+ All Categories
Home > Documents > 2008 Biota do Santa Teresa

2008 Biota do Santa Teresa

Date post: 06-Jun-2015
Category:
Upload: aloizio-olaia
View: 2,110 times
Download: 0 times
Share this document with a friend
37
Jabuticaba “A jabuticaba é muito frágil, mas a jabuticabeira é justamente o contrário . Sua robustez impressiona . Entretanto, ao escalar uma há que se ter o cuidado de verificar o galho em que se firma. Estando verde, um ramo da grossura de um dedo resiste se utilizado como apoio em sua junção com o tronco ou galho maior. Entretanto, se estiver seco, ali estará o perigo, não importando a grossura do galho. Antes de se firmar com os pés ou as mãos, é indispensável saber se está seco ou verde. E é fácil a identificação. Se tiver folhas nas extremidades, está verde. Se não as tiver, procure outro ponto onde pisar, porque o chão o espera”. Jabuticaba Classificação científica Reino: Plantae Divisão : Magnoliophyt a Classe: Magnoliopsid a Subclas se: Rosidae Ordem: Myrtales Família : Myrtaceae Gênero: Plinia Espécie : P. trunciflora (O. Berg) Kausel Nomenclatura binomial Plinia trunciflora (O. Berg) Kausel
Transcript
Page 1: 2008 Biota do Santa Teresa

Jabuticaba“A jabuticaba é muito frágil, mas a jabuticabeira é justamente o contrário. Sua robustez impressiona. Entretanto, ao escalar uma há que se ter o cuidado de verificar o galho em que se firma. Estando verde, um ramo da grossura de um dedo resiste se utilizado como apoio em sua junção com o tronco ou galho maior. Entretanto, se estiver seco, ali estará o perigo, não importando a grossura do galho. Antes de se firmar com os pés ou as mãos, é indispensável saber se está seco ou verde. E é fácil a identificação. Se tiver folhas nas extremidades, está verde. Se não as tiver, procure outro ponto onde pisar, porque o chão o espera”.

Jabuticaba

Classificação científica

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Subclasse: Rosidae

Ordem: Myrtales

Família: Myrtaceae

Gênero: Plinia

Espécie: P. trunciflora

(O. Berg) Kausel

Nomenclatura binomialPlinia trunciflora (O. Berg) Kausel

A jabuticaba, jaboticaba ou jabuticabeira - Myrcia cauliflora Berg.; ou Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. ou Plinia trunciflora; Myrtaceae - é uma árvore frutífera brasileira nativa da Mata Atlântica, principalmente da mata pluvial e das submatas de altitude. Ocorre desde Mato Grosso do Sul e Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. É também conhecida pela designação de fruita.

Seus frutos pequenos, de casca negra e polpa branca aderida à única semente, crescem no tronco e ramos, dando uma característica peculiar à árvore. Além de consumidos e in natura, deles se faz licor, geléia e aguardente. É por isso muito cultivada em pomares domésticos. Floresce duas vezes por ano.

Ornamental, a planta se presta ao paisagismo, além de atrair a avifauna:

Jabuticaba, jaboticaba ou jabuticabeira atrativa para sabiás, sanhaços, periquitos, jandaias e saíras.

A árvore, de até 15 m de altura, tem tronco claro, liso, e folhas simples.

Page 2: 2008 Biota do Santa Teresa

A jabuticaba é utilizada para vários fins, tanto culinários, como medicinais. Entre estes é mencionada a decocção da casca, como remédio para a asma. Por sua semelhança à uva, muitos produtos, como o vinho, suco, geléia, licor e vinagre podem ser feitos com a jabuticaba.

PRINCIPAIS ESPÉCIES E SUAS CARACTERÍSTICAS

A principal espécie de jabuticabeira é Myrciaria jaboticaba (Vell.) Berg, conhecida como Sabará. Mas outras espécies, como a Myrciaria cauliflora (DC.) Berg. ou jabuticaba Paulista, Assú ou Ponhema, conhecida no Estado de São Paulo.

Família Myrtaceae:

É uma família botânica que compreende 130 gêneros e cerca de 3.000 espécies. São plantas arbustivas ou arbóreas representadas nas Américas principalmente pelas plantas frutíferas. Exemplo: jambo, pitanga e uvalha (Eugenia spp.); goiaba e araçá (Psidium spp.); jaboticaba e cambuí (Myrciaria spp.).

Pragas:

Cochonilhas:

Capulinia spp, Homoptera, Asterolecaniidae. Sem carapaça, recoberto de pó branco, o inseto localiza-se na casca de tronco, galhos e ramos e pagina inferior das folhas. Controle: com luvas ou pedaços de aniagem friccionar galhos e ramos para expor o inseto; em seguida pulvereza-se óleo mineral a 1% a 1,5% ou óleomineral (750cm3) + diazinom 60 E (100 cm3) ou malatiom 50 CE (200 cm3).

Broca-das-Mirtáceas:

Timocrata albella (Zeller 1839) Lepidoptera, Stenomidae. O adulto é mariposa de corpo e asas brancas; a lagarta desenvolvida tem coloração violeta e 25-35 mm. de comprimento. Agromeração de excrementos e pedaços de casca ligados por fios de seda em tronco e ramos são sinais da praga. - Controle: tira-se a camada de excremento e injeta-se 2-3 cm. de gasolina ou paratiom no orifício e fecha-se o orifício com barro ou cera de abelha.

Gorgulho da Jaboticaba:

Conotrachelus myrciariae (Marsh, 1929) Coleoptera, Curculionidae - Adulto besouro amarelado e larva (lagarta) branca, sem pernas, que alcança 9 mm. de comprimento. A lagarta devora polpa e sementes. -Controle: Catação / destruição de frutos atacados, pulverização de frutos com Fintem 50 CE (200 / 100 l. de água) ou Paratiom 60 E (100 ml. / 100 l. de água).

Doenças:

Page 3: 2008 Biota do Santa Teresa

Não existem registros de pragas e/ou doenças com poder de derrubar uma jabuticabeira carregada de frutos, exuberante na força da vida. A não ser, um trator com lamina e/ou outros instrumentos mecânicos ou não, com a força e ação do homem.

Ferrugem:

Puccinia psidii Wint. (fungo) - Doença afeta folhas, botões, flores, frutos e ramos; manchas necroticas circulares. Cobrem-se de massa pulverilenta de cor amarelo - vivo (frutificações do fungo). -Controle: pulverizações com calda bordalesa ou fungicidas cupricos ou com mancozeb ou benomyl.

Avifauna:

As aves (latim científico: Aves) constituem uma classe de animais vertebrados, tetrápodes, endotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuirem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos. São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo.

As aves variam muito em seu tamanho, dos minúsculos beija-flores a espécies de grande porte como o avestruz e a ema. Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros. Os pássaros estão incluidos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das aves.

Enquanto a maioria das aves são caracterizadas pelo vôo, as ratitas não podem voar ou apresentam vôo limitado, uma característica considerada secundária, ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar. Aves não-voadoras são especialmente vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat ) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticos, mamíferos em particular).

Expecimes da avifauna:

Bioma/Ecossistema Hospital Santa Teresa

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR

ANACARDIACEAE  

Lithraea molleoides Aroeira-brava / Aroeira-do-cerrado / Aroeira-branca

Myracrodruon urundeuva (Astronium urundeuva)

Aroeira-preta / Aroeira-do-campo / Aroeira-verdadeira / Aroeira-vermelha / Urundeúva

Page 4: 2008 Biota do Santa Teresa

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR

Schinus terebinthifolius Aroeira-pimenteira / Aroeira-mansa / Aroeirinha / Aroeira-pimenta / Falsa-pimenteira

ARALIACEAE  

Araucaria angustifólia Araucária / Pinheiro-do-paraná / Pinheiro-do-paraná

ARECACEAE  

Acrocomia aculeata (A. sclerocarpa)

Macaúba / Palmeira-macaúba

Allagoptera leucocalyx Palmeira-coco-da-chapada

Astrocaryum aculeatissimum Brejaúva / Palmeira-brejaúva

Attalea dubia Palmeira-indaiá-açu

Attalea geraensis Palmeira-indaiá-do-cerrado

Bactris setosa Palmeira-coco-de-natal

Butiá capitata Butiá-da-praia / Butiá

Butiá paraguayensis Palmeira-butiá-do-cerrado

Euterpe edulis Palmito-juçara / Palmiteiro / Palmito-doce / Jussara

Geonoma brevispatha Palmeira-ouricana

Geonoma elegans Palmeira-aricanguinha

Geonoma gamiova Palmeira-gamiova

Geonoma schottiana Gamiova Palmeira-ouricanga

Lytocaryum hoehnei Palmeira-içá

Syagrus flexuosa Palmeira-acumã

Page 5: 2008 Biota do Santa Teresa

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR

Syagrus oleracea Gueirova / Gueroba / Gariroba / Guariroba / Palmeira-guariroba

Syagrus pseudococos Palmeira-coco-amargoso

Syagrus romanzoffiana Jerivá / Palmeira-jerivá / Coco-gerivá / Baba-de-boi / Jaruvá

ASTERACEAE  

Baccharis dracunculifolia Alecrim-do-campo

BIGNONIACEAE  

Cybistax antisyphilitica Ipê-da-flor-verde / Ipê-verde / Caroba-da-flor-verde / Caroba

Jacaranda macrantha Carobão / Caroba / Carova / Jacarandá-caroba/Paulista

Sparattosperma leucanthum Ipê-branco / Ipê-branco-do-mato-grosso / Carimã / Caroba-branca

Tabebuia alba Ipê-amarelo-da-serra / Ipê-ouro / Ipê-amarelo / Ipê-da-serra

Tabebuia aurea (T. caraiba) Ipê-amarelo-craibeira / Ipê-amarelo-do-cerrado

Tabebuia avellanedae Ipê-rosa / Ipê-roxo / Ipê-roxo-anão / Ipê-roxo-da-mata

Tabebuia chrysotricha Ipê-amarelo-da-mata / Ipê-do-campo / Ipê-amarelo-cascudo / Ipê-amarelo-paulista

Tabebuia heptaphylla Ipê-roxo / Ipê-roxo-sete-folhas / Ipê-rosa

Tabebuia impetiginosa Ipê-roxo / Ipê-roxo-de-bola / Ipê-rosa

Page 6: 2008 Biota do Santa Teresa

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR

Tabebuia ochracea Ipê-amarelo / Ipê-amarelo-do-cerrado / Ipê-do-campo / Ipê-amarelo-grande

Tabebuia roseo-alba Ipê-branco

Tabebuia serratifolia Ipê-amarelo / Ipê-amarelo-do-cerrado

Tabebuia umbellata Ipê-amarelo-do-brejo / Ipê-amarelo

Tabebuia vellosoi Ipê-amarelo-casca-lisa / Ipê-amarelo-liso / Ipê-amarelo-da-mata / Ipê-tabaco / Ipê-caroba

BOMBACACEAE  

Ceiba rivierii Paineira-amarela

Ceiba speciosa (Chorisia speciosa)

Paineira / Paineira-rosa / Paineira-branca / Paineira-vermelha

Eriotheca gracilipes Paineira-do-campo

Eriotheca pentaphylla Sapobemba

Pseudobombax grandiflorum Embiruçu-da-mata / Embiruçu

Pseudobombax longiflorum Imbiruçu / Embiruçu-do-cerrado

Spirotheca passifloroides Paineirinha-vermelha

BORAGINACEAE  

Cordia ecalyculata Café-de-bugre / Claraíba

Cordia sellowiana Chá-de-bugre / Louro-mole

Page 7: 2008 Biota do Santa Teresa

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR

Cordia superba Babosa-branca / Baba-de-boi / Cordia / Grão-de-galo

CANELLACEAE  

Capsicodendron dinisii Pau-para-tudo

CARICACEAE  

Carica quercifolia Mamoeiro-do-campo

Jacaratia spinosa (J. dodecaphylla)

Jacaratiá / Jaracatiá / Mamão-do-mato

CECROPIACEAE  

Cecropia glazioui Embaúva-vermelha

Cecropia hololeuca Embaúba / Embraúva / Embaúva-vermelha / Embaúba-prateada / Embaúba-branca

Cecropia pachystachya Embaúba / Embaúba-branca / Embaúva-branca

Coussapoa microcarpa Figueira / Figueira-mata-pau

CELASTRACEAE  

Austroplenckia populnea Marmeleiro-do-campo / Marmelinho-do-campo

Maytenus robusta Cuinha / Cafezinho

CHRYSOBALANACEAE  

Licania octandra Farinha-seca

CONNARACEAE  

Connarus suberosus Cabelo-de-negro

Page 8: 2008 Biota do Santa Teresa

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR

EBENACEAE  

Diospyros brasiliensis Caqui-do-mato

Diospyros hispida Fruta-de-boi

Diospyros inconstans Marmelinho

EUPHORBIACEAE  

Croton urucurana Sangra-d'água

Mabea brasiliensis Canudo-de-pito

Mabea fistulifera Canudo-de-pito / Canudeiro / Mamoninha-do-mato

FLACOURTIACEAE  

Casearia decandra Cafezeiro-do-mato

LAURACEAE  

Aniba firmula Canela-de-cheiro

Nectandra membranacea Canela-branca

Nectandra nitidula Canela-do-mato

Nectandra oppositifolia (N. mollis) (N. rigida)

Canela-amarela

Ocotea divaricata Canela

LEG.-CAESALPINIOIDEAE  

Bauhinia forficata Unha-de-vaca / Unha-de-vaca-branca-do-brejo / Pata-de-vaca / Pata-de-vaca-da-mata

Bauhinia holophylla Pata-de-vaca-do-cerrado

Page 9: 2008 Biota do Santa Teresa

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR

Bauhinia longifolia Pata-de-vaca-do-campo / Pata-de-vaca

Bauhinia rufa Pata-de-vaca

Cassia leptophylla Falso-barbatimão

Copaifera langsdorffii Óleo-de-copaíba / Copaíba

Dimorphandra mollis Faveiro-doce / Faveiro / Faveira

Diptychandra aurantiaca Balsaminho

Hymenaea courbaril var. stilbocarpa (H. stilbocarpa)

Jatobá / Jatobá-miúdo / Jatobá-da-mata

Pterogyne nitens Amendoim-do-campo / Amendoim-bravo

Schizolobium parahyba Guapuruvu

Senna macranthera (Cassia speciosa)

Fedegoso / Manduirana

Senna multijuga (Cassia multijuga)

Pau-cigarra / Aleluieiro / Aleluia

Senna ocidentalis (Cassia ocidentalis)

Fedegoso

Senna pendula (Cassia bicapsularis)

Canudo-de-pito / Aleluia

Senna spectabilis (Cassia carnaval)

Cássia-carnaval / Cássia-do-nordeste

Tachigali multijuga Ingá-bravo

LEG. -MIMOSOIDEAE  

Abarema brachystachya Olho-de-cabra-azul

Page 10: 2008 Biota do Santa Teresa

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR

Albizia hassleri Farinha-seca

Albizia polycephala Albizia / Angico-branco

Anadenanthera colubrina (Piptadenia colubrina)

Angico-branco / Angico-branco-da-mata / Angico

Anadenanthera falcata Angico-do-cerrado

Anadenanthera macrocarpa Angico-vermelho / Angico-branco / Angico-preto

Anadenanthera peregrina Angico-do-morro / Angico-do-norte / Angico-vermelho

Enterolobium contortisiliquum (E. timbouva)

Tamboril / Timburi / Orelha-de-negro

Parapiptadenia pterosperma Angico-roxo

Parapiptadenia rigida (Anadenanthera rigida)

Angico-da-mata / Angico-rosa / Angico-branco / Angico-amarelo

Stryphnodendron adstringens Barba-timão / Barbatimão / Barbatimão-verdadeiro

Stryphnodendron polyphyllum Barbatimão

LEG.-PAPILIONOIDEAE  

Acosmium subelegans Amendoim-falso / Cerejeira

Andira anthelmia (A. anthelmintica)

Garacuí / Angelim-amargoso / Baga-de-morcego

Andira fraxinifolia Jacarandá-do-mato / Angelim-doce

Andira inermis Angelim-liso

Andira laurifolia Angelim

Page 11: 2008 Biota do Santa Teresa

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR

Bowdichia virgilioides Sucupira-preta

Lonchocarpus subglaucescens Timbó

Luetzelburgia auriculata Guaiçara / Pau-ripa

Machaerium aculeatum Jacarandá-bico-de-pato / Pau-de-angu / Bico-de-rola

Machaerium acutifolium Bico-de-pato / Jacarandá-do-campo

Machaerium brasiliense Pau-sangue

Machaerium floridum Jacarandá

Machaerium nictitans Bico-de-pato / Jacarandá-bico-de-pato

Machaerium vestitum Jacarandá-branco

Machaerium villosum (M. lanatum)

Jacarandá-paulista / Jacarandá-do-mato

Myrocarpus frondosus Óleo-pardo / Cabreúva-parda

Myroxylon peruiferum (M. balsamum)

Cabreúva / Cabreúva-vermelha / Bálsamo

Ormosia arborea Olho-de-cabra / Olho-de-cabra-vermelho

Platycyamus regnelli Pau-pereira

Platymiscium floribundum Sacambu

Platypodium elegans Jacarandá-do-campo / Faveiro / Amendoim-do-campo /

Poecilanthe parviflora Coração-de-negro / Lapacho

Swartzia langsdorffii Pacová-de-macaco

Page 12: 2008 Biota do Santa Teresa

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR

Swartzia macrostachya Manga-brava

Sweetia fruticosa Sucupirana / Sucupira-amarela

Vatairea macrocarpa Angelim-do-cerrado / Gema-de-ovo

LYTHRACEAE  

Lafoensia pacari Dedaleiro

MAGNOLIACEAE  

Talauma ovata Pinha-do-brejo / Talauma

MELASTOMATACEAE  

Tibouchina granulosa Quaresmeira-roxa / Quaresmeira-rosa / Quaresmeira

Tibouchina mutabilis Manacá-da-serra

Tibouchina pulchra Manacá-da-serra

Tibouchina sellowiana Manacá-de-minas

Tibouchina stenocarpa Manacá

Tibouchina trichopoda Jacatirão

MELIACEAE  

Cedrela fissilis Cedro / Cedro-rosa / Cedrinho

Trichilia pallida Baga-de-morcego

Trichilia silvatica Café-do-mato / Catiguá-branco

MORACEAE  

Brosimum gaudichaudii Maminha-cadela

Page 13: 2008 Biota do Santa Teresa

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR

Brosimum guianense Leiteira-vermelha

Ficus citrifolia Figueira

Ficus glabra Figueira

Ficus guaranitica Figueira-branca / Figueira

MYRTACEAE  

Blepharocalyx salicifolius Murta / Murta-brasileira

Campomanesia guazumaefolia Sete-capotes / Araçá-do-mato

Campomanesia neriiflora Guabiroba-branca

Campomanesia pubescens (C. corymbosa )

Gabiroba / Guabiroba

Campomanesia xanthocarpa Gabiroba-árvore / Guabiroba / Guabirobeira-de-árvore

Eugenia multicostata Pitanga-verde

Eugenia uniflora Pitanga / Pitangueira

Myrcia tomentosa Goiaba-brava

Myrciaria trunciflora Jaboticaba-sabará / Jaboticaba / Jaboticaba-vermelha

NYCTAGINACEAE  

Bougainvillea glabra Primavera-arbórea / Primavera

Pisonia ambigua Maria-faceira

PHYTOLACCACEAE  

Gallesia integrifolia (G. gorazema)

Pau-d'alho

Page 14: 2008 Biota do Santa Teresa

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR

POLYGONACEAE  

Ruprechtia laxiflora Marmeleiro

RHAMNACEAE  

Rhamnidium elaeocarpum Saguaraji-amarelo / Cafezinho / Café-ziroro

RUBIACEAE  

Alibertia edulis Goiaba-preta

Alibertia macrophylla Marmelo

Tocoyena brasiliensis Genipapinho

RUTACEAE  

Zanthoxylum rhoifolium Mamica-de-cadela / Mamica-de-porca / Laranjeira-brava

SALICACEAE  

Salix humboldtiana Chorão / Salseiro

SAPOTACEAE  

Pouteria caimito Abiu / Abiu-amarelo

Pouteria venosa Bapeba-pêssego

SOLANACEAE  

Acnistus arborescens Marianeira / Fruta-de-sabiá

Brunfelsia uniflora Manacá-de-cheiro

Solanum lycocarpum Fruta-de-lobo / Lobeira

Solanum paniculatum Jurubeba

Page 15: 2008 Biota do Santa Teresa

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR

STERCULIACEAE  

Guazuma ulmifolia Mutamba-preta / Mutambo / Mutamba / Fruta-de-macaco

STYRACACEAE  

Styrax ferrugineus Limoeiro-do-mato

Styrax pohlii Benjoeiro / Árvore-de-bálsamo

TILIACEAE  

Luehea candicans Açoita-cavalo / Açoita-cavalo-grande

Luehea divaricata Açoita-cavalo / Açoita-cavalo-miúdo

Luehea grandiflora Açoita-cavalo / Açoita-cavalo-graúdo / Mutamba-preta

WINTERACEAE  

Drimys brasiliensis (D. winterii) Casca-d'anta

Afora as espécies acima catalogadas, encontramos no interior da biota do Hospital Santa Teresa: as seguintes espécies nativas: macauseira; sucupiras; paineiras; gameleiras; sibipirunas; sangra d água; cedros; ficheiras; caleandras; faveiros; pau ferro e centenas de outras espécies que outorgam aquela biota o título de raríssima beleza, protegida do “machado e da moto-serra”.

Os recursos da Mata Atlântica:

Espécie nativa da Mata Atlântica encontradas no interior da biota do Hospital Santa Teresa: cajueiros, jabuticabeira, goiabeiras. Na floresta, existem plantas que exalam cheiros atraentes ou até mesmo simulam ser uma fêmea de algum animal com a função de atrair polinizadores, tais como abelhas, vespas, moscas, besouros, borboletas, mariposas, aves ou até morcegos.

Avifauna:

Page 16: 2008 Biota do Santa Teresa

As aves (latim científico: Aves) constituem uma classe de animais vertebrados, tetrápodes, endotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuirem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos. São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo.

As aves variam muito em seu tamanho, dos minúsculos beija-flores a espécies de grande porte como o avestruz e a ema. Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros. Os pássaros estão incluidos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das aves.

Enquanto a maioria das aves são caracterizadas pelo vôo, as ratitas não podem voar ou apresentam vôo limitado, uma característica considerada secundária, ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar. Aves não-voadoras são especialmente vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat ) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticos, mamíferos em particular).

Avifauna Expecimes:

(Biota do Hospital Santa Teresa)

Urutau, sai andorinha, puvi, saira azul, saira amarela das asas azuis, varias especies de pica-paus [inclusive mirin], periquitos. maritacas, falcões, gralhas azul, gralha de topete, bem-te-vi, tico-tico-terra, joão bobo, joão-de-barro, garça branca, garça azul, socó, curruira, colerinha, bigodinho, sanhaços, sabiás, sabiá larangeira, sabiá pardo, sabiá do peito vermelho, soldado, guaxo, caca-sebo, sisiri, tesoura, chopim, tejo, corre-trilha, pombas e etc. Gambás, sagüis, furões, capivaras, camundongo do serrado, lagarto verde, lagarto teú, cobras e outros expecines de répteis;

INSETOS – O TOPO DA BIODIVERSIDADE

Em todo o mundo, os insetos são os organismos mais abundantes e diversos, com cerca de um milhão de espécies descritas. São importantes em qualquer ecossistema porque possuem a maior biomassa, a maior variabilidade genética e o maior número de interações bióticas. Têm papel importante na polinização e na aceleração da decomposição do material vegetal e conseqüente ciclagem de nutrientes. Se, por um lado, consomem grandes quantidades de plantas, por outro, são consumidos por grande número de predadores vertebrados e invertebrados. A abundância de insetos do Hospital Santa Teresa é muito grande e, citamos alguns mais comuns aos olhos dos leigos: Grande variedade de borboletas, vespas, abelhas, besouros, mariposas, fornigas e etc.

O grupo dos insetos (do latim insecta = seccionado) é formado por baratas, gafanhotos, besouros, formigas, moscas, piolhos e muitos outros animais semelhantes, que totalizam mais de 900 mil espécies. É o maior grupo de animais do planeta, vivendo em

Page 17: 2008 Biota do Santa Teresa

praticamente todos os hábitats, com exceção das regiões mais profundas no mar. São os únicos invertebrados capazes de voar, o que facilita a procura por alimento ou melhores condições ambientais; além disso, o vôo possibilita o encontro de parceiros para acasalamento e a fuga de predadores. Acredita-se que os insetos tenham sido os primeiros animais voadores existentes na Terra.

Morfologia externa de um gafanhoto.

A importância ecológica dos insetos é notável. Cerca de dois terços das plantas fanerógamas, ou seja, plantas que possuem flores dependem dos insetos, sobretudo abelhas, vespas, borboletas, mariposas e moscas, para a sua polinização. Também são importantes para a espécie humana. Mosquitos, piolho, pulgas e percevejos, entre outros, são hematófagos e podem parasitar diretamente o homem. Podem também servir como vetores de doenças que atingem o homem e os animais domésticos. Por exemplo: malária, elefantíase e febre amarela são transmitidas por mosquitos; tifo é transmitido por piolhos; peste bubônica é transmitida por pulgas. Podem ainda ser pragas vegetais, quando se alimentam de partes variadas das plantas, reduzindo a produção agrícola e afetando o abastecimento de populações humanas. A Entomologia (do grego entomon = insetos) é uma área especializada da Zoologia que cuida dos estudos dos insetos.

Os insetos podem ser diferenciados dos demais artrópodes pelo fato de apresentarem três pares de patas e, geralmente, dois pares de asas. Possuem um único par de antenas na cabeça e seu corpo divide-se em três partes: cabeça, tórax e abdome. Em geral, têm tamanho reduzido, variando de 2 a 40 milímetros de comprimento, embora algumas formas ocasionalmente possam ser maiores.

A cabeça contém um par de antenas articuladas, dois olhos compostos laterais não-pedunculados e, dependendo do animal, três ocelos (áreas com grande concentração de células fotossensíveis), que funcionam na percepção de variações luminosas (não formam imagens). Também na cabeça ficam situadas as peças bucais, geralmente dirigidas para baixo e adaptadas a diferentes formas de obtenção de alimento. Assim, por exemplo, gafanhotos e baratas possuem mandíbulas cortantes que caracterizam um aparelho bucal do tipo mastigador, adaptado a rasgar, cortar e moer. Barbeiros e pernilongos, por outro lado, têm mandíbulas e maxilas alongadas e perfurantes, permitindo uma atividade hematófaga. O mesmo ocorre em cigarras e pulgões, que sugam seivas de plantas. Em borboletas, existe um canal alongado, a espirotromba (probóscide), usado na sucção do néctar das flores.

Page 18: 2008 Biota do Santa Teresa

Tipos de peças bucais de insetos.

O tórax apresenta três segmentos; cada um contém um par de patas articuladas e os dois últimos, na maioria das espécies, apresenta um par de asas cada um. As patas geralmente estão adaptadas para andar ou correr, embora, dependendo do modo de vida do animal, possa estar modificado para pular, nadar, cavar e agarrar presas. As asas também apresentam diferentes estruturas. Na maioria dos insetos, entre os quais as libélulas e as abelhas, são finas e membranosas. Entretanto, o par anterior de asas dos gafanhotos, por exemplo, é mais espesso e pigmentado e apenas as asas posteriores são membranosas. Já nos besouros, o par anterior é de asas rígidas e pesadas, conhecidas como élitros, servindo como placas protetoras. Apenas o par posterior, de asas membranosas, é efetivamente usado no vôo.

No abdome, geralmente, encontram-se os estigmas, por onde o ar penetra no sistema traqueal. Gafanhotos apresentam, no primeiro segmento abdominal, um par de tímpanos, membranas que captam vibrações sonoras e as transmitem a fibras sensitivas situadas dentro do corpo. Em alguns animais, os órgãos tímpanos ficam situados nas patas. Nas fêmeas de muitas espécies existe o ovipositor, estrutura terminal utilizada na postura de ovos. Os únicos apêndices abdominais são os cercos sensoriais existentes no ultimo segmento.

As asas representam uma característica marcante dos insetos. A grande maioria tem dois pares, sendo chamados de tetrápteros, mas existem também dípteros, como moscas e mosquitos, e ainda os ápteros, como as traças-de-livros, certos parasitas, entre os quais piolhos e pulgas. Nos dípteros, existe apenas o par anterior de asas, estando o par posterior transformado em halteres ou balancins, que servem como "lemes", estabilizando e direcionando o vôo. Entre as formigas e os cupins, apenas os indivíduos reprodutores apresentam asas, enquanto os demais não as possuem.

Nos insetos, as asas são projeções do revestimento corporal, diferentemente do que ocorre em aves e morcegos, nos quais são membros modificados. São formadas pela cutícula, espessa em muitos pontos, constituindo as nervuras. Estas, além de formarem um suporte esquelético para a asa, abrem-se no corpo e contêm hemolinfa. As nervuras maiores contêm também traquéias e ramificações nervosas. O arranjo das nervuras em uma asa varia de um tipo de inseto para o outro e é frequentemente utilizado na classificação. Inicialmente, os insetos apresentavam asas distendidas, como as libélulas

Page 19: 2008 Biota do Santa Teresa

atuais. Um evento importante na evolução da classe foi à capacidade de colocar as asas sobre o abdome quando fora de uso. Em gafanhotos, besouros e muitos outros, o par posterior de asas membranosas é mais longo e fica dobrado sobre o par anterior de asas espessas, sendo distendido apenas quando o animal voa.

Movimentos das asas nos insetos.

O exoesqueleto dos insetos é constituído de placas, arranjadas da seguinte forma: um tergo dorsal, um esterno ventral e duas pleuras laterais. As asas ficam presas entre o tergo e as pleuras. Os movimentos são feitos para cima e para baixo, por ação de músculos situados dentro do corpo: os músculos longitudinais e os músculos transversais, de ação antagônica. Quando os músculos transversais se contraem e os longitudinais se distendem, o tergo baixa e as asas levantam; quando ocorre o oposto, ou seja, os músculos transversais se distendem e os longitudinais se contraem, o tergo levanta e as asas baixam. Nos movimentos para frente e para trás, as asas são mantidas em diferentes ângulos, propiciando elevação e impulso frontal. A velocidade do vôo varia de acordo com a espécie: por exemplo, insetos lentos, como as borboletas, batem as asas de 4 a 20 vezes por segundo, enquanto insetos rápidos, como os mosquitos, executam até 1000 batimentos por segundo. Alguns insetos podem pairar no ar e, repentinamente, disparar velozmente. Poucos são capazes de planar.

Os insetos são os únicos animais voadores pecilotérmicos, ou seja, sua temperatura corporal varia de acordo com a temperatura do ambiente. Dessa forma, quando em temperatura baixa e, consequentemente, com taxa metabólica reduzida, os insetos têm a mobilidade limitada. É interessante observar que, em dias frios, certas borboletas realizam uma espécie de aquecimento, permanecendo sobre uma superfície e agitando as asas até que seja atingida uma temperatura corporal suficiente para permitir a quantidade de batimentos necessária ao vôo.

Aproximadamente metade das espécies conhecidas de insetos é fitófaga, alimentando-se de tecidos ou seivas de plantas. Cupins vivem à custa de madeira e dependem de enzimas fornecidas por protozoários existentes em seu tubo digestivo para realizarem a digestão. Formigas se alimentam de fungos que cultivam em câmaras especiais dos formigueiros. Muitos besouros e larvas de moscas são saprófagos, alimentando-se de animais mortos. Existem ainda predadores que capturam e devoram outros animais, incluindo outros insetos.

Page 20: 2008 Biota do Santa Teresa

Com relação à reprodução, os insetos sempre apresentam fecundação interna. O pênis do macho é extensível ou eversível, dependendo da espécie, e introduz espermatóforos na abertura genital feminina. Em cada acasalamento, uma grande quantidade de espermatozóides é transferida para a fêmea, fertilizando muitos óvulos. Muitos insetos acasalam-se uma única vez durante a vida e, na maioria das formas, o número de acasalamentos é pequeno. A maioria das espécies é ovípara. Os ovos são depositados por um ovipositor abdominal em locais que dependerão do modo de vida do adulto. Algumas vespas e moscas põem os ovos em tecidos de plantas, levando a um intumescimento do vegetal conhecido como galha, que protege os ovos em desenvolvimento e cujos tecidos servem de alimento para as larvas.

Partenogênese, ou seja, desenvolvimento dos óvulos sem fecundação, ocorre em abelhas, vespas, formigas e pulgões. Pedogênese, ou partenogênese larval, ocorre em certos tipos de moscas. Poliembrionia, formando simultaneamente vários indivíduos iguais, acontece em certas vespas parasitas. Litomastix, por exemplo, é uma delicada vespa que deposita alguns ovos no corpo de uma lagarta grande de outra espécie. De cada ovo surgem, por poliembrionia, varias larvas, totalizando milhares, que se desenvolverão, devorando completamente o corpo da lagarta.

Quanto ao desenvolvimento, os insetos dividem-se em três grupos:

• os ametábolos são os que têm desenvolvimento direto, ou seja, sem metamorfose: do ovo eclode um jovem que, através de mudas, atingirá a fase adulta. Este é o caso das traças-de-livros.

• os hemimetábolos têm desenvolvimento indireto e realizam metamorfose parcial ou incompleta. Neste caso, eclode do ovo uma pequena ninfa, semelhante, em linhas gerais, ao adulto. Durante as mudas, a ninfa sofrera algumas alterações estruturais, desenvolvendo as asas e mudando de coloração, até atingir a forma adulta ou imago. Isso ocorre com baratas, gafanhotos, cupins, entre outros.

Desenvolvimento do gafanhoto, um inseto hemimetábolo. Os três estágios inicias, são ninfas e o último é o adulto ou imago.

• os holometábolos têm desenvolvimento indireto e metamorfose total ou completa. São exemplos as moscas, as borboletas, as abelhas e os besouros. Do ovo, eclode uma pequena larva vermiforme, segmentada, sem asas ou olhos. É um estágio em que a alimentação é prioritária, embora o alimento e as peças bucais da larva possam ser bem diferentes do adulto. Em borboletas, por exemplo, a lagarta tem peças bucais mastigadoras e o adulto tem peças bucais sugadoras. Algumas mudanças ocorrem durante o crescimento. No final do período larval, o animal cessa sua atividade e não se alimenta. É o estágio de pupa, no qual o inseto vive em locais protetores, como no chão, num casulo ou em tecidos vegetais. Mudanças radicais ocorrem neste estágio, de

Page 21: 2008 Biota do Santa Teresa

forma que poucas estruturas larvais permanecem. Da fase pupal, emerge o adulto ou imago.

Ciclo de vida da borboleta, um inseto holometábolo.

A organização social é um aspecto da vida dos insetos que merece destaque, pois é um grupo em que a maioria das formas é solitária. Ocorre em cupins, formigas, vespas e abelhas. Nas sociedades, muitos indivíduos de ambos os sexos vivem em uma complexa organização, com definida divisão de trabalho. Nenhum indivíduo vive fora do grupo nem pode fazer parte de outro grupo que não seja aquele em que nasceu. O polimorfismo é freqüente e os diferentes tipos de indivíduos são denominadas castas, diferenciando-se morfologicamente de acordo com o trabalho que realizam. As principais castas são os machos, as fêmeas ou rainhas e as operárias. A rainha põe os ovos, os machos realizam sua inseminação e as operárias fornecem alimento e asseguram a manutenção da sociedade. Os cupins vivem em galerias construídas na madeira ou no solo. Os operários são indivíduos estéreis, de ambos os sexos; e os machos férteis são membros permanentes do grupo. Alguns operários atuam como soldados, sendo dotados de mandíbulas grandes e realizam a defesa da sociedade. As asas estão presentes apenas nos machos e rainhas durante o vôo nupcial, em que ocorrem os acasalamentos e a dispersão. Os ninhos de cupins podem apresentar sistemas de ventilação, câmara real, onde fica a rainha, e jardim de fungos, cultivados e usados como alimento, nas espécies que não utilizam à celulose da madeira.

Page 22: 2008 Biota do Santa Teresa

Cupim, um inseto social; observe a rainha no centro da foto.

Cupinzeiro - no detalhe um homem.

Os formigueiros têm organização semelhante à dos cupinzeiros, formando sistemas de galerias no solo, em madeira ou sob pedras. As operárias são sempre fêmeas estéreis, os soldados podem existir, e as asas só ocorrem nas rainhas e machos em época reprodutiva. Após a copulação, o macho deixa de ser um membro funcional do grupo.

Em vespas e abelhas não há soldados e as operárias, sempre fêmeas, são aladas. As colméias são os agrupamentos sociais de inúmeras abelhas, como Apis mellifera. Os machos conhecidos como zangões, morrem após copularem com a rainha em um vôo nupcial, devido ao rompimento de seus órgãos reprodutores e conseqüente extravasamento de hemolinfa. Os machos surgem partenogeneticamente, ou seja, a partir de óvulos não fecundados. O tipo de fêmea, rainha ou operária, é determinado pelo alimento recebido durante a fase larval.

As diferentes castas das abelhas.

A comunicação entre os insetos envolve diferentes tipos de sinais. Muito eficiente, principalmente entre os insetos sociais, é a secreção de feromônios, substancias químicas que identificam os indivíduos do grupo, marcam trilhas para que os outros sigam, avisam sobre ataques e aumentam a atividade. Entre as abelhas, as operárias

Page 23: 2008 Biota do Santa Teresa

coletoras de alimento informam às demais sua localização através de uma "dança", onde o tipo de movimento, sua direção e freqüência, indicam exatamente sua posição em relação à colméia. A produção de som é evento comum em muitos artrópodes. Gafanhotos esfregam o par posterior de patas contra nervuras das asas, fazendo com que vibrem. Grilos esfregam a margem dianteira da asa anterior contra as nervuras da própria asa, sendo os cantos utilizados, por exemplo, na atração sexual. Em mosquitos, besouros e abelhas, o som está relacionado com a maneira de voar. O som das cigarras é produzido por vibrações de membranas quitinosas abdominais e serve para agregar indivíduos. Entre os sinais visuais, destacam-se os lampejos de luz dos vaga-lumes, que tem função na atração sexual.

A forma do corpo está relacionada com o modo de vida de cada inseto: é hidrodinâmica em besouros aquáticos; levemente achatada em baratas, que rastejam em fendas; e comprimida lateralmente em pulgas, que se movem entre pêlos e penas dos hospedeiros. Mariposas apresentam uma cobertura peluda que protege do frio. Um aspecto que chama atenção em muitos artrópodes é sua coloração, que pode ser produzida por pigmentos depositados na cutícula ou na epiderme. As cores brilhantes de certos besouros e borboletas são produzidas por incidência diferencial da luz sobre finas arestas e placas da cutícula. Muitas vezes a forte coloração serve para indicar predadores de que o inseto é venenoso.

Os insetos podem ser divididos em 32 diferentes ordens, mas nem todas elas são do mesmo tamanho; a menor tem 20 espécies, enquanto a maior tem cerca de 350.000 espécies. Algumas das ordens serão descritas resumidamente, até para que se tenha idéia da enorme diversidade desta classe. As principais ordens são:

a) Ordem Thysanura: traças-de-livros

Não apresentam asas, mas são capazes de realizar movimentos rápidos. Vivem em folhas mortas e ao redor de pedras. Algumas espécies, encontradas em casas, comem livros e roupas. São ametábolos.

Thysanura: traça-de-livros

b) Ordem Odonata: libélulas

Insetos predadores, dotados de asas longas, olhos grandes, peças bucais mastigadoras e patas adaptadas para capturar outros insetos no vôo. O corpo geralmente tem um colorido brilhante. São hemimetábolos e suas ninfas são aquáticas. Odonata: libélula

Page 24: 2008 Biota do Santa Teresa

c) Ordem Orthoptera: gafanhotos, grilos.

Possuem a cabeça grande com fortes peças bucais mastigadoras. Apresentam o par posterior de patas adaptado ao salto. As formas aladas têm asas posteriores membranosas em forma de leque, dobradas sobre as asas anteriores mais rígidas. Sendo principalmente herbívoros, podem causar danos severos à agricultura. São hemimetábolos.

Orthoptera: grilo

d) Ordem Isoptera: cupins

Insetos sociais de corpo mole, com formas aladas e não-aladas. As asas anteriores e posteriores têm o mesmo tamanho e são mantidas horizontalmente sobre o abdome. São hemimetábolos.

Isoptera: cupim

Page 25: 2008 Biota do Santa Teresa

e) Ordem Anoplura: piolhos e chatos

Ectoparasitas de aves e mamíferos, incluindo o homem e os animais domésticos. Possuem as peças bucais adaptadas para sugar. Alguns são vetores de doenças, como a febre tifóide. São hemimetábolos.

Anoplura: piolho

f) Ordem Hemiptera: percevejos e barbeiros

Dotados de peças bucais com o formato de uma "tromba" sugadora. Podem ser herbívoros, predadores e parasitas. As asas anteriores apresentam a base espessada e a extremidade membranosa. São hemimetábolos.

Hemiptera: percevejo

g) Ordem Homoptera: cigarras e pulgões

Insetos herbívoros, sugadores de seiva, sendo também dotados de uma "tromba". As asas membranosas são mantidas sobre o corpo, formando uma espécie de tenda. São hemimetábolos.

Homoptera: cigarra

Page 26: 2008 Biota do Santa Teresa

h) Ordem Lepidoptera: mariposas e borboletas

Dotadas de corpo mole, com asas, corpo e apêndices cobertos por "escamas" pigmentadas. As peças bucais do adulto estão numa espécie de probóscide enrolada, a espirotromba, que é usada para sugar néctar das flores. São holometábolos, sendo as larvas conhecidas como lagartas e alimentam-se de plantas.

Lepidoptera: mariposa

i) Ordem Diptera: moscas e mosquitos

As asas anteriores são funcionais, mas as posteriores são reduzidas, formando os halteres. São holometábolos, sendo muitos adultos vetores de doenças, como a malária e a febre amarela.

Diptera: mosca

j) Ordem Siphonaptera: pulgas

Não possuem asas e têm o corpo lateralmente achatado, além de patas adaptadas para saltar. As peças bucais são picadoras. Muitos se alimentam do sangue de mamíferos e aves. São vetores da peste bubônica e holometábolos.

Page 27: 2008 Biota do Santa Teresa

Siphonaptera: pulga

l) Ordem Coleoptera: besouros e brocas

De peças bucais mastigadoras. As asas anteriores formam pesadas estruturas de proteção chamadas élitros. Embora existam espécies predadoras, a maioria das formas é herbívora. Há alguns representantes aquáticos. São holometábolos.

Coleoptera: besouro

m) Ordem Hymenoptera: abelhas, vespas e formigas:

Muito diversificada, com indivíduos dotados de peças bucais mastigadoras, sugadoras ou lambedoras. Asas transparentes, ausentes em algumas formas. São holometábolos.

Hymenoptera: formiga

n) Ordem Blattaria: baratas

Page 28: 2008 Biota do Santa Teresa

Blattaria: barata

o) Ordem Dermaptera: tesourinhas

Dermaptera: tesourinha

p) Ordem Trichoptera: tricópteros

Trichoptera: tricóptero

Ainda existem muitas outras ordens, entre elas Mantodea (louva-a-deus), Phasmida (bicho-pau), Collembola (colêmbolo), Ephemeroptera (Efemeróptero), etc.

Center of Information & Solutions Sócio-Ambiental. Project Planting the Future

Reserved Copyrights: Copyright © 2003


Recommended