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A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM … · AO PACIENTE RENAL CRÔNICO EM...

Date post: 27-Jun-2020
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FACULDADE REDENTOR CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM DÉBORA RAMOS DE SOUZA ELIANE AUGUSTA TAVARES A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE RENAL CRÔNICO EM TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE Itaperuna-RJ 2017
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FACULDADE REDENTOR

CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

DÉBORA RAMOS DE SOUZA

ELIANE AUGUSTA TAVARES

A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

AO PACIENTE RENAL CRÔNICO EM TRATAMENTO DE

HEMODIÁLISE

Itaperuna-RJ

2017

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DÉBORA RAMOS DE SOUZA

ELIANE AUGUSTA TAVARES

A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

AO PACIENTE RENAL CRÔNICO EM TRATAMENTO DE

HEMODIÁLISE

Trabalho de Conclusão de Curso II apresentado a Faculdade Redentor como parte dos requisitos de avaliação para obtenção do título de bacharel em Enfermagem.

Profª. Cileny Carla Saroba

Orientadora: ALINE CUNHA GAMA CARVALHO

Itaperuna-RJ

2017

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FICHA DE APROVAÇÃO

Autoras: Débora Ramos de Souza e Eliane Augusta Tavares

Título: PLANO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE RENAL

CRÔNICO EM TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE

Natureza: Trabalho de Conclusão de Curso II

Objetivo: Título de Bacharel em Enfermagem

Instituição: Faculdade Redentor de Itaperuna

Área de concentração: Enfermagem com ênfase em Hemodiálise

Aprovada em: ____/____/____

Banca Examinadora:

________________________________________

Profª. M.Sc. Cileny Carla Saroba M.Sc. Biologia de Água Doce e Pesca Interior

INPA/Manaus AM Instituição: Faculdade Redentor

________________________________________

Profª. M.Sc. Aline Cunha Gama Carvalho M.Sc. Terapia Intensiva

Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva - SOBRATI Instituição: Faculdade Redentor

_______________________________________ Profª. M.Sc. Kamila Müller Beazussi

M.Sc. Ensino de Ciências da Saúde e Ambiente Centro Universitário Plinio Leite - UNIPLI

Instituição: Faculdade Redentor

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AGRADECIMENTOS

Mais uma etapa vencida! Agora mudam-se metas e as expectativas para

novas conquistas.

Agradecemos primeiramente a Deus, pois foi Ele que permitiu que tudo

acontecesse, ao longo de nossas vidas, e não somente nestes anos como

universitárias, mas que em todos os momentos é o maior mestre que alguém pode

conhecer.

A nossa família, peça chave que representa equilíbrio e exemplo, seremos

sempre gratas.

Aos nossos amigos, por todas as vibrações de cada conquista. Carregamos a

certeza de que não estaremos só.

A professora Cileny Saroba, pela dedicação e paciência, além de todo

carinho, ensinamentos, incentivos e compreensão. Obrigada!

Em especial, agradecemos a nosso orientadora, Prof.ª Mestre Aline Cunha

Gama Carvalho, pela ajuda e força concedida para a realização desse trabalho.

Obrigada por tudo mesmo!

A todos que participaram e contribuíram indiretamente, tornando esse sonho

real, o nosso muito obrigada!

Finalizamos com a certeza de que o futuro dependerá só daquilo que

tenhamos construído no presente.

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“A minha alma glorifica o Senhor e meu espirito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade de sua serva” (Lc 1,46-48).

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SUMÁRIO

SEÇÃO I – REVISÃO DE LITERATURA .................................................................... 8

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9

1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 11

1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 11

1.2.2 Objetivo Específico .................................................................................... 11

1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 11

2 INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA ....................................................................... 12

3 HEMODIÁLISE ....................................................................................................... 14

4 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ....................................................................... 16

5 RELAÇÃO ENFERMEIRO X PACIENTE: CONTRIBUIÇÃO DO ENFERMEIRO NO

INCENTIVO DO AUTOCUIDADO ............................................................................. 18

6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 19

SEÇÃO II: ARTIGO CIENTÍFICO ............................................................................. 20

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 22

2 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 23

3 RESULTADOS E DISCUSÕES .......................................................................... 23

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 28

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 29

ANEXOS ................................................................................................................... 31

APÊNDICES ............................................................................................................. 34

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LISTA DE GRAFICOS – SEÇÃO II: ARTIGO CIENTÍFICO

Gráfico 1: Avaliação da Equipe de Enfermagem. ..................................................... 24

Gráfico 2: O Papel do Profissional de Enfermagem. ................................................ 25

Gráfico 3: Sugestões para a Melhoria da Assistência. ............................................. 26

Gráfico 4: Precauções do Paciente. ......................................................................... 27

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SEÇÃO I – REVISÃO DE LITERATURA

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1 INTRODUÇÃO

A Insuficiência Renal Crônica (IRC) e o tratamento hemodialítico, causa uma

série de situações para o paciente renal crônico, que compromete o aspecto não só

físico, como psicológico, com repercussão pessoal, familiar e social. Na convivência

com estes pacientes, ficou clara a importância da intervenção da enfermagem em

busca de solução nas limitações provocadas pela IRC e o tratamento, sendo

necessário um reaprender a viver, de uma maneira mais humana.

O profissional de enfermagem tem grande importância no tratamento de

hemodiálise do paciente com insuficiência renal crônica (IRC). Esses pacientes

necessitam de um tratamento especializado, com profissionais capacitados, que

possuem conhecimentos teóricos e práticos, suficientes para a realização de uma

assistência de qualidade e de forma humanizada. A assistência de enfermagem é

essencial durante o tratamento pois compreendem um processo de monitorização,

detecção e rápida intervenção (SANTANA, et al 2013).

Para se obter uma assistência de enfermagem de qualidade, o enfermeiro

deve ter além da comprovação cientifica e de competência técnica, o conhecimento

dos aspectos, levando em consideração os sentimentos e as necessidades de tais

pacientes (CESARINO E CASAGRANDE, 1998).

O enfermeiro tem como objetivo amenizar a dor e o sofrimento do paciente

com insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico, tornando seu

tratamento menos estressante e doloroso. Esse profissional tem como competência

prestar assistência a pacientes na avaliação do diagnostico, tratamento, reabilitação

e no atendimento aos familiares. Sendo assim, a enfermagem tem um papel

primordial na assistência a esses pacientes. (RODRIGUES E NAKAHATA, 2012).

A atuação do enfermeiro no tratamento do paciente com IRC tende a ser

cauteloso e exerce alguns cuidados importantes para com esse paciente. Atender

com acessibilidade e presteza, promovendo bem-estar e associado a integridade

física e emocional. (RODRIGUES E BOTTI, 2009).

Os pacientes em hemodiálise possuem dificuldade de aceitação da doença

por parte da dependência do tratamento, eles perdem as referências familiares e

sociais, buscando assim essas referências na equipe de enfermagem. Por um lado,

favorece o estabelecimento de laços de amizade, mas por outro, desgasta os

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trabalhadores diante das demandas afetivas de alguns pacientes (PRESTES, et al,

2011).

Sendo assim, o enfermeiro exerce um papel importante na assistência

humanizada, minimizando os riscos existentes e oferecendo uma melhor qualidade

de sobrevida do paciente renal crônico, facilitando assim a adequação durante o

tratamento (TRAJANO E MARQUES, 2005).

Diante disso o presente artigo tem por objetivo analisar o conhecimento dos

pacientes renais crônicos em tratamento de hemodiálise, com base na qualidade de

assistência de enfermagem.

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1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar o conhecimento dos pacientes renal crônico em tratamento de

hemodiálise, com base na qualidade de assistência de enfermagem.

1.2.2 Objetivo Específico

Verificar a qualidade da assistência aos pacientes renais crônicos.

Avaliar o grau de conhecimento por parte dos pacientes relacionados a

hemodiálise.

Incentivar o autocuidado desses pacientes, de modo a facilitar a cooperação e

aceitação ao tratamento.

1.3 JUSTIFICATIVA

A assistência de enfermagem ao paciente com insuficiência renal crônica

estimula o paciente a enfrentar mudanças cotidianas e alcançar o seu bem-estar.

O enfermeiro tem um papel importantíssimo no cuidado do paciente renal

crônico, tendo como foco principal a orientação e a educação sendo praticadas a

cada encontro no momento das sessões de hemodiálise.

Sendo assim, a capacitação da equipe de enfermagem deve ser realizada de

forma permanente, obtendo qualidade da assistência de enfermagem, oferecendo

ao paciente qualidade e segurança.

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2 INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

A insuficiência renal crônica (IRC) consiste em uma diminuição lenta e

progressiva da função renal (glomerular, tubular e endócrina) devido ao acúmulo de

produtos da degradação metabólica no sangue. Esse tipo de lesão nos rins pode ser

causado, por sua vez, por muitas outras doenças, que causam danos irreversíveis

ao órgão. Inicialmente ela é assintomática (RIELLA, 2010).

Conforme Barros (2006) a insuficiência renal ocorre quando o rim começa a

perder sua capacidade de filtrar os líquidos do sangue. Ou seja, o rim não consegue

mais filtrar a água e as substâncias químicas do sangue que devem ser abolidas,

ficando represado na circulação um grande acúmulo de líquido e substâncias tóxicas

para as células. Devido a retenção de líquido, a pessoa começa a apresentar

edema, principalmente nos membros inferiores.

Segundo Brunner e Suddarth (2011) a diminuição da função renal, leva ao

acúmulo no sangue dos produtos finais do metabolismo proteico, surgindo assim a

uremia, que afeta de modo inadequado todos os sistemas do organismo. A

velocidade da função renal está relacionada com a excreção urinária, hipertensão,

distúrbio subjacente, incluindo também a produção de glóbulos vermelhos, a

quantidade de vitamina D e a saúde dos ossos. A insuficiência renal crônica tende a

evoluir mais rápido em pacientes que excretam naturalmente maiores quantidades

de proteína ou que apresentam hipertensão.

As causas de IRC, segundo Fermi (2011, p. 25), “incluem anomalias

congênitas, doença renal policística, doenças obstrutivas (cálculos renais, tumores)

e infecções, uso prolongado de substâncias nefrotóxicas, glomerulopatias, lúpus

eritematoso sistêmico”. Sendo que as principais causas estão sendo por diabetes

mellitus e hipertensão arterial.

Brunner e Suddarth (2011) afirmam que os pacientes com IRC exibem

diversos sinais e sintomas. A gravidade desses sintomas irão depender,

parcialmente, do grau do comprometimento renal, de outras condições subjacentes

e da idade do paciente. A doença cardiovascular constitui a causa principal de morte

nos pacientes com IRC, também se encontra presente em alguns pacientes, a

neuropatia periférica (distúrbio do sistema nervoso periférico). Os mesmos se

queixam de desconforto e dor intensa, podendo ocorrer sensação de queimação nos

pés e síndrome das pernas inquietas. Devido a esses fatores os pacientes com IRC

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desenvolvem algumas anormalidades como: diminuição da TFC (taxa de filtração

glomerular), retenção de sódio e água, acidose, anemia e desequilíbrio de cálcio e

fósforo. Hiperpotassemia, pericardite, hipertensão, anemia e doença óssea são

complicações potenciais da IRC que preocupam os profissionais de enfermagem e

necessitam de uma conduta mútua para o cuidado.

Como o rim é um dos responsáveis pelo controle da pressão arterial, quando

ele não funciona adequadamente há alteração nos níveis de pressão. A mudança

dos níveis de pressão também sobrecarrega os rins. Entretanto, a hipertensão pode

ser a causa ou a consequência da disfunção renal, e seu controle é fundamental

para a prevenção da doença. Já o diabetes pode danificar os vasos sanguíneos dos

rins, interferindo no funcionamento destes órgãos, que não conseguem filtrar o

sangue corretamente. Mais de 25% das pessoas com diabetes tipo I e 5 a 10% dos

portadores de diabetes tipo II desenvolvem insuficiência renal (TORRES, 2003).

Por ser uma das causas mais comum na IRC o controle da hipertensão terá

um efeito positivo na gestão de danos nos rins. Se o paciente adquirir um estágio

mais avançado da doença, poderá ser necessário tratamentos mais relevantes, tais

como, hemodiálise, mantendo assim a filtração do sangue e em último caso, o

mesmo recorre ao transplante renal (RIELLA, 2010).

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3 HEMODIÁLISE

A hemodiálise é um procedimento de filtragem e purificação do sangue, que

tem por finalidade substituir as funções renais prejudicadas por insuficiência renal

crônica ou aguda (FERMI, 2011).

É indicada para pacientes que apresentam falência da função renal e tem

como objetivo restabelecer o equilíbrio hidroeletrolítico do paciente através da

extração de substâncias nitrogenadas tóxicas do sangue, acúmulo de água e sais

minerais do organismo, reduzir o desconforto dos sintomas da insuficiência renal

crônica e as alterações sanguíneas tais como: o aumento de ureia, creatinina, sódio,

potássio e outras substâncias (CANDIDO, 2006).

Segundo Brunner & Suddarth (2011) a máquina de hemodiálise recebe o

sangue do paciente por um acesso vascular, podendo ser um cateter (tubo) ou uma

fístula arteriovenosa (a mais utilizada), e depois é impulsionado por uma bomba até

o filtro de diálise. No dialisador (também designado como rim artificial) o sangue é

exposto à solução de diálise através de uma membrana semipermeável sintética,

substituindo os glomérulos e os túbulos renais como filtro para os rins

comprometidos.

Na hemodiálise, o sangue carregado de toxinas e produtos de degradação é

desviado do paciente para o dialisador, onde as toxinas serão filtradas e extraídas, e

o sangue é devolvido ao paciente pelo acesso vascular. Essas toxinas e produtos de

degradação são removidos por meio de difusão, ou seja, deslocam-se de uma área

de maior concentração no sangue para uma área menor concentração no dialisado

(solução composta de todos os eletrólitos).

Para a realização do procedimento, faz-se uma união cirúrgica e subcutânea

de uma artéria com uma veia no braço, com a intenção de tornar a veia mais grossa

e resistente, para que as punções com as agulhas de hemodiálise possam ocorrer

sem complicações. A cirurgia é feita por um cirurgião vascular e com anestesia local.

O ideal é que a fístula seja feita de preferência 2 a 3 meses antes de dar início a

hemodiálise.

Valente (2009) afirma que para conseguir eliminar os produtos tóxicos é

necessário que o tratamento seja três vezes/semana, com duração em média de

três a quatro horas em um ambiente ambulatorial. É o mínimo de tempo,

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independentemente do peso do doente e do que ele come ou bebe. Nos doentes

muito pesados e que comem muito poderá ser necessário mais tempo de diálise.

Durante uma sessão de hemodiálise são utilizados aproximadamente 120

litros de água. As substâncias presentes na água entram em contato direto com a

corrente sanguínea do paciente, por isso, é muito importante que a qualidade e

pureza da água para hemodiálise sejam controladas

Segundo Fermi (2011) ao iniciar o tratamento o paciente perceberá uma

melhora significativa nos sintomas que apresentava, como: fraqueza, falta de

apetite, indisposição, cansaço, náuseas, vômitos, palidez, inchaço, falta de ar,

anemia, entre outros.

Na maioria das sessões de hemodiálise o paciente não sentirá nada, mas

algumas vezes, pode ocorrer uma queda da pressão arterial, câimbras ou dor de

cabeça. Por estes motivos, a sessão de hemodiálise é sempre realizada na

presença de um médico e uma equipe de enfermagem. Geralmente esses sintomas

acontecem quando o paciente tem muito líquido para remover do seu corpo naquela

sessão de hemodiálise. Dessa forma, é importante seguir as recomendações da

equipe médica para evitar o ganho excessivo de peso entre os dias das sessões de

hemodiálise, e assim, ter uma sessão confortável.

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4 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

A equipe de enfermagem é de extrema importância durante a assistência ao

tratamento de hemodiálise, pois a maior parte da equipe é composta por

enfermeiros. Deste modo se faz necessário que a equipe de enfermagem esteja

bem preparada para prestar qualquer tipo de atendimento quando houver

intercorrências.

“É importante que o enfermeiro esteja presente nas sessões de hemodiálise coordenando a equipe e identificando as necessidades particulares de cada paciente. Além disso, educando a família e o paciente sobre a doença e suas complicações e fornecendo orientações sobre o plano terapêutico, com aspectos tecnológicos e psicológicos” (QUEIROZ, 2012).

Além disso, deve somar esforços na tentativa não só de inserir na conjuntura

da assistência os indivíduos diretamente afetados, mas também estimular que suas

famílias, grupos sociais e outros profissionais façam parte de um ambiente, onde

haja espaço para descobertas pessoais e aprendizado, além de manutenção e

desenvolvimento social e espiritual.

Os pacientes com IRC necessitam de um cuidado de Enfermagem capacitado

para que sejam evitadas as complicações da função renal, o estresse e as

ansiedades que a doença os causam. Esse cuidado tem como direção, avaliar o

estado hídrico e identificar fontes potenciais de desequilíbrio, tem como finalidade

elaborar um programa nutricional adequado dentro dos limites do esquema de

tratamento e promover sentimentos positivos, incentivando assim um aumento do

autocuidado e maior independência desses pacientes (BRUNNER & SUDDARTH

2011).

O objetivo da assistência de enfermagem neste setor é identificar e monitorar

os efeitos adversos da hemodiálise e complicações decorrentes da própria doença,

desenvolvendo ações educativas de promoção, prevenção e tratamento. Nesse

setor existem várias intervenções específicas realizadas pela equipe de

enfermagem, mas em virtude da alta demanda de atendimento, os registros

despendem muito tempo, uma vez que é realizado de forma descritiva (RIELLA,

2003).

A atividade educativa do enfermeiro deve ainda se ampliar para além das

orientações sobre a doença, contraindicações terapêuticas e dietéticas e, não

obstante tudo isso, seguir para o campo social e psicológico, onde estratégias para a

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melhoria da qualidade de vida desses indivíduos devem ser consideradas,

orientadas e estimuladas.

Segundo Santos et al (2011), é de uma grande importância o fornecimento de

explicações e informações ao paciente e a família sobre IRC, ambos necessitam de

muito apoio emocional, pois esse problema se caracteriza a fase de uma pessoa

que era saudável, sem necessidade nenhuma de orientações e cuidados de saúde,

passando a depender constantemente de um serviço de saúde.

Essa pessoa passa a ter consciência da perda da sua autonomia, visando a

sensação de dependência, que é um fator que influência abundantemente no seu

bem-estar emocional, pois o mesmo passa a ser dependente de uma máquina, de

medicamentos, da família e da equipe de saúde, criando assim uma sensação da

perda da sua liberdade.

Ao receber apoio das pessoas queridas e ter uma boa qualidade na

assistência de Enfermagem, esse paciente irá se sentir melhor e terá um maior

estímulo na continuidade da sua vida.

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5 RELAÇÃO ENFERMEIRO X PACIENTE: CONTRIBUIÇÃO DO

ENFERMEIRO NO INCENTIVO DO AUTOCUIDADO

O paciente com insuficiência renal crônica (IRC) inicia seu programa de

diálise e é submetido a muitas mudanças em seu cotidiano, tais como cuidados com

a dieta, cuidados com a fístula arteriovenosa, controle da ingestão de líquidos além

da necessidade de seguir um programa terapêutico delimitado por uma escala cujos

dias aprazados seja necessário em seu comparecimento e adesão. Contudo, essas

mudanças geram estresse e desencadeiam sentimentos de conturbação e estresse

nessas pessoas, os quais interferem na aceitação à sua terapia.

Deste modo a importância de se oferecer e desenvolver um programa de

orientação e educação para que o paciente tenha consciência de sua doença renal,

do autocuidado e escolha da terapia de substituição renal quando ainda se encontra

no início da doença, acompanhado pelo tratamento conservador (PACHECO, et al,

2007).

Pacheco ainda ressalta que, para desenvolver a prática educativa, o

enfermeiro necessita ter, além da fundamentação científica e da competência

técnica, conhecimentos e aptidão dos aspectos que levam em consideração as

necessidades, os sentimentos, e desejos dos clientes sob sua orientação.

Sobretudo, o papel do enfermeiro é de grande colaboração na tentativa de ajudá-los

a adaptar-se a um novo estilo de vida.

Vale ressaltar que a atuação do enfermeiro como educador do paciente com

insuficiência renal crônica é indispensável, de modo que o mesmo seja responsável

pelas orientações sobre o autocuidado, tornando-o membro ativo no processo

saúde-doença.

Preparar o paciente com insuficiência renal crônica para a hemodiálise é um

desafio para o enfermeiro, pois o paciente na maioria das vezes pode não

compreender o impacto da diálise, e as necessidades de aprendizado podem passar

despercebidas. A boa comunicação entre a equipe de enfermagem e o cliente é

necessária para fornecimento do cuidado adequado e contínuo, visando estimular o

autocuidado. O enfermeiro deve estabelecer uma relação de confiança, através de

qual o paciente se sinta confortável a questionar, tirar suas dúvidas e aprender como

evitar as complicações (MOREIRA, et al, 2012).

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6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

BASTOS, M. G.; KIRSZTAJN, G. M. Doença renal crônica: importância do diagnóstico precoce, encaminhamento imediato e abordagem interdisciplinar estruturada para melhora do desfecho em pacientes ainda não submetidos à diálise. Juiz de Fora. Acesso em: 09 de Março de 2016 <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010128002011000100013&script=sci_abstract&tlng=pt> BOTTI, N. C. L.; RODRIGUES, T. A. Cuidar e o ser cuidado na hemodiálise. Belo Horizonte. Acesso em: 06 de Março de 2016.<http://scielo.br/pdf/ape/v22nspe1/15.pdf> BURG, G.; CORDENUZZI, O. C.; COSTA, O.; PRESTE, F. C.; SILVA, R. M. Percepção dos trabalhadores de enfermagem sobre a dinâmica do trabalho e os pacientes em um serviço de hemodiálise. Rio Grande do Sul. Acesso em: 06 de Março de 2016.<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid> CASAGRANDE, L. D. R.; CESARINO, C. B. Paciente com insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico: atividade educativa do enfermeiro. Ribeirão Preto. Acesso em: 06 de Março de 2016. <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v6n4/13873> DORNELLAS, S. F.; LEMES, S. M. A.; SILVA, E.R. Atuação do enfermeiro na hemodiálise: O papel da Educação permanente na segurança e qualidade da assistência. São Paulo. Acesso em: 06 de Março de 2016. <http://grupouninter.com.br/web/revistasaude/index.php/cadernosaudedesenvolvimento/article/view/137> FONTENELLE, T.; MAGALHÃES, L. M.; SANTANA, S. Assistência de enfermagem aos pacientes em tratamento hemodialítico nas unidades de nefrologia. Rio Grande do Sul. Acesso em: 06 de Março de 2016. <http://www.itpac.br/arquivos/Revista/63/5.pdf> MALDANER, C. R.; BEUTER, M.; BRONDANI, C. M.; BUDÓ, M. L.D.; PAULETTO, M. R. Fatores que influenciam a adesão ao tratamento na doença crônica: o doente em terapia hemodialítica. Revista Gaúcha Enfermagem. v.1. Porto Alegre, 2008. p. 647 – 653. MARQUES, I. R; TRAJANO, J. S. Assistência de enfermagem na diálise peritoneal ambulatorial e hospitalar. São Paulo. Acesso em: 06 de Março de 2016.<http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/200509.pdf> NAKAHATA, K. S.; RODRIGUES, I. G. Estudos de enfermagem sobre a doença renal crônica. São Paulo. Acesso em: 06 de Março de 2016.<http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/2012-1-06.pdf>

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SEÇÃO II: ARTIGO CIENTÍFICO

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A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE RENAL CRÔNICO EM TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE

Débora Ramos de Souza

Graduanda em Bacharelado em Enfermagem pela Faculdade Redentor – Itaperuna/RJ E-mail: [email protected]

Eliane Augusta Tavares

Graduanda em Bacharelado em Enfermagem pela Faculdade Redentor – Itaperuna/RJ E-mail: [email protected]

Orientadora: Aline Cunha Gama Carvalho

Mestre de Terapia Intensiva pela SOBRATI – São Paulo/SP E-mail: [email protected]

RESUMO

A Insuficiência Renal Crônica consiste em uma diminuição lenta e progressiva da função renal devido ao acúmulo de produtos da degradação metabólica no sangue. Essa doença faz com que o rim não consiga mais filtrar a água e as substâncias químicas do sangue que devem ser abolidas, ficando represado na circulação um grande acumulo de líquido e substâncias tóxicas para as células. Devido à retenção de líquido, a pessoa começa a apresentar edema, principalmente nos membros inferiores. Dentro desse contexto, seja qual for o prognóstico dos pacientes, o profissional da enfermagem é de extrema importância. O objetivo da assistência de enfermagem neste setor é identificar e monitorar os efeitos adversos da hemodiálise e complicações decorrentes da própria doença, desenvolvendo ações educativas de promoção, prevenção e tratamento. Esta pesquisa teve como objetivo analisar o conhecimento dos pacientes renal crônico em tratamento de hemodiálise, com base na qualidade de assistência de enfermagem. Palavras-chaves: Insuficiência Renal; Assistência de Enfermagem; Hemodiálise.

ABSTRACT

Chronic Kidney Failure consists of a slow and progressive decrease in renal function due to accumulation of metabolic degradation products in the blood. This disease causes the kidney to no longer filter the water and chemicals from the blood that must be suppressed, and a large accumulation of liquid and toxic substances into the cells is blocked in the circulation. Due to fluid retention, the person begins to have edema, especially in the lower limbs. Within this context, regardless of the prognosis of the patients, the nursing professional is extremely important. The objective of nursing care in this sector is to identify and monitor the adverse effects of hemodialysis and complications arising from the disease itself, by developing educational actions of promotion, prevention and treatment. This study aimed to analyze the knowledge of chronic renal patients on hemodialysis treatment, based on the quality of nursing care. Keyword: Renal Insufficiency; Nursing care; Hemodialysis.

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1 INTRODUÇÃO

A Insuficiência Renal Crônica (IRC) e o tratamento hemodialítico, causa uma

série de situações para o paciente renal crônico, que compromete o aspecto não só

físico, como psicológico, com repercussão pessoais, familiares e sociais. Na

convivência com estes pacientes, ficou clara a importância da intervenção da

enfermagem em busca de solução nas limitações provocadas pela IRC e o

tratamento, sendo necessário um reaprender a viver, de uma maneira mais humana.

O profissional de enfermagem tem grande importância no tratamento de

hemodiálise do paciente com insuficiência renal crônica (IRC). Esses pacientes

necessitam de um tratamento especializado, com profissionais capacitados, que

possuem conhecimentos teóricos e práticos, suficientes para a realização de uma

assistência de qualidade e de forma humanizada. A assistência de enfermagem é

essencial durante o tratamento pois compreendem um processo de monitorização,

detecção e rápida intervenção (SANTANA, et al 2013).

Para se obter uma assistência de enfermagem de qualidade, o enfermeiro

deve ter além da comprovação cientifica e de competência técnica, o conhecimento

dos aspectos, levando em consideração os sentimentos e as necessidades de tais

pacientes (CESARINO & CASAGRANDE, 1998).

O enfermeiro tem como objetivo amenizar a dor e o sofrimento do paciente

com insuficiência renal crônica em tratamento dialítico, tornando seu tratamento

menos estressante e doloroso. Esse profissional tem como competência prestar

assistência a pacientes na avaliação do diagnostico, tratamento, reabilitação e no

atendimento aos familiares. Sendo assim, a enfermagem tem um papel primordial na

assistência a esses pacientes. (RODRIGUES & NAKAHATA, 2012).

A atuação do enfermeiro no tratamento do paciente com IRC tende a ser

cauteloso e exerce alguns cuidados importantes para com esse paciente. Atender

com acessibilidade e presteza, promovendo bem-estar e associado a integridade

física e emocional. (RODRIGUES & BOTTI, 2009).

Os pacientes em hemodiálise possuem dificuldade de aceitação da doença

por parte da dependência do tratamento, eles perdem as referências familiares e

sociais, buscando assim essas referências na equipe de enfermagem. Por um lado,

favorece o estabelecimento de laços de amizade, mas por outro, desgasta os

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trabalhadores diante das demandas afetivas de alguns pacientes (PRESTES, et al,

2011).

Sendo assim, o enfermeiro exerce um papel importante na assistência

humanizada, minimizando os riscos existentes e oferecendo uma melhor qualidade

de sobrevida do paciente renal crônico, facilitando assim a adequação durante o

tratamento (TRAJANO E MARQUES, 2005).

Diante disso o presente artigo tem por objetivo analisar o conhecimento dos

pacientes renais crônicos em tratamento de hemodiálise, com base na qualidade de

assistência de enfermagem.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê em Pesquisa da

Faculdade Redentor – Itaperuna, e foi desenvolvido através de um estudo

exploratório, descritivo de caráter qualitativo. A pesquisa foi desenvolvida aos

pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento de hemodiálise, com intuito

de obter informações sobre o desenvolvimento da assistência de enfermagem aos

mesmos. A abordagem aos sujeitos foi realizada em ambiente domiciliar.

Os sujeitos da pesquisa foram informados sobre os aspectos principais e

assinaram o terno de consentimento livre e esclarecido conforme as resoluções do

Conselho Nacional de Ética em pesquisa da Faculdade Redentor.

Foi aplicado um questionário, na qual foram levantados dados sobre o

conhecimento dos pacientes submetidos a hemodiálise em relação ao tratamento.

No momento da entrevista foi distribuído um folder ilustrado sobre práticas

que potencializam o tratamento, como método de orientação ao paciente.

Após a aplicação do questionário, os dados foram tubulados e analisados

evidenciando os principais aspectos da pratica da assistência de enfermagem para

com esses pacientes.

3 RESULTADOS E DISCUSÕES

Para fins representativos foram realizadas entrevistas com 20 (vinte)

pacientes com Insuficiência Renal Crônica em tratamento de Hemodiálise.

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Foi unânime entre os pacientes, a resposta em relação a assistência da

Enfermagem: grande importância. Segundo eles, deve-se ao fato do cuidado,

atenção, respeito, segurança etc, que os enfermeiros transmitem.

Sancho & Tavares (2013) diz que, a assistência de enfermagem é de grande

importância na observação continua durante a seção de hemodiálise, podendo

ajudar e salvar muitas vidas e evitar muitas complicações ao fazer o diagnóstico

precoce de qualquer intercorrência. Os pacientes devem ter extrema confiança nos

profissionais da enfermagem. Estes profissionais precisam sempre mostrar-se

atenciosos, prestativos e sempre estarem em alerta para intervir quando necessário.

O enfermeiro deve identificar as necessidades individuais de cada paciente,

promovendo meios de atendimento que visem uma melhor adequação ao tratamento

de hemodiálise, garantindo assim uma melhor qualidade de vida.

Gráfico 1: Avaliação da Equipe de Enfermagem.

Pode-se perceber através do gráfico 1 que a Equipe de Enfermagem

corresponde as expectativas dos pacientes, pois foi considerada pela maioria como

ótima.

De fato, que os pacientes estão imensamente satisfeitos com o tratamento

que esses profissionais da saúde lhe oferecem.

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Santana & Magalhães (2013) diz, que os profissionais da enfermagem devem

abranger não só os cuidados físicos, mas também o psicológico e o espiritual.

Gráfico 2: O Papel do Profissional de Enfermagem.

Segundo a entrevista entre os pacientes, percebe-se no gráfico anterior que o

papel do profissional de Enfermagem de maior relevância é o cuidado.

Segundo Santana & Magalhães (2013), os cuidados de enfermagem

envolvem a sistematização desde a entrada até a saída do paciente da sessão de

hemodiálise. A equipe de enfermagem ao recepcionar o paciente na entrada da

unidade de hemodiálise, deve sempre observar seu aspecto geral e realizar uma

avaliação pré-hemodialítica que envolve a verificação dos sinais vitais;

encaminhamento até a balança para avaliação do peso e encaminhar o paciente até

a máquina de hemodiálise.

Já na avaliação pós-hemodiálise a equipe de enfermagem deve-se atentar

para sinais de sangramento no local da punção venosa, verificar o peso e sinais

vitais, não permitir que o paciente sintomático deixe a unidade sem atendimento

médico.

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Interrogou-se os pacientes sobre a capacidade dos profissionais de

Enfermagem, onde todos afirmaram acreditar na competência de desenvolver

técnicas de assistência para com eles.

Segundo Santana & Magalhães (2013), o profissional que atua na

enfermagem hemodialítica deve estar apto a prestar assistência ao paciente

fundamentada nos aspectos técnico-científico associados aos cuidados psicológicos,

espirituais e étnicos.

Os pacientes esperam que estes profissionais estejam capacitados para o

enfrentamento dessa situação, já que muitos preferem chegar ao fim da vida

fazendo hemodiálise, por medo e insegurança de optar pelo transplante renal.

Em relação as instruções/orientações oferecida pela equipe de enfermagem,

todos os pacientes alegaram ter por completo, sendo elas: dieta, ingestão de pouca

água, medicação controlada, fisiologia renal, manter o peso, praticar atividades

físicas, não ingerir sal e bebidas alcoólicas, não faltar a hemodiálise, não fumar etc.

Gráfico 3: Sugestões para a Melhoria da Assistência.

O gráfico 3 representa as sugestões dadas pelos pacientes, onde a maioria

recomendou mais profissionais de Enfermagem na recepção, pois mencionaram que

há muitos outros como eles no local, podendo então adiantar alguns procedimentos

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básicos. Os demais, por serem homens, recomendaram mais profissionais do sexo

masculino, pois se sentem constrangidos em determinadas intercorrências.

Gráfico 4: Precauções do Paciente.

Os itens relacionados na tabela acima como a heparinização, dosagem de

ureia e creatinina, dosagem de potássio e ácido no sangue, avaliação da anemia,

limpeza da fístula e evitar pancadas sobre a fístula, foram reconhecidos por todos os

entrevistados como total responsabilidade no processo de tratamento.

Entretanto, uma parte dos entrevistados deixaram de apontar alguns itens

como relevantes para o tratamento, onde, por exemplo: 70% reconhece os cuidados

de enfermagem; 60% considerou a proibição de bebidas alcoólicas; e apenas 30%

acredita que se deve evitar carne vermelha, ovo, conservas, presunto, mortadela e

churrasco.

Em contrapartida, 100% dos participantes da pesquisa entendem a

importância de não ingerir muita água e tampouco sal.

Brunner e Suddarth (2011) afirmam que, a perda da capacidade de diluir

eficientemente a urina que ocorre em pacientes com insuficiência renal crônica, faz

com que nos casos de grande ingestão de água, ocorra a hiponatremia prolongada

por várias horas. Com a incapacidade de concentração eficiente da urina, o paciente

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com insuficiência renal crônica ficam sensíveis a privação de água, no momento de

vômitos e sonolências.

A sede é normalmente preservada e o paciente consegue manter

moderadamente seu equilíbrio hídrico, porem a sede pode estar aumentada levando

a xerostomia, esse aumento acontece inexplicavelmente em alguns pacientes com

insuficiência renal crônica.

O sódio é regulado com pouca intensidade em relação a sua excreção no

paciente com insuficiência renal crônica, ficando restrita a excreção em relação aos

indivíduos anormais. Com a ingestão rica em sódio, pode não ocorrer uma

purificação eficiente do mesmo ponto de ocorrer edema periférico ou pulmonar,

sendo rapidamente absorvido pela hemodiálise.

Quando o RFG (ritmo de filtração glomerular) está reduzido, é necessário que

outros fatores que controlam o balanço de sódio atuam, se o HAS (hipertensão

arterial sistêmica) e o RSA não forem o suficiente para controlar uma diurese

osmótica muito significativa por exemplo, o paciente passa a perder grande

quantidade de sal, diminuindo assim o RFG, possibilitando a retenção de sódio

(BRUNNER & SUDDARTH, 2011).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Descreveu-se neste estudo a importância da assistência, dos cuidados e das

orientações de enfermagem no tratamento de hemodiálise em relação ao paciente

portador de insuficiência renal crônica.

Após analisar os dados obtidos na pesquisa, observou-se que a maioria dos

participantes possui ciência da importância de estar atento e seguir as devidas

orientações/informações prestadas pelos profissionais de enfermagem. Pode-se

perceber também uma barreira entre paciente e o procedimento do transplante,

podendo ser por falta de conhecimento e/ou medo da metodologia.

Deste modo se faz necessário todas as orientações da equipe de

enfermagem, para que assim os pacientes possam se sentir mais seguros ao

realizarem o processo.

Além do mais, o pouco conhecimento e cooperação que o paciente possuir é

o suficiente para manter uma boa relação com o profissional, podendo, assim,

buscar juntos o progresso da qualidade de vida do próprio.

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Conclui-se, portanto, que profissionais de enfermagem, além de dominarem

os procedimentos, devem também ser bem capacitados visando o melhor auxílio

possível. Auxílio este que necessita de estarem munidos de conhecimento para que

possam dar orientações de forma a cessar qualquer dúvida e dispostos a darem

toda assistência que os pacientes virem a precisar.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BASTOS, M. G.; KIRSZTAJN, G. M. Doença renal crônica: importância do diagnóstico precoce, encaminhamento imediato e abordagem interdisciplinar estruturada para melhora do desfecho em pacientes ainda não submetidos à diálise. Juiz de Fora. Acesso em: 09 de Março de 2016 <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010128002011000100013&script=sci_abstract&tlng=pt> BOTTI, N. C. L.; RODRIGUES, T. A. Cuidar e o ser cuidado na hemodiálise. Belo Horizonte. Acesso em: 06 de Março de 2016.<http://scielo.br/pdf/ape/v22nspe1/15.pdf> BURG, G.; CORDENUZZI, O. C.; COSTA, O.; PRESTE, F. C.; SILVA, R. M. Percepção dos trabalhadores de enfermagem sobre a dinâmica do trabalho e os pacientes em um serviço de hemodiálise. Rio Grande do Sul. Acesso em: 06 de Março de 2016.<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid> CASAGRANDE, L. D. R.; CESARINO, C. B. Paciente com insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico: atividade educativa do enfermeiro. Ribeirão Preto. Acesso em: 06 de Março de 2016. <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v6n4/13873> DORNELLAS, S. F.; LEMES, S. M. A.; SILVA, E.R. Atuação do enfermeiro na hemodiálise: O papel da Educação permanente na segurança e qualidade da assistência. São Paulo. Acesso em: 06 de Março de 2016. <http://grupouninter.com.br/web/revistasaude/index.php/cadernosaudedesenvolvimento/article/view/137> FONTENELLE, T.; MAGALHÃES, L. M.; SANTANA, S. Assistência de enfermagem aos pacientes em tratamento hemodialítico nas unidades de nefrologia. Rio Grande do Sul. Acesso em: 06 de Março de 2016. <http://www.itpac.br/arquivos/Revista/63/5.pdf> MALDANER, C. R.; BEUTER, M.; BRONDANI, C. M.; BUDÓ, M. L.D.; PAULETTO, M. R. Fatores que influenciam a adesão ao tratamento na doença crônica: o doente em terapia hemodialítica. Revista Gaúcha Enfermagem. v.1. Porto Alegre, 2008. p. 647 – 653.

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MARQUES, I. R; TRAJANO, J. S. Assistência de enfermagem na diálise peritoneal ambulatorial e hospitalar. São Paulo. Acesso em: 06 de Março de 2016.<http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/200509.pdf> NAKAHATA, K. S.; RODRIGUES, I. G. Estudos de enfermagem sobre a doença renal crônica. São Paulo. Acesso em: 06 de Março de 2016.<http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/2012-1-06.pdf>

SANCHO, S. O. P.; TAVARES, P. R.; Assistência de enfermagem frente as

principais complicações do tratamento hemodialítico em pacientes renais crônicos.

Revista Enfermagem Contemporânea. v.2. Salvador, 2013. p. 169 – 183.

SANTANA, S. S.; MAGALHÃES, M. L.; Assistência de enfermagem prestada aos

pacientes em tratamento hemodialítico nas unidades de nefrologia. Rio Grande do

Sul. Acesso em: 09 de Junho de 2017.<

http://www.itpac.br/arquivos/Revista/63/5.pdf>

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ANEXOS

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ANEXO I

QUESTIONÁRIO INDIVIDUAL

1) Na sua visão, qual a importância da assistência de enfermagem para com o

paciente com insuficiência renal crônica em tratamento de hemodiálise?

( ) Pequena importância ( ) Grande importância ( ) Nenhuma importância

Por que?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2) Como avalia a atuação da equipe de enfermagem na sua assistência durante a

hemodiálise?

( ) Regular ( ) Muito bom

( ) Bom ( ) Ótimo

3) Qual o papel que o profissional de enfermagem deve exercer diante desse

paciente?

( ) Assistência ( ) Orientação

( ) Cuidados ( ) Desnecessário

4) Na sua visão, os profissionais de enfermagem estão capacitados para

desenvolver a técnica de assistência para com esses pacientes?

( ) Sim ( ) Não

5) Quando iniciou seu tratamento, você recebeu instruções/orientações, pela equipe

de enfermagem?

( ) Totalmente ( ) Parcialmente ( ) Não

Caso positivo, quais orientações recebeu?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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6) Dê sugestões para a melhoria da assistência de enfermagem para os pacientes

com insuficiência renal crônica.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

7) O que se aplica ao paciente renal crônico?

( ) Ingerir muita água

( ) Heparinização

( ) Os cuidados de enfermagem

( ) Dosagem de ureia e creatinina

( ) Dosagem do potássio do sangue

( ) Dosagem de ácido no sangue

( ) Avaliação da anemia

( ) Ingestão de sal

( ) Evitar carne vermelha, ovo, queijo,

conservas, presunto, mortadela.

( ) Evitar churrasco

( ) Proibido bebida alcoólica

( ) Limpeza da fístula

( ) Evitar pancadas sobre a fístula

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APÊNDICES

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APÊNDICE I

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APÊNDICE II


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