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7/21/2019 A Republica Dos Piratas - Colin Woodard
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Também escritos por Colin Woodard
The Lobster Coast
Ocean’s End
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verdadeira história dos Piratas do Caribe e do homem que os derro
COLIN WOODARD
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Republic of Pirates
yright © 2007 by Colin Woodard
yright © 2014 by Novo Século Editora Ltda.
tor: Luiz Vasconcelos
tor-assistente: Mateus Duque Erthal
istente editorial: Vitor Donofrio
dução: Deborah Guerra
paração: Sílvia Helena Cavicchio
gramação e Arquivo Eletrônico ePub: Sergio Gzeschnik visão: Jonathan Busato
to de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (Decreto Legislativo nº 54, de 1995)
dos Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
mara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
odard, Colin, 1968-A república dos piratas: a verdadeira história dos Piratas do Caribe e do homem que os derrotou/
n Woodard; [t radução Deborah Guerra]. Barueri, SP: Novo Século Edito ra, 2 014.
EISBN: 978-85-428-0373-0Título original: The republic of piratesBibliografia.
. Bucaneiros – História – Século 18 2. P iratas – Caribe – História – Século 18 3. Viagens marítimasítulo.
3181 CDD-910.45
ices para catálogo sistemático:iratas do Caribe: Viagens marítimas: Século 18: História 910.45
4 Edição Diginal
os os direitos reservados à Novo Século Editora Ltda.
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Para S
minha esposa e meu amor verda
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SUMÁRIO
ogo: A Era de Ouro da Pirataria
ítulo Um: A lenda 1696
ítulo Dois: Indo para o mar 1697-1702
ítulo Três: Guerra 1702-1712
ítulo Quatro: Paz 1713-1715
ítulo Cinco: Reunião de piratas Janeiro - Junho de 1716
ítulo Seis: Irmãos dos mares Junho de 1716 - Março de 1717ítulo Sete: Bellamy Março - Maio de 1717
ítulo Oito: Barba Negra Maio - Dezembro de 1717
ítulo Nove: Pedindo perdão Dezembro de 1717 - Agosto de 1718
ítulo Dez: Atitudes temerárias Julho - Setembro de 1718
ítulo Onze: Caçado Setem bro de 1718 - Março de 1720
ogo: O fim da pirataria 1720-1732
adecimentos
as Finais
Abreviações
Prólogo
Capítulo um: A lenda
Capítulo dois: Indo para o mar
Capítulo três: Guerra
Capítulo quatro: Paz
Capítulo cinco: Reunião de piratas
Capítulo seis: Irmãos dos mares
Capítulo sete: Bellamy
Capítulo oito: Barba Negra
Capítulo nove: Pedindo perdãoCapítulo dez: Atitudes temerárias
Capítulo onze: Caçado
Epílogo: O fim da pir ataria
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PRÓLOGO
A Era de Ouro da Pirataria
ara seus admiradores, os piratas são vilões românticos: homens temíveis dispostos a levar
da fora do alcance da lei e do governo, que se libertaram de seus empregos e das restriçõ
ciedade para buscar riqueza, diversão e aventura. Três séculos se passaram desde que
sapareceram dos mares, mas os piratas da Era de Ouro continuam sendo heróis populares p
ião de seus fãs. Eles serviram de inspiração para alguns dos maiores personagens de ficç
pitão Gancho e Long John Silver, capitão Blood e Jack Sparrow –, evocando imagens de lut
pada, caminhadas na prancha, mapas do tesouro e baús de ouro e joias.
Atrativa como suas lendas – principalmente tão abrilhantadas p
Robert Louis Stevenson e Walt Disney – a verdadeira história dos
piratas do Caribe é ainda mais cativante: um conto de tirania e
esistência perdido há muito tempo, uma revolta marítima que abalou
alicerces do recém-formado Império Britânico, levando o comércio
transatlântico a uma paralisação e alimentando os sentimentos
democráticos que mais tarde impulsionariam a Revolução American
No seu centro havia uma república pirata, uma zona de liberdade n
meio de uma era autoritária.
A Era de Ouro da Pirataria durou apenas dez anos, de 1715 a 17
e foi conduzida por um grupo de vinte a trinta comodoros e alguns
ilhares de tripulantes. Praticamente todos os comodoros se conheci
endo servido lado a lado a bordo de navios mercantes ou piratas ou
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cruzado na base que dividiam, a colônia britânica malsucedida da
ahamas. Os piratas eram, na maioria, ingleses ou irlandeses, mas ha
um grande número de escoceses, franceses e africanos, assim como
alguns de outras nacionalidades: holandeses, dinamarqueses, sueco
ndios americanos. Apesar das diferenças de nação, raça, religião e a
mesmo de língua, eles desenvolveram uma cultura em comum. Ao sencontrarem no mar, os navios piratas frequentemente uniam forças
m ao auxílio uns dos outros, até mesmo quando uma tripulação era
sua maioria francesa e na outra predominavam seus inimigos
radicionais, os ingleses. Eles operavam seus navios democraticamen
elegendo e depondo seus capitães por voto popular, dividindoigualmente os ganhos e tomando decisões importantes num conselh
berto – tudo em nítido contraste com os regimes ditatoriais encontra
bordo de outros navios. Numa época em que marinheiros comuns n
recebiam proteção social de qualquer espécie, os piratas das Baham
proporcionavam benefícios por incapacidade para suas tripulações
Os piratas existem há muito tempo. Havia piratas na Grécia anti
durante o Império Romano, na Europa medieval e durante a Dinast
Qing na China. Ainda hoje os piratas infestam as rotas marítimas d
mundo, se apossando de cargueiros, navios de contêineres e até mesm
de navios de passageiros, saqueando seus conteúdos e, não raramen
matando suas tripulações. Eles são diferentes dos corsários, indivídu
ue, em tempos de guerra, saqueiam navios inimigos com a autorizaç
de seu governo. Alguns confundem sir Francis Drake e sir Henry
Morgan com piratas, mas eles eram, na verdade, corsários, e realizav
uas depredações com o total apoio de seus soberanos, rainha Elizab
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rei Charles II. Longe de serem considerados criminosos, ambos for
ondecorados por seus serviços, e Morgan foi nomeado vice-governa
a Jamaica. William Dampier era um corsário, assim como a maioria
bucaneiros2 ingleses no final dos anos 1600. Até mesmo o famoso
capitão William Kidd era um corsário bem-nascido, que acabou se
ornando pirata por acaso, quando entrou em conflito com os diretoda Companhia das Índias Orientais, a maior empresa da Inglaterra
Os piratas da Era de Ouro não eram como os bucaneiros da gera
de Morgan e nem como os piratas que os precederam. Diferentemen
dos bucaneiros, eles eram bandidos notórios, considerados ladrõesiminosos por todas as nações, incluindo suas próprias. Ao contrário
seus antecessores piratas, eles estavam envolvidos em mais do que
crimes simples e realizaram até mesmo uma revolta social e política
Eram marinheiros, trabalhadores forçados e escravos fugitivos se
rebelando contra seus opressores: capitães, donos de navios e osautocratas das grandes plantações de escravos da América e das Índ
Ocidentais.
A insatisfação era tão grande a bordo dos navios mercantes qu
quando os piratas capturavam um, era comum que uma parte da su
pulação se juntasse entusiasticamente ao grupo. Até mesmo a MariReal Britânica estava vulnerável; quando o navio HMS Phoenix
enfrentou os piratas em seu covil nas Bahamas, em 1718, alguns
marinheiros da fragata desertaram, escapando à noite para servir sob
bandeira preta. Na verdade, a expansão dos piratas foi incentivada e
grande parte pelas deserções de marinheiros, em proporção direta a
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tratamento brutal a que eram submetidos tanto na marinha de guerr
como na marinha mercante.
Nem todos os piratas eram marinheiros descontentes. Escravo
ugitivos migraram para a república pirata em números significativos
medida que se espalhou a notícia de piratas atacando navios negreiroconvocando muitos a bordo para participar como membros de sua
ipulações em igualdade de condições. No auge da Era de Ouro, não
ncomum que escravos fugitivos representassem um quarto ou mais
tripulação de um navio pirata, e vários mulatos progrediram até se
tornarem capitães piratas de pleno direito. Essa zona de liberdadeameaçava as colônias da região das Bahamas, em cujas plantações
redominava o trabalho escravo. Em 1718, o governador das Bermud
informou que os “homens negros se tornaram tão imprudentes e
insultantes que nós temos razões para suspeitar de sua insurreição
contra nós e […] ter medo de sua união com os piratas”.Alguns piratas também tinham motivações políticas. A Era de O
irrompeu logo após a morte da rainha Anne, cujo meio-irmão e
pretendente à sua sucessão, James Stuart, teve o trono negado porq
ra católico. O novo rei da Inglaterra e da Escócia, o protestante Geo
era um primo distante da rainha falecida, um príncipe alemão que nligava muito para a Inglaterra e não sabia falar sua língua. Muitos
britânicos, incluindo alguns futuros piratas, acharam isso inaceitáve
se mantiveram fiel a James e à Casa de Stuart. Vários dos primeiro
piratas da Era de Ouro foram reunidos pelo governador da Jamaica
Archibald Hamilton, um simpatizante dos Stuarts que, aparentemen
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pretendia usá-los como marinha de guerra rebelde para apoiar uma
futura revolta contra o rei George. Como diz Kenneth J. Kinkor, d
Museu da Expedição do Whydah, em Provincetown, Massachusett
“esses eram mais do que apenas alguns bandidos saqueando lojas d
bebidas”.
Os bandos de piratas das Bahamas foram consideravelmente be
ucedidos. Em seu apogeu, eles conseguiram separar a Grã-Bretanha
rança e a Espanha de seus impérios do Novo Mundo, cortando rota
comércio, sufocando o fornecimento de escravos para as plantações
çúcar das Américas e das Índias Ocidentais e interrompendo o fluxonformações entre os continentes. A Marinha Real, além de ser incap
de prender os piratas, passou a ter medo de encontrá-los. Embora
fragata de vinte e dois canhões HMS Seaford tivesse sido designad
para proteger as Ilhas de Sotavento, seu capitão informou que estav
“em perigo de ser dominado” se cruzasse com os piratas. Em 1717, piratas tinham se tornado tão poderosos que eram capazes de ameaç
não apenas navios, mas colônias inteiras. Eles ocuparam postos
fronteiriços britânicos nas Ilhas de Sotavento, ameaçaram invadir a
Bermudas e bloquearam a Carolina do Sul repetidas vezes. Enquan
isso, alguns acumularam fortunas surpreendentes, com as quais
compraram a lealdade de comerciantes, de donos de plantações e at
mesmo dos próprios governadores coloniais.
As autoridades faziam os piratas parecerem monstros, estuprado
e assassinos cruéis e perigosos, que matavam homens por capricho
orturavam crianças por prazer; de fato, alguns eram assim. No entan
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muitas dessas histórias eram intencionalmente exageradas, para
influenciar um público cético. Para o horror dos donos de navios e
plantações das Américas, muitos colonos comuns consideravam o
piratas heróis populares. Cotton Mather, líder puritano de
Massachusetts, enfureceu-se com o nível de apoio aos piratas entre
plebeus “pecadores” de Boston. Em 1718, quando as autoridades dCarolina do Sul se preparavam para levar um bando de piratas a
julgamento, seus simpatizantes resgataram o líder da prisão e quas
omaram o controle da capital, Charleston. “As pessoas são facilmen
levadas a favorecer essas pragas da humanidade quando elas têm
peranças de ganhar parte de sua riqueza ilícita”, se queixou, no meano, o governador da Virgínia, Alexander Spotswood, acrescentand
que havia “muitos apoiadores dos piratas” em sua colônia.
Eu comecei a pensar em escrever sobre esses piratas em especiquando estava sentado embaixo de uma palmeira, ao lado da minh
futura esposa, numa ilha na costa de Belize, uma nação da Améric
entral fundada por piratas e bucaneiros ingleses, cujas palavras e fr
do final do século XVII ainda fazem parte da fala cotidiana. Há
ezentos anos, essa, assim como a minha terra nativa, o Maine, era uterra de ninguém, um litoral selvagem repleto de ilhas com uma
população indígena escassa e ainda não governada por europeus.
maginei aparecendo no final da ilha um gurupés3, as velas remendad
casco colado com piche de um navio pequeno, suas laterais perfura
com portinholas de canhões e uma bandeira de caveira tremulando e
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seu mastro principal. O navio parecia bastante real, desde o cheiro
lona até a penugem abrasiva de suas grossas cordas de cânhamo4. A
pulação era menos definida, uma mistura de referências da cultura
– bandanas e brincos, um tapa-olho para esse, uma perna de pau pa
aquele, um papagaio no ombro do capitão, facas e garrafas de rum e
todo lugar – decorando homens com sorrisos levemente sinistros,latindo clichês frequentemente pontuados com a assinatura “Arrrr!
Percebi que, apesar de toda a sua popularidade, cultivada por filmes
propagandas, eu ainda não tinha uma ideia real de quem os piratas
realmente foram. De onde eles vieram, o que os levou a fazer o qu
fizeram, como eles usavam seus saques, e será que algum deles tinhconseguido escapar?
Boas respostas não estavam disponíveis de imediato. A maioria
ivros, filmes e programas de televisão sobre o assunto continua a ti
proveito dos mitos dos piratas, não fazendo distinção entre os eventocumentados e os comprovadamente fabricados, muitos dos quais s
riginários de um livro de 1724 denominado História geral dos rou
e assassínios dos mais notáveis piratas, escrito sob o pseudônimo
apitão Charles Johnson5. Aqueles que o fazem tendem a se concent
ão nos verdadeiros piratas, mas nos bucaneiros e corsários de uma
anterior – homens mais respeitáveis, cujas atividades eram em gran
arte legalmente sancionadas. As vidas dessas pessoas – Henry Morg
William Kidd ou William Dampier – estão documentadas por uma
papelada muito mais volumosa. Algumas excelentes visões gerais
ermanecem, mas elas se concentram na pirataria como uma instituiç
ão na vida de piratas específicos. Como eu descobriria ao escrever e
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livro, a abordagem biográfica apresenta um conjunto de perguntas
totalmente diferente, revelando conexões, motivações e eventos qu
caso contrário, deixariam de ser notados.
O que se segue está fundamentado em materiais encontrados n
arquivos da Grã-Bretanha e das Américas. Nenhum diálogo foiinventado e as descrições de tudo, cidades, eventos, roupas, navios
ima estão baseadas em documentos originais. Aspectos da história
piratas anteriormente perdidos foram recuperados mediante a inclus
de depoimentos legais e dos documentos de julgamentos, cartas do
governadores, autoridades coloniais e capitães navais ingleses eespanhóis, relatos em panfletos, jornais e livros da época, rabiscos e
vros de registro de casas de alfândega, registros paroquiais e os diá
de bordo dos navios de guerra da Sua Majestade.
Ao citar fontes dos séculos XVII e XVIII, apliquei a pontuação
ortografia moderna, para garantir que ficassem compreensíveis aoleitores do século XXI. Todas as datas no texto correspondem ao
calendário juliano, que na época estava em uso na parte do mundo q
falava inglês; isso exigiu que fossem subtraídos dez ou onze dias n
datas das fontes francesas e espanholas, que já usavam o calendári
regoriano de hoje6. As fontes originais serão encontradas nas notasfinal deste livro.
Minha pesquisa me levou a muitos dos cenários listados a segu
Londres, Bristol, Boston, Charleston e Bahamas. Visitei refúgios d
piratas no leste da Carolina do Norte, onde mergulhadores do
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Departamento de Recursos Culturais do Estado estão explorando o q
se acredita ser o naufrágio da capitânia de Barba Negra. Artefatos d
outro navio pirata da Era de Ouro, o Whydah, ainda estão sendo
descobertos nas praias de Cape Cod. Aproveitei muito as conversas
ocas de correspondências com arqueólogos e historiadores nesses e
outros lugares, que continuam a analisar cuidadosamente evidência para mais pistas a respeito do passado dos piratas.
Este livro conta a história da Era de Ouro da Pirataria através d
vidas de quatro das suas principais figuras. Três eram piratas: SamuBlack Sam” Bellamy, Edward “Barba Negra” Thatch e Charles Van
dos se conheciam. Bellamy e Barba Negra eram amigos, tendo serv
untos sob seu preceptor, Benjamin Hornigold, que fundou a repúbl
pirata em Nassau, na Ilha Nova Providência. Ambos também eram b
familiarizados com Vane, o protegido do rival de Hornigold, Henrennings, um corsário turbulento, declarado fora da lei pelo rei Geor
Vane compartilhava muitas das características de seu mestre: uma
propensão para a crueldade, violência desnecessária e uma veia sádi
ue eventualmente prejudicava sua própria autoridade. Bellamy e Ba
Negra, seguindo a liderança de Hornigold, eram mais prudentes noemprego da força, geralmente usando o terror apenas para obrigar su
ítimas a se renderem, evitando, assim, a necessidade da violência. N
escrições volumosas dos ataques de Bellamy e Barba Negra a navio
cerca de trezentos navios ao todo – não existe um exemplo registrad
sequer deles matando um prisioneiro. Era mais frequente suas vítim
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elatarem, mais tarde, que haviam sido tratadas de forma justa por es
ratas, que normalmente devolviam navios e cargas que não serviam
seus propósitos.
Ao longo do tempo, esses bucaneiros conseguiram seguidore
poderosos, navegando ou se divertindo com praticamente todos oslíderes piratas da época: John “Jack Calicô” Rackham, que se vest
extravagantemente; o excêntrico Stede Bonnet; o famoso Olivier L
Buse; Paulsgrave Williams, que usava peruca; e a mulher pirata An
Bonny. No auge de suas carreiras, cada um comandou uma pequen
ota de navios piratas, uma comitiva constituída de centenas de home, no caso de Bellamy e Barba Negra, uma capitânia capaz de desaf
ualquer navio de guerra nas Américas. Suas campanhas foram tão b
ucedidas que logo os governadores, comerciantes de escravos, dono
lantações e magnatas do transporte – a estrutura do poder completa
América britânica – estava clamando para que algo fosse feito.Isso nos leva ao nosso quarto e último personagem, Woodes
Rogers, o homem que a Coroa enviou para enfrentar os piratas e
pacificar as Bahamas. Mais do que ninguém, Rogers deu fim à Era
uro da Pirataria. Ele não era um pirata, é claro, mas tinha servido co
um corsário durante a guerra mais recente da Inglaterra contra FrançEspanha e sabia como os piratas pensavam e operavam. Um herói d
uerra e autor famoso, Rogers tinha liderado um ataque bem-sucedid
uma cidade espanhola, tinha sido desfigurado durante uma batalha
piche contra um enorme galeão7 de tesouro no Pacífico e era um do
poucos homens que haviam dado a volta ao mundo navegando. Ape
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do seu passado fanfarrão, Rogers não tinha nenhuma empatia com
iratas. Ele representava tudo aquilo contra o que os piratas estavam
rebelando. Ao contrário de muitos dos seus colegas, Rogers era
corajoso, altruísta e surpreendentemente patriótico, dedicando-se d
orma abnegada ao rei e ao país. Enquanto muitos outros governador
oficiais navais e ministros do governo rotineiramente enchiam seubolsos à custa da Coroa, Rogers esvaziava os seus em apoio a proje
que, como ele acreditava, iriam promover o bem comum e a ordem
stabelecida do jovem Império Britânico. Apesar do seu serviço hero
Rogers sofreu nas mãos de seus superiores e colegas.
Bellamy, Barba Negra e Vane não começaram sua sociedade pir
do zero. Eles tinham um modelo a seguir em Henry Avery8, um “re
pirata” conhecido por liderar seus colegas tripulantes a saírem da
opressão entre os conveses para uma vida de luxo inimaginável em u
reino pirata próprio. As proezas de Avery foram realizadas enquantBellamy, Barba Negra e Vane ainda eram crianças e já eram lendári
quando eles se tornaram jovens. Suas aventuras inspiraram autores
peças de teatro e romances, historiadores e escritores de jornais e
finalmente, os próprios piratas da Era de Ouro. O mito romântico d
pirataria não seguiu a Era de Ouro, ele ajudou a criá-la. O conto do
piratas, portanto, começa com Henry Avery e a chegada de um
misterioso navio a Nassau três séculos atrás.
Os piratas da Era de Ouro naturalmente não existiam há muito tempo quando 1776 chegou, mas o espírito de rebelião mersistiu ao longo do século. Marinheiros e afroamericanos descontentes lideraram manifestações e tumultos em massa co
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andos de recrutamento forçado da Marinha Real em Boston em 1747 e 1768; em Newport, Rhode Island, e em Portland, Ma764; em Nova York em 1764 e 1765; e em Norfolk, Virgínia, em 1767. Nas manifestações de 1747 – que duraram três cravos, servos e marinheiros invadiram a prefeitura de Boston, obrigaram o governador a fugir de sua casa, espancaram o xtiveram um oficial naval. Os marinheiros também lideraram tanto a resistência ao Ato do Selo como a multidão enfurecida de
ue foi reprimida a tiros pelos soldados britânicos, no que ficou conhecido como o Massacre de Boston.ucaneiro é um termo impreciso, que se refere aos piratas e corsários que operavam fora das Índias Ocidentais no século
pecialmente nas décadas de 1670 e 1680. A palavra originalmente se referia a grupos de homens sem lei, a maioria deles fraue vagavam pela Ilha de São Domingos, caçando gado selvagem e secando a carne em um boucan, um tipo de defumador casionalmente caçavam também navios pequenos. Mais tarde, os ingleses adotaram o termo “bucaneiro” para se refequeadores marítimos do Caribe em geral, embora a palavra não fosse usada assim na época.urupés é um mastro colocado obliquamente na proa de um navio (N.T.).
ânhamo é a fibra que se obtém da planta Cannabis, utilizada para fins têxteis (N.T.).
Como visto posteriormente, esse autor não foi Daniel Defoe, como afirmaram gerações de estudiosos e bibliotecário
tencionados.maioria das nações católicas adotava o calendário gregoriano em 1582, quando os dois sistemas tinham dez dias de diferen
700, a diferença aumentou para onze dias, a qual permaneceu até 1752, quando a Grã-Bretanha finalmente adotou o novo calenGaleões são navios de quatro mastros, frequentemente utilizados no transporte de cargas que possuíam alto valor na nav
ceânica entre os séculos XVI e XVIII (N.T.).ambém escrito como “Every” ou “Evarie” em documentos do período.
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CAPÍTULO UM
A lenda
1696
O veleiro chegou na parte da tarde do Dia da Mentira de 1696, balançando na extensão ba
nosa da Ilha Hog e adentrando o largo porto de Nassau, deslumbrantemente azul. No iníc
eões na praia e os marinheiros no porto deram pouca atenção. Pequeno e de aparência com
e veleiro era uma visão familiar, um navio mercante da vizinha Ilha Eleutéria, a oi
ilômetros ao leste. Ele vinha frequentemente a Nassau, capital das Bahamas, para trocar
mentos frescos por tecido e açúcar, e para saber as notícias trazidas da Inglaterra, da Jama
s Carolinas. Os espectadores esperavam ver a tripulação jogar a âncora, colocar as mercad
escaler 1 e remar em direção à praia, já que a capital não tinha cais ou píer. Mais tarde, tend
rado da carga, a tripulação iria beber numa das casas públicas de Nassau, trocando novi
bre a guerra em curso e os movimentos dos franceses infernais, e amaldiçoando a ausênc
arinha Real.
Mas não nesse dia.
A tripulação do veleiro remou até a terra. Seu capitão, um hom
local familiar para todos, pulou para a praia, seguido por várias
estranhos. Esses últimos usavam roupas incomuns: sedas, da Índiatalvez, um lenço com alegres estampas da África, diversos tipos de
hapéus da Arábia, tudo tão fétido e sujo quanto as roupas de lã bar
sadas por qualquer marinheiro comum. Aqueles que chegaram pert
uficiente para ouvir sua conversa ou olhar para seus rostos bronzea
odiam dizer que eles eram marinheiros ingleses e irlandeses, não mu
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iferentes daqueles de outros navios grandes que vinham do outro la
do Atlântico.
O grupo seguiu seu caminho através da pequena aldeia, algum
ezenas de casas agrupadas ao longo da costa, à sombra de uma mod
fortaleza de pedras. Eles atravessaram a praça recém-limpa da cidadassando pela humilde igreja de madeira da ilha, finalmente chegand
asa nova do governador Nicholas Trott. E lá eles ficaram, descalços
areia suja e queimada pelo sol, o cheiro fértil dos trópicos enchend
uas narinas. Os habitantes da cidade pararam para observar os home
de aparência selvagem esperando na porta do governador. Umempregado abriu a porta e, após trocar algumas palavras com o mest
do veleiro, correu para informar à Sua Excelência que uma mensage
urgente havia chegado.
Nicholas Trott já estava com as mãos cheias naquela manhã. S
colônia passava apuros. A Inglaterra se encontrava em guerra com
rança há oito anos, interrompendo as vias de comércio e abastecime
das Bahamas. Trott recebeu um relatório de que os franceses tinham
capturado a Ilha Exuma, a duzentos e vinte e cinco quilômetros de
distância, e estavam a caminho com três navios de guerra e trezento
vinte homens. Nassau não tinha nenhum navio de guerra à disposiçã
na verdade, nenhum navio da Marinha Real passava por ali há vário
anos, pois não existia um número suficiente de navios para proteger
império da Inglaterra em expansão. Havia o Forte Nassau, recém-
onstruído com pedras locais, com vinte e oito canhões encaixados
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uas muralhas, mas, com muitos colonos fugindo para a melhor prote
da Jamaica, Carolina do Sul e Bermudas, Trott estava achando qua
mpossível manter a estrutura guarnecida. Não havia mais do que sete
homens sobrando na cidade, incluindo os idosos e deficientes. Meta
da população masculina, além das suas ocupações habituais, realiza
também o serviço de guarda em outros horários, o que deixava muit
nas palavras de Trott, “terrivelmente cansados”. Ele sabia que, se o
franceses atacassem com força, existia pouca esperança de manter
Nassau e o resto de Nova Providência, a ilha na qual sua pequena
apital estava empoleirada. Essas eram as preocupações de Trott qua
ele recebeu o capitão mercante de Eleutéria e seus companheirosmisteriosos.
O líder dos estranhos, Henry Adams, explicou que ele e seus
olegas tinham chegado recentemente às Bahamas a bordo do Fancy,
navio de guerra privado com quarenta e seis canhões e cento e trezhomens, e pediu a permissão de Trott para entrar no porto de Nassa
Adams entregou uma carta do seu capitão, Henry Bridgeman, conten
uma proposta muito estranha. O Fancy, Bridgeman alegava, tinha
acabado de chegar a Eleutéria vindo da costa da África, onde ele tin
eito tráfico de escravos sem a permissão da Companhia Real da Áfr
que detinha um monopólio sobre tais atividades. A carta do capitã
Bridgeman explicava que o Fancy estava com um nível baixo de
mantimentos e que sua tripulação precisava de um tempo em terra. S
governador tivesse a amabilidade de permitir que o navio entrasse n
orto, ele seria amplamente recompensado. Cada membro da tripula
aria a Trott um presente pessoal de vinte peças de oito e duas de ou
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Bridgeman, sendo o comandante, daria o dobro. Os estranhos estav
oferecendo-lhe uma propina no valor de cerca de novecentas libras
numa época em que o salário anual do governador era de apenas
trezentas libras3. Para completar, a tripulação também lhe daria o
próprio Fancy, uma vez que eles tivessem descarregado e se livrado
ainda) não especificada carga. Ele poderia embolsar quase três anossalário e tornar-se o proprietário de um navio de guerra consideráve
simplesmente permitindo que os estranhos ficassem em terra e não
fazendo nenhuma pergunta.
Trott guardou a carta e convocou o conselho de administração colônia para uma reunião de emergência. A ata dessa reunião está
erdida, mas, a partir do testemunho de outros presentes em Nassau
época, fica claro que o governador Trott “esqueceu” de mencionar
suborno aos conselheiros. Em vez disso, ele apelou para o interess
omum na segurança da colônia. O Fancy, ele ressaltou, era tão granquanto uma fragata de quinta classe da Marinha Real, e sua presen
oderia impedir um ataque francês. O acréscimo de sua tripulação qu
obraria o número de homens capazes em Nova Providência, garantin
que os canhões do Forte Nassau seriam utilizados no caso de uma
invasão. E, além disso, como eles ficariam se Bridgeman escolhess
reequipar seu navio no porto francês da Martinica, ou pior, decidis
atacar a própria Nassau? Violar o monopólio da Companhia Real d
África era um crime muito menor, uma razão insuficiente para negar-
entrada.
Os membros do conselho concordaram. O governador mandou
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Henry Adams uma “carta muito educada” acolhendo o Fancy em
Nassau, onde ele e sua tripulação “eram bem-vindos para ir e vir com
quisessem”.
Não muito tempo depois, um grande navio contornou a Ilha Ho
seus conveses cheios de marinheiros, suas laterais perfuradas comportinholas de canhões e seu casco submerso profundamente na águ
ob o peso de sua carga. Adams e seu grupo foram os primeiros a pi
em terra, seu escaler cheio de sacolas e baús. A recompensa prometi
tava lá: uma fortuna em moedas de prata e de ouro cunhadas na Ará
e além. Escaleres transportaram os tripulantes para a terra ao longo dia. O resto da tripulação se assemelhava ao primeiro grupo:
marinheiros de aparência comum vestidos com ornamentos orientai
ada um portando grandes parcelas de ouro, prata e joias. O homem
identificava como capitão Bridgeman também veio a terra e, depoi
uma reunião a portas fechadas com Trott, entregou o grande navio dguerra para ele. Quando o governador chegou a bordo do Fancy,
descobriu que eles tinham lhe deixado uma gorjeta: o porão continh
mais de cinquenta toneladas de presas de elefante, cem barris de
ólvora, vários baús cheios de armas e mosquetes e uma notável cole
de âncoras de navio.
Mais tarde, Trott afirmaria não ter tido nenhuma razão para
suspeitar que a tripulação do Fancy estivesse envolvida com piratar
Como eu poderia saber?”, ele testemunhou sob juramento. “Suposi
não é prova.” O capitão Bridgeman e seus homens afirmaram ser
comerciantes não licenciados, ele acrescentou, e as pessoas de Nov
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Providência “não viram nenhuma razão para não acreditar neles”. M
rott não era nenhum tolo. Ele próprio havia sido um capitão mercan
sabia muito bem que tesouros do tipo dos que o Fancy carregava nã
eram produtos de alguma negociação não sancionada com o povo d
osta de Escravos da África. Em pé, a bordo do Fancy, seu porão ch
e marfim e armas, suas velas remendadas dos danos feitos por canhõbalas de mosquete incrustadas em seu convés, Trott foi forçado a fa
ma escolha: fazer cumprir a lei ou ficar com o dinheiro. Ele não pen
por muito tempo.
Sob a ordem do governador, barcos começaram a transportar arga restante do Fancy para terra. Logo a praia estava cheia de baús
presas de marfim e armas de fogo, pilhas de velas, âncoras e
quipamentos, barris de pólvora e mantimentos, canhões pesados e s
respectivas munições. Trott colocou seu contramestre pessoal e vári
scravos africanos a bordo do navio. As presas de marfim, as moedasrata e as de ouro foram entregues em seu alojamento privado. O cap
Bridgeman e seus homens estavam livres para beber e festejar nos d
bares de Nassau e poderiam ir embora quando desejassem.
Foi assim que o homem mais procurado da Inglaterra comprou a
vendeu seu navio pirata para um dos governadores da Sua Majestacapitão Bridgeman era, na realidade, Henry Avery, o pirata mais be
sucedido de sua geração, um homem cujas façanhas já estavam se
tornando material para lendas. Naquele momento, dezenas de navio
entenas de oficiais, milhares de marinheiros, informantes e soldado
todo o mundo estavam à procura de Avery, sua tripulação e o valor
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resgate de um rei em tesouros roubados. Agentes da Companhia da
Índias Orientais estavam acompanhando os rumores de que ele hav
sido avistado perto de Mumbai e Calcutá. Capitães da Marinha Re
açavam o Fancy ao longo da costa da África Ocidental, Madagasca
Arábia. Caçadores de recompensas navegavam pelo oceano Índico e
rredores do Canal da Mancha. Poucos poderiam imaginar que Averseus homens estavam, naquele momento, relaxando à sombra de um
forte inglês.
Henry Avery tinha passado a maior parte dos seus trinta e seis ano mar. Nascido nos limites da cidade costeira de Plymouth, no
rritório ocidental inglês, ele foi para o mar quando ainda era um jov
apaz e serviu como marujo em vários navios comerciais. Pouco tem
epois da Inglaterra entrar em guerra contra a França, em 1688, Aver
alistou na Marinha Real, servindo como suboficial a bordo do HMRupert e do HMS Albemarle e presenciando combates em ambas a
fragatas. Ao longo dessa jornada, ele e outros marinheiros tinham
aguentado espancamentos e humilhações de oficiais, engolido comi
odre ou abaixo do padrão, que intendentes corruptos lhes davam co
se fosse cortesia, e ficado sem salários por anos a fio. Companheiroque perdiam braços, pernas, mãos, pés ou olhos em acidentes ou
batalhas passavam a viver como mendigos. Os marinheiros diziam q
isioneiros levavam uma vida melhor que eles e, depois de mais de d
décadas no mar, Avery tinha que concordar.
Na primavera de 1693, ele achou que tinha encontrado um negó
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melhor. Avery ouviu dizer que um grupo de comerciantes ricos esta
montando uma esquadra de navios mercantes para uma missão
extraordinariamente audaciosa. Quatro navios fortemente armados
deixariam a Inglaterra, recolheriam os documentos necessários na
Espanha e navegariam para o Caribe. Uma vez lá, eles iriam negoci
com as colônias espanholas e atacar e saquear navios e plantações
rancesas. Os comerciantes estavam pagando bem e, o mais importan
contrato prometia perspectivas mais certas: um salário mensal de va
usto e garantido, com o pagamento de um mês adiantado antes mes
de os navios deixarem a Inglaterra. Avery sabia que haveria comida
ebida melhores do que aquelas a bordo dos navios do rei, bem compossibilidade de embolsar uma pequena parcela do lucro ao longo d
aminho. Ele se candidatou e, com suas referências de primeira linh
eu histórico de serviços prestados com distinção, foi contratado co
primeiro oficial a bordo da capitânia de quarenta e seis canhões d
expedição, Charles II , sob o comando do capitão Charles Gibson
No início de agosto, antes de a esquadra partir, os homens
receberam, como prometido, seu primeiro salário mensal. Ainda ma
ncorajador, o titular da esquadra, sir James Houblon, foi pessoalme
a bordo dos navios, garantindo aos homens que eles ou suas famíli
eriam pagos a cada seis meses durante seu deslocamento. Com isso
Charles II e outros três navios, James, Dove e Seventh Son, levantar
ncora e navegaram rio Tâmisa abaixo. Para Avery e seus companhei
parecia ser o início de uma aventura rentável.
As coisas correram mal desde o início. A viagem para La Corun
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no norte da Espanha, deveria ter demorado duas semanas, mas por
alguma razão, para o Charles II e sua esquadra, demorou cinco mes
Após a chegada, eles descobriram que os documentos de que eles
precisavam ainda estavam para chegar de Madri, então eles lançara
âncora e esperaram. Uma semana se passou, depois duas e depois u
mês, sem nenhuma indicação de que as rodas da burocracia espanhoestavam girando. A bordo dos navios lotados, os homens estavam
cando inquietos, e alguns começaram a perguntar por que o pagame
os seus salários semestrais prometidos ainda não havia sido feito. E
enviaram uma petição a sir James Houblon pedindo que os salário
fossem pagos aos marinheiros ou suas esposas, como tinha sido previamente acordado. Em resposta, Houblon mandou seu agente
olocar vários peticionários a ferros e trancá-los nas prisões úmidas
navios.
Tal reação não aquietou as mentes dos marinheiros. Ao visitaoutras embarcações no porto sonolento de La Corunha, alguns do
marinheiros casados conseguiram enviar mensagens para suas espos
na Inglaterra. Uma carta informava às mulheres a situação de seus
maridos e pedia que elas se encontrassem pessoalmente com Houbl
ara exigir os salários que elas, sem dúvida, precisavam para sobrevi
Então as mulheres confrontaram Houblon, um comerciante rico, dire
fundador do Banco da Inglaterra, cujo irmão era presidente do Banc
ogo se tornaria prefeito de Londres. A resposta dele congelou até se
ossos. Os navios e seus homens estavam agora sob o controle do rei
spanha e, até onde ele sabia, o rei poderia “pagá-los ou enforcá-los
quisesse”.
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Quando os boatos da resposta de Houblon chegaram a La Corun
os marinheiros começaram a entrar em pânico. Vários imploraram a
apitão de um navio de guerra inglês que estava de passagem para lev
os de volta, mas não foram atendidos. O mordomo pessoal do capit
Gibson, William May, ofereceu abrir mão de trinta libras dos seus
alários atrasados se lhe fosse permitido deixar o Charles II ; Gibson
isse para voltar ao trabalho ou ele seria jogado na cadeia. A tripula
do navio concluiu que tinha sido vendida para o serviço do rei de
Espanha por “todos os dias de sua vida”.
Henry Avery descobriu uma solução. Em 6 de maio de 1694, queses depois de chegar a La Corunha, ele e alguns dos seus marinhe
remaram para a cidade. Vagando pelas ruas estreitas e sinuosas, ele
euniram homens dos outros navios ingleses que estavam no porto. E
tinha um plano para conquistar sua liberdade.
Às nove horas da noite seguinte, vários desses recrutas partiram
Charles II num pequeno barco. Quando eles chegaram ao lado do
James, um dos marinheiros saudou uma figura no convés usando um
enha combinada: “O seu contramestre bêbado está a bordo?” Eles n
obtiveram a resposta esperada, então falaram mais claramente, algo
como: “Nós fazemos parte do plano secreto para tomar o controle dCharles, então todos vocês subam a bordo e nós os levaremos até lá
Infelizmente, o homem no convés do James não era um membro d
conspiração e correu para alertar seu capitão. Antes de este soar o
arme geral, no entanto, vinte e cinco conspiradores do James lança
pinaça – o maior de seus barcos – ao mar e seguiram seus colegas
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direção ao Charles.
No Charles, Avery ouviu os sons da comoção do James ecoan
ravés do porto. Ele sabia que eles não podiam esperar mais. Ele e d
dúzias dos seus homens correram para o convés, capturaram o vigia
ssumiram o controle do tombadilho superior, onde o leme e muitos outros controles de um navio ficam localizados. Quando os barcos d
onspiradores do outro navio chegaram, o capitão do James abriu fo
mandando duas balas de canhão que esguicharam água no porto ao l
do Charles. O fogo do canhão alertou os espanhóis que guardavam
fortaleza medieval de La Corunha, que a esse ponto já estavampreparando suas armas. Avery dava as ordens. Os homens corriam p
ortar as grossas cordas da âncora do navio ou subiam nos mastros p
oltar as velas; o timoneiro colocou o navio a favor do vento, enquan
outros puxavam as velas para o lugar. Lentamente, o Charles saiu d
porto sob os canhões do forte e seguiu para alto-mar no AtlânticoA poucos quilômetros de distância do porto, Avery desceu do
onvés para falar com o capitão Gibson, que estava doente e acamad
om o imediato, Jonathan Gravet, ambos sob guarda em suas respecti
abines. De acordo com eles, Avery os tratou com cortesia e até ofere
a Gibson o comando do Charles se ele se juntasse à sua conspiraçãEle recusou. Avery, no entanto, prometeu deixar os dois homens irem
rra firme num dos barcos assim que a manhã chegasse, juntamente c
uaisquer outros homens que desejassem ir embora. Avery deu a Gra
rês presentes de despedida: um casaco, um colete e seu próprio salá
de primeiro oficial. Mais tarde, Gravet relembrou que o mordomo d
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Gibson, William May, “pegou minha mão, me desejou boa partida e
pediu que falasse dele para sua esposa”.
De manhã, Gibson, Gravet e quinze outros homens entraram nu
dos botes do Charles II e remaram em direção ao continente. “Eu s
um homem de boa sorte e devo buscar o meu destino”, Avery disseGibson antes de partirem.
Mais tarde naquele dia, Avery realizou uma reunião geral com
ripulação do navio: oitenta e cinco homens no total, cada um deles oluntariamente, exceto pelo médico, de cujos serviços eles não estav
dispostos a abrir mão. Avery propôs uma nova e melhor forma de
manterem a si mesmos e suas famílias: eles atacariam navios e
ssentamentos, como estava previsto inicialmente, só que não no Car
e não para o lucro de Houblon. Em vez disso, eles navegariam até ceano Índico, onde atacariam navios mercantes carregados de rique
e manteriam o saque para si próprios. Ele tinha ouvido falar que a Il
Madagascar daria uma base de operações perfeita; localizada na cos
sudeste da África, ela não tinha nenhuma presença europeia, tinha
entenas de quilômetros de litoral isolado e nativos que ficariam feli
m negociar alimentos e outras necessidades. Quando tudo terminas
Avery disse-lhes, eles poderiam voltar discretamente para a Inglater
com suas riquezas.
Avery deve ter sido convincente, porque os homens concordara
om seu plano e o nomearam capitão. Em grupo, eles estabeleceram
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sistema justo para dividir os futuros saques. Enquanto na maioria d
embarcações de corso5 o capitão recebia entre seis e catorze partes
mais do que um marinheiro comum, Avery receberia apenas uma par
ais, e seu imediato metade de uma parte a mais. Eles tomariam toda
principais decisões democraticamente, exceto quando estivessem e
combate, ocasião em que a ordem de Avery seria absoluta. Todosambém votaram para mudar o nome do navio: dali em diante, ele se
chamado de Fancy.
Eles passaram o mês de maio navegando pelo Atlântico, parando
Ilha do Maio, no arquipélago de Cabo Verde, a pouco mais dequinhentos e sessenta quilômetros de distância do litoral oeste da
África. Maio era um lugar deprimente, sem árvores, uma ilha
ozinhando sob o sol tropical. Era frequentada por navegadores devi
às suas extensas salinas afastadas da costa, já que o sal era o princip
onservante de alimentos da época. Na enseada sombria que servia coporto havia três navios mercantes ingleses sendo carregados com o
que os nativos tinham empilhado para eles na praia. Diante do
esmagador poder de fogo do Fancy, os capitães se renderam sem lu
Avery roubou seus mantimentos e uma âncora para substituir a que
tinha deixado no fundo do porto de La Corunha, mas educadament
deu-lhes um recibo de tudo o que ele tinha roubado. Deixando a
olicitude de lado, obrigou nove membros da tripulação a se unir ao
ando de piratas, provavelmente porque, como aconteceu com o méd
eles tinham habilidades especiais necessárias para manter o Fancy e
funcionamento.
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Avery aparentemente se arrependeu de ter saqueado navios ingle
m tempo de guerra. Poucos meses depois, ele escreveu uma carta ab
a todos os capitães ingleses, dizendo que eles não tinham nada a tem
o Fancy e de seus homens. “Eu nunca ataquei nenhum navio inglês
olandês”, ele escreveu, “nem tenho a intenção de fazê-lo enquanto
comandante”. Assinou como “Ainda amigo de um inglês”. Pode-se v
porque Avery se tornaria um herói para os pobres e oprimidos, um
espécie de Robin Hood marítimo. Ele tinha se revoltado contra a
injustiça e tratado seus prisioneiros com uma notável humanidade
roubando apenas o que ele e seu bando precisavam para sobreviver
Mas nem todas as ações seguintes de Avery foram particularme
honrosas. Seus futuros admiradores destacavam seu comportament
íntegro para com prisioneiros ingleses e europeus, mas eles tendiam
pular essa parte ou disfarçar a forma como ele tratava os estrangeiro
que não eram brancos e que caíam em suas garras. Mais tarde, suatripulação e seus prisioneiros descreveriam muitos atos de crueldad
Uma vez, na costa da África Ocidental, Avery atraiu um grupo de
homens de tribos locais a bordo de seu navio com a promessa de
comércio e em seguida roubou seu ouro, prendeu-os a ferros e vend
pelo menos sete deles como escravos. Houve numerosos casos em q
sua tripulação capturou pequenas embarcações mercantes árabes
desarmadas e, depois de roubar suas cargas humildes de arroz e peix
ueimou-as, em vez de devolvê-las aos seus capitães. Enquanto naveg
por onde hoje fica a Somália, a tripulação do Fancy colocou fogo n
cidade inteira de Mayd porque os moradores se recusaram a negoci
com eles. Antes de deixar a Ásia, Avery e seus homens fariam muit
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pior.
Em meados de junho de 1695, treze meses após a rebelião na
Espanha, o bando de Avery tinha capturado pelo menos nove navios
navegado da Ilha do Maio a Madagascar, do Cabo da Boa Esperanç
osta da Índia. Eles haviam montado acampamento nos portos isolade Madagascar, feito uma revisão completa no Fancy nas ilhas Como
e se fartado com potes de mel comprados de comerciantes em Gabã
Sua tripulação tinha aumentado para mais de uma centena, incluind
catorze voluntários de um navio mercante dinamarquês e um grupo
corsários franceses que estavam presos numa ilha perto do Canal dMoçambique. Eles haviam roubado grandes parcelas de arroz, grão
onhaque, lã, linho e seda, mas apenas quantidades muito pequenas
ouro, prata e outros objetos de valor de fácil transporte. Se eles
quisessem fazer uma verdadeira fortuna, eles teriam que ir atrás de u
butim maior. Com seus prisioneiros, eles descobriram que uma granota em breve sairia de Mocha, um porto onde atualmente fica o Iêm
passaria pela entrada do Mar Vermelho a caminho de Surate, na Ín
A bordo dos navios estariam milhares de muçulmanos voltando de s
peregrinação anual ao santuário sagrado de Meca e dezenas de
comerciantes repatriando os lucros de sua missão comercial anual. O
navios de tesouro do comboio – propriedade do grão-mogol da Índia
eram os mais valiosos a singrar pelo oceano Índico.
Avery e sua tripulação navegaram para o norte, em direção à
desembocadura do Mar Vermelho, onde planejavam esperar pela fro
ue vinha de Mocha. Mas eles não eram os únicos piratas ingleses c
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o horizonte; era o Fath Mahmamadi, um navio maior do que o Fan
mas também mais lento e armado com apenas seis canhões. A tripula
o Fath Mahmamadi disparou uma patética salva de três tiros enqua
os navios piratas se reuniam em torno dele. O Fancy respondeu com
uma artilharia ensurdecedora de vinte e três canhões de bordo e um
saraivada de tiros de mosquete. O capitão indiano se rendeu, o Fanez a abordagem e a tripulação de Avery se atirou sobre sua pilhagem
trezentas e cinquenta toneladas. Nos porões, encontrou o produto d
omércio do Fath Mahmamadi em Mocha: o equivalente a uma quan
entre cinquenta mil e sessenta mil libras em ouro e prata que perten
ao proprietário do navio, o comerciante Abdul Ghafur. Era umaquantidade impressionante, suficiente para comprar o Fancy cinque
ezes, mas Avery queria mais. Ele deixou o navio sob o comando de
grupo de seus homens – uma tripulação de captura – e, junto com se
colegas capitães, continuou sua busca pela grande frota.
Dois dias depois, ao longo da costa oriental da Índia, um vigi
vistou ao longe outro navio a caminho do porto indiano de Surate.
piratas logo alcançaram o Ganj-i-sawai, um gigantesco navio merca
ue pertencia ao próprio grão-mogol Aurangzeb. Ele era, sem dúvida
maior navio operando perto de Surate, com oitenta canhões,
quatrocentos mosquetes e oitocentos homens robustos a bordo. Se
apitão, Muhammad Ibrahim, tinha motivos para estar confiante de q
ia expulsar os invasores, tendo mais canhões e mais do que duas ve
o número de homens do que o Fancy e os três navios corsários
americanos juntos. As apostas eram altas, no entanto, pois o Ganj-
sawai estava pesado, lotado de passageiros e tesouros.
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Assim que o Fancy ficou ao seu alcance, o capitão Ibrahim orde
que uma tripulação armada entrasse em ação. Eles carregaram seu
esados canhões com balas e os rolaram para fora de suas portinhola
atirador mirou, acendeu o pavio e deu alguns passos para trás com
sto de sua equipe, à espera do ricochete. Em vez de um estrondo al
de uma explosão de fumaça, veio um lampejo horripilante. Devido
algum defeito interno, o pesado canhão explodiu, atirando fragment
em todas as direções. A tripulação armada explodiu em pedaços.
Enquanto Ibrahim absorvia o espetáculo macabro, o Fancy atacou d
volta. Uma de suas balas de canhão atingiu o Ganj-i-sawai na part
inferior do seu mastro principal, a mais crítica das localizações. Omastro desabou parcialmente, lançando velas e cordames em desorde
gravando o caos a bordo do navio. A perda de espaço de área vélica
om que o Ganj-i-sawai começasse a se movimentar mais devagar. S
perseguidores chegaram mais perto.
Espadas em punho e mosquetes prontos, mais de cem piratas s
agacharam atrás dos parapeitos do Fancy, esperando que os navios
juntassem. Quando eles se encostaram, cordas arrebentando, velas
asgando, cascos de madeira gemendo e rangendo com a pressão, Av
e companhia correram por cima das laterais e para o convés do navi
mutilado.
Um historiador indiano chamado Muhammad Hashim Khafi Kh
ue estava em Surate na época, escreveu que levando em conta que ha
tantos canhões a bordo do Ganj-i-sawai, a tripulação certamente ter
derrotado os piratas ingleses “se o capitão tivesse oferecido algum
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esistência”. O capitão Ibrahim aparentemente entrou em pânico e fu
ara baixo do convés, para os quartos das meninas turcas que ele ha
omprado em Mocha para servirem como suas concubinas pessoais. “
colocou turbantes em suas cabeças e espadas em suas mãos e as
ncorajou a lutar”, Khafi Khan escreveu. A resistência a bordo do na
indiano caiu. Os homens de Avery começaram seu saque.
De acordo com as histórias que mais tarde circulariam pelos bar
beira-mar da Inglaterra, Avery se comportou cavalheirescamente. Um
das histórias mais populares conta que ele encontrou “algo mais
agradável do que as joias” a bordo do navio capturado: a neta domperador mogol, a caminho do seu casamento, com um vasto dote e
upo barulhento de belas donzelas. Avery, dizia-se, pediu a princesa
asamento e, ao receber seu consentimento casou-se com ela ali mesm
om a ajuda de um clérigo muçulmano. Nessa versão da história, que
publicada em Londres em 1709, “o resto da tripulação então sorteouas servas e, para seguir o exemplo de seu comandante, até esperara
mesmo padre rezar por eles”. Foi dito que os felizes recém-casado
passaram toda a viagem de volta para Madagascar envolvidos em su
felicidade conjugal.
A verdadeira história é menos romântica. Documentos delgamentos e relatos de testemunhas indianas e oficiais ingleses deix
laro que Avery presidiu uma orgia de violência. Durante vários dias
piratas estupraram passageiras de todas as idades. Entre as vítima
stava uma parenta do imperador mogol – não uma jovem princesa, m
a esposa idosa de um de seus cortesãos. Khafi Khan relatou que vár
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mulheres se mataram para evitar tal destino, algumas pulando ao ma
outras se apunhalando. Sobreviventes disseram que os piratas tratav
as prisioneiras “muito barbaramente”, em um esforço para fazê-las
onfessar onde tinham escondido seus objetos de valor. Um membro
ipulação de Avery, Philip Middleton, mais tarde testemunhou que e
mataram vários homens a bordo do navio capturado. Os fatos e a lenó concordam no tamanho das riquezas que os piratas carregaram par
Fancy: um tesouro de ouro, prata, marfim e joias valendo cento e
cinquenta mil libras ou mais.
Uma vez que os piratas ficaram satisfeitos, o Ganj-i-sawai foautorizado a navegar para Surate com sua tripulação e passageiros
obreviventes. Os piratas foram embora na direção oposta, rumo ao s
m direção a Madagascar e ao Cabo da Boa Esperança. Na Ilha Reun
no meio do caminho para o Cabo, Avery e os capitães corsários
dividiram o saque e seguiram caminhos separados. A maioria datripulação recebeu uma participação individual de mil libras, o
quivalente a vinte anos de salário a bordo de um navio mercante. Av
ugeriu à sua tripulação que navegassem diretamente para Nassau pa
evitar a vingança do imperador. Em novembro de 1695, o Fancy
começou sua longa jornada para o outro lado do mundo, para a Ilh
Nova Providência.
Tendo concluído seu acordo com o governador Trott, Avery e s
omens passaram vários dias em Nassau, bebendo os refrescos de Tr
e debatendo o que fazer a seguir. Alguns homens – sete ou oito, pe
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menos – resolveram ficar ali mesmo e logo se casaram com mulhere
locais. O restante dos piratas se dividiu em três grupos, cada um co
sua própria ideia de como melhor cair no esquecimento com sua par
do saque. Um grupo de vinte e três homens, liderado por Thomas
Hollingsworth, comprou dos habitantes da ilha um saveiro de trint
oneladas chamado Isaac e partiu para a Inglaterra na segunda sema
de abril de 1696, aparentemente querendo voltar discretamente par
asa. O segundo grupo, de aproximadamente cinquenta homens, par
para a colônia inglesa mais próxima, Charleston, na Carolina, a
aproximadamente seiscentos e cinquenta quilômetros ao norte. O
erceiro grupo consistia em Avery e mais vinte, que pagaram seiscenlibras por um saveiro de longo curso de cinquenta toneladas, o Sea
Flower , armado com quatro pequenos canhões. Em meados de 1º d
unho, eles carregaram seus pertences e tesouros e se prepararam pa
partir. Henry Adams, o homem que tinha levado a mensagem de Ave
ara o governador Trott, se casou com uma menina de Nassau e a levom ele a bordo do saveiro. Avery ordenou que as velas fossem solta
Sea Flower começou sua rota para o norte, aproveitando a corrente
Golfo, com destino à Irlanda.
Nicholas Trott passou a primeira parte de junho limpando
ompletamente o Fancy. Para tornar esse processo mais fácil – e por
o navio já estava em mau estado – ordenou que a embarcação foss
ncalhada na Ilha Hog, pouco antes da partida do Sea Flower . Não e
claro se ele conhecia a verdadeira identidade do navio, mas em algu
momento daquele verão outros marinheiros passaram por Nassau e
econheceram o casco encalhado como sendo o Charles II . Trott trou
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guns homens para interrogatório, mas alegou que “eles não podiam
nenhuma informação”. Em dezembro, recebeu uma carta de seu cole
da Jamaica, informando que Bridgeman não era ninguém menos que
bandido Henry Avery. Trott trouxe alguns dos colegas de Avery pa
interrogatório. Ele logo os liberou, lembrando que o governador d
Jamaica “não deu nenhuma prova”. Meses depois, “ordenou” que Fancy fosse “apreendido, na esperança de que provas possam ser
encontradas”. Trott acabaria por perder seu cargo por causa do
incidente, mas terminou seus dias de forma bastante próspera.
Alguns dos homens de Avery encontraram abrigo em outros porVários daqueles que tinham ido para Charleston continuaram até
Filadélfia, onde compraram a lealdade de outro governador, Willia
Markham, da Pensilvânia, por aproximadamente cem libras por home
Markham, que aparentemente sabia quem eles eram, não só deixou
prendê-los mas os acolheu em sua casa e permitiu que um deles secasasse com sua filha. Quando um dos magistrados do rei, Robert
nead, tentou prender os piratas, o governador o desarmou e o ameaç
de prisão. Snead, impassível, aprisionou dois piratas, mas eles
“escaparam” da prisão em poucas horas. O incidente, Snead escreve
para as autoridades em Londres, tinha permitido que “todas as pesso
vissem como o ouro árabe trabalha em algumas consciências”.
O Isaac, o primeiro dos saveiros que transportavam os piratas c
destino à Inglaterra, ancorou na remota Ilha Achill, na costa oeste d
Irlanda, durante a primeira semana de junho. Cerca de uma dúzia d
piratas desembarcou no sopé da Ponta de Achill, empilhando sacos
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moedas de ouro e prata na larga praia. Mais tarde, eles seguiram
caminho para Dublin e lá desapareceram sem deixar vestígios. O
restante da tripulação do Isaac navegou até Westport, no Condado
ayo, onde descarregaram apressadamente e se separaram. Oferecera
cada morador dez libras por cavalos velhos que não valiam nem um
quinto do valor, e trocaram sacos de prata espanhola por bolsas deguinéus6 de ouro a preços acima do que valiam, simplesmente para
aliviar sua carga. Em pequenos cavalos irlandeses carregados de
guinéus, sedas e outros objetos de valor, muitos saíram da cidade e
direção a Dublin. Hollingsworth, seu líder, vendeu o Isaac para
omerciantes locais e também foi embora. Autoridades locais estimarue o saveiro chegou a Westport com aproximadamente vinte mil lib
em ouro e prata, além de várias toneladas de valiosas toras de uma
espécie tropical de madeira das Bahamas, da qual eram extraídos
corantes. Apenas dois homens, James Trumble e Edward Foreside
oram aprisionados, embora outros tivessem sido vistos em Dublin mtarde naquele verão.
Avery e o Sea Flower chegaram ao seu destino no final de junh
desembarcando em Dunfanaghy, no Condado de Donegal, no norde
da Irlanda. Foram confrontados pelo funcionário da alfândega loca
Maurice Cuttle, com o qual eles lidaram da maneira usual; cada um d
o Sr. Cuttle cerca de três libras em ouro e, em troca, ele não só emi
ermissões para eles irem para Dublin, mas os acompanhou em parte
aminho. A dez quilômetros de Dunfanaghy, Avery se separou do re
dos homens, dizendo que ia para a Escócia e, em última instância, a
Exeter, para sua cidade natal Devonshire. Apenas uma pessoa
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companhou o pirata: a mulher de Henry Adams. Juntos, Avery e a S
Adams seguiram seu caminho a partir da cidade de Donegal.
Os outros homens do Sea Flower viajaram para Dublin. Um de
John Dan, reservou uma passagem para a Inglaterra e depois se
aventurou por terra para Londres. Ao passar pela cidade de St. Albaem Hertfordshire, ele se encontrou com a Sra. Adams, que estava
embarcando numa diligência. Ela disse a Dan que estava indo se
ncontrar com Avery, mas recusou-se a levá-lo junto com ela ou a co
nde ele estava. Alguns dias depois, numa pousada em Rochester, K
os arredores de Londres, uma empregada encontrou as quase mil e clibras que Dan tinha costurado em sua jaqueta acolchoada.
Ele acabou na prisão, assim como sete de seus ex-companheiros
navio. Cinco deles, incluindo o mordomo William May, foram
enforcados na Doca de Execução em Londres, em 25 de novembro
1696.
Avery nunca mais foi visto.
Rumores sobre o destino de Avery circularam pelos territóriocujos habitantes falavam a língua inglesa nas décadas seguintes,
passando de marinheiro para marinheiro dentro dos navios e bares d
império. Foi dito que ele era literalmente o Rei dos Piratas e tinha
voltado para Madagascar com seus cúmplices para reinar sobre o se
óprio domínio pirata. Lá, ele estaria vivendo com sua esposa, a neta
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grão-mogol, num palácio suntuoso e seguro, fora do alcance da le
inglesa. Piratas chegavam até ele dos quatro cantos do mundo.
A lenda ganhou força em 1709, quando um livreiro de Londre
publicou The Life and Adventure of Captain John Avery [A vida e
ventura do capitão John Avery], supostamente baseado no diário dehomem que havia escapado de seu reino pirata. O autor anônimo
afirmava que Avery presidiu uma frota de mais de quarenta grande
navios de guerra e um exército de quinze mil homens. “Cidades fora
construídas, comunidades estabelecidas, fortificações e trincheira
guidas, tornando seus domínios inconquistáveis e inacessíveis por e terra.” Avery tinha tanta prata e ouro que começara a cunhar sua
próprias moedas ostentando sua imagem. “O famoso pirata inglês”
escreveu ele, tinha ido “de grumete a rei”. A história cativou tanto
úblico inglês que, alguns anos depois, o Teatro Real de Londres ex
ma peça baseada na vida de Avery. Em The Successful Pyrate [O pibem-sucedido], Avery vivia num enorme palácio, “um ladrão imperi
liderando cem mil […] irmãos ladrões […] queimando cidades,
devastando países e despovoando nações”.
Para jovens marinheiros e grumetes vítimas de abuso, Avery tin
se tornado um herói. Ele era um deles, um homem que defendeu seucolegas marinheiros e os liderou até uma terra prometida, um céu n
erra para os marujos. Um campeão em um homem comum, o Avery
lenda era um símbolo de esperança para uma nova geração de
marinheiros oprimidos, bem como um modelo para homens que um
se tornariam os piratas mais famosos e temíveis da história.
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quivalente a uma pistole (moeda espanhola), a qual valia trinta e dois ryals (reais espanhóis).m 1713, esse era o salário do governador da Carolina do Norte, uma colônia pequena de propriedade dos mesmos aristocra
ossuíam as Bahamas.m 1962, o governo das Bahamas a renomeou Ilha Paraíso, a pedido do magnata americano dos supermercados Huntington H
a agora está ocupada por resorts e hotéis de luxo.orso é uma modalidade de guerra que consiste na investida de navios armados contra navios inimigos no intuito de saqueá-los,
utorização de seu governo (N.T.).uinéu é uma antiga moeda de ouro inglesa (N.T.).
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CAPÍTULO DOIS
Indo para o mar
1697-1702
Quando Henry Avery desapareceu na noite irlandesa, os homens que formariam a Era de Ou
ataria eram meninos ou rapazes muito jovens. Do começo da vida daqueles que se torn
ítimos piratas sabe-se muito pouco.
A maioria das pessoas na Inglaterra do final do século XVII dei
poucos registros de seu tempo. O nascimento, casamento e a morte
um plebeu honesto e cumpridor da lei podiam ser anotados por um
adre no registro da igreja paroquial local. Se tivesse dinheiro suficie
para ter uma propriedade, poderia sobreviver um testamento com uinventário de seus bens e para quem eles seriam legados. Se a pesso
tivesse cometido ou sido vítima de um crime, seus registros
rovavelmente seriam mais volumosos, principalmente se o caso tive
do a julgamento. Na verdade, muito do que sabemos sobre os grand
piratas vem de depoimentos, transcrições de julgamentos e outrosregistros legais guardados nos arquivos da Grã-Bretanha, Espanha
suas ex-colônias no Novo Mundo. Em outras palavras, a história te
pouco a dizer sobre eles antes de se tornarem piratas.
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Samuel Bellamy, o homem que chamaria a si próprio de Robi
Hood dos mares, talvez fosse filho de Stephen e Elizabeth Pain
Bellamy, nascido em 18 de março de 1689 na aldeia de Hittisleigh,
Devon. Se assim for, ele era o mais novo de cinco filhos, tendo o ma
velho morrido na infância, cinco anos antes do nascimento de Samu
Como o único filho homem restante, ele iria herdar a propriedade d
família, que provavelmente não valia muito. Hittisleigh era um luga
xtremamente modesto, um punhado de casas dispersas sobre colinas
periferia do lado norte das rígidas ruínas de Dartmoor, o cenário de
cão dos Baskervilles, de Arthur Conan Doyle. O solo de argila er
ompacto, complicando tanto o cultivo quanto a drenagem dos camps habitantes faziam o melhor que podiam para ganhar a vida plantan
igo, cevada e batatas. O solo da região, conforme Daniel Defoe rela
na década de 1720, era “estéril por natureza” e “muito prejudicial
specialmente às ovelhas, que naqueles lugares são de um tipo meno
muito sujeitas a definhar e morrer em grande número”. Era uma terrnde não crescia “nada além de juncos ou um tipo grosseiro e amargo
pasto do qual o gado não se alimentava”.
Como muitos meninos, Bellamy provavelmente deixou sua faze
ogo que pôde, para escapar da crescente catástrofe social e econôm
ue engolia a zona rural inglesa. O antigo sistema medieval estava se
substituído pelo capitalismo, e a dor dessa transição caía sobre os
ombros dos camponeses do país. Em meados de 1500, lordes ingles
começaram a expulsar os camponeses de suas terras, seja comprand
com dinheiro seus direitos de arrendamento medievais, seja
simplesmente se recusando a renovar suas concessões. Em toda a
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Inglaterra, campos e pastos que eram usados coletivamente por
moradores locais foram confiscados por senhores feudais, delimitad
om muros, cercas e fileiras de sebes e incorporados a grandes fazen
particulares e fazendas de ovelhas. Esse “movimento de cercar”
ransformou senhores feudais em aristocratas com terras e fez com q
milhões de agricultores autossuficientes se tornassem indigentes se
terra.
Como resultado, a vida rural inglesa estava cada vez mais arrisca
Sem terras, os camponeses não podiam mais criar gado, o que
gnificava que eles não podiam mais produzir seu próprio leite, queã ou carne. Como eles tinham que pagar aluguel em dinheiro aos se
enhorios para utilizar os campos e viver nas casas deles, a maioria
obrigada a trabalhar para eles, junto com seus filhos. Para a famíli
camponesa típica, isso representava uma enorme perda na renda real
rodução leiteira anual de apenas uma vaca valia tanto quanto o saláanual de um trabalhador adulto. “Pobres arrendatários”, um viajant
observou, “não podem se dar ao luxo de comer os ovos que suas
alinhas põem, nem as maçãs e peras que crescem em suas árvores [
mas devem transformá-los todos em dinheiro”. Sir Francis Bacon
escreveu os arrendatários como um pouco melhores do que “mendig
em um abrigo”. No ano de nascimento de Bellamy, três milhões de
ngleses – cerca de metade da população do país – estavam no nível
ubsistência, ou até abaixo, e a maioria vivia na zona rural. Desnutri
doenças deixaram sua marca nessa metade submersa da população
nglaterra: em média, eles eram quinze centímetros mais baixos e viv
menos do que a metade do tempo que seus conterrâneos de classe mé
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e alta viviam.
Um grande número deles abandonou suas terras ancestrais e seg
para as cidades da Inglaterra em busca de trabalho. O jovem Sam
Bellamy foi provavelmente um deles. Apesar de não conhecermos s
tinerário, sabe-se que, no final das contas, ele chegou a um dos porda Inglaterra. Talvez ele tenha sido inspirado pelas façanhas de Hen
Avery, cujas histórias haviam se espalhado por Devon partindo da
cidade natal de Avery, Newton Ferrers, a apenas cerca de cinquent
quilômetros de Hittisleigh. Sonhos de aventuras de capa e espada
riquezas reais podem ter passado pela cabeça do jovem enquanto eravessava o brejo em direção a Plymouth, subia as colinas em direç
Bristol ou andava pela longa estrada até Londres, seguindo sua rota
direção ao mar.
Sobre Charles Vane, que um dia iria desafiar um esquadrão inte
de navios de guerra de Sua Majestade, sabe-se menos ainda. Há um
retrato dele na edição de 1725 do livro História geral dos roubos
ssassínios dos mais notáveis piratas, uma xilografia cujo criador te
trabalhado a partir do que ele tinha ouvido ou lido, não pelo que el
inha visto; ele retrata Vane usando uma peruca na altura dos ombro
um casaco longo de soldado, espada desembainhada, apontando
resolutamente em direção a um objetivo invisível; ele tem estatura
média, um nariz adunco, cabelos escuros, um cavanhaque fino
estacando-se entre uma barba de poucos dias. Seu local de nascime
de infância ficaram perdidos na história, nos deixando para adivin
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do período medieval. O comércio pulsava nas ruas, paralelepípedo
coando sob as rodas de carrinhos de comerciantes, carrinhos de mão
vendedores ambulantes, cascos dos cavalos de transporte dos
avalheiros e sob os rebanhos de gado e ovelhas destinados ao abate
mercados de carne do centro. Lojas e bancas não apenas se enfileirav
nas ruas e praças, mas se espalhavam em vias públicas e até mesmosufocavam o fluxo do tráfego para atravessar a Ponte de Londres, a
única forma de cruzar o rio Tâmisa. Muitas das mais belas igrejas d
Londres eram “tão lotadas com lojas e casas de moradia”, um escrit
amentou, “que se poderia pensar que a religião estava em risco de s
sufocada pelo crescimento do comércio”.
A principal artéria da cidade, o Tâmisa, era ainda mais
movimentado do que as ruas. Rio acima, a partir da Ponte de Londre
ob cujos arcos estreitos a correnteza fluía como cachoeiras –, cente
e barqueiros remavam barcos, transportando passageiros e cargas pma, para baixo e de uma margem para a outra. Era esse rio que rece
o conteúdo de meio milhão de penicos, o sangue e as vísceras de
ilhares de animais abatidos, e os corpos de gatos, cães, cavalos, rat
tudo o que não se queria mais. Rio abaixo, também a partir da pont
centenas, às vezes milhares de navios de longo curso esperavam par
arregar e descarregar suas cargas, geralmente três ou quatro amarrad
ado a lado, uma floresta flutuante de mastros que se estendia por m
de um quilômetro. Saveiros de comércio costeiro traziam pilhas de
carvão de Newcastle; navios de dois e três mastros descarregavam
madeira do Báltico, tabaco da Virgínia, açúcar da Jamaica e de
Barbados e bacalhau salgado da Nova Inglaterra e da Terra Nova. M
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diante, ainda rio abaixo, na periferia da metrópole, os navios de gue
da Marinha Real se reuniam nos estaleiros navais de Deptford e
Rotherhithe, à espera de ordens, consertos ou reforços.
Se eles tivessem ido para Londres, Charles Vane e Samuel Bella
riam acabado no bairro de Wapping, presos na área ribeirinha entrestaleiros navais e a Ponte de Londres. Wapping era um labirinto lot
de casas em ruínas e cervejarias tristes, intercaladas com cais,
madeireiras e armazéns. Construído num terreno espremido entre o
pântanos e o rio, o bairro há muito era conhecido como “Wapping n
Lodo”, e era a casa de quem não podia se dar ao luxo de viver emqualquer outro lugar.
A vida em Wapping e nos outros bairros mais pobres de Londr
ra suja e perigosa. Muitas vezes, quinze ou vinte pessoas viviam em
só quarto em casas frias, mal iluminadas e precárias. Não havia um
oleta de lixo organizada; penicos eram esvaziados para fora das janesujando todos e tudo nas ruas abaixo. Estrume de cavalos e outros
nimais se empilhavam nas ruas, assim como os cadáveres dos própr
animais. As chuvas frequentes de Londres levavam uma parte da lam
mas tornavam o fedor insuportável dos cemitérios ainda pior; indigen
eram enterrados em valas comuns, que permaneciam abertas até seretotalmente ocupadas. O tempo frio trazia seus próprios riscos
atmosféricos, já que o pouco aquecimento doméstico que existia vin
da queima de carvão de baixa qualidade.
As doenças eram galopantes. Oito mil pessoas se mudavam pa
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Londres a cada ano, mas o afluxo mal conseguia acompanhar a taxa
mortalidade. Infecção intestinal e disenteria matavam em média mil p
ano, e mais de oito mil eram consumidos por febres e convulsões.
arampo e varíola matavam mais mil, muitos deles crianças, a maiori
ebilitada por raquitismo e vermes. Entre um quarto e um terço de to
os bebês morriam em seu primeiro ano de vida, e apenas metadesobrevivia até a idade de dezesseis anos.
As ruas fervilhavam de crianças sozinhas. Algumas delas haviam
tornado órfãs por acidentes ou doenças, outras foram simplesment
abandonadas nos degraus da igreja por pais que eram incapazes dealimentá-las. Autoridades paroquiais sobrecarregadas alugavam beb
ara pedintes usarem como se fossem suas por quatro pences1 (dezes
milésimos de libra) ao dia e vendiam centenas de crianças com idade
nco a oito anos para sete anos de escravidão por vinte ou trinta xeli
ma ou uma libra e meia) cada. As criancinhas também eram compra por limpadores de chaminé, que as mandavam entrar nos canos da
chaminés para fazer a verdadeira limpeza, às vezes enquanto o fog
ainda queimava embaixo delas, limpando a poeira do carvão sem
máscaras ou roupas de proteção. Esses “meninos escaladores” logo
sucumbiam a doenças pulmonares e cegueira, ou simplesmente caía
para a morte. Autoridades da Igreja colocavam as crianças que não
conseguiam vender de volta na rua “para mendigar durante o dia e,
noite, dormir nas portas, nos buracos e nas esquinas das ruas”, com
uma testemunha relatou. Um grande número desses moleques sujos
famintos percorria as ruas em bandos denominados Guardas Negro
assim chamados porque poliam as botas dos soldados da cavalaria e
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roca de um pouco de dinheiro. “Da mendicância, eles passavam par
roubo”, o mesmo londrino concluiu, “e do roubo, para a forca”.
Nem todo mundo em Wapping era indigente. Havia donos de ba
estivadores, comerciantes e fabricantes de velas de navio, proprietá
de bordéis e donos de pensões e até mesmo autoridades e capitães davio de recursos modestos. Alguns artesãos notáveis também viviam
vizinhança, inclusive um Sr. Lash, que construía as carruagens da
ainha, e o cervejeiro Altoway, em cujos barris mais de mil e quinhen
bras em cerveja estavam sempre armazenados, esperando a distribui
para uma cidade sedenta. O abastecimento de água de Londres era tnsalubre que toda a população bebia cerveja em vez de água, incluin
as crianças. Ali perto havia o estaleiro de Roberts, que proporciona
aos seus trabalhadores uma vista privilegiada para a maior atração d
vizinhança: a Doca de Execução, para onde o tribunal do almiranta
mandava marinheiros condenados e piratas capturados para encontrseu Criador.
Preços e Salários do Início do Século XVIII
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Se Charles Vane cresceu em Wapping, onde teria visto inúmer
ortes de piratas, incluindo as dos cinco homens da tripulação de He
Avery no outono de 1696 e de William Kidd e outros quatro piratas
maio de 1701. Vane seria apenas um menino, mas naquela épocaninguém perdia uma execução: era uma das formas mais populares
entretenimento.
A diversão começava dias ou semanas antes, nas prisões de
Marshalsea ou de Newgate, onde os visitantes davam gorjetas aos
guardas em troca de uma chance de dar uma olhada no condenado. N
ia da execução, milhares se enfileiravam nas ruas ao longo do camin
para Wapping, esperando pela passagem das carroças com os
prisioneiros amarrados e escoltados por guardas até o oficial do
lmirantado. Tantas pessoas tentavam ter um vislumbre dos prisionei
que a viagem de cinco quilômetros muitas vezes demorava quase duhoras. Quando o cortejo chegava à Doca de Execução, multidões s
concentravam alegremente na margem e no cais do rio, obstruindo
Escadaria de Wapping e se espalhando na lama fedorenta exposta n
maré baixa. As forcas sobressaíam no lodo e, atrás delas, centenas
barcos de passageiros manobravam, procurando uma vista melhor devento iminente.
Vane teria visto os homens de Avery proferindo suas últimas
palavras. De acordo com testemunhas, cada um dos piratas expresso
eu arrependimento, mas John Sparcks esclareceu que seu remorso e
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strito às “barbaridades horríveis” que eles tinham cometido a bordo
navio do grão-mogol. “Roubar e fugir com o Charles II ” era, Sparc
disse, uma “preocupação menor”. Com seus discursos concluídos, e
eram conduzidos ao patíbulo um a um e enforcados, chutando e
engasgando. Quando o último homem terminava de se contrair, os
ajudantes do xerife arrastavam os corpos para os lodaçais, amarravamnos a postes e os deixavam para serem lentamente cobertos pela mar
No início da manhã seguinte, a maré recuava e seus corpos inchado
cavam expostos por algumas horas até a próxima maré cheia subme
los novamente. Era costume que as autoridades do almirantado só
vassem os corpos depois que eles tivessem sido lavados por três maOs ajudantes enterravam a maioria dos piratas em covas rasas ou o
entregavam aos cirurgiões para dissecação, mas os mais notórios era
cobertos com piche e colocados em gaiolas de ferro penduradas em
ontos estratégicos ao longo do rio. Marinheiros e barqueiros veleja
para cima e para baixo do Tâmisa veriam esses espantalhos macabrodestinados a meter medo nos corações daqueles que pretendiam se
piratas. O tempo iria dizer como eles eram ineficazes.
Muitas pessoas estavam tentando atrair jovens como Bellamy ane a bordo de seus navios. Marinheiros profissionais eram escasso
os capitães tanto dos navios mercantes como dos navios de guerra d
Marinha Real estavam constantemente com falta de pessoal. Segund
algumas estimativas, mesmo que todos os marinheiros da Inglaterr
estivessem saudáveis e trabalhando ao mesmo tempo, eles
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representariam apenas cerca de dois terços da mão de obra necessár
para as frotas mercantes e navais. Ambos aceitavam voluntários –
Marinha oferecia uma recompensa de dois meses de salário para
qualquer um que se inscrevesse –, mas eram poucos os interessado
Havia um ditado que dizia: “Aqueles que fossem para o mar por praz
riam para o inferno por passatempo”. Apenas os ignorantes e ingênuse juntavam a qualquer um dos serviços voluntariamente, meninos d
campo como Sam Bellamy, ansiosos por aventura, mas não havia u
número suficiente deles.
Comerciantes eram obrigados a adotar táticas agressivas para preencher suas tripulações. Alguns contratavam “aliciadores”, ou
homens que, nas palavras do marinheiro Edward Barlow, iam a
pousadas e tabernas procurando “seduzir qualquer um que eles
chassem que eram pessoas do campo ou estranhos […] ou qualquer
ue eles achassem que estava fora de lugar, que não conseguiria trabaestivesse andando à toa pelas ruas”. Os aliciadores prometiam a es
desocupados salários altos e adiantamentos em dinheiro se eles
ssinassem na linha pontilhada. Aqueles que assinavam logo se viam
um navio que estava de partida, como aprendizes de marinheiro ma
pagos, e o aliciador embolsando vários meses do seu salário a título
comissão. Outros capitães contratavam homens chamados de
embaucadores”, que procuravam marinheiros bêbados ou endividad
tentavam persuadi-los a se inscreverem em troca de bebidas ou do
pagamento de sua dívida. Se e quando isso falhava, embaucadores
articularmente inescrupulosos simplesmente algemavam e sequestrav
marinheiros bêbados, prendendo-os durante a noite antes de vendê-
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os capitães mercantes. Quaisquer que fossem as circunstâncias, o n
marinheiro era legalmente obrigado a servir no navio até que
completasse uma viagem que duraria meses, às vezes anos.
A Marinha Real tinha a reputação de oferecer salários mais bai
e disciplina mais severa do que o serviço mercante, e recorria a umabordagem mais radical e violenta: o bando de recrutamento forçad
Liderados por um oficial da Marinha, os bandos de recrutamento
forçado se espreitavam pelas ruas, encurralando qualquer marujo co
quem se deparassem, com o auxílio de cassetetes. Marinheiros eram
ceis de identificar por causa de sua maneira diferente de falar, se veandar. Edward Ward, um escritor e às vezes taberneiro, encontrou
grupo de marinheiros em Londres nessa época e os comparou a “um
inhada de rinocerontes gorduchos, vestidos com roupas humanas”.
uas jaquetas manchadas de piche, os marinheiros cantavam mulhere
com seus porretes, golpeavam todos os postes de amarrar cavalo peluais passavam, e fazendo com que qualquer cachorro de rua com o q
e deparassem fugisse com “seu rabo entre as pernas para evitar o per
de se aproximar do mal”.
Por mais valentes que fossem, os marinheiros fugiam aterroriza
quando um bando de recrutamento forçado estava por perto. Por diaio, escondendo-se em seus quartos localizados em cima de cervejari
Um marujo fugiu de Londres para Dover apenas para encontrar os
bandos operando lá também. “Eu ainda estava com medo do bando
porque não podia andar pelas ruas sem perigo, nem dormir em
segurança”, o marinheiro disse mais tarde, descrevendo sua vida com
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“a vida de um prisioneiro”. Outros homens fingiam se casar com
proprietárias de bares ou cafeterias para que pudessem afirmar sere
proprietários, isentos do serviço naval. Outros evitavam o serviço
conseguindo ser nomeados como policiais ou funcionários da
vizinhança, ou simplesmente se inscreviam em um navio mercante. U
grande número de marinheiros fugiu definitivamente da Inglaterra
Os bandos de recrutamento forçado eram persistentes, sobretu
orque seus líderes recebiam vinte xelins (uma libra) para cada hom
que capturavam. Eles invadiam residências e pensões no meio da no
m busca de marinheiros e regularmente atacavam navios mercantes ntravam em Londres e em outros portos. Homens que tinham estado
mar por meses ou anos eram arrastados para fora de seus navios
mercantes até navios de guerra antes que pudessem pôr os pés em ter
ter um vislumbre de suas famílias ou recolher seu salários. Alguns
navios mercantes eram deixados tão sem homens que mal conseguiachegar ao porto. Ocasionalmente, os marinheiros que estavam
retornando de viagens particularmente longas se rebelavam para evi
serem forçados a continuar; uma vez no controle, eles abandonavam
navio num de seus barcos ou pegavam em armas para lutar contra o
bandos quando eles tentavam entrar no navio. Em navios carvoeiro
pequenas embarcações que navegavam junto à costa transportando
arvão para Londres e outras cidades, os marinheiros mais competen
se escondiam assim que o barco do bando de recrutamento forçado
parava ao lado. Líderes de bandos frustrados revidavam apreendend
rumetes e dando chicotadas neles até que revelassem a localização
homens escondidos. Quando os marujos estavam particularmente
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scassos, os bandos invadiam as casas de ceramistas, tecelões, alfaia
e outros comerciantes pobres, apreendendo os homens e seus
aprendizes, que eram, de acordo com um panfleto escrito pelo
dramaturgo John Dennis em 1705, “levados de suas famílias como
achorros ou os piores dos criminosos”, muitas vezes sem sequer dei
eles se vestirem. Muitos morreram por falta de roupas adequadas “aqueles que permaneceram foram de pouca utilidade”, por falta de
abilidades. Mendigos, vagabundos e crianças de rua eram perseguid
mplacavelmente pelo bando. Muitos desses marinheiros de água do
nunca mais veriam a Inglaterra novamente.
Por meio desses métodos variados, milhares de meninos e hom
deixavam a Inglaterra para o mar a cada ano. Em algum lugar nessa
massa de ingênuos, azarados e desesperados, estavam dois rapazes q
iriam ajudar a levar o comércio do Império Britânico a um impasse
Em meados de 1700, Edward Thatch, o homem que se tornari
Barba Negra, já era um marinheiro experiente. Ele nasceu por volta
1680 em Bristol ou perto dali, o segundo maior porto da Inglaterra e
centro de seu comércio transatlântico. Aparentemente ele era de um
família razoavelmente confortável, talvez até respeitável: ele tinha
alguma escolaridade, então, ao contrário da maioria dos seus coleg
arinheiros, sabia ler e escrever. Nenhum “Thatch” (ou “Tach”, “Tea
u “Thach”) aparece nos registros fiscais de Bristol em 1696 – o ún
registro completo daquela cidade a sobreviver a esse período –, e is
levou historiadores a acreditar que Edward Thatch era um nome
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da Inglaterra para as Américas. Nos séculos XVI e XVII, seus
comerciantes tinham sido pioneiros na exploração da pesca na Terr
Nova e no Golfo do Maine. Até o início do século XVIII, o comérc
americano influenciava quase todos os aspectos da vida em Bristol.
pequena cidade de vinte mil habitantes ainda era cercada por muralh
medievais, mas seu centro agora estava contornado por cais de pedronde dezenas de navios de longo curso ficavam amarrados. Lojas
armazéns transbordavam com produtos americanos. Os artesãos da
cidade ficaram ricos fornecendo aos comerciantes tecidos, remédios
ens manufaturados. A maioria desses produtos era enviada diretame
ara as Américas, mas alguns eram carregados em navios com destinÁfrica, onde os chefes locais ficavam felizes em trocá-los por escrav
Os navios então levavam os escravos para Barbados e Jamaica e seu
capitães os trocavam por açúcar, que era trazido de volta para Brist
para completar o comércio triangular. Sinais das Américas estavam
todo lugar: comerciantes vindos de Boston e Nova York, senhores ngenho de Barbados e da Jamaica vistosamente vestidos e fidalgote
Virgínia e das Carolinas. A grande igreja gótica dos marinheiros, S
Mary Redcliffe, tinha uma capela inteira dedicada às Américas, ond
estava exposta uma costela de baleia doada por John Cabot, o
explorador que “descobriu” o continente norte-americano em 1497.América parecia ser o lugar onde as fortunas eram feitas. Thatch
descobriu que ser um marinheiro não era a melhor forma de consegu
isso.
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protegerem dos respingos do mar e da chuva. Ainda assim, não era
ncomum que eles passassem dias a fio com a roupa encharcada no f
do inverno, o que resultava em doença ou morte. Nos trópicos, ele
trabalhavam sem camisa, sofrendo terríveis queimaduras de sol. Dr
Hans Sloane, viajando para a Jamaica em 1687, disse que toda a
tripulação do HMS Assistance tinha se tornado de um vermelho brilhante e em sua pele estavam “estourando em todos os lugares
pequenas bolhas, espinhas e pústulas”.
Não havia muito consolo embaixo do convés. Marinheiros
ercantes ficavam amontoados em um alojamento coletivo na proa, oo movimento do navio era mais violento. Eles dormiam em fileiras
compactas de redes, num espaço escuro e mal ventilado, que fedia
gua de esgoto e carne suja. Piolhos, ratos e baratas invadiam os nav
espalhando doenças como tifo, febre tifoide e peste. Gottleib
Mittelberger, que cruzou o Atlântico em 1750, disse que os alojamenram um lugar de “mau cheiro, fumaça, horror, vômitos, muitos tipos
njoo, febre, disenteria, dor de cabeça, calor, definhamento, furúncu
escorbuto, câncer, podridão de boca e outras coisas semelhantes, o
uais provêm de comida e carne velha e extremamente salgada, além
água muito ruim e em falta, de modo que muitos morrem
miseravelmente”.
A comida que eles recebiam era totalmente repugnante. As carn
de boi e de porco salgadas, que eram a base da dieta do marinheiro
saíam dos barris secas e duras, na melhor das hipóteses; podres e co
bichos, na pior. Os marinheiros fechavam os olhos antes de comer
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iscoitos “mofados e fedorentos” do navio para evitar ver as larvas e
gorgulhos que se mexiam neles. Depois de algumas semanas no mar
gua doce ficava verde e fedorenta e causava surtos mortais de disent
e perda de sangue. Em vez de beber água, marinheiros bebiam grand
quantidades de álcool em seu lugar; o racionamento da Marinha Re
dava a cada homem quase meio litro de rum e cerca de um galão deerveja todo dia, o que significa que a tripulação ficava bêbada na m
parte do tempo.
Apesar de serem ruins como eram, esses mantimentos eram mel
do que nada, como algumas tripulações dolorosamente descobriramDonos de navios mercantes especialmente gananciosos comument
tentavam aumentar seus lucros abastecendo seus navios com estoqu
nsuficientes de fornecimento de comida para a tripulação, deixando
passando fome se tempestades ou ventos adversos fizessem com que
viagem demorasse mais do que o esperado. Navios que transportamimigrantes pobres ou escravos africanos para as Américas eram
articularmente vulneráveis. Nas embarcações de passageiros, um gra
número de pessoas morria de fome. Um navio, o Katharine, deixo
Londonderry com destino a Boston em 1729 com cento e vinte e tr
pessoas entre tripulação e passageiros, mas aportou capengando se
meses depois, no oeste da Irlanda, com apenas catorze pessoas viva
Mais tarde naquele ano, o Lothrop chegou à Filadélfia com apena
oventa sobreviventes; trinta crianças e setenta adultos tinham morri
de fome no caminho, incluindo todos os tripulantes, exceto três del
Quando a comida estava acabando em navios negreiros, o capitão
costumava jogar a carga humana ao mar.
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O capitão governava com autoridade absoluta e muitos deles
xerciam com uma brutalidade chocante. Os registros de julgamento
almirantado são cheios de relatos de marinheiros sendo açoitados o
panhando por pequenos erros: perder um remo, esquecer-se de cum
ma tarefa ou pilotar de forma instável. Muitos perderam dentes, olh
braços e dedos por causa dos espancamentos. Outros perderam sua
vidas. Quando o marinheiro Richard Baker ficou acamado com
disenteria numa viagem de São Cristóvão a Londres, seu capitão o
orçou a guiar o leme do navio por quatro horas e, em seguida, mand
que o açoitassem e amarrassem a um mastro fino do navio; ele morr
uatro dias depois. Anthony Comerford, acusado de roubar um pássvivo no navio mercante Ridge, foi amarrado ao estaiamento do navio
chicoteado até a morte.
E havia os capitães verdadeiramente sádicos. Numa viagem d
Charleston a Bristol, o capitão John Jeane desenvolveu uma antipatpor seu camareiro, a quem ele mandou açoitar “várias vezes e de um
rma muito cruel” e aumentou a dor derramando salmoura de picles
feridas. Jeane amarrou o menino no mastro por nove dias e noites co
seus braços e pernas totalmente esticados. Ele então o arrastou para
corredor e caminhou sobre seu corpo, e ordenou que o resto da
ripulação fizesse o mesmo. Os outros marinheiros se recusaram, en
ele chutou o menino várias vezes e “pisou em seu peito de forma tã
violenta que suas fezes saíram involuntariamente”; Jeane finalment
pegou as fezes e “forçou-as várias vezes goela abaixo”. O jovem lev
ezoito dias para morrer, apesar de ser chicoteado todos os dias. Pou
antes de morrer, ele pediu água. Jeane se apressou até sua cabine e
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voltou com um copo de sua própria urina e forçou o menino a bebe
uando os marinheiros preparavam o corpo para ser jogado ao mar, e
descobriram “que ele estava tão colorido quanto o arco-íris” com “
carne como gelatina em muitos lugares” e uma “cabeça inchada tão
grande quanto a cabeça de dois homens do maior tamanho”. Depois
udo, Jeane foi executado por seus atos. Outros capitães conseguiram
ivrar das acusações de assassinar homens que não gostavam negand
hes comida ou espancando-os até que eles mal conseguissem ficar e
pé e forçando-os a escalar o mastro, enquanto outros se livravam d
homens indesejados entregando-os para a Marinha, o que podia se
equivalente a uma sentença de morte.
Legalmente falando, capitães mercantes só deveriam emprega
disciplina “moderada” em suas tripulações. Mas não era assim na
Marinha Real, onde os capitães tinham ordens para infligir puniçõe
brutais. Suboficiais batiam nos ombros dos tripulantes vagarosos covaras de rattan3. Um tripulante pego roubando pequenos objetos fo
obrigado a “correr o desafio”, isso é, forçado a caminhar entre linh
aralelas compostas pelos demais membros da tripulação enquanto e
chicoteavam suas costas nuas. Roubos maiores resultavam numa
lagelação mais violenta, com um chicote de nove tiras cheias de nós
que também acontecia com “aquele que urinava entre os conveses”
Cometer crimes graves resultava em açoites potencialmente fatais d
setenta e duas a trezentas chicotadas ou enforcamento direto.
É de impressionar que algum marinheiro tenha sobrevivido. A
xas de mortalidade entre as tripulações de embarcações empregadas
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omércio de escravos africanos eram comparáveis àquelas dos própr
escravos. Não era incomum que quarenta por cento da tripulação
falecesse durante uma única viagem, a maioria de doenças tropicai
contra as quais eles não tinham nenhuma resistência. Cerca de meta
os marinheiros forçados da Marinha Real morriam no mar. Capitães
ambos os tipos de navios tinham que carregar homens extras comosegurança contra a perda inevitável de mão de obra.
Até mesmo os marinheiros que conseguiam sobreviver ao seu
empo de serviço raramente recebiam os salários que lhes eram devid
Capitães mercantes usavam uma variedade de artifícios para enganarsuas tripulações. Frequentemente os marujos descobriam que seus
anhos tinham sido retidos por danos à carga, até mesmo quando o d
ra causado por tempestades ou por má embalagem feita pelos própr
comerciantes. Edward Barlow, que foi um dos poucos marinheiro
comuns da época a registrar suas experiências, relatou que seu capitnormalmente deduzia três libras do salário de cada um, o equivalent
dois meses de salário de um marinheiro comum. Alguns capitães
pagavam em moedas coloniais, que valiam apenas vinte e cinco a
inquenta por cento do valor das libras esterlinas. Homens cujos nav
fossem destruídos ou que haviam sido forçados a entrar na Marinh
aramente recebiam alguma quantia dos salários que lhes eram devid
o que significava um desastre para as famílias que eles deixavam pa
trás.
A Marinha tinha uma política semioficial resumida na máxim
“Segure o pagamento, segure o homem”. Na chegada ao porto, os
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marinheiros muitas vezes não eram pagos até pouco antes de o navi
partir novamente e qualquer um que saísse antes dessa hora sacrifica
utomaticamente todos os seus salários atrasados. O pagamento mui
vezes era feito na forma de “cupons”, notas promissórias oficiais
emitidas pelo governo que seriam honradas em algum momento nã
especificado do futuro. Os marujos que precisassem imediatamente dinheiro eram forçados a vender seus cupons para agiotas por uma
ação do seu valor real. Finalmente, havia aqueles que serviam por a
a fio sem receber nada.
Não é de se admirar, então, que jovens marinheiros como SamuBellamy, Charles Vane e Edward Thatch considerassem Henry Ave
um herói.
Woodes Rogers, o homem que enfrentaria os piratas, sabia quhavia dinheiro a ser ganho com a marinha mercante, isto é, levando
conta que a pessoa fosse o proprietário das embarcações. Como
ellamy, Vane e Thatch, Rogers foi para o mar ainda jovem. No enta
le teve um ponto de partida diferente; seu pai era um capitão merca
bem-sucedido e tinha participação em vários navios. Woodes era se
herdeiro.
A família de Rogers era uma das principais famílias de Poole, u
porto modesto no Canal da Mancha a quase cem quilômetros ao sul
Bristol, no Condado de Dorset. Vários dos antepassados de Wood
nham servido como prefeito. O pai de Woodes, capitão Woods Rog
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tornou-se bem-sucedido no comércio de pesca na Terra Nova e, com
capitão mercante, tinha passado pela Espanha, pelo Mar Vermelho
pela costa da África. Ele regalava os ouvintes contando histórias d
hipopótamos atacando os barcos do seu navio. Woodes, nascido em
6794, era o mais velho dos três filhos do capitão Rogers, um ano m
velho do que Mary Rogers e nove anos mais velho do que John.
Ele passou sua infância em Poole, que era localizada à cabeceir
ma grande e bem protegida baía. A cidade era famosa por duas cois
stras e peixe. As ostras de Poole eram conhecidas como as melhore
maiores da região e as melhores de toda a Inglaterra por suas pérolashabitantes da cidade conservavam em salmoura um grande número
dessas ostras por ano, enviando-as em barris para Londres, Espanh
tália e as Índias Ocidentais. O peixe – bacalhau cortado, seco no so
algado – vinha de mais longe; o pai de Woodes e outros comercian
deravam uma pequena frota de navios de pesca do Atlântico Norte aTerra Nova todos os anos. Essas frotas podiam ficar viajando por no
meses ou mais, de uma vez, puxando bacalhaus das profundezas do m
e secando-os no litoral frio e duro da Terra Nova. Enquanto seu pa
estava fora, o jovem Woodes provavelmente frequentou a escola loc
pois seus escritos posteriores revelam um homem de estudo
considerável. Aos domingos, ele e seus irmãos ouviam os sermões d
u pastor puritano, Samuel Hardy, na igreja de St. James. À medida
ficava mais velho, Woodes provavelmente acompanhava seu pai em
iagens curtas até o canal, ajudando-o a descarregar bacalhau nas do
de Londres e a carregar sal e outras mercadorias para sua próxima
viagem.
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Em algum momento entre 1690 e 1696, o pai de Woodes se mu
com a família para Bristol, provavelmente para expandir seu comérc
com a Terra Nova. Seu pai tinha amigos em Bristol, assim como um
provável parente, um comerciante influente chamado Francis Roger
ue investiria em muitas de suas aventuras posteriores. Na época em
o coletor de impostos fez suas rondas em junho de 1696, a família
Rogers estava morando no bairro mais marítimo de Redcliffe, do ou
lado do rio, no centro de Bristol.
Bristol é um local estranho para um porto. Fica a onze quilômet
o mar, num rio estreito e sinuoso – o Avon – com correntezas tão foque as embarcações da época não tinham nenhuma chance contra el
As marés da primavera subiam e baixavam até treze metros, e na ma
baixa a maior parte do porto tortuoso virava um lamaçal. Navios co
menos de cento e cinquenta toneladas tinham que esperar até que
correnteza estivesse fluindo na direção da viagem, e mesmo assimtinham dificuldade para contornar o rochedo St. Vincent, a meio
aminho rio abaixo. Era quase certo que os navios maiores iriam aca
encalhados num banco de lama ao tentar transpor o desafio, e
precisariam ser rebocados por grandes barcos a remo, tanto para ent
como para sair das docas de Bristol. Muitos capitães optavam por n
fazer a viagem de forma alguma, ancorando, em vez disso, na foz d
Avon, onde eles carregavam e descarregavam suas cargas numa série
alsas e escaleres que podiam navegar mais facilmente na correnteza
rio. Bristol, situada numa curva do Avon, ficava congestionada com
embarcações. Visitando a cidade em 1739, Alexander Pope disse qu
as se estendiam ao longo da margem do rio até onde o olho alcança
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seus mastros tão grossos quanto pudessem ser para ainda se manter
é, um ao lado do outro, era a visão mais estranha e mais surpreende
que se podia imaginar”.
A cidade em si ainda tinha um caráter medieval. Dentro de seu
muros, casas de madeira em estilo Tudor se empoleiravam em ruas testreitas que pessoas que estavam nas janelas dos andares de cima
odiam apertar as mãos das que estivessem do outro lado da rua. As r
principais não tinham mais do que seis metros de largura e eram a
únicas pavimentadas. As demais eram cobertas de lama e lixo, ond
orcos fuçavam. O centro da cidade ficava separado por apenas algumcentenas de metros das fazendas e campos que o rodeavam. O foco
omércio era um ancoradouro artificial – o rio Frome – onde os nav
e longo percurso descarregavam suas cargas para o cais em plena vi
da aduana. A apenas algumas quadras de caminhada ao sul do cais
ficavam os portões que davam para um pântano. De lá, entre vacas pastando, podia-se olhar através do rio e ver as costas íngremes de
Redcliffe, onde a família Rogers fez a sua casa.
Crescendo em Redcliffe, Woodes Rogers pode muito bem te
sbarrado em Edward Thatch, ou até mesmo tê-lo conhecido. Eles er
quase da mesma idade, tinham a mesma profissão e provavelmenteviam a poucos quarteirões um do outro. Rogers, o caçador de pirata
Barba Negra, o pirata, podem ter rezado juntos quando adolescente
embaixo do grande osso de baleia trazido por John Cabot, no interi
frio da igreja paroquial com porte de catedral de Redcliffe.
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As façanhas de Henry Avery eram bem conhecidas dentro da ca
dos Rogers por meio de um dos amigos mais próximos do capitão,
marinheiro William Dampier, um ex-bucaneiro que tinha circum-
avegado o mundo. Dampier renovou sua amizade em meados da déc
e 1690, enquanto preparava dois livros para publicação. O primeiro
New Voyage Round the World [Uma nova viagem ao redor do mund
m relato de sua circum-navegação, faria dele uma celebridade nacio
após sua publicação na primavera de 1697. O segundo, Voyages an
Descriptions [Viagens e descrições] (1699), continha excertos de vá
artas de capitão Rogers, a quem Dampier se referia como “meu ami
engenhoso”. O mais velho dos Rogers tinha compartilhado suasxperiências no Mar Vermelho e na costa africana; Dampier, em tro
tinha conhecimento íntimo e em primeira mão de Henry Avery e seu
omparsas piratas, cujas aventuras estavam, naquela época, começand
cativar o público inglês.
Dampier tinha passado meses preso com Avery e seus homens
porto de La Corunha, em 1694. Enquanto Avery estava servindo com
primeiro oficial no Charles II , Dampier era o segundo oficial em ou
avio da frota, o Pombo. Dampier pode ter dado a Avery orientações
avegação para Madagascar, o Mar Vermelho e o Oceano Índico, já
ele era uma das únicas pessoas em La Corunha com conhecimento e
primeira mão daquelas águas. Dampier tinha compartilhado das
frustrações de Avery com a forma como os proprietários da frota o
estavam tratando, mas se recusou a participar do motim. De volta à
Inglaterra, participou da ação judicial da tripulação contra James
Houblon e os outros proprietários e, mais tarde, testemunhou no
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tribunal a favor de um dos seis tripulantes de Avery que tinham sid
capturados, Joseph Dawson, o único a ficar livre da forca. Anos ma
rde, enquanto servia como comandante da fragata de quarenta canh
HMS Roebuck , ele encontrou vários dos tripulantes fugitivos de Ave
durante uma parada num porto no Brasil. Ao invés de prendê-los,
socializou com eles e inscreveu um para servir a bordo de seu navio
Como herdeiro de negócios em desenvolvimento no ramo da
navegação, o jovem Woodes Rogers provavelmente encarava Avery
como um vilão, não um herói. Mas ele também pode ter internalizad
algumas lições importantes da história de Dampier sobre o motim dvery e suas consequências. Numa época em que a maioria dos capit
governava seus navios usando o terror, Rogers acabaria por fazer um
bordagem mais branda e imparcial. Ganhar o respeito da tripulação
mostrou um método muito mais confiável para controlá-los do que
mantê-los em um estado de medo.Em novembro de 1697, Rogers começou seu aprendizado com
marinheiro John Yeamans, que vivia a apenas algumas portas de
istância da sua casa. Aos dezoito anos, ele estava um pouco velho p
omeçar uma aprendizagem que durava sete anos, sobretudo levando
onta a história marítima de sua família. Rogers provavelmente já tinviajado para a Terra Nova5 com seu pai e aprendido os elementos
essenciais da marinheiraria, do comércio e da arte do comando. Bry
Little, o melhor dos biógrafos de Rogers no século XX, suspeita que
ovem Rogers entrou para a tutela de Yeamans com fins políticos. T
aprendizagem dava aos recém-chegados a Poole sua entrada para o
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círculos fechados da elite comerciante de Bristol e era uma forma d
estabelecer contatos e relações essenciais para um comércio marítim
em-sucedido. Era também um meio pelo qual Rogers poderia tornar
um cidadão com direitos políticos e civis, um eleitor, embora, como
soube depois, a família Rogers fosse capaz de garantir esse privilég
cobiçado para seu filho por outros meios.
Enquanto Rogers navegava com Yeamans, seu pai estava
acumulando uma pequena fortuna com o crescente comércio
ansatlântico de Bristol. Como muitos comerciantes ingleses, o capiRogers dividiu seu risco comprando ações de navios diferentes, e
raramente detinha o controle total de uma embarcação. Caso um nav
afundasse, Rogers compartilharia as perdas com outros comerciante
ainda contaria com os lucros dos outros navios. Ele também reduziu
insegurança – e aumentou sua renda – sendo capitão de alguns donavios nos quais ele investia. O capitão Rogers navegava regularmen
para a Terra Nova, tendo passado toda a primavera e verão de 1700
bordo do navio de sessenta toneladas, Elizabeth, comprando óleo d
caçadores de baleias na baía de Trinity, Terra Nova, onde os
omerciantes de peixes de Poole tinham estabelecido suas operaçõesmérica do Norte. Ele pode ter deixado ali servos para manter as doc
armazéns e esteiras de secar peixe que eles tinham construído lá,
ajudando a colonizar a Terra Nova.
Foi na Terra Nova que o mais velho dos Rogers provavelment
lidificou sua aliança mais importante. Em 1696 ou 1697, ele conhe
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William Whetstone, um ambicioso capitão da Marinha Real. Whetsto
que também era de Bristol, era um ex-capitão mercante com estreito
laços comerciais com Woods Rogers. Em meados da década de 169
capitão Rogers e outros comerciantes de peixes de Poole e Bristo
estavam se tornando cada vez mais preocupados com uma expansã
gressiva dos postos avançados de pesca franceses na Terra Nova e c
ataques franceses contra suas próprias estações de pesca. Os
omerciantes pediram ajuda. O almirantado os atendeu, ordenando q
Whetstone levasse o navio de guerra de quarta classe HMS
Dreadnought até a Terra Nova com a frota de pesca, e uma vez lá
protegesse suas instalações na baía de Trinity. Durante as longasemanas no mar, os capitães Rogers e Whetstone tiveram muito tem
para cimentar sua amizade.
Quando 1702 chegou, o capitão Rogers era rico o suficiente pa
omprar propriedades na nova área mais elegante de Bristol. Os notávrepresentantes da cidade tinham decidido derrubar os muros que
separavam o centro da cidade dos pântanos na curva do rio. Onde o
ântanos tinham estado, eles construíram a Praça da Rainha, o prime
local pré-planejado de Bristol. Era para ser um lugar completamen
moderno. Em vez de becos apertados e sujos, as residências teriam v
ara uma grande praça – a segunda maior da Inglaterra – com limoeir
ardins formais e acessada por largas avenidas pavimentadas. Em vez
madeira, todos os prédios seriam construídos com tijolos vermelho
janelas de vidro e ornamentados com pedras. Em suma, seria tão
onfortável e uniforme quanto qualquer distrito construído em Lond
depois do grande incêndio de 1666. Pouco antes do Natal de 1702,
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capitão Rogers comprou um terreno de tamanho duplo na Praça da
Rainha, números 31 e 32, onde trabalhadores começaram a constru
uma nova mansão elegante. Os Whetstones, que viviam no elegant
morro de St. Michael, compraram um lote no número 29, duas port
abaixo, ao longo da calçada sul da praça.
William Whetstone não teve a oportunidade de supervisionar
onstrução de sua casa, já que a Marinha o havia chamado de volta p
o mar. Whetstone, agora um comodoro, passou a maior parte de 170
tentando levar um esquadrão de navios de guerra para a Jamaica, m
seus navios foram repetidamente atingidos por tempestades e nunc passaram da Irlanda. Em fevereiro de 1702, ele partiu novamente,
nquanto estava atravessando o Atlântico, a Inglaterra entrou em gue
contra a França e a Espanha. Ele não voltaria para casa por quase do
anos.
A guerra estava sendo preparada há algum tempo, por causa domplicações na política e na sucessão consanguínea real. Por mais
vinte anos, o trono mais poderoso da Europa havia sido ocupado pe
desfigurado e abobalhado rei Carlos II da Espanha, que não era apen
deficiente mental e físico, mas impotente. Autoridades espanholas
zeram o possível para reabilitar o seu rei, mas não importava a quanexorcismos o submetessem, ele permanecia quase incapaz de andar
alar. Era uma criança crescida que passou seu reinado chafurdando
sua própria sujeira, atirando com armas de fogo em animais e olhan
para os corpos decompostos de seus antepassados, que ele tinha
rdenado aos seus cortesãos que fossem exumados para essa finalida
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uando morreu em novembro de 1700, a linha de sucessão espanhola
Casa de Habsburgo morreu com ele. Seus parentes de fora
imediatamente começaram as disputas sobre quem herdaria seu
atrimônio que, além da Espanha, incluía a Itália, as Filipinas e a ma
arte do Hemisfério Ocidental. Infelizmente para as pessoas da Euro
sses mesmos parentes de fora eram Luís XIV, rei francês, e Leopoldimperador do Sacro Império Romano. Muito em breve os exército
stavam se enfrentando e, por várias razões geopolíticas e genealógi
próprias, a maioria dos governantes da Europa foram atraídos para
onflito. Na primavera de 1702, a Inglaterra entrou em guerra, se alia
os holandeses, austríacos e prussianos contra a França e a Espanha.zê-lo, eles estavam preparando o campo para o maior surto de pirat
que o Atlântico veria.
A Guerra da Sucessão Espanhola tornou a vida mais perigosa p
o capitão Rogers, cujos navios mercantes eram presas fáceis para oinvasores franceses. Ele e outros comerciantes também podem ter
perdido navios na terrível tempestade de 1703, a pior na história d
Inglaterra, que destruiu treze navios de guerra e mais de setecentos
navios mercantes. Apesar de suas perdas, seus negócios devem ter
permanecido lucrativos nos primeiros anos da guerra, porque a
onstrução continuou na mansão da Praça da Rainha. Ela foi termin
em 1704 (o mesmo ano em que o jovem Woodes terminou seu
prendizado); com três andares de altura, um sótão para os empregad
e as janelas de trás com vista para o rio Avon. Em algum momento
durante esse período, Woodes notou a vizinha Sarah Whetstone, d
dezoito anos de idade, a filha mais velha e herdeira do comodoro.
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Em janeiro de 1705, as famílias Rogers e Whetstone viajaram p
Londres e testemunharam três cerimônias importantes. No dia dezoi
William Whetstone, do nada, foi nomeado contra-almirante pelo mar
da rainha, príncipe George, o máximo almirante da Marinha. O recé
omeado almirante foi o anfitrião do evento seguinte, seis dias depoi
casamento de Sarah e Woodes Rogers, realizado na igreja de St. Ma
Magdalene no centro de Londres. Não muito tempo depois, o almira
Whetstone foi renomeado comandante em chefe das Índias Ocidenta
omeçou a se preparar para velejar novamente para a Jamaica. Os rec
casados provavelmente ficaram em Londres até fevereiro, para ver
partida do almirante Whetstone e testemunhar uma terceira cerimônsua condecoração como cavaleiro pela rainha Anne.
No final de fevereiro, sir William partiu para a Jamaica, cujo
dadãos estavam esperando um ataque inimigo a qualquer momento
famílias Rogers e Whetstone voltaram para Bristol, onde seu impérmercante os aguardava. O capitão Rogers estava numa boa situação:
ho casado com a filha de um cavaleiro e almirante, que também era
amigo querido. Mal sabia ele que não veria sir William novamente
Um ano depois, o capitão Rogers estava morto. No inverno d
1705-1706, ele morreu no mar e foi entregue ao oceano, onde tinhpassado grande parte da sua vida. Sua fortuna, sua empresa e sua ca
passariam para sua viúva e seu filho de vinte e cinco anos de idade
então um pleno cidadão de Bristol, em decorrência de um casament
nobre.
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O jovem aristocrata comerciante de Bristol era alto e forte, tinh
cabelos castanho-escuros, um nariz protuberante e queixo forte. An
do final da guerra, o inteligente e ambicioso Woodes Rogers seria u
ome familiar de Londres a Edimburgo, de Boston a Barbados. Mas
rança e na Espanha, eles o conheceriam por apenas uma palavra: pir
ence é o plural de penny, a divisão da moeda inglesa, equivalente aos nossos centavos (N.T.).
elim é uma moeda inglesa extinta, equivalente a cinco pence (N.T.).
attan é um tipo de palha utilizado para fazer assentos (N.T.).
mbora os registros de nascimento de Rogers não tenham sido encontrados, concluímos que ele nasceu em 1679 porque seus
ais novos nasceram em 1680 e 1688, e porque sabemos que ele tinha cerca de 25 anos quando se casou, em 1705.abemos que Rogers já havia viajado para a Terra Nova fazendo pesca comercial antes de 1708 devido a uma referência que
o livro A Cruising Voyage Around the World [Uma expedição ao redor do mundo].
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CAPÍTULO TRÊS
Guerra
1702-1712
O início da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1712) tornou a vida de Sam Bellamy mais in
que já era. Ele tinha treze anos de idade quando o conflito começou, um grumete num n
rcante ou num navio de guerra da Marinha Real. Quando a guerra terminou, ele era um marin
bil, capaz de guiar um navio por mil e seiscentos quilômetros, lidar com ganchos, armas de f
nhões.
Nos primeiros anos do conflito, as marinhas francesa e inglesa
enfrentaram em dois grandes combates navais. Essas batalhas
envolveram apenas os maiores navios da Marinha Real, os navios d
linha: fortalezas de madeira enormes e pesadas com três andares d
anhões pesados. Esses navios, de primeira, segunda e terceira class
eram muito lentos e incômodos de usar em operações mais sutis, ta
como as que comboios mercantes faziam, atacando navios inimigos
atrulhando os recifes e bancos de areia não mapeados do Caribe. E
eram construídos para uma finalidade: participar de uma linha de batalha em um enorme combate.
Se o jovem Bellamy tivesse tido o azar de ser apreendido por u
bando de recrutamento forçado, ele poderia muito bem ter acabado
ordo de um desses navios de linha, pois eles absorviam grande parte
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mão de obra disponível. Cada um dos navios das sete primeiras clas
da Marinha tinha uma tripulação de oitocentos homens, que eram
amontoados num casco de duzentos metros de comprimento com ce
canhões pesados e estoques para meses de suprimentos e alimento
incluindo vacas, ovelhas, porcos, cabras e aves vivas. Bellamy teri
cordado em sua rede ao rufar de tambores, os gritos chamando todous postos enquanto o enorme navio manobrava para a linha de bata
duzentos metros à frente de um navio e dois metros atrás de outro. O
navios inimigos se enfileiravam de forma semelhante e depois de ho
ou mesmo dias de manobras, as duas linhas se cruzavam, disparando
artir de seus costados. Os navios às vezes se cruzavam a poucos mede distância, atirando balas de canhão de quinze quilos nos cascos u
os outros. Essas balas atingiam em cheio as pessoas, as eviscerando
decapitando e pulverizando as plataformas de canhões com partes d
corpos e lascas de madeira. Canhões enfileirados nos conveses era
eralmente carregados com metralha ou com um par de balas de canhorrentadas, que poderiam reduzir uma multidão de homens a um rio
carne mutilada. De onde ficava a mareagem, atiradores de elite
acertavam oficiais inimigos ou, se os navios se encostassem, atirava
granadas primitivas no convés do seu oponente. Acima e abaixo, tod
as superfícies logo estavam cobertas de sangue e partes de corpos, qescorriam pelos ralos de escoamento de chuva e pelas valas quando
avio adernava com o vento. “Eu me imaginava nas regiões do infern
um veterano de tal batalha recordou, “onde cada homem parecia um
demônio”.
Esses primeiros conflitos tiraram a vida de milhares de homen
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mas não foram decisivos. Sete navios ingleses e quatro navios de lin
franceses travaram uma batalha de seis dias perto da Colômbia em
agosto de 1702, por exemplo, com nenhum dos lados perdendo sequ
um único navio. Dois anos depois, cinquenta e três navios de linh
ingleses e holandeses se encontraram com cerca de cinquenta navio
franceses na costa de Málaga, Espanha, na maior batalha naval daguerra; a luta e a carnificina duraram um dia e terminaram em um
empate.
Foi por acaso que a Marinha Real dizimou seus rivais francese
espanhóis no início da guerra. Em outubro de 1702, uma frota deatalha inglesa encurralou doze navios de linha franceses e a maior p
da marinha espanhola numa entrada semelhante a um fiorde1 na cos
norte da Espanha, destruindo ou capturando todos eles. Cinco ano
depois, uma força anglo-holandesa capturou à força o porto francês
oulon e tantos navios de guerra que os franceses não foram capazese envolver em novas ações navais. Posteriormente, em muitos navios
inha ingleses, haviam se reduzido substancialmente as probabilidad
e seus tripulantes morrerem em campo de batalha, embora as doenç
os acidentes e o abuso ainda levassem quase a metade dos homens q
se alistavam.
Navios mercantes do início do século XVIII
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Se Bellamy estivesse servindo na marinha mercante em vez de Marinha Real, essas primeiras vitórias inglesas teriam tornado sua v
muito mais perigosa. Após essas derrotas, os franceses e os espanhó
decidiram concentrar sua guerra naval não na marinha inglesa, mas e
seus navios mercantes, na esperança de cortar a ilha de suas fontes
queza e mantimentos. A marinha francesa reuniu algumas esquadra
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navios de guerra rápidos para o objetivo. No entanto, o rei Luís XIV
ecidiu que seria mais barato terceirizar a maior parte do trabalho pa
tor privado, oferecendo subsídios generosos para incentivar as pess
construir seus próprios navios corsários. Após a batalha de Málaga
anceses enviaram um grande número desses navios com uma tripula
reforçada, que normalmente levavam entre dez e quarenta canhões. o porto francês de Dunquerque partiram mais de cem navios corsári
Juntamente com outros que saíram de dezenas portos franceses de
Calais à Martinica, corsários franceses apreenderam quinhentas
mbarcações inglesas e holandesas a cada ano; dezenas de outras for
vítimas de corsários espanhóis que operavam a partir de Cuba e deoutros pontos das Índias Ocidentais espanholas. Navios mercante
ingleses não deixavam Dover e outros portos ingleses por medo de
serem capturados.
A França e a Espanha logo provariam do seu próprio veneno, Thatch e Rogers estariam entre aqueles que o serviriam.
Em algum momento antes ou durante a Guerra da Sucessão
spanhola, Edward Thatch foi para as Américas em busca de um des
elhor, e em algum navio não identificado ele partiu para o grande p
de Port Royal, na Jamaica.
A Jamaica tinha sido uma colônia inglesa por meio século. N
entanto, era o lugar mais não inglês que se podia encontrar. O sol e
nsuportável. Em vez de nevoeiro e frio, o mar carregava um ar pesad
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quente, sufocando seus residentes ingleses vestidos de lã. Thatch nã
ncontrou nada que se assemelhasse às colinas suaves do vale do Av
Os cumes das montanhas vulcânicas cortavam sua manta florestal
arrotando vapor e enxofre. Vindo da Europa, o mar tinha perdido su
igmentação, tornando-se tão claro que se podia ver seu piso arenos
cravejado de corais e seus habitantes coloridos, mesmo a umarofundidade de trinta metros ou mais. Havia peixes que podiam voa
pássaros que podiam falar. Legiões de tartarugas gigantes rastejava
aindo do mar aos milhares, botando pilhas de ovos, cada um tão gra
quanto um faisão crescido. No outono, tempestades atingiam a ilha
algumas tão poderosas que destruíam cidades e deixavam as praiaepletas de navios quebrados. Às vezes a própria ilha acordava com
terremoto sacudindo cidades, plantações e pessoas como percevejo
Além disso, a Jamaica e suas ilhas vizinhas acolhiam seus novos
moradores com doenças contagiosas invisíveis: a malária e a febre
amarela, a disenteria e a peste.
Navios da Marinha Real
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stava debaixo d’água, consequência do terremoto devastador de 16
que engoliu um trecho da cidade e destruiu a maior parte do resto
matando pelo menos dois mil de seus sete mil habitantes. Em 1703,
cêndio queimou o que restava, poupando apenas as fortalezas de pe
que guardavam a entrada do porto e uma casa, que restou desampara
no que agora era uma ilha, já que parte da península de areia tinhadesmoronado no terremoto. Uma cidade outrora conhecida por seu
esplendor, Port Royal era, na época de Thatch, um pouco mais do q
uma favela com casas “pequenas, baixas e irregulares” e ruas que o
visitantes comparavam desfavoravelmente com as dos bairros mais
pobres de Londres. Para piorar a situação, as autoridades jamaicanorçavam os escravos locais a descarregar seus penicos num amontoa
e resíduos centralizado que ficava contra o vento, espalhando um fe
terrível que dominava os moradores quando a brisa do mar soprava
tarde.
Contornando Port Royal e seu vento de odor fétido, navios qu
chegavam cruzavam o movimentado porto da Jamaica, passando po
aveiros comerciais costeiros, navios negreiros de longo curso e fraga
navais. A maioria dos navios ancorava perto da costa norte, onde o
obreviventes do incêndio de 1703 tinham fundado o novo povoado
Kingston, no pé das Montanhas Azuis. Ao leste, uma estrada de ter
passava por casebres de escravos e plantações de cana-de-açúcar, n
direção do povoado de St. Jago de la Vega ou Spanish Town, a oit
quilômetros de distância, que a rainha Anne tinha recentemente
designado como a nova capital da colônia.
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A Jamaica tinha uma reputação duvidosa. Depois de uma visita
1697, o escritor londrino Edward Ward não tinha nada de bom a diz
obre ela. “O receptáculo de vagabundos, o santuário dos falidos e u
ssento de privada para limpar nossas prisões”, ele declarou. A Jama
era “tão doentia quanto um hospital, tão perigosa quanto a peste, tã
quente quanto o inferno e tão malvada quanto o diabo”. Ela era a
“estrumeira do universo”, a “pilha de lixo desavergonhada e
negligenciada por Deus quando Ele criou o mundo em sua ordem
admirável”. O seu povo, ele discursou, “não se importa com nada alé
do dinheiro e não dá valor ao modo como o obtém, não havendo
nenhuma outra felicidade para ser apreciada além da riqueza pura”
Para além das docas de Kingston e Port Royal, a ilha foi esculp
em grandes fazendas de gado e plantações de açúcar, muitas delas
propriedade de donos ausentes que viviam em relativa segurança e
onforto na Inglaterra com os lucros sendo enviados para eles. Duradécadas, as autoridades inglesas tinham usado as plantações da ilh
como uma lixeira para as pessoas que consideravam indesejáveis:
puritanos e outros religiosos fora do padrão, nacionalistas escocese
irlandeses, seguidores de revoltas fracassadas contra a Coroa,
camponeses sem terra, mendigos e um grande número de criminoso
omuns, todos se encontravam servindo plantadores de cana e algod
Hordas desses trabalhadores forçados morriam dominados por doen
tropicais enquanto trabalhavam os campos dos fazendeiros sob o so
mplacável; outros simplesmente fugiam e se juntavam aos corsários
savam Port Royal como base para atacar o transporte espanhol dura
as guerras das décadas de 1660 e 1670.
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No início dos anos 1700, quando Thatch chegou, os proprietár
e plantações tinham desistido completamente dos servos, substituin
s por exércitos de escravos africanos trazidos para a ilha. A Jamaic
havia se tornado mais do que apenas uma sociedade que permitia a
scravidão, ela era a sociedade escravista aperfeiçoada. Todos os an
ezenas de navios chegavam da África Ocidental, expelindo milhares
scravos. Apesar do fato de que a taxa de mortalidade dos africanos
muito maior do que sua taxa de natalidade, a população escrava da i
tinha dobrado desde 1689 para cinquenta e cinco mil, e no início d
anos 1700 tinha ultrapassado a população inglesa numa proporção
oito por um. Fora de Kingston e Port Royal, a Jamaica era uma terrnde um pequeno quadro de plantadores, supervisores e servos bran
vivia em constante medo de uma rebelião do mar de africanos que
abalhavam em seus campos, pastos e no plantio da cana. Para mant
ordem, os ingleses aprovaram leis escravistas draconianas, que
permitiam que os mestres disciplinassem seus prisioneiros negrospraticamente da forma que quisessem, embora assassinar um sem ju
causa ocasionasse uma multa de vinte e cinco libras. Escravos podia
ser punidos com castração, tendo seus membros cortados, ou send
queimados vivos, punições que eram infligidas sem um processo n
ribunal. Três proprietários de terras quaisquer podiam se juntar a duízes de paz para aprovar a sentença que quisessem. Um morador q
osse pego escondendo um escravo fugitivo suspeito de ter cometido
crime enfrentava uma multa de cem libras, mais do que a maioria da
pessoas ganhava em quatro anos. Mesmo assim, dezenas de negro
escapavam todos os anos. Eles fundavam assentamentos clandestin
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nas montanhas, onde plantavam, formavam famílias, praticavam su
ligião e treinavam grupos de guerreiros de selva rápidos e eficazes p
atacar as plantações, libertar os escravos e matar os ingleses. Em su
apital, Nanny Town, dizia-se que os fugitivos eram liderados por u
ntiga e poderosa bruxa, Vovó Nanny, que protegia seus guerreiros c
fórmulas mágicas.
Com o início da guerra em 1702, os fazendeiros da Jamaica tinh
que se preocupar não só com uma rebelião de escravos, mas com um
invasão inimiga também. A Jamaica era uma ilha num mar espanho
localizada perto da Cuba espanhola, a centenas de quilômetros dequalquer outra possessão inglesa. Em 1703, forças francesas e
espanholas saquearam e destruíram Nassau, o vizinho inglês mais
próximo da Jamaica, destituindo o governo e forçando os colonos
ugir para as florestas. Havia boas razões para temer que a Jamaica fo
a próxima.Do ponto de vista espanhol, os ingleses nunca deveriam ter fixa
residência no Novo Mundo, para começo de conversa. Cristóvão
Colombo tinha “descoberto” a América para a Espanha em 1492,
embora ele nunca tivesse colocado os pés nem no continente norte
americano, nem no continente sul-americano. No ano seguinte àdescoberta de Colombo, o papa Alexandre VI, atuando em nome d
Deus, tinha dado todo o hemisfério ocidental à Espanha, embora qu
nenhuma parte dele tivesse sido descoberta ainda. Da Terra Nova at
ponta da América do Sul, o papa deu tudo para a Espanha, exceto p
parte oriental, que hoje é o Brasil, que ele deu ao rei de Portugal.
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oncentraram nas pequenas ilhas no extremo leste das Índias Ocident
instalando-se em São Cristóvão em 1624, em Névis em 1628, em
Barbados em 1627, em Antígua e Montserrat no início da década d
630 e em algumas ilhotas das Bahamas na década de 1640. Em 165
ma força expedicionária inglesa atacou e conquistou a Jamaica, que
maior do que todas as outras ilhas juntas (sete mil quilômetrosuadrados, um pouco menor do que Connecticut ou a Irlanda do Nor
Ocupando a passagem de Windward – uma das principais rotas
omerciais entre a Europa e o Continente Espanhol –, a Jamaica ingl
era uma ameaça para o comércio da Espanha, e os espanhóis quisera
recuperar o lugar desde então.
Durante a Guerra da Sucessão Espanhola, os plantadores da
amaica tinham motivos para se preocupar com uma invasão espanho
ou francesa. Com a maior parte de seus navios de guerra ocupados
protegendo o Canal da Mancha ou fazendo comboios com naviosmercantes, a Marinha Real da Inglaterra não podia gastar muitos
recursos para defender suas colônias dispersas pelo Caribe. Durante
maior parte da guerra, a colônia das Ilhas de Sotavento (São Cristóv
Névis, Antígua e Montserrat) era protegida por uma única fragata d
quinta classe, e durante longos períodos não havia nenhuma proteç
aval. Barbados, localizada perigosamente perto das colônias france
e Martinica e Guadalupe, só tinha uma embarcação de quarta ou qu
classe, no melhor das hipóteses. Os assentamentos das Bahamas nã
ontavam com nenhuma proteção e eram queimados repetidamente pe
nvasores franceses e espanhóis. Até mesmo a Jamaica, sede regional
marinha, geralmente tinha apenas meia dúzia de navios de guerra
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stacionados, e eles raramente eram maiores do que um navio de qua
classe.
As fragatas baseadas em várias colônias também não podiam aju
mas às outras de forma eficaz. Simplesmente ir de um lugar para ou
podia ser quase impossível. Os navios de guerra da época eram maquipados e não podiam navegar contra o vento num eixo menor do
essenta e oito graus. Com o vento e as ondas empurrando os navios
direção contrária ao seu destino, faziam pouco ou nenhum progress
Como os ventos sopravam do leste, era muito fácil para os navios
avegarem saindo de, digamos, Barbados ou das Ilhas de Sotavento pa Jamaica com o vento nas suas costas – que era a direção de todas
viagens de vinda da Europa; navegar da Jamaica para Barbados, po
outro lado, era extremamente difícil, razão pela qual os navios com
estino à Europa navegavam pela costa atlântica seguindo a corrente
Golfo para pegar os fortes ventos do oeste que os levavam para o oulado do Atlântico Norte. Se Barbados fosse atacada, havia pouca
sperança de alguém na Jamaica ajudá-la. Saveiros e escunas menore
mais ágeis podiam navegar mais perto do vento e levar mensagens d
uma ilha para outra, mas até isso podia demorar semanas; então, o
ontingente naval de cada colônia estava geralmente por conta própr
Os navios de guerra, em qualquer caso, tinham pouquíssimas
ondições de navegar, muito menos conseguiam enfrentar um inimigo
clima tropical apodrecia as velas e o cordame e corroía aparelhagen
âncoras. Nada disso podia ser facilmente substituído nas Índias
Ocidentais. Se um mastro fosse perdido numa tempestade com raios
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numa batalha, o navio tinha que navegar o longo percurso até a Nov
nglaterra para substituí-lo, já que não havia nenhuma árvore adequa
sobrando nas ilhas. Pior ainda, o próprio mar era o lar do turu, um
arasita comedor de madeira voraz que perfurava os cascos de carva
dos navios de guerra, causando vazamentos. O único meio eficaz d
ombater o parasita era querenando o navio a cada três meses: esvazie, em águas rasas, virá-lo todo para um lado e depois para o outro
aspando, limpando e tirando todos os parasitas e as plantas que tinh
se acumulado lá.
Navios menores podiam fazer isso em praias levemente inclinadmas os maiores, como as fragatas da marinha, necessitavam de algum
espécie de base para encostar o navio – um cais especialmente
construído para isso ou o casco de um navio velho, por exemplo, qu
eralmente não estavam disponíveis nas ilhas. Como resultado, quand
squadra jamaicana tentou partir de Port Royal em 1704 para repelirprovável ataque francês, o HMS Seahorse de sexta classe e com vin
canhões estava vazando tanto que precisou retornar imediatamente
porto; o Experimento, de quinta classe, foi avaliado como incapaz d
navegar, e dois navios de apoio jamaicanos foram considerados
struturalmente defeituosos demais para entrar em combate. Em 171
governador das Ilhas de Sotavento informou que o único navio
estacionado lá estava “tão estragado, suas velas e cordames tão
desgastados, resumindo, tudo tão fora de ordem devido à falta de
estoque que se ele fosse para Sotavento” para proteger um comboio
avios mercantes que estava partindo “seria impossível para ele virar
olta para a direção do vento novamente e ele seria obrigado a ir ou p
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a Jamaica ou para a Nova Inglaterra”.
As tripulações muitas vezes estavam piores do que os navios. O
homens, que já sofriam com má alimentação, disciplina severa,
xposição e doenças, tinham dificuldades para se acostumar com o c
e a umidade do Caribe. O fato de que eles usavam roupas de lã esobreviviam à base de carnes salgadas, biscoitos pesados e grande
uantidades de cerveja e rum não ajudava. Uma vez expostos às doen
dos trópicos – malária, febre amarela, varíola e hanseníase –, os
marinheiros começavam a cair como moscas. William Kerr, comanda
a Jamaica em 1706, tinha perdido tantos homens para doenças que capaz de sair do porto de Port Royal para realizar um ataque planej
à frota espanhola que transportava o tesouro anual. Nos meses que
seguiram, a frota inglesa ficou sem comida e não conseguiu adquir
mantimentos suficientes dos jamaicanos que, como outros colono
ingleses, se recusavam a cultivar ou comer produtos tropicais,dependendo, em vez disso, de farinha importada e carnes salgadas d
nglaterra ou da América do Norte. Quando o abastecimento oficial
Kerr chegou em julho de 1707, a maior parte da sua tripulação estav
morta, e ele teve que pegar um grande número de homens dos navio
recém-chegados apenas para conseguir ir para casa.
Mesmo quando operativos, os navios de guerra não conseguia
dar com os ágeis navios corsários da França que fervilhavam por tod
Caribe, saindo de Martinica e Guadalupe. Corsários usavam saveiro
rápidos e bergantins de dois mastros, que podiam navegar muito ma
perto do vento do que um navio mal equipado. O capitão Charles
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Constable, que estava posicionado em Barbados em 1711, alertou
governador de que os navios corsários franceses navegavam “tão bem
que geralmente era impossível para qualquer navio de guerra alcanç
os. “Ao ver qualquer navio de guerra, eles só se afastam na direção
vento e continuam procurando por nossos navios mercantes, e muit
vezes os atacam”. O governador, ele sugeriu, precisava comprar “umsaveiro extraordinário” que pudesse desafiar os corsários. O ingles
precisavam combater o fogo com fogo, e os mercadores da Jamaic
estavam ansiosos para fazer exatamente isso.
A atuação dos corsários tinha uma longa história em Port Roy
Nas décadas de 1660 e 1670, Henry Morgan e outros bucaneiros
nvadiram navios espanhóis sob licença do governador da Jamaica. O
orsários capturaram centenas de navios espanhóis, levando-os para P
Royal, que foram julgados legais pelo tribunal do vice-almirantadocomo butim de guerra.
Os bucaneiros entregavam dez por cento do valor do butim par
almirantado, apenas um pequeno obstáculo que não os impedia de
acumular uma riqueza incrível. Sabe-se que bucaneiros gastavam
individualmente de duas mil a três mil peças de oito (quinhentas a
setecentos e cinquenta libras) numa única festa. Como os bucaneir
haviam desaparecido, os comerciantes jamaicanos estavam bem
conscientes de que a atividade de corsário poderia ser muito lucrativ
les começaram a preparar navios corsários assim que souberam que
ação estava em guerra. No verão de 1702, nove desses navios partir
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a Jamaica para o Continente Espanhol com mais de quinhentos hom
bordo. Eles voltaram para a Jamaica na primavera seguinte, seus nav
arregados de escravos, prata, ouro em pó e outros bens preciosos, te
queimado e saqueado várias colônias espanholas no Panamá e em
rinidad. Em 1704, um corsário jamaicano derrotou um navio francê
inte e quatro canhões e, em conjunto com as fragatas da Marinha R
começou a limpar as rotas marítimas dos corsários inimigos.
À medida que a guerra avançava, a frota jamaicana de corsário
resceu para trinta embarcações, que transportavam entre setenta e ce
e cinquenta homens cada, o equivalente a três quartos da populaçãmasculina branca da ilha. “O maior propósito das pessoas dessa ilha
encorajar os corsários e, embora às vezes eles sofressem perdas
consideráveis, as muitas capturas ricas que eram trazidas diariamen
ram um retorno suficiente”, um morador recordou um quarto de séc
mais tarde.
Edward Thatch servia a bordo de um desses navios corsários, q
cruzava as águas em torno de Cuba e São Domingos2, atacando navi
mercantes espanhóis mal defendidos. Ocasionalmente, eles navegav
nas Ilhas de Sotavento, no estreito da Flórida ou perto de Vera Cruz
utras partes do Continente Espanhol. Em seus anos de serviço a bodos corsários, Thatch nunca se tornou capitão, embora ele
provavelmente tenha sido promovido para a posição de oficial (o
mediato do capitão), intendente (encarregado das operações do nav
contramestre (no comando de grupos de desembarque) ou canhoneir
Ele certamente conhecia o Caribe: como navegar nas traiçoeiras
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passagens não mapeadas entre as ilhas, onde encontrar ancoradouro
escondidos a partir dos quais se pudesse procurar comida, água, um
oa praia para querenar o casco de um veleiro e, o mais importante, o
encontrar e pegar ricos butins.
Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, Woodes Rogers
também tinha virado um corsário. Os comerciantes de Bristol estava
perdendo um grande número de navios para os corsários franceses
muitos queriam vingança e uma chance de recuperar algumas das su
perdas. Dezenas se inscreveram para receber autorização para equipembarcações corsárias ou, pelo menos, para poder manter qualque
utim que por acaso seus navios mercantes armados trouxessem de s
agens. As autorizações encontraram um público receptivo em Lond
A rainha Anne estava bastante preocupada com os prejuízos no
ansporte marítimo e emitiu um decreto, em 1708, revogando a partemirantado relativa ao dinheiro dos butins; a partir de então, os don
tripulantes dos navios corsários podiam dividir tudo o que era
arrecadado entre si. Licenças de corso – ou cartas de corso – foram
concedidas a cento e vinte e sete embarcações de Bristol durante a
guerra, incluindo pelo menos quatro que pertenciam parcialmente Rogers.
Rogers foi um comerciante de escravos ativo ao longo de sua vi
e o início de sua aventura como corsário não foi diferente. Ele receb
sua primeira autorização para o Whetstone Galley, de cento e trint
toneladas, do qual ele e três comerciantes de Bristol eram
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coproprietários. Embora carregasse dezesseis canhões, o navio qu
Rogers nomeou em homenagem ao seu sogro não era na verdade um
avio de guerra particular, mas sim um navio negreiro armado. Regis
alfandegários de Bristol mostram o Whetstone Galley deixando ess
idade em 3 de fevereiro de 1708 com destino à Costa dos Escravos
África, com mil libras em mercadorias. Na chegada à Guiné, o capit
Thomas Robbins deveria usar as mercadorias para comprar duzento
setenta escravos e, em seguida, levá-los para a Jamaica para serem
vendidos. Ele nunca chegou à África. Na saída da Inglaterra, o
Whetstone foi capturado por corsários franceses.
Em março de 1707, Rogers recebeu a carta de corso para o Eug
rize, um navio corsário completo, do qual ele e outro comerciante e
oproprietários. Essa embarcação de cem toneladas levava oito canh
vinte homens bem armados e, aparentemente, navegava perto de ca
Rogers tinha fornecido apenas uma bola para cada canhão do EugePrize. Os próximos corsários nos quais ele investiria navegariam ma
longe.
Rogers passou os primeiros anos da guerra em Bristol, começan
uma família e administrando seus negócios em expansão. No final d
1707, ele recebeu um visitante, um dos velhos amigos do seu pai, oavegador William Dampier. Dampier tinha deixado Bristol quatro a
meio antes, no início da guerra, numa missão corsária, muito ousad
comum, ao Oceano Pacífico. Ele tinha vindo para Bristol na espera
e convencer os comerciantes a financiar outra missão assim. O capi
e cinquenta e um anos de idade deve ter ficado triste ao saber da mo
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do velho Woods Rogers, mas descobriu em seu filho um patrocinad
ainda mais capaz.
Para a maioria dos comerciantes ingleses, o Oceano Pacífico ain
ra uma terra desconhecida. A Espanha monopolizava todo o comér
uropeu nesse vasto oceano, tendo colonizado as Filipinas, Guam e ta costa do Pacífico nas Américas, dos fiordes glaciais do sul do Ch
até os áridos povoados indígenas de Nuestra Señora de Loreto na
península de Baja. Os espanhóis consideravam seus territórios no
Pacífico salvos de ataques, especialmente vindos do leste, por onde
avios só tinham acesso enfrentando as condições horríveis da passage Drake, no extremo sul da América Latina, casa das tempestades m
frequentes e ferozes do mundo. Os ingleses concordavam, chamando
Pacífico de “Lago Espanhol”.
Dampier sabia que isso não era uma verdade absoluta. Ele tinh
avegado ao redor do mundo três vezes, duas vezes através da passagde Drake, saqueando cidades no Panamá e no Peru e, como capitão
HMS Roebuck , explorando a Austrália e a Nova Guiné. Grandes
riquezas, Dampier sabia, aguardavam aqueles que encontravam um
caminho para o Lago Espanhol.
O império espanhol era abastecido pelas minas de ouro e prata
México e do Peru, onde exércitos de índios escravizados trabalhava
é a morte. A peruana “montanha de prata” em Potosí sozinha produ
dois milhões de pesos (quinhentas mil libras) desse metal precioso
cada ano, e as demais minas de ouro e prata do México e do Peru
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acrescentavam aproximadamente outros nove milhões de pesos (pou
mais de dois milhões de libras). Havia pouco para se comprar no No
Mundo, então todas essas riquezas tinham que ser enviadas para a
Espanha. Por isso a necessidade de ter grandes frotas de tesouro.
Na época da Guerra da Sucessão Espanhola, a Espanha tinha do três frotas de tesouro. As duas primeiras atravessavam o Atlântic
ada ano saindo de Cádiz, na Espanha, seus porões cheios de soldad
canhões, vinhos, equipamentos de mineração e bens manufaturado
necessários em suas colônias americanas. Uma delas, a frota Tierr
irma [Terra Firme], navegava para Cartagena, onde hoje é a Colômbpara trocar sua carga por milhões de pesos em prata de Potosí. A ou
rota, Nova Espanha, ia para Veracruz, no México, onde era carrega
com ouro e prata das minas do México e com as cargas trazidas pe
rceira frota. Essa última atravessava o Pacífico saindo de Acapulco
osta do Pacífico, no México, indo até Manila, nas Filipinas, a catomil quilômetros de distância, carregando prata e ouro. Lá, os capitã
desses “galeões de Manila” – normalmente apenas um ou dois –
ompravam grandes quantidades de sedas, porcelanas e outros produ
e alta qualidade dos comerciantes asiáticos. Os galeões então fazia
viagem de volta, levando os luxos para Acapulco, no outro lado do
Pacífico. Esses bens eram transportados por todo o México até
Veracruz, por tropeiros armados, e eram carregados a bordo dos gale
da frota Nova Espanha, que se encontrava com a Tierra Firma em
Havana antes de navegar pelos estreitos da Flórida e de volta a Cádi
Cheias com os tesouros do México, Peru e do Oriente, as frotas
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tesouro do Atlântico sempre tinham sido alvos tentadores para navi
ucaneiros e corsários ingleses e para navios de guerra da Marinha R
Os galeões de Manila eram outra história. Eles eram construídos pa
serem invencíveis: fortalezas flutuantes de quinhentas a duas mil
toneladas, levando centenas de homens e fileiras de canhões pesado
Apenas um inglês já havia capturado um – o bucaneiro Thomasavendish, em 1587 –, e tinha sido um navio relativamente pequeno
setecentas toneladas. O próprio Dampier tinha atacado um galeão d
Manila durante sua última viagem, mas, nas palavras de um de seu
ripulantes, “eles eram muito difíceis para nós”. As balas de canhão
dois quilos do seu navio quase nem amassaram o casco de madeirtropical do galeão de tesouro, enquanto as balas de dez quilos dos
espanhóis despedaçaram o casco infestado de germes do seu navio
odavia, nas palavras de outro contemporâneo, Dampier “nunca desi
o projeto” e estava ansioso para receber o apoio do jovem Rogers p
o seu plano.
Dampier estava mais desesperado para deixar a Inglaterra do q
Rogers poderia saber. Apesar da sua fama, sua carreira estava em
frangalhos. Seu comando no HMS Roebuck tinha sido um desastrefragata de duzentas e noventa toneladas afundou no caminho de vol
para a Inglaterra, e quando ele e sua tripulação abandonada finalmen
foram resgatados, Dampier enfrentou três cortes marciais. O tribuna
multou em todo o seu salário da jornada de três anos, decidindo qu
Dampier não é uma pessoa apta a ser empregada como comandante
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qualquer dos navios de Sua Majestade”. Em sua expedição corsária
Pacífico, ele brigou com seus oficiais, perdeu o respeito de seus
ipulantes e, na batalha, se escondeu atrás de uma barricada de cama
cobertores que ele tinha construído no tombadilho superior. Ele err
o não limpar adequadamente os cascos de seus navios – o St. Georg
e duzentas toneladas, e o galeão Cinque Ports, de noventa toneladadeixando que os vermes devorassem ambos. Um tripulante até tinh
preferido tentar sua sorte numa ilha desabitada do Pacífico em vez
continuar a bordo de um navio em decomposição. No final, os verm
anharam e ambos os navios afundaram, mas não antes de uma série
motins resultando na maior parte da tripulação abandonando seucomodoro. Dampier de alguma forma conseguiu voltar para casa e
enfrentou uma série de ações judiciais decorrentes de sua péssima
atuação no comando.
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Sem saber de grande parte disso, Woodes Rogers se lançou a
squema de Dampier, uma expedição corsária no Pacífico para captu
um galeão de Manila. O principal desafio era angariar fundos. Com
experiência de Dampier, ele sabia que atacar um galeão de Manila
xigiria pelo menos duas fragatas bem armadas, com homens suficien
para permitir um grupo de abordagem de dimensão considerável.
Mandar esses navios para o Pacífico seria caro, muito além do que
Rogers poderia bancar. Eles precisariam de um estoque enorme de
alimentos e suprimentos para velejar para tão longe de casa e uma
equipe de oficiais experientes e de confiança que pudesse manter
sciplina numa viagem que duraria três ou quatro anos. Felizmente pRogers, seu sogro bem relacionado, sir William Whetstone, tinha
acabado de voltar para Bristol e estava disposto a apresentar o plan
ousado para os principais comerciantes da cidade.
Eles foram com tudo, anzol, linha e chumbada. Prefeitos, exrefeitos, futuros prefeitos, delegados, secretários municipais e o ch
da todo-poderosa Sociedade de Comerciantes Empreendedores de
Bristol compraram todas as ações, assim como o amigo e possível
parente de Rogers, Francis Rogers. Juntos, esses eruditos locais
concordaram em comprar e equipar duas novas fragatas que já estava
em construção nos estaleiros de Bristol.
O Duke era o maior deles, um navio de trezentas e cinquenta
oneladas, com trinta e seis canhões, o Dutchess ligeiramente menor
uzentas e sessenta toneladas, com vinte e seis canhões. Rogers inve
nos navios e foi apontado comodoro da expedição e capitão do Duk
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utro investidor, o comerciante nobre de nascimento Stephen Courtn
capitaneou o Dutchess. Dampier foi contratado como piloto da
expedição, indispensável para quem ia ao Oceano Pacífico. Dentre
outros oficiais estavam o irmão mais novo de Rogers, John, e o ofic
xecutivo do Dutchess, Edward Cooke, um capitão mercante de Bris
ue tinha sido atacado duas vezes por navios franceses no ano anteriUm dos maiores investidores, Dr. Thomas Dover, também foi, com
residente da expedição, uma posição que lhe permitia dar sua opin
sobre as decisões estratégicas, tais como por onde navegar e quem
tacar. Médico formado em Oxford, Dover havia recebido o apelido
Dr. Mercúrio, por sua propensão em administrar mercúrio aos seupacientes para tratar uma ampla gama de doenças. Os proprietários
apontaram como oficial médico-chefe e também como capitão dos
fuzileiros navais, com autoridade máxima sobre as operações militar
m terra, o que era estranho, já que ele não tinha nem experiência mi
em, como eventos subsequentes iriam mostrar, talento para a lideran
A expedição de Rogers, que o tornaria famoso entre seus
contemporâneos, também forneceu aos historiadores o único relato
detalhado da vida a bordo de um navio corsário do início do séculoXVIII. Tanto Rogers quanto Cooke mantiveram diários detalhados
suas experiências na viagem de três anos e os publicaram como livr
independentes logo após seu retorno. Juntamente com outras cartas
documentos, eles não só permitem uma visão abrangente de alguns d
esafios de comando na formação de Rogers, mas também nos dão u
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ideia dos desafios enfrentados por Thatch, Vane e outros corsário
durante a Guerra da Sucessão Espanhola.
A expedição partiu em 1º de agosto de 1708, os navios exibind
nova insígnia da bandeira nacional da Grã-Bretanha, uma nação qu
havia sido criada em 1707 com a união da Inglaterra e Escócia. Rogoi forçado a passar um mês na Irlanda, adaptando os navios, estocan
mantimentos e recrutando a tripulação. Eles deixaram a Irlanda com
complemento de trezentos e trinta e três homens, um terço dos qua
eram irlandeses, dinamarqueses, holandeses ou outros estrangeiros.
onselho da expedição se reuniu logo depois para discutir um problemportante: a escassez de álcool e de roupas de frio para a viagem ge
através da passagem de Drake. Rogers argumentou que o álcool era
mais importante dos dois, já que “para marinheiros, uma boa bebid
alcoólica é melhor do que roupa”, de modo que o conselho resolve
parar na Ilha da Madeira para estocar o vinho homônimo.Ao longo do caminho, um grande número de membros da
ripulação do Duke se revoltou, depois que Rogers se recusou a tom
m navio sueco neutro como butim, uma decisão que, na opinião de
s privou de lucro. Os oficiais do Duke sacaram mosquetes e facas p
manter o controle do tombadilho superior durante a noite e, pela manconseguiram prender os líderes da rebelião. Muitos capitães teriam
xecutado os rebeldes, mas Rogers sabia que o terror nem sempre er
melhor maneira de conquistar o respeito e a lealdade de uma tripulaç
Ele ordenou que os líderes rebeldes fossem presos com ferros e os
principais instigadores fossem “fortemente chicoteados” e enviados
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volta para a Inglaterra num navio de passagem. Os outros ele libero
com punições leves – multas ou porções reduzidas – e voltaram ao
trabalho. Ele até se deu ao trabalho de abordar toda a tripulação,
explicando por que não seria prudente tomar um navio neutro, o qu
rovavelmente resultaria em processos judiciais contra eles. Essas aç
quebraram a determinação dos rebeldes, embora a atmosfera no Dunha permanecido tensa por muitos dias. Se o navio não tivesse o do
do número normal de oficiais, Rogers anotou em seu diário, o moti
podia ter sido bem-sucedido.
Eles passaram dezembro de 1708 velejando pela costa atlântica
América do Sul, e o clima ia ficando mais frio à medida que viajava
ara o sul. Rogers mandou seis alfaiates trabalharem fazendo roupas
rio para a tripulação com lençóis, tecidos de comércio e roupas velh
dos oficiais. Os ventos sopraram mais forte quando eles passaram platitude conhecida como Roaring Forties [Quarenta Rugidores], e
grandes ondas inundavam os conveses do navio menor, Dutchess. À
vezes, os navios eram cercados por baleias que saltavam para fora d
água ou grandes grupos de golfinhos exuberantes que, como Roger
escreveu, “muitas vezes saltavam uma boa altura para fora da águairando com sua barriga branca para cima”. Havia um grande número
focas, um pinguim ou outro, e albatrozes voando alto. Em 5 de jane
de 1709, os navios tinham entrado no Oceano Antártico e as onda
alcançavam nove metros ou mais, levantando tanto os navios que o
omens podiam sentir o sangue inchando seus pés, e depois, baixan
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s tão rapidamente que, na depressão entre duas ondas, eles se senti
quase sem peso. Quando a velocidade do vento aumentava, os capitã
nviavam homens até a mareagem acima para baixar as velas superior
encurtar as menores, impedindo que elas fossem despedaçadas. D
epente, houve um terrível acidente a bordo do Dutchess. Enquanto
homens baixavam a verga do mastro grande – a madeira transversauspendendo a vela principal – um lado escorregou, derrubando parte
grande vela na água. Na velocidade em que o Dutchess estava se
movendo, a vela agiu como uma âncora gigante, puxando o bombor
tão para baixo que o gélido oceano cinza começou a entrar no conv
principal. O capitão Courtney ordenou que as outras velas fossemoltas. O Dutchess virou na direção do vento, com as velas se agitan
omo bandeiras, sua proa virada para o mar alto. “Nós esperávamos
navio afundasse a qualquer momento”, Edward Cooke relembrou,
debatendo com o peso da água que estava nele”. A tripulação firmou
vela principal; Courtney a girou, de popa ao vento gritante. O navicomeçou a singrar rapidamente para o sul, em direção ao continent
inda não descoberto da Antártida. Rogers, no Duke, observando es
ventos, foi ficando mais preocupado, enquanto seguia o Dutchess, q
a se afastando cada vez mais na direção dos icebergs e blocos de ge
utuantes que Dampier tinha avisado que existiam nessas águas do s
Às nove horas da noite – o sol da primavera ainda alto acima d
horizonte – os oficiais exaustos do Dutchess desceram à cabine
rincipal para o jantar. Pouco antes da comida ser servida, uma enor
nda bateu na popa do navio, quebrando as janelas e levando tudo o
alcançava, humano ou não, pelo navio. Edward Cooke estava certo
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que todos eles teriam se afogado na cabine submersa se sua parede
nterior não tivesse sido derrubada pela força da onda. A espada de
oficial foi encontrada enfiada diretamente na rede que pertencia ao
empregado de Cooke que, felizmente, não estava nela no momento
Surpreendentemente, apenas dois homens ficaram feridos, mas todo
meio do navio estava cheio de água, molhando cada peça de vestuárroupa de cama e carga com a água gélida do mar.
De alguma forma, o Dutchess continuou flutuando durante a no
durante a qual a tempestade diminuiu. Na manhã, Rogers e Dampie
remaram do Duke até o Dutchess e encontraram a tripulação “numtuação difícil mas muito ordenada”, ocupando-se com o bombeame
da água do porão e armazenando embaixo alguns dos canhões pesad
para tornar o navio menos pesado em cima. Seus mastros e cordam
estavam cobertos com vestimentas, roupa de cama e redes molhada
enduradas para secar no vento gelado. Os capitães concordaram queois navios tinham sido empurrados para cerca de sessenta e dois gr
o sul (quase até a Antártida), um pouco antes do ponto mais distante
ul que se sabia que alguém tinha viajado. No final do dia, eles tinh
virado para o noroeste e faziam seu caminho em direção ao Pacífico
boca de mais um vendaval da passagem de Drake.
Enquanto eles se arrastavam para fora da Antártida em direção
calor da primavera do sul, a tripulação começou a adoecer. Alguns
ofriam com a exposição depois de passar dias com roupas molhadas
congeladas; outros foram acometidos por escorbuto, a doença que o
marinheiros temiam mais do que qualquer outra. Uma aflição causa
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pela falta de vitamina C, o escorbuto pode ter levado mais marinheir
na era da navegação do que todas as outras causas combinadas. Sem
vitamina C, os corpos dos marinheiros não podiam mais manter os
tecidos conjuntivos, fazendo com que as gengivas ficassem pretas
esponjosas, os dentes caíssem e contusões se formassem sob a pel
scamosa. Perto do fim, quando os marinheiros definhavam e ofegavem suas redes, ossos que tinham sido quebrados muito tempo antes
uebravam de novo e velhas cicatrizes se abriam em feridas novamen
A maioria dos marinheiros acreditava que a doença era causada pel
xposição a roupas frias e úmidas, mas Rogers e Dover estavam cien
e que tinha mais a ver com a falta de frutas e legumes frescos em lonviagens no oceano. Numa época em que a Marinha Real não tinha
nenhum tratamento para a doença, Rogers abasteceu seus navios co
imões, que eram ricos em vitamina C. O estoque agora tinha acabad
então os navios estavam numa corrida contra o tempo para obter
odutos frescos. O primeiro homem do Duke a morrer foi John Vealdia 7 de janeiro. Ele foi sepultado no mar, na passagem de Drake
De suas viagens anteriores, Dampier sabia de um santuário on
eles iriam encontrar um amplo abastecimento sem alertar os espanhó
do Chile para a sua presença: a ilha Juan Fernández3, desabitada,
seiscentos e quarenta quilômetros da costa. No momento em que o
picos irregulares de Juan Fernández foram avistados no dia 31 de
aneiro, mais de trinta homens estavam doentes e sete haviam pereci
á, para sua surpresa, eles viram um fogo na praia, uma indicação de
um navio espanhol estava visitando a ilha remota.
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Na manhã seguinte, o Duke e o Dutchess passaram pela entrada
porto, suas armas prontas para a ação. O porto estava deserto. Roge
ncorou o navio a um quilômetro e meio da costa, enquanto o Dr. Do
ansioso para garantir mantimentos, liderou um grupo de desembarq
ara a terra em um dos barcos do navio. Quando eles se aproximaram
raia, ficaram chocados ao ver um homem solitário, vestido com pele
cabra, acenando um pano branco e gritando exuberantemente para e
em inglês. Alexander Selkirk, o náufrago cuja história iria inspira
Daniel Defoe a escrever Robinson Crusoé, estava prestes a ser
resgatado.
Selkirk tinha ficado preso na ilha Juan Fernández por quatro an
e quatro meses, na verdade desde que a missão corsária mal fadada
William Dampier tinha passado por esses lados no último semestre
1704. Selkirk, um escocês, tinha sido o imediato a bordo de um donavios de Dampier, o Cinque Ports, cujo capitão e oficiais haviam
perdido a fé na liderança de seu comodoro e partido por conta própr
Infelizmente, o casco do Cinque Ports já estava infestado por verme
anto que quando o navio a remo parou em Juan Fernández para peg
gua fresca e mantimentos, o jovem Selkirk decidiu ficar – tentar a sna ilha ao invés de tentar atravessar o Pacífico em um navio se
eteriorando. Segundo o extenso relatório que fez para Rogers, Selk
passou a maior parte de um ano em profundo desespero, olhando o
horizonte em busca de embarcações amigáveis que nunca aparecera
Lentamente, ele se adaptou ao seu mundo solitário. A ilha era o lar
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centenas de cabras, descendentes das que foram deixadas para trá
quando os espanhóis abandonaram uma tentativa de colonização fe
sem muita vontade. Ele acabou aprendendo a persegui-las e pegá-la
om suas próprias mãos. Construiu duas cabanas com paredes de pel
abra e telhado de grama, uma para servir como cozinha e a outra com
alojamento, onde ele lia a Bíblia, cantava os salmos e lutava contra xércitos de ratos que vinham morder seus dedos dos pés enquanto
dormia. Ele derrotou os roedores alimentando e fazendo amizade co
muitos dos gatos selvagens da ilha, que se espalhavam às centenas p
perto da sua cabana. Como segurança contra a fome, em caso de
cidentes ou doença, Selkirk tinha conseguido domesticar várias cabque ele criava e com as quais dançava de vez em quando na sua caba
olitária. Quando suas roupas se desgastaram, ele costurou roupas no
de pele de cabra usando uma faca e um prego velho e deixou cresce
calos em seus pés como um substituto para os sapatos. Ele raramen
ficava doente e tinha uma dieta saudável de nabos, cabras, lagostasepolhos selvagens. Mal tinha conseguido se esconder de um grupo
desembarque espanhol, subindo no topo de uma árvore, na qual algu
de seus perseguidores urinaram, sem saber da sua presença.
Embora Selkirk tenha recebido os homens de Rogers com
entusiasmo, ele ficou relutante em se juntar a eles depois de saber q
seu antigo comodoro, William Dampier, estava servindo com eles
Cooke escreveu que Selkirk desconfiava tanto de Dampier que ele
preferia escolher permanecer em sua solidão a ir com Dampier, até
formado de que ele não estava no comando” da expedição. Dr. Dov
seu grupo de desembarque só foram capazes de resgatar o náufrago
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rometendo que iriam levá-lo de volta à ilha se ele não ficasse satisfe
com a situação. Selkirk, por sua vez, os ajudou a pegar lagostas,
mpilhando-as no banco do barco antes de remarem para o Duke. Ao
elkirk pela primeira vez, Rogers disse que ele parecia mais selvagem
ue as verdadeiras donas da sua roupagem de pele de cabra. “Assim
ele chegou a bordo, tinha esquecido tanto seu idioma por falta de uque nós mal conseguíamos entendê-lo, pois ele parecia falar pela
metade”, Rogers escreveu em seu diário. “Nós lhe oferecemos uma d
de bebida mas ele não tocou nela, tendo bebido apenas água desde q
tinha chegado à ilha, e demorou algum tempo antes que ele pudess
aborear os nossos mantimentos”. Selkirk estava extremamente saudáe alerta no início, mas Rogers observou que “esse homem, quando
voltou para o nosso método habitual de dieta e vida, embora estives
sóbrio o suficiente, perdeu muito de sua força e agilidade”.
A expedição permaneceu na ilha por doze dias. Uma cidade dtendas foi construída na praia e lá os homens doentes foram cuidad
com folhas de nabo e o caldo de cabra especial de Selkirk até ficare
saudáveis; apenas dois dos cinquenta pacientes morreram. Rogers
lojou-se numa das barracas, supervisionando o conserto da mareage
dos barris e das velas. Selkirk matava três ou quatro cabras por dia
enquanto os oficiais atiravam em algumas das focas e leões marinh
ue descansavam aos milhares na costa. “Os homens que trabalhavam
mareagem em terra comiam focas jovens, que eles gostavam mais do
s mantimentos do nosso navio, e disseram que eram tão boas quant
cordeiro inglês”, escreveu Rogers, “embora da minha própria parte
teria ficado feliz com a troca”.
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Selkirk decidiu que gostava da companhia dos homens e juntou
à expedição como oficial. No dia 13 de fevereiro, ajudou a carregar
tima tora de madeira, barris de água e peixes recém-salgados a bord
se despediu da sua casa na ilha.
O mês seguinte se mostrou frustrante. Os corsários rondaram
costa do Peru sob um sol intenso durante semanas a fio sem ver um
nico navio. Rogers ficou crescentemente preocupado com o clima c
vez mais sombrio da tripulação. Não ajudava o fato de que alguns
homens estavam mostrando novos sinais de escorbuto ou que um dmeninos do Dutchess choramingava em sua rede, tendo quebrado
perna numa queda do mastro. Os vigias de Rogers não avistaram
nenhuma vela até a tarde de 16 de março. E ela provou ser um míse
butim: uma embarcação de cabotagem de dezesseis toneladas,
transportando vinte e dois quilos de carga, uma tripulação de setehomens e oito escravos negros e incas. A tripulação de captura de
Rogers assumiu a embarcação, para a qual ele deu o nome esperanço
de Começo.
Depois disso, as capturas finalmente começaram a acontecer
Baseados na altura da Ilha dos Lobos, deserta e coberta de esterco d
ves marinhas, a quarenta e oito quilômetros da costa peruana, os nav
de Rogers capturaram quatro navios espanhóis, um deles com
quinhentas toneladas transportando uma carga familiar para Roger
scravos. Havia setenta e três deles, em sua maioria mulheres e crianç
cujos nomes foram adicionados posteriormente aos livros de registr
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contábeis da expedição, cuidadosamente separados por sexo e
ategorias: dos dois “homens úteis” (marinheiros Jacob e Quasshee)
duas crianças, as meninas Teresia e Molly. Em meio ao fedor da ilh
ogers agora presidia uma frota considerável e um exército crescente
prisioneiros e escravos, todos capturados sem um tiro sequer.
Com cerca de duzentos prisioneiros para alimentar, o
bastecimento de água da expedição estava desaparecendo rapidamen
e Rogers percebeu que eles teriam que fazer uma viagem para o
ontinente. Os corsários organizaram um conselho oficial e concorda
que se tinham que denunciar sua presença, eles poderiam muito bemaproveitar para fazer um ataque surpresa a uma cidade rica ao mesm
mpo. Eles escolheram o porto de construção naval de Guayaquil, o
hoje é o Equador, que Dampier já tinha saqueado quando era um
bucaneiro em 1684.
No caminho, no entanto, eles perseguiram um grande navio fran
e, na batalha que se seguiu, o irmão de Woodes, John, levou uma ba
de mosquete na cabeça e morreu, um evento que Rogers recebeu co
“tristeza indescritível”. O único consolo era que o butim, o navio
construído por franceses Havre de Grace, carregava “uma quantida
considerável de pérolas”, setenta e quatro escravos e diversospassageiros espanhóis ricos, melhorando o moral dos seus tripulant
O cerco de Guayaquil foi uma comédia de erros. Sob o manto
curidão, os invasores remaram pelo rio Guayas em barcos, enquant
navios permaneceram fora de sua embocadura. Rogers, Dover e
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Courtney lideravam um grupo de sessenta e cinco homens cada, ma
Dover, como capitão dos fuzileiros navais, era o comandante geral
Demorou duas noites para alcançarem a cidade. Primeiro, passaram
ia do ataque escondidos em mangues infestados de mosquitos. Dep
ao se aproximarem da cidade, eles confundiram uma celebração festi
com os gritos de um exército de defesa. Rogers aconselhou um ataqimediato, mas Dover preferiu passar mais um dia escondido nos
mangues. Na noite seguinte, Dover insistiu em negociar com os
espanhóis, perdendo completamente o elemento da surpresa. O
governador de Guayaquil, Don Jerónimo Bosa y Solis y Pacheco, s
mostrou indeciso sobre o pagamento de um resgate durante dias,enquanto sua equipe removia cerca de cem mil libras em bens valios
para fora da área. Finalmente, Rogers, revoltado tanto com o médic
quanto com o governador, se apoderou do comando e ordenou um
ataque à cidade. Ele a capturou com a perda de apenas dois homen
Como a maioria dos bens valiosos de Guayaquil tinha sido leva
os corsários encontraram apenas mercadorias volumosas e barris d
lcool. Muitos dos homens ficaram bêbados e, em sua busca por luc
começaram a desenterrar cadáveres no cemitério, sem saber que
Guayaquil tinha recentemente sido acometida pela peste bubônica
nquanto os marinheiros vasculhavam os cadáveres, expondo-se à m
negra, Rogers e seus oficiais desfrutavam de um jantar oferecido po
Don Jerónimo que, no fim, resgatou sua cidade por cerca de vinte e s
mil pesos (quase sete mil libras), uma fração do que um ataque ma
rápido poderia ter capturado.
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Os homens trabalharam durante toda a noite preparando o Duke
Dutchess para a ação enquanto navegavam através da escuridão em
ireção ao galeão. O romper do dia revelou que o navio espanhol est
a apenas cinco quilômetros de distância da proa do Duke. O Dutchetinha ultrapassado a sua presa no escuro e teria que voltar um
quilômetro e meio para chegar até ela. Analisando o navio espanho
Rogers percebeu que o Duke poderia ser capaz de atacá-lo sozinho.
uestra Señora de la Incarnación Disenganio não era um galeão típ
mas uma embarcação de quatrocentas e cinquenta toneladas, com vin
anhões, que se movia com dificuldade. Rogers mandou colocarem u
onel de chocolate quente no convés para os homens e, com essa beb
econfortante na mão, a tripulação fez suas orações enquanto a prime
bola de canhão do Incarnación espirrava na água.
Rogers ordenou que o Duke fosse para o lado do navio espanhodeu ordem para atirar. Seu navio balançava enquanto os canhões era
descarregados, um após o outro. Os canos de canhão do Incarnació
queimavam em resposta. Uma bala de mosquete atingiu a bochech
squerda de Rogers, espirrando grande parte da sua mandíbula super
e alguns dentes no convés. Enquanto estava deitado numa poçacrescente de sangue, ele viu o castelo de proa do inimigo passando
longo do seu corrimão. Tentou gritar uma ordem, mas a dor era mui
rande; então rabiscou o comando num pedaço de papel. Assim, o D
virou-se bruscamente, passou à frente do gurupés do Incarnación
descarregou seus canhões de efeito mortal. O capitão francês do
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ncarnación, Jean Pichberty, se entregou e os ingleses subiram a bor
da sua maior presa.
O capitão Pichberty deu aos seus captores uma informação
ascinante: dois navios de tesouro tinham deixado Manila naquele a
e o Incarnación era o menor deles. O outro, o Nuestra Señora deBegoña, era um verdadeiro galeão de tesouro, um navio poderoso d
novecentas toneladas, com plataformas duplas de canhões e um gran
stoque de artigos de luxo orientais. Rogers deu outras ordens escri
ara a frota escoltar o Incarnación até o porto isolado de Baja, que e
estavam usando como base, e para os oficiais se prepararem paranterceptar o Begoña. Ele então se retirou para a sua cabine, seu rost
garganta grotescamente inchados, mal capaz de beber. Ele ainda nã
estava ciente de que uma bala de mosquete espanhol estava
profundamente alojada no fundo do céu da sua boca. Seus colega
ntaram convencer Rogers a ficar no Incarnación enquanto eles part para encontrar o Begoña, mas ele se recusou a deixar o Duke.
A tripulação do Duke ainda estava consertando o navio depois
ua luta com o Incarnación no dia de Natal, quando o Begoña apare
no horizonte. No momento em que Rogers tirou o Duke do porto
aquela noite, o Dutchess e o Havre de Grace já estavam a quilômetde distância no mar, se aproximando do enorme galeão. Durante tod
oite, ele assistiu aos flashes da troca de canhonaços entre os navios.
manhã, notou que o Dutchess tinha sido duramente atingido, que se
mastros estavam danificados e a mareagem em desordem. Naquela tar
Rogers observou o Dutchess e o Havre de Grace empenhados no
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ombate ao galeão por horas, apenas para recuar novamente. O Duke
e uniu à batalha que estava acontecendo até o final da tarde do dia
quando os três navios corsários rodearam o Begoña, bombardeando
com tiros de canhão. Na ação, uma lasca de madeira atingiu o pé
querdo de Rogers, deixando o osso do seu calcanhar exposto e met
de seu tornozelo faltando.
Cooke, que comandava o Havre de Grace, estimou que a frot
tinha descarregado trezentas balas de canhão e disparado cinquent
rodadas de tiros de barras destruidoras de vela no Begoña, mas seu
canhão de três quilos tinha pouco efeito no casco espesso e duro dgaleão. “Nós podíamos muito bem ter lutado contra um castelo de
nquenta canhões como esse navio”, Cooke lamentou. O canhão pes
do Begoña destruía os navios ingleses, fazendo furos em seus casco
hegando a matar ou ferir trinta e três homens. Com pouca munição,
corsários tiveram que admitir que haviam sido derrotados eabandonaram o Begoña para continuar sua viagem até Acapulco.
Rogers, incapaz de falar ou andar, preparou a frota para a longa viag
para casa.
Foram necessários mais vinte e dois meses para chegar à Inglate
período no qual as relações entre os oficiais se deterioraram. Eles
brigavam sobre quem iria assumir o comando do Incarnación, cujo
orões estavam cheios de seda, especiarias, joias, prata e outros ador
e, como mais tarde foi descoberto, valiam mais do que cem mil libra
Surpreendentemente, Courtney e Cooke estavam dispostos a permi
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que o Dr. Dover comandasse o navio. Ainda sentindo uma dor
nsuportável, Rogers reuniu os outros oficiais para impedir a nomeaç
declarando que Dover era “totalmente incapaz de ser um oficial”. N
“guerra de papel” que se seguiu, os oficiais fecharam um acordo, pe
qual Selkirk e outros iriam realmente operar o Incarnación, enquan
Dover detinha o título cerimonial de capitão-mor. O conflito deu
Rogers alguns inimigos jurados.
No final de junho de 1710, eles chegaram à capital das Índia
Orientais Holandesas, Batávia (atual Jacarta, na Indonésia), o prime
porto amigável que tinham visto em um ano e meio. Lá, limparam ocascos enfraquecidos dos navios Duke, Dutchess e Incarnación e
enderam como sucata o Havre de Grace, que estava totalmente com
por vermes. Courtney e alguns dos outros oficiais do grupo de Dov
iriam a afirmar depois que o Duke ainda estava vazando perigosame
precisando de uma nova querenagem, e que Rogers tinha se recusadresolver o problema. Também suspeitavam que ele tivesse “projeto
secretos” de navegar para a Terra Nova ou ao Brasil e contrabandea
bens do leste da Índia. Essa era uma acusação séria, pois a Companh
das Índias Orientais Inglesa tinha um monopólio legal sobre todo
comércio britânico com o sudeste asiático. Atravessar o caminho d
poderosa instituição, eles observaram, “podia arruinar” a expediçã
Muitos na tripulação chegaram a acreditar que Rogers tinha roubad
uma grande quantidade de tesouro e o escondido em Batávia, embo
sso parecesse tanto improvável quanto fora da realidade. Sabe-se q
durante sua estada de seis meses em Batávia, ele passou por uma
cirurgia para consertar seu calcanhar e remover a bala de mosquete
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céu da boca. Ele também supervisionava de perto a compra de coisa
necessárias para a viagem de volta para casa, para evitar complicaçõ
om a Companhia das Índias Orientais, embora até essas precauções
tenham livrado os homens de Bristol da ganância insaciável dos
diretores da companhia.
Quando os três navios finalmente ancoraram no Tâmisa em 14
utubro de 1711, os agentes da Companhia das Índias Orientais estav
à espera deles. A compra de mantimentos feita pelos corsários em
Batávia, eles argumentaram, constituía uma violação do monopólio
companhia. Eles confiscaram o grande “navio de Acapulco”, que jtinha ficado famoso pelos jornais de Londres, e envolveram os
proprietários dos navios corsários numa prolongada disputa legal. N
final, mais de seis mil libras das quase cento e cinquenta mil libras
receitas foram pagos aos diretores da companhia. Uma vez que as
espesas foram deduzidas, cada um dos proprietários tinham duplicaeu investimento. Rogers, com seu rosto mutilado, seu pé destroçad
eu irmão morto, recebeu cerca de mil e seiscentas libras, a maior pa
provavelmente consumida pelas dívidas da sua família em Bristol
Muitos dos membros da tripulação não receberam nada, tendo sido
forçados a bordo de navios da Marinha Real assim que o Duke e o
Dutchess chegaram a Londres. Rogers voltou para sua esposa e filh
em Bristol para tratar seus ferimentos e preparar seu diário para
publicação.
Sua circum-navegação e a captura bem-sucedida de um navio d
Manila fizeram dele um herói nacional, mas também o deixaram
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leijado, ressentido e um pouco mais rico do que ele era no dia em q
saiu de casa, três anos antes.
Rogers não era o único se recuperando de um trauma no final d
erão de 1712. Do outro lado do Atlântico, na Jamaica, Edward Tha
e Charles Vane tinham testemunhado um fato muito pior. Em 28 d
agosto de 1712, a Jamaica foi atingida por um dos furacões mais
poderosos de sua história.
De Charles Vane, sabe-se três coisas: durante a Guerra de SucesEspanhola, ele chegou a residir em Port Royal; ele era um marinhei
profissional; e ele conhecia o capitão que logo se tornaria famoso
Henry Jennings. Quando os ventos de repente mudaram do norte par
ul na fatídica noite de agosto, Vane podia muito bem ter estado a bo
o veleiro de quatro canhões do capitão Jennings, Diamante, que estancorado entre centenas de outros navios no porto de Port Royal.
Naquela noite, o porto estava particularmente lotado devido a u
mbargo na navegação; um ataque francês era considerado iminente.
causa disso, Edward Thatch provavelmente também estava lá,
escansando em terra. Também em Port Royal estava o capitão de nanegreiro londrino Lawrence Prince e o mestre de navio mercante d
Massachusetts William Wyer. Ambos um dia iriam entrar em confli
com os piratas. Jennings, um consagrado capitão mercante jamaican
“de boa reputação e bens”, comandava um navio com porões vazio
qualquer que tenha sido a carga que ele estava transportando, já hav
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do descarregada há muito tempo, durante o embargo de uma semana
ilha.
A tempestade chegou por volta das oito da noite, “um furacão
furioso de raios, vento e chuva sem trovão”. Ela derrubou árvores
achatou casas e armazéns, derrubou os engenhos de açúcar e rasgocampos inteiros de plantação de cana. Inúmeras pessoas em terra
perderam a vida quando suas casas, o hospital e metade da igreja
principal de Kingston desabaram, mas a maior carnificina ocorreu n
orto. Pelo menos cinquenta e quatro embarcações naufragaram, vira
ou foram carregadas para terra, incluindo a corveta de guerra HMS Jamaica e o navio negreiro Joseph Galley, que perderam todos os
embros de sua tripulação e todos os cento e sete escravos acorrenta
em seu porão. O capitão Wyer estava em terra quando a tempestad
afundou seu navio negreiro, o Ann Galley, afogando cem escravos
etade dos seus vinte e oito tripulantes. Lawrence Prince perdeu o naue estava sob seu comando, o bergantim Adventure, assim como He
nnings, embora nenhum dos dois tenha perdido homens. Quando o
nasceu na manhã seguinte, revelou praias e salinas com embarcaçõe
esmagadas e sem mastros e inúmeros cadáveres. Além dos escravos
cerca de quatrocentos marinheiros perderam a vida.
Assim como Jennings, Vane, Thatch e outros marinheiros fizer
um balanço da destruição nas semanas seguintes, quando um navio
chegou carregando as notícias dramáticas da Europa. A rainha Ann
nha declarado a cessação das hostilidades com a França e a Espanh
guerra estava chegando ao fim4
e, com ela, o fluxo de riqueza e lucr
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trazido para a Jamaica pelo comércio corsário. Com a maior parte d
frota mercante jamaicana destruída no litoral, centenas de marinheir
estavam sem trabalho, deixados para se virar sozinhos em meio ao
destroços de Kingston e Port Royal. Ironicamente, outro furacão lh
traria riquezas, numa escala que os corsários do tempo de guerra s
podiam sonhar.
orde é uma grande entrada de mar entre altas montanhas rochosas (N.T.).
ma ilha agora dividida entre as nações do Haiti e da República Dominicana.
enomeada como Ilha Robinson Crusoé em 1966 pelo governo chileno.o final de setembro, a notícia já havia se espalhado até Antígua.
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CAPÍTULO QUATRO
Paz
1713-1715
Com o fim da Guerra da Sucessão Espanhola em 1713, dezenas de milhares de marinheir
ente se viram sem trabalho. A Marinha Real, falida pela guerra mundial que durou doze
idamente se desmobilizou, guardando navios e demitindo cerca de três quartos de sua for
balho, mais de trinta e seis mil homens, nos primeiros vinte e quatro meses após a assinatu
atado de Utrecht. Cartas de corso deixaram de ter valor, seus proprietários foram obrigad
corar seus navios de guerra e pôr as tripulações na rua pelos cais da Inglaterra e da América.
lhares de marinheiros implorando por trabalho em cada porto, os capitães mercantes cortara
ários pela metade; aqueles com sorte suficiente para encontrar trabalho tinham que sobre
m vinte e dois a vinte e oito xelins (entre uma e uma libra e meia aproximadamente) por mês.
A paz não trouxe segurança para aqueles marinheiros ingleses qencontraram trabalho nas Índias Ocidentais. Navios da guarda coste
spanhola, os guarda-costas, continuaram a capturar navios ingleses
passavam para a Jamaica e os que voltavam, declarando que eles era
contrabandistas se uma única moeda espanhola fosse encontrada a
ordo. Eles sempre encontravam as moedas “ilícitas”, porque elas era moeda oficial de todas as colônias da Inglaterra no Caribe. Trinta
to embarcações jamaicanas foram apreendidas nos dois primeiros a
de paz, custando aos seus proprietários cerca de oitenta mil libras
Quando as tripulações resistiam, os guarda-costas frequentemente
matavam alguns em represália; o resto passava meses ou anos nas
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prisões cubanas. “O mar”, como o governador da Jamaica recordar
mais tarde, tinha se tornado “mais perigoso do que em tempos de
guerra”.
À medida que os meses passavam, as ruas, os bares e as pensões
Port Royal ficavam cheias de marinheiros necessitados e com raivaComerciantes, atormentados por suas perdas, mandavam menos navi
reduzindo ainda mais a quantidade de trabalho para a marujada. Ess
marinheiros que tinham sido capturados – alguns mais de uma vez
eram fisicamente afrontados pelos espanhóis e oprimidos
financeiramente por seus empregadores, que reduziam suas própriaerdas deixando de pagá-los pelo tempo que estavam servindo na pri
“O ressentimento e a falta de emprego”, um morador recordou mai
tarde, “foram certamente os motivos para um curso de vida que eu
acredito que a maioria ou muitos deles não teria tomado, se tivesse
ido reaproveitados ou pudessem, de alguma forma legal, se sustentaBenjamin Hornigold foi um dos primeiros a se voltar para ess
outro “curso de vida”, e ele levou Edward Thatch com ele. Eles tinh
servido a bordo de corsários jamaicanos durante a guerra e agora s
encontravam presos no porto de Port Royal. No verão de 1713, ele
estavam fartos da pobreza e da guarda costeira espanhola. Hornigolugeriu para uma série de ex-companheiros e amigos de bebida que e
nissem suas habilidades para resolver os dois problemas. Deviam vo
a atacar a navegação espanhola, vingando-se e enriquecendo-se ao
mesmo tempo. Tudo o que precisavam era de uma pequena embarcaç
alguns bons homens e um refúgio seguro de onde iniciar seus ataqu
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Hornigold conhecia o lugar certo para isso.
As Bahamas, todo jamaicano sabia, era uma base bucaneira
perfeita. O extremo ocidental do arquipélago de setecentas ilhas fica
o lado do estreito da Flórida, o principal canal de navegação para to
os navios com destino à Europa, América do Sul, México e GrandeAntilhas, incluindo a Cuba espanhola, a Jamaica inglesa e a nova
colônia francesa na Ilha de São Domingos. Embarcações à vela nã
nham muita escolha a não ser passar por esse caminho para alcança
colônias da costa leste ou pegar os ventos de volta para a Europa. O
ratas podiam se esconder no labirinto de ilhas, aproveitando-se de ucentena de ancoradouros pouco conhecidos onde água e frutas fresc
odiam ser coletadas, os navios podiam ser querenados e consertado
o saque dividido de forma segura. Ninguém teria coragem de segui-
ara os canais estreitos entre aquelas ilhas sem um piloto experiente
Bahamas a bordo; com centenas de pedaços de terra e areia, alguém podia facilmente se perder e submeter suas embarcações a recifes
ontiagudos e cardumes desconhecidos. Mais importante, já que ata
os espanhóis era tecnicamente contra a lei, as Bahamas não tinha u
overno desde a invasão franco-espanhola de julho de 1703. Assim,
final daquele primeiro verão em tempos de paz, em 1713, Hornigold
um pequeno bando de seguidores deixaram Port Royal e navegaram
setecentos e vinte quilômetros ao norte, passando entre Cuba e Sã
Domingos e entrando no labirinto cravejado de corais das Bahama
Durante a guerra, os espanhóis e os franceses saquearam a ilh
Nova Providência quatro vezes, incendiando Nassau, bloqueando o
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canhões das fortalezas, levando embora o governador e a maioria do
escravos africanos e forçando o resto da população a ir para a flores
Na sequência, a maioria dos sobreviventes abandonou a ilha, deixan
apenas um punhado de colonos que, de acordo com o morador Joh
Graves, viviam “dispersos em pequenas cabanas, prontos para se
esconderem na floresta a qualquer ataque”. Quando as notícias doprimeiro ataque chegaram a Londres, os aristocratas que possuíam
Bahamas nomearam um novo governador, Edward Birch, e o mandar
através do Atlântico para restabelecer a ordem na colônia estagnad
uando Birch chegou, em janeiro de 1704, encontrou Nova Providên
quase completamente deserta e, de acordo com o historiador contemporâneo John Oldmixon, “não se deu ao trabalho de abrir su
licença”. Birch permaneceu por três ou quatro meses, dormindo n
floresta, antes de deixar seu “governo” por sua própria conta e risc
Nove anos depois, pouco coisa tinha mudado. Quando Hornigoseus companheiros pisaram na praia em Nassau, eles não encontrara
uma cidade, mas uma coleção de edifícios parcialmente desabados
cobertos de mato e vegetação tropical, reunidos em torno das ruína
queimadas de uma igreja e uma fortaleza que Nicholas Trott tinha
construído um quarto de século antes. Em toda a ilha, havia
provavelmente menos do que trinta famílias morando em casebres
asas rudimentares, ganhando a vida pescando peixes, cortando árvo
ou pegando os ossos de navios infelizes o suficiente para encalhar n
margens traiçoeiras1. Hornigold deu uma boa olhada ao seu redor
percebeu que tinha feito a escolha certa.
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Tudo começou humildemente. Hornigold e seus homens
onstruíram ou “adquiriram” três barcos grandes de madeira conheci
como barcas ou canoas, capazes de transportar trinta homens e um
mpla oferta de carga. Equipados com bancos de remos e uma única v
de manipulação de frente e ré, eles estavam bem preparados para a
pirataria de pequena escala: velozes, capazes de remar em linha reta
direção do vento para pegar ou fugir de um navio de velas quadrada
usando tão pouco calado que poderiam navegar sobre bancos de are
corais e outros perigos para se livrar de supostos perseguidores.
Armados com espadas, mosquetes, lanças e porretes, os homens d
Hornigold dominariam com facilidade tanto um veleiro de comércievemente tripulado como os supervisores de uma plantação espanh
ou francesa afastada. Cuba estava a apenas duzentos e oitenta
quilômetros ao sul, a Flórida espanhola a duzentos e cinquenta
uilômetros a oeste, e a São Domingos francesa a seiscentos e quare
quilômetros ao sudeste. O pequeno bando de piratas foi perfeitamen preparado para atacar seus inimigos de guerra.
Os homens se organizaram em três bandos, cada um com vinte
cinco homens e uma canoa. Hornigold liderava um e John West, sob
uem pouco se sabe, e John Cockram, um jovem marinheiro ambicio
om um talento para o comércio, lideravam os outros. Ao longo dos
meses seguintes, eles atacaram pequenas embarcações comerciais
spanholas e plantações de açúcar isoladas, desde o estreito da Flór
até o litoral de Cuba. O bando de Hornigold voltou para Nassau
carregado de fardos de tecidos caros da Silésia e da Prússia; Cockra
ouxe sedas asiáticas, cobre, rum, açúcar e moedas de prata roubada
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avios espanhóis na costa da Flórida e em outros lugares; e West vol
para casa com catorze escravos africanos roubados de uma plantaçã
cubana. Juntos, eles trouxeram às ruínas de Nassau cargas que valia
cerca de treze mil libras, dez vezes o valor das importações anuais d
toda a colônia das Bermudas.
Os bandos de piratas inexperientes precisavam de alguém par
quem vender seus bens roubados, de preferência sem realizar a long
viagem para a Jamaica, onde as autoridades podiam exigir uma parc
sob a ameaça de complicações legais. Felizmente, eles encontraram
compradores entre o colonos relativamente estáveis da ilha Harbouroitenta quilômetros ao norte de Nassau, que tinha cerca de duzento
abitantes. Richard Thompson, o maior e mais rico proprietário de te
e comerciante da ilha, não tinha escrúpulos em receptar os bens do
piratas de Nassau e nutria pouca simpatia pelos espanhóis, que tinh
feito tanto mal para a população das Bahamas. Ele e John Cockramareciam ter se dado muito bem. Na verdade, ao final de março de 17
Cockram tinha se casado com uma das filhas de Thompson e vivia
contente com ela em Eleutéria, a maior e menos desenvolvida ilha
izinha de Harbour. Thompson ainda fez do seu novo genro o mestre
um de seus veleiros de comércio, mandando-o para viagens de
contrabando de especiarias até a ilha holandesa de Curaçao, a mil
seiscentos quilômetros de distância, com cargas de madeira de
brasiletto, a partir da qual um corante vermelho valioso podia ser
xtraído. Presumivelmente era Thompson quem comprava a maioria
cargas dos piratas; não demoraria muito para que ele e Cockram
emergissem como os principais comerciantes do mercado negro da E
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de Ouro da Pirataria.
Ao final do inverno de 1714, os boatos começaram a circular e
Nova Providência de que as autoridades espanholas em Havana estav
reparando um ataque de retaliação. Os piratas consultaram-se uns c
os outros e decidiram dividir seu saque – que agora valia sessenta mibras – e se separar. West e muitos dos piratas comuns aparentemen
escolheram desistir enquanto podiam, e se espalharam pela Jamaica
lém. Um punhado permaneceu nas Bahamas, incluindo Hornigold,
juntou a John Cockram e outros na relativamente segura ilha Harb
num porto confortável e facilmente defensável com sua bateria decanhões. Edward Thatch muito provavelmente estava entre eles,
passando despercebido e esperando a ira dos espanhóis diminuir.
O Tratado de Utrecht também tinha colocado Sam Bellamy paora do mercado de trabalho. De acordo com trezentos anos de histó
oral, ele seguiu sua rota para Eastham, Massachusetts, localizada n
ponto mais afastado de Cape Cod, em 1714 ou no início de 1715. N
á provas documentais para confirmar essas histórias, embora o povo
Cape Cod as venha contando mais ou menos da mesma forma desde
dias dos grandes piratas; mas também não há qualquer prova do
contrário. Na verdade, as provas que existem se encaixam
tentadoramente bem na lenda de Cape Cod.
Famílias que viviam em Eastham e em seu entorno tinham laço
estreitos com a região ocidental inglesa, de onde acredita-se que
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Bellamy tenha vindo, e alguns tinham sobrenomes e linhagens que
ugeriam que podiam ter sido parentes de sua mãe. Mais importante
ersonagem principal da lenda, a figura ao redor da qual a história g
ra uma pessoa de verdade, cujos detalhes de vida são consistentes c
as tradições folclóricas de Cape Cod.
Entre 1713 e o início de 1715, Sam Bellamy muito provavelme
chegou a Boston, onde a maioria dos navios de entrada passavam pe
alfândega antes de prosseguir para outros portos da Nova Inglaterra
Com dez mil pessoas, Boston era a maior cidade da parte britânica América do Norte e o porto através do qual a maioria do comércio
ansatlântico da costa leste passava. A cidade cresceu a partir do cen
do porto, um amontoado de edifícios de tijolos e madeira em torno
opé de Beacon Hill2, cujo topo era coroado por um farol que lhe de
nome. O navio de Bellamy teria ancorado no final de Long Wharf, uais recém-construído com extensão de quatro mil e oitocentos metr
permitindo que trinta navios de longo curso ficassem simultaneamen
ancorados em águas tão profundas que eles podiam descarregar sua
argas diretamente nas docas em qualquer maré. Isso era mais do que
utros portões de entrada de Boston. A cidade ficava empoleirada nupenínsula montanhosa, com três quilômetros de comprimento e um
argura, ligando-se ao continente por uma faixa de terra tão baixa e f
que submergia durante tempestades e nas marés da primavera. Ir d
Boston para Roxbury pela estrada peninsular era sempre perigoso,
muitas pessoas se afogavam atravessando-a na névoa ou na escuridã
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inda não havia pontes, portanto, além das três barcas que atravessav
a foz do rio Charles, Long Wharf era a porta da frente da cidade.
Bellamy entrou por ela, passando entre os armazéns construídos a
longo do seu comprimento até o pé da rua King.
Subindo a rua recém-pavimentada, um visitante sabia que tinh
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chegado a uma cidade particularmente culta. Na caminhada de mei
uilômetro até a nova prefeitura3 de tijolos e sua impressionante torre
sino, Bellamy teria passado por não menos do que cinco gráficas e
dezenove livreiros, incluindo Nicholas Boone, que vendia cópias d
ornal semanal Boston News-Letter [Boletim de Notícias de Boston]
único na América britânica. Se ele parasse para ler o Boston NewsLetter – se, de fato, ele soubesse ler – teria recebido as notícias ma
centes da Europa e das outras colônias, que eram relatas por capitã
passageiros de navios recém-chegados, incluindo, talvez, histórias d
atividades saqueadores dos homens de Hornigold. A existência do
Boston News-Letter fazia de Boston o centro da infraestrutura denformação da América no século XVIII. Ela era publicada pelo age
do Correio da cidade, John Campbell, que era o primeiro a receber
arteiro semanal de Nova York; a perigosa viagem de uma semana er
parte mais longa do sistema postal nascente do continente, que se
estendia da Filadélfia até Portsmouth. Se houvesse alguma notícia relevância para os habitantes de Boston – um ataque de piratas, po
exemplo –, era pelo Boston News-Letter que a maioria deles iria fic
sabendo. Se o jornal não tivesse chamado a atenção de Bellamy, el
oderia ter percebido as mercadorias na loja de Andrew Faneuil4 na
ing, abastecida com sedas de Veneza, sais franceses e outros requineuropeus. É altamente provável que ele tenha parado no Câmbio Re
uma taberna no topo do morro conhecida por sua comida e bebida. L
le pode ter perguntado sobre a melhor forma de reservar uma passag
para Cape Cod, no outro lado da baía de Massachusetts.
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Como marinheiro, Bellamy teria se sentido em casa em Outer Ca
presença do mar estava em todos os lugares em Eastham, seu povo
principal: nas brisas que sopravam sobre a cidade, no estrondo da
ondas do leste e nas posses das pessoas da cidade, tiradas de centen
de navios naufragados na costa do Atlântico. Nem todos os naufrág
eram puramente acidentais. Em uma noite escura, um navio podia s
raído para a costa dura e sem porto de Cape Cod por um homem de
na praia, balançando suavemente a sua lâmpada. Um capitão de nav
inexperiente, nervoso por navegar no perigoso Outer Cape, seguiria
lâmpada, pensando ser a luz da popa do outro navio, descobrindo s
rro apenas quando já era tarde demais para salvar seu navio. Claro, n podia haver nenhuma testemunha de tais enganos, e um número
surpreendentemente alto de navios era encontrado mais tarde nessa
praias, sem sobreviventes nem carga.
Eastham era literalmente uma ilha naqueles dias. Um riachopantanoso ao sul da cidade na área do Porto Nauset separava Oute
Cape do resto de Massachusetts. O pântano fornecia muita forrage
audável para vacas e a área rapidamente tornou-se conhecida pela a
qualidade de seus produtos lácteos. Ao leste, entre a aldeia e o alto
Atlântico, ficavam os planaltos de outro mundo – dunas desertas e
miseráveis varridas pelo vento que terminavam com uma rapidez
assustadora em penhascos de areia de vinte e sete metros ou mais d
altura até as praias do Atlântico.
De acordo com a lenda de Cape Cod, Bellamy começou a
requentar uma taberna de Eastham. Numa noite de primavera em 17
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ele conheceu uma garota de dezesseis anos de idade chamada Mary
Maria Hallett, encantando-a com contos de aventuras marítimas5. Sam
Mary dormiram juntos naquela mesma noite e, na maioria das versõe
istória, ficaram tão apaixonados um pelo outro que começaram a fa
obre casamento. No entanto, os pais de Mary eram fazendeiros rico
se recusaram a permitir que sua filha se casasse com um marinheirobre, da mais baixa categoria. Sam, furioso, jurou que faria sua fort
retornaria para pegar sua noiva. Depois da sua partida em setembro
1715, a menina apavorada descobriu que estava grávida e mais tard
naquele inverno teria sido descoberta num celeiro com um bebê mo
em seus braços. As pessoas boas de Eastham, descendentes doseregrinos, submeteram Mary a chicotadas em público antes de jogá
na cadeia da cidade para aguardar julgamento pelo assassinato do s
filho. Segundo alguns relatos, ela ficou louca enquanto estava presa
possivelmente com a ajuda do diabo) fugiu para viver como eremita
planaltos desertos acima da praia do Atlântico. Lá, ela perambulavassustando crianças, em busca de Bellamy e trazendo tempestades
esagradáveis para cima de marinheiros em trânsito, o que lhe rende
apelido de Bruxa do Mar de Billingsgate, antigo nome da área mais
norte da cidade, depois conhecida como Wellfleet.
Embora floreada, a lenda pode ter sido baseada em eventos
verídicos. Nos últimos anos, os historiadores descobriram que exist
uma jovem chamada Mary Hallett que viveu em Eastham em 1715, e
ue sabemos da vida dela é surpreendentemente coerente com a lenda
Mary Hallett histórica tinha cerca de vinte anos de idade em 1715 e
filha de um dos colonos mais ricos da área, John Hallett de Yarmou
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Tal como seu sósia lendário, Hallett, um ex-policial e veterano da
Guerras da Índia, parece que se importava profundamente com sua
propriedades, tendo se envolvido numa disputa amarga e prolongad
om seu irmão pela divisão das pastagens de seu falecido pai. Em ma
de 1715, o irmão mais velho de Mary, John Hallett Jr., se casou co
uma menina de Eastham chamada Mehitable Brown, cuja famíliaacredita-se ter administrado a Taberna da Ilha Grande, um
estabelecimento que servia aos marinheiros em Billingsgate. Mary,
exta das dez crianças Hallett, podia muito bem estar vivendo com s
mão e sua cunhada em 1715, ajudando na cozinha, atendendo clien
a taberna e limpando os quartos do primeiro andar, que eles alugavpara marinheiros. Além disso, os registros mostram que Mary Halle
unca se casou e morreu sem filhos com cerca de sessenta anos em a
e 1751. Em seu testamento, descoberto por Kenneth Kinkor do Mu
da Expedição do Whydah em Provincetown, ela legou todos os seu
bens aos seus irmãos sobreviventes e sobrinhos; e havia nomeado srmão, John Jr., para executar seu testamento, sugerindo que eles er
e fato muito próximos, mesmo após os acontecimentos de 1715, se
realmente tiverem acontecido.
Seja qual for a verdade sobre Mary Hallett, sabe-se que Sam
Bellamy fez outra amizade mais duradoura enquanto estava na Nov
nglaterra. Com trinta e nove anos de idade quando eles se conhecera
aulsgrave Williams era um ourives de uma família influente de Rho
Island, com uma esposa e dois meninos em casa. À primeira vista
Williams teria parecido a pessoa mais improvável para ser um pirat
Seu pai, John Williams, era o procurador-geral de Rhode Island, um
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comerciante excepcionalmente rico que dividia seu tempo entre um
mansão em Boston e propriedades em Newport e na Ilha Block. Su
mãe, Anna Alcock, era uma descendente dos reis plantagenetas da
Inglaterra e filha de um médico formado em Harvard. Ainda assim
Paulsgrave iria escolher a vida de um fora da lei, juntando-se a um
sociedade de marinheiros pobres lutando pela riqueza e liberdade qle tinha desfrutado desde que nasceu. Não faz sentido até levarmos
conta seu padrasto e vizinhos de infância.
John Williams morreu em 1687, quando seu filho tinha onze an
de idade, deixando a execução do seu testamento e a tutela de seufilhos nas mãos de seu amigo, um exilado escocês chamado Rober
Guthrie. Guthrie se casou com a mãe de Paulsgrave um ano e meio
depois, instalando a família em sua propriedade na ilha Block, na ba
de Narragansett, em Rhode Island, uma mudança que alterou
profundamente a trajetória do jovem Williams. O pai de Guthrie tinsido um famoso pregador nacionalista escocês e foi executado pelo
ngleses na frente da sua família, quando Guthrie ainda era um bebê
mãe e os irmãos de Guthrie foram banidos do país, juntando-se a u
grande contingente de prisioneiros de guerra escoceses transportad
ara a Nova Inglaterra para serem escravos nas oficinas de ferragens
Lynn e Braintree, em Massachusetts. Um grande número desses
escoceses acabou se mudando para a ilha Block, tornando-se parte
uma comunidade com uma reputação para o crime organizado. Atrav
e Guthrie, o jovem Williams provavelmente passou a conhecer algum
verdades desagradáveis sobre a conquista inglesa da Escócia e a te
algumas noções radicais sobre quem deveria estar sentado no trono
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britânico. Na ilha Block, a família de Paulsgrave se ligou a alguns d
rincipais contrabandistas, lavadores de dinheiro e comerciantes neg
da Nova Inglaterra. Sua irmã mais velha, Mary, se casou com Edwa
Sands, um amigo do capitão Kidd; o casal tinha ajudado a esconde
alguns dos contrabandos de Kidd em sua casa enquanto ele era um
fugitivo da lei. Sua irmã mais nova, Elizabeth, também tinha sidoenvolvida para ajudar Kidd; seu marido, Thomas Paine, provavelmen
era o sobrinho e xará de um pirata aposentado, o velho Thomas Pain
que também vivia na área e tinha um longo histórico de comprar e
ender saques. Nessa companhia, Williams pode ter sido influenciad
buscar aventuras ilegais. Tudo o que ele precisava era encontrar um parceiro disposto, alguém que sabia mais do que ele sobre navega
barcos a vela e sobre o mar.
Bellamy e Williams se tornaram amigos rapidamente e formara
uma parceria. Com sua riqueza e conexões, Williams era o sóciomajoritário, capaz de garantir os mantimentos e uma embarcação em
ondições de navegar para uso em atividades marítimas. Bellamy trou
s habilidades de navegador e os conhecimentos das Índias Ocidenta
e Williams o contratasse para ser o mestre da sua embarcação, Bella
teria direito a uma participação nos lucros de qualquer esquema
comercial ou de contrabando que ele estivesse planejando. Todos o
planos que eles estavam pensando foram jogados pela janela quando
notícia de uma oportunidade maior chegou.
Nas Bahamas, o ataque espanhol que todos tinham esperado nã
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concretizou, e os piratas começaram a se reagrupar. Em Eleutéria,
Hornigold começou a recrutar um novo grupo a partir das filas de
olonos disponíveis. Ele foi ajudado por um dos velhos marujos da i
Jonathan Darvell, que, quando era um jovem marinheiro, tinha
participado de um motim, apreendido um navio negreiro e vendido s
carga viva para comerciantes holandeses em Curaçao. Darvell agor
estava velho demais para participar de uma aventura pirata, mas fico
feliz em investir em uma. Ele contribuiu com seu saveiro, o Happy
eturn, com seu filho de dezessete anos de idade, Zacheus, e seu gen
Daniel Stillwell. Um punhado de estranhos também apareceu, a maio
deles da Jamaica, incluindo Ralph Blackenshire e, possivelmenteEdward Thatch.
No verão de 1714, Hornigold conduziu o Happy Return da Ilh
Harbour para as costas das colônias espanholas da Flórida e Cuba.
equeno veleiro provavelmente não tinha mais do que quinze toneladmas era consideravelmente melhor do que as canoas à vela: mais segu
mais rápido e capaz de transportar mais homens e saques. Quando e
voltaram, Darvell obteve um bom lucro. Emprestando seu navio par
uma viagem curta, ele recebeu uma parte do saque – barris de produ
ecos, sebo e um escravo que valia duas mil libras, o que era suficie
ara comprar o Happy Return quatro vezes. Dentro de algumas seman
ele enviou o Happy Return novamente. Hornigold não participou
daquela viagem, talvez por estar decepcionado com o tamanho de su
parte. Ele provavelmente não sentiu inveja quando o Happy Retur
voltou do litoral norte de Cuba com apenas uma carga de couro cru
outros bens no valor de apenas trezentas e cinquenta libras.
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No final do outono, Hornigold e outros dois homens comprara
m barco aberto de um colono de Eleutéria. Eles navegaram até a co
e Cuba e, no início de dezembro, interceptaram uma canoa à vela e u
equena lancha que pertenciam ao aristocrata cubano señor Barriho
s embarcações cubanas eram quase tão pequenas quanto a sua próp
mas estavam carregadas com moedas e objetos de valor que valiam
quarenta e seis mil peças de oito (onze mil e quinhentas libras). A
aptura tornou Hornigold e seus comparsas os piratas mais respeitad
das Bahamas. Ela também chamou a atenção das autoridades de trê
impérios.
Thomas Walker era o único representante oficial que ainda viv
nas ilhas. Ele tinha sido uma figura importante nas Bahamas desde
einado do rei William, tendo servido como juiz da Sua Majestade p
o tribunal do vice-almirantado. Ele provavelmente morava em Nov
Providência quando o pirata Henry Avery subornou o governador Trcom seus tesouros. Com o colapso da colônia durante a Guerra da
Sucessão Espanhola, Walker tinha assumido o papel de vice-
governador, embora não esteja totalmente claro se os lordes
roprietários das Bahamas aprovaram esse acordo. Ele tinha de algu
rma sobrevivido à guerra em Nova Providência, continuando a vive
ua propriedade rural a cinco quilômetros de Nassau com a sua espo
arah, que era uma negra livre, e seus filhos mulatos: Thomas Jr., Ne
Charles e Sarah6, que tinha quinze anos de idade.
Thomas Walker não gostou nem um pouco da chegada dos pira
A última coisa de que ele e seus vizinhos precisavam era trazer a ira
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Espanha sobre eles mais uma vez. Hornigold e seus comparsas tinha
que ser detidos, e Walker percebeu que ele era o único homem par
fazer isso.
Primeiro ele pediu reforços, despachando cartas para todos d
quem ele se lembrava – os senhores do almirantado e do comércio, duque de Beaufort, outros donatários das Bahamas e até mesmo par
semanário Boston News-Letter –, informando-os da situação cada v
mais perigosa. Assegurou aos lordes proprietários que ele era um
“perseguidor e perturbador de todos os piratas, ladrões e vilões qu
esperam se abrigar ou fazer sua morada nessas ilhas que lhes pertenciam”. Até um novo governador ser nomeado, ele mesmo iri
“acalmar os temperamentos exorbitantes de algumas pessoas dessa
ilhas e fazer justiça contra os piratas”.
Logo, cada capitão que ia de Boston a Port Royal estava ciente
façanhas de Hornigold e Cockram. O governador em exercício dasBermudas, Henry Pulleine, enviou cartas para Londres advertindo q
os dois homens estavam transformando as Bahamas em um “ninho
piratas”. Pulleine até ofereceu anexar as Bahamas ao seu governo
prometendo destruir os “patifes infames, que dão um prejuízo infin
ao comércio, tornando-nos infames para os nossos vizinhos”.
Após as depredações piratas de 1713, Walker decidiu que escre
artas não era suficiente. Logo após o Natal, ele reuniu alguns home
embarcou em um navio e navegou até a ilha Harbour para fazer justi
por si próprio.
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A campanha de Walker teve um início auspicioso. Na ilha Harb
ele surpreendeu os piratas, capturando Daniel Stillwell, o adolescen
Zacheus Darvell e um dos seus cúmplices, Matthew Low. Os outro
adrões do mar fugiram para a floresta e se defenderam “em resistên
armada”, mas Walker foi capaz de apreender o Happy Return,
erminando sua carreira como navio pirata. Ele obrigou Low e o men
Darvell a entregar Daniel Stillwell, assinando depoimentos escritos q
ligavam aos ataques piratas recentes aos espanhóis. Walker não tin
utoridade para julgar Stillwell, no entanto, pois sua licença como ju
o almirantado havia expirado décadas antes. Em vez disso, ele teria
nviar Stillwell para o tribunal de Justiça mais próximo, na Jamaica,urso de ação que o prisioneiro na verdade implorava que ele seguis
Walker tinha suas preocupações – a longa viagem por mar oferecia
risioneiro uma oportunidade fácil de escapar – mas ele não tinha ou
opção. Ele colocou Stillwell e cópias dos depoimentos acusadores n
mãos de Jonathan Chase, o capitão do veleiro Portsmouth, queoncordou em entregá-los diretamente ao governador de Jamaica, lo
Archibald Hamilton. Ele partiu em 2 de janeiro de 1715.
Walker conduziu o Happy Return de volta para Nassau e contra
homens para ajudá-lo a capturar Hornigold e os outros fugitivos, ago
condidos em meio ao pau-santo e às árvores de campeche de Eleuté
Pouco tempo depois, ele recebeu relatos de que os espanhóis em Cu
tavam preparando um ataque maciço às Bahamas, como vingança p
ratarias cometidas por Hornigold e seus amigos fora da lei. Um hom
da região que tinha sido mantido em cativeiro pelos espanhóis disse
Walker que uma frota de navios de guerra tinha zarpado de Havana c
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para se perguntar por que Daniel Stillwell não lhe tinha sido entregu
para se preocupar com os piratas das Bahamas ou, de fato, com a
colônia insignificante das Bahamas. Ele foi envolvido num projeto
muito mais significativo e perigoso: ajudar a orquestrar um plano
ecreto para derrubar e substituir o rei da Grã-Bretanha. Seus esforç
curiosamente, iriam inchar dramaticamente as fileiras de piratas quoperavam a partir das Bahamas.
A rainha Anne tinha morrido, sem filhos, em agosto de 1714. E
ircunstâncias normais, a coroa teria sido passada para seu meio-irm
James Stuart, o próximo na linha de sucessão dinástica, uma situaçue, na cabeça de muitos na época, era ordenada pelo próprio Deus.
entanto, James era católico e, segundo uma lei aprovada em 1701
nenhum católico podia sentar-se no trono. Infelizmente, não havia
utros membros da Casa de Stuart que não fossem católicos também
nico protestante que eles conseguiram encontrar era um dos primossegundo grau de Anne, George Ludwig, membro votante do estado
alemão de Hannover. Embora ele não falasse inglês e não estivesse
nteressado em aprender, George Ludwig foi levado para a Inglaterr
coroado rei George I, tornando-se o membro fundador de uma nov
família reinante, a Casa de Hanover, que ainda ocupa o trono hoje
Muitos britânicos ficaram descontentes com esse rumo dos
acontecimentos, especialmente na Escócia. Os escoceses já estavam
hateados com a perda de sua independência com o Tratado de União
1707, mas pelo menos os Stuarts – isto é, os Stewarts – tinham sido
família real legítima da Escócia. Agora, apenas sete anos após a fus
das monarquias inglesa e escocesa, os ingleses tinham colocado n
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trono um príncipe alemão extremamente hostil ao presbiterianismo
escocês. Outros britânicos ficaram chateados com a vinda dos
hanoverianos, como os católicos adeptos da Igreja da Inglaterra e
entusiastas do direito divino, mas foram as famílias nobres da Escóc
que lideraram os esforços para colocar James Stuart no trono.
Lorde Hamilton era membro de uma dessas famílias. Seu irmã
mais velho de todos, James, o quarto duque de Hamilton, tinha lider
a oposição à união da Escócia com a Inglaterra e foi preso em vária
ocasiões, por atividades pró-Stuarts. Seu outro irmão mais velho,
George, o conde de Orkney, estava profundamente envolvido em planpara uma revolta militar em apoio a James Stuart, um esforço no qu
pelo menos dois dos seus sobrinhos também estavam envolvidos. O
overnador Hamilton pretendia fazer a sua parte. Desde que assumiu
cargo em 1711, ele tinha limpado o conselho de administração da
Jamaica, a milícia e o serviço público dos adversários dos Stuartssubstituindo-os por católicos, escoceses e outros jacobitas, como o
poiadores de James Stuart eram chamados. Ele deixou um companh
escocês encarregado das fortificações de Port Royal, as principais
defesas da ilha, e se recusou a dar explicações sobre a pólvora
acumulada lá ou o conteúdo dos navios mercantes que ele apreendi
supostamente por contrabando. Os plantadores e comerciantes qu
inham assento na assembleia jamaicana ficavam aterrorizados com
número de papistas e jacobitas” empregados na administração de
Hamilton. E quando as preparações se desdobraram em direção a um
rande revolta jacobita na Grã-Bretanha, Hamilton começou a organi
ma frota de navios de guerra particulares em Port Royal, uma força
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pode ter sido planejada para ser usada como uma marinha jacobita
colonial.
Hamilton negou ser qualquer coisa além de um servo fiel de Geo
. A pequena frota que ele organizou no verão e no início do outono
1715, conforme ele insistiu mais tarde, era para o único propósito ddefender o transporte da ilha contra corsários espanhóis, e era isso q
as autorizações que ele emitiu para sua frota afirmavam. Hamilton
explicava que os comerciantes jamaicanos tinham implorado que se
governo os protegesse dos espanhóis. “Nós tínhamos apenas um nav
e guerra e um veleiro de guerra deixados ancorados na Jamaica, ambujos e impróprios para ir atrás desses navios ágeis que nos infestava
escreveu Hamilton. Com esses dois navios de guerra prestes a segu
ara a Grã-Bretanha, ele acrescentou, não havia muita escolha a não
substituí-los com suas próprias embarcações. Assim, Hamilton entr
em contato com vários de seus aliados na ilha, estimulando-os a suntarem a ele, investindo numa frota de dez corsários armados. Tud
que precisavam era de alguns marinheiros experientes e de confianç
para operá-los. Um desses marinheiros seria Charles Vane.
É razoável supor que Vane estava desempregado, vagando pel
ocas de Port Royal e Kingston em busca de trabalho. Ele finalmentencontrou, sendo contratado por seu futuro preceptor, capitão Henr
Jennings, para servir na tripulação de um corsário.
A Jennings foi oferecido o comando de um dos navios corsários
governador Hamilton, um veleiro de quarenta toneladas chamado
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Barsheba, que podia transportar oito canhões e oitenta homens. O
nvestidores que eram donos dele escolheram Jennings com base na
reputação: um capitão mercante veterano, com experiência de guerra
uma propriedade jamaicana que lhe rendia comprovadamente
quatrocentas libras por ano, independentemente do que ele ganhava
mar. Confiável, experiente e destemido, Jennings era exatamente o tde homem que eles queriam que comandasse seu navio de guerra.
Ao final de julho, enquanto se preparavam para partir, os céus n
redores da Jamaica escureceram e o vento começou a soprar com fo
vindo do sudeste. Uma grande tempestade estava se formando, umtempestade que mudaria o destino de Jennings e Hornigold, Thatch
ane, Williams e Bellamy. De fato, depois que ela passou, o Caribe
Américas nunca mais foram os mesmos.
Em 13 de julho de 17157, uma frota espanhola de tesouro deix
Havana com destino a Cádiz. Por causa da guerra, tinham se passad
vários anos desde a última vez que os espanhóis haviam despachad
suas frotas de tesouro para o Novo Mundo, então os galeões estava
transportando uma carga excepcionalmente valiosa: moedas, sedas
porcelanas, barras de ouro e joias que valiam cerca de sete milhões
eças de oito (um milhão e setecentas mil libras). Eles também estav
partindo extraordinariamente tarde para a estação do ano.
O comandante da frota combinada, capitão-geral Don Juan Este
de Ubilla, tinha se preocupado com os atrasos por meses. Primeiro,
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frota Tierra Firma, sob o comando do general Don Antonio de
cheverz, tinha sido atrasada em Cartagena, esperando que as carava
de lhamas carregadas de prata chegassem de Potosí, do outro lado d
ordilheira dos Andes. Então, a frota da Nova Espanha de Ubilla tin
ficado presa em Vera Cruz durante meses a fio, esperando que os
aleões de Manila chegassem a Acapulco. No momento em que as duotas uniram forças em Havana, Ubilla começou a se preocupar que
odiam não conseguir sair dos trópicos antes do início da temporada
furacões. Houve mais atrasos em Cuba, enquanto comerciantes de
Havana carregavam suas mercadorias e o governador Torres y Ayal
insistia na presença dos oficiais em suas festas suntuosas. No últimminuto, um navio extra, a fragata de propriedade francesa El Grifo
untou-se à frota, porque seu comandante temia que seu navio carreg
de tesouros fosse presa fácil para o bando de piratas, conhecido po
estar operando fora das Bahamas. Ubilla estava preocupado em par
tão tarde, mas ele não tinha outra escolha. A corte do rei Felipe V, neto de Louis XIV, cujo controle do trono espanhol foi aprovado pe
Tratado de Utrecht, precisava desesperadamente de um fluxo de caix
tava fazendo pressão sobre Ubilla há mais de um ano. Relutanteme
comodoro espanhol deu a ordem para zarpar, agarrando-se à espera
de que nenhum furacão apareceria tão cedo na temporada.
A armada de onze navios partiu de Havana para o estreito da
Flórida, suas velas enfunadas e as bandeiras tremulando. Os enorm
galeões de combate de Ubilla e Echeverz assumiram a liderança, se
conveses de popa elevando-se acima das ondas do mar como arranh
céus de madeira. Seis galeões de tesouro formavam o corpo da frot
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seus cascos lotados de carga navegando fundo na água. El Grifon,
fragata francesa, corria para trás e para frente, sendo mais ágil do qu
seus companheiros que pareciam fortalezas. Dois outros galeões d
combate vinham na retaguarda, com dezenas de canhões pesados d
bronze escondidos atrás de suas portinholas.
Na sexta-feira, 19 de julho, os ventos de leste que sopravam d
costa da Flórida começaram a mudar. O ar ficou surpreendentemen
quente e úmido e alguns dos marinheiros veteranos começaram a sen
dores em suas articulações. Lentamente, os ventos começaram a fic
mais fortes, mas dessa vez vindos do horizonte a leste, onde nuvenfinas e insignificantes tinham pairado desde a manhã. Até o meio d
rde, os céus tinham escurecido, aguaceiros tinham varrido os galeõ
s ventos começaram a ganhar mais força. Primeiro a trinta quilômet
por hora, depois a cinquenta e até mais. Marinheiros se agarravam a
mastros enquanto lutavam para encurtar as velas. Em cada navio,canhões eram protegidos, escotilhas fechadas e cargas verificadas
enquanto os espanhóis se preparavam para encontrar a tempestade q
e aproximava. À meia-noite, estavam lutando contra ventos com for
de furacão. O medo virou terror quanto os galeões desajeitados
omeçaram a subir por ondas montanhosas com doze a quinze metros
altura. Quando os ventos atingiram cento e sessenta quilômetros po
hora, as velas enroladas se soltaram e rasgaram-se em tiras, e pedaç
esados da mareagem começaram a cair sobre o convés. Durante tod
tempo, Ubilla e seus companheiros ficavam olhando por cima de se
mbros, sabendo que o vento e as ondas estavam levando a frota par
traiçoeira costa da Flórida. Eles também estavam cientes de que nã
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havia sequer um único refúgio entre Key West e o grande posto
vançado espanhol de St. Augustine, e havia pouca esperança de che
tão longe.
Nas primeiras horas da manhã, os homens viram ondas estrondo
atingindo os conveses de popa erguidos dos navios. Lutasse o quanudesse, a tripulação não podia fazer nada para impedir que os galeõ
fossem conduzidos para os recifes e a areia pelos mares montanhoso
Um por um, os navios foram atingidos. A capitânia de quatrocentas
etenta toneladas de Ubilla, Nuestra Señora de la Regla, teve seu fu
rancado por um recife e naufragou a nove metros de profundidade. os galeões da retaguarda desapareceu sob uma onda, enquanto outr
Santo Cristo de San Roman, de quatrocentas e cinquenta tonelada
irou nas ondas a poucos quilômetros ao sul do Regla e se desintegr
O comandante de um dos galeões de tesouro, o Urca de Lima,
conseguiu encalhar seu navio na proteção de uma boca de rio, mas eainda foi estragado pela tempestade. No final, todos os dez foram
destruídos, sujando as praias com centenas de corpos. Só o El Grifo
que havia navegado à frente da frota, foi capaz de escapar do furacã
Menos da metade dos dois mil homens a bordo dos navios
ondenados conseguiu chegar vivo às praias, rastejando em terror atrada chuva ardente e da escuridão para se abrigar no meio das dunas
utras dezenas morreram devido às suas feridas e à desidratação dura
s dias seguintes, enquanto eles se amontoavam na praia, alertas con
ndios hostis. Tanto Ubilla quanto Echeverz tinham se afogado, mas
lmirante Don Francisco Salmon conseguiu chegar à terra e colocou
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sobreviventes para trabalhar, cavando poços à procura de água e
construindo abrigos grosseiros usando os destroços de seus navios
Vários homens partiram para St. Augustine no barco de um dos nav
restantes. Uma semana depois, eles chegaram ao porto de lá, remand
é o forte gigantesco, Castillo de San Marcos9, para dar a notícia de
os maiores desastres marítimos da história das Américas. Junto comdestroços de dez navios e mil cadáveres, sete milhões de pesos em
souro estavam espalhados perto das praias do leste da Flórida, a m
parte em águas tão rasas que um bom mergulhador poderia alcança
tudo.
A notícia se espalhou pelas Américas mais rápido do que a pes
de St. Augustine e Havana para a Jamaica e as Bahamas. Capitães d
avio espalharam a informação por Charleston, Williamsburg, Newp
e Boston. O Boston News-Letter fez o resto. Sua edição do final dverão foi levada para longe por navios, veleiros e carteiros, alertand
leitores de Cape Cod a Londres sobre o desastre. Logo, de todos o
antos da América britânica, homens se amontoavam em navios de to
os tipos numa viagem para “pescar nos destroços”.
Para Williams e Bellamy era um sonho tornado realidade. Em
algum momento no início do outono eles seguiram para os locais d
naufrágio na Flórida. Talvez tenha havido despedidas lacrimosas en
Sam e Mary Hallett, entre Paulsgrave e sua esposa, Anna. Quando
dois homens finalmente voltassem para a Nova Inglaterra, seria em
circunstâncias muito diferentes.
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Quando a notícia do naufrágio da frota de tesouro chegou à
amaica, começou o inferno. Todo marinheiro da cidade parecia esta
eparando para navegar para conseguir seu pedaço do tesouro espan
Os marinheiros logo estavam abandonando a fragata baseada em PoRoyal, o HMS Diamante, em uma média de cinco por dia, mesmo co
ele se preparando para navegar para a Inglaterra. “Se eu tivesse fica
uma semana mais eu acredito que não teria homens suficientes par
oltar para casa”, o comandante do Diamante, John Balchen, relatou
marinheiros estavam “todos loucos para ir ao naufrágio, como eles
diziam, pois a maioria na ilha achava que tinha o direito de pescar n
destroços, embora os espanhóis não os tenham abandonado”.
Ao invés de impedir os saqueadores, o governador Hamilton ten
entrar em ação. Ele se aproximou do capitão Davis, do HMS Jamai
sugerindo que o jovem oficial fosse com seu veleiro de guerra paraFlórida, saqueasse os destroços, e dividisse os lucros com Hamilto
Davis ficou ofendido com o pedido, assim como o comodoro Balche
que informou categoricamente ao governador que não permitiria qu
seus navios fossem usados para uma tarefa tão desprezível. Rejeitad
ela Marinha, Hamilton agiu rapidamente para comprar ações dos navcorsários que tinha autorizado. Suas ordens oficiais para os corsári
ram “executar todos os tipos de atos de hostilidade” contra os pirat
Particularmente, ele os orientou a ir direto para o naufrágio espanho
trazer de volta todo o tesouro que pudessem.
Henry Jennings levou sua missão a sério. Ele contratou catorz
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uantidade de tesouro acumulado lá. Pedro de la Vega disse a Jennin
Wills e Vane o que ele havia dito aos outros: que só tinha ancorado
osta do acampamento por algumas horas e sabia pouco sobre o que
passava por lá. Se de la Vega soubesse mais, ele não estava disposto
udar. Ele também deixou de mencionar as mil e duzentas peças de
escondidas a bordo do San Nicolas.
De la Vega e sua tripulação ficaram presos a bordo do Barsheb
lhes foram roubadas duas peças de ouro (que valiam oito libras) e
gumas de suas roupas, mas não foram maltratados de forma alguma
fato de que de la Vega havia concordado em mostrar aos corsários aminho para o acampamento de resgate espanhol ajudou. Era fácil,
hes disse: bastava se deixar empurrar pela corrente do Golfo ao lon
da costa plana e inexpressiva da Flórida por cento e sessenta
quilômetros e não havia como não encontrá-lo. Na verdade, não hav
nada mais entre um lugar e outro.
Foi como disse o espanhol. Durante todo o dia e toda a noite
seguinte, os três navios seguiram seu caminho até a costa deserta d
lórida, drapejando as cores espanholas. Na manhã seguinte, eles vir
os primeiros sinais da frota de tesouro destruída. Pedaços do navio
atrulha, Nuestra Señora de las Nieves, estavam espalhados no altopraia de um arrecife, a poucos quilômetros ao norte da enseada de S
Lucie. O casco do navio estava visível na água rasa, a algumas centen
de metros da praia. Estava claro que ele já tinha sido completamen
esvaziado pelos espanhóis. Na margem, havia sinais da operação d
esgate: restos de fogueiras e cruzes grosseiras marcando as sepultur
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daqueles que não tinham sobrevivido. A frota continuou em direção
orte, passando pelos restos do Urca de Lima, encalhado na enseada
orte Pierce; o galeão também tinha sido limpo completamente por
ripulação sobrevivente e, em seguida, queimado, para desencorajar
recuperadores de destroços independentes.
As fogueiras dos acampamentos de resgate espanhóis brilhava
vermelhas contra a praia escura. Era, mais uma vez, como de la Veg
tinha descrito: dois acampamentos com dez quilômetros de distânc
entre eles, perto de um bosque de palmeiras plantadas por nativos d
Flórida, os índios ayzes. Palmar de Ayz, como de la Vega chamou lugar, era o local de descanso final da capitânia do falecido genera
Ubilla, bem como de um dos galeões de tesouro combates, o San Cr
de San Roman.
Qualquer tesouro que os espanhóis tivessem recuperado estaria
campamento principal, o facho de luz mais afastado na praia. Jenninordenou que todas as lâmpadas fossem apagadas, todos saíssem da
redes e que os barcos fossem preparados para o desembarque.
O almirante Francisco Salmon, comandante do acampamento, tisorte de estar vivo. Com o furacão, seu navio perdeu o mastro e se
smagou em três pedaços ao passar sobre os bancos de areia; a parte
meio afundou, levando uma centena de homens para a morte, mas a p
e a popa foram atiradas em terra, poupando Salmon e metade da su
tripulação.
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Quando a ajuda chegou de St. Augustine e Havana, os
sobreviventes já tinham comido os últimos cachorros, gatos e caval
ue haviam chegado a terra e começado a devorar os frutos amargos
rvores de palmito que crescem ao longo da praia. Salmon estava doe
mas se recusava a deixar o local do naufrágio. “Eu vou ficar nesta il
mal de saúde e apenas meio vestido”, ele escreveu ao seu rei, “mesm
ue isso signifique sacrificar a minha vida”. Ele tinha ordenado que s
homens mais fortes ficassem como sentinelas perto do casco do Reg
numa tentativa de impedir que outros homens saqueassem os baús d
tesouro que estavam dentro dele. Então começou a tentar recuperar
áximo de carga possível. Estava claro que era preciso fazer uma graquantidade de mergulhos perigosos, e poucos dos homens de Salmo
stavam ansiosos para entrar na água infestada de tubarões. Aqueles
chegaram a mergulhar adoeceram após algumas semanas, sob a tens
do trabalho pesado. Com centenas de toneladas de tesouro para salv
do fundo do oceano, ficou óbvio que era necessário encontrar outrolução. Salmon enviou um homem para Havana com ordens para reu
mergulhadores africanos e indígenas.
As técnicas de mergulho do início do século XVIII eram primiti
extremamente perigosas. Mergulhadores livres – quase todos escrav
eram enviados para o local dos naufrágios em jangadas simples. C
m pegava uma pedra grande e inspirava muito ar antes de mergulhar
o fundo do oceano, de seis a quinze metros de profundidade. Lá, el
procuravam apressadamente por alguns minutos, pegando moedas
miudezas, marcando os locais de baús, caixas, canhões e outros obje
esejáveis. Na superfície, eles eram revistados e, em seguida, manda
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de volta para o fundo com cordas ou correntes para prender os objet
maiores, que seriam então recolhidos com guindastes montados em
navios. Em águas mais profundas, os mergulhadores não conseguia
car embaixo d’água tempo suficiente para serem úteis, então um gra
sino era enviado para baixo com eles. Quando um mergulhador fica
sem fôlego, ele podia enfiar o rosto sob o sino e dar uma respirada
bolsa de ar que se formava lá. Se eles não tomassem cuidado para
expirar completamente antes de ir para a superfície, seus pulmões
podiam se romper, resultando numa morte dolorosa. Outros eram
obrigados a ficar embaixo d’água por tanto tempo que acumulavam
veis perigosos de nitrogênio em seu sangue; quando eles subiam, o dissolvido borbulhava em suas veias – a doença da descompressão
causando paralisia permanente, lesões nos nervos e morte. As taxas
mortalidade eram extremamente elevadas entre os escravos
mergulhadores, e um terço dos trezentos mergulhadores em Palmar
Ayz não sobreviveram.
Não importa qual tenha sido o custo humano, o almirante Salm
estava satisfeito com os resultados. Mais de quatro milhões de peso
um milhão de libras) em moedas e carga já haviam sido recuperados
maior parte proveniente do Regla e do Roman, que jazia em águas
relativamente rasas perto de seu acampamento. Para agilizar as
perações, ele tinha montado um campo auxiliar perto do Roman, a
quilômetro e meio do acampamento principal. A grande maioria d
esouro que Salmon recuperou já estava em Havana sob forte vigilân
mas cerca de trezentas e cinquenta mil peças de oito (oitenta e sete m
quinhentas libras) estavam enterradas na areia dentro de seu campo
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rincipal fortificado. Esses baús de prata devem ter sido a primeira c
que veio à sua mente quando seus ajudantes o acordaram nas primei
horas de 27 de dezembro para lhe dizer que os acampamentos estava
sendo atacados.
Enquanto seus navios balançavam na escuridão, Jennings
selecionou cento e cinquenta homens, armou-os até os dentes e os
dividiu em três grupos iguais. Cada grupo embarcou em um barco
grande e, às duas da manhã, remou para terra. Eles desembarcaram n
eio do caminho entre os dois acampamentos espanhóis. Ao amanhemarcharam pela praia em direção ao acampamento principal, um rufa
e um porta-bandeira à frente de cada grupo. O pânico se espalhou n
acampamento. Os homens do almirante Salmon tinham construído u
dique de areia para se defender contra ataques dos ayzes, mas sabia
que não seriam páreo para ingleses com espingardas em punho. Eletambém estavam em menor número; Salmon tinha apenas sessenta
soldados e alguns canhões sob o seu comando. Uma dúzia de seus
omens fugiu do local quanto o “ratatata” dos tambores de Jennings
proximou. Salmon, tendo uma premonição, pegou uma bandeira bra
e saiu sozinho para encontrar os ingleses.
Jennings e Salmon se olharam:
– Isso é uma guerra? – Salmon perguntou.
– Não, nós viemos para pescar os destroços, para reivindicar
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“montanha de riqueza” – o inglês respondeu.
– Não há nada para você aqui – Salmon insistiu.
O naufrágio “pertencia à Sua Majestade Católica”, rei Filipe V
os homens de Salmon o estavam protegendo para ele. Essa linha draciocínio não ajudou em nada, então Salmon ofereceu-lhes vinte
cinco mil peças de oito para irem embora em paz. Jennings recusou
Salmon, sabendo que a resistência seria inútil, se rendeu, entregand
localização do tesouro enterrado. Os homens de Vane e Jennings
colocaram a prata na lancha, adicionando quatro canhões giratórios
ronze e vários artigos roubados do pessoal de Salmon. Eles sabotar
s três canhões que eram grandes demais para levar e voltaram para
veleiro com o equivalente a quase noventa mil libras em ouro e pra
espanhola.
Depois de liberar o barco do correio espanhol, os ingleses partirara o sudeste. Eles precisavam de um lugar seguro para dividir o saq
ennings suspeitava que as Bahamas iriam servir bem a esse propósi
Nas Bahamas, as coisas tinham ficado muito mais movimentaddesde a destruição da frota do tesouro. Os destroços estavam atrain
bandidos, aventureiros e marinheiros desempregados de todo o mun
que falava inglês. A maioria usava as Bahamas como sua base de
operações, já que ela era o território nominalmente britânico mais
róximo de Palmar de Ayz. Para esses invasores, caçadores de tesour
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piratas, a ausência de governo nas Bahamas era uma atração a mais
No final do verão e no outono de 1715, Hornigold e Thatch
ontinuaram a atacar navios mercantes espanhóis ao longo das costas
Cuba e da Flórida. Eles espalharam que se recusavam a respeitar o
Tratado de Utrecht e que ainda consideravam os espanhóis e francesinimigos. Os ingleses e holandeses, segundo eles, não tinham nada
temer, já que eles estavam apenas vingando seus compatriotas dos
estragos feitos por homens da guarda costeira espanhola. Embora el
nham mantido essa política no verão de 1715, ela começou a vacila
outono. No início de novembro, Hornigold e Thatch apreenderam uveleiro inglês, o Mary da Jamaica, ao largo da costa de Cuba. O Ma
representava uma melhoria significativa para os piratas; o veleiro er
grande o suficiente para acomodar cento e quarenta homens e seis
canhões, com provavelmente trinta e cinco a quarenta toneladas, o
tamanho do Barsheba de Jennings e dos outros navios corsários dlorde Hamilton. Hornigold e Thatch trataram bem os marinheiros e
guns deles podem até ter se voluntariado para se juntar a eles, atraí
por salários mais altos e maior liberdade.
Em novembro, Hornigold levou o Mary de volta para as Baham
untamente com um veleiro espanhol que ele havia capturado cujo poestava cheio de açúcar e produtos secos em barris. Dessa vez, no
ntanto, ele não retornou para a segurança da ilha Harbour, mas anco
direto no porto de Nassau. Ele reuniu os piratas, provocadores de
aufrágios e outros patifes que viviam na capital arruinada para anun
que todos eles estavam sob sua proteção pessoal. Os piratas, que
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stavam começando a superar os residentes que cumpriam a lei em N
Providência, começaram a passear pela cidade como se fossem don
dela. Eles até criaram um nome para si: a Gangue Voadora.
Naquela época, Thomas Walker tinha voltado para Nassau de u
viagem comercial para Cuba com seu filho de vinte anos de idadeThomas Jr. Um dia, enquanto Walker estava resolvendo negócios e
casa, ele enviou seu filho à cidade para cumprir algumas tarefas. O
jovem sentiu imediatamente a mudança na atmosfera. Alguns de seu
amigos contaram que haviam sido revistados pelos brutos da Gangu
oadora em busca de dinheiro. Outros disseram que não era mais segdeixar suas esposas e filhas andarem sem escolta. Os piratas, dizia-
tinham conseguido “uma abundância de dinheiro” nos naufrágios
espanhóis e o estavam usando para se armar e para comprar a lealda
e quem quer que fosse que eles precisassem. Então, em algum lugar
cidade, Walker ficou cara a cara com Benjamin Hornigold. – Onde está aquele velho malandro, o seu pai? – ele pergunto
irritado a Thomas Jr.
– Meu pai está em casa – o jovem respondeu, segundo um
depoimento que ele deu mais tarde aos oficiais de Charleston.
– Ele é um velhote problemático – exclamou Hornigold –, e se e
vir vou atirar e matá-lo.
– Meu pai está em casa e se você tiver alguma coisa a lhe dizer
melhor maneira seria ir lá e falar na cara dele – o filho respondeu
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Hornigold advertiu que se os Walkers não se importassem com
rópria vida, ele iria incendiar a casa deles, matar o velho e chicotear
utros até eles desmaiarem. Com mais de cem homens e um veleiro b
armado sob seu comando, Hornigold não tinha oposição à sua
autoridade.
A situação dos Walkers se tornou mais grave a cada semana. E
dezembro, Hornigold e os capitães de pelo menos outros dois veleir
piratas navegaram pela costa da Flórida para interceptar o transpor
panhol entre Cuba e os destroços. Para horror dos Walkers, Hornig
voltou no final do mês com um veleiro espanhol ainda maior. Elerebatizou-o de Benjamin, em homenagem a si mesmo, e transferiu
canhões e materiais para ele do Mary. Testemunhas mais tarde
escreveram o Benjamin como um “grande saveiro” ou veleiro de gue
capaz de transportar duzentos homens e uma variedade de armas.
Com tal navio de guerra, Hornigold não precisava do Mary. E
nviou o veleiro inglês de volta à Jamaica com os membros da tripula
que não desejavam se juntar à Gangue Voadora.
No dia primeiro de janeiro, ou em data próxima, os Walkers
observaram, boquiabertos, os navios corsários de Jennings navegare para o porto, seus porões cheios de prata espanhola saqueada. O
Thomas Walker mais velho olhou para a crescente frota de navios d
uerra no porto de Nassau e, pela primeira vez, entendeu que uma no
era havia começado.
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upõe-se que a situação em 1706 estava como descrito, a partir de comentários de testemunhas oculares registrados por John G
cenário era provavelmente o mesmo em 1713, já que qualquer avanço que os ilhéus tivessem tentado fazer depois de 1esmanchado por ataques franceses posteriores; essa suposição é reforçada pelo mau estado do desenvolvimento da ilha emnforme descrito por Samuel Buck.eacon Hill é um bairro pequeno e histórico de Boston, Massachusetts (N.T.).
prefeitura (de 1713) ainda está de pé até hoje, rodeada de arranha-céus, e é conhecida como a Antiga Casa do Estado. A ruagora é conhecida como rua State. As planícies de maré que então atravessavam Long Wharf foram preenchidas para fazer aar de Boston.ndrew Faneuil, em cuja homenagem o famoso Faneuil Hall de Boston foi nomeado.
utras histórias sobre Sam e Mary podem ser encontradas no livro de Edwin Dethlefson, Whidah: Cape Cod’s Mystery Tr
hip [Whidah: O navio de tesouro misterioso de Cape Cod]. Para uma análise mais detalhada, veja o livro de Barry Clifríncipe pirata.
A jovem Sarah Walker (c. 1700-1731) acabaria se casando com William Fairfax, em cuja homenagem o condado de Fairf
irgínia, foi nomeado. Sua filha, Anne, foi amante de George Washington, uma situação particularmente desagradável, já que sada com o irmão dele, Lawrence Washington. O próprio irmão de Anne, George Fairfax, aparentemente tinha a
racterísticas africanas; ele foi humilhado durante uma visita à Inglaterra na sua infância, quando seus parentes paternos comespecular em voz alta se sua pele iria ficar preta na puberdade.ara dar coerência, todas as datas deste livro correspondem ao calendário juliano, que na época estava em uso na Grã-Br
spanha e França já estavam usando o calendário gregoriano moderno que, durante esse período de tempo, estava onze dias ào juliano, o que significa que os documentos espanhóis registram a frota do tesouro de 1715 partindo em 24 de julho.
El Grifon chegou a Brest, França, em 2 de setembro (do calendário gregoriano), sem que seus passageiros soubessem do
ue se abatera sobre a frota.sse forte, concluído em 1695, sobrevive até hoje, totalmente intacto. É a mais antiga fortaleza de alvenaria nos Estados
ntinentais.Agora ao lado da cidade de Miami, que, naquela época, era um pântano desabitado. Ainda não havia assentamentos entre Cub
ugustine.
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CAPÍTULO CINCO
Reunião de piratas
Janeiro - Junho de 1716
Desde que tinha voltado de sua viagem de volta ao mundo, Woodes Rogers estava enfrentando
cepção atrás da outra.
Em Bristol, ele descobriu que seu sogro, William Whetstone, ti
morrido. Sua esposa e filhos foram viver com os Whetstones durant
longa ausência de Rogers, tendo sido obrigados a entregar a posse
ua mansão na Praça da Rainha para a senhora Whetstone a fim de pa
s despesas para o sustento de todos. Com pouco a contribuir depois
ês anos de trabalho perigoso, Rogers também foi morar lá, cuidandoseu rosto e perna feridos e guardando luto pela perda de seu irmão
Dentro de algumas semanas, sua convalescença foi interrompi
or uma intimação judicial. Um homem chamado Stephen Creagh est
processando Rogers em nome de duzentos e nove ex-tripulantes duke e do Dutchess. Os clientes de Creagh estavam convencidos de
o galeão de tesouro Incarnación tinha uma carga que não valia cent
uarenta mil, mas três milhões de libras, e que Rogers havia escondid
maior parte do tesouro “que estava faltando” em Batávia. Os
marinheiros estariam se sentido menosprezados e afrontados. Muit
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nham sido forçados a entrar na Marinha Real antes mesmo de pisar
erra firme, e foi Creagh que pagou as custas e taxas legais para libe
los. Em janeiro de 1712, Rogers viajou a Londres para se defender
para assistir ao leilão dos lucros de sua expedição.
Enquanto estava em Londres, Rogers descobriu que sua espostava grávida do seu quarto filho. Talvez impulsionado por essa notí
e se dedicou a preparar seus diários para publicação. Ele foi supera
até mesmo nisso, pelo relato da viagem feito por Edward Cooke, qu
apareceu nas livrarias de Londres poucos meses antes do dele.
ntretanto, essa batalha ele acabou vencendo, quando o seu A CruisVoyage Around the World [Uma expedição ao redor do mundo] fo
lançado e rapidamente superou em vendas seu concorrente escrito à
pressas. Os leitores ficaram particularmente atraídos pelo relato fei
por Rogers sobre o náufrago Alexander Selkirk, que tinha recebid
ouca atenção no livro de Cooke. Entre eles estava o escritor e jornalDaniel Defoe, que procurou Selkirk em Bristol e o usou como mode
ara o herói de seu romance mais famoso, Robinson Crusoé. O livro
Woodes passaria por duas edições e numerosas reimpressões,
proporcionando-lhe a fonte de renda de que ele tanto necessitava
Em agosto, houve outro motivo de felicidade, quando Sarah deluz um filho. O menino foi batizado com o nome de Woodes, em
homenagem ao pai, avô e bisavô. A guerra também estava chegando
fim, trazendo a perspectiva de melhores tempos à frente para a famí
em dificuldade financeira.
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Em seguida, sua sorte mudou mais uma vez. Em dezembro, o lo
hanceler Simon Harcourt anunciou a sua decisão no caso de Creagh
Rogers. Rogers perdeu, e os termos da sentença o levaram à falênci
Alguns meses mais tarde, enquanto Rogers ainda estava se recuperan
desse desastre, seu filho de oito meses de idade morreu e foi enterra
no cemitério de St. Michael. O estresse dessas perdas parece ter
nalmente desfeito o casamento de Rogers. Sarah e Woodes começa
a viver separados, ele em Londres e ela em Bristol, e logo não estava
nem se falando mais. Dentro de alguns anos, um estava fingindo que
outro estava morto.
Fiel à sua natureza, Rogers lançou-se em outro projeto ousado
Com o fim da guerra, a pirataria estava prestes a mostrar sua cara fe
rovavelmente no mais famoso antro de piratas, Madagascar. O lendá
reino de Henry Avery, da assombração de Thomas Tew e do falecid
apitão Kidd era um ninho de anarquia e desordem, que se espalhav por todos os lados nas principais rotas de comércio interligando a
Europa com a Índia e as Índias holandesas. Rogers tinha ouvido o
contos de Dampier e outros e certamente já ouvira muito mais de
comerciantes, diretores e funcionários holandeses em Batávia e na
Cidade do Cabo. Ele deve ter suado um pouco em dezembro de 171
quando seus navios carregados de tesouros e infestados por verme
passaram pela extremidade sul de Madagascar em sua longa viagem
volta para casa, esperando ver, a qualquer momento, um bando de
leiros piratas aparecer no horizonte. Rogers era um comerciante, af
de contas, e nada era pior para o comércio do que a pirataria. No ver
de 1713, Rogers começou a planejar um esquema para reprimir os
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piratas e, finalmente, trazer seu território selvagem para o controle d
autoridades competentes.
A primeira fase desse esforço envolveria uma missão secreta par
ilha, onde ele iria fazer contato com os piratas, avaliar sua força e
número e tentar negociar sua rendição pacífica. A intenção de Rogecaso tivesse sucesso, pode ter sido se aproximar do rei, oferecendo-
para supervisionar a colônia pacífica da ilha como seu primeiro
governador. Os benefícios dessa colônia para a Grã-Bretanha seriam
muitos. Ela não só iria sufocar uma das principais ameaças ao comér
asiático do império, mas serviria como um refúgio vital e base parabastecimento dos navios na metade do caminho entre a Inglaterra
ndias Orientais. Nessa fase, contudo, Rogers sabia que precisava fi
quieto. A Companhia Britânica das Índias Orientais já tinha
demonstrado que iria longe para manter seu monopólio real sobre
comércio lucrativo da Ásia. Rogers não podia correr o risco de vê-lacabar com seu projeto antes mesmo que ele saísse do papel.
Sua primeira viagem a Madagascar iria ser realizada, portanto,
o disfarce do comércio. Ele se aproximou de seus antigos parceiros
negócios em Bristol – e provavelmente de alguns novos de Londre
mbém – e negociou a compra de um navio adequado. O resultado felícia, um navio mercante armado de quatrocentas e sessenta tonela
e com trinta e seis canhões, um pouco maior do que o Dutchess e
equivalente a uma das maiores fragatas de quinta classe da marinha
Com um casco arredondado grande, o Delícia era capaz de transpor
randes cargas, tornando-o perfeito para o comércio e abastecimento
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marcado antes de levá-lo para a sede espaçosa.
A proposta de Rogers era simples. Ele pediu que os funcionári
da empresa permitissem que ele levasse escravos de Madagascar par
ase da empresa em Benkoelen, Sumatra1. O Delícia iria fazer a viag
como um “navio de abastecimento, independente”, ou seja, seusroprietários iriam financiar a viagem sozinhos. A empresa iria comp
os escravos que Rogers trouxesse ou pagar-lhe uma taxa de transpo
per capita por seus serviços. De uma forma ou de outra, ela teria u
om retorno, sem qualquer investimento. Os homens da empresa, tal
e divertindo por ter o famoso autor e herói de guerra implorando-lhor trabalho, concederam-lhe um contrato. Algumas semanas mais ta
Rogers estava a caminho do sul, encarapitado no tombadilho do se
novo comando.
O Delícia chegou à costa oriental de Madagascar em março d
714. Na época, havia cerca de uma dúzia de piratas ingleses vivendoorto que ele visitou, aparentemente liderados por Thomas Collins,
dos tripulantes de Henry Avery. Seu “Reino dos Piratas” era uma
ocupação muito mais modesta do que os romancistas e dramaturgo
estavam dizendo lá em Londres. A maioria deles estava na ilha há um
década ou mais, uma porção de piratas, ex-presidiários e desertoredesfrutando de uma existência mais fácil e mais simples nessa terr
ropical pertencente a ninguém. O povo local, os malgaxes, praticav
poligamia, que parecia sensata para os bandidos ingleses. A maior
deles tinha várias esposas e um grande número de filhos mulatos, be
como um pequeno exército de escravos, que tinham adquirido pelo
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omércio ou intervindo nas guerras tribais que atormentavam a ilha. E
protegiam suas enormes famílias em casas fortificadas, escondidas
mata perto da costa, que cercavam com muros altos de madeira e val
Os caminhos de ida e de volta desses complexos tinham
ntencionalmente um tracejado confuso e complicado, para dar aos s
roprietários muito tempo para se espalharem pela floresta caso fossdescobertos. Foi exatamente isso que eles fizeram quando Woode
Rogers chegou ao porto. Sem dúvida temeram seu navio, que, com su
longas filas de canhões, parecia uma das fragatas de Sua Majestad
Quando Rogers e seus homens chegaram a terra, havia apenatribos malgaxes para cumprimentá-los e nenhum sinal dos piratas
Rogers ofereceu negociar escravos, sabendo que um escravo podia s
omprado lá por dez xelins (meia libra) em bens comerciais, um sétim
ou um oitavo do preço corrente na África Ocidental. Vendo que o
sitantes tinham vindo comerciar, os piratas saíram da floresta. “Eu osso dizer que eles estavam esfarrapados, uma vez que eles não tinh
oupa”, lembrou o autor de História geral…, que mais tarde entrevis
Rogers sobre suas façanhas. “Eles não tinham nada para se cobrir al
de peles de animais, que não eram curtidas, não calçavam nenhum
apato ou meia, então eles pareciam as imagens de Hércules na pele
leão, as figuras mais selvagens que a imaginação de um homem pod
ventar.” Um comércio lucrativo se seguiu, com Rogers comprando “
rande número” dos escravos malgaxes dos piratas, em troca de roup
pólvora e ferramentas de metal.
Rogers permaneceu na ilha por quase dois meses, socializando c
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s piratas e coletando informações sobre o acordo deles. Descobriu q
os nativos estavam envolvidos numa guerra contínua e apresentaria
pouca resistência aos eventuais futuros colonizadores. Os piratas
estavam, naquele momento, fracos e desorganizados, sem um navio
ongo curso para causar algum estrago. A moral estava baixa e Roge
sentiu que eles poderiam ser facilmente persuadidos a se entregar etroca de clemência. Porém, isso teria que ser feito rapidamente:
inquenta marinheiros do navio holandês Schoonouwen estavam pre
na costa ocidental da ilha e estavam planejando se juntar aos pirata
Os piratas, por sua vez, examinaram atentamente o Delícia e stripulação, esperando por uma chance para capturar aquele navio
poderoso. O plano era esperar até o anoitecer e subir todos juntos d
eus barquinhos até o convés do navio, sobrepujando os vigias. Eles
izeram amizade com alguns homens da tripulação de Rogers, e pod
ter recrutado alguns conspiradores entre eles. Mas Rogers tinhaexperiência suficiente para farejar o perigo iminente. Ele cortou o
ontato entre os piratas e seus homens e organizou um esquema forte
vigia a bordo do Delícia, dia e noite. O piratas “acharam que faze
qualquer tentativa seria em vão”, e no momento em que Rogers part
chegaram até a lhe contar o que tinham planejado.
Rogers tinha conseguido convencer muitos dos piratas que su
melhor esperança era voltar para a Inglaterra. Ele os ajudou a elabor
uma petição formal à rainha Anne, implorando sua clemência e seu
erdão e declarando seu desejo de voltar para casa e viver pacificame
omo homens honestos. Com a petição em mãos e um carregamento
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scravos acorrentados no porão, Rogers ordenou que as âncoras foss
vantadas e que eles seguissem viagem de volta para a Cidade do Ca
e chegou lá em maio de 1714, colocou a petição dos piratas num na
om destino a Londres e navegou para Sumatra, onde precisava vend
sua carga de escravos.
Navios negreiros desse período não eram construídos com ta
propósito, como eram os do século XIX, com seu porões divididos e
plataformas sob tetos baixos. Os capitães consideravam os escravo
apenas mais uma carga para levar em seu porão, com a única diferen
de que ela precisava de alimentação. Como um veterano do comércafricano, Rogers provavelmente seguiu suas práticas no Delícia. O
scravos foram, como de costume, acorrentados dois a dois e colocad
o porão, tão apertados que cada um mal tinha espaço suficiente par
deitar. Mulheres e meninas foram confinadas separadamente dos
homens e meninos, provavelmente por uma lona ou uma divisãomporária. Um tripulante armado ficava de sentinela em cada escotil
pronto para disparar em qualquer um que tentasse invadir o convés
nde um baú de mosquetes carregados e várias granadas explosivas e
mantidos. Se os escravos conseguissem chegar ao convés principal,
oficiais podiam matar um grande número deles a partir da torre do
convés de popa, cujos parapeitos abrigavam pequenos canhões
giratórios. Quando os escravos eram levados para fora para serem
alimentados, os atiradores mantinham esses canhões giratórios
apontados, prontos para pulverizá-los com balas. No mau tempo, o
escravos permaneciam confinados no porão quente e mal ventilado
espirando com dificuldade em meio ao suor, às fezes e à urina. Algu
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evitavelmente adoeciam com disenteria, o que podia resultar no con
tornar-se “tão coberto de sangue e muco da doença dos escravos qu
parecia um matadouro”. A doença se espalhava rapidamente em tai
circunstâncias e a mortalidade era alta entre os escravos e a tripulaç
ndo comum que ambas as populações perdessem cerca de quarenta
ento dos seus números. E se a varíola, a malária, a dengue, o sarampa disenteria não os levassem, havia também o risco de suicídio: os
resos ficavam muitas vezes tão aterrorizados e desanimados que tinh
que ser vigiados de perto quando estavam no convés para que não s
atirassem no oceano, com correntes e tudo mais.
Poucos ficavam incomodados com a escravidão naquela época
europeus, africanos, ou malgaxes – porque todos eles participavam
omércio de escravos como compradores ou vendedores. Rogers não
uma exceção. A fortuna da sua família tinha sido em grande parte
construída com o comércio de escravos africanos, e os escravos erauma parte lucrativa do espólio de sua expedição corsária ao redor d
mundo. Os malgaxes miseráveis no porão de seu navio eram apena
outra maneira de pagar as contas, uma forma de ganhar capital par
nvestir em esquemas maiores. Não se sabe quantos escravos o Delíc
levou para Sumatra, só que Rogers os entregou no verão de 1714,
mbarcou o carregamento da Companhia e voltou para a Inglaterra. E
estava ansioso por chegar em casa, ansioso para dar andamento ao s
plano de expulsar o ninho de piratas e confiscá-lo para o império
Ele nunca veria Madagascar novamente.
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De volta às Bahamas, Benjamin Hornigold e Henry Jennings
tavam tendo um mau começo. Pode ter sido por causa dos seus dia
corsário na Jamaica; ou Jennings, capitão de navio, estudado, dono
uma propriedade confortável, pode ter desprezado Hornigold, que e
provavelmente um marinheiro sem um tostão. Jennings aparentemen
achava que somente aqueles que tinham uma das cartas de corso
emitidas pelo lorde Hamilton deveriam estar atacando os espanhói
Caso contrário, seria algo um pouco melhor do que a pirataria.
Pouco depois de chegar a Nassau, Jennings tomou um dos buti
de Hornigold, um pequeno veleiro de comércio espanhol. Tendo cerde duzentos homens bem armados e pelo menos dois veleiros sob se
comando, Hornigold não podia fazer muito para detê-lo. Alguns do
homens de Jennings se mudaram para o navio capturado, aliviando
superlotação dos outros veleiros. Depois de alguns dias de folia e d
stribuição ordenada do prêmio em dinheiro entre parte da tripulaçã pequena frota partiu para a Jamaica. Eles eram corsários, afinal, e
tinham que entregar seus saques ao tribunal do vice-almirantado, u
etor presidido por ninguém menos que o próprio governador Hamilt
Eles voltariam mais cedo do que pensavam.
Em sua rota para a Jamaica, a pequena frota de Jennings foi
econhecida por marinheiros cubanos. Os espanhóis seguiram Jennin
or todo o caminho ao longo da costa de Cuba, através da passagem
Windward e direto para a boca do porto de Port Royal. O governad
Torres y Ayala ficaria sabendo disso e, quando ele soubesse, ficari
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furioso.
O Barsheba ancorou na Jamaica em 26 de janeiro de 1716. Tha
Jennings e Wills só tinham ficado afastados por cerca de dois mese
mas nesse tempo, a situação de lorde Hamilton tinha mudado
rasticamente. Perto do Ano Novo, tinha chegado às colônias a históde que “uma terrível e diabólica intriga e conspiração” contra o re
George tinha acontecido na Grã-Bretanha. “A Torre, o Tesouro Públ
e o Banco da Inglaterra estão para ser tomados”, o semanário Bosto
News-Letter relatava aflitivamente, “a cidade de Londres será queim
em muitos lugares e revoltas surgirão em vários lugares da Inglaterraames Stuart ia invadir com um exército da França, “tudo no dia 25
setembro”. O principal exército jacobita tinha sido criado na Escóc
com dois mil rebeldes comandados pelo irmão de lorde Hamilton
enente-general George Hamilton, mas eles tinham perdido a iniciati
para as forças do rei. Revoltas simultâneas tinham sido planejadas nPaís de Gales e em Devonshire, mas as autoridades tinham ficado
abendo sobre elas e prendido os conspiradores. Ao final de janeiro
notícias da Grã-Bretanha eram ruins para Hamilton. A revolta estav
acassando claramente, e o rei tinha posto a cabeça de seu irmão Geo
a prêmio. O governador sabia que tinha chegado a hora de começar
cobrir seus rastros.
Jennings e Wills trouxeram seu tesouro para Hamilton, de acor
com suas licenças. Eles podem não ter dito que tinham roubado o
tesouro do acampamento de resgate, ao invés de terem eles mesmo
pescado os destroços, mas eles realmente não precisavam dizer. Hav
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simplesmente dinheiro demais para os corsários terem recuperado e
tão pouco tempo. Ainda assim, ninguém tinha interesse em pergunt
Hamilton mais tarde alegou que não pegou as partes do tesouro que
eram devidas “porque eu ouvi dizer que ele tinha sido tirado da terra
Ele também não prendeu Jennings e seus comparsas. Eles andavam p
á, livres e independentes, aproveitando os prazeres da terra e gastanseus ganhos ilícitos, assim como as tripulações de vários outros
orsários que Hamilton tinha licenciado. No final de fevereiro, quan
Jennings se aproximou do governador para conseguir permissão pa
partir em outra expedição, Hamilton assinou pessoalmente seus
ocumentos de partida. Enquanto ele esperava mais notícias da rebelamilton manteve seus corsários por perto, sem impedi-los nem pren
los.
No início de março, Jennings enviou uma mensagem aos seu
homens e colegas capitães informando que ele estava fazendo outrexpedição para os naufrágios espanhóis. Vários responderam, feliz
por uma chance de obter algum tesouro para si próprios. Um deles e
Leigh Ashworth, que havia assumido o comando de um dos outro
avios corsários de Hamilton, o veleiro de guerra de cinquenta tonela
Mary. Os outros se juntaram a eles, mesmo sem licença – Samuel
iddell do Cocoa Nut e James Carnegie do Discovery –, colocando s
pequenos veleiros sob o comando geral de Jennings. Charles Vane
bruto e malvado, avidamente voltou para a tripulação de Jennings
As corvetas deixaram Bluefields na manhã de 9 de março, zarpa
do porto para longe da Jamaica. Naquela noite, os quatro navios for
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separados pelo vento, mas um ou dois dias depois eles se reagrupara
em Isla de los Pinos2, uma pequena ilha desabitada situada atrás d
onto mais oriental de Cuba. Seu plano era navegar ao redor do extre
de Cuba, seguir o canal do Golfo diretamente para os destroços e
aproveitar tudo o que fosse encontrado. Eles contornaram Cabo
Corrientes em 2 de abril, e no dia 3 estavam em sua rota ao longo dcosta nordeste de Cuba quando o vigia na Barsheba gritou.
A poucos quilômetros para o oeste, Sam Bellamy viu o veleiro n
entificado aparecer no vento, vindo em sua direção, seguido por qunavios. Ele e Paulsgrave Williams não gostaram da aparência deles
Bellamy e Williams, profundamente bronzeados, seus cabelo
clareados por meses sob o sol tropical, provavelmente tinham chega
os naufrágios espanhóis em janeiro, logo após os homens de Jenninnvadirem Palmar de Ayz. O trabalho foi árduo, perigoso e competiti
Ao final do mês, havia sete ou oito outros navios ingleses ancorado
onde o Regla e o San Roman tinham afundado, mas por mais que
entassem, nenhum deles foi capaz de localizar as principais seções
casco dos grandes navios. Em vez disso, eles tiveram que se content
om a carga e as moedas espalhadas; depois de semanas de trabalho,
piratas tinham surrupiado apenas cinco mil ou seis mil peças de oit
mil duzentas e cinquenta ou mil e quinhentas libras) para dividir en
centenas de homens. Quando o capitão Ayala Escobar chegou de
avana com reforços, em 22 de janeiro, e dispersou os ingleses, Bella
Williams provavelmente estavam tão felizes quanto ele por terem s
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expulsos.
Eles seguiram seu caminho para o sul, passando a ponta da Flór
o lado oeste de Cuba, indo além das costas da América Central par
aía de Honduras. Eles provavelmente queriam recrutar mais homens
área era, na época, uma terra de ninguém, maltratada, habitada peloíndios mosquitos e por grupos de madeireiros ingleses brutos e
selvagens, conhecidos como baymen, que viviam em cabanas nos
ântanos fumegantes onde hoje ficam Belize, Yucatán e Campeche,
México. Eles estavam em um estado deplorável, tendo seu fornecime
de alimento acabado durante o outono anterior, causando a morte pinanição de vários madeireiros em seu acampamento principal em
Campeche. Pelo menos duzentos outros decidiram virar piratas,
onstruindo grandes canoas à vela e saindo pela perigosa passagem p
Nova Providência ou para os naufrágios espanhóis em Palmar de Ay
Em fevereiro de 1716, os espanhóis atacaram Campeche, capturandomatando muitos dos madeireiros restantes e dispersando o resto.
Quando Bellamy e Williams chegaram à baía de Honduras, alguma
semanas depois, praticamente todos nos campos dos madeireiros
stavam à procura de uma maneira de ir embora. Os dois tiveram pou
dificuldade em conseguir homens dispostos a se tornar piratas.
Ao final de março, Bellamy e Williams estavam comandando u
bando de piratas que operava a partir de um par de piráguas, o mesm
po de canoa à vela com a qual Hornigold e Thatch tinha começado d
anos antes. Em algum lugar na baía de Honduras, eles embarcaram e
sua primeira presa, um navio holandês comandado por um tal John
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vento, seus veleiros não seriam capazes de alcançá-los antes que ele
chegassem aos recifes que protegiam a costa cubana. Em vez disso
chegou ao lado do navio e saudou o seu mestre, o capitão Young.
Young, esperando seu resgate, explicou que os homens nas duas
iráguas “eram uma porção de vilões” que tinham acabado de fugir c
todo o seu dinheiro. Young achou que os corsários do governador
Hamilton estavam lá para lutar contra os piratas e proteger comercian
omo ele. Ele logo ficou decepcionado. Jennings não estava com pre
para liberar o capitão Young. Ele colocou alguns dos seus homens
bordo e sinalizou aos outros navios que o acompanhavam. A frota ir
seguir caminho para a vizinha baía Honda, um ancoradouro protegim um trecho da costa cubana pouco povoado. Lá eles decidiriam o
fazer com o capitão Young e seu navio.
Ao ancorar fora da entrada estreita do ancoradouro, poucas hor
depois, Jennings e seus homens foram recebidos com uma surpresmaravilhosa. Parado no porto em forma de fechadura estava um gran
avio comerciante armado, drapejando as cores francesas, com boa p
de sua tripulação em terra, coletando água e lenha. Com a frota de
Jennings na entrada do porto, não havia forma de escapar. O vento
oprava da terra, no entanto, e até mesmo nos saveiros mais ágeis se
impossível para a frota de Jennings se mover pela entrada do estreit
Ele deu ordens para que os cinco saveiros ancorassem, enquanto e
tentava elaborar um plano.
Examinando o navio com seu monóculo, Jennings podia ver q
seria suicídio realizar um ataque direto. Um ataque secreto, ao que
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arecia, era a melhor abordagem. Ele mandou três de seus homens n
barco a remo para avaliar a situação. Eles remaram para o porto e at
avio francês e saudaram o capitão amigavelmente. Estavam vindo p
o porto para coletar água, disseram. O capitão francês os convidou
bordo e, mantendo uma conversa fiada, os ingleses olhavam ao redo
Eles estavam a bordo do navio St. Marie de Rochelle, equipad
om fragata, sob o comando do capitão Escoubet, um homem rico, do
de um quarto do navio e da carga. Os piratas estimaram que havia
quarenta e cinco homens a bordo e catorze ou dezesseis canhões,
embora o navio fosse capaz de levar o dobro. O St. Marie seria um presa excelente.
Quando o barco a remo voltou com essa notícia, Jennings
onvocou uma reunião de capitães. Ele declarou seu desejo de fazer u
mboscada para o St. Marie, classificá-lo como um navio pirata e lev
de volta para a Jamaica como presa. Samuel Liddell, capitão do Cocut , argumentou que isso seria um erro terrível. Ele disse aos outros
capitães que tinha visto o St. Marie em Vera Cruz, no México, algu
meses antes, e que certamente ele era “um comerciante agindo
legalmente”.
Os outros homens não foram convencidos pelo argumento de
ddell. – Para que você veio? – um deles gritou. – Para ficar só olha
e voltar com o dedo na boca?
Jennings interrompeu, dizendo que estaria a bordo do navio fran
naquela mesma noite, mas que seu Barsheba “não devia ir para se
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apturado”. Se eles chegassem ao lado do St. Marie, que era maior, “
provavelmente seremos afundados”, declarou. Eles precisariam
urpreender o navio francês e tomá-lo usando seus barcos. Os capitã
Ashworth e Carnegie concordaram.
Liddell fez um último esforço para salvar a situação. Os proprietários do Cocoa Nut o tinham enviado para mergulhar nos
aufrágios espanhóis, não para se envolver em pirataria aberta. A me
que o St. Marie pudesse ser considerado um navio pirata ou estives
ransportando mercadorias inglesas ilegalmente, os corsários não tin
motivos para apreendê-lo. Ele implorou aos seus comparsas para adiataque até a manhã seguinte, oferecendo-se para embarcar pessoalme
no St. Marie para ver se eles podiam “fazer dele uma captura legal”
iddell foi derrotado e deixou claro que ele não participaria desse ato
pirataria.
Os homens de Liddell assistiam com inveja enquanto as tripulaç
do Barsheba e do Mary se reuniam e preparavam os barcos para um
taque. Finalmente, seu intendente anunciou que eles iam se juntar a
utros, abandonando Liddell com no máximo uma dúzia de homens
ser uma aventura arriscada remar os pequenos barcos por três
uilômetros ao longo da baía para ocupar um navio fortemente armaAo pôr-do-sol, aconteceu algo que mudou tudo.
Enquanto Bellamy e Williams escapavam na direção do vento, e
ram os corsários ingleses subirem a bordo do veleiro do capitão Yo
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ara uma conversa inevitável entre capitães. O que aconteceu depois
ntrigou. Young era claramente um comerciante legítimo, mas em vez
liberá-lo, os corsários colocaram uma tripulação de captura a bordo
levaram-no junto com eles. Escondidos entre os recifes e mangueza
eles assistiram à pequena frota ancorar na entrada da baía Honda. O
homens nas piráguas começaram a perceber que os homens queoperavam aquelas corvetas não estavam agindo nem um pouco com
xerifes.
Por volta de sete horas da noite, enquanto o sol tropical estava
ondo no horizonte colorido, eles remaram para as corvetas de Carnee Young e entre o Barsheba, o Mary e o Cocoa Nut . Bellamy e
Williams, que estavam a bordo da mesma canoa à vela, saudaram o
capitão do Barsheba. Jennings, Vane, Bellamy e Williams, todos s
olharam pela primeira vez. Eles precisavam um do outro, perceberam
para capturar aquele grande prêmio francês.Um pouco antes das dez horas da noite, o Barsheba e o Mary
levantaram suas âncoras enquanto seus oficiais lideraram um grito d
uerra: “Um por todos e todos por um!” Os homens soltaram um “Viv
e alguém estupidamente disparou um tiro. Quem quer que tenha fei
sso devia ser expulso, alguns dos homens disseram, pois não queriaalertar o St. Mary. Então, em meio à luz bruxuleante das lanternas,
corsários viram uma coisa muito incomum. As grandes canoas de
Bellamy e Williams remavam entre os saveiros, suas tripulações
espidas, pistolas e espadas em mãos, como um bando de selvagens.
homens do Barsheba jogaram uma corda para uma das piráguas; a
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tripulação do Mary jogou a corda dela para os outros. As canoas d
Bellamy e Williams continuaram seguindo para o outro lado da baí
eus homens forçando seus remos, cada canoa rebocando um saveiro
guerra repleto de homens fortemente armados.
Eles devem ter proporcionado uma visão terrível para o capitãEscoubet e os homens perplexos a bordo do St. Marie: duas canoas
uerra em estilo indígena, cheias de homens nus, de aparência selvag
rasgando através da água, com saveiros de guerra a reboque. Escoub
tinha suspeitado dos saveiros ingleses desde o início e tinha até
scondido um baú de tesouro em terra, por medo de que eles pudessacar. Mesmo assim, ele não estava preparado. Enquanto as pirágua
aproximavam, os homens de Bellamy soltaram os saveiros e partira
diretamente para o seu navio. – Onde vocês estão indo? – um dos
omens de Escoubet gritou para as canoas. – A bordo, o que você ac
– veio a resposta, seguida de uma saraivada de tiros de mosquete. Uajada de fogo saiu do Barsheba e uma bala de canhão rasgou por ci
a cabeça de Escoubet. Ele estava numa desvantagem de pelo menos
homens por um. Escoubet ordenou que alguns dos seus homens
subissem a bordo de seu barco a remo, com o qual, em seguida, el
entou chegar a terra. Uma pirágua os alcançou e os capturou, enqua
os homens da outra invadiram o convés. Da segunda pirágua, Bellam
advertiu os franceses que, se eles resistissem, todos seriam mortos
Escoubet se rendeu. Seus homens não dispararam um único mosque
Para Sam Bellamy, essa foi uma lição sobre o valor do terror. E
tinham tomado uma fragata bem armada porém pouco tripulada, sem
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causar dano à tripulação, aos navios ou à carga. Eles tinham ido par
batalha parecendo que eram capazes de qualquer coisa e, como
sultado, não tiveram que fazer nada. Para Bellamy, foi uma lição so
omo conduzir a pirataria: o medo pode ser a mais poderosa das arm
Enquanto o Barsheba e o Mary vinham ancorar ao lado de sebutim, os homens de Jennings se juntaram para vasculhar os porões
St. Marie e interrogar seus homens. Charles Vane, impetuoso e
ropenso à violência, pode ter apertado mãos e compartilhado rum c
Bellamy e Williams. Esse não era o tipo de sujeito que Bellamy e
Williams precisavam em sua tripulação. Eles pretendiam lutar de forinteligente, com poucos danos e grandes ganhos.
Na manhã seguinte, 4 de abril de 1716, Jennings começou a
interrogar a tripulação francesa. Escoubet relatou mais tarde que o
gleses “atormentaram a tripulação com um alto grau de desumanida
e “da maneira mais perversa”, forçando-os a revelar onde eles tinhaescondido as trinta mil peças de oito (sete mil e quinhentas libras) e
terra. Jennings também ficou com o St. Marie, nomeando Carnegi
omo seu mestre e dando a Escoubet e seus homens o instável Discov
e Carnegie. Os piratas tinham capturado um navio, tesouro e carga
valiam setecentas mil libras francesas, ou cerca de trinta mil librasnglesas. Jennings também forçou o capitão francês a escrever uma c
ao lorde Hamilton na Jamaica absolvendo os corsários de qualque
regularidade. “Devo informar a Vossa Excelência que aqueles senh
me trataram muito civilmente e estavam muito dispostos a me dar u
tanto por mês pela contratação e aluguel do meu navio”, Escoubet
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screveu. Os corsários só “pegaram minha embarcação porque ela est
apta para a expedição da qual eles estavam participando”.
Enquanto os piratas e corsários se ocupavam com a divisão d
aque e a transferência de carga e pessoal de um navio para outro, um
rande canoa à vela chegou à baía Honda. Sua tripulação inocentemeseguiu até o St. Marie, perguntando pelo capitão Escoubet. A bord
stavam um oficial mercante francês e dezoito homens, que haviam s
enviados de Mariel, trinta e dois quilômetros costa acima, onde se
avio, o saveiro Marianne, estava ancorado. Eles tinham vindo nego
com Escoubet, mas em vez disso se descobriram prisioneiros dosingleses. Jennings “impôs punições” aos seus novo prisioneiros qu
depois de “vários tormentos”, concordaram em levá-los de volta ao s
navio. Jennings fez uma reunião com Bellamy e Williams, que
concordaram em enviar uma de suas canoas para Mariel com o
Discovery para capturar essa segunda embarcação francesa. Na manhã seguinte, as tripulações das duas piráguas de Bellamy
separaram. Uma foi para Mariel com Carnegie. Bellamy e William
ficaram para trás com a outra, para se certificar de que seus compars
ecém-encontrados não tentariam enganá-los com sua parte do saque
. Marie. Algumas horas depois, o Cocoa Nut levantou âncora e saiudireção oposta; Liddell não queria nada com essas piratarias e estav
voltando para a Jamaica, com vinte e três membros a menos na sua
tripulação.
Jennings e seus homens ficaram na baía Honda, esperando que s
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comparsas voltassem logo com outro prêmio. Um dia e uma noite s
assaram e, na luz da manhã, um par de saveiros foi visto passando p
ntrada do porto. Um deles, os prisioneiros de Mariel confirmaram,
o seu navio, o Marianne. No outro, um saveiro armado com dez
anhões, tremulava uma bandeira preta. Jennings e Vane o reconhece
imediatamente. Era o grande veleiro do capitão Benjamin Hornigol
Hornigold tinha ficado em Nova Providência por dois meses apó
artida de Jennings, sem dúvida agitado com o péssimo tratamento q
tinha recebido do corsários e esperando dar o troco.
Enquanto isso, a população fora da lei de Nassau estava
umentando a cada dia. Cerca de cinquenta homens tinham abandon
as corvetas que trabalhavam nos naufrágios espanhóis, a maioria del
depois que ondas de reforços espanhóis chegaram em fevereiro e ninício de março. Esses homens, como o morador John Vickers viria
denunciar, estavam causando “grandes transtornos, saqueando os
habitantes, queimando suas casas e violentando suas esposas”. Os
bandidos eram liderados por Thomas Barrow, um ex-imediato num
bergantim jamaicano que tinha fugido com uma quantia de objetos
valor que supostamente tinham pertencido a “um marquês espanhol
arrow não tinha embarcação própria, mas andava se vangloriando p
lha, afirmando ser “o governador de Providência” e prometendo “fa
dela uma segunda Madagascar”. Dezenas de cortadores de lenha
hegavam a cada semana de Campeche, atraídos por contos inflados
esouro espanhol, voltando-se para a pirataria após sua chegada. Out
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vieram da Nova Inglaterra, Carolina do Sul e Jamaica: marinheiros
esempregados, servos, criminosos em fuga e até mesmo alguns escra
ugidos de Cuba, São Domingos e mais além. Colonos comuns ficar
ada vez mais temerosos, e muitos deles estavam discretamente fazen
anos para ir embora. Outros – prostitutas, contrabandistas e trafica
de armas – estavam sempre chegando. Nova Providência tinha se
transformado em um estado fora da lei.
Hornigold tinha começado a nascente república pirata das
ahamas, mas entre os bandidos de Barrow e os corsários de Hamilt
ele deve ter sentido que sua liderança com a Gangue Voadora estavcomeçando a lhe escapar. Afinal, ao contrário dos corsários, os seu
uzentos tripulantes não serviam sob contratos legalmente sancionad
ue davam a maior parte do saque aos proprietários e capitães. Além
alguns homens forçados, o serviço a bordo dos navios piratas era
essencialmente voluntário. A maioria dos piratas da ilha erammarinheiros, que durante muito tempo sofreram abusos e exploração
força naval e na marinha mercante. Ele não tinha a intenção de copi
sse sistema, mas sim de virá-lo de cabeça para baixo. Eles elegiam s
apitães e, se ficassem insatisfeitos com sua seleção, podiam votar p
rá-lo do poder também. Os piratas da Gangue Voadora davam aos s
capitães autoridade absoluta enquanto estavam em combate, mas a
maioria das outras decisões eram tomadas democraticamente, em um
assembleia geral da tripulação, incluindo para onde ir, o que ataca
uais prisioneiros reter ou libertar e como punir transgressões dentro
seus grupos. Hornigold e outros capitães piratas comiam a mesma
comida que os seus homens e tinham que dividir suas cabines. A
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ripulação mantinha sua autoridade ainda mais na linha, elegendo ou
uncionário, o intendente, que assegurava que os alimentos, o saque
trabalhos fossem distribuídos de forma equitativa. Os capitães
normalmente recebiam apenas cinquenta por cento a mais do saque
que um marinheiro comum, ao contrário de, talvez, mil e quatrocent
or cento a mais que um corsário ganhava. Se os homens confiassemseu líder e estivessem satisfeitos com o seu desempenho, eles o
eguiriam até o fim. Caso contrário, eles podiam depô-lo num piscar
olhos. Hornigold precisava mostrar resultados ou o seu mandato com
líder pirata podia acabar em breve.
Com Thatch a bordo, ele partiu rumo ao litoral escassamente
ocupado do nordeste de Cuba, que dividia as rotas marítimas que
igavam Havana ao Continente Espanhol e Nova Orleans à França. A
longo dessas costas fracamente patrulhadas, os butins estavam
esperando.Hornigold seguiu sua rota através do estreito da Flórida,
rovavelmente passando longe de Havana, e ancorou em Cuba por vo
e 8 de abril, perto do porto isolado de Mariel. Ali ancorado estava u
corveta mercante grande, drapejando as cores francesas. Era o
Marianne, de Santo Domingo, que ia de São Domingos para o povoarancês pantanoso de Nova Orleans, sob o comando de um oficial na
francês, Ensign Le Gardew. Ele tinha parado para enviar um pacote
cartas para Havana e, enquanto estava lá, Le Gardew ouviu que seu
colega, o capitão Escoubet do St. Marie, estava por perto, ao longo
osta. Ansioso para trocar mantimentos e conselhos, Le Gardew env
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metade de sua tripulação até a baía Honda, no barco do navio. Com
oucos homens e armado levemente, ele não era páreo para o Benjam
com seus dez canhões e duzentos homens. Le Gardew prontamente
endeu e Hornigold tomou posse do saveiro e de doze mil e quinhen
libras em carga. Uma tripulação de captura foi colocada a bordo e o
ois saveiros seguiram sua rota pela costa, talvez na esperança de tomo St. Marie também.
Na entrada da baía Honda, uma frota de corsários ingleses hav
hegado à sua frente. Hornigold podia ver que um deles era aquela pe
no seu sapato, Henry Jennings.
Quando Jennings deu a ordem para todas as embarcações
levantarem a âncora e perseguirem Hornigold, Bellamy e Williams
estavam a bordo do St. Marie e sua pirágua amarrada à popa. Elesudaram a tripulação de captura a levantar as âncoras do navio franc
iram o Barsheba e o Mary zarparem. No momento em que o St. Ma
estava a caminho, o resto da frota já tinha saído de vista. A
oportunidade, os dois homens perceberam, estava batendo à sua por
Quando o St. Marie saía do porto, Bellamy e Williams deram sinal. Seus homens se levantaram em uníssono, surpreendendo a
tripulação de captura de Jennings e os prisioneiros franceses, e
assumiram o controle do navio. Enquanto alguns dos homens de
Bellamy mantinham seus prisioneiros na mira de armas, os outros
rapidamente puxaram a pirágua para a lateral e nela jogaram sacos
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baús de moedas a bordo. Mantendo um olho no Barsheba e no Mar
ntre nove e doze quilômetros de distância, Bellamy e Williams tamb
rdenaram seus homens para irem a bordo da canoa e remaram contr
vento. Seu saque: vinte e oito mil e quinhentas peças de oito (pouc
mais de sete mil libras). Para contextualizar, a renda anual de um
capitão mercante do início do século XVIII era cerca de setenta libr
Enquanto isso, Jennings, Vane e os outros homens a bordo d
Barsheba sabiam que eles nunca alcançariam Hornigold e o Marian
Eles também perceberam que o St. Marie tinha ficado perigosamen
para trás. Melhor voltar para a baía Honda, observou Jennings, do qerder nossa própria presa. Ao seu sinal, o Barsheba e o Mary virara
Uma ou duas horas mais tarde, eles se aproximaram do St. Marie. S
ripulação saudou-os, visivelmente perturbada. Os homens de Bellam
inha se revoltado contra eles e fugido com tudo, disseram. Murmúr
de descontentamento se espalharam pelo Barsheba. Jennings tinh perdido muito de seu saque. Furioso, o corsário ordenou que seus
homens tomassem a outra pirágua e, como o carpinteiro do Mary,
Joseph Eels, recordou mais tarde, mandou que ela fosse “picada em
pedaços”, aparentemente junto com qualquer um dos homens de
Bellamy que estivessem a bordo no momento. Durante esse ataque
úria, Jennings também ordenou que o saveiro do infeliz capitão You
fosse queimado até a linha de flutuação.
Algum tempo depois, sua raiva passou e Jennings deu novas
rdens. A frota iria navegar até Nassau para dividir o que havia resta
de seus saques.
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Após o assalto, Bellamy e Williams alcançaram Hornigold. O
iratas se encontraram cara a cara ao largo da costa de Cuba. Hornig
deve ter ficado feliz em saber que os homens nas canoas tinham
onseguido roubar o tesouro de Jennings por debaixo de seu nariz. Epoderia usar homens como esses. Bellamy e Williams, depois que
condições dos piratas foram estabelecidas, se juntaram à tripulação
Benjamin.
Marinheiros apreciam competência e Bellamy deve ter inspirad
uma grande parte dela, pois, apesar da sua juventude, Hornigold onomeou capitão do recém-capturado Marianne, à frente de vários
omens mais velhos da sua própria tripulação, incluindo Edward Tha
seu intendente, William Howard. Bellamy presumivelmente tripulo
Marianne com os vinte ou trinta homens da sua pirágua, além de un
inta a quarenta homens de Hornigold. Ele e Williams agora tinham saveiro de longo curso bem construído à sua disposição, um baú d
tesouro no porão e o pirata inglês mais famoso da época navegand
nto com eles. Tudo o que precisavam era de alguns canhões para ar
seu novo navio de ataque.
Por uma semana ou mais, eles continuaram rondando o extrem
este de Cuba, esperando para interceptar o tráfego espanhol ou fran
que vinha através do canal de Yucatán. Mas, em vez de uma presa ri
eles se depararam com mais um pirata.
Olivier La Buse, capitão da corveta armada Postillion, se junto
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quadra pirata. La Buse e Hornigold eram aliados peculiares. La Bu
maioria de sua tripulação eram franceses, enquanto Hornigold aind
via como um patriota, fazendo uma guerra justa contra os inimigos
Inglaterra. La Buse e seus homens eram legítimos piratas, felizes em
aquear qualquer um por lucro. De alguma forma, o pirata francês e
capitães ingleses concordaram em trabalhar juntos, cimentando umrelação transnacional que duraria muitos anos.
É provável que Bellamy tivesse algo a ver com esse arranjo. O
ovem não estava lutando pela Grã-Bretanha, ele estava lutando cont
sistema: os capitães, os proprietários de navios, os reis, todo o lotenão eram poucos os homens da própria tripulação de Hornigold qu
pensavam da mesma forma. Se Hornigold se opusesse a navegar com
pirata francês, seus homens prevaleceriam sobre ele. O Postillion
armado com oito canhões, velejaria com eles.
Pouco tempo depois, os três piratas – Hornigold, Bellamy e LBuse – viram um navio mercante vindo através do canal de Yucatán,
ireção de Campeche. Era um navio inglês com destino à Holanda, c
ma carga de madeira: um navio amigável, não uma presa. Ao contrá
e Hornigold, La Buse e Bellamy não tinham escrúpulos em saquear
navio inglês. Uma votação foi realizada e os homens de Hornigoldnovamente prevaleceram sobre ele. Enquanto Bellamy e o Mariann
desarmado ficavam para trás, La Buse e Hornigold garantiam o butim
Uma tripulação foi enviada a bordo para examinar e navegar a
embarcação. Eles pegaram tudo o que parecia útil – bebidas, moeda
mantimentos, peças de reposição, um tripulante qualificado ou dois –
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depois de oito ou dez dias, liberaram o navio para seguir sua rota
provavelmente por causa da insistência de Hornigold.
Poucos dias depois, no extremo oriental de Cuba, eles fizeram u
captura com a qual todos ficaram felizes: dois bergantins espanhói
carregados de cacau, que eles conseguiram capturar sem disparar uiro. Depois de saquear as embarcações, eles partiram para a Isla de
Piños, onde encontraram três ou quatro saveiros ingleses lotados d
gua e abastecimento de lenha. Os cascos dos navios piratas precisav
de uma limpeza, então os piratas anunciaram aos mestres das pequen
corvetas que seus navios deveriam ajudar com o processo deuerenagem. Hornigold pode ter encontrado uma surpresa desagradá
a parte de baixo do Benjamin. Aparentemente os turus tinham caus
um dano sério, algo que requeria os serviços de um estaleiro adequa
para os reparos. Hornigold começou a considerar o descarte de seu
rande saveiro, cuja posse havia causado tanto alarde entre os cidadãcumpridores da lei de Nova Providência.
Com a querenagem concluída, os piratas continuaram ao longo
costa sul de Cuba, com destino à passagem de Windward. La Buse
conhecia alguns bons esconderijos ao longo das margens da
escassamente povoada São Domingos francesa, e dirigiu a frota nesdireção. Essa ilha era bem localizada para saquear o comércio que
entrava e saía do Caribe. Um esconderijo foi encontrado e os pirata
decidiram trabalhar juntos para saquear quantas embarcações foss
possível.
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Hornigold queria se livrar do Benjamin primeiro e, em algum
momento perto do final de maio de 1716, resolveu navegar até Nass
ara esse fim3. O saveiro estava lotado de cargas volumosas para ven
para o crescente quadro de traficantes sem escrúpulos das Bahama
Bellamy e Williams podem ter ido junto, no interesse de garantir u
anhão para o Marianne. Hornigold, Thatch e pelo menos outros cen
inquenta homens deixaram La Buse, concordando em voltar dentro
algumas semanas.
Em 22 de abril de 1716, a frota corsária de Henry Jennings chegao porto movimentado de Nassau. Era uma visão e tanto: o St. Mar
agora equipado com trinta e dois canhões, escoltado pelo navio de d
anhões do próprio Jennings, o Barsheba, e pelo navio de dez canhõ
de Ashworth, o Mary. Era a força naval mais poderosa que Nova
Providência já tinha visto desde que Henry Avery aparecera com oancy, vinte anos antes. Jennings, Ashworth e Carnegie desembarcar
para a cidade indecente de Nassau, deixando seus navios nas mãos
ubordinados de confiança. Depois de dois ou três dias, o intendente
St. Marie, o fraco Allen Bernard, remou para a cidade e interrompeu
evassidão de Jennings. Com exceção de quatro ou cinco homens, too pessoal do Barsheba estava a bordo do St. Marie saqueando a car
estante. – Isso não pode ser! – Jennings teria exclamado. Ele disse p
Bernard “ir a bordo e dissuadi-los”, afirmando que “nenhum dele
poderia se dar ao luxo de atrasar a partida para pescar os destroços
Cá entre nós”, ele confidenciou, “se eu conseguir colocar esse navio
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mar novamente, com todas as mercadorias nele, eu vou navegar para
amaica e protegê-lo, pois esses companheiros me arrastaram para e
onfusão e, sem dúvida, depois que eles tiverem dividido seus bens, i
me deixar para responder por tudo o que fizemos”.
Bernard, sofrendo de uma dor de estômago, implorou ao capit para ele mesmo ir, para usar o peso de sua autoridade. Com a sua
autoridade e a grande quantidade de objetos de valor em jogo, teri
parecido uma medida prudente. Mas Jennings recusou, dizendo ao s
intendente que “ele não se preocupasse com esses bandidos”.
Aparentemente o capitão tinha coisas mais importantes a fazer entretabernas e os prostíbulos.
Em seu caminho para a costa, Bernard se deparou com Carnegi
Ashworth e os informou sobre a situação. Os dois capitães a levara
mais a sério do que o seu comodoro, cada um se oferecendo para aju
Bernard a restaurar a ordem no St. Marie. Ashworth imediatamentremou para o Mary para se certificar de que a sua tripulação não tin
aderido à revolta, enquanto Carnegie e Bernard seguiram para o St
Marie.
O navio francês estava um caos. Cem homens se espalhavam soele, roubando mercadorias e mantimentos europeus de seus porões
mpilhando-os em barcos e remando até a praia deserta da ilha Hog,
distante dos restos apodrecidos do Fancy de Henry Avery. Nenhum
deles mostrava o menor interesse no que Carnegie e Bernard tinham
izer. Desconcertado, Bernard voltou para a praia para tentar conven
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Jennings para entrar em ação. O capitão foi mais uma vez impassíve
disse para Bernard vigiá-los e não tomar qualquer carga à força.
Bernard passou o resto do dia observando as ações dos homens
costa da ilha Hog. Eles haviam dividido o saque em três lotes e, ao
contrário da prática dos corsários, tinham separado dois lotes para óprios e um para os proprietários, ao invés do contrário. Eles dever
ter levado todo o saque de volta à Jamaica para ser distribuído e
tributado pelo tribunal do vice-almirantado. Em vez disso,
imediatamente dividiram a sua porção entre si.
Apenas o lote dos proprietários deveria ser enviado para a Jama
Não querendo confiar o lote dos proprietários a Jennings, a tripulaç
ontratou os serviços de um saveiro local, o Dolphin. Esse navio de
toneladas curiosamente pertencia a um dos filhos de Thomas Walke
Neal.
Antes da partida do Dolphin, Jennings, Ashworth e Carnegie
ecidiram que o melhor curso de ação era informar aos proprietários
seus navios sobre a tomada do navio francês e a insubordinação do
homens. Eles redigiram um manifesto do conteúdo do Dolphin e
escreveram cartas detalhadas para seus proprietários e parceiros denegócios, confiando-as a Allen Bernard e ao intendente do Mary,
oseph Eels. Bernard e Eels embarcaram no Dolphin, cartas em mão
começaram a viagem de volta para casa.
Após a partida do Dolphin, Jennings conseguiu garantir o contr
do St. Marie e reuniu uma tripulação para ele, o Barsheba e o Mar
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navegarem para os naufrágios espanhóis. Eles chegaram poucos dia
depois, seu poder de fogo considerável presumivelmente assustando
navios de guarda espanhóis. Um navio mercante inglês que estava
passando relatou mais tarde que o St. Marie estava comandando um
tal de vinte e quatro navios ingleses nos destroços, metade jamaica
metade bermudenses, que “não permitiriam que franceses ou espanh
viessem aqui”. De acordo com o jovem médico do Barsheba, John
Cockrane, os mergulhadores conseguiram pegar “algum dinheiro d
água” antes de navegar de volta para Nassau. Não muito tempo depo
Jennings, ainda se considerando um corsário honrado, liderou o
Barsheba e o St. Marie de volta para a Jamaica.
É provável que Charles Vane não tenha retornado à Jamaica com
Barsheba. Não tinha nada lá para ele, exceto a possibilidade de
processos judiciais. Por outro lado, em Nova Providência ele tinha s
cota do tesouro, um bom porto à sua disposição e uma cidade cheia mãos de armas. Dada a sua personalidade, Vane foi provavelmente
líder do saque do St. Marie, então os proprietários não ficariam
atisfeitos com ele. Era melhor ficar em Nassau e desfrutar de uma v
alegre até o dinheiro acabar.
Hornigold e Thatch chegaram a Nassau no início de junho. El
tinham passado dois meses fora e a sociedade pirata em Nova
Providência tinha crescido na sua ausência. Dezenas de piráguas,
lanchas e saveiros se abrigavam dentro da ilha Hog, suas linhas
indicando uma mistura de origens: espanhóis, franceses, ingleses
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holandeses. Ao longo da costa, os piratas tinham encalhado algun
saveiros indesejados que haviam capturado, seus cascos saqueado
assando ao sol.
Em meio às palmeiras, palmitais e arbustos tropicais, a fumaç
subia dos fogos de cozinha de uma centena de cabanas, tendas ehoupanas. A maioria era feita de qualquer coisa que fosse útil: tronc
mastros antigos, conveses e cascos tomados por vermes e cobertos c
alha de palmito ou pedaços de lona velha. O tipo mais rude era o la
grupos de lenhadores trazidos de Campeche ou escravos negros e
ndígenas fugindo de seus donos em Cuba, São Domingos ou Jamaiigeiramente melhores eram os casebres dos bandidos e ex-marinhei
Nassau parecia um acampamento de náufragos, com marinheiros
cantando, dançando, bebendo e fornicando. Um número crescente d
mulheres e prostitutas estavam fixando residência na ilha, servindo
tabernas, consertando roupas, cozinhando e fazendo companhia aohomens durante a noite. Um jovem marinheiro, James Bonny, tinh
hegado recentemente da Carolina do Sul com sua esposa de dezess
anos de idade, Anne, a qual rapidamente ganhou má reputação por s
omportamento libertino. Para a maioria dos marinheiros, era um son
ealizado: muita comida, bebida, mulheres e lazer. E quando o dinhe
acabava, havia sempre algum outro navio para capturar, uma plantaç
para saquear, um naufrágio de navio de tesouro onde mergulhar.
As habitações melhores – casas simples de madeira – pertencia
aos comerciantes/contrabandistas que compravam o saque dos pirat
com rum barato, tabaco e munições, e às figuras importantes dos
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assentamentos. Uma vez essas casas haviam pertencido aos colono
cumpridores da lei de Nova Providência, mas a maioria tinha sido
forçada a fugir da cidade “por medo de ser assassinada”. Thomas
Barrow, o líder dos bandidos, os tinha ameaçado sem misericórdia
vistando-os em busca de dinheiro para bebidas e chicoteando qualq
um que se recusasse.
Até mesmo os comerciantes que vinham negociar com os pirat
não estavam necessariamente seguros. No porto, Barrow roubou um
bergantim da Nova Inglaterra e espancou o capitão de um saveiro
bermudense. Algumas embarcações ficavam aparentemente fora dolimites, incluindo o Richard & John, o saveiro de catorze tonelada
pertencente ao velho amigo pirata de Hornigold e Thatch, John
Cockram, e ao sogro influente de Cockram, Richard Thompson.
Cockram e seus irmãos, Joseph e Phillip, estavam comandando um
sindicato comercial de sucesso, com origem na ilha Harbour,transportando mercadorias piratas para Charleston e açúcar e
antimentos de volta para Nassau. Eles competiam com Benjamin Si
m veterano de quarenta anos de Nova Providência, e Neal Walker, c
saveiro Dolphin estava supostamente na Jamaica naquela época,
transportando uma carga do saque de Henry Jennings. Juntos, esse
comerciantes/contrabandistas forneciam apoio logístico vital para o
ratas das Bahamas. “Os próprios piratas muitas vezes me disseram
e não tivessem sido apoiados pelos comerciantes que traziam muniç
e mantimentos para eles, de acordo com suas orientações”, um ofici
colonial iria relatar em 1718, “eles nunca poderiam ter se tornado t
formidáveis, nem chegado a esse grau de força que eles têm”.
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Enquanto Hornigold procurava alguém para quem vender o
Benjamin, os outros compravam e vendiam bens e objetos pessoais
trocavam notícias e histórias com os bandidos e cortadores de lenh
Nesse meio-tempo, eles descobriram que os próprios homens deennings tinham se virado contra ele para saquear o St. Marie. Come
eixe fresco, abacaxi, carne de porco e de frango que nunca tinham v
o interior de um barril, e beberam vinho Madeira e rum de Barbado
Bellamy pode ter achado que tinha encontrado o paraíso: um
epública de marinheiros, libertados daqueles que queriam explorá-llivres para viver uma vida feliz, contanto que os agentes do império
pudessem ser mantidos afastados.
Hornigold encontrou um comprador para o Benjamin, um
omerciante da Virgínia chamado Perrin, que também adquiriu satisfa maior parte do seu butim. Com os recursos, o comodoro pirata
comprou outro saveiro, transferiu seus canhões e o batizou de
Adventure. O Adventure era consideravelmente menor e menos
ameaçador do que o Benjamin, provavelmente com apenas vinte
oneladas, aproximadamente. O negócio, Thomas Walker relatou, ha
nfraquecido Hornigold e “de certa forma, o tinha incapacitado de fa
s ataques em alto-mar que ele faria se tivesse continuado no coman
do Benjamin. Com o negócio feito, Hornigold supervisionou a
montagem de seu terceiro saveiro de guerra pirata.
Ele também estava preocupado com o futuro da república pira
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Tudo o que era necessário para acabar com ela, ele sabia, era que o
ingleses, franceses ou espanhóis enviassem três ou quatro navios d
uerra para Nassau. Mas se a cidade pudesse ser mais bem fortificad
autoridade podia ser mantida na baía. Ele olhou para os canhões d
variados tipos expostos nos veleiros no porto, depois para as ruínas
Forte Nassau. Sim, ele percebeu, tinha chegado o momento de armailha, e não apenas seus navios. Ele organizou Thatch e outros para
obterem canhões, polias, munições e pólvora e começou a rearmar
velha fortaleza.
Para Thomas Walker, essa foi a última gota. Por quase um ano, ua esposa e seus filhos tinham sido ameaçados e maltratados por es
adrões. Ele tinha implorado para o mundo exterior aniquilar os pira
ntes que eles ficassem fortes demais, mas não obteve sucesso. Ele sa
que seria morto se tentasse impedi-los de fortificar o porto. Se ele
conseguissem, seria muito mais difícil arrancá-los de lá. Reuniu sufamília e fugiu para Charleston, deixando Nassau para os piratas.
De volta à Jamaica, a vida de lorde Archibald Hamilton estava i
de mal a pior. A cada semana que passava, as notícias da Grã-Bretan
ficavam mais desanimadoras. Em meados de março, ele soube que
principal exército jacobita tinha sofrido uma derrota devastadora pe
da cidade inglesa de Preston e que pelo menos quatro mil homens
nham sido feitos prisioneiros. Segundo as notícias, James Stuart e
comitiva tinham desembarcado na Escócia, mas “não encontrando a
oisas de acordo com suas expectativas”, fugiram de volta para a Fra
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uatro dias4 depois. No final de abril, lorde Hamilton encontrou o no
o seu sobrinho Basil numa lista de nobres capturados em Preston e
estavam presos em Londres. A revolta tinha fracassado antes das
colônias terem tido a oportunidade de se juntar a ela.
As atividades jacobitas de lorde Hamilton estavam começando aazer consequências. Em março, Samuel Page, o secretário do conse
e administração da Jamaica, tinha embarcado para a Inglaterra levan
um maço de documentos condenatórios, cartas e depoimentos que
pretendia apresentar ao rei George. A Assembleia da Jamaica e o ex
comodoro do destacamento naval local estavam apresentando provacontra ele. Peter Heywood, um membro da conselho de administraçã
estava manobrando para substituir Hamilton como governador,
rofessando o seu apoio à “pessoa sagrada do rei George e sua famíl
Os corsários de Hamilton estavam lhe causando mais problema
As atividades de Jennings, Wills, Fernando, Ashworth e outros tinh
gerado uma enxurrada de cartas hostis dos governadores de Cuba e
São Domingos francesa. O governador Torres y Ayala de Havana
escreveu que “vários senhores da Jamaica” tinham dito a ele que
amilton “era proprietário de parte de todas as embarcações que tinh
sido enviadas para o nosso acampamento” em Palmar de Ayz; todoesouro tinha que ser devolvido e os autores apreendidos e punidos.
embaixador de Cuba na Jamaica tinha rastreado uma parte do dinhe
oubado até a casa do próprio Hamilton. Recentemente, houve a ques
o Dolphin, uma pequena corveta bahamense que tinha aparecido ch
e bens que Jennings e seu bando haviam recentemente saqueado de
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navio francês.
Em seguida, veio o próprio Henry Jennings, com o St. Marie
reboque, embora sem as moedas e objetos de valor que um dia ele
carregou. Para completar, uma delegação oficial francesa chegou
trazendo uma carta do governador de São Domingos exigindo adevolução do seu navio e de outro veleiro francês que teria sido
apturado por Jennings. “Eu acredito, meu senhor, que todas essas aç
evem ocasionar horror”, o governador tinha escrito a Hamilton. “Eu
que vários corsários têm propriedades na Jamaica. É mais do que ju
que elas sejam vendidas e o dinheiro empregado em reparar o mal qzeram. Eu assim o exijo de Vossa Excelência, em nome da justiça”
comitiva incluía o capitão Escoubet, que estava extremamente irrita
por ver seu navio, o St. Marie, ancorado em Port Royal aguardando
condenação de Hamilton.
Se a revolta jacobita tivesse tido sucesso, Hamilton poderia teusado os corsários para financiar sua administração e proteger as
olônias vizinhas para o legítimo rei da Inglaterra e da Escócia. Em v
disso, eles tinham se tornado um fardo; teriam que ser reunidos e
sacrificados pela causa. Ele deu ordens para que Jennings e os outr
capitães não conseguissem permissão para sair da ilha.
Pouco tempo depois, no final de julho, bateram à porta de
Hamilton. O HMS Adventure tinha chegado da Grã-Bretanha trazen
rdens do rei George. Lorde Hamilton deveria ser preso e entregue p
a Inglaterra em correntes. Peter Heywood, o líder dos adversários d
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amilton no conselho de administração, tinha sido nomeado governa
e imediatamente começou uma investigação completa nos corsários
Hamilton. A licença de Jennings tinha sido apreendida e ele se
escondeu.
Mas isso foi uma coisa boa, pois no final de agosto outro navhegou de Londres trazendo uma proclamação oficial do rei George.
foi impressa e afixada pela ilha em 30 de agosto e distribuída nas
Américas britânicas nas semanas que se seguiram. O rei tinha declar
Jennings, Carnegie, Ashworth, Wills e outros como piratas.
Quando isso aconteceu, Jennings e seus homens já estavam a m
caminho de seu santuário, fora do alcance da lei: as Bahamas.
oje, parte da Indonésia.A Isla de los Piños [Ilha dos Pinheiros] mais tarde serviu de modelo para o livro A ilha do tesouro, de Robert Louis Ste
egunda maior ilha de Cuba, ela foi renomeada após a revolução de 1959, passando a se chamar Isla de la Juventud.abe-se que Bellamy se livrou do Benjamin entre o final de maio e a primeira semana de julho, quando Musson o capturou. Re
ue parecem datar de maio de 1716 colocam um navio pirata compatível com o Benjamin nas Bahamas.a realidade, James Stuart chegou a ficar várias semanas na Escócia.
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CAPÍTULO SEIS
Irmãos dos mares
Junho de 1716 - Março de 1717
o final de junho ou início de julho de 1716, os piratas se reagruparam em seu esconderijo em
mingos: Bellamy e Williams no Marianne, Hornigold e Thatch no recém-adquirido sa
venture e La Buse a bordo do Postillion. Tudo devia estar indo bem. Os três saveiros tinham
mpos recentemente e estavam abastecidos, com água doce, vinho, munições e pólvora de
ardados embaixo do convés. Havia cerca de duzentos homens entre eles e um refúgio segu
de podiam sair repentinamente e atacar navios mercantes que navegassem pela passage
ndward.
Mas as relações entre as tripulações piratas estavam tensas. O
ontrole de Hornigold sobre a pequena esquadra estava fracassando, causa da sua relutância em atacar navios ingleses e holandeses. Ele
onsiderava um justiceiro, acertando contas antigas com os francese
espanhóis; navios amigos eram atacados apenas como um último
recurso, para conseguir mantimentos vitais ou substituir tripulante
mortos. Bellamy e Williams pensavam diferente, e La Buse e suapulação, em grande parte francesa, não via nenhuma razão para pou
a navegação inglesa.
Enquanto Hornigold esteve afastado em Nassau, Bellamy e L
Buse tinham atacado vários navios ingleses na costa sul de Cuba,
apreendendo homens, mantimentos e bebidas alcoólicas. Quando
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etornou, Hornigold ficou com raiva ao saber disso. No calor de ago
s tensões chegaram a seu ponto mais alto. Bellamy e La Buse queri
saquear um navio inglês; Hornigold novamente recusou. A bordo d
dventure, muitos dos homens de Hornigold pediram seu impeachm
O comodoro estava fazendo vista grossa para capturas valiosas e tin
perdido o Benjamin. Talvez uma liderança mais nova e mais radicafosse melhor. O intendente provavelmente chamou o bando para um
votação. Hornigold tinha perdido a confiança de dois terços da
tripulação. A maioria estava pronta para uma pirataria vale-tudo e
decidiu juntar-se a Bellamy e a La Buse a bordo de suas corvetas.
Hornigold, eles decretaram, podia ficar com o Adventure, mas devedeixar o ponto de encontro imediatamente e não voltar lá novament
Humilhado, o comodoro deposto voltou para as Bahamas, com vinte
seis homens leais, incluindo o seu protegido, Edward Thatch.
Até mesmo para um pirata, a velocidade com que Samuel Bella
subiu ao poder foi impressionante. Apenas um ano depois de deixa
Nova Inglaterra como um marinheiro sem dinheiro, ele tinha se torna
o comodoro de um bando de cento e setenta piratas.
Ele e Williams já tinham conquistado butins no valor de milha
de libras, mais dinheiro do que ele e seus companheiros marinheiro
jamais poderiam ter esperado ver em uma vida inteira de serviço
legítimo. Ele tinha vinte e sete anos e sua carreira estava apenas
começando.
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A maioria dos noventa homens na tripulação do seu próprio nav
ra de ingleses e irlandeses, com alguns escoceses, galeses, espanhó
holandeses, um sueco e pelo menos dois descendentes de africanos
maioria deles estava com seus vinte ou trinta e poucos anos, ex-
arinheiros e corsários que haviam entrado voluntariamente na pirata
Alguns tinham sido forçados a servir, pelo menos no início. John
Fletcher, que Hornigold tinha sequestrado do Blackett em outubro
1715, acabou abraçando a vida pirata; a tripulação gostava e confiav
nto nele que o tinha elegido para servir como intendente do Marian
utros eram prisioneiros relutantes, como Richard Caverley, apreend
e um saveiro inglês por causa de suas habilidades de navegação, e PHoff, um sueco de trinta e quatro anos de idade com amplo
conhecimento do sul do Caribe. Bellamy precisaria dos seus
conhecimentos nos meses seguintes.
Depois da partida de Hornigold, Bellamy e La Buse detiveramvárias canoas à vela, lanchas e barcos de carga, que mantiveram seu
galeões abastecidos. Eles parecem ter relaxado no final do verão,
omendo, bebendo e se divertindo. Em setembro, Bellamy achou que
hora de expandir seus horizontes. Propôs à sua tripulação que
navegassem para o leste, ao longo das Antilhas até o Continente
Espanhol, perseguindo qualquer vela que cruzasse sua rota. Seus
homens concordaram, assim como aqueles sob o comando de La Bu
No auge da temporada de furacões, eles começaram sua jornada sain
de São Domingos.
Navegaram contra as correntes de vento, alinhavando sua rota
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longo das margens montanhosas de São Domingos e Porto Rico. F
uma viagem tranquila, pontuada apenas pela variedade de vida marin
ue atravessava sua rota: um curioso bando de golfinhos ou uma casc
e peixes voadores se dispersando assustados diante do casco do nav
Mas quando eles estavam passando pelo extremo de Porto Rico e
começavam a travessia para St. Thomas, um vigia avistou o contornrevelador de um navio de três mastros no horizonte. Enquanto ele
minuíam a distância, Bellamy pôde ver que ele era muito grande – u
ragata, na verdade –, drapejando as cores francesas. Uma longa fila
portinholas de canhões apontava em sua lateral, com uma segunda f
mais curta na popa e na proa. Eram quarenta canhões ao todo, fazendela uma fragata menor, semelhante ao St. Marie, o navio francês q
les tinham saqueado debaixo do nariz de Jennings. Ao contrário do
Marie, no entanto, esse navio estava totalmente armado e não estav
onfinado em um porto, ancorado ao fundo do mar. Suas velas estav
çadas e seus grandes canhões estavam prontos para a ação. Uma prepoderosa, com certeza, uma que poderia permitir que eles atacassem
quase qualquer coisa nas Índias Ocidentais, mas não uma fácil de
conquistar. Bellamy consultou La Buse e seus homens e resolveu
arriscar um ataque ousado.
Bellamy e La Buse estavam perdendo em número de canhões d
dois por um, então eles tinham que contar em manobrar seu podero
oponente. Eles não foram capazes de fazê-lo, infelizmente. O navi
francês soltou uma salva de artilharia contra o Marianne, com as ba
e canhão rasgando suas plataformas e mandando estilhaços em toda
ireções. Depois de uma hora de batalha, Bellamy suspendeu o ataq
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Um de seus homens estava morto e três estavam gravemente feridos.
navio francês prosseguiu seu caminho.
Eles passaram outubro e novembro rondando as Ilhas Virgens
então um arquipélago esparsamente povoado, disputado por quatro
nações. Quinhentos colonos dinamarqueses viviam em St. Thomasupervisionando o trabalho de mais de três mil escravos africanos; vá
centenas de ingleses viviam em Tortuga, a parte mais ocidental da
olônia britânica espalhada nas Ilhas de Sotavento, que se estendia p
quatrocentos e oitenta quilômetros das Antilhas às ilhas Antígua e
Névis. Ambos, dinamarqueses e ingleses, reivindicavam a desabitadilha St. John, franceses e dinamarqueses discutiam por causa de St
Croix, enquanto os espanhóis detinham várias outras ilhas. Com tan
nações rivais disputando uma área tão pequena, as Ilhas Virgens
roporcionavam condições ideais para rápidas incursões de ataque co
as de Bellamy e La Buse. Eles poderiam roubar um navio mercantefugir “pela fronteira”, se um navio de guerra ou embarcação da guar
osteira tentasse persegui-los. Os butins acabaram sendo pequenos, m
eles se mantiveram com comida e bebida, atacando uma variedade d
navios de pesca infelizes e um navio de carga francês transportand
arinha e bacalhau. Em pelo menos uma ocasião, eles forçaram home
solteiros a se juntar a eles, mas deixaram os homens casados livres
sabendo que seus laços familiares faziam com que fosse muito mai
difícil moldá-los em bandidos comprometidos.
Na manhã do dia 9 de novembro, enquanto os piratas cruzavam
rga passagem entre St. Thomas e St. Croix, o sol nascente revelou u
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orveta se aproximando do oeste. Ainda era manhã, o vento mal enc
uas velas, mas ela estava atrás deles. Bellamy e La Buse eram capaz
de se apossar do navio, um navio mercante drapejando as cores
britânicas.
Bellamy ordenou ao seu canhoneiro que disparasse um canhãsobre a proa do veleiro, enquanto La Buse tinha uma grande bandei
egra “com uma cabeça e os ossos cruzados da morte” hasteada no to
do mastro do Postillion.
O capitão do saveiro, Abijah Savage, viu que não havia nenhu
sentido em resistir. Cada um dos saveiros piratas tinha oito canhões
entre oitenta e noventa homens. O navio de Savage, o Bonetta, esta
desarmado e lotado com passageiros que viajavam da Jamaica para s
ha natal de Antígua, a capital das Ilhas de Sotavento britânicas. Ha
um menino temperamental de nove ou dez anos de idade viajando co
ua mãe, um fazendeiro antiguano indo para casa na companhia de senino índio escravo, um negro ou dois, e alguns ajudantes contratad
não eram páreo para os saveiros que se aproximavam, seus convese
cheios de homens armados e com aspecto selvagem. Savage fez o qu
praticamente todo comandante fazia quando confrontado por pirata
em organizados. Recolheu sua bandeira e virou o navio contra o vendeixando suas velas esvoaçando inutilmente, como roupa pendurad
para secar – o sinal marítimo universal de capitulação. O Bonetta
derivou até parar, balançando suavemente nas ondas. Savage e seu
homens içaram um barco pela lateral, entraram nele e remaram até
Marianne para ver o que seus captores queriam deles.
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Em assembleia, os piratas decidiram deter o Bonetta e tudo ma
naquele momento. Não demoraria muito para que os saveiros
precisassem ser limpos novamente, e eles precisariam de um navio
sobra para apoiá-los na querenagem. Savage e seus homens ficaram
onfinados a bordo do Marianne enquanto os piratas tomaram posse
ua embarcação e seguiram caminho para a nada deserta ilha St. Cro
Savage e sua tripulação permaneceram presos por quinze dias, qua
todos passados ancorados no porto de St. Croix. Durante esse temp
conforme Savage relatou mais tarde, Bellamy e La Buse estavam
preocupados principalmente em trocar seus saveiros por um navio c
capacidade para entrar em combate, o que, com sorte, eles acreditavue “deveriam ser capazes de conquistar e fazer uma viagem”. Enqua
os piratas limpavam os cascos de suas embarcações, três dos homen
prisionados fugiram para a folhagem densa que circundava o porto.
piratas recapturaram um dos fugitivos, o sueco Peter Hoff, a quem e
“severamente chicotearam” pela infração.
Com os saveiros limpos, Bellamy informou a Savage que ele, s
homens e sua carga estavam livres para partir. Os piratas, que uma
testemunha disse que “fingiam ser os homens de Robbin Hood”,
também tinham uma inclinação por roupas caras e pegaram as roup
dos passageiros ricos. Eles também apreenderam o escravo negro e
menino índio pertencentes ao fazendeiro antiguano, mas estavam
dispostos a liberar o restante dos passageiros e tripulantes. Porém, u
os passageiros de Savage, a criança de nove ou dez anos de idade Jo
ing, implorou para os piratas levá-lo com eles. Quando sua mãe ten
mpedi-lo, King a ameaçou com violência e, segundo Savage, “declar
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ue se mataria se fosse impedido” de se juntar à tripulação de Bellam
Os piratas devem ter se divertido com o menino, vestido com meias
seda e sapatos de couro fino, e o levaram a bordo do Marianne. Hav
ma abundância de meninos de dez anos de idade em navios da mari
navios mercantes, e agora eles próprios tinham dois. Para o horror
Sra. King, seu filho fez um juramento de lealdade para com os pirat
prometendo não roubar sequer uma única peça de oito do bando,
navegou com seus novos companheiros.
Bellamy estava bem ciente de que uma vez que o capitão Savag
chegasse a Antígua, o alarme iria se espalhar através das Ilhas deSotavento. Os piratas precisavam ficar à frente de seus ex-prisioneir
navegando rapidamente pela corrente com destino ao Continente
Espanhol. De St. Croix, eles seguiram para Saba, uma ilha holande
alta e irregular, cento e vinte quilômetros mais ao leste, com os olho
abertos em busca de um navio de combate adequado.Eles não esperaram muito. No dia seguinte, com Saba aparecen
o nordeste, eles avistaram e alcançaram um navio mercante armado
Sultana, um galeão britânico com mareagem de navio e vinte e sei
anhões, era uma embarcação formidável, mas consideravelmente me
do que o navio francês de quarenta canhões que eles tinham tentadomar várias semanas antes. Bellamy e La Buse içaram as bandeiras
caveira e ossos cruzados, confiantes de que desta vez eles tinham
encontrado um adversário com o qual eles poderiam lidar. Mal sabia
eles como a batalha seria fácil! O capitão do Sultana, John Richard
stava em sua cabine, sofrendo com os ferimentos que tinha recebido
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início da viagem e inteiramente incapaz de organizar a sua defesa.
Marianne e o Postillion rapidamente o alcançaram. O Sultana nun
chegaria à baía de Campeche para pegar uma carga de lenha, como
planejado. Em vez disso, ele se tornaria um navio pirata.
Com a aprovação da tripulação, Bellamy assumiu o comando dSultana. O navio representava um aumento significativo no poder d
ratas. Como um galeão, ele havia sido construído para ter velocidad
manobrabilidade, com plataformas de acesso e um casco liso e estrei
O Sultana não era tão grande quanto Bellamy gostaria, mas era um
xcelente trampolim, uma ferramenta que iria ajudá-lo a conseguir ufragata adequada. O prestígio de Bellamy entre a tripulação era tão
grande que eles selecionaram seu amigo e confidente, Paulsgrave
Williams, para assumir o comando do Marianne. O ourives e o men
de fazenda agora estavam no nível de causar sérios prejuízos aos
comerciantes do Atlântico.Poucas horas depois, os piratas capturaram um segundo navio,
navio mercante desajeitado sob o comando de um capitão chamado
Tosor, que estava navegando para Campeche sob a proteção das arm
do Sultana. A embarcação de Tosor foi saqueada e, como os pirata
estavam sentindo cada vez mais a falta de mão de obra, vários de sehomens foram forçados ao serviço.
O próprio Tosor foi libertado para seguir sua rota para Campec
em seu navio. Um dos tripulantes de Bellamy, Simon Van Vorst, u
holandês de vinte e quatro anos de idade nascido na ex-cidade
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olandesa de Nova York, mais tarde se lembrou de ter visto muitos d
orçados “chorar e expressar sua dor” por causa de seu destino. Mais
que alguns mudariam de ideia ao perceberem o tesouro que se
acumularia ao longo dos próximos meses.
A esquadra de três navios continuou ao longo das Ilhas de
Sotavento, passando os postos britânicos em São Cristóvão, Névis
Montserrat. Desejando evitar confusão com a Marinha Real, eles
fizeram um grande desvio em Antígua. Não precisavam ter se
preocupado. Naquela época, não havia um único navio de guerra britânico entre a Jamaica e Barbados.
Em Antígua, o governador das Ilhas de Sotavento britânicas,
Walter Hamilton1, com a chegada do capitão Savage, tinha sido
informado da presença dos piratas, mas não tinha meios para revidaNaquele momento, um saveiro mercante estava correndo para Barbad
com uma mensagem urgente para seu colega de lá, pedindo que ele
espachasse seu navio de guarda, o HMS Scarborough, para protege
transporte inglês da “bicharada de piratas”. Mas a distância até
Barbados era de quatrocentos quilômetros, e se seu pedido fosse
atendido, Hamilton sabia que demoraria três semanas até que a ajud
pudesse chegar à sua colônia afastada e mal defendida.
Na segunda semana de dezembro, os piratas capturaram um par
embarcações mercantes dentro da área de visão da ilha francesa de
Guadalupe, que eles saquearam à procura de alimentos e outras
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necessidades. Em seguida, voltaram-se ao Sudoeste, deixando as
Pequenas Antilhas e seus governadores irritados desaparecerem
entamente atrás do horizonte. Bellamy sabia que era hora de encont
um refúgio para revisar seu navio mais importante, seu novo navio
rincipal, e se preparar para coisas maiores. Eles navegaram para águ
spanholas, até a remota ilha La Blanquilla, onde poderiam realizar tarefas sem perturbação.
Em 19 de dezembro, a quarenta quilômetros de La Blanquilla
fizeram outra captura, cercando o St. Michael , um navio mercante
britânico de longo curso vindo de Bristol para a Jamaica. O capitãames Williams estava transportando uma carga de mantimentos que
tinha embarcado em Cork três meses antes: barris de farinha, grãos
carne de porco salgada e a carne curada tão valorizada pelo povo d
ingston e Port Royal. O St. Michael estava armado apenas levemen
a resistência era inútil. Os homens do Marianne e do Postillionassumiram o controle do navio e definiram um caminho para La
Blanquilla.
La Blanquilla, “a branca”, ficava a cento e sessenta quilômetros
osta do que hoje é a Venezuela, uma ilha baixa, de calcário, cercada
raias de areia branca largas e suavemente inclinadas. Uma área afastsolitária, La Blanquilla há muito era a parada de descanso favorita
marinheiros. Suas praias eram perfeitas para querenar, e os únicos
habitantes eram papagaios e atobás. Os piratas permaneceram na ilh
por pelo menos duas semanas, até o Natal e o Ano Novo, período
durante o qual eles converteram o Sultana num navio de guerra e
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adicionaram quatro dos canhões do St. Michael ao Marianne.
Pretendiam libertar o capitão Williams e o St. Michael , mas forçara
catorze de seus homens a ajudar a tripular o Sultana. Bellamy deve
se preocupado com a manutenção de seu novo navio principal, poi
uatro dos homens recrutados eram carpinteiros. Muitos desses hom
ficaram horrorizados e imploraram aos piratas para os deixarem noMichael . Um deles, Tom South, ouviu da tripulação do navio que el
“prometiam que iriam matá-lo antes de libertá-lo”; quando South
sistiu, Bellamy ameaçou abandoná-lo numa ilha deserta para morre
de ou fome. A outro carpinteiro, Owen Williams, foi prometido qu
ele viesse em silêncio e ajudasse os piratas com os reparos em cursles iriam libertá-lo na próxima captura que fizessem. Silenciosamen
ou não, os homens forçados viram, pesarosos, o St. Michael levant
âncora e continuar sua rota para a Jamaica. Pouco depois, o Postilli
também levantou âncora. Os homens de Olivier La Buse tinham
decidido pegar sua quota do saque e ir embora por conta própria. Elsaíram em bons termos com seus irmãos ingleses, mas não devem te
ficado interessados no grande plano de Bellamy: capturar um navi
ainda maior e fazer um navio de guerra capaz de destruir o HMS
Scarborough ou qualquer outro navio de guerra britânico servindo n
Índias Ocidentais.
Bellamy e Williams pensavam que as coisas podiam ter esfriad
uficiente para que eles voltassem até as Ilhas de Sotavento. Eles far
seu caminho de volta pela passagem de Windward, prontos para
interceptar qualquer navio que cruzasse seu caminho. Então, talvez
chegaria a hora de voltar para as Bahamas. Eles forçaram os novos
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omens tirados do St. Michael a fazerem o juramento, lendo as regra
navio e fazendo-os prometer não roubar o saque comunitário, que e
mantido num grande depósito a bordo do Sultana, cuidadosament
gistrado pelo intendente recém-eleito de Bellamy, Richard Noland.
prisioneiros relataram mais tarde que Noland declarou que “se algu
quisesse dinheiro, podia tê-lo”. Ele marcava as retiradas num livrocaixa, deduzindo-as da quota do interessado no saque, como se el
stivesse fazendo uma espécie de cooperativa de crédito pirata. Com
novos homens jurados, os dois navios piratas começaram a seguir d
volta para as Ilhas Virgens.
O clima, até então, tinha sido consistente: os ventos soprando
onstantemente do nordeste e leste-nordeste, às vezes trazendo porç
e nuvens de chuva, um banho de água doce bem-vindo para resfriar
corpos dos homens e lavar dias de sal e sujeira acumulados. Mas, n
final de janeiro, os ventos começaram a acelerar, esculpindo cristaespumosas, brancas e raivosas na superfície do mar, que encapelou
ondas altas2. A temporada de furacões tinha acabado, mas a ventan
estava se tornando perigosa. Os piratas decidiram não arriscar e
buscaram abrigo no porto mais próximo, que acabou sendo um lug
amiliar: St. Croix, a ilha desabitada onde eles tinham passado a ma
parte de novembro. Mas havia uma surpresa esperando por eles ali
O ancoradouro deserto estava cheio de detritos de batalha. No
ecifes que guardavam a entrada do porto, as ondas golpeavam os res
de um navio que aparentemente tinha queimado na linha de flutuaçã
Outra grande corveta estava semissubmersa dentro do porto, seu cas
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erfurado com feridas de balas de canhões de dois e três quilos. Qua
Sultana se aproximava, Bellamy pôde ver que alguém tinha tirado
mastro, gurupés, âncoras, carga e mareagem. Uma pequena bateria d
eças de artilharia havia sido montada por trás de muralhas de barro
praia, mas tinha sido claramente bombardeada do mar.
Bellamy não teve que esperar muito tempo para descobrir o qu
tinha acontecido. Homens esfarrapados se arrastaram para fora da
floresta e começaram a acenar e chamar por eles da praia. Alguns era
brancos, alguns negros e outros no meio termo, mas todos pareciam
cansados e com fome. Esses homens eram também piratas, os cerca em sobreviventes de uma pequena frota de seis navios comandada p
hn Martel, outro corsário jamaicano que virou pirata. Como Bellam
Williams, o bando de Martel tinha saqueado as Antilhas durante mes
capturando navios e corvetas de todos os tipos, e tinha vindo para S
Croix no início de janeiro para limpar seus navios. Infelizmente pales, em 16 de janeiro, o HMS Scarborough3 ancorou na foz do port
começou a bombardear as embarcações com seus canhões. Os pirat
revidaram com a artilharia de quatro canhões que tinham montado n
raia, mas os canhões do Scarborough logo os tiraram de ação. Por
curto período de tempo, os piratas pensaram que poderiam ser
poupados: a fragata de quinta classe era muito grande para entrar n
orto e se retirou. Os piratas se amontoaram a bordo do navio princi
e Martel, o galeão de vinte e dois canhões John & Marshall , para fu
mas acabaram encalhando no recife. Vendo o Scarborough voltando
direção a eles, Martel ordenou que os homens abandonassem e
ncendiassem o galeão, que carregava quarenta escravos negros que
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iratas haviam tomado algumas semanas antes. Vinte escravos morre
ueimados, provavelmente porque ainda estavam acorrentados no po
Martel e dezenove dos piratas fugiram num pequeno saveiro captura
ntes que o Scarborough chegasse, mas os outros cerca de cem pirat
escravos foram deixados para se esconder na mata. Os marinheiros
fuzileiros navais do Scarborough recapturaram oito dos escravos esaquearam a carga e bens de valor dos saveiros antes da partir com
resto de seu butim.
Os piratas de Martel ficaram extremamente felizes em ver os
homens de Bellamy, sabendo que era apenas uma questão de tempantes que as autoridades voltassem para caçá-los. Os sentimentos d
mais ou menos vinte negros no grupo de Martel é mais difícil de
determinar. O fato de terem sobrevivido sugere que eles não estavam
acorrentados no porão do John & Marshall e, portanto, não eram
considerados carga. Quando Martel capturou o navio negreiroGreyhound Galley, pode ser que cerca de vinte ou mais homens de s
tripulação fossem de ascendência africana. Não era incomum para o
egreiros empregar marinheiros negros em sua tripulação. Esses hom
eram geralmente nascidos nas Índias Ocidentais, alguns filhos de
africanos que haviam sido libertados por seus senhores. Eram mai
sistentes às doenças tropicais mortais da África Ocidental e das Índ
Ocidentais do que os marinheiros britânicos, e como eles (ou seus
donos) provavelmente recebiam menos, eram mercenários atrativos.
piratas daquela época eram conhecidos por muitas vezes libertar o
africanos que encontravam a bordo de navios negreiros, sabendo qu
les eram lutadores ferozes e comprometidos; outros os tratavam com
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arga e os vendiam como tal. O bando de Martel pode ter feito ambo
ipulação e os serviçais das Índias Ocidentais que falavam inglês for
onvidados a se juntar ao bando de piratas, enquanto os assustados q
lavam akan e igbo permaneceram no porão. Seja qual for a posição
vinte negros que sobreviveram, Bellamy e Williams parecem tê-lo
ecebido a bordo como membros iguais de seu bando, juntamente cos oitenta ou noventa piratas brancos que os saudaram naquela praia
St. Croix.
A escassez de mão de obra de Bellamy tinha sido resolvida com
tomada de um só saveiro. Mas o recrutamento repentino de cerca dcento e trinta homens deixou os membros veteranos da tripulação u
ouco incomodados. Os oitenta piratas originais de Bellamy e Willia
ue tinham aprendido a confiar uns nos outros durante as aventuras
últimos seis meses, agora tinham sido superados por estranhos, num
proporção quase de dois por um, incluindo homens recrutados à forSerá que esses novos homens podiam ser de confiança no calor da
batalha, ou será que eles iriam aproveitar a primeira oportunidade p
ugir com o tesouro do bando, como o próprio Bellamy tinha feito c
Henry Jennings no ano anterior? Apenas o tempo diria.
Temendo o retorno do Scarborough, os piratas resolveram deixSt. Croix o mais rápido possível. Eles precisavam de um novo refúg
para enfrentar a tempestade. A solução de Bellamy era particularmen
audaciosa e sugestiva da crescente força e confiança de seu
mpreendimento. Em vez de se esconder em alguma ilha desabitada,
piratas seguiram diretamente para o principal posto avançado britân
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ara colonizar nem para ter qualquer despesa com ela”. Ainda assim
piratas deve ter se divertido com a mudança nas circunstâncias,
dominando um dos bens de Sua Majestade como se fosse deles
róprios. Alguns dos colonos menos respeitáveis ficaram felizes em
s piratas e supostamente “os mimaram e lhes deram dinheiro”. Algu
podem até ter se juntado ao bando de Bellamy, com suas perspectivomo serviçais em terra parecendo menos atraentes em comparação. M
enquanto alguns dos colonos se engraçavam para o lado dos pirata
ários dos tripulantes forçados de Bellamy pularam para fora do bar
implorando ao vice-governador Hornby que os abrigasse. Hornby
oncordou, mas voltou atrás em sua promessa quando Bellamy manddizer “que eles iriam queimar e destruir a cidade” se os desertores n
fossem devolvidos. Hornby obedeceu e os piratas deixaram Spanis
Town com mais homens do que tinham quando chegaram.
Bem alimentados, descansados e com seus números reforçadosratas estavam prontos para enfrentar o Scarborough ou qualquer ou
avio com o qual se deparassem. Eles conversaram entre si e decidir
que a passagem de Windward provavelmente seria o melhor lugar pa
emboscar um navio de grande porte com capacidade para combate
ellamy e Williams estavam voltando para onde haviam iniciado, só
com cerca de três vezes mais homens e poder de fogo. A cada mês q
assava, mais e mais pessoas menos “respeitáveis” pareciam disposta
participar de seu bando: marinheiros, escravos e servos. Bellamy e
Williams tinham começado como ladrões, mas estavam se descobrin
deres de uma revolução nascente. O que eles realmente precisavam
de um navio propriamente adequado.
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Naquele exato momento, no porto de Port Royal, o navio merca
armado Whydah estava se preparando para partir para Londres. O
Whydah tinha tudo o que um pirata podia querer. Ele era poderoso
inha dezoito canhões de três quilos montados, e espaço para mais dm tempos de guerra. E era rápido: um navio construído como galeão
três mastros, capaz de atingir uma velocidade de até vinte e quatro
quilômetros por hora, perfeito para o transporte de escravos pelo
Atlântico. Seu casco de trezentos litros era capaz de transportar ent
quinhentos e setecentos escravos ou um grande estoque de tesouro
aqueados. Ele representava um dos mais avançados sistemas bélicos
eu tempo, o tipo de tecnologia que podia ser extremamente perigosa
caísse em mãos erradas.
O capitão do Whydah, Lawrence Prince, estava ansioso para che
m casa. Ele tinha estado no mar durante a maior parte do ano, primeiajando de Londres para a Costa de Escravos do Golfo da Guiné, on
onseguiu comprar centenas de escravos a preço de pechincha, pagan
“trinta barras de ferro” cada mulher adulta. Prince tinha atravessado
Atlântico para a Jamaica, vendendo seus escravos nas docas de
Kingston. A tripulação estava carregando para bordo do Whydah o qhaviam arrecadado com a venda dos escravos: açúcar da Jamaica,
corantes índigos e baús de prata e ouro. Com sorte, o capitão Prince
sua tripulação de cinquenta homens estariam de volta em Londres n
início de junho, completando o “comércio triangular” lucrativo, qu
podia converter uma carga de ferro e contas coloridas em montes d
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ouro.
O Whydah levantou âncora na última semana de fevereiro e
omeçou o que o capitão Prince sabia que seria a parte mais perigosa
sua jornada. Antes de chegar ao Atlântico aberto, o navio teria que
enfrentar um corredor de redutos de piratas: Cuba oriental, Sãoomingos e o mais famoso, as Bahamas. Mas Prince se sentia confia
u navio rápido e poderoso podia ganhar de alguns saveiros piratas.
nha navegado o Whydah por essas águas antes, em 1714, e nenhum
guarda-costas, corsários franceses ou bandidos em piráguas das
Bahamas tinham ousado desafiá-lo.
O primeiro sinal de perigo surgiu depois de apenas alguns dias
iagem, enquanto o Whydah fazia sua rota entre Cuba e São Doming
Um vigia percebeu que um par de embarcações os estava seguindo
através da passagem de Windward e parecia estar se aproximando
Quando Prince examinou as embarcações – um navio de guerra detamanho médio e um saveiro de guerra –, ele pode ter pensado que
Marinha Real estava se aproximando. Eles levavam a bandeira com
insígnia da Union Jack 4 e pareciam do tamanho certo para serem o
Adventure e o Swift , os navios da Sua Majestade estacionados na
amaica. O navio de guerra era, em todo caso, muito grande para ser avio pirata. Mas à medida que o dia passava, Prince ficou preocupa
O casco do navio maior era um galeão, não uma fragata, o que
escartava o HMS Adventure. Tanto o galeão quanto o saveiro parec
er homens demais no convés para serem inocentes navios mercantes
s velas do saveiro estavam cobertas de remendos, como se não tives
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visto um estaleiro próprio em um ano ou mais. O mais preocupante e
que eles continuaram seguindo um curso de interceptação e estavam
aproximando. Prince ordenou mais vela e colocou a tripulação em
estado de alerta. A perseguição começou.
Ela durou três dias. Quando o Whydah finalmente entrou noalcance dos canhões do Sultana e do Marianne, os navios estavam
metade do caminho para as Bahamas, perto de Long Island e a cerca
quatrocentos e oitenta quilômetros de onde eles haviam começado
O Whydah, testando seu alcance, disparou um par de tiros no
Marianne com um pequeno canhão de perseguição montado na pop
eles espirraram na água do mar morno. Uma luta sangrenta parecia
iminente.
Bellamy avaliou a situação. Ele sentia confiança de que ele e
Williams podiam tomar o navio maior, mas uma batalha prolongadcausaria um dano extenso a todos os três navios, dano que os pirata
podiam não ser capaz de reparar facilmente. Eles tentariam
primeiramente a guerra psicológica. Ele, Williams e todos os seus
homens colocaram todos os seus mosquetes, espadas e lanças de ca
longo em ampla exposição. Alguns seguravam granadas artesanaissferas de ferro cheias de pólvora e com um pavio. Muitos deles usav
oupas finas roubadas dos capitães e passageiros ricos que eles tinh
aqueado – coletes, abotoaduras, colares, chapéus elaborados de sed
feltro, talvez até uma peruca ou duas. Nesses homens de aparência
elvagem e áspera, tudo isso só podia ser interpretado como troféus
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guerra. Particularmente aterrorizante para o capitão Prince e sua
tripulação negreira eram os vinte e cinco homens negros espalhado
entre os piratas, suas mãos livres segurando espadas e machados.
Prince se rendeu, tendo disparado apenas dois tiros. Os piratas
espalharam pelo Whydah, algazarrando e gritando em triunfo. “BlacSam” Bellamy tinha adquirido um navio digno de Henry Avery. O
menino pobre da região oeste era agora um próprio rei pirata.
Enquanto Bellamy estava formando sua frota pirata, HornigoldThatch estavam supervisionando o desenvolvimento da base dos pira
nas Bahamas. Eles continuaram atacando a navegação no estreito d
Flórida, empilhando os destroços de seus navios capturados nas pra
do porto de Nassau. Mas entre as viagens, Hornigold continuou a ag
como o líder da Gangue Voadora. Ele e seu tenente organizaram atransferência de canhões para as muralhas em ruínas do Forte Nass
ara ajudar a repelir um ataque espanhol ou inglês. No outono de 17
m dos bandos de piratas capturou um grande navio espanhol de Cád
trouxe para Nassau. Esse navio espanhol, grande e desajeitado dem
para se tornar um navio pirata, normalmente teria sido encalhado
queimado na costa da ilha Hog. Mas Hornigold percebeu que o nav
poderia cobrir uma brecha nas defesas do porto. Os piratas o armara
com trinta e dois canhões retirados de vários navios capturados e, e
meados do final do inverno, ele estava de sentinela perto da entrada
orto, uma plataforma de canhões flutuante capaz de expulsar visitan
indesejados. Tais precauções funcionaram. Quando um grupo de
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omerciantes preocupados mandaram um par de navios de Londres p
ver “qual seria a melhor forma de desalojar os piratas”, os piratas
capturaram um e mandaram o segundo de volta para a Inglaterra.
A notícia da república pirata se espalhou por todo o hemisféri
ocidental. Pessoas descontentes continuaram afluindo para Nassauindas de outras colônias, e nem todos eram marinheiros. Numa colô
de plantation, como era o sistema econômico na Jamaica, Barbado
Carolina do Sul e Virgínia, havia pouco espaço para pequenos
gricultores e nenhuma possibilidade para as centenas de pessoas pob
ganharem a vida quando terminassem seus termos de servidão. Mas Bahamas nunca tinham sido uma colônia de plantation, por isso hav
muita terra barata disponível. Mesmo antes de os piratas tomarem
ontrole, negros e mulatos tinha aproveitado uma liberdade considerá
nas Bahamas: muitas mulheres se casaram com colonos brancos,
incluindo altos oficiais como Thomas Walker. Sob o controle dospiratas, Nova Providência se tornou um santuário, tanto para escrav
ugidos como para mulatos livres, enquanto outros se mudaram para
fim de se juntar às tripulações piratas, aos mercadores, comerciante
agricultores que os apoiaram. A presença desse estado estava
desestabilizando as sociedades escravistas em torno dele. Os “home
egros ficaram tão descarados e insultuosos ultimamente que nós tem
razões para desconfiar que eles poderão se revoltar contra nós”, o
governador das Bermudas relatou. “Nós não podemos ficar na
dependência da ajuda deles, pelo contrário, às vezes chegamos a tem
sua união com os piratas”.
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Entre os novos moradores estava Henry Jennings, capitão do
Barsheba. Ele podia já ter tido pretensões de ser melhor do que o
piratas, mas agora ele próprio era um homem procurado. As relaçõe
entre Jennings e Hornigold permaneciam tensas, mas havia espaço
suficiente para os dois naquele território pirata heterogêneo. Jennin
anhou o respeito dos outros piratas porque era muito bom no que fa
gualmente capaz de capturar navios franceses ou de liderar ataques
lantações espanholas. Até o final do inverno, ele foi reconhecido co
um dos maiores piratas de Nassau, com cem homens sob seu coman
Mas em um aspecto Jennings continuou a se diferenciar do resto do
iratas. Ele ainda se recusava a atacar navios ingleses. Numa viagemCuba, Jennings deteve um navio inglês, o Hamilton Galley da Jamai
as apenas porque era um caso de necessidade extrema: a dias do po
seus homens ficaram sem bebida. Sua tripulação embarcou no navio
apreendeu vinte litros de rum, deixando o resto da sua carga intact
Jennings tratou o capitão “civilmente e disse-lhe que eles não feriahomem ingleses”, e, na despedida, deu-lhe objetos que valiam muit
mais do que o próprio rum.
À medida que os bandidos chegavam, os residentes de longa d
de Nassau fugiam “para se proteger dos piratas”. Alguns foram par
Ábaco, a noventa e seis quilômetros a nordeste, onde Thomas Walke
sua família tinham se reassentado junto com várias outras famílias d
Nova Providência que procuraram escapar “da grosseria dos piratas
Outros se mudaram para as ilhas Harbour e Eleutéria, em parte porq
era muito fácil chegar lá. Os Thompsons, Cockrams e outros
omerciantes tinham barcos velejando para lá e para cá entre Nassau
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ilha Harbour para trazer mantimentos e provisões para os piratas. P
algum tempo eles trouxeram mantimentos e encomendas especiais d
Charleston e da Jamaica com seus próprios saveiros, mas, no final d
inverno de 1717, começaram a comprar mercadorias de comerciante
independentes que vinham de longe, como Boston, para manter os
armazéns da ilha de Harbour abastecidos com mantimentos suficien
para manter em operação a frota pirata, que estava se expandindo.
omércio era tão vital para os piratas que eles destacaram uma força
inquenta homens para fazer parte do quadro de pessoal que guardav
entrada do ancoradouro da ilha Harbour.
Um dia, no outono de 1716, o bando de Hornigold capturou u
aveiro de cerca de vinte ou trinta toneladas. Normalmente eles levav
uas capturas de volta para Nassau para saquear a carga, queimar o na
recrutar o máximo possível de homens da tripulação. Mas esse save
era veloz, manobrável e capaz de carregar meia dúzia de canhões: uxcelente navio pirata. Hornigold convocou um conselho e sugeriu q
eles mantivessem o saveiro e colocassem-no sob o comando de um
seus membros mais respeitados e confiáveis: Edward Thatch. A
ripulação concordou. Thatch, o tenente leal do fundador da repúbli
pirata, finalmente tinha seu próprio navio pirata.
Foi nessa época que Thatch começou a chamar a si mesmo de
Barba Negra. Em seus anos de pirataria, ele havia deixado a barba
rescer, resultando em uma aparência temível. “A barba era negra, ba
essa que ele sofreu para deixar crescer até alcançar um compriment
extravagante”, um historiador do início do século XVIII escreveu
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Quanto à extensão, ela ia até seus olhos” e “como um meteoro terrív
cobria seu rosto inteiro e assustava a América mais do que qualque
outro cometa que tinha aparecido durante muito tempo.” Ele a prend
m muitas tranças pequenas, cada uma amarrada com um pequeno la
lgumas das quais ele colocava atrás das orelhas. Esse arranjo incom
chocava observadores da época por assemelhar-se às tranças quedesciam das perucas cheias de pó dos soldados da infantaria britânic
alguns historiadores do final do século XX acham que isso pode se
uma indicação de que o próprio Barba Negra era um mulato de pel
lara, com cabelos crespos herdados de seus antepassados africanos.
palavra thatch, segundo o falecido historiador Hugo Prosper Leaminargumentava, era uma gíria para “cabelo duro”.) De qualquer manei
eram os olhos “ferozes e selvagens” de Thatch, não a sua barba, o q
impunha respeito em seus homens e medo no coração de seus
oponentes.
Quando março de 1717 chegou, Barba Negra tinha uma tripulaç
e setenta homens a bordo de seu saveiro de seis canhões, tornando-
uarto pirata mais poderoso de Nassau, depois de Hornigold, Jenning
um capitão de saveiro chamado Josiah Burgess. Em pouco tempo, e
seria o mais poderoso pirata do Atlântico.
Ele continuou a realizar operações conjuntas com Hornigold
urante todo o inverno e na primavera. Seu preceptor foi humilhado p
eserção de Bellamy e a venda forçada do Benjamin. Por alguns mes
seus homens foram apaziguados por pequenos furtos: um saveiro d
omércio aqui, alguns barris de rum lá; mas Hornigold precisava de o
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prata para manter a fidelidade de seus homens, dos comerciantes q
ompravam seus bens e da multidão rude e desordeira de Nassau. Ha
inúmeros piratas em ascensão operando a partir de Nassau. Burges
recém-chegado à ilha, já tinha um saveiro de oito canhões e uma
tripulação de oitenta homens. E havia o prodígio de Jennings, o
impulsivo Charles Vane, que gostava de aterrorizar tanto os colonoelhos quanto os armazéns de cerveja. Se Hornigold quisesse manter
osição, ele precisava de um grande resultado. Barba Negra, sempre l
concordou em navegar com ele. No início de março, os dois saveiro
levantaram âncora e navegaram em direção ao sul para as rotas de
navegação.
Algum tempo depois de deixar Nassau, um dos tripulantes de
Hornigold, um mulato livre, ficou gravemente doente. O homem
precisava de cuidados médicos, mas não havia um único médico o
rurgião entre os cento e oitenta piratas. Quando passavam pelo estrda Flórida, Hornigold e Barba Negra pararam embarcações de todos
tipos à procura de um médico. Em meados de março, eles finalmen
ncontraram seu homem, a bordo de um navio jamaicano que contorn
extremo sul da Flórida. John Howell, uma alma gentil com um tale
para as artes da cura, implorou aos homens da tripulação de embarq
de Hornigold que o libertassem. Os piratas se recusaram: um bom
médico era difícil de encontrar e muitos homens de sua tripulação
tinham sofrido desnecessariamente de dores de dente, infecções e
doenças venéreas. Antes que os piratas o arrastassem para seu barc
Howell implorou que o seu capitão, Benjamin Blake, “lhe fizesse
ustiça, declarando aos seus amigos e ao mundo a maneira pela qual
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i forçado”. Howell estava abatido quando subiu a bordo do Advent
mas ele tratou o marinheiro mulato sem hesitação. Embora o homem
estivesse muito doente, o tratamento de Howell funcionou
maravilhosamente; dentro de alguns dias, ele estava de pé novament
Hornigold ficou muito feliz e insistiu em dar ao cirurgião infeliz algu
otões de prata quebrados como recompensa. Howell, não querendonvolver em crimes, mais tarde passou os botões para outro homem.
uma jogada que um dia ajudaria a salvar sua vida.
Os piratas continuaram em direção ao sul, passando Havana
ontornando o extremo leste de Cuba e seguindo ao longo da Costa Mosquito da América Central. No final do mês, chegaram à costa d
Portobello, hoje Panamá, onde comerciantes de todas as nações iam
trocar escravos por ouro e prata espanhola. Em 1º de abril, os pirat
nalmente conseguiram pistas valiosas: o Bonnet da Jamaica, um gra
saveiro armado, estava indo para casa após as negociações emortobello. Desarmado pelos piratas, o capitão Hickinsbottern entreg
seu comando. Em sua cabine, os piratas encontraram um baú cheio
moedas de ouro. O Bonnet significaria uma respeitável valorização:
era maior, mais rápido e estava em melhores condições do que o
dventure. Como Hickinsbottern tinha sido inteligente o suficiente p
e render sem luta, eles lhe dariam o Adventure em troca de seu nav
Enquanto os piratas transferiam seus canhões e outros bens para se
novo navio principal, Howell implorou a Hornigold para deixá-lo i
mbora com o Adventure, mas a tripulação se recusou a libertá-lo. Co
um deles disse depois, ele era “rigorosamente valioso demais, sendo
único cirurgião bom do qual Hornigold e tripulação dependiam”.
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A sorte dos piratas continuou em seu retorno para casa. Em 7
abril, no sul da Jamaica, Barba Negra e Hornigold capturaram outr
saveiro lotado de tesouros, o Revenge, o qual eles saquearam e
liberaram. Entre os dois saveiros, os piratas tinham conseguido um
quantia deslumbrante de quatrocentos mil pesos (cem mil libras). Is
ra mais do que Jennings tinha tomado em seu ataque ao acampamen
de resgate espanhol de Palmar de Ayz. Para os membros negros e
mulatos da tripulação, o fato de que grande parte do dinheiro tinha
pertencido ao maior cartel de escravos da Índia Ocidental britânic
tornava a vitória ainda mais doce. Para Hornigold e Barba Negra, nã
averia mais os receios de um golpe contra eles. A partir de agora, seúnicos desafios sérios viriam de fora das Bahamas.
Woodes Rogers ficou obcecado por piratas. Desde que voltou
Madagascar no verão de 1715, ele não havia pensado em outra coisTinha certeza de que, com uma cuidadosa combinação de punição
incentivo, um ninho de piratas poderia ser reprimido e uma colôni
rodutiva e cumpridora da lei se ergueria em seu lugar. Presumindo
a maioria dos piratas fosse como suas próprias tripulações corsária
eles podiam ocasionalmente fazer algo precipitado como desobedecordens ou tomar o navio do capitão; mas a maioria deles poderia se
trazida de volta ao rebanho com uma oferta de perdão e um gesto d
compreensão. Os piratas de Madagascar lhe pareceram homens
solitários e desamparados, desesperados para voltar para o abraço
maternal da civilização, curvando-se novamente às ordens de seu pa
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de sua Coroa e de seu Deus. Haveria alguns que permaneceriam
mpenitentes, que recusariam uma segunda chance. Tais homens seri
tratados com severidade para servir de exemplo para o resto.
Rogers vivia em Londres, sustentando-se com os rendimentos
seu livro e da expedição de comércio de escravos para as ÍndiasOrientais. Ele ficara assustado com a revolta jacobita contra o rei
eorge em 1715 e fez amizade com alguns dos polêmicos apoiadores
rei. Estes incluíam Richard Steele e Joseph Addison5, amigos de
nfância que tinham fundado o influente Clube Kit-Kat6, um círculo
membros proeminentes do Partido Whig, que apoiava os interesseristocráticos. Steele, um escritor e jornalista irlandês, tinha acabado
ser condecorado pelo rei George, enquanto Addison estava servind
omo secretário de Estado real para o Departamento do Sul, que incl
Índias Ocidentais. Ambos exerciam uma influência considerável e
os principais tomadores de decisões do império e tinham acesso àmelhores áreas da informação e da inteligência. Eles iriam desempen
um papel fundamental para promover os esquemas antipirataria de
Rogers.
Outro dos conhecidos de Rogers era o doutor Hans Sloane, méd
do rei, que foi considerado responsável por manter a rainha Anne viempo suficiente para que os whigs organizassem a sucessão com a c
de Hanover. Sloane também era um naturalista obsessivo, que coleta
spécimes de plantas, animais e formações geológicas de todo o mun
ue enchiam “cada armário e chaminé” de sua imensa casa em Chels
criando o maior repositório de informações sobre história natural d
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rã-Bretanha7. Na primavera de 1716, Rogers enviou uma carta a Slo
explicando que estava “ansioso para dar início a uma colônia em
Madagascar”, e pedindo que Sloane lhe enviasse “as informações q
tinha sobre aquela ilha”.
Rogers também contactou a Society for Promoting ChristianKnowledge [Sociedade para a promoção do conhecimento cristão], u
rganização missionária anglicana famosa por sua extensa produção
panfletos, livros e folhetos religiosos. Com a esperança de reformar
comportamento moral dos piratas, Rogers pediu e recebeu um
carregamento de livros para distribuir entre “os habitantes ingleses Madagascar.” Todos gostariam de saber o que os veteranos da campa
e 1696 de Henry Avery teriam feito com os folhetos cristãos, mas e
cabaram nunca sendo distribuídos. No final de 1716, Addison e Ste
informaram a Rogers que seu plano para Madagascar tinha pouca
sperança de conseguir apoio oficial. Aparentemente, a Companhia Índias Orientais, que detinha o monopólio sobre o comércio britâni
no Oceano Índico, achava que uma colônia real próspera seria um
ameaça maior para os seus interesses comerciais do que alguns pirat
miseráveis escondidos em suas cabanas na selva. Mas Addison tamb
nha boas notícias: havia outro ninho de piratas precisando dos servi
de Rogers, a mil e seiscentos quilômetros de distância da jurisdição
Companhia das Índias Orientais.
Addison e outros funcionários do governo estavam sendo
bombardeados com relatórios alarmantes sobre os piratas das Índia
Ocidentais, que pareciam estar ganhando força num ritmo notável. A
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Bahamas, conforme o governador da Virgínia, Alexander Spotswoo
dvertiu no verão de 1716, tinham se tornado “um ninho de piratas”
iriam “se revelar perigosos para o comércio britânico se não fossem
rapidamente reprimidos”. Em dezembro daquele ano, o governador
amaica informou que os piratas “atacavam mais da metade dos navio
mbarcações” que seguiam para a Jamaica ou São Domingos, minandcomércio de sua colônia. Quando o meio do inverno chegou, até o
capitães de navios de guerra de Sua Majestade temiam por sua
segurança. O capitão do saveiro de guerra de seis canhões Swift tinh
medo de se aventurar para fora de Port Royal, e o governador das Ilh
e Sotavento, Walter Hamilton, foi forçado a cancelar uma visita ofis Ilhas Virgens na fragata de seis canhões HMS Seaford , com medo
que fossem capturados pelo “navio pirata e saveiro comandado po
Bellamy”8. Na primavera, os principais diplomatas de Londres
nformaram a Addison que os piratas tinham “se tornado tão numero
que infestavam não só os mares perto da Jamaica, mas até aqueles dcontinente do norte”. “A menos que alguma proteção eficaz e imedi
eja enviada”, eles advertiram, “todo o comércio da Grã-Bretanha pa
ssas partes não vai estar apenas obstruído, mas em perigo iminente
ser perdido”. Com o comércio transatlântico do império em jogo, al
precisava ser feito a respeito dos piratas, e Addison conhecia o homcerto para fazê-lo.
Rogers concordou imediatamente. Seus planos para Madagasc
eram facilmente aplicáveis às Bahamas, ele disse a Addison, e com
poio adequado certamente iriam livrar as Américas da pirataria. Rog
imaginou uma parceria público-privada com a qual o governo
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terceirizaria a gestão das Bahamas para uma empresa de investidore
privados. A empresa iria fornecer os soldados, colonos e mantiment
ecessários, além de vários navios de guerra privados e um governad
na pessoa do próprio Rogers. A Coroa contribuiria com um esquadr
de fragatas para apoiar o desembarque inicial e conceder o perdão p
aqueles piratas que aceitassem se render pacificamente ao novogovernador. Com os piratas expulsos, Rogers e seus colegas
nanciadores recuperariam seus investimentos com os lucros da colô
udo o que era preciso era a aprovação da Coroa e o consentimento
enhores proprietários, o círculo de aristocratas que ainda detinham
títulos da colônia.
Rogers passou a maior parte de 1717 reunindo apoio político p
o empreendimento. Ele pediu a ajuda de todos em que pôde pensar
xplorando sua rede de negócios em Bristol, suas relações pessoais
Londres e os contatos de seu falecido sogro dentro do almirantadoFormou uma aliança com o rico comerciante Samuel Buck, agente d
longa data dos senhores proprietários das Bahamas que havia perdi
pessoalmente mais de duas mil e setecentas libras para os piratas.
Juntos, eles formaram uma sociedade com o nome prolixo de The
Copartners for Carrying on a Trade & Settling the Bahama Islands
[Sócios para realizar comércio e colonizar as ilhas das Bahamas],
angariando outros cinco investidores de toda a Inglaterra. Os dois
homens conseguiram que cento e sessenta e três dos principais
omerciantes de Londres e Bristol assinassem petições ao rei em apo
o empreendimento. “Woodes Rogers”, os peticionários informaram
overno, “é uma pessoa de integridade e capacidade, bem intenciona
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erante o governo de Sua Majestade9, uma pessoa qualificada em tod
os sentidos para tal incumbência”.
Rogers e Buck conseguiram induzir os senhores proprietários
renunciar ao seu direito de governar as Bahamas em favor da Coro
apontando que os piratas representavam uma grave ameaça às suasparticipações mais valiosas na Carolina. Eles também podem ter sid
influenciados pelo engajamento de um comerciante de escravos
conhecido como Rogers, que provavelmente transformaria a colôni
ebelde numa sociedade agrícola adequada, tornando a fuga mais dif
para os escravos da Carolina do Sul. Os donatários manteriam seureitos de propriedade e comerciais nas Bahamas, mas concordaram
rendá-los para Rogers e seus parceiros durante vinte e um anos por
preço simbólico. Enquanto isso, Joseph Addison conduziu a propo
dos Copartners pelos corredores do poder e para a mesa do rei Geor
Em 3 de setembro de 1717, Addison recebeu a resposta do reWoodes Rogers seria nomeado governador e comandante da guarniç
nas Bahamas. Só havia um pequeno problema: se Rogers quisesse
rabalho, ele teria que fazê-lo pro bono10. Não haveria nenhum salár
Ele já tinha comprometido três mil libras – mais do que o seu
atrimônio – à corporação dos Copartners, mas tal era o seu entusiaselo projeto que ele concordou em aceitá-lo sem remuneração. Foi u
decisão que acabaria por levá-lo à falência mais uma vez.
Enquanto a papelada volumosa desses acordos estava sendo
rocessada, Rogers e Buck corriam em Londres, fazendo os preparati
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para a expedição. O navio de quatrocentas e sessenta toneladas de
Rogers, Delícia, serviria como navio principal, apoiado por um do
avios de Buck, o Samuel, de cento e trinta e cinco toneladas, com s
canhões e vinte e seis homens; e pelo saveiro de guerra de setenta
inco toneladas, Buck , também com seis canhões. Eles contrataram u
empresa independente composta por cem soldados e cento e trintacolonos ingleses, alemães e huguenotes. Milhares de quilos de
mantimentos foram encomendados: madeira para as casas e carros d
canhões; ferramentas para reparar o forte e limpar a terra para a
agricultura; armas, canhões e roupas para os soldados; e bastante sa
ão, farinha e conservas para alimentar as quinhentas e trinta pessoasxpedição por mais de um ano. Grande parte da carga seria transport
por uma quarta embarcação, um robusto navio de trezentas tonelad
chamado Willing Mind , montado com vinte canhões. Antes do fim d
no, Rogers e seus outros cinco sócios já tinham gasto onze mil libr
No final de outubro, Rogers recebeu a notícia de que os senho
proprietários tinham assinado os papéis renunciando ao governo da
Bahamas. Feliz, Rogers se ofereceu para ele próprio entregar os
documentos no Palácio de St. James, com o que os proprietários
oncordaram. Em 6 de novembro, sua carruagem seguiu o caminho en
s grandes casas de tijolos que revestiam a larga e reta extensão de te
e Pall Mall até a alta torre de guarda estilo Tudor 11 do Palácio Real
uardas o levaram para o primeiro de uma série de pátios interiores. A
no coração do Império Britânico, ele provavelmente foi recebido po
Addison, de longa peruca de cachos castanhos, com um aperto de m
e um sorriso de realização. O trabalho duro estava dando bons fruto
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Em 6 de janeiro de 1718, o rei George publicou o comissioname
e Rogers e as instruções oficiais. “Em razão da grande negligência
proprietários das ilhas das Bahamas”, o rei proclamou, “as referida
has estão sujeitas a serem saqueadas e destruídas por piratas e outro
perigo de serem perdidas por nossa Coroa da Grã-Bretanha. Nós, p
este meio, constituímos e o nomeamos Woodes Rogers para ser nos
capitão geral e governador em chefe.”
Rogers havia realizado seu desejo. Não demoraria muito para q
ele desejasse que o rei tivesse recusado.
enhuma relação com o lorde Archibald Hamilton.
econstituição do clima feita com base nos registros do HMS Scarborough, que estava em Barbados e nas Ilhas Virgens d
se período.capitão Francis Hume, do Scarborough, na verdade estava procurando por Bellamy e Williams, atendendo o pedido do gov
Walter Hamilton para eliminá-los das Ilhas de Sotavento.
nion Jack é o nome dado à bandeira nacional do Reino Unido (N.T.).utor da peça “Cato, um Drama”, uma fonte de muitas ideias libertárias.
iz-se que ele inspirou o nome do chocolate “Kit Kat”.
pós sua morte, a coleção de Sloane formaria o núcleo do Museu Britânico.
HMS Swift era capaz de carregar oitenta homens e até dezoito canhões, a maioria deles de balas de um quilo e meio, mas s
is canhões e quarenta homens na Jamaica. Ele era um saveiro de cento e vinte e oito toneladas construído em 1704. Oeaford era uma fragata grande, de duzentas e noventa e três toneladas e sexta classe, com trinta e dois canhões de balas duilos e meio.u seja, ele não é um jacobita como o governador Archibald Hamilton era.
Pro bono é uma expressão latina que significa “para o bem do povo”, empregada quando o trabalho é sem remuneração (N.T
Tudor é o nome da antiga família real britânica (N.T.).
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juntamente com vinte libras em prata e ouro, como um gesto de bo
vontade.
Os piratas se ocuparam transferindo a carga e os canhões do
ultana para o Whydah, tentando armazenar o máximo possível de b
valiosos no porão do navio maior. Os itens mais valiosos, prata, ourpedras preciosas, ficaram em uma única pilha de sacos na cabine d
Whydah. Os piratas se gabaram aos presos de que apenas essa pilh
valia entre vinte mil e trinta mil libras. No momento da captura do
Whydah, Bellamy e Williams tinham mais de cento e vinte homens s
seu comando, e cada um deles, desde o menino de nove anos de idaohn King até o afro-indígena John Julian, tinham direito a pelo men
cem libras. Além disso, os porões do Whydah e do Marianne
ansbordavam com marfim, índigo e outros objetos de valor. Não é à
que quando o momento chegou, vários homens de Prince pediram p
ficar com os piratas e foram acolhidos no grupo.Os dias se passaram com os piratas instalando mais canhões e
seus lugares no convés do Whydah, aumentando seu armamento d
dezoito para vinte e oito canhões e baixando unidades extras para
porão do Marianne. Os piratas também carregaram o Sultana com
supérfluos, de acordo com os desejos do capitão Prince. Enquanto reparavam para a partida, o estoque de tesouros foi colocado em ba
levado para fora da cabine e arrumado no convés de canhões com o
homens. A confiança era tão grande entre os piratas, conforme o
tripulante Peter Hoff relatou mais tarde, que o tesouro foi deixado
sem qualquer guarda, mas ninguém devia pegar nada sem a autoriza
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do intendente”. Antes de içar a âncora, os piratas também recrutaram
força dois ou três dos tripulantes solteiros do capitão Prince para s
juntar a eles, aparentemente achando que estavam precisando de
especialistas.
No início de março, Bellamy reuniu os piratas para decidir o qfazer com seu “navio militar”. A primavera estava perto, então eles
concordaram em avançar até a costa leste da América do Norte,
apreendendo navios enquanto passavam pela entrada das baías de
hesapeake e Delaware ou pelos portos de Charleston e Nova York
fossem separados pelo mau tempo ou por imprevistos, o Whydah eMarianne se reagrupariam na ilha Damariscove, no Maine. No camin
Williams pararia na sua casa, na ilha Block em Rhode Island, para
visitar familiares; ele provavelmente queria dar-lhes uma parte do se
utim. Os piratas sabiam que podiam contar com suas grandes famíl
ara fazer compras e se livrar discretamente de sua carga mais volumellamy pode ter revelado seu interesse em fazer uma parada semelha
em Outer Cape, para voltar para a sua amada, Mary Hallett.
No início de março, o Whydah e o Marianne contornaram o
extremo sul de Long Island até seus gurupés apontarem na direção d
Flórida. Eles estavam rumando para o que seria a viagem mais
desafiadora de suas carreiras.
Capturaram seu primeiro navio na costa norte de São Domingo
um ou dois dias depois de zarpar. O navio mercante de três mastro
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Tanner tinha saído a apenas algumas horas do porto francês de Pet
Goave1. Quando os piratas embarcaram no Tanner , descobriram qu
aquela era uma embarcação peculiar: um navio britânico sob contra
om a França, levando uma tripulação mista anglo-francesa e um enor
lote de açúcar haitiano de volta para La Rochelle, o maior porto
omercial da França. Enquanto procuravam objetos de valor no Tanns piratas disseram à tripulação que eram “os homens de Robin Hoo
Pelo menos um dos tripulantes do Tanner ficou impressionado. Joh
Shuan, um marinheiro de vinte e quatro anos de idade, de Nantes, n
sabia falar inglês, mas declarou em voz alta em francês que queria s
um pirata também. Bellamy falava com ele através de um tripulantilíngue. Shuan ouviu sua primeira ordem como pirata: subir no alto
ordame do Tanner e tirar seu mastaréu; isso retardaria o navio quan
os piratas o liberassem, tornando impossível levantar alarme
imediatamente. Shuan, ansioso para provar sua capacidade, subiu
orrendo no mastro e desaparelhou a parte superior, usando polias pbaixá-la até o convés. Ele também ajudou os piratas a encontrar cin
mil libras francesas (duzentas e oito libras inglesas) escondidas na
abine do capitão John Stover e, com a ajuda do intérprete, foi receb
a bordo do Marianne. O Tanner foi então liberado.
Williams pegou o mastaréu do Tanner porque, a essa altura,
Marianne estava em péssimas condições. Os piratas estavam em pos
o saveiro de cinquenta toneladas por quase um ano, durante o qual
inham enfrentado tempestades, lutado pelo menos uma batalha séri
apturado quase cinquenta embarcações. Mantinham seu fundo limpo
melhor forma possível, querenando regularmente e mantendo as áre
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abaixo da linha de flutuação cobertas com tinta branca de chumbo
Como piratas, no entanto, eles não tinham nenhum acesso a estaleir
ou instalações portuárias. Acima da linha de flutuação, o Mariann
estava se tornando uma ruína. A borda amarela e azul que decorava
ombadilho superior estava descascando, assim como a pintura azul
opa. Seu único mastro tinha quebrado pouco acima do convés, abrinuma fenda crítica, e foi reforçado amarrando-se contra ele um mastr
elho como uma tala numa perna quebrada. Suas velas estavam velha
todas remendadas. A antiga bandeira inglesa com a cruz vermelha d
São Jorge tremulava em seu gurupés, sob o qual um grande pedaço
proa estava faltando. Williams podia reforçar um pouco seuparelhamento ferido com o mastaréu do Tanner , mas logo ele precis
comprar um novo para o Marianne.
Quando escolheram sua rota para o norte ao longo da borda sul
ahamas, os piratas pensaram em ir até Nassau, onde eles poderiam tm mastro de algum navio capturado abandonado e revisar o Marian
m segurança. Embora esse possa ter sido um caminho atraente, Bella
Williams foram contra. Se eles parassem agora, iriam perder a lucra
temporada de pirataria da primavera, quando a Costa Leste fervilhav
com a navegação após o longo e amargo inverno. Com um navio che
de tesouro, seria sábio evitar encontros potencialmente rebeldes co
qualquer um dos líderes rivais das Bahamas, Benjamin Hornigold
Henry Jennings, já que ambos tinham razão para estar bravos com
Bellamy e Williams. Além disso, com um navio como o Whydah, o
iratas tinham a confiança necessária para criar seu próprio posto pir
avançado sazonal. A Guerra da Sucessão Espanhola, Williams lhe
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disse, tinha deixado a costa do Maine mais ou menos na mesma
condição que as Bahamas. Os índios e seus aliados franceses havia
queimado a maior parte do assentamentos ingleses, deixando
desabitados centenas de quilômetros de costa, incluindo inúmeros
ancoradouros onde uma frota inteira de navios podia se reequipar
espercebida aos olhos europeus. O mais importante era que o litoralprotegido por florestas, com tantos pinheiros grandes que a própri
Marinha Real contava com a região para abastecer seus navios de gue
com resina, lenha e mastros. Williams provavelmente sugeriu que el
varressem a Costa Leste, vendessem as cargas pesadas na ilha Bloc
descansassem e revisassem o Marianne na costa central do Maine. Opiratas concordaram e, poucos dias depois, viram o último vestígio d
Bahamas desaparecer atrás deles.
Eles ficaram bem longe do litoral das Carolinas, com a intenção
tomar o caminho mais curto para a entrada da baía de ChesapeakeApesar de estarem a mais de cem quilômetros da costa, eles se
depararam com um pequeno saveiro comerciante de Newport, Rhod
Island. O mestre do saveiro, capitão Beer, estava a caminho de
Charleston e provavelmente tinha optado pela passagem de fora
exatamente para evitar os piratas, pois se dizia que eles estavam
infestando o estreito da Flórida e a passagem de Windward. Em ve
disso, Beer acabou prisioneiro a bordo do maior navio pirata que el
seus colegas marinheiros já tinham visto.
Beer passou apenas duas horas a bordo do Whydah, mas escrev
posteriormente tudo o que havia acontecido, inclusive uma transcriç
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e sua conversa com Samuel Bellamy, na qual o comodoro pirata exp
as motivações políticas para suas ações.
Beer foi levado a bordo do Whydah enquanto os piratas estava
saqueando a carga do seu saveiro e tentando decidir se devolveriam
navio para ele ou não. Tanto Williams quanto Bellamy eram a favordar a Beer o seu saveiro, que era pequeno demais para ter alguma
utilidade para eles, mas seus homens, com seus egos inflados pelo
sucessos recentes, recusaram. Bellamy ordenou que Beer lhe fosse
azido para que ele pudesse, desculpando-se, dar a má notícia ao inf
capitão.
– Maldito seja o meu sangue, eu sinto muito que eles não deix
você ficar com seu saveiro, pois eu desaprovo causar dano a qualqu
um quando não é para a minha vantagem – Bellamy disse a Beer. –
saveiro está condenado, iremos afundá-lo e ele poderia ser útil par
ocê! – O pirata fez uma pausa, olhando o homem de Rhode Island, solidariedade se esvaindo a cada segundo.
– Maldito seja você, você é um cachorrinho servil, assim como
dos aqueles que se submetem a ser governados por leis que os hom
icos fizeram para sua própria segurança, porque os cachorros covardnão têm coragem nem para defender o que recebem por sua
desonestidade – ele completou, sua raiva crescendo a cada palavra.
Mas malditos sejam todos vocês! Malditos sejam eles como um ban
de patifes astutos. E vocês capitães e marinheiros, que os servem com
um bando de idiotas com coração de galinha! Eles nos difamam, o
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canalhas, quando há apenas esta diferença entre nós: eles roubam o
obres sob a cobertura da lei e nós roubamos os ricos sob a cobertur
nossa própria coragem.
Bellamy olhou mais uma vez para Beer, pesando cuidadosamen
feito de suas próximas palavras. – Será que não seria melhor que vofosse um de nós – ele perguntou ao capitão – do que esgueirar-se at
dos rabos desses vilões por emprego?
Beer não demorou a responder. Sua consciência, ele disse ao
dente comodoro pirata, não lhe permitiria “romper as leis de Deus e
homem”.
Bellamy olhou para ele com nojo. – Você é um malandro
onscientemente diabólico, maldito seja você! – ele declarou. – Eu s
m príncipe livre e tenho tanta autoridade para fazer a guerra em tod
mundo quanto aquele que tem uma centena de navios no mar e umexército de cem mil homens no campo. E isso é o que a minha
consciência me diz: Não há como argumentar com tais filhotes
horamingantes que deixam seus superiores chutá-los pelo convés c
razer, e que fixam sua fé sobre um cafetão de um Parson, um gordo
nem pratica nem acredita no que diz aos tolos cacarejantes a quem e prega2.
Com isso, Bellamy ordenou que Beer partisse. Mandou que
tripulação remasse o capitão de volta para o Marianne, para que
Williams pudesse deixá-lo na ilha Block. Quando os piratas termina
e transferir os últimos alimentos e cidra para o Marianne, atearam f
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o saveiro de Beer. O rastro de fumaça podia ser visto a quilômetros
istância enquanto o navio queimava até a linha de flutuação, e então
chamas foram apagadas pelo mar.
Alguns dias depois, os piratas notaram que os céus estavam
escurecendo. Era início de abril e uma corrente de ar que tinha seaquecido sobre as enseadas e os pântanos abafados da região de
hesapeake migrou para fora, sobre o mar mais frio, criando uma név
tão espessa quanto sopa de ervilha. Ela apareceu tão rapidamente q
Williams e Bellamy não tiveram tempo para se aproximar e rapidame
e perderam de vista um do outro. Os homens de Bellamy soaram o sde bronze do Whydah, mas não ouviram nenhuma resposta do
Marianne. A noite caiu e na manhã seguinte, quando a névoa se
dissipou, revelando os Cabos da Virgínia, não se via o Marianne e
ugar algum. Bellamy garantiu à sua tripulação que eles se encontrar
om Williams na ilha Block como planejado ou, se isso não desse cena ilha Damariscove, a poucos quilômetros da costa do Maine.
Enquanto isso, era hora de caçar.
Além da névoa, velas podiam ser vistas no mar: pelo menos trê
mbarcações, cada uma com mastros demais para pertencer a Paulsgr
Williams. Navios mercantes, Bellamy suspeitou, e ordenou que oWhydah virasse de costas para o vento para alcançá-los.
Aproximadamente às oito horas, eles se aproximaram do primeiro, u
avio que parecia gasto de tanto uso, o Agnes de Glasgow. Seu capit
Andrew Turbett, sabiamente não ofereceu nenhuma resistência. Turb
estava indo de Barbados para a Virgínia com uma carga de produto
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típicos daquela colônia: açúcar, melaço e o mais importante para o
iratas, rum. Eles fizeram outra descoberta no porão do Agnes: o na
desgastado estava vazando muito e só podia ser mantido à tona com
homens fazendo as bombas funcionarem durante horas a fio. O Agn
eles sabiam, não teria nenhuma utilidade para eles. O Whydah segu
para seu próximo alvo.
Esse era um brigue de cem toneladas, o Ann Galley, uma
mbarcação pequena porém útil, que Bellamy sugeriu manter como u
navio de armazenamento extra e para ajudar a querenar o Whydah n
Maine. A tripulação concordou, colocou vinte e oito de seus homen bordo e nomeou o intendente Richard Noland para comandá-lo.
Enquanto isso, o Whydah deteve a terceira embarcação, um navio
modesto chamado Endeavor , que estava navegando de Brighton,
Inglaterra, para a Virgínia. Com as capturas concluídas, a frota pira
ontinuou em alto-mar, onde terminou seus saques. Eles iriam afund Agnes, e sua tripulação seria enviada para a Virgínia a bordo do
Endeavor , que era pequeno demais para os propósitos deles. Apena
nn Galley seria mantido quando a frota continuasse seu caminho p
o norte, em direção à ilha Block, Cape Cod e seu refúgio no Maine
Naquela época, na manhã de 9 de abril de 1717, o Marianne est
apenas alguns quilômetros ao longe no horizonte, defronte aos Cab
da Virgínia, em busca de suas próprias presas. Williams já não pare
mais o filho de meia-idade de um comerciante rico. Sua peruca bran
ontrastava com a sua pele, tão profundamente bronzeada depois de
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ano nos trópicos que as testemunhas ficavam chocadas com sua “pe
moreno-escura”. Sua tripulação heterogênea – cinco franceses, cinc
fricanos, um índio e quase trinta ingleses – parecia tão grosseira qua
o próprio Marianne. Williams deve ter percebido a impressão que i
causar em seus amigos e familiares quando chegasse à ilha Block, m
estava ansioso para vê-los. Havia muito dinheiro a entregar para su
ãe, esposa e filhos ou para trocar com seus amigos contrabandistas
mantimentos de primeira necessidade.
Desde que tinha se separado de Bellamy, Williams não tinha fe
uma única captura sequer. Sem o poder de fogo do Whydah, ele tinque escolher seus alvos com cuidado, ficando longe de qualquer
embarcação que pudesse ser bem defendida. Enquanto o Marianne
scondia nas margens montanhosas do que hoje é a praia de Virgínia
gia de Williams viu uma possível vítima indo do mar aberto em dire
aos cabos. Com o vento em suas costas, os piratas aceleraram e, emmenos de uma hora, estavam ao lado do navio infeliz, o Tryal , tamb
de Brighton, a caminho de Annapolis, Maryland. Eles gritaram para
capitão do navio desarmado, John Lucas, que se ele não remasse até
arianne eles iriam afundar seu navio. Os piratas sabiam que Lucas
tinha escolha a não ser obedecer; ele tinha apenas sete homens e do
meninos contra seus quarenta homens e dez canhões. O Tryal deu
volta, ficando à deriva até parar. Lucas foi até o Marianne.
Mesmo continuando à procura do Whydah, Williams aproveito
empo para saquear tranquilamente. Com o capitão Lucas encarcera
no Marianne, Williams enviou vários de seus homens para o Trya
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Durante onze horas, os piratas vasculharam seu porão e cabines,
arrombando baús e caixas, rasgando fardos de mercadorias, manten
lgumas coisas e jogando outras ao mar. O Tryal tinha mais dois bar
e, uma vez que os piratas os tinham enchido com coisas que queria
guardar, remaram de volta ao Marianne, devolveram Lucas para bor
e seu navio e ordenaram que ele os seguisse, sob pena de morte. Ounavio tinha sido avistado no horizonte e, na esperança de que fosse
Whydah, o Marianne dirigiu-se para interceptá-lo. Pouco tempo dep
o vento começou a perder a força e o Tryal passou a se mover mai
rápido do que o Marianne. Lucas, percebendo sua vantagem, virou
Tryal e conseguiu se salvar.
Os homens de Williams haviam recolhido tudo de valor do Try
mas a última coisa que eles precisavam era que Lucas alertasse toda
região de Chesapeake sobre sua presença. Depois de interrogar os
marinheiros capturados, Williams soube que o HMS Shoreham, umragata da Marinha Real de trezentas e sessenta toneladas e com trin
dois canhões, estava ancorada perto de Williamsburg, capital da
Virgínia. Dali em diante, eles teriam que se mover com cuidado para
certeza de que não iriam se colocar numa posição onde o Shoreham
odia trazer seus canhões para atingir seu saveiro alquebrado. Para s
decepção, as velas no horizonte acabaram por não ser de Bellamy.
ripulação de Williams pode ter ficado preocupada com o que estava
rnando uma separação muito prolongada do enorme tesouro que est
no porão do Whydah.
Williams permaneceu fora da embocadura do Chesapeake po
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vários dias, mas o medo de se deparar com o Shoreham o deixou
etraído. Em meados de abril, os piratas capturaram um navio inglês
Whitehaven, mas começaram a brigar entre si para decidir se iam
estruí-lo. Durante essa briga, que parece ter colocado Williams con
lguns de seus oficiais, outro veleiro e um navio chegaram à entrada
aía. Os piratas interromperam sua briga, deixaram sua presa ancorad partiram para a baía em busca desses novos butins. Infelizmente,
enquanto eles seguiam sua rota até a costa de Virgínia, avistaram u
grande navio equipado como fragata na baía de Lynnhaven e, temen
ser o Shoreham, bateram em retirada, abandonando até mesmo a pre
ancorada.
Com a tensão crescendo a bordo de seu veleiro, Williams decidi
para casa. Na ilha Block sua tripulação podia comprar mantimento
ebidas e alimentos frescos fariam muito bem para melhorar o moral
sua tripulação. Com alguma sorte, iriam encontrar o Whydah lá.A ilha Block, dezessete quilômetros quadrados de areia varrid
elo vento, estava a trinta e dois quilômetros da costa de Rhode Isla
ssa colônia era visivelmente mais pobre e mais frouxamente govern
do que Massachusetts, com poucas estradas e um grande número d
contrabandistas. Até mesmo sua capital, Newport, era pouco mais dque uma aldeia grande, seus três mil habitantes tendo começado a d
omes às suas ruas apenas cinco anos antes. A ilha Block era ainda p
ma ilha deixada à própria sorte, longe dos olhos, ouvidos e braços
autoridades em Newport e Boston. A lealdade dos ilhéus era, em
rimeiro lugar, de uns aos outros, e Williams era um deles, filho de
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líder proprietário de terras, enteado de um dos primeiros colonos,
relacionado por lei, sangue ou casamento. Era um refúgio tão segur
uanto Williams poderia desejar, na falta de uma colônia arruinada p
guerra como as Bahamas ou o Maine.
O Marianne ancorou na vila principal da ilha Block em 17 ou de abril. Por parte do capitão Beer, de Richard Caverley e de outro
risioneiros a bordo do Marianne, sabemos que Williams desembarc
para visitar sua mãe, Anna Guthrie, e suas irmãs Mary Westcott,
Catherine Sands e Elizabeth Paine4. Ele provavelmente deu-lhes pa
de seus haveres recentemente obtidos, talvez pedindo que elaspassassem uma parte para sua esposa e filhos em Newport. Ficou e
erra durante algumas horas, ou possivelmente um ou dois dias, já q
suas atividades foram encobertas para a história pela cumplicidade
seus amigos e parentes.
Williams retornou ao Marianne, ancorado a alguma distância praia, acompanhado por sete homens locais, incluindo seus cunhad
John Sands (administrador local e juiz de paz), Thomas Paine
(provavelmente sobrinho do grande pirata de mesmo nome) e um do
rebeldes escoceses companheiros do seu falecido padrasto, John
Rathbon. Os homens, de acordo com um depoimento dado soburamento um mês depois, ficaram a bordo do Marianne por “cerca
uma hora ou duas”, e então embarcaram em um barco “sem serem
molestados” e começaram a remar de volta para a vila. Os homens
alegaram que foram subitamente obrigados a retornar para o Marian
quando três dos homens no barco – William Tosh, George Mitchel
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Dr. James Sweet – foram “levados de nós à força e ordenados a subi
ordo”. Dado que Sands, como juiz de paz, não relatou o incidente p
mais de um mês depois do acontecido, parece provável que os home
na verdade tenham se oferecido para se juntar aos piratas, e que os
negócios dos cunhados de Williams a bordo do Marianne não teria
ocasionado um exame minucioso oficial.
Antes de deixar a ilha Block, Williams libertou o capitão Beer
eus tripulantes, que acabariam viajando para Newport para relatar s
captura. Quando Beer chegou ao continente, outros eventos tinham
tornado irrelevantes as suas notícias sobre Bellamy.
Williams cruzou a embocadura do estreito de Long Island,
procurando pela ilha Gardiner, uma área de três mil e quinhentos ac
na costa de Long Island, Nova York, e a reserva feudal da família d
mesmo nome5. O capitão Kidd, Williams sabia, tinha visitado a ilha
1699 e não tinha apenas socializado com John Gardiner e seus servndígenas; ele tinha conseguido deixar dois baús e uma série de fard
de tesouro sob a custódia dele. Williams pode ter feito o mesmo,
olocando sua riqueza nas mãos capazes “do terceiro lorde da mansã
para pegar de volta mais tarde, no final da temporada de verão.
Na tarde de 26 de abril, o céu escureceu e um vento poderoso
omeçou a soprar do sudeste. O estreito de Long Island estava agitad
ondas com sua crista de espuma branca num mar encapelado e rajad
oderosas ameaçavam rasgar as velas remendadas e o mastro consert
com tala do Marianne. Uma terrível tempestade estava golpeando
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Nova Inglaterra. Williams foi capaz de encontrar abrigo, provavelme
ninhado atrás da ilha Gardiner e entre os dois espaços do leste de L
sland. O vento uivava através da mareagem, mas Williams estava nu
porto seguro. No oceano aberto, ele sabia, seria uma noite perigosa
A menos de duzentos e quarenta quilômetros ao leste, Bellam
estava navegando no mar calmo, sendo levado em direção a Cape C
or um vento tranquilo. O dia tinha começado bem. Às nove da man
nquanto a terra ainda estava fora da vista, eles haviam interceptado u
mbarcação de dois mastros, entre os bancos de areia de Nantucket ede Georges, locais de pesca mais produtivos do sul da Nova Inglater
Bellamy exigiu que o navio se rendesse, enfatizando sua ordem com
sparo de um tiro de canhão da frente da sua proa. Sete de seus hom
remaram para a presa, o Mary Anne de Dublin, e ordenaram que o
capitão e a maior parte de sua tripulação remassem para o Whydahellamy questionou o capitão, Andrew Crumpsley, e ficou satisfeito
escobrir que ele estava a caminho de Nova York, vindo de Boston, c
uma carga de vinho. Ele enviou mais quatro tripulantes para pegare
algumas garrafas para distribuir no Whydah e no Ann Galley.
Infelizmente, eles tiveram problemas para entrar no porão do MaryAnne: os pesados cabos de ancoragem estavam empilhados em cima
entrada. Por enquanto, os homens do Whydah teriam que se conten
om as cinco garrafas de vinho fresco que haviam encontrado na cab
e Crumpsley. Não importava, eles iriam levar o Mary Anne com ele
encontrar tempo para saqueá-lo mais tarde. Entre os conveses, o mo
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dos piratas presumivelmente cresceu, com a perspectiva de uma fes
regada a vinho nas margens de uma ilha afastada no Maine.
Primeiro, haveria uma curta parada em Cape Cod, pois, depois
captura do Mary Anne, Bellamy ordenou que todos os três navios
seguissem pelo nordeste rumo ao norte. Isso os levou não às ilhas dMidcoast Maine, mas direto para Provincetown e, por extensão, pa
Eastham. De acordo com relatos dos presentes, Bellamy disse à su
ripulação que eles parariam em Cape para estocar alimentos fresco
antimentos. Mas, de acordo com o folclore de Eastham, seu verdad
bjetivo era se encontrar com a jovem senhorita Hallett e mostrar a eà sua família o sucesso que ele havia se tornado.
Por volta das três horas da tarde, uma névoa se formou em torno
Whydah e suas duas capturas, tão densa e impenetrável que os pirat
tiveram dificuldade em manter os navios juntos. Sem um piloto par
ada, Bellamy sabia que seria muito perigoso se aproximar das margtraiçoeiras de Cape Cod; se seu grande navio encalhasse num dos
muitos bancos de areia escondidos, eles seriam alvos fáceis para a
Marinha Real ou qualquer outra autoridade armada. Apesar de seu
desejo de chegar ao ancoradouro de Provincetown, Bellamy ordeno
que os navios parassem. Com o vento açoitando suas velas em vão, três navios balançavam em meio à névoa sinistra, esperando que a
isibilidade melhorasse. Menos de meia hora depois, os piratas tiver
m golpe de sorte. Flutuando através da névoa, direto para o meio de
nha um pequeno saveiro de comércio, o Fisher , que ia da Virgínia p
Boston. Ficou claro que o capitão do saveiro conhecia essas águas b
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o suficiente para estar disposto a atravessá-las nessas condições;
exatamente o homem que os piratas precisavam. Bellamy saudou o
avio, perguntando “se o senhor era familiar” com a costa. O capitão
Fisher , Robert Ingols, respondeu que “ele conhecia muito bem”.
Bellamy insistiu que Ingols remasse até seu navio para liderar o
caminho. Às cinco horas, Ingols e seu primeiro imediato estavam ntombadilho do Whydah, sob guarda pesada, aconselhando Bellam
obre a melhor forma de seguir pela costa extensa e sem porto de Ou
Cape.
Bellamy ficou contente em poder ordenar que suas três capturseguissem o Whydah enquanto Ingols o guiava através da névoa em
ireção à costa ainda oculta. Logo ficaria escuro e nebuloso, então e
colocaram uma grande lâmpada na popa de cada navio para ficar ma
fácil para acompanharem um ao outro. Eles seguiram para o norte
Bellamy no Whydah, com mais de cento e trinta dos piratas e a maiodos prisioneiros, Noland e dezessete piratas no Ann Galley, o Mar
Anne carregado de vinho sob o controle de oito homens de Bellamy
ma tripulação de quatro piratas guardando os prisioneiros no Fisher
bordo do Mary Anne, sete dos oito piratas foram prontamente em
direção aos tonéis de vinho no porão. Thomas South, um dos
carpinteiros do St. Michael recrutado à força cinco meses antes,
ermaneceu mal-humorado, silencioso e desarmado, mantendo distân
do resto dos piratas. Enquanto os outros empurraram para o lado o
cabos de ancoragem empilhados em cima das escotilhas, South
sussurrou para um dos tripulantes prisioneiros do Mary Anne que e
stava planejando escapar dos piratas o mais rápido possível. Enqua
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so, o resto dos piratas continuaram se revezando no comando enqua
os outros arrombavam os primeiros barris de vinho Madeira e
começavam o que eles pretendiam que fosse uma longa noite de
ebedeira. Não demorou muito para que o Mary Anne começasse a f
para trás do resto dos navios. Bellamy, a bordo do Whydah, perceb
sso e reduziu a velocidade o suficiente para permitir que a embarcaçarregada de vinho o alcançasse. Gritou para que os líderes dos pira
o Mary Anne, Simon Van Vorst e John Brown, “tivessem mais pres
Brown, já embriagado, jurou que faria o navio “velejar tanto até que
velas levassem seus mastros para longe”. Ele e os outros homens
ordenaram que seus prisioneiros os ajudassem a lidar com as velas uando perceberam que o Mary Anne tinha um casco furado, fizessem
trabalho árduo de fazer as bombas funcionarem. Eles amaldiçoaram
própria embarcação, dizendo que “desejavam que nunca a tivessem
sto”. No momento em que a escuridão caiu, entregaram o leme para
dos seus prisioneiros, liberando outro pirata para a tarefa principal beber vinho. Brown declarou-se capitão enquanto um deles, Thoma
Baker, começou a se gabar aos prisioneiros, dizendo-lhes que a
ripulação tinha uma carta de corso do próprio rei George. “Nós vam
estendê-la até o fim do mundo”, Van Vorst disse.
Por volta das dez horas da noite, o tempo fechou. Pesadas rajad
de chuva começaram a cair, raios e relâmpagos irromperam pelo cé
escuro. O pior de tudo era que o vento tinha mudado; agora ele esta
vindo do sudeste e do leste, levando os navios em direção à costa
condida de Cape Cod. Os piratas bêbados a bordo do Mary Anne l
erderam as outras embarcações de vista. Baker, talvez aflito, começo
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amaldiçoar o cozinheiro do Mary Anne, Alexander Mackconachy, q
estava manejando o leme e, aparentemente, tinha levado o navio pa
mais perto da terra. Ele “não ficaria mais preocupado se o matasse d
que se estivesse matando um cão”, Baker gritou, espingarda em mão
“Você nunca vai chegar em terra para contar a sua história!”
Não muito tempo depois, a costa apareceu, como se para
epreender Baker. O Mary Anne agora estava sendo atingido por ond
de seis a nove metros de altura, que quebravam em cascatas de espum
ao redor dele. Todos perceberam que podiam encalhar a qualquer
momento e serem despedaçados pelo mar raivoso. Mackconachymplorou aos piratas para virar o navio, proa para a praia, para lhe da
melhor chance de sobreviver à colisão inevitável com o fundo. Log
depois que eles viraram, o Mary Anne atingiu o fundo, sacudindo
iolentamente o casco e fazendo com que barris de vinho rolassem p
convés. Baker pegou um machado e começou a acertar seus mastrocomo se derrubá-los fosse reduzir a pressão sobre o casco que rang
Com dois dos três mastros no chão, outro pirata gritou de terror “Pe
mor de Deus, vamos descer para o porão e morrer juntos!” Os home
prisioneiros e piratas juntos, amontoaram-se no convés e no porão
esperando se afogar a qualquer momento. Os piratas analfabetos
imploraram para Mackconachy ler o Livro de Oração Comum.
Enquanto ouviam as orações no sotaque gaélico do cozinheiro,
relâmpagos iluminavam o céu, o vento uivava através da mareagem e
casco de madeira estremecia na arrebentação.
A tripulação dos outros navios capturados estava mais sóbria
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ossivelmente como resultado, mais afortunada. Enquanto a tempest
formava, Richard Noland no Ann Galley perdeu de vista a lanterna
Whydah, mas se manteve perto do pequeno Fisher . As ondas
montanhosas os estavam empurrando em direção às arrebentações, q
eles podiam ouvir se chocando na costa deserta de Cape. Noland
percebeu que sua única chance era soltar suas âncoras e esperar quegrandes ganchos de ferro segurassem forte o suficiente para mantê-l
fora da praia até que a tempestade se acalmasse. Ele virou o Ann e
homens atiraram as âncoras ao mar. Gritou e gesticulou para a Fish
fazer o mesmo. Em ambos os navios, piratas e prisioneiros juntos
assistiram ansiosamente os cabos de ancoragem afundarem e sefirmarem, fazendo com que os navios de madeira milagrosamente
parassem a poucos metros da praia. Se orações foram feitas durante
noite, elas foram, sem dúvida, voltadas para as âncoras, para que
permanecessem agarradas ao fundo de areia enquanto o Atlântico
liberava sua fúria.
A poucos quilômetros para o norte, o Whydah também estava
sendo conduzido inexoravelmente em direção à costa. Enquanto a
normes ondas jogavam o navio cada vez mais perto da arrebentação
ondas, Sam Bellamy pode muito bem ter se lembrado dos destroços
frota de tesouro espanhola, grandes cascos transformados em gravet
pelas ondas violentas guiadas pela tempestade. Bellamy sabia onde
estava. Ao clarão de relâmpagos, podia ver os grandes penhascos d
Eastham avolumando-se a uma centena de metros acima das ondas q
explodiam. Se eles batessem aqui, haveria poucos sobreviventes. A
ndas iam quase até o sopé dos penhascos que subiam vertiginosame
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para as chapadas, aquelas planícies pouco habitadas e varridas pel
ento que separavam os moradores de Eastham e Billingsgate do mar
eia-noite, ele sabia que as âncoras de meia tonelada do Whydah era
única esperança de salvá-los.
Os homens lutaram para seguir as ordens enquanto as ondasnvadiam o convés. Os timoneiros, de pés afastados, giravam a roda
leme, deixando a proa do grande navio cara a cara com o vento. A
âncoras caíram na água e suas cordas pesadas começaram a se estica
Todos prenderam sua respiração enquanto as linhas se retesavam. Po
r havido um momento de pausa enquanto o Whydah brevemente pade balançar em direção ao caos espumoso atrás deles, mas então ele
sentiram as âncoras se arrastando. O Whydah estava condenado.
Havia uma última chance de salvar a tripulação, fazer exatamen
como os homens do Mary Anne tinham feito. Eles tinham que tenta
evar a embarcação à terra cuidadosamente, a proa primeiro, esperandeixá-la suficientemente perto da arrebentação violenta das ondas p
dar a quem soubesse nadar alguma esperança de alcançar a terra.
Bellamy gritou para os homens cortarem os cabos das âncoras. Ass
que o último golpe de seus machados acertaram – as grossas cordas
ancoragem se rompendo –, Bellamy ordenou que os pilotos virassemnavio totalmente ao contrário, para chegar com a frente primeiro n
praia. Mas o navio não virou. Todos assistiram aterrorizados ao nav
deslizar para trás com a popa primeiro, sobre ondas de mais de nov
metros de altura, em direção ao caos branco e nebuloso no pé das
falésias.
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O Whydah encalhou com uma força chocante. O solavanco
provavelmente jogou qualquer homem que estava na mareagem para
ondas mortais, onde eles iam alternadamente sendo puxados para
fundo do mar e jogados de volta para longe da praia, pela correntez
Canhões se soltaram de seus guinchos e rolaram pelo convés inferio
esmagando todos em seu caminho. Um pirata foi arremessado pelo
convés de forma tão violenta que o osso do seu ombro ficou
completamente cravado na alça de um bule de cobre6. O pequeno Jo
King, o pirata voluntário de nove anos de idade, foi esmagado entre
onveses, ainda usando as meias de seda e os sapatos caros de couro
ua mãe tinha calçado nele a bordo do Bonetta meses antes. No espade quinze minutos, o movimento violento das ondas fez o mastro
rincipal do Whydah desabar para o lado. As ondas quebravam sobre
deques e a água se derramava sobre o tumulto de canhões e barris d
carga que caíam convés abaixo. Ao romper do dia, o casco do Whyd
se partiu, lançando para a água tanto os vivos quanto os mortos.
À medida que a tempestade se alastrava pelas horas da manhã,
maré vazante deixava mais e mais corpos empilhados na praia. Em m
os cadáveres inchados e mutilados, apenas dois homens se mexiam.
eles era John Julian, o índio mosquito que tinha servido com Bellam
ordo de suas piráguas. O outro era Thomas Davis, um dos carpintei
o St. Michael que tinha sido recrutado à força. Samuel Bellamy e ce
de cento e sessenta outros homens – piratas e prisioneiros, brancos
negros e índios – tinham morrido na tempestade.
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A dezesseis quilômetros ao sul, os piratas a bordo do Mary An
estavam gratos por estarem vivos. Ao amanhecer, eles puderam ver q
haviam encalhado numa ilha semissubmersa no meio de uma baía
pequena e protegida. A tripulação do Mary Anne provavelmente
econheceu o lugar: ilha Pochet, ao sul de Eastham. Com a maré bai
metade do Mary Anne estava encalhada contra a ilha e os homens
odiam desembarcar sem molhar os pés. Eles ficaram na praia por vá
horas, comendo guloseimas e bebendo mais vinho.
Por volta das dez horas da manhã, dois homens que tinham nota
o navio naufragado remaram até lá numa canoa e levaram os náufragpara o continente. Os habitantes locais, John Cole e William Smith
parentemente não ficaram desconfiados, nem mesmo quando os pira
entraram em discussões acaloradas numa mistura de inglês, francês
holandês. Eles perceberam que alguns dos náufragos queriam chega
Rhode Island o mais rápido possível – provavelmente para procuraabrigo entre as pessoas de Williams. Os outros pareciam mais quiet
sentados calmamente perto do fogo na casa de John Cole até que, d
epente, um deles falou. Era Alexander Mackconachy, que revelou q
os outros oito eram piratas impiedosos, membros da tripulação infam
de “Black Sam” Bellamy. Os piratas sabiam que era hora de ir. Eles
despediram da boquiaberta família de John Cole e saíram
apressadamente para a chuva.
Eles chegaram até a Taberna de Eastham antes do juiz de paz Jo
Doane e seus homens os alcançarem. Alertado por John Cole, Doan
nha indo direto para a taberna, um dos poucos lugares onde estranh
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podiam comprar cavalos. Logo Doane tinha toda a população do Ma
nne – tanto piratas quanto prisioneiros – sob guarda armada, andan
pelo caminho lamacento em direção à prisão Barnstable.
Os piratas a bordo do Ann Galley e do Fisher tiveram mais sorte
que os demais. Por causa de sua boa sorte – ou talvez por força da
eveza dos seus navios –, suas âncoras se mantiveram firmes durante
noite. Às dez da manhã, ainda chovendo a cântaros, o vento virou d
volta para o oeste, soprando para longe da terra ao invés de vir em
direção a ela. Com grande alívio, Noland ordenou que as velas e aâncoras fossem levantadas. Com o vento às suas costas, eles partira
para longe da arrebentação das ondas, com destino à costa do Main
onde esperavam encontrar o Whydah e seu tesouro.
Dezesseis quilômetros depois, Noland decidiu que era hora delivrar do Fisher . Os piratas transferiram toda a tripulação e pertenc
para bordo do Ann e deixaram o Fisher flutuando em mar aberto, se
tripulação e com as escotilhas abertas para a tempestade.
Dois dias depois, em 29 de abril, o Ann ancorou no abrigo da i
Monhegan, uma ilha alta e rochosa, dezesseis quilômetros ao largo costa do Maine. Monhegan vinha sendo habitada e desabitada por
gleses desde 1614, e era o local de uma das primeiras estações pere
de pesca da Nova Inglaterra. Mas, naquele dia tempestuoso de 171
pode não ter havido ninguém na ilha para receber os piratas. A maio
dos assentamentos do Maine tinha sido destruída pelos índios
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wabanaki, aliados dos franceses. As porções central e oriental da co
inda estavam sendo disputadas entre França e Grã-Bretanha, incluin
Monhegan e outras ilhas marítimas, como Damariscove e Matinicu
Monhegan tinha estoque de água e fácil acesso a alguns dos melhor
cais de pesca de bacalhau nas Américas. Podia estar faltando um po
colhedor, mas para bandidos em fuga, era um lugar seguro para ficaesperar o Whydah, o Marianne e o Mary Anne chegarem.
Os dias se passaram sem nenhum sinal deles. Noland e os outr
homens começaram a temer o pior: que eles eram tudo o que restava
maior frota pirata das Américas.
Thomas Davis, um dos dois sobreviventes do naufrágio do
Whydah, tinha se arrastado para fora da arrebentação e, tremendo
exausto, tropeçou através da escuridão em busca de abrigo. Ele andum pouco pela praia, atingido pela chuva, com falésias de areia
ntransitáveis o empurrando contra o mar. Iluminada por relâmpagos
arede de areia parecia continuar para sempre em ambas as direções.
havia uma maneira de escapar. Davis começou a escalar.
Felizmente, ele era um jovem de vinte e dois anos e,resumivelmente, tinha boa saúde, pois, apesar do frio e da exaustão
lguma forma ele conseguiu chegar ao topo da parede de areia de tri
metros. Ele deve ter descansado um pouco na cúpula, uma planície
misteriosa de grama estendida diante dele na névoa. Atrás dele, lá
embaixo na arrebentação, os destroços do Whydah brilhavam com o
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elâmpagos, como uma aparição fantasmagórica. Por fim, ele se mov
para frente, tremendo no vento e na chuva, para longe do mar.
Às cinco da manhã, Davis finalmente chegou à fazenda de Sam
Harding, a três quilômetros do local do naufrágio. De alguma form
Davis relatou sua história para aquele nativo de Eastham. As orelhasHarding devem ter ficado em pé quando ele ouviu falar do naufrági
ois quase imediatamente ele pegou seu cavalo. Davis, meio ensopa
viu-se sendo levado para a praia agarrado às costas do agricultor.
Harding contornou as falésias e, guiado por Davis, foi até o cen
da destruição. As duas metades do Whydah tinham se separado, e
continuavam se afastando cada vez mais pela tempestade, enquant
edaços do navio, da sua carga e da tripulação estavam se espalhando
ongo da base do penhasco. Eles recolheram diversas coisas de valor
prenderam no cavalo e, completamente carregados, voltaram para
zenda de Harding, que imediatamente foi à praia novamente e repetviagem várias vezes até as primeiras horas da manhã.
Por volta das dez da manhã, Harding, seu irmão Abias, os vizin
Edward Knowles e Jonathan Cole7 e outros sete homens estavam
ecolhendo objetos de valor tão rapidamente quanto possível, sabenue as autoridades podiam chegar a qualquer momento. Eles podem
vasculhado o crescente número de cadáveres ceifados pela tempesta
ue se acumulavam na praia, mais de cinquenta naquela tarde, pegan
dos mortos botões e fivelas de prata, joias e moedas. No final, ele
tiveram muito tempo. O juiz de paz de Eastham, Joseph Doane, fico
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cupado durante o dia inteiro interceptando e prendendo a tripulação
Mary Anne no outro lado da cidade e escoltando-os até Barnstable
oane não chegou ao local do naufrágio até a manhã seguinte, domin
ia 28, quando descobriu que “tudo de valor tinha sido levado”. Doa
mais tarde alegou que, em seguida, “ordenou que os habitantes” da á
salvassem o que podiam para o rei”, enquanto o legista local – o sode Jonathan Cole – supervisionou o enterro de sessenta e dois home
afogados, coletando “várias coisas que pertenciam ao naufrágio” n
processo. O valor total dos itens reservados para o rei alcançou apen
uzentas libras, o que sugere que objetos no valor de muitas milhare
libras chegaram às mãos das boas pessoas de Eastham. Dificilmentpoderia ter sido diferente. Dentro de alguns dias, duzentas pessoas –
maioria dos habitantes sãos da cidade – estavam saqueando os
destroços, cortando pedaços de vela e pegando “riquezas da areia”
Uma ocorrência estranha foi posteriormente relatada às autoridandas de Boston. Na segunda-feira, 29, menos de três dias depois qu
Whydah afundou, um “grande saveiro” chegou à praia. O navio
misterioso se aproximou da parte maior do Whydah e baixou um bar
para a água. Alguns tripulantes remaram até lá e examinaram os
escombros, expulsando várias embarcações de pesca locais antes d
navegar para o mar aberto. Autoridades coloniais presumiram que
ivesse sido um dos navios que acompanhavam o Whydah, um erro q
passou para a história.
Em 29 de abril, Paulsgrave Williams estava a pouco mais de
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uzentos quilômetros a sudeste, navegando em busca de butins perto
entrada do estreito de Long Island, ainda sem saber sobre a destruiç
do Whydah.
No dia anterior, sua tripulação tinha saqueado um saveiro de
Connecticut8, levando três alqueires9 de sal e dois de seus marinheirUm deles, Edward Sargeant, conhecia bem as atividades de imediato
i forçado a agir como seu piloto enquanto eles se escondiam nas ág
entre Montauk e Martha’s Vineyard. Infelizmente, nenhuma presa
ruzou seu caminho naquele dia e durante vários dias depois, causan
muito descontentamento entre a tripulação.
Em 3 de maio, perto de uma ilha deserta chamada No Man’s La
[Terra de Ninguém], ao sul de Martha’s Vineyard, eles atacaram do
aveiros comerciais vindos da Carolina do Norte. Do Hannah & Ma
les levaram itens para ajudar na revisão do Marianne, e um homem
Devonshire que morava em Boston e poderia guiá-los de forma segu
em torno de Cape Cod e até o Maine. O segundo saveiro, uma
embarcação menor de Portsmouth, New Hampshire, não tinha nada
valor. Tais presas insignificantes não conseguiram apaziguar a
ipulação; sem dúvida os resmungos continuaram enquanto o Maria
fracassava em suas tentativas de pegar alguma captura que valesse pena. Outra semana se passou, depois duas, todas sem saques. A es
altura, eles seguiram diretamente para o Maine, onde esperavam
ncontrar Bellamy e o Whydah: um comandante de confiança e um na
invencível iriam acertar as coisas.
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Guiado por seu piloto prisioneiro, o Marianne passou bem dista
da costa de Cape Cod numa rota definida para ir direto a Cape
Elizabeth, um cabo protuberante no sul do Maine, que podia ser
vistado do mar a quilômetros de distância. Eles não tinham como sa
que naquele mesmo momento o Whydah estava espalhado na
arrebentação de ondas no horizonte ocidental.
Ao meio-dia de 17 de maio de 1717, a cerca de cento e vinte
uilômetros no mar, eles interceptaram um veleiro de pesca, o Elizab
indo de Salem, Massachusetts, em direção aos grandes pesqueiros
bacalhau no banco de areia de Georges. Não havia ouro nessa presinsignificante, é claro, apenas dezesseis grandes barris cheios de sa
ca e comida. O veleiro era pequeno, mas Williams achou que ele ti
aproximadamente o tamanho certo para ajudar a querenar o Marian
uando eles finalmente encontrassem o caminho para Damariscove.
iratas forçaram o capitão do Elizabeth a vir a bordo, colocando alguos seus próprios homens no veleiro de pesca, e seguiram para o Ma
Após o amanhecer do domingo, dia 18, os homens de William
viram o contorno nítido de Cape Elizabeth. Como seu piloto não
conhecia o caminho para Damariscove, os piratas decidiram navegar
Marianne direto para o porto mais próximo, para sequestrar ummarinheiro local. Em poucas horas, ancoraram entre Cape Elizabeth
lha Richmond, de onde as docas e os detritos de uma estação de pe
e setenta anos de idade olhavam fixamente para eles. Os pescadores
estação tinham partido há muito, mas havia uma fazenda na costa
ontinental, um pequeno veleiro ancorado no porto e um ou dois bar
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bertos parados na praia repleta de algas. Certamente, Williams pens
um piloto podia ser encontrado ali.
Na fazenda, Dominicus Jordan sentiu o cheiro de problema. E
havia nascido às margens do pequeno ancoradouro, mas já tinha vis
mais guerra e violência do que a maioria dos piratas. No início daGuerra da Sucessão Espanhola, um bando de índios havia ocupado
asa fortificada de seus pais; o pai de Dominicus, um homem gigante
e com uma reputação temível, partiu a cabeça de um índio com um
machado. Os outros índios o mataram e levaram Dominicus, então c
ezenove anos de idade, sua mãe e seus cinco irmãos mais novos parcativeiro na selva canadense. A família passou os treze anos seguint
om os índios, aprendendo sua língua e muitos de seus costumes, an
de ser libertada em 1715. Dominicus deu uma olhada para o saveiro
guerra fortemente tripulado e percebeu que deveria fugir. Pegou su
sposa e seu filho de três anos de idade e fugiu para a floresta com sempregados.
Os homens de Williams passaram o dia e a noite em Cape
lizabeth, vasculhando as posses dos Jordans. Numa determinada ho
os piratas detiveram um infeliz barco de pesca que tinha entrado n
ancoradouro. Um dos pescadores admitiu conhecer o caminho parDamariscove e Monhegan e foi obrigado a assumir o serviço como
piloto. Seu jovem assistente foi libertado em terra e correu pela ma
para alertar a cidade mais próxima, Falmouth, da presença dos pirat
Naquela tarde, eles navegaram quase cinquenta quilômetros par
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leste até a ilha Damariscove, na costa de onde hoje é o porto de
Boothbay. Uma ilha rochosa com uma enseada confortável aninhada
seu extremo sul, Damariscove tinha sido um ponto de encontro par
pescadores por mais de um século. Após a devastação das guerras co
s índios, a ilha foi desocupada, exceto, talvez, as visitas ocasionais
pescadores que precisavam de um lugar para dormir após um longo puxando bacalhaus de um metro ou um metro e meio de comprimen
das águas frias do Golfo do Maine. O Marianne ficou firmemente
ncorado na enseada, com os topos dos seus mastros quase escondid
da vista pelos cumes espinhosos que se erguiam de cada lado da ilh
la era, de fato, um lugar seguro para se esconder, descansar e consesaveiro. No entanto, não havia nenhum sinal de que o Whydah já ti
agraciado a ilha com a sua presença.
Williams ficou em Damariscove por cinco dias, esperando em v
ue Bellamy aparecesse de repente com o navio e o tesouro intactos. ez tudo que pôde para deixar o Marianne em forma, descarregando
arga, tirando seu mastro quebrado e querenando a parte de baixo de
casco. Aqueles que não estavam trabalhando se reuniram na praia n
frente da enseada, fazendo um apurado balanço de seu insignifican
souro: dez canhões; alguns fardos de lã e panos de linho; um pouco
ferro; alguns barris de comida, sal e água. À medida que os dias se
passaram e se tornava cada vez mais claro que o Whydah não estav
vindo, a imagem do grande monte de ouro e joias empilhados em se
porão deve ter assombrado os homens cansados.
Embora eles estivessem a menos de vinte e cinco quilômetros
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Monhegan, o bando de Williams aparentemente nunca encontrou se
ompanheiros piratas do Ann Galley e do Fisher . Como a tripulação
arianne, Noland e companhia tinham permanecido nas ilhas exterio
e Midcoast Maine por um tempo, consertando seus navios e saquea
pequenos barcos de pesca que cruzassem sua rota. Esses piratas,
timamente conscientes dos perigos que a tempestade tinha apresento Whydah, provavelmente já tinham perdido as esperanças, e seguir
para o sul, para a segurança das Bahamas.
Em 23 de maio, Williams também foi forçado a aceitar que se
migo tinha perdido o encontro. Com um sentimento de mau presságo grupo votou por começar a longa e perigosa viagem de volta para
assau. Eles navegaram para o sul até Cape Elizabeth, onde libertara
Elizabeth e o outro barco de pesca e seguiram caminho para Cape C
No final da manhã do dia 25, já avistando a ponta de Cape Cod
homens de Williams finalmente souberam do destino do Whydah. portador da má notícia foi Samuel Skinner, mestre da escuna Swallo
e Salem, Massachusetts, que havia sido detido pelos piratas na entr
da baía. A destruição do Whydah já estava na boca de todos, de
Portsmouth a Newport e além, como Skinner pode ter dito a eles,
ocupava as páginas do Boston News-Letter . O Whydah, o tesouro eamigo e cúmplice de Williams tinham ido embora, destruídos pelo
róprio mar. Williams, presumivelmente abalado com a notícia, liber
o Swallow e navegou para fora da baía.
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Em Boston, a maior cidade do continente americano britânico
destruição do Whydah tinha trazido pouco alívio. Pouco a pouco, o
avios iam chegando aos portos da Nova Inglaterra trazendo história
aques piratas: barcos de pesca no Maine e no golfo aberto; saveiros
comércio em Connecticut, Rhode Island, Martha’s Vineyard e Cap
ela primeira vez desde o início da pirataria, nenhum lugar nas águas
Nova Inglaterra parecia livre dos homens da bandeira negra.
O governador de Massachusetts, Samuel Shute, colocou a colô
em pé de guerra. Incapaz de confiar na segurança das rotas marítima
le ordenou que os nove piratas sobreviventes fossem transportados terra, de Barnstable para Boston, “sob uma guarda forte e
suficientemente segura, de condado para condado, e de xerife para
xerife”. Nos primeiros dias após o naufrágio, Boston permaneceu se
roteção naval. Mesmo depois de 2 de maio, quando a fragata de qui
classe HMS Rose finalmente chegou das Índias Ocidentais, Shutepermaneceu preocupado com a segurança do comércio. No dia 9, e
espachou a fragata para Cape Cod, onde ela passou quase três sema
patrulhando em busca de piratas, incluindo um dia passado nos
rredores do próprio local do naufrágio. Notícias dos desembarques
Marianne em Cape Elizabeth chegaram ao governador em 21 de mai
rritaram-no o suficiente para que ele ordenasse o fechamento do po
e Boston por uma semana. Ele armou um saveiro, o Mary Free Lov
o enviou como um corsário para caçar Williams e Noland. Ele até
permitiu que o capitão do Rose recrutasse à força vinte homens de
Boston para se certificar de que ele não seria dominado por pirata
enquanto patrulhava a costa. Toda a Nova Inglaterra estava por um f
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Ninguém tinha mais medo do que os próprios piratas prisioneir
Eles haviam chegado a Boston em 4 de maio, foram levados para o a
a colina, passando a prefeitura, e despejados nas celas da velha pris
de Boston. Além dos sete homens do Mary Anne, os prisioneiros
cluíam Thomas Davis e John Julian, que haviam sido apreendidos p
uiz Doane antes de terem ido para longe da praia. Logo depois, Juli
foi separado do resto e destinado, por causa da sua pele escura, para
mercado de escravos10. Os outros oito prisioneiros podem ter deseja
pela primeira vez que não fossem brancos, porque, a menos que algu
os seus comparsas viessem a Boston para libertá-los, todos sabiam
stavam fadados a morrer na forca. Talvez eles esperassem, deitados uas celas, que seus irmãos que estavam nas Bahamas tivessem ouvi
falar de seu destino e estivessem vindo resgatá-los.
ntão o principal porto da São Domingos francesa, e que agora faz parte da nação do Haiti.
lguns autores questionam se essa conversa, que acabou sendo publicada no livro História geral dos roubos e assassínios do
otáveis piratas, realmente aconteceu, perguntando-se quem teria transcrito a conversa. A resposta é: o próprio Beer. Apncontro com Bellamy, o capitão foi colocado a bordo do Marianne , onde teve muitas horas livres para registrar essa costórica. Ele foi libertado na ilha Block uma ou duas semanas mais tarde e, em 29 de abril, apareceu em Newport e relatouavia acontecido com ele para um correspondente da Boston News-Letter . É quase certo que os detalhes da conversagistrados pelas autoridades de Rhode Island e enviados a Londres, onde ficaram disponíveis para o autor do referido livro.
Williams não precisava ter se preocupado. Ao navegar pela costa da Carolina em maio de 1716, o Shoreham encalhou em um
frendo grandes danos em sua quilha e no revestimento do seu casco. Ele se arrastou capengando até Charleston, em 29 de m
ão conseguiu retornar ao mar por quase um ano. Enquanto Williams e Bellamy estavam rondando os Cabos da Virgínia, o Shonda estava carregando suprimentos em Charleston; ele não chegaria a Kinquotan (Hampton Roads) antes de 1º de maio de 17
primeiro marido de Mary, Edward Sands, amigo do capitão Kidd, tinha morrido em 1708. A meia-irmã de Paulsgrave, Ca
690-1769) se casou com o sobrinho dele, John Sands (1683-1763), enquanto Mary se casou depois com um Robert Westcott.ilha, situada na costa de East Hampton, NY, tem sido mantida na mesma família há quatrocentos anos. Robert David Lion Ga
último a ter o nome da família, chamava a si mesmo de “16º lorde da mansão” até sua morte em 2004.escápula, ainda cravada na alça do bule, está em exposição no Museu do Whydah.
nathan era o filho de John Cole, um dos dois homens que remaram para resgatar os piratas do Mary Anne naquela manhã, de
uilômetros ao sul. É possível que o filho tenha mandado notícias do naufrágio ao seu pai e o alertado para a possibilidade deavios piratas naufragados na área, o que pode explicar a aparente despreocupação do velho Cole com o aspecto e o comport
os náufragos.
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ste saveiro era o Elizabeth , de Weathersfield, com o capitão Gersham em seu caminho para casa saindo de Salt Tortugas.
lqueire, neste caso, é uma medida de capacidade usada antigamente para medir cereais (N.T.).
É possível que John Julian tenha se tornado escravo da família de um futuro presidente. Naquela altura, um índio chamado J
ndido para John Quincy de Braintree, bisavô do presidente (e abolicionista) John Quincy Adams e avô da esposa do presidendams, Abigail.
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CAPÍTULO OITO
Barba Negra
Maio - Dezembro de 1717
Quando Barba Negra e Hornigold voltaram para as Bahamas do Continente Espanhol, em pos
nnet , um ótimo saveiro de guerra, e cem mil libras em saque, a reputação deles aume
rnigold agora era um líder indiscutível da república pirata, tomando seu lugar ao lado d
al, Henry Jennings. Barba Negra, que tinha trinta e sete anos de idade na época, era consid
m dos melhores capitães do arquipélago, corajoso e eficaz. Ao contrário de Bellamy, Barba N
o tinha a intenção de deixar seu comodoro de lado, especialmente levando em conta que Horn
via se tornado menos relutante em atacar navios ingleses.
O boato tinha se espalhado de que o jovem Sam Bellamy havi
apturado um navio de guerra e o levado para o norte, para interceptacarregamentos de primavera da Europa e do Caribe indo para aquel
colônias. Vários outros bandos de piratas preparavam-se para segui
exemplo, e estavam ocupados carregando seus saveiros com os
suprimentos necessários. O pirata francês Olivier La Buse estava e
assau e tinha adquirido seu próprio navio poderoso, que, com duzee cinquenta toneladas e vinte canhões, era quase tão forte quanto o
Whydah. O francês estava ocupado recrutando mais tripulantes; quan
chegasse a cento e cinquenta, ele pretendia navegar para a Nova
Inglaterra, explorar com Bellamy e continuar até a Nova Escócia e
Terra Nova. Jennings, no entanto, não tinha interesse em velejar par
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norte; sozinho entre os capitães piratas, ele continuava a se recusar
atacar navios britânicos, que era o único tipo que se encontraria co
lguma regularidade lá. Charles Vane, por sua vez, também parecia n
r interesse em navegar em climas mais frios; como muitos do bando
Jennings, ele parecia contente em desfrutar de sua riqueza e liberda
em terra.
Depois de uma pequena pausa, durante a qual Hornigold reequi
o Bonnet como um bom saveiro de guerra, Barba Negra e Hornigol
partiram em expedição, embora tivessem ficado muito mais perto d
casa. No início de julho, eles se esconderam no leste de Cuba em serespectivos saveiros, na esperança de interceptar alguns navios
ransatlânticos bem carregados. Em vez disso, eles atacaram um save
ob o comando de um capitão Bishop, indo de Havana para Nova Yo
om uma carga de farinha. Não era ouro, é verdade, mas farinha sem
era procurada nas Bahamas, onde o número de piratas ultrapassavamplamente os poucos agricultores restantes. Eles usaram seu temp
transferindo cento e vinte barris do produto para bordo dos seus
róprios saveiros antes de deixar o capitão Bishop seguir seu camin
Mais ou menos uma semana depois, capturaram outro navio de comé
com destino a Nova York, sob o comando de um capitão Thurbar, q
nha partido há alguns dias da Jamaica; os piratas não encontraram n
de interesse a bordo dele além de “alguns litros de rum”, que eles
confiscaram antes de liberar a embarcação. Colheitas magras, o ban
e piratas deve ter pensado. Talvez eles realmente devessem seguir s
comparsas em direção ao norte.
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Em agosto, Thatch e Hornigold estavam de volta a Nassau, su
arinha assegurando que ninguém iria passar vontade de comer pão n
próximos meses. Nos dias seguintes, eles provavelmente ficaram
descarregando essa carga e se preparando para uma expedição mai
onga até a costa leste. Seus irmãos pareciam quase invulneráveis, co
m controle das rotas marítimas da Jamaica até Nova York praticame
incontestável por qualquer autoridade. Como eles compartilhavam
formações colhidas de prisioneiros e dos comerciantes da ilha Harb
com os outros capitães piratas, concluíram que a Marinha Real er
mpotente para detê-los. O HMS Shoreham tinha acabado de voltar p
a Virgínia e aparentemente estava em condições tão precárias que scapitão não se atrevia a deixar a proteção da baía de Chesapeake. O
omens de Sam Bellamy tinham aterrorizado tanto as Ilhas de Sotave
britânicas que o simples boato de seu retorno tinha feito com que
governador da colônia desistisse de uma viagem a bordo do HMS
Seaford por medo de ser capturado. Em Barbados, sabia-se que atripulação do Scarborough estava incapacitada por doença. Fora d
amaica, isso deixava mais dois ou três navios para proteger milhares
quilômetros de litoral de Barbados ao Maine. Havia boatos de que
eforços estavam a caminho vindos da Inglaterra, mas naquele momen
ao que parece, as Américas pertenciam a eles.
Alguns dos piratas, principalmente os escoceses e os corsários
ex-governador Hamilton, tinham começado a expressar maiores
aspirações. Esses indivíduos detestavam o rei George e tinham ficad
frustrados com o fracasso da rebelião jacobita de 1715 contra ele
entindo seu poder, esses piratas pró-Stuart pensaram em oferecer s
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serviços ao pretender , o candidato a rei pela casa de Stuart, James I
que estava novamente exilado na França. Essa facção, que
provavelmente incluía Jennings, Vane e vários dos homens de Barb
Negra e Williams, estava entrando em contato com simpatizantes
cobitas na Inglaterra, através de quem eles esperavam um dia conse
cartas de corso do rei Stuart. A república desorganizada dos pirata
estava pronta para assumir um lugar no cenário mundial e para tom
partido na grande luta geopolítica da época.
Então a má notícia chegou.
O Marianne, com suas velas rasgadas e seu mastro improvisado
rrastou até o porto de Nassau, seguido do Ann Galley danificado p
empestade e sob o comando de Richard Noland. Paulsgrave William
podia ser visto no tombadilho do Marianne, mas Sam Bellamy, se
companheiro inseparável, não era visto em nenhum lugar.
Williams e Noland relataram a notícia trágica da destruição d
Whydah, e que nove sobreviventes estavam esperando julgamento e
Boston com pouca esperança de absolvição. Mas Bellamy não estav
entre eles. Os governadores de Massachusetts e Rhode Island tinha
equipado pelo menos três navios corsários para caçar Williams,rçando os piratas a saírem das águas da Nova Inglaterra. O pirata ti
continuado a saquear navios enquanto seguia sua rota pelas costas d
Nova Jersey, Delaware e das Carolinas, obtendo vinho e mantiment
m quantidade suficiente para manter seus homens vivos. Por morte
eserção, seu bando reduziu-se a pouco mais de trinta homens. Nola
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com quem ele tinha se encontrado pelo caminho, tinha cerca de vin
homens a bordo. Dos cento e vinte cinco ou mais piratas que havia
deixado o sul das Bahamas com Bellamy no início daquela primave
apenas cinquenta permaneceram.
Barba Negra estava particularmente irritado com a notícia. Seamigo Bellamy estava morto e os beatos ignorantes de Boston estav
empenhados em executar os últimos dos sobreviventes. Isso não pod
acontecer, e se acontecesse, Barba Negra executaria uma vingança
terrível sobre o povo da Nova Inglaterra. Enquanto conversava com
Williams e Noland, ele provavelmente considerou a possibilidade datacar Boston e libertar os prisioneiros da velha prisão. Para pôr em
rática um plano tão ousado, precisaria do seu próprio navio de guer
No final de agosto, entrou no porto uma embarcação desconhec
om velas e mareagem desgastados e conveses marcados com as ferid
eveladoras de uma batalha prolongada. Era um saveiro de guerra combandeira negra hasteada, mas ninguém em Nassau o tinha visto ante
Quando seu capitão apareceu, os espectadores ficaram horrorizado
Vestido com roupas finas e com o corpo cheio de bandagens estava
enhor gordo que dificilmente parecia ter passado um dia no mar em
ida. Nenhuma das pessoas que viram esse senhor bem educado manelo convés jamais teria imaginado que ele estava destinado a se torn
principal cúmplice de Barba Negra.
Stede Bonnet, o homem das roupas finas, era o mais improváv
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os piratas. Ele tinha nascido em Barbados vinte e nove anos antes,
688, numa rica família de plantadores de açúcar. Os ingleses tinham
estabelecido em Barbados no final da década de 1620, uma geraçã
ntes do que na Jamaica ou nas Bahamas, e o bisavô de Stede, Thom
stava entre seus pioneiros. Nas nove décadas desde então, os Bonn
tinham limpado centenas de acres de floresta de várzea ao sudeste dapital da colônia, Bridgetown, plantando primeiro tabaco e depois, c
mais sucesso, cana-de-açúcar. Como outros plantadores bem-sucedid
eles tinham comprado escravos africanos para cuidar das plantações
os tonéis de xarope de cana nas casas de açúcar. Quando Stede nasc
os Bonnets tinham uma das propriedades mais prósperas da ilha,uatrocentos acres plantados, dois moinhos de vento e um operado p
gado para moer a cana e obter o xarope. Os primeiros anos de vida d
Stede foram passados na imensa fazenda, sua família sendo auxilia
por três empregados e noventa e quatro escravos. Mas sua vida não
vre de tragédias. Em 1694, quando ele tinha apenas seis anos de idaseu pai faleceu, e parece que sua mãe morreu pouco tempo depois.
ropriedade foi colocada sob os cuidados de seus guardiões até que
casse maior de idade. Ele se tornou uma criança órfã com um pequ
exército de empregados e escravos.
Bonnet foi preparado para assumir o seu lugar na aristocracia
Barbados. Ele recebeu uma educação liberal, serviu como oficial n
milícia da ilha e cortejou a filha de outro grande plantador, William
llamby. Em 1709, quando Bonnet tinha vinte e um anos de idade, e
a jovem Mary Allamby se casaram na igreja de St. Michael em
ridgetown, a poucos passos da cintilante superfície da baía de Carl
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Montaram sua casa ao sul do porto de Bridgetown, onde Bonnet era
modo geral, estimado e honrado”. Então tudo começou a dar errado
Seu primeiro filho, Allamby Bonnet, morreu no início da infân
Isso causou um impacto duradouro em Stede Bonnet. Mais três filh
vieram – Edward, Stede Jr. e Mary – mas mesmo assim o estado despírito de Bonnet não melhorou. Ele caiu em depressão e até mesm
em insanidade. Seus amigos achavam que ele sofria de “um transtor
em sua mente, muito perceptível nele por algum tempo” e que
upostamente era causado “por alguns desconfortos que ele encontr
na vida de casado”.
Perto do fim de 1716, ele chegou ao seu limite. Seus colegas
lantadores estavam em alvoroço por causa das incursões de Bellam
Williams, que haviam causado muitos danos ao comércio das Ilhas
Sotavento ali perto. Bonnet ficou encantado. Embora ele fosse um
perfeito proprietário de terras e um grande desconhecedor das artes marinharia e navegação, decidiu construir seu próprio navio de guer
Contratou um estaleiro local para construir um saveiro de guerra d
essenta toneladas, capaz de transportar dez canhões e setenta home
u mais. Ele deve ter dito às autoridades que pretendia usá-lo como
corsário, alegando que iria para Antígua ou Jamaica, onde esperaveceber uma licença para caçar os piratas. Na realidade, queria se tor
um deles.
Quando o saveiro ficou pronto, Bonnet o batizou com o nome
Revenge e começou a contratar uma tripulação. Traindo sua ignorân
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obre os costumes corsários e piratas, ele pagaria aos homens um sal
m vez de uma participação nos butins que fossem conquistados. Te
ue remunerar bem seus oficiais, já que ficaria inteiramente depende
eles para operar o navio. Os tripulantes podem ter tido razões políti
para se juntar ao plantador excêntrico; entre eles estava um númer
urpreendentemente grande de escoceses e, nos meses que se seguiraalguns expressariam tendências jacobitas. Enquanto os oficiais se
ocuparam encomendando armas, estoques e mantimentos apropriado
Bonnet se concentrava no que ele considerava mais importante para
sucesso na pirataria: equipar sua cabine com uma extensa bibliotec
Numa noite no final da primavera de 1717, ele embarcou no
Revenge e ordenou que seus contratados se preparassem para a parti
ob o manto da escuridão, o saveiro partiu da baía de Carlisle, deixa
a esposa de Bonnet para trás com sua filha recém-nascida e seus filh
pequenos, com idades de três e quatro anos. Ele nunca mais veriaqualquer um deles.
Temendo, talvez, ser reconhecido nas Ilhas de Sotavento, Bonn
ordenou que seu intendente levasse o Revenge diretamente para o
continente norte-americano. Seus contratados lhe disseram que el
odia esperar encontrar grandes capturas perto de Charleston, Caroldo Sul. Presumivelmente, ninguém iria reconhecer Bonnet lá, mas n
caminho ele disse à sua tripulação para se referir a ele como capitã
Edwards, apenas por segurança.
Embora separadas por três mil quilômetros de oceano e ilhas
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Barbados e Charleston eram incrivelmente parecidas. Charleston hav
sido fundada menos de cinquenta anos antes por um grupo de
plantadores de Barbados que tinham reproduzido com sucesso a su
sociedade escravista da Índia Ocidental nos pântanos costeiros da
Carolina do Sul. Era uma cidade pequena e murada de três mil
habitantes. Em suas ruas e na via costeira, baixas e pantanosas, havcasas enfileiradas, no estilo de Barbados, estruturas de tetos altos co
grandes janelas, varandas e cobertas por telhas. Fora dos muros,
lantações de arroz e cana se espalhavam por quilômetros ao longo d
os Ashley e Cooper, em campos escaldantes cuidados por exércitos
escravos negros supervisionado por um punhado de brancos armadoAssim como em Barbados, os brancos da colônia eram superados e
número por seus escravos, nesse caso numa proporção de dois por u
or terra, a cidade ficava totalmente isolada do resto da América ingl
toda a comunicação acontecendo por mar. A Carolina do Sul era,
fetivamente, uma ilha de escravos das Índias Ocidentais encalhada margens pantanosas da América do Norte.
Charleston, a única cidade de verdade em toda a Carolina do S
ra particularmente vulnerável a ataques navais, pois localizava-se nu
península na confluência de dois rios, a oito quilômetros do mar. A
entrada para esse estuário era parcialmente bloqueada por um long
banco de areia, e três pilotos se ocupavam guiando navios que tinha
que passar por ele para ir ao oceano e na volta. A própria costa, ond
milhares de mosquitos e outros insetos incômodos atormentavam ta
s homens quanto os animais” era escassamente povoada. A Carolina
Norte adjacente mal era governada, havendo lá apenas um punhado
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aldeias e menos de dez mil almas carentes espalhadas ao longo de
milhares de quilômetros quadrados de igarapés pantanosos e riacho
mansos entre Charleston e os cabos da Virgínia.
Para um pirata, esse era o cenário perfeito. Eles poderiam patru
a entrada do banco de areia, como uma aranha, prendendo todos onavios em sua teia. Quando chegasse a hora de encontrar um refúgi
para saquear as embarcações e fugir da lei, havia centenas de
uilômetros de córregos, enseadas e ilhas na costa da Carolina do No
ara se esconder, lugares com entradas muito rasas ou complicadas p
um grande navio de guerra segui-los. Para um pirata novato com umnavio poderoso, as Carolinas eram uma caixa de areia perfeita para
aprender o ofício.
Os homens de Bonnet guiaram o Revenge para o exterior do ban
de areia de Charleston no final de agosto de 1717 e esperaram por s
presa. Em 26 de agosto, ela veio na forma de um bergantim sob ocomando do capitão Thomas Porter, de Boston. O Revenge, com su
lataformas repletas de homens e canhões, ultrapassou o capitão Por
e o obrigou a se render. A tripulação de captura de Bonnet ficou
decepcionada ao descobrir o bergantim desprovido de saques de val
mas eles o mantiveram mesmo assim para que Porter não pudesse alea cidade para a sua presença. Poucas horas depois, eles avistaram u
saveiro vindo do sul. Aproximaram-se dele e mostraram suas arma
obrigando-o a se render imediatamente. Bonnet ordenou que o save
osse revistado enquanto ele conversava com seu capitão. Bonnet ha
dito a todos que ele era o capitão Edwards, mas o capitão do saveir
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Joseph Palmer, não pôde ser enganado; ele era de Barbados e
provavelmente ficou surpreso ao encontrar o major Stede Bonnet n
omando de um saveiro pirata. Bonnet, envolvido na pirataria há men
de um dia, já tinha sido descoberto.
O saveiro de Palmer carregava uma carga pequena, mas valiosa,produtos primários de Barbados: açúcar, rum e escravos. O Reveng
com seus porões ainda quase repletos de mantimentos, não podia
recolher mais, nem Bonnet queria empilhar escravos a bordo do se
eleiro lotado. Bonnet, talvez aconselhado por seu intendente, resolv
assumir o controle de ambos os navios e navegar para a Carolina dNorte para resolver o problema. Poucos dias depois, o Revenge anco
as calmas águas escuras de uma das entradas da colônia, provavelme
em Cape Fear, um refúgio famoso dos piratas e corsários do século
anterior. Descarregaram o saveiro de Palmer e, depois de usá-lo par
querenar o Revenge, tocaram fogo nele. Palmer, sua tripulação e oescravos foram colocados a bordo do bergantim de Porter, o qual o
iratas livraram de âncoras e da maioria de suas velas e aparelhamen
Ao reduzir sua capacidade de ganhar velocidade, os piratas tiveram
ntenção de obter para si uma grande vantagem, diminuindo a chance
Porter chegar a Charleston e dar o alarme. Eles podem ter exagerado
bergantim ficou tão lento que Porter foi forçado a deixar a maior pa
os escravos em terra “ou todos eles teriam morrido de fome por falta
mantimentos”. A Carolina do Sul não ficou sabendo sobre as piratar
e Bonnet até 22 de setembro, quatro semanas depois de terem ocorr
Mas então ele já estava muito longe.
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“O major não era um marinheiro”, um historiador escreveria so
Bonnet alguns anos mais tarde, “e, portanto, era obrigado a ceder
muitas coisas que eram impostas a ele por falta de conhecimento
ompetente sobre os assuntos marítimos”. A primeira de tais imposiç
ocorreu quando o Revenge partiu do seu refúgio na Carolina do Nor
Bonnet já estava começando a perder seu controle sobre a tripulaçã
que discutia abertamente sobre para onde eles deveriam navegar em
seguida. Por fim, em meio a “nada além de confusão”, eles navegara
ara o sul, para o estreito da Flórida, talvez querendo tentar a sua so
pescando” nos famosos naufrágios espanhóis. Em vez disso, em alg
ugar na costa de Cuba ou da Flórida, eles tropeçaram em uma situaçque quase custou a vida de Bonnet.
Piratas experientes sabiam que não deviam desafiar um navio m
mais poderoso do que eles e sabiam distinguir um navio mercante
pesado de um navio de guerra mortal. Stede Bonnet não tinha essaabilidades. Por causa de sua arrogância, fraqueza ou incompetência
ermitiu que o Revenge se envolvesse numa verdadeira batalha com
navio de guerra espanhol. Quando finalmente ele conseguiu bater e
tirada, os conveses do Revenge estavam inundados de sangue. Mai
metade da tripulação, de trinta a quarenta homens, foi morta ou ferid
o próprio Bonnet havia sofrido uma grave lesão, com risco de vida.
Revenge escapou, provavelmente porque ele era mais rápido e mais á
do que o navio de guerra espanhol, sugerindo que Bonnet podia te
evitado completamente o incidente.
Enquanto Bonnet estava deitado em sua cabine, entre seus livr
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dilacerado pela dor, a tripulação definiu seu caminho: a ilha Nova
Providência, o santuário derradeiro, a base pirata lendária de Nassa
Os piratas de Nassau ouviram atentamente a história contada p
onnet e pelos seus homens. Nas discussões que se seguiram, os pir
resolveram conceder refúgio ao plantador excêntrico, pelo menos a
que ele se recuperasse de seus ferimentos consideráveis. Em troca, n
entanto, eles queriam fazer uso do seu ótimo saveiro de guerra. Bar
Negra, conforme Benjamin Hornigold assegurou, podia conseguir
grandes feitos, se colocado no comando do Revenge, que era muituperior ao saveiro que ele estava usando. Bonnet, mal capaz de deix
sua cama, podia continuar a ocupar a cabine do capitão, mas Barb
Negra ficaria responsável pelo navio. Bonnet, agora sofrendo de dor
físicas e mentais, não estava em posição de recusar.
Barba Negra transferiu muitos homens e dois canhões para o
Revenge e começou os reparos no saveiro de guerra recém-construíd
Dentro de uma semana ou duas, ele estava pronto para partir, com
evenge agora equipado com doze canhões e cento e cinquenta home
entre eles o intendente de longa data de Hornigold, William Howar
Hornigold tinha negócios a resolver, mas ele pode ter marcado de s
encontrar com Barba Negra na costa da Virgínia dentro de alguma
semanas. Em meados de setembro, Barba Negra estava velejando pe
orrente do Golfo, encarregado do seu primeiro comando independen
Demoraria muitos meses até ele ver Nassau novamente.
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Depois da partida de Barba Negra, Hornigold colocou seus
assuntos em ordem. Alguns dos preparativos para sua próxima
xpedição foram documentados, proporcionando uma visão de aspec
pouco compreendidos da vida pirata. Primeiro, ele recrutou Richar
Noland, intendente do falecido Sam Bellamy, para servir como seu
agente em Nassau, tornando-o responsável por recrutar homens e fic
e olho em seus interesses na ilha. Ele então colocou uma grande ca
e mercadoria saqueada a bordo de seu navio pirata, o Bonnet – farin
açúcar e outros itens – e navegou até a ilha de Harbour. Lá, ele pass
vários dias, negociando e visitando Richard Thompson e os outro
comerciantes da ilha, que estavam ficando ricos contrabandeandomercadorias piratas para a Jamaica e Charleston. Enquanto estava n
lha, ele ficou surpreso ao se deparar com Neal Walker, o filho de s
velho inimigo Thomas Walker. Os Walkers tinham aparentemente
ecidido que, se não podiam reprimir os piratas, eles podiam muito b
ganhar dinheiro com eles. Neal estava ocupado carregando seu savecom barris de açúcar pirata, o qual depois foi visto pelos membros
ripulação de Hornigold do lado de fora da nova residência de exílio
Thomas Walker, numa ilhota na costa de Ábaco.
Ancorado em segurança na ilha Harbour, Hornigold também
encontrou um recém-chegado às Bahamas, um pirata francês chama
Jean Bondavais, cujos homens já tinham uma reputação de “tratar
uramente” os habitantes da ilha. Bondavais, como Hornigold, estav
preparando para uma nova expedição pirata, e os dois logo se viram
competindo pelos mesmos recursos. Seu saveiro, o Mary Ann, pod
muito bem ter sido o Marianne, que Williams e sua tripulação ficar
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lizes em vender depois de sua odisseia assustadora; se fosse, isso t
ritado Hornigold, que era o pirata que tinha originalmente capturad
saveiro, dezoito meses antes. Ambos os capitães estavam tentando
comprar mantimentos dos comerciantes da ilha Harbour e cada um
recisava de um barco para seu navio e mais tripulantes, principalme
médicos. Hornigold tinha ficado com pena de seu médico prisioneir
John Howell, e o tinha libertado algumas semanas antes. O pobre
homem, que detestava a vida de pirata, tinha sido incapaz de arranj
transporte para Nova Providência e vivia em constante medo de se
brigado a se juntar a uma das tripulações piratas. Bondavais de algu
orma ficou sabendo disso, talvez pelos próprios homens de Hornigoe discretamente mandou buscarem-no em Nassau.
Howell estava vivendo com o comerciante William Pindar e am
estavam em casa quando os homens de Bondavais bateram à porta. A
bri-la Pindar se encontrou cara a cara com um bando de franceses cfacões em punho. Eles disseram ao comerciante que tinham vindo e
busca de Howell e de “um barril de rum” e que iriam “cortá-lo com
acão” se ele não entregasse ambos. Pindar tinha apenas um litro de r
ue Howell tinha trazido da cidade, e quando disse isso aos piratas, e
e tornaram “muito rudes” e ameaçaram arrastar Howell embora naqu
instante. Howell disse a Pindar, entre lágrimas, “que ele preferia
Hornigold a esses franceses, que lidavam tão mal com ele”. De algum
forma ele e Pindar os distraíram por um tempo suficiente para How
orrer até a casa onde Richard Noland estava hospedado. Ele implor
para que Noland o recrutasse, dizendo que “ele preferia ficar com o
gleses a servir os franceses, se tivesse que escolher um deles”. Nola
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endiam sem disparar um tiro. Era exatamente essa a intenção de Ba
egra. Através do terror, ele eliminava a necessidade de gastar home
munição na batalha e garantia que os navios que capturasse
permanecessem intactos, portanto proporcionando o máximo valo
ossível para o seu bando. O Betty, uma embarcação humilde que fa
egularmente o caminho do vinho da Virgínia até a Ilha da Madeira,rendeu, e os piratas saquearam o melhor da sua carga. Não querend
deixá-lo alertar todos da Virgínia e Maryland quanto à sua presenç
Barba Negra ordenou que todos os prisioneiros fossem levados para
Revenge. William Howard, seu intendente, fez buracos perfurando
casco do Betty e, enquanto ele afundava, subiu num barco a remo voltou para o Revenge.
Agora era início de outubro, e o Revenge estava perto dos cab
altos e arenosos de Delaware, com cinco balas armazenadas ao lado
ada um de seus canhões, à espera de uma presa. O próximo a entrarconflito com os homens de Barba Negra foi um navio mercante
ompletamente carregado, drapejando as cores britânicas. O navio est
completando a jornada de dez a doze semanas de Dublin para a
Filadélfia, com cento e cinquenta passageiros amontoados embaixo
seus conveses junto da carga. Quase todos os passageiros eram
trabalhadores forçados e, como tais, provavelmente estavam em um
estado miserável. A doença corria desenfreada no alojamento lotado
mal ventilado dos imigrantes, onde eles enfrentavam “falta de
mantimentos, fome, sede, geada, calor, umidade, ansiedade, vontad
aflição e lamentações, além dos piolhos, que eram abundantes de um
forma tão assustadora que podiam ser raspados do piso”. Tais
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assageiros estariam desesperados para chegar a terra; em vez disso,
e encontraram prisioneiros de um homem selvagem com fogo e fum
saindo de sua cabeça.
Sob o comando de Hornigold, Barba Negra tinha se comportad
com moderação, levando apenas o que precisava dos navios quecapturava. Agora, estava livre para propor seu próprio plano para a
tripulação, um muito mais ambicioso do que o do seu preceptor.
Hornigold tinha limitado suas operações aos roubos marítimos, ma
depois da morte de Bellamy, Barba Negra queria causar o máximo
possível de danos ao comércio britânico, exceto tirar a vida humanaforma desnecessária. Parecia que ele havia declarado guerra contra
mpério Britânico e usaria a pirataria e o terror para fazê-lo ajoelhar-
Os serviçais a bordo do navio de passageiros tinham pouco a tem
dessa abordagem mais radical da pirataria, mas os comerciantes, sim
Como outros piratas, os homens de Barba Negra levaram toda a cargbjetos de valor que desejaram: moedas, joias, rum, alimentos, muniç
instrumentos de navegação. Ao contrário de Hornigold ou Bellamy
entanto, eles despejaram o resto da carga no mar. Um comerciante
bordo do navio viu sua carga pessoal no valor de mil libras ser joga
ora e implorou para ser autorizado a manter tecido suficiente para faapenas um conjunto de roupas, mas os piratas recusaram, jogando
última peça de tecido ao mar. Quanto eles libertaram o navio, nad
restava de sua carga.
Durante as duas semanas seguintes, Barba Negra levou uma on
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de terror e destruição às costas do Atlântico Médio como nunca tin
sido visto em tempo de paz. O Revenge navegou pelos cabos de
elaware e pela vizinhança das Bermudas, de Chesapeake e do porto
Nova York, nunca ficando mais de quarenta e oito horas no mesm
ugar. Eles capturaram navios vindos de todas as direções: embarcaç
com destino à Filadélfia vindas de Londres, Liverpool e da Ilha daMadeira; saveiros viajando de Nova York para as Índias Ocidentai
comerciantes da Pensilvânia a caminho da Inglaterra e além. Barba
egra capturou pelo menos quinze navios ao todo e, com isso, tornou
o pirata mais temido das Américas praticamente do dia para a noite
Capitães traumatizados se juntavam em Nova York e na Filadél
eproduzindo histórias de suas desventuras. O capitão Spofford cont
ue, nem um dia depois de sair da Filadélfia, havia sido forçado a ve
homens de Barba Negra despejarem mil aduelas de barris no mar e,
eguida, encher seu porão de carga com os tripulantes aterrorizados ea Nymph, uma escuna de Bristol que eles tinham capturado assim
ela tinha iniciado sua viagem para Portugal. Um dos homens do Se
Nymph, o comerciante Joseph Richardson, tinha sido “tratado mui
barbaramente” pelos piratas, que jogaram sua carga de trigo ao mar.
capitão Peter Peters contou como os piratas tinham apreendido seu
saveiro, roubado vinte e sete barris de vinho Madeira, cortado seu
mastro e o deixado para encalhar. Os piratas ancoraram o saveiro d
apitão Grigg na entrada da baía, com seus mastros cortados e sua ca
de trinta servos roubada. Os piratas levaram todo o vinho de um nav
om destino à Virgínia antes de afundá-lo. O saveiro do capitão Farm
já tinha sido saqueado por outros piratas vindo da Jamaica, mas o
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omens de Barba Negra insistiram em tirar a mareagem e remover ma
âncoras, para servir como peças de reposição para o Revenge, antes
colocar trinta servos prisioneiros a bordo dele e deixá-lo à deriva at
terra perto de Sandy Hook, New Jersey. O capitão Sipkins foi
ispensado de seu comando de um “grande saveiro” de Nova York, q
s homens de Barba Negra mantiveram em sua flotilha, montando-o ctreze canhões.
Os piratas se vangloriavam de estar aguardando “um navio de tr
canhões” para juntar-se a eles, e que, quando ele chegasse, pretendi
navegar para Delaware e fazer o cerco à própria Filadélfia. Outros sangloriavam de planejar navegar até os cabos de Virgínia para captu
um bom navio lá, que eles queriam muito”. Barba Negra fazia ques
e aterrorizar os prisioneiros da Nova Inglaterra em nome dos memb
sobreviventes da tripulação de Bellamy, que estavam apodrecendo n
prisão de Boston, dizendo-lhes que se “algum de seus companheiropiratas sofresse em Boston, eles iriam se vingar neles”. Ele acumulo
um número considerável de informações com seus prisioneiros.
Descobriu que os sobreviventes do naufrágio de Bellamy seriam
ulgados a qualquer momento e provavelmente enfrentariam a forca.
arba Negra pretendia resgatá-los, ele foi dissuadido pela notícia de
o rei George tinha ordenado “uma força adequada” para reprimir a
irataria nas Américas. Duas fragatas estariam em Boston, a HMS R
e a Squirrel . O HMS Phoenix havia chegado a Nova York e, na
Virgínia, o navio de sexta classe Lyme agora estava substituindo o
surrado Shoreham. Um dos prisioneiros de Barba Negra, Peter Pete
isse-lhe que enquanto estava carregando seu vinho na Ilha da Made
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na costa da África, duas fragatas da Marinha Real tinham entrado n
orto, uma a caminho de Nova York e a outra indo para a Virgínia1.
á não tivessem chegado, Peters informou, elas chegariam logo. Bar
Negra reconheceu que a costa leste da América do Norte estava se
rnando um lugar arriscado para um saveiro pirata. Era hora de conc
eus negócios e seguir para o sul, até as ilhas do Caribe, indefensávor serem inúmeras, pelo menos até que ele pudesse estar no control
um navio de guerra.
Perto do fim de outubro, o saveiro e as capturas de Barba Neg
oram vistos velejando ao longo da costa de Long Island, na direçãoilha Gardiner ou da ilha Block. Eles podiam estar indo para uma o
outra, a fim de pegar itens deixados para trás por Williams, ou talv
para deixar parte de seu próprio tesouro. Seja qual fosse o motivo d
viagem, os piratas seguiram para o sul logo depois, navegando para
ilhas do leste do Caribe.
Ao contrário de muitos relatos populares, Barba Negra não
retornou para as Bahamas na sua rota para o Caribe, nem há evidênc
onvincente de que ele uniu forças com Benjamin Hornigold, que par
ter seguido rumo norte naquele momento, no seu “grande saveiro”
nomeado, por incrível que pareça, Bonnet . Barba Negra tinha
terrorizado tanto a costa que seus homens foram responsabilizados
ma série de ataques que não poderiam ter cometido, já que relatos m
detalhados e confiáveis o colocavam a centenas ou milhares de
quilômetros de distância no momento em que eles ocorreram. Vário
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desses relatórios errôneos o tinham colocado trabalhando com
Hornigold, sugerindo que seu antigo preceptor pode ter sido de fat
esponsável por eles, mas operando com um novo navio semelhante
evenge2. Se assim tiver sido, Hornigold estava navegando para o no
enquanto Barba Negra e seus homens estavam navegando para o su
rovavelmente em alto-mar, a caminho do extremo leste do Caribe, o
as ilhas Windward se imobilizavam contra o Atlântico aberto.
Aumentando a confusão, Barba Negra agora operava sozinho d
saveiros: o Revenge e uma de suas capturas, um saveiro de quarent
oneladas, construído em Bermudas, provavelmente o navio tomado capitão Sipkins. Esse segundo saveiro, ao qual os documentos
existentes não deram nome, agora carregava oito canhões e cerca d
trinta piratas; o Revenge, que era maior, tinha doze canhões e cento
vinte homens. Marinheiros tinham sido preparados para esperar qu
arba Negra e Hornigold estivessem operando em conjunto, cada umseu próprio navio; agora que cada um estava operando separadamen
mas com dois navios cada, não é de se surpreender que as vítimas d
ada um acreditassem erroneamente que o outro estava no comando
segundo navio.
Como Bellamy antes dele, Barba Negra estava querendo captuum navio de guerra que permitiria que seu bando de piratas dominas
até mesmo as fragatas da Marinha Real. Com dois saveiros de guerr
sua disposição, eles tinham uma boa chance de dominar um, e Barb
Negra sabia exatamente o lugar onde procurar. No mar, um pouco
depois do arco das ilhas Windward, que marcam o extremo do Carib
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s rotas marítimas transatlânticas convergiam. Podia-se encontrar nav
do da França para Martinica e Guadalupe, da Inglaterra para Barba
e da Espanha para o Continente Espanhol através das passagens d
águas profundas entre as ilhas. Os homens de Barba Negra decidira
que era ali onde eles iriam lançar sua rede.
Foi uma boa escolha. Em 17 de novembro3, poucos dias ou at
esmo horas depois de chegar, o vigia soltou um grito. Lá, no horizo
estavam as velas de um navio que se aproximava.
Pierre Dosset, capitão do navio negreiro francês La Concorde,
pôde ter ficado feliz em ver dois grandes saveiros se aproximando p
este. Ele sabia que isso significava problemas. Por causa das corren
de vento, muitos navios navegavam para o Caribe nessa latitude, m
ninguém na direção oposta. O La Concorde era grande, rápido epoderoso: um navio negreiro bem equipado de duzentas e cinquent
neladas, com um casco forte de carvalho e portinholas suficientes p
comodar até quarenta canhões. A tripulação de Dosset, no entanto,
estava em condições de enfrentar uma batalha.
Os franceses haviam deixado sua base portuária de Nantes há omeses, com uma tripulação de setenta e cinco homens e um porão ch
e mercadorias para o comércio com os reis e príncipes de Whydah,
golfo do Benin, na África. O proprietário do La Concorde, o
comerciante René Montaudoin, tinha dado ao capitão Dosset uma
antagem competitiva sobre os capitães dos navios negreiros rivais, u
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arga que os africanos dariam muitos escravos para possuir. O povo
reino de Whydah tinha uma propensão pelas estampas coloridas d
godão produzido na Índia. Montaudoin, o homem mais rico de Nan
tinha construído sua própria fábrica têxtil perto da foz do rio Loire,
fazia imitações de calicôs e indiennes4 estampados. Com seu navi
heio de algodão colorido, Dosset esperava uma viagem fácil e rentáv
As coisas correram mal desde o início. A poucos dias de distân
de Nantes, Dosset se deparou com duas tempestades poderosas qu
ausaram danos ao seu navio, provocando a perda de uma âncora vali
a morte de um tripulante. Ele chegou a Whydah em julho, após setee sete dias no mar, e conseguiu trocar seus bens por quinhentos e
dezesseis escravos e uma pequena quantidade de ouro em pó. Ele
também pegou micróbios e bactérias tropicais suficientes para faze
doecer muitos membros da tripulação. Dezesseis tripulantes morrer
durante sua estada de três meses na África ou durante as seis semanue eles passaram atravessando o Atlântico. Outros trinta e seis estav
doentes com “escorbuto e fluxo de sangue”. Sessenta e um escravo
também tinham morrido. Agora Dosset temia nem ser capaz de cheg
aos mercados de escravos da Martinica.
Com setenta por cento da sua tripulação morta ou incapacitadDosset não tinha a mão de obra necessária para operar as armas e o
aparelhamento do navio ao mesmo tempo. Um capitão na sua situaç
oderia blefar, exibindo seus canhões para afastar os atacantes, mas
ocasião Dosset também ficou privado dessa opção. Como ele estav
ransportando um número surpreendentemente alto de escravos – qu
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em a mais do que em qualquer viagem anterior do La Concorde –,
eve que aumentar sua capacidade de carga colocando no navio apen
dezesseis canhões. Se os estranhos acabassem por ser piratas, Doss
sabia que ele estava com problemas.
Quando os saveiros se aproximaram, ele e seu tenente, FrançoErnaud, devem ter sentido um crescente sentimento de terror. Uma
luneta revelou dois saveiros de guerra com canhões para fora de sua
ortinholas e seus conveses atolados de homens. Qualquer dúvida so
suas intenções desapareceram quando os saveiros exibiram uma
andeira preta com uma caveira, e fumaça e fogo começaram a girar torno da cabeça do temível homem barbudo no tombadilho do maio
saveiro.
Baforadas de fumaça apareceram ao longo do comprimento de
os saveiros quando ele disparou uma salva completa de tiros de can
no La Concorde. Balas de canhão caíam na água e voavam sobre oonvés, imediatamente seguidas por uma cascata de balas de mosque
Dosset continuou seguindo sua rota e tentou reunir os tripulantes, m
uma segunda salva de balas de canhões e mosquetes minou o últim
edaço de moral que eles tinham. Dosset ordenou que a bandeira fo
baixada e o timoneiro virou o La Concorde contra o vento, deixandque ele flutuasse lentamente até parar. Monsieur Montaudoin ia fic
muito zangado.
Quando olhou para o seu novo butim, Barba Negra sabia que
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nalmente tinha encontrado um navio adequado. O La Concorde era
rande, rápido e poderoso quanto o agora indigno Whydah de Bellam
talvez até mais. Com essa embarcação, Barba Negra sabia que seu
omens poderiam causar mais estragos do que o resto da antiga Gang
Voadora junto. Tudo o que o navio negreiro francês precisava era d
alguns ajustes e uma mudança de nome.
Os piratas levaram o La Concorde para Bequia, uma ilha
montanhosa e arborizada com um grande ancoradouro protegido,
localizada a dezessete quilômetros ao sudeste de St. Vincent. Barb
egra sabia que eles provavelmente não seriam incomodados lá, poiscontrário da maioria das ilhas circundantes, St. Vincent e Bequia n
eram controladas pelos europeus, mas pelos descendentes mestiços
ndios caraíbas e de sobreviventes africanos do naufrágio de dois nav
negreiros em 1635. Esse povo, os garífunas5, tinham defendido
ferozmente sua terra dos europeus, mas suas operações navais eramlimitadas a um punhado de canoas de guerra no estilo dos caraíbas
Mesmo se aparecessem em grande número, eles provavelmente ficari
satisfeitos com os piratas por terem impedido um navio negreiro d
chegar ao seu destino.
No entanto, as centenas de escravos no porão do La Concordtinham pouca razão para celebrar. Embora Barba Negra tivesse vári
ipulantes de descendência africana, eles provavelmente tinham nasc
nas Índias Ocidentais, homens familiarizados com os costumes, a
inguagem e a tecnologia europeia. A maior parte dos africanos que
homens de Barba Negra capturavam “direto do navio” parece ter sid
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tratada como carga, criaturas de uma cultura diferente que não eram
egíveis para se juntar aos piratas. A grande maioria dos quatrocento
cinquenta e cinco escravos acorrentados no porão do La Concorde
entregue ao capitão Dosset e deixados vigiados na costa de Bequia
Barba Negra manteve sessenta e um escravos a bordo do La Concor
rovavelmente para usar como trabalhadores, embora alguns possamsido introduzidos em seu bando. Sobre isso, infelizmente, o registr
histórico tem pouco a dizer.
Os piratas forçaram dez dos tripulantes de Dosset a se juntar a e
e sua escolha ilustra as necessidades do bando: o médico-chefe e sessistente piloto, ambos atiradores; o mestre carpinteiro e seu assiste
especialista na arte da calafetagem6 de cascos; um cozinheiro e um
marinheiro com habilidades não especificadas. Além disso, quatro d
omens de Dosset imploraram aos piratas para deixá-los se juntar a e
ncluindo o timoneiro e seus dois camareiros. Os meninos, Louis Are quinze anos de idade, e Julien Joseph Moisant, um pouco mais ve
eram os membros que recebiam a pior remuneração da tripulação d
navio negreiro, reles cinco e oito libras francesas (vinte e trinta e cin
entavos de libra inglesa) por mês, respectivamente. O jovem Arot po
er tido razões para não gostar de Dosset e seus oficiais, já que ele s
o seu caminho para prejudicá-los, contando aos piratas que eles tinh
ma quantidade de ouro em pó num esconderijo secreto em algum lu
a bordo do navio ou neles próprios. Os homens de Barba Negra
nterrogaram Dosset e seus oficiais, ameaçando cortar suas gargantas
eles não entregassem o ouro. Os franceses cederam e foram
recompensados com o pequeno saveiro de quarenta toneladas dos
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piratas, que mantiveram o La Concorde com eles. Os piratas també
es deram “duas ou três toneladas de feijão” para evitar que os escra
morressem de fome. Dosset rebatizou esse saveiro com o nome de
Mauvaise Rencontre [Mau Encontro], e o usou para transportar su
tripulação e escravos de volta à Martinica, uma tarefa que exigiu du
viagens separadas.
Barba Negra supervisionou a transferência de seus bens pessoa
do Revenge para o La Concorde, junto com os canhões e os
mantimentos do saveiro de quarenta toneladas e boa parte do seu ban
de piratas. Stede Bonnet tinha se recuperado dos seus ferimentos d batalha e, apesar de sua inexperiência, foi autorizado a retomar o
comando do Revenge e de uma tripulação de pelo menos cinquent
omens. Por relatos de testemunhas oculares alguns dias depois, sabe
que o La Concorde agora levava vinte e dois canhões e cento e
cinquenta homens, indicando que pelo menos alguns dos africanomantidos pelos piratas tinham sido aceitos na tripulação. Os pirata
ambém deram um novo nome ao La Concorde: Queen Anne’s Reven
[Vingança da Rainha Anne]. A escolha do nome sugere inclinaçõe
políticas jacobitas na tripulação de Barba Negra, evocando o nome
ltima monarca Stuart e prometendo vingança em seu nome contra o
George e sua linhagem Hanover.
Agora no comando de um navio de guerra poderoso, Barba Neg
estava pronto para deixar sua marca. Ele ficou ciente do estado
elativamente fraco das colônias europeias nas Pequenas Antilhas, f
que os homens de Sam Bellamy teriam atestado com base em suas
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incursões no ano anterior. Ele propôs ao bando que eles varressem
rquipélago de dois mil e duzentos quilômetros de extensão de pont
onta, atacando tanto navios quanto portos, até chegarem à passagem
Windward, onde eles podiam armar uma cilada para um galeão espan
ue transportasse a folha de pagamento para Cuba. Com essa estraté
cordada, o Revenge e o Queen Anne’s Revenge navegaram para foraporto em direção ao sul, com um caminho definido para Granada,
primeira ilha no arquipélago. Quando chegassem à ilha francesa, el
ecuariam até St. Vincent e continuariam para o norte, pulando de il
em ilha e colhendo objetos de valor como se estivessem passando p
uma fileira de árvores frutíferas.
Essa primeira etapa da viagem, que durou apenas dois dias, foi u
mistura de sucessos. Apesar da presença de seu piloto francês, ou
possivelmente por causa dele, os piratas acabaram encalhando um d
eus navios em Granada. Eles foram capazes de tirá-lo do recife que havia atingido e, embora não tivesse sofrido danos graves, os pirata
acharam necessário abandonar alguns escravos. (Dosset mais tarde
conseguiu recuperá-los, em parte porque ele os tinha marcado com
iniciais do La Concorde.) Mas eles também fizeram sua primeira
captura: um grande bergantim, uma embarcação de dois mastros
equipada para o mar e armada com dez canhões. Nenhum relato da
captura desse navio sobreviveu, então não há como saber de onde e
vinha ou o que estava a bordo, mas os piratas o mantiveram como u
erceiro membro de sua frota. Presumivelmente, alguns homens de s
ripulação foram forçados ao serviço e os restantes foram libertados
um dos barcos do navio ou deixados em terra em Santa Lúcia. Em
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qualquer caso, os piratas tomaram esse bergantim entre o momento e
que deixaram o capitão Dosset em Bequia e quando encontraram su
róxima presa um ou dois dias depois, na passagem de águas profun
ao norte de St. Vincent.
Era o Great Allen de Boston, um navio mercante muito grandseguindo o caminho de Barbados para a Jamaica. Barba Negra, aind
urioso com as autoridades de Massachusetts, permitiu que a tripulaç
espancasse o capitão, Christopher Taylor, para fazê-lo revelar o
aradeiro de seus objetos de valor. O capitão, algemado, ou se recuso
dizer ou negou que houvesse qualquer riqueza além de tudo o que enham encontrado no porão do Great Allen. Os piratas não acreditar
nele e o chicotearam profundamente. Ele tendo confessado ou não,
piratas acabaram com as mãos cheias de riquezas e artesanatos tão
requintados que os futuros prisioneiros se lembrariam deles acima
todos os tesouros que eles viram a bordo dos navios de Barba NegrTaylor então teve que assistir enquanto os piratas queimavam seu
norme navio até a linha de flutuação. No dia seguinte, o capitão e s
ripulação foram colocados a bordo de um barco a remo e levados pa
uma costa esparsamente habitada em Martinica.
Levaria três meses para que notícias do ataque chegassem ao poatal do Great Allen em Boston. A essa altura, o destino dos tripulan
de Bellamy já tinha sido selado.
Os homens de Barba Negra confirmaram que tinham pouco a tem
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das autoridades francesas naquela parte do Caribe. Martinica, um
colônia açucareira com uma população de nove mil e quatrocentos
brancos e mais de vinte e nove mil escravos, era o centro do impéri
francês das Índias Ocidentais, mas não tinha proteção naval alguma
nada de nenhum tipo. Barba Negra teria sido dissuadido de atacar
próprio porto, por causa da presença do Forte Real, com suas paredgrossas e armas pesadas fornecendo ampla defesa. No entanto,
Guadalupe, a colônia-irmã de Martinica, a cento e vinte quilômetros
norte, não era tão fortemente fortificada, um fato que os piratas teria
descoberto quando interrogavam Dosset e sua tripulação. Seria a pa
e lá que Barba Negra faria a primeira de muitas incursões ousadas pas próprias capitais das colônias europeias nas Américas.
Só são conhecidos apenas alguns detalhes do ataque à cidade
uadalupe, que provavelmente aconteceu na noite de 28 de novembro
1717. Os piratas navegaram direto para o porto disparando seusanhões, antes que os navios ancorados pudessem fugir. Eles tomaram
ontrole de um grande navio francês que tinha acabado de receber um
carga de açúcar, levantando suas velas e cortando as cordas de sua
âncoras para empreender uma fuga rápida. Em seguida, na ação ma
hocante feita por um pirata caribenho até hoje, atearam fogo à cida
rovavelmente disparando balas de canhão em brasas na direção de s
leiras de casas de madeira. À medida que eles zarparam do porto, u
nuvem crescente de fumaça emergiu atrás deles. Quando os morador
da ilha finalmente conseguiram controlar o incêndio, metade da cida
de Guadalupe estava em cinzas.
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A manhã do dia 29 encontrou os piratas, com seu grande navi
çucareiro francês, navegando para o norte com um vento leve, entran
a passagem de sessenta e quatro quilômetros de largura que separav
uadalupe francesa das ilhas inglesas vizinhas de Montserrat, Antígu
évis. Um grande navio mercante apareceu drapejando as cores ingle
Antes que eles tivessem oportunidade de atacar, no entanto, vários
homens do navio foram vistos subindo em seu escaler. Para a surpre
dos piratas, em vez de tentar escapar, o barco começou a remar dire
para o mais próximo dos seus três navios, o Revenge de Stede Bonn
Bonnet orçou suas velas, permitindo que o barco ficasse ao seu lad
Ele olhou por cima do parapeito e foi saudado por um homem que presentou como Thomas Knight, um oficial do Montserrat Mercha
O oficial comandante de Knight, Bonnet logo descobriu, tinha
confundido o Revenge e o Queen Anne’s Revenge com dois navio
negreiros ingleses que chegavam da África, e os enviou para pergun
e eles estavam trazendo cartas com destino a Montserrat ou às IlhasSotavento britânicas. Bonnet, que devia parecer um traficante de
escravos aristocrático, se apresentou como capitão Edwards e disse
Knight que ele estava indo de Barbados para a Jamaica. Disse que,
ato, tinha algo para eles, e insistiu que subissem a bordo. Nessa altu
da conversa, Knight finalmente percebeu uma bandeira de caveirapendurada na popa do Revenge. Tentando esconder seu desconfort
Knight recusou educadamente. Bonnet então mudou de tom, ordenan
que Knight e sua tripulação de barco subissem a bordo, caso contrá
le iria afundá-los ali mesmo. Os homens infelizes fizeram como for
ordenados, subindo para o convés em meio a uma multidão de home
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armados. Knight se recordou mais tarde que “quando nós fomos a
bordo, as primeiras palavras que nos disseram foram que nós éramo
bem-vindos a bordo do pirata”, ou seja, de sua embarcação.
Durante as horas seguintes, Knight e seus homens foram mantid
em um estado de terror e confusão. Primeiro, os homens de Bonnet convidaram para uma refeição. Knight recusou. Os piratas fizeram
convite pela segunda vez, dessa vez acrescentando que se ele fosse
cusado “eles lhes causariam danos”. Durante essa refeição obrigató
Bonnet e sua tripulação interrogaram seus convidados, coletando
informações sobre as Ilhas de Sotavento britânicas. O Forte deMontserrat em Kinsale era grande? Quantos canhões protegiam o
principal porto da ilha, Plymouth, e os navios ancorados lá eram
poderosos? Knight disse-lhes o que sabia: o forte de sessenta anos
dade de Kinsale tinha quatro canhões, mas havia outros sete guardan
entrada de Plymouth. Nenhum outro navio era armado com algo mao que armas de fogo pessoais. Então ele implorou para que os pirata
ibertassem e a seus homens, ou pelo menos os deixassem em terra,
uadalupe ou Montserrat, pois o capitão de seu navio já tinha perceb
situação e fugido. Os homens de Bonnet se recusaram, dizendo que
prisioneiros “deviam ir falar com o navio de guerra” – o Queen Ann
Revenge – antes de serem liberados.
O dia passou e Bonnet alcançou o Queen Anne’s Revenge e o na
çucareiro francês. Ele chegou ao lado do navio de Barba Negra, pert
uficiente para gritar uma pergunta ao seu comodoro: O que ele deve
azer com os homens que havia capturado? A ordem que voltou era q
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ele enviasse os prisioneiros em um barco. Knight e seus homens
emaram para o poderoso navio de guerra, que para eles parecia ter s
construído com linhas holandesas, rápido e ágil. À medida que eles
proximavam, alguém a bordo do grande navio pirata os saudou atrav
de um megafone. A mensagem foi a mesma de antes: “Bem-vindos
bordo do pirata”.
Uma vez no convés do Queen Anne’s Revenge, o grupo de Knig
foi convidado para outra refeição. Dessa vez eles não recusaram. O
iratas se gabavam de suas conquistas, mas ocultavam os nomes de s
omandantes, chamando Bonnet de “Edwards” e dizendo que o nomeBarba Negra era “Kentish”. Barba Negra não se juntou a eles, no
entanto, e os prisioneiros logo souberam que ele estava doente,
provavelmente com uma doença vinda da África em seu navio ex-
negreiro. O capitão falaria com eles mais tarde. No meio-tempo, ele
foram colocados para trabalhar como empregados temporários a bordo navio.
Os piratas navegaram durante a noite, deixando Montserrat se
destruição em direção a Névis, a segunda ilha mais importante na
colônia da Grã-Bretanha nas Ilhas de Sotavento, um pico vulcânic
novecentos e setenta e cinco metros acima do mar cintilante. Eleschegaram a Névis no amanhecer do dia e Barba Negra ordenou qu
seguissem para a ancoragem principal na costa oeste da ilha.
Algumas horas depois, a esquadra pirata chegou ao porto de Né
as Barba Negra estava tão doente que mal podia deixar seus aposen
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William Howard, seu intendente, inspecionou os navios ancorado
contra as costas margeadas de cana-de-açúcar. Havia uma grande
variedade de embarcações mercantes para serem tomadas – saveiro
anoas à vela e alguns grandes bergantins ou navios – mas havia tamb
uma grande fragata, que Howard acreditou ser o navio de guerra
atribuído às Ilhas de Sotavento, o HMS Seaford , de sexta classe. Oiratas reagiram com entusiasmo, não medo. O combinado era que e
deveriam atacar a fragata onde ela estava, invadir seus conveses, cor
as cordas de sua âncora e, antes que as autoridades em terra pudesse
reagir, navegá-la para o mar. Howard propôs esse plano ousado par
Barba Negra, mas o pirata se sentia fraco demais para tomar parte nataque arriscado e convenceu o bando a não seguir com ele. Haveri
outras oportunidades, ele lhes disse, uma vez que eles estivessem m
familiarizados com seu navio e sua capacidade; em vez disso, eles
deveriam se concentrar em alvos mais fáceis. Seu argumento ganhou
Howard ordenou que a pequena frota navegasse para Antígua, a capias Ilhas de Sotavento britânicas, que eles esperavam que estivesse s
proteção naval.
Os piratas navegaram drapejando as cores inglesas, fazendo o
ossível para parecerem navios mercantes simples seguindo sua rota.
caminho para Antígua, seus três navios navegaram entre dois outro
avios mercantes desavisados. Talvez não querendo despertar um alar
eral, os piratas não atacaram. Em vez disso, enviaram Bonnet um po
à frente dos outros navios no Revenge para pegar mais informações.
edida que o dia avançava, um saveiro comerciante passou ao lado d
onnet ou um de seus oficiais o saudou, alegando ser de Barbados. U
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omem a bordo do saveiro respondeu que ele era Richard Joy, capitã
oprietário do New Division, a caminho de São Cristóvão para Antíg
s piratas disseram que ele deveria embarcar em seu navio e promete
ão lhe fazer mal algum. “Quando eu subi a bordo, eles me convidar
para comer e beber e perguntaram quais navios estavam ao longo d
costa”, Joy relatou mais tarde. “Eu não sabia dizer.”
Enquanto Joy estava fazendo sua refeição, alguns dos homens
Bonnet embarcaram no New Division, assumiram o controle do
ombadilho e obrigaram toda a tripulação a embarcar no Revenge. E
continuaram a interrogar Joy, exigindo saber quais navios estavam nporto de São Cristóvão. A princípio, o comerciante alegou ignorânc
mas quando os piratas ameaçaram queimar seu navio, ele lhes conto
do. Havia dois navios, um recém-chegado de Liverpool com uma ca
de produtos alimentícios ingleses. Os piratas ficaram satisfeitos com
notícia, mas anunciaram que iriam afundar o New Division mesmossim. Joy abordou Bonnet, implorando para deixá-lo manter seu nav
Eu lhe disse que era tudo que eu tinha para sustentar a minha famíl
Bonnet teve pena do homem e disse à sua tripulação para deixá-lo fi
com seu saveiro, mas não libertá-lo até depois do anoitecer. Quando
New Division finalmente se separou dos piratas, o intendente de Bar
Negra, William Howard, permitiu que Thomas Knight e seus home
partissem com ele. Enquanto seus prisioneiros se afastavam, os pira
untaram seus navios para fazer uma consulta e, com base em suas no
informações, resolveram atacar São Cristóvão em vez de Antígua. O
rês navios fizeram a volta novamente, seguindo a noroeste em direç
ao seu novo alvo.
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A pequena frota de Barba Negra chegou em 1º de dezembro. O
colonos ingleses não podem ter ficado felizes ao ver os três navios
chegando a Sandy Point, com suas bandeiras negras tremulando n
aparelhagem. Os colonos, que ainda não tinham se recuperado de u
grave ataque francês durante a guerra, não conseguiram manter as
defesas da ilha. Os canhões mal estavam em condições de
funcionamento e pólvora, munições e canhoneiros qualificados era
escassos até mesmo no principal forte da ilha em Brimstone Hill, co
vista para o ancoradouro. A milícia supostamente havia sido chama
para fazer funcionar os canhões que eles tinham, mas foram incapaz
e impedir os homens de Barba Negra de apreender e saquear uma sée saveiros comerciais. (O navio Liverpool não foi encontrado em lu
nenhum.) Em uma demonstração simbólica de desprezo pelo forte d
ei, Barba Negra fez seus homens navegarem o grande navio açucare
rancês até bem debaixo dos canhões do forte e colocou fogo nele, b
no pé de Brimstone Hill. O navio, ainda carregado com açúcar, setransformou num inferno; uma grande nuvem de fumaça acre subia
deriva sobre as muralhas de pedra do forte. Ao mesmo tempo em qu
Revenge e o Queen Anne’s Revenge saíam do porto, os piratas tamb
ueimaram vários saveiros comerciais, deixando Sandy Point como s
franceses a tinham invadido de novo.
Barba Negra e Bonnet continuaram a subir as Ilhas de Sotaven
us navios carregados de prata, ouro em pó e açúcar. Barba Negra ha
roubado mais seis canhões, e enquanto eles navegavam para as Ilha
Virgens, sua tripulação os montou em carros de canhões e os rolou
eus lugares atrás das portinholas extras do Queen Anne’s Revenge
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apitânia de Barba Negra agora tinha vinte e oito canhões de um qui
e um quilo e meio, com espaço para mais doze. O próprio Barba Ne
tinha recuperado sua saúde e talvez estivesse arrependido de não te
atacado o que ele achava ser o HMS Seaford em Névis.
Na verdade, o Seaford não tinha estado em Névis. Enquanto BaNegra e Bonnet estavam rondando Névis e São Cristóvão, o Seafor
estava navegando nas Ilhas Virgens, levando o governador Walter
amilton numa excursão pelos bens distantes de sua colônia. A pequ
ragata tinha acabado de fazer a volta para iniciar sua viagem de volt
Antígua, o que a colocava em rota de colisão com Barba Negra eBonnet.
O governador Hamilton e o capitão do Seaford , Jonathan Rose
estavam preocupados com sua segurança. O Seaford era o único nav
de guerra designado para a colônia espalhada pelas Ilhas de Sotaven
mas ele era também uma das menores fragatas da Marinha. Aembarcação de vinte anos de idade tinha apenas vinte e oito metros
omprimento e duzentas e quarenta e oito toneladas, com vinte e qua
anhões e uma tripulação de oitenta e cinco homens, muitos deles, co
e costume, incapacitados por uma doença tropical ou outra. Hamilto
Rose estavam conscientes de que ele não seria páreo para um saveiruma fragata pirata fortemente armados, especialmente se eles fosse
abordados. Na verdade, quando Sam Bellamy passou pela colônia n
no anterior, eles tinham sido forçados a cancelar o giro do governad
Hamilton pelas ilhas. Finalmente estavam fazendo a viagem, mas j
inham passado por uma experiência com o perigo. Apenas alguns d
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antes, haviam encontrado um navio pirata “de cerca de vinte e seis
canhões e duzentos e cinquenta homens” na costa de St. Thomas. O
avio, que drapejava um “estandarte branco com a figura de um hom
morto estendido” era, de acordo com o capitão Rose, comandado p
ninguém menos que Olivier La Buse. Apesar de ter menos canhões
homens, o Seaford perseguiu La Buse, mas foi incapaz de alcançá-ltambém tendo menor capacidade de navegação que ele.
Os homens de Barba Negra avistaram o Seaford perto de St.
homas em 2 de dezembro, ou em data próxima, a certa distância. El
identificaram, provavelmente reconhecendo o estandarte com odistintivo da Marinha voando de seu aparelhamento. Uma discussão
seguiu. Sabiam que tinham que ter mais homens do que a fragata, m
para fazer valer essa vantagem eles precisariam embarcar nela. Era
elativamente fácil embarcar de surpresa em um navio ancorado, que
que os piratas haviam considerado fazer em Névis, mas era muito marriscado fazê-lo em uma batalha no mar. Os canhoneiros da Marin
Real eram bem treinados, capazes de disparar seus canhões duas vez
mais rápido que seus concorrentes franceses e espanhóis; se
onseguissem atirar uma saraivada de metralha bem cronometrada, e
podiam acertar uma centena de homens em poucos segundos. No
Revenge, tripulantes veteranos se lembraram do massacre horrível q
testemunharam quando Bonnet tinha atacado um navio de guerra
espanhol, uma batalha da qual este tinha acabado de se recuperar. N
final, votaram contra o ataque, que lhes pareceu desnecessariament
rriscado. Como os piratas mais tarde contariam a um prisioneiro, “e
tinham encontrado o navio de guerra dessa estação, mas disseram q
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ão queriam nada com ele. Mas se ele os tivesse perseguido, eles teri
solvido as coisas de sua maneira”. Eles se mantiveram no seu camin
e viram o Seaford desaparecer.
A bordo do Seaford , o capitão Rose e o governador Hamilton
acharam que tinham acabado de passar por um navio negreiro e umaveiro comerciante, não percebendo quão perto eles tinham chegado
perigo até mais tarde naquele dia. Aproximando-se da ilha Santo
Eustáquio, eles foram saudados por um saveiro “enviado direto de S
Cristóvão”, a dezesseis quilômetros a sudeste. A tripulação do save
nformou ao governador a identidade dos piratas e sobre sua invasãoandy Point dois dias antes. O ataque, o governador Hamilton lembr
mais tarde, “deixou o povo de São Cristóvão muito apreensivo pel
minha segurança”, os levando a equipar voluntariamente um saveiro
eis canhões para escoltar o Seaford de volta até Antígua. Uma cente
de milicianos se ofereceu para ocupá-lo e mais dez embarcaram noSeaford para reforçar sua tripulação em caso de uma abordagem po
ratas. Enquanto o governador navegava afobado de volta para Antíg
escreveu uma carta para o capitão Francis Hume em Barbados
mplorando-lhe para trazer imediatamente o HMS Scarborough às Il
de Sotavento para ajudar o Seaford a caçar os piratas.
As futuras gerações de historiadores relatariam que Barba Neg
tou contra o Scarborough até dilacerá-lo, um evento visto como a m
fantástica de suas muitas realizações. No entanto, a batalha nunca
aconteceu, como provado por um exame aprofundado dos diários d
bordo do Scarborough e do Seaford e das cartas dos capitães Hume
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Rose. O Scarborough e o Seaford perseguiram os piratas, seguindo
movimentos de Barba Negra e de Bonnet através das Antilhas por qu
m mês; mas eles sempre estavam mais de uma semana para trás. Nun
alcançaram os piratas. Em vez disso, os capitães navais receberam u
elato falso de que Barba Negra tinha sido visto em Dominica, perto
St. Vincent, o que os enviou quatrocentos e oitenta quilômetros ndireção errada, numa caçada inútil. De alguma forma, relatos do
ncontro do Seaford com Barba Negra se misturaram com os relatos
batalhas do Scarborough com John Martel e outros piratas e foram
aumentados para uma batalha naval completa que nunca aconteceu
Na realidade, depois de passar pelo Seaford na manhã do dia 2
dezembro, Barba Negra e Bonnet partiram para St. Croix, o local d
encontro dos piratas usado por Martel e Bellamy no ano anterior. N
caminho, eles capturaram dois saveiros, um dinamarquês e um inglê
que levaram para o porto de St. Croix. Ficaram lá por uma noite ouduas, renovando seu fornecimento de água e lenha e montando mai
anhões capturados a bordo do Queen Anne’s Revenge, deixando-o c
inta e seis canhões. Por diversão, também queimaram o saveiro ing
acrescentando seu casco aos destroços queimados do navio e saveir
piratas de John Martel. Mais uma vez, as tripulações dessas
embarcações comerciais não foram machucadas. Quando Barba Neg
estava pronto para partir, colocou os prisioneiros a bordo do saveir
dinamarquês, juntamente com “um índio e um negro pertencentes à
Bermudas”. Os últimos indivíduos provavelmente tinham ficado
prisioneiros por alguns meses, aparentemente simpatizando com o
piratas, pois eles estavam transportando quatrocentos e vinte e cinc
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gramas de ouro em pó. (Que foi roubado deles pelos capitães dos
saveiros dinamarquês e inglês durante sua viagem para Tortola.)
Barba Negra e Bonnet seguiram para leste e em 5 de dezembr
estavam na costa do extremo oriental de Porto Rico. Naquele dia,
capturaram um último saveiro das Ilhas de Sotavento, o Margaret dão Cristóvão, depois que o Queen Anne’s Revenge disparou um ún
ro sobre a proa. O capitão do Margaret , Henry Bostock, foi ordena
remar até o navio pirata principal, com cinco de seus homens. Bost
mais tarde deu às autoridades inglesas um dos relatos mais detalhad
de Barba Negra e seu navio. Os piratas “aparentemente não queriamantimentos”, mas apreenderam alguns bois e suínos vivos que Bost
estava carregando em seu saveiro, bem como seus livros, instrument
e navegação, espadas e armas de fogo. Barba Negra, conforme Bost
latou, “era um homem alto e esguio, com uma barba bem preta, que
usava muito longa”. Sua tripulação totalizava trezentos e seu naviorincipal era um “navio da Guiné Francesa construído por holandes
com trinta e seis canhões. Havia uma grande quantidade de prata a
bordo, bem como o “cálice refinado” tirado do capitão Taylor. Os
piratas não abusaram de Bostock ou seus homens, mas forçaram trê
deles a servir a bordo de seu navio. Um quarto, Robert Biddy de
Liverpool, se juntou a eles voluntariamente.
Barba Negra interrogou Bostock e sua tripulação, querendo sab
que os outros navios mercantes estavam negociando na costa de Por
Rico. Bostock se recusou a falar, mas Biddy e outros membros da
ripulação contaram a ele sobre saveiros franceses e dinamarqueses q
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tinham passado por seu caminho. Bonnet foi enviado na frente, no
Revenge, para persegui-los, enquanto os homens de Barba Negra
erminavam de transferir suínos guinchando e bovinos infelizes para
Queen Anne’s Revenge. Os piratas se gabavam de ter encontrado o
eaford e queimado vários navios e saveiros. Bostock os ouviu discu
ua intenção de navegar para a baía Samana, São Domingos (hoje denda República Dominicana), onde iriam querenar e “ficar à espera d
Armada Espanhola”, que eles esperavam que navegaria de Havana “c
inheiro para pagar as guarnições” em Porto Rico. “Eles acham que
fomos embora”, Barba Negra disse sobre os espanhóis, “mas em bre
nós estaremos às suas costas, de surpresa”.
Por alguma razão, Barba Negra e seus homens estavam
extremamente ansiosos para descobrir o paradeiro de um capitão
Pinkentham, sobre quem os piratas “perguntavam muitas vezes”.
Pinkentham, um capitão de mar com laços com a Jamaica e Rhodesland, tinha sido um corsário durante a Guerra da Sucessão Espanho
comandando uma embarcação rápida com uma tripulação de cento
essenta homens; Barba Negra certamente o teria conhecido, e pode
er servido em sua tripulação, o que levanta a possibilidade de que s
otivos para encontrar Pinkentham podem ter sido mais complicado
que simplesmente querer saquear o navio do homem. Os homens d
ostock disseram a Barba Negra que eles tinham visto Pinkentham p
última vez em St. Thomas, uma da Ilhas Virgens controladas por
inamarqueses, num saveiro de oito canhões; ele planejava navegar p
a Jamaica e, em seguida, até a Flórida, para mergulhar nos naufrágio
espanhóis, e já tinha permissão oficial britânica para fazê-lo. Barb
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Negra provavelmente esperava alcançar Pinkentham em seu caminh
ara a Jamaica. (Eles não tiveram sucesso; o saveiro de Pinkentham m
arde foi capturado por um pirata das Bermudas chamado Grinnaway
ripulação de Pinkentham – dez homens, dois meninos e seis negros
mais tarde conseguiu dominar seus captores e fugir.)
Bostock tinha outra informação que iria deixar o mundo dos
piratas de cabeça para baixo. Acreditava-se que George I tinha emiti
m Ato de Graça perdoando todos os piratas por seus crimes, desde
e rendessem. A proclamação real não tinha chegado às autoridades Ilhas de Sotavento, mas marinheiros haviam visto o decreto na
nglaterra, onde ele tinha sido publicado na London Gazette [Gazeta
ondres] onze semanas antes. Uma cópia do decreto chegaria a qualq
a, Bostock lhes disse e, mais tarde, relatou que os piratas ouviram e
otícia, “mas pareceram ignorá-la”. A informação era inquietante, e n podia ser diferente. Cada um dos cerca de quatrocentos homens d
equena frota de Barba Negra estava pensando que havia dado um pa
irrevogável para a criminalidade e a rebelião, e agora descobriam a
possibilidade de uma segunda chance. Cada homem, incluindo Bar
Negra, deve ter cogitado desistir da pirataria e se aposentar com seuganhos ilícitos.
Se os piratas de Barba Negra discutiram essa notícia uns com
outros, o conteúdo de seus debates foram perdidos para sempre. N
erdade, Henry Bostock foi o último inglês a ver Barba Negra por qu
três meses. Depois que Barba Negra libertou Bostock, os piratas
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navegaram mais para dentro do território francês e do espanhol, e a
informações que os capitães do HMS Scarborough e HMS Seafor
estavam colhendo minguaram. Os últimos relatos que eles recebera
olocavam os piratas em Mona Island, entre Porto Rico e São Domin
e, finalmente, perto da baía Samana. Lá, Barba Negra sumiu dos
registros ingleses para um mundo espanhol onde ninguém sabia se
nome.
sses eram, de fato, dois navios de quinta classe com quarenta canhões, o HMS Pearl , com destino à Virgínia para lihoreham que estava em dificuldade, e o HMS Diamond , seguindo para a sede da frota na Jamaica.so colocaria Hornigold bem ao largo da costa da Carolina do Norte em 17 de outubro de 1717 (quando ele capturou dois navio
sta dos cabos de Virgínia em 26 de novembro de 1717 (onde ele capturou um navio vindo de Maryland). Em 17 de outubro, arece ainda ter operado em torno dos cabos de Delaware, onde ele capturou uma série de embarcações entre 12 e 22 de ontes de navegar para o norte em direção a Long Island. Em 26 de novembro (no calendário inglês ou juliano), Thatch estava a duzentos quilômetros a sudeste, perto de São Vicente, nas ilhas Windward.ataque ocorreu em 28 de novembro de 1717, conforme o calendário gregoriano usado na França. Essa data corresponde a
ovembro no calendário juliano, que permaneceu em uso na Grã-Bretanha e suas colônias até 1752.alicô e indienne são tecidos indianos de algodão (N.T.).
povo garífuna sobrevive até hoje, embora os britânicos tenham deportado todos de São Vicente no final do século XVIII. es têm suas próprias comunidades nas ilhas da baía de Honduras e em torno de Placencia, no sul de Belize.alafetar é vedar fendas e pequenos buracos (N.T.).
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CAPÍTULO NOVE
Pedindo perdão
Dezembro de 1717 - Agosto de 1718
Henry Bostock não tinha mentido para Barba Negra. Como parte de seu plano para reprim
atas, o rei George I havia, de fato, emitido uma proclamação real, em 5 de setembro de
cretando que qualquer pirata que, dentro de um ano, se rendesse a um governador britânico
rdoado por todas as piratarias cometidas antes de 5 de janeiro de 1718. Enquanto Barba N
vegava pelas Grandes Antilhas, cópias dessa proclamação para reprimir os piratas estav
minho, vindo da Inglaterra a bordo de navios mercantes com destino a Boston, Charles
rbados. Quando os navios chegassem aos seus destinos, até os piratas presos seriam libertado
Os indultos tinham sido concebidos e promovidos por Woode
Rogers e tinham a intenção de reduzir o número de piratas ativos anda contraofensiva do rei George. Esperava-se que os piratas que se
aproveitassem do Ato de Graça voltassem a ser súditos produtivos
cumpridores da lei. Os que resistissem seriam caçados sem piedade.
ei George tinha ordenado que todos os militares e colonos capturass
sses resistentes, oferecendo uma recompensa de cem libras por capipirata capturado, mais cinquenta libras por “oficiais” e vinte a trint
libras por outros membros da tripulação de um navio pirata. Entre a
capturas e os perdões, os conselheiros do rei argumentaram, os pira
do Caribe ficariam fracos demais para resistir a Rogers quando ele
finalmente chegasse para restabelecer o controle das Bahamas.
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O texto oficial do perdão chegou primeiro a Boston1 e o da
proclamação foi publicado no semanário Boston News-Letter em 9
dezembro de 1717. Mas era tarde demais para os sobreviventes da
ripulação de Bellamy. Durante a primavera e o verão de 1717, os o
presos esperaram em vão serem resgatados de suas celas na prisão d
oston. Eles foram levados a julgamento no final de outubro, na sala
udiências do segundo andar da prefeitura, construída há quatro ano
ocalizada a noventa metros da prisão2. Os dois carpinteiros forçado
permanecer no St. Michael – Thomas South e Thomas Davis – fora
inocentados e liberados. Os outros seis homens foram condenados
forca.
Os condenados passaram suas duas últimas semanas na compan
do homem que era talvez o mais influente de toda a Nova Inglaterra
regador puritano Cotton Mather. Com cinquenta e nove anos de ida
descendente de uma família que tinha dominado a vida espiritual epolítica de Massachusetts desde a sua fundação, Mather se interess
elos piratas. Ele os visitava em suas celas, onde os submetia a serm
rolixos, condenando seu comportamento vil e os acusando, falsame
e assassinar todos os seus prisioneiros quando seu navio naufragou
Cape Cod. Ao longo desses encontros, um prisioneiro, Simon Van
Vorst, declarava sua inocência, lembrando que tinha sido recrutado
orça. “À força, não!”, Mather censurou o homem na época. “Melhor
morrido como um mártir pelas mãos cruéis dos piratas do que se torn
um dos seus irmãos”. Depois de voltar para casa, no entanto, Math
rabiscou uma lista de “coisas para fazer” em seu diário: “obter um
suspensão temporária da sentença e, se der, um perdão para um do
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ratas, que não é apenas o mais arrependido, mas também mais inoc
o que o resto”. Se ele de fato tentou conseguir esse perdão, seu esfo
não foi bem-sucedido.
Na tarde do dia 15 de novembro, Mather acompanhou os
risioneiros condenados em sua caminhada da prisão para a plataforde desembarque do rio Charles. Depois que ele ouviu as confissõe
inais, os xerifes os levaram para a forca que havia sido erguida sobr
areia da vazante. Uma enorme multidão presenciou os homens fazen
seus discursos finais. De acordo com Mather, a maioria estava
“nitidamente arrependida”, particularmente Van Vorst, que leu umalmo em sua língua nativa, holandês, antes de aconselhar “os joven
levar uma vida na religião, guardar o sábado e obedecer a seus pais
Então os homens foram enforcados até morrer. “Eis”, Mather escrev
num relato3 publicado sobre as horas finais dos condenados, “o fim
pirataria!”A Era de Ouro da Pirataria estava longe de terminar.
A partir de Boston, a notícia do perdão do rei lentamente se
espalhou em todas as direções. Uma violenta nevasca atrasou oscavaleiros do correio que levavam a notícia para Rhode Island e No
ork, mas um navio mercante anônimo levou a notícia para as Bermu
em pouco mais de uma semana, às mãos do governador Benjamin
Bennett. Bennett, que há muito tempo vinha aconselhando seus
superiores em Londres a fazer algo sobre a república pirata nas
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Bahamas, tomou para si a responsabilidade de informar aos piratas
xistência do perdão. Ele mandou fazer cópias da proclamação e ped
que seu próprio filho as levasse para Nassau num rápido saveiro da
ilhas Bermudas.
O filho do governador estava indo direto para a boca do leãoarmado com apenas uma pilha de papéis impressos. Os piratas tinha
capturado muitos dos navios dos seus conterrâneos e até ameaçaram
atacar o próprio arquipélago das Bermudas. Se eles reagissem mal,
jovem Bennett podia acabar morto.
A essa altura, tantos comerciantes estavam contrabandeando
mercadorias de e para as Bahamas que os piratas provavelmente sequ
pensaram duas vezes sobre o saveiro estranho. Embora ele fosse o
primeiro visitante oficial da ilha em quase dois anos, os piratas pod
ão ter tido conhecimento da presença de Bennett até ele desembarc
começar a distribuir cópias da oferta de perdão do rei. Ela foi passa para os alfabetizados, que leram seu conteúdo para os demais. Em
oucas horas, todos na ilha devem ter sabido que tinha sido oferecid
eles uma segunda chance.
Os piratas de Nassau prontamente se dividiram em dois grupoonflitantes. Pelo menos metade dos piratas estava em êxtase, saudan
jovem Bennett como seu herói e salvador. Esse grupo era represent
por Henry Jennings, que nunca teve a intenção de se tornar um fora
ei, e incluía Leigh Ashworth, o antigo intendente de Bellamy; Rich
Noland; o capitão veterano de saveiro pirata Josiah Burgess; e Jea
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Bondavais, o pirata francês que anteriormente havia tentado tirar o
médico prisioneiro John Howell de Hornigold. O próprio Hornigol
estava no mar quando Bennett chegou, mas sua simpatia estava com
es. Esse grupo consistia de piratas mais moderados – ex-marinheiro
corsários que tinham caído na pirataria tendo em mente o lucro. Es
multidão favorável ao indulto estava ansiosa para ter a chance deecuperar a legitimidade, para serem livres para investir em comércio
suas partes dos butins. Apoiados pelas dezenas de prisioneiros e
homens forçados da ilha, eles comemoraram, subindo ao topo do Fo
Nassau, onde levantaram a Union Jack numa demonstração de
submissão à Coroa.
O outro grupo estava furioso com essa ação. Eles eram os bandi
bstinados, homens amargos e irados que se viam não como empresá
ou ladrões, mas como rebeldes ou guerrilheiros, em guerra contra
proprietários de navios, comerciantes e, em muitos casos, o próprio George. Essa turba contrária ao indulto incluía muitos piratas que
simpatizavam com os jacobitas pró-Stuarts e que tinham ficado
ecepcionados com o fracasso da revolta de 1715 contra o rei George
Casa de Hanover. Essa facção incluía Paulsgrave Williams, os crué
capitães de saveiro Christopher Winter e Nicholas Brown e vários
jovens ambiciosos cujos nomes logo se tornariam famosos: Edwar
England, Edmund Condent e John “Jack Calicô” Rackham. Seu líd
incontestável era Charles Vane.
Até agora, Vane tinha ficado em segundo plano; era apenas um
entre centenas de piratas de baixa patente que farreavam pelas ruas
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Nassau, bebendo, jogando, brigando e sendo mulherengo. Ele estav
vivendo com seus ganhos da época em que servia com Henry Jennin
articularmente sua parte na pilhagem roubada dos naufrágios espanh
em 1716. Ele pode ter feito viagens curtas com outros capitães pirat
mas parece que ele passou a maior parte do ano e meio que se seguiu
mesma forma que Jennings: descansando sobre seus louros em terrapreciando as liberdades oferecidas pela república pirata das Baham
A notícia do perdão ameaçou colocar um fim ao ninho pirata, assim
omo os boatos de que o rei George tinha nomeado um novo governa
real para as Bahamas. Vane, que era um simpatizante jacobita, não
poderia ter ficado satisfeito quando leu a proclamação do rei GeorgFicou furioso quando viu seus comparsas menos comprometidos
omemorando em cima do forte sob a recém-hasteada bandeira britân
O grupo de Vane se reuniu na praça principal, que logo se ench
de centenas de homens armados e zangados. Eles avançaram sobre fortaleza, expulsaram os foliões de dentro dela e arrancaram a Unio
Jack do mastro. Em seu lugar, içaram uma bandeira que não deixou
nenhuma ambiguidade sobre sua fidelidade, “a bandeira negra com
caveira”.
Eles tentaram atrair apoio externo também. Através de sua redeontrabandistas e contatos jacobitas na Inglaterra, esses piratas passa
uma mensagem para George Cammocke, um capitão da Marinha Re
que havia desertado para lutar pela causa do pretender e agora estav
vivendo na França. Na mensagem, os piratas “proclamaram com um
coração e uma só voz James III como seu rei” e estavam “resolvidos
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rosperar ou perecer em seu empreendimento ousado” contra Georg
Como Cammocke mais tarde diria, os piratas escreveram que “eles
tinham rejeitado com desprezo tal perdão”; seu “humilde desejo” e
que os Stuarts “enviassem para eles uma pessoa de alta reputação n
Marinha Real da Inglaterra” para servir como o “capitão geral jacob
da América, por mar e terra”, com o poder de licenciar os piratas comorsários e de ajudar a organizar a resistência ao rei da Casa de Hano
Com essa orientação, eles disseram que poderiam realizar um ataqu
urpresa bem-sucedido às Bermudas e garantir a colônia para os Stua
Essa proposta extraordinária chegou a Cammocke, em apenas tmeses, através de simpatizantes na Inglaterra. O oficial naval vetera
entusiasticamente abraçou o plano dos piratas e imediatamente se
ofereceu para ir ele próprio a Nassau. Em uma carta enviada em 28
março de 1718 à mãe de James Stuart, a rainha deposta Mary de
Módena, Cammocke propôs comprar um navio de guerra de cinquencanhões em Cádiz por quinze mil libras, tripulá-lo com os jacobita
ingleses e navegar para as Bahamas como almirante dos Stuarts. Um
ez em Nassau, Cammocke iria, com a permissão de James III, emitir
perdão para todos os piratas e os licenciar como corsários. Ele
estabeleceria um serviço de correio naval programado entre Nassau
Espanha para que o tribunal exilado de Stuart pudesse ser mantido e
ontato próximo com os piratas. “Empregá-los contra o inimigo com
será o único meio de abrir caminho para a restauração” da Casa de
Stuart, Cammocke escreveu. “Porque se nós podemos destruir o
comércio da Índia Ocidental e da Guiné, nós faremos os comerciant
ngleses desejarem, em vez disso, uma Restauração, para impedir qu
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reinado de George, o duque de Brunswick, continue”. Eventos na
Bahamas, no entanto, engoliriam o plano de Cammocke antes que e
saísse do papel.
A situação em Nassau continuou tensa ao longo de janeiro d
718. Vários navios piratas retornaram com um número de capturas barregadas que serviram como um lembrete dos benefícios da piratar
Essas incluíam o Mary Galley de Bristol, com seus porões repletos
garrafas de licor, e três grandes navios franceses, que transportavam
aguardente, vinho branco e vinho tinto. Hornigold trouxe dois navi
mercantes holandeses bem armados, subtraídos de Vera Cruz, noMéxico; um tinha vinte e seis canhões, o suficiente para reforçar o F
Nassau, enquanto o outro, Younge Abraham, de Flushing na Holand
tinha quarenta, bem como um grande lote de peles de animais mal
curadas cuja influência iria, em breve, afetar gravemente a vida em
Nassau.Os piratas fizeram uma reunião geral para resolver suas diferenç
mas, nas palavras do livro História geral…, “havia tanto barulho
amor que nada conseguia ser resolvido”. O grupo de Vane argumen
que eles deveriam fortalecer a ilha, obrigando o rei George a negoci
enquanto eles esperavam notícias da corte no exílio de James Stuarennings, por outro lado, insistiu que eles deviam aceitar o perdão e
render “sem mais delongas”, entregando a ilha para o governador re
quando ele aparecesse. As divisões “desconcertaram tanto” os pirat
reunidos “que seu congresso separou-se abruptamente, sem fazer
qualquer coisa”.
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Depois disso, quase todo mundo de Nova Providência parecia e
zendo as malas. Os teimosos começaram a equipar os navios e save
no porto, preparando-se para o que poderiam ser viagens longas e
árduas. Christopher Winter e Nicholas Brown navegaram para Cub
ara abrigar-se entre os espanhóis. Edmund Condent e outros noven
ete homens se inscreveram para embarcar no saveiro Dragon, que e
equiparam para uma expedição à África e ao Brasil. Vane e dezesse
eguidores adquiriram o controle do saveiro Lark e o esconderam nu
ancoradouro isolado nas proximidades, onde o modificaram para o
erviço pirata. Enquanto isso, outros moradores estavam navegando p
aceitar o perdão em colônias britânicas vizinhas. Jennings e quinze eus homens foram para as ilhas Bermudas no Barsheba e receberam
erdão do governador Bennett. Outros reservaram passagem em save
mercantes com destino à Carolina do Sul, Rhode Island e Jamaica
Hornigold ficou em Nassau, mas enviou um saveiro para a Jamaica c
itenta dos seus homens; ele deve ter temido por sua segurança entreiratas contrários ao indulto, porque instruiu os homens que partiram
pedir às autoridades navais em Port Royal que enviassem um navio
guerra para Nassau para “proteção”.
A essa altura, uma fragata da Marinha Real estava, de fato, a
caminho, mas vindo de Nova York e não da Jamaica.
O capitão Vincent Pearse, comandante do navio de sexta class
HMS Phoenix, recebeu a notícia da proclamação no dia de Natal,
durante uma intensa nevasca que tinha reduzido a velocidade dos
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avaleiros do correio de Boston. Enquanto os capitães de outros nav
de guerra receberam a notícia da proclamação passivamente,
continuando seus negócios como de costume, Pearse era jovem,
mbicioso e estava pronto levar a novidade diretamente para os pirat
Ele recebeu a bênção do governador de Nova York e imediatament
omeçou a preparar seu navio, que estava parado para o inverno, rola
os canhões de volta para seus lugares, garantindo os mantimentos
remontando mastaréus e outras mareagens.
Pearse sabia que sua fragata precisaria de todas as vantagens se
piratas se mostrassem hostis. O Phoenix era uma das menores fragatritânicas. Com duzentas e setenta e três toneladas e vinte e oito met
de comprimento, ela não era maior do que um navio pirata de grand
orte como o Whydah ou o Queen Anne’s Revenge, e tinha menos po
e fogo. Durante o ano anterior, o almirantado havia removido os qua
canhões do tombadilho superior que ele levava em tempos de guerreixando a fragata com apenas vinte canhões de dois quilos. Ela tamb
ra vulnerável ao embarque, tendo uma tripulação em tempos de paz
apenas noventa homens. O Phoenix não era particularmente bem
construído. Como seu nome sugere, ele foi originalmente construíd
como um brulote, destinado a ser encharcado de combustível,
incendiado e navegado em direção da frota do inimigo, com sua
tripulação escapando no último momento num barco de fuga. Quan
ele partiu para Nassau na tarde do dia 5 de fevereiro, o capitão Pear
deve ter esperado não estar metendo os pés pelas mãos.
Na manhã de 23 de fevereiro, o Phoenix chegou à entrada princ
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do porto de Nassau, seus homens olhando nervosamente para os
canhões do forte que se deteriorava e para a bandeira de caveira qu
tremulava no seu mastro. Ancorados no porto estavam catorze navio
drapejando as cores de muitas nações: holandesas, inglesas, frances
espanholas e as bandeiras pretas ou vermelhas usadas pelos piratas
inco eram navios de grande porte, incluindo os navios holandeses barmados capturados por Hornigold, bem como o Mary Galley, o nav
de vinho francês desarmado, e um pequeno navio mercante inglês. O
outros nove, Pearse escreveu mais tarde em seu registro, “comerciav
com esses piratas, mas fingiam que nunca o fizeram até depois que
Ato de Graça foi publicado”.
Pearse ordenou que seu tenente, Sr. Symonds, organizasse um
grupo de desembarque para distribuir cópias da proclamação em ter
firme. Enquanto o barco do Phoenix lentamente entrava no porto, co
ymonds erguendo uma bandeira branca de trégua, os piratas tiveramomento para considerar. Eles poderiam facilmente expulsar o Phoe
lém dos canhões no forte, alguns piratas já estavam a bordo do You
Abraham de trinta e seis canhões e do outro navio holandês de vinte
eis canhões. Se fizessem isso, haveria uma perda de vidas considerá
nenhum dos sobreviventes teria qualquer chance de obter um perd
Hornigold, o pirata mais experiente e influente da ilha na época,
aconselhou uma abordagem conciliatória. Aqueles que desejavam te
perdão e voltar para a sociedade civilizada poderiam fazê-lo; aquel
que não desejavam ainda podiam aceitar o perdão, usando-o em
vantagem própria, para ganhar mais tempo. Os piratas comuns
concordaram. Quando Symonds pisou na praia com a proclamação e
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mãos, “ele foi recebido por um grande número de piratas com muit
civilidade”, como o diário de bordo de Pearse atesta. O tenente leu
gora familiar proclamação em voz alta para os piratas, que a receber
om o que ele considerava ser “uma grande alegria”. Symonds ficou
erra por algumas horas, durante as quais ele recebeu informações d
membros do grupo favorável ao indulto. Eles queriam se livrar doincendiário Charles Vane mais do que qualquer outra pessoa no
acampamento anti-indulto, e disseram ao tenente como encontrar se
ancoradouro secreto. Os piratas favoráveis ao indulto devem ter fica
atisfeitos em ver o Phoenix navegar para fora do porto em busca de
inimigo; já os aliados de Vane sentiram apreensão.
Pearse encontrou o saveiro de Vane escondido atrás de uma
pequena ilhota chamada Buskes Cay, bem onde seus informantes
isseram que ele estaria. Ele posicionou o Phoenix de modo a bloqu
entrada para o ancoradouro e, em seguida, deu ordem para começara disparar contra ele.
A bordo do Lark , o bando de Vane tinha pouca escolha a não
se render. Enquanto balas de canhão de dois quilos caíam na água e
orno de sua embarcação pequena, os dezesseis homens inventaram u
história. Eles iriam dizer ao comandante do Phoenix que estavam spreparando, não para ir para a pirataria, mas para navegar para Nass
ara encontrá-lo e saber mais sobre o perdão do rei. Com isso em me
Vane e seu novo intendente, um destemido irlandês chamado Edwa
England, partiram para o Phoenix e se renderam.
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Pearse não se deixou enganar pela história de Vane e apreende
Lark em nome do rei George, levando Vane e companhia em custód
mbora o sol estivesse se pondo, Pearse se sentiu confiante de que e
podiam encontrar o caminho de volta para Nassau, de modo que o
Phoenix navegou durante a noite, chegando de manhã. Ele ancorou
águas de trinta metros de profundidade, com o Lark ancorando na
roximidades. Seguindo o protocolo, os piratas a bordo dos dois nav
holandeses dispararam seus canhões em saudação ao navio da Sua
Majestade, um sinal de que eles reconheciam a sua autoridade.
Pouco tempo depois, alguns barcos remaram para fora da cidadarregando o que Pearse descreveu como “seus comandantes e lídere
Hornigold, Francis Lesley, Josiah Burgess e Thomas Nichols. Pear
elembrou sua conversa em seu diário de bordo, mais tarde naquele d
Eles “me informaram que o meu ato de tomar o saveiro tinha alarma
muito todos eles, com os piratas em geral achando que Vane e os outhomens capturados seriam executados”. Os comandantes piratas
garantiram a Pearse que se ele libertasse o bando de Vane, “seria u
ótima forma de induzir os habitantes de Nassau a se render e aceitar
Ato de Graça”. Pearse, consciente de sua posição delicada, seguiu
onselho dos comandantes piratas e libertou Vane, England e os out
catorze homens, assegurando-lhes a “bondade da Sua Majestade pa
com eles”. Ele manteve o Lark , no entanto, mandando alguns de se
homens equipá-lo como um navio mercante. Pearse informou aos
comandantes piratas que Woodes Rogers, o famoso circum-navegad
que havia capturado um galeão de Manila durante a guerra, tinha si
nomeado governador das Bahamas e era esperado em Nassau naque
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verão. Ele acrescentou que estava disposto a dar a cada homem qu
ueria aceitar o perdão do rei um certificado assinado que lhes garan
algum grau de proteção até Rogers chegar, ou enquanto os piratas
estivessem a caminho de outras colônias para obter o perdão de seu
governadores. Hornigold, Vane e os outros comandantes piratas
maram para terra, prometendo fazer o máximo possível para conven
os outros a aceitar o perdão.
Depois que os piratas foram embora, começou a chover e contin
ssim durante todo o dia seguinte. Pearse esperou em sua cabine que
por notícias de terra. Na segunda manhã, 26 de fevereiro de 1718, ufluxo de barcos começou a remar em meio à chuva, cada um cheio d
piratas que desejavam se render. Pearse os recebeu ao longo dos do
dias seguintes, reconhecendo suas rendições, assinando seus
ertificados de proteção e adicionando seus nomes a uma lista cresce
de piratas que logo seriam perdoados. Os primeiros barcos incluíamHornigold, Williams, Burgess, Lesley e Nichols, bem como o antig
ntendente de Bellamy, Richard Noland, e o intendente de Hornigo
ohn Martin. A lista de Pearse cresceu de cinquenta nomes para cem
finalmente, para duzentos e nove, um verdadeiro “Quem é Quem” d
piratas da Era de Ouro. Ela logo incluiria a maioria dos antigos
arceiros de Hornigold nos seus dias de pirágua – Thomas Terrill, Jo
ockram e Daniel Stillwell; o companheiro corsário de Henry Jennin
Leigh Ashworth e vários homens cujas carreiras como pirata estava
onge de acabar, incluindo Samuel Moody e Charles Vane. No final
sua primeira semana nas Bahamas, Pearse sentiu que tinha tido sort
Ao invés dos vários milhares de piratas que ele esperava encontrar n
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ontentado com saques moderados e brincadeiras menos maldosas, m
a geralmente voto vencido e, como estava envolvido naquela socied
abominável, era obrigado a ser um parceiro em todos os seus atos
perversos.” A “sociedade abominável” de Vane consistia de quaren
omens. John Rackham se destacava do resto por causa do seu estran
ábito de usar roupas feitas de calicôs4 indianos com estampas alegros outros homens já tinham se acostumado a chamá-lo de Jack Calic
Tudo que o bando de Vane tinha era dois barcos e uma pilha de arm
de pequeno porte, mas era apenas isso que Hornigold, Barba Negra
ellamy tinham quando começaram. Se o capitão Pearse e o governa
Bennett pensavam que a pirataria nas Bahamas tinha acabado, Vantinha algumas surpresas reservadas para eles.
Por vários dias, o bando de Vane espreitou ao leste de Nassau
spera de uma oportunidade. Em 21 de março, as condições perfeitasapresentaram. O vento estava fraco e ficava mudando de direção,
tornando possível para os piratas dominarem um navio à vela com o
seus barcos a remo. Um saveiro mercante da Jamaica surgiu, vindo d
extremo leste de Nova Providência, flutuando lentamente em direção
estreita entrada oriental do porto de Nassau. Quando ele passou po perto, os homens de Vane remaram os barcos para fora de seu
esconderijo e, com cordas e ganchos de luta, invadiram o pequeno
aveiro. Sua tripulação se rendeu sem luta. Os piratas agora precisav
de um lugar para guardar seu butim e reequipar sua captura. Eles
decidiram ir para o porto de Nassau, bem debaixo do nariz do
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problemático capitão Pearse.
Os homens de Vane iam explorar a geografia peculiar do port
Uma das razões pelas quais os piratas tinham escolhido Nassau com
ua base era que, além de sua entrada principal a oeste, o porto ofere
uma porta de trás – um canal estreito, porém navegável em suaextremidade oriental, pelo qual um navegador experiente podia pass
om um saveiro. Perto dessa entrada, um banco de areia baixo chama
de Potter’s Cay quase dividia o porto em dois: qualquer navio que
precisasse de mais de oito metros de água não poderia passar por ci
dos bancos de areia em ambos os lados dessa ilhota. O Phoenix estaancorado no lado ocidental desse banco de areia e era grande dema
ara atravessar. Os piratas poderiam navegar seu saveiro pela passag
oriental e saquear sua presa por trás de Potter’s Cay, em plena vista
capitão Pearse.
Era um teatro político por excelência. Os piratas renegados vierara o porto, com uma bandeira vermelha ou “sangrenta” esvoaçando
topo de seus mastros, ancoraram na enseada segura e começaram a
saquear ruidosamente sua presa em plena vista do Phoenix. Vane
colocou a tripulação do saveiro em terra em Potter’s Cay, de onde e
odiam nadar até a cidade, mas manteve o capitão, prometendo devoua pequena embarcação assim que eles capturassem outra mais ao s
gosto. Eles celebraram durante a noite, com o barulho de sua folia
convidando os piratas em terra a retomarem seu comércio ilícito.
O capitão Pearse percebeu que ele estava sendo feito de bobo
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Todas as Bahamas sabiam que ele tinha libertado Vane do cativeiro
assinado seu certificado de perdão. Agora ele tinha a audácia de
provocá-lo. Alguma coisa tinha que ser feita, e rápido. Ele juntou se
oficiais e delineou um plano.
À uma da manhã, depois que o som da festa dos piratas tinhaacabado, Pearse armou um contingente de homens e ordenou que el
ubissem no maior barco do Phoenix. O mais silenciosamente possív
eles remaram através do porto escuro, em torno de Potter’s Cay e em
direção ao veleiro pirata, esperando pegá-los de surpresa. No entant
Vane tinha armado guarda, e quando o grupo naval chegou dentro dlcance das balas de mosquete, foi saudado com uma saraivada de ba
de armas leves. Os homens do Phoenix devolveram o fogo, mas dep
e algumas trocas de tiros ficou claro que os piratas eram mais forte
eles tiveram que fazer uma retirada precipitada. A Marinha Real tin
tentado mostrar sua força, mas tinha sido posta a correr.Essa breve batalha impulsionou fortemente a moral dos piratas
assau. De repente, o navio de guerra parecia vulnerável e os homen
Vane, heroicos. Durante a noite, o clima mudou de renúncia para
desafio. “Eu muitas vezes reuni os habitantes em nome de Sua
Majestade, e usei todos os argumentos possíveis para convencê-los audar a reprimir os referidos piratas”, Pearse escreveu mais tarde. “M
eles sempre rejeitavam todos os métodos que propus. Eles se
ocializavam com o bando de Vane e o assistiam com os mantimento
demais necessidades, e em todas as ocasiões demonstravam um ódi
nem um pouco pequeno do governo.”
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Daí em diante, a situação de Pearse se deteriorou. Na noite de
e março, ele deixou o porto para acompanhar quatro saveiros para f
as Bahamas em segurança; ele tinha um interesse pessoal em um de
o saveiro de Vane, o Lark , que tinha tripulado com marinheiros do
Phoenix para uma lucrativa missão comercial privada em St. Augusti
Quando ele retornou seis dias depois, descobriu mais uma afronta à
autoridade. Os piratas de Nassau tinham colocado fogo no Young
Abraham e no Mary Galley e tinham encalhado o navio holandês d
inte e seis canhões na ilha Hog. Em 31 de março, Vane voltou para
antuário na enseada oriental do porto de Nassau para provocar Pea
om seu mais recente prêmio, o Lark , que ele havia recapturado, apedos esforços de Pearse. E o mais preocupante, três dos marinheiros
Marinha Real que ele tinha colocado a bordo do Lark tinham deserta
para a tripulação de Vane. Agora Pearse não apenas tinha menos
homens e menos armas, ele precisava se preocupar com seus própri
marinheiros considerando os piratas como heróis.
Enquanto transferiam canhões e mantimentos para o Lark , o
omens de Vane gritavam insultos contra o Phoenix, que Vane ameaç
em voz alta queimar. Em seguida, remaram audaciosamente através
enseada ocidental para a cidade, passando perto do navio de guerra
earse abriu fogo contra o barco e ordenou que os piratas embarcass
no Phoenix. Eles ignoraram as ordens e a artilharia salpicando na ág
em torno deles e seguiram para a cidade.
Em apenas três dias, a quadrilha de Vane cresceu de dezenove p
mais de setenta e cinco homens. Durante esse tempo, ele também
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capturou mais dois saveiros, cujos capitães, inconscientes do perig
tinham ancorado ao lado dos piratas. Pearse tentou avisar os saveir
çando suas velas de mastaréu “com lençóis voando”, mas sem suces
Em 4 de abril, Vane hasteou uma bandeira negra no topo do ma
o Lark e zarpou para o mar. Com um saveiro ágil de seis canhões e om grupo de homens, Vane estava em posição de levar todo o comé
nas Bahamas para um impasse. Ele tinha pouca compaixão por sua
timas, especialmente os comerciantes contrabandistas da ilha Harb
que tinham se rendido a Pearse no momento em que ele mostrou a
bandeira britânica. Eles pagariam um preço por sua deslealdade pacom a república pirata.
Mesmo com Vane longe, o capitão Pearse se viu numa posiçã
insustentável. Os piratas “tinham alterado seu comportamento e fei
ameaças ao capitão para que ele fosse embora ou seria pior para ele
egundo o governador Bennett relatou depois de questionar piratas quscavam perdão nas Bermudas. “Eu concluo que todos que pretend
se render já o fizeram e eu temo que em breve eles irão se multiplica
pois muitos marinheiros tornam-se dispostos a se juntar a eles quan
seus navios são tomados.”
Pearse fez o máximo possível para não demonstrar fraqueza, m
em 6 de abril seu carpinteiro acidentalmente colocou fogo no Phoen
enquanto fervia piche na cozinha do navio. A tripulação rapidamen
controlou o fogo, mas o dano simbólico era irreparável. Dois dias
depois, o Phoenix levantou suas âncoras e, na companhia de cinco
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saveiros mercantes, zarpou com destino a Nova York. Para o
constrangimento final do capitão, ele encalhou na saída. Por algum
horas, os moradores de Nassau observaram os homens do Phoenix
abalhando para libertá-lo. Então ele se foi, deixando Nassau nas m
de piratas mais uma vez.
Barba Negra e Bonnet passaram o inverno5 entre 1717 e 1718
erritório espanhol, mas seus movimentos e atividades ficaram perdid
ara as autoridades britânicas. Marinheiros espanhóis disseram aos s
colegas jamaicanos que um pirata conhecido apenas como “the GreDevil” [o Grande Diabo] estava navegando pelo Golfo do México, s
avio cheio de “muitos tesouros”. Pouco tempo depois, foi relatado
Bonnet e Barba Negra estavam “navegando perto” da entrada de Ve
ruz pelo golfo mexicano, com quatro saveiros e “um navio de quare
e dois canhões”. Aparentemente, eles estavam à procura de um navchamado Royal Prince e tinham se vangloriado de que “quando
udessem, eles teriam o navio de guerra Adventure”. Era uma vangló
e tanto: o HMS Adventure, de quatrocentas e trinta e oito tonelada
rinta e seis canhões e quinta classe, com base na Jamaica, era a frag
mais poderosa da Marinha Real em todo o hemisfério ocidental naépoca.
No final de março, Barba Negra e Bonnet haviam se separado
baía de Honduras. Barba Negra levou o Queen Anne’s Revenge para
lha Turneffe, um grande anel de manguezais e ilhotas de areia e cor
ocalizado a quarenta quilômetros da costa de onde hoje é Belize e u
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ocal de descanso popular para comerciantes ingleses. Bonnet levou
Revenge para cento e sessenta quilômetros mais ao sul e estava
navegando em busca de capturas no arquipélago Baía, três ilhas
rodeadas de corais ao largo da costa de onde hoje é Honduras.
Em 28 de março de 1718, os homens de Bonnet avistaram umgrande navio perto de Roatán, a maior das ilhas Baía. O Protestan
Caesar , de Boston, era um navio mercante enorme, de quatrocenta
toneladas, com as bocas de vinte e seis canhões saindo de suas
ortinholas. Ele era mais do que quatro vezes maior do que o Reven
que transportava apenas dez canhões e cinquenta homens. Apesar dtudo, Bonnet e sua tripulação decidiram atacar, correndo o risco d
repetir a batalha desastrosa do fazendeiro excêntrico com o navio d
guerra espanhol no ano anterior. Eles alcançaram o Protestant Caes
s nove horas da noite, habilmente chegando por trás da popa vulnerá
o grande navio. Os homens de Bonnet dispararam cinco canhões e uraivada de tiros de mosquete, que foram revidados por dois canhõe
opa e uma saraivada de balas. Enquanto a fumaça se dissipava, Bon
gritou que se o navio disparasse outra arma, eles não dariam “nenhu
desconto”, uma ameaça de matar todos a bordo. O capitão veterano
Protestant Caesar , William Wyer, de Boston, reconhecia um blef
quando via um. Ele disparou outro salva de seu canhão. A batalha
continuou por três horas, canhões iluminando a noite, até Bonnet
finalmente desistir e se retirar para a escuridão.
Os homens de Bonnet estavam descontentes: seu comandant
claramente tinha aprendido pouco em seu ano de aprendizagem com
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arba Negra. Eles votaram por navegar para Turneffe, onde poderiam
ecuperar de sua batalha imprudente. Eles também deixaram claro p
Bonnet que seu comando estava na corda bamba.
Em 2 de abril, o Revenge entrou na lagoa de oito quilômetros
argura de Turneffe. Para alívio da tripulação, o Queen Anne’s Revenestava ancorado lá. Alguns dos homens imploraram para Barba Neg
usar sua influência para dar fim ao comando de Bonnet. Barba Neg
ediu aos homens de Bonnet que convocassem uma reunião com tod
ando, onde ele propôs que substituíssem Bonnet por um dos oficiai
Barba Negra, um homem chamado Richards. Os homens aceitaramplano, e Bonnet foi transportado para o Queen Anne’s Revenge. Lá
Barba Negra teria dito ao seu comparsa teimoso que “como ele não
estava acostumado com as fadigas e os cuidados de tal cargo”, seri
melhor para ele ficar com Barba Negra, onde poderia “viver
tranquilamente, à vontade, num navio como esse, onde ele não seriobrigado a desempenhar as obrigações necessárias de uma viagem
marítima”. Bonnet tinha sido colocado em prisão domiciliar e assim
continuaria durante muitos meses.
Os piratas ficaram em Turneffe por mais alguns dias, se
recuperando, enchendo a barriga de peixes e tartarugas marinhas eapturando embarcações perdidas. Sua primeira captura foi um save
de madeira de corte, de oitenta toneladas, da Jamaica, chamado
Adventure, que tinha entrado por engano na lagoa de Turneffe. Os
piratas gostaram do saveiro e ficaram com ele, mantendo seu
omandante, David Herriot, como prisioneiro a bordo do Queen Ann
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Revenge. O imediato de Barba Negra, Israel Hands, assumiu o contr
do Adventure no seu lugar. Poucos dias depois, eles apreenderam pe
menos mais quatro saveiros, três da Jamaica e um de Rhode Island,
Land of Promise. Os homens de Barba Negra atearam fogo a um do
aveiros jamaicanos por causa de uma aversão ao seu capitão, mas e
olocaram bandeiras vermelhas nos outros e os adicionaram ao que gora uma frota de cinco navios. Em meados de 6 de abril, eles deixa
Turneffe, com Barba Negra dizendo a um de seus prisioneiros que
estavam “indo para a baía de Honduras para incendiar o navio
rotestant Caesar ” e garantir que o capitão Wyer “não pudesse se ga
de ter vencido um pirata quando fosse para a Nova Inglaterra”.
Na manhã de 8 de abril, os piratas encontraram o Protestant
Caesar ancorado na costa de Honduras, com seus porões cheios pe
metade com lenha recém-cortada. Quando Wyer viu os piratas – “u
grande navio e um saveiro com bandeiras negras e caveiras e mais trsaveiros com bandeiras sangrentas” –, chamou todos os seus homen
para o convés para perguntar se eles estavam dispostos a defender
navio dos atacantes. De acordo com Wyer, seus homens respondera
que “se fossem espanhóis, eles iriam apoiá-lo enquanto tivessem vid
mas se fossem piratas, eles não iriam lutar”. Quando ficou claro que
atacantes eram os mesmos do saveiro contra o qual eles haviam luta
anteriormente, agora apoiados pelo famoso Barba Negra, todos os
homens de Wyer “declararam que não iriam lutar e deixaram o navi
acreditando que seriam assassinados pelo bando do saveiro”. Duran
três dias, o capitão Wyer e seus homens se abrigaram em meio à
folhagem da selva e pilhas de lenha em terra, observando os pirata
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saquearem seu navio enorme. Em 11 de abril, Barba Negra enviou u
mensageiro a Wyer, dizendo-lhe que se ele se rendesse pacificamen
nenhum mal seria feito a ele. Barba Negra tinha uma reputação temí
entre os capitães mercantes das Américas, mas o pirata não era
conhecido por voltar atrás na sua palavra e, até onde se sabia, nunc
nha matado um homem. Wyer decidiu confiar nele e se rendeu. Eleevado até Barba Negra, que lhe disse que ele tinha sido inteligente
não queimar ou sabotar o Protestant Caesar , “caso contrário seus
homens a bordo de seu veleiro teriam causado danos a ele por luta
contra eles”. Infelizmente, Barba Negra também tinha uma má notíc
Ele tinha que queimar o Protestant Caesar porque ele era de Bostonseu bando estava comprometido em destruir todas as embarcações d
Massachusetts em vingança “pela execução dos seis piratas” que tinh
sobrevivido aos naufrágios de Cape Cod. No dia seguinte, Wyer
observou quando os piratas embarcaram no seu navio e atearam fog
com a carga de lenha e tudo. Fiel à sua palavra, Barba Negra libertoWyer e seus homens ilesos, juntamente com a tripulação do saveir
Land of Promise; todos os prisioneiros finalmente voltaram para
Boston.
O bando de Barba Negra também resolveu seguir para o norte.
rimavera estava no ar e havia chegado a hora de transferir seus ataq
ara a costa leste da América do Norte. Antes, porém, eles iriam para
ilha Nova Providência e conferir a situação de seus irmãos piratas
Depois de humilhar Vincent Pearse, Vane e seu bando não
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retornaram para Nassau por três semanas e meia, período no qual el
desencadearam um reinado de terror no arquipélago das Bahamas. A
ontrário de Bellamy e Barba Negra, que evitavam força desnecessár
Vane presidia uma orgia de violência e crueldade que ajudava as
utoridades reais a pintar todos os piratas das Bahamas como monstr
Nessa única viagem, que durou de 4 a 28 de abril de 1718, seu band
modesto capturou uma dezena de navios mercantes, todos se renden
sem luta. No entanto, eles trataram a maioria dos seus prisioneiro
barbaramente.
O pior tratamento foi reservado para as tripulações vindas daBermudas, que representavam sete dos doze navios6 capturados. O
bermudenses visitavam as Bahamas regularmente para extrair sal –
principal conservante de alimentos naquela época – nas ilhas
desabitadas de Turks e Caicos, que compreendia a parte oriental d
arquipélago. Como eles normalmente seguiam as mesmas rotas parahas, eles eram um alvo especialmente fácil. Os homens de Vane tinh
desenvolvido recentemente uma animosidade particular para com el
aparentemente porque seu governador tinha prendido recentemente u
pirata chamado Thomas Brown por suspeita de pirataria. Brown tin
sido liberado – provavelmente por falta de provas – mas Vane quer
retaliar mesmo assim. Era como se alguém tivesse mexido com um
“iniciado” na máfia; seus comparsas eram obrigados a dar uma lição
vizinhança.
O saveiro de Edward North, William & Mary, caiu nas mãos d
Vane na costa da ilha Rum Cay em 14 de abril. Ao embarcar no nav
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os homens de Vane imediatamente começaram a bater em North, no
seus passageiros e na sua tripulação, insistindo que eles entregasse
odos os seus tesouros. A pequena embarcação tinha poucas coisas
valor a bordo: dezessete pistoles (moedas de ouro) espanholas
dezessete libras), alguns alimentos e dez onças de âmbar cinzento, u
ubstância dura produzida por algumas baleias que frequentemente trazida pela maré para as praias das Bahamas e usada em joias.
nsatisfeito com o saque, Vane capturou um dos marinheiros de Nor
amarrou suas mãos e pés e o prendeu à parte de cima do gurupés d
William & Mary. Os piratas então enfiaram um mosquete carregado
boca do marinheiro e palitos de fósforo dentro das pálpebras domarinheiro desamparado; se ele não entregasse o dinheiro que estav
scondido a bordo, eles deixariam os fósforos queimar até alcançar s
lhos e o cegarem, depois do que ele seria baleado. Depois disso, Va
e sentia confiante de que eles tinham pegado tudo de valor, exceto p
tripulante negro de North, que eles apreenderam como saque.
Mesmo enquanto esses interrogatórios estavam ocorrendo, o ba
de Vane capturou um segundo saveiro das Bermudas, o Diamond , e
trouxe para o lado do William & Mary. Como fizeram antes, eles
começaram a bater no capitão John Tibby e em sua tripulação e
colheram um dos seus marinheiros para mais tortura. Eles amarrara
homem azarado, Nathaniel Catling, colocaram um laço ao redor do s
pescoço e o ergueram no mastro, chutando e engasgando. Ali ele fic
endurado, seu rosto ficando azul, até desmaiar. Os piratas o soltara
o deixaram para morrer no convés. Algum tempo depois, Catling
começou a recuperar a consciência. Um dos piratas desembainhou s
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facão e cortou o marinheiro caído ao longo de sua clavícula. Ele
levantou seu facão para continuar esfaqueando o homem até a mort
mas um dos outros piratas o impediu, dizendo, como Catling record
mais tarde, que era “crueldade demais”. Os piratas saquearam do
Diamond objetos de valor – trezentas peças de oito (setenta e cinc
libras) e “um homem negro” – e forçaram toda a sua tripulação aembarcar no Lark , que os piratas agora estavam chamando de Rang
m seguida, derrubaram os mastros de ambos os navios das Bermuda
atearam fogo ao Diamond . Antes de deixarem os homens irem embo
o William & Mary mutilado, eles se vangloriaram de ter maltratado
tripulações de outros dois saveiros das Bermudas na semana anterioles disseram a North e Tibby que, quando eles voltassem para casa
Bermudas, deveriam dizer ao governador Bennett que os piratas “iri
juntar todas as forças que pudessem e viriam tomar seu país” e “faz
ele uma nova Madagascar”. Durante as celebrações regadas a bebid
como North e outras testemunhas se lembraram, os homens de Vanrindavam pela “condenação do rei George”, do governo e de “todos
oderes Superiores”, enquanto ameaçavam ocupar as Bermudas naqu
mesmo verão. Os homens de Vane, ao que parece, estavam bem
formados sobre os apelos que os piratas tinham enviado para o exil
James Stuart e estavam otimistas de que logo estariam recebendo oapoio daquela parte.
Quando voltou para Nassau em 28 de abril, Vane tinha assumid
controle de mais três saveiros das Bermudas, três da Jamaica, um d
Nova York e um navio vindo de Boston. Com isso, sua tripulação ha
aumentado para noventa ou mais, a maioria recrutada das embarcaçõ
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amaicanas, cujos marinheiros podem ter conhecido Vane de seus d
m Port Royal. Eles tinham, provavelmente, recebido apenas mil lib
u mais em tesouro, mas suas ações acabaram com o comércio legítim
nas Bahamas. Se os piratas não estivessem no controle do comércio
arquipélago, Vane argumentou, então ninguém estaria.
Vane deve ter ficado satisfeito ao descobrir que o HMS Phoen
tinha se retirado de Nassau, deixando incontestado o controle da ilh
pelos piratas. E ficado ainda mais feliz quando um navio de guerr
norme entrou no porto alguns dias depois, a bandeira com a caveira
u mastro, acompanhado por um saveiro de guerra pirata e dois savecapturados. Barba Negra tinha retornado.
Barba Negra estava no comando de cerca de setecentos homens
ue quase quadruplicou a população pirata na ilha Nova Providência
noite para o dia. Durante algum tempo, as ruas de Nassau voltaram
vida com Barba Negra trocando histórias com Vane, PaulsgraveWilliams e outros capitães piratas obstinados da cidade. Seu band
provavelmente repartiu o butim a essa altura, já que aproximadamen
trezentos de seus homens deixaram o bando. Alguns, sem dúvida,
pretendiam esperar até o governador Rogers chegar para receber o
erdão do rei. Outros, incluindo o canhoneiro de Barba Negra, WilliCunningham, queria se divertir em terra antes de voltar para a piratar
Alguns podem ter sido fiéis jacobitas que queriam ficar para trás co
Vane para aguardar reforços da corte exilada de Stuart. Alguns pode
er ido embora escondidos com Paulsgrave Williams, que deixou que
palhasse a notícia que ele partiria da ilha em breve rumo à África, p
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caçar navios negreiros europeus.
É possível imaginar Williams e Barba Negra dividindo uma beb
sob os toldos feitos com velas de navios de uma das cervejarias ao
vre de Nassau, contando histórias da destruição do Whydah, da cap
do Queen Anne’s Revenge e dos encontros com os navios de guerra Sua Majestade. Eles provavelmente trocaram informações sobre se
antigo comodoro, Benjamin Hornigold, então na Jamaica, se
perguntando se ele realmente tinha desistido da pirataria. Barba Neg
icou sabendo que um conterrâneo bristoliano, Woodes Rogers, seri
novo governador das Bahamas. Se Edward Thatch era, na verdade, u pseudônimo para proteger a família de Barba Negra, essa notícia
descartou qualquer possibilidade de aceitar o perdão em Nassau, po
Rogers iria reconhecê-lo. Barba Negra tinha duas escolhas: ficar co
Vane e tentar resistir a Rogers ou deixar Nassau para sempre.
Um ou dois dias depois, Barba Negra chamou todos os homenbordo de sua frota de cinco navios. Algumas caras novas apareceram
piratas que não tinham nenhuma intenção de abrir mão da vida “po
conta”, incluindo o antigo intendente de Hornigold, John Martin. A
maior frota pirata em atividade zarpou de Nassau, com suas velas
direcionadas para o estreito da Flórida, Palmar de Ayz e os naufrágiespanhóis.
Praticamente no mesmo momento, a milhares de quilômetros d
istância, outra frota estava levantando âncora no rio Tâmisa, no sul
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Londres: a que levaria Woodes Rogers para as Bahamas.
Era uma expedição impressionante, que tinha demorado muito
meses para Rogers organizar. Havia ao todo sete embarcações, cinc
delas de propriedade de Rogers e seus parceiros comerciais. Ele
navegava no Delícia, seu navio de guerra particular de quatrocentassessenta toneladas, com uma tripulação de noventa homens e trint
canhões, acompanhado pelo navio-transporte de trezentas tonelada
Willing Mind (vinte canhões e vinte e dois tripulantes); pelo navio
cento e trinta e cinco toneladas Samuel (seis canhões e vinte e sei
ripulantes); e pelo saveiro de guerra privado Buck (seis canhões e dhomens). Juntos, esses quatro navios levavam a Companhia
ndependente de cem soldados, muitos deles recentemente liberados
hospital militar de Chelsea; cento e trinta colonos do sexo masculin
com suas esposas e filhos, a maioria deles refugiados protestantes d
França, Suíça e do Palatinado da Alemanha; alimentos e suprimentara alimentar e vestir todas essas pessoas durante catorze meses; to
as ferramentas e materiais necessários para, nas palavras dos
coinvestidores de Rogers, “construir fortalezas e casas”, limpar os
ampos e plantá-los com “cana, gengibre, índigo, algodão […] e taba
ara cheirar, igual ao de Havana”. Rogers, convencido de que os pira
responderiam aos ensinamentos espirituais, trazia no navio até um
pacote de panfletos religiosos da Society for Promoting Christian
Knowledge [Sociedade para a promoção do conhecimento cristão]. A
odo, a expedição representava um investimento de onze mil libras a
parceiros, enquanto Rogers tinha contribuído com três mil libras.
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Além dos soldados, da tripulação e dos colonos, Rogers estav
acompanhado por vários cavalheiros que pretendiam ajudá-lo a leva
ordem para a colônia decadente. O principal deles era sir William
Fairfax, um nobre de vinte e seis anos de idade, cuja família possu
cerca de cinco milhões de acres na Virgínia, e pretendia servir com
chefe de Justiça de Rogers. Fairfax, como seus colegas aristocrata
considerava as Bahamas muito perigosas para que sua esposa o
companhasse naquele momento. “Embora eu espere ficar pouco tem
separado da minha esposa […] confio em Deus que ela não vai quer
nada para consolar suas mágoas”, ele escreveu para sua mãe, pouc
antes da partida do Delícia.
Escoltando os navios de Rogers para Nassau estavam três navio
guerra da Marinha Real: a fragata de quinta classe HMS Milford (d
uatrocentas e vinte toneladas e com trinta canhões), sob o comando
comodoro Peter Chamberlaine; o HMS Rose de sexta classe (deduzentas e setenta e três toneladas e com vinte canhões); e o saveiro
guerra Shark (de cento e treze toneladas e com dez canhões), cada u
eles levando cem homens. Esses navios de guerra representavam a a
aval mais concentrada já desencadeada contra os piratas das Baham
unto com as embarcações bem armadas de Rogers, eles representav
ma força esmagadora: sete navios armados e tripulados com quinhen
cinquenta soldados e marinheiros. Enquanto eles navegavam para f
da embocadura do rio Tâmisa, no dia 22 de abril de 1718, poucos
ordo dos navios tinham qualquer dúvida de que a república dos pira
estava prestes a conhecer seu fim.
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Barba Negra tinha chegado a uma decisão que ele não tinha
ompartilhado com sua tripulação: a época da pirataria ostensiva est
prestes a acabar. O perdão do rei George tinha dividido a classe do
piratas, provocando a rendição de um grande número de seus melho
líderes e a dispersão de muitos outros. Ele pode ter ficado
mpressionado com o compromisso de Charles Vane de manter a ba
pirata a todo custo, mas era um estrategista prudente demais para s
comprometer com uma causa perdida. A menos que eles recebessem
eforços do rei Stuart, as poucas centenas de piratas em Nassau tinh
ouca esperança de repelir uma força militar concentrada do tipo que
poderia esperar que o governador Rogers trouxesse com ele. Barb Negra não era como Vane. Ele não queria sair no esplendor de su
lória. Barba Negra preferia ser o pirata que conseguia escapar de tu
lvez agindo como uma versão do século XVIII de O Poderoso Chef
um chefe criminoso rico e poderoso, operando com a conivência d
algumas autoridades num papel indetectável ou impossível de serprovado para o resto. Ele tinha uma boa ideia de onde estabelecer es
cenário. Antes, porém, precisava de mais uma grande vitória.
O pobre Stede Bonnet pode ter dado a ele a ideia de bloquea
harleston, cujos navios mercantes eram obrigados a navegar sobre u
restinga e através da embocadura estreita do porto. Bonnet havia
oqueado a capital da Carolina do Sul no Revenge no ano anterior, m
teve que se limitar a uma operação relâmpago, atacando e fugindo d
local antes que os moradores da cidade viessem atrás dele em seus
róprios saveiros. Com sua frota poderosa, no entanto, Barba Negra
nha nada a temer dos pequenos saveiros armados dos comerciantes
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Charleston. A Marinha Real não tinha presença permanente nas
Carolinas, e mesmo se por acaso uma fragata estivesse no porto, el
eria facilmente vencida pelo Queen Anne’s Revenge e os três saveir
que o acompanhavam. Eles poderiam subjugar toda a colônia e até
mesmo saquear a própria cidade. Os piratas concordaram em segui
caminho para Charleston.
Enquanto navegavam para o norte, alguns dos homens adoecer
com uma doença não especificada, possivelmente sífilis adquirida d
prostitutas de Nassau. Seu médico não tinha os medicamentos
considerados necessários para o tratamento, e consegui-los estavarapidamente se tornando uma prioridade. A frota pirata atacou vário
avios no estreito da Flórida, incluindo dois saveiros e um bergantim
esperança de angariar informações, além do saque. Eles acertaram e
cheio. Dois deles eram comandados por membros da antiga Gangu
Voadora. Josiah Burgess, um dos capitães veteranos de saveiros pirade Nassau, estava navegando de volta para as Bahamas vindo de
Charleston, no saveiro de dez toneladas, Providence, com cerveja
ngarrafadas e duas placas de cerâmica, dois produtos aparentemente
alta no covil dos piratas. Burgess ficou feliz em compartilhar o que
sabia a respeito de Charleston, onde ele tinha passado várias seman
depois de receber seu perdão. Ele tinha viajado para lá com alguns
eus amigos piratas, muitos dos quais ainda continuavam ali e ficari
lizes por ver seus velhos amigos. Barba Negra gostou de ouvir que
avia nenhum navio de guerra no porto, mas vários navios mercantes
reparando para partir para Londres e a Nova Inglaterra. Os homens
arba Negra compraram toda a carga de Burgess e o mandaram de vo
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para Charleston para agir como seus olhos e ouvidos em terra; os
egistros da alfândega da Carolina do Sul comprovam que ele retorn
para Charleston apenas alguns dias depois de partir, com seu navi
vazio, apenas algumas horas antes da frota de Barba Negra chegar a
porto.
Poucos dias depois de encontrar Burgess, os piratas também
interceptaram o saveiro de trinta e cinco toneladas, Ann, da Jamaic
comandado por outro pirata arrependido, Leigh Ashworth. Ele hav
navegado num navio diferente cheio de contrabando de Nassau par
harleston algumas semanas antes. Ao receber o perdão, Ashworth ticomprado o Ann no nome de um membro da sua família e enchido s
porão com barris de alcatrão, piche e carne para vender em Port Roy
Ele estava pronto para se aposentar e ir para sua casa de campo
amaicana, disse a Barba Negra. Ashworth pode ter reforçado a deci
de Barba Negra de partir para a semilegitimidade, mas não antes dinvadir Charleston.
A frota pirata chegou aos bancos de areia de Charleston, a cato
quilômetros ao sul da cidade, em 22 de maio de 1718, e apreendeu
barco-piloto antes que ele pudesse navegar para a cidade e alarma
todos. Então espalharam seus quatro navios por todas as entradas destinga e esperaram como aranhas os navios caírem em sua teia. Den
de poucos dias, eles capturaram pelo menos cinco embarcações: do
navios de saída para Londres, dois navios chegando da Inglaterra e u
pequeno saveiro de oito toneladas, o William, voltando para casa n
Filadélfia7
. O capitão do último, Thomas Hurst, era um rosto famili
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ele tinha estado em Nassau recentemente, onde havia comprado oit
“grandes canhões” dos piratas de lá, canhões que ainda estavam no
porão do seu pequeno saveiro. Um dia ele estava negociando com o
piratas, agora ele era seu prisioneiro.
A primeira dessas capturas provou ser a mais valiosa. O navio cento e setenta e oito toneladas, Crowley, havia saído do rio com
destino a Londres. Seus porões estavam cheios, com mais de mil e
duzentos barris, mas que estavam cheios de piche, alcatrão e arroz
exportações da Carolina que não eram particularmente úteis para o
piratas. Em suas cabines, no entanto, o Crowley levava uma série dpassageiros pagantes, entre eles muitos dos mais ilustres cidadãos d
Charleston. Enquanto os piratas saqueavam as provisões e os
antimentos do Crowley, os passageiros assustados eram levados pa
Queen Anne’s Revenge, onde foram exaustivamente interrogados: qu
eram eles, o que seu navio estava transportando e quais outrasembarcações estavam ancoradas em Charleston? Um acabou sendo
Samuel Wragg, membro do conselho de administração da colônia, q
possuía vinte e quatro mil acres na província e estava voltando para
nglaterra com seu filho de quatro anos de idade, William. Barba Ne
percebeu que esses prisioneiros valiam mais para os piratas do que
carga no porão do Crowley. Era hora de reunir um conselho geral pa
decidir seu destino.
Na preparação para a reunião, todos os prisioneiros dos piratas
um total de oitenta pessoas de várias embarcações – foram enfiados
porão do Crowley e trancados na escuridão. “Isso foi feito com ta
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pressa e precipitação que ocasionou um grande terror nas pessoas
nfelizes, que acreditavam verdadeiramente que estavam indo para a
destruição”, conforme o autor de História geral… escreveu mais tar
aparentemente depois de falar com testemunhas. Wragg e os outro
assageiros, tendo ouvido contos sanguinários sobre piratas, esperav
que seus captores ateassem fogo ao navio, “e o que parecia confirmessa ideia foi que nenhuma consideração foi dada às qualidades do
prisioneiros”, com os “comerciantes, senhores distintos e até mesmo
ilho do Sr. Wragg” sendo confinados com os empregados comuns e
marinheiros, nas suas mentes um prenúncio de morte.
Enquanto os prisioneiros se refugiavam no porão “lamentando
condição”, os piratas se reuniam a bordo de seu navio principal par
laborar um plano. Eles iriam enviar um barco para Charleston e exi
esgate por seus prisioneiros; se não fossem atendidos, eles ameaçar
não só matar todos os prisioneiros e queimar seus navios, mas tambnavegar para o porto de Charleston, afundar todos os navios lá e talv
atacar a própria cidade. Seja qual for a doença que os piratas havia
contraído, ela deve ter se tornado extremamente preocupante, pois
único resgate que eles exigiram foi um baú contendo uma lista de
medicamentos elaborada pelo seu médico, com um valor total de cer
de quatrocentas libras. A reunião terminada, Barba Negra mandou q
prisioneiros fossem levados perante os piratas reunidos e os inform
o plano. Wragg implorou aos piratas que enviassem um dos cavalhe
risioneiros com quem fosse entregar o pedido de resgate, para que e
pudessem mostrar ao governador como a situação era grave. Os pira
oncordaram, com alguns sugerindo que eles enviassem o próprio Wr
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mantivessem seu filho como refém. Barba Negra, sempre estrategis
era contra essa tática; ele não queria perder a posse de sua moeda d
oca mais valiosa, porque se ele não fosse atendido, não tinha inten
alguma de realmente matar o jovem William Wragg e os outros
risioneiros. Em vez disso, os piratas escolheram outro prisioneiro,
Marks, para viajar com seus emissários. Se a comitiva não voltasse cos medicamentos em dois dias, os piratas disseram que iriam torna
realidade suas ameaças.
O barco partiu, carregando Marks e dois piratas, no que se prov
uma viagem burlesca. No caminho para a cidade, uma tempestadepentina virou seu pequeno barco de cabeça para baixo. Os três hom
onseguiram nadar até a segurança em uma ilha desabitada e esperar
por resgate durante grande parte do dia, conscientes de que o temp
estava passando. Na tarde seguinte, com fome e esfarrapados, eles
perceberam que teriam que resgatar a si mesmos. Encontraram umrande cobertura de escotilha de madeira na praia, mas ela não boiav
suficiente para aguentar todos eles. Na falta de outras opções, Mark
ubiu na escotilha e os piratas a empurraram para dentro d’água; qua
água ultrapassou suas cabeças, eles se agarraram à borda da escotilh
nadaram fortemente, empurrando a jangada improvisada na direção
Charleston, a catorze quilômetros de distância. Eles seguiram dess
forma durante toda a noite, fazendo pouco progresso. Pela manhã
tinham certeza de que iriam morrer, mas foram salvos por alguns
pescadores que passavam e os levaram para seu acampamento. Mark
percebendo que o tempo dos prisioneiros já tinha acabado, pagou a
pescadores para ir contar a Barba Negra o que tinha acontecido.
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Enquanto isso, ele contratou um segundo barco para levar os três pa
Charleston.
Quando os pescadores encontraram os piratas, Barba Negra esta
urioso. O prazo tinha chegado e passado mais de um dia, e o comod
pirata tinha ameaçado Wragg e os outros “chamando-os de miserávemil vezes e jurando que eles não deveriam viver mais duas horas”
mbora ele feito o máximo possível para aterrorizar os prisioneiros,
os tinha machucado de nenhuma maneira. Quando os pescadores
lataram o infortúnio de Marks e pediram, em seu nome, mais dois d
Barba Negra consentiu. No entanto, mais dois dias se passaram e oemissários não voltaram, e mesmo assim o bando de Barba Negra n
matou ninguém. Em vez disso, eles resolveram navegar para Charles
e aterrorizar a cidade.
Enquanto isso, em Charleston, Marks estava procurando
desesperadamente os dois piratas com quem ele tinha viajado. Assiue eles chegaram à cidade, ele tinha corrido para a casa do governa
obert Johnson, que tinha concordado imediatamente com as exigên
de Barba Negra. Os dois piratas, no entanto, tinham saído para bebe
encontraram alguns dos seus velhos comparsas. Havia mais de um
dúzia de piratas de Nassau na cidade, que tinham ido receber o perddo rei. Enquanto os dois piratas vagavam pelas ruas da cidade murad
descobriram que muitas pessoas comuns os admiravam. Apreciando
fama e a companhia de velhos amigos, tinham ido de casa em casa
ebendo até se esquecerem do tempo. Não se lembraram da sua miss
até ouvirem, um ou dois dias depois, gritos nas ruas. A frota de Bar
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Negra tinha chegado ao porto, assustando tanto os moradores que “
mulheres e as crianças corriam pela rua como loucos”. Os dois pirat
bêbados cambalearam até a beira-mar, evitando que seus comparsa
dessem o troco na cidade.
Marks remou para o navio de guerra pirata com o baú demedicamentos e uma mensagem do governador Johnson oferecend
perdoar Barba Negra se ele quisesse baixar suas armas. Barba Neg
rejeitou a oferta mas libertou todos os seus prisioneiros e seus
respectivos navios, embora as autoridades locais dissessem que ele
nham “destruído a maioria de suas cargas […] e causado alguns daaos navios, tudo por maldade pura”. No final, os piratas foram embo
apenas com os remédios, mantimentos e alguns barris de arroz, quat
mil peças de oito (mil libras) e as roupas de seus prisioneiros
aristocratas, que eles tinham despido antes de liberar. Eles deixara
Charleston com apenas um butim: um saveiro espanhol que eles tinhapturado na Flórida. Barba Negra havia paralisado uma colônia inte
or mais de uma semana, mas, por razões desconhecidas, estava dispo
a se contentar com um saque que provavelmente valia menos que du
mil libras. Enquanto navegavam para o norte, a frota pirata deteve m
dois navios vindos da Carolina do Sul, o navio de sessenta tonelada
William, de Boston, carregado com madeira e milho, e o bergantim
quarenta e cinco toneladas Princess, de Bristol, transportando um
carga de oitenta e seis escravos africanos de Angola. Do Princess, o
piratas pegaram catorze do que um funcionário de Charleston cham
e “seus melhores negros”, acrescentando a um número já considerá
de africanos a bordo dos quatro navios da frota pirata. (Enquanto o
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escravos eram transferidos, Barba Negra disse ao comandante do
rincess, capitão John Bedford, que ele “tinha conseguido uma dúzia
rade”8, sugerindo que ele considerava esses negros em particular co
mercadoria, e não recrutas.) Quanto ao William e sua carga, as últim
alavras do bando de piratas ao sair de Charleston foram que eles iri
jurar vingança contra os homens da Nova Inglaterra e seus navios” pxecutar os homens de Bellamy. No entanto, foi o Revenge, na verda
que capturou o William, e por alguma razão seu comandante, o tene
de Barba Negra, Sr. Richards, o liberou. Depois, prisioneiros ouvira
Barba Negra brigando com Richards por “não ter queimado tal
embarcação, porque ela pertencia a Boston”.
Barba Negra logo deixou de lado sua raiva, pois havia assunto
mais importantes a tratar. Ele havia decidido secretamente que tinh
chegado o momento de acabar com seu bando, mas sem a intenção
dividir o recente butim com todos os quatrocentos homens. Enquantava na América Central, alguns dos piratas comuns haviam se torn
ebeldes, depois que o estoque de rum tinha acabado. “Nosso bando
alguma forma sóbrio”9, Barba Negra escreveu em seu diário na époc
“Uma confusão maldita entre nós! Causa uma conspiração e muito
oatos de separação.” Felizmente, o butim seguinte da frota tinha “u
grande quantidade de bebida alcoólica a bordo” que “manteve o ban
quente, extremamente quente, e então tudo correu bem novamente”
Barba Negra nunca perdoou os conspiradores, no entanto, e não tin
ntenção de recompensar tal comportamento. Ele bolou um plano pa
livrar-se deles, juntamente com o incompetente Stede Bonnet e seu
partidários. Compartilhou o plano apenas com alguns comparsas d
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confiança, incluindo o seu intendente, William Howard, e o
contramestre, Israel Hands, que estava no comando de uma das
embarcações da frota, o saveiro capturado de oitenta toneladas
Adventure. Esses homens o ajudaram a convencer o bando a naveg
ara uma das baías menos povoadas da Carolina do Norte para quere
supostamente em preparação para interceptar a frota anual de tesouespanhol no estreito da Flórida.
Seis dias depois de deixar Charleston – por volta de 3 de junho
1718 –, a frota de Barba Negra entrou no que hoje é chamado de
passagem de Beaufort, na metade do caminho da costa baixa e pantanosa da Carolina do Norte. Para evitar os bancos de areia
desconhecidos, as embarcações tiveram que transpor um canal estre
em forma de vírgula criado por um canal de maré, cuja embocadur
amacenta fornecia uma ancoragem tranquila. Embora esse porto fos
localizado bem em frente à aldeia de Beaufort, os piratas não tinhanada a temer do punhado de famílias que morava lá, pois eles não
inham uma maneira prática de enviar um pedido de ajuda por terra.
aveiros – Adventure, Revenge e o pequeno navio espanhol capturad
ntraram primeiro, atravessando a barreira exterior de quatro metros
profundidade e prosseguindo pelo canal curvado para a ancoragem
Barba Negra navegou com segurança o Queen Anne’s Revenge sobr
barreira exterior, mas quando ele se aproximou da entrada do canal
maré sob vela cheia, aparentemente ordenou que o timoneiro seguis
m caminho que o levou direto para os bancos de areia. O grande na
estremeceu e parou; a força da colisão foi tão poderosa que derrubo
homens e quebrou as cordas de uma das âncoras de proa do navio, q
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caiu na água. Segundo o plano, Barba Negra mandou William Howa
pelo canal num barco para dizer a Israel Hands que viesse com o
dventure, supostamente para ajudar a tirar o Queen Anne’s Revenge
banco de areia antes que a maré baixasse. Hands navegou o Adventu
retamente para o banco de areia bem perto do navio principal, faze
normes buracos em seu casco. Quando o Revenge e o saveiro espanchegaram ao local, o navio de Barba Negra tinha começado a inclin
seus porões se enchendo de água. Os piratas levaram uma das âncor
do Queen Anne’s Revenge para um local a trezentos e sessenta e cin
etros de distância do canal, a soltaram, e tentaram arrastar o navio p
ora do banco de areia com seu cabrestante, mas o esforço fracassou bando percebeu que seu Queen Anne’s Revenge estava condenado
Todos foram transferidos para o Revenge e o saveiro espanhol, que
levaram para Beaufort.
Enquanto os piratas faziam um balanço da situação, Barba Negcolocou em prática a próxima parte do seu plano. Stede Bonnet vin
numa condição de absoluta depressão há semanas, declarando a um
odos que ele deixaria a pirataria de bom grado, mas por causa de su
ações tinha tanta “vergonha de ver o rosto de qualquer homem inglê
novamente” que ele teria que “passar o resto de seus dias” vivendo
escondido na Espanha ou em Portugal. Assim, os piratas devem te
ficado muito surpresos quando Barba Negra anunciou que estava
devolvendo o comando do Revenge para aquele sujeito patético.
Bonnet, quase incapaz de acreditar no que ouvia, decidiu garan
um perdão o mais rapidamente possível. Os moradores de Beaufor
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podem ter dito a ele que o governador da Carolina do Norte, Charl
den, vivia na pequena aldeia de Bath, a um dia de navegação pelo ca
depois pelo rio Pamlico. Bonnet e um punhado de legalistas subir
um barco de pequeno calado e navegaram imediatamente, prometen
voltar em breve para pegar o restante dos homens.
Mal Bonnet tinha partido, Barba Negra e sua centena ou mais
conspiradores sacaram suas armas e tomaram seus companheiros em
ustódia. Eles abandonaram dezesseis deles – e o capitão do Adventu
David Herriot – no recife de Bogue, uma ilha de areia desabitada a u
quilômetro e meio do continente. Outros duzentos piratas foramdeixados à própria sorte em Beaufort. Barba Negra e seus comparsa
“quarenta homens brancos e sessenta negros” – subiram a bordo d
saveiro espanhol e partiram, levando todo o lucro do bando com ele
rca de duas mil e quinhentas libras. “Em toda parte se acreditava qu
al Thatch tinha encalhado seu navio de propósito”, Herriot mais tardisse às autoridades, para que ele pudesse “acabar com os bandos
garantir o dinheiro e as propriedades que ele tinha conseguido para
mesmo”. Quando Bonnet retornou com o seu perdão três dias depois
Revenge estava esperando por ele em Beaufort, mas o tesouro tinh
esaparecido. Ele resgatou os náufragos da ilha Bogue e jurou vinga
de seu preceptor traidor.
Mal sabia Bonnet, mas Barba Negra também tinha navegado pa
Bath, seguindo pela passagem externa em torno dos arrecifes das ilh
em vez de seguir pelo estreito raso entre elas. Enquanto Bonnet
navegava de volta para Beaufort, seu inimigo estava apenas do outr
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lado dos abrolhos, indo na direção oposta. Quando Bonnet descobr
sua traição, o saveiro de oito canhões de Barba Negra estava seguin
ua rota por um riacho estreito que levava à modesta capital da Carol
do Norte.
Embora Bath fosse o centro administrativo, a cidade mais antigporto oficial de entrada da Carolina do Norte, ela era pouco mais q
uma vila: três ruas longas, duas dúzias de casas, um engenho e um
equeno forte de madeira posicionado ao longo do riacho de Bath, cu
margens cobertas de cipreste eram tão baixas, planas e pantanosas q
ra impossível dizer onde a água acabava e a terra começava. O savede Barba Negra veio ao sabor do vento e ancorou na água marrom
manchada de tanino10, com a cidade de um lado, um cais e uma casa
fazenda no outro. Os cem ou mais moradores de Bath não puderam
deixar de notar seus visitantes: a população da cidade duplicou. A
chegar a terra, os piratas podem muito bem ter perguntado ondepoderiam encontrar o tribunal ou a sede do governo, e os moradore
riam informado que a Carolina do Norte não tinha nenhum dos doi
conselho de administração era migratório, e se reunia na casa de um
membro ou de outro, às vezes a muitos quilômetros da aldeia. Para
ceber o perdão do rei, Barba Negra foi aconselhado a remar para o
do outro lado do riacho; a casa do governador Charles Eden ficava n
final dele.
Nenhum relato de testemunhas oculares da reunião inicial ent
Barba Negra e o governador Eden sobreviveu, mas aparentemente tu
correu bem. Eden, quarenta e cinco anos de idade, era um rico nob
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nglês com uma propriedade de quatrocentos acres, mas ele governa
uma colônia pobre, um lugar afastado e pestilento, povoado por índ
ssentidos e colonos sem um tostão. Os homens de Barba Negra tinh
dinheiro – duas mil e quinhentas libras em moeda espanhola, além
udo o que tinham guardado de seu ano anterior de pirataria – e meio
isposição para trazer mais, contanto que o governador se abstivessefazer muitas perguntas sobre de onde ele vinha. Eles chegaram a um
acordo. Eden emitiria perdões a todos os homens de Barba Negra,
maioria dos quais se dispersariam. Barba Negra e um punhado de se
enentes mais próximos se estabeleceriam em Bath, construindo casa
levando o que podia parecer, à primeira vista, uma vida honesta. Nalidade, eles continuariam a secretamente deter embarcações subind
descendo a costa leste ou de e para a Virgínia, que ficava nas
proximidades, e cujos líderes arrogantes há muito tempo haviam
menosprezado seus vizinhos retrógrados do sul. Eden e seus amigo
sconderiam seus bens, e os piratas se beneficiariam de sua proteçãoCarolina do Norte se tornaria, com efeito, as novas Bahamas, só qu
elhor, por ter um governo soberano e, portanto, não estar sujeita a u
invasão britânica.
A maior parte do bando de Barba Negra prontamente deixou
arolina do Norte para a Pensilvânia e Nova York. William Howard
para Williamsburg com dois escravos, um tomado do La Concorde
outro do bergantim Princess. Barba Negra e outros vinte homens,
incluindo pelo menos seis piratas negros livres, ficaram em Bath.
Segundo a história local, Barba Negra passou a residir em Plum Poi
um promontório na extremidade da aldeia. De acordo com o autor d
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livro História geral… Barba Negra logo se casou com “uma jovem
criatura de cerca de dezesseis anos de idade, com o governador
realizando a cerimônia”, supostamente sua décima quarta esposa,
quem ele “forçaria a se prostituir” com “cinco ou seis dos seus
companheiros brutais” enquanto ele assistia. A história foi muito
exagerada. Barba Negra não teria encontrado tempo para se casar cocatorze mulheres, dada a quantidade de tempo que ele passou no m
om seu histórico extraordinariamente humano como pirata, é duvid
ue ele tivesse planejado que sua noiva adolescente fosse regularme
stuprada. No entanto, Barba Negra realmente se casou com alguém
Bath, já que suas núpcias foram posteriormente comentadas por umcapitão da Marinha Real baseado na vizinha Virgínia, que vinha
companhando suas atividades. Tradições locais afirmam que essa no
era Mary Ormond, filha de um futuro xerife de Bath, uma história
apoiada por pelo menos um dos descendentes de Ormond no início
éculo XX. Outra história de Barba Negra no História geral… diz: “muitas vezes se distraía em terra firme entre os plantadores, onde e
eleitava noite e dia. Por essas pessoas ele era bem recebido, mas se
por amor ou medo, eu não posso dizer”.
Como Henry Avery, Barba Negra tinha comprado a lealdade de
overnador colonial, mas ainda tinha que acumular o tipo de fortuna
lhe permitiria viver como um rei para o resto de seus dias. Portanto
depois de algumas semanas de descanso, ele voltou a trabalhar.
De volta às Bahamas, Charles Vane não tinha a intenção de
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esconder suas atividades. Após sua viagem de abril, ele havia passa
quase um mês se preocupando em Nassau, à espera de reforços
jacobitas, os quais não viriam. Pouco depois de George Cammock
ncaminhar seu plano para as Bahamas à mãe de James Stuart, a rain
Mary de Módena, ela faleceu, o plano, aparentemente, morrendo co
ela. À medida que as semanas passavam, Vane percebeu que Wood
Rogers, o governador de George I, ia chegar primeiro que os Stuarts
Nassau. A república pirata, como ele começou a perceber,
provavelmente estava condenada. Hornigold e outros piratas
arrependidos que tinham voltado para Nassau pretendiam se coloca
serviço do governador Rogers. Jennings tinha ido mais longe, tendecebido uma licença corsária do governador Bennett para caçar Van
trazê-lo de volta para as Bermudas para ser julgado por seus crimes
izia-se que ele estaria equipando dois ou três saveiros para ir a Nas
com esse propósito. Vane queria continuar na pirataria, mas estava
ciente de que estava ficando sem saída.
Em meados do final de maio, ele não pôde mais esperar. Andou
Nassau chamando sua antiga tripulação. Setenta e cinco teimosos q
pensavam como ele concordaram em se juntar no Lark , incluindo
Edward England e “Jack Calicô” Rackham. O plano era sair numa
última viagem antes que o governador Rogers aparecesse e,
esperançosamente, adquirir uma embarcação pirata maior, capaz d
perar sem precisar de um porto de base por longos períodos de tem
Se Vane fosse empurrado para fora do ninho pirata, ele queria esta
ronto para voar o tempo e a distância necessários para encontrar ou
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A primeira captura de Vane foi audaciosa. Em 23 de maio de 17
perto de Crooked Island, Bahamas, a trezentos e vinte quilômetros
udeste de Nassau, eles tomaram um navio familiar. O saveiro de cato
oneladas Richard & John tinha ficado permanente em Nassau dura
muitos anos, trazendo mantimentos para os piratas de Charleston
maica e trocando-os por butins piratas. Vane e todo mundo a bordo
Lark sabiam que ele pertencia a Richard Thompson, o cidadão líder
ilha Harbour, e ao seu genro John Cockram, um dos fundadores d
república pirata, que havia navegado em canoas com Hornigold em
714. O Richard & John sempre esteve fora dos limites dos piratas, m
ão dessa vez. Cockram tinha sido um dos principais membros do gravorável ao indulto e não era amigo de Vane nem de seus homens. E
iraram no Richard & John, forçando seu capitão, o irmão de Cockr
Joseph, a virar para o vento e se render. A tripulação de Vane os
abandonou desamparados nas margens da ilha Crooked e foi embo
com seu saveiro. Vane estava fazendo uma declaração clara: em selivro, piratas arrependidos eram inimigos legítimos.
Na primeira quinzena de junho, Vane capturou várias outras
mbarcações, incluindo um barco de dois mastros e um navio francês
vinte canhões11. O barco de dois mastros foi entregue a Edward
England, e a tripulação votou no extravagante John Rackham para
substituí-lo como intendente do bando. O navio francês era grande
nha de duzentas a duzentas e cinquenta toneladas, bem adequado p
pirataria, e Vane o adotou como seu novo navio principal. (Depois
er desarmado, o Lark foi aparentemente dado aos franceses.) Em 23
unho, navegando fora do porto francês de Leogane, perto da Port-a
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Prince dos dias atuais, no Haiti, eles capturaram outro navio francês
bergantim St. Martin de Bordeaux, transportando açúcar, índigo,
onhaque, vinho tinto e vinho branco. Vane deixou seu capitão e vár
passageiros na costa, mas manteve o St. Martin e treze de seus
tripulantes. Satisfeito com esses saques e fortificado com a bebida,
ando de Vane decidiu voltar para Nassau: Vane em seu navio franc
England no barco de dois mastros e o St. Martin e o Richard & Joh
navegados por tripulações capturadas.
Com esses grandes navios, os piratas foram forçados a pegar
passagem de águas profundas em torno das ilhas Harbour e EleutérEssa rota demorava mais do que cortar diretamente através dos recif
das Bahamas, mas revelou-se fortuita. Na manhã de 4 de julho, a
equena frota pirata se encontrou entre um pequeno enxame de savei
mercantes indo e vindo da ilha Harbour. Em apenas algumas horas,
piratas capturaram três deles: o Drake de Rhode Island (capitão JohDraper), transportando vinho, rum e bebidas alcoólicas; o Ulster d
Nova York (John Fredd), carregado com madeira tropical da ilha
Andros; e o Eagle de Rhode Island (Robert Brown), com açúcar, pã
ois barris de pregos. Nenhuma frota de tesouro, mas os saveiros ser
bons pagamentos e o álcool iria manter os homens felizes por algun
dias, pelo menos. Naquela noite, o comboio de Vane chegou a Nass
nde seus homens imediatamente capturaram mais dois saveiros, o D
(William Harris) e o Lancaster , comandado por ninguém menos qu
Neal Walker, o filho do ex-juiz Thomas Walker, cuja família Hornig
tinha expulsado de Nova Providência em 1716. Vane tinha deixad
Nassau com um único saveiro seis semanas antes, mas agora estava
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controle de pelo menos nove embarcações.
Ele rapidamente consolidou seu controle sobre a ilha. Diz-se q
invadiu a terra tempestuosamente com sua espada desembainhada
ameaçando “queimar as principais casas da cidade e tomar muitas
essoas como exemplo”. Vane agiu contra Benjamin Hornigold e ouratas arrependidos, tomando “muitas pessoas como exemplo” e agi
e forma “extremamente insolente com todos que não fossem vilões
randes quanto ele próprio”, de acordo com o autor de História gera
que tinha fontes excelentes em Nassau. “Ele reinou aqui como
governador durante vinte dias, parou todos os navios que chegavamnão tolerou que nenhum saísse […] Jurou que, enquanto estivesse n
porto, não toleraria nenhum outro governador a não ser ele próprio
Com seus oponentes intimidados, Vane e seus homens começar
a trabalhar, transferindo a carga do St. Martin para vários saveiros
colocando canhões adicionais a bordo do grande navio francês. Suquadrilha pretendia navegar para a costa do Brasil, onde eles poderi
perar juntar forças com La Buse, Condent e outros piratas invetera
Talvez outra república pirata poderia ser constituída nas costas da
América do Sul, além do alcance do rei de Hanover, onde os pirata
poderiam se reagrupar.
Na noite de 24 de julho de 1718, com os homens de Vane a ape
rês ou quatro dias da partida, ouviu-se o grito: as velas de uma frag
da Marinha Real tinham sido vistas chegando, contornando a parte
trás da ilha Hog. Woodes Rogers havia chegado.
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lguns historiadores sugerem que a notícia do perdão chegou antes da execução dos piratas de Bellamy em 15 de novembro, m
egação não é sustentada por evidências. Há documentos demonstrando que a notícia chegou a Boston entre 1º e 9 de dezemermudas em 19 de dezembro (ou antes), a Nova York em 25 de dezembro e à Virgínia em 3 de janeiro. Os documentos demara atravessar o Atlântico, em parte porque nenhum navio da Marinha Real precisou viajar entre o momento em que o rei eoclamação e a chegada de Woodes Rogers às Bahamas em julho de 1718.
Prisão de Boston, onde o capitão Kidd também ficou detido em 1699, era localizada onde hoje é a rua Court, 26, um prédio dm pouco depois da prefeitura (1713) que é agora o conhecido museu Old State House [Antiga Casa do Estado]. A prisão é d forma um pouco fantasiosa no livro A Letra Escarlate, de Nathaniel Hawthorne.
Uma semana após as execuções, Mather escreveu em seu diário: “Posso não fazer o bem ao dar ao livreiro algo que tor
ondição dos piratas recentemente executados rentável?” O resultado foi o relato Instructions to the Living, from the Condie Dead [Instruções ao Vivos, da Condição dos Mortos], publicado pouco depois em Boston.alicô é um tecido indiano de algodão (N.T.).
o hemisfério norte, a estação do inverno dura de 21 de dezembro a 20 de março (N.T.).
s sete saveiros das Bermudas eram, em ordem de captura: dois saveiros sem nome comandados por Daniel Styles e James B
William & Mary (Edward North); o Diamond (John Tibby); o Penzance (William Hall); o Samuel (Joseph Besea) e um
m nome (John Penniston). Os outros eram o Betty (Benjamin Lee), um saveiro sem nome (John Gainsby) e o saveiro Fortto metros (George Guy), os três da Jamaica; um saveiro de Nova York (Samuel Vincent) e um navio de Boston (Richards).ssas embarcações eram o navio Crowley (capitão Robert Clark); o navio de cinquenta toneladas Ruby, de Charleston (Jo
raigh); o saveiro William, da Filadélfia; o navio de sessenta toneladas William, de Weymouth, Inglaterra (Naping Kieves) e e oitenta toneladas Arthemia, de Londres (Jonathan Darnford).
expressão “dúzia de frade”, que corresponde a treze unidades e não doze, está ligada aos hábitos dos conventos antigos q
aticarem a caridade, não se preocupavam com o rigor das contas. É equivalente ao inglês baker’s dozen [uma dúzia de pxpressão originada na Inglaterra que também representa treze unidades: para não serem punidos no caso de um cliente pedães e só receber onze, os padeiros costumavam colocar um pão a mais nas encomendas (N.T.).sse diário mais tarde caiu nas mãos da Marinha Real mas, infelizmente, foi perdido depois. Esse parece ser o único trecho qu
gistrado.Tanino é uma substância adstringente encontrada em certos vegetais (N.T.).
O navio ainda não estava na posse de Vane quando ele capturou o Richard & John , mas é mencionado regularmente em
s acontecimentos de 4 de julho, então provavelmente era seu navio principal durante a captura do St. Martin.
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CAPÍTULO DEZ
Atitudes temerárias
Julho - Setembro de 1718
Woodes Rogers estava no tombadilho do Delícia, bengala na mão para apoiar seu pé defeituo
hou através do oceano. Seu grande navio inclinou suavemente para estibordo, com as velas
vento, e ele viu o contorno sombrio da ilha Nova Providência, a quatro quilômetros de sua
minando o horizonte ao sul. O principal navio do comodoro Peter Chamberlaine, HMS Mi
vegava ao lado, com vigias em cima de seus mastros principais e trinta canhões pe
eparados. Atrás, no rastro do Delícia, o navio-transporte Willing Mind navegava fundo nas
m sua carga pesada de soldados e mantimentos, além do saveiro de guerra privado Buck
ava nas proximidades. De tempos em tempos, Rogers olhava pelo seu monóculo, procuran
gata HMS Rose, que levava uma lanterna acesa pendurada em seu mastro, agora contornan
remidade ocidental da ilha Hog, a quatro quilômetros e meio de distância. Ele via o savei
erra HMS Shark seguindo a um quilômetro atrás dela. Nas primeiras horas da manhã, o comoamberlaine tinha colocado pilotos locais a bordo do Rose e do Shark e os enviado na frente
ssau, para reconhecer o cenário. Agora, quinze horas depois, o momento do acerto de contas
egado. O Rose estava entrando no porto. Rogers e Chamberlaine, em falta de pilotos para
vios amplos e de grande calado, planejavam passar a noite velejando para lá e para cá na
ofunda. Até o amanhecer, eles só podiam observar, ouvir e esperar pelos relatórios do Rose
ark . Rogers sentiu como se ele próprio estivesse afundando quando, poucos minutos depois,
om inconfundível de tiros de canhão ecoando no porto de Nassau.
Às seis e meia da noite, o capitão do Rose, Thomas Whitney
denou que as âncoras da fragata fossem arremessadas bem no início
ntrada principal do porto. A embarcação balançou no vento leste, c
eus vinte canhões apontando, inutilmente, para trechos desocupado
costa: a ponta do porto da ilha Hog e os matos e arbustos fora de
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Nassau, a estibordo. O ancoradouro principal jazia morto à frente, u
ena de desolação. Os destroços de umas quarenta embarcações estav
espalhados pela margem, alguns queimados, mas todos arruinados
avios holandeses, bergantins franceses, saveiros de todos os tamanh
nacionalidades –, aparelhos e velas faltando e pedaços soltos voan
ao vento. No meio do ancoradouro, um grande navio com vinte a trin
anhões, francês pelo que parecia, permanecia ancorado, a bandeira
St. George voando em seu mastro, em sinal de lealdade à velha
Inglaterra, em vez da nação de uma década de idade da Grã-Bretanh
Saveiros e outros navios estavam ancorados ao seu redor, alguns
drapejando a bandeira de caveira. A mesma que podia ser vistatremulando sobre o Forte Nassau, cujas paredes voltadas para o ma
tavam tão gastas que seus buracos eram visíveis a uma longa distân
O vento trazia o cheiro nauseante de carne em putrefação através d
porto, como se as carcaças de mil animais estivessem apodrecendo e
algum lugar da costa.
De repente, para o susto de Whitney, um clarão de fogo e um
nuvem de fumaça surgiram no navio grande – o de Charles Vane – n
centro do porto. O som chegou momentos mais tarde – o estampido
um canhão montado na popa –, seguido pelo barulho de uma bala d
canhão atingindo a superfície da água, não muito longe do Rose. M
uas balas de canhão passaram por cima de sua cabeça, pelo menos u
rasgando alguns dos aparelhamentos do Rose, antes que Whitney
evantasse uma bandeira branca de trégua. Certamente o jovem capit
deve ter pensado que não ia ser fácil.
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Com o navio pirata parecendo aceitar a bandeira de trégua,
Whitney enviou seu tenente para o porto num barco para, em suas
palavras, “descobrir a razão” da hostilidade dos piratas. O tenente
hegou ao lado do navio de Vane e saudou seu capitão, perguntando
que ele tinha disparado em direção ao navio do rei. “Sua resposta”
Whitney escreveu em seu diário de bordo “foi que ele iria usar o
máximo do seu esforço para queimar a nós e a todas as embarcações
porto”. Vane também deu ao tenente uma carta dirigida ao governad
Woodes Rogers, em cujo lado de fora estava escrito: “Aguardamos u
resposta rápida”. A carta, que pode ou não ter sido entregue a Roge
naquela noite, dizia:
24 de julho de
Vossa Excelência pode por favor entender que estamos dispostos a aceitar o muito gracioso perdão d
Majestade no seguinte termos, a saber:
Que nos será permitido manter todos os nossos bens atualmente em nossa posse. Da mesma forma, pod
agir da forma que nós acharmos certo em relação a cada coisa que nos pertence, como o Ato de Graça
Majestade especifica.
Se Vossa Excelência fizer o favor de cumprir isso, nós deveremos, com toda a prontidão, aceitar o A
Graça de Sua Majestade. Se não, somos obrigados a agir em nossa própria defesa…
Seus humildes se
Vane estava simplesmente tentando ganhar um pouco de temp
para encontrar uma maneira de escapar de Nova Providência com se
ovo navio e todo o seu saque. Seu navio era grande demais para pas
or cima do banco de areia de Potter Cay e pela passagem oriental r
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o porto. O Rose estava ancorado na entrada ocidental, prendendo-o
porto. Qualquer ideia de passar correndo por seus canhões – trocan
iros pelos costados dos navios – foi colocada de lado quando, algu
minutos depois, o HMS Shark , de dez canhões, navegou porto adent
ancorou bem à frente do Rose, seguido pelo navio-transporte de vin
canhões Willing Mind e o corsário de dez canhões Buck . O navio dane estava encurralado, seus homens à mercê das forças do governa
Rogers. O sol se pôs, mergulhando o porto na escuridão.
Vane pensou por algumas horas até finalmente decidir que Rog
ão pretendia honrá-lo com uma resposta. Seu bando concordou quenavios de guerra na entrada do porto pareciam falar por si mesmos.
avio estava condenado, Vane disse a eles, mas ainda havia uma man
de escapar das garras do governador. Os noventa homens de sua
ipulação ouviram atentamente enquanto ele explicava um ousado pl
de fuga.Às duas horas da manhã, capitão Whitney foi acordado em su
abine por um subordinado sem fôlego. Os piratas estavam atacando
Rose estava em perigo. Ele apressou-se até o convés e foi recebido p
uma visão terrível: o navio de Vane, envolto em chamas, estava ind
direto para o Rose e seus vizinhos. No meio da noite, os homens dVane tinham descarregado seu navio e encharcado seus conveses e
mareagem com piche e alcatrão. Eles empurraram todos os canhões p
fora de suas portinholas e encheram cada um com pólvora e duas ba
de canhão. Içando a âncora, eles tinham discretamente o rebocado n
ireção dos intrusos. Enquanto a distância diminuía, um pirata ficou
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leme, mantendo o navio mirado diretamente no Shark e no Rose, qu
estavam ancorados, enquanto os outros piratas corriam pelo navio
ondenado, baixando velas e incendiando os conveses e aparelhamen
anhados de piche. Se tudo corresse como planejado, o navio ia coli
com as embarcações da Marinha Real, consumindo-as no incêndio
resultante.
Quando os últimos piratas abandonaram seu navio, os marinhei
estavam correndo sobre os conveses do Rose, Shark , Buck e Willin
Mind , alguns soltando velas, outros acertando as cordas de ancorag
om machados, tentando libertar as embarcações em perigo. Assim qâncoras se soltaram, Whitney e os outros capitães viraram seus nav
com o vento em suas costas – em direção ao mar aberto. Houve alg
minutos assustadores enquanto o navio em chamas se aproximava,
rimeiro de seus canhões duplamente carregados atirando à medida q
uas cargas de pólvora acendiam com o calor. Então, lentamente, o Ras outras embarcações ganharam força e se afastaram do inferno qu
aproximava.
O próprio Vane assistiu esses eventos do convés do Katherine,
saveiro rápido construído nas Bermudas que ele havia capturado d
outro pirata no meio da noite. O proprietário do Katherine, um piraenor chamado Charles Yeats, continuou a bordo e não ficou nada f
em ter seu navio tomado dele. Os homens de Vane tinham carregad
seus bens no saveiro e aumentado seu armamento para dez ou doz
canhões. Eles assistiram com decepção enquanto o Rose e o Shark
escaparam para o mar, mas a ação lhes tinha comprado tempo. Na
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uatro horas restantes até o amanhecer, eles teriam que fugir de Nass
ane enviou homens para a cidade, para pegar tudo o que eles achass
útil: equipamentos, mantimentos, armas, objetos de valor e o melho
iloto e carpinteiro da ilha, que eles tiraram da cama e levaram a bor
o Katherine. Então eles esperaram, bandeira preta no mastro, pelo r
do dia.
Às sete horas da manhã, logo após o amanhecer, toda a frota d
Rogers apareceu na entrada do porto. O primeiro vislumbre que o
overnador teve de sua nova capital foi das madeiras fumegantes de
grande navio balançando no meio do canal, brasas assobiando, oemitério de embarcações destruídas na praia e um par de navios pira
ancorados no porto, logo atrás de Potter’s Cay. Se ele tinha a intenç
de fazer uma entrada digna, Rogers ficou decepcionado. Em seu
aminho para o porto, tanto o Delícia quanto o Milford encalharam n
anco de areia e tiveram que esperar duas horas para a maré alta levalos. Os homens de Vane provavelmente acharam muito engraçado
observando os navios que drapejavam as bandeiras pessoais do
governador e do comodoro ficarem parados no banco de areia da ilh
Hog. O riso parou aproximadamente às dez horas, quando, com a m
agora alta, o navio de estrutura rasa Buck e outro saveiro começaram
lejar em torno do banco de areia de Potter’s Cay, seus conveses ch
de soldados. Vane sabia que eles tinham demorado o suficiente. El
ordenou que as âncoras fossem puxadas e as velas levantadas. O
Katherine deu a volta e saiu pela entrada oriental estreita do porto, c
o Buck em perseguição.
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Os ventos sopraram fortes do sul-sudeste naquela manhã, e a
perseguição seguiu perto do vento. Vane teve algumas horas
preocupantes, com o Katherine se provando mais lento do que seu
perseguidores a esse altura. Ele ficou aliviado quando finalmente el
contornaram o extremo leste de Nova Providência, soltaram as velas
começaram a ganhar distância. Os homens de Vane dispararam seu
anhões em provocação e o Buck foi forçado a desistir da perseguiçã
oltar para Nassau. Vane e seus homens permaneceriam foragidos, m
ilha Nova Providência, pelo menos por enquanto, estaria na posse d
governador Rogers.
Na manhã do dia 27, Rogers desembarcou em terra, um event
ontuado por muita pompa. O Rose e o Shark dispararam saudações
onze canhões enquanto o barco de Rogers chegava à praia, onde, pa
seu grande alívio, ele foi alegremente recebido pelos moradoresavoráveis ao indulto. Thomas Walker, que tinha voltado para a ilha
últimas semanas, foi o primeiro a cumprimentar o governador,
juntamente com seu velho inimigo, Benjamin Hornigold. Esses do
homens – o “governador pirata” e o ex-juiz – lideraram Rogers e su
comitiva até a massa desintegrada do Forte Nassau. Ao longo doaminho, as tripulações de vários capitães pirata perdoados – Hornig
osiah Burgess e outros – formaram filas ordenadas em ambos os lad
da estrada, cada homem disparando seu mosquete para o ar quando
Rogers passava, criando um corredor de saudação por todo o camin
até os portões da fortaleza.
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Rogers subiu ao topo do forte para falar para a multidão reunid
Ele pôde ver num instante que o forte estava em estado terrível. O la
oltado para o mar parecia que iria desabar a qualquer momento, ten
como Rogers disse, “só uma parede absurdamente rachada em seu
licerce”. O chão estava cheio de ervas daninhas, e em vez de armazé
para a guarnição ele continha uma única cabana, na qual um velho
ridículo estava morando. Os piratas tinham fugido com os canhões
eixando para trás um único exemplar de quatro quilos, o que explic
por que Vane não tinha tentado se proteger no forte. Quando Roge
chegou ao telhado, tendo William Fairfax, Walker e Hornigold ao s
ado e um grupo de soldados atrás, cerca de trezentas pessoas tinhamreunido na praça abaixo. Rogers desenrolou um pergaminho e leu e
voz alta a licença do rei, o nomeando governador das Bahamas. As
pessoas, Rogers disse, “mostraram muitos sinais de alegria pela
reintrodução do governo”.
Rogers passou os dias seguintes consolidando o controle da ilh
inspecionando suas condições. Sua Companhia Independente de ce
homens assumiu o controle de Forte Nassau, construindo abrigos d
paus e folhas de palmeiras, enquanto os colonos cansados do mar s
organizaram construindo barracas com velas emprestadas do Delíci
uck e Willing Mind . Marinheiros do Rose garantiram para si, em no
do rei, o St. Martin, o Drake, o Ulster , o Dove, o Lancaster e outra
embarcações que por acaso estavam no porto. Rogers se mudou para
casa do antigo governador – uma das únicas construções que tinha
sobrevivido à Guerra da Sucessão Espanhola. Em seu escritório
improvisado, ele trocou ideias com vários moradores, procurando p
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“habitantes que não tinham sido piratas […] que eram os menos
centivadores de comercializar com eles” para servir como seu conse
administrativo de doze homens. Seus nomeados iniciais, conforme f
nunciado em 1º de agosto, incluíram o rei do contrabando de Harbo
Island, Richard Thompson, e vários homens que tinham vindo com
ogers, como Fairfax (o novo juiz) e o capitão e o primeiro imediato
Delícia. O conselho se reuniu na casa de Rogers naquele mesmo dia
passou horas aceitando as rendições de cerca de duzentos piratas qu
ainda não tinham recebido o perdão do rei.
A população pirata na ilha foi estimada em quinhentos a setecenhabitantes, sugerindo que um grande número daqueles que tinham
eixado Nassau para aceitar o perdão em outras colônias tinha volta
Outros duzentos não piratas também estavam na ilha, pessoas que, n
palavras de um dos oficiais de Rogers, “tinham fugido dos espanhó
durante a guerra e agora “viviam na floresta desprovidos de todas anecessidades”. Rogers colocou todas essas pessoas para trabalhar
limpando uma espessa camada de vegetação que os piratas tinham
deixado crescer para esconder prédios, pátios e campos. Outros fora
recrutados para ajudar os soldados a armar e reparar o forte e criar u
agrupamento de artilharia para proteger a entrada oriental do porto.
última embarcação na frota de Rogers, o navio de abastecimento
Samuel , finalmente chegou são e salvo no porto, com seu porão de
grande capacidade cheio com alimentos e mantimentos. Depois da
primeira semana de seu governo, Rogers provavelmente estava otimi
de que teria sucesso.
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Relatos da pirataria nas águas que o cercavam acabaram com s
umor. Primeiro veio uma mensagem de Charles Vane, que havia det
dois navios que chegavam e disse que iria se juntar a Barba Negra
anejando, como Rogers descreveu, “queimar meu navio de guarda e
visitar muito em breve para devolver a afronta que eu lhe dei na min
chegada, ao enviar dois saveiros atrás dele em vez de lhe responder
Pouco tempo depois, em 4 de agosto, um marinheiro da Filadélfia
chamado Richard Taylor chegou com notícias mais sinistras. Taylo
havia sido capturado no sul das Bahamas por corsários espanhóis qu
pesar da paz, tinham continuado a saquear as aldeias inglesas nas il
Catt e Crooked. O líder dos corsários tinha dito a Taylor que um noovernador espanhol tinha chegado a Havana “com ordens do rei Phi
para destruir todas as colônias inglesas nas ilhas das Bahamas”; el
tinha cinco navios de guerra e mais de mil e quinhentos homens pa
realizar essa tarefa. Se o ingleses se rendessem, Taylor explicou, o
governador espanhol tinha instruções para deportá-los para a Virgínu as Carolinas, “mas em caso de resistência, para enviá-los a Havan
de lá […] à Velha Espanha como prisioneiros”.
Enfrentando ameaças simultâneas de Charles Vane e do rei d
Espanha, Rogers sabia que precisava terminar suas fortificações o m
pido possível. Infelizmente, sua suprimento de mão de obra começo
desaparecer. Primeiro, os soldados, marinheiros e colonos que viera
com ele adoeceram às dezenas. A doença não identificada – e o che
pútrido que tinha pairado sobre a cidade durante semanas – foram
tribuídos às enormes pilhas de couro cru de animais em decomposiç
ue os piratas haviam abandonado na praia. Embora a doença tivesse
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astrado duas semanas antes da chegada de Rogers, ele escreveu que
“como se só o sangue europeu fresco pudesse atrair a infecção”;
esidentes de longa data “rapidamente se tornavam livres” do contág
nquanto os recém-chegados eram “atingidos tão violentamente que
á tive mais de cem doentes ao mesmo tempo e sequer um único ofic
audável”. Oitenta e seis do grupo de Rogers morreram, assim como
tripulantes do Rose e do Milford e dois dos moradores locais que
serviam no conselho administrativo de Rogers. O próprio Rogers
doeceu com “comoções intestinais e […] indisposições contagiosas
em meados de agosto, foi incapaz de participar das reuniões do
conselho. A maior parte do gado da ilha também pereceu, dando umgolpe na oferta de alimentos.
Moradores antigos de Nassau resistiram não só à doença, mas a
esforços de Rogers para colocá-los para trabalhar. “A maioria deles
pobre e tão viciada na ociosidade que eles praticamente escolheriamorrer de fome a trabalhar”, Rogers informou em carta para sua cas
“Eles odeiam mortalmente o trabalho, limpam um pequeno pedaço
terra que irá fornecer-lhes batata e inhame e um pouco mais, e send
peixes tão abundantes e estando tanto tartarugas quanto iguanas
disponíveis nas ilhas vizinhas, eles os comem em vez de carne e nã
obiçam ter nem um estoque, nem gado; portanto, eles vivem na pobr
indolentemente e não rezam por nada além de naufrágios ou os pira
…] e preferem gastar tudo o que têm em uma casa de bebida do que
pagar um imposto para salvar suas famílias e tudo o que tem valor p
eles.” Os locais também se mostraram milicianos pouco confiáveis
“Esses desgraçados não ficam de vigia à noite e, quando ficam, ele
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muito raramente vêm sóbrios e é difícil que permaneçam acordado
urante toda a noite, embora nossos oficiais e soldados muitas vezes
surpreendam na guarda, tomem suas armas e os punam, multem ou
onfinem, quase todos os dias”, o governador reclamou. “Eu não ten
medo, mas todos ficarão ao meu lado no caso de qualquer tentativa
invasão, exceto se for feita por piratas. Mas, caso seus velhos amigtenham força suficiente para me atacar, eu duvido muito que eu
encontrarei metade de um para se juntar a mim.”
Foi nessa época que o comodoro Chamberlaine anunciou que s
rês navios de guerra estavam indo embora. Rogers ficou espantado.colônia estava em sua fase mais vulnerável, seus defensores doentes
uas fortificações inacabadas. O Milford , o Rose, o Shark e os trezen
omens que serviam neles eram essenciais para a sua defesa. No enta
Chamberlaine estava inflexível: ele tinha limpado o casco do seu nav
pego sua parte da recompensa apreendida das capturas dos piratas qestavam no porto e, francamente, “não tinha ordens” para ficar mai
tempo. Rogers não tinha poder sobre a guarnição naval e assim fo
forçado a implorar ao comodoro que não abandonasse a colônia. A
contragosto, Chamberlaine concordou em deixar o Rose de vinte
canhões para trás por mais três semanas, quando Rogers disse que
“tinha esperança de que meus homens e a fortificação estariam em
melhor estado” para se defenderem dos piratas e espanhóis. Assim,
nove e meia da manhã de 16 de agosto, o Milford e o Shark partira
para Nova York.
A situação de Rogers se deteriorou. Nos dias seguintes, as
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Bahamas foram atormentadas por relâmpagos, trovões e chuva, e o
capitão Whitney, esperando um furacão, fez seus homens tirarem o
mastaréus do Rose. Rogers se revirava na cama em seu quarto úmid
om entranhas doloridas e febre alta. O progresso no forte ia a passo
tartaruga, com os tenentes de Rogers mal sendo capazes de fazer o
piratas arrependidos limparem o matagal em todo o forte, quanto maobrigá-los a participar do trabalho extenuante de resgatar canhões d
destroços da ilha Hog e transportá-los para o forte. A chuva continu
or duas semanas, quando então um barco chegou trazendo homens q
na verificação, viu-se que eram membros do bando de Vane. Esses
omens confessaram que Vane, num bergantim, estava indo para o nomas havia prometido encontrá-los em meados de 14 de setembro em
Ábaco, uma das ilhas das Bahamas, a noventa e seis quilômetros d
Nassau. Será que ele estava indo para o norte para unir forças com
Bonnet ou Barba Negra? Se fosse, será que estava se preparando pa
umprir sua ameaça de atacar Nassau? Em 8 de setembro, mais uma otícia. Um barco chegou trazendo o irmão de John Cockram, Philli
ários outros homens que tinham sido mantidos em cativeiro pela gua
osteira espanhola por dois meses. Durante esse tempo, eles tinham s
forçados a servir como pilotos para os espanhóis enquanto eles
navegavam em torno de Ábaco e Nova Providência, coletandonformações para uma invasão iminente. Eles tinham libertado Cockr
seus colegas para que eles pudessem levar uma mensagem para Rog
prove para nós que você é um legítimo governador e não um pirata,
espere o pior.
Rogers rapidamente elaborou uma carta para o governador de
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Havana, enquanto seus tenentes começaram a carregar o Buck com
mercadorias para o comércio em Cuba. O saveiro de guerra partiu em
e setembro na companhia de um saveiro menor, o Mumvele Trader
uck , no entanto, nunca chegou a Havana. No caminho, sua tripulaçã
uma mistura de piratas arrependidos e marinheiros de Rogers – se
rnou pirata. Alguns dos marinheiros que tinham vindo da InglaterraBuck aparentemente acharam a pirataria atraente. As motivações de u
esses homens, Walter Kennedy, mais tarde foram registradas. Kenne
o jovem filho de um ancoreiro do distrito londrino de Wapping, tin
ervido na Marinha Real durante a Guerra da Sucessão Espanhola, o
ele “teve a oportunidade de ouvir sobre as façanhas dos piratas […esde a época de sir Henry Morgan […] até as façanhas mais modern
do capitão Avery em Madagascar”. Inspirado por essas histórias,
ennedy pensou “que podia ser capaz de se tornar uma figura tão gra
quanto qualquer um desses heróis desonestos, quando uma
oportunidade adequada fosse oferecida”. Kennedy aproveitou essaoportunidade, aparentemente matando o capitão do Buck , Jonathan
Bass, e os outros que resistiram antes de navegar para a África.
Com a perda do Buck , Rogers implorou ao capitão Whitney pa
ficar e ajudar a proteger a ilha contra Vane, que agora podia chegar
qualquer momento. Whitney atrasou sua partida em uma semana, m
nas primeiras horas da manhã de 14 de setembro, ignorando a fort
bjeção de Rogers, o Rose deixou Nassau. Whitney prometeu a Rog
que voltaria em três semanas. Era uma promessa que ele não tinha
ntenção de manter. Rogers observou enquanto sua última escolta na
desaparecia no horizonte em uma brisa de sudoeste.
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Poucas horas depois, outro barco chegou ao porto, trazendo um
notícia alarmante: Charles Vane estava em Ábaco.
Depois de escapar do Buck na noite de 26 de julho, os movimen
xatos de Vane são incertos. Seu bando parece ter continuado veleja
ara o sul com o saveiro Katherine, cujo capitão pirata original, Cha
eats, permanecia a bordo, ressentido e descontente. Os piratas pare
ter passado a primeira quinzena de agosto pulando entre o sul das
Bahamas e a costa cubana. Em 28 de julho, eles capturaram um save
e Barbados, que foi dado a Yeats e seus homens sob a condição de es continuassem acompanhando Vane. Dois dias depois, outro vele
o John & Elizabeth, caiu em suas garras, e não muito tempo depoi
disso um bergantim, do qual Vane assumiu o comando. Um jornal d
Londres relatou mais tarde que mais ou menos nessa época dois nav
ue iam em direção a Londres foram atacados quando saíam de Nassor um pirata que, baseado em seu comportamento, muito provavelm
era Vane. O Weekly Journal [Semanário] de Londres relatou que o
apitão pirata queria afundar ambos os navios “com seus comandante
homens”, mas que a tripulação dele não consentiu “com um ato de
barbárie tão desumana”. Os piratas mantiveram seus reféns por cincas, durante os quais seu capitão prometeu capturar mais dois navio
Londres que eram esperados em Nassau, dizendo que ele iria “cortá-
m pedaços do tamanho de uma libra”. Enquanto esses piratas bebiam
limpavam suas embarcações em algum refúgio isolado nas Bahama
outro navio chegou com mantimentos para eles, além de “notícias d
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onde outros piratas navegavam e quais navios de guerra os estavam
perseguindo”. Ouviu-se o capitão se gabar “que se viessem dois nav
de guerra para atacá-lo, ele lutaria com eles, e se não pudesse escap
ntraria no compartimento de pólvora e explodiria seu navio, mandan
qualquer um deles a bordo para o inferno junto com ele”.
No meio de agosto, Vane enviou vários homens a Nassau par
egar informações e mantimentos, que eles deveriam levar para ele n
ancoradouro isolado perto de Ábaco. Vane aparentemente estava
assando seu tempo, observando o inimigo e esperando finalmente u
forças com Barba Negra ou Bonnet para atacar a ilha; pode ser até qle tivesse esperança de que os espanhóis fossem atacar, enfraquecen
u destruindo as forças de Rogers, criando um vácuo para que os pir
pudessem retornar. Nesse meio-tempo, ele contava com velhos amig
para comprar seus bens, contrabandear mantimentos vitais para seu
bando e mantê-lo a par dos acontecimentos de Nova Providência. Emeados de agosto, a moral do seu bando pode ter começado a fraque
porque ele decidiu fazer uma pequena viagem até Charleston, na
sperança de encher os bolsos dos tripulantes. Os piratas bloquearam
orto em 30 de agosto de 1718, Vane em seu bergantim de doze canh
om noventa homens e Yeats num saveiro – provavelmente o Kather
– de oito canhões e vinte homens. Os comerciantes da Carolina do S
evem ter sido intimidados para ficar à mercê de piratas mais uma vez
ue navio após navio caía nas garras deles. Durante um período de tr
e seis horas, Vane e Yeats tomaram oito no total, desde o pequeno
aveiro de quinze toneladas Dove, de Barbados, até o navio de trezen
toneladas Neptune, de Londres. Do bergantim de oitenta tonelada
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Dorothy, de Londres, Vane apreendeu noventa escravos da Guiné e
obrigou a embarcar no saveiro de Yeats, que ele pretendia usar com
armazém flutuante. Yeats, no entanto, tinha outros planos. Com se
aveiro cheio de carga humana valiosa, ele partiu em outra direção, c
a intenção de fugir do seu comandante arrogante. Vane iniciou um
erseguição e soltou pelo menos uma salva de artilharia, mas foi incae impedir a fuga do seu subordinado. Yeats escondeu seu navio na b
de Edisto, cinquenta e seis quilômetros ao sul de Charleston, e envi
um mensageiro para a cidade oferecendo se render se o governado
concedesse o perdão aos seus homens. No final das contas, o
governador concordou.
Vane estava, sem dúvidas, furioso com a deserção de Yeats, m
uas outras capturas o consolaram. Eram os navios Emperor e Neptu
mbos com destino a Londres levando piche, alcatrão, arroz e aguarr
Essas cargas encontrariam um mercado pronto nas Bahamas, mas elcompreendiam dois mil e novecentos barris grandes, muito volumos
para serem transferidos para o bergantim modesto de Vane. Em ve
disso, o bando de Vane resolveu levar os dois navios para as Baham
nde eles podiam saqueá-los livremente. Eles iriam para seu esconde
erto de Ábaco, onde esperavam que seus informantes e fornecedore
Nassau estivessem à espera.
Os homens de Vane deixaram Charleston no momento exato, p
m pelotão armado estava vindo para levá-los à justiça. Os comercian
da Carolina do Sul tinham equipado dois saveiros bem armados e be
tripulados sob o comando do coronel de milícia William Rhett, um
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omerciante rico que tinha perdido uma boa quantidade de dinheiro p
os piratas ao longo dos anos. Quando os navios de Rhett saíram d
porto de Charleston, Vane estava longe de vista. Rhett decidiu
isbilhotar na costa da Carolina do Norte, na esperança de encontrar
piratas em um de seus refúgios. Na tarde de 27 de setembro, ele
ncontrou alguns no porto de Cape Fear – não a tripulação de Vane, já estava no meio do caminho para as Bahamas, mas outro bando d
piratas, que pareciam simplesmente não ter descanso.
Pobre Stede Bonnet! Depois de Barba Negra tê-lo traído na baíaopsail, desaparecendo com o saveiro espanhol capturado e grande p
do tesouro do bando, Bonnet passou grande parte de junho de 171
ntando caçá-lo. Quando ele ouviu um boato de que Barba Negra est
na baía de Ocracoke, a oitenta quilômetros de distância pela costa d
Carolina do Norte, navegou até lá no Revenge, mas encontrou apenalgumas ilhas de areia desertas.
Bonnet caiu em desespero. Ele tinha sido um pirata por mais de
ano e conseguiu pouco mais do que o que tinha quando começou: s
veiro Revenge, uma tripulação de quarenta homens e, graças ao per
do governador da Carolina do Norte, um histórico legal limpo. Com
um capitão pirata, ele tinha sido um fracasso total, suas más decisõ
ndo custado a vida de muitos de seus homens e o resto do seu tesou
Qualquer esperança que ele possa ter tido de participar de uma revo
jacobita contra o rei George tinha sido frustrada: o “verdadeiro” re
onhecido por eles como James III, mal podia ajudar a si mesmo, mu
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menos aos piratas das Américas. Bonnet tinha uma reputação desastr
em ambos os círculos, o respeitável e o fora da lei, e ele não podia
uportar a humilhação de voltar para sua antiga vida entre as plantaç
de escravos de Barbados, ou de viver entre seus comparsas piratas n
Bahamas. Ele teria que viver em cima do muro. Enquanto recebia se
erdão em Bath, Bonnet ficou sabendo que o rei da Dinamarca – um
liados minoritários da Grã-Bretanha na Guerra da Sucessão Espanh
ainda estava em guerra contra a Espanha. Talvez se Bonnet fosse p
St. Thomas, a principal colônia da Dinamarca no Caribe, poderia
convencer seu governador a lhe conceder uma carta de corso2. Seu
bando achava que era uma boa ideia; alguns dos ex-prisioneiros dirata, como o capitão David Herriot, se inscreveram para participar
plano.
Quando eles deixaram a baía de Beaufort, os piratas elegeram
Robert Tucker como seu intendente. Tucker era um marinheirojamaicano que Barba Negra havia capturado de um saveiro mercan
lgumas semanas antes. Como muitos outros prisioneiros, ele descob
ue gostava da vida de pirata e tinha se tornado um membro popular
tripulação. Mal respeitava Bonnet e não estava particularmente
interessado em voltar a ser um sujeito cumpridor da lei. Quando a
ripulação descobriu que o Revenge tinha apenas dez ou onze barris
omida a bordo – Barba Negra havia roubado o resto –, Tucker resolv
ue eles deveriam simplesmente roubar mais do próximo navio merca
que eles encontrassem. Bonnet se opôs a esse plano e até ameaçou
enunciar e deixar o Revenge, mas a tripulação não pareceu se impor
om a ideia de perdê-lo, e a maioria apoiou Tucker com seus votos.
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piratas apreenderam o próximo navio que encontraram, levando os
antimentos. Em seguida, capturaram outro. Logo estavam nos cabo
Virgínia, apreendendo todas as embarcações nas quais puderam colo
suas mãos.
Bonnet tentou impedir o bando de invalidar seu perdão. Paraesconder sua identidade, ele insistiu em ser chamado de capitão
Edwards ou capitão Thomas, um artifício que não enganava todos o
seus prisioneiros. Para ocultar ainda mais seus rastros, os piratas
ebatizaram o Revenge de Royal James, em homenagem a James Stu
onnet também insistiu que os piratas dessem aos seus prisioneiros “pagamento” pelos bens que eles roubassem, para que eles pudessem
mais tarde, afirmar que eram comerciantes, não piratas. Suas duas
primeiras vítimas receberam pequenas parcelas de arroz, melaço e a
mesmo um velho cabo de âncora em troca de barris de carne de porc
pão que foram tomados deles. Depois de uma semana ou duas, nontanto, a maioria dos piratas se recusou a participar desse subterfúg
e alguns homens do grupo exclusivo de Tucker passaram a ameaçar
abusar dos prisioneiros. Em 29 de julho, em Cape May, New Jersey
ucker embarcou no saveiro de cinquenta toneladas Fortune e “come
bater e cortar pessoas com seu facão, e cortou o braço de um homem
de acordo com uma testemunha ocular. Dois dias depois, eles
embarcaram num saveiro ancorado no porto de Lewes, Delaware,
fizeram uma festa na cabine do capitão, comendo abacaxis, bebend
onche de rum, cantando músicas e brindando à saúde de James Stu
izendo que eles “esperavam vê-lo rei da nação inglesa”, de acordo c
m dos tripulantes do saveiro. Tucker era, a essa altura, capitão em t
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xceto no nome, e os piratas até haviam começado a se referir a ele co
seu “pai”.
Nem todos os homens a bordo do Royal James desejavam volt
para a pirataria, e estes assumiram grandes riscos para fugir das garr
de Tucker. Sete homens tiveram sucesso em 21 de julho, roubando uaveiro capturado, que levaram para Rhode Island; as autoridades de
os prenderam, mas cinco deles conseguiram escapar antes de serem
levados a julgamento. Quando, depois de tomar pelo menos treze
mbarcações de New Jersey, Delaware e Virgínia, os piratas voltaram
Cape Fear para esperar a temporada de furacões passar, váriostripulantes forçados à pirataria fugiram para a floresta. Incapazes d
ncontrar comida, abrigo ou habitantes no deserto pantanoso, os hom
não tiveram escolha a não ser voltar alguns dias depois, e foram
ondenados a trabalhar “entre os negros”, limpando o Royal James.
os prisioneiros, um mulato, lamentou a outro que “ele não era capazsuportar por mais tempo, mas era forçado a obedecer aos piratas, po
les lhe disseram que não teriam nenhuma consideração pela cor de
pele e fariam dele um escravo”. Em outra ocasião, um pirata disse a
mesmo prisioneiro mulato que ele “era como um negro, e eles faziam
escravos todos nós dessa cor se nós não nos juntássemos” aos pirat
No bando de Bonnet, ao que parece, os negros podiam escolher entr
escravidão e a pirataria.
Bonnet não tentou escapar do Royal James quando o bando
retornou à pirataria. Os piratas planejavam continuar até St. Thoma
depois que a temporada de furacões passasse, então ele pode ter tid
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esperança de ainda poder se tornar um corsário legítimo a serviço d
Dinamarca.
Em 27 de setembro de 1718, os dois saveiros caçadores de pira
da Carolina do Sul, sob o comando do coronel William Rhett,
encontraram o Royal James ancorado atrás de Cape Fear. Os piratastavam em desvantagem numérica de quase dois por um, Rhett com
saveiros Henry (oito canhões, setenta homens) e Sea Nymph (oito
anhões, sessenta homens) contra o saveiro de dez canhões e quaren
nco homens de Bonnet. No entanto, Rhett perdeu o elemento surpr
quando encalhou e foi forçado a enfrentar os piratas numa verdadeibatalha naval. O bando de Bonnet levantou âncora e tentou correr e
linha reta entre os saveiros da Carolina do Sul, em direção ao mar
berto. Em vez disso, todos os três saveiros encalharam, o Royal Jam
e o Henry a uma curta distância um do outro. Os piratas tinham
antagem, já que o Royal James, por acaso, ficou inclinado para o lado estibordo, de forma que seu parapeito levantado protegeu os pira
durante a batalha de mosquete que se seguiu. O Henry, do corone
Rhett, ao contrário, se inclinou em direção ao porto, deixando todo
eu convés desprotegido do ataque dos piratas. As duas partes trocar
ros pelas cinco horas seguintes, até a maré que subia levantar e libe
Henry. Ainda presos e de frente para os canhões do Henry, os pira
e renderam. Nove morreram como resultado dos ferimentos recebid
na batalha, assim como catorze homens do coronel Rhett.
Bonnet, que tinha sobrevivido ileso, foi levado para Charleston
de outubro e colocado sob custódia armada, para alegria considerá
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de alguns habitantes da colônia, mas não todos. Ele era o primeiro
capitão pirata notório a ser capturado pelas autoridades britânicas
Por volta do final de julho de 1718, Barba Negra decidiu que e
ora de voltar ao trabalho. Ele e seus homens tinham estado envolvid
m pequenos furtos: testemunhas relataram que ele estava “insultand
busando dos mestres de todos os saveiros comerciais e tirando dele
ens e bebidas que ele quisesse”. Em suas festanças bêbadas, ele e s
omens haviam causado “algumas confusões” na própria Bath, segun
o governador da Carolina do Norte, Charles Eden, que talvez tenhncorajado Barba Negra a levar seus homens para o mar por um tem
Eden já havia concedido a Barba Negra a propriedade incontestável
saveiro espanhol capturado no qual ele tinha vindo de Beaufort; ago
e assinou documentos alfandegários, o liberando para levar o saveir
ue Barba Negra tinha renomeado, sem originalidade, como Adventu – para St. Thomas, onde ele poderia manter seus homens ocupado
como corsários, se ele assim desejasse. No final, ele não desejava
Em vez de ir para St. Thomas, Barba Negra e seus homens
aparentemente navegaram pelo rio Delaware, a quatrocentos e doi
uilômetros ao norte, onde ele secretamente foi para terra, na Filadél
a fim de vender alguns tesouros selecionados. O governador da
Pensilvânia, William Keith, relatou mais tarde que Barba Negra tin
ido visto nas ruas da cidade, e que ele era bem conhecido entre mui
essoas de lá, por causa das suas visitas de anos antes, enquanto ser
como imediato num navio jamaicano. No início dos anos 1840, algu
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dosos da Filadélfia contariam ao historiador John Watson que, quan
ovens, eles ou seus parentes tinham se encontrado com Barba Negr
membros da sua tripulação, um dos quais tinha sido “um velho negr
que morava com a família do cervejeiro George Gray. De acordo co
us relatos, Barba Negra visitou uma loja na rua High, número 77, o
“ele comprou livremente e pagou bem”. Também foi dito que ele
equentou uma hospedaria na rua High, sempre com “sua espada ao
ado”. Ninguém ousava prendê-lo, por medo de que sua tripulação v
para terra “e vingaria sua causa em algum ataque durante a noite”
Na segunda semana de agosto, os piratas, tendo terminado seunegócios, levaram o Adventure da baía de Delaware para o mar aber
Era hora de encher seus cofres longe de seu reduto familiar. Eles
navegaram diretamente para o Atlântico, na direção das Bermudas,
procura de navios estrangeiros cujas tripulações provavelmente seria
incapazes de denunciá-los por seus crimes. Eles podem ter tomadoalguns navios ao longo da rota de navegação muito utilizada da
Filadélfia, mas suas primeiras capturas documentadas foram em 22
agosto de 1718, ao leste das Bermudas. As vítimas eram um par de
avios franceses, um deles muito carregado e o outro praticamente va
caminho de casa na França, vindos da Martinica. Os franceses lutar
danificando o Adventure e ferindo alguns de seus homens, mas fora
finalmente dominados pelos piratas. A tripulação de Barba Negra
ansferiu toda a carga para um só navio, que eles mantiveram, e todo
ripulantes franceses para o outro, que foi enviado para seguir sua ro
Quando Barba Negra começou a velejar de volta à Carolina do Nor
ele não tinha ideia de quantos problemas esse incidente causaria.
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Perto de 12 de setembro, eles ancoraram sua presa por trás da
assa de areia da desabitada ilha Ocracoke e começaram a desequipá
tirando os mastros valiosos, as vergas e as cordas, e descarregando
mercadorias: açúcar e cacau. Barba Negra recusou-se a permitir qu
ualquer pessoa embarcasse em seu navio, conforme um marinheiro
passava por ali relatou mais tarde, “com exceção de um médico par
curar seus homens feridos”, que alegavam ter sido feridos quando u
canhão saiu do lugar em mares revoltos.
Deixando ambos os navios em Ocracoke na tarde do dia 13, Ba
Negra e quatro marinheiros negros se dirigiram pelo rio Pamlico paBath em um de seus barcos. Ele levava doces, pão doce, um saco d
chocolate e algumas caixas misteriosas encontradas a bordo do nav
francês, tudo presente para o vizinho do governador Eden, Tobias
Knight, o chefe de Justiça da Carolina do Norte e cobrador de impos
e Sua Majestade. De acordo com seus quatro tripulantes negros, Baegra chegou à plantação de Knight “perto das doze da noite ou uma
madrugada”, deu a Knight seus presentes e entrou na casa com ele “
cerca de uma hora antes do nascer do dia”, quando ordenou que o
homens voltassem para Ocracoke. A quatro quilômetros de distânc
pelo rio Pamlico, Barba Negra notou uma pirágua amarrada na área
desembarque de uma fazenda isolada com dois homens e um menino
ordo. Decidiu saquear essa canoa mercante e ordenou que seus hom
remassem até o lado dela.
William Bell, o proprietário da pirágua, tinha passado a noite
área de desembarque de John Chester e tinha visto o barco de Barb
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egra passar por ali mais cedo. A tripulação de Bell consistia apenas
seu filho jovem e um servo índio, então, quando os cinco piratas
chegaram ao lado de seu barco, ele sabia que resistir seria difícil. N
início, Barba Negra simplesmente perguntou se Bell tinha algo par
beber, ao que Bell respondeu que “estava tão escuro que ele não po
er bem para tirar qualquer” bebida do barril. Barba Negra virou-se pum dos seus marinheiros negros, que lhe entregou uma espada. El
então pulou para a pirágua e ordenou que Bell “colocasse suas mão
para trás, para que elas fossem amarradas” e “que a maldição caíss
sobre ele, ele iria matar Bell se ele não lhe dissesse realmente ond
estava o dinheiro”. Bell, que era de Currituck, perto da fronteira dVirgínia, não reconheceu Barba Negra e exigiu saber quem ele era
Thache [sic] respondeu que vinha do inferno e que hoje ele iria levá
ara lá”, Bell foi capaz de contar às autoridades, apesar de ter sido t
suficiente para agarrar Thatch e tentar forçá-lo a sair da pirágua. Ba
Negra chamou seus homens, que rapidamente dominaram Bell. Enteles remaram a pirágua para o meio do rio com eles e roubaram sua
pistolas, conhaques, uma caixa de cachimbos de barro, sessenta e se
libras em dinheiro e “uma taça de prata de modelo notável”. Barba
Negra, em seguida, jogou os remos e as velas de Bell na água e, em
tribuição à sua resistência, o espancou com a extremidade plana despada até ela quebrar. Barba Negra seguiu seu caminho para Ocraco
Bell deve ter conseguido novos remos na área de desembarque de
Chester, porque duas horas depois ele estava na casa de Tobias Knig
em Bath para relatar o crime. Knight, segundo Bell mais tarde depo
em tribunal, ouviu pacientemente e fez um relatório, mas nunca
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mencionou que os criminosos tinham passado a noite em sua casa
Em 24 de setembro, Barba Negra navegou até Bath no Adventu
onde ele afirmou ao governador Eden, sob juramento, que “o navio
rancês e as mercadorias foram encontradas por ele como um naufrág
o mar”. Quando um pirata astuto bate na porta de alguém alegando encontrado” um navio flutuando no meio do oceano, cheio de obje
e valor e navegabilidade boa o suficiente para ser conduzido por ce
e mil e cem quilômetros de volta para a Carolina do Norte, pode-se
motivos para suspeitar. Eden e Barba Negra aparentemente tinham u
acordo. O governador prontamente declarou o navio francês como propriedade de Barba Negra por direito de resgate, e uma grande
uantidade de açúcar do naufrágio encontrou, de alguma forma, sua r
para o celeiro do chefe de Justiça, Knight, e se escondeu embaixo d
uma pilha de feno. Eden também deu permissão a Barba Negra par
rontamente atear fogo ao navio francês, considerando-o um perigo pnavegação, convenientemente eliminando qualquer evidência física
que a pirataria tinha ocorrido.
Com o governador e o chefe de Justiça no seu bolso, a Carolina
Norte estava se tornando um esconderijo pirata mais seguro do que
Bahamas jamais tinha sido. Barba Negra nunca teria imaginado quegovernador de outra colônia teria a audácia de invadir.
Neptune era um navio de trezentas toneladas sob o comando do capitão John King; o Emperor , de cinquenta toneladas, est
comando de Arnold Powers.
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onnet chegou a obter os documentos de liberação do governador Eden, endossando oficialmente sua partida para St. Thomas.
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CAPÍTULO ONZE
Caçado
Setembro de 1718 - Março de 1720
Alexander Spotswood, o governador da Virgínia, estava acompanhando Barba Negra há mese
via recebido informações sobre o encalhe intencional do Queen Anne’s Revenge , o perdã
vernador Eden e as depredações subsequentes de embarcações de comércio nos riachos úmid
rolina do Norte. Spotswood tinha trabalhado em conjunto com o capitão de uma das duas fra
marinha na Virgínia, Ellis Brand, do HMS Lyme, enviando espiões para a Carolina do N
ara fazer uma determinada investigação dos piratas”. Ele até mesmo tinha prendido o a
endente de Barba Negra, William Howard, que havia recebido o perdão do rei e continuava
edores de Hampton, sob o pretexto de que não podia explicar como havia adquirido as cinq
ras que estavam em seu bolso ou os dois escravos africanos em sua companhia. Com
otivos legais questionáveis, Spotswood e o capitão Brand forçaram Howard a embarcar no Ly
pois o encarceraram na prisão de tijolos de Williamsburg. Interrogando Howard e questionus espiões, Spotswood formou uma imagem detalhada do que Barba Negra estava fazendo,
passava seu tempo e como ele comprava a proteção dos oficiais de alto escalão na Carolin
rte. No final de outubro, ele decidiu agir.
Spotswood argumentaria mais tarde que Barba Negra representa
ma ameaça para o comércio da Virgínia e que sua presença encorajaoutros a entrar na pirataria. Tudo isso estava certo, mas essa não era
erdadeira razão da decisão de Spotswood de agir contra o pirata. Co
odos os políticos antes e depois dele, Spotswood pretendia lançar u
expedição militar no exterior para desviar a atenção pública de seu
próprios atos ilícitos em casa.
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Spotswood governava a segunda colônia mais poderosa da cos
americana, atrás apenas de Massachusetts, com uma população de
setenta e três mil brancos e vinte e três mil negros. A Virgínia era
talmente diferente daquela colônia do norte. Era uma terra de mans
cercadas por campos de tabaco e casebres de seus serviçais e escrav
Cada fazenda tinha seu próprio cais e servia como sua própria fábri
com seus funcionários e seu patrimônio humano produzindo os ben
os serviços mais necessários no próprio local. Como resultado, qua
ão existiam vilas ou cidades; os plantadores realizavam grande parte
seu negócio em áreas de desembarque rurais, igrejas, tribunais e
mercados semanais. Até mesmo a capital, Williamsburg, era pouco mo que um centro administrativo, com seus elegantes prédios do gove
tuados perto da construção de tijolos da Faculdade William and M
Durante a maior parte do ano, Williamsburg tinha uma população d
pouco mais de mil pessoas: administradores, artesãos, professores
estudantes. Quando os parlamentares aristocráticos da colônia sereuniam no grande capitólio de tijolo, Williamsburg revivia. Suas
pousadas, pensões e tabernas ficavam lotadas, enquanto plateias
ntusiasmadas se reuniam para assistir às produções no único teatro
América britânica, uma estrutura de dois anos de idade no lado leste
bem cuidado Palace Green.
Nos últimos anos, os parlamentares se reuniram para criticar
governador Spotswood e a cultura de corrupção que ele tinha nutrid
durante os oito anos em que vinha supervisionando a colônia. Ele
edigiram uma reclamação oficial de como “ele esbanjou o dinheiro
país” no quase concluído Palácio do Governador, com suas salas d
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jantar ricamente decoradas, lareiras de mármore esculpido, pomare
ardins e portões de entrada. Outros estavam irritados com as corrup
ransações de terra de Spotswood. Ele ainda transferiria oitenta e cin
mil acres de terras públicas para si mesmo, através de um esquema
procurações com plenos poderes, numa área que veio a ser conhecid
como Spotsylvania County. A maioria dos legisladores se opôs à su
arrogante reivindicação para controlar a nomeação de todos os
cerdotes e oficiais de alto escalão da igreja anglicana, a religião ofi
da colônia. Em 1717, o legislativo havia conseguido pedir ao rei pa
anular algumas das suas ordens de caráter econômico e agora estav
trabalhando para tirá-lo do cargo por completo.
Com tantos inimigos em sua porta, foi em sigilo absoluto que
potswood se reuniu com o capitão Brand do Lyme e o capitão Geo
Gordon do HMS Pearl no início de outubro de 1718. Ele pediu a aju
deles para libertar as Américas de Barba Negra de uma vez por toda
Em Nassau, Woodes Rogers também estava se preparando par
enfrentar os piratas. Em 14 de setembro de 1718, ele recebeu a notíc
de que Charles Vane estava em Green Turtle Cay, perto de Ábaco,
ento e noventa e três quilômetros ao norte de Nassau. Esperando u
invasão espanhola e desprovido de recursos humanos ou apoio da
Marinha Real, Rogers sabia que sua única esperança eram os líderes
acampamento pirata pró-indulto.
Benjamin Hornigold e John Cockram responderam ao chamado
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governador e decidiram se tornar caçadores de piratas. Rogers equip
um saveiro para eles – provavelmente o Bonnet de Hornigold – e o
despachou para coletar informações e, se possível, confrontar Van
Eles deixaram Nassau quatro dias depois. Ninguém os viu novamen
durante semanas.
Enquanto esperava pelo retorno de Hornigold, Rogers tentou
olocar as defesas de Nassau em ordem. O conselho de administração
cidade concordou em impor uma lei marcial, criando “uma vigilânc
muito rígida” e ordenando que as pessoas da ilha e seus escravos
ajudassem a consertar a fortaleza. Praticamente todas as noites, nontanto, os piratas roubavam barcos e fugiam da ilha, na esperança d
juntar a Vane. Rogers estimou que cento e cinquenta o tinham
bandonado entre o final de julho e o final de outubro. À medida que
dias se tornaram semanas, Rogers começou a temer que Hornigold
ivesse sido preso por Vane ou tivesse recomeçado sua velha prática pirataria”. A maioria dos habitantes concordou. Mas três semanas
depois de sua partida, o saveiro de Hornigold navegou de volta para
porto com um punhado de prisioneiros piratas capturados.
Hornigold contou a todos como ele e Cockram tinham passado
maior parte do tempo se escondendo perto de Green Turtle Cay,observando Vane e esperando por uma oportunidade para emboscá-
quando ele estivesse longe de sua força principal. Infelizmente, ess
chance nunca veio, e Hornigold e Cockram julgaram o bando de Va
oderoso demais para atacar diretamente. Além do seu bergantim pir
ane tinha o Neptune e o Emperor com ele, os dois navios que ele ti
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apturado no banco de areia de Charleston, e seu grupo passou a ma
arte do tempo saqueando esses navios e querenando suas embarcaçõ
Depois de decorridas quase três semanas, os piratas se despediram d
ipulações prisioneiras do Neptune e do Emperor “desejando-lhes u
boa viagem para casa”, mas enquanto eles navegavam para fora do
ancoradouro, avistaram outro saveiro chegando. Esse, conformeHornigold pôde relatar, era o saveiro de trinta toneladas Wolf , que tin
zarpado de Nassau alguns dias antes com a permissão de Rogers pa
caçar tartarugas marinhas. Na verdade, o capitão do Wolf , um pirat
erdoado chamado Nicholas Woodall, estava contrabandeando muni
mantimentos e informações para Vane. Vane ancorou e conversou cWoodall, que lhe deu uma descrição detalhada das atividades e defe
de Rogers. Vane, talvez esperando que seus companheiros piratas
tivessem se revoltado contra o governador, ficou aparentemente
decepcionado. Quando um dos prisioneiros perguntou aos piratas q
notícias eles tinham de Nassau, eles responderam “nenhuma boa” disseram-lhe para não fazer muitas perguntas. Os piratas, “estando
muito perturbados com as notícias”, votaram a favor de abandonar o
risioneiros e destruir o Neptune cortando seus mastros e equipame
, em seguida, disparar um canhão “duplamente carregado” diretame
em seu porão. Os piratas de Vane deixaram o porto no bergantim e Wolf . A essa altura, Hornigold navegou para dar aos prisioneiros
mantimentos e para avisá-los que a ajuda tinha chegado. Naquela no
Hornigold partiu em perseguição dos piratas e, poucos dias depois
interceptou o Wolf e o trouxe com ele para Nassau.
A captura do Wolf por Hornigold aumentou o moral de Rogers.
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capitão Hornigold se provando honesto”, Rogers escreveu aos seu
superiores em Londres, “desobriga seus velhos amigos […] divide
pessoas aqui e me torna mais forte do que eu esperava.” Incerto de s
utoridade para julgar Woodall, Rogers o manteve preso e o mandou
volta para a Inglaterra no próximo navio que estava de saída. Com
udança das estações, o tempo também melhorou, e o pessoal de Rogcomeçou a se recuperar de suas doenças. Um comboio de saveiros
mercantes deixou a ilha para negociar com contatos amistosos em Cu
de quem eles esperavam garantir mantimentos adicionais. Com o fo
uase pronto e um dos principais piratas ao seu lado, Rogers sentia u
sensação crescente de segurança.
Em 4 de novembro, Rogers recebeu a notícia de que as tripulaç
de todos os quatro saveiros mercantes que ele tinha enviado para Cu
nham se tornado piratas e estavam planejando se juntar a Vane. Diz
e que os renegados estavam em Green Turtle Cay, no entanto, e ain podiam ser pegos. Rogers mais uma vez se voltou para Hornigold
Cockram, que navegaram para a ilha e envolveram os criminosos num
verdadeira batalha. Os piratas transformados em caçadores de pirat
voltaram para Nassau em 28 de novembro com dez prisioneiros –
ncluindo o ex-canhoneiro de Barba Negra, William Cunningham – e
corpos de mais três. Rogers ficou em êxtase. “Eu estou contente co
essa nova prova que o capitão Hornigold deu ao mundo para limpar
ome infame pelo qual ele era conhecido anteriormente”, ele escreveu
ecretário de Estado britânico, “embora mesmo nos atos de pirataria
ele cometeu a maioria das pessoas falaram bem de sua generosidade
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Os prisioneiros piratas se tornaram um desafio, já que faltava
Rogers os homens para garantir que eles ficassem presos. Julgá-los
xecutá-los em Nassau poderia desencadear uma revolta. Ele convoc
ma sessão secreta de seu conselho de administração, que agora incl
o ex-chefe de Justiça Thomas Walker, e listou as opções. Mais do q
tudo, os conselheiros se preocupavam que Vane, alertado por seu
umerosos informantes, podia tentar libertar os prisioneiros. “Se alg
medo fosse mostrado da nossa parte”, eles resolveram, “isso poderi
animar vários piratas agora aqui a incitar os piratas lá fora a tentar
resgate daqueles em custódia. Portanto […] para evitar os projetos
Vane, o pirata”, o conselho concluiu que eles deveriam “o mais brev possível […] levar os prisioneiros a julgamento”. Sem uma prisão
ogers acorrentou os dez prisioneiros a bordo do Delícia antes de pa
para o que ele sabia que seria um confronto arriscado com os
simpatizantes dos piratas na ilha.
Ao deixar Green Turtle Cay, Vane seguiu para o norte. As
informações que ele tinha recebido de Woodall sugeriram que ele
precisaria de reforços se fosse cumprir sua ameaça de atacar Nassa
Tendo perdido a esperança de que os Stuarts enviariam auxílio, Vansabia que tinha que se voltar para seus antigos camaradas em busca
ajuda. La Buse havia desaparecido para o sul. Williams, England
Condent tinham navegado para a África e o Brasil. Um pirata, no
entanto, ainda estava na região e todos sabiam onde encontrá-lo. O
homens de Vane concordaram; eles iriam navegar para o estreito d
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Pamlico na Carolina do Norte, onde esperavam se encontrar com se
comparsa Barba Negra.
Chegaram à baía de Ocracoke na segunda semana de outubro. L
atrás da ilha, eles avistaram um saveiro armado, que mais tarde se
revelaria ser o Adventure de Barba Negra. Deve ter se passado alguminutos de confusão até que eles se identificassem, já que nenhum
estava navegando em um navio que fosse familiar para o outro. De
alguma forma – provavelmente falando por cornetas acústicas – Bar
Negra e Vane confirmaram a identidade um do outro. Vane
imediatamente saudou o companheiro, disparando os canhões de sebergantim bem alto no ar, com Barba Negra respondendo da mesm
orma. Vane ancorou seu navio ao lado do Adventure. Homens remar
de um navio para o outro, iniciando um festival pirata que duraria p
vários dias e se espalharia pela costa da ilha Ocracoke.
Os dois homens compartilharam suas experiências ao longo dúltimos meses. Barba Negra foi provavelmente o primeiro a informa
ane sobre a captura de Stede Bonnet, um evento que estava na boca
odos, de Charleston a Boston. Vane contou a Barba Negra sobre se
confrontos com Pearse e Rogers em Nassau, e sobre o progresso d
overno deste último. Vane pode ter tentado convencer seu ex-parceiacompanhá-lo num ataque conjunto em Nova Providência. Se isso
aconteceu, Barba Negra, confortável em sua nova situação, se recuso
Seus homens estavam sãos e salvos, livres para continuar sua pirata
sem medo de represálias.
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Com sua festança encerrada, Charles Vane e Edward Thatch
deixaram um ao outro para seguir em caminhos separados.
O governador Spotswood planejou seu ataque a Barba Negra s
m manto de sigilo. Ele não informou nem o conselho de administra
a Virgínia nem seu legislativo, e ele certamente não tinha a intenção
ompartilhar o assunto com o governador Eden. Os piratas, ele expli
mais tarde, eram simplesmente populares demais. “Eu sequer
omuniquei ao Conselho de Sua Majestade aqui, nem a qualquer ou
pessoa além daquelas que precisavam ser empregadas na execução dprojeto, pelo menos entre os muitos favorecedores dos piratas que n
temos por estas bandas, alguns deles podem enviar informações a
Thatch.” Ele tinha motivos para se preocupar. Poucos meses antes
lguns dos homens de Barba Negra tinham passado pela colônia em
aminho para a Filadélfia e tentaram seduzir um número de marinheimercantes para se juntar a eles. As autoridades locais queriam prend
s piratas, mas relataram a Spotswood que eles “não conseguiam ach
ninguém disposto a ajudá-los no desarmamento e repressão daquel
ando”. Spotswood conseguiu prender William Howard, intendente
Barba Negra, mas pouco tempo depois um dos juízes de seu própritribunal de vice-almirantado, um amigo do governador Eden chama
John Holloway, ordenou a prisão do capitão George Gordon e do
tenente Robert Maynard do HMS Pearl , no qual Howard tinha sid
detido. Holloway entrou com uma ação civil contra os dois oficiais
Marinha em nome do pirata, pedindo quinhentas libras de cada um d
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por danos. Temendo que o júri pudesse liberar Howard, Spotswoo
ordenou que ele fosse julgado sem júri, sendo veementemente
condenado pelo conselho de administração. Os residentes da Virgín
potswood percebeu, tinham “uma tendência inexplicável para favore
piratas”.
Foi no julgamento de Howard que Spotswood revelou seu plano
capitão Brand e ao capitão Gordon, que tinha compartilhado
nformações com ele durante meses. Era a oportunidade perfeita para
reunir com os oficiais da Marinha Real sem levantar suspeitas, já q
ambos estavam em Williamsburg para servir como oficiais da corteDepois do julgamento – no qual Howard foi considerado culpado –
rand e Gordon andaram as quatro quadras do belo Capitólio em for
de H, através da praça do mercado e passando o Palace Green até o
Palácio do Governador. Numa das salas opulentas do palácio,
Spotswood explicou seu plano. Como Barba Negra dividia seu tementre Bath e Ocracoke, haveria um ataque em duas vertentes. Brand
omo o oficial mais antigo, lideraria um contingente de fuzileiros nav
por terra para Bath, se encontrando com simpatizantes ao longo do
aminho. Uma segunda força viajaria por mar para Ocracoke, garanti
ue nenhum pirata fugisse para o Atlântico. O Pearl (quinhentas e u
toneladas, quarenta canhões) e o Lyme (trezentas e oitenta e quatr
oneladas, vinte e oito canhões) eram ambos grandes demais para ven
s bancos de areia perigosos dos riachos de água salobra e das ilhas
arrecifes da Carolina do Norte. Em vez disso, Spotswood se oferece
ara comprar, com seu próprio dinheiro, dois saveiros ágeis, que ser
colocados à disposição dos oficiais. Brand e Gordon concordaram e
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tripular, armar e abastecer os saveiros e colocá-los sob o comando d
primeiro oficial do capitão Gordon, o tenente Robert Maynard. (O
próprio Gordon ficaria para trás com as fragatas a caminho de
Hampton.) Além da possibilidade de reivindicar parte do tesouro d
Barba Negra, a guarnição naval tinha um incentivo a mais para
participar: Spotswood tinha acabado de passar uma nova lei crianduma recompensa especial para a captura de Barba Negra ou seus
asseclas. Gordon e Brand concordaram com o plano. Se tudo corres
bem, ele podia ser patriótico e rentável.
O plano de Spotswood também era totalmente ilegal, uma vez qnem o governador nem os oficiais tinham autoridade para invadir ou
colônia. Barba Negra era, legalmente falando, um cidadão de boa
reputação; ele havia sido perdoado por seus crimes anteriores, tinh
pedido e recebido sanção legal do governador Eden para recuperar s
naufrágio” francês e ainda não havia sido indiciado por qualquer criA expedição partiu de Hampton em 17 de novembro. Maynard,
a o mais antigo oficial da Marinha servindo nos Estados Unidos, su
a bordo de seu navio principal, o Jane, o maior dos dois saveiros
ontratados pelo governador Spotswood. A bordo do Jane estavam tr
e cinco homens; um amplo estoque de mosquetes, facões e espadamantimentos para um mês; mas nenhum canhão, já que o Jane era
pequeno demais para transportá-los. O outro saveiro, o Ranger , er
nda menor, transportando vinte e cinco marinheiros sob o comando
aspirante Edmund Hyde do Lyme. Sem nenhum canhão e apenas
sessenta homens, Maynard sabia que, se seus saveiros encontrassem
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Barba Negra, eles teriam que surpreendê-lo ancorado. Às três horas
rde naquele dia de novembro, eles levantaram as âncoras e zarparam
Chesapeake.
Algumas horas mais tarde, o capitão Brand do Lyme partiu a cav
da vila de Hampton com um pequeno contingente de marinheiros. Eavalgaram por caminhos de terra pela zona rural da Virgínia, passan
por campos vazios e grupos de escravos cuidando de fileiras de folh
de tabaco secando no ar frio do outono. No dia seguinte, os último
ampos, plantações e estradas ficaram para trás quando eles entraram
deserto sem caminhos da Carolina do Norte.
Eles passaram três dias agonizantes atravessando quilômetros
pinheiros infrutíferos e um pântano, apropriadamente conhecido com
reat Dismal Swamp [Pântano do Grande Desânimo], antes de surgir
em 21 de novembro, em Edenton, um dos poucos assentamentos d
colônia. Por ele vir das terras pastorais da Virgínia, a pobreza dosnativos da Carolina do Norte teria deixado Brand impressionado. “A
pessoas realmente são ignorantes, existindo poucos que sabem ler
menos ainda que sabem escrever, até mesmo entre seus juízes de paz
outro visitante do início do século XVIII disse sobre os habitantes
região. “Eles se alimentam geralmente de carne de porco salgada, àvezes de carne de boi, e seu pão de milho indígena, que eles são
forçados a consumir por falta de moinhos, e nisso eles são tão
escuidados e sem higiene que há apenas uma pequena diferença ent
milho na manjedoura do cavalo e o pão em suas mesas.”
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oubados escondidos no celeiro de seu vizinho, Tobias Knight. É fá
imaginar Brand sentado em frente à lareira de Eden até o amanhece
mosquete carregado ao seu lado, esperando que Barba Negra cruzass
caminho de pedra da doca de Eden.
Barba Negra nunca veio.
Enquanto navegava pelos bancos de areia da Carolina do Norte
enente Maynard ouviu todos os tipos de histórias sobre Barba Neg
eu piloto, um homem da Carolina do Norte contratado por Spotswodisse que Barba Negra estava transportando carga roubada entre
cracoke e Bath. Na enseada de Roanoke, na metade do caminho até
ancos de areia, marinheiros locais disseram-lhes que na segunda-fe
anterior eles tinham visto o Adventure de Barba Negra encalhado e
Brant, uma ilhota pantanosa no estreito de Currituck, a quarenta e ouilômetros voltando na direção da Virgínia. Maynard passou o resto
dia velejando para frente e para trás ao longo do estreito de Currituc
mas não viu nenhum sinal de Barba Negra ou de qualquer outra pess
O próprio Spotswood tinha advertido que Thatch estava “fortalecen
uma ilha na entrada de Ocracock e fazendo dela um ponto de encon
geral para tais ladrões”. Dos outros marinheiros, Maynard
provavelmente ouviu outra história perturbadora que chegaria a
Williamsburg alguns dias depois: “outras tripulações piratas tinham
untado” a Barba Negra em Ocracoke, aumentando seus números pa
ento e setenta homens; Maynard não tinha como saber que a tripula
pirata de Vane tinha chegado e partido oito semanas antes.
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Às quatro horas da tarde, com crescente receio, os pequenos
aveiros de Maynard chegaram à enseada de Ocracoke, quarenta e o
quilômetros ao sul de Cabo Hatteras. Uma vez contornada a borda
xterior da ilha Ocracoke, Maynard viu dois saveiros ancorados atrás
ha, num lugar agora conhecido como Thatch’s Hole [Cova de Thatc
um deles com nove canhões, atendendo à descrição do Adventure d
Barba Negra. O outro estava desarmado e parecia ser um saveiro d
abotagem. Na ilha, Maynard teria visto uma grande tenda, os restos
fogueiras, alguns baús e barris vazios talvez, mas nenhum sinal de
ortificações. Ele prestou atenção no vento, nas correntes e no sol ba
o céu e deu a ordem para o Jane e o Ranger ancorarem. Ele não qulutar com Barba Negra na escuridão.
Desde que Vane tinha ido embora, Barba Negra realmente fico
indo e vindo entre Bath e Ocracoke, passando algumas semanas
supervisionando mais ou menos vinte homens em Ocracoke e emeguida, passando outras semanas com sua esposa em Bath. Seu reto
para a cidade estava, então, atrasado. Cinco dias antes – em 17 de
ovembro – ele tinha recebido uma carta de Tobias Knight pedindo-
para “seguir seu caminho de volta o mais breve possível, pois eu ten
go mais a dizer-lhe do que posso escrever agora”; o juiz tinha assin
como “seu verdadeiro amigo e servo, T. Knight”. Barba Negra tinh
assuntos mais importantes para resolver do que Knight ou os dois
saveiros modestos que tinham acabado de aparecer na enseada; seu
bando de piratas estava se divertindo com um de seus amigos
comerciantes, Samuel Odell, cuja navio mercante estava ancorado a
ado do Adventure. Enquanto os homens de Maynard tentavam dorm
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e preparando para a luta à frente, os homens de Barba Negra beber
até tarde da noite.
Às nove horas da manhã seguinte, Maynard deu a ordem para
zarpar e navegou em direção ao Adventure, esperando embarcar ne
antes que Barba Negra pudesse preparar seus canhões. Ao entrarem ancoragem na menor das brisas, o Ranger do aspirante Hyde encalh
um banco de areia. Ele ordenou que seus homens começassem a jog
ao mar as pedras de lastro, usadas para dar estabilidade ao navio, n
esperança de tornar o saveiro leve o suficiente para voltar a flutuar
Maynard prosseguiu no navio maior, Jane, apenas para encalhar também, eliminando qualquer possibilidade de um ataque surpresa
Apesar da ressaca, os homens de Barba Negra não puderam deixar
notar os dois saveiros que claramente tinham tentado surpreendê-los
cujas tripulações, suspeitosamente grandes, estavam jogando
uidosamente lastro e barris de água para o mar, na tentativa urgentee libertar. Quando lhes ocorreu que eles estavam sob ataque, os pira
entraram em ação, correndo para soltar velas, cortar os cabos de
ancoragem e aprontar os canhões. Tudo aconteceu tão rápido que se
convidado, Samuel Odell, e seus três tripulantes não tiveram tempo
sair do navio de Barba Negra. Bem na hora em que as velas do
Adventure pegaram seu primeiro sopro de vento fraco, Hyde consegu
bertar o Ranger e seguiu diretamente para os piratas, com a maioria
seu vinte e cinco homens forçando os remos.
Os piratas começaram a disparar seus mosquetes, e quando a
embarcações tinham se aproximado a uma distância da “metade de u
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tiro de pistola”, Barba Negra sinalizou para as tripulações atirarem
Chamas explodiram dos canos dos canhões do Adventure e, uma fra
de segundo depois, balas de canhão de um quilo e oitocentos e doi
quilos e setecentos rasgaram através da proa do Ranger , demolindo
elas de traquete e matando Hyde e seu imediato, o timoneiro do Lym
llen Arlington. Homens feridos convulsionavam no convés encharce sangue do Ranger enquanto o saveiro desacelerou até parar. No m
da confusão, alguns dos marinheiros conseguiram soltar uma saraiva
de balas de pequenas armas de fogo enquanto o Adventure passava p
ele. Uma das balas de mosquete acertou a lança adriça, a linha que
segurava as velas de traquete do navio pirata, fazendo com que odventure perdesse velocidade. Esse foi um lance de sorte fundamen
para os homens de Maynard. Tendo libertado o Jane, eles agora
emavam loucamente em direção aos piratas, na esperança de atacá-l
e a adriça não tivesse sido atingida, o Adventure poderia ter escapa
para o mar aberto. Em vez disso, os dois navios se aproximaram a udistância de quinze metros um do outro.
A essa altura, Barba Negra saudou Maynard.
– Danem-se vilões, quem são vocês e de onde vieram? – ele
perguntou, de acordo com o livro História geral…
– Você pode ver pelas nossas cores que nós não somos piratas
Maynard deve ter respondido.
Thatch, com a barba amarrada em fitas pretas, segurou um copo
bebida alcoólica e, de acordo com Maynard, “bebeu para condenaç
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minha e dos meus homens, a quem ele denominou de filhotes de
cachorro covardes, dizendo que ele não daria nem aceitaria piedade
Maynard respondeu que por ele, tudo bem. Barba Negra então sinali
ara seu canhoneiro, Phillip Morton, lançar a outra artilharia do cost
do navio. Morton tinha carregado os canhões com balas de uvas e
perdizes que rendiam uma descarga semelhante a tiros de armas e e
xtremamente mortal a uma distância tão curta. Outros piratas jogar
ranadas de mão improvisadas, que eles tinham feito enchendo garra
e rum vazias com pólvora, balas de mosquete e pedaços de ferro vel
uando a fumaça levantou, o convés do Jane estava coberto com cor
Em apenas alguns segundos, vinte e um homens da tripulação deMaynard tinham sido mortos ou feridos. Apenas dois ainda estavam
pé no convés do saveiro. A batalha, Barba Negra concluiu, tinha sid
vencida. Ele ordenou que o Adventure chegasse perto do Jane e qu
seus homens se preparassem para embarcar.
Sob o manto de fumaça de pólvora, no entanto, Maynard havi
rdenado que uma dúzia de homens não machucados se escondessem
porão do Jane e esperassem seu sinal. Agachando-se na escada, el
sussurrou instruções para seu timoneiro e seu primeiro imediato, o S
Baker, dizendo-lhes para ficarem quietos e sinalizarem para ele quan
os piratas chegassem ao navio.
Quando o Adventure bateu contra o Jane, Barba Negra foi o
rimeiro a passar por cima do parapeito “com uma corda em suas mã
para amarrar ou unir os dois saveiros”. Ao sinal de Baker, Maynar
subiu correndo do porão, espada em mãos e uma dúzia de tripulant
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atrás dele. Em uma cena que inspirou muitos filmes de Hollywood
Barba Negra e Maynard se enfrentaram – um tenente naval impetuo
contra um pirata temível –, espadas fora de suas bainhas. Humphre
Johnson, o marinheiro da Carolina do Norte que levou a notícia d
batalha para a Nova Inglaterra, descreveu a luta desta maneira:
“Maynard dando um golpe, a ponta da sua espada batendo contra caixa de cartuchos de Teach” – onde ele guardava sua munição – “
dobrando-a ao máximo”. Barba Negra em seguida deu um golpe qu
quebrou a guarda da espada de Maynard, cortando fora os dedos d
ficial. Maynard pulou para trás, “jogou sua espada fora e disparou
stola, que feriu Teach”. A essa altura, dez dos homens de Barba Netinham subido a bordo do Jane e estavam lutando com os homens d
Maynard. No caos, o timoneiro do Jane, Abraham Demelt, foi até o l
de Maynard e conseguiu fazer um corte bem no rosto de Barba Neg
s piratas a bordo do Jane estavam em menor número do que os hom
e Maynard e caíram rapidamente no convés manchado de sangue. Mhomens miravam suas pistolas em Barba Negra, que cambaleava
balançando sua espada na direção de Maynard e Demelt, sangue
jorrando de seu rosto e corpo. Mais balas de mosquete atingiram su
alta estatura, ao mesmo tempo em que os marinheiros o rodearam,
espadas em mãos, se preparando para o golpe final.
De acordo com Humphrey Johnson, o golpe final veio de um
escocês que decapitou Barba Negra com um poderoso golpe de su
spada, “deixando-a pendurada em seu ombro”, presa por um pedaço
carne. O autor do livro História geral… discorda, dizendo que Bar
Negra morreu de repente “enquanto estava armando outra pistola”
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nalmente sucumbindo às suas feridas. Em cartas aos amigos e paren
Maynard não disse como Barba Negra morreu, mas observou que e
aiu “com cinco tiros nele e vinte cortes mortais em várias partes do
orpo”. A briga durou menos de seis minutos, durante os quais todos
iratas que embarcaram foram mortos sem matar sequer um dos hom
de Maynard, embora ele tenha relatado que vários “estavammiseravelmente cortados e mutilados”.
O Ranger chegou ao lado para ajudar a acabar com os piratas
estantes a bordo do Adventure, que foram vencidos numa proporção
quase três por um. Muitos pularam na água, onde os marinheiros dMarinha os pegaram. (De acordo com o relatório de ação do capitã
Gordon, um dos piratas conseguiu chegar à praia, não resistiu aos
ferimentos e foi “descoberto alguns dias depois nos recifes, devido
aves que pairavam sobre ele”.) Um dos marinheiros do Ranger tinh
sido morto por fogo amigo, trazendo o número total de vítimas daMarinha para onze mortos e mais de vinte feridos. Os vencedores
tiveram mais um susto do lado de fora do quarto de pólvora do
Adventure: Eles descobriram um pirata negro chamado Caesar, fósfo
m mãos, lutando para se libertar do comerciante Samuel Odell e de
dos seus tripulantes, de modo que pudesse seguir a última ordem d
Barba Negra: Em caso de derrota, exploda todos eles em pedacinho
Caesar foi contido com sucesso e se tornou um dos catorze pirata
prisioneiros – nove brancos e cinco negros – que foram levados em
custódia. Odell, seu corpo tendo “nada menos do que setenta ferida
também foi preso, embora tenha sido liberado depois.
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Após a batalha, os homens de Maynard revistaram o Adventure
sperança de encontrar uma profusão de ouro e prata espanhóis. Em
sso, encontraram um pouco de ouro em pó, alguns itens feitos de p
(incluindo a taça roubada de William Bell) e “outras coisas pequen
aqueadas”. Eles também encontraram a carta recente de Tobias Kni
para Barba Negra e uma série de papéis que ligavam Knight e Eden
pirataria de Barba Negra. A tenda na praia ocultava os restos de car
dos navios franceses: cento e quarenta sacos de cacau e dez barris d
çúcar. Se Barba Negra tinha acumulado uma riqueza fantástica, ele
a mantinha com ele em Ocracoke.
Quer tenha sido decepada durante ou após a batalha, a cabeça
arba Negra foi colocada no gurupés do Adventure: um troféu grote
que daria aos marinheiros uma recompensa de cem libras quando el
oltassem para a Virgínia. Maynard ordenou que o corpo decapitado
Barba Negra fosse lançado no estreito de Pamlico, onde, segundo nda, ele boiou dando a volta ao redor do Adventure três vezes ante
afundar na água escura.
Devido a uma onda de mau tempo, Maynard e Brand não se
encontraram até 27 de novembro, quando o tenente se aproximou d
Bath para entregar as evidências encontradas contra Knight e Eden
Brand já estava furioso com Knight, que, segundo ele, estava
colocando uma abundância de dificuldade, aconselhando o governa
não me ajudar e constantemente justificando as atitudes dos pirata
O chefe de Justiça tinha “negado completamente que qualquer
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mercadoria pirata estivesse em sua plantação”. Brand agora confront
Knight com as provas incriminatórias da carta para Barba Negra, o
“memorando no livro de bolso de Thache” e depoimentos de vária
testemunhas que tinham participado do descarregamento do saque
Knight finalmente “admitiu tudo” e mostrou a Brand vinte barris d
çúcar e dois sacos de algodão “cobertos com forragem” em seu cele
Eden, vendo que o jogo tinha começado, ordenou que seu oficial
entregasse a Brand seis escravos e sessenta barricas de açúcar que
tinham pertencido a Barba Negra ou aos seus homens e estavam na
posse do governador. Brand também rastreou “vários piratas à espre
em Bath”, incluindo o contramestre de Barba Negra, Israel Hands, qo final concordaria em testemunhar contra seus companheiros em tr
de sua vida. O valor total da carga encontrada em Bath e Ocracoke f
estimado em pouco mais de duas mil e duzentas libras, incluindo
próprio Adventure.
O tenente Maynard retornou a Hampton no Adventure em 3 d
janeiro de 1719, com a cabeça de Barba Negra ainda pendurada no
urupés. Quando ele passou pelo HMS Pearl , saudou o capitão Gord
com todos os nove canhões do Adventure. Gordon ofereceu ao seu
tenente uma honra rara: uma saudação igual em retorno de uma da
agatas da Sua Majestade. Gordon e Maynard apresentaram a cabeça
Barba Negra ao governador Spotswood, que ordenou que ela ficass
pendurada em um poste alto no lado oeste do rio Hampton, num lug
hoje conhecido como Blackbeard’s Point [Promontório do Barba
Negra], como uma advertência macabra para supostos piratas.
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Em poucas semanas, Maynard seria um nome familiar de Nov
nglaterra a Londres, Port Royal e mais além. Em Boston, um Benjam
ranklin de treze anos de idade, então aprendiz de tipógrafo, escreve
publicou uma “canção de marinheiro” sobre a realização de Maynar
ue ele vendeu na rua. O texto foi perdido, com exceção de uma estr
final com os versos
É melhor nadar no mar abaixo
Do que balançar no ar e alimentar o corvo,
Diz o alegre Ned Teach de Bristol
A expedição manteve o sistema judicial ocupado por muitos annquanto os vários interessados tentavam acertar suas contas uns com
outros. Em 12 de março de 1719, os prisioneiros foram julgados n
Capitólio em Williamsburg e, exceto por de Samuel Odell, foram
considerados culpados. Treze piratas foram executados, e seus corp
ficaram pendurados em forcas amarradas ao longo do caminhoHampton–Williamsburg. O último, Israel Hands, foi libertado pouc
antes da execução, devido à chegada oportuna de um navio que
transportava uma extensão do perdão do rei, um evento que também
salvou William Howard. Com base nas provas recolhidas por Brand
Maynard, Tobias Knight foi levado a julgamento na Carolina do No
por conspirar com os piratas; ele foi considerado inocente, em gran
arte porque conseguiu que o testemunho dos quatro homens negros
tripulação de Barba Negra fossem descartados porque, como
argumentou, “pelas leis e costumes de toda a América” o testemunh
os negros não tinha “qualquer validade contra qualquer pessoa bran
que fosse”. Eden ameaçou processar Brand por invasão das terras d
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nhores proprietários da Carolina do Norte e brigou durante meses c
Spotswood sobre a legalidade da invasão e da posse do saque, embo
tais tentativas não tenham dado em nada. Edward Moseley e Mauri
Moore invadiram a casa de um oficial numa tentativa frustrada de
encontrar evidências ligando Eden a Barba Negra e foram pegos,
julgados e condenados por sedição. De sua parte, Robert Maynardentrou com uma ação judicial malsucedida contra Gordon e Brand
depois que os capitães decidiram dividir o dinheiro da recompensa
Spotswood entre a tripulação do Lyme e do Pearl , e não apenas ent
aqueles que tinham lutado em Ocracoke; no final, a maioria dos
marinheiros recebeu apenas uma libra por sua parte na batalha.
Em Charleston, os tribunais não só tinham estado ocupados, el
tinham literalmente estado sob cerco. Os habitantes estavam em
desacordo sobre o destino de Stede Bonnet e dos outros piratas quecoronel William Rhett tinha capturado em Cape Fear. A maioria do
colonos estava feliz, sem dúvida, pelos autores de alguns dos últim
loqueios estarem finalmente sendo levados à Justiça. Esse sentimen
era particularmente forte entre comerciantes e plantadores que tinha
erdido navios e cargas nesses incidentes. Mas havia um grande númde pessoas em Charleston que apoiavam os piratas, e seu sentiment
uperava o de seus opositores na Carolina do Norte e na Virgínia. E
grupo incluía um grande número de piratas perdoados e ex-
contrabandistas de Nassau, bem como serviçais, marinheiros, negro
vres e outros membros do enorme contingente das classes inferiores
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Carolina do Sul. Bonnet, eles argumentaram, era “um cavalheiro, u
homem de honra, um homem de fortuna e um homem que teve um
educação liberal”. Seus tripulantes eram vistos como heróis, homen
sem medo de confiscar os bens de homens ricos ou de beber à
ondenação do pretenso rei da Grã-Bretanha. Eles insistiram, não mu
discretamente, que todos os piratas deveriam ser libertados.
Como Woodes Rogers em Nassau, o governador Johnson não ti
nta certeza de que podia manter os piratas sob custódia. A Carolina
ul tinha acabado de lutar numa grande guerra indígena, e a mão de o
estava escassa. Charleston não tinha prisão alguma, então Johnson orçado a prender os piratas no Tribunal de Guarda, um pequeno pré
de dois andares que ficava na Half-Moon Battery, uma fortificação
beira-mar na rua Bay. As paredes de madeira da estrutura tinham
inúmeras janelas, tornando-a menos segura, apesar da presença de
guardas armados. Como uma concessão à gentileza de Bonnet – e paimpedi-lo de conspirar com os seus homens –, Johnson prendeu o
apitão pirata na casa de Nathaniel Partridge, o oficial administrativo
colônia, onde “sentinelas eram colocados no início da noite” para
proteger contra fugas. Com esses arranjos improvisados, Johnson
sperava segurar os piratas de 3 de outubro, quando eles foram trazid
até 28 de outubro, quando seu julgamento estava agendado para
começar.
No entanto, na noite de 24 de outubro de 1718, Bonnet escapou
casa do administrador com a ajuda de Richard Tookerman, um
comerciante que tinha feito uma pequena fortuna contrabandeando
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mercadorias para lá e para cá das Bahamas quando elas estavam sob
domínio de piratas. Partridge pode ter sido cúmplice na fuga, que
parentemente aconteceu sem dificuldade; ele foi demitido poucos d
epois. Curiosamente, Bonnet fugiu na companhia de David Herriot,
homem que tinha sido recrutado à força e que quase certamente ter
sido absolvido, já que ele havia se transformado em testemunha doEstado naquela manhã, dando um longo depoimento contra os pirat
Ele tinha sido transferido do Tribunal de Guarda para a casa do
administrador como uma recompensa por sua cooperação. No entan
erriot escolheu fugir com Bonnet. No momento em que o alarme so
eles estavam na metade da travessia do porto, na canoa de Tookermaremada por vários de seus escravos pretos e índios.
Não muito tempo depois, Charleston caiu em desordem civil. O
etalhes do evento que veio a ser chamado de “as perturbações” não
claros, mas por passagens e referências em documentos legaisosteriores, parece que um grupo armado cercou o Tribunal de Guar
a tentativa de libertar os piratas restantes. “Nós não podemos esque
por quanto tempo esta cidade tem trabalhado sob o cansaço de assis
aos piratas e quais perturbações foram recentemente feitas com o
bjetivo de liberá-los”, o advogado assistente general Thomas Hepwo
disse poucos dias depois. “Nós estávamos aparentemente em perigo
perder nossa vida nas últimas perturbações quando, em nome da hon
da Carolina, os manifestantes ameaçaram na nossa frente colocar fo
na cidade.” O ataque, Hepworth concluiu, “mostra como é necessár
que a lei seja rapidamente executada para com eles, para o terror do
outros e para a segurança das nossas próprias vidas”. Os julgament
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omeçaram em 28 de outubro e, quando terminaram em 5 de novemb
inte e nove dos trinta e três prisioneiros foram considerados culpad
Vinte e dois foram enforcados três dias depois em White Point, um
península de terra pantanosa que saia do extremo sul de Charleston
Enquanto remavam para a Carolina do Norte, Bonnet e Herriotdepararam com uma tempestade que os obrigou a ir para terra na ilh
Sullivan, a apenas seis quilômetros ao sul de Charleston. Lá, em 8
novembro, eles foram emboscados por outro grupo de buscas lidera
por William Rhett. Houve uma breve troca de tiros, na qual Herriot
orto e dois escravos foram feridos. Bonnet foi recapturado, levado pharleston e, em 12 de novembro, considerado culpado de pirataria.
uma estranha coincidência, o juiz chefe era Nicholas Trott, sobrinho
homônimo do governador desonrado das Bahamas que tinha ajudad
Henry Avery a ser libertado. Se Bonnet tinha esperança de que o
sobrinho de Trott pudesse conceder-lhe clemência, ele ficoudecepcionado. “Você deve ir daqui para o lugar da execução”, o ju
Trott lhe disse, “onde deve ser enforcado até morrer”.
Dizem que Bonnet fez uma exibição tão patética ao ouvir ess
entença que alguns cidadãos de Charleston – a maioria deles mulhe
apelou ao governador para poupar sua vida. De acordo com o autorvro História geral …, o governador também foi abordado por “algu
os amigos de Bonnet” com uma proposta de enviar o pirata cavalhe
para a Inglaterra “para que o seu caso pudesse ser levado à Sua
Majestade”. Dizem que o coronel Rhett se ofereceu para ir com Bon
para angariar fundos para pagar a viagem. Essas e outras intervenç
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evaram Johnson a adiar a execução de Bonnet sete vezes, conforme
Original Weekly Journal [Semanário Original] de Londres relatou m
arde, uma situação que irritou tanto os comerciantes da cidade que e
abordaram o governador “em um grupo” e exigiram a “execução
imediata do infrator”. Bonnet, temendo que o fim estivesse próxim
escreveu uma carta lamuriosa ao governador, implorando que eleolhasse para ele com olhos de piedade e compaixão” e “pensasse n
como um objeto para sua misericórdia”. “Faça de mim um servo
subalterno à sua honra e a este governo, e receberá a boa vontade d
meus amigos, a ser vinculada ao meu bom comportamento e ao
tendimento constante das suas ordens.” O governador não se comov
Em 10 de dezembro de 1718, o major Stede Bonnet foi conduz
ao patíbulo em White Point e enforcado.
Notícias das “perturbações” e da execução dos homens de Bon
viajaram rapidamente até Nassau, convencendo Woodes Rogers e s
onselho de administração da necessidade de agirem rapidamente co
os dez piratas que tinham sob custódia a bordo do Delícia.
Rogers estava, no mínimo, numa posição mais vulnerável do qugovernador Johnson. Até a sua chegada, as Bahamas tinham sido o
epicentro da pirataria no Atlântico, e apesar da partida de muitos, o
iratas e seus seguidores ainda constituíam a maioria dos habitantes
Nova Providência. Ao final de novembro de 1718, Rogers mal tinh
omens suficientes para manter seus dez prisioneiros sob guarda, me
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ainda para defender a colônia contra Vane ou uma frota de invasão
espanhola. Sua Companhia Independente tinha sido dizimada pela
doença, que até matou seu médico1. Das quatro embarcações que e
trouxe, ficou sem três: o Buck , de dez canhões, roubado por piratas
Willing Mind , de vinte canhões, naufragado num banco de areia, e
amuel , de seis canhões, que voltou a Londres para garantir mais tro mantimentos2. A única coisa que estava entre Rogers e seus inimig
era o Delícia, um forte mal guarnecido e em ruínas, e a influência d
Hornigold, Cockram e Josiah Burgess. Tinha chegado o momento p
um teste final de vontades entre Rogers e os simpatizantes piratas d
ilha.
Em 9 de dezembro, os prisioneiros foram levados para o forte
escoltados até a sala da guarda onde o julgamento seria realizado
Robert Beauchamp, presidente da Companhia Independente, antes
entrar no recinto, ordenou que todos os sessenta de seus soldadosobreviventes guardassem as entradas. Ele se sentou com Rogers, com
hefe de Justiça William Fairfax e com outros cinco homens que Rog
tinha nomeado como juízes, incluindo o capitão pirata arrependid
Burgess (agora um oficial da milícia) e Thomas Walker, que sem
úvidas estava feliz por finalmente estar presenciando o julgamento
piratas das Bahamas. O julgamento durou dois dias, durante os qua
numerosas testemunhas confirmaram a culpa de nove dos piratas. O
ltimo, John Hipps, provou ter sido recrutado à força e foi absolvido
sto, incluindo o ex-canhoneiro de Barba Negra, William Cunningh
oi condenado à morte por enforcamento, com a execução marcada p
dois dias depois. Alguns dos homens pediram a Rogers para adiar
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execução, mas o governador recusou. De acordo com o registro do
ulgamento, “o governador disse-lhes que, a partir do momento em q
foram apreendidos, eles deveriam ter se considerado condenados”
Na manhã de 12 de dezembro, um grupo de trezentas pessoas
ormou na base da muralha nordeste do forte, na orla de areia onde uorca havia sido erguida à beira d’água. A multidão consistia quase q
inteiramente de ex-piratas que poderiam ter ido lá para interromper
rocesso. “Poucos homens além dos adeptos do governador eram ape
spectadores da tragédia”, o registro oficial do julgamento dizia, “ma
maioria era de quem ultimamente merecia o mesmo destino”. Às dehoras da manhã, os nove prisioneiros foram desacorrentados de sua
elas pelo oficial administrativo e conduzidos, sob forte vigilância, a
parte superior da plataforma. O comportamento da multidão era
irregular. Alguns aplaudiam seus antigos irmãos, outros olhavam
cautelosamente para as muralhas de onde o canhão pesado os miravpara os cem soldados, marinheiros e oficiais armados posicionado
espaçadamente em torno do perímetro da forca. De pé em cima da
lataforma, os prisioneiros foram intimidados, incluindo seu líder, J
Auger, que estava vestido com roupas sujas e não tinha nem tomad
anho nem feito sua barba. Por outro lado, Dennis McCarthy, de vin
oito anos de idade, e Thomas Morris, de vinte e dois, estavam vestid
stosamente, com fitas longas azuis e vermelhas adornando seus pul
pescoço, joelhos e cabeça. Morris estava de bom humor, sorrindo co
equência. McCarthy olhou para a multidão alegremente antes de gr
que “ele conheceu uma época em que existiam muitos companheiro
orajosos na ilha que não o deixariam morrer como um cão”. Jogou c
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um de seus sapatos por cima da parede e para o meio da multidão
acrescentando que “alguns amigos dele tinham muitas vezes dito qu
morreriam em seu lugar, mas que ele iria torná-los mentirosos”. A
multidão murmurou, mas ninguém tentou correr para a fortaleza be
guardada. A pedido dos presos, o padre huguenote da ilha leu vária
rações e salmos, e “todos os presentes participaram”. Quando o parminou, o administrador conduziu os presos, um a um, pela platafor
subindo a escada para a forca. Thomas Morris parou no topo da esc
para ironizar: “Nós temos um bom governador, mas ele é rigoroso”
Perto do fim da escada, nove forcas estavam penduradas em um úni
alco de madeira erguido sobre três grandes barris. Cada um dos pirafoi levado ao seu respectivo laço, e “o carrasco prendia as cordas co
estreza, como se ele tivesse servido em Tybourne”, o principal local
xecução de Londres, conforme o registro do julgamento observou. C
as mãos amarradas nas costas e o laço no lugar, os prisioneiros
ceberam, para distribuir entre eles, quarenta e cinco minutos para dsuas últimas palavras, beber sua última taça de vinho e cantar seus
últimos salmos diante da multidão barulhenta.
A maioria dos prisioneiros decidiu beber para amortecer o med
particularmente William Lewis, um ex-caçador de butins que estav
nsioso para brindar aos seus companheiros prisioneiros e espectado
Quando Lewis pediu mais vinho, um dos prisioneiros rabugentos
William Ling, rebateu que “a água era mais adequada para eles naqu
momento”. William Dowling, um irlandês de vinte e quatro anos d
dade, ficou tão bêbado que “seu comportamento no palco estava mu
solto”. McCarthy e Morris não tinham desistido da multidão,
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stimulando-os a correrem em direção ao palco. De acordo com o liv
História geral…, Morris começou a “acusar os espectadores de timi
covardia, como se fosse desonroso por parte deles não se levantarem
os salvarem da morte desonrosa que eles teriam”. Alguns dos “seu
elhos companheiros” e outros avançaram e “chegaram o mais próxim
do pé da forca permitido pela guarda”, de acordo com o relato ofici“mas perceberam que o que eles desejavam estava muito acima de s
poder para que pudessem fazer alguma coisa”.
O momento passou, Rogers se adiantou para anunciar o adiame
no último minuto da morte do jovem George Rounsivell, porque, comele explicou mais tarde: “Eu ouvi dizer que ele é filho de pais leais
bons em Weymouth”, na cidade natal de Rogers, Dorset. O jovem
sortudo foi desamarrado e levado para fora do local. Os homens d
dministrador, em seguida, agarraram as cordas amarradas aos barris
apoiavam o palco e esperaram pelo sinal de Rogers. Nesses últimoomentos, Morris gritou que ele “poderia ter sido uma praga maior p
essas ilhas e agora desejava realmente ter sido”.
Rogers deu o sinal, os guardas puxaram as cordas e, nas palavr
do registro oficial, “o palco caiu e os oito ficaram pendurados”. Ao
oito cadáveres balançando na forca diante das águas azuis plácida porto de Nassau, Rogers soube que ele tinha finalmente levado a
melhor.
Na verdade, Rogers iria perceber que as execuções tinham sido
golpe mortal para aqueles da ilha que queriam derrubar seu govern
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lgum tempo depois do Natal, vários moradores descontentes realiza
uma reunião secreta na qual eles arquitetaram um plano para mata
Rogers e seus oficiais “e, em seguida, entregar o forte para o uso do
ratas”. Mas a opinião de Nassau era contra os conspiradores. Algu
par da conspiração passaram as informações para Rogers, que orden
ue três dos líderes fossem presos “e punidos com chicotadas severaComo consequência das execuções, o golpe atraiu tão pouco apoio q
Rogers decidiu que seus novos prisioneiros não poderiam fazer-lh
nenhum mal. “Eu vou liberá-los”, ele escreveu ao secretário de Esta
ritânico algumas semanas mais tarde, “e ser mais cuidadoso” no futu
Sua casa estava segura, mas Rogers enfrentava outras ameaças.
ainda estava mantendo vigilância sobre os espanhóis e também sob
Charles Vane e um punhado de outros piratas verdadeiros que aind
operavam ao redor das Bahamas.
À medida que Vane navegava para o sul, saindo de Ocracoke n
meio de outubro de 1718, ele deve ter se sentido decepcionado. Tin
sido incapaz de convencer Barba Negra a unir forças com ele contr
Nassau e tinha menos que noventa homens a bordo do seu bergantim
doze canhões. Baseado no que seus informantes lhe disseram, até
mesmo as forças esgotadas de Rogers em Nova Providência seriam
apazes de resistir a um ataque por um contingente tão pequeno. Se
quisesse derrubar o governador e restaurar a república pirata, teria q
esperar até ter acumulado uma força maior ou até que os espanhói
vadissem mais uma vez, destruíssem o governo e abandonassem a i
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Por enquanto, ele teria que se contentar com alvos menores e mais
fáceis. A ilha Harbour também era forte demais para ele, suas
fortificações bem guarnecidas e mantidas por Richard Thompson e
Cockrams. A vila agrícola na Eleutéria adjacente era outra questão
Havia apenas algumas famílias vivendo em toda a ilha de trezentos
vinte quilômetros quadrados, que só conseguiriam reunir uma força
milícia de setenta pessoas. Vane propôs que eles saqueassem Eleuté
rmazenassem mantimentos e seguissem para o sul, em direção à pou
povoada São Domingos, para estabelecer seu próprio acampament
pirata e esperar que os eventos se desdobrassem nas Bahamas ali a
lado. O bando, que incluía o intendente “Jack Calicô” Rackham e primeiro imediato Robert Deal, concordou.
O ataque a Eleutéria foi um sucesso completo. Os piratas fora
para terra, saquearam os habitantes, levando suas bebidas alcoólica
grande parte do seu rebanho de animais vivos, tudo quanto pudesse carregado. O bergantim partiu tão rapidamente quanto chegou, seu
conveses cheios de suínos, caprinos, ovinos e aves vivas, ingredient
ara muitos banquetes. Em 23 de outubro, enquanto seguiam para o
ravés das Bahamas, eles capturaram dois navios: um pequeno savei
o bergantim de quarenta toneladas Endeavor, de Salem, a caminho
casa vindo de Kingston. “Vane se abateu sobre ele, içou uma bande
preta e disparou um tiro nele”, o capitão do Endeavor , John Shattoc
depôs mais tarde. “Ele o mandou baixar o barco e ir a bordo de seu
avio, o que ele fez.” Aparentemente, a tripulação do barco de Shatto
ão remou rápido o suficiente, porque os piratas começaram a gritar
iriam “disparar uma pequena saraivada na direção deles se eles não
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pressassem”. Os piratas mantiveram os homens de Shattock a bordo
seu navio durante dois dias, batendo e abusando de seu capitão
enquanto saquearam toda a pólvora, sal e óleo de baleia do Endeavo
uando Shattock queixou-se da tortura, Robert Deal respondeu: “Da
e, cachorro velho, e diga onde o seu dinheiro está. Se nós o pegarm
em uma mentira, nós vamos condená-lo e o seu navio também”. Ocapitão assustado disse-lhes o que eles queriam saber e, no vigésim
quinto dia, foi colocado a bordo do Endeavor e autorizado a veleja
Vane manteve o menor saveiro como uma lembrança e o levou com
para São Domingos.
No caminho, os piratas viveram “de modo desordeiro” a bordo
bebendo muito e enchendo a barriga com a carne fresca dos anima
recém-abatidos. Talvez como resultado desses excessos, eles não
conseguiram capturar uma única embarcação durante a maior parte
mês. Mas, quando eles mataram os últimos frangos e beberam os resde seus barris de vinho, sua moral começou a minguar. Eles tinham
recusado o perdão na esperança de viver bem, adquirindo riquezas
importunando as forças do rei hanoveriano; agora estavam sóbrios
entediados e cheios de descontentamento.
O humor azedo aumentou em 23 de novembro, quando os vigiavistaram um grande navio equipado como fragata em uma posição
favor do vento. Vane ordenou que o bergantim e o saveiro o
perseguissem e ergueu uma bandeira preta em seu mastro principa
esperando que o navio se rendesse como quase todos tinham feito a
então. Em vez disso, o capitão do navio ergueu uma bandeira branc
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ravejada com minúsculas flores-de-lis de ouro: a bandeira da Marin
francesa. Os canos dos canhões rolaram para fora de suas até entã
despercebidas portinholas e, numa explosão estrondosa, o navio d
guerra francês detonou uma saraivada de todo o costado lateral na
direção do bergantim de Vane. Ao esconder suas armas até o últim
minuto, no entanto, os canhoneiros franceses aparentemente não forcapazes de mirá-los corretamente, já que o bergantim sofreu pouco
nenhum dano com esse pontapé inicial.
Vane não era de desistir de uma luta, mas vendo-se vencido em
número de armas, ordenou que seus navios virassem e fugissem paraento. A fragata francesa diminuiu suas velas e, para a surpresa de V
s seguiu. Então, como um prisioneiro mais tarde recordou, “os pira
igaram entre si” sobre como proceder dali para frente. Vane era a fa
e escapar, mas o intendente Jack Rackham e grande parte da tripula
queria enfrentar o navio de guerra, argumentando “que embora eletivesse mais armas e um peso de metal maior, eles poderiam embarc
ele e, então, os melhores iriam ganhar o dia”. Vane respondeu que “
uma iniciativa muito precipitada e desesperada, o navio de guerra
arecendo ter o dobro da força deles” – vinte e quatro canhões – “e q
seu bergantim poderia ser afundado antes que eles pudessem subir
ordo”. Deal e quinze outros piratas concordaram, mas os outros sete
e cinco apoiaram Rackham. Não disposto a embarcar no que ele
onsiderava uma missão suicida, Vane impôs sua posição, forçando
piratas a baterem em retirada por força de seu poder absoluto com
capitão enquanto eles estivessem “lutando, perseguindo ou sendo
erseguidos”. O bando ficou indignado mas, respeitando os artigos q
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eles tinham assinado, seguiram as ordens, fechando suas velas e
finalmente deixando a fragata francesa para trás.
O incidente custou caro a Vane. No dia seguinte, os piratas
stavam fora de perigo, pondo fim aos poderes de guerra de Vane. Ja
Rackham, vestido em suas estampas indianas multicoloridas, convocuma reunião da tripulação do navio para desafiar a liderança de Van
or um voto de confiança. “Uma resolução foi aprovada contra a hon
dignidade de Vane”, o autor do livro História geral… escreveu algu
anos mais tarde, “marcando-o com o nome de covarde, tirando-o d
omando e tirando-o da tripulação com marcas de infâmia”. Vane, De quinze legalistas foram colocados a bordo do saveiro que os pirat
tinham capturado ao largo de Long Island, com alguns mantimentos
munição. Rackham, que os piratas haviam elegido como seu novo
apitão, navegou o bergantim para longe, com destino à Jamaica. Va
tinha sido deposto do comando.
Depois de toda a sua bravata – desafiando a Marinha Real,
loqueando cidades, colocando colônias inteiras em um estado de te
–, a carreira pirata de Vane terminou com um gemido.
Reduzido a um único saveiro, quinze homens e um canhão ou d
Vane já não estava em posição de ameaçar os governos de Sua
Majestade, mas tentou se recompor mesmo assim. Enquanto navegav
ara o sul, na direção das costas cobertas de selva da baía de Hondu
le e Deal deram o melhor de si para transformar o navio insignifica
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num navio de guerra, montando canhões, mudando lastros e
modificando a mareagem. No final de novembro, permaneceram vári
dias ao largo da costa noroeste da Jamaica, capturaram duas pirágua
um saveiro e convenceram a maior parte ou toda a sua tripulação a
juntar ao bando. Deal assumiu o comando do segundo saveiro e o
piratas continuaram rumo ao sul. Eles chegaram a um ancoradouro aía de Honduras em 16 de dezembro, onde surpreenderam dois save
mercantes e os mantiveram para ajudar a querenar seus navios. Pouc
ias depois, Vane fez o que seria sua captura final: o Prince, um sav
e quarenta toneladas de Kittery, Maine, navegado pelo capitão Thom
Walden. Com seus homens agora separados em cinco embarcaçõesVane liderou o caminho para o seu destino final: as ilhas Bay, sesse
e quatro quilômetros ao largo da costa de Honduras.
As ilhas Bay eram o ninho perfeito para um capitão pirata em
recuperação. Elas tinham servido como refúgio para gerações desaqueadores, de Henry Morgan a John Coxon. Exuberantes,
montanhosas e fora do caminho, as ilhas tinham tudo o que os home
de Vane precisavam: fontes frescas, ancoradouros isolados, madeir
caça e recifes de corais coalhados de peixes localizados tão perto d
costa que era praticamente possível andar até eles. Vane montou um
acampamento em Guanaja, que tinha um ancoradouro na margem s
om nada menos do que sete entradas e saídas entre recifes pontiagu
bancos de areia. Lá, do final de dezembro ao início de fevereiro, V
impou suas embarcações, conversou com seus homens e festejou co
eixes, caranguejos e carne de porco salgada nas praias da ilha. No f
desse intervalo pacífico, Vane e Deal carregaram seus respectivos
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aveiros e zarparam para navegar pelo Continente Espanhol, sem dúv
a esperança de conquistar um “navio de força” que os colocaria no j
novamente.
Depois de poucos dias no mar, os piratas foram surpreendidos p
m furacão violento. Vane e Deal se perderam um do outro no meio marés altas e dos ventos uivantes e, depois de ser golpeado durante d
dias, o saveiro de Vane foi levado à costa de uma pequena ilha
esabitada na baía de Honduras. A embarcação quebrou-se em pedaç
a maior parte de sua tripulação e todos os alimentos e mantimentos
ordo foram perdidos. Vane sobreviveu, mas “enfrentou grandes apupor falta de suprimentos básicos”. Ele viveu como um náufrago po
várias semanas, sendo mantido vivo pela caridade de caçadores de
artaruga que passavam por lá, que vinham do continente em pequen
embarcações e lhe davam carne. Os caçadores de tartarugas deviam
um grupo muito miserável, já que Vane preferiu ficar na ilha em veze juntar a eles em seus acampamentos na selva. Ele sabia que um na
mercante inglês apareceria em busca de água ou lenha e o levaria d
volta à civilização.
Ele provou que estava certo quando, em algum momento no fin
do inverno ou início da primavera de 1719, um navio da Jamaicancorou na costa de sua ilha. Vane os cumprimentou e ficou surpreso
saber que o capitão era um velho amigo, um bucaneiro aposentado
ome Holford. Mas Holford sabia da reputação do seu velho amigo e
ecusou a levá-lo a bordo. “Charles, eu não confio em você a bordo
meu navio a menos que eu o leve como prisioneiro”, ele teria dito a
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irata. Caso contrário, “vou encontrá-lo conspirando com meus hom
para bater na minha cabeça e fugir com o meu navio para a pirataria
Ele deixou Vane em terra, dizendo a ele que voltaria em cerca de u
mês com uma carga de lenha. “Se eu o encontrar nesta ilha quando
voltar”, ele prometeu, “eu vou levá-lo para a Jamaica e enforcá-lo”
Felizmente para Vane, antes que o mês terminasse, um navio
diferente veio em busca de água, um cujo capitão e tripulação não
conheciam. Ansioso para sair da ilha, Vane deu um nome falso e s
inscreveu como tripulante para o resto da viagem.
Holford chegou ao ancoradouro logo em seguida e o capitão d
avio em que Vane agora era tripulante convidou Holford a bordo pa
jantar. Ao fazer o seu caminho através do convés para a cabine do
capitão, Holford por acaso olhou para baixo na direção do porão e v
Vane trabalhando. Ele foi direto para o capitão, um velho amigo dele
o informou da verdadeira identidade e da reputação do náufrago.Holford, que estava em sua rota de volta à Jamaica, ofereceu-se par
vá-lo à Justiça. Vane logo se encontrou na mira de uma arma enqua
os tripulantes de Holford o prendiam em ferros. A tripulação de um
navio mercante humilde havia capturado o pirata mais famoso das
Américas.
Uma ou duas semanas depois, Vane estava na Jamaica, como
prisioneiro do rei que ele tanto desprezava. Por razões que não são
laras, ele foi autorizado a apodrecer na prisão durante a maior parte
m ano, antes de ser levado a julgamento em Spanish Town, a capita
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Jamaica, em 22 de março de 1721. Ele sabia que não restava dúvid
sobre o veredito. Inúmeras testemunhas vieram depor contra ele:
capitães, tripulantes e passageiros de várias embarcações que ele tin
capturado, e até mesmo Vincent Pearse do HMS Phoenix, que relat
como Vane zombou do perdão do rei. Quando foi a vez de Vane
apresentar sua defesa, ele não chamou nenhuma testemunha e não fnenhuma pergunta. Sua carreira pirata tinha começado a bordo de u
dos corsários de lorde Hamilton. Agora era o sucessor de Hamilton
governador Nicholas Lawes, que pronunciava o que ele chamou de
ntença usual”: ser “enforcado pelo pescoço até morrer, e que o Sen
tenha piedade de sua alma”.
Na quarta-feira, 29 de março de 1721, Charles Vane foi enforca
em Gallows Point, Port Royal. Lawes ordenou que seu corpo foss
cortado, levado a Gun Cay, na entrada do porto, onde deveria fica
endurado por correntes em uma forca para todos os marinheiros verAo longo dos meses e anos que se seguiram, eles o assistiram
desaparecendo pouco a pouco, devastado por pássaros, insetos e o
elementos, até que tudo o que restava de Vane – e da Era de Ouro d
Pirataria – eram as histórias contadas na frente da lareira da taberna
em redes entre os conveses de milhares de navios miseráveis e
barulhentos.
ames Buett morreu por volta do começo de janeiro de 1719, quando ele foi substituído por John Howell, o médico cobiça
ornigold e Bondavais.
Samuel partiu para a Inglaterra em 11 de novembro, enquanto o Willing Mind foi perdido enquanto transportava carga recue volta de Green Turtle Cay.
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EPÍLOGO
O fim da pirataria
1720-1732
Com a execução dos piratas em Nassau em dezembro de 1718, Woodes Rogers não receava
e seu governo fosse derrubado por um golpe de Estado, mas a ameaça dos espanhóis perman
rante todo o inverno de 1718-1719, ele fez o melhor que pôde para colocar a colônia empobr
ma boa posição defensiva, obrigando seus súditos indolentes a escorar o Forte Nassau, escrev
didos de reforços e implorando, sem sucesso, por apoio naval de Chamberlaine, comandan
quadra da Jamaica. Em março de 1719, ele recebeu a notícia oficial de que a Grã-Bretanh
panha estavam novamente em guerra1 e prontamente entregou cartas de corso para muitos do
atas das Bahamas, a maioria dos quais provavelmente estava ansiosa para voltar ao tra
melhante ao dos piratas. Quando seu governo ficou sem recursos financeiros pouco tempo de
gers pagou, alimentou e abasteceu os marinheiros e soldados da colônia com dinheiro d
óprio bolso, esperando ser reembolsado por seus colegas investidores ou pela Coroa. Asses esforços, Rogers sabia que as Bahamas não estavam de forma alguma prontas para re
ma tentativa séria de invasão.
Uma frota de invasão espanhola partiu de Cuba em maio de 17
ransportando de três mil a quatro mil soldados. Se ela tivesse ataca
Nova Providência, como planejado, ela certamente teria esmagado defesas fracas da ilhas. No caminho, no entanto, o comodoro espanh
ecebeu a notícia de que os franceses – então aliados da Grã-Bretanh
tinham capturado uma fortaleza estrategicamente importante em
ensacola. A frota, portanto, virou-se e partiu para aquele assentame
na costa do Golfo da Flórida, poupando as Bahamas por mais nov
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meses.
Rogers continuou empurrando e cutucando os cidadãos “muit
preguiçosos” de Nassau para que eles terminassem o forte. Uma
experiência próxima a uma invasão fez com que todos ajudassem, m
apenas por algumas semanas, após as quais a maioria abandonou selocais de trabalho, deixando Rogers com “alguns dos melhores del
…] os negros e os meus próprios homens”. Sem receber nenhum ap
nanceiro da Coroa, ele continuou comprando materiais de guerra vi
no crédito – um valor de vinte mil libras até o final de 1719, uma pa
dele no seu próprio nome, ao invés de no nome de seu grupo deinvestimento. Muitos fornecedores começaram a cortá-lo por falta d
agamento. “Não tendo nenhuma notícia das minhas contas serem pa
em casa, eu sou forçado a ficar numa dívida muito grande”, ele alert
os funcionários do Conselho do Comércio e Plantações no início d
720. “Eu preciso continuar fazendo isso ou nós vamos morrer de foou virar sacrifício para os espanhóis.” Sua carta ficou sem resposta
assim como todas as outras cartas que ele lhes tinha enviado. Na
erdade, ele não tinha recebido resposta de ninguém no governo cen
durante a maior parte de um ano. Com os piratas derrotados, a
administração do rei George parecia ter se esquecido da existência d
Bahamas. Rogers também não tinha recebido muito apoio da Marinh
ujos capitães, nas palavras de Rogers, tinham “pouca consideração
ta jovem colônia”. Em seu primeiro ano como governador, apenas d
navios de guerra visitaram Nassau: um para entregar correspondênc
oficial, o outro – o Rose, do capitão Whitney – forçado a vir em bus
de água doce pelas más condições de navegação. “Eu observei um
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insatisfação geral por parte do governador”, Whitney bufou num
elatório ao almirantado. Rogers ainda estava “reclamando por falta
ajuda, que eu temo que ele e seus companheiros investidores sempr
rão até terem resgatado seus créditos” – pago suas contas – “por to
América”.
Mesmo assim, quando uma frota de invasão espanhola apareceu
costa de Nassau em 24 de fevereiro de 1720, Rogers foi capaz de
enfrentá-los com um forte com cinquenta canhões, o batedor de de
canhões, Delícia, cem soldados e quinhentos milicianos armados. P
sorte, a fragata de sexta classe HMS Flamborough (vinte e quatroanhões) estava em Nassau no momento, embora Rogers tenha tido q
ntimidar seu rude capitão, John Hildesley, para ficar e defender a il
Os espanhóis, por outro lado, tinham três fragatas de quarenta, vinte
eis e vinte e dois canhões, um bergantim de doze canhões, oito save
armados e uma força de invasão de mil e trezentos homens. As defesde Rogers dissuadiram os espanhóis de um ataque direto ao porto. E
ez disso, eles desembarcaram na parte de trás da ilha Hog e, no meio
oite, tentaram atravessar o estreito canal oriental em pequenos barc
Um par de sentinelas heroicos – ambos negros livres – de alguma for
onseguiu disparar saraivadas de mosquete suficientes para assustar
espanhóis, que bateram em retirada. Ironicamente, dois homens qu
provavelmente tinham sido escravos salvaram Rogers, um traficante
escravos profissional.
As Bahamas estavam seguras, mas o esforço esgotou os recurs
sicos e financeiros de Rogers. O governo imperial continuou a igno
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uas cartas, os comerciantes a lhe negarem crédito e a economia de s
olônia permaneceu paralisada por falta de colonos produtivos. Rog
tava com uma saúde tão frágil que quase morreu em duas ocasiões.
novembro de 1721, ele passou seis semanas na Carolina do Sul,
esperando que um descanso no clima mais fresco e no ambiente ma
ameno de Charleston recuperasse a sua saúde. Em vez disso, eleencontrou uma cidade em convulsão política e, enquanto estava lá, f
ferido num duelo com o capitão Hildesley do HMS Flamborough p
ausa de “disputas que eles tiveram em Nova Providência”. Ele mand
um último conjunto de cartas para Londres antes de retornar para
Nassau, implorando por apoio e instruções. Elas, como muitos outrantes, ficaram sem resposta.
Por volta do meio do inverno, Rogers não aguentava mais. “Eu
posso mais viver na situação na qual fui deixado desde a minha
hegada”, ele escreveu ao Conselho do Comércio em 23 de fevereiro722. “Não tenho nenhuma outra satisfação neste lugar e nesta condi
e abandonado, exceto ter cumprido meu dever para com Sua Majest
e meu país, embora tenha sido às custas da minha inteira ruína.”
Deixando a colônia nas mãos de William Fairfax, Rogers navegou p
Inglaterra um mês depois, na esperança de que reuniões cara a cara
rovassem mais produtivas do que suas cartas. Ele chegou a Londres
agosto, justamente para descobrir que o rei George o havia demitido
que um novo governador já estava a caminho de Nassau. Pior, seu
ócios investidores tinham liquidado a Copartners, não fazendo nenh
eembolso das seis mil libras que Rogers tinha adiantado em seu no
essoal. Rogers estava arruinado mais uma vez. Seus credores partir
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para cima dele e, em pouco tempo, ele estava trancado na prisão d
devedores. O homem que tinha capturado um galeão de Manila,
dispersado os piratas do Caribe e defendido com sucesso uma poss
estratégica fundamental contra uma força de invasão duas vezes mai
que a dele foi deixado atrás das grades.
Muitos ex-piratas se tornaram corsários durante o curso da Gue
da Quádrupla Aliança, com vários graus de sucesso. Benjamin
Hornigold, fundador da república pirata, recebeu sua licença de Rog
e navegou contra os piratas espanhóis partindo do abrigo familiar dporto de Nassau. Na primavera de 1719, enquanto espreitava perto
Havana, sua embarcação foi capturada por um navio e um bergantim
espanhol; ou ele morreu na batalha ou em uma prisão cubana, já qu
seus colegas das Bahamas nunca mais o viram. Josiah Burgess, qu
chegou a ser o terceiro pirata mais poderoso de Nassau, serviu Rogeomo tenente da Companhia Independente, depois como juiz do tribu
do vice-almirantado e finalmente como corsário. Na última função, s
avio naufragou perto de Ábaco; Burgess se afogou, junto com Geor
Rounsivell, o jovem que Rogers tinha perdoado na forca, que havi
voltado para a água para tentar resgatá-lo.
Henry Jennings e Leigh Ashworth operaram navios corsários d
amaica. Jennings foi particularmente bem-sucedido, chegando a No
York em outubro de 1719 em seu fiel Barsheba com dois bergantin
uma saveiro tomados dos espanhóis na costa de Vera Cruz. Jenning
obreviveu à guerra e retornou ao serviço respeitável de comerciante
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Bermudas. Em 1745, durante a Guerra da Sucessão Austríaca, seu
aveiro foi capturado nas Índias Ocidentais; a prisão pode ter sido fa
ara um homem de sessenta e poucos anos. O destino de Ashworth n
ficou claro, mas em maio de 1719 ele havia novamente cruzado a lin
entre o corso e a pirataria, atacando um dos corsários de Rogers e
sequestrando um dos filhos de Thomas Walker na costa de Cuba.
Outros pularam essa linha com ambos os pés; principalmente
ninguém menos famoso do que o antigo intendente de Vane, “Jack
Calicô” Rackham.
A Rackham não faltava coragem, mas talvez discernimento. Dep
de abandonar Vane em novembro de 1718, ele convenceu seu bando
avegar pela costa da Jamaica, um ambiente particularmente perigoso
ue a ilha era a casa da frota da Marinha Real das Índias Ocidentais m grande número de navios mercantes armados. Com o risco vieram
recompensas. Em 11 de dezembro, os piratas perseguiram o navio
mercante Kingston, conquistando-o tão perto de Port Royal que o
habitantes da cidade assistiram ao ataque. O navio, como eles
descobriram, estava transportando uma carga avaliada em vinte mi
bras, grande parte dela na forma de muitos relógios de ouro escondi
na carga volumosa. Seus proprietários jamaicanos não iam deixar u
roubo tão descarado ter sucesso. Como sempre, não havia navios d
guerra no porto, mas, com a bênção do governador, os proprietário
equiparam um par de embarcações corsárias para recuperar seu navi
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Três meses depois, no início de fevereiro de 1719, os corsário
nalmente encontraram o Kingston em Isla de los Piños, ao sul de Cu
O bergantim de Rackham estava ancorado ao lado, mas a maior parte
sua tripulação estava em terra, dormindo para se recuperar da ressac
sob as velas do bergantim, que eles tinham convertido em tendas e
oldos temporários. Surpreso e sem condições de se defender, o ban
e Rackham fugiu para a floresta, escondendo-se lá até os corsários i
embora levando o Kingston e a maior parte de sua carga. Rackham
seus homens ficaram com dois barcos, uma canoa, algumas armas d
pequeno porte, vinte relógios de prata e vários grandes fardos de me
de seda e chapéus enfeitados. Depois de vestir as roupas elegantes, iratas se dividiram sobre como prosseguir. Com seus prisioneiros, e
inham ficado sabendo que o rei George havia prorrogado o seu perd
(a mesma prorrogação que havia permitido que alguns dos homens
Barba Negra escapassem da forca na Virgínia). Rackham e seis
seguidores decidiram aceitar o perdão em Nassau, onde eles poderiaalegar que Vane os tinha forçado à pirataria. Eles partiram num do
barcos e fizeram seu caminho em torno da ponta oriental de Cuba
capturando vários barcos espanhóis ao longo do caminho.
Rackham chegou a Nassau em meados de maio de 1719 e
onvenceu Rogers a perdoar seus homens. Eles viveram em Nassau p
um tempo, vendendo relógios e meias, bebendo em tabernas e bordé
que ainda permaneciam funcionando. (Rogers, que continuou a
distribuir panfletos religiosos protestantes aos ex-piratas,
resumivelmente apertou o cerco contra alguns dos excessos morais
Nassau.) À medida que seu dinheiro acabava, os amigos de Rackha
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am embora em navios corsários ou saveiros mercantes. Rackham, co
sua parte dobrada do saque, por ser capitão, durou mais. Durante es
tempo, ele se familiarizou com uma das prostitutas mais indignas d
Nova Providência, Anne Bonny, esposa de James Bonny, um pirat
comum que havia se tornado um dos informantes de Rogers. Rackha
gostou da jovem mulher ardente, que xingava como um pirata e tinh
traído o marido em muitas ocasiões. Ele gastou a última parte do se
inheiro cortejando-a, depois partiu numa das últimas missões de co
e Burgess e gastou sua parte nos lucros com sua nova paixão. Os d
e apaixonaram e, em algum momento da primavera ou início do ver
de 1720, procuraram James Bonny para buscar a anulação de seuasamento. Bonny concordou em fazê-lo em troca de um pagamento
dinheiro substancial, mas eles precisariam de uma testemunha
espeitável para assinar os papéis apropriados. Eles escolheram mal
testemunha. Richard Turnley, um marinheiro desprezado em algun
rculos por ter pilotado o HMS Rose com segurança até o porto quaRogers chegou, não só se recusou a atuar como testemunha, mas
nformou ao governador Rogers sobre a situação. Rogers, talvez dep
e ter lido muitos dos panfletos religiosos que ele tinha trazido com
sse a Bonny que se ela anulasse seu casamento, ele a jogaria na pri
onde forçaria Rackham a chicoteá-la. Anne “prometeu ser muito boviver com seu marido e não ter mais relacionamentos avulsos”. Ela n
tinha intenção nenhuma de fazer qualquer uma dessas coisas.
Incapazes de continuar com seu relacionamento em terra, Rackh
e Bonny decidiram levá-lo para o mar, como piratas. O casal recruto
meia dúzia de ex-piratas descontentes, bem como uma amiga íntima
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Anne, uma marinheira travestida chamada Mary Read. O autor do liv
História geral… erroneamente afirmou que Bonny e Read se
conheceram no mar, quando Read, vestida como um homem, foi
ecrutada à força para o serviço a bordo do saveiro pirata de Rackha
De acordo com esse relato repetido frequentemente, Bonny gostou
recruta de rosto jovem, só descobrindo seu verdadeiro sexo depois entar seduzi-lo. Dizem que Read explicou que sua mãe a tinha cria
omo um menino, a fim de fazer com que ela se passasse como filho
utro homem, e que ela tinha servido como um marinheiro e soldado
nfantaria e tinha vindo para Nassau quando os piratas capturaram u
avio mercante no qual ela estava servindo. Realmente, as duas mulhodem muito bem terem se conhecido depois de Bonny confundir R
om um homem jovem e bonito, mas o encontro certamente não ocor
no mar, mas em Nassau. Sabemos disso porque no momento em qu
Rackham e Bonny decidiram ir para a pirataria juntos, Mary Read n
ó estava com eles, mas sua identidade e gênero já eram bem conhecielo governador Rogers, que identificou as mulheres pelo nome em
anúncio oficial divulgado para os jornais de Boston.
O relato está parcialmente correto: as mulheres de fato se tornar
ratas travestidos. No final da noite de 22 de agosto de 1720, Rackh
Anne Bonny, Mary Read e seis homens roubaram um dos navios ma
rápidos das Bahamas, o William, um saveiro de doze toneladas e se
anhões pertencente ao corsário John “Prenda-me se for Capaz” Ham
vigia a bordo do Delícia desafiou os piratas enquanto eles deixava
porto, mas estes se livraram de problemas conversando com ele,
alegando que iam ficar fora do porto durante a noite, depois de ter
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uebrado sua linha de âncora. Em vez disso, eles levaram o William p
a parte de trás de Nova Providência e começaram a saquear canoas d
pesca e outras embarcações de locais espalhados pelas Bahamas, se
números crescendo, já que marinheiros descontentes e ex-piratas s
untavam ao seu bando. Rackham e Bonny também saíram de sua ro
para rastrear Richard Turnley, que eles sabiam que estava caçandortarugas numa das ilhotas exteriores das Bahamas. Eles destruíram
barco e recrutaram à força três de seus tripulantes, enquanto Turnle
seu jovem filho se escondiam na mata. Eles deixaram para trás um
quarto tripulante com uma mensagem para Turnley: se Rackham e
Bonny se deparassem com ele de novo, iriam chicoteá-lo até a mort
Ao longo dos dois meses seguintes, Bonny e Read se tornaram
inseparáveis e, em matéria de moda, fizeram um acordo entre si.
Quando elas viam qualquer embarcação que fossem perseguir ou ata
savam roupas de homens”, como Read preferia, um ex-prisioneiro mtarde testemunharia em seu julgamento, “e em outros momentos ela
usavam roupas femininas”. Numa época em que não se ouvia falar d
mulheres marinheiras, Bonny e Read participavam ativamente em
combate, levando pólvora para os homens, lutando nas batalhas e
terrorizando seus prisioneiros. Dorothy Thomas, uma pescadora det
pelos piratas no lado norte da Jamaica, declarou que as duas mulher
“usavam jaquetas masculinas e calças compridas e tinham lenços
nvoltos em torno de suas cabeças […] machete e pistola em suas m
e amaldiçoavam e xingavam os homens, pedindo que eles a matasse
ara evitar que ela testemunhasse contra eles”. Thomas acrescentou
a única razão pela qual ela sabia que elas eram mulheres “era pelo
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manho dos seus seios”. Em 20 de outubro de 1720, os piratas ataca
udaciosamente o saveiro Mary & Sarah enquanto ele estava ancora
no Porto Seco, na costa norte da Jamaica; o capitão do navio observ
que Bonny tinha “uma arma na mão”, e que “elas eram ambas muit
imorais, xingando e praguejando muito, prontas e dispostas a faze
qualquer coisa a bordo”.
Apesar de ter sua amante a bordo, Rackham continuou seguind
uma estratégia imprudente. Ele passou grande parte do mês de outub
s margens da Jamaica, pulando de porto em porto, roubando pequen
mbarcações e recrutando tripulantes adicionais. Logo ele estaria sen perseguido por vários saveiros corsários jamaicanos, incluindo um
comandado pelo ex-pirata das Bahamas Jean Bondavais, que vinh
aterrorizando o transporte espanhol. Bondavais alcançou Rackham
nquanto ele estava angariando recrutas na costa perto da ponta oeste
Jamaica. Ao invés de tentar esconder sua identidade, Rackham prontamente atirou no navio de Bondavais. Bondavais recuou par
relatar o incidente ao capitão Jonathan Barnet, um corsário que tinh
estado à caça de Rackham em seu próprio veleiro bem armado. Barn
erseguiu Rackham durante toda a tarde e a noite, durante a qual mu
dos homens de Rackham se dedicaram à bebida. O álcool pode ter
afetado a manipulação rápida da embarcação por parte dos piratas
porque, às dez horas, Barnet se aproximou. Ele lhes ordenou que
“parassem imediatamente em nome das cores do rei da Inglaterra”
Alguém no saveiro de Rackham respondeu: “Nós não vamos parar
nada”, e então os homens de Barnet dispararam um canhão giratóri
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A essa altura, a maior parte dos homens de Rackham haviam fug
ara o porão, deixando Read e Bonny no convés. Read, de acordo co
vro História geral…, “chamou aqueles no porão para virem lutar co
homens e, notando que eles não se mexeram, disparou suas armas pa
baixo em direção ao porão, matando um e ferindo outros”. Moment
depois, os homens de Barnet dispararam uma saraivada de artilhari
poiados por uma chuva de pequenas armas de fogo, fazendo com qu
etranca de apoio dos piratas caísse no convés, seguida da vela princ
furada por tiros. Incapaz de manobrar seu navio, os piratas implorar
or piedade. Os homens de Barnet pularam sobre os parapeitos, leva
odos a bordo, em custódia, e, na manhã seguinte, os entregaram paroficial da milícia em terra. Logo depois, Jack Calicô, Anne Bonny
Mary Read encontravam-se na prisão de Spanish Town, aguardand
julgamento.
Entre os seus companheiros de prisão estava Charles Vane. Nãosabe se os piratas puderam falar uns com os outros, mas se o fizeram
Vane pode ter dito algumas palavras duras para seu ex-intendente.
ackham não tivesse liderado a revolta contra ele dois anos antes, V
podia ter conseguido armar uma frota pirata comparável àquelas
comandadas por Bellamy e Barba Negra. Uma vez divididos, nenhu
os dois homens teve força para causar qualquer dano grave ao Impé
Britânico. Rackham estava entre os primeiros a ser julgado e
considerado culpado. Em 18 de novembro de 1720, no dia de sua
execução, Anne Bonny foi autorizada a vê-lo uma última vez. “Sint
muito por ver você aqui”, ela aparentemente disse, “mas se você tive
lutado como um homem, você não precisaria ser enforcado como um
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cão”. Mais tarde naquele dia, ele e outros quatro homens foram
executados em Gallows Point, em Port Royal. Seu corpo foi coloca
numa forca numa pequena ilha, no porto agora conhecido como
Rackham’s Cay; ele e Vane podem ter sido enforcados separadamen
mas seus cadáveres balançavam à vista um do outro no porto de Po
Royal.
Quanto a Mary Read e Anne Bonny, elas foram julgadas em 28
novembro de 1720, consideradas culpadas e condenadas à morte. M
tinham uma surpresa para o governador Lawes e os demais oficiais
ribunal da Spanish Town. Elas “defenderam suas barrigas”, afirmanstarem “grávidas de crianças” e, portanto, inelegíveis para a execuç
uma vez que era ilegal que o tribunal tirasse a vida de fetos. Lawes
denou que as mulheres fossem examinadas, quando foi descoberto
as alegações eram verdadeiras. Suas sentenças foram adiadas e as
mulheres, presumivelmente, voltaram para a prisão. Mary Read morrlá de uma febre violenta e foi sepultada na igreja de St. Catherine, n
Jamaica, em 28 de abril de 1721. O destino de Anne Bonny é incert
embora, aparentemente, ela não tenha sido executada. Durante sua
gravidez, seu pai, um plantador de boas condições da Carolina do S
ue há muito tempo estava distante, pode ter sido capaz de lhe conse
uma libertação. Se ela morreu na Jamaica, os registros do seu enter
foram perdidos.
Com a execução de Rackham e Vane, a Era de Ouro da Piratar
tinha terminado. Embora os navios continuassem a ser atacados –
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particularmente na costa da África Ocidental –, os piratas nunca ma
viram o poder. Com poucas exceções, os piratas da década de 1720
passaram seu tempo brincando de gato e rato com as autoridades; n
haveria mais nenhuma ameaça às próprias colônias. As autoridade
britânicas estimaram que a população mundial pirata era de
aproximadamente dois mil entre 1716 e 1718, mas inferior a duzent
em 1725, uma queda de noventa por cento. Depois de 1722, a maior
dos piratas havia abandonado qualquer esperança de conquistar su
própria república ou de ajudar a derrubar os reis hanoverianos da
Inglaterra, e passava a maior parte de seu tempo lutando pela mera
sobrevivência.
Isso não quer dizer que todos os piratas da Gangue Voadora for
errotados. De fato, muitos dos teimosos que abandonaram as Baham
em 1718 continuaram a piratear por anos, e alguns conseguiram se
posentar confortavelmente. Olivier La Buse, companheiro de longa de Bellamy, foi para as Ilhas de Sotavento com seu navio armado an
do colapso da república pirata. Em 12 de junho de 1718, o HMS
Scarborough do capitão Francis Hume encurralou La Buse em La
Blanquilla, onde ele tinha ancorado para saquear um pequeno savei
apturado. Enquanto a fragata se aproximava, La Buse e a maior parte
ua tripulação fugiram no saveiro mais rápido e ágil. Ele eventualme
chegou à África Ocidental, encontrando-se com comparsas das
Bahamas, incluindo Edward England e Paulsgrave Williams. Teve u
carreira longa e em geral próspera na África e no Oceano Índico at
730, quando foi detido pelas autoridades francesas e executado na i
Reunião. Seu túmulo é um ponto turístico popular por lá.
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Paulsgrave Williams também acabou na África, onde foi visto p
última vez em abril de 1720, servindo como intendente a bordo do
ergantim de La Buse. Um homem mantido em cativeiro naquele nav
o capitão negreiro William Snelgrave, relatou que Williams era
abugento e desanimado, ameaçando-o com violência sem provocaçã
“Não tenha medo dele, pois é sua maneira normal de falar”, outro
prisioneiro disse a Snelgrave. “Mas não se esqueça de chamá-lo d
apitão assim que você embarcar” no seu navio. Na verdade, William
calmava quando seu antigo título era usado, pois ele era infeliz por
star no comando. Snelgrave também informou que os membros da fr
pirata brindavam ao “rei James III”, sugerindo a continuidade dasinclinações jacobitas entre os associados de Williams. Ele
provavelmente navegou com La Buse por algum tempo depois,
possivelmente se instalando entre outros piratas que envelheciam e
Madagascar. Williams nunca mais viu sua esposa e filhos em Rhod
sland, mas seu filho mais velho aparentemente nunca se esqueceu deQuando cresceu, Paulsgrave Williams Jr. se tornou um peruqueiro,
especializando em fazer as perucas que seu pai gostava tanto de usa
Os piratas comuns que roubaram o navio corsário de Rogers, Bu
ajudaram a gerar uma nova onda de bandidos que aterrorizariam o
ceanos Atlântico e Índico. Liderados por Howell Davis, um destem
galês, eles saquearam embarcações da Virgínia até a África Ocident
Em novembro de 1719, ele recrutou à força um carpinteiro chamad
artholomew Roberts para servir a bordo do Buck . Depois que Davis
morto, pouco tempo depois, durante um ataque a uma fortaleza de
cravos portuguesa, Roberts presidiu o que foi, provavelmente, uma
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companhias piratas mais produtivas da história, capturando mais d
uatrocentas embarcações antes de serem capturados pela Marinha R
em fevereiro de 1722. Outro amotinado do Buck era Walter Kenned
um irlandês inspirado à pirataria pelos contos de Henry Avery. Depo
de comandar seu próprio saveiro pirata por um tempo, ele retornou
Londres para desfrutar de suas riquezas, criou o seu próprio bordel
a Deptford e se envolveu em assaltos e outros crimes menores. Aca
endo preso e executado por pirataria em 1721 em Wapping, onde ha
nascido vinte e seis anos antes. Um dos antigos companheiros de
ennedy a bordo do Buck , Thomas Anstis, também se tornou um cap
pirata bem-sucedido, mas foi morto por sua própria tripulação duranum motim em 1723.
Foi Edward England, primeiro intendente de Vane, que pode t
hegado mais perto de viver a lenda de Avery. Após se separar de Va
England se especializou em atacar navios negreiros na costa oeste dÁfrica, cujas tripulações desmoralizadas eram fontes confiáveis de m
de obra nova. Ele capturou nove desses navios na primavera de 1719
mais de um terço dos marinheiros deles desertaram para o seu band
m Cape Corso, ele quase capturou o novo navio de Lawrence Princ
Whydah II , de duzentas e cinquenta toneladas, que fugiu para a prote
de um forte de escravos, evitando seguir seu xará para a pirataria. E
assim como Avery, passou um tempo considerável navegando pelo
Oceano Índico. England atacou os navios do Império Mogol e, apó
capturar um navio de trinta e quatro canhões, o nomeou Adventure
assim como Avery tinha feito. No final, seus homens o tiraram do
comando por se recusar a permitir que eles machucassem os
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prisioneiros, abandonando-o numa das ilhas Mauritius, no leste d
África. England conseguiu construir uma jangada e navegou até
Madagascar, onde viveu o resto de seus dias entre os piratas
sobreviventes de Avery.
Em sua maioria, os nobres e opositores de alto nível dos piratas
saíram pior do que os próprios piratas.
Depois de abandonar Rogers em Nassau, o comodoro Peter
Chamberlaine do HMS Milford permaneceu encarregado da frota dMarinha Real nas Índias Ocidentais até junho de 1720, quando receb
rdens para escoltar catorze navios mercantes de volta para Londres.
8 de junho, ao passar pela passagem de Windward, a frota se depar
om uma tempestade violenta, que afundou todos os navios no extre
oeste de Cuba. Uma testemunha disse mais tarde que “a costa estavcoberta de cadáveres”. Dois terços dos quatrocentos e cinquenta
marinheiros e passageiros foram mortos, incluindo Chamberlaine
todos os oficiais do Milford , além de trinta e quatro marinheiros,
comissário e um cozinheiro cego.
Francis Hume, o comandante do HMS Scarborough que destrus navios piratas de Martel e La Buse, foi recompensado em 1723 co
omando do navio de terceira classe Bedford , um de apenas doze nav
a linha então em serviço. No entanto, ele atirou em si mesmo e mor
na Escócia “por causa de algum descontentamento particular”, em
fevereiro de 1753.
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Vincent Pearse do Phoenix ficou baseado em Nova York duran
muitos anos, o que lhe permitiu construir muitas relações duradour
ntre os principais cidadãos daquela cidade. Isso o levou a casar-se c
Mary Morris, a filha do governador de New Jersey, Lewis Morris, q
possuía uma vasta propriedade no que agora é o Bronx. O casamen
não foi feliz. Quando Pearse estava na Inglaterra, Mary flertava com
outro oficial naval. Pearse não descobriu o caso até alguns anos ma
tarde, quando o casal estava vivendo em Londres. Enfurecido, ele
vou ao tribunal por adultério. O escândalo foi documentado nas ca
que a família Morris trocava e se seguiu em uma novela de ações
judiciais, defesas, reconciliações abortadas e intrigas. Em 1742,enquanto Pearse brigava com sua esposa em Londres, um tribunal d
Nova York decidiu contra ele numa ação judicial de mil e quinhent
libras sobre outro assunto, o que talvez o tenha arruinado. Ele
rovavelmente ainda estava discutindo com sua esposa quando morr
em maio de 1745.
Pouco tempo depois de matar Barba Negra, descobriu-se que
tenente Robert Maynard mantinha uma série de objetos de valor
etirados do Adventure, tendo desobedecido à ordem direta do capit
Gordon para devolvê-los ao inventário do saque apreendido. Seus
latos se vangloriando pelos feitos na batalha em Ocracoke mais tard
desacreditaram ainda mais perante seus superiores e o governador
Spotswood, em cujas cartas os elogios ao tenente estão completame
ausentes. Maynard não seria promovido a comandante por mais vint
um anos. Ele finalmente se tornou capitão e recebeu o comando do
navio de sexta classe, Sheerness, em setembro de 1740, quando ele
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devia ser um homem idoso. Morreu na Inglaterra em 1750.
Embora inocentado das irregularidades cometidas por seu conse
de administração, a reputação do governador Charles Eden nunca s
recuperou de suas relações com Barba Negra. Ele morreu de febre
marela em sua casa em Edenton em 17 de março de 1722, aos quarenove anos de idade. Sua lápide levou o epitáfio: “Ele levou o seu p
a uma fase próspera e morreu sendo muito lamentado”.
Ajudados pela sua precipitada invasão da Carolina do Norte, o
inimigos políticos de Alexander Spotswood conseguiram substituí-
como governador da Virgínia. Em setembro de 1722, Spotswood s
retirou para sua propriedade de quarenta e cinco mil acres, onde
nvolveu-se na mineração e produção de ferro. No final dos anos 17
tuou como diretor geral adjunto dos Correios das colônias american
estabeleceu o serviço postal entre Williamsburg e Filadélfia e
selecionou Benjamin Franklin para ser o diretor dos Correios daPensilvânia. Em 1740, foi nomeado general e pediu para liderar um
opa para lutar na Espanha durante a Guerra da Sucessão Austríaca.
7 de junho de 1740, enquanto supervisionava a partida da sua trop
morreu de febre em Annapolis, Maryland.
Ironicamente, lorde Archibald Hamilton, o governador
desacreditado da Jamaica, se saiu melhor do que o resto. Ele havia
deixado a Jamaica preso, mas apesar de seu esquema jacobita e seu
ncentivo à pirataria, foi declarado inocente de todas as acusações pe
tribunais britânicos. Em 1721, o Conselho do Comércio e Plantaçõ
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té ordenou que o governo da Jamaica pagasse a Hamilton sua parte
aque apreendido por seus corsários em 1716. Ele se casou com a fi
e um conde, manteve propriedades e castelos na Irlanda e na Escóc
morreu em sua casa confortável em Pall Mall, Londres, em 1754, n
idade madura de oitenta e quatro anos, tendo sido sepultado em
Westminster Abby. Ele já havia perdido muito tempo antes o interena restauração dos Stuarts e parece não ter feito nada para ajudar a
revolta jacobita final, em 1745, liderada pelo filho de James Stuar
Bonnie Prince Charlie.
James Stuart e seu filho estão enterrados na cripta da Basílica ão Pedro no Vaticano. Os descendentes do rei George ocupam até h
o trono britânico.
Quanto à Woodes Rogers, ele passou os últimos anos da Era dOuro da Pirataria em Londres, doente, endividado e profundament
eprimido. “Durante algum tempo”, Rogers escreveu mais tarde, “fiq
muito perplexo com a perspectiva melancólica do meus assuntos”. S
colegas investidores tinham dissolvido sua parceria e nem eles nem
governo honrariam a dívida de seis mil libras que Rogers havia
contraído em seu nome. No fim das contas, foram seus credores qu
tiveram pena dele, perdoando suas dívidas e tirando-o da prisão do
devedores.
Em 1722 ou 1723, ele foi abordado por um homem que estav
pesquisando para um livro sobre os piratas. O autor precisava da aju
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de Rogers para preencher os detalhes da república pirata que ele tin
errubado e, quem sabe, compartilhar cópias de suas cartas e relatór
oficiais como governador. Rogers aparentemente concordou, já que
utor incluiu informações que só ele poderia ter fornecido. O resulta
em maio de 1724, foi a publicação da História geral dos roubos e
assassínios dos mais notáveis piratas, que, assim como muitos livrdaquela época, foi escrito sob um pseudônimo, neste caso “capitão
Charles Johnson”. Leitores ingleses foram cativados pelas atividad
dos piratas, mesmo enquanto elas ainda estavam acontecendo. Ele f
um enorme sucesso em ambos os lados do Atlântico, passando po
númeras edições. Artigos e propagandas que o promoviam aparecero Weekly Journal [Semanário] de Londres, bem como no semanário
ladélfia American Weekly Mercury. O livro, ainda em impressão, c
quase sozinho as imagens populares dos piratas que permanecem
conosco até hoje.
Gerações de historiadores e bibliotecários têm erroneamente
identificado o capitão Charles Johnson como Daniel Defoe, um
contemporâneo de Rogers e autor de Robinson Crusoé e Capitão
ngleton. Recentemente, Arne Bialuschewski, da Universidade de K
a Alemanha, identificou um candidato muito mais provável: Nathan
Mist, um ex-marinheiro, jornalista e editor do Weekly Journal . O
primeiro editor registrado do livro, Charles Rivington, já havia
publicado muitos livros de Mist, que vivia a apenas alguns metros d
eu escritório. Mais importante, o livro História geral… foi registra
na editora da Coroa em nome de Mist. Como um ex-marinheiro qu
tinha navegado pelas Índias Ocidentais, Mist, de todos os escritores
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editores de Londres, era singularmente qualificado para ter escrito
livro, sendo bem familiarizado com o mundo marítimo e as condiçõ
as quais os piratas tinham operado. Mist também estava compromet
om os jacobitas e acabaria exilado na França, servindo de mensage
entre Londres e a corte Stuart em Roma, o que explicaria o relato n
totalmente sem compaixão dos bandidos marítimos no livro Histór geral… Em 1722-1723, Mist também ficou motivado para tentar
crever um best seller : os lucros do Weekly Journal vinham definha
há anos, devido ao aumento da concorrência dos jornais rivais.
A publicação do livro História geral dos roubos e assassínios
mais notáveis piratas – que destacou o papel de Rogers na dispers
dos piratas das Bahamas – reviveu a reputação do governador depos
omo um herói nacional. Leitores, incluindo muitos membros da elite
Grã-Bretanha, não poderiam deixar de se perguntar o que tinhaacontecido com Rogers e ficaram, sem dúvida, envergonhados ao
descobrir como ele havia sido mal pago pelo seu serviço patriótico
Provavelmente não seja coincidência que a fortuna de Rogers tenh
omeçado a se recuperar não muito tempo depois. No início de 1726,
pediu, com sucesso, ao rei uma reparação. Autoridades foramcompreensivas quando leram o apelo de Rogers, que foi escrito na
erceira pessoa: “Ele perdeu oito anos da melhor parte de sua vida, p
causa de sua ambição, honestidade e zelo em servir seu país, e fico
destituído de dinheiro ou de qualquer novo emprego, embora nenhu
queixa tenha sido feita de qualquer má administração ou falta de
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cumprir o seu dever.” No final, o rei não só premiou Rogers com um
ensão equivalente à metade do salário de um capitão de infantaria, c
feito retroativo a junho de 1721, mas também o nomeou, em 1728, p
um segundo mandato como governador das Bahamas.
Antes de partir para Nova Providência, Rogers posou para o qpode ter sido seu único retrato. O pintor, William Hogarth, coloco
ogers numa versão romantizada de Nassau. Rogers, de peruca branc
um elegante casaco longo, está sentado numa confortável poltrona, s
rosto virado para o lado, escondendo a desfiguração deixada pela ba
o mosquete espanhol. Atrás dele está o baluarte do Forte Nassau, ouma placa ornamental que leva seu lema pessoal pode ser vista: Du
spiro spero [Enquanto eu respiro, eu tenho esperança]. Rogers, ent
com cinquenta anos de idade, tem um globo à sua esquerda
(simbolizando sua circum-navegação) e um compasso na mão direit
om os quais ele está prestes a tomar as medidas da “Ilha Providêncnum mapa que está na mão do seu filho. Whetstone William Roger
que acompanharia o pai para Nassau, está de pé usando a peruca e
estuário elegante de um aristocrata. A filha Sarah Rogers está sentad
squerda, à espera de uma empregada com um prato de frutas. No po
atrás deles, um grande navio de guerra está disparando uma salva d
múltiplos canhões.
Quando Rogers e seu filho chegaram a Nassau em 25 de agosto
729, o lugar não era tão agradável quanto Hogarth tinha imaginado
ilha tinha acabado de ser atingida por um furacão, e muitos de seu
habitantes estavam em suas casas avariadas, enfraquecidos pela feb
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contagiosa. A economia e as fortificações permaneciam em ruínas e
esposa extrovertida do ex-governador tinha irritado muitos dos
habitantes de Nassau, tentando usar sua posição para intimidar juíz
onopolizar lojistas e contratar empregados de outras pessoas antes
s termos de seus contratos expirassem. Algumas melhorias tinham s
feitas nos oito anos em que Rogers havia ficado afastado: uma novgreja no centro da cidade, uma guarita de pedra na entrada do forte
Casa do Governo, uma residência de dois andares em estilo georgia
onde Rogers passaria os últimos anos de sua vida.
Seu último mandato foi mais fácil do que o primeiro, mas longeser tranquilo. Ele acabou enredado numa disputa acirrada com os
presentantes da nova assembleia legislativa da colônia, pela imposi
de impostos locais. Rogers queria arrecadar dinheiro para reparar
orte; os vereadores não queriam. Frustrado com a intransigência del
Rogers tomou a decisão extrema de dissolver a assembleia, irritando plantadores locais. No início de 1731, a luta tinha deixado Roger
exausto. Ele ficou doente e, como antes, foi para Charleston para
recuperar sua saúde. No meio-tempo, seu filho, como escriturário d
onselho de administração, fez o possível para conseguir uma planta
de escravos adequada para a família, fazendo várias viagens à Áfric
Ocidental para comprar a força de trabalho necessária. (Ele morreria
febre no porto de Whydah durante uma viagem parecida, em 1735
enquanto estava servindo como um dos três comerciantes chefes d
Companhia Real da África.)
O governador Rogers voltou para Nova Providência em maio d
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731, mas nunca pôde realmente recuperar sua saúde. Ele faleceu em
de julho de 1732 e foi sepultado em Nassau. A localização da sua
epultura está perdida desde então, mas seu nome adorna a rua princ
na zona portuária da cidade, e ele é homenageado no lema oficial d
Bahamas: expulsis piratis, Comercia restitua [Piratas Expulsos,
Comércio Restaurado].
Guerra da Quádrupla Aliança ((dezembro de 1718 a fevereiro de 1720)) colocou a Espanha contra a Grã-Bretanha, França, Á
Holanda. Nessa guerra, que um historiador britânico apropriadamente chamou de “o mais esquecido dos nossos conflitos”, a E
ntou, sem sucesso, adicionar as Bahamas, as Carolinas e a Louisiana francesa ao seu império. Rogers recebeu a declaraçãoe guerra em 16 de março de 1719, embora ele estivesse esperando por ela desde novembro do ano anterior.livro História geral dos roubos e assassínios dos mais notáveis piratas incorretamente o identifica como John Haman.
ue teria conhecido o homem pessoalmente, fornece informações mais precisas em sua declaração oficial de 5 de setembro de 1
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AGRADECIMENTOS
A República dos Piratas é uma história e, como tal, se beneficiou do trabalho de geraçõ
toriadores, arquivistas, genealogistas, escribas e escritores. Nosso entendimento da Era de
Pirataria estaria empobrecido se John Campbell não tivesse fundado o Boston News-Lette
04 e decidido cobrir regularmente as atividades dos piratas nos anos seguintes à Guerr
cessão Espanhola. Alguns desses despachos chegaram a Londres, onde se juntaram aos relat
vernadores e outras autoridades coloniais nos arquivos do Conselho do Comércio e Plantaç
secretário de Estado da América e das Índias Ocidentais. Os capitães de navios de guer
arinha Real também coletaram informações sobre os piratas em cartas e diários de bordo
am enviados ao almirantado. Quando as autoridades coloniais conseguiam capturar piratas, c
s julgamentos resultantes geralmente eram enviadas para casa em Londres. Lá, grande parte
ontanha de informações foi disponibilizada para o autor anônimo da História geral dos rou
sassínios dos mais notáveis piratas, cujo relato ainda domina o discurso sobre os piratahamas quase três séculos após a sua publicação.
Tal livro ainda é um trabalho impressionante de conhecimento
lustração, habilmente integrando registros documentais com materi
claramente reunidos de entrevistas com Woodes Rogers e outras
personalidades. Ele está, no entanto, cheio de erros, exageros e mantendidos, a maioria dos quais não foram detectados até o século X
quando os historiadores finalmente conseguiram revisar os registro
originais. Os estudiosos britânicos, sir John William Fortescue (185
938) e Cecil Headlam (1872-1934), passaram anos montando volum
elevantes do Calendar of State Papers, Colonial Series [CalendárioDocumentos do Estado, Série Colonial], que contém trechos e resum
e muitos dos documentos mais importantes dos arquivos britânicos
verdade, eles criaram um mapa do tesouro que tem ajudado inúmero
pesquisadores a localizar e recuperar partes do passado da América
muito enterrado num milhão de folhas escritas a pena e tinta. Sou gr
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eles e ao trabalho de historiadores que seguiram suas pistas, incluin
os livros Blackbeard the Pirate: A Reappraisal of His Life and Tim
Barba Negra, o pirata: uma reavaliação de sua vida e tempo] de Rob
E. Lee (1974), Capitão Kidd e a guerra contra os piratas, de Robe
Ritchie (1986), e Crusoe’s Captain [Capitão de Crusoé], de Bryan
Little, publicado em 1960 e ainda a melhor biografia de WoodesRogers.
Eu também me beneficiei do conselho, generosidade e
ncorajamento de alguns dos estudiosos de piratas mais importantes
mundo. Marcus Rediker, da Universidade de Pittsburgh, ajudou alocalizar muitas fontes difíceis de encontrar e compartilhou sua
experiência própria na realização de pesquisas no novo complexo d
Arquivos Nacionais perto de Kew Gardens, em Londres; seus livro
Villains of All Nations: Atlantic Pirates in the Golden Age [Vilões
todas as nações: piratas do Atlântico na Era de Ouro] e Between thDevil and the Deep Blue Sea [Entre o diabo e o mar azul profundo
construíram as bases para o estudo dos piratas a partir da própria
erspectiva deles, em vez da perspectiva de seus adversários. Kennet
Kinkor, do Museu da Expedição do Whydah em Provincetown,
assachusetts, sabe mais sobre Samuel Bellamy do que os próprios
do pirata sabiam, e ele gentilmente compartilhou um grande número
ranscrições de documentos, poupando-me de semanas de trabalho e
uma boa quantidade de gasolina. Joel Baer, do Macalester College,
t. Paul, a principal autoridade sobre Henry Avery, acolheu gentilme
s minhas consultas e me forneceu as páginas que faltavam sobre alg
dos julgamentos de piratas difíceis de encontrar; os pesquisadores v
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gradecer seu próximo livro, British Piracy in the Golden Age [Pirat
britânica na Era de Ouro]. Meus mais sinceros agradecimentos a voc
três: mergulhar no passado pode ser solitário, mas vocês ajudaram
fazer disso uma experiência agradável.
O mesmo pode ser dito para outros que me auxiliaram ao longocaminho. Gail Swanson, de Sebring, Flórida, que copiou e enviou u
pacote de traduções de documentos do Arquivo das Índias Ocidenta
m Sevilha, documentos esses relacionados à frota espanhola de teso
e 1715. Também na Flórida, Mike Daniel ajudou a esclarecer os rel
franceses da captura do La Concorde por Barba Negra. Rodneyroome, de Seattle, compartilhou sugestões valiosas sobre o que e qu
procurar em sua cidade natal, Bristol. Shep e Tara Smith de Norfol
Virgínia, me deram um teto durante as minhas temporadas nas
Carolinas, enquanto Abel Bates e meus sogros, Larry e Andrea Sawy
rranjaram o mesmo para mim em Cape Cod. Daniel Howden me levara conhecer seu bairro no lado leste de Londres, uma pausa bem-vi
nos dias que passei lendo tinta desgastada em pergaminho velho.
Sou especialmente grato ao pessoal da Biblioteca Pública de
Portland, cujo serviço de empréstimo entre bibliotecas me mantev
bastecido com volumes difíceis de encontrar ao longo deste projetoao povo do Maine, cujos impostos sustentam o Maine Info Net, nos
xtraordinário sistema estadual de empréstimos – conhecimento é po
ambém no Maine, sou grato à Biblioteca de Hawthorne-Longfellow
Bowdoin College, por me emprestar repetidamente seus volumes
ncadernados do Calendar of State Papers [Calendário de Documen
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o Estado] e pelo acesso aos microfilmes dos primeiros jornais ingle
à Biblioteca Ladd, em Bates College, por disponibilizar filmes do
primeiros jornais americanos; à Biblioteca Sociedade de Pesquisa
Histórica do Maine, em Portland, à Biblioteca Estadual do Maine, e
Augusta, e à Biblioteca Fogler, na Universidade do Maine, em Oron
Eu também me beneficiei dos recursos da Biblioteca Dimond, daniversidade de New Hampshire, em Durham, e da Biblioteca Widen
da Universidade de Harvard, onde as poucas cópias sobreviventes d
Jamaica Courant [Corrente da Jamaica] residem num rolo de film
muito curto. Na Carolina do Norte, agradeço ao pessoal do Museu
ath, a David Moore e seus colegas do Museu Marítimo da CarolinaNorte, em Beaufort; espero que os destroços sejam do Queen Anne
Revenge. Na Inglaterra, meus agradecimentos à equipe notavelmen
eficiente dos Arquivos Nacionais, em Kew, especialmente a Geoff
Baxter, por ter uma grande pilha de registros de capitães esperando p
mim no meu primeiro dia – seu sistema de recuperação de documentoo padrão pelo qual todos os outros deveriam ser medidos. Obrigad
também ao pessoal do Escritório de Registros de Bristol, por atend
minhas pesquisas por Teaches, Thatches e Rogers numa tarde cinza
dezembro.
Meu amigo e colega Samuel Loewenberg, em Berlim, que
ncansavelmente revisou várias versões do manuscrito e deu sugestõe
feedbacks valiosos – obrigado, Sam, eu realmente precisava desse p
extra de olhos. Agradeço também a Brent Askari, de Portland, por
ajudar a suavizar as arestas daqueles primeiros rascunhos. Quaisqu
erros que permaneceram são, é claro, meus.
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Este livro não seria possível se não fosse o conselho e a perspic
e Jill Grinberg, o melhor agente de Nova York; o entusiasmo e o ap
e Timothy Bent, meu editor original em Harcourt, agora na Imprens
xford University; e Andrea Schulz, cuja habilidade, cuidado e aten
asseguraram uma transição editorial suave. Também sou grato pelo
abalho de David Hough, em Harcourt, da copidesque Margaret Jone
de Jojo Gragasin, de Logan Francis Design, que criou os mapas e
ilustrações que aparecem no livro.
Por último, mas não menos importante, agradeço aos meus pai
pelo seu amor e apoio, e à minha esposa, Sarah Skillin Woodard, qeu o manuscrito inúmeras vezes e ajudou a moldá-lo no livro que vo
egura em suas mãos; obrigado, minha querida, por sua paciência, ap
e sugestões no decorrer deste processo, e por sempre dizer “sim” a
longo da nossa caminhada.
Dia de Ano-Novo, Portland, M
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NOTAS FINAIS
Abreviações
M1/1471-2649: Registros do Almirantado, Cartas de Capitães, Arquivos Nacionais, Kew, UK.
M33/298: Escritório de Pagamentos do Conselho da Marinha, Livros de Pagamentos do Navio, Arquivos Nacionais, Kew, UKM33/311: Escritório de Pagamentos do Conselho da Marinha, Livros de Pagamentos do Navio, Arquivos Nacionais, Kew, UK
M51/606: Registros do Almirantado, Registros do Capitão, Milford , 16 jan. 1718 a 31 dez. 1719, Arquivos Nacionais, Kew, U
M51/672: Registros do Almirantado, Registros do Capitão, Pearl , 26 jul. 1715 a 8 dez. 1719, Arquivos Nacionais, Kew, UK.
M51/690: Registros do Almirantado, Registros do Capitão, Phoenix, 8 out. 1715 a 6 out. 1721, Arquivos Nacionais, Kew, UK.
M51/801: Registros do Almirantado, Registros do Capitão, Rose, 18 jan. 1718 a 9 maio 1721, Arquivos Nacionais, Kew, UK.
M51/865: Registros do Almirantado, Registros do Capitão, Scarborough, 11 out. 1715 a 5 set. 1718, Arquivos Nacionais, Kew
M51/877: Registros do Almirantado, Registros do Capitão, Seaford , 19 set. 1716 a 22 set. 1720, Arquivos Nacionais, Kew, UK
M51/892: Registros do Almirantado, Registros do Capitão, Shark , 18 jan. 1718 a 23 ago. 1722, Arquivos Nacionais, Kew, UK
M51/4250: Registros do Almirantado, Registros do Capitão, Lyme, 23 fev. 1717 a 14 ago. 1719, Arquivos Nacionais, Kew, UK
4/160: Registros do Tribunal, Creagh vs. Rogers, Contas do Duke & Dutchess, 1708-1711, Arquivos Nacionais, Kew, UK.
5/508: Registros dos Gabinetes Coloniais: A Navegação da Carolina do Sul Retorna, 1717-1719, Arquivos Nacionais, Kew, UK
5/1265: Registros dos Gabinetes Coloniais: Documentos relacionados à nomeação de Woodes Rogers, Arquivos Nacionais
UK.
5/1442: Registros dos Gabinetes Coloniais: A Navegação da Virgínia Retorna, 1715-1727, Arquivos Nacionais, Kew, UK.
23/1: Registros dos Gabinetes Coloniais: Correspondência das Bahamas, 1717-1725, Arquivos Nacionais, Kew, UK.
23/12: Registros dos Gabinetes Coloniais: Bahamas, Registros Diversos, 1696-1731, Arquivos Nacionais, Kew, UK.
23/13: Registros dos Gabinetes Coloniais: Bahamas, Cartas dos Governadores, 1718-1727, Arquivos Nacionais, Kew, UK.
37/10: Registros dos Gabinetes Coloniais: Correspondência das Bermudas, 1716-1723, Arquivos Nacionais, Kew, UK.
137/12: Registros dos Gabinetes Coloniais: Correspondência da Jamaica, 1716-1718, Arquivos Nacionais, Kew, UK.
142/14: Registros dos Gabinetes Coloniais: A Navegação da Jamaica Retorna, 1709-1722, Arquivos Nacionais, Kew, UK.
152/12: Registros dos Gabinetes Coloniais: Correspondência das Ilhas de Sotavento, 1718-1719, Arquivos Nacionais, Kew, UK
PCS 1696-1697: John W. Fortescue (ed.), Calendário dos Documentos do Estado, Série Colonial: América e as Índias Ocident
maio 1696 a outubro 1697, (v. 10), Londres: His Majesty’s Stationary Office, 1904.
PCS 1697-1698: John W. Fortescue (ed.), Calendário dos Documentos do Estado, Série Colonial: América e as Índias Ocident
utubro 1697 a 31 dezembro 1698, (v. 11), Londres: His Majesty’s Stationary Office, 1905.
PCS 1712-1714: Cecil Headlam (ed.), Calendário dos Documentos do Estado, Série Colonial: América e as Índias Ocidentai
712 a julho 1714, (v. 27), Londres: His Majesty’s Stationary Office, 1926.
PCS 1716-1717: Cecil Headlam (ed.), Calendário dos Documentos do Estado, Série Colonial: América e as Índias Ocidentais, 716 a julho 1717, (v. 29), Londres: His Majesty’s Stationary Office, 1930.
PCS 1717-1718: Cecil Headlam (ed.), Calendário dos Documentos do Estado, Série Colonial: América e as Índias Ocidentais,
717 a dezembro 1718, (v. 30), Londres: His Majesty’s Stationary Office, 1930.
PCS 1719-1720: Cecil Headlam (ed.), Calendário dos Documentos do Estado, Série Colonial: América e as Índias Ocidentais,
719 a fevereiro 1720, (v. 31), Londres: His Majesty’s Stationary Office, 1933.
PCS 1720-1721: Cecil Headlam (ed.), Calendário dos Documentos do Estado, Série Colonial: América e as Índias Ocidentais,
720 a dezembro 1721, (v. 32), Londres: His Majesty’s Stationary Office, 1933.
PCS 1722-1723: Cecil Headlam (ed.), Calendário dos Documentos do Estado, Série Colonial: América e as Índias Ocidentais
723, (v. 33), Londres: His Majesty’s Stationary Office, 1934.0/1164/2: Registros do Tesouro Público: Livros do Porto, Bristol, 1708, Arquivos Nacionais, Kew, UK.
7/21/2019 A Republica Dos Piratas - Colin Woodard
http://slidepdf.com/reader/full/a-republica-dos-piratas-colin-woodard 484/515
P: Charles Johnson, A General History of the Pyrates, Manuel Schonhorn (ed.), Columbia, SC: University of South Carolin
972. Tradução: História geral dos roubos e assassínios dos mais notáveis piratas. Lisboa: Editora Cavalo de Ferro, 2005.
A1/54: Registros da Alta Corte do Almirantado: Exames de Piratas e Outros Criminosos, 1710-1721, Arquivos Nacionais, Kew
A1/55: Registros da Alta Corte do Almirantado: Exames de Piratas e Outros Criminosos, 1721-1725, Arquivos Nacionais, Kew
T: Traduções de documentos espanhóis e do Vaticano do Arquivo das Índias Ocidentais, Sevilha, Espanha; supervisionado po
Haskins, Kip Wagner e outros. Manuscrito não publicado: Biblioteca Pública de Islamorda, Islamorda, Flórida.
P: The Trials of Eight Persons Indited for Piracy [Os julgamentos de oito pessoas acusadas de pirataria], Boston: John E
718.
R: The Trials of Captain John Rackham and Other Pirates [Os julgamentos do capitão John Rackham e outros piratas], K
amaica: Robert Baldwin, 1720.
B: The Trials of Major Stede Bonnet and Other Pirates [Os julgamentos do Major Stede Bonnet e outros piratas]. L
enjamin Cowse, 1719.
Prólogo
O sentimento dos piratas e a Revolução Americana : Leia Jesse Lemisch, Jack Tar in the Streets: Merchant Seamenolitics of Revolutionary America [Jack Tar nas ruas: marinheiros mercantes na política da América revolucionária], Will
Mary Quarterly, 3ª Série, v. 25, n. 3, julho de 1968, p. 371-407.
Benefícios por incapacidade : Marcus Rediker, Villains of All Nations: Atlantic Pirates in the Golden Age [Vilões de t
ações: piratas do Atlântico na era de ouro], Boston: Beacon Press, 2005, p. 73-74.
Citação de Kinkor: Entrevista ao autor, Kenneth J. Kinkor, Provincetown, MA: 15 de junho de 2005.
Citação do governador das Bermudas : Benjamin Bennett ao Conselho do Comércio e Plantações, Bermudas: 31 de maio d
m CSPCS 1717-1718, n. 551, p. 261.
Medos do capitão do Seaford : Walter Hamilton ao Conselho do Comércio e Plantações, Antígua: 15 de maio de 1717, em C
716-1717, n. 568, p. 300.impatizantes dos piratas: Alexander Spotswood para Lorde Carteret, Williamsburg, VA: 14 de fevereiro de 1719. R. A.
ed.), The Official Letters of Alexander Spottswood [As cartas oficiais de Alexander Spottswood], v. I, Richmond, VA: Soc
Histórica da Virgínia, 1882, p. 274.
Capítulo um: A lenda
Chegada do saveiro em Nassau: O exame de John Dann, 3 de agosto de 1696. John Franklin Jameson, Privateering and n the Colonial Period: Illustrative Documents [Corso e pirataria no período colonial: documentos ilustrativos], Nova
Macmillan Co., 1923, p. 169-170.
Nassau descrita (1696): John Oldmixon, The British Empire in America [O Império Britânico na América], London: J. Bro
741, p. 428-431.
Rumores de captura francesa: “O Caso de Nicholas Trott”, 25 de outubro de 1698. CSPCS 1697-1698, n. 928, p. 506; M
raton, A History of the Bahamas [Uma história das Bahamas], Londres: Collins, 1962, pp 86-87.
Marinha ausente das Bahamas por anos : Oldmixon, p. 429.
Forte Nass au, dificuldade da guarnição: Oldmixon, p. 429-430.
Conteúdo da carta levada por Adams : “O julgamento de Joseph Dawson, Edward Forseith, William May, William Bishop,
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ewis e John Sparkes no antigo Tribunal de Crime e Pirataria”, Londres: 19 de outubro de 1696, em Francis Hargrave, A Co
Collection of State Trials and Proceedings [Uma coleção completa de julgamentos e processos do Estado], v. V, Lond
Wright, 1777, p. 10; “O caso de Nicholas Trott”, p. 506; O exame de John Dean, p. 169-170; Declaração de Phillip Mid
ondres: 11 de novembro de 1696, em Jameson, p. 171-173.
Notas sobre a conversão das moedas espanholas em libras inglesas : Phillip A. Bruce, Economic History of Virginia
eventeenth Century [A história econômica da Virgínia no século XVII], Nova York: Macmillan & Co., 1896, p. 503, 507, 51
ohn Condiuitt, Observations upon the present state of our Gold and Silver Coins [Observações sobre o estado atual do
uro e moedas de prata] (1730).
alário de governador: Garantia dos senhores proprietários a Daniel Richardson, Palácio de St. James, Londres: 13 de ag
713, em CSPCS 1712-1714, n. 451, p. 219.
Trott se encontra com seu conselho : “O caso de Nicholas Trott”, p. 506-507.
A carta muito educada de Trott: Depoimento de Phillip Middleton, p. 172; Hargrave (V), p. 10.
Gorjeta de Avery para Trott: Depoimento de Phillip Middleton, p. 173.
Alegações posteriores de inocência de Trott: “O caso de Nicholas Trott”, p. 506-507.
Trott ordena descarregar o Fancy, tripulação de africanos: Depoimento de Phillip Middleton, p. 172-173.
O início da vida e a carreira de Henry Avery : Joel H. Baer, “O capitão John Avery e a anatomia de um motim”, Eigh
Century Life [Vida no século XVIII], v. 18 (fevereiro de 1994), p. 3-4.
Avery se junta ao Charles II : Idem, p. 4-5.
Chegando, atrasos em La Corunha: Idem, p. 5-6.
Petições a Houblon e sua res posta: Idem, p. 8-9, 11.
A oferta de William May e a resposta de Gibson: Idem, p. 9.
Tripulações sentem que foram vendidas para os espanhóis: Idem, p. 9.
De scrição do motim: Idem, p. 13-14; Hargrave (V), p. 6.
Avery fala com Gibson, Gravet: Hargrave (V), p. 6-8.
Reunião da tripulação do navio: Baer (1994), p. 15.
Participações em corsários vs. em pirataria: Para ver exemplos, leia Gomer Williams, History of the Liverpool Privatee
etters of Marque with an Account of the Liverpool Slave Trade [História dos corsários de Liverpool e cartas de corso c
elato do comércio de escravos de Liverpool], Montreal: Imprensa de McGill-Queen, 2004, p. 31; Angus Kostram, Privat
irates 1730-1830 [Corsários e piratas 1730-1830], Oxford, Reino Unido: Osprey Publishing, 2001, p. 20.
O Fancy em Moia: O exame de John Dann, 3 de agosto de 1696, em Jameson, p. 165; Hargrave (V), p. 10.
A declaração de Avery para não prejudicar os ingleses : Declaração de Henry Avery para todos os comandantes in
ohanna, Ilhas Comoro: 28 de fevereiro de 1694, incluso na Petição da Companhia das Índias Orientais para os senhores
ondres: julho de 1696, em Jameson, p. 154.
Captura, atrocidades no caminho para o Mar Vermelho : O exame de John Dann, p. 165-167; Hargrave (V), p. 8-10; O
e Peter Claus, em CSPCS 1697-1698, n. 404ii, p. 184.
Reunião com corsários, a frota passa: O exame de John Dann, p. 167-168; Hargrave (V), p. 9-10.
Captura do Fath Muhmamadi : O exame de John Dann, p. 168; Hargrave (V), p. 10.
Ataque ao Ganj-i-Sawai : Hargrave (V), p. 9-10.
Capitão Ibrahim faz com que as concubinas turcas lutem: “Khafi Khan” no H.M. Elliot e John Dawson, The History o
s Told by its Own Historians [A história da Índia contada por seus próprios historiadores], v. VII, Londres: Trubner, 1867-18
21-422.
Re latos lendários do rescaldo a bordo do Ganj-i-Sawai : The Life and Adventure of Captain John Avery [A vida e a av
o capitão John Avery], Londres: 1709, p. 30-32.
Relatos de atrocidades a bordo do Ganj-i-Sawai : “Resumo das Cartas da Companhia das Índias Orientais de Bombay”
utubro de 1695 em Jameson, p. 158-159; “Khafi Khan” em The History of India as Told by its Own Historians [A história d
ontada por seus próprios historiadores], v. VII, p. 421-423.
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Divisão de saques na Ilha Reunião, participações de mil libras : Hargrave (V), p. 10; O exame de John Dann, p. 169.
Sete homens ficam em Nassau: John Graves ao Conselho do Comércio e Plantações, Nova Providência, Bahamas: 11 de m
698, em CSPCS 1697-1698, n. 444, p. 208.
Um grupo compra o Isaac, outro foi para Charleston: O exame de John Dann, p. 170.
A compra do Sea Flower por Avery: O exame de John Dann, p. 170.
Trott se livra do Fancy: Depoimento de Phillip Middleton, p. 174.
As alegações de Trott de que “eles não poderiam dar nenhuma informação”, governador da Jamaica “não deu nen
rova”: “O caso de Nicholas Trott…”, p. 506-507.
Os homens de Avery na Filadélfia: Robert Snead para sir John Houblon, 29 de setembro de 1697, em CSPCS 1696-1697, n 613-615; Edward Randolph para William Popple, Nova York: 12 de maio de 1698, em CSPCS 1697-1698, n. 451, p. 2
Narrativa do capitão Robert Snead, em CSPCS 1697-1698, n. 451i, p. 212-214; Informações de Thomas Robinson, em CSPC
698, n. 451ii, p. 214-215.
O grupo do Isaac no oeste da Irlanda: O exame de John Dann, p. 171; “Resumo das cartas da Irlanda”, em Jameson,
64.
O Sea Flower e Avery na Irlanda do Norte: O exame de John Dann, p. 170-171.
John Dan na Inglaterra: O exame de John Dann, p. 170-171.
Execuções: Hargrave (V), p. 18.
Lendas de Avery : Charles Johnson, The Successful Pyrate [O pirata bem-sucedido], Londres: Bernard Lintott, 1713, p. 3ife and Adventure… [A vida e a aventura…] p. 46-7, 57-59.
Relatos em A General History of the Pyrates [História geral dos roubos e assassínios dos mais notáveis piratas]: GHP, p.
6-57.
Capítulo dois: Indo para o mar
Nascimento de Bellamy: Kenneth J. Kinkor, “O Livro do Whydah”, documento não publicado, Provincetown: Museu do Wrovincetown, MA: 2003, p. 355; Impressões dos registros paroquiais de Hittisleigh, Devon, batizados na Inglaterra , 167
HL Film 933371, Item 4, Provo, UT: Church of Jesus Christ of Latter-day Saints Genealogical Society [Sociedade Genealóg
greja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias]. Microfilme.
Descrição de Hittisleigh: The National Gazeteer of Great Britain and Ireland [Gazeta nacional da Grã-Bretanha e I
ondres: Virtue, 1868.
Citações sobre o solo de Devon: [Daniel Defoe] A Tour Thro’ the Whole Island of Great Britain [Uma excursão por toda a
Grã-Bretanha], 4. ed., Londres: S. Birt et al ., 1768, p. 360-361.
Direitos comuns: Jane Humphries, “Cercas, direitos comuns e mulheres: A proletarização das famílias no final do século X
nício do século XIX”, The Journal of Economic History [O Diário da História da Economia], v. 50, n. 1, março de 1990, p. 17alário de um homem conforme a produção de vacas leiteiras : Idem, p. 24.
Citações de um “viajante” e de Bacon: M. Dorothy George, England in Transition [Inglaterra em Transição], Ba
enguin, 1953, p. 12, 15.
Metade da população inglesa quase não subsistia (1689): David Ogg, England in the Reigns of James II and William
nglaterra nos reinados de James II e William III], Oxford, UK: Oxford University Press [Imprensa da Universidade Oxford], 1
3-34.
obres com metade da expectativa de vida dos ricos: Ogg, p. 34-35.
Pobres quinze centímetros mais baixos do que os ricos : John Komlos, “Sobre pigmeus e gigantes ingleses: A estatura fí
ventude inglesa no final do século XVIII e início do século XIX”, Artigo para debate 2005-06, Munique: Departamento de EcoUniversidade de Munique, abril de 2005.
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Vane em Port Royal: TJR, p. 27.
Um terço dos piratas de Londres : Marcus Rediker, Villains of All Nations: Atlantic Pirates in the Golden Age [Vi
odas as nações: piratas do Atlântico na era de ouro], Boston: Imprensa Beacon, 2004, p. 51.
Londres em 1700: Ogg, 132; Maureen Waller, 1700: Scenes from London Life [1700: Cenas da Vida em Londres], Nova
our Walls, Eight Windows, 2000, p. 1-4.
Igrejas lotadas pelo comércio: New State of England [Novo Estado da Inglaterra], 4. ed., Londres: R. J., 1702, p. 149.
Floresta flutuante de mastros : Idem, p. 149.
Wapping no lodo : John Stow citado em sir Walter Besant, The Thames [O Tâmisa], Londres: Adam & Charles Black, 1
10.Condições de superlotação, valas comuns, carvão em Wapping : E. N. Williams, Life in Georgian England [A v
nglaterra georgiana], Londres: B. T. Batsford, Ltd., 1962, p. 113-114.
Animais mortos apodrecem: Waller, p. 95.
Taxas de doença e morte : Waller, p. 96-102; inclui uma fotografia, “Um registro geral de todos os batizados e enterros de
ezembro de 1699 a 17 de dezembro de 1700”.
Taxas de sobrevivência de bebês e crianças : Waller, p. 62.
Aluguel de bebês por pedintes : A Trip Through the Town [Uma Viagem Através da Cidade], Londres: J. Roberts, 1705.
Meninos escaladores : J. P. Andrews, An Appeal to the Humane on behalf of the most deplorable class of socie
Climbing Boys [Um apelo à humanidade em nome da classe mais deplorável da sociedade, os meninos escaladores], Londretockdale, 1788, p. 8-9, 30-31.
Guardas Negros : Edward Ward, The London Spy [O espião de Londres], Londres: The Folio Society [A Socied
Manuscrito], 1955, Originalmente publicado em 1698-1700, p. 27-28.
Artesãos proeminentes descritos : Um Relato de um Fogo Terrível e Surpreendente , Londres: Edward Harrison
anfleto.
Descrições das exe cuções de Wapping: David Cordingly, Sob a Bandeira Negra, Nova York: Harcourt, 1997, p. 224; R
acks, O Caçador de Piratas, Nova York: Hyperion, 2002, p. 386-392.
As últimas palavras de John Sparcks et al. : Um Relato do Comportamento, Últimos Discursos e Execução do Sr
Murphy, por Alta Traição, e William May, John Sparkes, William Bishop, James Lewis e Adam Forseith, por Roubo, PirCrime, Londres: T. Crownfield, 1696.
Marinheiros em falta, representando dois terços : R.D. Manning, Marinha da Rainha Anne, Londres: Sociedade dos R
a Marinha, 1961, p. 170.
A recompensa da Marinha por voluntários: Idem, p. 170.
“Mar como prazer, inferno como passatempo”: Rediker (1987), p. 13.
Citação sobre espíritos: Edward Barlow, citado em Idem, p. 81.
Espíritos e recrutadores de soldados : Idem, p. 43, 81-82.
Edward Ward descreve marinheiros: Ward (1955), p. 249-250.
Citação de marinheiro evitando recrutamento forçado: Christopher Lloyd, Os Marinheiros Britânicos 1200-1860esquisa Social , Rutherford, NJ: Imprensa da Universidade de Fairleigh Dickinson, 1970, p. 104.
Métodos para evitar o recrutamento forçado: Uma Cópia do Método do Marquês de Carmarthen para Tr
apidamente a Marinha Real de Sua Majestade e para Incentivar Marinheiros , Discurso feito em 12 fevereiro de
ondres: John Humfreys, 1706, p. 3-4.
Marinheiros vão para o exterior para evitar o recrutamento forçado: Lloyd (1970), p. 109; Marquês de Carmarthen, p.
O líder do recrutamento forçado recebe 20s por cabeça: John Dennis, Um Ensaio sobre a Marinha , Londres: Joh
702, p. 32.
Bandos de recrutamento forçado invadem casas : Marquês de Carmarthen, p. 3, Dennis, p. 32.
Recrutando à força marinheiros de navios que chegavam: Lloyd (1970), p. 108-109.Motins de marinheiros para evitar o recrutamento forçado : Idem, p. 142-143.
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Chicoteando grumetes em barcos carvoe iros : Dennis, p. 33.
Capturando comerciantes e citações sobre isso: Idem, p. 32.
Jogo justo dos mendigos, os mais ricos isentos : R.D. Merriman, Marinha da Rainha Anne, Londres: Sociedade dos R
a Marinha, 1961, p. 172.
Data e local de nascimento de Barba Negra: GHP, p. 71; Robert E. Lee, Barba Negra, o Pirata: Uma Reavaliação
Vida e Tempo, Winston-Salem, NC: John F. Blair, 1974, p. 175-176n.
Determinação de taxas fiscais de Bristol em 1696 : Elizabeth Ralph e Mary E. Williams, Os Habitantes de Bristol em
ristol, UK: Sociedade de Registros de Bristol, 1968. O autor também analisou registros fiscais parciais da década de 1
Gabinete de Registros de Bristol.Thatch de Gloucester: Concessão de Martin Nelme para Thomas Thatch e Charles Dymock, Bristol : 27 de novem
712, Gabinete de Registros de Bristol, Bristol, Reino Unido, Documento 00452/12b; Registro de Casamento de Martin Nelme,
8 de novembro de 1712, Gabinete de Registros de Bristol, Bristol, Reino Unido, Documento 00452/12a.
A aparência física de Barba Negra : CO 152/12, n. 67iii: Testemunho de Henry Bostock, São Cristóvão, Ilhas de Sotavento
ezembro de 1717.
Bristol descrita: Roger H. Leech, A Topografia da Bristol Medieval e Moderna , Parte I, Bristol, UK: Sociedade de Regi
ristol, 1997; Visita do autor, Bristol, novembro de 2005; Frank Shipsides e Robert Wall, Bristol: Cidade Marítima, Brist
mprensa Redcliffe, 1981, p. 47-50.
Citação de Ogg sobre marinheiros: Ogg, p. 328.
Citação de Samuel Johnson: James Boswell, A Vida de Samuel Johnson , Londres: 1791, p. 876.
Perigos apresentados pela carga: Rediker (1987), p. 89, 91, 93.
Citações de Barlow sobre escalar os cordames : Citado em Lloyd (1970), p. 106.
Grandes números morreram da queda etc.: Rediker (1987), p. 92-93.
Roupas de marinheiro: G.E. Manwaring, A Flor da Coroa da Inglaterra , Londres: Philip Allan & Co., 1935, p. 157-169;
Ward, O Mundo de Madeira Dissecado, 3. ed., Londres: M. Cooper, 1744, p. 70.
Hans Sloane com queimaduras de sol: Hans Sloane, Uma Viagem para as Ilhas de Madera, Barbados, Nieve
Cristóvão e Jamaica, vol. I, Londres: B. M., 1707, p. 25.
Aposentos dos marinheiros, vermes : Rediker (1987), p. 160-161; Stephen R. Brown, Escorbuto: Como um MédiMarinheiro e um Senhor Resolveram o Maior Mistério da Medicina da Era, Nova York: Imprensa de St. Martin, 2003, p.
A citação de passageiros sobre as condições das cabines (1750) : Gottleib Mittelberger, citado em John Duffy, “A Pa
ara as Colônias”, Resumo Histórico de Mississippi Valley, v. 38. n. 1 (junho de 1951), p. 23.
As comidas e bebidas dos marinheiros : Rediker (1987), p. 127-128; “mofada e fedorenta”, Edward Barlow citou em
970), p. 108; Website sobre o HMS Victory (1797) em www.stvincent.ac.uk/Heritage/1797/Victory/food.html.
Faltas de alimentos planejadas: Rediker (1987), p. 143.
Relatos de fome : “Despacho do Carteiro de Dublin de 11 de março”, Boston News-Letter , 1º de maio de 1729, p. 1; “De
e Boston, 4 de novembro”, Boston News-Letter , 6 de novembro de 1729, p. 2.
Relatos de disciplina brutal: Rediker (1987), p. 215-221.Relato sádico do capitão Je ane : O Julgamento do Capitão Jeane de Bristol , Londres: T. Warner, 1726, p. 5-7.
Punições da Marinha Real: Instruções, Londres: [para o Almirantado], 1714, p. 27; Dudley Papa, Vida na Marinha de N
ondres: Unwin Irwin, 1987.
Mortalidade em escravos , Marinha: Rediker (1987), p. 32-33, 47-48, 92-93.
Enganando marinheiros: Rediker (1987), p. 144-146.
Salários da marinha: Lloyd (1970), p. 107-108; Merriman, p. 171-173; Rediker (1987), p. 33.
A casa de infância de Woodes Rogers em Bristol: Ralph e Williams, p. 107.
Rogers nasce u em 1679: Ver Little, p. 18.
A história familiar de Rogers em Poole : Newton Wade, “Capt. Woodes Rogers” Notas e Consultas, v. 149, Número 22ovembro de 1925, p. 389; Manwaring (1935), p. 92-93; Bryan Little, Capitão de Crusoe, Londres: Imprensa de Odham, 1960
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7.
As ostras e a pes ca de Poole : Um Passeio por toda a Ilha da Grã-Bretanha , p. 346-347; sobre o comércio de peixe d
Nova, ver Michael Harris, Lamento por um Oceano, Toronto: McClelland & Stewart, 1998, p. 42-43.
Woods Rogers Sênior na África: Capitão [Woodes] Rogers para William Dampier, meados de 1695, como extraído de W
ampier, Viagens de Dampier , Volume II, John Masefiled (ed.), Londres: E. Grant Richards, 1906, p. 202-203, 321-324.
Educação, pastor Samuel Hardy: Little, p. 17-19.
Rogers em Bristol em junho de 1696: Ralph e Williams, p. 106.
As desvantagens de Bristol como porto : Kenneth Morgan, Bristol e o comércio no Atlântico no século XVIII , Cam
UK: Imprensa da Universidade de Cambridge, p. 29-30.
Citação do papa sobre Bristol: Idem, p. 33.
Descrição do centro de Bristol, Redcliffe em 1700: Andor Gomme, Michael Jenner e Bryan Little, Bristol: Uma Histó
rquitetura, Londres: Lind Humphries, 1979, p. 94; Roger H. Leech, A Topografia da Bristol Medieval e Moderna ,
ristol: Sociedade de Registros de Bristol, 1997, p. xx-xxvii, 119-162; Morgan, p. 7-9.
William Dampier, Woodes Rogers, Roebuck : Christopher Lloyd, William Dampier , Hamden, CT: Archon Books, 1966, p.
ampier, p. 202-203, 321-324.; David Lyon, A Lista da Marinha Navegante, Londres: Conway, 1993, p. 26.
Dampier e Avery : Joel H. Baer, “William Dampier na Encruzilhada: Nova Luz sobre os ‘Anos Desaparecidos’, 1691-
ornal Internacional de História Marítima, vol. VIII, n. 2 (1996), p. 97-117.
O aprendizado de Rogers: Little, p. 19.
Rogers em Terra Nova: Woodes Rogers, A Cruising Voyage Around the World [Uma expedição ao redor do M
riginalmente publicado em 1712, Nova York: Longmans, Green & Co., 1928, p. 99.
Woodes Rogers Sênior e o Elizabeth: W. N. Minchinton, O Comércio de Bristol no Século XVIII , Bristol: Socied
egistros de Bristol, 1957, p. 6.
Comerciantes da baía de Trinity e Poole : “Poole”, “Porto de Trinity” e “Velho Perlican” na Enciclopédia de Terra N
abrador , St. John’s, Nfld.: Universidade Memorial, 1997.
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Início da carreira de Whetstone : J. K. Laughton, “Whetstone, sir Willaim”, Dicionário de Biografia Nacional de O
xford, UK: Imprensa da Universidade de Oxford, 2004; David Syrett (ed.), Oficiais Navais Comissionados da Marinh
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spanhola”, recurso on-line, visualizado em 10 de janeiro de 2006.
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rown & Co., 1961, p. 221-223.
Casa pronta na Praça da Rainha: Little, p. 22.
Casamento, cavalaria, contra-almirante da Azul: Dicionário de Oxford ; Syrett, p. 983; Manwaring, p. 93 n.
Pai morre : Notas e Consultas, Volume 149, Número 22, 28 de novembro de 1925, p. 388; Newton Wade, “Capt. Woodes R
Notas e Consultas, 10ª série, Número VIII, n. 207 (14 de dezembro de 1907), p. 470.
Woodes se tornando cidadão de estado livre : Manwaring, p. 93.
Aparência física de Woodes Rogers : William Hogarth, Woodes Rogers e sua Família (1729), óleo sobre tela, Museu M
Nacional, Londres.
Capítulo três: Guerra
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Marinha Real”, Dover, 30 de dezembro de 1704, reproduzida em Merriman, p. 341-342; Julian Hoppit, Uma Terra de Libe
nglaterra 1689-1727 , Oxford: Imprensa da Universidade de Oxford, 2002, p. 112; G.N. Clark, “Comércio de Guerra e Gu
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as Índias Ocidentais Inglesas, 1624-1713, Chapel Hill, NC: Imprensa da Universidade da Carolina do Norte, 1972, p. 164-16
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Granby, MA: Editores Bergin & Gravey, 1988, p. 49-53.
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A disposição fraca da Marinha Real nas Índias Ocidentais : Ruth Bourne, A Marinha da Rainha Anne nas Índias Ocid
New Haven: Imprensa da Universidade de Yale, 1939, p. 59-61.Ses se nta e oito graus: N.A.M. Rogers, O Mundo de Madeira, Nova York: W.W. Norton, 1996, p. 46.
Dificuldades de comunicação: Bourne (1939), p. 66, 70.
Nenhum mastro grande disponível nas Índias Ocidentais : Idem, p. 74-75.
Germes e a falta de instalações para querenar: Idem, p. 73-74.
A condição da esquadra da Jamaica em 1704 : Idem, p. 75-76.
O navio estação das Ilhas de Sotavento em 1711: Idem, p. 80 (também em CSPCS 1710-1711, n. 824).
Problemas de doença: Bourne (1939), p. 87-88.
Frota de Kerr (1706-7): Bourne (1939), p. 93-95; ver Josiah Burchett, Uma História Completa das Transações Marítima
Notáveis, Londres: 1720, p. 699, 701.Jamaicanos se recusam a plantar ou comer produtos agrícolas : Dunn, p. 273-275.
Carta de Constable (1711): Bourne (1939), p. 100-101; seu primeiro nome de John Hardy, Uma Lista Cronológica dos Ca
a Marinha Real de Sua Majestade, Londres: T. Cadell, 1784, p. 29.
B ucaneiros em Port Royal (1670): Dunn, p. 185.
10% do prêmio para o Almirantado: Clark, p. 265.
1702-3 Campanha de corso contra os espanhóis : Oldmixon, p. 340; Howard M. Chapin, Navios e Marinheiros Cor
oulon, França: Imprimerie G. Mouton, 1926, p. 240-241.
1704 capturas e sucess os corsários: Oldmixon, p. 342-343.
Tamanho da frota corsária jamaicana: O Estado da Ilha da Jamaica, Londres: H. Whitridge, 1726, p. 4.Citações sobre o corso jamaicano: Uma Nova História da Jamaica (1740), p. 273.
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Whetstone Galley: Powell, p. 102; Patrick McGrath (ed.), Bristol, África e o Tráfico de Escravos para a América no
XVIII , vol. I, Bristol, UK: Sociedade de Registros de Bristol, 1986, p. 12; Bryan Little, Capitão do Crusoe, Londres: Impr
dham, 1960, p. 41-42.
Captura do Eugene: Powell, p. 95; Little, p. 42.
As viagens pelo Pacífico de Dampier: Resumido bem em Gary C. Williams, “William Dampier: Explorador, Naturalista”
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erdida , Nova York: E.P. Dutton & Co., 1966, p. 52-54; Walton, p. 47-55; Charles E. Chapman, “Gali e Rodriguez Cerm
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Woodes Rogers ao Redor do Mundo 1708-1711 , Bristol, UK: Filial da Associação Histórica da Universidade em Bristol, 199
Inves tidores na expedição de Rogers: Little, p. 45-46; Jones, p. 5.
Tamanho e idade do Duke e do Dutchess: Jones, p. 4-5.
Oficiais da expedição de Roge rs: Powell, p. 104n; Little, p. 47-48.
Utilização do mercúrio pelo Dr. Dover: Leonard A. G. Strong, Dr. Quick silver, 1660-1742: A Vida e o Tempo de T
Dover , M.D., Londres: Andrew Melrose, 1955, p. 157-159.
333 homens a bordo: Woodes Rogers, A Cruising Voyage Around the World [Uma expedição ao redor do Mundo]
orrigida, Londres: Bernard Lintot & Edward Symon, 1726, p. 2.
Falhas de projeto, deficiências de tripulação no início: Rogers, p. 2-3.Eventos durante a travessia do Atlântico, incluindo motim: Woodes Rogers, A Cruising Voyage Around the World
xpedição ao redor do mundo], publicado originalmente 1712, Nova York: Longmans, Green & Co., 1928, p. 8-33.
Eventos no Atlântico Sul em dezembro e início de janeiro : Rogers, p. 30-33; Cooke (1712, v. I), p. 30-36; citação
olfinhos: Rogers (1726), p. 103. O autor tem sido capaz de preencher algumas informações de suas travessias da passag
rake.
Sintomas de escorbuto, efeitos, idade das vítimas : Stephen R. Bown, Escorbuto: Como um Médico, um Marinheir
enhor Resolveram o Maior Mistério da Medicina da Era da Navegação , Nova York: Imprensa de St. Martin, 2003, p. 1
6.
Mortes por escorbuto: Cooke (1712, v. I), p. 35; Rogers (1928), p. 89-90.Biografia de Selkirk : Rogers (1928), p. 91-96; Alexander Winston, Nenhum Homem Conhece meu Túmulo: Corsários e
665-1715, Boston: Houghton-Mifflin, 1969, p. 183-184.
A aversão de Selkirk por Dampier : Edward Cooke, Uma Viagem ao Mar do Sul e em Volta do Mundo , v. II, L
ernard Lintot & R. Gosling, 1712, p. xx-xxi.
Citações de Rogers sobre Selkirk : Rogers (1928), p. 91, 94, 96.
Corso no final de fevereiro e início de março: Rogers (1928), p. 103-113; Little, p. 80-84; Cooke (1712, v. I.), p. 126, 130-
Início dos manifestos escravos : C104/160: Relatos dos negros agora a bordo do Ascension, Gorgona, 20 de julho de 1709
lho de 1709.
Captura do Havre de Grace: Cooke (1712, v. I), p. 136-8; Rogers (1928), p. 116-7; C104/160: Lista de negros e de caHavre de Grace quando capturado, 15 de abril de 1709.
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Re ação de Rogers à morte do irmão: Rogers (1928), p. 117-118.
Cerco do Guayaquil: Little, p. 87-100.
Atividades em Gorgona: Cooke (v. I), p. 164, 317; Rogers (1928), p. 167-171.
Quase-motim em Gorgona: Rogers (1928), p. 172-177.
Poucos mantimentos, estado de navios (dezembro de 1709): Rogers (1928), p. 211-213; Jones, p. 14.
Batalha contra o Incarnación: Rogers (1928), p. 213-215.
Batalha contra o Begoña: Rogers (1928), p. 216-222; Cooke (v. I), p. 346-352.
Rogers acusado de deixar tesouro em Batávia: Jones, p. 21.
Valor dos rendimentos da expedição, participação de Rogers : Little, p. 149, 169.Marinheiros impressionados: Jones, p. 19-21.
Charles Vane em Port Royal c. 1712: TJR, p. 37.
Citação sobre a es tatura social de Jennings: GHP , p. 41.
Embargo de navegação antes de furacão: “Uma carta contendo um relato das queixas mais comuns da Jamaica”, Jamaic
utubro de 1712, em Os Suspiros da Jamaica, Londres: 1714, p. 1.
De scrição do furacão de 1712: Oldmixon, p. 345; Boston News-Letter , 12 de janeiro de 1713, p. 1; Burchett (1720), p. 785.
A paz irrompe : Burchett, p. 784.
Capítulo quatro: Paz
RN desmobilização e redução dos salários mercantes : Rediker (1987), p. 281-282.
A posse da moeda espanhola como motivo para apreensão : Lorde Archibald Hamilton, Uma Resposta para uma C
nônima, Londres: 1718, p. 44.
Trinta e oito embarcações capturadas pelos espanhóis: CO137/12, p. 90 (iii): Uma Lista de Alguns dos Muitos Navios, S
outras Embarcações tomadas dos súditos do rei da Grã-Bretanha na América pelos súditos do rei da Espanha desde a Conclu
ltima paz, Jamaica: c.1716.
Citação do governador da Jamaica: Hamilton (1718), p. 44.
Citações , des crição da situação dos pescadores na Jamaica: A.B., O Estado da Ilha da Jamaica, Londres: H. Whitridg
8.
Hornigold entre os primeiros piratas : Idem, p. 8n.
Nova Providência durante a guerra: Oldmixon, p. 432; Craton, p. 93-94; CO5/1265, n. 76v: Memorial de Comerciantes D
ara Joseph Addison, Londres: 1717; CO23/1, n. 17: Depoimento de Samuel Buck, Londres: 2 de dezembro de 1719.
opulação, situação em Nassau e nas Bahamas e m 1713: Observações de John Graves em 1706, como citado por Craton
4. Samuel Buck em CO23/1, n. 17 e capítulos posteriores.
Fontes das piratarias iniciais, atividades de Hornigold, Cockram, West : “Artigo de Notícias de Boston”, Boston News
9 de abril de 1714, p. 2; Henry Pulleine ao Conselho do Comércio e Plantações, Bermudas: 22 de abril de 1714 em CSPCS
714, n. 651, p. 333-334.
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mérica 1625-1742, Nova York: Alfred A. Knopf, 1955, p. 171-172, 151, 178-179; Justin Winsor (ed.), História Memo
oston, 1630-1880, Boston: Ticknor & Co., 1880, p. 440-441, 496.
Pessoas se afogando no caminho para Roxbury: Win Sor, p. 442n.
Lojas de King Street: Michael G. Hall, O Último Americano Puritano, Middletown, CT: Imprensa da Universidade We
988, p. 338.
Carta de notícias e rede postal: Winsor, p. 388-390, 442-443; Bridenbaugh (1955), p. 180.
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Taberna Câmbio Real: Winsor, p. 499.
Loja de Faneuil: Bridenbaugh (1955), p. 185.
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Naufrágio na área de Eastham: Jeremias Digges, Piloto de Cape Cod , Provincetown, MA: Imprensa Modern Pilgrim, 1
34-137.
Lenda de Bellamy e Hallett: Digges (1936), p. 193-197. Edwin Dethlefson, Whidah: Cape Cod’s Mystery Treasure
Whidah: O Navio de Tesouro Misterioso de Cape Cod], Woodstock, VT: Biblioteca da Herança Marítima, 1984, p. 14-22
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Nacionais: fonte on-line em www.nps.gov/caco/places/index.thml, visualizado em 13 de maio de 2006.
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úblicos do Condado de Barnstable, v. 8, tal como aparece em Kinkor (2003), p. 295-296.
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evista Genealógica, nº 1-3 (1915), p. 4-12; Genealogias das Famílias de Rhode Island, Volume II: Smith-Yates , Ba
learfield, 2000, p. 401-406.
Guthrie, New Shoreham, Malcolm Sands Wilson, Descendentes de James Sands da Ilha Block , Impresso de forma partic
94; George R. Burgess & Jane Fletcher Fiske, “Livro da Prefeitura de New Shoreham n. 1”, uma transcrição do manuscrito, 1
7.
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As atividades de Hornigold et al . em Eleutéria (1714): CO5/1265, n. 17i: Uma lista dos nomes dos homens que navega
etheria e Cometeram Piratarias aos Espanhóis na Costa de Cuba desde a Proclamação da Paz, Nassau: 14 de março de
O5/1265, n. 17iv: Recibo de John Chace por transportar Daniel Stilwell, Nassau: 2 de janeiro de 1715, p. 32. Note que esses
ão mais precisos do que as lembranças de um ano de John Vickers, Williamsburg, VA: 1716 em CSPCS 1716-1717, n. 240i, p
41.
Histórico de Walker: CO5/1265, n. 17: Thomas Walker ao Conselho do Comércio e Plantações, Nassau: 14 de março de
raton, p. 91.
Cartas de Walker: CO5/1265, n. 16i: Thomas Walker ao coronel Nicholson, Nova Providência: 14 de março de 1715; CO5/1
7: Thomas Walker para os proprietários das Bahamas, Nova Providência: 14 de março de 1715; Bruce T. McCully, “Nic
rancis”, em O Dicionário da Biografia Canadense, CD-ROM, Toronto: Universidade de Toronto, 2000.
Cartas e marinheiros do governador da Bermuda: Pulleine ao Conselho do Comércio, 22 de abril de 1714, p. 334.
Captura de Stillwell et al . por Walker (janeiro de 1715) : Recibo de Johnathan Chace, CO5/1265, n. 17i: Thomas Walk
Archibald Hamilton, 21 de janeiro de 1715.
Aviso de um ataque espanhol : CO5/1265, n. 17v: George Hearne para Thomas Walker, Harbour Island, Bahamas: 20 de
e 1715.
Missão de Walker para Havana: CO5/1265, n. 17iii: Marquês de Cassa Torres para Thomas Walker, Havana: 15 de fever
715.
Stillwell resgatado por Hornigold: Testemunho de John Vickers, p. 141.
A família de Archibald Hamilton : Sir James Balfour Paul, Os Perages Escoceses, v. IV, Edimburgo: David Douglas (19
80-385; Kinkor (2003), p. 342-343.
Atividades jacobitas de Hamilton enquanto estava no cargo : Samuel Page para sir Gilbert Heathcote, Londres: 8 de m
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716 em CSPCS 1716-1717, n. 158viii, p. 82-83: “Representação da Assembleia da Jamaica para o rei”, Jamaica: início de 17
SPCS 1716-1717, n. 158xi (a), p. 83-87; Um relato da má administração na Jamaica durante o Governo do senhor Ha
amaica: início de 1716, CSPCS 1716-1717, n. 158xii, p. 88-90.
Última defesa de Hamilton: Hamilton (1718), p. 44-48.
Detalhes do Barsheba: CO137/12, p. 16ii: Uma lista de navios encarregados pelo governador Sr. A. Hamilton, c. maio de 17
Jennings vale £400 por ano: Hamilton (1718), p. 59.
As ações do próprio Hamilton no Barsheba: Hamilton (1718), p. 62-63, 68.
Frota do tesouro combinada de 1715: Wagner, p. 55-73; informações atualizadas sobre os nomes, o destino e a identida
avios particulares podem ser encontradas em www.1715fleet.com. A tempestade é descrita em Don Miguel de Lima y Me
uque de Linares, Havana: 19 de outubro de 1715 (calendário gregoriano), em SAT, p. 32-34.
O último comandante Ubilla: Marion Clayton Link, O Acampamento Espanhol e a Frota de Placa de Naufrágio de
egundo rascunho corrigido, manuscrito não publicado, c. 1970, p. 2.
Tesouro no valor de 7 milhões de pesos : Walton, p. 160. Pesquisa documental por Jack Haskins e outros marinheiros s
486.066 pesos, em SAT, p. 94.
Ações dos sobreviventes: Link (c. 1970), p. 4-6; Wagner (1966), p. 60-73.
Relato no Boston News-Letter sobre o desastre da frota: As edições originais – do verão de 1715 – foram perdida
eferências indiretas em edições posteriores deixam claro que o naufrágio havia sido relatado.
Thomas Paine e o naufrágio: Clifford (2002), p. 108-118, 262-264.
Primeiros relatos de naufrágios na Jamaica: Hamilton (1718), p. 49.
Belcher sobre a febre de naufrágios na Jamaica: ADM 1/1471, f24: P. Balcher (capitão) para o Almirantado, HMS D
o Nore, Inglaterra: 13 de maio de 1716.
Hamilton aborda oficiais da Marinha: Testemunho de Samuel Page, Jamaica: 15 de maio de 1716 em CSPCS 1716-1717, n
80-81.
Hamilton compra ações de corsários : Testemunho de Walter Adlington, Jamaica: 15 de maio de 1716 em CSPCS 1716-1
58vi, p. 81; Trecho de uma carta de Don Juan Francisco de Valle ao marquês de Montelon, Jamaica: 18 de março de 171
SPCS 1716-1717, n. 158i, p. 78-79.
Licenças de Hamilton: “Instruções para o Capitão Jonathan Barnet”, St. Jago de la Vega, Jamaica: 24 de novembro de
ublicado como Anexo II em Hamilton (1718), p. 72-73.
Instruções de Hamilton para enviá-los aos destroços : Antes de deixar a Jamaica, os corsários falaram abertamente qu
erdadeiro projeto eram os destroços e, dadas as ações do passado e do futuro de Hamilton, fica claro que ele estava envolv
irecioná-los para tal missão. Veja ADM 1/1471 f24, Carta de Balcher.
Catorze mergulhadores com Jennings : Testemunho de Pedro de la Vega, Havana: 13 de janeiro de 1716, em SAT, p. 112
Saveiro Eagle: esse navio da frota de Jennings é, por vezes, identificado erroneamente como sendo comandado por Edward
ue era, na verdade, um co-proprietário da embarcação (ver ADM1/1471, f24, Carta de Balcher). O Eagle, comandado por W
dentificado positivamente como fazendo parte da frota de Jennings nas observações para a lista de embarcações licencia
Hamilton (CO137/12, n. 16ii).
Os movimentos de Jennings em dezembro: Marquês de Cassa Torres para Archibald Hamilton, Havana: 3 de janeiro de
omo traduzido em Kinkor (2003), p. 19-20. O original está em CO137/12, n. 9.
Captura do San Nicolas de Vari y San Joseph : Testemunho de Pedro de la Vega, p. 112-115; Testemunho de Joseph L
amaica: 21 de agosto de 1716, Ata do Conselho da Jamaica, ff. 110-111 em Kinkor (2003), p. 67.
Localização relativa dos naufrágios : Os naufrágios do Regla (Naufrágio de Cabine), Roman (de Corrigan), Carmen (Rio
Nieves (Douglas Beach) estão mapeados em Jim Sinclair et al . , Relatório da Temporada 2001 do Projeto de Naufrág
Costa Leste da Fl órida, Sebastian, FL: Mel Fisher Center, 2002, p. 61-69. O naufrágio do Urca de Lima está a 3 km ao n
Nieves, muitas vezes conhecido como o Naufrágio de Wedge.
Palmar de Ayz, um palmeiral índio: Link (c. 1970), p. 5.
Salmon em Palmar de Ayz : Francisco Salmon para o rei de Espanha, Palmar de Ayz: 20 de setembro de 1715, em SAT,
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arta de Don Joseph Clemente Fernandez, Palmar de Ayz: 10 de setembro de 1715, um “documento do Vaticano”, traduzido em
112-113; Marquês de Cassa Torres para Viceroy Linares do México, Havana: 12 de outubro de 1715 (calendário gregorian
AT, p. 31-32; Miguel de Lima y Melo para Duque de Linares, 19 de outubro de 1715, p. 33-35.
Tecnologia de mergulho, trabalho de mergulhadores : Kris E. Lane, Saqueando o Império: A Pirataria nas Américas
700, Armonk, NY: M.E Sharpe, 2001, p. 161-163; Link (c. 1970), p. 7; Wagner, p. 63-65. O uso de “equipamentos de mergul
nos é confirmado em GHP , p. 35.
Quantidade de tes ouro recuperado: Wagner, p. 66, a cuja estimativa deve-se acrescentar a quantidade enviada no Mar
eclaração de Antonio Peralta, Havana: [1716?], traduzido em SAT, p. 115-116. Mais detalhes na Carta do Capitão Don Franc
oto Sanchez, Havana: 29 de outubro de 1715, traduzida em SAT, p. 102-103.
Cerca de 350 mil peças de oito no local: GHP , p. 36.
O ataque de Jennings ao acampamento espanhol: “Parte de uma carta de Don Juan Francisco del Valle ao Marq
Monteleon”, Jamaica: 18 de março de 1716 em CSPCS 1716-1717 , inciso n. 158i, p. 78-79; Testemunho de Pedro de la Vega,
14; Declaração de Antonio Peralta, p. 115-116; Link, p. 8; Testemunho de Joseph Lorrain, p. 67-68.
Presença de Vane no ataque : GHP , p. 135.
Tortura de prisioneiros espanhóis : Representação de Comerciantes contra o governador lorde A. Hamilton, Jamaica: c. m
716 em CSPCS 1716-1717 , n. 158viii, p. 82.
Gangue Voadora rejeita o Tratado de Utrecht, poupando holandeses e ingleses : “Despacho de Nova York”, Boston
etter , 28 de maio de 1716, p. 2.
As ações de Hornigold em novembro de 1715 : Testemunho de John Vickers, p. 140-141; CO5/1265, n. 52i: Testemu
homas Walker Jr., Charlestown, SC: 6 de agosto de 1716; CO5/1265, n. 52: Thomas Walker ao Conselho do Comércio, Charle
C: agosto de 1716.
Jennings segue para Nassau a partir de destroços: Testemunho de Joseph Lorrain, Jamaica: 21 de agosto de 1716,
onselho da Jamaica, ff. 110-111 em Kinkor (2003), p. 67-68.
Capítulo cinco: Reunião de piratas
A casa da Praça da Rainha é transferida: Little, p. 169-170.
Alegação de £3 milhões : Little, p. 168.
Creagh liberta homens recrutados à força: Jones, p. 19.
Creagh vs. Rogers: Jones, p. 19-22. Caixas dos documentos originais do julgamento sobreviveram e podem ser encontrad
Arquivos Nacionais Britânicos, C104/160.
Nascimento e morte de Woodes Rogers IV: Powell, p. 103.
Tamanho do Delícia: CO23/1, n. 31: “Memorial dos Coparceiros para exercer atividades Comerciais e Colonizar as Ilh
ahamas”, Londres: 19 de maio de 1721. CO5/1265, n. 76ii: a proposta de Woodes Rogers aos proprietários das Bahamas, 1717Velha Casa da Índia Oriental : John Rocque, Londres, Westminster, Southwark, Primeira Edição, Mapa, 1746, Folha E2, S
Uma Vista da Velha Casa da Índia Oriental”, gravura, 1784, Biblioteca Britânica, prateleira numerada P2167; Um Passeio Por
Ilha…, p. 132-149.
A chegada de Rogers a Madagascar : Manwaring, p. 124; Little, 172. Ambos os relatos extraem documentos no Departam
Arquivos, Casas do Parlamento, Cidade do Cabo, África do Sul.
Experiências com os piratas de Madagascar: GHP , p. 58-62. Uma leitura cuidadosa do GHP deixa claro que o autor d
onhecido Rogers e o entrevistado em detalhes para a preparação de seu livro. Os fatos que ele apresenta em relação a Mada
e encaixam perfeitamente com outras provas documentais, especialmente o interesse imediato de Rogers na aquisição de escra
O custo relativo de escravos malgaxes : Virgínia Bever Platt, “A Companhia das Índias Orientais e o Comércio de EscraMadagascar”, William & Mary Quarterly, 3ª série, v. 26, n. 4 (outubro de 1969), p. 549.
7/21/2019 A Republica Dos Piratas - Colin Woodard
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O navio holandês Schoonouwen: Manwaring, p. 124.
Plano abortado dos piratas para tomar o Delícia: GHP, p. 62.
O pedido dos piratas de Madagascar à rainha Anne : Little, p. 172; Manwaring, p. 124.
Condições em navios negreiros em meados de 1700: Malcolm Cowley e Daniel P. Mannix, “A Passagem do Meio”, em
Northup (ed.), O Comércio de Escravos no Atlântico , Lexington, MA: D.C. Heath & Co., 1994, p. 103; Wilem B
Negociação na Costa dos Escravos, 1700”, em Idem, p. 71-75; Passagem de Prisioneiros: O Comércio Transatlânt
scravos e a Criação das Américas, Washington: Imprensa do Smithsonian Institution, 2002, p. 77-87.
O caminho de Sumatra na viagem de Rogers : Little, p. 172.
Jennings em Nassau, dividindo saque : Testemunho de Joseph Lorrain, Jamaica: 21 de agosto de 1716, Ata do Conseamaica, ff. 110-111, em Kinkor (2003), p. 68.
Je nnings toma o saveiro de Hornigold: Testemunho de John Vickers, p. 140.
O aviso prévio de Casa de Torres : Marquês de Cassa Torres para Archibald Hamilton, Havana: 3 de janeiro de 1716, tra
m Kinkor (2003), p. 19-20.
Cubanos seguem Jennings até a Jamaica: Alexandre O. Exquemelin, A História dos Bucaneiros da América, v. I,
ondres: T. Evans, 1771, p. 6.
Notícias da revolta de 1715: Boston News-Letter , 25 de dezembro de 1716, p. 1-2; “Despachos de Edimburgo em 21 e
etembro”, Boston News-Letter , 23 de janeiro de 1716, p. 1.
Tesouros trazidos por Jennings para a costa da Jamaica: Testemunho de Joseph Lorrain, Jamaica: 21 de agosto de 17
o Conselho da Jamaica, ff. 110-111 em Kinkor (2003), p. 68.
Citação de Hamilton sobre tesouro: Hamilton (1718), p. 62; CO137/12 n. 16ii: Lista de Navios Licenciados pelo governa
A. Hamilton, Jamaica: c. 15 de maio de 1716.
Hamilton assina os papéis de partida de Je nnings (laissez-passe): Hamilton (1718), p. 57-58.
Partida de Jennings, consortes, tripulação para a viagem de março : Testemunho de Samuel Liddell, Jamaica: 7 de ag
716, Ata do Conselho da Jamaica, pp. 49-50, em Kinkor (2003), p. 56-57; Testemunho de Allen Bernard, Jamaica: 10 de ago
716, Ata do Conselho da Jamaica, pp. 63-68, em Kinkor (2003), p. 58-62.
Saveiro de Carnegie chamado Discovery: Isso foi confirmado em Uma Proclamação Relacionada aos Piratas, Jamaica
gosto de 1716, Ata do Conselho da Jamaica, pp. 153-155 em Kinkor (2003), p. 70.
Ingleses em Palmar de Ayz (janeiro de 1716) : Capitão Ayala Escobar para o governador Torres y Ayala, Palmar de
lorida: 4 de fevereiro de 1716 traduzido em SAT, p. 56, 69.
Montante levado por bandidos nesse período: Escobar para Cassa Torres, Palmar de Ayz, Florida: 9 de fevereiro de
aduzido em SAT, p. 56, 69.
Dispersos pelos e spanhóis e m feve reiro de 1716: Idem, p. 69.
Baymen: Emory King, A Grande História de Belize, vol. I, Cidade de Belize, Belize: Livros Tropicais, 1999, p. 6-8; “Despa
hode Island, 16 de setembro”, Boston News-Letter , 12 de setembro de 1715, p. 2, “Despacho de Nova York, 3 de outubro,”
News-Letter , 3 de outubro de 1715, p. 2.
“Um marinheiro”: Testemunho de Allen Bernard.
Captura do navio de Cornelison: TEP , p. 1, 24.
Captura do navio de Young : Testemunho de Allen Bernard; CO137/12, n. 411i: Testemunho de Joseph Eeels, Port
amaica: 3 de dezembro de 1716.
Bellamy e Williams fogem do navio de Young : Testemunho de Allen Bernard.
Jennings na baía Honda: Testemunho de Allen Bernard; Testemunho de Joseph Eeels; Testemunho de Samuel Liddell.
Detalhes do St. Marie: CO137/12, n. 21ii: Le Comte de Blenac (governador de São Domingos) para Archibald Hamilton, L
Haiti: 18 de julho de 1716; Memorial de Monsr. Moret, Jamaica: c. agosto de 1716, Ata do Conselho da Jamaica, pp. 17-23, em
2003), p. 48-50.
Be llamy e Williams chegam à baía Honda: Testemunho de Joseph Eeels; Testemunho de John Cockrane, Jamaica: 10 de
e 1716, Ata do Conselho da Jamaica, pp. 68-69, em Kinkor (2003), p. 62-63.
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Bellamy e Williams nus : Testemunho de Allen Bernard, p. 59.
Re lato do ataque e m St. Marie: Idem, p. 60; Testemunho de Samuel Liddell.
St. Marie vale 700.000 libras: Comte de Blenac para Hamilton, 18 de julho de 1716.
Carta de Escoubet: “Trecho de uma carta do capitão Escoubet ao Senhor Hamilton”, Bay Honda, Cuba: c. 4 de abril de 171
o Conselho da Jamaica, pp. 17-23, em Kinkor (2003), p. 50-51.
Condições em Nassau no inverno de 1716: Testemunho de John Vickers, p. 140-141.
Os ataques de Fernandez aos naufrágios, o tempo em Nassau: Testemunho de Bartolome Carpenter, Havana: 24 de ju
716, traduzido em SAT, p. 117-119; Testemunho de John Vickers, p. 141.
Autoridade, eleiçõe s, partilha de saque em navios piratas: Rediker (2004), p. 61-71.Marianne descrito: Comte de Blenac para Hamilton, 18 de julho de 1716.
Be llamy e Williams roubam o St. Marie: Testemunho de Joseph Eeels; testemunho de Allen Bernard.
Jennings ateia fogo ao saveiro, “cortar em pedaços” a pirágua: Testemunho de Joseph Eeels.
Bellamy e Williams se juntam a Hornigold: TEP , p. 24.
Captura do navio de lenha inglês : Idem, p. 23.
Captura de bergantins espanhóis, querenando na Ilha Piños : Idem
Decisão de navegar o Benjamin para Nassau: “Despacho de Nova York, 31 de maio” Boston News-Letter , 21 de maio d
2.
Comportamento de Je nnings, tripulações em Nassau: Testemunho de Allen Bernard; testemunho de Joseph Eeels.A propriedade do Dolphin: É quase certo que esse é o saveiro de mesmo nome, das Bahamas, que passou pela alfând
arolina do Sul entre o início de maio e o final de julho de 1717. CO5/508: A navegação da Carolina do Sul retorna 1716-1717, p
O segundo ataque de Jennings aos destroços : “Despacho de Nova York, 31 de maio”, Boston News-Letter , 21 de m
716, p. 2; Testemunho de John Cockrane.
Escravos fugindo para as Bahamas: Hugo Prosper Leaming, Americanos Escondidos: Quilombolas da Virg ínia
Carolinas, Nova York: Garland Publishing, 1995, p. 128-129; Frank Sherry, Assaltantes e Rebeldes: A Era de Ouro da Pir
Nova York: William Morrow, 1986, p. 212-213.
James e Anne Bonny: GHP , p. 623-624.
Atividades de Thomas Barrow: Testemunho de John Vickers, p. 141.Sindicato de Thompson e Cockram, outros comerciantes : CO5/508: A navegação da Carolina do Sul retorna 1716-1717
0, 23; CO142/14: A navegação da Jamaica retorna 1713-1719, p. 70. Para uma referência geral aos comerciantes ilegais em N
eja CO5/1265, n. 52: Thomas Walker para o Conselho do Comércio e Plantações, Charlestown, SC: agosto de 1716
ublicado em CSPCS 1716-1717, item 328, p. 176-177).
Citação sobre a importância dos comerciantes: CO23/1, n. 12i, Sr. Gale para Thomas Pitt, Carolina do Sul: 4 de novem
718.
Homens de Jennings na ilha: Por exemplo, Capitão Forbes, em Alexander Spotswood para Lordes de Comércio, Virgíni
lho de 1716, em Brock (1882), p. 170-171.
Benjamin vendido para Perrin: Testemunho de Robert Daniell, Charlestown, SC: 14 de julho de 1716 em CSPCS 1716-167, p. 149-150.
Walker sobre perda do Benjamin: Thomas Walker para o Conselho do Comércio, agosto de 1716.
Walker foge : Idem
Mais notícias sobre a rebelião jacobita atinge as Américas : “Notícias via Barbados e Rhode Island”, Boston News-Le
e março de 1716, p. 1; “Despacho de Whitehall, 16 de novembro”, Boston News-Letter , 12 de março de 1716, p. 1, “Despa
Nova York, 12 de março”, Boston News-Letter , 12 de março de 1716, p. 2; “Despacho de Whitehall, 10 de dezembro”, Boston
etter , 30 de abril de 1717, p. 1.
Reclamações dos oficiais contra Hamilton: CSPCS 1716-1717, n. 158i-XV, p. 77-90.
Reclamações diplomáticas contra os corsários de Hamilton: CSPCS 1716-1717, itens 158i, iii, p. 77-90. CO137/12, Michon para governador Hamilton, Leogane, Haiti: 18 de junho de 1716; Comte de Blenac para governador Hamilton, Leogane
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nho de 1716; CO137/12, n. 21IV: Comte de Blanc para governador Hamilton, Leogane: 25 de julho de 1716; Memorial do
Moret.
Manifesto, rota do St. Marie: TEP , p. 18, 23.
Re moção de Hamilton: General Heywood para o Conselho do Comércio, Jamaica: 11 de agosto de 1716 em CSPCS 1716-1
08, p. 163-165; Esquema da Licença de H.M. revogando a licença do governador Sr. A. Hamilton em CSPCS 1716-1717, n. 1
1.
Jennings sobre o cordeiro no final de agosto: Archibald Hamilton para o Governador no Conselho, Jamaica: 24 de ag
716, Ata do Conselho da Jamaica, p. 126 em Kinkor (2003), p. 69-70.
Proclamação real contra os piratas : Uma proclamação relacionada aos Piratas, Jamaica: 30 de agosto de 1716, Ata do Co
a Jamaica, pp. 153-155 em Kinkor (2003), p. 70-71.
Capítulo seis: Irmãos dos mares
Membros, composição da tripulação de Bellamy: TEP , p. 23, 25; CO5/1318, n. 16ii: Informações de Andrew Turbett e
Gilmore, Williamsburg, Virgínia: 17 de abril de 1717; CO137/11, n. 45iii: testemunho de Abijah Savage, Antígua: 30 de novem
716.A captura de Bellamy e La Buse em junho-julho de 1716 : Exame de Richard Caverley, Nova York: 15 de junho de
egistros do Tribunal de Vice-Almirantado da Província de Nova York 1685-1838, como aparece em Kinkor (2003),
xame de Jeremiah Higgins, Nova York: 22 de junho de 1717, Registros do Tribunal de Vice-Almirantado da Província de
ork 1685-1838, como aparece em Kinkor (2003), p. 154.
Hornigold deposto como comodoro: TEP , p. 23; Exame de Jeremiah Higgins, p. 154.
As menores capturas de Bellamy e La Buse c. agosto de 1716 : Exame de Jeremiah Higgins, p. 154-155.
Batalha com o navio francês : Idem, p. 154; Exame de Richard Caverley, p. 151.
Capturas nas Ilhas Virgens : TEP , p. 23.
Recrutar à força solteiros, deixar casados livres : Idem, p. 25.Captura do Bonetta, as intenções de Be llamy de capturar navios : Testemunho de Abijah Savage; a bandeira com “a cab
morte” descrita: testemunho de Thomas Baker em TEP , p. 24.
Wickham, um plantador de Antígua: Testamento de John McLester, Antígua: 9 de dezembro de 1730, no Livro ROE, Caix
676-1739 Item n. 1, LDS Film 1855671.
St. Croix: querenando, fugitivos, Hoff chicoteado: TEP , p. 24-25; testemunho de Abijah Savage.
Homens de Robin Hood: TEP , p. 11.
Menino índio, escravo negro e John King levado por piratas : Testemunho de Abijah Savage; Michael Levinson, “Res
dentificados como um menino pirata”, Boston Globe, 2 de junho de 2006; Thomas H. Maugh II, “Uma Vida de Pirata para Ele
Anos”, Los Angeles Times, 1º de junho de 2006. (Kenneth Kinkor do Museu da Expedição do Whydah atribuiu um osso enco naufrágio do Whydah – uma fíbula calçada com um sapato e uma meia cara – a John King; arqueólogos dizem que pert
ma criança entre oito e onze anos de idade).
Captura do Sultana: Exame de Jeremiah Higgins, p. 155; Exame de Richard Caverley, p. 151.
“Choros e aflição” de homens capturados : TEP , p. 25.
A carta de Walter Hamilton para Barbados : Walter Hamilton ao Conselho do Comércio e Plantações, Antígua: 14 de dez
e 1717, CSPCS 1716-1717, n. 425, p. 230. Savage chegou a Antígua em 30 de novembro.
Saveiros frances es capturados : Walter Hamilton ao Conselho do Comércio, 14 de dezembro de 1717, p. 230.
Eventos e m La Blanquilla: Idem, p. 18-19.
O armamento do Marianne aumentou para 14 canhões: Walter Hamilton ao Conselho do Comércio, 14 de dezembro de 130.
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Plano final para capturar navio maior: TEP , p. 24.
Localização e práticas de tesouro: Idem p. 24.
Temperatura do dia a dia nas Ilhas Windward (dezembro de 1716 – janeiro de 1717) : ADM 51/865: Os diários de bo
HMS Scarborough, entradas de 1º de dezembro de 1716 a 31 de janeiro de 1717.
Tempes tade, ancorando em St. Croix: TEP , p. 25.
Detalhes da batalha, naufrágios piratas em St. Croix: ADM 1/1689 f5: Um Inventário de Vários Bens Levados dos Pira
t. Cruze pelo Navio de Sua Majestade Scarborough, c. Verão de 1717; ADM 51/865: entradas de 16 – 22 de janeiro de 1717
36; Walter Hamilton ao Conselho do Comércio e Plantações, Antígua: 1º de março de 1717 em CSPCS 1716-1717, item
GHP , p. 65-69.Fontes sobre negros em navios negreiros e navios piratas : Kenneth J. Kinkor, “Homens Negros sob a Bandeira Neg
.R. Pennell, Bandidos no Mar: Um Leitor de Piratas, Nova York: Imprensa da Universidade de Nova York, 2001, p. 200-20
Descrição da Spanish Town, população : Lista de habitantes tributáveis de Spanish Town, Spanish Town, Virgin Gorda: c
ovembro de 1716 em CSPCS 1716-1717, n. 425iv, p. 231; vice-governador Hornby para Walter Hamilton, Spanish Town,
Gorda: 15 de novembro de 1716 em CSPCS 1716-1717, n. 425v, p. 231; Capitão Candler (HMS Winchlsea) ao Secretário B
2 de maio de 1717 em CSPCS 1716-1717, n. 639i, p. 339-340.
Bellamy em Spanish Town: Capitão Candler para Burchett, p. 340; TEP , p. 11, 25.
Lawrence Prince e o Whydah: CO142/14: A Navegação da Jamaica Retorna, “Um relato dos bens exportados da Ilha de J
esde o 29º dia de setembro de 1713 e o 25º dia de março de 1715 e dos bens e Negros Importados, Kingston”, n. 58; Exeremiah Higgins, p. 155; Exame de Richard Caverley, p. 151; T70/19, n. 63, Carta de David Welsh para a Companhia Real da
orte Williams, Whydah, Gana: 22 de fevereiro de 1717, como impresso em Kinkor (2003), p. 89; Donovan Webster, “Pira
Whydah”, National Geographic, maio de 1999: “Proclamação do Governador Samuel Shute”, Boston News-Letter , 13 de m
717, p. 1.
Canhões de popa disparados contra o Marianne: TEP , p. 23.
Armas dos Piratas : “Manifesto de artefatos recuperados do navio pirata Whydah”, em Barry Clifford, O Príncipe Pirata
York: Simon & Schuster, 1993, p. 207-208 (em armamento); entrevista ao autor, Kenneth J. Kinkor, Provincetown, MA: 15 de
e 2005.
Navio espanhol capturado usado como navio de guarda: Matthew Musson ao Conselho do Comércio e Plantações, Lon
e julho de 1717, em CSPCS 1716-1717, n. 635, p. 338; Peter Heywood ao Conselho do Comércio e Plantações, Jamaica
ezembro de 1716 em CSPCS 1716-1717, n. 411, p. 213.
Captura de um dos navios enviados para “desalojar” os piratas : CO23/1, n. 31: Memorial dos coparceiros para
tividades Comerciais e Colonizar as Ilhas das Bahamas, Londres: 19 de maio de 1721. Esse era o Sarah, capitão William Tayl
artiu com o Samuel , capitão Edward Hampton. Samuel Buck era o proprietário principal de ambos os navios.
Bahamas como santuário para mulatos e escravos fugitivos : Hugo Prosper Leaming, Americanos Escondidos: Quilo
a Virgínia e das Carolinas, Nova York: Garland Publishing, 1995, p. 128-129.
Governador das Be rmudas s obre escravos e piratas: Bennett ao Conselho do Comércio, 31 de maio de 1718, p. 261.
He nry Jennings (março de 1717): Matthew Musson ao Conselho do Comércio, 5 de julho de 1717, p. 338.
O incidente do galeão de Jennings e Hamilton: “Despacho de Nova York, 29 de outubro”, Boston News-Letter , 29 de
e 1716, p. 2.
Abaco, Harbour Island (março de 1717): Idem; Conselho do Comércio e Plantações ao Secretário Joseph Addison, Wh
ondres: 31 de maio de 1717 em CSPCS 1716-1717, n. 596, p. 321.
Primeiro comando de Thatch: “Despacho de Nova York”, Boston News-Letter , 29 de outubro de 1716, p. 2; GHP , p. 71.
Aparência de Thatch (c. 1717): GHP , p. 84-85.
Thatch como um mulato: Leaming, p. 125.
Possíveis rivais de Hornigold: Musson ao Conselho do Comércio, 5 de julho de 1717, p. 338. O papel de Vane é imagi
artir de seu comportamento subsequente e do conhecimento de que ele passou a maior parte de 1717 gastando os frutos
iratarias passadas, como observado no GHP .
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Mulato doente e tomada de John Howell: CO23/1, n. 42iii: Ata do Conselho das Bahamas (Julgamento de John H
Nassau: 22 de dezembro de 1721.
Captura do Bonnet , Revenge: Depoimento de Robert Brown em CO23/1, n. 42iii; Bennett ao Conselho do Comércio e Plan
ermuda: 30 de julho de 1717 em CSPCS 1716-1717, n. 677, p. 360.
Biografia de Hans Sloane : Arthur MacGregor, “sir Hans Sloane (1660-1753)”, em Dicionário de Biografia Nacio
Oxford , Oxford, UK: Imprensa da Universidade de Oxford, 2004.
Carta de Rogers para Hans Sloane : Museu Britânico, Coleção de Sloane, MS n. 4044, p. 155 como impressa em Man
935), p. 125.
Contato com o S.P.C.K.: Little, p. 173.Esquema de Madagascar descartado pela Companhia das Índias Orientais : Uma teoria totalmente crível desenvolv
ittle, p. 174.
Swift teme captura por piratas : General Peter Heywood ao Conselho do Comércio e Plantações, Jamaica: 3 de dezembro d
m CSPCS 1716-1717, n. 411, p. 212.
Seaford teme captura por Bellamy: Walter Hamilton ao Conselho do Comércio e Plantações, Antígua: 15 de maio de 17
SPCS 1716-1717, n. 568, p. 300.
Especificações Swift , Seaford (em notas): Lyon, p. 28, 32.
Carta dos diplomatas de Addison: Conselho do Comércio e Plantações ao Secretário Joseph Addison, Whitehall, Londres
maio de 1717, em CSPCS 1716-1717, n. 596, p. 321.Copartners e Samuel Buck : CO23/1, n. 31: Memorial dos Coparceiros para exercer atividades Comerciais e Colonizar a
as Bahamas, Londres: 19 de maio de 1721; Little, p. 180.
Petições ao rei: CO5/1265, n. 76iii: Petição & Proposta de Woodes Rogers para o rei para governar as Ilhas das Ba
ondres: c. julho de 1717, CO5/1265, n. 76iv: Petição dos Comerciantes ao rei de 1717; CO5/1265, n. 76v: Memorial de Comer
iversos de Joseph Addison, 1717; CO5/1265, n. 76vii: Petição dos Comerciantes de Bristol ao rei, Bristol: 1717.
Petição ao rei e sua decisão: “Carta do Secretário Joseph Addison ao Conselho do Comércio e Plantações”, Whitehall, Lon
e setembro de 1717 em CSPCS 1717-1718, n. 64, p. 25.
Argumentos para senhores proprietários : CO5/1265, n. 76ii: A proposta de Woodes Rogers aos Senhores Proprietári
ahamas, 1717; Little, p. 179-180; Carta de Richard Shelton para Sr. Popple, Londres: 6 de novembro de 1717, em CSPCS 171
183, p. 97; Cópia da Renúncia do direito de governo civil e militar dos Senhores Proprietários das Ilhas das Bahamas
ondres: 28 de outubro de 1717 em CSPCS 1717-1718, n. 176, p. 85-87.
Compras para a expedição: “Memorial dos Coparceiros…”
Documento dos senhores proprietários completo: “Cópia da renúncia…”, p. 85-87.
Palácio de St. James descrito: John Roque, Londres, Westminster e Southwark , Mapa, primeira edição, 1746, Folha B2, s
homas Bowles, Uma Vista do Palácio de St. James, Pall Mall & etc., Gravura, 1763.
As instruções do rei para Rogers : A licença de Sua Majestade para Woodes Rogers ser o governador das Ilhas das Ba
ribunal de St. James, Londres: 16 de janeiro de 1718, em CSPCS 1717-1718, n. 220i, p. 110-112; As Instruções de Sua Majest
overnador Woodes Rogers, Londres, 16 de janeiro de 1718, em CSPCS 1717-1718, n. 220ii, p. 112-113.
Capítulo sete: Bellamy
aque do Whydah, tratamento do capitão Prince : TEP , p. 23-24.
Observações de Peter Hoff : Idem, p. 25.
Cargas para Prince carregadas : Idem, p. 25.
Captura da fragata Tanner : Idem, p. 11, 23, 25.
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Condição, descrição do Marianne (c. abril de 1717): CO5/1318, n. 16iii: testemunho de John Lucas para John Hart, An
MD: 13 de abril de 1717; CO5/1318, n. 16iv: testemunho de Joseph Jacob para John Hart, Annapolis, MD: 13 abril de 1717.
Captura do saveiro de Beer: “Despacho de Rhode Island, 3 de maio”, Boston News-Letter , 6 de maio de 1717, p. 2.
O discurso de Bellamy para Beer: GHP , p. 587.
Marianne, Whydah separados na névoa: TEP , p. 23; Exame de Richard Caverley, p. 151.
Captura do Agnes, Endeavor , Ann Galley: TEP , p. 16, 23-24; CO5/1318 n. 16ii: testemunho de Andrew Turbett, Williamsbur
7 de abril de 1717.
Aparição de William: Testemunho de John Lucas.
Captura do Tryal : Testemunho de John Lucas; testemunho de Joseph Jacob.HMS Shoreham: ADM51/4341 pt 6: Diário de bordo do Shoreham, Lyon, p. 26.
Piratas à procura do Shoreham, tentativas de captura em 13 de abril: CO5/1318 n. 4: Carta anônima ao Conse
omércio e Plantações, Rappahannock, VA: 15 de abril de 1717.
Navegações para Block Island: Exame de Richard Caverley, p. 151; Exame de Jeremiah Higgins, p. 155.
Rhode Island descrita: Bridenbaugh, p. 149, 153-154; J. A. Doyle, Colônias Inglesas na América, Volume V: As Colôni
Casa de Hanover , Nova York: Henry Holt & Co., 1907, p. 18.
Ilha Gardiner: Zacks, p. 235-237, 241-242; Robert F. Worth, “Robert D. L. Gardiner, 93, Senhor do Sua Própria Ilha, Morre”
ork Times , 24 de agosto de 2004; Guy Trebay, “O Último Senhor da Ilha Gardiner”, New York Times , 29 de agosto d
Despacho de Nova York, 19 de abril”, Boston News-Letter , 5 de maio de 1717, p. 2.Captura do Mary Anne: Testemunho de Thomas Fitzgerald e Alexander Mackonochie, Boston: 6 de maio de 1717, em Jame
96-297; TEP , p. 9.
Caminho definido para Cape Cod: Idem.
Captura do Fisher : Testemunho de Ralph Merry e Samuel Roberts, Boston: 16 de maio de 1717, em Jameson, p. 301-302.
Luzes colocadas à popa, proceder em direção ao norte : Idem; testemunho de Thomas Fitzgerald e Alexander Macko
EP , p. 9.
Eventos no Mary Anne: TEP , p. 9-11; Testemunho de Thomas Fitzgerald e Alexander Mackonochie, p. 301-302.
Eventos no Ann Galley e Fisher : Testemunho de Ralph Merry e Samuel Roberts, p. 301-302.
Eventos no Whydah: TEP , p. 24; Cyprian Southack ao governador Shute, Eastham, MA: 8 de maio de 1717, ArquiMassachusetts item 51: 289, 289a, como impresso em Kinkor (2003), p. 121-122; Cyprian Southack ao governador
rovincetown, MA: 5 de maio de 1717, Arquivos de Massachusetts item 51: 287, 287a, como impresso em Kinkor (2003), p. 10
oronel Buffett ao governador Shute no semanário Boston News-Letter , 29 de abril de 1717, p. 2; entrevista ao autor, Ken
Kinkor.
De stino dos piratas do Mary Anne: TEP , p. 9; testemunho de Thomas Fitzgerald e Alexander Mackonochie.
De stino dos piratas do Ann Galley e do Fisher : Testemunho de Ralph Merry e Samuel Roberts, p. 301-302.
Thomas Davis e os vagabundos de Eastham: Cyprian Southack ao governador Shute, 8 de maio de 1717; Cyprian South
overnador Shute, 5 de maio de 1717.
Captura do saveiro de Connecticut: Testemunho de Edward Sargeant, Nova York: 3 de junho de 1717, Registros do Tre Vice-Almirantado da Província de Nova York 1685-1838 , n. 36-3, como impresso em Kinkor (2003), p. 147-148; Ex
ichard Caverley, p. 151.
Capturas na costa de Martha’s Vinyard: “Despacho de Nova Londres, 10 de maio”, Boston News-Letter , 13 de maio de 1
; testemunho de Zacarias Hill, Boston: 11 de maio de 1717, Documentos do Tribunal de Suffolk nos Arquivos de Massachus
1945, como impresso em Kinkor (2003), p. 127.
Captura do Elizabeth: Testemunho de Paul Mansfield, Salem, MA: 25 de maio de 1717, em Documentos do Tribunal de Suff
Arquivos de Massachusetts, p. 11945, como impresso em Kinkor (2003), p. 136.
Dominicus Jordan e Cape Elizabeth: John Lane para governador Shute, Winter Harbor [Falmouth], ME: 19 de maio de 17
ames Phinney Baxter (ed.), História Documental do Estado do Maine, v. IX, Portland, ME: Lafavor-Tower Co., 1907,
ristram Frost Jordan, O Memorial Jordan , Somersworth, MA: Imprensa da História de New England, 1982, p. 13
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estemunho de Paul Mansfield; “Despacho de Piscataqua, 24 de maio”; Boston News-Letter , 27 de maio de 1717, p. 2.
Williams em Damariscove : Testemunho de Paul Mansfield, “Despacho de Piscataqua, 24 de maio”, Boston News-Letter
maio de 1717, p. 2.
Williams fica sabendo do desastre do Whydah: Testemunho de Samuel Skinner, Salem, MA: 26 de maio de 1717, Docu
o Tribunal de Suffolk nos Arquivos de Massachusetts, p. 11945, como impresso em Kinkor (2003), p. 138.
Ações de Shute : “Notícias de Boston, 27 de maio,” Boston News-Letter , 27 de maio de 1717, p. 1; Mandado do governado
ara o xerife do Condado de Barnstable, Boston: 29 de abril de 1717, Sociedade Histórica de Massachusetts, Coleção Belkna
61.A.22, como impresso em Kinkor (2003), p. 102.
Movimentos do Rose e o recrutamento forçado de bostonianos : ADM51/801: Diário de bordo do Rose; Ação do T
Geral de Massachusetts, Boston: 11 de junho de 1717, Registros do Tribunal de Massachusetts, 21 de junho de 1706 a 11 de nov
e 1720, p. 144, como impresso em Kinkor (2003), p. 150.
Capítulo oito: Barba Negra
O navio e os planos de La Buse : “Despacho de Piscataqua, 19 de julho”, Boston News-Letter , 22 de julho de 1717, p. 2.
Viagem de Barba Negra e Hornigold na primavera de 1717 : “Despacho de Nova York, 29 de julho”, Boston News-Lettegosto de 1717, p. 2; isso parece ter sido fonte para um relato inferior em GHP , p. 71.
Ataques de Williams e Noland ao longo da costa: “Despacho da Filadélfia, 20 de junho”, Boston News-Letter , 1º de j
717, p. 2, “Despacho de Nova York, 17 de junho”, Boston News-Letter , 24 de junho de 1717, p. 2; “Despacho de Nova Yor
nho”, Boston News-Letter , 9 de junho de 1717, p. 2.
Antecedentes dos familiares de Stede Bonnet: Paróquia de St. Michael: v. 1A-2A batismos, enterros 1648-1739, R
aroquiais de Barbados, Série A, 1637-1680, microfilme, Salt Lake City, Utah: Sociedade Genealógica de Utah, 1978, Lote M5
onte 1157923; Joanne McRee Sanders, Registros de Barbados : Testamentos e Administrações , Volume I : 1639-1680, Ma
WI: Publicações Históricas Sanders, 1979, p. 37-38; Lindley S. Butler, Piratas, Corsários & Assaltantes Rebeldes da Co
Carolina, Chapel Hill, NC, Imprensa da Universidade da Carolina do Norte, 2000, p. 54-55.lantação de Bonnet: Richard Ford, Um Novo Mapa da Ilha de Barbados, Mapa, 1674, como detalhado em Dunn, p. 94.
O início da vida de Bonnet, posição social, doença mental: GHP , p. 95; John Camden Hotten (ed.), As Listas Origina
essoas de Qualidade, Nova York: G.A. Baker & Co, 1931, p. 451.
Tripulação de Bonnet, biblioteca, presença dos escoceses : GHP , p. 104.
Conexões de Charlestown e Barbados: Bridenbaugh, p. 150n.
Charlestown e Carolina do Sul descritos : John Lawson, Uma Nova Viagem à Carolina, originalmente publicado em 1709,
Hill, NC: Universidade da Carolina do Norte, 1967, p. 13-14; Bridenbaugh, p. 143, 150-151; Doyle, p. 46-48.
Carolina do Norte descrita: Doyle, p. 46, 48.
Capturas na costa do banco de areia de Charlestown: “Por cartas da Carolina do Sul, 22 de setembro”, Boston News-Lee outubro de 1717, p. 2; GHP , p. 96.
Divergência entre a tripulação de partida da Carolina do Norte: GHP , p. 96.
Encontro com o navio de guerra espanhol: “Despacho da Filadélfia, 24 de outubro”, Boston News-Letter , 11 de novem
717, p. 2.
Preparações Hornigolds para viajar: CO23/1: Julgamento de William Howell, Ata do Conselho das Bahamas, Nassau:
ezembro de 1721.
Primeiro nome de Bondavais : GHP , p. 637.
Roupa e livros de Bonnet: “Despacho da Filadélfia, 24 de outubro”, Boston News-Letter , 11 de novembro de 1717, p. 2.
Aparecimento de Barba Negra em batalha: GHP , p. 84-85.Captura, afundamento do Betty: acusação de William Howard, Williamsburg, VA : 29 de outubro de 1718, em Lee,
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O5/1442: Vinhos importados e exportados de Madera, março de 1716 a março de 1717. (Esse último contém numerosas refe
o Betty, que regularmente fazia o transporte de vinho; coincidentemente, ele era geralmente capitaneado por John Perrin, o
ue comprou o saveiro de Hornigold).
Condições a bordo de navios imigrantes : Gottleib Mittelberger, citado em sua viagem da Europa para a Filadélfia em 17
ohn Duffy, “A Viagem para as Colônias”, Análise Hist órica de Mississippi, v. 38, n. 1 (junho de 1951), p. 23.
Capturas de Barba Negra, atividades ao largo da costa do meio do Atlântico: ADM 1/1472, f11 : Ellis Brand
Almirantado, Lyme, Rio Elizabeth, VA: 4 de dezembro de 1717; “Despacho da Filadélfia, 24 de outubro”, Boston News-Letter
ovembro de 1717, p. 2; “Despacho de Nova York, 28 de outubro”, Boston News-Letter , 11 de novembro de 1717, p. 2; “De
a Filadélfia, 31 de outubro”, Boston News-Letter , 11 de novembro de 1717, p. 2; “Despacho de Nova York, 4 de novembro”,
News-Letter , 11 de novembro de 1717, p. 2; Acusação de William Howard, p. 102.
O que os homens de Barba Negra disseram aos prisioneiros : “Despacho da Filadélfia, 24 de outubro”, Boston News
1 de novembro de 1717, p. 2; “Despacho da Filadélfia, 31 de outubro”, Boston News-Letter , 11 de novembro de 1717, p. 2.
O que Barba Negra aprendeu com os prisioneiros : Nos navios de Madera, “Despacho da Filadélfia, 24 de outubro”,
News-Letter , 11 de novembro de 1717, p. 2.
A decisão do rei de reprimir os piratas: “Despacho de Whitehall, 15 de setembro”, Gazeta de Londres, 17 de setembro d
1.
Disposições dos navios da Marinha Real nas Américas: “Uma Lista dos Navios e Embarcações de Sua Majestade Utili
Serem Utilizados, nos Governos e Plantações Britânicas nas Índias Ocidentais”, Gazeta de Londres, 17 de setembro de 1717
B arba Negra visto na costa de Long Island: “Despacho de Nova York, 28 de outubro”, Boston News-Letter , 11 de novem
717, p. 2.
Atividades prováveis de Hornigold em outubro e novembro de 1717 : “Despacho da Filadélfia, 10 de dezembro”,
News-Letter , 6 de janeiro de 1718, p. 2; “Despacho da Filadélfia, 14 de novembro”, Boston News-Letter , 25 de novembro de 1
Navios, armamento, tamanho da tripulação de Barba Negra: David D. Moore e Mike Daniel, “A Captura do Navio de E
e Nantaise La Concorde por Barba Negra”, Tributários, outubro de 2001, p. 24-25. Moore e Daniel mencionam e
ocumentos franceses no Centre des Archives d’Outre Mer, em Aix-en-Provence, França.
Data da batalha de Barba Negra contra o La Concorde: Depoimentos de Pierre Dosset e François Ernaud, como relata
Moore e Daniel (2001), p. 24.
Descrição do La Concorde e captura por Barba Negra: Moore e Daniel (2001), p. 18-19, 24; Richard W. Lawrence
Wilde-Ramsing, “À Procura de Barba Negra: Pesquisa Histórica e Arqueológica de Local de Naufrágio 0003BUI”, Geolo
udeste, v. 40, n. 1 (fevereiro de 2001), p. 2; Bulter, p. 34; entrevista ao autor, David Moore, Museu Marítimo da Carolina do
eaufort, NC: 17 de abril de 2005.
Bequia e Garífuna descritas: “Ata da Assembleia… com vista a determinar as medidas necessárias para destruir os Car
t. Vicent e Dominica”, Cul-de-sac du Marin, Martinque: 27 de agosto de 1679, Susie Post Rust, “Garífuna”, National Geog
etembro de 2001.
Piratas em Bequia: Moore e Daniel, p. 25, “Lista da tripulação do Concorde, março de 1717”, Idem, p. 22-23.
Armamento, tripulação dos navios de Barba Negra (c. 25 de novembro) : CO152/12, n. 67ii: Testemunho de Thomas
Antígua: 30 de novembro de 1717.
Encalhando, abandonando escravos em Grenada: Moore e Daniel, p. 21, 27.
Existência de bergantim, captura do Great Allen: “Despacho de Nova York, 24 de fevereiro”, Boston News-Letter
março de 1718; CO152/12, n. 67iii: Testemunho de Henry Bostock, São Cristóvão: 19 de dezembro de 1717.
Captura do comerciante Montserrat , eventos e m Névis: Testemunho de Thomas Knight.
Captura, libertação do New Division: Testemunho de Thomas Knight; C0152/12, n. 67i: Testemunho de Richard Joy, Antíg
e novembro de 1717.
Estado de São Cristóvão: Extrato de Carta do Tenente General Mathew ao governador Walter Hamilton
ristóvão: 29 de setembro de 1720, em CSPCS 1720-1721, n. 251i, p. 166-167.
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Ataque a São Cristóvão: Walter Hamilton ao Conselho do Comércio e Plantações, Antígua : 6 de janeiro de 17
SPCS 1717-1718, n. 298, p. 149; testemunho de Henry Bostock.
Canhões adicionados ao Queen Anne’s Revenge : ADM1/2378 f12: Capitão Jonathan Rose para o Almirantado, HMS S
m Antígua: 23 de dezembro de 1717; tamanho dos canhões baseado em evidências arqueológicas de entrevista ao autor, Mark
amsing, Projeto do Queen Anne’s Revenge, Cidade de Moorehead, NC: 17 de abril de 2005.
Tamanho, localização, encontro do Seaford com La Buse : Jonathan Rose ao Almirantado, 23 de dezembro de 1717;
Hamilton ao Conselho do Comércio, 6 de janeiro de 1718; Lyon, p. 28.
Encontro do Seaford com Barba Negra: Walter Hamilton ao Conselho do Comércio, 6 de janeiro de 1718, p. 149.
Moradores de São Cristóvão reforçam o Seaford : Jonathan Rose ao Almirantado, 23 de dezembro de 1717; Walter Hamionselho do Comércio, 6 de janeiro de 1718, p. 149-150.
A busca do Scarborough e do Seaford por Barba Negra: ADM 1/1879 p. 5: Francis Hume ao Almirantado, Scarbo
arbados: 16 de fevereiro de 1718; ADM 1/2378 f12: Jonathan Rose ao Almirantado, Seaford em Barbados: 18 de fevereiro d
ADM 51/865: entradas de 1º de novembro de 1717 a 31 de março de 1717; ADM 51/877: entradas de 1º de novembro de 1717 a
março de 1717.
Barba Negra em St. Croix: Testemunho de Henry Bostock, Francis Hume ao Almirantado, 16 de fevereiro de 1718; Jo
ose ao Almirantado, 18 de fevereiro de 1718.
Captura do Margaret : Testemunho de Henry Bostock.
Capitão Pinkentham: “Despacho de Nova York, 28 de maio”, Boston News-Letter , 4 de junho de 1711, p. 2; “Despa
iladélfia, 24 de julho”, Boston News-Letter , 11 de agosto de 1718, p. 2.
Movimentos subsequentes de Barba Negra: Francis Hume ao Almirantado, 16 de fevereiro de 1718; Jonathan R
Almirantado, 18 de fevereiro de 1718.
Capítulo nove: Pedindo perdão
A proclamação real : George I, “Uma Proclamação para Reprimir os Piratas”, Tribunal de Hampton: 5 de setembro de 17Gazeta de Londres, 17 de setembro de 1717, p. 1.
O perdão chega primeiro a Boston: ADM 1/1472 f11: Ellis Brand para o Almirantado, Pearl em Virgínia: 10 de março d
ADM 1/2282 f13: Vincent Pearse ao Almirantado, Phoenix em Nova York: 4 de fevereiro de 1718; “Uma Proclamaçã
eprimir os Piratas”, Boston News-Letter , 9 de dezembro de 1717, p. 1; Benjamin Bennett ao Conselho do Comércio e Plan
ermuda: 3 de fevereiro de 1718, em CSPCS 1717-1718, n. 345, p. 170.
ulgamento dos piratas de Be llamy: TEP .
Localização da sala de audiências e da prisão de Boston: O tribunal ocupava o lado oeste ou lado alto do novo prédio de tij
refeitura, suas janelas com vista para a prisão. Sinclair e Catherine F. Hitchings, Teatro da Liberdade: A Velha Casa de Est
oston, Boston: Boston Safe Deposit & Trust Company, 1975, p. 1-6; “ Antiga Prisão de Boston”, placa comemorativa, rua Cooston, MA.
Envolvimento de Cotton Mather, citações : Cotton Mather, “O Diário de Cotton Mather 1681-1724” nas Coleções da So
Histórica de Massachusetts, Série 7, vol. 7, Boston: Sociedade Histórica de Massachusetts, 1911, p. 448, 483, 490; Cotton M
nstruções para os Vivos sobre a Condição dos Mortos: Uma Breve Relação dos Notáveis no Naufrágio de Mais d
Navios Piratas, Boston: John Allen, 1717, p. 17-18, 37-38.
Bennett encaminha perdões para Nassau: Bennett ao Conselho do Comércio, 3 de fevereiro de 1718; “Despacho de Berm
e fevereiro” Gazeta de Londres, 12 de abril de 1718, p. 1.
Piratas reagem à proclamação: “Trecho de uma Carta da Carolina do Sul”, 2 de fevereiro de 1718, no Jornal Semanal ou
ritânica de Londres, 3 de maio de 1718, p. 1, 033.Proposta dos piratas anti-indulto para James III; carta de Cammocke : George Cammocke para rainha Mary de Mód
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Germaine, França: 28 de março de 1718 em Stuart Papers 29/49.
Carta jacobita para Cammocke : Craton, p. 100.
Capturas trazidas para Nassau em dezembro 1717-janeiro 1718: Trecho de uma carta da Carolina do Sul, 2 de fever
718; “Despacho da Jamaica, 28 de março”, O Jornal Semanal ou Gazeta Britânica [de Londres], 7 de junho de 1718, p. 1
arteret ao governador Burnet, Whitehall, Londres: 22 de agosto de 1722, CSPCS 1722-1723, item 267, p. 128; ADM 1/22
Vincent Pearse ao Almirantado, Phoenix em Nova York: 3 de junho de 1718; HCA 1/54: Testemunho de Benjamin Sims, Lond
e setembro de 1721.
Conse lho geral dos piratas: GHP , p. 41.
Piratas se dispersam (Winter e Brown): Clinton V. Black, Piratas das Índias Ocidentais, Cambridge, UK: Impre
Universidade de Cambridge, 1989, p. 120; Black afirma incorretamente que Winter, Brown e Barba Negra aceitaram o perd
Nassau; Peter Earle, As Guerras Piratas, Nova York: Imprensa de St. Martin, p. 162.
Piratas de dispersam (Condent): ADM 1/2282 f13: Vincent Pearse ao Almirantado, Phoenix em Nova Providência, Bah
e março de 1718; Pearse ao Almirantado, 3 de junho de 1718; GHP , p. 581-582.
Vincent Pearse obtém o perdão : ADM 1/2282 f13: Pearse ao Almirantado, Phoenix em Nova York: 4 de fevereiro de
earse diz que recebeu a notícia da proclamação “no dia 25 do mês passado”, mas pode-se supor que ele se referia ao
ezembro, já que parece impossível que a proclamação, impressa no semanário Boston News-Letter de 9 de dezembro, dem
uase dois meses para chegar a Nova York.
Tempes tade de 24-25 de dezembro de 1717 : Notícia, Boston News-Letter , 6 de janeiro de 1718, p. 2. Tempestades de
ambém atrasaram a saída do carteiro postal semanal na semana de 9 de dezembro.
Histórico de Pearse : Hardy, p. 34.
Pearse reequipa o Phoenix : ADM 51/690: entradas de dezembro de 1717-fevereiro de 1718. Pearse anota no registro que
e Nova York “tendo parcialmente reequipado”.
Especificações , história do Phoenix : Lyon, p. 37-38; ADM 33/298: Livro de Caixa do HMS Phoenix 1716-1718.
Phoenix deixa Nova York : Pearse ao Almirantado, Phoenix em Nova York: 4 de fevereiro de 1718; ADM 51/690: entrad
e fevereiro de 1718.
Phoenix chega a Nassau: ADM 51/690: entradas de 22-24 de fevereiro de 1718; Pearse ao Almirantado, 3 de junho de 1718
Identidade do Tenente Symonds, ida a terra: Resumo de uma Carta de Robert Maynard ao Tenente Symonds, Caro
Norte: 17 de dezembro de 1718 no Jornal Semanal ou Gazeta Britânica [de Londres], 25 de abril de 1719, p. 1, 339.
Phoenix enfrenta Vane, leva o Lark : ADM 51/690: entrada de 24 de fevereiro de 1718.
Vane e o Lark : ADM 51/690: entrada de 24 de fevereiro de 1717.
Pearse se encontra com líderes dos piratas, liberta Vane : ADM 51/690: entrada de 24 de fevereiro de 1718.
Perdoando os piratas, lista dos mesmos: ADM 51/690: entradas de 24-28 de fevereiro de 1718; ADM 1/2282 f13: Um
om os Nomes de tais Piratas que se Entregaram em Providence ao Capitão Vincent Pearse, Nassau, Bahamas: 26 de fevereir
e março de 1718.
Pearse calcula 500 piratas, comentários otimistas : Pearse ao Almirantado, 3 de junho de 1718; Pearse ao Almirantado
março de 1718.
Edward England des crito: GHP , p. 114.
Vários saveiros vão e voltam de Nassau: ADM 51/690: entradas de 1º a 7 de março de 1718.
Eventos de 1º de março: Idem, entrada de 1º de março de 1718.
Piratas se dispersam (Jennings): Bennett ao Conselho do Comércio, 3 de fevereiro de 1718; “Despacho de Bermuda
evereiro”, Gazeta de Londres, 12 de abril de 1718, p. 1.
Piratas se dispersam (em navios mercantes): “Despacho da Filadélfia, 5 de março”, Boston News-Letter , 17 de março d
2; Francis Leslie para Bennett, Nassau: 10 de janeiro de 1718, em CSPCS 1717-1718, n. 345iii, p. 171.
Jack Rackham descrito: GHP , p. 148, 620.
Vane captura saveiro da Jamaica: Idem, p. 141; ADM 51/690: entrada de 21 de março de 1718.
Localização do porto de Nassau: Porto de Nassau, mapa, em Little, p. 183; Pearse ao Almirantado, 3 de junho de 1718.
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Vane saqueia saveiro no porto, Pearse contra-ataca : GHP , p. 141; ADM 51/690: entrada de 22 de março de 1718; Pe
Almirantado, 3 de junho de 1718.
Citações sobre a mudança do humor em Nassau: ADM 51/690: entrada de 22 de março de 1718; Pearse para o Almiran
e junho de 1718.
Piratas incendiam navios em Nassau: ADM 51/690: entrada de 29 de março de 1718.
Homens de Hornigold, pedido de navio de guerra: “Despacho de Rhode Island, 28 de março”, Boston News-Letter
março de 1718, p. 2; “Despacho de Nova York, 10 de março”, Boston News-Letter , 18 de março de 1718, p. 2; Vincent Pe
Almirantado, 4 de março de 1718.
Vane foge de Nassau, juntamente com outros 24: Idem, entradas de 18-19 de março de 1718; GHP , p. 141.Vane retorna com o Lark , ameaça Phoenix , rema até a terra: Idem: entradas de 31 de março e 1º de abril de 1718, G
41; Pearse ao Almirantado, 3 de junho de 1718.
Crescimento da tripulação de Vane : GHP , p. 141; Pearse ao Almirantado, 3 de junho de 1718.
Vane captura dois saveiros no porto de Nassau: ADM 51/690: entrada de 2 de abril de 1718.
Bennett sobre a situação deteriorante de Pearse : Bennett ao Conselho do Comércio, 31 de maio de 1718, p. 260.
Phoenix pega fogo, encalha: ADM 51/690: entrada de 7-10 de abril de 1718.
Deserção dos homens do Phoenix : Pearse ao Almirantado, 3 de junho de 1718; ADM 1/2282 f13: Pearse ao Almir
hoenix em Plymouth, Inglaterra: 21 de janeiro de 1722.
“Grande Diabo” no Golfo do México: “Despacho da Jamaica, 28 de março”, Jornal Semanal ou Gazeta Britânica de Lde junho de 1718, p. 1.
Barba Negra, Bonnet perto de Vera Cruz, ameaçam o Adventure: “De uma carta do Galeão Crown da Jamaica”,
emanal ou Gazeta Britânica de Londres, 27 de setembro de 1718, p. 1, 161.
Especificações do Adventure, maior fragata: Lyon, p. 25, “Uma Lista dos Navios e Embarcações de Sua Majestade Utiliz
Serem Utilizados, nos Governos e Plantações Britânicas nas Índias Ocidentais”, Gazeta de Londres, 17 de setembro de 1717
Bonnet em batalha com o Protestant Caesar : “Relatório sobre William Wyer, 31 de maio”, Boston News-Letter , 16 de ju
718, p. 2.
Barba Negra destitui Bonnet: GHP , p. 22, “Os Julgamentos de Major Stede Bonnet e 33 Outros”, em Francis Hargrav
Coleção Completa de Julgamentos e Processos do Estado por Alta Traição, 4. ed., v. VI, Londres: T. Wright, 1777, p. 183Captura do Adventure, Land of Promise: “Relatório de Thomas Newton”, Boston News-Letter , 16 de junho de 1718, p. 2;
4-45.
Captura de Protestant Caesar : Relatório de William Wyer, GHP , p. 72; TSB, p. 44-45.
Vane captura doze navios : CO 37/10, n. 10viii: Testemunho de John Tibby, Bermudas: 24 de maio de 1718.
Navios das Bermudas nas Bahamas : Bennett ao Conselho do Comércio, 31 de maio de 1718.
Thomas Brown causa abuso por Vane : CO 37/10, n. 10i: testemunho de Samuel Cooper, Bermudas: 24 de maio de 17
7/10, n. 10v: testemunho de Nathaniel Catling, Bermudas: 17 de maio de 1718, CO 37/10, n. 10vi: testemunho de Joseph
ermudas: 28 de maio de 1718.
Torturas a bordo do William & Mary: CO 37/10, n. 10ii: testemunho de Edward North, Bermudas: 22 de maio de 1718, CO Vii: testemunho de Nathaniel North, Bermudas, 22 de maio de 1718.
Torturas a bordo de Diamond : Testemunho de Nathaniel Catling; depoimento de Samuel Cooper.
Ameaçam atacar Be rmudas: Bennett ao Conselho do Comércio, 31 de maio de 1718; testemunho de Samuel Cooper.
Condenação para o rei George : Testemunho de Edward North; testemunho de Samuel Cooper.
Outras capturas, o crescimento da tripulação : TJR, p. 38, 40; CO 37/10, n. 10iv: testemunho de James Mack-Cuelle, Ber
6 de maio de 1718; testemunho de Edward North.
Barba Negra e Bonnet chegam a Nassau: Hargrave (VI), p. 164.
Composição, conteúdo da frota de Rogers : CO 23/1, n. 31: Memorial dos Co-Parceiros para exercer atividades Come
olonizar as Ilhas das Bahamas, Londres: 19 de maio de 1721.S.P.C.K. documentos: Little, p. 180.
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Investimento global, seis parceiros, parte de Rogers : Memorial dos Co-Parceiros…, 19 de maio de 1721; Little, p. 1
3/12/2: Apelo de Woodes Rogers para o rei, 1726.
Biografia de William Fairfax, citações : Donald Jackson (ed.), Os Diários de George Washington , v. 1, Charlottesvil
mprensa da Universidade da Virgínia, 1976, p. 3n; William Fairfax para Anna Harrison Fairfax, Delícia em Nore, Inglaterra
bril de 1718 em Edward D Neill, Os Fairfaxes da Inglaterra e da América nos S éculos XVII e XVIII, Albany, NY: Joel M
868, p. 70-71.
Especificações do HMS Rose, Milford , Shark : Lyon, p. 26, 37.
Data de saída (de Nore): ADM 51/892 pt. 2: entrada de 22 de abril de 1718; ADM 51/801: entrada de 22 de abril de 1718.
Parados nos naufrágios da Flórida: TSB, p. 45.Capturas no caminho para Charleston: GHP , p. 74; Hargrave (VI) p. 164.
Movimentos de B urgess , Ashworth: CO 5/508: Importações da Carolina do Sul do dia 25 de março ao dia 24 de junho d
51, 54; CO 5/508: Exportações da Carolina do Sul do dia 25 de março ao dia 24 de junho de 1718, p. 59-61.
Chegada a Charleston, apreensão de barco piloto: Governador Johnson para os Senhores Proprietários da C
harlestown, SC: 18 de junho de 1718 citado em Edward McGrady, A História da Carolina do Sul Sob o Governo Propr
670-1719, Nova York: Macmillan Company, 1897.
Capturas de navios no bando de areia de Charleston: CO5/508: Importações da Carolina do Sul…, p. 54; CO
xportações da Carolina do Sul…, p. 60; “Despacho da Carolina do Sul, 6 de junho”, Boston News-Letter , 7 de julho de 171
Despacho da Filadélfia, 26 de junho”, Boston News-Letter , 7 de julho de 1718, p. 2; CO5/1265: Carta aos Senhores Proprietá
arolina, Charlestown, SC: 13 de junho de 1718; Depoimento de Ignatius Pell, p. 164; GHP , p. 74.
Interrogatório de Wragg, conselho e demandas dos piratas : GHP , p. 88-89.
Presos de número oitenta: GHP , p. 91.
Eventos em Charleston: GHP , p. 89-91; Carta ao Senhores Proprietários da Carolina, 13 de junho de 1718.
Piratas vistos como heróis em Charleston: Hargrave (VI), p. 163.
Perdão oferecido a Barba Negra por Johnson: Spotswood ao Lorde John Cartwright, Williamsburg, VA: 14 de fevereiro d
m R.A. Brock (1882), p. 273.
Saque tomado, cargas destruídos, mantendo o capitão Hurst: “Despacho da Carolina do Sul, 6 de junho”, Boston News
de julho de 1718, p. 2; “Despacho da Filadélfia, 26 de junho”, Boston News-Letter , 7 de julho de 1718, p. 2; Carta aos S
roprietários da Carolina, 13 de junho de 1718.
Captura do Princess, William de Boston: Carta aos Senhores Proprietários da Carolina, 13 de junho de 1718; CO
mportações da Carolina do Sul…, p. 54-55; TSB, p. 44.
“Dúzia de padeiro”: TSB, p. 48.
Jurando vingança aos moradores da Nova Inglaterra: “Despacho da Carolina do Sul, 6 de junho”, Boston News-Lette
lho de 1718, p. 2.
Barba Negra com raiva de Richards por não queimar William: TSB, p. 44.
Citações do diário de Barba Negra: GHP , p. 86.
Plano alegado para interceptar a frota espanhola do tesouro: TSB, p. 45.Enseada, canal e vila de Beaufort em 1718 : John T. Wells e Jesse E. McNinch, “Reconstruindo a Configuração do Ba
Areia e Canal da Enseada de Beaufort”, Geologia do Sudeste, v. 40, n. 1 (fevereiro de 2001), p. 11-18; Charles L. Paul, “B
olonial”, Resumo Histórico da Carolina do Norte, v. 42, 1965, p. 139-152; Visita do autor, Beaufort, NC: 17 de abril de 2005
Barba Negra encalha o Queen Anne’s Revenge : Richard W. Lawrence e Mark Wilde-Ramsing, “Em Busca de Barba
esquisa Histórica e Arqueológica em Local de Naufrágio 0003 BUI”, Geologia do Sudeste, v. 40, n. 1 (fevereiro de 2001),
SB, p. 46; “Despacho da Filadélfia, 26 de junho”, Boston News-Letter , 7 de julho de 1718, p. 2.
Barba Negra trai Bonnet, outros piratas : Hargrave (VI), p. 163, 167, “Despacho de Nova York, 14 de julho”, Boston
etter , 21 de julho de 1718, p. 2.
Bath descrita: Herbert R. Pascoal Jr., Uma História de Bath Colonial , Raleigh, NC: Edwards & Broughton Co., 1955, p.
Passeio a Pé pela Bath Histórica” (folheto), Bath, NC: Locais Históricos de Bath Histórica; Visita do Autor, Bath, NC: 16 de a
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005.
O histórico e a casa de Charles Eden: Wilson & Fiske, v. 7, p. 301; Lee, p. 55-65.
Os homens de Barba Negra se dispersam: Spotswood para o Lorde John Cartwright, 14 de fevereiro de 1718; Spotsw
onselho do Comércio e Plantações, Williamsburg, VA: 22 de dezembro de 1718 em CSPCS 1717-1718, n. 800, p. 430.
Barba Negra em Plum Point: Lee, p. 62 (citando entrevistas com moradores idosos de Bath durante uma viagem de pesq
966).
Barba Negra se casa em Bath: GHP , p. 76; Lee, p. 74-75; ADM 1/1826 f2: George Gordon ao Almirantado, Londres
etembro de 1721.
Barba Negra se diverte com plantadores: GHP , p. 77.
Morte de Mary de Módena; colapso do plano de Stuart: Hector McDonnell, Os Gansos Selvagens de Antrim McDo
ublin: Imprensa da Academia Irlandesa, p. 81.
Jennings pega a licença de Bennett: “Despacho de Piscatiqua (Portsmouth, NH), 4 de julho”, Boston News-Letter , 7 de j
718, p. 2.
Vane parte com 75 homens: GHP , p. 141.
Captura do Richard & John: TJR, p. 38, 40.
Captura de navio francês e embarcação de dois mastros: GHP , p. 141-142.
Captura do St. Martin: ADM 1/2649, f11 : Processos do Tribunal do Vice-Almirantado, Nassau: 7-9 de agosto de
especialmente o depoimento de Jacques Blondez); GHP , p. 141; Note-se que Blondez cita um “Novo Estilo” ou uma d
alendário gregoriano (1º de julho) em seu depoimento; ADM 1/2649 f11: Um Relato dos Vinhos, Flores & Carnes pertence
ergantim chamado de St. Martin de Bordeaux.
. Captura de saveiros na costa da ilha Harbour, Vane em Nassau em 4-24 de julho : GHP , p. 142; ADM 1/264
rocessos do Tribunal do Vice-Almirantado, Nassau: 7-9 de agosto de 1718 (testemunhos de Robert Brown, William Harri
raper, John Fredd).
. Rogers chega: ADM 51/801: entradas de 24-25 de julho de 1718.
Capítulo dez: Atitudes temerárias
Alienação da frota de Rogers, noite de 24 de julho : ADM 1/2282 f2: George Pomeroy ao Almirantado, Nova York
etembro de 1718; ADM 51/406 pt. 4: entradas de 23 a 25 de julho de 1718; ADM 51/801 pt. 4: entradas de 24-25 de julho de
ADM 51/892: entradas de 24-25 de julho de 1718.
Vane atira no Rose, cena no porto: ADM 51/801 pt. 4: entrada de 25 de julho de 1718; GHP , p. 143; CO 23/1, n. 31: Memo
o-Parceiros para exercer atividades Comerciais e Colonizar as Ilhas das Bahamas, Londres: 19 de maio de 1721; CO 23/1
epoimento de Samuel Buck sobre o Estado das ilhas das Bahamas, 2 de dezembro de 1719.
Tenente se reúne com Vane : ADM 51/801pt. 4: entrada de 25 de julho de 1718.Carta de Vane : Charles Vane para Woodes Rogers, Nassau: 24 de julho de 1718 em GHP , p. 142.
Navio de fogo de Vane : ADM 51/406 pt. 4: entrada de 25 de julho de 1718; ADM 51/801pt. 4: entrada de 25 de julho de
ADM 51/892: entrada de 25 de julho de 1718; GHP , p. 143.
Vane toma o Katherine, recolhe mantimentos, homens da cidade : GHP , p. 143; CO 23/1, n. 10viii: testemunho de
aylore, Nassau: 4 de agosto de 1718; ADM 51/406 pt. 4: entrada de 25 de julho de 1718.
Madeiras fumegantes : Rogers ao Conselho do Comércio e Plantações, Nassau: 31 de outubro de 1718 em CSPCS 1717-1
37, p. 372.
Delícia, Milford encalhados: ADM 51/406 pt. 4: entrada de 25 de julho de 1718; Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outu
718, p. 372.Buck , outro saveiro, perseguição a Vane : ADM 51/801pt. 4: entrada de 25 de julho de 1718; ADM 51/892: entrada de 25 ju
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718; GHP , p. 143; George Pomeroy ao Almirantado, 3 de setembro de 1718; Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outu
718.
A chegada e recepção de Rogers : Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 372; GHP , p. 616-617.
Condições do forte : Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 374; GHP , p. 615.
Acomodações para soldados, colonos: GHP , p. 617-619.
Conselho de administração nomeado: CO 23/1, n. 10ii: Ata do Conselho para 1º de agosto de 1718; Woodes Rogers ao Co
o Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 372-373.
População pirata e não pirata: Depoimento de Samuel Buck sobre o Estado das ilhas das Bahamas, 2 de dezembro de 1719
Planos de trabalho de Rogers: CO 23/1, n. 10ii: Atas do Conselho para 5, 20 e 28 de agosto de 1718.Samuel chega: ADM 51/892: entrada de 1º de agosto de 1718.
Mensagem de Vane : Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 376-377.
Relatório de Richard Taylor: Testemunho de Richard Taylore.
Doença atinge Nassau: Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 373-374; ADM 51/801pt. 4: entradas
e agosto de 1718; ADM 51/406 pt. 4: entradas de 6-13 de agosto de 1718; CO 23/1, n. 10i: Uma lista geral de soldados, marinh
assageiros falecidos desde que chegamos a Providence, Nassau: outubro de 1718; depoimento de Samuel Buck.
Doença de Rogers: CO 23/1, n. 10ii: Ata do Conselho para 29 de agosto de 1718, CO 23/12/2: Apelo de Woodes Rogers
ondres: 1726.
Fala de Rogers sobre a preguiça dos habitantes locais: CO 23/1, n. 15: Rogers ao Conselho do Comércio, 29 de maio dogers ao Conselho do Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 374.
Rogers negocia com Chamberlaine: Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 376.
Milford , Shark partem de Nassau: ADM 51/406 pt. 4: entrada de 16 de agosto de 1718.
Homens de Vane no barco, notícias de Jose ph Cockram: Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 3
3/1, n. 10iii: testemunho de Thomas Bowlin e outros quatro, Nassau: 8 de setembro de 1718.
Perda do Buck , história de Walter Kennedy: ADM 51/801pt. 4: entrada de 10 de setembro de 1718; CO 23/1, n. 31: M
os Co-Parceiros para exercer atividades Comerciais e Colonizar as Ilhas das Bahamas, Londres: 19 de maio de 1721; ADM
1: Peter Chamberlaine ao Almirantado, Milford em Nova York: 20 de novembro de 1718; Arthur L. Hayward (ed.), A Vi
Criminosos mais Notáveis, Londres: George Routledge & Sons, 1927 (publicado originalmente em Londres: John Osborn, 175-36.
Negociações com, partida de Whitney: Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 376; ADM 51/80
iário de bordo do Rose, entrada de 14 de setembro de 1718; CO 23/13: Rogers ao Secretário Craggs, Nassau: 24 de dezem
718.
Notícia da chegada de Vane : Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 376.
Captura do John & Elizabeth: TJR, p. 26, 35, 37.
Captura do saveiro de Barbados John & Elizabeth: GHP , p. 135.
Relato pirata do Jornal Semanal : “Notícias de um navio recém-chegado da Carolina do Sul”, Jornal Semanal ou
ritânica de Londres, 27 de dezembro de 1718, p. 1.238.Capturas de Vane em Charleston: “Despacho de Rhode Island, 10 de outubro”, Boston News-Letter , 20 de outubro de 171
Governador e Conselho de Carolina do Sul ao Conselho do Comércio e Plantações, Charlestown, SC: 21 de outubro de 17
SPCS 1717-1718, n. 730, p. 366; CO 5/508: Importações da Carolina do Sul do dia 24 de junho ao dia 29 de setembro de 1718
Dese rção de Yeats: “Despacho de Rhode Island, 10 de outubro”, Boston News-Letter , 20 de outubro de 1718, p. 2.
Capturando o Emperor e o Neptune: “Protesto do Capitão King, Comandante do Neptune”, Nassau: 5 de fevereiro de 1
GHP , p. 144; Testemunho de Joseph Aspinwail, Londres: 28 de julho de 1719 em Peter Wilson Coldham (ed.), Aventure
migrantes Ingleses 1661-1733, Baltimore: Genealogical Publishing Inc., 1985, p. 150; CO 5/508: Exportações da Carolina
ara o dia 24 de junho ao dia 29 de setembro de 1718, p. 68.
Bonnet requer carta de corso: Hargrave (VI), p. 164, 185.
Robert Tucker eleito, deposição de Bonnet: Idem, p. 162, 164, 184-185.
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Revenge tem apenas 10-12 barris de mantimentos: Idem, p. 167.
Pseudônimos de Bonnet, renomeando o Revenge: Idem, p. 161; TSB, p. 46.
Trocando bens por saques : TSB, p. 46; GHP , p. 98.
Tucker corta vítimas: Hargrave (VI), p. 173.
B rindando a James Stuart em Lewes , Tucker “se u pai”: Idem, p. 166.
Piratas escapam para e de Rhode Island: “Despacho de Rhode Island, 8 de agosto”, Boston News-Letter , 11 de agosto d
2; TSB, p. 46; “Despacho de Rhode Island, 15 de agosto”, Boston News-Letter , 18 de agosto de 1718, p. 2.
Relato da batalha em Cape Fear: Governador e Conselho da Carolina do Sul para o Conselho do Comércio, 21 de outu
718, p. 366-367; GHP , p. 100-102.Fuga frustrada dos prisioneiros em Cape Fear: Hargrave (VI), p. 178.
Citações sobre a condição dos negros: Idem; TSB, p. 48. O prisioneiro mulato, Thomas Gerrat, mais tarde foi julgado e cons
ocente da pirataria.
A intenção dos piratas de ir para St. Thomas: TSB, p. 47.
Homens de Barba Negra saqueando navios mercantes : ADM 1/1472 f11: Brand ao Almirantado, Lyme em Virgínia
evereiro de 1719.
Homens de Barba Negra causando problemas em Bath, Barba Negra seguiu para St. Thomas : Testemunho do gov
harles Eden ao Conselho da Carolina do Norte, Chowan, NC: 30 de dezembro de 1718 em William L Saunders, Registros Co
a Carolina do Norte, vol. II, Raleigh, NC: P. M. Hale, 1886, p. 322.Barba Negra na Filadélfia: John F. Watson, Anais da Filadélfia e da Pensilvânia, vol. II, Filadélfia: John Pennington &
Hunt, 1844, p. 216-218; Lee, p. 78.
Barba Negra captura navios franceses perto das Bermudas : Alexander Spotswood ao Secretário Craggs, Williamsbur
6 de maio de 1719 em Brock (1882), p. 316-319; Ata do Conselho da Carolina do Norte, Chowan, NC: 27 de maio de 17
aunders (1886), p. 341; Spotswood aos Senhores do Comércio, Williamsburg, VA: 26 de maio de 1719 em Brock (1882), p. 323
Saque do navio francês, homens feridos em Ocracoke : “Despacho de Rhode Island, 14 de novembro”, Boston News-Le
e novembro de 1718, p. 2; Brand ao Almirantado, 6 de fevereiro de 1719.
Ataque de Barba Negra a William Bell : Idem, p. 342; testemunho de William Bell, Chowan, NC: 27 de maio de 17
aunders (1886), p. 342-343.
Barba Negra vai para Bath: Atas do Conselho da Carolina do Norte, 27 de maio de 1719, p. 341.
Barba Negra se reúne com Knight: Idem, p. 341-342.
Barba Negra vai para Bath, afirma que navio francês estava naufragado : Spotswood aos Senhores do Comércio, William
VA: 26 de maio de 1719 em Brock, p. 323; Testemunho de Tobias Knight, Chowan, NC: 27 de maio de 1719 em Saunders (18
47.
Açúcar pirateado no celeiro de Knight: Resumo do testemunho de Ellis Brand dado na Virgínia, 12 de março de 1718, A
onselho da Carolina do Norte, Chowan, NC: 27 de maio de 1719 em Saunders (1886), p. 346; ADM 1/1472 f11: Bra
Almirantado, Alcance do Galeão, Inglaterra: 14 de julho de 1719.
Navio francês queimado: Spotswood ao Conselho do Comércio e Plantações, Williamsburg, VA: 11 de agosto de 1719 em C
719-1720, n. 357, p. 207.
Capítulo onze: Caçado
População da Virgínia, descrição: Brock (1882), p. xi; Doyle, p. 32-39.
Williamsburg descrita: Samuel Chamberlain, Eis Williamsburg , Nova York: Hastings House, 1947, p. 3, 9; A. Lawrence Ko
Howard Dearstyne, Williamsburg Colonial: Suas Construções e Jardins, Williamsburg, VA: Williamsburg Colonial, 1949, p.
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alácio do Governador: Instruções para William Bird, Agente da Colônia da Virgínia, Williamsburg, VA: 20 de novembro de
m CSPCS 1717-1718, n. 808iib, p. 435; Kocher e Dearstyle, p. 21, 52-55.
Negociações terres tres de Spotswood: Lee, p. 97-99.
Outras negociações de Spotswood: Discurso da Casa dos Burgueses da Virgínia ao rei, Williamsburg, VA: 20 de novem
718 em CSPCS 1717-1718, n. 808iia, p. 434; Instruções para William Bird, p. 434-435.
Rogers envia Hornigold, Cockram: Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 376.
As atividades de Rogers aguardando o retorno de Hornigold, 150 piratas abandonam a ilha : Woodes Rogers ao Cons
omércio, 31 de outubro de 1718, p. 376-377.
Atividades de Hornigold e Vane em Green Turtle Cay : Protesto do Capitão King, em GHP , p. 145-146; Testemunho deAspinwail, em Coldham, p. 150-151.
Captura de Woodall afeta o moral dos piratas: Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 376-377.
Captura de piratas em Green Turtle Cay: CO 23/1: Julgamento & Condenação de Dez Pessoas por Pirataria em
rovidência, Nassau: 10 de dezembro de 1718; Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 377-378; Rog
ecretário Craggs, 24 de dezembro de 1718.
Conselho se reúne para decidir o destino dos prisioneiros : CO 23/1, n. 18: Atas da Conversa Privadas, Nassau:
ovembro de 1718.
Vane, Barba Negra em Ocracoke : GHP , 138; ADM 1/1826: Spotswood para George Gordon, Williamsburg, VA: 24 de nov
e 1718; na carta, Spotswood informa a Gordon que “os piratas em Okracock se uniram a algumas outras tripulações pumentaram (como disseram) para 170 homens”.
Sigilo de Spotswood, simpatizantes dos piratas na Virg ínia: Spotswood para Lorde Carteret, Williamsburg, VA: 14 de fe
e 1719 em Brock (1882), p. 274; Spotswood ao Conselho do Comércio e Plantações, Williamsburg, VA: 22 de dezembro de 17
SPCS 1717-1718, n. 800, p. 430-432; ADM 1/1472: Ellis Brand ao Almirantado, Whorstead, Inglaterra: 8 de abril de 1721.
Brand, Gordon se encontra com Spotswood depois do julgamento de Howard: Brand ao Almirantado, 6 de fever
719.
Tamanho do Lyme, Pearl : Lyon, p. 26, 36.
Recompensa por Thatch: Spotswood ao Conselho do Comércio, 22 de dezembro de 1718, p. 432.
Ordens de Gordon; tamanho, complemento do Jane
, Ranger
: ADM 51/672 p3: entrada de 17 de novembro de 1718; R
a Carta de Robert Maynard ao Sr. Symonds do Phoenix, Carolina do Norte: 17 de dezembro de 1718 no Jornal Semanal ou
ritânica de Londres, 25 de abril de 1719, p. 1.339.
Maynard como o mais antigo oficial: ADM 1/1826 f2: George Gordon ao Almirantado, Pearl na baía de Carlisle, Jamaica
março de 1718.
Edmund Hyde : Resumo da Carta de Robert Maynard ao Sr. Symonds, p. 1.339; O nome completo e a posição de Hy
ncontrados em ADM 33/311: Livro de Caixa do Pearl , onde ele está listado como “Morto na invasão de Pirate Teach”.
Hora da partida de 17 de novembro : Brand ao Almirantado, 6 de fevereiro de 1719.
Área de Edenton (Chowan) descrita: William Gordon ao Secretário, Londres: 12 de maio de 1709 em Saunders (1886), p
14; Doyle (1907), p. 44-47.
Maurice Moore, Edward Moseley: Lee, p. 157-160.
Brand em Edenton, Bath: Brand ao Almirantado, 6 de fevereiro de 1719.
Maynard chega a Roanoke, Estreito de Currituck : Brand ao Almirantado, 6 de fevereiro de 1719.
Barba Negra “fortificando Ocracoke”, apoiado por 170 homens : Spotswood ao Conselho de Comércio, 22 de dezem
718, p. 430; ADM 1/1826: Spotswood a George Gordon, Williamsburg, VA: 24 de novembro de 1718.
Maynard chega a Ocracoke : Ellis Brand ao Almirantado, 6 de fevereiro de 1719.
Barba Negra viaja, carta de Knight, bebendo com Oddell: ADM 1/1826 f2: George Gordon ao Almirantado, Londres
etembro de 1721; Tobias Knight a Edward Thatch, Bath, NC: 17 de novembro de 1718 em Saunders (1886), p. 343-344; GHP
3.
Relato da batalha: Idem; Resumo da Carta de Robert Maynard ao Sr. Symonds, p. 1.339, “Despacho de Rhode Island,
7/21/2019 A Republica Dos Piratas - Colin Woodard
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evereiro”, Boston News-Letter , 2 de março de 1719, p. 2; GHP , p. 79-83; Carta de George Gordon ao Almirantado, 14 de se
e 1721; ADM 33/311: Livro de Caixa do Lyme (para identificação do timoneiro morto Allen Arlington).
Mercadorias encontradas por Maynard: Brand ao Almirantado, 6 de fevereiro de 1719; George Gordon ao Almirantado
etembro de 1721.
Cabeça, corpo cortado de Barba Negra: Resumo da Carta de Robert Maynard ao Sr. Symonds, p. 1.339; ADM 51/6
ntrada de 3 de janeiro de 1719; Lee, 124.
Maynard vem para Bath: Brand ao Almirantado, 6 de fevereiro de 1719; GHP , p. 83.
Brand sobre Knight: Brand ao Almirantado, 14 de julho de 1719; Resumo do testemunho de Ellis Brand dado em V
aunders (1886), p. 344.
“Memorando no livro de bolso de Tache”, outra evidência: Idem
Knight mostra a Brand bens roubados : Idem
Eden entrega escravos, açúcar: ADM 1/1472 f11: Brand ao Almirantado, Lyme em Virgínia: março de 1719; Br
Almirantado, 6 de fevereiro de 1719.
O retorno de Maynard para a Virgínia: ADM 51/672 pt. 5: entrada de 3 de janeiro de 1719.
Cabeça dada a Spotswood, pendurada em estaca: Pedaço de algumas cartas da Virgínia, Jornal Semanal ou Gazeta Br
e Londres, 11 de abril de 1719, p. 1.229; Watson (II, 1844), p. 221.
Cantiga de Be njamin Franklin: Lee, p. 228-229.
Julgamento, execução dos piratas de Barba Negra: Os registros dos julgamentos infelizmente se perderam, aparentem
ncêndio que tomou conta da Capital da Virgínia em 1747. Relatos fragmentados do julgamento sobrevivem em GHP , p
aunders (1886), p. 341-344. Veja também Lee, p. 136-142.
Julgamento de Tobias Knight : O registro completo do julgamento encontra-se em: Atas do Conselho de Administra
arolina do Norte, Chowan, NC: 27 de maio de 1719, em Saunders (1886), p. 341-349.
Eden contra Brand, Spotswood: Spotswood ao Secretário Craggs, 26 de maio de 1719 em Brock (1882), p. 316-319.
Problemas de Moore e Moseley: Lee, p. 161-167.
Processo de Maynard: George Gordon ao Almirantado, 14 de setembro de 1721; Lee, p. 139.
Fuga de Bonnet, Richard Tookerman : HCA 1/55: Informações de William Rhett Jr., Londres: 28 de setembro de 1721; G
02; Hargrave (VI), p. 162-163; Shirley Carter Hughson, Os Piratas da Carolina e o Comércio Colonial , 1670-1740, Baltim
mprensa de Johns Hopkins, 1894, p. 99-101.
Perturbações para libertar piratas : Hargrave (VI), p. 164.
Julgamento, execução dos homens de Bonnet: Idem, p. 183.
Rhett recaptura Bonnet: Informações de William Rhett Jr.; GHP , p. 102-103; GHP , p. 102-103; CO 23/1, n. 12i: Sr. Ga
homas Pitt, Charlestown, SC: 4 de novembro de 1718; “Despacho de Rhode Island, 9 de dezembro”, Boston News-Letter
ezembro de 1718, p. 2.
Sentença de Trott: Hargrave (VI), p. 188.
Intervenções para salvar a vida de Bonnet: GHP , p. 111.
Sentença de Bonnet suspensa temporariamente sete vezes; comerciantes irritados : “Cartas da Carolina em
ezembro”, Diário Semanal Original de Applebee, Londres: 28 de fevereiro de 1719, p. 1.363.
Carta de Bonnet a Johnson: Stede Bonnet ao governador Johnson, Charlestown, SC (novembro ou dezembro): 1719 em G
12-113.
Eve ntos de Charleston influenciam Rogers: Atas de Reuniões Particulares, Nassau: 28 de novembro de 1718.
Médico da Companhia Independente morre : CO 23/13, n. 47: Atas do Conselho das Bahamas, Nassau: 12 de janeiro de
Perda do Willing Mind , partida do Samuel : CO 23/13, n. 20: Woodes Rogers ao Secretário Craggs, Nassau: 24 de dezem
718; Protesto do Capitão King, em GHP , p. 147.
Julgamento dos piratas de Nassau: CO 23/1: Julgamento e Condenação de Dez Pessoas por Pirataria em Nova Provi
Nassau: 10 de dezembro de 1718 (daqui em diante: Julgamento em Nova Providência).
Piratas nas muralhas de Forte Nassau, forcas : Idem: GHP , p. 43.
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Rogers suspende temporariamente a pena de Rounsivell: Rogers ao Secretário Craggs, p. 24, dezembro de 1718.
Últimas palavras de Morris, execução: Julgamento em Nova Providência.
Tentativa de golpe contra Rogers: CO23/13, n. 28, Rogers ao Secretário Craggs, Nassau: 24 de janeiro de 1719.
Força de Eleutéria, ataque de Vane : Rogers ao Conselho do Comércio, 31 de outubro de 1718, p. 375; GHP , p. 620.
Captura do Endeavor : CO 142/14: Uma Lista de todos os navios e embarcações que foram chamadas a Kingston na terra
Majestade, Jamaica, do dia 29 de setembro até o dia 25 de dezembro de 1718; TJR, p. 24.
Homens de Vane vivem “em desordem”: GHP , p. 620.
Navegando na Passagem de Windward: TJR, p. 24; GHP , p. 138.
Encontro com o navio de guerra francês : TJR, p. 24; GHP , p. 138-139.Vane deposto, s ubstituído por Rackham: TJR, p. 24; GHP , p. 139.
Últimas capturas de Vane : TJR, p. 24-25; CO 142/14: Uma Lista de todos os navios e embarcações que foram cham
Kingston na terra de Sua Majestade, Jamaica, do dia 29 de setembro até o dia 25 de dezembro de 1718; GHP , p. 139.
Vane em Guanaja (Bonaca) : TJR, p. 25; GHP , p. 139, Chris Humphrey, Manuais da Lua: Honduras, 3ª edição, Emeryvi
000, p. 154.
Vane náufrago: GHP , p. 139-140.
Captura de Vane : GHP , p. 140-141.
Julgamento e execução de Vane : TJR, p. 36-40, “Despacho de Nova York, 1º de maio”, Mercury Americano Sema
iladélfia, 4 de maio de 1721, p. 2.
Epílogo: O fim da pirataria
Rogers fica sabendo da guerra, licenças corsárias : CO 23/1, n. 14ii: Atas do Conselho das Bahamas, Nassau: 31 de ma
719.
Conflito mais esquecido”, objetivos da guerra da Espanha: Little, p. 191.
Rogers paga as dívidas da colônia: CO23/12/2: Apelo de Rogers ao rei, 1726.
Frota de invasão espanhola desviada para Pensacola: Little, p. 191; Rogers ao Secretário Craggs, Nassau: 27 de maio d
m CSPCS 1719-1720, n. 205, p. 97.
Comentários de Rogers sobre o trabalho em Nassau: Rogers [ao Secretário Craggs?], Nassau: 24 de janeiro de 17
SPCS 1719-1720, n. 28, p. 8-9.
roblemas de crédito de Rogers, falta de contato com Londres: Rogers ao Conselho do Comércio e Plantações, Nassau
bril de 1720 em CSPCS 1720-1721, n. 47, p. 30; governador e Conselho das Bahamas ao Secretário Craggs, Nassau: 26 de no
e 1720 em CSPCS 1720-1721, n. 302, p. 201.
Visitas navais; comentários de Whitney: ADM 1/2649 f111: Thomas Whitney ao Almirantado, Rose em Port Royal, Jama
e outubro de 1719; Rogers para Craggs, 27 de maio de 1719, p. 97.Defesas de Rogers, invasão de 1720: Rogers ao Conselho do Comércio, 20 de abril de 1720, p. 29; Nicholas Laws ao Cons
omércio e Plantações, Jamaica: 31 de março de 1720 em CSPCS 1720-1721, n. 35, p. 21; Little, p. 193; Lyons, p. 36.
Rogers para Charleston, luta um duelo: John Lloyd ao Secretário Craggs, Charleston, SC: 2 de fevereiro de 1721 em
720-1721, n. 372, p. 252.
Rogers se demite, navega para casa: Apelo de Rogers ao rei; Little, p. 198.
Rogers deposto, vai para a prisão do devedor: Little, p. 198-201.
Destino de Hornigold: ADM 1/2649 f11: Thomas Whitney ao Almirantado, Rose na costa do Cabo Canaveral, Flórida: 3 d
e 1719.
Destino de Burgess: GHP , p. 640-641.
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Destino de Jennings : “Notícias da Navegação, Nova York, 10 de outubro”, Gazeta de Boston, 17 de outubro de 172
Despacho de Nova York, 15 de agosto”, Mercury Americano Semanal , 18 de agosto de 1720, p. 2; “Despacho de Nova Y
e outubro”, Mercury Americano Semanal , 19 de outubro de 1721, p. 2; Relatório via Capitão Styles de Bermudas, Gaz
ensilvânia, Filadélfia: 4 de julho de 1745.
Piratarias de Ashworth: CO 23/13, n. 53: Testemunho de William South, Nassau: 27 de maio de 1719.
Rackham captura o Kingston: Nicholas Lawes ao Conselho do Comércio e Plantações, Jamaica: 31 de janeiro de 1719 em
719-1720, n. 34, p. 18; GHP , p. 622.
Kingston recapturado, de Rackham para Nassau: “Despacho de Port Royal, 10 de fevereiro”, Corrente Semanal da Ja
Kingston, 11 de fevereiro de 1719, p. 3; GHP , p. 622-623; Nicholas Lawes ao Conselho do Comércio e Plantações, Jamaicamarço de 1719 em CSPCS 1719-1720, n. 132, p. 64.
Rackham em Nassau, romance com Bonny: GHP , p. 623-624.
Como Read e Bonny supostamente se conhece ram: GHP , p. 153-158.
Bonny e Rackham roubam o saveiro de Ham: “Proclamação de Woodes Rogers”, Nassau: 5 de setembro de 1720 em
e Boston, 17 de outubro de 1720, p. 3; Tenente Lawes ao Capitão Vernon, 20 de outubro de 1720 em CSPCS 1720-17
27xxxiv (e), p. 344, “Despacho de Nova Providência, 4 de setembro”, Gazeta de Boston, 17 de outubro de 1720, p. 2; GHP ,
25.
Rackham aterroriza Turnley, ataca navios de pesca: TJR, p. 8-10; GHP , p. 625-626.
Descrições de Read e Bonny por testemunhas oculares : TJR, p. 18-19.
Bondavais e Barnet enfrentam Rackham: Idem, p 10-11.
Piratas fogem para o porão, Bonny e Read ficam: Idem, p. 32-33; GHP , p. 156.
As palavras de Bonny para Rackham: GHP , p. 165.
Exe cução de Rackham: “Despacho de St. Jago de la Vega, 22 de novembro”, Boston News-Letter , 27 de fevereiro de 172
lack, p. 115.
As gravidezes de Bonny e Read: TJR, p. 19; “Despacho de Nova York, 31 de janeiro”, Mercury Americano Semanal , Fi
de fevereiro de 1721, p. 2; GHP , p. 165.
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Woodes Rogers e m Londres : Apelo de Woodes Rogers ao rei.
Mist como autor de A General History of the Pyrates [História geral dos roubos e assassínios dos mais notáveis piratas
ialuschewski, “Daniel Defoe, Nathaniel Mist e Uma História Geral dos Piratas” , Artigos da Sociedade Bibliográf
mérica, v. 98 (2004), p. 21-38; Anúncio do General History, Mercury Americano Semanal , 29 de dezembro de 1724, p. 2.
Petição de Rogers reparação: “Apelo de Rogers ao rei” 1726; Little p 202 208