DOERTE CHAGAS CÔRTES
ANÁLISE DO USO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE FÍSICA EM ESCOLAS ESTADUAIS NO MUNICIPIO DE JI-PARA NÁ
JI-PARANÁ/RO, AGOSTO DE 2009.
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DOERTE CHAGAS CÔRTES
ANÁLISE DO USO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE FÍSICA EM ESCOLAS ESTADUAIS NO MUNICIPIO DE JI-PARA NÁ
Prof. Dr. JUDES GONÇALVES DOS SANTOS Orientador
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JI-PARANÁ/RO, AGOSTO DE 2009.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA DEPARTAMENTO DE FÍSICA
CAMPUS DE JI-PARANÁ
DOERTE CHAGAS CÔRTES
ANÁLISE DO USO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE
FÍSICA EM ESCOLAS ESTADUAIS NO MUNICIPIO DE JI-PARA NÁ
Monografia submetida ao Departamento de Física da Universidade Federal de Rondônia como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Licenciatura Plena em Física, sob a orientação do prof. Dr. Judes Gonçalves dos Santos.
JI-PARANÁ-RO, AGOSTO DE 2009.
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ANÁLISE DO USO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE FÍSICA EM ESCOLAS ESTADUAIS NO MUNICIPIO DE JI-PARA NÁ
DOERTE CHAGAS CORTES
Este trabalho de conclusão de curso foi julgado adequado para a obtenção do título de graduação em Licenciatura Plena em Física, sendo aprovada em sua forma final em 01/08/2009, pelo Departamento de Física da Universidade Federal de Rondônia – Campus de Ji-Paraná.
Banca Examinadora:
________________________________________ Prof. Dr. Judes Gonçalves dos Santos
Orientador - UNIR
_______________________________________ Profª. Drª. Luciene Batista da Silveira
Membro UNIR
________________________________________ Prof. Dr. João Batista Diniz
Membro
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DEDICATÓRIA
À Deus, por me iluminar com sua graça e misericórdia, me fortalecendo e permitindo superar todos os obstáculos que muitas vezes me desanimavam.
A minha esposa Aline, pelo companheirismo, por ter sempre acreditado em mim, pelo incentivo nas horas difíceis e pela compreensão.
Ao meu filho Isaac, por sempre me dar um sorriso quando chegava em casa da faculdade.
Aos meus pais Edgar e Helena, por terem dedicado suas vidas a mim, pelo amor, carinho e estímulo que me ofereceram, dedico-lhes essa conquista como gratidão.
A minha cunhada Telma que me auxiliou na composição deste trabalho.
Aos meus amigos queridos, por tudo de bom que vocês me proporcionaram durante essa jornada, obrigada pelo carinho, amizade, gargalhadas, companhia e respeito que vocês sempre tiveram por mim.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Prof. Dr. Judes Gonçalves dos Santos pela orientação e discussão no decorrer deste trabalho.
Agradeço a REN - Representação de Ensino Em Ji-Paraná, pela autorização para a pesquisa realizada nas Escolas Estaduais em Ji-Paraná no Estado de Rondônia.
Agradeço aos professores que se dispuseram a participar da pesquisa necessária para elaboração deste trabalho.
Agradeço aos professores da graduação pelas informações através dos cursos realizados.
Agradeço ao Departamento de Física de Ji-Paraná pelo apoio institucional.
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"O que sabemos é uma gota, o que não sabemos é um oceano”. Isaac Newton
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SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................8
RESUMO ...................................................................................................................................9
ABSTRACT .............................................................................................................................10
1 - INTRODUÇÃO ..................................................................................................................11
2 - A IMPORTÂNCIA DO USO DE TECNOLOGIAS NO ENSINO DA FÍSICA ...............14
3 - PROCEDIMENTOS PARA OBTENÇÃO DE DADOS....................................................16
4 - RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................................17
CONCLUSÃO..........................................................................................................................22
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................23
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Grafico das porcentagens de professores graduados em física. ..............................17
Figura 2 – Grafico de equipamentos disponíveis aos professores nas escolas pesquisadas.....18
Figura 3 – Grafico da porcentagem de professores que utilizam tecnologias educacionais. ...18
Figura 4 – Grafico das tecnologias educacionais utilizadas pelos professores pesquisados. ...19
Figura 5 – Grafico de como o professor vê a aprendizagem de seus alunos............................20
Figura 6 – Gráfico do tempo de experiência na ministração de aulas de física. ......................20
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RESUMO
Este trabalho tem por objetivo analisar o uso de novas tecnologias no ensino de
Física nas Escolas Estaduais de Ensino Médio no município de Ji-Paraná.
Vivemos numa época de avanços tecnológicos. Temos fácil acesso a vídeos
educacionais, softwares educativos e a internet. Essas tecnologias podem exercer um papel de
destaque na vida dos nossos alunos do Ensino Médio. Esta pesquisa procura analisar o uso
destas tecnologias como ferramentas de auxílio ao professor da disciplina de Física no Ensino
Médio.
O trabalho foi desenvolvido baseado na análise de um questionário, distribuído
aos professores que lecionam a disciplina de Física durante visitas efetuadas a escolas da
cidade de Ji-Paraná. As respostas fornecidas ao questionário identificam a atuação dos
professores de Física e o uso de recursos tecnológicos na ministração das aulas.
Palavra Chave: Ensino, Tecnologia, Professor.
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ABSTRACT
This study aims to examine the use of new technologies in the teaching of Physics
in Schools of State High School in the city of Ji-Paraná.
We live in an age of technological advances. We have easy access to educational
videos, educational software and the Internet. These technologies can play a role of
prominence in the lives of our students in high school. This research attempts to examine the
use of these technologies as tools to aid the teacher of the discipline of physics in high school.
The work was developed based on an analysis of a questionnaire, distributed to
teachers who teach the discipline of physics made during visits to schools in the city of Ji-
Paraná. The response to the questionnaire identified the performance of teachers of physics
and the use of technological resources in school administration.
Keywords: teaching, technologies, teacher.
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1 - INTRODUÇÃO
O ensino de Física em Ji-Paraná passa por muitas dificuldades. Está nas mãos do
professor a tarefa de buscar novas metodologias de ensino para tornar as aulas mais
interativas e atraentes para os alunos, como forma de despertar maior gosto pela
aprendizagem das ciências em geral.
O aluno precisa ser estimulado a estudar, a aprender a aprender. Diversas ações
podem fazer despertar no aluno o gosto pelas Ciências e pela área tecnológica”. (VILLAS
BOAS et al., 2009)
Também é importante desenvolver o poder de crítica dos alunos na formação de
conceitos através da socialização entre alunos e professores e da interação com o meio em que
o aluno vive, sempre visando à obtenção de uma aprendizagem potencialmente significativa,
que vai além do ensino meramente mecânico. Neste, o aluno resolve de forma correta, mas é
na aprendizagem significativa que o aluno aprende a aplicar o conhecimento. (CENNE,
TEXEIRA, 2007).
Desde os anos 60 os livros didáticos vem sofrendo pequenas alterações, ganhando
ilustrações e cores alguns sendo distorcidos pelos programas de vestibular. No entanto, o
método de ensino pouco se alterou e o referencial da aula continuava centrado no livro
didático e em listas intermináveis de exercícios. Nesta mesma época, trabalhava-se com
laboratórios, mas estes eram atividades rotineiras, que reproduziam um material impresso no
livro didático, tornando a aprendizagem pouco significativa. (MOREIRA, 2000)
Logo, já há mais de cinco décadas, grande parte dos professores leciona Física da
mesma maneira: as aulas reproduzem o livro didático e, muitas vezes, os professores repetem
os conteúdos aos alunos como verdades absolutas. (CENNE, TEXEIRA, 2007)
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Outro grande problema enfrentado na grande maioria das escolas de Rondônia é a
dificuldade de os alunos interpretarem situações físicas e relacioná-las com o uso de recursos
matemáticos, uma vez que os alunos compreendem a Física como uma Matemática mais
avançada, o que vem a tornar o ensino desestimulante, pois há grande despreparo para realizar
operações básicas da Matemática.
Em sua pesquisa Cebulski investigou e concluiu que as principais dificuldades
encontradas são “quanto ao interesse e participação deles próprios que estão cientes de que
isto afeta sua aprendizagem; o que reflete um ensino desestimulante para os alunos”. Dessa
forma, muitos optam pela desistência da matéria, pelo excesso de faltas ou, em pior hipótese,
pela evasão escolar. (CEBULSKI apud FONSECA,SANTOS, 2008)
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
(PCNEM) e com os PCN+, que incluem orientações complementares, os alunos de Física
deverão concluir o curso sendo capazes de representar situações do mundo físico,
compreender, investigar e comunicar-se em torno do saber científico. Ao professor cabe a
tarefa de ensinar Física como uma ciência em construção no sentido de estabelecer
significados, buscar alternativas para tornar a aprendizagem significativa e formar indivíduos
ativos na sociedade, aplicando os conhecimentos a situações reais e vivenciais. (BRASIL,
1999, 2002)
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (1999) também
apontam a importância da atualização do ensino em relação à informação e orientam o
professor a buscar novas abordagens e metodologias de ensino, visando ao desenvolvimento
de competências e habilidades.
Os PCNEMs indicam a necessidade das tecnologias serem incorporadas no
aprendizado escolar como instrumento para a cidadania, para as relações sociais e para o
trabalho, explicitando que o domínio dos recursos didáticos, como as novas tecnologias,
também deve ser um objetivo do ensino da área de Ciências Naturais e Matemática.
O Ensino de Física de modo constante é realizado de maneira desarticulada com o
cotidiano dos alunos. Isso vai de encontro ao que recomendam as Orientações Educacionais
Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCN +), o
qual afirma que é preciso
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“(...) considerar o mundo em que o jovem está inserido, não somente através do reconhecimento de seu cotidiano enquanto objeto de estudo, mas também de todas as dimensões culturais, sociais e tecnológicas que podem ser por ele vivenciadas na cidade ou região em que vive” (BRASIL, 2002).
Desta forma, é necessário que o professor de Física comece a refletir em sua
prática de ensino, no sentido de buscar novas metodologias que possam fazer o ensino de
Física ficar mais próximo da realidade do aluno, pois, o ensino de Física comumente é
realizado de maneira desarticulada com o mundo vivencial dos alunos. Isso vai de encontro ao
que recomendam as Orientações. (SOUZA e SANTO, 2008)
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2 - A IMPORTÂNCIA DO USO DE TECNOLOGIAS NO ENSINO D A FÍSICA
As Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares
Nacionais dizem que o ensino da Física deve
“apresentar-se como um conjunto de competências específicas que permitam perceber e lidar com os fenômenos naturais e tecnológicos, presentes tanto no cotidiano mais imediato quanto na compreensão do universo distante, a partir de princípios, leis e modelos por ela construídos. Isso implica, também, na introdução à linguagem própria da Física, que faz uso de conceitos e terminologia bem definidos, além de suas formas de expressão, que envolvem, muitas vezes, tabelas, gráficos ou relações matemáticas. Ao mesmo tempo, a Física deve vir a ser reconhecida como um processo cuja construção ocorreu ao longo da história da humanidade, impregnado de contribuições culturais, econômicas e sociais, que vem resultando no desenvolvimento de diferentes tecnologias e, por sua vez, por elas impulsionado”. (BRASIL, 1999)
Ao longo da história podemos constatar que toda mudança gera resistência no
momento inicial de sua aplicação. Com o uso de novas tecnologias no ensino de Física para
estudantes do ensino médio não é diferente. As principais resistências encontradas estão
relacionadas aos professores que defendem a manutenção do sistema tradicional de ensino e
que tem dificuldade na utilização de recursos tecnológicos, assim a Física ensinada
atualmente na escola, sob via de regra, não daria condições básicas para compreendermos e
usufruirmos das tecnologias, uma vez que, nem mesmo se utilizam delas nas ministração das
aulas.
A utilização de novas tecnologias ainda está muito defasada em relação ao seu uso
científico, e necessita que, seja incorporadas as tecnologias no processo de ensino-
aprendizagem, conforme orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais.(VEIT,
TEODORO, 2002)
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A realidade que nos cerca vem sendo dominada por inovações tecnológicas em
todos os setores da sociedade, desde a área rural até centros urbanos, e pode-se verificar que o
principal avanço encontra-se nas telecomunicações.
É necessário que os professores tragam esta tecnologia para as aulas, de modo que
os alunos possam interagir com ela, utilizando recursos, tais como, Internet, softwares
computacionais, ambientes virtuais de aprendizagem e grupos de discussão que atraiam a
atenção dos alunos, tornando-os ativos na construção do saber e modificando a visão que
possuem das aulas de Física.
A utilização de tecnologias nas aulas de Física é fator indispensável no ensino nos
dias atuais.
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3 - PROCEDIMENTOS PARA OBTENÇÃO DE DADOS
3.1 - METODOLOGIA
As coletas de dados foram realizadas em junho de 2009 com docentes da
disciplina de Física em 5 (Cinco) Escolas Estaduais de Ensino Médio na cidade de Ji-Paraná.
As escolas utilizadas para a pesquisa foram: E.E.E.F.M. Aluízio Ferreira, E.E.E.F.M. Beatriz
Ferreira da Silva, E.E.E.F.M. Juscelino Kubitschek de Oliveira, E.E.E.F.M. 31 de Março,
E.E.E.F.M. Dr. Lourenço Pereira Lima. Foram aplicados 5 questionários, distribuídos entre as
escolas. As questões podem ser divididas em blocos que se referem à graduação do professor,
às condições das escolas, o uso de novas tecnologias (vídeo e informática), além de seu tempo
de experiência no ensino da disciplina de física em sala. Utilizamos questões que admitem
respostas únicas ou respostas múltiplas. Os resultados são apresentados de modo estatístico.
Nossa maior preocupação e objetivo principal a ser alcançado com o questionário é obter
informações da utilização (ou não) das novas tecnologias no processo de ensino e
aprendizagem para os estudantes do ensino médio na disciplina Física.
Nas visitas às escolas observou-se que muitos docentes de Física, ou mesmo
docentes de outras áreas de educação que ministram a disciplina de Física, consideram muito
mais cômodo atuar de uma forma tradicional utilizando-se exclusivamente do “giz e do
quadro-negro”. Alguns professores não se sentem estimulados a introduzirem novos recursos
em sua prática pedagógica.
Com a análise dos dados obtidos esperamos que torne mais clara a necessidade de
que professores e dirigentes escolares se adaptem ao uso de novas tecnologias no ensino de
Física.
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4 - RESULTADOS E DISCUSSÕES
O gráfico 1 mostra os dados das 5 (cinco) escolas, e em 3 (três) delas os
professores que ministram a disciplina de Física no ensino médio não possuem Licenciatura
em Física.
Figura 1: Gráfico da porcentagem de professores graduados em física.
Conforme dados disponíveis no gráfico 2, 100% das escolas possuem Sala de Tv e
Vídeo. Três escolas possuem o Laboratório de Informática com computadores conectados a
internet e em apenas duas escolas existem acervo, com fitas e CDs a disposição do professor.
Cabe resaltar aqui que na E.E.E.F.M. Aluizio Ferreira, os alunos dispoem inclusive de um
laboratorio de física, o que permite que eles vejam a física de modo prático.
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Figura 2: Gráfico de equipamentos disponíveis aos professores nas escolas pesquisadas.
A terceira pergunta trata da utilização (ou não) das Tecnologias Educacionais em
sala de aula. Dentre os professores pesquisados 80% responderam que utilizam tecnologias e
20% afirmam não utilizar tecnologias em sala de aula.
É interessante observar que um professor afirmou não utilizar Tecnologias
Educacionais, no entanto no gráfico 4 observamos que todos os professores afirmaram
utilizar Tv e vídeo. Logo, este professor não reconhece a Tv e o Vídeo como Tecnologias
Educacionais ou não o utiliza com a finalidade de ensinar física.
Figura 3: Gráfico da porcentagem de professores que utilizam tecnologias educacionais.
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Conforme o gráfico 2, todas as escolas pesquisadas possuem sala de TV e vídeo e
os professores pesquisados afirmam utilizá-lo (gráfico 4). Porém chama-nos a atenção o fato
de que em apenas duas escolas possuem acervo com vídeos educativos para o ensino de física,
restou-nos a interrogação: “o que está sendo ensinado nas aulas de física com uso de TV e
vídeo nas escolas que não possuem acervo educativo?”
Quanto a utilização dos laboratorios de informatica, apenas 20% dos professores
entrevistados citou o uso, no entanto não informou qual software utiliza (Grafico 4).
Da soma entre tecnologia e conteudos, nascem opurtunidades de ensino. Portanto
o laboratório de informática deve ser explorado de forma coerente para o ensino de física, ele
não pode ser utilizado para “preencher o tempo”. A tecnologia deve ser usada numa
associação com os conteúdos, para que assim gere oportunidades de ensino. (POLATO, 2009)
O laboratório de física é um instrumento educacional muito importante para a
realização de aulas praticas. Na pesquisa realizada o gráfico 4 demonstra que somente 20%
das escolas realizam aulas praticas no laboratório de física.
A aprendizagem significativa acontece quando o estudante sente, com a própria
vivencia intelectual, o que está aprendendo. Ele precisa ter a oportunidade de mesclar
teoria e pratica. Logo, é fundamental que nas aulas de física o professor valorize a ligação
da teoria com a prática, buscando maior compreensão e assimilação dos conteúdos
abordados. (CARRETERO, 2003)
Figura 4: Gráfico das tecnologias educacionais utilizadas pelos professores pesquisados.
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A pergunta que se segue trata da forma como o professor vê a aprendizagem de
seu aluno. Se ela ocorre de forma significativa ou de forma mecânica.
Foi observado, conforme o gráfico a seguir, que um dos professores pesquisado
considera a aprendizagem de seu aluno como mecânica.
O mais importante é compreender o conceito e usá-lo - não decorá-lo.
Devemos construir aprendizagens significativas. (CARRETERO, 2003)
Figura 5: Gráfico de como o professor vê a aprendizagem de seus alunos.
A última pergunta trata do tempo de experiência na ministração da discplina de
Física. Através do gráfico a seguir, observamos que todos os professores entrevistados atua
na disciplina há mais de um ano.
Figura 6: Gráfico do tempo de experiência na ministração de aulas de física.
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Como já mencionado 60% dos professores entrevistados não são graduados em
física. Ao observarmos o gráfico 6, verificamos que estes professores já estão atuando em
física ha mais de uma ano. Este é um fator preocupante, uma vez que o professor graduado
em física, não está ocupando o seu lugar, cedendo-o a professores graduados em outras
áreas, privando o aluno de um profissional da área.
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CONCLUSÃO
De modo geral podemos perceber que as Escolas hoje estão mais equipadas.
Nada comparável a quinze ou vinte anos atrás quando a maioria das escolas em Ji-Paraná
não dispunha nem de um televisor.
Hoje todas as escolas pesquisadas tem uma sala específica para o uso da
Tv/Vídeo. Se o professor não tem utilizado de forma apropriada com uso de vídeos
educativos para o ensino da física não o podemos precisar, no entanto, eles têm os
equipamentos à sua disposição.
Quanto aos laboratórios de informática, ainda existem escolas que não o
possuem. Em nossa pesquisa das duas escolas que possuem laboratórios, apenas um
professor afirmou utilizá-lo.
Com os resultados obtidos, podemos concluir que muito ainda precisa ser
melhorado, tanto na melhoria /construção de laboratórios (informática e física), quanto na
formação continuada dos professores, “a graduação é só o primeiro passo”.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília. MEC. 1999. BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio, Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília. MEC. 2002. Disponível em: <http://www.sbfisica.org.br/ensino/pcn.shtml>. CARRETERO, Mario.; Um Olhar Sobre o Construtivismo. - Revista Nova Escola. Editora Abril. Edição n 163; São Paulo; Junho de 2003. CENNE, A. H. H.; TEIXEIRA, R.M.T. Relato de uma experiência didática envolvendo tecnologias computacionais no ensino de física térmica. Disponível em http://www.if.ufrgs.br/mpef/iieeefis/Atas_IIEEEFis_RS.pdf. Acessado em julho de 2009. FONSECA, M.C.; SANTOS, S.A. Mapas conceituais e diagrama adi como instrumentos de apoio ao ensino dos conceitos de calor e temperatura contemplando uma visão integradora. Acessado em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/742-4.pdf. MOREIRA, M. A. Ensino de física no Brasil: retrospectiva e perspectivas. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 22, n. 1, p. 94-99, abr. 2000. POLATO, A.; Tecnologia + Conteúdos = Oportunidades de Ensino. Revista Nova Escola. Editora Abril. Edição n 223; São Paulo; Junho de 2009. SOUZA. E. S. R.; SANTO, A.O.E. A modelagem matemática como metodologia para o ensino-aprendizagem de física. Anais do IV Encontro Paraense de Educação Matemática. Belém, 2008. VEIT, E. A.; TEODORO, V. D. Modelagem no ensino/aprendizagem de física e os novos parâmetros curriculares para o ensino médio. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 24, n. 2, p. 87-96, jun. 2002.
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VILLAS BOAS, V; CATELLI, F; BOOTHA, I.A.S.; GIOVANNINI JÚNIOR, O.; LIMA, I. G.; SAUER, L.Z. Ciência, tecnologia e sociedade: um curso de especialização que propõe novas metodologias para o ensino médio. Disponível em http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xviii/sys/resumos/T0398-1.pdf. Acessado em julho de 2009.