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A Vida de Oração de Jesus

Date post: 22-Mar-2016
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Estudo Bíblico
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FECHAMENTO AUTORIZADO. Pode ser aberto pelos Correios. MAIO–JUNHO 2012 • ANO XLV Nº 336 Deus espera por nossas orações! ROBINSON CAVALCANTI (1944–2012) MEMORIAL ROBINSON CAVALCANTI LEMBRANÇAS QUE INSPIRAM — UM TRIBUTO, por Ricardo Barbosa “SAMUEL MORREU, E TODO O ISRAEL SE REUNIU E O PRANTEOU”, por Valdir Steuernagel A HISTÓRIA DO APÓSTOLO JOÃO, O BISPO E O FILHO QUE PERDEU O CAMINHO, por Paul Freston
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Page 1: A Vida de Oração de Jesus

Maio-Junho, 2012 I ULTIMATO 1

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M A I O – J U N H O 2 0 1 2 • A N O X LV • N º 3 3 6

Deus espera

por nossas

orações!

ROBINSON CAVALCANTI (1944–2012) — MEMORIAL ROBINSON CAVALCANTI LEMBRANÇAS QUE INSPIRAM — UM TRIBUTO, por Ricardo Barbosa “SAMUEL MORREU, E TODO O ISRAEL SE REUNIU E O PRANTEOU”, por Valdir Steuernagel A HISTÓRIA DO APÓSTOLO JOÃO, O BISPO E O FILHO QUE PERDEU O CAMINHO, por Paul Freston

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22 ULTIMATO I Maio-Junho, 2012

Deus espera

por nossas

orações!

a viDa De oração De Jesus

“Eu e o Pai somos um”, disse Jesus aos judeus no Pórtico de Salomão (Jo 10.30). Apesar da completa intimidade com o Pai, Jesus era um homem de oração? A resposta, a mais explícita

possível, é da lavra daquele que escreveu a Epístola aos Hebreus: “Durante a sua vida aqui na terra, Cristo, em alta voz e com lágrimas, fez orações e súplicas a Deus, que o podia salvar da morte. E as suas orações foram atendidas porque ele era dedicado a Deus” (Hb 5.7).

Só no último dia de vida (a sexta-feira começava na noite de quinta-feira), Jesus orou três vezes: no Cenáculo, no Getsêmani e no Calvário. Na sala ampla e mobiliada, ele orou pelos discípulos e por aqueles que creriam nele (Jo 17.20). No Getsêmani, Jesus orou por ele mesmo: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice” (Mt 26.39). Na cruz, das sete palavras ali proferidas, três foram orações: a primeira, em favor daqueles que o crucificavam (“Pai, perdoa-lhes”); as outras duas, em favor dele mesmo (“Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?” e “Pai, nas tuas mãos entrego meu Espírito!”).

[CAPA]

Além das orações feitas na cruz, o Evangelho de Lucas menciona a vida de oração de Jesus em cinco passagens:

5.16 — Mas Jesus retirava-se para lugares solitários e orava.

6.12 — Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.

9.18 — Certa vez Jesus estava orando em particular, e com ele estavam os seus discípulos.

9.28 — Aproximadamente oito dias depois de dizer essas coisas, Jesus tomou consigo a Pedro, João e Tiago e subiu a um monte para orar.

11.1 — Certo dia Jesus estava orando em um determinado lugar.

A esta lista, deve-se acrescentar a passagem de Marcos 1.35: “De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando”.

Não se diz que Jesus orava naqueles horários rígidos de oração, pela manhã, ao meio-dia e à tarde (Sl 55.17;

Page 3: A Vida de Oração de Jesus

Maio-Junho, 2012 I ULTIMATO 23

Deus espera

por nossas

orações!

Jesus ora antes De iniciar seu ministério

ESTuDOS BÍBLICOS uLTIMATO QUANTO VALE A ORAÇÃO?Acesse o estudo bíblico com base neste artigo.>> estudosbiblicos.ultimato.com.br

Imediatamente após o batismo e antes de iniciar o ministério, Jesus passa quarenta dias em jejum e oração no deserto. Para conciliar a narrativa de Mateus, segundo a qual a tentação teria acontecido depois dos quarenta dias

(Mt 4.2), com as narrativas de Marcos e Lucas, segundo as quais ela teria acontecido durante os quarenta dias, conjectura-se que Jesus teria sido tentado o tempo todo e que as três tentações específicas seriam o clímax do processo.

Depois do batismo e da tentação, Jesus estava pronto para iniciar o ministério. O longo silêncio entre a apresentação no templo (Lc 2.21-40) e estes dois acontecimentos, interrompido apenas pelo encontro de Jesus, quando ele tinha 12 anos de ida-de, com os mestres do templo (Lc 2.42-50) durou trinta anos.

Quarenta dias de jejum, oração e tentação é um período muito longo (960 horas). Jesus foi levado ou impelido para o deserto pelo Espírito Santo (Mt 4.1; Mc 1.12; Lc 4.1). Lucas acrescenta que o Senhor estava cheio do Espírito (Lc 4.1). Foi um tempo de estranhas plenitudes — plenitude de Espírito, plenitude de jejum, plenitude de oração e plenitude de tentação. Agora, Jesus deixará a carpintaria, a mãe (certamente viúva) e os irmãos para dedicar-se integralmente ao ministério. Foi uma mudança brusca quanto ao cenário, à movimentação e à ocupa-ção. Agora, Jesus conviverá diretamente com o ser humano, suas complicações, enfermidades, problemas, maldades e carências. Agora, Jesus atenderá pessoas em toda parte e não terá tempo suficiente para comer (Mc 6.31) nem onde reclinar a cabeça (Mt 8.20). Agora, Jesus lidará com o legalismo de alguns e com a hipocrisia de outros. Agora, curará toda sorte de doenças, expulsará demônios e ressuscitará mortos. Agora, transformará água em vinho, multiplicará pães e peixes e acalmará tempesta-des. Agora, perdoará pecadores e pecadoras, pregará o arrependi-mento e a chegada do reino dos céus nas três províncias (Judeia, Samaria e Galileia), dos dois lados do rio Jordão. Agora, escolhe-rá algumas pessoas para estar com ele, para comer com ele, para viajar com ele, para ser testemunhas dele e para continuar a sua obra. Enfrentará a oposição, o escárnio, a perseguição, as amea-ças de prisão e morte. Agora, Jesus se aproximará lentamente da cruz.

O elo entre a infância, a adolescência e a mocidade silen-ciosas e a manifestação pública é o deserto e tudo o que ele significa. O prelúdio de seu ministério foram os quarenta dias de oração.

Liz V

alente

Dn 6.10). Ele orava mais durante a noite do que durante o dia, mais nas montanhas do que em outro lugar. Uma coisa é certa: as orações do Senhor não eram rotineiras e cheias de vãs repetições.

Influenciado pela vida de oração de Jesus, um dos discípulos lhe disse: “Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou os discípulos dele” (Lc 11.1). Foi nessa ocasião que Jesus ofereceu o modelo universal da oração dominical e discorreu sobre a perseverança na oração e sobre a boa vontade de Deus em nos ouvir e responder (Lc 11.2-13).

Há uma relação das orações de Jesus com os acontecimentos anteriores ou posteriores que o envolviam, como se pode ver nos textos que as seguem ou antecedem.


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