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Analu_ava_principioeducativoecientifico

Date post: 20-Jul-2015
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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL Curso: Ambiente Virtual de Aprendizagem no contexto da aprendizagem e avaliação(AVA) Mediador pedagógico: Guilherme Ferrari Cursista: Ana Lucia do Espírito Santo CAMPO GRANDE MS - 2013.
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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS

DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL

Curso: Ambiente Virtual de Aprendizagem

no contexto da aprendizagem e avaliação(AVA)

Mediador pedagógico: Guilherme Ferrari

Cursista: Ana Lucia do Espírito Santo

CAMPO GRANDE – MS - 2013.

―A pesquisa como princípio científico e educativo

faz parte integrante de todo processo

emancipatório, no qual se constrói o sujeito

histórico autossuficiente, crítico e autocrítico,

participante, capaz de reagir contra a situação de

objeto e de não cultivar os outros como objeto.‖

(DEMO,P.42,2006)

Uma coisa é aprender pela imitação, outra pela pesquisa.

Pesquisar não é somente produzir conhecimento, é sobretudo

aprender em sentido criativo. É possível aprender escutando

aulas, tomando nota, mas aprende-se de verdade quando se

parte para a elaboração própria, motivando o surgimento do

pesquisador, que aprende construindo.(Franchi, 1988)

―Nossa atenção estará

voltada para a pesquisa

como princípio

científico, sem

unilateralizar a visão

formal da pesquisa. A

pesquisa como princípio

educativo estará sempre

presente,

mesmo que seja na

contra-luz.‖

(Demo,2006)

II- A PESQUISA COMO PRINCÍPIO CIENTÍFICO

1.A QUESTÃO CURRICULAR

2. A QUESTÃO DA TEORIA & PRÁTICA

3. ―DAR CONTA DE UM TEMA‖

4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO

1.A QUESTÃO CURRICULARNa grade curricular aparecem as matérias

ordenadas dentro de algum princípio didático e

de certa concatenação entre elas. Cumprido esse

trajeto, chega-se ao diploma e considera-se o

aluno detentor de nível superior.

Embora, em última instância, o currículo só

possa ser decidido pelo professor, não cabe

jamais reduzir a cabeça do aluno à pequenez da

cabeça de um instrutor.

Em vez do pacote didático e curricular como

medida do ensino e da aprendizagem, é

preciso criar condições de criatividade, via

pesquisa, para construir soluções,

principalmente diante de problemas novos.

A única coisa que vale a

pena aprender é a criar,o

que já muda a noção de

aprender.

(Demo,2006,p.46)

2. A QUESTÃO DA TEORIA & PRÁTICA

É fundamental defender a necessitação mútua

de teoria & prática, na maior profundidade

possível de ambas, porquanto nada é maisessencial para uma teoria do que a respectiva

prática e vice-versa.

A prática não se restringe à aplicação concreta

dos conhecimentos teóricos, por mais que isto

seja parte integrante. Prática, como teoria, perfaz

um todo, e como tal está na teoria, antes e depois.

Prática não aparece apenas como

demonstração técnica do domínio

conceitual, mas como modo de vida em

sociedade a partir do cientista.

Toda prática necessita ser

teoricamente elaborada, e isto deve fazer

parte da organização curricular. Prática não

é ir ver, passar perto, mas a união do fazer

com o teorizar o fazer.

3. ―DAR CONTA DE UM TEMA‖

―Dar conta de um tema‖ significa, pois, retomar o

contexto do trabalho científico, geralmente apresentado

como caminho de comprovação de hipóteses.

―Dar conta de um tema‖ não pode induzir a

ingenuidade de que se achou a última palavra, nem que

se inventou originalidade insuperável;

Quer dizer que o tratamento do tema é bem

fundamentado, cercado de todos os lados viáveis,

elaborado com engenho e arte, garantindo que aí

aconteceu algum avanço científico.

4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO

A avaliação pode conter o desafio da própria

pesquisa, como realimentação do processo de

produção científica, como busca de

redirecionamentos, superações, alternativas, como

respeito a compromissos assumidos com a

sociedade em planos e políticas.

A avaliação apenas formal é fuga, porque atesta que

não sabemos avaliar conteúdos, mas, se bem feita,

já representa cuidado providencial, que resgata a

noção de pesquisa como descoberta científica.

1. EDUCAÇÃO, PESQUISA E EMANCIPAÇÃO2. LIMITAÇÕES DO APENAS ENSINAR

III - A PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO

3. LIMITAÇÕES DO APENAS APRENDER4. VAZIOS DA ESCOLA FORMAL

1. EDUCAÇÃO, PESQUISA E EMANCIPAÇÃO

Emancipação é o processo histórico de conquista e exercício daqualidade de ator consciente e produtivo. Trata-se da formação dosujeito capaz de se definir e de ocupar espaço próprio, recusandoser reduzido a objeto (Demo,1988b e 1988c).

É patente a relevância da educação e da pesquisa para oprocesso emancipatório.

A escola é tipicamente reprodutiva, mas não precisareduzir-se a isso. Pode ser o signo da imbecilização popular,mas pode ser instância fundamental de formação dacidadania de um povo.

O conceito de pesquisa é fundamental, porque está naraiz da consciência crítica questionadora, desde a recusade ser massa de manobra, objeto dos outros, matéria deespoliação, até a produção de alternativas com vistas àconsecução de sociedade pelo menos mais tolerável.

2. LIMITAÇÕES DO APENAS ENSINAR

No “ensinar” cabe menos o desafio da emancipação com base empesquisa do que a imposição domesticadora que leva a reproduzirdiscípulos.

Dada a “aprendizagem” acadêmica a que é submetido o professor,na qual o elemento da pesquisa é inexistente, quando nãoabafado, encontra aí limitação clara para elaboração da própriacidadania.

Na prática, se formos coerentes com qualquer proposta educativoemancipatória, é preciso reconhecer que a dignidade do professorsó pode ser elaboração própria, conquista própria.

A crítica aqui formulada volta-se contra o “mero ensinar”, não contra “ensinar”, que, no devido lugar, é instrumento necessário.

Instruir bem é arte, mesmo menor. Mas é diferente o instruído domesticado, de quem se instrui para se construir e reconstruir.

3. LIMITAÇÕES DO APENAS APRENDER

Decorar, apenas, é fatal, porque destrói o desafio essencial de

criar soluções. Para quem só decora (cola), na prova — se der ―um

branco‖ — o único recurso é colar. Não se sabe deduzir, induzir,

inferir, estabelecer relações, reconstruir contextos. Resta copiar. A

cópia perfeita é a cola, como Xerox. Tal condição reduz o aluno ao

―mero aprender‖, obstruindo passos da criatividade própria.

O ―mero aprender‖ estiola o desafio técnico e político da

educação, matando a expectativa preventiva, emancipatória,

redistributiva e equalizadora, cabível em sujeitos sociais que

aprendem a aprender.

4. VAZIOS DA ESCOLA FORMAL

A influência da escola sobre a criança é cada vez mais “formal” e,neste sentido, vazia, pela artificialidade da sua organizaçãodistanciada da sociedade diária ou pela concorrência avassaladoracom os meios de comunicação.

Colabora na decadência da escola pública sem dúvida a atuaçãoestatal, que tende a retratar nela a própria pobreza de um Estadoafastado dos compromissos para com a sociedade e de umasociedade subjugada como massa de manobra.

Parte do desinteresse no alunado ou docomportamento corporativista no professorado, bemcomo da imagem de “treco” do governo, provém doseu vazio formal, distanciado do compromisso originalde motivar processos educativo-emancipatório.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

DEMO, Pedro. Pesquisa – Princípio Educativo e

Científico. 12.ed. São Paulo: Cortez,2006.