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ANO
4 N
O 30
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CHÂTEAU SMITH HAUT LAFITTE | HESTON BLUMENTHAL | BMW | JÉROME DREYFUSS JOANA D’ARC
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MonterreySanto Domingo
Panama Montevideo
Punta del Este Asuncion Angola
60 lojas Brasil
Alameda Rio Negro 1030 Loja 1 Ed Stadium Alphaville
Tel 4191 6885
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2009
Fern
anda M
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ues
A Magazine 0810.qxd:Class Casa Anuario.qxd 7/19/10 6:04 PM Page 1
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editorial
6 MAGAZINE
joana d’arcSanta, guerreira, mulher. A inspiração do fotógrafo Mick Mazzei
para compor o ensaio desta edição foi baseada em uma mulher que, se-guindo “a vontade divina”, lutou pela França comandando um exército de 4 mil homens na famosa Batalha de Orléans, no século 15. Discipli-nada, a Joana d’Arc de Mazzei desfila por Paris com postura de guer-reira e atitude de mulher moderna e sensual. De bandeira em punho, ela marca seu espaço e define seu lugar no mundo. Très chic!
Chic também ficou o perfil do chef tecnoemocional Heston Blumen-thal — misto de mestre-cuca e cientista maluco. Segundo o enogour-met Marco Merguizzo, Blumenthal coloca a pequena Bray no mapa gourmet e transforma o Reino Unido de túmulo gastronômico em vi-brante berço de experimentações culinárias. Simplesmente demais!
E, falando de experimentações, o BMW Group — com sede em Mu-nique, na Alemanha — está fortemente empenhado na construção de um veículo urbano com baixa emissão de CO2. A palavra de ordem por lá é sustentabilidade. Prometido para 2013, o projeto, batizado de Me-gacity, está focado em mudanças que tragam novas soluções para a mo-bilidade pessoal em áreas urbanas sem prejudicar o nosso já combalido meio ambiente. Confira a matéria “BMW — O futuro mora ao lado”.
Enjoy
Fran OliveiraDiretor Editorial
fotografia Mick Mazzei / styling angela skalla
hair/Makeup orlando@staMMhaus coM produtos da artistry
Model Madeline Mg Models paris
trataMento de iMagens wMfusion.coM.br
O sucesso da suaviagem de negócios
tem um só dest ino.
SEJA PARA SANTIAGO OU NOVA YORK, FRANKFURT OU PARIS, BEIJING OU
DUBAI, A NETTOUR LEVA VOCÊ E SUA EMPRESA DE MANEIRA RÁPIDA E EFICAZ.
C o m d e p a r t a m e n t o s e s p e c i a l i z a d o s n o t r a t a m e n t o e g e s t ã o d e v i a g e n s d e n e g ó c i o s , p r o p i c i a u m c o m p l e t o s e r v i ç o d e c o n s u l t o r i aque resu l ta em e fe t i vas reduções de cus to com ganhos em qua l idade .
S a i b a m a i s s o b r e n o s s a s v a n t a g e n s :
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8 MAGAZINE
publisher diretora executiva
diretor editorial
editora alphaville diagramação
projeto gráfico revisão
colaboradores
diretor comercial
executivos de conta representantes comercial
diretor de planejamento diretor financeiro
assistentes
marketing e circulação
diagramação comercial
a magazine online
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tratamento de imagens ctp, impressão e acabamento
distribuição
Cesar Foffá
Lourdes Foffá
Fran Oliveira
Tatianna Babadobulos
In Loco Comunicações
Fran Oliveira
Luiz Volpi
Aimée Louchard, Clovis Tavares,Isabelle Mascetti, Joyce Rodrigues, Marco
Merguizzo, Marilane Borges, Mick Mazzei, Raphael Cintra, Thiago Henrique
Marcelo Foffá ([email protected])
Claudia Lima, Noemia Cavalcanti, Zaíra Melo
Essencial Media (11) 3834-0349, Território Nacional
Athayde de Almeida
Sergio Pereira
Reggiane Fortunatti e Keliane Santos
Marcelo Foffá
Anderson Prates
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Simone Marques ([email protected])
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Gráfica e Editora Aquarela
Dinap e Correios
A Magazine é uma publicação mensal de A Magazine Editora e Publicidade
Ltda., uma empresa do grupo Metromídia Comunicação. Redação: Calçada
das Hortênsias, 39, Centro Comercial Alphaville, Barueri, SP, CEP 06453-017,
tel.: (11) 4208-1600. Assinaturas: Tel.: (11) 4191-2397 e assinatura@amagazine.
com.br. As opiniões e os artigos contidos nesta edição não expressam, neces-
sariamente, a opinião dos editores. É proibida a reprodução em qualquer meio
de comunicação das fotos e matérias publicadas.
alphaville
sumário
36 moda 48 dreyfuss 54 joias 62 spa
36 moda 48 dreyfuss 54 joias 62 spa 68 perfil 76 haut lafitte 84 cruzeiro 100 motor 108 náutica
61218 202432346074829098
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editorial
acessórios
exposição
perfil
trends
arte
hotelaria
moda
consumo
evento
design
lounge bar
catwalk
seções
acessórios
por marilane borges
12 MAGAZINE
Bag in the cityEsqueça esse frio invernal e concentre-se no que será tendência dentro
de alguns meses, principalmente nos novos modelos de bolsas que serão
usados na estação mais colorida e florida do ano. Para captar esse espírito, a
Victor Hugo se inspirou nos tons cítricos, hit da nova coleção primavera/verão
2011, que traz modelos de bolsas em formatos e tamanhos inusitados. Todas
influenciadas e desenhadas com peles exóticas, como as de avestruz, píton
e jacaré, que oferecem toque aveludado e maleabilidade extra. Na palheta
de tons, as cores fetiche da estação -- Branco Snow, Rosa Confetti, Azul
Ocean, Verde Aqua, Vermelho Spicy, Blush Pink --, além do retorno clássico
do nugget vintage marrom, algo recomendado somente para as fashion-
cosmopolitas, antenadas em acessórios modernos. www.victorhugo.com.br
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Proj. arquit.: Roberto Candusso – Proj. paisag.: Benedito Abbud – Proj. aptos decorados: Graciela Piñero – Incorp. resp.: Premium Tamboré Empreendimentos Ltda. Reg. Incorp. sob nº R 03 na mat. 136672 de 04/07/2008 no C. R. I. de Barueri. Creci Fernandez Mera: 5.425-JCreci KC Imobiliária: 17.760-J. *Ref. aos aptos 131 e 132, terraço com pé-direito duplo - Ed. Diamante; **Ref. aos aptos do 2º ao 7º andares - finais 1 - Ed. Esmeralda; ***Ref. aos aptos do 2º ao 13º andares - finais 4 - Ed. Esmeralda. Preços válidos até 31/08/2010.
Concepção artística do living com pé-direito duplo do apartamento de 172m2
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pagina Premium Tambore a magazine_julho.qxp:Layout 1 7/22/10 5:25 PM Page 1
acessórios
por fran oliveira
14 MAGAZINE
PERFORMANCE GARANTIDA A coleção Galactic ocupa um lugar à parte no mundo Breitling, desenhado
num look mais “citadino” do que qualquer instrumento da marca, cada
Galactic possui todavia as melhores vantagens em termos de fiabilidade e
de precisão. O maior desta coleção é o Galactic 41, um relógio destinado
àqueles cuja atividade não exige as funções de um cronógrafo mas que
desejam ter no pulso um relógio não só bastante esportivo mas também
elegante para o dia a dia. Uma outra particularidade do Galactic 41 é o seu
calendário de janela dupla que permite indicar claramente a data, também se
beneficia do melhor da tecnologia Breitling: coroa e fundo de rosca, vidro de
safira anti-riscos com tratamento anti-reflexo em ambas as faces. Sempre a
nível da performance, o Galactic 41 foi construído para resistir a uma pressão
de 30 bars, o equivalente a uma profundidade de 300 metros.
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acessórios
por fran oliveira
16 MAGAZINE
novo design. nova fragrânciaKenzo Homme Woody Eau de Toilette é mais que um novo perfume
masculino. Criado pelo perfumista Olivier Polge, ele traz em sua
composição essências que personificam a masculinidade. Sua fra-
grância revela aromas da pimenta preta de Madagascar e do alecrim da
Tunísia, pautada pelas duas fortes essências amadeiradas: o cedro do
Atlas e o vetiver do Haiti. O frasco em forma de bambu reveste-se de um
castanho-mate com vibrantes folhas entalhadas. As embalagens de 30
ml, 50 ml e 100 ml custam, respectivamente, R$ 155, R$ 212 e R$ 290.
exposição
por marilane borges
18 MAGAZINE
Charme dos anos 80 Do purista Issey Miyake ao visionário Thierry Mugler, passando pela mulher
ultrassofisticada, vista por Sonia Rykiel e Lagerfeld (ainda para Chloé),
ou as criações assimétricas e desconstruídas de Rei Kawakubo para
Comme des Garçons, esse é o tom da exposição História Ideal da Moda
Contemporânea, Volume I, em cartaz até outubro no Museu da Moda e das
Artes Decorativas de Paris, que coloca em evidência a efervescência dos
anos 70 e 80, revelando as novidades que o prêt-à-porter antecipava para
as décadas seguintes. Frutíferos, ousados e criativos, os anos 70 e 80 foram
o laboratório de ideias, utilizado pela maior parte dos estilistas reputados
da atualidade e que corrobora com a teoria da história das roupas. Esse
primeiro volume da mostra encerra sua lição de estilo colocando no pódio
Jean Paul Gaultier nos anos 90. www.lesartsdecoratifs.fr
perfil
20 MAGAZINE
Foi na ocasião do nascimento de seu primeiro filho, há cinco anos, que a arquiteta Marcella
Accioly Hildenbrand decidiu o que queria fazer a partir de então em sua carreira. Ela já era
arquiteta e trabalhava em escritórios de arquitetura, mas desde o projeto da faculdade queria
trabalhar com crianças. Porém, quando foi montar o quarto de Thiago, percebeu que havia muitas
opções no mercado, mas todas eram parecidas. “Então, resolvi desenhar os móveis dele e isso
acabou virando o meu negócio”, conta Marcella, que abriu a Desenho Infantil, loja especializada
em móveis para crianças de 2 a 7 anos, localizada no Shopping Flamingo, em Alphaville.
Além de camas, cômodas, criados-mudos, guarda-roupas, acessórios personalizados, há oito
meses a loja oferece roupas para meninos e meninas. Embora na loja exista o showroom, todas
as peças são feitas sob encomenda. Sempre pensando nos móveis de maneira lúdica, os designs
das peças lembram as brincadeiras infantis, misturam a utilidade com a diversão, como o fogão
que é também um local para guardar coisas, a porta do armário que é também uma lousa, etc.
“O desenho e os livros estão sempre presentes em meus projetos, pois acredito que isso ajuda no
desenvolvimento das crianças”, pondera. Outro detalhe é que, embora os projetos sejam feitos para
as crianças, eles são pensados em longo prazo, ou seja, podem ser modificados à medida que
elas vão crescendo. Para desenvolver as peças, sua inspiração é principalmente na observação
das crianças, mas sempre pensando na ergonomia, no tamanho, etc. Ao todo, a arquiteta já tem
catalogadas mais de 110 peças. Desenho Infantil, Shopping Flamingo, loja 20T, tel. 4195-6133.
Desenho infantilLoja é especializada
em móveis para crianças de 2 a 7 anos
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por tatianna babadobulos
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AF_An_Bionova_Spray_Oral_revistaAMagazine_julho.pdf 1 02/07/2010 20:03:49
perfil
22 MAGAZINE
Foi em novembro do ano passado que a decoradora Sandra Amaral abriu as portas
da Fina Estampa, loja de tecidos para decoração, no Shopping Flamingo. Na verdade, a
loja existe em Alphaville há 15 anos, mas pertencia a outro proprietário e estava localizada
no Centro Comercial. “Quando comprei, decidi mudar o endereço para o cliente ter mais
conforto, mais facilidade para estacionar, etc.”, explica Sandra.
Com mais de 4 mil opções de tecidos Donatelli, a Fina Estampa é a única do ramo na região.
“Tudo que tem na loja em São Paulo, eu tenho aqui com o mesmo preço”, avisa a decoradora,
lembrando que a marca existe há 65 anos e atende a todos os gostos e bolsos. Na loja, o cliente
encontra tecidos para decoração, como cortinas, estofados, almofadas. “Nosso diferencial é o
atendimento, sem dúvida. As vendedoras dão todo o suporte que o cliente precisa, além de
indicar os profissionais que podem executar o trabalho, como tapeceiros, etc.”
Como Sandra é decoradora, o cliente ainda pode aproveitar e encomendar um projeto. “A
loja e a minha profissão têm tudo a ver. Muitos clientes que vêm para a loja acabam fechando
projeto de decoração e os que encomendam a decoração acabam comprando os tecidos aqui”,
afirma Sandra, que no início da carreira trabalhou em loja de tecidos e móveis. Segundo ela,
a tendência são os tecidos de veludo em alto-relevo, podendo ser monocromático ou colorido,
floral, listrado, com desenhos geométricos. “O algodão também está forte e vamos receber
uma linha infantil”, antecipa. Fina Estampa, Shopping Flamingo, loja 49S, tel. 4191-4789
fina estampaLoja de tecidos para decoração aposta
em bom atendimento ao cliente
Foto
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por tatianna babadobulos
trends
por clovis tavares
24 MAGAZINE
marketing modernoO marketing da Jabulani gerando lucros
África do Sul: um lugar especial, repleto
de lições de marketing e vendas. Lá, visitei
o comércio local: desde as mais simples
barraquinhas com produtos artesanais aos
mais belos shopping centers. Perto do estádio
em Cape Town, visitei lojas improvisadas.
Ao entrar, notei que existiam cerca de oito
microempresários na loja, cada um com
sua mesa de madeira e seu
metro quadrado para expor os
produtos. Senti que ali existia
um espírito de cooperativismo
natural. Apesar de competirem
entre si, respeitavam o
concorrente e não interrompiam
a negociação com o cliente.
Percebi que a Copa havia
transformado aquelas pessoas.
Trouxe dignidade, oportunidade
e gerou negócios. Mais do que
lucros, o evento aproximou as
pessoas e provou que sempre
há espaço para quem tiver uma boa ideia.
Ao visitar o moderníssimo shopping
Water Front, vi de tudo: quiosques eram
especializados em vender vuvuzelas e
adereços dos países competidores, outros
ofereciam safáris. Encontrei lojas de marcas
famosas e restaurantes com amplo cardápio,
da ostra ao antílope. Foi neste shopping que
encontrei uma grande Jabulani e não hesitei
em agarrá-la com meu filho. Apesar de tudo
de mal que falaram dela, ela estava ali como
um troféu... símbolo de um país sem costuras,
unido em uma mesma causa. Ela pode ter
imperfeições, mas não vi nenhuma criança
comprando-a com cara feia. Que bom seria
se pudéssemos ter o “Marketing da Jabulani”
em nossas empresas. Uma bola polêmica
que em poucos meses se tornou campeã
de vendas. Um dos segredos é que ela teve
versões personalizadas para cada país. Outro
fator foi a distribuição impecável do produto. Se
não houvesse esses dois fatores, ela não teria o
sucesso que teve, mesmo com o apoio da mídia.
Pense em como impulsionar seus
produtos usando essa estratégia. Diversifique,
personalize, distribua com eficiência e crie uma
polêmica que atraia a mídia, que provoque o
consumidor. Talvez o excesso de pontaria, a
precisão dos seus chutes, seja seu grande
problema. Esse fator o torna previsível aos
seus concorrentes. Faça gols aproveitando o
efeito da bola, seja imprevisível e surpreenda
em cada lance. Crie produtos e serviços
novos que se unam e girem sem emendas,
sem as costuras de preço e prazo. Quebre
os paradigmas mercadológicos na hora de
expor, para fazer gols com maior margem
de lucro. A Jabulani é um exemplo do futuro
presente, obrigou os jogadores a reaprender
como chutar, dominar, agarrar. Não adianta ter
talento se não houver adaptação e dedicação
ao novo. Talvez, por esse motivo, os grandes
craques da Copa não marcaram gol.
Clovis Tavares é criador do conceito “Palestra Show” Vencedor de 4 Tops de Marketing pela ADVB Autor de 7 livros, entre eles O Show É Você (Ed. Integrare) e Superdicas para Inovar (Ed. Saraiva).
Alameda Araguaia, 430 - Tel.: 4195-6377
Novos Arespara o seu ambiente
trends
por isabelle mascetti
26 MAGAZINE
bens e serviços de luxoComo pesquisadora, percebi que são dois os
principais fatores que conduzem à compra de
bens e serviços de luxo: o status e o prazer.
Muitos autores qualificam o status como uma
motivação ilegítima, e eu não poderia discordar
de maneira mais assertiva. O status está ligado à
dinâmica do glamour, que é aquela onde busco o
melhor de mim, eu mais bonita, mais inteligente,
mais atraente, para me projetar e me mostrar ao
outro. O ser humano vive entre esse falso dilema
de se identificar e pertencer a um grupo e, ao
mesmo tempo, se diferenciar
dentro desse mesmo grupo.
Nada mais autêntico que essa
necessidade de acolhimento.
Esse movimento fica bem
claro na adolescência quando
buscamos fazer parte de um
grupo rejeitando aquilo que
antes nos informava quem
somos, a família.
Já o prazer é estimulado e
está ligado ao chamado novo
luxo, aquele das experiências e
da vontade de se sentir único.
Existem três formas básicas de estímulo do prazer no
mercado de luxo: por meio de aspectos sensoriais,
principalmente aqueles ligados ao olfato e à visão
(sentidos sobre os quais temos menor controle);
aspectos de relação, o vínculo que estabelecemos
com os vendedores ou donos de loja, já que são
produtos que requerem maior envolvimento na
compra; e, por último, o significado que o objeto
ou serviço tem para o consumidor. É nesse último
aspecto, o do significado, que temos novidades.
Geralmente o prazer por significado pode vir
da autorrecompensa, como um prêmio para
compensar um sentimento ou fato ruim que precisa
ser superado, ou da autogratificação, como um
prêmio para celebrar uma conquista, quase como
colocar uma medalha no peito. A novidade que
temos é que há algum tempo conseguimos migrar
do consumo com prazer por autorrecompensa para
o consumo por autogratificação, principalmente
entre as mulheres. Elas estão se presenteando
mais, se premiando mais. E isso pode ser notado
nas mudanças da compra de joias. Antigamente, as
mulheres passivamente recebiam de seus maridos
adornos que informavam sobre a fortuna do eleito.
Hoje, elas querem saber qual o significado das
formas daquela joia, o que ela representa, o que a
pedra transmite, enfim, como toda aquela estética
está relacionada a um conjunto de valores. E, assim,
a joia se torna ainda mais especial.
Além disso, hoje a joia entra na vida da mulher
em momentos de celebração. Foi-se o tempo em
que as mulheres queriam apenas se vingar de uma
traição colocando alguns débitos no cartão do
marido. Sim, presenciei algumas dessas compras,
que eram bem frequentes. Agora, elas chegam
às joalherias celebrando seus romances, suas
conquistas de trabalho e de criação dos filhos,
querendo marcar aquele e esse momento com
peças eternas cheias de significado. Quem já notou
esse movimento foi a primeiríssima joalheria em
termos de vendas e tradição, a Cartier, que lançou
os famosos “momentos Cartier”. É interessante
notar que este consumo, associado à tendência de
personalização, faz com que muitas mulheres se
tornem designers dos seus acessórios, querendo
mostrar o seu olhar sobre as peças que vão trazer
beleza, significado e força cada vez que elas forem
às ruas com as suas joias. E aí se combinam as
duas dinâmicas: a de status — por que não colocar
para fora o melhor de mim? — com o prazer de me
celebrar, e vira aquele tão ouvido “você merece!”. A
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trends
por joyce rodrigues
28 MAGAZINE
aprenda a ler a bula Muitas pessoas podem apresentar
variações durante a utilização de
cosméticos, como: vermelhidão, coceira e
pinicação. Casos desses ocorrem devido
à intolerância ao produto. Por definição,
as formulações cosméticas devem ser
seguras ao uso, mas sempre existe a
possibilidade de reações adversas. Em
pessoas potencialmente propensas, essa
possibilidade é ainda maior.
irritação relacionada ao uso de cosméticos
É um processo que se
apresenta como eczemas
(reação alérgica aguda ou
crônica). Eventualmente,
formulações podem
gerar irritação após
aplicações repetidas. Por
exemplo: os produtos
esfoliantes, aqueles que
contêm grânulos ou
esferas para remover
as impurezas da pele,
podem causar irritação
mecânica pela fricção, assim como o
uso de alguns sabonetes em barra. Em
geral, essas irritações desaparecem
após a interrupção do uso do produto.
Há também um tipo que não causa lesão
clinicamente visível, mas há queimação
ou formigamento pela aplicação de um
cosmético, geralmente por conta do
ácido benzóico, hidroxiácidos e o etanol.
urticária de contato É uma reação que se apresenta com o
desenvolvimento de vermelhidão, coceira
e inchaço de 30 a 60 minutos após a pele
ser exposta a certos agentes. Se ela for
de forma aguda, desaparece após cinco
dias; se for crônica, pode durar 30. A
reação pode ser desencadeada por ácido
benzóico e ácido cinâmico, presentes em
cosméticos, assim como metilparabeno,
etilpareabeno, hena e persulfato de amônia.
hipersensibilidade tardia Os ingredientes fotoalergênicos
mais usados em cosmét icos são os
f i l t ros solares e as fragrâncias. Trata-
se de um quadro comum que afeta
aproximadamente 1% da população
global e pode ocorrer no local da
aplicação, em pontos isolados ou até de
forma generalizada. Os conservantes
usados nos cosmét icos para prevenir
a contaminação por micro-organismos
também podem induzir reações
alérgicas. De todos os preservat ivos,
os ésteres de parabeno são o grupo
de maior r isco, mas o formaldeído ou
liber tadores de formaldeído também
estão relacionados a reações alérgicas.
Tudo isso mostra a fundamentabil idade
de saber mais sobre sua pele e as
formulações cosmét icas, por tanto,
para sua segurança, leia a bula. A
Joyce Rodrigues é empresária farmacêutica-bioquímica, cosmetóloga e diretora científica das marcas Biomarine e Cosmobeauty (www.b iomar inecosmobeau ty. com.b re blog joycerodriguess.blogspot.com)
trends
por célio pezza
30 MAGAZINE
recall do ser humano Recall é uma palavra inglesa que significa
“chamar de volta” ou “recolha de material”,
geralmente ocasionado pela descoberta de
problemas relacionados com o produto. O recall
é uma tentativa feita pelo fabricante para limitar
a responsabilidade por negligência corporativa e
evitar danos à empresa fabricante e obviamente
aos que estão em contato direto com o produto.
Geralmente envolve a substituição do produto
recolhido ou o pagamento dos danos causados
pelo uso do produto defeituoso, ou ambos.
Às vezes é feito com
grande alarde, para dar a
impressão de que é uma
indústria séria, que reconheceu
seu defeito e tomou as devidas
medidas corretivas, e às vezes
é feito na calada da noite, sem
nenhum alarde ou notas na
imprensa, para não causar
perguntas incômodas. Na
verdade, a própria decisão
de fazer o recall passa por
uma análise criteriosa de
perdas e ganhos. No Brasil,
os recalls ficaram conhecidos principalmente
na indústria automotiva e logo se estenderam
para praticamente todos os segmentos do
mercado. Exemplos mais recentes são de
carros diversos, brinquedos, embalagens,
alimentos contaminados, medicamentos,
vacinas, carrinhos para transportar bebês, etc.
O último que vimos foi da rede McDonald’s,
que está retirando do mercado americano
12 milhões de copos de vidro com desenhos
do filme Shrek, pois os desenhos das figuras
contêm cádmio, metal sabidamente tóxico
e cancerígeno. A cada dia, vemos um novo
tipo de recall pelo mundo, mas existe um em
particular que pode estar em andamento e
que ninguém percebe ou divulga: é o recall
do ser humano! Sem dúvida, existem lotes
defeituosos na praça, pela simples constatação
do aumento de problemas pelo mundo, como
a falta de respeito generalizada, pedofilia e
criminalidade crescentes, novas drogas mais
potentes e populares a cada ano, desprezo
pela vida em geral, ataques ao planeta de todos
os lados, como o recente e ainda em curso
vazamento de petróleo no Golfo do México,
desmatamentos, contaminação química de
todos os tipos, alimentos geneticamente
modificados, doenças criadas em laboratórios,
e um sem-número de desmandos feitos pelo
homem. Se considerarmos o homem como
um produto, ele é, sem dúvida, um produto
perigoso não só para si próprio como para
todas as espécies do planeta e também para a
harmonia do sistema.
Dentro dessa lógica, está na hora de se
fazer um recall do produto ser humano, para o
bem geral dele mesmo e de todas as espécies.
Os religiosos podem dar outra conotação,
chamar este evento de juízo final, apocalipse,
final dos tempos, e assim por diante, mas para
aqueles que gostam de termos mais técnicos
podemos dizer simplesmente que está na hora
de fazer um recall, pois o mercado já está ciente
da existência de lotes defeituosos que exigem
reparo por parte da empresa responsável.
Talvez este recall já tenha se iniciado e ainda
não tomamos consciência de sua existência,
pois sua divulgação segue outros padrões
e estamos muito desatentos. Tanto isso é
verdade que muita gente nem sabia do recall
dos 12 milhões de copos do McDonald’s. A
Foto do apartamento decorado para a 5ª Mostra de Decoração
TERRAÇOST A M B O R É
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ARTE
por marilane borges
32 MAGAZINE
LeiLão fotográficoA famosa casa de leilões Christie’s anunciou uma venda milionária de 60
obras de Richard Avedon, entre as quais, a imagem da modelo Dovima entre
elefantes, em 1955, vestida com um longo Dior, estimada entre 400 e 600 mil
euros e uma montagem de quatro fotos psicodélicas dos Beatles, que serão
leiloadas no dia 20 de novembro na Christie’s, em Paris. Esta é a maior coleção,
oferecida ao mercado, do famoso fotógrafo americano de moda e retratista
de celebridades e anônimos. Todas as fotografias colocadas à venda foram
estimadas em atingir uma arrecadação global entre 3 e 5 milhões de euros
com lucros revertidos para a Fundação Richard Avedon, cuja missão é manter
o legado do fotógrafo, que morreu em 2004. Entre as obras previstas para a
venda, além dos portraits de Pablo Picasso e do Dalai Lama, consta o retrato
de Marilyn Monroe com lance inicial em torno de 80 a 120 mil euros.
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HOTELARIA
por marilane borges
34 MAGAZINE
Hospedagem fasHionA rede de hotéis Sofitel, símbolo mundial de elegância e cultura francesa, em
parceria com a Polka Galerie, lançou desde o início deste ano uma campanha
para embelezar seus estabelecimentos e encantar seus clientes ao redor
do mundo. A mostra itinerante, batizada de “Fashion Stills”, que visita dez
de seus hotéis norte-americanos e europeus, exibe o fascinante mundo da
moda através de imagens clicadas pelos mais importantes fotógrafos, entre
os quais, Derek Hudson, Jean-Marie Périer, Cathleen Naundorf e Gérard
Uféras. Sob o olhar estético desses verdadeiros embaixadores da moda, as
fotos que retratam os bastidores da alta-costura das maisons Dior, Chanel,
Yves Saint Laurent, Hermès e muitas outras, ganham allure de obra de arte,
uma associação perfeita para ser hospedado com glamour. As últimas
seções dessas fotos podem ser apreciadas no Sofitel de Los Angeles - de
setembro a outubro - e em Montreal até janeiro de 2011.
moda | joana d’arc n jérôme dreyfuss
na página ao lado, chapéu nicki Marquardt. colar codello. bolsa Mango. vestido irene luft
joana d’arcfotografia Mick Mazzei / styling angela Skalla
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saia Marcel ostertag. top stephanie caubert. sapatos harlot. lenço codello e luvas roeckl
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Jovem estilista e designer de bolsas parisiense, ele inaugurou recentemente sua nova boutique de It-bags na capital da moda, Nova York, e ainda continua atônito com a repercussão publicitária de suas bolsas na cidade, sobretudo depois que Sarah Jessica Parker surgiu com uma “Twee Mini”, modelo Moka, e essa aparição pública fez com que a peça se tornasse, em menos de uma semana, sold out. Dreyfuss não gosta de falar no assunto e prefere reforçar em seu discurso que ele é apenas um pequeno artesão, “para mim, não é importante saber se uma celebridade usa minhas criações, o que me interessa de fato é ver nas ruas pessoas normais com minhas bolsas. Isso é muito mais fascinante”, afirma. Parece que nem mesmo a Big Apple vai conseguir afetar sua modéstia a toda prova.
Jérôme DreyfussO criador mais copiado de Paris acaba de inaugurar sua butique
no coração fashion de Nova York, o SoHo, com suas bolsas exclusivas disputadas por celebridades e anônimos
por Marilane Borges
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No dia em que a boutique foi inaugurada, ele diz que ficou emocionado quando viu seu nome na fachada da loja nova-iorquina, “foi como se estivesse escutando Gainsbourg cantar: Eu vi New York, New York, USA...” Num espaço de 250 metros quadrados, totalmente dedicado às bolsas, situado no SoHo, a primeira coisa que chama a atenção é o carpete com a frase escrita em letras gigantes: “Come and meet your new french lover”. Impossível resistir a esse sedutor apelo, sobretudo porque tudo ao redor é decorado com bolsas de todos os tamanhos, cores, padronagens e formatos, algo irresistível, especialmente para as mulheres. O ambiente não tem muitos móveis, mas é cheio de luminosidade, com um pequeno jardim nos fundos. No seu interior, decorado com prateleiras, com cabides de madeira e suportes de aço escovado, os clientes podem visualizar as novas coleções de todos os modelos sugeridos e desfilar com suas futuras It-bags, que têm como marca registrada o estilo despojado e inventivo do seu criador.
Ele é um dos estilistas mais promissores desta nova geração de designers e, em 1998, encantou todos com sua coleção de prêt-à-porter, conquistando o prêmio “Criador do futuro”. Apesar disso, em 2002, Jérôme Dreyfuss abandonou as passarelas para se dedicar exclusivamente ao design de bolsas. Depois de sua experiência no prêt-à-porter, que lhe rendeu grande visibilidade internacional, mas alguns percalços financeiros e administrativos que o impediram de prosseguir na carreira de estilista, Dreyfuss decidiu se especializar no desenho de bolsas e, para seu espanto, o sucesso se repetiu.
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Tanto que dessa dedicação especial nasceu há alguns meses sua segunda boutique própria em Nova York, depois do sucesso de sua bem-sucedida matriz em Paris. Desde o princípio, ele não queria que suas criações fossem apenas mais uma coleção de bolsas no mercado. Desejava algo marcante, único. Foi assim que, além de utilizar tintura natural em seus produtos, Dreyfuss registrou a marca, até então não batizada, com o nome de Agricouture, dando início à sua patrulha ecológica em prol da preservação do couro dos animais. Para que suas criações tivessem personalidade, ele humanizou todas as bags, dando nomes masculinos, como Aldo, Carlos, Max, Gilbert... O designer descreve que tudo começou quando estava no seu atelier escutando uma música do grupo Gnawa Diffusion, “a letra da canção que estava ouvindo dizia: ‘Eu queria ser uma cadeira num salão de beleza para mulheres...’ Foi o tilt que precisava, nesse mesmo momento decidi que queria ser uma bolsa para ser levado para todos os lugares pelas mulheres”, relata, entusiasmado. Parece mesmo que Dreyfuss conseguiu seduzir as mulheres, porque tanto as estilosas parisienses quanto as ultrafashions nova-iorquinas, sejam celebridades, sejam anônimas, confirmam o mesmo veredito: todas desejam ter uma das bolsas desenhadas por ele, de preferência, um dos seus modelos únicos e exclusivos! A
Boutique Jérome Dreyfuss
www.jerome-dreyfuss.com
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joias | diamantes
Com perdão do trocadilho, que atire a primeira pedra a mulher que nunca desejou adornar o dedo anular com um anel de diamantes. A pedra preciosa mais conhecida do mundo exerce em qualquer garota um poderoso fascínio desde a infância. Que menina, nas brincadeiras, nunca provocou a amiguinha exibindo um anelzinho de lata com uma pedra de vidro que a fantasia transformava em um caríssimo diamante imperial de muitos quilates? Apresentadas desde pequenas a esta obra-prima da natureza, mulheres de diferentes culturas ao redor do globo reconhecem a força da mensagem associada a um diamante. A pedra marca momentos que ficam na memória para sempre: os 15 anos, o noivado, o casamento, as bodas... “É sempre um presente carregado de emoção, e por isso mesmo inesquecível”, atesta Christian Hallot, embaixador da marca brasileira H.Stern. Em funcionamento há 65 anos, a rede de joalherias comercializa joias com 40 pedras preciosas. Mas o diamante continua o preferido de 10 entre 10 mulheres e está presente em 15% de todas as peças vendidas. O segredo desse sucesso, segundo Hallot, é o design bem elaborado, que torna joias com diamantes atemporais.
O diamante é considerado o rei dos minerais por ser raro, precioso e extremamente cobiçado. A origem do nome, Adamas, é grega. Significa invencível, indomável. É formado a uma profundidade entre 80 e 190 quilômetros abaixo da crosta terrestre, onde há pressão e temperatura adequadas. As pedras sobem à superfície com a ajuda de vulcões. Acabam caindo nos leitos dos rios, onde são garimpadas. Também podem ser extraídas do seio da Terra com escavações das jazidas nas chamadas minas. Há registros de que o diamante já era usado em peças de joalheria, na Índia, há 2.800 anos. Uma lenda milenar conta que o poder mágico e irresistível das flechas de Cupido vinha do diamante que
diamanteo b j e t o d e d e s e j o
A p e d r a m a i s c o b i ç a d a d a j o a l h e r i a f i c a r á m a i s r a r a
por Aimée LouchArd
ornava a ponta de cada uma das setas. Símbolo de força e coragem, só era usado pelos reis até o século 15. Em 1477, contudo, coube ao arquiduque austríaco Maximiliam o feito de torná-lo mais conhecido e desejado. O nobre presenteou a prometida dele, a princesa Maria da Borgonha, com um anel de diamantes. Surgia assim a tradição do anel para selar o compromisso do noivado. Até o século 18, a Índia era o único fornecedor da pedra. Hoje, ela é encontrada em mais de 25 países, com destaque para o volume de produção da África do Sul, de Angola, Botsuana, do Brasil, da Austrália e do Canadá. Calcula-se que a primeira erupção que fez surgir os diamantes tenha ocorrido a 2,5 bilhões de anos e a mais recente há 45 milhões de anos. Portanto, se você tem um diamante, saiba que carrega com você um pedacinho antigo, muito antigo, deste planeta.
Ser detentora desse tesouro tem um preço. As bolsas de diamantes de Amsterdã (Holanda), Antuérpia (Bélgica) e Ramat-Gan (Israel) estabelecem o preço internacional da pedra. A unidade de medida é o quilate, que equivale a 0,2 grama ou 100 pontos. A formação do preço final leva em conta os quatro Cs: carat (quilate), clarity (transparência), cor e cut (corte ou lapidação). A pureza da pedra define o quilate. Assim, quanto menos inclusões (resíduos) de carvão houver, mais pura ela será. Embora os diamantes transparentes sejam os mais conhecidos, também existem pedras nas cores rosa, champanhe e azul. O mais belo corte para o diamante é o chamado brilhante, criado pelo joalheiro veneziano Peruzz, no fim do século 17. Essa lapidação tem forma redonda e compõe-se de 58 facetas.
Como presente ou adquirido pela própria usuária, o brilhante continua imbatível ao longo dos séculos. Quem garante é a designer carioca Francisca Bastos, que há dez anos tem a própria marca de joias. Ela ressalta que o brilhante pode ser usado em um anel solitário, na forma de ponto de luz de 1 quilate para iluminar as orelhas ou em alianças com 22 a 25 pedras engastadas num aro de ouro branco. No ateliê em Ipanema, as alianças são o carro-chefe da vitrine, com preços entre R$ 5 mil e R$ 8 mil. “É um modelo clássico que responde por 40% das vendas. Quem não tem sonha em ter uma”, destaca Francisca.
Pois se esse é também o seu sonho, convém não vacilar. A mais cobiçada das pedras da joalheria está entrando em um processo de escassez mundial. O aviso foi dado pela De Beers, o maior grupo produtor do mineral no planeta. Segundo o diretor-geral da empresa, Gareth Penny, a produção mundial estimada para 2011 será de 40 milhões de quilates, o que representará um decréscimo de 20% em relação a 2008. Ele atribui a queda na produção à estratégia das mineradoras de “colocar o pé no freio” na extração de pedras. De acordo com as projeções, o preço para o cliente nas joalherias deve crescer em 5% ao ano pelos próximos cinco anos. A maior preocupação da indústria do diamante é que não se encontram novas jazidas há 20 anos. Como recurso natural de grande valor, os diamantes devem ser cuidadosamente preservados. “Se mantivermos a produção nos níveis atuais, em 15 anos já não haverá mais como extrair diamantes comercialmente”, alertou Penny.
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Longe da pia, por favor – Embora sejam minerais sólidos, diamantes exigem cuidados para que permaneçam belos e protegidos de danos. A luminosidade de todo diamante depende da quantidade de luz que entra na pedra e o reflexo desta para o olho humano. Contudo, o menor depósito de gordura na superfície da gema pode comprometer esse brilho. Até mesmo o toque de um dedo deixará um rastro de oleosidade natural. Pelo menos a cada semestre, entregue seus diamantes a um joalheiro de confiança. Além da limpeza profissional, ele avaliará se as pedras estão firmes nos engastes e, se for o caso, fará os devidos reparos. Definitivamente, não permita limpezas ultrassônicas, pois as vibrações desse processo podem danificar irremediavelmente as suas pedras.
Para manter seus diamantes limpos entre as visitas ao profissional, dilua um pouco de detergente neutro líquido em água e aplique-o sobre a pedra com uma escovinha de cerdas naturais. Escove suavemente, enxágue e seque com um pano macio e sem fiapos. Por favor, nunca limpe os seus diamantes na pia ou perto dela. Se o fizer, certifique-se de que ela está tapada. E se usar creme nas mãos, espere
pelo menos 15 minutos antes de recolocar seus anéis. O que pode arranhar um diamante? Outro diamante. Para prevenir tais arranhões, separe no estojo de joias as peças com diamantes das demais. Diamantes também podem arranhar outras gemas, pérolas especialmente. Durante as viagens, adote um porta-joias, com compartimentos individuais para guardar as peças separadamente e em segurança.
origem certificada – Até o início do milênio, ninguém se preocupava com a origem dos diamantes que usava. Em maio de 2000, foi criado o Kimberley Process Certification Scheme. O objetivo é impedir que diamantes obtidos através de propósitos ilícitos entrem no mercado internacional. Os “diamantes de conflito” são diamantes brutos ilegalmente comercializados para financiar rebeliões em zonas de guerra, particularmente na África central e oriental, em países como Angola, Costa do Marfim, República Democrática do Congo e Serra Leoa. Estabelecido em 2002, o Processo Kimberley é uma iniciativa dos governos africanos, da indústria
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diamantífera e da sociedade civil, com o aval das Nações Unidas, para inibir a rota internacional dos “diamantes de conflito”. É um sistema inovador, voluntário e exigente que impõe restrições para certificar que os lotes de envio de diamantes brutos não contenham “diamantes de conflito”. Os olhos do mundo se voltaram para os “diamantes de conflito” durante os brutais conflitos em Serra Leoa. Iniciada no fim dos anos 1990 e terminada em 2002, essa guerra foi retratada no filme Diamante de Sangue. Estima-se que durante aquele período os diamantes ilegais representavam aproximadamente 4% da produção mundial. Graças à adoção do certificado Kimberley, os “diamantes de conflito” representam hoje menos de 1% da produção global de diamantes. Atualmente, os fornecedores de 99,8% da produção mundial de diamantes brutos são monitorados pelo processo Kimberley.
Joias de cinema – A sintonia entre divas, diamantes e cinema parece longe de terminar. Tal como um caso de amor eterno. Não foram poucas as vezes em que a sétima arte retratou ou tornou pública a paixão de grandes estrelas pelas pedras preciosas mais cobiçadas do planeta. Em 1953, a então iniciante Marilyn Monroe estrelou Os Homens Preferem as Louras, uma comédia musical sem maiores pretensões, cujo ponto alto acabou sendo a canção “Diamonds Are a Girl’s Best Friend” (em português, Diamantes São o Melhor Amigo de uma Garota). Marilyn acreditava exatamente no que cantava, tanto que compareceu à première do filme envergando
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no pescoço um colar com o Lua de Baroda, um diamante de 21 quilates em corte pera. Tempos mais tarde, rica e famosa, seguiria à risca a letra da canção que a tornou célebre, colecionando várias joias com diamantes.
Filmes também ajudaram a consolidar grifes de joias. O Tiffany Yellow é um dos maiores diamantes amarelos já descobertos. Pesa 287 quilates (57,5 gramas) e pertence à prestigiada joalheria Tiffany & Co. Em 1961, o filme Breakfast at Tiffany’s (Bonequinha de Luxo, aqui no Brasil) ajudou a badalar a imagem da loja. O Yellow Tiffany aparece nos cartazes publicitários do filme. E a inesquecível Audrey Hepburn foi uma das privilegiadas que puderam um dia usar a joia. A paixão que surgiu nos sets de filmagem entre Richard Burton e Elizabeth Taylor fez a alegria dos joalheiros. Durante o tempo em que estiveram casados, Liz aumentou consideravelmente sua coleção de diamantes. Para começar, em 1969, para demonstrar à amada o tamanho de seu amor por ela, Burton presenteou-a com um diamante azul – “em homenagem aos seus olhos”, teria dito – de 69.42 quilates (13,88 gramas), extraído da Mina Premier, na
África do Sul, a mais famosa do mundo. Após o divórcio, o diamante foi leiloado, em 1978, por US$ 5 milhões. O notório apreço de Liz Taylor pelos diamantes serviu de inspiração ao artista plástico brasileiro Vic Muniz, que na retrospectiva, apresentada no Rio de Janeiro e em São Paulo, em 2009, apresentou um retrato da atriz preenchido por centenas de pequenos diamantes. Produções milionárias também costumam encomendar joias verdadeiras para serem usadas pelas estrelas nos sets de filmagem. O colar de platina e diamantes usado por Nicole Kidman em Moulin Rouge: O Amor em Vermelho, de 2001, foi a peça mais cara já feita sob encomenda para um filme: custou US$ 1 milhão. O colar Stefano Canturi tinha 1.308 diamantes e pesava 134 quilates. Antes dele, outra joia de diamantes fez sucesso em Titanic, de James Cameron. Era o colar Coração do Oceano, mote da trama e que todos acreditavam estar no fundo do mar. Inspirado no famoso diamante Hope – que tinha sido roubado dos olhos de uma deusa indiana e espalhara um rastro de maldição e sangue –, o enorme diamante azul não passa de um truque de cinema: é uma réplica perfeita de zircônia. A
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moda
por marilane borges
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Enigma dE modaA Somerset House, em Londres, recebe até setembro a exposição ‘20’, que
comemora os 20 anos de um dos designers mais influentes e enigmáticos
da moda contemporânea, Martin Margiela. Com uma abordagem sempre
artística e conceitual do design, a Somerset House tenta capturar a estética
única de Margiela e explorar sua visão da moda durante esses 20 anos
de criação. Por meio da incorporação de instalações, apresentadas em
fotografia, vídeo e cinema, a mostra oferece aos visitantes a oportunidade
única de desbravar o mundo criativo do estilista através de informações
sobre a marca e sua filosofia. Tal qual um exame visual dos temas que
sustentam a essência da Maison Martin Margiela desde a sua fundação,
a galeria apresenta a concepção estética do designer, muitas vezes
considerada subversiva, mas que detém uma costura de vanguarda —
discreta e inusitada —, em que seu atelier-couture reverencia a cor branca
e suas boutiques fazem da ilusão de óptica um suporte de decoração
perpetrando o imaginário MMM. www.somersethouse.org.uk
spa | les sources de caudalie
VinhoterapiaInstalado no domínio dos vinhedos do Château Smith Haut Lafitte, o Spa Les
Sources de Caudalie é um verdadeiro oásis com charme bucólico-chic
por Marilane Borges, especial da França
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Uma visão de horizonte embriagante, literalmente, essa é a primeira impressão que se tem do Spa Les Sources de Caudalie, rodeado por colinas repletas de vinhedos a perder de vista. Localizado nos arredores do Château Smith Haut Lafitte, que fica a 20 minutos de Bordeaux, o spa é pioneiro no conceito da vinhoterapia, tratamento baseado na utilização dos extratos das sementes da uva para a criação de produtos de beleza, indicados para o rejuvenescimento da pele e, especialmente, recomendados em massagens tonificantes. O spa, de 1.500 metros quadrados, concebido pelo arquiteto Yves Collet, foi inspirado no respeito ao ecossistema que rodeia o local. Ao aliar materiais nobres e naturais, como o mármore, a madeira e as pedras encontradas na região, Collet imaginou espaços que se abrem para os vinhedos ao redor e recebem luz natural, filtrada apenas por janelas que fazem lembrar as famosas moucharabiens, onde as mulheres árabes orientais têm o costume de se esconder para observar o que se passa no exterior, mas sem serem percebidas. Na decoração, o arquiteto optou pelas variedades dos tons ocre, fazendo um contraste suavizante com as cores bordô das uvas e o verde das plantações, presente em todos os espaços e nas 20 cabines de massagem, onde a iluminação é indireta, e o som ambiente, repousante. Na entrada de todos os espaços do spa, desde a recepção até as antessalas de atendimento, delicados cachepôs com cachos de uvas, colhidas diretamente nas vinhas do Château Smith Haut-Lafitte, são colocados
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Spa Les Sources de CaudalieChemin de Smith Haut Lafitte 33650 Martillac, França +33 (0)5 57 83 83 83www.sources-caudalie.com
à disposição dos visitantes. Um pequeno mimo para lembrar que o tempo de espera pode ser um momento relaxante e saboroso. Enormes varandas, acessíveis a partir das salas de espera, rodeiam toda a casa e servem como ponto de contato entre as cabines de tratamento, além de mostrar uma vista panorâmica magnífica das vinhas do château. Para quem prefere se exercitar ou se aquecer enquanto aguarda o momento de ser massageado, o hamman e as piscinas de banho termal com jet-stream podem proporcionar momentos agradáveis. Em dias de sol, um dos luxos que podem ser encomendados no local são as massagens exclusivas, feitas ao pé do vinhedo.
O nome de cada massagem do Spa Les Sources de Caudalie evoca a gama de variedades dos vinhos produzidos no Château Smith Haut Lafitte, como a massagem que atende por Merlot, à base de mel com esse vinho, as gommages Crushed Cabernet ou Friction Merlot, as massagens a seco, preparadas com os vinhos Vigneron e o Sauvignon ou ainda o Pulp Friction. Para relaxar completamente, o indicado é um banho de “Barrique”, com duração de 15 minutos, feito numa piscina em formato de ofurô com água quente enriquecida com algumas doses de extratos de uvas e uma massagista à disposição. Outra dica é o ritual de beleza “Corps de rêve” (Corpo do sonho), com um leque maior de possibilidades, que começa com um banho de imersão com sementes de uvas vermelhas, depois segue-se uma massagem feita com óleos biológicos, misturados com mel e vinho Merlot, e finaliza-se com uma gommage à Cabernet, que pode durar o dia inteiro e a sensação permanecer por muito tempo. Esse é o mistério desse lugar, onde o segredo do bem-estar esconde-se nas sementes das uvas, o fruto dos deuses, capaz de inspirar a beleza de momentos únicos, repletos de paz e quietude interior... A
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gastronomia | blumenthal n haut lafitte
The crazy alchemistMisto de mestre-cuca, cientista maluco e alter
ego do cozinheiro número 1 do mundo – o espanhol Ferran Adrià –, o chef tecnoemocional Heston Blumenthal coloca a pequena Bray no mapa gourmet e transforma o Reino Unido de túmulo gastronômico em vibrante berço de
experimentações culinárias
por Marco Merguizzo
68 MAGAZINE
MAGAZINE 69
Ele está para a alta cozinha do Reino Unido como Mick Jagger está para o rock e David Beckham para o English Team. O irrequieto londrino Heston Blumenthal, de 44 anos, é um dos gênios da culinária vanguardista da terra da Rainha Elizabeth, que até pouco tempo atrás carregava o estigma de “patinho feio” e túmulo da gastronomia mundial. “Quer comer realmente bem? Vá a um restaurante francês, e com um chef francês! Fuja da comida inglesa e dos chefs nativos!”, dizia-se antes do surgimento deste fenomenal cozinheiro autodidata. À frente do The Fat Duck, na pequena Bray, interior inglês, Blumenthal fez conhecida a sua cozinha, apontada desde 2006 como uma das melhores do mundo pela revista Restaurant, tornando-a um fervilhante e revolucionário caldeirão de experimentações gastronômicas. Melhor: ao inaugurar um novo e instigante capítulo na história da restauração inglesa, muitos críticos acreditam que esta deve ser classificada em antes de Blumenthal (a.B.) e depois dele (d.B.).
Exageros à parte, é impossível manter-se indiferente diante das inventivas criações culinárias deste craque do fogão. Assim como se vai ao cinema para ver uma comédia, um filme de ação ou um drama, o restaurante de Blumenthal oferece ao gourmet uma surpreendente e inesquecível viagem de entretenimento. Como o El Bulli, o berço da cozinha tecnoemocional, o The Fat Duck não foi concebido para saciar a fome física apenas, mas para apresentar ao comensal uma experiência gastronômica ímpar, divertida, teatral e científica que estimula o tato, a visão e, principalmente, a memória olfativo-gustativa, com seus cheiros, sabores e até sons, proporcionando a uns poucos privilegiados uma verdadeira aventura lúdica e sensorial. E é exatamente esse o objetivo do chef inglês: explorar a psicologia e a percepção de sentidos. Assim, clássicos como uma prosaica english pie ou um crème brûlée transformam-se nas mãos de Blumenthal em inusitadas preparações que brindam o paladar e os demais sentidos.
Para alcançar tais resultados, o chef passa a maior parte do tempo em seu laboratório, na companhia de cientistas e bioquímicos, criando técnicas, texturas, misturas e sabores completamente inovadores. Caso do sorvete de bacon defumado e ovos. Das hóstias de chocolate com caviar. E do salmão cozido com alcaçuz e geleia de laranja e beterraba, exemplos do verdadeiro ilusionismo cromático que seus pratos proporcionam. Adepto do uso de alta tecnologia aplicada na cozinha, não hesita em utilizar invenções e geringonças moderníssimas, dignas de filmes de ficção científica, como o flavor extractor, instrumento que concentra o sabor dos alimentos.
EstrEla tElEvisiva — Reconhecido pela abordagem científica que dá ao seu estilo de cozinhar, designada pelos críticos como gastronomia molecular ou tecnoemocional, Blumenthal não se limitou ao território da cozinha. Ganhou por isso merecida fama, virando celebridade dentro e fora das quatro linhas do Reino Unido. Apaixonado declarado pelas ciências, o craque dos fogões foi condecorado em 2006 pela Coroa Britânica com o
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título de “Master da Alquimia Culinária”. E mais: workaholic de carteirinha, transformou-se em respeitado autor de livros, além de apresentador de programas culinários campeões de audiência na tevê inglesa. Dos quatro livros assinados pelo chef, o seu primeiro, A New Approach to Cooking, lançado em 2004, é o mais célebre deles, seguido do mais recente, The Big Fat Duck Cook Book (2008).
Mas foi na telinha que Blumenthal ganhou notoriedade. Ao lado de outros “chefs pops” da atualidade, caso dos compatriotas Gordon Ramsay e Jamie Oliver, protagonizou em 2005 as séries Kitchen Chemistry with Heston Blumenthal, transmitida pelo Discovery Channel (que também viraria livro, editado pela Royal Society of Chemistry e distribuído em 6 mil escolas do Reino Unido e Irlanda) e, em seguida, Heston Blumenthal: In Search of Perfection e Further Adventures In Search of Perfection, ambas veiculadas pela BBC. Outro de seus programas, Heston’s Feasts, teve enorme audiência no Channel 4. Os episódios exibidos recriavam banquetes medievais, com maluquices como um “bolo ejaculador”, torresmo de tetas de porco e um porco inteiro recheado com linguiças. Além do Heston’s Feasts, ele comandou um segundo programa no mesmo canal, chamado Big Chef Takes on Little Chef, também de enorme sucesso. Nele, Blumenthal assume o controle de uma rede de fast-foods de beira de estrada — e falida — chamada Little Chef. Sua missão? Melhorar a comida e o cardápio e, ao mesmo tempo, injetar ânimo nos funcionários e tirar a marca do buraco.
a volta por cima — Prêmios, fama e reconhecimento de público, crítica e de seus próprios pares. Uma longa jornada até o topo da carreira, porém, foi percorrida pelo inglês. Sua genialidade, por exemplo, teria despertado ainda na adolescência. Mais precisamente numa viagem de férias feita com os pais à Provence francesa, aos 15 anos. Nessa incursão, visitou o L’Ouest de Baumaniere, até hoje tido como um dos melhores restaurantes do país. A partir de então, encantou-se pela alta gastronomia e suas alquimias. Autodidata, aos 17 de idade teve sua primeira experiência numa cozinha profissional, no restaurante de Marco Pierre White, Maniur Aux Quat’ Saisons, onde estagiou durante três meses. A seguir, estudou e debruçou-se sobre as cozinhas francesa e inglesa, trabalhando em restaurantes para obter o máximo de conhecimento e experiência possível.
Nesse tempo, seu principal hobby era gastar todo o dinheiro que ganhava durante o ano como vendedor para viajar com a mulher e comer em restaurantes estrelados da França. Chegou, até mesmo, a vender um velho carro da marca Proton numa dessas “férias gastronômicas” que fazia anualmente. “Na verdade, era uma loucura o que fazíamos. Mas valeu muito a pena ter ‘comido’ meu carro! Minha maior ambição, porém, era um dia entrar no Michelin!”, admitiria ele, anos depois. Em 1995, adquire com suas economias um pub a 40 minutos de Londres e decide abrir o The Fat Duck, ao lado do restaurante triestrelado dos irmãos Roux.
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Seis anos depois, também ganharia a cotação máxima do rigoroso guia Michelin, realizando enfim o seu almejado sonho. Quatro anos se passaram e, em 2005, o Duck seria apontado pela revista Restaurant como o melhor do mundo (hoje, ocupa a terceira posição). Mas nem tudo foram flores na vida de Blumenthal. Talvez a pior passagem de sua trajetória tenha ocorrido em fevereiro do ano passado: o “toque de Midas” do chef inglês ameaçou perder o brilho e o seu prestígio ruir irreparavelmente quando alguns dos clientes do Duck tiveram um surto estomacal por conta de uma suposta intoxicação alimentar. O escândalo ganhou grande repercussão mundial, o que culminou com o fechamento do restaurante (por iniciativa do próprio Blumenthal, ressalte-se) durante algumas semanas para as devidas investigações. Suspeita da ação de um vírus desconhecido (o Noros) ou mesmo sabotagem, nada ficou comprovado e Blumenthal deu a volta por cima. Em maio deste ano, ele inaugurou em Bray o seu segundo pub: The Crown. Sempre irrequieto e cheio de planos, promete não parar por aí. Além de um novo livro e uma nova série de tevê, ele vai finalmente abrir as portas, após anos de planejamento e negociação, do seu restaurante na capital inglesa: o Dinner by Heston Blumenthal, no luxuoso hotel Mandarin Oriental londrino – o acontecimento gastronômico mais aguardado de 2010. Decerto, o chef alquimista terá um novo e surpreendente truque culinário – ou vários deles – na manga para apresentar. A
The Fat Duck – High Street, Bray, Berkshire SL6 2AQ, tel. 44 (0) 1628 580333 www.thefatduck.co.uk
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consumo
por fran oliveira
OPERA GANACHE Há cinco anos a Opera Ganache - Alta Confeitaria faz sucesso com
doces criados pelo conhecido chefe confeiteiro Rafael Barros para
eventos e casamentos e também para cardápios de sobremesas
especiais de restaurantes e hotéis. Em final de 2009 a marca fez uma
parceria com o Grupo Pão de Açúcar inaugurando sua primeira loja do
Shopping Iguatemi, com uma coleção especial de doces e novidades
temáticas. Segundo Rafael nos últimos anos a demanda de pedidos de
seus clientes para entregas em casa mostrou a importância de abrir
uma loja para o consumidor final e a oportunidade se revelou favorável
a essa boa parceria. A experiência foi um sucesso e hoje a marca abre
sua segunda loja no novo Pão de Açúcar Panambi, que acaba de ser
inaugurado no bairro do Morumbi. Pão de Açúcar Panambi, rua Dr. José
Ramon Urtiza, 1000, Morumbi. www.operaganache.com.br
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por fran oliveira
Relógio M Sport-Chronograph BMW. R$ 1.813. Eurobike, tel.: (11) 3883-7100
Tenis Tiger Mini - John Cooper Works, R$ 499. Caltabiano Mini, tel.: (11) 3092-1000
Mini Frigobar Urban Chill Box, R$ 1.200 .Caltabiano Mini, tel.: (11) 3092-1000
A grande lebre, batizada de Hospitality, do artista britânico Barry Flanagan, é o cartão de visitas desse terroir, que abriga um dos vinhedos mais renomados do sul da França. Um local que tem como expressão máxima do seu terroir a filosofia de que, para um vinho ser poderoso, encorpado e equilibrado, é essencial que as uvas estejam em constante equilíbrio com seu ambiente natural, para que haja perfeita harmonia entre o solo e a videira. Esse preceito do Château Smith Haut Lafitte — cuja variação do último termo é “la hitte”, que significa colina em francês arcaico — teve origem no seu passado, permeado de história, que remonta a Verrier Du Bosq, ainda nos idos de 1365. Mas foi no século 18, quando o negociante e navegador escocês George Smith comprou a propriedade e a batizou com seu nome, que teve início a saga desse vinhedo em busca da excelência do Grand Cru Classé de Graves.
Smith Haut LafitteConhecido no mundo inteiro por sua nobre história, que remonta
ao século 18, este château é guardião de excelentes vinhos
por Marilane Borges, especial da França
76 MAGAZINE
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Situado em Martillac, rica região vinícola nos arredores de Bordeaux, o Château Smith Haut Lafitte pertence atualmente a Florence e Daniel Cathiard, ex-campeões de esqui francês, entre os anos de 1965 e 1968, que assumiram os negócios da vinícola há duas décadas e investem todo o seu tempo e dinamismo no cultivo dos seus 66 hectares, que abrigam esculturas gigantes de artistas contemporâneos, como a Vénus Bordeaux, de Jim Dine. “A recuperação do vinhedo e toda a reforma do château exigiram investimentos consideráveis, mas nós estávamos dispostos a assumir o desafio de cultivar os 11 hectares de uvas brancas e 45 hectares de uvas vermelhas”, conta Florence Cathiard. As vinhas do château estão localizadas em uma área coberta de günziennes graves, que dão excelente drenagem natural ao vinhedo, forçando as raízes das plantas a ir buscar água e oligoelementos a mais de 6 metros de profundidade. As pedras que compõem o solo local fazem a parte principal no processo de maturação dessas uvas e funcionam como refletores do sol, dando aos vinhos uma característica harmoniosa que, uma vez na boca, apresenta uma apelação elegante, fina e equilibrada. Outra parte importante nesse processo de cultivo está associada às modernas técnicas biodinâmicas de bioagricultura, que foram gradualmente integradas ao château e são, na verdade, estimuladores de defesa natural e enriquecedores do solo, arado a cavalo mecânico. Todos esses elementos foram pensados para incitar o crescimento natural e harmonioso das vinhas, que, normalmente, têm idade média de 38 anos e sua densidade de plantio chega a 9 mil pés
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de videiras por hectare. Para que essa vida útil do terreno perdure, no período da safra a colheita das uvas é feita manualmente e o fruto é transportado em microgaiolas. Primeiramente, a triagem inicial é feita numa espécie de tapete, colocado abaixo das plantas, que retém apenas as melhores uvas e rejeita as partículas vegetais e, desde 2009, a propriedade usa um tapete de triagem óptica bem mais eficiente.
O Château Smith Haut Lafitte usa tonéis de carvalho e de madeira de 110 hectolitros e 80 hectolitros perfeitamente adequados à maturação das uvas, que são esmagadas, mas não vinificadas. A propriedade se beneficia de sua própria tonelaria, instalada próximo aos vinhedos, que abastece metade das suas necessidades. Para a composição do tinto “Smith Haut Lafitte”, a extração das uvas é feita por remontagem, ou seja, são estocadas diretamente nos barris, onde efetuam sua fermentação alcoólica e malolática. Os resultados têm demonstrado uma harmoniosa integração da madeira com o aroma frutal. Com os vinhos brancos, o processo se dá
com a prensagem das sementes, feita em compressas pneumáticas em atmosfera controlada, inerte de nitrogênio, para proteger o suco da oxidação. O suco é derramado, graças à gravidade, nas cubas de aço inoxidável e o processo é iniciado 24 horas antes de o líquido ir para os barris, onde a fermentação começa com as leveduras e pode durar entre 8 e 20 dias, dependendo do clima do ano.
Enogastronomia clássica — Durante algumas décadas, todo o vinho produzido no château era destinado essencialmente à Inglaterra. No entanto, depois que a família Cathiard assumiu os negócios, há 20 anos, outros mercados têm sido explorados, em especial a Ásia. “Hong-Kong, Coreia e Japão fazem parte do negócio potencial do Château Smith Haut Lafitte. Na verdade, o mercado asiático é bastante sensível à cultura vinícola e ao vinho em si, como um dos preceitos para se ter uma saúde equilibrada. Mas vale ressaltar que, cada vez mais, temos recebido um número considerável de brasileiros
Château Smith Haut Lafitte: tonéis de carvalho e de madeira adequados à maturação das uvas
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interessados em nossos vinhos,” revela Florence. Excelente gastronomia, harmonizada com grandes vinhos, é a premissa dos melhores restaurantes do mundo, tanto que todos os chefs que ostentam estrelas possuem uma carta de vinhos à altura de sua clientela internacional. “Nosso segundo vinho, “Les Hauts de Smith”, está presente nos melhores restaurantes e, particularmente, nos bares e bistrôs gastronômicos ao redor do mundo”, conta Florence. “Os vinhos brancos, em especial, têm personalidade forte, são aromáticos e resistem muito bem aos pratos picantes e com preparações à base de curry ou sushis”, completa. Vinho e alta gastronomia sempre estiveram associados e, para confirmar isso, personalidades do circuito enogastronômico, como Enrico Bernardo, considerado o melhor sommelier do mundo em 2004, ou Alain Ducasse e seu sommelier Thomas Combescot, do Saint-Régis, em Nova York, colocam em evidência suas excelentes cartas de vinhos nos restaurantes que orquestram, porque entendem que esse é mais um dos prazeres apreciados pelos
gourmets. Em Londres, o Wonder Bar, na loja de departamentos Selfridges, em Oxford Street, há muito captou esse conceito e instalou máquinas “Enomatic”, um sistema self-service que permite ao cliente comandar e degustar grandes vinhos em taças individuais durante as compras. “As vinhas do Château Smith Haut Lafitte são compostas de 55% de Cabernet-Sauvignon, 34% de Merlot, 10% de Cabernet-Franc e 1% de Petit-Verdot; os brancos correspondem a 90% de Sauvignon, 5% de Sauvignon Gris e 5% de Sémillon”, explica Florence Cathiard. Uma exímia conhecedora do assunto e uma anfitriã perfeita que gosta de receber seus hóspedes e os apreciadores de vinhos em sua residência particular, situada entre os vinhedos do château, para falar de sua grande paixão, sempre com a delicadeza de servir seus convivas com o melhor de sua rica adega. A cultura vinícola e o famoso french paradox devem muito a essa dama do Grand Cru Classé de Graves e à beleza dos seus vinhedos, repletos de obras de arte contemporânea e das delícias de Baco. A
Florence Cathiard: “O mercado asiático é sensível à cultura vinícola, como um dos preceitos para se ter uma saúde equilibrada”
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evento
por marilane borges
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ChoComaniaPor essa novidade as chocólatras não esperavam: as duas maiores paixões
femininas, moda e chocolate, estarão juntas no 16° Salão do Chocolate,
que acontece na Porte de Versailles, de 28 de outubro a 2 de novembro,
quando Paris e o mundo inteiro sucumbem à folia do chocolate. O evento,
que tem por vocação demonstrar ao público as mais mirabolantes ideias
e receitas, agora conta com um time especial de estilistas que, com o
chocolate, desenvolve coleções efêmeras que duram apenas o tempo
da degustação! Essa nova edição propõe uma aliança entre guloseimas,
moda, vinho e café e, como é de praxe, a temática deste ano gira em torno
da moda ética e do consumo bio-ético. Afinal, a tendência do momento é
a ”green attitude” e, como chocolate e moda não têm fronteiras, só nos
resta apreciar e saborear o espetáculo. www.salonduchocolat.fr
84 MAGAZINE
Ainda que as viagens marítimas sejam mais democráticas hoje em dia (em comparação com anos atrás), há cruzeiros que continuam sendo para poucos. O navio mais luxuoso do mundo, o Silver Spirit, da Silversea, começou a navegar em janeiro e durante todo o ano estará cruzando os mares e oceanos do mundo. O luxo da embarcação, com sofisticada decoração art déco dos anos 1930, já começa, aliás, com a quantidade de pessoas. Vá lá que a embarcação não seja tão grande, tal como é o Splendour of the Seas, que tem o dobro do seu tamanho e capacidade para quatro vezes mais passageiros, mas a proposta é totalmente diferente. Para se ter uma ideia, o Silver Spirit tem 95% de suas suítes com varanda, seis restaurantes (sendo quatro all inclusive) e quase a proporção de um funcionário para cada dois hóspedes, incluindo mordomo: são mais de 300 funcionários para atender 540 passageiros.
Silver SpiritViagens gastronômicas em vários mares
do mundo durante o ano todo
por TaTianna BaBadoBulos
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As cabines possuem de 29 m2 a 150 m2, sendo que cada suíte tem televisores de plasma, banheiros espaçosos (um dos diferenciais), além de closet walk-in e penteadeira. É aqui, aliás, onde está o principal tratamento VIP (e cortesia): champagne Pomery, chocolates Godiva, perfumaria premium que permite ao hóspede escolher entre Bvlgari, Acqua de Parma ou Neutrogena; e mimos como flores e frutas diariamente. Se você acha que travesseiro bom é aquele que se leva de casa, saiba que neste navio há um menu com nove opções de tamanho e composição, além de aromaterapia para o momento de dormir sem estresse. Porém, como ninguém é de ferro, o spa da grife Steiner Leisure Limited tem nove salas de massagem, cabeleireiro, fitness center, saunas secas e a vapor e até um pacote oferecido por dermatologista com tratamentos faciais para redução de rugas, botox, preenchimento.
Opção de lazer também não falta. No navio, que é all inclusive (com exceção do spa e da internet sem fio), há uma biblioteca com prateleiras recheadas de livros, do chão até o teto. E a área externa é enorme, podendo ser bem aproveitada, de maneira que os hóspedes não ficam espremidos nas espreguiçadeiras. Depois de um dia cheio de atividades, o show de música ao vivo fecha a noite com chave de ouro. A viagem inaugural saiu em janeiro de Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, passou pelo Caribe até chegar ao Rio de
MAGAZINE 87
Tatianna Babadobulos viajou a Buenos Aires a convite do Silversea, do hotel Four Seasons Buenos Aires e da British Airlines
Janeiro para o Carnaval e depois seguiu pela Argentina, fazendo a primeira parada em Buenos Aires, onde tive a oportunidade de conhecê-lo. Depois foi em direção ao Chile, Peru e México, até aportar em Los Angeles, nos Estados Unidos. No verão do Hemisfério Norte, vai atrás do calor e das águas quentes do Mediterrâneo, onde fica até setembro. De novembro a fevereiro, o Silver Spirit segue novamente para as águas quentes do Caribe. O réveillon, porém, está marcado para começar em Barcelona, na Espanha, em 23 de dezembro, e chegar a Lisboa, em Portugal, em 3 de janeiro.
Gastronomia — Além de todo o luxo e glamour que cercam uma viagem de navio, principalmente por conta dos jantares com o comandante e das festas, não apenas as de bordo mas também aquelas na cidade onde a embarcação aporta, há as delícias gastronômicas que não podem passar batidas. A novidade é o restaurante japonês Seishin e o Stars Supper Club – restaurante com
jantar dançante e música ao vivo. Há ainda a opção do cruzeiro temático, que conta com Relais & Châteaux L’École des Chefs, responsável por trazer aos passageiros cursos e eventos estrelados pelo chef David Bilsland, instrutor da Escola de Culinária Le Cordon Bleu, de Londres, em parceria com Jacques Thorel, proprietário do L’Auberge Bretonne, na França, Grand Chef Relais & Châteaux. Durante a viagem, é possível aprender sobre os sabores locais de cada itinerário, há workshops sobre a utilização de facas e terminologias culinárias de molhos e assados, demonstrações culinárias com degustação de vinho, e outras atrações. Ainda para este ano estão previstos eventos no Mediterrâneo, em outubro, África e Oceano Índico, assim como no Caribe, México e Canal do Panamá, em novembro. Deu água na boca? É só fazer as malas. www.silversea.com
N ESTA EDIÇÃO NOSSO TEMA É A SUSTENTABILIDADE, e nós do Paisagismo em Foco apresentaremos alguns ambientes que utilizaram produtos e ações sustentáveis em seus projetos priorizando a estética e a funcionalidade em prol da qualidade de vida.
Todos sabemos o quão prazeroso é estar numa casa, num jardim ou em praças que possuem áreas verdes bonitas com paisagismo bem planejado, e tudo se torna mais prazeroso quando nestes ambientes são utilizados produtos sustentáveis e de alta qualidade que proporcionam benefícios não só ao homem, mas também para natureza.
Como é o caso dos pisos ecológicos que drenam e fi ltram a água ajudando a regar o solo não permitindo que se formem poças d’água atrapalhando a passagem.
UM CONVITE AO DESIGN DE EXTERIORES!
E DA SENSAÇÃO DE MORAR EM UMA CASA ECOLOGICAMENTE SUSTENTÁVEL que permite uma maior integração das áreas externas e internas, isso é extremamente agradável e nos da à certeza de sermos especiais colaboradores do nosso planeta em benefício do Homem.
DRENAC – Gyotokuby Benedito Abbud
PAISAGISMO EM FOCO tem os comentários da paisagista e designer
MARI POLESI
CONFIRA TAMBÉM EM:TV ALPHAVILLE
2ªs, 4ªs e 6ª feiras as 22h3ªs, 5ªs e Sábados as 11h
REVISTA
O Paisagismo em Foco é um portal multimídia na internet com ações mensais em Revista e TV que apresenta as ultimas tendências do Design de Exteriores sob a ótica do Paisagismo e da Sustentabilidade.
O 1º portal de Paisagismo, Design e bom gosto em Alphaville, Tamboré, Aldeia da Serra e Granja Viana.
Cobertura completa da mais importante feira de paisagismo das Américas. Acesse:
www.paisagismoemfoco.com.br
Casa do Mirante – Sustentabilidadeby Débora Aguiar.
BEM-VINDOS AO PAISAGISMO EM FOCO, UM CONVITE AO DESIGN DE EXTERIORES.
final_dupla_amagazine_agosto.indd 1 26/7/2010 23:54:27
N ESTA EDIÇÃO NOSSO TEMA É A SUSTENTABILIDADE, e nós do Paisagismo em Foco apresentaremos alguns ambientes que utilizaram produtos e ações sustentáveis em seus projetos priorizando a estética e a funcionalidade em prol da qualidade de vida.
Todos sabemos o quão prazeroso é estar numa casa, num jardim ou em praças que possuem áreas verdes bonitas com paisagismo bem planejado, e tudo se torna mais prazeroso quando nestes ambientes são utilizados produtos sustentáveis e de alta qualidade que proporcionam benefícios não só ao homem, mas também para natureza.
Como é o caso dos pisos ecológicos que drenam e fi ltram a água ajudando a regar o solo não permitindo que se formem poças d’água atrapalhando a passagem.
UM CONVITE AO DESIGN DE EXTERIORES!
E DA SENSAÇÃO DE MORAR EM UMA CASA ECOLOGICAMENTE SUSTENTÁVEL que permite uma maior integração das áreas externas e internas, isso é extremamente agradável e nos da à certeza de sermos especiais colaboradores do nosso planeta em benefício do Homem.
DRENAC – Gyotokuby Benedito Abbud
PAISAGISMO EM FOCO tem os comentários da paisagista e designer
MARI POLESI
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O Paisagismo em Foco é um portal multimídia na internet com ações mensais em Revista e TV que apresenta as ultimas tendências do Design de Exteriores sob a ótica do Paisagismo e da Sustentabilidade.
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design
por marilane borges
90 MAGAZINE
Design italianoAlessi, especializada na arte da mesa e um dos ícones do design italiano,
com quase 90 anos de existência, está sendo homenageada numa
exposição retrospectiva e prospectiva no Museu Internacional do Design,
em Munique, até o final de setembro. “Objetos e projetos by Alessi: história
e futuro de uma fábrica de design italiano” apresenta uma centena de
produtos e criações que fazem referência ao passado e ao futuro da marca.
Sob a égide do designer e colaborador de longa data, Alessandro Mendini,
que se tornou o comissário e cenógrafo da mostra, esta é uma ocasião
única para conhecer a empresa que é um verdadeiro success story com
seus objetos cults, como a cafeteira “La Conica” desenhada em 1980 por
Aldo Rossi, o espremedor de limão “Juicy Salif” de Philippe Starck (1990)
ou ainda a peça “Blow up” em bambu, imaginada pelos Irmãos Campana.
DESIGN
por marilane borges
92 MAGAZINE
Cada um Com seu parA marca de sandálias Melissa, sempre criando objetos do desejo em
parceria com arquitetos e designers, convidou o italiano Gaetano Pesce,
que vive em Nova York, para criar uma coleção para uma de suas edições
limitada. Pesce imaginou uma botina surpreendente com pequenas
pastilhas coloridas e alinhadas que, segundo o desejo da cliente, podem
se transformar em sandálias ou sapatilhas de até sete estilos diferentes,
apenas com um simples corte de tesoura. Quanto às cores, o designer
escolheu uma palheta de seis variações coloridas: transparente, preto,
vermelho, azul celeste, laranja translúcido e bege opaco.
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*A Toyota é a única montadora brasileira que oferece três anos de garantia de fábrica para toda a linha, sem limite de quilometragem para uso particular e, para uso comercial, três anos de garantia de fábrica ou 100.000 km, prevalecendo o que ocorrer primeiro. Consulte o livrete de garantia, o manual do proprietário ou o site www.toyota.com.br para obter mais informações. A Toyota reserva-se o direito de alterar as especificações e características de seus produtos sem prévio aviso. Fotos meramente ilustrativas.
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Venha conhecer a nova linha
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especiais
DESIGN
por marilane borges
94 MAGAZINE
Puro décorO Museu das Artes Decorativas de Bordeaux deu uma garimpada em suas
coleções contemporâneas e abriu um espaço totalmente voltado para o design
-- objetos e mobiliário —, onde uma das galerias foi dedicada especialmente às
cadeiras, colocando em evidência a evolução desse móvel e sua importância
decorativa. Alguns dos modelos que podem ser apreciados nesse espaço
são as peças La Mamma, de Gaetano Pesce, ou Tongue, de Pierre Paulin,
entre outras. O design francês dos anos 80 está bem representado com
as criações de Philippe Starck, Martin Szekely, Garouste et Bonetti, Andrée
Putman, Olivier Gagnère, com modelos históricos que marcaram época e
testemunham a diversidade da criação do mobiliário do século 20. Grandes
representantes e distribuidores do design, como a empresa belga Quattro
Benelux e a italiana Magis e Jasper Morrison, cederam várias das muitas
peças que compõem essa exposição permanente. www.bordeaux.fr
MAGAZINE 71 PB MAGAZINE
motor | bmw
BMWo futuro mora ao lado
A sociedade, atualmente, tem sido confrontada por desafios crescentes. Mais e mais fatores estão influenciando as implicações da ação individual e corporativa. O mundo está em um estado de agitação ambiental, econômica e social. Mas em quais mudanças devemos focar nossa atenção e como
podemos responder a elas?
por Fran oliveira, de Munique
Mudança climática e o aquecimento global resultante são uma realidade. A década de 2000 a 2009 foi certamente a mais quente jamais registrada, ainda que os esforços mundiais para neutralizar os problemas tenham sido também os maiores de todos os tempos. A queima de combustíveis fósseis, em particular, gera dióxido de carbono (CO2), que é prejudicial ao clima e agrava ainda mais o efeito estufa, acelerando assim o aquecimento global. A fim de desacelerar a mudança climática e possivelmente até mesmo pará-la, o mais importante desafio é, portanto, reduzir significativa e rapidamente as emissões de CO2. Meios possíveis de fazer isso incluem uma mudança dos combustíveis fósseis para fontes de energia renovável, bem como o aumento da eficiência de todo o consumo de energia. Além das mudanças no nosso clima, todo o planeta é afetado acima de tudo pela iminente escassez de recursos. Matérias-primas-chave como petróleo e metais preciosos não possuem oferta ilimitada, ainda que a demanda diária
esteja aumentando. Uma das causas da diminuição dos recursos reside na crescente industrialização das nações emergentes. Mas o desenvolvimento populacional, a elevação dos padrões de vida e o uso irresponsável de matérias-primas também estão contribuindo para essa tendência. Conclusão: os preços estão subindo em todas as commodities. Em um futuro previsível — o ponto exato no tempo é contestado — será atingindo o limite global máximo de extração de petróleo (“pico de petróleo”). Desse ponto em diante o abismo entre a oferta e a demanda crescerá ainda mais e não será possível suprir todas as necessidades. É por isso que a busca por alternativas ao petróleo já está avançando a todo vapor.
SuStentabilidade como uma tendência Social — Por causa da escalada dramática dos desenvolvimentos climáticos e da redução de recursos, a humanidade está se tornando cada vez mais consciente do seu papel no sistema ecológico. Muitas pessoas já entenderam
102 MAGAZINE
MAGAZINE 103
104 MAGAZINE
a mensagem: elas se veem como parte de um sistema universal e querem se comportar de forma ponderada e responsável — especialmente ao ter em mente as futuras gerações —, adotando um estilo de vida sustentável. Contudo, “sustentável” significa mais do que apenas “não agredir o meio ambiente”. Conforme geralmente compreendido, o termo “sustentabilidade” possui três aspectos: ambiental, econômico e social. Sustentabilidade ambiental descreve o objetivo de preservar a natureza e o meio ambiente para as futuras gerações, isto é, utilizando recursos responsavelmente. Sustentabilidade econômica requer comportamento econômico que ofereça uma base robusta e duradoura para o comércio, para o trabalho e para a prosperidade. Sustentabilidade social significa o desenvolvimento da sociedade para assegurar o envolvimento de cada membro de uma comunidade. Como uma das primeiras empresas a fazer isto, o BMW Group já se comprometeu com a sustentabilidade em todos esses três aspectos, tendo em vista a criação de valor agregado para a empresa, para o meio ambiente
e para a sociedade. O fato é que, também nos negócios, a sustentabilidade é percebida como cada vez mais importante e refletida em ferramentas como o Índice Dow Jones de Sustentabilidade. Tais índices compartilhados não apenas avaliam as empresas de acordo com critérios econômicos mas também levam em conta aspectos ecológicos e sociais. Nesse contexto, o BMW Group tem sido líder no seu setor nos últimos cinco anos.
urbanização creScente — As cidades requerem novas soluções para a mobilidade. Uma maior tendência que se pode observar é a crescente urbanização. Mais e mais pessoas estão se mudando do campo para os centros urbanos, vilas estão virando cidades, as fronteiras entre município e campo estão acabando. Desde 2007, mais da metade da população mundial tem migrado para as metrópoles. De acordo com previsões da ONU, a proporção da população mundial vivendo em cidades aumentará em 60% por volta de 2030, e em 2050 alcançará 70%. Mesmo hoje há mais de 130 cidades
104 MAGAZINE
no mundo todo com mais de 3 milhões de habitantes.Um efeito colateral particular da urbanização é o surgimento das chamadas “megacidades”. Dependendo da definição, o termo “megacidade” ou “mega-área urbana” é usado para descrever lugares com, no mínimo, 8 milhões de habitantes. Se por um lado essas cidades estão crescendo cada vez mais rápido, também estão aumentando os desafios como superlotação e poluição. E as megacidades ainda não são parecidas: Xangai, Londres, Los Angeles e Tóquio são certamente megacidades por definição, mas são amplamente distintas em sua infraestrutura de transportes, bem como com relação às demandas de seus cidadãos por mobilidade pessoal. A influência do crescimento na infraestrutura urbana varia de cidade para cidade.
Os governos de vários países também estão tomando medidas como consequência da mudança climática e da redução dos recursos. Eles estão tentando combater o aumento da emissão de CO2 com a introdução de certificação para veículos com emissão de poluente zero,
restrições no acesso a vias públicas e uma ambiciosa legislação de frota. Os EUA, a Europa, a China e o Japão, por exemplo, estão pedindo por uma redução na emissão total de poluentes dos veículos de até 30% até 2020, em comparação com 2008. A mobilidade do futuro requer um novo equilíbrio entre exigências globais e necessidades individuais. São necessárias novas soluções para a mobilidade pessoal em áreas urbanas. Elas precisam ser reconhecidamente sustentáveis e, o máximo possível, não dificultadas por restrições, e ao mesmo tempo oferecer a possibilidade de diferenciação. Nisso tudo, a redução do consumo de combustível e da emissão de poluentes será cada vez mais importante.
O BMW Group tem reconhecido essas necessidades e tem, por si próprio, assumido o objetivo de tornar possível a emissão zero de poluentes na mobilidade. Com isso em mente, está desenvolvendo um veículo que abra novas possibilidades nesta área e possa se adaptar à evolução das necessidades do consumidor. “No futuro ainda haverá uma necessidade por mobilidade
MAGAZINE 105
individual. Os clientes sempre querem decidir por si próprios quando, onde e como eles vão viajar. Mas eles vão querer fazê-lo da forma mais ambientalmente responsável possível. E o desejo de ser diferente dos outros ainda estará lá – por exemplo, um desejo de se destacar na multidão com a aquisição de produtos premium”, diz Peter Ratz, chefe de desenvolvimento do Projeto i. Lançado no fim de 2007, a missão concreta é desenvolver novos e pioneiros produtos estreitamente voltados para os desafios futuros e demandas do cliente no campo da mobilidade urbana.
O BMW Group vê a eletromobilidade como um meio possível de atender à demanda futura por mobilidade pessoal. Aqui, uma grande vantagem reside na emissão zero de poluentes locais. Como a e-mobilidade envolve a conversão de corrente elétrica em vez do combustível em propulsão, nenhum gás nocivo ao clima é criado durante a viagem. Se a energia para dirigir o veículo é obtida de uma fonte renovável, como o vento ou a força da água, a e-mobilidade é neutra climaticamente e conserva os recursos naturais, uma vez que mesmo na geração de energia necessária nenhum CO2 atinge o meio ambiente. Por um lado, veículos elétricos
contribuem dessa forma para reduzir a emissão de poluentes e aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades. Por outro lado, a e-mobilidade responde assim à crescente necessidade do consumidor de atuar de uma maneira holística, ecologicamente sustentável e ambientalmente responsável. “A eletromobilidade permite que as pessoas se locomovam individualmente sem poluir o meio ambiente com emissões nocivas de poluentes. Nós estamos muito conscientes dos limites da eletromobilidade, mas isso não impede que superemos esses limites passa a passo, dia a dia”, afirma Martin Arlt, diretor do Centre of Competence for Electric Mobility. Os engenheiros de desenvolvimento da companhia reconheceram áreas na eletromobilidade que precisam ser melhoradas e estão trabalhando intensivamente em soluções ideais e amigáveis para o cliente. Nesse contexto, a empresa está realizando extensos projetos piloto na Alemanha, no Reino Unido e nos Estados Unidos para obter informações valiosas sobre o uso e a operação de e-veículos e para torná-los ainda mais adequados às necessidades do cliente. Como mostram os primeiros resultados dos testes do MINI E, o BMW Group está na trilha certa. A
106 MAGAZINE
náutica | strand-craft 122 open
boat and car
Monarquia constitucional e com sistema parla- mentar de governo, a Suécia tem uma economia altamente desenvolvida e leis rígidas em relação à proteção do meio ambiente. Na indústria madeireira, cada árvore cortada é compensada por mais quatro mudas, fazendo com que em 100 anos o país dobre o número de hectares de suas florestas. A Suécia, assim como o resto da Escandinávia, tem uma grande quantidade de lagos — prin- cipalmente no sul com o Vänern, o Vatern e o Malaren. Os maiores rios estão na parte central e norte, sendo que descem dos montes escandinavos e deságuam no Mar Báltico. Fundada em Grums, uma pequena cidade à margem nordeste do Lago Vänern — maior mar interno da Europa —, a empresa Strand-Craft Boats dedica-se a construir obras de arte nessa região da Escandinávia que tem longa tradição em construção de barcos.
Iate de 17 milhões de libras tem seu próprio carro, que pode ser
guardado a bordo
por raphael Cintra
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Cada barco construído tem uma personalidade. Os mínimos detalhes são meticulosamente pensados. A carpintaria, o cromado, o trabalho de laqueação, o couro, os tecidos e os acabamentos são todos de altíssima qualidade. O Strand-Craft 122 Open — iate de 38 metros, ultraluxuoso e muito rápido — é a mais recente obra de arte dessa conceituada empresa que oferece como “brinde” aos compradores um supercarro com motor V12 twin-turbo de 892 cv. Serão apenas seis modelos já com cinco possíveis compradores capazes de desembolsar 17 milhões de libras por um superiate de 122 pés empurrado por dois motores a diesel MTU Series 4000, chegando a mais de 9.300 cv. E ainda existe a opção de um motor adicional Vericor TF 50 para mais 5.170 cv extras. Para não ser superado, o supercarro alcança a velocidade de 233 milhas por hora. Essa oferta “compre um, leve dois” foi lançada recentemente e tem atraído a atenção de bilionários do mundo todo. O iate tem decoração art déco, quatro grandes salas, área de recepção, salão, sistemas de som de última geração em cada cômodo – todos personalizados. Segundo Kurt Strand, fundador da empresa, o barco e o supercarro foram construídos para os muito ricos. “Temos interesse em todo o mundo. Mais especialmente no Oriente Médio. Nosso projeto foi pensado para as pessoas que desejam o melhor do luxo”, afirma. A
O interior do iate tem decoração art déco. O estilo pode ser mudado, de acordo com o gosto do comprador
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catwalk
por marilane borges
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Romantic giRl A coleção primavera/verão da Lanvin apresentou uma mulher de silhueta
sexy e atemporal, desfilando com vestidos, saias e combinações, que
não obedecem a uma escala de tamanho, as peças podem ser curtas
ou longas sem fazer concessões. Modelos de um ombro só, tomara-
que-caia, muitos babados, transparências e rendas que dão o tom dos
figurinos da nova tendência da moda bucólica e chique.
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