Date post: | 24-Jul-2015 |
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Health & Medicine |
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Curso de Medicina
ANATOMIA através do Rx do trauma
Tórax
2014
Leão HZ (Professor de Morfologia – ULBRA)
Juan Zambon(Acadêmico de Medicina – ULBRA)
Patrícia Comberlato(Acadêmica de Odontologia – PUCRS)
Quino
Os seis fatores de alto risco de morte no ATLS
• Obstrução da via aérea;• Pneumotórax com hipertensão torácica;• Pneumotórax aberto com lesão “suctória”;• Tórax instável;• Hemotórax importante;• Tamponamento cardíaco.
Via aérea• A avaliação inicial do paciente com trauma de tórax
deve se concentrar na via aérea, na respiração e na circulação e como estão associadas às lesões torácicas.
• Verificar se a via aérea superior está completamente aberta, parcialmente obstruída (indicada pelo estridor respiratório) ou completamente obstruída.
• Examinar, na parte anterior do pescoço, a posição da traqueia e a presença de hematomas.
• A inspeção das veias do pescoço deve ser realizada.
Vista fluoroscópica de um paciente inconsciente. A via áerea está funcionalmente obstruída (A). Com tração mandibular (jaw thrust), o mesmo paciente mostra uma via áerea aberta (seta)
Kovacs, 2008
Costelas
• Consideramos três grupos:
• Costelas altas: 1 e 2• Costelas médias: 3 até 8• Costelas baixas: 9 até 12
Demetriades, 2011
Vista oblíquaesquerda.
T1
T9
T7
T5
T3
T11
2
5
7
9Por que a discrepância de encontrarmos costelas diferentes no ângulo manubrioesternal e na vértebra que se encontra no mesmo plano?
2
5
7
9
PLANNER, A. UTHAPPA, M. C. and MISRA R. R. A–Z of Chest Radiology. Cambridge University Press 2007
Seis costelas anteriores completas e dez posteriores, são claramente visíveis.
• Fraturas de costelas altas, especialmente da primeira costela, são associadas com alta incidência de lesão nos vasos subclávios e em outros vasos importantes.
Fx de costela alta
Demetriades, 2011
• Indica trauma severo• 20% dos casos mostram lesões
intratorácicas• Os pacientes devem ser investigados para:- Contusão pulmonar- Contusão do miocárdio- Hemopneumotórax- Ruptura aórtica
Trauma pelo cinto de segurança
Demetriades, 2011
Diagnóstico clínico• Dor agravada na respiração ou na tosse• Dor em compressão anteroposterior do tórax
Diagnóstico radiológico• Fraturas nas junções costocondrais podem
não aparecer em raio XLesões associadas
• hemopneumotórax, • contusão pulmonar, • trauma cardíaco • laceração diafragmática
Fx de costelas médias
Demetriades, 2011
Three-dimensional multidetector computed tomography (MDCT). O uso da TC revolucionou o diagnóstico em lesão torácica.
Fx múltipla de costelas e da clavícula, podem ser vistas. Legome, 2011
Sauer e Murdock descreveram uma “danger zone” para trauma penetrante no torso. O limite superior é dado pela linha que passa pela incisura supraesternal. As margens laterais seguem as linhas medioclaviculares.A margem inferior passa na linha da região epigástrica. Qualquer injúria na “danger zone” tem potencial para lesão cardíaca e tamponamento pericárdico.
Reichmann, 2007.
• Fratura de costela em crianças é incomum e representa impacto violento na parede torácica, com alta incidência de contusão pulmonar sujacente.
Fx de costelas médias
Demetriades, 2011
Fraturas de costelas baixas (setas). Lesões de vísceras são comuns e a TC deve ser considerada.
Fx de costelas baixasLesão do fígado no mesmo paciente
Demetriades, 2011
Fraturas de costelas baixas
Fraturas de costelas baixas se associam com lesões de
• Rins• Fígado• Baço
A TC deve ser considerada.
Demetriades, 2011
LIMITES ANATÔMICOS DO ABDOME
linhas axilares
flanco
área toracoabdominal anterior
abdome anterior
área toracoabdominal posterior
área lombarLegome, 2011
Pneumotórax tensional• No pneumotórax fechado, o ar escapa para
o espaço pleural e gera hipertensão torácica.
• A traqueia é deslocada para o lado oposto e, no hemitórax afetado, não ouvimos sons respiratórios e, na percussão, há hiperressonância.
• É emergente a descompressão torácica.
Pneumotórax tensional
Ar extrapulmonar provoca colapso tensional dos pulmões, deprime o diafragma e empurra o coração para o lado oposto.
O pulmão normal é comprimido na cavidade pleural.
Estas alterações causam falência cardiorespiratória..
Demetriades, 2011
Demetriades, 2011
Rx mostrando um grande pneumotórax tensional esquerdo.
O mediastino está desviado para o lado oposto e o diafragma deslocado para baixo.
As setas mostram as áreas de tensão.
Descompressão torácica
Agulha inserida (em cadáver) no segundo intercosto, junto a linha medioclavicular
Agulha inserida (em cadáver) no quinto intercosto, junto à linha axilar média
Descompressão torácica
Toracostomia com agulha no lugar, abaixo da linha medioclavicular.
TC mostrando a agulha localizada no tecido subcutâneo, fora do espaço pleural. Este é um problema técnico comum.
Linhas de referência.
A linha medioesternal é precisa. As outras linhas são estimadas.
Para apurar a demarcação da linha medioclavicular, é preciso identificar as extremidades lateral (acromial) e medial (esternal) da clavícula.
A
B
CA, medioesternalB, medioclavicularC, axilar anterior
Bickley, 2013
• O pneumotórax pode ser produzido por um trauma contuso ou trauma penetrante. Pequenos penumotóraces são comumente assintomáticos e podem ser tratados sem drenagem torácica.
• Grandes pneumotóraces podem causar dificuldade respiratória e a hipertensão pode causar falência caridorrespiratória.
• O diagnóstico de pneumo simples é feito com Rx ou TC.
• O RX de tórax em posição ereta e em expiração profunda , é a melhor escolha para diagnosticar pequenos pneumotóraces.
Pneumotórax
Demetriades, 2011
Pneumotórax
Rx de um grande pneumotórax direito. A seta mostra o colapso pulmonar. Demetriades,
2011
A avaliação radiológica e a oxigenação indicaram normalidade neste paciente mas, a TC detectou um pequeno pneumotórax.
O emergencista deve decidir como manejar pequenos pneumotóraces. este paciente foi tratado conservadoramente.
Pneumotórax
Legome, 2011
Tórax Instável• Resulta de dupla fratura
anterior ou lateral
de pelo menos três
costelas adjacentes
• Na maioria dos casos,
associado com
contusão pulmonar
Demetriades, 2011
• Clinicamente, o segmento instável se move paradoxalmente ao movimento da parede torácica e o paciente mostra dificuldade respiratória.
• Todos os pacientes com tórax instável devem ser monitorados na UTI, com tubo de drenagem inserido em uma toracostomia avaliando gasometria e oximetria de pulso.
Tórax Instável
Demetriades, 2011
Tórax Instável
Paciente com segmento esternal instável
Esterno instável
Veja a depressão medioesternal
Demetriades, 2011
• Um hemotórax pode derivar de um trauma contuso ou penetrante.
• Grandes hemotóraces mostram hipovolemia e dispnéia
• Pequenos hemotóraces podem ser assintomáticos.
• Ao exame físico, os sons respiratórios são diminuídos e a percussão mostra macicez com movimento pobre do hemitórax afetado.
Hemotórax
Demetriades, 2011
Hemotórax
Rx de tóraxCom extensa opacificação do hemitórax esquerdo devido ao hemotórax massivo, com desvio mediaastinal e fragmentos de um projétil.
Demetriades, 2011
Hemotórax
O sangue aparenta estar sendo drenado posteriormente mas isto acontece porque o paciente está em posição supina na mesa do TC.
Legome, 2011
• Lesões por contusão ou penetrantes tem potencial para acumular sangue no pericárdio.
• A falta de complacência pericárdica aumenta rapidamente a pressão em cada pequeno incremento de sangue no interior do pericárdio.
• O tratamento emergencial é a pericardiocentese e uma intervenção cirúrgica imediata é requerida para controlar a hemorragia.
Tamponamento cardíaco
Tamponamento cardíaco
Pericardiocentese positiva em paciente com súbita dispneia e alteração eletrocardiográfica
Knoop, 2002