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20140227_br_brasilia

Date post: 20-Feb-2016
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MÍN: 17°C MÁX: 28°C www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @jornal_metrobsb BRASÍLIA Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014 Edição nº 453, ano 2 UNIVERSO EM DESENCANTO MEGAVILÃO ULTRON SACODE A MARVEL MAIS UMA VEZ PÁG. 10 IDOSOS E CUIDADORES TERÃO OFICINA DE LEITURA E MEMÓRIA NO GUARÁ PÁG. 11 IRMÃOS COEN FALAM AO METRO JORNAL SOBRE ‘INSIDE LLEWIN DAVIS’ PÁG. 13 RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR O Jornal Metro é impresso em papel certificado FSC, com garantia de manejo florestal responsável, pela Gráfica Moura Ltda. Poucas dezenas de PMs a pé caminham pelo Eixo Monumental: agora, exigências de libertação dos colegas presos e de reestruturação da carreira | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA Paco de Lucía morre, aos 66 Violonista espanhol que popularizou o flamenco teve um infarto PÁG. 13 Formação de quadrilha no mensalão prestes a cair Supremo Tribunal Federal. Quatro ministros já votaram contra a manutenção das penas relacionadas a este crime para oito condenados. Com mais dois votos, a tese de que não houve um grupo organizado sai vitoriosa. As defesas apostam nos votos de Rosa Weber e Teori Zavascki PÁG. 03 Distrito Federal terá mais um grande evento Depois de conquistar a Gymnasiade (em 2013) e a Universíade (em 2019), Brasília receberá o Fórum Mundial da Água, em 2018 PÁG. 06 Coragem durante a repressão: livro resgata torcida gay do Grêmio Jornalista gaúcho relembra a história da Coligay, organizada que enfrentou -- sempre pacificamente -- o preconceito entre 1977 e 1983 PÁG. 15 Deputado Patrício (PT) ameaça governo do correligionário Agnelo Queiroz com retorno da ‘operação legalidade’ durante Carnaval, caso os PMs presos não sejam soltos PÁG. 07 FOGO AMIGO
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Page 1: 20140227_br_brasilia

MÍN: 17°CMÁX: 28°C

www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @jornal_metrobsb

BRASÍLIA Quinta-feira,

27 de fevereiro de 2014

Edição nº 453, ano 2

UNIVERSO EM DESENCANTO MEGAVILÃO ULTRON SACODE A MARVEL MAIS UMA VEZ PÁG. 10

IDOSOS E CUIDADORESTERÃO OFICINA DE LEITURA E MEMÓRIA NO GUARÁ PÁG. 11

IRMÃOS COEN FALAMAO METRO JORNAL SOBRE‘INSIDE LLEWIN DAVIS’ PÁG. 13

RECI

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FORM

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Poucas dezenas de PMs a pé caminham pelo Eixo Monumental: agora, exigências de libertação dos colegas presos e de reestruturação da carreira | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

Paco de Lucía morre, aos 66Violonista espanhol que popularizou o flamencoteve um infarto PÁG. 13

Formação de quadrilha no mensalão prestes a cairSupremo Tribunal Federal. Quatro ministros já votaram contra a manutenção das penas relacionadas a este crime para oito condenados. Com mais dois votos, a tese de que não houve um grupo organizado sai vitoriosa. As defesas apostam nos votos de Rosa Weber e Teori Zavascki PÁG. 03

Distrito Federal terá mais um grande evento Depois de conquistar a Gymnasiade (em 2013) e a Universíade (em 2019), Brasília receberá o Fórum Mundial da Água, em 2018 PÁG. 06

Coragem durante a repressão: livro resgata torcida gay do Grêmio Jornalista gaúcho relembra a história da Coligay, organizada que enfrentou -- sempre pacificamente -- o preconceito entre 1977 e 1983 PÁG. 15

Deputado Patrício (PT) ameaça governo do correligionário Agnelo Queiroz com retorno da ‘operação legalidade’

durante Carnaval, caso os PMs presos não sejam soltos PÁG. 07

FOGO AMIGO

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com |02| {BRASIL}

1FOCO

O jornal Metro circula em 24 países e tem alcance diário superior a 20 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos e Campinas, somando mais de 480 mil exemplares diários.

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Metro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior Gerente Executivo: Ricardo AdamoCoordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Brasília. Diretor-editor: Cláudio Humberto. Editor-Executivo: Lourenço Flores (MTB: 8075) Diagramação: Natalia Xavier. Gerente Executivo: Vandler Paiva Grupo Bandeirantes de Comunicação Brasília. Diretor Geral: Flávio Lara Resende

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/3966-4607

COMERCIAL: 061/3966-4615

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: SBS Quadra.02 - Bloco "Q" - Ed. João Carlos Saad - 15º andar, CEP 70070-120, Brasília, DF, Tel.: 061/3966-4615. O jornal Metro é impresso na Gráfica Moura.

Filiado ao

‘Volta Lula’

‘É fofoca’O ministro Gilberto

Carvalho (Secretaria-Geral

da Presidência) classificou

como ‘fofoca’ a hipótese

de o ex-presidente Luiz

Inácio Lula da Silva ser

o candidato no PT nas

eleições de outubro, no

lugar da presidente Dilma

Rousseff. “Isso é fofoca

natural que aparece na

política”, rechaçou. O

ministro defendeu o

patrocínio de BNDES,

Caixa e Petrobras, no

valor de R$ 1,3 milhão,

dado ao Congresso do

MST, que acabou em

confronto com a polícia.

O primeiro ato do chama-do ‘Centrão’, bloco forma-do por 240 deputados de oito partidos que estão insa-tisfeitos com o governo, fra-cassou. A Câmara adiou pa-ra 11 de março a votação do requerimento que pede a criação de uma comissão ex-terna para ir até a Holanda para acompanhar as inves-tigações da denúncia de pa-gamento de propina a fun-cionários da Petrobras pela offshore SBM.

O painel de votações ficou aberto por três horas, mas apenas 255 deputados regis-traram presença -- apenas dois a menos do que o núme-ro mínimo suficiente. A ma-nobra de esvaziamento foi patrocinada pelo PT e pela li-derança do governo. “A Petro-bras já abriu sindicância. Não me parece eficiente que depu-tados brasileiros apurem esse caso na Holanda”, argumen-tou o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP).

Embora a votação tenha fi-cado para depois do Carnaval,

os deputados deixaram claro que a disposição de indepen-dência será mantida.

“A vida não acaba hoje, e o PMDB não votará nenhuma matéria sem que esse reque-rimento seja analisado pre-viamente”, afirmou o líder do partido na Câmara, depu-tado Eduardo Cunha (RJ).

“Amigo não é só para di-zer amém”, criticou o líder do Pros, deputado Givaldo Carimbão (AL).

Ciente da disposição do ‘Centrão’, o presidente da

Câmara, deputado Henri-que Eduardo Alves (PMDB--RN), tenta minimizar a atuação do grupo. “A inicia-tiva é para limpar a pauta e votar matérias de interes-se da sociedade”, afirmou o deputado, apontando que seis projetos com urgências constitucionais impedem qualquer votação do plená-rio há cinco meses.

O ‘Centrão’ é formado por PMDB, PSC, PP, Pros, PDT, PTB e PR e pelo Solidariedade, já na oposição. METRO BRASÍLIA

‘ entrão’. Apesar de esforço de grupo de insatisfeitos, criação de comissão externa para ir à Holanda fica para depois do Carnaval

Falta de quórum derrubou a sessão | GABRIELA KOROSSY/AGÊNCIA CÂMARA

Câmara adia Caso Petrobras para março

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Au-rélio Mello proibiu ontem que o Senado pague em juí-zo o valor excedente dos sa-lários dos servidores que re-cebem acima de R$ 29,4 mil.

A decisão contraria a ava-liação da Mesa Diretora do Senado, que não pagou os chamados supersalários de fevereiro alegando aguardar uma decisão definitiva da Cor-te. A Câmara pagou os valores acima do teto normalmente.

“Fico pasmo quando uma liminar do Supremo não é cumprida de imedia-to”, declarou Marco Aurélio Mello, que há duas sema-nas deu uma liminar favo-rável à retomada dos paga-mentos aos funcionários da Câmara e do Senado.

A justificativa é de que

o corte nos contracheques foi feita sem que os servi-dores apresentassem jus-tificativa. “Em uma demo-cracia, o devido processo legal deve ser observado. Não cabe justiçamento”, afirmou. METRO BRASÍLIA

Marco Aurélio concedeu liminar há

duas semanas | NELSON JR./STF

Supersalários. Senado é proibido de pagar em juízo

A CCJ (Comissão de Consti-tuição e Justiça) do Senado aprovou ontem, em votação simbólica, uma PEC (Pro-posta de Emenda à Consti-tuição) que obriga presiden-te da República, prefeitos e governadores a se licenciar dos casos caso sejam candi-datos à reeleição.

O afastamento do car-go ocorreria até três meses antes das eleições.

Pela lei eleitoral em vi-gor, os ocupantes das fun-ções não são obrigados a se licenciar.

“Há uma confusão do pa-pel do candidato e do deten-tor do cargo”, justifica a se-nadora Ana Amélia (PP-RS), autora da proposta.

A PEC precisa ser apro-vada em dois turnos, com apoio de 49 senadores e 308 deputados. METRO BRASÍLIA

CCJ. Candidato à reeleição deve se licenciar, diz projeto

O desejo do deputado Jair Bol-sonaro (PP-RJ) de presidir a CDH (Comissão de Direitos Humanos) da Câmara foi en-terrado oficialmente ontem. O parlamentar foi derrotado nas eleições para o cargo. Ele teve oito votos, dois a menos do que Assis do Couto (PT-PR), que assumiu a função. Consi-derado moderado, o petista tem a missão de apagar a má impressão deixada pela passa-gem de Marco Feliciano (PSC--SP). METRO BRASÍLIA

Bolsonaro será integrante da

CDH | LÚCIO BERNARDO JR./AGÊNCIA CÂMARA

CDH. Bolsonaro sofre derrota e petista assume comissão

O suspeito de ter efetua-do o disparo que matou o cinegrafista da TV Bandei-rantes Gelson Domingos em novembro de 2011, du-rante cobertura de uma operação da PM na favela de Antares, no Rio de Ja-neiro, foi apresentado on-tem pela Polícia Civil.

Com base em denúncias, agentes prenderam Alexan-dre da Silva, o Xandoca, 32, no bairro Retiro, em Volta

Redonda, no Sul do Estado, e o levaram para a delegacia na noite de terça-feira.

O Disque-Denúncia ofe-recia recompensa de R$ 1 mil para quem tivesse in-formações sobre o paradei-ro de Alexandre, suspeito de pertencer à facção crimino-sa que domina o tráfico de drogas em Antares, além de organizar bailes funks no interior da favela. Alexan-dre tinha mandado de pri-

são pelo homicídio de Gel-son e outros seis por tráfico de drogas e homicídio.

O cinegrafista usava co-lete à prova de balas, mas o tiro de fuzil ultrapassou a proteção. O objetivo da ação era checar informações de que líderes do tráfico forte-mente armados se reuniam no local. A operação termi-nou com oito presos e, além de Gelson, quatro suspeitos foram mortos. METRO RIO

Preso suspeito pela morte de cinegrafista em 2011

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com {BRASIL} |03|◊◊

Justificativas

Borba depõe sobre fraude na pena alternativa

O ex-deputado José Borba terá cinco dias para justi-ficar diferença de preços nos itens usados para pa-gar a pena alternativa no mensalão. Ele comprou 2,5 mil tijolos e 50 sacos de cimento por R$ 13, 6 mil. O MP (Ministério Pú-blico) do Distrito Federal encontrou os mesmos pro-dutos pelo valor de R$ 3,6 mil. Borba também com-prou 170 cestas básicas por R$ 80 cada, enquan-to o mesmo item é encon-trado a R$ 39 no mercado. A informação foi revela-da ontem pelo ‘Correio Braziliense’

A defesa adiantou que que não havia material de construção suficiente na época da compra e foi preciso pagar um valor a mais pelos produtos. Dis-se ainda que foram ad-quiridas cestas de Natal, mais caras. Caso as sus-peitas de irregularidades no cumprimento da pena do regime aberto se con-firmem, Borba poderá ser preso. METRO BRASÍLIA

Semiaberto

Empregado, Valdemar deixa a Papuda

O ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) dei-xou ontem o presídio da Papuda depois de con-seguir autorização para trabalhar. A VEP (Vara de Execuções Penais) não divulgou detalhes do contrato de trabalho.

Condenado a 7 anos e 10 meses de prisão, no regime semiaberto, Val-demar foi transferido pa-ra o CPP (Centro de Pro-gressão Penitenciária, onde será obrigado ape-nas a dormir.

O ex-presidente do an-tigo PL terá o nome in-cluído na dívida ativa da União porque não pagou, dentro do prazo estipula-do pela Justiça, a multa imposta pelo STF (Supre-mo Tribunal Federal), de R$ 1,6 milhão. Ele pedia o parcelamento em 24 meses. METRO BRASÍLIA

O STF (Supremo Tribunal Fe-deral) deverá absolver ho-je oito condenados no men-salão do crime de formação de quadrilha. O voto decisi-vo será do ministro Teori Za-vascki, único que ainda não teve posição anunciada, mas tende a acatar a tese das de-fesas dos mensaleiros, que sustentam nos recursos a te-se de coautoria de crimes, uma distinção jurídica que desmente a ação organiza-da para o cometimento de ilícitos -- mais grave. O julga-mento será retomado hoje.

A sessão de ontem foi sus-pensa com quatro votos favo-ráveis à absolvição e um con-trário, exatamente do relator dos embargos infringentes, ministro Luiz Fux. “Não é crí-vel aceitar que o uso de agên-cias de publicidade e institui-ções financeiras, bem como a entrega de enormes quantias de dinheiro a parlamentares, represente algo desestrutura-do, efêmero”, declarou.

Pela primeira vez julgan-do o caso, o ministro Roberto Barroso avaliou que as penas foram aplicadas de maneira inadequada, mas voltou a de-

fender mudanças no sistema político. “Senão continuare-mos a viver um abominável espetáculo de hipocrisia, em que todos apontam o dedo para todos, enquanto muitos tentam manter ocultos seus cadáveres”, declarou.

Os ministros Carmem Lú-cia, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli se anteciparam e mantiveram os votos favo-ráveis à absolvição. Além de-les, Rosa Weber também é a favor, mas ainda não votou.

METRO BRASÍLIA

Mensalão. Oito réus, entre os quais José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino, aguardam voto de Teori Zavascki, que tende a absolvê-los. Sessão teve bate-boca entre Joaquim Barbosa e Roberto Barroso, que criticou rigor das penas

STF deve extinguir o crime de quadrilha

Um dia após o MP (Minis-tério Público) do Distrito Federal pedir o fim das re-galias aos presos, o diretor do CPP (Centro de Progres-são Penitenciária), Afonso Emílio Alvares Dourado, pediu demissão.

O Diário Oficial da União revela apenas que a saí-da foi ‘a pedido’. O desgas-te provocado por eventuais mudanças na rotina do local nos últimos meses teria mo-tivado a decisão.

No CPP, três condenados do mensalão cumprem pe-na no regime semiaberto: o ex-tesoureiro do PT De-lúbio Soares, o ex-tesourei-ro do antigo PL Jacinto La-mas e o ex-deputado Carlos Rodrigues (PR-RJ). Há de-núncias de que, desde a chegada dos mensaleiros, feijoadas tenham sido orga-nizadas aos sábados.

Delúbio teria também direito a visitas fora de ho-rário e até a um cardápio diferente dos demais pre-sos. Os veículos das em-presas para as quais os condenados foram contra-tados também teriam au-torização para entrar no centro, para evitar o assé-dio da imprensa.

No mês passado, o vice--diretor do CPP, Emerson Bernardes, foi exonerado após exigir que Delúbio re-tirasse a barba.

O MP prepara nova ins-peção na unidade e, caso as regalias não terminem irá exigir a transferência dos presos para um presí-dio federal.

O ofício pedindo provi-dências foi encaminhado anteontem ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). METRO BRASÍLIA

Diretor de presídio sai após chegada de mensaleiros

Tratado como prioridade pe-lo governo brasileiro, o pedi-do de extradição de Henrique Pizzolato foi encaminhado ontem pelo Itamaraty à em-baixada do Brasil na Itália por meio de uma mala diplo-mática. Só após a chegada da documentação de 153 pági-nas será feita a abertura for-mal do processo junto ao Mi-nistério da Justiça italiana.

O governo reconhe-ce a restrição da Consti-tuição italiana, que proí-be que nacionais cumpram pena criminal em outros países, mas evoca trata-dos internacionais e consi-dera a situação do ex-dire-tor do Banco do Brasil uma excepcionalidade.

“É juridicamente viável a apresentação do requeri-mento de extradição à Re-pública Italiana, uma vez

que, além da base legal, há o notável fato de que a ex-tradição desse cidadão íta-lo-brasileiro far-se-ia para o Brasil, país do qual ele tam-bém é nacional, e não para uma nação estrangeira em relação a ele”, justificou o procurador-geral da Repú-blica, Rodrigo Janot.

Pizzolato está preso no presídio de Sant’Anna, em Modena, desde 5 de feverei-ro, após ser flagrado com documentos falsos. Ele foi condenado no Brasil a 12 anos de prisão.

Não há prazo para que a Itália dê respostas sobre o pe-dido brasileiro. METRO BRASÍLIA

Via correio, Itamaraty encaminha pedido de extradição de Pizzolato

Pizzolato vai aguardar a decisão preso na Itália | CAIO GUATELLI/FOLHAPRESS

Borba teve pena convertidaem prestação de serviços

ALAN MARQUES/FOLHAPRESS

Teori não participou da primeira fase do julgamento | CARLOS HUMBERTO/STF

Um bate-boca marcou a ses-são de ontem do STF (Su-premo Tribunal Federal). O ministro Roberto Barro-so avaliou que, não fosse o rigor na aplicação das pe-nas, o crime de formação de quadrilha já estaria pres-crito. “São penas altas que levavam em conta o desva-lor e as circunstâncias dos crimes, que no geral cor-respondem a uma ou mais condenações por homicí-dio”, afirmou.

Relator da ação penal, o presidente da Corte, minis-tro Joaquim Barbosa, reba-teu. “O tribunal não delibe-rou no vácuo, não exerceu

arbitrariedade. Os fatos são graves, gravíssimos”, afir-mou. “Onde está escrito que o juiz tem que aplicar um aumento de 20%, 30% ou 40% numa pena? Sua posi-ção é política, não técnica.”

“O senhor pode ter a opi-nião que quiser”, refutou Barroso. Diante da discus-são, o ministro Dias Toffo-li inteveio. “Vossa Excelên-cia não quer deixar o colega votar porque não concorda com Sua Excelência”, disse.

Barbosa reagiu. “Não se-jamos hipócritas.”

Barroso então concluiu o voto acatando a tese de coautoria. METRO BRASÍLIA

Barroso fala em crime prescrito e irrita Barbosa

“O discurso jurídico não se confunde com o discurso político.Antes de ser exemplar e simbólica, a Justiça precisa ser justa.” ROBERTO BARROSO, MINISTRO DO STF

“Leniência é o que se está encaminhando. É discurso político e contribui para aquilo que se quer combater.” JOAQUIM BARBOSA, PRESIDENTE DO STF

Confira os 8 condenados

que entraram com recurso

contra a condenação pelo

crime, pois tiveram 4 votos

favoráveis no julgamento:

F açã de ad i ha

Marcos Valério, José

Dirceu, José Genoino,

Delúbio Soares, Ramon

Hollerbach, Cristiano

Paz, Kátia Rabello e José

Roberto Salgado.

Beneficiados

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com |04| {BRASIL}

CLÁUDIO HUMBERTOWWW.CLAUDIOHUMBERTO.COM.BR

COM ANA PAULA LEITÃO

E TERESA BARROS

EXTRADIÇÃO: AGU VAI CONTRATAR ADVOGADO NA ITÁLIAO Ministério Público Federal pediu à Advocacia Geral da União (AGU) a contratação de escritório de advoca-cia na Itália, para atuar no processo de extradição de Henrique Pizzolato, meliante do mensalão preso em Bolonha. É que somente a AGU tem essa prerrogati-va. A contratação é necessária porque os advogados da AGU não podem atuar no exterior. Ainda não há esti-mativa de quanto isso vai custar.

O PEDIDOO pedido de contratação de advogado na Itália, pa-ra atuar no processo de extradição, foi solicitado pelo procurador-geral, Rodrigo Janot.

CRITÉRIOSA AGU já pediu ajuda ao Ministério das Relações Ex-teriores para listar escritórios de advocacia, na Itália, com experiência em extradição.

SUPERVISÃOO Departamento Internacional da AGU escolherá o es-critório após o envio de carta-convite. Mas a AGU é que definirá a linha de atuação.

NÃO É A PRIMEIRA VEZA Advocacia-Geral da União já contratou bancas pa-ra atuar nos casos do Propinoduto e do jato Legacy nos Estados Unidos e Italplan (Itália).

BLOCÃO QUER ATRAPALHAR GOVERNO E ATÉ A REELEIÇÃO

Criado para chantagear o governo e obter vantagens, cargos e a liberação de emendas parlamentares, o “blo-cão” de partidos da base de apoio, liderado pelo PMDB, planeja não apenas criar dificuldades em votações na Câmara dos Deputados, mas construir imagem de cri-se e enfraquecer a reeleição de Dilma. Os rebeldes atri-buem ao seu “salto alto”, em razão das pesquisas, os maus-tratos de que se queixam

OLHO NO BALCÃOOs deputados acham que a eventual reeleição de Dilma diminuirá a margem de negociação para conseguir car-gos no próximo mandato.

MAL A PIORA armação para enfraquecer Dilma se intensifica devi-do à resistência do PT em apoiar candidaturas de alia-dos aos governos estaduais.

JOGO DUPLOCom apoio do presidente da Câmara, Henrique Alves, que faz jogo duplo, o blocão ameaça aprovar comissão para investigar a Petrobras.

FUX DEU SHOWApós o voto brilhante do ministro Luiz Fux, na sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal, difícil imagi-nar como se pode ter coragem de livrar os meliantes do mensalão do crime de formação de quadrilha.

ELES NÃO SABEM O QUE FAZEMNey Suassuna deixou o Senado em 2006, mas a ausên-cia de oito anos não impediu que ele fosse listado en-tre os oradores inscritos da sessão de segunda-feira (24). Assessoria da Casa não comenta. Dizer o quê?

MANOBRA SALVADORA

O PT manobrou rápido para evitar a vitória de Jair Bol-sonaro (PP-RJ), convocando titulares da Comissão de Di-reitos Humanos. Foi por pouco: Domingos Dutra (SDD--MA) chegou no fim e deu a vitória aos petistas.

DESAFIO A HENRIQUEMarcelo Almeida (PMDB-PR) decidiu enfrentar a cúpula da Câmara com a proposta de reunificação das comis-sões de Educação e Cultura, desmembradas pelo presi-dente Henrique Alves para criar mais cargos.

ESPÍRITO DE PORCOLogo Delúbio Soares vai mandar o “chef” da cadeia preparar a nova regalia, para comemorar o Carnaval: “feijoada à Delúbio”, com rabo de porco, pé de porco, focinho de porco, cabeça de porco, e é porco.

INDISCIPLINA MORTALO comando da Polícia Militar no DF até tenta negar, mas é grande o temor de que não conseguirá restabele-cer a disciplina e a hierarquia até a Copa do Mundo. Se está difícil agora, imagine na Copa. 

ÓLEO DE PEROBAO secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, reconheceu que o governo financiou o badernaço do MST que tentou invadir o Supremo Tribunal Federal e agrediu policiais militares. Ainda disse, com o rosto polido a óleo de peroba, que foi tudo “para o bem da sociedade”.

PORTAL OPACODepois de amanhã já será março, mas o ano ainda não começou para o Portal da Transparência. Nem a Lei de Acesso à Informação fez o governo federal tornar pú-blicos os repasses de 2014 aos municípios. 

PENSANDO BEM...... a Adidas poderia criar uma camiseta da Copa com Graça Foster, da Petrobras, para reparar a exibição da “libertinagem brasileira”.

“O governo age como agiota dos Estados.”

SENADOR PEDRO SIMON (PMDB-RS) SOBRE JUROS EXCESSIVOS DAS DÍVIDAS DOS ESTADOS

PODER SEM PUDORAPARTE DESCARTADO

Orador brilhante, que detes-tava ser interrompido, o se-nador gaúcho Paulo Brossard (PMDB) discursava tentan-do ignorar os insistentes pe-didos de aparte de Porcínio Pinto (PTB), que perdeu a pa-ciência e gritou:- Como é, Vossa Excelência vai

me conceder aparte ou não?O gaúcho respondeu exi-bindo a sua melhor cara de tédio:- Depois. Agora faça o fa-vor de retirar-se do meu discurso!E continuou falando. Sem con-ceder apartes.

Dilma Rousseff: sob pressão | ANTONIO CRUZ/ABR

Domingos Dutra (SDD-MA) | JOSÉ CRUZ/ABR

Política

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com |06| {BRASÍLIA}

A coleta seletiva de lixo re-ciclável em todo o DF co-meçou no último dia 17, mas ainda gera muitas dú-vidas na população sobre horários e dias de passa-gem dos caminhões ex-clusivos e reclamações so-bre o não comparecimento das equipes nas datas mar-cadas. “É um período de adaptação e realmente co-metemos erros na ope-ração”, admite o diretor--geral do SLU (Serviço de Limpeza Urbana), Gastão Ramos. “A população tam-bém está confusa ainda, mas isso é normal e já es-tá melhorando.”

Das 771 rotas feitas pe-los caminhões -- que ro-dam de dia, ao contrário da coleta tradicional -- 60 já sofreram adaptações, afirma Ramos. “E o pro-cesso vai seguir. Temos fis-cais circulando com os ca-minhões para avaliar como melhorar.”

Nestes primeiros dias, foram coletadas 840 tone-ladas de lixo reciclável -- pouco perto das 2.700 to-neladas de lixo coletadas

diariamente em todo o DF. “Precisávamos começar, mas tenho certeza que chegaremos logo ao pata-mar de Curitiba, que reci-cla seu lixo há 20 anos”, diz Ramos.

InstruçõesO lixo seco (latas, garra-fas, papéis e plástico, por exemplo) deve ser separa-do do lixo orgânico e de banheiro e depositado na rua nos dias marcados em panfletos que foram dis-tribuídos pelo SLU em ca-sas e condomínios. A lista com dias e horas de coleta por cidade também foi dis-ponibilizada no site do SLU (slu.df.gov.br) BAND NEWS FM

Coleta seletiva. SLU admite problemas, mas faz balanço positivo

Brasília foi escolhida ontem na Coreia do Sul como sede do oitavo Fórum Mundial da Água, em 2018. Tirando a Co-pa, este é até agora o maior evento em quantidade de tu-ristas que a cidade vai rece-ber até 2019. Para o GDF, o evento consolida uma ten-dência de crescimento do potencial de turismo interna-cional em Brasília, que desde 2009 aumentou 175%, frente aos 23% da média nacional.

A capital federal foi esco-lhida a primeira sede do fó-rum no hemisfério sul com larga vantagem de votos do Comitê Mundial da Água -- 23 dos 36 integrantes escolhe-ram Brasília. “É uma grande conquista, não só pelo even-to, mas pela divulgação da cidade e intensificação do turismo”, comemorou o go-vernador Agnelo Queiroz.

Uma comissão de mem-bros do comitê visitou o DF no ano passado e elogiou a es-trutura do Centro de Conven-ções e dos hotéis próximos para receber eventos do porte do Fórum Mundial da Água.

A escolha deve movimen-tar a economia local. As ex-pectativas de gastos dos visi-tantes são de R$ 61 milhões. Cada participante deve gastar uma média de R$ 297 em ca-da um dos seis dias do evento.

O governo anunciou inves-timentos em infraestrutura

para melhorar a gestão do uso d’água e na preservação dos recursos hídricos no DF, ain-da sem expectativa de gastos.

No ano passado, o DF já era a terceira unidade da fe-deração a receber mais even-tos internacionais, atrás ape-nas do Rio de Janeiro e de São Paulo. METRO BRASÍLIA

Fórum Mundial da Água. Brasília será palco de quatro eventos de importância global e, com a divulgação, a cidade vê o número de turistas que a visitam crescer acima da média nacional

Abertura da Gymnasiade, em novembro | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

DF se firma como sede de eventos internacionais

Na 416 Sul, coleta é na terça, mas ontem havia lixo | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

Os eventos para os quais

Brasília foi escolhida atraem

turistas e investimentos na

infraestrutura da cidade:

G a iade

O DF foi escolhido em

2011. Foram recebidos

1,7 mil atletas e

investidos R$ 7 milhões.

U i e ade

Brasília foi escolhida ano

passado. São esperados

12 mil visitantes e serão

gastos R$ 2,2 bilhões em

infraestrutura.

F M dia daÁg a O DF foi

escolhido ontem como

sede do evento. São

esperados 40 mil turistas

e os investimentos para

“boas práticas na gestão

da água do DF” ainda

não foram orçados.

Bem-vindos

Ônibus param em quatro cidadesMoradores de Santa Maria, Gama, São Sebastião e Para-noá foram surpreendidos, na manhã de ontem, por uma nova paralisação de rodo-viários -- problema que já vi-rou rotina nas cidades atendi-das pelas empresas do Grupo Constantino (Planeta, Pionei-ra, Cidade Brasília e Satélite).

O grupo diz que não tem dinheiro para pagar as resci-sões de seus funcionários pa-ra que eles sejam contratados pelas novas empresas que es-tão assumindo o sistema. Cer-

ca de 400 deles não estão mais trabalhando, mas não tiveram os papéis regularizados e não podem procurar novos empre-gos. A Pioneira continuará no sistema, mas em locais dife-rentes -- e os rodoviários que-rem trabalhar perto de casa.

O grupo cobra do governo um acordo para que as resci-sões sejam pagas; coisa que o governo nega existir. No iní-cio da noite, o GDF anunciou um acordo para que a Mare-chal contrate 200 dos desem-pregados. BAND NEWS FM

Parada lotada em São Sebastião na manhã de ontem | IVAN BRANDÃO/BAND NEWS FM

“Pedimos ao cidadão que reclame. Aponte os problemas para nossos chefes de núcleo, na ouvidoria do SLU ou na administração regional. Nós vamos resolver.”

GASTÃO RAMOS, DIRETOR-GERAL DO SLU

A polícia procura um ho-mem, ainda não identificado, que agrediu duas mulheres a socos e pontapés no início da tarde de ontem, na Quadra 6 do Setor Comercial Sul.

As vítimas almoçavam em um restaurante no local, quando o agressor pediu lu-gar na mesa e foi atendido. Segundo a Polícia Civil, o ho-mem, chamou as vítimas de “sapatonas”. Elas teriam rea-

gido chamando o agressor de “babaca” e mudaram de mesa. Na saída do estabeleci-mento, ele seguiu e espancou as duas, que têm 22 e 24 anos.

Uma das vítimas quebrou a perna e já teve alta. A outra quebrou o braço e terá que passar por cirurgia. A 5ª DP, que investiga o caso, analisa imagens de câmeras de segu-rança da região para tentar identificar o agressor. METRO

Violência. Mulheres sofrem fraturas após agressão no Setor Comercial Sul

Page 7: 20140227_br_brasilia

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com {BRASÍLIA} |07|◊◊

Ato deixou trânsito complicado no Eixo Monumental no fim da manhã | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

Liderados pelo deputado Pa-trício (PT), expulso da corpo-ração em 2001 por organizar uma mobilização, cerca de 500 PMs participaram de um protesto ontem pela liberta-ção dos colegas presos há qua-se uma semana por participa-ção na ‘operação tartaruga’.

No caminho entre a Câ-mara Legislativa e o Congres-so Nacional, os militares grita-ram palavras de ordem, como ‘abaixo a ditadura’, e ameaça-ram dar o ‘troco’ do reajuste que dizem ter sido imposto pelo governo em eventos co-mo o Carnaval e a Copa.

A ameaça é retardar o atendimento a ocorrências com atos como a recusa de di-rigir viaturas sem curso espe-cífico ou dirigir na velocidade das vias em perseguições.

O grupo seguiu pelo Ei-

xo Monumental e interditou a passagem na chapelaria do Congresso, até que uma co-missão fosse recebida pelo presidente da Câmara, Hen-rique Eduardo Alves (PMDB).

De acordo com Patrício, as prisão são ilegais e foram ordenadas pelo comando da PM; podendo, portanto, ser revogadas com uma cane-tada. Após a reunião, Alves chegou a ligar para o colega

de partido e governador em exercício do DF, Tadeu Filip-pelli para tratar do assunto.

Filippelli se mostrou sensí-vel, de acordo com a assesso-ria de Alves, mas, em nota, o GDF informou que os presos respondem a processos admi-nistrativos na corregedoria da corporação e os trâmites pre-cisam seguir seu rito, sendo ‘impossível’ a intervenção go-vernamental. METRO BRASÍLIA

Segurança. Instigados pelo deputado Patrício (PT), militares radicalizam discurso contra o GDF e pedem ajuda ao Congresso

Contra prisões, PMs ameaçam segurança durante o Carnaval

“Se as prisões não forem revogadas, terá operação legalidade no Carnaval. Ai é ruim, né? Então acho bom o governo se antecipar.” DEPUTADO PATRÍCIO (PT), DISTRITAL QUE

DEFENDE A CAUSA DOS PRAÇAS DA PM

“A questão está judicializada; não há o que o GDF fazer. Os PMs sabem de suas obrigações e conhecem a legislação que os rege.” CORONEL ROGÉRIO LEÃO, CHEFE DA CASA MILITAR DO DF

Page 8: 20140227_br_brasilia

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com |08| {ECONOMIA}

Diante dos sinais de desa-celeração no nível de ativi-dade da economia brasilei-ra no fim do ano passado, o Copom (Comitê de Polí-tica Monetária) do Banco Central reduziu ontem o ritmo de alta da taxa bási-ca da economia brasileira. A taxa básica de juros da economia foi elevada em 0,25 ponto percentual, pa-ra 10,75% ao ano.

Nos encontros anterio-res do Copom, por seis ve-zes seguidas, os juros ha-viam avançado 0,5 ponto percentual. A decisão de on-tem, que representou a oita-va alta seguida na taxa Se-lic, confirmou a expectativa da maior parte dos econo-mistas do mercado.

A nova elevação também leva a Selic ao maior pata-mar desde o fim de 2011. “Dando prosseguimento ao processo de ajuste da taxa básica de juros, iniciado na reunião de abril de 2013, o Copom decidiu, por unani-midade, elevar a taxa Selic em 0,25 p.p., para 10,75% a.a., sem viés”, diz o comu-nicado do Copom.

A redução do aperto mo-netário reflete a percepção

da autoridade monetária de uma inflação ainda resisten-te, mas com sinais de desa-celeração da atividade eco-nômica, na avaliação de economistas.

O resultado do PIB (Pro-duto Interno Bruto) do quarto trimestre será di-

vulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

As projeções dos analis-tas do mercado financei-ro vão de queda de 0,2% na atividade econômica a 0,5% frente ao trimestre anterior.

METRO

Política monetária. Taxa de juros foi elevada ontem de 10,50% para 10,75% ao ano. Decisão foi unânime e já era esperada pelo mercado

EVOLUÇÃO

Rendimento mensal líquido

TA X� �� ����T RAÇ Ã� �� ��

      0 , 5 %     1 % �� % �%       2 , 5 % �%

P RA ZO�� ����AT E                  

ATÉ 6 MESES                  

ENTRE 6 MESES E 1 ANO     

ENTRE 1 ANO E 2 ANOS        

ACIMA DE 2 ANOS               

0 , 6 3 %

0 , 6 5 %

0 , 6 7 %

0 , 7 0 %        

0 , 5 9 %            

0 , 6 2 %          

0 , 6 4 %

0 , 6 6 %            

0 , 5 2 %          

0 , 5 4 %          

0 , 5 7 %          

0 , 5 9 %          

0 , 4 9 %        

0 , 5 1 %      

0 , 5 3 %      

0 , 5 5 %        

0 , 4 5 %

0 , 4 7 %

0 , 4 9 %

0 , 5 2 %

F���� � ������ �ves t imento Poupanç� � ������ �ves t imento

FUNDOS X POUPANÇA

FONTE: ANEFAC E BANCO CENTRAL

POUPANÇA 0,55% AO MÊS OU 6,17% AO ANO + TR

0 , 5 6 %    

0 , 5 8 %      

0 , 6 0 %      

0 , 6 2 %        

Selic ao ano, em %

7,25 7,258

8,59

1010,50

1 0 , 7 5

2013 2014

7 , 5

9

1 0 , 5

ONTEM27/NOV 15/JAN09/OUT28/AGO10/JUL29/MAI17/ABR06/MAR16/JAN

9,5

7,5

BC reduz ritmo de alta da Selic

Fundos de renda fixa ficam mais atrativosCom o aumento da Selic, os fundos de renda fixa ga-nham mais atratividade e levam vantagem sobre a poupança na maioria das si-tuações, segundo estudo rea-lizado pela Anefac (Associa-ção Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

O rendimento da poupan-ça perde, independentemen-te do prazo de resgate, para os fundos de renda fixa com taxas de administração entre 0,50% e 1,5% ao ano. Sobre aplicações com taxa de 2%, a caderneta é mais vantajosa para prazos até 12 meses.

A poupança vai continuar se destacando frente aos fundos com taxas superiores a 2% ao ano pelo fato de não pagar imposto de renda nem taxas de administração. “Es-te fato deverá provocar re-duções nos custos das taxas de administração para os bancos não perderem clien-tes”, diz o diretor executivo da entidade responsável pe-lo estudo, Miguel José Ribei-ro de Oliveira. METRO

ENTENDA O CASO

BRESSER(1987)

Poupança com aniversário

de 1º a15/6/1987

31/3/2007

VERÃO(1989)

Poupança com aniversário

de 1º a15/1/1989

31/11/2008

COLLOR 1(1990)

Poupança com aniversário

de 1º a15/4/1990

31/3/2010

COLLOR 2(1991)

Poupança com aniversário

de 1º a15/1/1991

(há outras datas)

31/1/2011Prazo para

a ação

Quem teriadireito

PLANO

O ressarcimento das perdas provocadas nas aplicaçõespor planos econômicos implantados pelo governoentre 1987 e 1991 para combater a in�ação

O QUE OS POUPADORES PEDEM NA JUSTIÇA

A Petrobras prevê o fim da importação de derivados de petróleo pelo Brasil em 2020. Segundo a presiden-te da estatal, Graça Foster, o país vai recuperar a autossu-ficiência em volume de pe-tróleo produzido em 2015. Já a autossuficiência em de-rivados, com processamen-to totalmente adequado pa-ra atender demanda total, está prevista para 2020.

O Brasil atingiu a autossu-ficiência em 2006, mas per-deu o posto em 2010, com o aumento das importações por conta da alta da deman-da. As importações, a preços mais altos que os de venda no mercado interno, têm re-duzido as margens de lucro da companhia.

“O mercado de derivados no Brasil foi o que mais cres-

ceu no mundo”, disse a pre-sidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em con-ferência com investidores. O Brasil deverá processar 3 mi-lhões de barris por dia em 2020, contra cerca de 2 mi-lhões de barris em 2013.

A Petrobras registrou lu-cro líquido de R$ 6,281 bi-

lhões no quarto trimestre de 2013, beneficiada pelo reajuste dos combustíveis. A divisão de Abastecimento continua, no entanto, apre-sentando prejuízo, uma vez que segue vendendo com-bustíveis no mercado inter-no a preços menores do que os de compra no exterior, se-gundo a “Reuters”.

Segundo Graça Foster, o preço da gasolina só será equiparado ao do mercado externo em 2015. A executi-va diz que o endividamento precisa ser controlado, o que levará dois anos para acon-tecer. “2014 é um ano dado, um ano posto, com inves-timentos já previstos”, afir-mou. A estatal prevê inves-timentos de R$ 94,6 bilhões em 2014, queda de 9% em re-lação ao ano passado. METRO

Petrobras vê fim de importação

de derivados de petróleo em 2020Ações atingem menor valor desde 2005Mesmo com lucro aci-ma das projeções, a Pe-trobras registrou que-da em seus papéis, que atingiram níveis de 2005 e pressionaram a Bolsa para baixo mais uma vez. O Ibovespa en-cerrou ontem a sessão em baixa de 0,25%, aos 46.599,21 pontos.

As preferenciais da petroleira (PETR4), que dão prioridade na dis-tribuição de dividendos, caíram 3,53%, a R$ 13,68; é o menor va-lor de fechamento desde novembro de 2005.

As ordinárias da esta-tal (PETR3), que dão di-reito a voto, perderam 2,86%, a R$ 12,90. METRO

Bolsa

Graça Foster: equiparação de preços

só em 2015 | WILSON DIAS/ABR

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) adiou para 12 de março o julgamento do re-curso que definirá o cálcu-lo dos juros de mora que poderão ser pagos pelas per-das da poupança na implan-tação dos planos econômi-cos dos anos 1980 e 1990, em caso de decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) a favor dos investidores. O julgamento estava previsto para ontem, mas o relator do caso, ministro Sidnei Be-neti, pediu mais tempo para estudar o assunto.

O Banco Central e a Fe-braban (Federação Brasi-leira de Bancos) defendem que, no caso das ações civis públicas, os juros de mora devem começar a ser conta-dos quando o poupador en-trar com sua execução indi-

vidual. Para o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Con-sumidor), um dos autores das ações civis públicas, eles devem ser computados a partir da citação do réu na ação judicial na fase de conhecimento.

Nas contas da consulto-ria LCA, contratada pela Fe-braban, a decisão do STJ po-de reduzir a potencial conta das instituições de R$ 341,5 bilhões para R$ 128 bilhões.

O valor pode cair ainda mais, para R$ 23 bilhões, se a Justiça também aceitar o pedido de que as ações cole-tivas valham apenas para os poupadores do local onde foram julgadas, e não para todo o país. Essa discussão depende do julgamento de um segundo caso que tam-bém está no STJ. METRO

Poupança. STJ adia decisão sobre incidência de juros

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Bene-dito Gonçalves suspendeu ontem o trâmite de todas as ações relativas à corre-ção de saldos do FGTS por outros índices que não a TR (Taxa Referencial). A de-cisão alcança ações coleti-vas e individuais em todas as instâncias da Justiça Fe-deral e da Justiça dos Esta-dos, inclusive juizados es-peciais e turmas recursais.

A Caixa Econômica Fe-deral, que pediu a suspen-são, estima serem mais de 50 mil ações sobre o te-ma em trâmite no Brasil. Dessas, quase 23 mil já ti-veram sentença, sendo 22.697 favoráveis à CEF e 57 desfavoráveis. Ainda ha-veria em trâmite 180 ações coletivas, movidas por sin-dicatos, e uma ação civil

pública, movida pela De-fensoria Pública da União.

O saldo do FGTS é atua-lizado todo dia 10 de cada mês, respeitando a fórmu-la de 3% ao ano mais Taxa Referencial.

Só neste ano, R$ 6,8 bi-lhões deixaram de entrar no bolso dos trabalhadores até fevereiro pelo descola-mento entre o atual mode-lo de reajuste e os índices de preços, segundo o Insti-tuto FGTS Fácil. Em 2013, a cifra chegou a R$ 27 bi-lhões. METRO

FGTS. Trâmite de ações por correção maior é suspenso

50 milações pedem a correção do FGTS por outros índices que não a TR, segundo estimativa da Caixa

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com {MUNDO} |09|◊◊

Manifestantes se enfrentam em frente ao Parlamento da Crimeia, na capital, Simferopol | BAZ RATNER/REUTERS

O corpo de um homem foi encontrado perto do Parla-mento da Crimeia, no sul da Ucrânia, onde houve choques entre manifestantes pró-rus-sos e partidários das novas au-toridades ucranianas.

Segundo as primeiras in-formações, ele morreu de cri-se cardíaca. Mas esta morte colocou ainda mais lenha na fogueira. Confrontos foram registrados ontem em Simfe-ropol, a capital da República Autônoma da Crimeia.

Mais de 5 mil pessoas se reuniram em frente ao Parla-mento, pró-russos de um la-do, tártaros pró-europeus do outro. Estes últimos consti-tuem 12% dos 2 milhões de habitantes da península, pa-ra onde retornaram em 1991, após terem sido deportados

para a Sibéria por Stálin.Membros de uma comuni-

dade local de tradição muçul-mana, os tártaros carregavam bandeiras ucranianas e grita-vam “Ucrânia, Ucrânia!”, en-quanto os habitantes de lín-gua russa exibiam bandeiras da Rússia e da Crimeia e grita-vam “Rússia, Rússia!”.

Houve algumas brigas, mas os manifestantes foram contidos pela polícia.

Os pró-russos exigem a realização de um referen-do sobre o status da Cri-meia, em meio às tensões separatistas que aumenta-ram com a destituição do presidente Viktor Yanuko-vitch. Eles querem ver a Crimeia independente do resto da Ucrânia, uma hi-pótese rejeitada pelo presi-

dente do Parlamento local.A Crimeia, que fez par-

te da Rússia soviética, foi adicionada à Ucrânia em 1954, mas continuou a abrigar a frota russa no Mar Negro. Por isso, é uma re-gião altamente estratégica para Moscou.

O ministro russo da De-fesa anunciou ontem refor-ço da proteção da frota rus-sa do Mar Negro, que tem sua base no porto de Sebas-topol, na Crimeia. As tropas foram “colocadas sob aler-ta”. A operação deve durar até 3 de março e mobilizar 150 mil homens.

Mar Negro

Mar Mediterrâneo

Kiev

Mo ldávia

Po lô nia

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%urq uia

"ússia$ielo rrússia

UCRÂNIA

PENÍNSULA DA CRIMEIA

Mar de Azov

Mar Negro

Mar Negro

Simferopol(capital regional)

Kerch

Sebastopol Ialta

Teodósia

A Crimeia, que fez parte da Rússia soviética, foi adicionada à Ucrânia em 1954. Proclamou sua independência em 5 de Maio de 1992, mas concordou mais tarde permanecer parte do país como uma república autônoma. A cidade de Sebastopol está situada dentro da República, mas tem um status municipal especial no país por abrigar a frota russa no Mar Negro

ÁREA DO CONFLITO

&'() '*+ial

Línguas oficiais

Área

População

República Autônoma da Crimeia

Ucraniano, russo, tártaro da Crimeia

26.081 km²

cerca de 2 milhões de habitantes

MILTO, -./YCorrespondente das rádios Bandeirantes e BandNews FM em Paris, na França

Crimeia se torna barril de pólvora

A região autônoma, no sul da Ucrânia, foi palco de protestos e confrontos entre partidários da influência russa e defensores do novo governo, instituído depois da deposição de Viktor Yanukovitch

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com |10| {CULTURA}

2CULTURA

Não é nada raro ver filhos serem abrigados pelos pais após o fim de um casamen-to. O inverso, por sua vez, tem um quê de excepcional. O potencial cômico da situa-ção inspirou o produtor Greg García a criar “Os Millers”, que acaba de estrear no ca-nal pago TBS.

Na série de humor, Will Arnet (de “Arrested Develo-pment”) vive Nathan Miller, um repórter recém-divorcia-do que começa a retomar a vida de solteiro. Quando co-munica a separação aos pais, Tom (Beau Bridges) e Carol

(Margo Martindale), acaba por instigá-los a fazer o mes-mo. Não bastasse a surpresa da notícia, Tom decide se mu-dar para a casa da irmã de Na-than, enquanto o repórter se

vê obrigado a abrigar a mãe. Boa parte das piadas se sus-tenta no conflito de gerações e em personagens caricatu-rais, como a mãe desbocada e o pai bobão. METRO

Lançamento. ‘A Era de Ultron’ traz ao Brasil trama de viagens no tempo que alteram o rumo de conhecidas histórias

Beau Bridges (esq.), Will Arnet e Margo Martindale | DIVULGAÇÃO

Bagunça na Marvel

Dominguinhos (1941-2013) foi autor de belas canções e parte fundamental em mui-tas parcerias nas suas cinco décadas de carreira. Felizmen-te, alguns desses encontros fo-ram registrados ao longo dos últimos três anos e estão dis-poníveis, desde ontem, na websérie “Dominguinhos +”.

Dirigida por Felipe Briso, a atração foi dividida em oi-to episódios, que incluem tre-chos de músicas, conversas e causos do sanfoneiro pernam-bucano gravados em momen-tos de melhora de sua doença – Dominguinhos passava por um tratamento debilitante contra um câncer de pulmão.

Nesses encontros, grandes nomes da música brasileira fi-zeram suas participações, co-mo Hermeto Pascoal, João Do-nato, Wilson das Neves, Luiz

Alves, Elba Ramalho, Leni-ne, Mayra Andrade, Yaman-du Costa, Hamilton de Holan-da, Djavan e a Orquestra Jazz Sinfônica.

Quem abre a série é Gilber-to Gil, em um encontro sen-sível e bem-humorado. Nele, a dupla ainda tem a parceria dos músicos Arismar do Espí-rito Santo, Heraldo do Monte e Robertinho Silva, que juntos interpretam a clássica “Tenho Sede” e “Abri a Porta”.

Além do vídeo, a cada epi-sódio da série será disponibi-lizada uma playlist e duas no-vas músicas.

A websérie “Domingui-nhos +” faz parte do progra-ma Natura Musical e terá um novo episódio todas as quar-tas, até 16 de abril, no site youtube.com/dominguinhos-mais. METRO

Dominguinhos é tema de websérie

Dominguinhos em cena da série para Internet | DING MUSA/DIVULGAÇÃO

Uma das HQs mais polêmi-cas entre os fãs de heróis acaba de chegar ao Brasil. Lançada ano passado nos Es-tados Unidos, a minissérie “A Era de Ultron” causou co-moção ao deixar o Universo Marvel ainda mais bagunça-do do que ele já é.

Explica-se: os dez volu-mes da história investem em viagens no tempo que mexem com marcos histó-ricos das dezenas de perso-nagens criados pela gigante dos quadrinhos.

Roteirizada por Brian Mi-chael Bendis e desenhada por Bryan Hitch, “A Era de Ultron” (Panini, R$ 7,20) co-meça com uma Nova York totalmente destruída e o

Gavião Arqueiro resgatando o Homem-Aranha. A maior parte dos heróis partiu des-ta para melhor e os que res-taram estão de mãos atadas, sem saber o que fazer. Afi-nal, o cenário é de fim do mundo. A ameaça da vez é Ultron, um robô com inteli-gência artificial criado por Hank Pym (o Homem-For-miga) e que, ao que tudo in-dica, sai do controle.

Publicada pela Panini, a edição de estreia reúne os dois primeiros volumes da série, que, apesar do título, não terá nada a ver com a sequência do filme “Os Vin-gadores”, também batiza-da como “A Era de Ultron”.

METRO SÃO PAULOGavião Arqueiro e Homem-Aranha sobrevivem ao ataque de Ultron | DIVULGAÇÃO

Confusão em família na TV

Luto

Adeus,

ArnestoErnesto Paulelli (foto),

o homem que inspirou

Adoniran Barbosa na

composição de “Samba

do Arnesto”, morreu

ontem, aos 99 anos, de

causas naturais. Advogado

e violonista, ele era

morador da Mooca, em

São Paulo.

Page 11: 20140227_br_brasilia

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com {CULTURA} |11|◊◊

Não olhe para baixo!

JOE PEPLER/REX

Não é tão alto quanto parece

O que é isso? O inver-no está chegando a Lon-dres pela segunda vez no mesmo ano? Claro que não! É apenas a Muralha da popular série “Game of Thrones”. A pedido da HBO, os artistas Joe e Max recriaram a edifi-cação em um desenho 3D na Bishop Square pa-ra celebrar o lançamen-to da terceira temporada em DVD e Blu-ray, que chega no Brasil em 12/3.

Grande Muralha

213 metrosé a altura da Grande Muralha simulada pelo desenho em 3D dos artistas Joe e Max. Na ficção, o paredão tem ainda outros 500 quilômetros de comprimento.

“Sabíamos que precisávamos fazer algo realmente especial para fazer jus à escala desta série de TV fenomenal que varreu o planeta.”

JOE HILL, DA DUPLA JOE E MAX

Que tal virar Jon Snow por um dia?

Protegida pela Patru-lha da Noite, a Muralha mantém os perigosos Outros distantes da civi-lização. Durante o único dia em que o “paredão” ficou exposto em Lon-dres, as pessoas foram encorajadas a “escalá-lo”. A quarta temporada de “Game of Thrones” será exibida no Brasil a partir de 6 de abril, simultanea-mente à transmissão nos Estados Unidos. METRO

Vai uma subidinha?

A escritora chegou munida de violão, tapete e contos in-fantis para dar um oficina no Hospital Universitário de Bra-sília, esperando um público de crianças. Qual foi sua sur-presa quando a porta se abriu e ela se deparou com um gru-po de idosos, muitos vítimas de Alzheimer. Alessandra Ros-coe respirou fundo, desdo-brou o conto que trazia e co-meçou a ler a história de uma menina que criava uma cai-xinha para guardar o tempo. Ao final da história, disse que usaria sua caixinha para pre-servar a lembrança do jardim de sua avó.

Um senhor que estava ali perto começou a falar que a memória que escolheria se-ria a do cheiro do café de sua avó. Uma senhora ao seu lado começou a chorar: fazia seis anos que o marido não pronunciava uma pala-vra. “A partir dessa dinâmi-ca, eu percebi a capacida-de que a literatura infantil tem para acionar as memó-rias das pessoas, revisitar momentos afetivos”, conta a escritora.

Hoje, ela realiza a oficina Caixinha de Guardar o Tem-po, inspirada nessa primei-ra experiência, no Auditó-rio do Centro de Saúde 1, do Guará. A atividade é aberta a todos os interessados, mas é principalmente destinada a idosos e cuidadores.

“Trabalhamos a memória de maneira lúdica, para mos-trar que ações muito simples podem melhorar a vida dos idosos”, conclui Roscoe.

Terceira idade. Alessandra Roscoe oferece hoje uma oficina de práticas de leitura e memória voltada para idosos e cuidadores

Idosos são convidados a visitar memórias da infância | DIVULGAÇÃO

Uma caixinha para recuperar memórias

NANA QUEIROZ METRO BRASÍLIA

Cuidadores aprendem a usar literatura para trabalhar a memória | DIVULGAÇÃO

Ofici aCai i hadeG a da Te Hoje, às 15h. No Centro de Saúde 1 (QI 6, Área Especial do Guará 1). Grátis.

Programe-se

Page 12: 20140227_br_brasilia

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com |12| {VARIEDADES}

Metro Pergunta

Metro web

Qual a maior

dificuldade que você

vê no sistema de

coleta seletiva do DF?

Leitor fala

@lincolncarvalho Saber que dia é pra separar, o quê e pa-ra mandar para onde?

@solucas_

As pessoas não sabem o que fazer, mas também não querem fazer. O SLU ain-da gerencia mal esses detalhes.

@KekaZappa

Mal começou e o caminhão de coleta não passou esta semana. A população não adere, e diz que não sabe o que é.

Alerta francêsVi muita gente criticar a publicação do governo francês que dá dicas de seguran-ça para cidadãos daquele país que quise-rem vir ao Brasil. É uma vergonha para os brasileiros, mas é uma coisa totalmen-te pertinente. O alerta francês inclusive deveria ser copiado aqui no Brasil, a po-lícia local deveria usar as dicas para mos-trar para os próprios brasileiros o que evitar fazer e como se comportar em de-terminadas situações. Assim, talvez não víssemos tantas mortes de gente que rea-giu a assaltos, por exemplo.IVANA RIBEIRO - ASA NORTE (DF)

Paralisação dos rodoviáriosÉ um absurdo que o usuário do trans-porte público só seja avisado de uma greve no dia que ela acontece. Me disse-ram que a decisão foi tomada na noite de ontem. Acho que ao invés de deixa-rem de rodar com os ônibus, o que só prejudica quem depende do serviço, os grevistas deveriam andar com a catraca livre, para que os donos das empresas acumulassem os prejuízos. O povo de-veria ser avisado de paralisações seme-lhantes com alguma antecedência.NAYARA OLIVEIRA - SANTA MARIA (DF)

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O exercício da sua fé, a dedicação

a temas espirituais e prazeres culturais serão bem-vindos para

compensar desgastes da rotina.

Fará muito bem dedicar atenção à te-

mas que revitalizem o seu emocional, como terapias, temas es-

pirituais, meditação e exercícios.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Caso sinta a necessidade de mais auto-

nomia e de se desprender de padrões, faça isso com paciência e

sem ignorar lugares e pessoas.

É essencial saber se colocar no lugar das

pessoas e valorizar suas experiências para compreender atitu-

des sem opinar precipitadamente.

Um pouco mais de disciplina será es-

sencial no trabalho. Cuide para que seu senso crítico não deixe

você exigente demais.

Propensões para mais empenho

a estudos e atividades culturais. Temas que funcionam como um

elixir aos sagitarianos.

Dia mais propício para se desa-

pegar do que não serve, sejam objetos ou mesmo relações. Algo

que fará muito bem para novas prioridades.

Boa ocasião para expressar as emo-

ções e surpreender quem gosta com atitudes prestativas. Tende

a estar mais sentimental.

Momento para superar algumas cismas

e receios ligados à vida amorosa. Nada de se culpar por algo que

não deu certo ou situações antigas.

Situações mais intensas e exposições de

sentimentos marcarão o convívio com quem se relaciona ou se

estiver em paquera.

Fará bem uma dedicação extra ao

seu habitat, família, vizinhança e tudo que faça parte da sua his-

tória para preservar bons sentimentos.

Não deixe que suas obrigações impe-

çam de aproveitar prazeres e momentos especiais com as pes-

soas que mais gosta.

[email protected]

Economista com MBA em Finanças (USP), orientador de famílias e educador em empresas,é colunista da BANDNEWS FM e fundador da SOBREDinheiro. Diretor do site www.oplanodavirada.com.br, da EKNOWMIX Consultores Integrados e da TECHIS SA.

C O M P R A PA R C E L A D A : G A N H OF I N A N C E I R O VA L E A P E N A ?Comércio. Imagine um lojista que comercializa smart-phones de um determinado modelo. Sua loja pagou ao fabricante R$ 500,00 por cada aparelho. Fazendo os cál-culos na ponta do lápis, o lojista chega à conclusão de que, se vender por R$ 700,00 (com R$ 200,00 de mar-gem sobre o custo da mercadoria), conseguirá ajudar a pagar seus custos de operação (que cabe àquele item bancar), e ainda obterá o lucro desejado (para aque-la peça). Daí, então, ele anuncia o smartphone por R$ 700,00 à vista, certo? Errado.

“Sem juros”. O lojista sabe que bem pouca gente tem R$ 700,00 prontos. Nem tanto porque o brasileiro ga-nhe pouco (até poderia ganhar mais) mas principal-mente porque não tem cultura de poupança, e daí nunca tem dinheiro maior pronto para nada. Se pe-dir R$ 700,00 na lata por cada aparelho, ficará com estoque encalhado. Então ele anuncia o tal celular por 12 parcelas “sem juros” de R$ 69,90. Para que de-sembolsar R$ 700,00 se você pode pagar uma parceli-nha de 10% deste valor?!

Vendido! Ofertando este plano de parcelamento “sem juros”, o lojista acabará “rasgando de vender” o tal smartphone, pois viabilizou a venda tanto àqueles que não tinham o dinheiro pronto (nove a cada 10 poten-ciais compradores), como àquele (uma a cada 10) que tem a grana toda mas não tem “coragem” de torrar se-te notinhas de cem num mero celular. De quebra, am-pliou seu lucro: agora vai apurar R$ 838,80 no total, R$ 138,80 ou 20% a mais. Parte irá para o banco, mas outra ficará na loja, mesmo.

Vantagem! Logo que surgiram os parcelamentos – em três, em seis, em 10 e mais recentemente em 12 vezes “sem juros” – ainda havia a pecha de que parcelar era coisa de pobre. Para evitar o preconceito do consumidor, nada como “racionalizar a vergonha”. Surgiu assim o ar-gumento de que “ao parcelar, você manterá o dinheiro aplicado, e ele ficará rendendo juros, dando a você uma boa vantagem financeira!”.!

Vantagem? Quem tiver dinheiro aplicado e preferir pagar em três (não à vista), ganhará pífios 0,60% (de juros) sobre o valor da compra. Mesmo que o parcelamento seja em 12, o ganho será de 3%, ainda diminuto frente ao possível desconto à vista e ao risco de bagunçar o orçamento com tanta parcela pendurada, amargando os elevados juros das dívidas emergenciais. Quer saber? Distância das par-celas! Se tiver, compre; se não, junte! Daí compre à vista e com desconto, sem carnê e sem medo de ser feliz!

Na ponta do lápis

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com {CULTURA} |13|◊◊

Os irmãos Joel e Ethan Coen estão de volta à Nova York do início dos anos 1960, um ambiente que eles não vi-sitavam desde “Na Roda da Fortuna” (1994). A época é o pano de fundo de “Inside Llewyn Davis – A Balada de um Homem Comum”, que está em cartaz, com Oscar Isaac na pele de um jovem músico em busca de um lu-gar ao sol na cena folk no-va-iorquina. Os diretores fa-lam ao Metro Jornal sobre sua predileção pela pelícu-la e a possibilidade de criar uma sequência de “Barton Fink – Delírios de Holly-wood” (1991).

Vocês disseram que “Insi-de Llewyn Davis” será o úl-timo de seus filmes roda-do em película. Joel Coen: Bem, não sabe-mos. É uma questão de evo-lução, porque não sabemos o que vamos fazer [em se-guida] nem em que ponto a tecnologia vai estar quan-do o fizermos. É possível, admito. Certamente este é o caminho para o qual a in-dústria está indo. Ainda as-sim, as pessoas ainda estão rodando em película. Prefe-rimos deste modo. É interessante como a pe-lícula tem se tornado uma espécie de opção de luxo para filmagens em relação ao formato digital.

JC: As pessoas dizem is-so, mas, honestamente, eu não acho que seja mais caro [rodar em película]. Acho que há uma regra no show business determinan-do que qualquer economia feita por causa de uma no-va tecnologia deva ser ab-sorvida pela indústria, que faz tudo custar o mesmo de antes. Realmente não acho que seja mais econô-mico. No entanto, talvez haja outras vantagens [no novo formato].

“Inside Llewyn Davis” se passa na mesma cidade de “Na Roda da Fortuna”.Ethan Coen: Sim, é verda-de. Nosso outro filme no-va-iorquino! Se passa na mesma época. Também roteirizamos mais outro que se passa na Nova York de 1962.

O quanto o período histó-rico em que uma história se passa é fator decisivo na hora de vocês se decidi-rem quanto a um projeto?EC: Tem a ver com a identi-dade do projeto. Não é algo que você considera isolada-mente. Você pensa na his-tória, os personagens que vão ocupar aquele ambien-te particular... É tudo uma grande mistura.JC: Sim, é. Mas é importan-te. É parte do que o estimu-la em termos do que você

pensa sobre a história.

Acredito que não há muito para onde correr quando se deseja falar de canto-res folk atuando em Nova York, estou certo?EC: Sim (risos). JC: Muita gente nos per-gunta se faríamos a sequên-cia de algum dos nossos fil-mes. O único que já nos provocou interesse é um “Old Fink”, que seria [Bar-ton] Fink em 1967, durante o “Verão do Amor”, em São Francsco, quando ele es-tá mais velho e atua como professor na Universidade Berkeley.EC: Estamos esperando John Turturro ficar velho o suficiente. Ninguém quer usar aquelas maquiagens, sabe?JC: Acho que ele está qua-se lá.EC: Ele está mesmo qua-se lá.

Esta vai ter que ser uma conversa delicada.JC: Não, ele está dentro. To-talmente. Acho que ele vai estar de acordo com isso.EC: Sim, mesmo [Fink] sen-do uma pessoa horrível. Va-mos recrutar John Good-man também. Isso tudo está em processo.

DIVULGAÇÃO

JOEL E ETHAN COEN

Os irmãos exploram a cena folk de Greenwich Village na Nova York dos

anos 1960 em ‘Inside Llewyn Davis’, que está em cartaz nos cinemas

‘PREFERIMOS PELÍCULA’

NED EHRBAR METRO INTERNACIONAL

O coração do músico espa-nhol Paco de Lucía, um dos maiores responsáveis pelo prestígio do flamenco ao re-dor do globo, parou de ma-neira inesperada ontem. Ele morreu aos 66 anos, em Cancún, no México.

Antes do ataque cardía-co, era um idoso enérgico. Era capaz de decorar mú-sicas em seu violão e tocá--las sem ler partituras. Foi ele quem devolveu o prestí-gio do flamenco na Espanha em uma época em que o rit-mo andava em baixa.

“Aprendi a tocar o violão como uma criança apren-de a falar”, ele disse, cer-ta vez, em um documentá-rio de 2012. Ele alcançou a fama nos anos 1970, após o lançamento do álbum “En-tre Dos Aguas”, um sucesso de vendas.

Os discos “El Duende Flamenco de Paco de Lu-cia” e “Almoraima” são co-nhecidos por reinventar o flamenco. Ele deu seu to-que especial ao mesclar o ritmo a pitadas de jazz.

Foi, provavelmente, um dos maiores violonistas de todos os tempos. Fez parce-rias com grandes músicos, como Carlos Santana e Al Di Meola.

Sua cidade Natal, Algeci-

ras, declarou dois dias de lu-to oficial por sua morte. A família disse, em comunica-do, que de Lucía viveu como quis e morreu brincando com os filhos junto ao mar.

METRO BRASÍLIA COM AGÊNCIAS

Morre o violonista Paco de Lucía, ícone do flamenco

Um dos maiores violonistas de todos os tempos | CARLOS ALVAREZ/GETTY IMAGES

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com |14| {ESPORTE}

3ESPORTE

Eles se acostumaram a le-var bronca dos seguranças nos ginásios e a serem hosti-lizados por torcedores mais silenciosos. A primeira tor-cida organizada do Brasília Vôlei -- clube que só tem se-te meses de existência -- já nasceu com talento para o estardalhaço e gosta de con-tagiar a arquibancada intei-ra. Com muito barulho, seus integrantes fazem questão de comparecer a todos os jo-gos do time em casa, mesmo que ninguém more por per-to -- dois deles residem em Águas Lindas de Goiás.

Apaixonado por vôlei, foi nas arquibancadas do Sesi de Taguatinga, quando o Brasí-lia ainda nem havia estreado na liga nacional, que o gas-trônomo Joaber Marini, 29, conheceu o professor Wen-dell Alves, 28, e o enfermei-ro Fernando Zampolo, 30. Juntos, eles tiveram a ideia de criar uma página no Face-book -- que já foi curtida por 670 usuários -- na qual pudes-sem abastecer os aficcionados pelo esporte com fotos e no-

tícias das jogadoras. Aos pou-cos, mais gente foi se juntan-do a eles durante os jogos e o que era uma amizade de oca-sião virou reunião pontual.

Divertidos e escandalo-sos, foram eles que criaram o bordão “Eu acredito”, ado-tado pela torcida no ginásio do Sesi de Taguatinga duran-te os primeiros tropeços do Brasília. “Sempre acredita-

mos, mesmo sabendo das limitações do time no co-meço, quando as jogadas es-tavam fora de forma, não ti-nha entrosamento”, conta Fernando Zampolo.

Hoje, o Brasília está com a classificação encaminhada para os playoffs, na sétima po-sição -- motivo de orgulho da torcida. “Tem muito time ve-lho na Superliga que não vai

se classificar”, vibra Marini.

Primeiros privilégiosCom os gritos de guerra e uma carinhosa faixa de dois metros, os torcedores “ofi-ciais” chamaram atenção da comissão técnica do Brasília Vôlei, que os presenteou com camisas do time. Os seguran-ças também aprenderam que, com eles, não adianta ralhar.

“Eu não sei ver jogo do Brasí-lia sentado”, explica Marini. Nos próximos jogos no Giná-sio do Sesi, eles terão entra-da franca. Até as jogadoras os reconhecem.

“Todas elas são muito gen-tis com a gente”, conta Marini. Na lista de preferências, nada das estrelas Paula Pequeno ou Érika Coimbra: as centrais Pa-trícia Menegucci e Vivi Góes e a meio de rede americana Dani Scott são citadas como as “mais simpáticas”.

Eles só estão em dúvida mesmo sobre o nome da or-ganizada. “Pensamos em Bon-de Candangão, mas ficou pa-recendo futebol”, diverte-se Joaber Marini.

Quem quiser contribuir, pode procurá-los nos próxi-mos jogos do Brasília. Eles es-peram ser encontrados já em um espaço reservado, que vem sendo prometido pela diretoria há algum tempo.

A convite do Metro, torcedores entram na quadra do Ginásio Nilson Nelson pela 1ª vez | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

Levantando a galera

Uma dor lombar impediu o tenista brasileiro João Sou-za, o Feijão, de seguir na lu-ta pelo título do Aberto do Brasil, em São Paulo. On-tem, pelas oitavas de final, ele foi obrigado a inter-romper a partida contra o espanhol Albert Montanes no segundo set.

Feijão havia perdido o primeiro set por 6/4 quan-do pediu a presença do fi-sioterapeuta pela primeira vez. Mesmo com dificulda-des, ele estava empenha-do em conquistar o próxi-mo quando voltou a sentir o desconforto nas costas e, após receber novamen-te o atendimento médi-co, precisou dar adeus à competição.

HaasUm dos principais favoritos ao título, o alemão Tommy Haas -- número 12 do mun-do -- estreou ontem na qua-dra brasileira contra o ita-liano Potito Starace. Ele encontrou um adversário atento e, em jogo disputado game a game, saiu com a vi-tória por 2 sets a 0 (7/6, 6/3).

Nas quartas de final, Haas enfrentará o argentino argentino Horacio Zeballos, que venceu com facilidade o compatriota Guido Pella por 2 sets a 0 (6/3, 6/4).

Também ontem, o espa-nhol Nicolas Almagro co-meçou bem, mas acabou derrotado pelo Federico Delbonis por 2 sets a 1 (6/3, 3/6 e 2/6). METRO

Feijão tem dor lombar e é obrigado a desistir de jogo

Feijão é atendido em quadra | DIVULGAÇÃO

O Real Madrid praticamente assegurou ontem a vaga nas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. Em Gelsenkirchen, na Alema-nha, o clube espanhol go-leou o Schalke 04 por 6 a 1.

Na Espanha, em 18 de março, o Real pode per-der por até quatro gols de diferença que estará classificado.

O trio ofensivo formado por Bale, Cristiano Ronaldo e Benzema funcionou à per-feição. Todos eles balança-ram as redes duas vezes e co-mandaram o baile espanhol.

Com a fatura quase liqui-

dada – aos 45 minutos da etapa final, quando perdia por 6 a 0 –, o holandês Hun-telaar descontou para o ti-me da casa.

Em Istambul, na Tur-quia, Galatasaray e Chelsea empataram ontem por 1 a 1 no primeiro embate das oitavas de final. Em 18 de março, as equipes decidem em Londres quem avança às quartas.

Fernando Torres abriu o placar para os ingleses aos oito minutos do primeiro tempo. Aos 20 minutos da etapa final, Chedjou empa-tou. METRO

Liga dos Campeões. Real massacra o Schalke 04

FABIANE GUIMARÃESMETRO BRASÍLIA

‘Oscar do esporte’

SeleçãoA equipe do técnico Luiz

Felipe Scolari concorre

ao prêmio Laureus na

categoria de melhor time

de 2013. A premiação

ocorre em 26 de março,

na Malásia.

Cristiano Ronaldo anotou dois gols | INA FASSBENDER/REUTERS

Vôlei. Grupo de jovens que se conheceram nos jogos cria página no Facebook e se torna a primeira torcida oficial do Brasília Vôlei na cidade. Fidelidade dos torcedores já rendeu até regalias da comissão técnica da equipe

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com {ESPORTE} |15|◊◊

Gremista de coração, o jorna-lista gaúcho Léo Gerchmann sempre foi fascinado por um capítulo especial da história do clube: a existência da Co-ligay, uma torcida organiza-da só de homossexuais, que enfrentou o conservadorismo da época, em plena ditadura militar, de 1977 a 1983. Con-vencido da riqueza do tema, decidiu escrever um livro pa-ra relembrar a trajetória des-tes corajosos tricolores.

Em fase pré-publicação, “Coligay - Tricolor e de todas as cores” deve ser lançado em abril pela Libretos. Por meio de intensa pesquisa e entre-vistas com ex-integrantes da torcida, Gerchmann reconta os detalhes desta história hoje

quase esquecida. “Eles foram muito corajosos, porque sur-giram em uma época de re-pressão. Era uma torcida que nunca se envolvia em confu-são e sempre apoiava o time”, comenta Gerchmann.

No livro, ele relembra co-mo a Coligay foi recebida com frieza, em princípio, mas de-pois conquistou até um es-paço reservado no Estádio Olímpico para guardar seus instrumentos. A torcida se desfez porque o criador, natu-

ral de Passo Fundo, voltou pa-ra sua cidade natal.

A Coligay não foi a única torcida gay do Brasil, embora tenha sido a que mais vingou. Em 1979, o carnavalesco Cló-vis Bornay criou a Flagay, mo-tivo de muito burburinho no Maracanã.

Para Gerchmann, defensor ardoroso da diversidade, a ho-mofobia ainda é uma mancha lamentável no futebol. “Te-nho a pretensão de que o li-vro mude um pouco isso, de que esclareça algumas coisas. Infelizmente, ainda há muita agressão aos homossexuais.”

História. Escrita pelo jornalista gaúcho Léo Gerchmann, a obra “Coligay - Tricolor e de todas as cores” será lançada em abril pela editora Libretos

A Coligay existiu entre 1977 e 1983: os integrantes enfrentaram muito preconceito, mas sem se abater | DIVULGAÇÃO

Torcida gay do Grêmio é relembrada em livro

“COLIGAY - TRICOLOR E DE

TODAS AS CORES”LÉO GERCHMANN

LIBRETOS

O sistema defensivo do Ga-ma mostrou, ontem, que na-da é perfeito. Invicto há cin-co rodadas, o alviverde teve sua série quebrada após ser derrotado para o Ceilândia, por 1 a 0, na abertura da oi-tava rodada do Candangão.

O placar, inclusive, até poderia ser mais elástico: o Gama entrou mal na parti-da e Allan Delon marcou pa-ra o gato negro aos 20 minu-tos do segundo tempo.

Jogando no Augustinho Lima, mas como mandan-te, o Formosa sofreu uma derrota de virada para o So-bradinho. Os goianos abri-ram o placar aos 16 minu-tos, com Felipe da Maia, Marciel deixou tudo igual aos 38 e, no segundo tem-po, Marcelinho virou.

Também foi com derrota que o Unaí/Paracatu deixou o campo ontem, contra o

Santa Maria. Allan marcou o gol da partida aos 39 do se-gundo tempo.

O próximo jogo da oita-va rodada será hoje, entre Legião e Atlético Ceilanden-se, às 10h30, no Bezerrão. Os jogos entre Brasiliense e Luziânia, e Brasília e Capital serão realizados na semana que vem. METRO

Candangão. Formosa, Gama e Unaí são derrotados

Candangão

8ª rodada

ONTEM

16h

FORMOSA 1 X 2 SOBRADINHO

SANTA MARIA 1 X 0 UNAÍ/PARACATU

CEILÂNDIA 1 X 0 GAMA

HOJE

10h30

LEGIÃO X AT. CEILANDENSE

Nos jogos de ida pelas quar-tas de final da Copa Verde, os representantes do DF -- Brasí-lia e Brasiliense -- saíram com vantagem jogando em casa.

Contra o Vilhena (RO), no Serejão, o Brasiliense venceu por 1 a 0. Na estreia do no-vo técnico, João Carlos Cava-lo, o time começou bem: Luiz Carlos abriu o placar logo nos dois primeiros minutos, mas estava impedido. Aos 13, Ra-mon rolou a bola para Baia-no, de fora da área, soltar um forte chute rasteiro no canto direito do goleiro.

Jogando no Bezerrão, o Brasília também venceu o Cuiabá por 1 a 0, com gol de Alex Martins. Os dois times voltam a jogar em 9 de mar-ço. Caso passem adiante, vai ter clássico candango na quar-tas de final e somente um dos dois vai seguir vivo. METRO

Copa Verde. Brasília e jacaré vencem

O Fluminense sofreu e só conseguiu um suado empa-te com o Cabofriense por 1 a 1, ontem, em Macaé, pe-la 11ª rodada do Campeona-to Carioca. Com o resultado, o Flu continua na vice-lide-rança do estadual.

Daniel Tijolo abriu o pla-car para o Cabofriense aos dez minutos do primeiro tempo. O gol de Fred saiu aos 47 do segundo, quando a torcida do Flu pedia “raça” ao time. METRO

Fluminense. Fred empata nos acréscimos

Fred marcou aos 47 minutos| NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.

O Corinthians não só man-teve a boa fase como deu mais um passo importan-te rumo à próxima fase do Campeonato Paulista. Dian-te do Comercial, ontem, o alvinegro venceu por 3 a 0.

O primeiro gol saiu nos pés de um jogador que a torcida ainda não conhece

muito bem -- Luciano. O jo-vem foi às redes aos 41 mi-nutos do primeiro tempo.

No segundo tempo, a es-trela de Luciano brilhou de novo: aos 44 minutos, ele anotou mais um. Nos acrés-cimos, Gil marcou o tercei-ro e deu números finais ao confronto. METRO

Paulista 1. Timão vence e mantém boa sequência

No dia em que completou 400 jogos no comando do São Pau-lo, o técnico Muricy Ramalho voltou a sorrir. Não só pelo fa-to de ser o quarto treinador com mais jogos pelo tricolor – atrás de Telê Santana (411), José Poy (422) e Vicente Feola

(532), mas porque o São Paulo voltou a vencer.

O tricolor bateu o XV de Pi-racicaba de virada por 3 a 1. Cafu abriu o placar para o XV, Luis Ricardo empatou, Luis Fabiano virou e Pabón con-verteu pênalti. METRO

Paulista 2. São Paulo vira sobre o XV de Piracicaba

FABIANE GUIMARÃESMETRO BRASÍLIA

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2014www.readmetro.com |16| {ESPORTE}

Botafogo perdia para o Unión Española (CHI) por 1 a 0, ontem, no Chile, até os 40 minutos do segun-do tempo, quando Ferrey-ra deixou tudo igual, garan-tindo um ponto importante para o alvinegro em jogo vá-lido pela segunda rodada do grupo 2 da Libertadores.

Com o resultado, o Glo-rioso segue invicto na com-petição sul-americana, de-pois de ter estreado com vitória por 2 a 0 sobre o San Lorenzo (ARG), há duas se-manas, no Maracanã.

O Botafogo está na lide-

rança do grupo e só perde a primeira colocação se o In-dependiente del Valle (EQU) derrotar o San Lorenzo, hoje, às 19h30 (de Brasília), na Ar-gentina, e ainda tirar uma di-ferença de saldo de dois gols em relação ao alvinegro. O clube equatoriano é o próxi-mo adversário do Glorioso, em 12 de março, às 19h45 (de Brasília), no Equador.

Pelo Carioca, o Botafogo é apenas o sexto colocado, com 15 pontos, enfrenta o Macaé, sábado, às 16h, precisando vencer para se aproximar do G-4. METRO RIO

Botafogo consegue empate com gol no fim

Ferreyra fez o gol de empate do Fogão | REUTERS/IVAN ALVARADO

No Horto, Atlético-MG vira sobre o Santa FéO Atlético-MG não se cansa de testar o coração da tor-cida na Libertadores. Assim como no primeiro jogo, um gol marcado nos minutos fi-nais garantiu a vitória ao ti-me, ontem, no Horto. Com a virada sobre o Santa Fé, por 2 a 1, o clube mineiro assu-miu a liderança isolada do Grupo 4, com seis pontos.

O time de Paulo Autuo-ri tentou sufocar os colom-bianos desde o primeiro mi-nuto, como de costume no Independência. Com um Ro-naldinho apagado, Tardelli e Fernandinho comandaram a pressão com muita movi-mentação e chutes veneno-sos. A melhor chance do pri-meiro tempo, porém, veio em cabeçada de Otamendi, aos 24 min, defendida no re-flexo por Vargas.

O Galo então diminuiu o ritmo e começou a dar espa-ço. O jogo voltou a favorecer os mineiros aos 44 minutos,

com a expulsão de Medina após disputa desleal com Ota-mendi. O placar, porém, con-tinuou zerado na primeira etapa.

O Atlético-MG voltou do intervalo com uma propos-ta um pouco diferente, com menos intensidade e mais paciência. E foi assim que,

aos sete minutos, a bola che-gou até Jô, que girou bonito e quase marcou.

O susto veio aos 15 mi-nutos, em vacilo da equipe

alvinegra. Na saída da de-fesa, Tardelli errou passe e a bola sobrou para Pérez, que avançou com espa-ço e chutou no canto, sem

chance para Victor.A reação, porém, foi ime-

diata. Já no lance seguinte, Guilherme fez o que se espe-rava com sua entrada na vaga de Josué e deu passe açucara-do, em profundidade, para Jô empatar a partida.

Otamendi e Tardelli ainda estiveram muito perto de vi-rar o jogo, mas a emoção esta-va guardada para o fim. Quan-do o nervosismo já tomava conta da torcida e começava a provocar erros dentro do gra-mado, Marcos Rocha cobrou lateral da direita, a bola cru-zou toda a área e Neto Bero-la – que entrou na etapa com-plementar – mandou para a rede com um lindo voleio.

Nos minutos finais, o Santa Fé foi para cima no desespero e ainda deu um novo susto, em bola desvia-da por cima do gol de Vitor. Não havia, no entanto, mais tempo para qualquer rea-ção. METRO BH

Sánchez; Miranda, Ampuero, Navarrete e

Berardo; Faravelli, Luis Pavez , Cristián Chávez e Salom; Jaime e Toro. Técnico: José Luiz Sierra

Jefferson; Edilson , Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos , Gabriel (Bolatti),

Jorge Wagner (Henrique) e Lodeiro; Wallyson (Daniel) e Tanque Ferreyra. Técnico: Eduardo Hungaro

1

1 G Cristian Chaves aos 29’ e Tanque Ferreyra aos 40’ do 2º tempo. A bi age Juan Soto (Fifa-VEN), auxiliado por Luis Sanchez (Fifa-

VEN) e Jairo Romero (Fifa-VEN)

U N IÓ N E S P A Ñ O L A

B O T A F O G O

Neto Berola (centro) festeja gol da vitória com jogadores e comissão técnica do Atlético | ALISSON GONTIJO/FUTURA PRESS

Sob os olhares e a torcida de Zico, que assistiu ao jogo do camarote do Maracanã, o Fla-mengo derrotou o Emelec (EQU), ontem, por 3 a 1, pe-la segunda rodada do Grupo 7 da Libertadores e deixou a lanterna da chave. Na estreia, há duas semanas, o rubro-ne-gro perdeu por 2 a 1 para o León, na altitude do México. Na próxima rodada, o time da Gávea enfrenta o Bolívar, em 12 de março, no Maracanã.

Elano abriu o placar com um golaço de falta, no ân-gulo esquerdo do goleiro Esteban Dreer, no primei-ro tempo. Hernane, em rit-mo de despedida, ampliou, aos nove da segunda etapa. Éverton marcou o dele aos 36 e Escalada diminuiu cin-co minutos depois.

Era grande a expectativa antes do jogo quanto à escala-ção do Brocador, que está sen-do negociado com o Shangai Shenhua, da China. Como o clube asiático não havia dado ao Flamengo as garantias ne-cessárias sobre o pagamento até a hora do jogo, o atacante entrou em campo.

A janela de transferência do futebol chinês termina amanhã, portanto o Flamen-go deve anunciar a venda de Hernane por cerca de R$ 12 milhões ainda hoje. Ontem, a torcida gritou “Fica Brocador” e emocionou o camisa 9.

“Meu empresário está conversando com a direto-ria, não sei se fico ou se vou. Estou feliz aqui. Até ama-nhã (hoje), decidimos”, dis-se ele. METRO RIO

L ibertadores. Rubro-negro bate o Emelec e deixa a lanterna do Grupo 7. Torcedores pedem por permanência de Hernane, mas venda deve ser oficializada ainda hoje

Elano comemora o golaço de falta | MARCELO MOREIRA/FUTURA PRESS

Fla vence e torcida homenageia Brocador

Felipe; Léo Moura , Wallace, Samir e André

Santos ; Cáceres, Muralha (Feijão ), Elano (Alecsandro), Everton e Lucas Mugni (Gabriel); Hernane. Técnico: Jayme de Almeida

Esteban Dreer; Achilier , Guagua, Nasuti e Bagui; Gaibor, Quiñónez ,

Gimménez e Mena (Corozo ); Caicedo e Stracqualursi (Escalada).Técnico: Gustavo Quinteros

3

1 G Elano aos 10’ do 1º tempo, Hernane aos 9’, Everton aos 36’ e

E ca aada a d A bi age Ne Pi a ARG a i iad por Hernan Maidana (ARG) e Juan Belatti (ARG)

FLAMENGO

EMELEC (EQU)