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A METODOLOGIA DO WEBQUEST NO ENSINO DE … · A METODOLOGIA DO WEBQUEST NO ENSINO DE GEOGRAFIA NA...

Date post: 29-Sep-2018
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A METODOLOGIA DO WEBQUEST NO ENSINO DE GEOGRAFIA NA 5ª SÉRIE Marta Margareth Schiffl Beal 1 Mafalda Nesi Francischett 2 Resumo Este artigo tem como objetivo relatar a intervenção pedagógica realizada através do uso da metodologia do Webquest no ensino de Geografia na 5ª série, como propósito desenvolvido no Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná – PDE, 2007. Esta proposta foi embasada na pesquisa sobre a metodologia Webquest e os resultados estão demonstrados no trabalho final realizado pelo professor e seus alunos focando um conteúdo de Geografia. A Webquest permite direcionar o material a ser pesquisado e aos alunos, mais informações acerca do assunto e elaboração de textos de autoria. Possibilita, pois, praticar a pesquisa em textos disponíveis na web com orientações organizadas pelo professor em todas as etapas da pesquisa. Palavras-chave Metodologia. Webquest. Intervenção. THE METHODOLOGY OF WEBQUEST IN TEACHING FOR 5th GRADERS Abstract The objective of this study is to report the pedagogical intervention made through the use of Webquest methodology in teaching Geography for fifth grade, as a proposal developed in the Educational Development Program in Paraná State – PDE, 2007. This proposal was based in the research about a Webquest methodology and the results are demonstrated in the final work made by the teacher and his students focusing a Geography content. The Webquest permits to direct the material to be studied and to the students, more information about the subject and elaboration of authorship texts. So it helps to practice and to research in texts available on the web with orientations planned by the teacher in all the research phases. Keywords: Methodology. Webquest. Intervention. 1 Professora da rede estadual de educação do estado do Paraná, especialista em Ensino de Geografia e especialista em Tecnologias na educação. 2 Professora da UNIOESTE- FBE (IES).
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A METODOLOGIA DO WEBQUEST NO ENSINO DE

GEOGRAFIA NA 5ª SÉRIE

Marta Margareth Schiffl Beal1

Mafalda Nesi Francischett2

Resumo

Este artigo tem como objetivo relatar a intervenção pedagógica realizada através do uso da metodologia do Webquest no ensino de Geografia na 5ª série, como propósito desenvolvido no Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná – PDE, 2007. Esta proposta foi embasada na pesquisa sobre a metodologia Webquest e os resultados estão demonstrados no trabalho final realizado pelo professor e seus alunos focando um conteúdo de Geografia. A Webquest permite direcionar o material a ser pesquisado e aos alunos, mais informações acerca do assunto e elaboração de textos de autoria. Possibilita, pois, praticar a pesquisa em textos disponíveis na web com orientações organizadas pelo professor em todas as etapas da pesquisa.

Palavras-chave

Metodologia. Webquest. Intervenção.

THE METHODOLOGY OF WEBQUEST IN TEACHING

FOR 5th GRADERS

Abstract

The objective of this study is to report the pedagogical intervention made through the use of Webquest methodology in teaching Geography for fifth grade, as a proposal developed in the Educational Development Program in Paraná State – PDE, 2007. This proposal was based in the research about a Webquest methodology and the results are demonstrated in the final work made by the teacher and his students focusing a Geography content. The Webquest permits to direct the material to be studied and to the students, more information about the subject and elaboration of authorship texts. So it helps to practice and to research in texts available on the web with orientations planned by the teacher in all the research phases.

Keywords: Methodology. Webquest. Intervention.1 Professora da rede estadual de educação do estado do Paraná, especialista em Ensino de Geografia e especialista em Tecnologias na educação.2 Professora da UNIOESTE- FBE (IES).

Introdução

Como incorporar as tecnologias midiáticas à educação? Será

que elas proporcionam as mudanças desejadas? Será que as

tecnologias modificam o papel do professor na aprendizagem dos

conteúdos propostos? Como indicar caminhos claros para enfrentar o

desafio da formação e do desempenho docente nos processos de

utilização destas tecnologias?

Com o advento da internet os trabalhos de consultas escolares

tornaram-se comum as cópias, o ato de copiar e de colar. Isto não

forma pesquisadores. Então, como tornar a pesquisa escolar em uma

atividade de aprendizagem? Como desenvolver o trabalho corporativo

com os alunos?

A pesquisa como uma atitude para capacitar o aluno vai muito

além do ato de copiar, colar e reproduzir. É de vital importância para

a educação e junto a esta atitude torna-se necessário que o professor

assuma o papel de mediador estabelecendo relações entre o

conhecimento do aluno ao conhecimento científico.

Esta proposta de utilizar a metodologia Webquest no ensino de

Geografia na 5ª série visou trabalhar com os alunos para postura

investigativa, instigando-os a colaborar na construção e autoria de

textos.

Há uma expectativa entre os educadores de que as

tecnologias trarão soluções rápidas para a educação. Mas, “O simples

acesso à tecnologia não é o mais importante. O computador por si só

não provoca as mudanças desejadas” (MORAES, 2003, p.3). Os

recursos midiáticos são importantes, mas sozinhos, sem a mediação

do professor, não resolvem as questões educativas, muito menos

propiciam novas maneiras de manusear a informação e de produzir

conhecimento. São apoios que permitem realizar atividades de

aprendizagem de forma diferente e atualizada.

Nosso propósito, ao sugerir esta metodologia é compreender

de que maneira a educação para as mídias tem sentido. Para isto é

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necessário aprender a operacionalizar tais recursos e entender a

linguagem das mídias para criar situações que favoreçam ao aluno

integrar estes recursos desenvolvendo roteiros e estratégias criativos

para contribuir significativamente ao ensino e à aprendizagem.

Procuramos resgatar a importância da pesquisa como uma

atitude para levar o aluno a atingir o conhecimento científico. É uma

atitude que necessita que o professor assuma o papel de mediador

estabelecendo relações entre o conhecimento popular e o

conhecimento adquirido na escola. A metodologia do Webquest é

muito importante e faz bem conhecer para desenvolver o trabalho

colaborativo entre os alunos.

Desenvolvimento

Entre as várias reflexões optamos por desenvolver esta

intervenção durante quatro aulas na seqüência do planejamento

anual em uma turma de 5ª série. Escolhemos esta série inicial pela

possibilidade de acompanhar os alunos na continuidade nas séries

seguintes com a elaboração de novas Webquests e observar os

resultados subseqüentes. Planejamos e executamos a Webquest no

início do primeiro trimestre letivo, para assim, não conflitar com

outros projetos da escola já previstos e ter um espaço de tempo

possível para a continuidade dos trabalhos previstos no

planejamento.

A educação vive um tempo de mudanças e, com elas, surgem

esperanças e incertezas. O encontro entre educação e novas

tecnologias gera um novo contexto. A escola não pode continuar

ignorando esses meios de comunicação e informação, precisa discuti-

los e saber como utilizá-los melhor dentro e fora dela.

Possibilitar o acesso aos recursos tecnológicos midiáticos aos

alunos, professores, diretores, coordenadores e funcionários da

escola é fundamental. Mas é preciso que cada um reconheça as

especificidades das diferentes mídias, suas implicações, funções e

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linguagens, para desenvolver estratégias criativas e novas

aprendizagens.

A mediação pedagógica exige do professor reflexão e

investigação sobre o seu papel. Não estamos mais em época de

pensar que a rede de computadores, ou internet, possa ser

considerada somente uma ferramenta isolada da educação. É uma

infra-estrutura que possibilita uma grande, senão a maior gama de

comunicações do planeta. Sua utilização faz-nos pensar que

ultrapassamos a idéia de uma apropriação técnica das linguagens,

dos softwares, mas se trata de experimentar um outro domínio de

viver, de conviver. Também que as propostas pedagógicas limitadas

a uma apropriação técnica estão longe de compreender o domínio e a

extensão das transformações que estamos vivendo.

Ao iniciar um trabalho em sala de aula, verificamos o domínio

que os alunos possuíam sobre o assunto. Depois, apresentamos o

conteúdo. O aluno, por sua ação apropria-se e (re)constrói o

conhecimento. Através das técnicas pedagógicas, da ação do

professor, da relação professor-aluno, aluno-aluno se espera que

ocorra a relação do conteúdo com a vida e com o contexto social são

elementos do processo de aprendizagem.

O triângulo da mediação pedagógica mostra que, na escola, a relação que se estabelece entre os alunos e o conhecimento cientificam não é direta nem automática, mas se realiza por meio do professor como mediador (GASPARIM, 2003, p. 144,).

É no papel de mediador que o professor unirá tecnologia e

educação, como recurso pedagógico no ensino e na realização de

pesquisas, contribuindo assim na formação de pesquisadores.

Por mediação pedagógica entendemos a atitude, o comportamento do professor que se coloca como um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem – não uma ponte estática, mas uma ponte “rolante”, que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus objetivos. É a forma de se apresentar e tratar um conteúdo ou tema que ajuda o aprendiz a coletar informações, relacioná-las, organizá-las, manipulá-las,

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discuti-las, debatê-las, com seus colegas, com o professor e com outras pessoas (interaprendizagem), até chegar a produzir um conhecimento que seja significativo para ele, conhecimento que se incorpore ao seu mundo intelectual e vivencial, e que o ajude a compreender sua realidade humana e social, e mesmo a interferir nela (MASETTO, 2000, pp. 144-145).

Para cotidianizar a pesquisa e transformá-la como

posicionamento normal da vida necessário se faz necessário que o

professor entenda esta metodologia, pois: “quem ensina carece

pesquisar, quem pesquisa carece ensinar” (DEMO, 2005, p 14,). O

que faz da aprendizagem algo criativo é a pesquisa. A atitude de

investigar começa na infância e está em toda a vida social. É isto que

levará o professor e o aluno à não só ouvir, copiar e reproduzir. É

função da escola a motivação para a pesquisa. Para isto é necessário

o contato pessoal com as teorias através de produtos científicos e

saber elaborar um trabalho científico com escolha de metodologias,

para utilizar as citações, escrever um texto com começo, meio e fim e

ordenar dados. A partir disso inicia-se a elaboração construindo por

escrito o conhecimento.

O protótipo Webquest é um recurso para atividades de

pesquisa, objetivando a aquisição e a integração do conhecimento. A

internet permite o trabalho em equipe mesmo à distância. Assim dois

ou mais sujeitos constroem o seu conhecimento através da discussão,

reflexão e decisão. Instrumento que torna mais efetivas as pesquisas

na Internet, consiste em propor aos alunos a construção de um

pequeno site a partir da pesquisa na rede de um determinado tema.

O professor indicará tarefas a serem cumpridas, como visitas a sites

pré-selecionados em busca de respostas para questões pontuais e

específicas. Trata-se de uma atividade de aprendizagem que

aproveita a imensa riqueza de informações que, dia a dia, cresce na

Internet.

Através da construção de uma Webquest o processo de

aprendizagem se torna mais atraente, porque envolve pesquisa,

leitura, interação, colaboração e criação de um novo produto a partir

do material e idéias obtidas. É uma metodologia que propicia a

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socialização da informação. E, por estar disponível na Internet, pode

ser utilizada, compartilhada e até reelaborada por alunos e

professores de diferentes partes do mundo.

É preciso distinguir o trabalho criativo de integração dos novos

recursos midiáticos e tecnológicos daquele que resulta de uma

instrumentalização às máquinas. Hoje o conceito de alfabetização

para as mídias compreende além da escrita e da leitura. A chegada

de novos dispositivos tecnológicos não torna obsoletos os velhos.

Integrá-los evita que o ensino fique reduzido ao nível de

aprendizagem de destrezas elementares.

Educação é mais do que apenas a transmissão de conhecimentos e a aquisição de competências valorizadas no mercado. Envolve valores, forja o caráter, oferece orientações, cria um horizonte de sentidos compartilhados, em suma, introduz as pessoas numa ordem moral. Por isso mesmo, também deve dar conta das transformações que experimenta o contexto cultural imediato em que se desenvolvem as tarefas formativas, ou seja, o contexto de sentidos e significados que permite que os sistemas educacionais funcionem como meio de transmissão e integração culturais (TEDESCO, 2004, p. 34).

Sobre tecnologias e comunicação, conforme Martinez (2004),

não nos referimos apenas à internet, mas ao conjunto de

microeletrônicas, informáticas e de telecomunicações que permitem a

aquisição, produção, armazenamento, processamento e transmissão

de dados na forma de imagem, vídeo, texto ou áudio. Cada um com

características específicas que devem ser analisadas pelos

professores para identificar as mais adequadas aos objetivos

pedagógicos. São formas de apresentar conteúdos e conhecimentos.

O uso destas tecnologias terá conseqüências tão determinantes como

foi o desenvolvimento do alfabeto ou do livro. O desenvolvimento

tecnológico coloca a necessidade de ensinar novas habilidades

básicas tão importantes quanto saber ler e escrever.

As Diretrizes Curriculares de Geografia do Estado do Paraná

para o Ensino Médio, no conteúdo estruturante denominado “A

Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço”, menciona uma

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sugestão de desdobramento possível do conteúdo específico

recomendável das novas tecnologias e alterações nos espaços

urbano e rural. Atribui ainda que, ao professor cabe enriquecer esta

abordagem considerando, inclusive, as especificidades locais. Diante

disto, façamos a seguinte reflexão: é coerente abordar este tema sem

estar vivenciando-o na escola? Ou, seria melhor negar a existência

dos mesmos? Romper esta dicotomia entre o discurso e a prática é

essencial para que o discurso sobre as novas tecnologias e alterações

nos espaços urbano e rural seja coerente com o espaço vivido pelo

aluno.

Compreender o que é pesquisa e a importância da mediação

do professor no desenvolvimento das mesmas é fundamental para

desenvolver alunos capazes de investigar e questionar. A concepção

que temos sobre Webquest nos encaminha para uma prática de

aprendizagem cooperativa e para a construção do saber. Isso vai

mudar a prática da pesquisa na escola, modifica tanto o estresse do

professor como do aluno.

Tentamos descrever, neste artigo, sobre a importância da

pesquisa através do uso de Webquest nos laboratórios do “Paraná

Digital”, estabelecendo rotinas de elaboração e desenvolvimento de

atividades de Webquest no ensino de 5ª série nas aulas de Geografia,

para tal escolhemos a Escola Estadual de Francisco Beltrão para a

realização da experiência.

A intervenção

Iniciamos o trabalho pela busca e leitura de referências

bibliográficas acerca de pesquisa especificamente do Webquest,

buscando estabelecer seu procedimento de uso e aplicação em aulas

de Geografia. Esta proposta foi realizada com o apoio da direção de

uma Escola Pública Estadual em seu conjunto docente e discente

fornecendo espaço físico, apoio pedagógico e a estrutura do

laboratório de informática do Programa Paraná Digital.

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Selecionamos a turma da 5ª série “A” do matutino, composta por

31 alunos. O conteúdo, do primeiro trimestre, foi o tema “Orientação”

aprofundado na metodologia Webquest. Primeiramente exploramos o

conteúdo com apoio do livro didático; na seqüência a turma foi

conduzida ao laboratório de informática e apresentados à proposta de

uso da metodologia Webquest com a leitura das etapas das tarefas.

Os alunos foram organizados em grupos, com até três

componentes, para desenvolver a pesquisa Webquest. A

apresentação dos passos para esta realização foi através de slides,

nos quais desenvolvemos conceitos necessários para a introdução do

trabalho. No primeiro slide apresentamos os objetivos da pesquisa:

Slide nº. 01 - Introdução:

Este é o slide que apresenta a proposta de trabalho aos alunos.

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Slide nº. 02: Recursos.

No slide acima apresentamos os sítios selecionados para

encontrar as informações solicitadas na tarefa apresentada no slide

nº. 04. O terceiro slide orientou a turma quanto a sua organização

e as suas atividades durante todo o processo de realização da

Webquest.

Slide nº. 03: Processo.

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Neste slide orientamos os alunos como deveriam se organizar

para realizar a tarefa.

Slide nº. 04. Tarefa.

TAREFA

Sua tarefa consiste em:

Listar os pontos de referência que são utilizados para orientação; Explicar para que aprender os pontos cardeais é importante; Desenhar um mapa da escola e situar os pontos cardeais nele; Comparar os diversos pontos de referência utilizados para orientação

considerando qual(is) você pode utilizar no seu dia-a-dia e porquê; Desenvolver um texto final explicando o que fazer quando você não está

no seu lugar de moradia e perdeu as referências de localização. Como deve proceder? Que indícios procurar? Que informações deve obter?

Escrever no final do texto um parágrafo recomendando ou não atitudes práticas de orientação.

No conteúdo do slide anterior esclarecemos quais são as

atividades que os alunos deverão cumprir. O slide nº. 05 esclarece

aos alunos o que será avaliado no desenvolvimento desta

Webquest estabelecendo os critérios de avaliação.

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Slide nº. 05: Avaliação.

Ao iniciarmos esta Webquest, copiamos os slides no pen-drive

para evitar contratempo caso o laboratório de informática não

estivesse disponível e para uma revisão dos alunos na última aula do

trabalho a ser realizada em sala de aula. A execução da Webquest foi

num tempo três horas/aula no laboratório de informática com todos

os grupos, um grupo em cada computador, e uma hora/aula em

classe para o agrupamento do material obtido e a elaboração do

mapa da escola e o texto final. Todos os grupos conseguiram concluir

a proposta conforme o tempo estipulado e as atividades propostas.

Os alunos apresentaram dificuldades no manuseio dos

computadores e para organizar as informações solicitadas. As

dificuldades metodológicas foram superadas trabalhando

conjuntamente entre todos os professores da turma explicando e

demonstrando com um modelo de apresentação escrita de trabalho

contendo capa, contracapa, índice, introdução, desenvolvimento e

conclusão dentro das normas técnicas para que assimilem as regras

metodológicas para as apresentações escritas dos trabalhos

solicitados.

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Os conceitos de orientação bem como o seu uso têm sido

retomados como é de hábito nas nossas aulas. Na aula seguinte à

conclusão da Webquest, realizamos uma avaliação em sala de aula,

para analisar os resultados desta intervenção.

Resultados obtidos

Obtivemos a participação de 26 dos 31 alunos matriculados. A

faixa etária dos alunos é de: 10 alunos têm 10 anos, 11 alunos têm 11

anos, 01 aluno tem 12 anos e 04 têm 13 anos. 14 alunos e 12 não

possuem. Os que fazem conexão com internet em casa são 13

alunos; 01 aluno possui computador, mas não está conectado à rede

e os outros 12 restantes por não possuírem computador

conseqüentemente não possuem acesso à rede.

Gráfico 04. Utiliza computador em outros ambientes? Quais?

Utiliza computador em outros ambientes? Onde?

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Parentes. Escola deinformática

Amigos Lan house Não

12

Quando perguntado aos alunos se realizam pesquisas escolares

e utilizam fontes de consulta, 04 alunos responderam que utilizam

fontes bibliográficas, 09 utilizam a internet e 13 utilizam ambos os

recursos. Para pesquisar através da internet encontramos que 10

alunos responderam que encontram dificuldades de manuseio e 16

responderam que não encontram dificuldades.

Ao realizar a pesquisa escolar com a metodologia Webquest 05

alunos afirmaram que encontraram dificuldades por não dominarem a

informática; 19 não encontraram dificuldades e 02 alunos não

opinaram. Sobre se a pesquisa com a metodologia Webquest: 20

alunos responderam que ajudou no aprendizado, 05 não responderam

a questão e 01 afirmou que não ajudou no aprendizado. Outros

comentários: 18 alunos não opinaram 02 manifestaram o desejo de

realizar atividades Webquests mais vezes, e 06 alunos fizeram

sugestões sobre outros temas de funcionamento escolar como a

instalação de piscina na escola.

Finalizamos construindo um material único com as principais

conclusões dos grupos sobre o material pesquisado.

Slide nº. 01: Meios de orientação

MEIOS DE ORIENTAÇÃO

- A Rosa dos Ventos - Pelo Sol com relógio- Pelo método da sombra da vara- Pelo método das sombras iguais - Por indícios- Por informações- Pela Lua- Pelas Estrelas

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Neste slide os alunos agruparam os meios de orientação

encontrados na pesquisa.

Slide nº. 02: Por indícios.

Por indícios

O Escoteiro deve ainda saber orientar-se por indícios que podeencontrar no campo e nas aldeias.

Caracóis - encontram mais nos muros e paredes voltados para Leste e para Sul.

Formigas - têm o formigueiro, especialmente as entradas, abrigadas dos ventos frios do Sul.

Igrejas - as igrejas costumavam ser construídas com o Altar-Mor voltado para Este (nascente) e a porta principal para Oeste (Poente), que já não acontece em todas as igrejas construídas recentemente.

Campanários e Torres - normalmente possuem no cimo um cata-vento, o qual possui uma cruzeta indicando os Pontos Cardeais.

Nos slides nº. 02 e 03 os alunos reuniram as informações

obtidas que indicam quais são os indícios que podemos observar para

saber os pontos cardeais.

Slide nº. 03: Por indícios.

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Casca das Árvores - a casca das árvores é mais rugosa e com mais fendas do lado que é batido pelas chuvas.

Folhas de Eucalipto - torcem-se de modo a ficarem menos expostas ao sol, apresentando assim as «faces» viradas para Leste e Oeste.

Moinhos - as portas dos moinhos portugueses ficam geralmente viradas para Sudoeste.

Inclinação das Árvores - se soubermos qual a direção do vento dominante numa região, através da inclinação das árvores conseguimos determinar os pontos cardeais.

Musgos e Cogumelos - desenvolvem-se mais facilmente em locais sombrios, ou seja, do lado Sul

Girassóis - voltam a sua flor para Norte, em busca do sol.

Slide nº. 04: por informações.

Por informações

Quando quiseres saber para que lados ficam os pontos cardeais, e onde haja pessoas (habitantes locais), podes sempre fazer algumas perguntas simples que qualquer pastor ou agricultor te saberá responder:

De que lado nasce o sol? De que lado nasce a lua? Ao meio-dia de que lado da casa faz sombra? De que lado se põe o sol? etc...

O slide nº. 04 apresenta as perguntas que podemos fazer

em caso de dúvidas sobre a localização dos pontos cardeais.

Slide nº. 05: Importância.

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IMPORTÂNCIA

Saber os pontos cardeais é importante não somente para nos guiar em uma floresta. É importante, por exemplo, saber os movimentos que o Sol realiza durante o dia e durante o ano para projetar uma casa ou uma indústria para economizar energia com iluminação artificial.

Os alunos agruparam no slide nº. 05, qual é a importância

de sabermos os pontos cardeais.

Slide nº. 06: Conclusão.

CONCLUSÃO

Descobrimos nesta pesquisa que não precisamos conhecer os pontos cardeais somente para o caso de nos perder em algum lugar. São importantes na projeção de nossas casa, escolas e fábricas nos auxiliando na iluminação natural, aquecimento e ventilação.Assim como os animais e as plantas utilizam os pontos cardeais para viver melhor podemos utilizar os indícios da natureza para dar mais qualidade ao nosso dia-a-dia.

Neste slide os alunos resumiram as principais conclusões

obtidas com a pesquisa.

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Considerações finais

A realização da atividade Webquest foi enriquecedora para o

aprendizado dos conteúdos. Os alunos apreciaram trabalhar no

laboratório de informática com a metodologia apresentada.

Tivemos alguns contratempos quanto ao uso dos

computadores, pois vários alunos não conheciam as habilidades

básicas de manuseio das máquinas. Para contornar a situação

combinamos com os próprios alunos que se uniram os que

dominavam o uso dos computadores entre os grupos com aqueles

que não manuseariam diretamente os controles, mas, orientariam os

colegas de como proceder. Superada esta dificuldade, a atividade

transcorreu como o previsto e acrescentou conhecimento do

conteúdo, instrumentalizando o uso dos computadores e da internet e

propiciando aos alunos oportunidades de criar e desenvolver textos

de sua autoria.

A construção de Webquest pelos alunos consiste em aprofundar

a pesquisa do conteúdo específico, neste caso, o conteúdo

“orientação”, com informações disponíveis na internet e com o

objetivo de desenvolver a criatividade, a pesquisa e o compartilhar

das idéias dos alunos para dinamizar a pesquisa com recursos

disponíveis nos computadores e na web, desta forma, torna-se muito

benéfica, acrescentando informações aos conteúdos já trabalhados

ou introduzindo temas novos às aulas.

A continuidade de uso da metodologia aprimora as habilidades

de manuseio dos computadores e seus recursos e, principalmente, a

da elaboração de textos de autoria dos alunos.

A divulgação da pesquisa não acontecerá por enquanto, pois o

site da escola não estava pronto até o momento da conclusão deste

artigo. Mesmo assim, a Webquest realizada não será esquecida. No

momento em que o site estiver disponível o publicaremos. A

publicação da Webquest desenvolvida tem mais esta vantagem, fica

disponível para consulta de outros estudantes não se perdendo em

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gavetas e armários. E, se não publicar, a divulgação poder realizada

por meio de seminários com outras turmas e séries escolares e

impressa e disponibilizada na biblioteca da escola. Ao longo do

tempo, a escola poderá ter Webquests sobre diversos temas desde

que, acerve estas pesquisas. Esta atitude valoriza as pesquisas dos

alunos bem como incentiva a realização de novos trabalhos, pois os

estudantes percebem a importância de pesquisar e de escrever

textos de autoria para a comunidade escolar bem como para o seu

aprendizado.

O uso da metodologia Webquest também é favorável aos

professores, pois tem no seu corpo caminhos mais claros para os

alunos pesquisarem, evita o acesso a sites inadequados, é de fácil

compreensão, o professor direciona a pesquisa, os resultados

esperados e de que forma será feita a avaliação do trabalho realizado

e ainda, divulga os resultados para a comunidade escolar.

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