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Abstracts assessed on the 19th Congress of the SPMI

Date post: 24-May-2015
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Código de Referee: 11 Chave de Referee : 597898524 Quando terminar as classificações dos resumos enviados, deverá introduzir as mesmas no site da SPMI, no endereço, http://www.spmi.pt/19congresso/referee/login.asp Nesta página deverá introduzir o código e a respectiva chave de referee (acima indicados). Na página seguinte, visualizará uma tabela com todos os resumos enviados, identificados com o código do resumo bem como o titulo do mesmo. Para poder introduzir a classificação atribuida ao resumo, deverá clicar na checkbox correspondente a esse resumo de forma a desbloquear o campo de classificação. Em caso de engano na introdução de uma classificação, deve repetir novamente a introdução de apenas essa classificação. Caso pretenda confirmar as classificações introduzidas bastará entrar novamente na página. A data limite para a introdução das classificações é o dia 24 de Março, domingo até às 23h59. Classificações O seguinte sistema de classificação será aplicado pelos referees: 4 - Muito boa qualidade e relevancia, deve ser apresentado 3 - Boa qualidade, deve ser apresentado 2 - Qualidade aceitavel, pode ser apresentado 1 - Qualidade questionável 0 - Rejeitado Se rejeitado: A - Má qualidade B - Identificação de autores e/ou instituição no texto C - Resultados já publicados/apresentados D - Resumo duplicado com outro do conjunto de trabalhos entregues para classificar. Em caso de dúvida, contacte por favor o secretariado da SPMI (217 520 570). Para problemas com a introdução das classificações no site, poderá contactar João Figueira (910 30 90 30).
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Page 1: Abstracts assessed on the 19th Congress of the SPMI

Código de Referee: 11

Chave de Referee : 597898524 Quando terminar as classificações dos resumos enviados, deverá introduzir as mesmas no site da SPMI, no endereço, http://www.spmi.pt/19congresso/referee/login.asp Nesta página deverá introduzir o código e a respectiva chave de referee (acima indicados). Na página seguinte, visualizará uma tabela com todos os resumos enviados, identificados com o código do resumo bem como o titulo do mesmo. Para poder introduzir a classificação atribuida ao resumo, deverá clicar na checkbox correspondente a esse resumo de forma a desbloquear o campo de classificação. Em caso de engano na introdução de uma classificação, deve repetir novamente a introdução de apenas essa classificação. Caso pretenda confirmar as classificações introduzidas bastará entrar novamente na página. A data limite para a introdução das classificações é o dia 24 de Março, domingo até às 23h59. Classificações O seguinte sistema de classificação será aplicado pelos referees: 4 - Muito boa qualidade e relevancia, deve ser apresentado 3 - Boa qualidade, deve ser apresentado 2 - Qualidade aceitavel, pode ser apresentado 1 - Qualidade questionável 0 - Rejeitado Se rejeitado: A - Má qualidade B - Identificação de autores e/ou instituição no texto C - Resultados já publicados/apresentados D - Resumo duplicado com outro do conjunto de trabalhos entregues para classificar. Em caso de dúvida, contacte por favor o secretariado da SPMI (217 520 570). Para problemas com a introdução das classificações no site, poderá contactar João Figueira (910 30 90 30).

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ID Resumo: 803 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : BRADICARDIA IATROGÉNICA DE CAUSA INESPERADA Modo de Apresentação : Poster Resumo : Alguns colírios, géis e pomadas oftálmicas podem causar efeitos sistémicos graves. Sendo absorvidos através de vários mecanismos podem entrar na corrente sanguínea chegar à circulação e provocar efeitos adversos e interacções medicamentosas. A sua absorção equivale a absorção endovenosa. Os beta-bloqueantes oftálmicos são farmacos da 1ª linha para baixar a pressão intra-ocular com absorção sistémica rápida através do sistema lacrimal, sendo 2 gotas/dia suficientes para estimulação dos receptores. Têm vários efeitos adversos descritos, dependendo da idade, peso e co-morbilidades de cada doente. Mulher de 93 anos com antecedentes de Pancreatite aguda litiasica, HTA e Demência recorre à Urgência por queixas de mal esstar com dor torácica inspecifica. Encontrava-se agitada, desorientada no tempo e no espaço e apresentava bradicardia de 42 bpm . A medicação usual não contemplava o uso de terapêutica bradicardizante exceto timoptol em gotas como terapêutica oftálmica. O ECG revelou bradicardia sinusal de 47 ppm e as enzimas cardiacas estavam normais. Ficou em vigilância e algumas horas após a suspensão do colirio já apresentava frequência cardiaca de 63 ppm e melhoria do quadro confusional. Contactado a Oftalmologia foi substituido o fármaco Este caso alerta para um efeito adverso comum dos beta-bloqueantes ofálmicos (cerca de 30%) que a maioria dos doentes não os menciona como medicação habitual . Conclui-se que devemos estar em alerta perante os possíveis efeitos adversos da terapêutica oftálmica tópica e registar esses diagnósticos que têm sido subestimados pelos médicos. Averiguar a medicação habitual e ter em conta que alguns fármacos podem ter efeitos deletérios.

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ID Resumo: 822 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : PARA ALÉM DAS CEFALEIAS Modo de Apresentação : Imagens em Medicina Resumo : Doente de 64 anos, com clínica de cefaleias holocranianas e tonturas. TC CE: Lesões isquémicas cerebelosas superior paramediana esquerda e inferior parasagital homolateral. Doppler Pescoço: Vertebral esquerda não visualizada. Angio TC: Oclusão do segmento distal V2, ausência de visualização do segmento V3 e visualização de V4 por refluxo. Conclui-se como oclusão com provável dissecção da artéria vertebral, destacando-se a ausência de traumatismo ou condição que a potencie.

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ID Resumo: 835 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : ´MASSA´ MEDIASTÍNICA? Modo de Apresentação : Imagens em Medicina Resumo : Mulher, 77 anos, imunocomprometida (artrite reumatóide, medicada com metotrexato e corticóide), com Diabestes Mellitus tipo 2, internada por pielonefrite aguda. A telerradiografia do tórax, realizada à entrada, revelou uma opacidade arredondada que contactava com o mediastino superior à esquerda. A TC pulmonar com contraste revelou tratar-se de aneurisma na crossa da aorta após a origem das artérias carótida comum e subclávia esquerda, com cerca de 52mm de maior eixo e trombo intramural.

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ID Resumo: 839 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : FATORES DE RISCO PARA TROMBOEMBOLISMO PULMONAR: CASUÍSTICA DE UM SERVIÇO DE MEDICINA EM 2011 E 2012 Modo de Apresentação : Poster Resumo : Introdução: O tromboembolismo pulmonar (TEP) define-se como a obstrução das artérias pulmonares por um trombo originário noutro local. A variedade de sintomas e sinais com que se apresenta, dificulta o diagnóstico, sendo de grande importância a história clínica e exame objetivo na identificação dos fatores de risco. A introdução na prática clínica da angiografia pulmonar por tomografia computadorizada (angio-TC pulmonar) veio aumentar a eficácia diagnóstica. Os autores propuseram-se identificar a frequência dos fatores de risco de TEP nos doentes com este diagnóstico. Métodos: Procedeu-se à consulta dos processos clínicos de todos os doentes internados no Serviço de Medicina, entre o dia 1 de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2012, tendo sido avaliados os parâmetros: distribuição por sexo, idade e sazonalidade; dias de internamento, angio-TC pulmonar, mortalidade e fatores de risco para TEP. Resultados: Dos internamentos no período de tempo estudado, 152 foram diagnosticados com TEP. Houve predomínio do sexo Feminino, sendo a média de idades 74 anos. O número médio de dias de internamento foi 11, com um pico de sazonalidade entre fevereiro e setembro. A angio-TC pulmonar foi realizada em 83% dos doentes, tendo confirmado o diagnóstico em 72% dos exames. Na análise dos fatores de risco identificou-se a imobilização em 29% dos doentes, internamento recente em 14% e neoplasia maligna em 9% (doenças malignas da mama 37% e do aparelho digestivo com 36%). Verificou-se que os internamentos recentes ocorreram nas especialidades de Medicina Interna (42%), Ortopedia (11%), Pneumologia (11%), outras especialidades médicas (26%) e cirúrgicas (11%). Conclusões: A imobilização, internamento recente e malignidade são os fatores de risco mais frequentes nos doentes internados com TEP. A angio-TC pulmonar é de grande utilidade na confirmação diagnóstica, mas pode ser infrutífera. O pós-internamento de especialidades médicas apresenta com mais frequência TEP.

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ID Resumo: 844 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO: QUANDO A DOENÇA ATEROSCLERÓTICA NÃO É A RESPONSÁVEL Modo de Apresentação : Caso Clinico Resumo : A rotura da placa aterosclerótica é o mecanismo patofisiológico clássico do enfarte agudo do miocárdio (EAM). Contudo o EAM pode não ter origem em doença aterosclerótica. Descreve-se o caso de um homem de 58 anos, fumador, dislipidémico e hipertenso, com quadro de dor pré-cordial com 2 horas de evolução e irradiação para região dorsal. À admissão no serviço de urgência (SU), o electrocardiograma (ECG) revelava infradesnivelamento do segmento ST de V1-V3 e elevação da troponina I. A angiografia coronária urgente demonstrou fenómeno de “milking” no segmento médio da artéria descendente anterior – compressão de segmento intramiocárdico de artéria coronária (ponte coronária) durante a sístole, que reverte com a diástole. Internado durante 96h, sem intercorrências, ecocardiograma transtorácico (Eco-TT) sem alterações segmentares e tendo alta com dupla antiagregação e betabloqueador. Horas após alta, teve recidiva de dor torácica e recorreu novamente ao SU, o ECG revelou supradesnivelamento do segmento ST nas paredes lateral e inferior. Realizou nova coronariografia, constatando-se estenose grave e longa da artéria coronária direita com reversão após dinitrato de isossorbida intracoronário. Repetido Eco-TT que revelou hipocinésia das paredes inferior e lateral. Assumido quadro de angina vasoespástica e iniciada terapêutica com bloqueador dos canais de cálcio e mononitrato de isossorbida. Apesar da presença de factores de risco para doença aterosclerótica, no caso descrito a etiopatogenia do EAM é a redução da perfusão coronária pela presença de “milking” coronário e vasoespasmo. A associação entre pontes miocárdicas, a anomalia coronária congénita mais frequente, e angina vasoespástica, apesar de controversa, tem sido descrita por alguns autores. Esperamos que este caso contribua para um futuro esclarecimento desta possível associação.

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ID Resumo: 846 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : QUANDO O AVC NÃO É AVC: TROMBOSE DA ARTÉRIA SUBCLÁVIA ESQUERDA SIMULANDO UM AVC Modo de Apresentação : Poster Resumo : INTRODUÇÃO As unidades de Acidente Vascular Cerebral (UAVC) têm contribuído para melhores outcomes dos doentes com Acidente Vascular Cerebral (AVC). Os cuidados prestados aos doentes são normalmente repartidos pela Neurologia e pela Medicina Interna e desta parceria derivam cuidados médicos optimizados, com grande benefício para os doentes. O internista, tendo uma visão mais holística do doente, está particularmente alertado para situações que possam mimetizar o AVC. CASO CLINICO: Sexo feminino, 73 anos, autónoma, antecedentes de hipertensão, dislipidemia, AIT´s de repetição, manifestados por afasia e défice sensitivo-motor do hemicorpo direito de etiologia indeterminada, com internamento prévio por AVC. A doente foi readmitida, cerca de 4 meses depois, por quadro de início ictal de dor, parestesias e diminuição da força muscular na mão esquerda. A observação por Neurologia no Serviço de Urgência, concluiu pela existência de uma ligeira parésia na preensão da mão esquerda, bem como na abdução e extensão dos dedos e hiporreflexia ligeira no membro superior esquerdo. ECG em ritmo sinusal e Tomografia Computorizada Cranioencefálica sem alterações. No exame de admissão na UAVC não foram objectivados défices na força ou sensibilidade, mas sim diminuição da temperatura e coloração da mão esquerda, associado a dor em repouso e ausência de pulsos radial e umeral à esquerda. O Ecodoppler arterial revelou trombo parcialmente oclusivo na artéria subclávia esquerda pelo que inicou heparina não fraccionada endovenosa e foi admitida no bloco operatório para trombectomia com resolução da isquémia. CONCLUSÕES: A Medicina Interna como especialidade global e integradora tem um papel essencial a desempenhar nas UAVC, não só no tratamento do AVC agudo, das co-morbilidades e das complicações médicas, mas também no estabelecimento do correcto diagnóstico, especialmente em situações que mimetizem o AVC

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ID Resumo: 858 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : SÍNCOPE COMO FORMA DE APRESENTAÇÃO DE EMBOLIA PULMONAR: UM SINTOMA ESQUECIDO Modo de Apresentação : Comunicacao Oral Resumo : O sintoma predominante nos doentes que recorrem ao Serviço de Urgência (SU) por embolia pulmonar (EP) é dispneia. No entanto, a dilatação do ventrículo direito (VD) associada à obstrução das artérias pulmonares pode provocar períodos de baixo débito que resultam em síncope. Apresentamos um estudo retrospectivo (36 meses) de um hospital distrital em os doentes com EP manifestado por síncope são caracterizados de acordo com os achados em angio-TC, electrocardiograma (ECG) e morbimortalidade aos 30 dias. Os doentes com EP (n=37), com idade média de 59 anos, 14 homens (37,84%), apresentavam em SU: paragem cardiorrespiratória (PCR; 8,11%), dispneia (46,65%), síncope (24,32%), angor (5,4%), fadiga (8,11%), tonturas (5,4%); todos normotensos excepto 3 em PCR. Dos 9 doentes com síncope, 7 (18,92%) tinham EP central e todos tinham VD dilatado. Oito destes 9 doentes tinham ECG com padrão clássico (S1Q3T3) ou uma variante (S1Q3, Q3T3), ou outros sinais de sobrecarga direita; todos em ritmo sinusal (4 taquicárdia) e sem alterações da condução AV. A mortalidade global e por EP aos 30 dias foi zero e não houve complicações hemorrágicas. O grupo com síncope era mais jovem (idade média 50 vs 59 do grupo geral). A apresentação de EP com síncope não deve ser desvalorizada, pois pode ocorrer em até 24% dos casos e parece relacionar-se com achados imagiológicos sugestivos de pior prognóstico.

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ID Resumo: 867 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : RADIOGRAFIA ABDOMINAL SIMPLES: UMA JANELA PARA A ANATOMIA VASCULAR Modo de Apresentação : Imagens em Medicina Resumo : Imagens relativas a um doente de sexo masculino,de 94 anos de idade, com antecedentes de hipertensão arterial, internado num Serviço de Medicina Interna por Infecção Respiratória associada a desequilíbrio iónico. Foi identificado um aneurisma da artéria ilíaca esquerda calcificado com cerca de 4,5c m de diâmetro máximo, em radiografia abdominal simples, confirmado posteriormente por ecografia abdomino-pélvica.

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ID Resumo: 878 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : NOVOS HIPOCOAGULANTES ORAIS, PREVISIBILIDADE E MONITORIZAÇÃO A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO ATÍPICO Modo de Apresentação : Caso Clinico Resumo : O dabigatrano é um novo hipocoagulante oral (HCO) inibidor direto da trombina com provas dadas na prevenção de eventos tromboembólicos no contexto de fibrilhação auricular (FA). Tem perfil farmacocinético previsível, sem metabolização por CYP450, com poucas interações medicamentosas ou alimentares e não requer monitorização laboratorial regular. Em dose fixa, com eficácia sobreponível, revelou risco hemorrágico igual ou inferior ao da varfarina. Os autores apresentam: homem, 88 anos, caucasiano, com história de hipertensão arterial, doença coronária, insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção deprimida, doença cerebrovascular, doença renal crónica estádio 3, anemia multifatorial, FA permanente (CHA2DS2-VASc–8 e HAS-BLED-5) polimedicado e sob dabigatrano 220mg/dia para profilaxia do tromboembolismo. Em avaliação de rotina no Hospital de Dia (HD) verificou-se creatinina 1.45 mg/dL (TFG MDRD – 48 ml/min/1.73m²), aPTT 101 seg., PT 40.6 seg., INR 3.7, sem evidência de perdas hemáticas ou discrasia hemorrágica, tendo-se excluído uso de outros HCO, patologia hepática e eventuais interações medicamentosas. No contexto destas alterações analíticas foi suspenso dabigatrano, verificando-se normalização dos tempos de coagulação. Na ausência de causa evidente reinicia dabigatrano 220mg/dia, sob reavaliação apertada em HD, apresentando de novo flutuação dos tempos de coagulação. Diminuiu-se dabigatrano para 150mg/dia sem normalização do TP/aPTT. Suspendeu definitivamente dabigatrano e iniciou varfarina mantendo atualmente INR terapeutico. Trata-se de um doente no qual o dabigatrano se comportou de forma inesperada e inexplicável à luz do estado da arte e cujo manejo sem testes específicos para averiguar o efeito terapêutico e sem antídoto específico obrigou à suspensão do fármaco. Mais estudos e experiência na utilização destes novos fármacos hipocoagulantes responderão certamente às nossas dúvidas.

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ID Resumo: 879 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : AVALIAÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NOS HOSPITAIS DO SNS, EM PORTUGAL CONTINENTAL, EM 2011 Modo de Apresentação : Comunicacao Oral Resumo : OBJECTIVOS: Caracterizar a população internada por Acidente Vascular Cerebral agudo (AVCa)- Isquémico (AVCi), Hemorrágico (AVCh) ou Acidente Isquémico Transitório (AIT) em Portugal Continental, nos Hospitais do SNS, no ano de 2011, analisando comorbilidades e letalidade intra-hospitalar. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de todos os episódios de internamento do ano de 2011, ocorridos nos Hospitais do SNS do Continente, em que o AVCa foi o primeiro diagnóstico ou quando o primeiro diagnóstico foi sépsis ou falência respiratória associada a AVCa, com consulta à base de dados dos Grupos de Diagnóstico Homogéneo (GDH) da Administração Central do Sistema de Saúde / Direcção Geral da Saúde (ACSS/DGS). Avaliou-se a distribuição por sexo, escalão etário, natureza do AVCa, letalidade intra-hospitalar, gravidade da doença e comorbilidades associadas, segundo o sistema de classificação Disease Staging (DS) e demora média. RESULTADOS: Identificaram-se 24685 episódios de AVCa que representaram 3,4% do total de episódios de internamento (excluindo partos e recém-nascidos normais): 9,7% eram AIT, 14% AVCh e 76,3% AVCi. 50,6% ocorreram no sexo masculino. Na população adulta a média de idades foi de 73 anos: 65,5% em idades > 70 anos e 32,5% entre os 41 e os 70 anos. A letalidade intra-hospitalar do AVCa foi de 15,6% (0,6% nos AIT, 36,9% nos AVCh e 13,5% nos AVCi), sendo mais elevada na faixa etária > 80 anos (52%), no sexo feminino e em estadios superiores de gravidade pela classificação DS (100% dos AVCh e 91,2% dos AVCi estavam em estadio 3). A média de comorbilidades associadas foi de 3,5±2,1 e 60% dos doentes apresentava 2 ou mais factores de risco vasculares. A demora média foi de 10,1±13,1 dias. CONCLUSÕES: Este estudo demonstra o elevado peso do AVCa como causa de internamento hospitalar, destacando-se o número de comorbilidades associadas assim como a letalidade no AVCh e nos mais idosos. Este é um dos estudos mais completos sobre esta causa de internamento hospitalar.

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ID Resumo: 880 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : IS SYNCOPE ABLE TO PREDICT THE MORTALITY IN PATIENTS WITH ACUTE PULMONARY EMBOLISM? Modo de Apresentação : Poster Resumo : Background and Aim: Acute pulmonary embolism (PE) may present with highly variable symptoms and electrocardiogram (ECG) abnormalities. In the context of PE, syncope may reflect high-risk hemodynamics or be the result of a vaso-vagal mechanism. We sought to analyze the prognostic impact of a syncopal presentation of acute PE. Methods: We retrospectively analyzed 212 patients (mean age 72.77 ± 16.57 years; 100 of male gender) admitted to the emergency department with confirmed acute PE between January to December 2010. The patients were divided in two groups according to presence (Group A = 29) or absence of syncope (Group B = 183) as the presenting symptom of PE. The endpoints were in-hospital mortality and long-term (mean 415.4 ± 356.5 days) all-cause mortality. Results: The most common clinical presentations of PE were dyspnea (56.6%), chest pain (37.0%), cough (21.8%), confusion (17.0%), syncope (13.7%) and haemoptysis (11.3%). There was no significant difference in age (70.48 vs. 73.13, p=0.425) between boths groups. Regarding laboratorial parameters, patients with syncope had higher creatinine levels (3.02 mg/dl vs. 1.03 mg/dl, p=0.017) and lower fibrinogen levels (3.31 vs 4.01, p=0.009). Patients presenting with syncope had similar rates of in-hospital (6.9% vs. 11.5%, p=0.461) and all-cause mortality at follow-up (11.5% vs. 16.7%, p=0.507), compared with patients that presented with other symptoms on admission. Conclusion: In our cohort, syncope was not associated with a poorer prognosis.

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ID Resumo: 888 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR IDIOPÁTICA – SEGUIMENTO DE SEIS DOENTES Modo de Apresentação : Comunicacao Oral Resumo : A hipertensão arterial pulmonar idiopática (HAPI) é uma doença crónica pouco prevalente (300 casos em Portugal) e complexa, que requer uma abordagem diferenciada e multidisciplinar. Apresentam-se casos de HAPI seguidos em consulta específica de Medicina Interna. Caso 1: Homem, 59 anos, diagnóstico de HAPI aos 53 (em estudo de dispneia de esforço (DE) e tosse), com classe II World Health Organization e pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP) 100 mmHg, sem vasorreatividade (VR) em prova. Após tempo emigrado, regressa à consulta (2011) em classe III e inicia ambrisentano 5mg id, com melhoria para classe I-II; por incumprimento de hipocoagulação e etilismo, é suspenso o fármaco em 2013. Caso 2: Homem, 87 anos, diagnóstico aos 85 (DE e hemoptises) com classe III e PSAP 105, sem VR. Inicia sitaxentano 100mg id (suspenso em 2010) e depois ambrisentano 5mg id, com melhoria (classe II) mas posterior disfunção cardíaca direita e necessidade de oxigénio domiciliário (OLD). Faleceu por neoplasia prostática metastizada. Caso 3: Mulher, 47 anos, diagnóstico aos 44 (DE) com classe III e PSAP 107, com VR. Inicia diltiazem 60mg id e logo depois 180mg id, com melhoria inicial (classe II); agora, sob 180 mg id, com OLD e classe III. Caso 4: Mulher, 34 anos, diagnóstico aos 29 (DE e hemoptises) com classe III e PSAP 88, sem VR. Inicia sitaxentano 100mg id (suspenso em 2010) e depois ambrisentano 5mg id, com melhoria. Mantém-se em classe II. Tem função cardíaca direita no limite inferior do normal e dilatação ligeira das cavidades direitas; última PSAP 51. Caso 5: Mulher, 61 anos, diagnóstico aos 59 (DE) com classe III e PSAP 117, sem VR. Inicia ambrisentano 5mg id, com melhoria mas posterior agravamento; está em classe III, sob OLD, com disfunção cardíaca direita apesar de ambrisentano 10mg id (não tolerou adição de sildenafil). Caso 6: Mulher, 47 anos, diagnóstico de HAPI recente (DE) com classe III e PSAP 115, sem VR. Sob sildefanil 50 mg tid, ainda sem grande melhoria.

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ID Resumo: 891 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : BEYOND ARTERIAL GASES: THE ROLE OF LACTATES IN RISK STRATIFICATION IN PULMONARY EMBOLISM Modo de Apresentação : Poster Resumo : Background and Aim: Lactic acid is a well established early marker of tissue hypoperfusion and it can be used as a therapeutical target. It usually measured on every patient with suspicion of acute pulmonary embolism. However, its prognostic significance in this setting is unknown. We aimed to determine whether arterial lactate was associated with in-hospital mortality in patients with pulmonary embolism (PE). Methods: We retrospectively analyzed 193 patients (mean age 72.63 ± 16.64 years; 47.2% male) admitted to our emergency department with acute PE between January and December 2010. Arterial blood was immediately collected after patient admission and the sample was processed within 15 minutes. Clinical, laboratorial and follow-up data was collected; the endpoint was in-hospital mortality. Results: Mean lactate level was 1.91 ± 1.73. The best cut-off value (2.5 mmol/L) had an area under the receiver operating characteristic (ROC) curve of 0.758 and a sensitivity of 57.1% and a specifity of 86.6%. Regarding the demographic and clinical data, we haven´t found any significant difference between patients with lactate levels > 2.5 mmol/L and patients with lactate levels ≤ 2.5 mmol/L. Nevertheless, patients with lactate levels > 2.5 mmol/L had higher levels of brain natriuretic peptide (BNP) (570 vs. 221, p < 0.001), troponin (0.82 vs. 0.24, p < 0.001) and lactic acid dehydrogenase (LDH) (189 vs. 164, p=0.031). A value over 2.5 mmol/L was associated with an increased hazard ratio of 1.294 (95% CI: 1.052 – 1.590, p = 0.015) of in-hospital mortality. Conclusion: An only slighlty elevated arterial lactate level, collected immediately after admission, is a specific predictor of in-hospital mortality and may help in early triage of higher-risk patients.

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ID Resumo: 908 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : UMA FALSA PNEUMONIA... Modo de Apresentação : Poster Resumo : Os autores apresentam o caso clínico de um homem de 68 anos com antecedentes de Diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia e hipertrofia benigna da próstata. Recorreu à urgência por dispneia, febre e dor na região epigástrica com irradiação dorsal, com 2 dias de evolução. Sem outra sintomatologia. À admissão apresentava-se vigil, colaborante e orientado, TA: 129/82 mmHg, FC 103 bpm, Sat O2 (FiO2 0,21): 88%, T 37ºC. Na auscultação pulmonar com murmúrio vesicular (MV) presente e simétrico, com sopro tubárico na base esquerda. Abdómen doloroso à palpação no epigastro, hipocôndrio e flanco esquerdos. Restante exame objetivo normal. Analiticamente com Hb 10,8g/dl, leucocitose de 22x10e3/uL (neutrofilia 88%) e PCR de 12mg/dL. Gasometricamente (FiO2 0,21) com insuficiência respiratória tipo 1. A radiografia de tórax mostrava uma hipotransparência na base do hemitórax esquerdo e índice cardiotorácico aumentado. Radiografia abdominal sem alterações. Assim, foi internado por Pneumonia Adquirida na Comunidade, sob antibioterapia com ceftriaxone e azitromicina. No internamento, manteve sintomatologia e iniciou dor torácica à direita, auscultação pulmonar com ausência do MV nos 2/3 inferiores do hemitórax esquerdo de novo. Repetiu radiografia de tórax: hipotransparência compatível com derrame pleural moderado à esquerda; analiticamente diminuição da Hb para 7,5g/dl. Submetido a toracocentese com saída de líquido hemático. TC torácico a evidenciar aneurisma da aorta torácica descendente sem extravasamento ativo de contraste. Por tal, recebeu uma unidade de glóbulos rubros e foi transferido para a sala de emergência, onde colocou dreno torácico com saída de 1750cc de líquido hemático. Após estabilidade clínica, foi internado por cirurgia cardiotorácica e submetido a cirurgia de reparação aórtica endovascular torácica, sem intercorrências. Evoluiu de forma favorável do ponto de vista clínico e teve alta orientado para a consulta de cirurgia vascular.

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ID Resumo: 912 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : ARTÉRIA DE PERCHERON - ENFARTES TALÂMICOS EM DOENTES COM VARIANTES ANATÓMICAS DA CIRCULAÇÃO CEREBRAL POSTERIOR Modo de Apresentação : Poster Resumo : Os eventos isquémicos da circulação cerebral posterior são mais raros que os eventos da circulação anterior, média ou basilar, e apresentam um espectro diversificado na sua forma de apresentação. A artéria central de Percheron corresponde a uma variante anatómica da normalidade, na qual a emergência das perfurantes responsáveis pela circulação talâmica é feita a partir de um ramo único da artéria cerebral posterior. O achado típico da oclusão da artéria de Percheron é um padrão radiológico com isquémia bilateral paramediana do tálamo. Os autores trazem dois casos detetados no Serviço de Urgência ilustrando a patologia referida. No primeiro caso apresenta-se um homem de 87 anos, com antecedentes de cardiopatia isquémica, admitido após ter sido encontrado caído com incontinência de esfíncteres e depressão do estado de consciência. Do exame neurológico na admissão salientava-se apenas discreta assimetria das pupilas com oftalmoparésia à esquerda, sem evidência de défices ou assimetria da força muscular e com sinais de Hoffmann e Babinski ausentes. No segundo caso descreve-se um homem de 74 anos com antecedentes de etilismo crónico admitido em estado comatoso com incontinência de esfíncteres. Também neste doente o exame objectivo era pobre em achados neurológicos, prevalecendo o estado estuporoso descrito na admissão. Em ambos os casos foram detetadas na tomografia computadorizada lesões talâmicas simétricas paramedianas consistentes com lesões isquémicas agudas. Os doentes viriam a falecer por complicações respiratórias. Os autores apresentam os casos pela raridade dos eventos isquémicos da circulação cerebral posterior, particularmente no contexto desta entidade clínica. Talvez por se tratar de uma situação rara, e apesar da apresentação radiológica muito característica, apenas um pequeno número de casos isolados de oclusão da artéria de Percheron se encontram reportados na literatura nacional e internacional.

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ID Resumo: 916 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : DOR ANGINOSA- ISQUÉMIA OU OUTRA Modo de Apresentação : Comunicacao Oral Resumo : Apresenta-se o caso de doente de 62 anos, sexo feminino, com antecedentes pessoais de síndrome depressivo, admitida no Serviço de Urgência por dor torácica tipo aperto. Á observação: hemodinâmicamente estável, com TA 137/67mmHg FC: 65 bpm. Auscultação cardiopulmonar sem alterações. Electrocardiograma (ECG): ritmo sinusal, FC 74 bpm, inversão das ondas T em DIII e V1. Laboratorialmente salienta-se enzimologia cardíaca com valores máximos, às 6h de evolução (CK total 283U/L, CK MB 51U/L, Troponina I 8.8ng/dL). Ecocardiograma: Ventrículo esquerdo de cavidade não dilatada, com paredes de espessura normal, com acinésia de todo o ápex e função sistólica razoável. Durante o internamento referiu novo episódio de dor torácica, houve subida enzimática (CK total 962U/L, Troponina 3,98ng/dL) e ECG com elevação do segmento ST e inversão da onda T de V1-V6. Realizou coronariografia: coronárias sem lesões significativas, ventriculografia sem alterações da contractilidade segmentar, função sistólica global conservada; fracção de ejecção 58%. Serologias para Echovirus, Coxsackie e Adenovirus: negativas. Por ter mantido durante o internamento alterações analíticas e ECG com elevação do segmento ST, realizou ecocardiograma de controlo que mostrou ventrículo esquerdo com função sistólica global conservada, sem alterações segmentares. Admitiu-se então o diagnóstico de cardiomiopatia de Takotsubo. Teve alta referenciada a consulta de Medicina Interna e Cardiologia. Os autores apresentam este caso, por ser tratar de uma entidade rara, descrita recentemente, que corresponde a 1-2% dos diagnósticos de síndrome coronário agudo nas admissões hospitalares. A etiopatogenia não esta bem esclarecida, o tratamento é sintomático e o prognóstico favorável. Acomete em 90% dos casos mulheres, no período pós-menopausa e após a sexta década de vida.

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ID Resumo: 924 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : SÍNDROME HIPERTENSIVA HIPONATRÉMICA EM MULHER DE 87 ANOS Modo de Apresentação : Caso Clinico Resumo : Síndrome hipertensiva hiponatrémica em mulher de 87 anos A síndrome hipertensiva hiponatrémica (SHH) é uma entidade pouco frequente associada a estenose da artéria renal. Caracteriza-se por hiponatrémia, hipocaliémia e activação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, associados a hipertensão arterial (HTA). A estenose da artéria renal é a causa mais comum de HTA secundária, com uma prevalência de 5%, podendo estar associada a hiponatrémia. Apresenta-se o caso de mulher de 87 anos, caucasiana, com antecedentes pessoais de HTA e síndrome demencial. Medicada com associação de enalapril + lercanidipina. É admitida por síndrome confusional de novo e astenia marcada com 24h de evolução. Da observação destacava-se pressão arterial elevada (180/102 mmHg), sem sinais neurológicos focais, retenção hídrica ou semiologia de infecção. Analiticamente com hiponatrémia grave (110 mEq/L) hipoosmolalar (230 mOsm/kg). TC-CE sem alterações de relevo. Avaliação sérica de creatinina, cortisol, ACTH, renina e aldosterona sem alterações. Urina de 24h com hiponatrúria, potássio normal, ureia baixa e hipoosmolalidade. Eco renal com estudo doppler demonstrou rins com contornos irregulares, com parênquima preservado mas hiperecogénico e estenose da artéria renal esquerda. Estudo por Angio-TC revelou lesão estenosante da artéria renal esquerda. Realizou terapêutica com reposição salina e IECA, obtendo-se estabilização clínica e correcção electrolítica. A SHH é uma complicação da estenose das artérias renais. O tratamento da HTA e hiponatrémia como entidades isoladas sem estudo causal pode explicar os poucos casos relatados, embora nos devamos questionar sobre o seu sub-reconhecimento. O tratamento baseia-se na introdução de IECA’s. Apesar de ainda não ser claro o papel da angioplastia renal no tratamento desta síndrome já se encontram descritos casos de sucesso.

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ID Resumo: 929 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO POR DISSEÇÃO CORONÁRIA ESPONTÂNEA - UM DIAGNÓSTICO A CONSIDERAR. Modo de Apresentação : Caso Clinico Resumo : INTRODUÇÃO:A disseção coronária espontânea (DCE) é uma causa rara de síndrome coronária aguda (SCA) e morte súbita,frequentemente diagnosticada post-mortem. A sua fisiopatologia não está completamente esclarecida. Ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, maior incidência no período pós-parto. A maioria dos casos são idiopáticos, sem relação com factores de risco ateroscleróticos “clássicos”. Está descrita a associação com síndrome de Marfan, síndrome de Ehlers-Danlos, lúpus eritematoso sistémico, síndrome de Kawasaki,sarcoidose, doença de Osler-Weber- Rendu, exercício vigoroso, traumatismo torácico, consumo de cocaína e privação do sono. O tratamento ideal não é consensual (estratégia conservadora versus intervenção percutânea ou cirúrgica). CASO CLÍNICO:Mulher, 49 anos, empreiteira, com história de síndrome depressiva,tabagismo, obesidade e dislipidemia. Recorre ao SU por dor anginosa típica, com evolução de 3 horas. O ECG mostrou supradesnivelamento de ST de V3-V5. Realizou cateterismo urgente que mostrou imagem compatível com disseção da coronária descendente anterior. Atendendo ao fluxo TIMI 3 e ao facto de a doente estar assintomática, optou-se por estratégia conservadora inicial (dupla antiagregação plaquetária, inibidor da enzima de conversão da angiotensina, bloqueador beta e hipocoagulação). Evoluiu em classe I de Killip. O ecocardiograma revelou função sistólica do ventrículo esquerdo ligeiramente comprometida (FE 47%), acinésia de todos os segmentos apicais e médio anterior. No sexto dia de internamento repetiu cateterismo que evidenciou regressão parcial da disseção. Durante o internamento observou-se evolução clínica favorável, sem recorrência de dor torácica, com estabilidade elétrica e hemodinâmica. Realizou ecocardiograma de sobrecarga pré-alta, sem isquemia residual. CONCLUSÃO:A hipótese de DCE deve ser considerada na abordagem da SCA especialmente em doentes jovens,do sexo feminino e sem fatores de risco cardiovasculares “clássicos”.

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ID Resumo: 936 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : MIOCARDIOPATIA HIPERTRÓFICA – O ELETROCARDIOGRAMA NA PISTA DE UM DIAGNÓSTICO INVULGAR. Modo de Apresentação : Imagens em Medicina Resumo : INTRODUÇÃO: A miocardiopatia hipertrófica caracteriza-se por um largo espectro de alterações a nível genético, morfológico e funcional. O envolvimento dos músculos papilares é frequente, mas o seu significado prognóstico indeterminado. CASO CLÍNICO: Homem de 68 anos de idade. Ex-fumador, com história de diabetes mellitus tipo 2 insulinotratado, hipertensão arterial e dislipidemia. Avaliado em contexto pré-operatório (hernioplastia inguinal). Referia clínica de dispneia de esforço, associada a mal-estar torácico atípico, sem relação consistente com o esforço. O electrocardiograma mostrava ritmo sinusal, desvio extremo do eixo eléctrico, bloqueio completo de ramo direito, critérios de voltagem para hipertrofia ventricular esquerda e alterações difusas da repolarização ventricular. Fez ecocardiograma que mostrou alterações sugestivas de miocardiopatia hipertrófica não obstrutiva. Por esse motivo realizou ecocardiograma com contraste que revelou hipertrofia de grau ligeiro dos segmentos médio-basal do septo (12-13 mm) e presença de músculos papilares acessórios. Para melhor esclarecimento foi pedida ressonância magnética cardíaca que revelou hipertrofia da parede do segmento médio infero-septal e presença de músculos papilares acessórios, condicionando obliteração sistólica da cavidade ventricular médio-apical, sem evidência de áreas de realce tardio, sugestivas de fibrose ou cicatriz de enfarte prévio. As imagens apresentadas, mostram uma forma invulgar, de obstrução intraventricular. CONCLUSÃO: Os autores salientam a importância da correlação entre o resultado dos vários exames complementares na pista de um diagnóstico raro.

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ID Resumo: 950 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : TAQUIMIOCARDIOPATIA – FORMA REVERSÍVEL DE DISFUNÇÃO VENTRICULAR. Modo de Apresentação : Caso Clinico Resumo : INTRODUÇÃO:A taquimiocardiopatia (TMC) insere-se no grupo das miocardiopatias dilatadas e surge no contexto de qualquer forma de taquicardia supraventricular sustentada, das quais, pela sua elevada prevalência, assume particular importância a fibrilhação auricular (FA). CASO CLÍNICO: Homem, 49 anos de idade, sem fatores de risco cardiovasculares conhecidos. Referenciado à consulta externa (CE) de Cardiologia por clínica de insuficiência cardíaca (IC) classe II da New York Hearth Association, com 2 meses de evolução. Realizou eletrocardiograma que documentou FA com resposta ventricular rápida e ecocardiograma que revelou dilatação moderada da aurícula esquerda (AE) e ligeira do ventrículo esquerdo (VE), e compromisso ligeiro da função sistólica ventricular esquerda – fração de ejeção (FE) 49%. Para despiste de doença coronária realizou cintigrafia miocárdica que foi negativa para isquemia. Tinha história de episódio prévio de FA, há um mês, na altura submetido a cardioversão elétrica (CVE). Iniciou hipocoagulação oral, programando-se nova cardioversão em quatro semanas. Nesta altura foi reavaliado constatando-se agravamento da disfunção ventricular esquerda (FE 29%). Admitido no internamento, tendo sido submetido a CVE, com reversão a ritmo sinusal (RS) por um período de aproximadamente 48 horas. Nova tentativa de CVE, após impregnação com amiodarona, com reversão a RS por um período igualmente curto (48 horas). Orientado para ablação, que realizou 3 meses depois, com sucesso. Desde então sem clínica de IC, com queixas esporádicas de palpitações, que motivaram realização de vários Holter, sem que nunca fosse documentada arritmia. Mantém seguimento em CE, desde há 2 anos. O último ecocardiograma mostra dilatação ligeira da AE, VE discretamente dilatado e função ventricular esquerda sistólica globalmente conservada (FE 64%). CONCLUSÃO: O reconhecimento da TMC é essencial uma vez que a correção da arritmia pode levar à melhoria/ regressão da disfunção cardíaca.

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ID Resumo: 955 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : SINCOPE EM DOENTE JOVEM Modo de Apresentação : Caso Clinico Resumo : Introdução: A síndrome de Brugada (SB) tem uma incidência alta em homens jovens sem doença cardíaca estrutural. Manifesta-se frequentemente com síncope ou morte súbita, surgindo arritmias supraventriculares em 20% dos casos. Caso Clínico: Homem, 24 anos. Fumador, consumo de haxixe e cocaína. Sem história familiar de síncope ou morte súbita. Em 06/2012 com síncopes precedidas de vómitos e diarreia. Na Urgência (SU), exame objetivo sem alterações e electrocardiograma (ECG) descrito com ritmo sinusal (RS) e bloqueio de ramo direito (BRD). Analises com hipocalémia (hipoK) e pesquisa urinária de canabinóides e cocaína (PUCC) positiva (+). Após suplementação de potássio (K+) teve alta assintomático, interpretando-se o quadro como secundário a diarreia e consumo de substâncias ilícitas. Em 01/2013, nova sincope; no SU episódio de fibrilação ventricular (FV) revertida com desfibrilhação elétrica (DE), ficando consciente, em RS e com estabilidade hemodinâmica. Análises com hipoK grave e PUCC +, sem outras alterações. TC cerebral normal. ECG com RS, BRD e padrão sugestivo de Brugada tipo 1. Nas primeiras 24h, registos de taquicardia ventricular polimórfica e dois episódios de FV revertidos com DE. Fez perfusão de isoprenalina em 24h, sem novas recorrências arrítmicas. Ecocardiograma sem alterações significativas. Cortisol sérico e K+ urinário normais. Apesar de K+ sérico normalizado e sem consumo de drogas, manteve no ECG padrão de Brugada tipo 1 intermitente. Concluiu-se pelos diagnósticos de SB e hipoK secundária a consumo de cocaína. Implantado cardiodesfibrilhador e teve alta com indicação para suspender consumo de drogas e rastreio de familiares diretos com ECG. Mantem-se sem recorrência de eventos arrítmicos. Conclusão: Este caso reforça a necessidade de considerar o diagnóstico de SB em jovens com eventos sincopais. Além disso, realça a importância de excluir causas reversíveis (como cocaína e hipoK).

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ID Resumo: 962 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : SERÁ MESMO UM TROMBOEMBOLISMO PULMONAR ? Modo de Apresentação : Caso Clinico Resumo : A incidência da veia cava superior esquerda acessória (VCSEA) é de 0.3 – 0.4 % da população. A persistência resulta da falha embriológica na regressão de parte da veia cardinal esquerda. Os autores relatam um caso de uma doente do sexo feminino, 64 anos e antecedentes de HTA. É admitida no serviço de urgência (SU) por dispneia e cansaço fácil com 5 dias de evolução. Concomitantemente, sensação dolorosa na região gemelar após viagem de avião de longo curso. A salientar no exame objectivo: Polipneica, FC 140bpm e SatO2 91% sem aporte suplementar. AC com taquiarritmia e AP com fervores crepitantes nas bases. Membros inferiores sem edemas e sem sinais de trombose venosa profunda. Gasimetria com alcalose respiratória e analiticamente com d-dímeros discretamente elevados (279U/l), sem outras alterações. ECG: FA com resposta ventricular rápida, sem desvio do eixo, sem sinais de isquemia. Telerradiografia de Tórax: índice cardiotorácico ˃ 50%, infiltrado 1/3 inferior bilateralmente. Fez ecocardiograma evidenciando regurgitação tricúspide moderada com PSAP estimada em 61 mmHg com cavidades direitas dilatadas. Iniciou enoxaparina em dose terapêutica e indução de amiodarona, seguida de perfusão, tendo convertido a ritmo sinusal após 16 horas. Na investigação etiológica do quadro clínico, fez TC Tórax que evidenciou alteração do retorno venoso ao coração direito com uma veia cava superior esquerda acessória que termina na aurícula direita. Agendada consulta de Cardiologia em ambulatório, teve alta ao 4º dia de internamento. Por opção de regresso à residência no Estrangeiro, não foi possível concluir o estudo de anomalias cardíacas associadas. Os doentes com VCSEA, quando isolada, são assintomáticos na ausência de outras comorbilidades. Contudo, a alteração do retorno venoso ao coração pode condicionar alterações estruturais do miocárdio, predispondo a diversas complicações, nomeadamente arritmias e dilatação das cavidades cardíacas como exemplificado no caso clínico.

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ID Resumo: 963 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : ENFARTE RENAL - UM DIAGNÓSTICO A NÃO ESQUECER Modo de Apresentação : Caso Clinico Resumo : Introdução: A dor lombar é um dos problemas clínicos mais frequentes na prática médica e por isso é importante reconhecer sinais de alerta sugestivos de determinadas patologias. Caso Clínico: Os autores apresentam o caso de uma doente do sexo feminino, 44 anos, admitida por dor súbita e intensa na região lombar direita, associada hematúria macroscópica e posteriormente anúria. Antecedentes de insuficiência cardíaca (IC), acidente vascular cerebral isquémico e hipertensão arterial e medicada habitualmente com furosemida, carvedilol, ramipril, varfarina, e esomeprazol. No estudo analítico apresentava creatinina de 8,44mg/dL, Ureia 212 mg/dL e INR 3. A ecografia renovesical excluiu obstrução das vias urinárias. Apesar de níveis terapêuticos de hipocoagulação, a doente efectuou angio-tomografia axial computorizada renal que revelou estenose completa da artéria renal esquerda e parcial da direita, com sinais de enfarte renal bilateral extenso. O ecocardiograma realizado num internamento prévio revelou hipocinésia do ventrículo esquerdo (VE), fracção de ejecção 20%, hipertrabeculação do VE, com critérios ecocardiográficos de não-compactação do miocárdio. Discussão: A clínica de dor lombar, hematúria e anúria está associada a poucos diagnósticos diferenciais. Após exclusão das patologias mais frequentes é importante prosseguir na investigação e relembrar as mais raras. Com este caso clínico, os autores pretendem destacar o papel do enfarte renal como parte do diagnóstico diferencial de dor lombar, numa doente com risco cardioembólico elevado. Realça-se assim a importância do reconhecimento de 2 entidades clínicas raras: o enfarte renal inerente ao elevado risco cardioembolico da IC por não compactação do miocárdio.

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ID Resumo: 964 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : QUANDO A CORDA ROMPE Modo de Apresentação : Caso Clinico Resumo : A ruptura de corda tendinosa representa, hoje, a causa mais comum de regurgitação mitral pura e consequente insuficiência mitral em países desenvolvidos, sendo responsável por mais de 90% dos casos agudos. Cursa com instabilidade hemodinâmica e um decréscimo no débito cardíaco. A maioria dos doentes com insuficiência mitral aguda necessita de tratamento cirúrgico a curto prazo, uma vez que podem evoluir rapidamente para choque cardiogénico. Os autores apresentam um caso clínico de um homem de 48 anos, jardineiro de profissão, com antecedentes de hipertensão arterial medicada. Recorreu ao serviço de urgência por um quadro com duas semanas de evolução de tosse não produtiva e cansaço fácil para médios esforços de agravamento progressivo. Nos exames complementares, apresentava parâmetros inflamatórios ligeiramente aumentados, hipoxémia importante e radiografia torácica com infiltrados algodonosos bilaterais, tendo ficado internado com o diagnóstico de pneumonia da comunidade. Ao segundo dia de internamento verificou-se um agravamento clínico com hipoxémia grave, associada a instabilidade hemodinâmica e anúria, motivo pelo qual necessitou de suporte ventilatório, inotrópico e vasopressor. Por apresentar sopro sistólico ´de novo´ efectuou ecocardiograma transtorácico constatando-se uma insuficiência mitral aguda por ruptura de corda tendinosa (confirmada posteriormente por ecocardiograma transesofágico). Realizou cateterismo cardíaco urgente que revelou doença coronária de um vaso (descendente anterior). Foi então submetido a substituição valvular mitral e bypass coronário com melhoria progressiva de todo o quadro clínico. Este caso é característico de um quadro de insuficiência mitral aguda por ruptura de corda tendinosa, e demonstra de maneira clara a necessidade do tratamento cirúrgico precoce como terapêutica de escolha para a patologia.

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ID Resumo: 968 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : TROMBOSE ARTERIAL DO MEMBRO SUPERIOR ESQUERDO E AVC ISQUÉMICO HEMISFÉRICO ESQUERDO - À PROCURA DO FOCO EMBOLIGENO Modo de Apresentação : Poster Resumo : Doente do sexo feminino, 77 anos, com história asma brônquica, sob oxigenoterapia domiciliária. Recorreu ao Serviço de Urgência por quadro de instalação súbita de dor intensa no membro superior esquerdo (MSE), com extremidades cianosadas, frias e pulso radial não palpável, quadro que foi interpretado como isquémia aguda do MSE de provável etiologia embólica. Enviada ao Serviço de Cirurgia Vascular onde realizou tromboembolectomia via artéria umeral esquerda e posterior terapeutica com enoxaparina. Vinte e quatro horas após procedimento cirúrgico, assistiu-se à instalação súbita de quadro de hemiparesia direita e disartria, compatível com AVC isquémico hemisférico esquerdo, confirmado por TC-CE. Na investigação da fonte embólica realizou: -Ecodoppler carotídeo que não evidenciou estenoses hemodinamicamente significativas ou placas de ateroma. - Holter de 24horas: sem alterações relevantes. - Ecocardiograma Transtorácico que mostrou VE não dilatado, sem alterações da contracção segmentar e AE dilatada embora sem evidencia de trombos intraluminais. Pedido Ecocardiograma Transesofágico que evidenciou, na transição entre o arco aórtico e a aorta descendente, imagens filiformes com cerca de 5 mm, apensas a placas ateroscleróticas não complexas com aspectos sugestivos de trombos (Nota: imagem no poster) Os autores apresentam este caso como ilustrativo da mais-valia que constitui a ecocardiografia transesofágica, sem a qual não teria sido possível identificar (neste caso) a fonte embólica.

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ID Resumo: 970 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : O MIOCÁRDIO ESPONJOSO - UMA CAUSA RARA DE MIOCARDIOPATIA Modo de Apresentação : Comunicacao Oral Resumo : INTRODUÇÃO: A não compactação isolada do ventrículo esquerdo (NCIVE) é uma causa rara de miocardiopatia dilatada que se caracteriza morfologicamente pela presença de trabeculação miocárdica proeminente e recessos intertrabeculares profundos que comunicam com a cavidade ventricular, conferindo ao ventrículo esquerdo uma “aparência esponjosa”. Para ilustrar esta patologia, os autores descrevem dois casos relacionados (mãe e filho). CASOS CLÍNICOS: Caso 1 – Doente do sexo feminino, 45 anos de idade, com antecedentes pessoais de hipertensão arterial e dislipidémia, referenciada à Consulta de Cardiologia por quadro de cansaço a médios esforços e précordialgia. O estudo complementar revelou padrão electrocardiográfico de hipertrofia ventricular esquerda, tendo o ecocardiograma e a ressonância magnética cardíaca mostrado dilatação do ventrículo esquerdo, com padrão “estranho” de hipertrofia do segmento médio e basal postero-lateral e depressão moderada da função sistólica. A cintigrafia de perfusão miocárdica foi negativa para isquémia. Diagnóstico presuntivo: Miocardiopatia dilatada de etiologia não esclarecida. Caso 2: Doente do sexo masculino, 24 anos de idade, com antecedentes pessoais de esofagite péptica, observado em Consulta de Cardiologia três anos após a 1ª consulta da sua mãe pela mesma sintomatologia (cansaço a médios esforços e précordialgia). O ecocardiograma realizado mostrou depressão moderada da função sistólica e a coronariografia por tomografia computorizada revelou hipertrabeculação do miocárdio ventricular esquerdo sugestiva de não compactação (resultado confirmado por ressonância magnética cardíaca). Diagnóstico definitivo: NCIVE. DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: Tendo em consideração o diagnóstico estabelecido no 2º caso, admite-se tratar-se de dois casos de NCIVE (provável forma familiar), pelo que estão em curso estudos genéticos e despiste dos restantes familiares para esta patologia.

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ID Resumo: 976 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : DISSECÇÃO AÓRTICA – DESAFIANDO AS PROBABILIDADES Modo de Apresentação : Poster Resumo : A dissecção da aorta é responsável por cerca de 1/10 000 admissões hospitalares, tendo uma taxa de mortalidade às 48h superior a 50% se não diagnosticada e tratada. Esta entidade é mais prevalente em homens, sendo que os aneurismas da aorta abdominal associam-se em 25% à presença de aneurismas da aorta torácica. Caso Clínico: Doente de 68 anos, sexo masculino, com múltiplos factores de risco cardiovascular e história de aneurisma da aorta abdominal com endoprótese aorto bi-ilíaca recorre ao SU por dor intensa retroesternal com irradiação inter-escapular, de duração superior a uma hora, associada a dispneia e diaforese. No exame objectivo apresentava polipneia e diminuição dos sons respiratórios no hemitórax direito. Analiticamente apresentava insuficiência renal aguda, sem elevação dos marcadores de necrose do miocárdio. O ECG não apresentava alterações relevantes. Por suspeita de dissecção da aorta torácica realizou angiografia por TC que revelou: ´Aneurisma da aorta descendente, com início cerca de 23 mm da artéria subclávia esquerda, estendendo-se inferiormente até à origem do tronco celíaco, com calibre máximo de 62mm. Conteúdo hemático no mediastino posterior e hemotórax de médio volume à direita, com coágulo na posição dependente do hemitórax direito com cerca de 20x10cm, a favor de ruptura contida do aneurisma´ Efectuado o diagnóstico de dissecção da aorta - subtipo Standford B, DeBakey III, e iniciada terapêutica médica. Posteriormente, o doente, foi transferido para o centro de cirurgia cardio-torácica de referência. Manteve sempre estabilidade hemodinâmica tendo sido submetido a colocação de duas endopróteses torácicas por via femoral, apresentando angiografia final com boa permeabilidade dos troncos supra-aórticos e tronco celíaco. No follow-up aos 2 meses não se registaram complicações. Na abordagem desta patologia o índice de suspeição, o diagnóstico e referenciação precoces são cruciais para um melhor prognóstico e diminuição da mortalidade.

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ID Resumo: 979 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : CADASIL - UMA CAUSA RARA DE DOENÇA CEREBROVASCULAR Modo de Apresentação : Caso Clinico Resumo : Caso clínico: Homem de 59 anos, com antecedentes de dislipidémia, foi referenciado pela Médica Assistente à consulta de Medicina Interna por, após estudo de síndrome vertiginoso, se terem objetivado “…múltiplas lesões isquémicas focais (…) subcorticais frontoparietais bilaterais, calcificações palidais bilaterais e adjacente ao bordo livre da tenda do cerebelo à esquerda inespecífica” em TC-CE. Sem outros antecedentes e sem história de sintomatologia clássica de eventos vasculares cerebrais. Na consulta hospitalar estava já medicado com ácido acetilsalicílico 100mg e atorvastatina 10mg. Ao exame físico apenas se destacava tensão arterial 140/90mmHg e nistagmos horizontal esquerdo e vertical superior; sem défices motores. Estudo protrombótico, autoimunidade, perfil lipídico, função hepática, renal e tiroideia normais. Serologias negativas incluindo HIV e T. pallidum. Doppler cervical: “ateromatose bilateralmente a nível carotídeo, sem repercussão hemodinâmica.” MAPA: padrão dipper, TAS diária média 133mmHg, 23% das leituras acima de 140mmHg; TAS nocturna média 121mmHg, 13% das leituras acima de 120mmHg. Feito ajuste terapêutico para clopidogrel 75mg, rosuvastatina 10mg e ramipril 1,25mg. RM-CE: “…múltiplas pequenas lesões hiperintensas nas sequências de TR longo (…) dispersas pela substância branca subcortical fronto-parieto-temporal e peri-ventricular e nas cápsulas externas, compatíveis com alterações vasculares sequelares, por patologia de pequenos vasos (…) compatível com CADASIL…”. Foi então realizado estudo genético NOTCH3. Conclusão: A presença de um padrão de lesões vasculares cerebrais isquémicas pouco característico daquela que decorre dos fatores de risco cardiovasculares clássicos, mesmo na sua presença, deve fazer suspeitar de outra etiologia, especialmente quando não houver relação com sintomatologia reportada pelo doente ou alterações semiológicas. As causas genéticas, mesmo que pouco comuns, não devem ser descuradas.

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ID Resumo: 986 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : EPIDEMIOLOGIA, CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E IMAGIOLÓGICAS E PROGNÓSTICO AGUDO E A LONGO PRAZO DA CARDIOMIOPATIA DE TAKO-TSUBO: REGISTO MONOCÊNTRICO Modo de Apresentação : Comunicacao Oral Resumo : Objectivo: A cardiomiopatia de Tako-Tsubo (CTT) é uma patologia cardíaca rara caracterizada por disfunção ventricular esquerda (VE) transitória com fisiopatologia e prognóstico ainda mal definidos. Este estudo analisa as características epidemiológicas, clínicas e imagiológicas desta síndrome na fase aguda e a longo prazo. Métodos: Registo prospectivo monocêntrico de 12 casos de CTT, diagnosticados de 2006 a 2012 entre 1522 pacientes admitidos por suspeita de SCA (0,8%). Análise das características epidemiológicas, clínicas, laboratoriais, electrocardiográficas e imagiológicas à admissão, durante o período intra-hospitalar e ao longo de follow-up (FUP) médio de 31±28 meses. Resultados: Analisados 12 casos, 91,7% SF, 67,1±12,9 anos. Antecedentes de 58% HTA, 17% DM2, 25% tabagismo e 50% patologia psiquiátrica. Determinado em 2/3 dos casos factor desencadeante emocional (58%) ou físico (8%). Modo de apresentação mais frequente pré-cordialgia (100%), dispneia concomitante 1/3 dos casos. ECG à admissão com inversão da onda T em 66% e elevação ST / onda Q de novo em 33% dos pacientes. Elevação de BMNM em 92% dos casos, pico de troponina I 2,84 ng/mL e de NT-proBNP 1070 pg/mL. Realizada coronariografia em todos os pacientes, 83% com ausência de doença angiográfica e 17% com estenose coronária <50%. Alterações típicas da contractilidade segmentar VE observadas em todos os casos, padrão meso-apical em 83%; fracção de ejecção (Fej) média 52±17%. Ocorrência de complicações intra-hospitalares em 17% dos doentes. Recuperação ecocardiográfica completa em todos os casos ao longo do FUP (em 75% já à data de alta) e aumento da Fej para 69±9%. Cinco doentes (42%) evoluíram com IC classe II NYHA; reinternamento em 2 casos por recorrência de CTT. Um doente morreu de causa não cardíaca. Conclusões: Os nossos dados observacionais sobre CTT demonstram uma normal evolução para recuperação completa da função VE e um prognóstico clínico agudo e a longo prazo favoráveis desta síndrome.

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ID Resumo: 1040 Tema : D. Cardiovasculares Titulo : A IMPOSSIBILIDADE DE INICIAR PRECOCEMENTE BETA-BLOQUEADORES NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM DISFUNÇÃO SISTÓLICA DO VENTRÍCULO ESQUERDO ASSOCIA-SE A PIOR PROGNÓSTICO NA PRÁTICA CLÍNICA Modo de Apresentação : Comunicacao Oral Resumo : Objectivos:Avaliar implicações prognósticas da impossibilidade de prescrição de beta-bloqueadores (BB) na insuficiência cardíaca (IC) com disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (DSVE). Métodos:Análise de coorte retrospectiva de 632 doentes com IC com DSVE seguidos numa consulta especializada durante 12 anos (2000-2011).Foram incluídos os doentes com registo de consulta aos 6 meses após início do seguimento (n=470,74.4%).A amostra foi dividida em dois grupos:doentes não medicados com BB (´sem-BB´,n=59,12.6%) e doentes medicados com BB (´com-BB´,n=411,87.4%).O follow-up foi censorado aos 5 anos. Resultados:Os doentes ´sem-BB´ eram mais velhos (71vs.62 anos,p=0.021), a maioria homens (n=43,72.9%), em classe I ou III da New York Heart Association - NYHA (p<0.001) e com DSVE ligeira (p=0.014).A etiologia isquémica era a mais frequente (total=190,40.8%).Sem diferenças na fibrilhação auricular ou doença pulmonar obstrutiva crónica.Os doentes ´sem-BB´ eram mais hipervolemicos - turgescência venosa jugular, estase pulmonar e hepatomegalia (p=0.021,p=0.002,p=0.027) e mais frequentemente mantinham estase pulmonar aos 6 meses (p=0.004).A classe NYHA aos 6 meses era também pior (p<0.001).Estes doentes estavam mais frequentemente medicados com nitratos (39.1%vs.20.0%,p=0.015).O tratamento de base não era diferente mas aos 6 meses mais doentes ´com-BB´ estavam sob inibidores da enzima de conversão da angiotensina (76.5% vs. 86.6%,p=0.036).Sem diferenças nas doses. A morte ocorreu em 179 doentes (40.3%),140 aos 5 anos (31.2%) com diferenças entre os grupos:53.6% vs. 28.1% (p<0.001).Os doentes ´sem-BB´ apresentaram pior sobrevivência: 3 vs. 4 anos (p<0.001). Os factores relacionados com pior sobrevivência nestes doentes foram a doença coronária (HR=2.6,p=0.023) e classe NYHA inicial III ou IV (HR=4.7,p=0.021;HR=185.4,p=0.001). Conclusão: A impossibilidade prescrição de BB relaciona-se com pior sobrevivência. O BB deve ser sempre considerado independentemente da hipervolemia.

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