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Rufo & Cristo. (2014).
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nemad.webnode.com - Interface, Edio nmero 07, maro de 2014.
Sensoriamento remoto aplicado na anlise do uso e ocupao da bacia
hidrogrfica do Crrego Titira, Porto nacional, Tocantins.
Rui Luiz Turibio Rufo Graduado em Geografia pela UFT/Porto Nacional
Sandro Sidnei Vargas de Cristo Prof. Dr. do Curso de Geografia UFT/Porto Nacional e Membro do
NEMAD e LAGEOLAM [email protected].
Resumo
A presente pesquisa trata da analise do Uso e Ocupao da bacia hidrogrfica do Crrego Titira, localizado na poro sudoeste
do municpio de Porto Nacional, Estado do Tocantins. Como propsito a mesma busca verificar os diferentes tipos de usos que
ocorrem na rea. Na metodologia adotou-se o Sensoriamento Remoto como ferramenta para elaborao do mapa de Uso e
Ocupao. Assim, realizou-se uma composio colorida de imagens de satlite do Resource-Sat (sensor LISS-III), com resoluo
espacial de 24 metros, de 20 de junho de 2013, disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Para
definio das classes de Uso e ocupao da Terra fez-se uma adaptao da proposta da SEPLAN (2012), sendo estas: Uso
Antrpico para Agropecuria, Uso Antrpico para Pecuria Extensiva e Fitofisionomias do Cerrado. De maneira geral os
resultados indicam a prtica agropecuria na plancie de inundao dos Crregos Titira e do Manoel Joo (cerca de 28%) e da
pecuria extensiva nas pores mais distantes das mesmas, onde se encontram os divisores de gua (cerca de 23%). Ainda
quanto ao uso e ocupao da rea, cabe destacar a existncia com menor expresso do extrativismo de frutos tpicos do
cerrado (pequi, buriti, caju, caj, baru), bem como da psicultura e a apicultura em baixa escala de produo (subsistncia).
Palavras chaves: Bacia Hidrogrfica; Sensoriamento Remoto; Uso e Ocupao.
Abstract
This research deals with the analysis of the Use and Occupancy of the watershed of the stream Titira, located in the southwest
portion of the city of Porto Nacional, Tocantins State. The same purpose as seeking to review the different types of use and
occupancy occurring in the area. The methodology adopted the Remote Sensing as a tool to map elaboration Use and
Occupancy. Thus, there was a color composite of satellite images of the Resource-Sat (LISS-III sensor), with spatial resolution of
24 meters, of June 20, 2013, provided by the National Institute for Space Research (INPE). To define the classes of Use and
Occupancy of land made an adaptation of the proposed SEPLAN (2012), these being: Use Anthropic Agriculture, Livestock
Extensive Use the Anthropic Fitofisionomias and Cerrado. In general the results indicate the practical agriculture in the floodplain
of streams Titira and Joo Manoel (about 28%) and extensive livestock in distal portions of the same, where the watershed
(about 23%). Still regarding the Use and Occupancy of the area, it is worth mentioning the existence of extraction with lower
expression of typical fruits of the cerrado (Pequi, Buriti, Caj, Caj, Bar), as well as psicultura and beekeeping on a small scale
production (subsistence).
Keywords: Watershed; Remote Sensing; Use and Occupancy.
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1. Introduo
Atualmente o homem vem sendo o principal agente modificador do meio natural, uma vez que
se faz o uso dos recursos naturais para o desenvolvimento de suas infinitas atividades. Essas
intervenes acarretam em conseqncias ambientais como a degradao do meio ambiente, como o
assoreamento de rios, empobrecimento dos solos, eroso, entre outros. De acordo com Goudie (1995):
Os seres humanos tem sido responsveis pela acelerao das taxas pelas quais
os sedimentos so removidos das encostas, de vrias maneiras, se depositando
nas reas mais deprimidas dos rios, lagos, bacias e reservatrios, causando o
assoreamento e poluio desses corpos lquidos.
Portanto os impactos antrpicos sobre o meio ambiente ocorre no prprio local o fora dele, ou
seja a eroso tem suas consequncias danosas no apenas onde ela ocorre, mas seus efeitos podem ser
notados vrios quilmetros de distncia de onde o processo erosivo esteja acontecendo. Mediante estes
acontecimentos pelo mundo, no Brasil o Plano Nacional de Recursos Hdricos (PNRH), pe em debate
uma das questes mais importantes para a humanidade, o uso indiscriminado das reservas de agua. A
nao brasileira possui as maiores reservas de gua doce do planeta em estado liquido, colocando-a
como indispensvel para a existncia dos seres na Terra. Sua quantidade e qualidade dependem de
cada ser humano, no entanto ao estudarmos uma bacia hidrogrfica conheceremos melhor o ciclo da
gua e sua importncia para a sociedade.
Segundo Hosberry (1984), a qualidade ambiental o estado do ar, da gua, do solo e dos
ecossistemas em relao aos efeitos da ao humana. Deste modo, o uso e ocupao e uso dos solos
naturais de maneira inadequada tm provocado o desaparecimento de mananciais de gua em vrias
regies do pas, reflexo do crescimento populacional e a diversificao das atividades antrpicas sobre o
meio, e consequentemente em nosso estado, uma realidade para bacias hidrogrficas no municpio de
Porto Nacional.
Considerando a importncia dos recursos hdricos para manuteno e o equilbrio da vida no
planeta Terra e a atual preocupao mundial quanto crescente escassez de gua potvel, devido
diminuio o at mesmo o desaparecimento desse elemento em algumas localidades. Estes
acontecimentos fez crescer importncia dos estudos sobre as condies ambientais das bacias
hidrogrficas, bem como as busca por medidas mitigadoras para conter os impactos causados pelas
atividades humanas.
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Diante disto, a anlise ambiental da bacia Hidrogrfica do Crrego Titira, de total importncia
a comunidade local, pelos mltiplos usos. No entanto, para os pesquisadores esta bacia hidrogrfica
entendida como um laboratrio natural, possibilitando assim, a identificao e estudo de elementos
geogrficos que iro contribuir para o surgimento de outras pesquisas, essenciais a composio do
quadro natural do municpio de Porto Nacional.
Segundo Goudie (1995), a eroso dos solos o principal e mais srio impacto causado pela ao
humana sobre o meio ambiente. Embora muitos livros, teses e artigos, tenham sido publicados nas
ultimas dcadas a respeito dos problemas relacionados s eroses dos solos e assoreamento dos corpos
lquidos, os tais, no foram suficiente para a soluo do problema, e o mesmo persiste, e quando se fala
de Brasil parece que o problema est muito longe de ser resolvido. A bacia hidrogrfica do Crrego
Titira se identifica perfeitamente com a citao acima, por ser uma regio de muitas fazendas, com
intensa criao de gado, agricultura e outras formas de uso, est causando srios danos ambientais a
mesma.
A pesquisa sobre o uso e ocupao na rea de pesquisa tem importncia significativa para obteno de
um melhor conhecimento dos aspectos locais, tendo em vista que h uma carncia de trabalhos
cientficos dessa natureza a respeito da mesma.
Ainda a anlise realizada contribuir para o melhor gerenciamento, planejamento da ocupao e uso
antrpico em toda rea da bacia hidrogrfica. Conhecer as formas de ocupao fundamental para o
bom aproveitamento dos recursos existentes e de como esses so importantes para a comunidade local,
pois atravs destas informaes pode ser orientado o sentido de, trabalhar a terra com sustentabilidade,
no degradando o meio ambiente ao qual pertencem e tiram seu sustento familiar.
O estudo permite analisar as presses sofridas, devido ao desenvolvimento das atividades produtivas,
que tem levado retirada da vegetao nativa, dando lugar as pastagens e agricultura. Desta maneira, a
realizao da pesquisa que tem como objetivo principal analisar o Uso e Ocupao da Terra da bacia
hidrogrfica do Crrego Titira, se justifica, principalmente pelas possibilidades de contribuir com a
melhoria da situao atual da rea.
2 . Bacia Hidrogrfica: abordagem terica
Para melhor entendimento do termo bacia hidrogrfica, precisa-se atentar as diversas definies
conceituais sobre o termo, onde autores divergem em alguns aspectos.
Para Garcez; Alvarez (1988)
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Bacia Hidrogrfica o conjunto das reas com declividade no sentido de
determinada seo transversal de um curso de gua, medidas as reas em
projeo horizontal. J Silveira (1995), define Bacia Drenagem ou Bacia
Hidrogrfica como o divisor de gua marca o limite topogrfico da zona de
abastecimento da bacia de drenagem originado pela precipitao.
Para Abdalla (1973)
As bacias hidrogrficas, controlam as caractersticas que compem essa
paisagem. Nesse vis, entende-se drenagens fluviais sempre possuram funo
relevante nos estudos da geomorfologia, tendo em vista que a anlise de rede
hidrogrfica nos dar subsdios para entendermos numerosas questes
geomorfolgicas, j que os cursos d gua podem ser entendidos como um dos
principais fatores que determinam os processos morfogenticos responsveis
pela esculturaro do relevo.
Teodoro et al. (2007) demonstra que os termos sub-bacia e microbacia hidrogrfica esto
presentes na literatura tcnico-cientfica, se diferenciando do conceito de bacia hidrogrfica conforme .
Botelho (1999) compreende que o conceito de sub-bacia hidrogrfica est intuitivamente ligado
ao de bacia hidrogrfica, deferindo apenas na dimenso da rea drenada. Uma bacia hidrogrfica tanto
pode estar inserida em outra de maiores dimenses, quanto pode conter outras de menores dimenses.
Estas bacias hidrogrficas de menores propores so denominadas de sub-bacias hidrogrficas.
O Programa Nacional de Microbacia Hidrogrfica (PNMH), criado atravs do decreto-lei n94076
de 05/03/1987, pela Agencia Nacional de gua (ANA), expandiu o uso do termo microbacia
hidrogrfica como uma rea drenada por um curso dgua e seus afluentes, a montante de uma
determinada seo transversal, para a qual convergem as guas que drenam a rea considerada.
Apesar de ser um conceito novo em termos de gesto, a bacia hidrogrfica uma unidades de
investigao antiga no campo da Geografia e das Cincias da Terra e Ambientais. definida pela rea
da superfcie terrestre drenada por um rio principal e de seus tributrios, sendo limitada pelos divisores
de gua. No entanto, seus limites territoriais nem sempre coincidem com as delimitaes
polticas/Administrativa, de modo que uma mesma bacia pode ser compartilhada a mais de um
municpio (GUERRA; CUNHA, 2003).
Para Martins (2000) a bacia hidrogrfica compreende uma rea entre fundo de vale (rio, riacho,
sanga e vrzea) e os espiges divisores de gua que delimitam os pontos dos quais toda gua da chuva
escorre para esse fundo de vale. Dando importncia de que a rea geogrfica de bacia atinge em mdia
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2000 e 3000 hectares, compreendendo os elementos fsicos que h na rea e os equipamentos de
infraestrutura econmico e social existentes.
Para Freitas; Kerr (1996) e Botelho (1999), a rea de uma bacia depende do objetivo do trabalho
que se pretende realizar. A bacia hidrogrfica deve abranger uma rea suficientemente grande, para
que se possam identificar as inter-relaes existentes entre os vrios elementos do quadro
socioambiental que a caracteriza, e pequena o bastante para estar compatvel com os recursos
disponveis, respondendo positivamente a relao custo - benefcio.
Para Nascimento; Villaa (2008) a bacia hidrogrfica um sistema aberto constitudo por rios
que so interligados de forma hierrquica, com tributrios (nascentes) que se desenvolvem e se
interligando com outras bacias de escoamento de gua e progressivamente aumentando seu volume.
Segundo Arajo (2009) as tentativas de se buscar o melhor caminho para uma abordagem
integrada das questes relacionadas ao processo de proteo e gerenciamento da regio de
abrangncia de uma bacia tm sido conduzidas, no pas e posteriormente nos estados, basicamente em
duas direes: 1) uma segue do geral para o particular, 2) outra do no sentido oposto, indo do
particular para o geral, que o caso dos estudos em micro bacias e sub bacias hidrogrficas.
A bacia hidrogrfica reconhecida como unidade espacial desde o fim dos anos 60. Contudo,
durante ultima dcada ela foi de fato incorporada pelos profissionais no s da Geografia, mas da
grande rea das chamadas Cincias Ambientais, em seus estudos e projetos de pesquisa. Entendida
como clula bsica de anlise ambiental, a bacia hidrogrfica, micro bacia e sub bacia permitem
conhecer e avaliar seus diversos componentes e os processos e iteraes que nela ocorrem, (SILVA;
CUNHA, 1999).
Assim, as bacias hidrogrficas podem ser tratadas como unidades geogrficas, onde os recursos
naturais se integram. Nessa conjuntura ocorre a possibilidade de um estudo integrado dos elementos
que formam a paisagem (Geologia, Geomorfologia, Pedologia, Biogeografia e Atividades Antrpicas), e
que as mudanas bruscas os gradativas em algumas dessas reas fsicas e antrpicas, acarretar na
funcionalidade do sistema, que busca sempre um equilbrio entre a entrada e a sada de energia pelo
fluxo hdrico (TEODORO et al. 2007).
Vila (2012) nos mostra que o principal obstculo para o estudo integrado o problema da
integrao analtica dos processos fsicos, biolgicos e sociais na qual as cincias acabam que
trabalhando de forma separada.
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Para um fim de planejamento e gesto, pensar a bacia hidrogrfica como clula de
planejamento possibilita uma melhor leitura do quadro de potencialidades e fragilidades de uma
paisagem por meio do diagnstico ambiental.
3. Mtodo
Nos procedimentos adotados foram utilizados diversos materiais como a carta topogrfica
Ftima SC.22-Z-B-V, na escala 1:100.000, ambas elaboradas pelo Diretrio de Servios Geogrficos
(DSG) do exercito; Imagem do satlite Resource-Sat, disponibilizada pelo INPE (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais), com resoluo espacial de 24,5 metros, sensor LISS-III, com as bandas 3 4 5, sendo
cenas de 20/06/2013; Imagem Geocover, do ano 2000, ortorretificada com pixel de 14, 25 metros,
disponibilizada pela Agncia Norte-Americana NASA (National Aeronautics And Space Administration),
sendo utilizada como base de correo geomtrica. Para a correo do limite da bacia fez-se o uso do
MNT, disponvel pelo projeto TOPODATA (Banco de Dados Geomorfomtricos do Brasil) utilizado do
ndice das imagens do projeto selecionando a Folha 10s_495.
Nos levantamentos dos dados geomorfolgico e pedolgico, foram utilizados os dados servidos
pela Secretaria do Planejamento e Modernizao da Gesto Pblica do Estado do Tocantins (SEPLAN),
alm de arquivos vetoriais Shapefile (Shp). A Geologia foi adquirida atravs dos dados vetoriais em
formato Shp do Servio Geolgico do Brasil, na escala de 1:1.000.000 (Companhia De Pesquisa De
Recursos Minerais) (CPRM, 2004).
No trabalho de campo de campo foram realizados apontamentos sobre o que foi levantado nas
bibliografias e processado no banco de dados do SPRING como as aferies do mapa de Uso e
Ocupao da Terra. Ainda verificou-se a cobertura vegetal com apoio de cmara fotogrfica e receptor
GPS (Sistema de Posicionamento Global).
O software utilizado foi o SPRING verso 5.1.8, desenvolvido pela INPE, para manipulao dos
dados (elaborao dos mapas temticos) com a criao de um banco de dados geogrficos. Na
finalizao da pesquisa fez-se a anlise dos resultados obtidos atravs da observao do mapeamento
de Uso e Ocupao da Terra e a escrita final do texto.
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4 Localizao e Caracterizao Geral da rea de Estudo
A bacia hidrogrfica do Crrego Titira abrange uma rea aproximada de 72.107Km e est
localizada na poro sudoeste do municpio de Porto Nacional, Estado do Tocantins, na margem direita
do Ribeiro do Carmo (Fig. 1).
A bacia hidrogrfica em pesquisa tem como principal curso de gua o Crrego de Titira e como
principal afluente o Crrego Manoel Joo que contribui significativamente para as caractersticas
observadas. Suas cabeceiras encontram-se assentadas sobre a Serra das Cordilheiras, de onde provem
as guas que chegam ao Ribeiro do Carmo onde desguam.
Para caracterizao geral da bacia hidrogrfica em questo, utilizou-se como base o
RADAMBRASIL (1981) EMBRAPA (1999) CPRM (2004) e SEPLAN (2012) de onde extraiu-se informaes
apresentadas de geologia, geomorfologia, pedologia e clima.
A geologia da bacia hidrogrfica composta por embasamento cristalino da sute Matana com
granito, lcaligranito, granito prfiro e granitide do final da era Neoprterozoica. Tambm, rochas do
Grupo Serra Grande, de composio sedimentar, formadas no perodo geolgico Siluriano com arenito
arcoseano, lentes de conglomerado, siltito e argilito no topo. Nas partes mais altas da bacia (divisores
de agua) se estabelece rochas sedimentares da bacia sedimentar do Parnaba com a Formao
Pimenteiras composta por argilito e siltito com intercalaes de arenito ferruginoso e lentes de
conglomerado basal CPRM (2004).
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Figura 1: Localizao da rea de estudo
Quanto a geomorfologia a rea de pesquisa est inserida no domnio de embasamentos em
estilos complexos nas quais foram identificados os modelados do relevo de Aplainamento de pediplano
retocado, Dissecao homogenia com feies tabulares e Aplainamento de pediplano degrado
desnudo.
Conforme o RADAMBRASIL (1981), a rea de estudo faz parte da Depresso Tocantins,
circundada por superfcies de planaltos residuais com superfcie rebaixada e suavemente dissecada que
caracteriza como depresso podendo ocorrer blocos de relevo residuais, que caso da Serra do Carmo
onde localiza a nascente ou exsurgncia do Crrego Titira, na qual faz parte do Planalto Residual
Tocantins.
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Aplainamento de pediplano retocado a superfcie de aplainamento elaborada durante fases
sucessivas de retomada de eroso, sem no entanto, perder suas caractersticas de aplainamento, cujos
processos geram sistemas planos inclinados s vezes levemente cncavos ou formas de relevo
constitudas a partir de processos predominantemente erosivos, onde houve um rebaixamento das
salincias, tendendo ao nivelamento do relevo. Pode apresentar cobertura detrtica e/ou
encouraamentos, indicando remanejamentos sucessivos. Ocorre nas depresses e no sop de ressaltos
que dominam os nveis de eroso inferiores.
Dissecao homogenia com feies tabulares ocorre um processo de dissecao que so formas
de relevo entalhadas pelos agentes erosivos, havendo uma dissecao diferencial do relevo,
principalmente ao longo da rede hidrogrfica.
Aplainamento de pediplano degrado desnudo superfcie de aplainamento elaborada durante
fases sucessivas de retomada de eroso, sem no entanto perder suas caractersticas de aplainamento,
cujos processos geram sistemas de planos inclinados s vezes levemente cncavos. Pode apresentar
cobertura rasa de material de alterao, mas geralmente apresenta rochas pouco alteradas truncadas
pelos processos de aplainamento que desnudaram o relevo.
Referindo-se a solos, a rea composta por dois tipos de solos, um da classe dos Cambissolos
Hplicos e outro da classe dos Latossolos. O primeiro representa cerca de 69% da rea da bacia
hidrogrfica, correspondendo a 49,873 km . So solos constitudos por material mineral, com horizonte
B incipiente subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial. O segundo tipo, em menor extenso,
correspondendo a 31 % da rea da bacia hidrogrfica, compreendem 22,234 km. Estes solos so
constitudos por material mineral, com horizonte B latosslico imediatamente abaixo de qualquer um
dos tipos de horizonte diagnstico superficial, exceto hstico. (EMBRAPA, 1999).
O clima da rea de estudo estacional com dois perodos bem definidos, um chuvoso e outro
seco. Entretanto, a sua precipitao no ocorre de forma equitativa, e sim no regime sazonal
tipicamente tropical. A precipitao mdia anual de 1,500mm e a temperatura mdia varia entre 26c
e 27c ao longo do ano (SOUSA et. al., 2012)
5. Analise do Uso e Ocupao
O Uso e Ocupao na rea de pesquisa e a interferncia exercida sobre o ambiente local, ocasionando
processos de degradao, podem ser observados atravs de instrumentos de anlise como o Mapa de
Uso e Ocupao confeccionado (Fig. 2).
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Figura 2: Uso e ocupao da bacia hidrogrfica estudada.
O Uso Antrpico para Agropecuria se caracteriza pelas reas onde podem ser observadas tanto
atividade agrcola quanto atividades relacionadas atividade de pecuria. Esta classe abrange cerca de
28% da rea de pesquisa localizadas principalmente no baixo curso do crrego Titira onde esto as
plancies de inundaes banhadas pelo mesmo. Nesta classe, apesar de estarem includas as atividades
agrcolas pode-se observar que a mesma ocorre em baixa escala, sendo realizada em pequenas reas
de plancies localizadas nas proximidades dos cursos principais de drenagem (Fig. 3A).
J a pecuria, aparece de forma predominante, porm tambm ocorre junto s reas de plancies de
inundao das principais drenagens locais, como o Crrego Manoel Joo e o Titira (Fig. 3B). Nestes
locais percebe-se fazendas organizadas, com boa infraestrutura para criao de gado, porm a criao
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se caracteriza por ser extensiva, onde o gado colocado, tanto em locais de pastagens artificiais, quanto
de pastagens naturais.
O Uso Antrpico para Pecuria Extensiva se caracteriza pelas reas utilizadas para criao
extensiva de gado que ocorre principalmente nas encostas e nas pores mais elevadas da rea de
pesquisa que servem como divisores de gua da mesma. Esta classe abrange cerca de 23% da rea de
pesquisa, onde percebe-se o predomnio da vegetao de gramneas nativas (Fig.4A) e, em menor
escala a presena de gramneas exticas (Fig.4B).
Figura 3: reas agrcolas (A) e de pecuria (B). Fotos: Rufo, setembro de 2013.
Figura 4: Pastagens: vegetao nativa (A) e extica (B). Fotos: Rufo, setembro de 2013.
As Fitofisionomias do Cerrado se caracterizam como a reas onde se encontram a cobertura vegetal
composta por Matas de Galeria ou Ciliar, Cerrado e Mata Seca. Esta classe abrange quase que a
metade da rea de pesquisa (cerca de 49%) se distribuindo em praticamente todos os seus setores,
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desde reas planas e baixas prximas a jusante da bacia hidrogrfica do crrego Titira, at as reas
inclinadas e altas, a montante da mesma.
Baseando-se em Sano; Almeida (1998) as fitofisionomias mencionadas podem ser descritas da seguinte
maneira: Mata de Galeria uma faixa de vegetao relativamente estreita que acompanha o leito dos
cursos fluviais, em ambas as margens, formando corredores vegetais fechados (Fig. 5A); Mata Ciliar
tambm uma faixa de vegetao relativamente estreita, que acompanha o leito dos cursos fluviais, em
ambas as margens, porm no forma corredores vegetais fechados (Fig. 5B); Cerrado uma Mata mais
rala, com altura mdia do estrato arbreo que varia de 8 a 15m, proporcionando condies de
luminosidade que favorecem a formao de outras espcies vegetais de porte arbustivo, herbceo e
gramneas (Fig. 6A). Ainda nesta classe, pode-se evidenciar a existncia de locais com Mata Seca onde
ocorre vegetao de porte arbreo, que se destaca em funo da falta de folhas em perodo seco e o
solo pouco espesso sobre camadas rochosas (Fig. 6B).
Figura 5: Mata Ciliar (A) e de Galeria (B). Fotos: Rufo, setembro de 2013.
Figura 6: Cerrado (A) e Mata Seca (B). Fotos: Rufo, setembro de 2013.
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Na classe das Fitofisionomias do Cerrado, a existncia de diversas espcies vegetais tpicas do
Cerrado, como caju, caj, pequi, baru, jatob, marmelo, entre outros (Figs. 7A e 7B), que servem a
comunidade local, a qual atravs do extrativismo vegetal complementa sua renda, ou at mesmo a
utilizam como atividade econmica principal familiar.
Figura 7: Frutos do Cerrado: caju (A) e baru (B). Fotos: Rufo, setembro de 2013.
6. Consideraes Finais
Aps a realizao da presente pesquisa, observa-se que a rea de pesquisa ainda predomina a
vegetao de Cerrado com seus aspectos fito fisionmicos principalmente por ser um local de relevo
acidentado e de poucas plancies. Tambm verificou-se, que ocorre nas reas mais baixas e planas, a
atividade econmica predominante a agropecuria, por estes locais serem propcios ao servio
mecanizado. J nas reas mais elevadas e nos topos planos das serras, ocorre a pecuria extensiva por
oferecer dificuldade de mecanizao agrcola e pastagem natural durante todo ano. No entanto, estes
tipos de usos mencionados, esto provocando significativos impactos ambientais com a formao de
ravinas, voorocas, assoreamento de drenagens e outros. Portanto esta pesquisa, chamando a ateno
para estes problemas ambientais, tambm contribui para que estes sejam minimizados atravs da
adoo de medidas preventivas e corretivas a degradao ambiental, como so as atividades
extrativistas desenvolvidas por diversas famlias locais.
9. Referncias
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