A METODOLOGIA DO WEBQUEST NO ENSINO DE
GEOGRAFIA NA 5ª SÉRIE
Marta Margareth Schiffl Beal1
Mafalda Nesi Francischett2
Resumo
Este artigo tem como objetivo relatar a intervenção pedagógica realizada através do uso da metodologia do Webquest no ensino de Geografia na 5ª série, como propósito desenvolvido no Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná – PDE, 2007. Esta proposta foi embasada na pesquisa sobre a metodologia Webquest e os resultados estão demonstrados no trabalho final realizado pelo professor e seus alunos focando um conteúdo de Geografia. A Webquest permite direcionar o material a ser pesquisado e aos alunos, mais informações acerca do assunto e elaboração de textos de autoria. Possibilita, pois, praticar a pesquisa em textos disponíveis na web com orientações organizadas pelo professor em todas as etapas da pesquisa.
Palavras-chave
Metodologia. Webquest. Intervenção.
THE METHODOLOGY OF WEBQUEST IN TEACHING
FOR 5th GRADERS
Abstract
The objective of this study is to report the pedagogical intervention made through the use of Webquest methodology in teaching Geography for fifth grade, as a proposal developed in the Educational Development Program in Paraná State – PDE, 2007. This proposal was based in the research about a Webquest methodology and the results are demonstrated in the final work made by the teacher and his students focusing a Geography content. The Webquest permits to direct the material to be studied and to the students, more information about the subject and elaboration of authorship texts. So it helps to practice and to research in texts available on the web with orientations planned by the teacher in all the research phases.
Keywords: Methodology. Webquest. Intervention.1 Professora da rede estadual de educação do estado do Paraná, especialista em Ensino de Geografia e especialista em Tecnologias na educação.2 Professora da UNIOESTE- FBE (IES).
Introdução
Como incorporar as tecnologias midiáticas à educação? Será
que elas proporcionam as mudanças desejadas? Será que as
tecnologias modificam o papel do professor na aprendizagem dos
conteúdos propostos? Como indicar caminhos claros para enfrentar o
desafio da formação e do desempenho docente nos processos de
utilização destas tecnologias?
Com o advento da internet os trabalhos de consultas escolares
tornaram-se comum as cópias, o ato de copiar e de colar. Isto não
forma pesquisadores. Então, como tornar a pesquisa escolar em uma
atividade de aprendizagem? Como desenvolver o trabalho corporativo
com os alunos?
A pesquisa como uma atitude para capacitar o aluno vai muito
além do ato de copiar, colar e reproduzir. É de vital importância para
a educação e junto a esta atitude torna-se necessário que o professor
assuma o papel de mediador estabelecendo relações entre o
conhecimento do aluno ao conhecimento científico.
Esta proposta de utilizar a metodologia Webquest no ensino de
Geografia na 5ª série visou trabalhar com os alunos para postura
investigativa, instigando-os a colaborar na construção e autoria de
textos.
Há uma expectativa entre os educadores de que as
tecnologias trarão soluções rápidas para a educação. Mas, “O simples
acesso à tecnologia não é o mais importante. O computador por si só
não provoca as mudanças desejadas” (MORAES, 2003, p.3). Os
recursos midiáticos são importantes, mas sozinhos, sem a mediação
do professor, não resolvem as questões educativas, muito menos
propiciam novas maneiras de manusear a informação e de produzir
conhecimento. São apoios que permitem realizar atividades de
aprendizagem de forma diferente e atualizada.
Nosso propósito, ao sugerir esta metodologia é compreender
de que maneira a educação para as mídias tem sentido. Para isto é
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necessário aprender a operacionalizar tais recursos e entender a
linguagem das mídias para criar situações que favoreçam ao aluno
integrar estes recursos desenvolvendo roteiros e estratégias criativos
para contribuir significativamente ao ensino e à aprendizagem.
Procuramos resgatar a importância da pesquisa como uma
atitude para levar o aluno a atingir o conhecimento científico. É uma
atitude que necessita que o professor assuma o papel de mediador
estabelecendo relações entre o conhecimento popular e o
conhecimento adquirido na escola. A metodologia do Webquest é
muito importante e faz bem conhecer para desenvolver o trabalho
colaborativo entre os alunos.
Desenvolvimento
Entre as várias reflexões optamos por desenvolver esta
intervenção durante quatro aulas na seqüência do planejamento
anual em uma turma de 5ª série. Escolhemos esta série inicial pela
possibilidade de acompanhar os alunos na continuidade nas séries
seguintes com a elaboração de novas Webquests e observar os
resultados subseqüentes. Planejamos e executamos a Webquest no
início do primeiro trimestre letivo, para assim, não conflitar com
outros projetos da escola já previstos e ter um espaço de tempo
possível para a continuidade dos trabalhos previstos no
planejamento.
A educação vive um tempo de mudanças e, com elas, surgem
esperanças e incertezas. O encontro entre educação e novas
tecnologias gera um novo contexto. A escola não pode continuar
ignorando esses meios de comunicação e informação, precisa discuti-
los e saber como utilizá-los melhor dentro e fora dela.
Possibilitar o acesso aos recursos tecnológicos midiáticos aos
alunos, professores, diretores, coordenadores e funcionários da
escola é fundamental. Mas é preciso que cada um reconheça as
especificidades das diferentes mídias, suas implicações, funções e
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linguagens, para desenvolver estratégias criativas e novas
aprendizagens.
A mediação pedagógica exige do professor reflexão e
investigação sobre o seu papel. Não estamos mais em época de
pensar que a rede de computadores, ou internet, possa ser
considerada somente uma ferramenta isolada da educação. É uma
infra-estrutura que possibilita uma grande, senão a maior gama de
comunicações do planeta. Sua utilização faz-nos pensar que
ultrapassamos a idéia de uma apropriação técnica das linguagens,
dos softwares, mas se trata de experimentar um outro domínio de
viver, de conviver. Também que as propostas pedagógicas limitadas
a uma apropriação técnica estão longe de compreender o domínio e a
extensão das transformações que estamos vivendo.
Ao iniciar um trabalho em sala de aula, verificamos o domínio
que os alunos possuíam sobre o assunto. Depois, apresentamos o
conteúdo. O aluno, por sua ação apropria-se e (re)constrói o
conhecimento. Através das técnicas pedagógicas, da ação do
professor, da relação professor-aluno, aluno-aluno se espera que
ocorra a relação do conteúdo com a vida e com o contexto social são
elementos do processo de aprendizagem.
O triângulo da mediação pedagógica mostra que, na escola, a relação que se estabelece entre os alunos e o conhecimento cientificam não é direta nem automática, mas se realiza por meio do professor como mediador (GASPARIM, 2003, p. 144,).
É no papel de mediador que o professor unirá tecnologia e
educação, como recurso pedagógico no ensino e na realização de
pesquisas, contribuindo assim na formação de pesquisadores.
Por mediação pedagógica entendemos a atitude, o comportamento do professor que se coloca como um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem – não uma ponte estática, mas uma ponte “rolante”, que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus objetivos. É a forma de se apresentar e tratar um conteúdo ou tema que ajuda o aprendiz a coletar informações, relacioná-las, organizá-las, manipulá-las,
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discuti-las, debatê-las, com seus colegas, com o professor e com outras pessoas (interaprendizagem), até chegar a produzir um conhecimento que seja significativo para ele, conhecimento que se incorpore ao seu mundo intelectual e vivencial, e que o ajude a compreender sua realidade humana e social, e mesmo a interferir nela (MASETTO, 2000, pp. 144-145).
Para cotidianizar a pesquisa e transformá-la como
posicionamento normal da vida necessário se faz necessário que o
professor entenda esta metodologia, pois: “quem ensina carece
pesquisar, quem pesquisa carece ensinar” (DEMO, 2005, p 14,). O
que faz da aprendizagem algo criativo é a pesquisa. A atitude de
investigar começa na infância e está em toda a vida social. É isto que
levará o professor e o aluno à não só ouvir, copiar e reproduzir. É
função da escola a motivação para a pesquisa. Para isto é necessário
o contato pessoal com as teorias através de produtos científicos e
saber elaborar um trabalho científico com escolha de metodologias,
para utilizar as citações, escrever um texto com começo, meio e fim e
ordenar dados. A partir disso inicia-se a elaboração construindo por
escrito o conhecimento.
O protótipo Webquest é um recurso para atividades de
pesquisa, objetivando a aquisição e a integração do conhecimento. A
internet permite o trabalho em equipe mesmo à distância. Assim dois
ou mais sujeitos constroem o seu conhecimento através da discussão,
reflexão e decisão. Instrumento que torna mais efetivas as pesquisas
na Internet, consiste em propor aos alunos a construção de um
pequeno site a partir da pesquisa na rede de um determinado tema.
O professor indicará tarefas a serem cumpridas, como visitas a sites
pré-selecionados em busca de respostas para questões pontuais e
específicas. Trata-se de uma atividade de aprendizagem que
aproveita a imensa riqueza de informações que, dia a dia, cresce na
Internet.
Através da construção de uma Webquest o processo de
aprendizagem se torna mais atraente, porque envolve pesquisa,
leitura, interação, colaboração e criação de um novo produto a partir
do material e idéias obtidas. É uma metodologia que propicia a
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socialização da informação. E, por estar disponível na Internet, pode
ser utilizada, compartilhada e até reelaborada por alunos e
professores de diferentes partes do mundo.
É preciso distinguir o trabalho criativo de integração dos novos
recursos midiáticos e tecnológicos daquele que resulta de uma
instrumentalização às máquinas. Hoje o conceito de alfabetização
para as mídias compreende além da escrita e da leitura. A chegada
de novos dispositivos tecnológicos não torna obsoletos os velhos.
Integrá-los evita que o ensino fique reduzido ao nível de
aprendizagem de destrezas elementares.
Educação é mais do que apenas a transmissão de conhecimentos e a aquisição de competências valorizadas no mercado. Envolve valores, forja o caráter, oferece orientações, cria um horizonte de sentidos compartilhados, em suma, introduz as pessoas numa ordem moral. Por isso mesmo, também deve dar conta das transformações que experimenta o contexto cultural imediato em que se desenvolvem as tarefas formativas, ou seja, o contexto de sentidos e significados que permite que os sistemas educacionais funcionem como meio de transmissão e integração culturais (TEDESCO, 2004, p. 34).
Sobre tecnologias e comunicação, conforme Martinez (2004),
não nos referimos apenas à internet, mas ao conjunto de
microeletrônicas, informáticas e de telecomunicações que permitem a
aquisição, produção, armazenamento, processamento e transmissão
de dados na forma de imagem, vídeo, texto ou áudio. Cada um com
características específicas que devem ser analisadas pelos
professores para identificar as mais adequadas aos objetivos
pedagógicos. São formas de apresentar conteúdos e conhecimentos.
O uso destas tecnologias terá conseqüências tão determinantes como
foi o desenvolvimento do alfabeto ou do livro. O desenvolvimento
tecnológico coloca a necessidade de ensinar novas habilidades
básicas tão importantes quanto saber ler e escrever.
As Diretrizes Curriculares de Geografia do Estado do Paraná
para o Ensino Médio, no conteúdo estruturante denominado “A
Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço”, menciona uma
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sugestão de desdobramento possível do conteúdo específico
recomendável das novas tecnologias e alterações nos espaços
urbano e rural. Atribui ainda que, ao professor cabe enriquecer esta
abordagem considerando, inclusive, as especificidades locais. Diante
disto, façamos a seguinte reflexão: é coerente abordar este tema sem
estar vivenciando-o na escola? Ou, seria melhor negar a existência
dos mesmos? Romper esta dicotomia entre o discurso e a prática é
essencial para que o discurso sobre as novas tecnologias e alterações
nos espaços urbano e rural seja coerente com o espaço vivido pelo
aluno.
Compreender o que é pesquisa e a importância da mediação
do professor no desenvolvimento das mesmas é fundamental para
desenvolver alunos capazes de investigar e questionar. A concepção
que temos sobre Webquest nos encaminha para uma prática de
aprendizagem cooperativa e para a construção do saber. Isso vai
mudar a prática da pesquisa na escola, modifica tanto o estresse do
professor como do aluno.
Tentamos descrever, neste artigo, sobre a importância da
pesquisa através do uso de Webquest nos laboratórios do “Paraná
Digital”, estabelecendo rotinas de elaboração e desenvolvimento de
atividades de Webquest no ensino de 5ª série nas aulas de Geografia,
para tal escolhemos a Escola Estadual de Francisco Beltrão para a
realização da experiência.
A intervenção
Iniciamos o trabalho pela busca e leitura de referências
bibliográficas acerca de pesquisa especificamente do Webquest,
buscando estabelecer seu procedimento de uso e aplicação em aulas
de Geografia. Esta proposta foi realizada com o apoio da direção de
uma Escola Pública Estadual em seu conjunto docente e discente
fornecendo espaço físico, apoio pedagógico e a estrutura do
laboratório de informática do Programa Paraná Digital.
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Selecionamos a turma da 5ª série “A” do matutino, composta por
31 alunos. O conteúdo, do primeiro trimestre, foi o tema “Orientação”
aprofundado na metodologia Webquest. Primeiramente exploramos o
conteúdo com apoio do livro didático; na seqüência a turma foi
conduzida ao laboratório de informática e apresentados à proposta de
uso da metodologia Webquest com a leitura das etapas das tarefas.
Os alunos foram organizados em grupos, com até três
componentes, para desenvolver a pesquisa Webquest. A
apresentação dos passos para esta realização foi através de slides,
nos quais desenvolvemos conceitos necessários para a introdução do
trabalho. No primeiro slide apresentamos os objetivos da pesquisa:
Slide nº. 01 - Introdução:
Este é o slide que apresenta a proposta de trabalho aos alunos.
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Slide nº. 02: Recursos.
No slide acima apresentamos os sítios selecionados para
encontrar as informações solicitadas na tarefa apresentada no slide
nº. 04. O terceiro slide orientou a turma quanto a sua organização
e as suas atividades durante todo o processo de realização da
Webquest.
Slide nº. 03: Processo.
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Neste slide orientamos os alunos como deveriam se organizar
para realizar a tarefa.
Slide nº. 04. Tarefa.
TAREFA
Sua tarefa consiste em:
Listar os pontos de referência que são utilizados para orientação; Explicar para que aprender os pontos cardeais é importante; Desenhar um mapa da escola e situar os pontos cardeais nele; Comparar os diversos pontos de referência utilizados para orientação
considerando qual(is) você pode utilizar no seu dia-a-dia e porquê; Desenvolver um texto final explicando o que fazer quando você não está
no seu lugar de moradia e perdeu as referências de localização. Como deve proceder? Que indícios procurar? Que informações deve obter?
Escrever no final do texto um parágrafo recomendando ou não atitudes práticas de orientação.
No conteúdo do slide anterior esclarecemos quais são as
atividades que os alunos deverão cumprir. O slide nº. 05 esclarece
aos alunos o que será avaliado no desenvolvimento desta
Webquest estabelecendo os critérios de avaliação.
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Slide nº. 05: Avaliação.
Ao iniciarmos esta Webquest, copiamos os slides no pen-drive
para evitar contratempo caso o laboratório de informática não
estivesse disponível e para uma revisão dos alunos na última aula do
trabalho a ser realizada em sala de aula. A execução da Webquest foi
num tempo três horas/aula no laboratório de informática com todos
os grupos, um grupo em cada computador, e uma hora/aula em
classe para o agrupamento do material obtido e a elaboração do
mapa da escola e o texto final. Todos os grupos conseguiram concluir
a proposta conforme o tempo estipulado e as atividades propostas.
Os alunos apresentaram dificuldades no manuseio dos
computadores e para organizar as informações solicitadas. As
dificuldades metodológicas foram superadas trabalhando
conjuntamente entre todos os professores da turma explicando e
demonstrando com um modelo de apresentação escrita de trabalho
contendo capa, contracapa, índice, introdução, desenvolvimento e
conclusão dentro das normas técnicas para que assimilem as regras
metodológicas para as apresentações escritas dos trabalhos
solicitados.
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Os conceitos de orientação bem como o seu uso têm sido
retomados como é de hábito nas nossas aulas. Na aula seguinte à
conclusão da Webquest, realizamos uma avaliação em sala de aula,
para analisar os resultados desta intervenção.
Resultados obtidos
Obtivemos a participação de 26 dos 31 alunos matriculados. A
faixa etária dos alunos é de: 10 alunos têm 10 anos, 11 alunos têm 11
anos, 01 aluno tem 12 anos e 04 têm 13 anos. 14 alunos e 12 não
possuem. Os que fazem conexão com internet em casa são 13
alunos; 01 aluno possui computador, mas não está conectado à rede
e os outros 12 restantes por não possuírem computador
conseqüentemente não possuem acesso à rede.
Gráfico 04. Utiliza computador em outros ambientes? Quais?
Utiliza computador em outros ambientes? Onde?
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Parentes. Escola deinformática
Amigos Lan house Não
12
Quando perguntado aos alunos se realizam pesquisas escolares
e utilizam fontes de consulta, 04 alunos responderam que utilizam
fontes bibliográficas, 09 utilizam a internet e 13 utilizam ambos os
recursos. Para pesquisar através da internet encontramos que 10
alunos responderam que encontram dificuldades de manuseio e 16
responderam que não encontram dificuldades.
Ao realizar a pesquisa escolar com a metodologia Webquest 05
alunos afirmaram que encontraram dificuldades por não dominarem a
informática; 19 não encontraram dificuldades e 02 alunos não
opinaram. Sobre se a pesquisa com a metodologia Webquest: 20
alunos responderam que ajudou no aprendizado, 05 não responderam
a questão e 01 afirmou que não ajudou no aprendizado. Outros
comentários: 18 alunos não opinaram 02 manifestaram o desejo de
realizar atividades Webquests mais vezes, e 06 alunos fizeram
sugestões sobre outros temas de funcionamento escolar como a
instalação de piscina na escola.
Finalizamos construindo um material único com as principais
conclusões dos grupos sobre o material pesquisado.
Slide nº. 01: Meios de orientação
MEIOS DE ORIENTAÇÃO
- A Rosa dos Ventos - Pelo Sol com relógio- Pelo método da sombra da vara- Pelo método das sombras iguais - Por indícios- Por informações- Pela Lua- Pelas Estrelas
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Neste slide os alunos agruparam os meios de orientação
encontrados na pesquisa.
Slide nº. 02: Por indícios.
Por indícios
O Escoteiro deve ainda saber orientar-se por indícios que podeencontrar no campo e nas aldeias.
Caracóis - encontram mais nos muros e paredes voltados para Leste e para Sul.
Formigas - têm o formigueiro, especialmente as entradas, abrigadas dos ventos frios do Sul.
Igrejas - as igrejas costumavam ser construídas com o Altar-Mor voltado para Este (nascente) e a porta principal para Oeste (Poente), que já não acontece em todas as igrejas construídas recentemente.
Campanários e Torres - normalmente possuem no cimo um cata-vento, o qual possui uma cruzeta indicando os Pontos Cardeais.
Nos slides nº. 02 e 03 os alunos reuniram as informações
obtidas que indicam quais são os indícios que podemos observar para
saber os pontos cardeais.
Slide nº. 03: Por indícios.
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Casca das Árvores - a casca das árvores é mais rugosa e com mais fendas do lado que é batido pelas chuvas.
Folhas de Eucalipto - torcem-se de modo a ficarem menos expostas ao sol, apresentando assim as «faces» viradas para Leste e Oeste.
Moinhos - as portas dos moinhos portugueses ficam geralmente viradas para Sudoeste.
Inclinação das Árvores - se soubermos qual a direção do vento dominante numa região, através da inclinação das árvores conseguimos determinar os pontos cardeais.
Musgos e Cogumelos - desenvolvem-se mais facilmente em locais sombrios, ou seja, do lado Sul
Girassóis - voltam a sua flor para Norte, em busca do sol.
Slide nº. 04: por informações.
Por informações
Quando quiseres saber para que lados ficam os pontos cardeais, e onde haja pessoas (habitantes locais), podes sempre fazer algumas perguntas simples que qualquer pastor ou agricultor te saberá responder:
De que lado nasce o sol? De que lado nasce a lua? Ao meio-dia de que lado da casa faz sombra? De que lado se põe o sol? etc...
O slide nº. 04 apresenta as perguntas que podemos fazer
em caso de dúvidas sobre a localização dos pontos cardeais.
Slide nº. 05: Importância.
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IMPORTÂNCIA
Saber os pontos cardeais é importante não somente para nos guiar em uma floresta. É importante, por exemplo, saber os movimentos que o Sol realiza durante o dia e durante o ano para projetar uma casa ou uma indústria para economizar energia com iluminação artificial.
Os alunos agruparam no slide nº. 05, qual é a importância
de sabermos os pontos cardeais.
Slide nº. 06: Conclusão.
CONCLUSÃO
Descobrimos nesta pesquisa que não precisamos conhecer os pontos cardeais somente para o caso de nos perder em algum lugar. São importantes na projeção de nossas casa, escolas e fábricas nos auxiliando na iluminação natural, aquecimento e ventilação.Assim como os animais e as plantas utilizam os pontos cardeais para viver melhor podemos utilizar os indícios da natureza para dar mais qualidade ao nosso dia-a-dia.
Neste slide os alunos resumiram as principais conclusões
obtidas com a pesquisa.
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Considerações finais
A realização da atividade Webquest foi enriquecedora para o
aprendizado dos conteúdos. Os alunos apreciaram trabalhar no
laboratório de informática com a metodologia apresentada.
Tivemos alguns contratempos quanto ao uso dos
computadores, pois vários alunos não conheciam as habilidades
básicas de manuseio das máquinas. Para contornar a situação
combinamos com os próprios alunos que se uniram os que
dominavam o uso dos computadores entre os grupos com aqueles
que não manuseariam diretamente os controles, mas, orientariam os
colegas de como proceder. Superada esta dificuldade, a atividade
transcorreu como o previsto e acrescentou conhecimento do
conteúdo, instrumentalizando o uso dos computadores e da internet e
propiciando aos alunos oportunidades de criar e desenvolver textos
de sua autoria.
A construção de Webquest pelos alunos consiste em aprofundar
a pesquisa do conteúdo específico, neste caso, o conteúdo
“orientação”, com informações disponíveis na internet e com o
objetivo de desenvolver a criatividade, a pesquisa e o compartilhar
das idéias dos alunos para dinamizar a pesquisa com recursos
disponíveis nos computadores e na web, desta forma, torna-se muito
benéfica, acrescentando informações aos conteúdos já trabalhados
ou introduzindo temas novos às aulas.
A continuidade de uso da metodologia aprimora as habilidades
de manuseio dos computadores e seus recursos e, principalmente, a
da elaboração de textos de autoria dos alunos.
A divulgação da pesquisa não acontecerá por enquanto, pois o
site da escola não estava pronto até o momento da conclusão deste
artigo. Mesmo assim, a Webquest realizada não será esquecida. No
momento em que o site estiver disponível o publicaremos. A
publicação da Webquest desenvolvida tem mais esta vantagem, fica
disponível para consulta de outros estudantes não se perdendo em
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gavetas e armários. E, se não publicar, a divulgação poder realizada
por meio de seminários com outras turmas e séries escolares e
impressa e disponibilizada na biblioteca da escola. Ao longo do
tempo, a escola poderá ter Webquests sobre diversos temas desde
que, acerve estas pesquisas. Esta atitude valoriza as pesquisas dos
alunos bem como incentiva a realização de novos trabalhos, pois os
estudantes percebem a importância de pesquisar e de escrever
textos de autoria para a comunidade escolar bem como para o seu
aprendizado.
O uso da metodologia Webquest também é favorável aos
professores, pois tem no seu corpo caminhos mais claros para os
alunos pesquisarem, evita o acesso a sites inadequados, é de fácil
compreensão, o professor direciona a pesquisa, os resultados
esperados e de que forma será feita a avaliação do trabalho realizado
e ainda, divulga os resultados para a comunidade escolar.
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