homogeneidade dos nveis nutricionais
das farinhas. Quando estes produtos tm nveis de protena,
gordura e matria mineral muito diferentes em cada lote ou
mesmo diferentes do padro que a indstria espera daquela
recicladora, a formulao do alimento final sofre variaes
que prejudicam o equilbrio nutricional daquele produto.
Foi comentado que esta homogeneizao pode ser feita
antes ou depois do cozimento e secagem das farinhas. O
material dever ser analisado para serem misturados lotes
com teores diferentes de forma a que sejam alcanados os
O Melhor da FestaCristiana Prada
www.nutricao.vet.br
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nveis desejados em todas as partidas. Novamente se falou
de custos e da necessidade do mercado exigente valorizar
os fornecedores que cumprem estas exigncias. Aventou-se
a hiptese de transferir para a indstria pet food a tarefa
de fazer as farinhas chegarem aos nveis exatos que exige,
cabendo ao setor de reciclagem entregar a matria bruta.
Aulus C. Carciofi, docente da FCAV Unesp
Jaboticabal-SP, coordenador da mesa redonda, encerrou
sublinhando a necessidade de que as farinhas sejam
entregues com salmonella zero e nveis de perxidos e de
cidos graxos livres o mais prximos do zero.
A parede, necessria, que manteve separados os
congresso do CBNA e o do SINCOBESP (Sindicato
Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Sub Produtos
de Origem Animal), foi simbolicamente abolida durante a
mesa redonda e promoveu este dilogo pr l de fecundo.
No houve farpas, o clima no esquentou em nenhum
momento, mas as pessoas efetivamente falaram suas
necessidades e ouviram demandas de outrem. Foi das mesas
redondas mais produtivas a que j assisti. Se tivesse aberto
o congresso, ao invs de fech-lo, as conversas no coffee
break teriam tido mais assunto e o pessoal teria gastado
muito mais a sola dos sapatos visitando reciprocamente as
empresas das duas feiras comercias que aconteciam sem
parede de separao. Teria sido uma mesa redonda de i ncio
de trabalhos e no de fechamento. Ser que boa ideia?
Confira a seguir a opinio de algumas pessoas que foram entrevistadas durante o IV Congresso Internacional e XI
Simpsio sobre Nutrio de Animais de Estimao promovido pelo CBNA e II Expo Pet Food.
O QUEESTACHANDODOCONGRESSOEDAFEIRA?
TABYTA SABCHUK
Zootecnista que faz mestrado na Universidade Federal do Paran
Curitiba PR
Quarta vez que vem ao congresso
O Congresso est bem organiz ado, nvel tcnico bem interessante, vrios a ssuntos
bem diversificados, estou gostando bastante. Destas trs primeiras palestras a
que chamou mais a ateno foi a sobre tempo de prateleira dos produtos, at pela
profissional no ser especfica da rea, trouxe uma abordagem bem interessante.
Quanto aos trabalhos cientficos acho que este ano foi o que mais teve e esto
bem divididos entre nutrio geral e nutrio clnica , est bem diversificado. Acho
interessante ter a Feira [Expo Pet Food] juntamente com o Congresso, pois voc
mescla o comercial com o cientfico. Acho inclusive que uma oportunidade de ns, que somos a universidade, que no
estamos ainda no meio comercial, de ac abar tendo um contato maior.
JEAN YURI
Zootecnista
Coordenador de Projetos do depto. de Pesquisa e Desenvolvimento
Total Alimentos
Trs Coraes MG
Eu na verdade j fao parte do setor h alguns anos e eu no perco um CBNA. O
CBNA um evento importante para o setor... eu tenho participado de todos. At
o momento [trs palestras proferidas] est num nvel muito legal, estou gostando
bastante. O que voc achou de ter a Feira [Expo Pet Food] juntamente? Achei
que foi a coisa mais acertada que o CBNA fez porque o mercado de pet food
um mercado pequeno, mas completamente dependente dos ingredientes de origem
animal e da indstria de maquinrio. Ento, para mim, s teve ganho, foi excelente ter contato com fornecedores de
ingredientes e de equipamentos. O que achou dos trabalhos cientficos? Ainda no tive tempo, mas pretendo dar
uma olhada sim nos trabal hos cientficos que esto expostos. Sugestes? Como sugesto eu gostaria de ver assuntos
como avanos na nutrio, novos ingredientes e no tanto processamento, que j foi bastante abordado pelo evento.
ELIANA TESHIMA
Mdica Veterinria
Gerente Tcnica (atendimento a consumidor, qualidade, assuntos regulatrios)
Farmina
Bragana Paulista SP
Venho ao CBNA desde 2002 se no me engano. Estou gostando bastante, est bem legal.
Houve umas partes referentes a assuntos regulatrios que me interessaram bastante.
Voc fez uma pergunta palestrante do MAPA, certo? Eu perguntei se h providncias
sendo tomadas para mudar a atual situao na qual cada regional do MAPA solicita
um conjunto diferente de documentos ou mesmo nenhum - para um mesmo caso de
exportao, favorecendo ou dificultando a ssim o processo de exportao de cada empresa
simplesmente pela localizao desta. No h uma padronizao.Ela respondeu que o
MAPA est organizando um manual com esta padronizao, mas no disse quando, no deu nenhum prazo.
FLVIO PAVANELLI
Monhos Vieira - Empresa tem 64 anos de fundao
Tatu SP
muito interessante ter esta unio pois este aluno que est no congresso ser a futura
referncia para a indstria dele ou para o cliente dele quanto a equipamentos, acho muito
vlido. Sugestes? A sugesto seria ter tambm palestras sobre marketing. Assim o
cliente ao vir, traz o tcnico dele para o congresso CBNA e ele vai assistir palestras sobre
tendncias de mercado. E ao sair da palestra vai vir feira conhecer parceiros, conhecer
negcios. Acho muito vlido. Acho que est se construindo uma estrutura aqui, no ? A
cada ano voc vai fazendo os ajustes e vai enxergando as possibilidades. Comparada a
outras feiras internacionais, como voc avalia esta Feira? Ela est muito bem estruturada
para receber este pblico. O importante da Feira que ela tem que ter foco e aqui tem.
GEORGE BEN JOSEF
Mdico Veterinrio e Administrador de Empresas
Gerente de Marketing Amrica Latina
SPF do Brasil
Descalvado SP
H trs anos, desde que eu entrei no setor de nutrio, na SPF do Brasil, eu passei a
frequentar o CBNA.Estou especialmente interessado na palestra que tratar da utilizao
de ingredientes humanos na indstria de p et food. algo que eu acho bastante interessante,
algo que acho que ainda pouco explorado pela indstria veterinria. E sobre a feira (Expo
Pet Food)? Eu achei fantstica esta ideia de associar uma feira a um evento cientfico. J
que o profissional se deslocou... to difcil tir-lo da empresa durante dois ou trs dias,
ento um momento interessante para aproveitar a presena dele aqui na Feira. Outro
ponto interessante que uma Feira voltada para o produtor de pet food. a nica que exclusiva para o produtor de pet
food, diferente de outras que tm setor farmacutico, de acessrios... o pblico tambm o pblico fina l. Aqui o pblico mais
de veterinrios, de produtores, ou seja, esta algo bem especfico, algo que no tinha no mercado. Acho que a receptividade
de todos no mercado foi boa, para este tipo de evento, a gente j viu que ela cresceu bastante do ano passado para este ano e a
expectativa de crescimento ainda maior. A SPF, por exemplo, investiu no espao de dos estandes, esta ser a maior feira de que
a SPF vai participar. Com relao a eventos internacionais, como voc avalia o congresso CBNA? Eu acho que o congresso do
CBNA... junto com a Feira,este formato que ele tem hoje, lembra bastante o Pet Food Forum de Chicago, no ? Inclusive acho
que aqui est at um pouco mais interessante que o de l, a Feira ao menos: estandes mais bonitos, o pessoal investindo mais.
O fato da Feira ser relativamente pequena d mais oportunidade de aprofundar contatos? Eu acho que sim, uma Feira menor,
mas muito focada. Ou seja, para o produtor de insumos, de ingredientes, de maquinrio, o pblico que interessa a ele est aqui,
bem pontual, bem especf ico. Pequena, mas com aproveitamento enorme.
Em Foco 2
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tualmente, especialistas em atendimento
esto se tornando imprescindveis nas organizaes.
No que em outras pocas no fosse necessrio,
mas hoje em dia, os clientes valorizam muito mais
o atendimento. neste quesito que uma empresa se
diferencia da outra, j que os produtos esto cada vez
mais parecidos.
No passado, bastava ter um bom produto, que o
sucesso estava garantido, o que j no acontece mais.
Ter um produto de qualidade atributo bsico para
entrar no mercado, no mais um diferencial. uma
obrigao bsica de quem tem tica e quer crescer.
Todavia, o atendimento ao cliente que passou a
ser um grande diferencial, como falamos na edio
passada.
Para que uma empresa possa ter um servio
de atendimento de qualidade, precisa de pessoas
qualificadas, aqueles colaboradores que so
diferentes, que possuem atributos que permitam
levar ao cliente um atendimento personalizado e
proporcione satisfao.
O mercado tem uma grande demanda por
pessoas com essa qualificao, especialistas em
atendimento, que conseguem realizar um plus em
seu trabalho, so profissionais que esto em uma
faixa de remunerao acima da mdia.
Como tornar-se um profissional qualificado?
Inicialmente preciso dominar a comunicao,
saber falar em pblico, se expressar de forma
A
Especialistas ematendimento
adequada, seja pessoalmente, por mensagens
eletrnicas ou telefone, portanto, um curso de
oratria indispensvel.
importante cativar as pessoas. Seja um
profissional simptico e carismtico. Isso pode
ser estudado, faa cursos, se aprimore, tente
realizar palestras, prontifique-se em reunies,
seja voluntrio, ajude a sociedade etc. Procure ser
educado com todos (eu mesmo tenho dificuldades
com isso), s vezes cometemos imprudncias em
nosso dia a dia, temos que tentar ser sempre melhor
hoje, do que fui ontem (estou tentando).
Vista-se bem, esteja sempre bem arrumado (a),
tenha boas maneiras, no use grias, fale em bom tom,
nem muito baixo, nem muito alto e pausadamente
para que o interlocutor possa compreender sua
mensagem.
Leia bons livros, assista jornais, participe de
convenes, palestras e reunies, no somente de
sua rea, procure conhecer outros assuntos tambm,
mesmo aqueles que voc no se identifica, tenha
conhecimentos gerais, acumule cultura.
Lembre-se, muitas vezes, fazer o simples bem
feito, pode ser um diferencial. Atualmente muitas
pessoas fazem as tarefas simples, mal feitas, sem
responsabilidade e sem paixo. Seja diferente, faa
tudo bem feito, rapidamente, no enrole, seja a
soluo dos problemas de seu colega, de seu chefe e
especialmente do seu cliente.
Em Foco 3
Por :