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A interpretaçãorevistacrista.org/Literaturas/A_interpretacao_da_profecia_de_Zacaria… · por: 2....

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A interpretação da profecia de

Zacarias 14

_______________________________________

José Ildo Swartele de Mello

_______________________________________

Revista Cristã__________

Última Chamada - Edição extra - Setembro de 2017 -

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4 A interpretação da profecia de Zacarias 14 José Ildo Swartele de Mello http://escatologiacrista.blogspot.com.br/

________

Visando a divulgação do Preterismo e do Pós-milenismo, para a Glória de Deus, a Revista Cristã Última Chamada publica com design e profissionalismo artigos disponíveis em outros sites para que venham edificar aos irmãos em Cristo. ________

Revista Cristã Última Chamada publicada com a devida autorização e com todos os direitos reservados no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro sob nº 236.908. Editor César Francisco Raymundo E-mail: [email protected] Site: www.revistacrista.org Londrina, Paraná, Setembro de 2017 Edição extra.

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Índice

Introdução 06

Contexto 07

O Novo Testamento interpretando as profecias de Zacarias 10

Profecias de Zacarias interpretadas no Novo Testamento 11

O perigo do literalismo 19

O caráter condicional de muitas profecias 22

Zacarias 14 e a queda de Jerusalém 24

Deus promete livramento para o seu povo 27

“Toda terra se tornará como a planície de Geba a Rimom”. (Zc 14.10) 29

Juízo contra as nações 29 A festa dos Tabernáculos – Festa da Colheita! – 31

Conclusão 33

Bibliografia 34

Obras importantes para pesquisa 35

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Introdução

Árdua tarefa interpretar corretamente as profecias bíblicas. Há muita

controvérsia a respeito. Alguns princípios simples de hermenêutica são

indispensáveis. 1. reconhecer o contexto em que as profecias foram

proferidas, 2. Permitir que a Bíblia interprete a própria Bíblia, levando

seriamente em consideração as intepretações que Cristo e seus Apóstolos

deram as profecias do Antigo Testamento, e 3. Levar em consideração as

características peculiares da linguagem profética.

Então, vamos lá!

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Contexto

Zacarias é contemporâneo do profeta Ageu, profetizou entre 520 e 518

a.C., época da reconstrução do templo, que havia sido destruído em 586 a.C.

pelo exército de Nabucodonosor. Tal destruição se deu por conta do juízo

de Deus contra a infidelidade do povo Judeu à Aliança.

O profeta Daniel, décadas antes, estava com seu povo no exílio babilônico.

Ele estava estudando as profecias de Jeremias que previam que o exílio

duraria 70 anos (Dn 9.2). Visto que o prazo dos 70 anos de exílio estava se

cumprindo, Daniel, consciente de que o exílio havia sido uma punição de

Deus por causa dos pecados de Israel, começa a interceder pedindo perdão

a Deus em nome do seu povo, na esperança de que o castigo de Israel

estivesse para acabar com o final dos 70 anos de cativeiro. A oração de Daniel

é ouvida (Dn 9.20-23). Mas, para sua surpresa, ele recebe uma visão de que

70 Semanas estavam determinadas para a realização de seis benefícios

favoráveis a Israel que se realizariam na pessoa do tão esperado Ungido ou

Messias.

Em Daniel 9.24, temos os seis propósitos da visão das 70 Semanas: 1. Para

fazer cessar a transgressão; 2. Para dar fim aos pecados; 3. Para expiar a

iniquidade; 4. Para trazer a justiça eterna; 5. Para selar a visão e a profecia; e

6. Para ungir o Santo dos Santos.

Todas as correntes teológicas concordam que 70 semanas equivalem a 490

anos, entendendo que cada dia da semana correspondem a um ano (Gn

29:27; Lv 25:8; Nm 14:34; Ez 4:4-6). As 70 Semanas estão dividas em três

períodos (v.25): 1. Sete Semanas (7x7=49 anos) de reedificação; Seguidas

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8 por: 2. Sessenta e duas semanas (62x7=434 anos); seguida do terceiro e

último período: 3. Uma semana (1x7=7 anos) - O v. 26 diz que “após” as

sessenta e duas semanas, ou seja, já dentro da última semana, será assassinado

o ungido. E, em decorrência da morte do ungido, ocorreria a destruição de

Jerusalém e do templo por um povo de um príncipe que haveria de vir (Dn

9.26); período em que surge o assolador (v.27); Por fim, a visão de Daniel

termina com o assolador recebendo o merecido juízo de Deus.

457 A.C. foi o ano em que o rei Artaxerxes decretou que os judeus podiam

retornar a Jerusalém para reconstruir a cidade e o Templo (Ed 7:12-26). Se

contarmos 483 anos a partir dessa data, chegaremos ao ano 26 d.C. Sabemos

que Jesus nasceu no ano 4 a.C., então, ele tinha 30 anos em 26 D.C., ocasião

em que foi batizado e iniciou seu ministério terreno. Três anos e meio depois,

Jesus foi crucificado. Em termos proféticos, tamanha precisão, embora não

necessária, é realmente impressionante! É também dito que o Messias “fará

firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar

o sacrifício” (Dn 9.26–27). Ao fim desses três anos e meio, Jesus deu a Sua

vida em uma Cruz. Sabemos que Jesus estabeleceu a Nova Aliança por meio

do seu sangue derramado na cruz. Ele disse: “Este é o cálice da nova aliança

no Meu sangue” (1Co 11:24-25). Com sua morte, Jesus tornou-se o Cordeiro

de Deus que tira o pecado do mundo, pondo assim fim ao sacrifício e as

ofertas de manjares, que eram sombras da realidade que nele encontram

plena realização (Hb 8 e 9).

Três anos e meio após a morte de Cristo, tivemos a morte do primeiro

mártir cristão, Estevão (At 7:59-60). Lucas fez questão de registrar que o

próprio sumo sacerdote estave presente, liderando o grupo de religiosos

judeus que rejeitou o Evangelho de Cristo pregado por Estevão e o

condenou a morte (At 7:1). A morte de Estevão é um verdadeiro marco,

pois, a partir daí, temos a conversão de Saulo que será levantado como

Apóstolo aos Gentios (At 9:1-6; 26:15-18). Na sequência, Deus desperta

Pedro para a evangelização dos gentios! (At 10). As setenta semanas de favor

de Deus para com Israel encerraram-se aí. “Então, Paulo e Barnabé, falando

ousadamente, disseram: Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse

pregada a palavra de Deus; mas, posto que a rejeitais e a vós mesmos vos

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9 julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos volvemos para os gentios. 47

Porque o Senhor assim no-lo determinou: Eu te constituí para luz dos

gentios, a fim de que sejas para salvação até aos confins da terra. (At 13.46–

47). Jesus afirmou que após a Destruição de Jerusalém, a cidade seria pisada

pelos gentios até que o tempo deles se completasse (Lc 21.24). Tempo da

missão da Igreja que é a de fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.18-20).

Repare que a profecia de Zacarias também fala do Messias que entraria em

Jerusalém, seria ferido e abandonado, mostrando, na sequência, um novo

juízo de Deus contra a cidade de Jerusalém. Portanto, ambos descrevem o

mesmo cenário futuro. Um texto lança luz sobre o outro texto. E mais luz

ainda teremos ao examinarmos como Jesus e seus Apóstolos interpretaram

tais profecias.

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10

O Novo Testamento interpretando as profecias

de Zacarias

Importante notar como as profecias de Zacarias são interpretadas no Novo

Testamento. Sua profecia aborda temas importantes como a vinda do

Messias (Zc 9.9 cp. Jo 12.15), o sangue da Aliança (Zc 9.11 cp. Mt 26.27 e

1Co 11.25), que o Messias seria vendido por 30 moedas de prata (Zc 11.12-

13 cp. Mt 27.9-10), que seria ferido e abandonado (Zc 13.7; cp. Mc 14.27), o

que desencadearia novo terrível juízo sobre o povo judeu e a cidade de

Jerusalém que seria novamente destruída (Zc 14.1–2; cp. Lucas 21.20–24 e

Mc 13.14-20), descreve o livramento dado aos fiéis do seu povo (Zc 14.5; cp

Lc 21.20.24), revela o juízo final contra as nações impenitentes que se

levantam contra o povo de Deus (Zc 14.12; cp. Ap 19:15-18), e fala também

da restauração de Jerusalém e da plenitude de vida, paz e segurança do Reino

de Deus (Zc 14.8 cp. Jo 7.38 e Ap 22.1; Zc 14.9 cp. Ap 11.15; Zc 14.10 cp.

Ap 21.1-3; Zc 14.11 cp. Ap 21.10-11 e 22.3; Zc 14.12; Zc 14.16 cp Ap 21.24-

26).

Segue tabela que descreve como o Novo Testamento interpretou as

profecias de Zacarias com a esperança de que isto lhe a ajude a interpretar

adequadamente tais profecias, em especial, o último capítulo do livro.

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Profecias de Zacarias interpretadas no

Novo Testamento

Zacarias 8.23

Assim diz o Senhor dos Exércitos:

Naquele dia, sucederá que pegarão

dez homens, de todas as línguas das

nações, pegarão, sim, na orla da

veste de um judeu e lhe dirão:

Iremos convosco, porque temos

ouvido que Deus está convosco. RA

1Coríntios 14.25

tornam-se-lhe manifestos os

segredos do coração, e, assim,

prostrando-se com a face em terra,

adorará a Deus, testemunhando que

Deus está, de fato, no meio de vós.

RA

Zacarias 9.9

Alegra-te muito, ó filha de Sião;

exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te

vem o teu Rei, justo e salvador,

humilde, montado em jumento,

num jumentinho, cria de jumenta.

RA

João 12.15

Não temas, filha de Sião, eis que o

teu Rei aí vem, montado em um filho

de jumenta. RA

Zacarias 9.11

Quanto a ti, Sião, por causa do

sangue da tua aliança, tirei os teus

1Coríntios 11.25

Por semelhante modo, depois de

haver ceado, tomou também o

cálice, dizendo: Este cálice é a nova

aliança no meu sangue; fazei isto,

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cativos da cova em que não havia

água. RA

todas as vezes que o beberdes, em

memória de mim. RA

Zacarias 11.12–13

Eu lhes disse: se vos parece bem,

dai-me o meu salário; e, se não,

deixai-o. Pesaram, pois, por meu

salário trinta moedas de prata. 13

Então, o Senhor me disse: Arroja

isso ao oleiro, esse magnífico preço

em que fui avaliado por eles. Tomei

as trinta moedas de prata e as

arrojei ao oleiro, na Casa do Senhor.

RA

Mateus 27.9–10

Então, se cumpriu o que foi dito por

intermédio do profeta Jeremias:

Tomaram as trinta moedas de prata,

preço em que foi estimado aquele a

quem alguns dos filhos de Israel

avaliaram; 10 e as deram pelo

campo do oleiro, assim como me

ordenou o Senhor.

Zacarias 12.3

Naquele dia, farei de Jerusalém uma

pedra pesada para todos os povos;

todos os que a erguerem se ferirão

gravemente; e, contra ela, se

ajuntarão todas as nações da terra.

RA

Apocalipse 11.2

mas deixa de parte o átrio exterior

do santuário e não o meças, porque

foi ele dado aos gentios; estes, por

quarenta e dois meses, calcarão aos

pés a cidade santa. RA

Zacarias 12.10

E sobre a casa de Davi e sobre os

habitantes de Jerusalém derramarei

o espírito da graça e de súplicas;

olharão para aquele a quem

traspassaram; pranteá-lo-ão como

quem pranteia por um unigênito e

chorarão por ele como se chora

amargamente pelo primogênito. RA

João 19.37

E outra vez diz a Escritura: Eles verão

aquele a quem traspassaram. RA

Lucas 23:27

Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres, as quais o pranteavam e lamentavam.

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Apocalipse 1.7

Eis que vem com as nuvens, e todo

olho o verá, até quantos o

traspassaram. E todas as tribos da

terra se lamentarão sobre ele.

Certamente. Amém! RA

Zacarias 13.7

Desperta, ó espada, contra o meu

pastor e contra o homem que é o

meu companheiro, diz o Senhor dos

Exércitos; fere o pastor, e as ovelhas

ficarão dispersas; mas volverei a

mão para os pequeninos. RA

Marcos 14.27

Então, lhes disse Jesus: Todos vós

vos escandalizareis, porque está

escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas

ficarão dispersas. RA

Zacarias 14.1–2

Eis que vem o Dia do SENHOR, em

que os teus despojos se repartirão

no meio de ti. 2 Porque eu ajuntarei

todas as nações para a peleja contra

Jerusalém; e a cidade será tomada,

e as casas serão saqueadas, e as

mulheres, forçadas; metade da

cidade sairá para o cativeiro, mas o

restante do povo não será expulso

da cidade.

Lucas 21.20–24

20 Quando, porém, virdes

Jerusalém sitiada de exércitos, sabei

que está próxima a sua devastação.

21 Então, os que estiverem na

Judeia, fujam para os montes; os que

se encontrarem dentro da cidade,

retirem-se; e os que estiverem nos

campos, não entrem nela. 22 Porque

estes dias são de vingança, para se

cumprir tudo o que está escrito.

23 Ai das que estiverem grávidas e

das que amamentarem naqueles

dias! Porque haverá grande aflição

na terra e ira contra este povo.

24 Cairão a fio de espada e serão

levados cativos para todas as

nações; e, até que os tempos dos

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gentios se completem, Jerusalém

será pisada por eles.

Mc 13.14–20

Quando, pois, virdes o abominável

da desolação situado onde não deve

estar (quem lê entenda), então, os

que estiverem na Judeia fujam para

os montes; 15 quem estiver em

cima, no eirado, não desça nem

entre para tirar da sua casa alguma

coisa; 16 e o que estiver no campo

não volte atrás para buscar a sua

capa. 17 Ai das que estiverem

grávidas e das que amamentarem

naqueles dias! 18 Orai para que isso

não suceda no inverno. 19 Porque

aqueles dias serão de tamanha

tribulação como nunca houve desde

o princípio do mundo, que Deus

criou, até agora e nunca jamais

haverá. 20 Não tivesse o Senhor

abreviado aqueles dias, e ninguém

se salvaria; mas, por causa dos

eleitos que ele escolheu, abreviou

tais dias.

Zacarias 14.5

Fugireis pelo vale dos meus

montes, porque o vale dos montes

chegará até Azal; sim, fugireis como

fugistes do terremoto nos dias de

Lucas 21.20–24

20 Quando, porém, virdes Jerusalém

sitiada de exércitos, sabei que está

próxima a sua devastação. 21 Então,

os que estiverem na Judeia, fujam

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15

Uzias, rei de Judá; então, virá o

Senhor, meu Deus, e todos os

santos, com ele. RA

para os montes; os que se

encontrarem dentro da cidade,

retirem-se; e os que estiverem nos

campos, não entrem nela. 22 Porque

estes dias são de vingança, para se

cumprir tudo o que está escrito.

23 Ai das que estiverem grávidas e

das que amamentarem naqueles

dias! Porque haverá grande aflição

na terra e ira contra este povo.

24 Cairão a fio de espada e serão

levados cativos para todas as

nações; e, até que os tempos dos

gentios se completem, Jerusalém

será pisada por eles.

Zacarias 14.7

Mas será um dia singular conhecido

do Senhor; não será nem dia nem

noite, mas haverá luz à tarde. RA

Apocalipse 21.25

As suas portas nunca jamais se

fecharão de dia, porque, nela, não

haverá noite. RA

Apocalipse 22.5

Então, já não haverá noite, nem

precisam eles de luz de candeia, nem

da luz do sol, porque o Senhor Deus

brilhará sobre eles, e reinarão pelos

séculos dos séculos. RA

Zacarias 14.8 João 7.38

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16

Naquele dia, também sucederá que

correrão de Jerusalém águas vivas,

metade delas para o mar oriental, e

a outra metade, até ao mar

ocidental; no verão e no inverno,

sucederá isto. RA

Quem crer em mim, como diz a

Escritura, do seu interior fluirão rios

de água viva. RA

Apocalipse 22.1

Então, me mostrou o rio da água da

vida, brilhante como cristal, que sai

do trono de Deus e do Cordeiro. RA

Zacarias 14.9

O Senhor será Rei sobre toda a

terra; naquele dia, um só será o

Senhor, e um só será o seu nome.

RA

Apocalipse 11.15

O sétimo anjo tocou a trombeta, e

houve no céu grandes vozes,

dizendo: O reino do mundo se

tornou de nosso Senhor e do seu

Cristo, e ele reinará pelos séculos

dos séculos. RA

Zacarias 14.11

Habitarão nela, e já não haverá

maldição, e Jerusalém habitará

segura. RA

Apocalipse 22.3

Nunca mais haverá qualquer

maldição. Nela, estará o trono de

Deus e do Cordeiro. Os seus servos o

servirão, RA

Zacarias 14.10

Toda a terra se tornará como a

planície de Geba a Rimom, ao sul de

Jerusalém; esta será exaltada e

habitada no seu lugar, desde a Porta

Ap 21.1–3

Vi novo céu e nova terra, pois o

primeiro céu e a primeira terra

passaram, e o mar já não existe. 2 Vi

também a cidade santa, a nova

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17

de Benjamim até ao lugar da

primeira porta, até à Porta da

Esquina e desde a Torre de Hananel

até aos lagares do rei. 11 Habitarão

nela, e já não haverá maldição, e

Jerusalém habitará segura.

Jerusalém, que descia do céu, da

parte de Deus, ataviada como noiva

adornada para o seu esposo.

3 Então, ouvi grande voz vinda do

trono, dizendo: Eis o tabernáculo de

Deus com os homens. Deus habitará

com eles. Eles serão povos de Deus,

e Deus mesmo estará com eles.

Ap 21.10–11

“... e me transportou, em espírito,

até a uma grande e elevada

montanha e me mostrou a santa

cidade, Jerusalém, que descia do

céu, da parte de Deus, a qual tem a

glória de Deus. O seu fulgor era

semelhante a uma pedra

preciosíssima, como pedra de jaspe

cristalina.

Zacarias 14.12

Esta será a praga com que o

SENHOR ferirá a todos os povos que

guerrearem contra Jerusalém:

Apocalipse 19:15-18

Sai da sua boca uma espada afiada,

para com ela ferir as nações; e ele

mesmo as regerá com cetro de ferro

e, pessoalmente, pisa o lagar do

vinho do furor da ira do Deus Todo-

Poderoso. Tem no seu manto e na

sua coxa um nome inscrito: REI DOS

REIS E SENHOR DOS SENHORES.

Então, vi um anjo posto em pé no

sol, e clamou com grande voz,

falando a todas as aves que voam

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18

pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos

para a grande ceia de Deus, para que

comais carnes de reis, carnes de

comandantes, carnes de poderosos,

carnes de cavalos e seus cavaleiros,

carnes de todos, quer livres, quer

escravos, tanto pequenos como

grandes.

Zacarias 14.16

Todos os que restarem de todas as

nações que vieram contra

Jerusalém subirão de ano em ano

para adorar o Rei, o SENHOR dos

Exércitos, e para celebrar a Festa

dos Tabernáculos.

Apocalipse 21.24–26

As nações andarão mediante a sua

luz, e os reis da terra lhe trazem a

sua glória. 25 As suas portas nunca

jamais se fecharão de dia, porque,

nela, não haverá noite. 26 E lhe

trarão a glória e a honra das nações.

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19

O perigo do literalismo

É preciso reconhecer que a linguagem profética está repleta de figuras de

linguagem, pois Deus falou aos profetas através de sonhos, visões, palavras

obscuras e enigmáticas (Nm 12.6-8 e Os 12.10). Jesus profetizou a destruição

do templo de Jerusalém, mas jamais profetizou sua restauração em termos

literais. Não existe também nenhum texto no Novo Testamento que fale da

reconstrução do templo destruído em 70 d.C.

Boa parte das profecias do Antigo Testamento que dizem respeito a

restauração de Israel se cumpriram com o retorno do cativeiro babilônico

que possibilitou a reconstrução da cidade, seus muros e do templo. Outras

se cumpriram no remanescente fiel de Israel que é a Igreja como podemos

observar em Atos 15.14-18, quando Tiago afirmou que a profecia de Amós

9.11-12 cumpriu-se em Cristo que restaurou o Tabernáculo caído de Davi

para que todos, não apenas judeus, mas também os gentios de todos os

povos, pudessem buscar ao Senhor, tornando-se também parte do povo de

Deus que é a Igreja. Portanto, tal profecia não se cumpriu literalmente, pois

o reino não foi literalmente restaurado como nos dias de Davi, mas, sim,

espiritualmente, em Cristo. Veja a interpretação de Tiago: “... expôs Simão

como Deus, primeiramente, visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles

um povo para o seu nome. 15 Conferem com isto as palavras dos profetas,

como está escrito: Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o

tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei. Para

que os demais homens busquem o Senhor, e também todos os gentios sobre

os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas

conhecidas desde séculos.” (At 15.14-18).

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Uma interpretação literal de Zacarias 14 tem levado muitos ao absurdo de

concluírem que, em um reino milenar, o sacerdócio levítico será restaurado

e retornaremos a prática de sacrifícios de animais no templo que precisará

ser mais uma vez reconstruído em Jerusalém, e que os povos virão

anualmente a Jerusalém para a celebração da festa judaica dos Tabernáculos

nos moldes do Antigo Testamento.

Os dispensacionalistas fazem questão de ignorar o fato de que o Templo

se revestiu de um novo significado no Novo Testamento, tornando-se um

tipo de Cristo e de sua Igreja, encontrando aí seu último e definitivo

significado e cumprimento (Ef 2:19-22; 1Co 3.16). O termo templo aparece

12 vezes no livro de Apocalipse e, em cada uma das ocorrências, está se

referindo ao templo celestial ou ao Senhor Deus mesmo. “Nela, não vi

santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o

Cordeiro” (Ap 21:22). Deus não habita em templos construídos por mãos

humanas (At 7.48; 17.24). O tabernáculo ou o templo do Antigo Testamento

eram sombra da realidade que se manifestou em Cristo e na sua Igreja (Hb

9.9-10.14). Com a chegada do verdadeiro templo, não há lugar mais para

templos construídos por mãos humanas.

Assim como a glória do Senhor encheu o tabernáculo e o templo no Antigo

Testamento (Ex 40:34; 1Rs 8.10), a partir de Pentecoste, a Igreja, o Corpo

de Cristo, foi cheia do Espírito Santo de Deus! “Porque nós somos santuário

do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei

o seu Deus, e eles serão o meu povo. (2Co 6.16).

Jesus fez um sacrifício eficaz, pleno, uma vez por todas, não havendo,

portanto, mais lugar para os cerimoniais e sacrifícios judaicos que haviam

sido instituídos como sombras da realidade que se cumpriu em Cristo (Hb

9:9, 23, 24; 10:1-3, 11). Portanto, não há mais cabimento para o retorno a

práticas dos sacrifícios do templo.

Em João 4.21–23, falando à mulher samaritana, Jesus anunciou a chegada do

tempo em que a verdadeira adoração não estaria mais confinada ao templo

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21 de Jerusalém, mas que se tornaria descentralizada e universal, realizada em

espírito e em verdade.

Os dispensacionalistas em sua insistência em enxergar dois povos de Deus,

Israel e Igreja, e com sua crença na existência de dois propósitos e planos

distintos para cada um destes povos, acabam promovendo a revitalização no

seio evangélico das sombras do Antigo Testamento que já foram plenamente

superadas pela substância no Novo Testamento. Entretanto, Deus não tem

dois povos, mas somente um. O Novo Testamento vê as profecias do Antigo

Testamento encontrando seu cumprimento em Cristo e em sua Igreja. A

Igreja Cristã foi edificada sobre o fundamento dos profetas e dos apóstolos

judeus (Ef 2.14-16). Ela não constitui um segundo povo de Deus. Deus tem

apenas um povo (Jo 10.16; Ef 2.14-16). Os gentios crentes foram enxertados

na mesma “oliveira”, tomando parte na mesma raiz e tronco do hebreu

Abraão (Rm 11.16-18). Não existe um plano de salvação distinto para Israel.

Pois Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2.11). A esperança futura para

Israel é aceitar o Cristo, sendo novamente reconduzido a mesma e única

Árvore, a oliveira, o Corpo de Cristo, que é a Igreja, da qual fazem parte

judeus e gentios crentes, não havendo mais lugar para distinções e divisões,

pois, em Cristo foi derrubada a parede de separação que existia entre judeus

e gentios.

Portanto, os cristãos que defendem a necessidade da reconstrução do

templo estão regredindo ao sistema sacrificial do período pré-cristão. Sistema

este que foi anulado, tornando-se obsoleto, por ter sido substituído e

superado pelo sacrifício definitivo de Cristo na Cruz. Pois, o sacrifício do

verdadeiro Cordeiro de Deus não permite mais lugar para outros sacrifícios.

O retorno à prática destes sacrifícios em um templo construído por mãos

humanas, ainda que em caráter de celebração simbólica, é algo descabido que

revela um descaso para com o sacrifício supremo realizado por Cristo na

cruz.

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22

O caráter condicional de

muitas profecias

Além disto, muitas profecias foram dadas em caráter condicional: “E se o

meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a

minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e

perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2Cr 7.14). “Porque assim

diz o SENHOR Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em

sossegardes, está a vossa salvação; na tranquilidade e na confiança, a vossa

força, mas não o quisestes.” (Is 30.15). Jerusalém, Jerusalém, que matas os

profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir

os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e

vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta.” (Mt 23.37–38).

Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 12 Mas, a todos quantos

o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos

que creem no seu nome” (Jo 1.11–12). “Assim como também diz em Oseias:

Chamarei povo meu ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada;

e no lugar em que se lhes disse: Vós não sois meu povo, ali mesmo serão

chamados filhos do Deus vivo. Mas, relativamente a Israel, dele clama Isaías:

Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o

remanescente é que será salvo. Porque o Senhor cumprirá a sua palavra sobre

a terra, cabalmente e em breve; como Isaías já disse: Se o Senhor dos

Exércitos não nos tivesse deixado descendência, ter-nos-íamos tornado

como Sodoma e semelhantes a Gomorra.” (Rm 9.25–29). “E Isaías a mais

se atreve e diz: Fui achado pelos que não me procuravam, revelei-me aos que

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23 não perguntavam por mim. Quanto a Israel, porém, diz: Todo o dia

estendi as mãos a um povo rebelde e contradizente. (Rm 10.20–21).

“Não foi por intermédio da lei que a Abraão ou a sua descendência coube

a promessa de ser herdeiro do mundo, e sim mediante a justiça da fé. Pois,

se os da lei é que são os herdeiros, anula-se a fé e cancela-se a promessa,

porque a lei suscita a ira; mas onde não há lei, também não há transgressão.

Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de

que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está

no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão, porque Abraão

é pai de todos nós, como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí.

(Rm 4.13–17).

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Zacarias 14 e a queda de Jerusalém

O exército do Império Romano, que englobava inúmeras nações, cercaram

e, por fim, destruíram a cidade de Jerusalém e profanaram e destruíram o

templo em 67-70 d.C. conforme profetizou Zacarias 14.1-2. A angústia e

desolação de Jerusalém foi a maior de toda a sua história. Sua destruição foi

tal que os soldados puderam tranquilamente dividir os despojos no meio da

cidade. Os judeus que não foram mortos, acabaram sendo levados cativos.

Jerusalém passou a ser pisada pelos gentios que repartiram os despojos no

meio da cidade destruída. Veja como Jesus interpretou Zacarias 14 e as

Setenta Semanas de Daniel e como tudo isto se cumpriu naquela mesma

geração (70 d.C.) conforme ele mesmo profetizou: "Quando, porém, virdes

Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação.

Então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes; os que se

encontrarem dentro da cidade, retirem-se; e os que estiverem nos campos,

não entrem nela. Porque estes dias são de vingança, para se cumprir tudo o

que está escrito. Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem

naqueles dias! Porque haverá grande aflição na terra e ira contra este povo.

Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que

os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles." (Lc

21.20–24). Impressionante!

Algumas observações importantes nesta fala de Jesus que também está

registrada em Mateus 24 e Marcos 13:

1. A frase “para se cumprir tudo o que está escrito” indica que

não foram poucas as profecias a respeito de uma nova destruição de

Jerusalém além daquela ocorrida em 586 a.C. A quais profecias Jesus

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25 está se referindo? Não estariam entre elas Zacarias 14 e Daniel 9?

Obviamente que sim, pois tratam daquele que viria a ser o Dia do

Senhor contra Israel que rejeitou o Messias, o maior Juízo de Deus

contra a cidade de Jerusalém em toda a sua história (Dn 9.26; Mt

22.1-10; 24:3,21-35; Zc 14.1-2; Mc 13.19; Lc 19:11-27,41-44; 21.22-

24), Jerusalém sofreria tamanho castigo por conta de terem rejeitado

e assassinado do Ungido (Dn 9.26; Zc 13.7-9; Mt 22.6-7; 23.34-39;

24.1-2). Jesus é o melhor intérprete da profecia de Zacarias, Daniel e

de todos os demais profetas do Antigo Testamento!

2. Jesus deixou claro que a destruição do templo e da cidade de

Jerusalém ocorreria naquela mesma geração: “todas estas coisas hão

de vir sobre a presente geração “(Mt 23.36; cf. Mt 24.34; Mc 13.30;

Lc 21.32). O que acabou realmente acontecendo no ano 70 d.C.

Confirmando que o evento decorrente da Morte do Ungido é a

destruição de Jerusalém, tudo acontecendo naquela mesma geração!

Como você acha que os discípulos de Jesus interpretaram estas suas

palavras quando viram os exércitos romanos se aproximando da

cidade? Certamente que os cristãos que temem o Senhor, deram

ouvidos as suas advertências e fugiram da cidade para escapar

daquela grande tribulação. E como foi que eles interpretaram

Zacarias 14, Daniel 9, Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21 quando

receberam a notícia de tudo o que se passou Jerusalém? Os

moradores de Jerusalém sofreram as maiores barbaridades, durante

os anos de cerco, a fome foi tanta que chegaram ao ponto de

sacrificarem infantes para canibalismo, “ai das grávidas e das que

amamentam”. Quando o exército romano invadiu a cidade, a

carnificina foi tremenda. O General Tito profanou o templo antes de

destruí-lo totalmente, não deixando pedra sobre pedra. A cidade foi

queimada e os sobreviventes levados cativos. A página mais triste de

toda a história de Jerusalém conforme profetizou o Senhor Jesus

Cristo e também profetizaram os profetas do Antigo Testamento.

3. O discurso de Jesus em Lucas revela com maior clareza que,

depois de destruída, os judeus seriam levados cativos para todas as

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26 nações e a cidade de Jerusalém seria pisada pelos gentios até que a

plenitude de salvação dos gentios se completasse (Lc 21.24). Então,

esta grande tribulação e devastação de Jerusalém não termina com a

Segunda Vinda de Cristo e o milênio, pois Jesus disse que os judeus

seriam levados cativos e que Jerusalém seria pisada pelos gentios até

a plenitude deles fosse alcançada, o que sugere um longo período

posterior antes do fim. Interessante observar que Jerusalém foi

realmente dominada por gentios até recentemente. Muito embora

seja sendo ainda sendo motivo de muita disputa, em 1948, Israel foi

reconhecida como nação. Sinal dos tempos!

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Deus promete livramento para o seu povo

Neste juízo contra Jerusalém, Deus lutou por seu verdadeiro povo,

promovendo escape para o remanescente fiel de Israel que recebeu a Jesus

como Messias (Zc 14.3-4). O Senhor peleja por seu verdadeiro Israel (Js

10.14). Numa linguagem figurada, “o Senhor está para sair do seu lugar, e

descerá, e andará sobre as alturas da terra. E os montes debaixo dele se

derreterão, e os vales se fenderão, como a cera diante do fogo, como as águas

que se precipitam num abismo”. (Mq 1:3-4). “Descias, e os montes tremiam

à tua presença”. (Is 64-3). "Os montes te veem e se contorcem” (Hc 3.10).

Com a fenda do Monte das Oliveiras criou-se um vale que serviu de escape

para aqueles que realmente pertencem a Deus: "Fugireis pelo vale dos meus

montes" (Zc 14.5). Jesus advertiu seus discípulos: "os que estiverem na

Judeia fujam para os montes” (Mt 24.16). Eles realmente puderam escapar

quando viram os exércitos romanos se aproximando de Jerusalém!

As montanhas ao redor de Jerusalém e os seus muros representavam

separação entre judeus e gentios. O Monte partido e a queda do muro,

representam também a queda do muro de separação entre judeus e gentios

(Ef 2). Ao fugirem de Jerusalém, os judeus cristãos vão a outras partes do

mundo espalhando as Boas Novas do Evangelho como parte do Rio de Deus

que sai do Verdadeiro Templo que é o nosso Senhor Jesus Cristo, como

águas vivas correndo de Jerusalém para irrigar o mundo inteiro (Ez 47; Jo

7.38). Como disse Zacarias: ““correrão de Jerusalém águas vivas, metade

delas para o mar oriental, e a outra metade, até ao mar ocidental; no verão e

no inverno, sucederá isto. O SENHOR será Rei sobre toda a terra; naquele

dia, um só será o SENHOR, e um só será o seu nome.” (Zc 14.8–9). A

destruição do templo acabou contribuindo também para caracterizar a

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28 chegada do novo tempo em que a adoração Deus passa a ser

descentralizada, acontecendo onde quer que dois ou mais estejam reunidos

em nome de Jesus para adorar a Deus em espírito e em verdade.

Interpretar Zacarias 14.4-5 como uma referência a Segunda Vinda de

Cristo é complicado porque não faria sentido que os que são de Deus

tivessem que fugir exatamente quando Cristo vem para salvá-los. Além do

mais, sabemos que a Segunda Vinda de Cristo marcará o fim de qualquer

espécie de conflito e temor para o seu povo. Com o sopro de sua boca, Jesus

destruirá o iníquo. Quando Jesus retornar, seu povo não terá o que temer.

Aquele não será o dia de nossa fuga, mas do nosso encontro com Ele!

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“Toda terra se tornará como a planície de Geba a Rimom”. (Zc 14.10)

Tais transformações topográficas apontam para reformas morais que vão

se ampliando a medida que o Evangelho do Reino se expande pelo mundo,

difundindo seus valores. Linguagem semelhante a que vemos em Isaías 40.3-

4: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR;

endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo vale será aterrado, e nivelados,

todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares

escabrosos, aplanados.” Sabemos que esta profecia se cumpriu de modo

figurado no ministério de João Batista. Portanto, profecias assim não

requerem um cumprimento literal, pois usam figuras de linguagem, algo

muito típico da literatura profética e também da apocalíptica.

Juízo contra as nações

Roma, como a Assíria, serviu como a "vara da ira de Deus” (Is 10:5). Como

aconteceu no tempo oportuno tanto com a Assíria quanto com a Babilônia,

o juízo de Deus virá também contra o Império Romano. Interessante notar

que neste período da destruição de Jerusalém, inicia-se também o processo

de decadência do Império Romano que irá sucumbir, enquanto o

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30 Cristianismo irá crescer e se tornar a maior religião e influência sobre a

face da terra.

As maldições para os que violam a aliança são pronunciadas sobre os

inimigos do povo de Deus (Zc 14. 12-15; cf. Dt 28:15-68; Lv 26:14-26). É

importante observar a semelhança que há aqui (Zc 14. 12-15) com a

linguagem de juízo pronunciada contra a Assíria: “Então, a Assíria cairá pela

espada, não de homem; a espada, não de homem, a devorará; fugirá diante

da espada, e os seus jovens serão sujeitos a trabalhos forçados. De medo não

atinará com a sua rocha de refúgio; os seus príncipes, espavoridos, desertarão

a bandeira, diz o SENHOR, cujo fogo está em Sião e cuja fornalha, em

Jerusalém.” (Is 31.8–9).

“Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos

debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte.” (1Co 15.25–

26). Portanto, este reinado de Cristo mencionado por Paulo só pode ser

aquele que se dá na era da Igreja, antes da Segunda Vinda, pois é por ocasião

da Segunda Vinda que a morte será tragada pela vitória! (1Co15.54). Sabemos

também que, por fim, Jesus julgará as nações (Mt 25.31-32). “Aleluia! A

salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus, porquanto verdadeiros e

justos são os seus juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra

com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.”

(Ap 19.1–2; ver também Ap 19.15-21).

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A festa dos Tabernáculos – Festa da Colheita! –

A menção a Festa dos Tabernáculos não é para ser entendida como uma

restauração literal da festa nos moldes do Antigo Testamento. A profecia

descreve as bênçãos espirituais futuras em termos próprios de sua

religiosidade e cultura. Os convertidos das nações experimentarão a

redenção e virão com alegria para adorar o redentor (Zc 14:16-19, cp. Ap

21.24-26).

Devemos lembrar que se trata de uma das 3 grandes festas de Israel. A

última das 7 Festas do Pentateuco. Os judeus construíram tendas para

celebrar a Deus que os redimiu da escravidão do Egito (Lv 23:39-43). É

exatamente aquela que celebra a plenitude da colheita! (Ex 23.16; Dt 16:13-

15). Os Campos brancos para a ceifa! (Jo 4:35-38) E, de alguma maneira,

Jesus relaciona a Queda de Jerusalém com a plenitude dos gentios (Lc 21.24).

A Festa dos Tabernáculos celebra a plenitude dos salvos e a vida eterna!

Um paralelo pode ser traçado entre as três grandes festas judaicas e o

cristianismo de modo que a Páscoa diz respeito à redenção em Cristo,

Pentecostes ao penhor do Espírito, os primeiros frutos do Reino, por fim, a

Festa dos Tabernáculos celebra a plenitude da colheita. O sacrifício de Cristo

não foi em vão! Aquele que plantou com lágrimas, retornará com alegria

carregando os seus feixes (Sl 126). A vida abundante que temos em Cristo

(Jo 10.10). "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem

abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em

Cristo" (Ef 1.3). Celebramos a Jesus como a nossa fonte inesgotável de água

da vida que nos faz saltar para a vida eterna! (Jo 4.13). Referindo-se a Zacarias

14 e a Ezequiel 47, ao participar da Festa dos Tabernáculos, foi que Jesus fez

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32 o seguinte convite: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer

em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.” (Jo

7.37–38). João acrescenta que isto se referia ao Espírito Santo que seria

derramado sobre os discípulos! (Jo.7.29). Através do Cordeiro da Páscoa e

do Espírito derramado a partir do Pentecostes, podemos desfrutar da nova

e abundante vida em Cristo agora e para todo o sempre!

No entanto, os que não se converterem a Cristo serão privados das

bênçãos do Reino (Zc 14.17-19). Como, por exemplo, da chuva que é

símbolo do favor de Deus (Ho 6:3).

A profecia aponta para o dia em que Jesus “será Rei sobre toda a terra;

naquele dia, um só será o Senhor, e um só será o seu nome” (Zc 14.9). De

modo que tudo será consagrado a ele, até as coisas mais comuns como as

campainhas dos cavalos receberão a inscrição que até então era colocada

apenas na mitra do sumo sacerdote, a saber: "Santidade para o Senhor (Zc

14.20; cp. Ex 28:36), assim como todas as panelas das casas serão também

consideradas santas e consagradas a Deus (Zc 14.21). E “já não haverá

maldição” (Zc 14.11) e nem mercadores na Casa de Deus (Zc 14.21). As

maldições para os que violam a aliança são pronunciadas sobre os inimigos

do povo de Deus (Zc 14. 12-15; cf. Dt 28:15-68; Lv 26:14-26). Nenhuma

condenação há para os que estão em Cristo Jesus! (Rm 8.1). Desfrutarão de

abundância, paz e segurança! (Zc 14.11,14).

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Conclusão

Devemos reconhecer o contexto em que as profecias foram proferidas e

as características peculiares da linguagem profética. Precisamos também

deixar que a Bíblia interprete a própria Bíblia, levando seriamente em

consideração as intepretações que Cristo e seus Apóstolos deram as profecias

do Antigo Testamento. Como dissemos a princípio, o ensino de que será

restaurado o sacerdócio levítico para celebração sacrifícios de animais no

templo na época do Milênio é um contrassenso, um injustificável retrocesso,

que ofende a cruz de Cristo. O futuro deve ser encarado como a consumação

da realidade e não como um retorno as sombras do passado. Em Cristo e

sua Igreja, já nesta era e ainda mais plenamente na Nova Jerusalém, é que se

cumprem as profecias que dizem respeito a restauração de Jerusalém e do

reino de Israel. A própria promessa de uma terra prometida será cumprida

na Nova Jerusalém como disseram Paulo e o autor de Hebreus (Rm 4:13;

Hb 11:9-10).

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Obras importantes para pesquisa

A Segunda Vinda de Cristo: Sem Ficção, Sem Fantasia!

Compilação de César Francisco Raymundo, 172 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista007.htm

A Ressurreição de Jesus Cristo

– é Ficção ou Fato Histórico Irrefutável? –

César Francisco Raymundo, 35 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista011.htm

A Escatologia pode ser Verde?

Rev. Dr. Ernest C. Lucas, 29 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista013.htm

A Grande Tribulação

David Chilton, 148 páginas.

Link:

www.revistacrista.org/literatura_A%20Grande%20Tribulacao_David_Chilton.htm

A Verdade sobre o Preterismo Parcial

César Francisco Raymundo, 77 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista015.htm

A Ilusão Pré-Milenista

- O Quiliasmo analisado à luz das Escrituras -

Brian Schwertley, 76 páginas.

Link:

Comentário Preterista sobre o Apocalipse

– Volume Único –

César Francisco Raymundo, 533 páginas.

Link:

www.revistacrista.org/literatura_Comentario_Preterista_sobre_o_Apocalipse_Volume_Unico.html

Cristo Desceu ao Inferno?

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36 Heber Carlos de Campos, 46 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista016.htm

Crítica do Preterismo Completo

Philip G. Kaiser, 27 páginas. Link:

www.revistacrista.org/literatura_Critica%20do%20Preterismo%20Completo.htm

Dicionário Michaelis

http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/

Heresias do Preterismo Completo

César Francisco Raymundo, 56 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista014.htm

Dispensacionalismo

Desmascarando o Dogma Dispensacionalista

Hank Hanegraaff, 49 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista020.htm

Uma Refutação Bíblica ao Dispensacionalismo

Arthur W. Pink, 42 páginas.

Link:

www.revistacrista.org/literatura_Dispensacionalismo_Arthur_Pink.htm

Dispensacionalismo (Lista de Passagens da Escritura)

Nathan Pitchford, 29 páginas.

Link:

www.revistacrista.org/literatura_Dispensacionalismo_Lista%20de%20Passagem.htm

JESUS – A Chave Hermenêutica das Escrituras

Eric Brito Cunha, 46 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Jesus_a_Chave_Hermeneutica.htm

Léxico do Grego do Novo Testamento

Edward Robinson, 1014 páginas.

Tradução: Paulo Sérgio Gomes.

Edição em língua portuguesa © 2012

por Casa Publicadora das Assembleias de Deus.

Todos os direitos reservados.

Mateus 24 e a Vinda de Cristo

Page 37: A interpretaçãorevistacrista.org/Literaturas/A_interpretacao_da_profecia_de_Zacaria… · por: 2. Sessenta e duas semanas (62x7=434 anos); seguida do terceiro e último período:

37 César Francisco Raymundo, 110 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista023.html

Mateus 25 e o grande Julgamento

César Francisco Raymundo, 30 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista024.html

O Padrão Éden

Jair de Almeida, 31 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista022.html

O Universo em Colapso na Bíblia

– eventos literais ou metáfora poderosa?

Brian Godawa, 29 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista017.htm

Pós-Milenarismo PARA LEIGOS

Kenneth L. Gentry Jr., 92 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_pos_milenarismo_para_leigos.htm

Predições de Cristo

Hermes C. Fernandes

Link: www.revistacrista.org/Revista_Dezembro_de_2011.htm

Refutando o Preterismo Completo

César Francisco Raymundo, 112 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista010.htm

Sem Arrebatamento Secreto

– Um guia otimista para o fim do mundo –

Jonathan Welton, 223 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Sem%20Arrebatamento%20Secreto.htm

70 Semanas de Daniel

Kenneth L. Gentry, Jr., 35 páginas.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista012.htm


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