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307A 48) · Title (Microsoft Word - BOLETIM ESPERAN\307A 48) Author: RR Created Date: 4/30/2013...

Date post: 30-Sep-2020
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NEUROPLASTICIDADE AUTODIRIGIDA SEMINÁRIO DE ANETE GUIMARÃES Giannina Laucas Allan Kardec já asseverara, há mais de um século, que, se a ciência provasse que o Espiritismo estivesse errado em algum item, deveríamos abandoná-lo e seguir a ciência. Mas o que se constata, até o momento, é o contrário, ou seja, a ciência vem confirmando as informações dos Espíritos emitidas desde o século XIX. O que Anete Guimarães tem feito, em consonância com pesquisadores espíritas e não espíritas, é estabelecer a ponte entre ambos, comprovando sobejamente o pensamento espírita. Desse modo, perguntamos: “Qual o significado do título do seminário que a expositora desenvolveu no dia 4 de novembro de 2012, no Museu Militar Conde de Linhares (RJ)”? Anete Guimarães responde: “Trata-se de um estudo do cérebro e de sua capacidade de mudar. Segundo o Dr. Jeffrey Schwartz, autor de ‘A mente e o cérebro’, é preciso treinar o cérebro, flexibilizá-lo”. Visto que a Neurociência envolve certas áreas do conhecimento, tais como, Física, Química, Biologia, Psicologia, Medicina (Neurologia e Psiquiatria), a neuroplasticidade autodirigida exige que cada indivíduo se conheça compreenden- do as relações entre essas áreas, para exercer domínio sobre suas más tendências e redirecionar a mente para o bem, destinação da Humanidade, confor- me o projeto divino. (Continua no próximo Boletim) Boletim Esperança Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano IV, N. 48 ABRIL, 2013 NESTE BOLETIM Capa EDITORIAL MINUTOS DE SABEDORIA NA MESA COM CHICO XAVIER NEUROPLASTICIDADE AUTODIRIGIDA Página 02 HEROÍNA ANÔNIMA EXPEDIENTE COLUNA DO CAMINHO ÀS VIDAS SEM RUMO Página 03 MENSAGEM DO MÊS ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS Página 04 SAUDOSO FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER PROGRAMAÇÃO DA CASA DATAS IMPORTANTES DO MÊS CHICO XAVIER FAZ ANIVERSÁRIO NO DIA 02 DE ABRIL. EDITORIAL 156 anos depois do seu advento, cabe-nos, aos espíritas, fazer a indagação: “Como temos conduzido o estudo dessa obra basilar, ‘O Livro dos Espíritos’?” Temos analisado seus postulados de modo a sedimentar no coração dos que ouvem o desejo real de estabelecer modificações comportamentais de base, de raiz? Ora, se temos feito o aplicativo em nossa vida, naturalmente temos passado a notícia com a força do exemplo, que é a força intrínseca do progresso. Vale a pena pensar. Boa leitura, muita paz. A EQUIPE PROGRAMAÇÃO DA CASA 2ª Feira (20:00 às 21:00) PALESTRAS DOUTRINÁRIAS: O LIVRO DOS ESPÍRITOS 01/04 – Vanessa Laucas Questões 773 e 775 08/04 – César Reis LIVRE 15/04 – Neandertal Alves LIVRE 22/04 – Josué Bezerra Questões 776 e 778 29/04 – Ana Guimarães LIVRE 3ª Feira (14:00 às 14:30) O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO 02/04 – Josué Bezerra Cap. XVII, item 11 09/04 – Rita Pontes Cap. XVIII, item 1 16/04 – Giannina Laucas Homenagem ao “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” 23/04 – Vanessa Bianca Cap. XVIII, item 2 30/04 – Rafael Rodrigues Cap. XVIII, itens 3 e 4 5ª Feira (19:30 às 21:00) ESTUDO DO ESPIRITISMO Sábado (8:30 às 15:00) ESCOLA DE ESTUDOS ESPÍRITAS ESPERANÇA BOLETIM ESPERANÇA 48 – página 04 BOLETIM ESPERANÇA 48 – página 01 GERALDO GUIMARÃES DATAS IMPORTANTES DO MÊS 02/04/1910 – Nasce em Pedro Leopoldo, Minas, Chico Xavier. 11/04/1900 – Desencarna, no Rio, o Dr. Bezerra de Menezes. 12/04/1927 – Desencarna o francês Léon Denis. 18/04/1857 – Primeira edição de “O Livro dos Espíritos”. Esta data é considerada como um marco da doutrina. 30/04/1856 – Transmitida a Allan Kardec a primeira revelação mediúnica a respeito da missão que haveria de desempenhar. MINUTOS DE SABEDORIA Expulse de seu espírito todas as lembranças tristes. Será que remoer os erros vai conseguir sarar o mal que já houve? Não! Quanto mais revolver em seu coração as tristezas do passado, mais vai sofrer, sem resultado nenhum. Dirija sua mente às recordações alegres, aos momentos felizes, aos fatos agradáveis do passado. Acenda a luz, para que as trevas desapareçam. Carlos Torres Pastorino Na madrugada do derradeiro dia do mês de junho, rojões e morteiros espocaram em comemoração à conquista do título da Copa do Mundo de 2002. Aquela fora a data escolhida a dedo pelo “Maior brasileiro de todos os tempos” (eleito em 2012) para seu regresso à Pátria Espiritual. Nove horas após o apito final, em casa, uma parada cardiorrespiratória interrompeu uma encarnação abençoada e no coração de cada um de nós, um vazio se fez. Aos 92 anos, Francisco Cândido Xavier, após cumprir sua missão, despiu-se de seu corpo e seguiu adiante. Nascido em Pedro Leopoldo, foi separado dos irmãos aos cinco anos de idade, por ocasião da morte de sua mãe, tendo sido entregue à sua madrinha, Rita de Cássia. Nessa época, Chico conheceu a dureza da vida ao lidar com a maneira áspera com que ela o tratava, tendo sido submetido a surras frequentes, a garfadas na barriga e à obrigação de, literalmente, lamber as feridas alheias. Quando a serenidade ameaçava ganhar distância, tinha o hábito de correr para um açude e entregar-se às preces, como sua mãe o ensinara. E foi justamente em um desses dias, que ela própria, Maria João de Deus, veio ensinar-lhe a sofrer com resignação, mantendo sempre a confiança em Jesus. Disse ela: “Tenha paciência. Quem não sofre não aprende a lutar". E ele aprendeu. Na escola, suas redações causavam desconfiança na professora Rosália, que chegou a imaginar que o aluno estivesse copiando de algum livro, pois só isso explicaria a qualidade de seus textos. Aplicou-lhe um teste surpresa e, uma vez mais, Chico a surpreendeu. O menino explicava que recebia o auxílio de Espíritos, mas ninguém acreditava. Com o novo casamento do pai, seus irmãos foram reunidos por imposição de Dona Cidália, a nova madrasta, que, ao contrário dos contos de fada, tornou-se um verdadeiro anjo para Chico. Sem saber como enfrentar a questão da mediunidade, a família, católica, recorreu ao padre Sebastião, que, apesar de bondoso, chegou a recomendar três surras diárias, com horário determinado, e, em outra ocasião, que participasse de uma procissão com uma pedra de 15 quilos sobre a cabeça, para afastar o diabo. Porém Chico manteve-se doce, sem jamais interromper a comunicação com o outro mundo. Em 1927 Maria da Conceição Xavier foi diagnosticada como desequilibrada mental, resultado de uma obsessão, conforme Chico viria a ser informado por José Hermínio Perácio, amigo espírita. Diante da situação da irmã, decide frequentar as reuniões de estudos da Doutrina Espírita e, sob orientação de Maria João de Deus, acelerou o estudo da obra de Allan Kardec. Em maio, participou da fundação do Centro Espírita Luiz Gonzaga e psicografou, pela 1 a vez. Foram 19 páginas sobre os Deveres Espíritas. Em 1931, com a desencarnação de sua madrasta, todos em casa ficaram abalados, especialmente Chico. Em 08 de julho desse mesmo ano, buscou o açude, seu lugar ideal para as preces. Foi interrompido, então, pela visão de uma cruz luminosa e, a seu lado, um Espírito cuja figura era estranhamente familiar, com semblante sério e vestindo uma túnica romana. O recém-chegado foi direto ao assunto. Está mesmo disposto a trabalhar na mediunidade? – Sim, se os bons Espíritos não me abandonarem. – Você não será desamparado, mas, para isto, é preciso que trabalhe, estude e se esforce no Bem. – O Senhor acha que eu estou em condições de assumir o compromisso? – Perfeitamente, desde que respeite os três pontos básicos para o serviço. Diante do silêncio do desconhecido, Chico perguntou: – Qual o primeiro ponto? A resposta veio seca: – Disciplina. – E o segundo? – Disciplina – E o terceiro? – Disciplina, é claro.” Reiniciava ali a parceria com Emmanuel, seu men- tor nessa encarnação. Dali em diante, sua faculdade, grandiosa expressão da Misericórdia Divina, se revelaria uma bênção de luz apta a guiar toda a Humanidade. Foram cerca de 410 livros psicografados, com 25 milhões de exemplares vendidos. Tivesse consciência da importância do iluminado Chico, o povo brasileiro estaria nas ruas comemorando efusivamente o maior brasileiro de todos os tempos. SAUDOSO FRANCISO CÂNDIDO XAVIER (02/04/1910 A 30/06/2002) NA MESA COM CHICO XAVIER 01) Adolfo Bezerra de Menezes (Espírito); 02) Irma Castro – Meimei (Espírito); 03) Emmanuel (Espírito); 04) José Cândido Xavier (Espírito); 05) André Luiz (Espírito); 06) Francisco Cândido Xavier; 07) Geraldo Benício Rocha; 08) Francisco Teixeira de Carvalho; 09) Clóvis Tavares; 10) Cidália Xavier de Carvalho; 11) André Luiz Xavier; 12) Carlos Torres Pastorino; 13) Joffre Lellis; 14) Não identificado; 15) Arnaldo Rocha;
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NEUROPLASTICIDADE AUTODIRIGIDA

SEMINÁRIO DE ANETE GUIMARÃES Giannina Laucas

Allan Kardec já asseverara, há mais de um século, que, se a ciência provasse que o Espiritismo estivesse errado em algum item, deveríamos abandoná-lo e seguir a ciência. Mas o que se constata, até o momento, é o contrário, ou seja, a ciência vem confirmando as informações dos Espíritos emitidas desde o século XIX. O que Anete Guimarães tem feito, em consonância com pesquisadores espíritas e não espíritas, é estabelecer a ponte entre ambos, comprovando sobejamente o pensamento espírita.

Desse modo, perguntamos: “Qual o significado do título do seminário que a expositora desenvolveu no dia 4 de novembro de 2012, no Museu Militar Conde de Linhares (RJ)”? Anete Guimarães responde: “Trata-se de um estudo do cérebro e de sua capacidade de mudar. Segundo o Dr. Jeffrey Schwartz, autor de ‘A mente e o cérebro’, é preciso treinar o cérebro, flexibilizá-lo”. Visto que a Neurociência envolve certas áreas do conhecimento, tais como, Física, Química, Biologia, Psicologia, Medicina (Neurologia e Psiquiatria), a neuroplasticidade autodirigida exige que cada indivíduo se conheça compreenden-do as relações entre essas áreas, para exercer domínio sobre suas más tendências e redirecionar a mente para o bem, destinação da Humanidade, confor-me o projeto divino.

(Continua no próximo Boletim)

Boletim Esperança Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano IV, N. 48 ABRIL, 2013

NESTE BOLETIM Capa

EDITORIAL

MINUTOS DE SABEDORIA

NA MESA COM CHICO XAVIER

NEUROPLASTICIDADE AUTODIRIGIDA

Página 02

HEROÍNA ANÔNIMA

EXPEDIENTE

COLUNA DO CAMINHO

ÀS VIDAS SEM RUMO

Página 03

MENSAGEM DO MÊS

ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS

Página 04

SAUDOSO FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

PROGRAMAÇÃO DA CASA

DATAS IMPORTANTES DO MÊS

CHICO XAVIER FAZ ANIVERSÁRIO NO DIA 02 DE ABRIL.

EDITORIAL

156 anos depois do seu advento, cabe-nos, aos espíritas, fazer a indagação: “Como temos conduzido o estudo dessa obra basilar, ‘O Livro dos Espíritos’?”

Temos analisado seus postulados de modo a sedimentar no coração dos que ouvem o desejo real de estabelecer modificações comportamentais de base, de raiz?

Ora, se temos feito o aplicativo em nossa vida, naturalmente temos passado a notícia com a força do exemplo, que é a força intrínseca do progresso.

Vale a pena pensar.

Boa leitura, muita paz. A EQUIPE

PROGRAMAÇÃO DA CASA

2ª Feira (20:00 às 21:00) PALESTRAS DOUTRINÁRIAS: O LIVRO DOS ESPÍRITOS

01/04 – Vanessa Laucas Questões 773 e 775 08/04 – César Reis LIVRE 15/04 – Neandertal Alves LIVRE 22/04 – Josué Bezerra Questões 776 e 778 29/04 – Ana Guimarães LIVRE

3ª Feira (14:00 às 14:30) O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

02/04 – Josué Bezerra Cap. XVII, item 11 09/04 – Rita Pontes Cap. XVIII, item 1 16/04 – Giannina Laucas Homenagem ao

“O LIVRO DOS ESPÍRITOS” 23/04 – Vanessa Bianca Cap. XVIII, item 2 30/04 – Rafael Rodrigues Cap. XVIII, itens 3 e 4

5ª Feira (19:30 às 21:00) ESTUDO DO ESPIRITISMO

Sábado (8:30 às 15:00) ESCOLA DE ESTUDOS ESPÍRITAS ESPERANÇA

BOLETIM ESPERANÇA 48 – página 04 BOLETIM ESPERANÇA 48 – página 01

G E R A L D O G U I M A R Ã E S

DATAS IMPORTANTES DO MÊS 02/04/1910 – Nasce em Pedro Leopoldo, Minas, Chico Xavier.

11/04/1900 – Desencarna, no Rio, o Dr. Bezerra de Menezes.

12/04/1927 – Desencarna o francês Léon Denis.

18/04/1857 – Primeira edição de “O Livro dos Espíritos”. Esta data é considerada como um marco da doutrina.

30/04/1856 – Transmitida a Allan Kardec a primeira revelação mediúnica a respeito da missão que haveria de desempenhar.

MINUTOS DE SABEDORIA

Expulse de seu espírito todas as lembranças tristes.

Será que remoer os erros vai conseguir sarar o mal que já houve?

Não! Quanto mais revolver em seu coração as

tristezas do passado, mais vai sofrer, sem resultado nenhum.

Dirija sua mente às recordações alegres, aos momentos felizes, aos fatos agradáveis do passado.

Acenda a luz, para que as trevas desapareçam.

Carlos Torres Pastorino

Na madrugada do derradeiro dia do mês de junho, rojões e morteiros espocaram em comemoração à conquista do título da Copa do Mundo de 2002. Aquela fora a data escolhida a dedo pelo “Maior brasileiro de todos os tempos” (eleito em 2012) para seu regresso à Pátria Espiritual. Nove horas após o apito final, em casa, uma parada cardiorrespiratória interrompeu uma encarnação abençoada e no coração de cada um de nós, um vazio se fez. Aos 92 anos, Francisco Cândido Xavier, após cumprir sua missão, despiu-se de seu corpo e seguiu adiante.

Nascido em Pedro Leopoldo, foi separado dos irmãos aos cinco anos de idade, por ocasião da morte de sua mãe, tendo sido entregue à sua madrinha, Rita de Cássia. Nessa época, Chico conheceu a dureza da vida ao lidar com a maneira áspera com que ela o tratava, tendo sido submetido a surras frequentes, a garfadas na barriga e à obrigação de, literalmente, lamber as feridas alheias.

Quando a serenidade ameaçava ganhar distância, tinha o hábito de correr para um açude e entregar-se às preces, como sua mãe o ensinara. E foi justamente em um desses dias, que ela própria, Maria João de Deus, veio ensinar-lhe a sofrer com resignação, mantendo sempre a confiança em Jesus. Disse ela: “Tenha paciência. Quem não sofre não aprende a lutar". E ele aprendeu.

Na escola, suas redações causavam desconfiança na professora Rosália, que chegou a imaginar que o aluno estivesse copiando de algum livro, pois só isso explicaria a qualidade de seus textos. Aplicou-lhe um teste surpresa e, uma vez mais, Chico a surpreendeu. O menino explicava que recebia o auxílio de Espíritos, mas ninguém acreditava.

Com o novo casamento do pai, seus irmãos foram reunidos por imposição de Dona Cidália, a nova madrasta, que, ao contrário dos contos de fada, tornou-se um verdadeiro anjo para Chico.

Sem saber como enfrentar a questão da mediunidade, a família, católica, recorreu ao padre Sebastião, que, apesar de bondoso, chegou a recomendar três surras diárias, com horário determinado, e, em outra ocasião, que participasse de uma procissão com uma pedra de 15 quilos sobre a cabeça, para afastar o diabo. Porém Chico manteve-se doce, sem jamais interromper a comunicação com o outro mundo.

Em 1927 Maria da Conceição Xavier foi diagnosticada como desequilibrada mental, resultado de uma obsessão, conforme Chico viria a ser informado por José Hermínio Perácio, amigo espírita. Diante da situação da irmã, decide frequentar as reuniões de estudos da Doutrina Espírita e, sob orientação de Maria João de Deus, acelerou o estudo da obra de Allan Kardec. Em maio, participou da fundação do Centro Espírita Luiz Gonzaga e psicografou, pela 1a vez. Foram 19 páginas sobre os Deveres Espíritas.

Em 1931, com a desencarnação de sua madrasta, todos em casa ficaram abalados, especialmente Chico. Em 08 de julho desse mesmo ano, buscou o açude, seu lugar ideal para as preces. Foi interrompido, então, pela visão de uma cruz luminosa e, a seu lado, um Espírito cuja figura era estranhamente familiar, com semblante sério e vestindo uma túnica romana.

O recém-chegado foi direto ao assunto. – Está mesmo disposto a trabalhar na

mediunidade? – Sim, se os bons Espíritos não me abandonarem. – Você não será desamparado, mas, para isto, é

preciso que trabalhe, estude e se esforce no Bem. – O Senhor acha que eu estou em condições de

assumir o compromisso?

– Perfeitamente, desde que respeite os três pontos básicos para o serviço.

Diante do silêncio do desconhecido, Chico perguntou:

– Qual o primeiro ponto? A resposta veio seca: – Disciplina. – E o segundo? – Disciplina – E o terceiro? – Disciplina, é claro.” Reiniciava ali a parceria com Emmanuel, seu men-

tor nessa encarnação. Dali em diante, sua faculdade, grandiosa expressão da Misericórdia Divina, se revelaria uma bênção de luz apta a guiar toda a Humanidade. Foram cerca de 410 livros psicografados, com 25 milhões de exemplares vendidos.

Tivesse consciência da importância do iluminado Chico, o povo brasileiro estaria nas ruas comemorando efusivamente o maior brasileiro de todos os tempos.

SAUDOSO FRANCISO CÂNDIDO XAVIER (02/04/1910 A 30/06/2002)

NA MESA COM CHICO XAVIER 01) Adolfo Bezerra de Menezes (Espírito); 02) Irma Castro – Meimei (Espírito); 03) Emmanuel (Espírito); 04) José Cândido Xavier (Espírito); 05) André Luiz (Espírito); 06) Francisco Cândido Xavier; 07) Geraldo Benício Rocha; 08) Francisco Teixeira de Carvalho; 09) Clóvis Tavares; 10) Cidália Xavier de Carvalho; 11) André Luiz Xavier; 12) Carlos Torres Pastorino; 13) Joffre Lellis; 14) Não identificado; 15) Arnaldo Rocha;

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Há sonhos e sonhos guardados no coração de cada criatura. Interessante é que eles se modificam, à medida que o tempo passa. Alguns são passageiros, outros perduram acompanhando-nos os passos através do tempo.

O sonho acalentado com carinho, ao me tornar espírita, era conhecer Chico Xavier, vê-lo a distância já seria a glória; jamais imaginei que poderia me aproximar ou privar da sua intimidade. No dia em que ultrapassei o portão de sua casa, acreditei que nada mais teria a pedir, pois havia conseguido mais do que poderia sonhar.

Em companhia de uma querida amiga, fui, algumas vezes, a Uberaba, e, em todas, as lições de vida se multiplicavam.

Amar o Espiritismo tem significância muito especial na nossa existência, pois não estaremos apenas cerrando fileiras em torno do pensamento de Kardec, porém estabelecendo um código de conduta moral ou uma revolução comportamental. Acredito, portanto, que o verdadeiro espírita não pode ser fraco, tíbio, correndo o risco de se deparar com as ciladas que a falácia do mundo apresenta, com tanta facilidade, enganando, muita vez, até os escolhidos. Há que ser forte, intimorato, audaz para encarar as próprias deficiências e ousar enfrentá-las, deixando emergir o homem novo que jaz mergulhado no chavascar das velhas e enganosas paixões alimentadas em múltiplas reencarnações.

Em uma dessas visitas a Chico Xavier, nos hospedamos em uma pequena pensão próxima à Casa da Prece e nos dirigimos para o encontro da noite, todavia o Chico não pudera comparecer em virtude do seu estado de saúde. Apesar de termos participado das atividades da Casa, ficou um vazio no coração. Retornamos à pensão, levando as garrafas de água que portávamos e que sempre eram fluidificadas por ele.

Não posso negar que estava muito triste: a viagem era longa, a expectativa muito grande, e a frustração não era agradável. Resolvi tomar um banho para dormir, quiçá para lavar a tristeza. O banheiro ficava no corredor, servindo a quatro quartos.

Estava pensando no Chico, em como exigimos tanto das pessoas que amamos e como as sobrecarregamos. Naquele momento, nossa amiga bateu à porta do banheiro, perguntando se havíamos quebrado o vidro de perfume.

Impressionante: o corredor estava todo perfumado assombrando a dona da pensão. Quando voltamos para o quarto, percebemos que a água das garrafas estava turva e, ao abri-las, fomos envolvidas por delicioso perfume. A exclamação foi unânime: “Chico esteve aqui!” O aroma da sua presença pairava no ar; ficamos comovidas e oramos agradecendo.

Dia virá em que teremos nosso próprio perfume, mas esse dia não é hoje. Assim, recordamos, com carinho, dos que já ultrapassaram as barreiras das possibilidades e nos ajudam a vencer os percalços que ainda nos acicatam a jornada.

Eles demonstraram que puderam se superar; também nós poderemos, com um esforço insignificante, consoante a resposta à pergunta 909 de “O Livro dos Espíritos”.

O perfume do amor está guardado no coração. Importante encontrar a chave para abri-lo. Uma dica? O Evangelho de Jesus.

Ana Guimarães

ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – CAPÍTULO IV – ITENS 75 Ao darmos sequência ao estudo dos fenômenos físicos, deparamos-nos com o item 75 inteiro dedicado à

elucidação, novamente, do fluido cósmico universal. A despeito de que essa redundância de vocábulos possa parecer um excesso, consideramo-la uma importante característica da obra de Kardec, uma vez que o reforço dos conceitos abordados, possivelmente oriundo de um processo de cognição cuidadoso empregado pelo nosso querido Educador, colabore com a apreensão dos que os estudam. Passemos, então, em revista as sentenças apresentadas de maneira lógica e crescente a respeito do fluido universal e as substâncias derivadas dele, de modo a colaborar como o entendimento da manifestação física, enumerando-as:

a) Contém o princípio da vida; b) É o agente principal das manifestações físicas; c) Recebe impulsão do Espírito, seja encarnado ou errante; d) Condensado, esse fluido constitui o perispírito (invólucro semimaterial do Espírito); e) Quando o Espírito está desencarnado, seu períspirito se encontra livre do corpo físico; f) Contudo, quando encarnado, seu períspirito se acha unido ao corpo físico; g) Essa substância, que compõe o períspirito, pode se ligar ao corpo em níveis de aderência diferenciados. h) Quando, em algumas pessoas, esta aderência é menor que a comum, pode dizer-se que estes médiuns

possuem maior facilidade de emanação de uma substância facilitadora dos efeitos físicos; i) A emissão desta substância também varia de médium para médium; j) Entretanto, esta emissão não é permanente, o que explica a intermitência do poder mediúnico. Estudar Kardec nos obriga a adentrar no pensamento lógico que o levou a estabelecer os conceitos e as bases do

Espiritismo e ele nos convida, através de sua obra, a fazermos o mesmo e chegarmos a nossas próprias conclusões. André Laucas

COLUNA DO CAMINHO DATA SIGNIFICATIVA

No dia 18 de abril, eis que comemoramos o 156° aniversário de lançamento de “O Livro dos Espíritos”. Foi também neste mesmo mês, no ano de 1864, que Allan Kardec presenteia o mundo com “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. À F.E.B., em atitude pró-ativa, antecipa-se lançando uma edição histórica comemorativa dos 150 anos, numa versão devidamente revisada em conformidade com o novo acordo ortográfico, deste precioso roteiro que nos foi legado por Kardec, à luz dos ensinamentos de Jesus. Rendemos o nosso preito de gratidão a Allan Kardec e o nosso reconhecimento a F.E.B. pelo incansável trabalho de difusão de todas as obras da lavra de Kardec, contribuindo efetivamente para a evolução do Espiritismo.

UM POUCO MAIS SOBRE O LIVRO ESPÍRITA Segundo a definição que nos oferece o dicionário, livro é um

conjunto de folhas impressas e reunidas em um volume. Pelo verbete, o que se percebe é que só importou ao dicionarista a sua expressão mais simples, material. O papel é apenas o recurso de que se vale o autor para comunicar-se com o leitor e, ao fazê-lo, plantar uma semente em seu coração. Livro é mais, é muito mais do que as fibras da celulose: é instrumento transformador, que se ocupa de transferir informações e colaborar na construção de conhecimento novo em quem lê. Não houve tirania na história que não incendiasse bibliotecas. Em essência, dessa relação, entre quem lê e quem escreve, podem nascer sentimentos bons ou maus. Quando falamos de livro que divulgue a Doutrina Espírita podemos nos assegurar de que se trata de abençoada semeadura do saber, pois o esclarecimento a respeito da verdade espiritual nos aproxima de Deus, elevando-nos em conhecimento e nos incentivando a crescer moralmente. Pelos livros, a Espiritualidade dissipa as trevas, ensinando-nos acerca da Doutrina Redentora e assim nos possibilitando apertar o passo em direção à felicidade eterna.

HEROÍNA ANÔNIMA Em Barra do Piraí (RJ), vive a Sra. Carla Müller, benfeitora

desta cidade, pois sempre empreende esforços para auxiliar os necessitados.

Tudo começou quando seu filho, autista, passou a ter sérias crises psíquicas nos momentos em que o trem passava pelas imediações de sua casa, porque o apito da locomotiva era alto e estridente. Com o passar do tempo, a criança já não participava das atividades ao ar livre. Carla tentou sensibilizar os responsáveis enviando mensagens eletrônicas, frequentemente, pedindo que fosse evitado o forte apito. Após seis meses, a visita do auditor da rede ferroviária deu-lhe um enlevo, mas o silêncio continuou.

Ela, então, convocou um grupo de especialistas e, por conta própria, iniciou um trabalho de laboratório realizando as medições dos decibéis, em horários preestabelecidos. Entrevistou um sem-número de pessoas que moravam junto à linha férrea e todo o comércio próximo aos trilhos. Ofereceu exames audiométricos a todos que quisessem fazê-lo. Em seguida, organizou gráficos com os dados obtidos, comprovando o déficit auditivo de boa parte da população afetada, além do desconforto social proveniente do forte barulho, cujos decibéis eram muito acima do suportável. Desse modo, a Sra. Müller preparou um verdadeiro dossiê contendo informações científicas incontestáveis.

De posse de todos esses dados, Carla Müller procurou a direção da companhia ferroviária MRS Logística S/A. Impressionados com a precisão dos dados nunca observados, os diretores da empresa renderam-se aos fatos, vendo-se obrigados a mudar o curso dos trilhos, o que era uma tradição centenária na cidade. Atualmente, Barra do Piraí é o único município do Vale do Paraíba que usa um sino no trem ao invés do apito estrondoso, ajudando sua população a manter uma vida mais saudável.

Os responsáveis pela MRS cederam ao grandioso trabalho dessa senhora a tal ponto que conquistaram a simpatia dos cidadãos, através do diálogo amistoso, intermediado pela benfeitora. Convocada para a defesa dos mais sofridos, essa extraordinária mulher é hoje figura respeitada junto a autoridades governamentais e agraciada pelas preces daqueles que têm tido suas vidas promovidas à verdadeira dignidade.

Disse Nosso Mestre: “Tudo que fizeres a um destes pequeninos é a mim que o fazeis”.

Que o Senhor da Vida envolva a nossa heroína anônima e seus familiares em bênçãos de saúde e paz.

Vanessa Bianca

ÀS VIDAS SEM RUMO Conversando com um conhecido, ouvi certa vez algo parecido

com o seguinte: eu largo o vício, mas cadê que ele me larga?! Eu dou doze passos em outra direção, viro a esquina, mas quando levanto a cabeça para seguir em frente, lá está ele, acenando seguro, dono da situação. Os sentidos do adicto o traem, revelando acentuada sensibilidade ao objeto de seu desejo. Para cair, basta uma gota de conhaque em uma receita de torta, pois onde quer que se encontre, detecta, antes de mais nada, o chamado: volta!

Quem não conhecesse essa compulsão, como eu a conheço, poderia perguntar: será possível que você não entende que isso te faz mal? Sabendo disso, por que não para? Bem sei que parece simples, e talvez até seja, para a maioria das pessoas, mas na alma de quem esse cupim se instala, há uma fenda que a fragiliza. A ra-zão aponta o melhor caminho até a solução, mas cadê que as per- nas obedecem? Decidir ficar longe do veneno é fácil, manter-se fiel a essa escolha é que é o desafio. O problema dorme de aviso prévio, mas acorda promovido a chefe das emoções. Se, de um lado, o desgaste do corpo reclama a mudança de hábitos, de outro, os comparsas, desencarnados, exigem atenção, pois não há compulsão solitária, o que há são companhias discretas aos olhos do cor- po. Sem auxílio, visível e invisível, não há vitória possível. A esse respeito, lembrei-me do que minha vó dizia: em mente vazia o diabo faz morada, isto é, é preciso substituir o mau hábito por uma atitude positiva, como a oração, o trabalho (remunerado ou voluntário), o esporte ou o estudo.

Decidir mudar é definitivamente o primeiro passo, informar-se a respeito é aconselhável, mas orar pedindo ajuda é fundamental. Além disso, muita gente se esquece de que é preciso preparar-se para eventuais quedas. Aceitar as próprias falhas evita que sejamos vencidos pelo desânimo da derrota antecipada ou pela culpa temperada de hipocrisia da vitória fingida. Entretanto, é perseverando nas boas escolhas que nos credenciamos à infinita misericórdia Divina. Quem deseja superar um vício deve se dispor a lutar com todas as forças, confiando sempre no auxílio do Alto e se dispondo a tentar até conseguir. Porfie com Jesus.

Rafael Rodrigues

DIREÇÃO DA INSTITUIÇÃO

Presidente: Luiz Carlos Bezerra

Vice-presidente: Ricardo Drummond

Secretários: Vanessa Bianca e Rafael Laucas

EXPEDIENTE

Direção do Jornal: Rafael Rodrigues

Secretária: Regina Celia Campos

Revisora: Giannina Laucas

Colaboradores:

Ana Guimarães Eugenia Maria

Rita Pontes Marcia Alves

Vanessa Bianca André Laucas

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