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ANO6 Nº57 1999 R$ 4,50 A REVISTA QUE PEGA NO PESADO...

Date post: 01-Mar-2021
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Que Maquina! Novo G3 é pau pra toda obra Economia: O país vai mal, mas a Apple vai bem Aprenda a queimar CDs Netscape 4.5 ou Explorer 4.5? Dreamweaver 2: HTML visual PlayStation no seu Mac BBEdit 5.0: A usina de texto A REVISTA QUE PEGA NO PESADO ANO 6 Nº57 1999 R$ 4,50
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QueMaquina!Novo G3 é paupra toda obraEconomia:O país vai mal,mas a Applevai bem

Aprenda aqueimar CDs

Netscape 4.5ou Explorer 4.5?

Dreamweaver 2:HTML visual

PlayStationno seu Mac

BBEdit 5.0:A usinade texto

A REVISTA QUE PEGA NO PESADO

ANO6 Nº57 1999 R$ 4,50

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As Cartas Não Mentem Get InfoEditor: Heinar Maracy

Editores de Arte: Tony de Marco & Mario AV

Conselho Editorial: Caio Barra Costa, Carlos Freitas,Carlos Muti Randolph, Jean Boëchat, Luciano Ramalho, Marco Fadiga,Marcos Smirkoff, Oswaldo Bueno, RainerBrockerhoff, Ricardo Tannus, Valter Harasaki

Gerência de Produção: Egly Dejulio

Gerência Comercial: Francisco Zito

Contato: Eliseu Simões NetoFone/fax (011) 253-0665 287-8078 284-6597

Gerência de Assinaturas: Rodrigo MedeirosFone/fax (011) 253-0665 287-8078 284-6597

Gerência Administrativa: Clécia de Paula

Fotógrafos: Andréx, J.C.França, Ricardo Teles, Hans Georg

Capa: Foto: ClicioIdéia: Egly DejulioPhotoshop: Mario AVProdução: Claudia TenórioModelo: Eduardo OliveiraMake-up: Marcia LimaSunga: Movimento (0800-814666)

Redatores: Márcio Nigro e Octavio Maron

Revisora: Danae Stephan

Assistente de Arte: Pavão

Colaboradores: Ale Moraes, Carlos EduardoWitte, Carlos Ximenes, Daniel de Oliveira, DavidDrew Zingg, Dimitri Lee, Doca Corbet, DouglasFernandes, Everton Barbosa, Gian AndreaZelada, J.C.França, João Velho, Luiz F. Dias, LuizColombo, Marco Carillo, Mario Jorge Passos,Maurício Bussab, Néria Dejulio, RicardoCavallini, Ricardo Serpa, Silvia Richner, Silvio Almeida Jr., Tom B.

Fotolitos: Postscript

Impressão: Prol

Distribuição exclusiva para o Brasil:Fernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Teodoro da Silva, 577 – CEP 20560-000Rio de Janeiro – RJ – Fone: (021) 575-7766

Opiniões emitidas em artigos assinados não refletem a opinião da revista, podendo até ser contrárias à mesma.

Find...Macmania é uma publicação mensal daEditora Bookmakers Ltda.Rua Itatins, 95 – AclimaçãoCEP 01533-040 – São Paulo/SP

Mande suas cartas, sugestões, dicas, dúvidas e reclamações para os nossos emails:

[email protected]

[email protected]

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A Macmania surfa na Internet pela U-Net(0800-146070).Macmania na Web: www.macmania.com.br

Cartas 4Tid Bits 8

iMacmania 14G3 Azul 16

Workshop: Toast 24@Mac: browsers 30

Simpatips 37Monitor Sony 210sf 38

Bê-A-Bá do Mac 40Sharewares: PIMs 44

MacPRO 49BBEdit 54

FlashBack 58Virtual Game Station 60

Dreamweaver 62Ombudsmac 66

Índice

Eu quero meu upgrade!Estava lendo um artigo na Web a respeito deupgrades para o iMac, onde eles diziam queseria difícil a fabricação de placas de upgrade deprocessador para o iMac, mas nada é impossível,já que um 6100 pode ser upgradeado para G3.É verdade? Existe esse upgrade? Já posso upgra-dear os meus Performas?

Pedro Gracia [email protected]

É verdade. O mercado de placas de upgradecresceu bastante com a chegada dos G3. Infe-lizmente, com a alta do dólar, elas devem che-gar por aqui a um preço bem salgado.

Habla-se coreanoTenho que realizar um trabalho gráfico emcoreano e precisarei digitar slogans promocio-nais. Já tentei mudar o teclado, mas parece queo layout coreano não está incluído no Mac OS8.5.1. O que devo fazer? Preciso fazer algumdownload?

Fernando Lorenz [email protected]

O 8.5.1 tem a opção de mostrar coreano evárias outras línguas, mas não para digitartexto. Você precisa, realmente, usar o sistemacoreano para realizar a tarefa.

Ops, dica erradaGostaria de fazer um reparo. Na Macmania 55,na dica 24 (a primeira para o Quark), há umerro. A seqüência sugerida [Ω][F] faz surgir oFind/Change, e não Formats, cujo atalho correto é[Shift][Ω][F]. O “Giantoheadus nerdensis” que aescreveu devia estar com dor de cabeça ;-) Porfalar nisso, será que ele podia dizer como secopiam os ícones de tecla usados na matéria?

Ailton Santoro [email protected]

Valeu a correção, Ailton. Os ícones são, na ver-dade, uma fonte feita pelo Tony (Teclado Mag-nético). Ele diz que em breve vai colocar todasas suas fontes para download em um site. Masé bom esperar sentado, porque “em breve” poraqui tem um significado relativo…

Internet a caboMeu nome é Marcel, tenho 16 anos e sou mac-maníaco desde os 12. Sou um velho assinante daMacmania e estou mandando este email parainformar que aqui em Vitória (Cidade Sol), noEspírito Santo, nós temos um provedor (In-terlink) baseado na plataforma Mac. Eles são umdos primeiros (se não forem os primeiros) a uti-lizar um sistema de Internet via cabo (transmis-são da Internet por uma rede de TV a cabo deVitória). Eu acho que, como um bom mac-maníaco e como um fã da revista Macmania, gos-taria de ler uma reportagem (quem sabe) falan-do dos Macs plugados em uma rede de TV acabo, com velocidades muito mais rápidas queos modems comuns. A página na Web da In-terlink é www.interlink.com.br. Quem sabevocês não fazem uma reportagem entrando emcontato com eles.

Marcel de Carvalho B. Pederzoli [email protected]

Uau! Mac com Internet a cabo? E aí, Marcel, éultra-rápido mesmo? Já estamos preparando areportagem. Alguém conhece outra experiênciasemelhante no Brasil?

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iMac e o Yosemite abertos na minha frente.Podemos concluir isso até mesmo a partir dafoto da placa-mãe que está dentro da matéria. Estou gostando de ver que a revista está se tor-nando uma revista séria e já deixou a sua faseHustler para trás. Acho que um cara que vaicomprar um G3 para sua firma não pode chegarcom uma revista cheia de mulheres seminuas ecolocar em sua mesa! Não tenho nada contra,mas nunca vi isso numa Macworld, Mac User,MacAddict etc.

Clemente [email protected]

OK. Atendendo a pedidos, nada de mulherseminua na capa desta edição. Aqui é o leitorquem manda.

Fato estranho naMacworld San FranciscoGostaria de salientar algo que não vi comentadosobre o keynote do Steve Jobs durante a Mac-world San Francisco no dia 5 de janeiro. Logonos primeiros minutos da apresentação, nomomento em que falava sobre os novos proces-sadores PowerPC G3 de 300, 350 e 400 MHz, elecomentou que esses processadores serão fabri-cados pela “Motorola” e pela “Intel”; issomesmo, eu ouvi nitidamente a palavra “Intel”.No entanto, todas as reportagens sobre o even-to citam o novo processador como sendo fabri-cado pela “Motorola” e pela “IBM”. O que refor-ça minha teoria é que, no dia do evento, uma

Juntando os SCSIsO que acontece se eu ligar dois Macs pela saídaSCSI? Eu já fiz de tudo (mesmo), e não consigoconectá-los pela porta da impressora usandoAppleTalk. Help!

João Henrique [email protected]

O que acontece se você ligar dois Macs peloSCSI? No máximo, um pau federal! O padrãoSCSI não permite esse tipo de ligação. OAppleTalk é o único jeito (a não ser que os doistenham porta Ethernet, mas esse não deve ser ocaso). Cheque se o problema não está no cabo.

Microsoft x Mac OSNão consigo instalar o Internet Explorer 4.5 nomeu iMac, com Mac OS em português. Já fiz trêsdownloads e, quando começo a instalação, apa-rece sempre o mesmo erro. Agradeceria se vocêsme ajudassem.

[email protected]

Tanto o Explorer quanto o Office dão proble-mas na instalação com o Mac OS em português,porque não encontram as pastas Extensions eSystem Folder. Parece que existe uma gambiar-ra pra fazer eles funcionarem, mas aqui nin-guém conhece. Quem souber, mande a dica.Ganha camiseta.

Que que há com meu modem?Tenho um Performa 6230CD com GeoPort e mi-nha velocidade de conexão é de 19.200 bps,com o script Geoport/Express Modem da Apple.Andei olhando no site da Global Village e encon-trei um script mais moderno, chamado “GVHigh Speed for ARA 2.0”; instalei o dito cujo nomeu sistema 8.5.1 (cujo ARA é 3.x) e não consi-go mais inicializar o GeoPort, que traz a seguin-te mensagem (traduzida, pois o meu sistema éfrancês): “O arquivo Modem tem uma variávelcorrente impossível de tratar (-6027).”

[email protected]

Atenção, pessoal! Global Village não é GeoPortnem vice-versa. São dois tipos diferentes de mo-dem. O último script do GeoPort é o que vemcom o Mac OS 8.0 (ou posterior), de 33,6 kbps.Se você não consegue atingir essa velocidade, aculpa é provavelmente da sua linha.

G3 horrorosoTerrível o design dos novos G3, parecem lan-cheiras do jardim de infância da minha filha! Pordentro, tudo bem, mas por fora... Ficarei comsaudade dos sisudos Power Macs beges... Bem,tenho duas perguntas. Nos CDs de brinde queacompanham a MacFormat e a Macworld, vêmfontes a dar com pau. Porém, ao abrir algumas

delas para conferir o typeface e ocorpo, dou de cara com barrasverticais, uma letra capitular e...mais nada. Que mistério é esse?Outra pergunta: dias atrás notei(algo surpreso) que as impressio-nantes saídas de som do monitordo meu 6360 não emitem umpio! O som vem da parte debaixo da CPU! Existe algumamaneira tirar partido delas, ousão apenas enfeites?

Santoro Ailton [email protected]

Nem todas as fontes possuem to-dos os caracteres. Essas que vocêabriu, por exemplo, devem terapenas as maiúsculas, por issoas minúsculas aparecem comobarrinhas. Quanto ao som dascaixas do monitor, você já expe-rimentou conectá-lo à saída desom do Mac (com o desenho dofalantezinho) usando o caboque veio junto com o Mac (aque-le com plugs de fone de ouvidoem ambas as extremidades)?

Ai, meus dedosTenho uma dúvida sobre a matéria “Os tendõesse rebelam”, da edição 55 da Macmania. Eutenho o costume de toda hora ficar estalando osdedos da mão. Isso causa alguma lesão? Traba-lho com micro o dia inteiro.

Marcelo [email protected]

O Departamento de Cultura Ortopédica Inútilinforma: os estalos são produzidos pelas jun-tas, não pelos tendões. São decorrentes de bo-lhas que se formam no líquido sinovial, o lubri-ficante das juntas, que estouram sob a pressãoe fazem o barulho. A menos que “toda hora”signifique uma vez por minuto ou mais, nãovai causar lesão nos tendões. Mesmo assim, éaconselhavel aprender a estalar os dedospuxando-os gentilmente, em vez de fazer issodobrando-os. Isso sim, pode forcar os tendões...(dica do meu massagista japonês). O Márcio,aqui da redação, por exemplo, estala compulsi-vamente os dedos desde pequeno e nunca tevenenhum problema relacionado a isso.

Erro de memóriaSou leitor desta revista desde os seus primór-dios e venho acompanhando o seu amadureci-mento. Gostaria de chamar a atenção dos edito-res para uma informação que não está correta. Amemória que o G3 novo (Yosemite) usa não é amesma do iMac. A do iMac é igual à do Power-Book G3. Cheguei a tal conclusão porque já vi o

Pai e filho mexendo juntos num computador? Acessan-

do a Internet? Então só pode ser um Mac. Mas espera

lá! Cadê os logos da maçã? Foram apagados no

Photoshop, mas o mouse (sempre ele) dá a dica.

O Mac na mídiaAs Cartas Não Mentem

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Bomba do leitor

Essa eu chamo de Megabomb, em homena-gem ao rei dos congelamentos: o Mega-Phone for Performa. Essa maravilha de clo-nagem foi conseguida quando eu voltei aocomputador depois de um tempo distante.A proteção de tela do On Guard (On Screen)estava ativada e, ao acionar o mouse, atela continuou preta, não me permitindover a área de trabalho. Comecei a mover a

janela do MegaPhone e o resultado que con-segui foi esse. A tela só voltou ao normalquando abri uma janela de um dos ControlPanels através do Apple Menu e a usei praapagar o erro, movendo-a como se fosseuma borracha. Pelo menos funcionou, né?

Fábio Freitas [email protected]

matéria na área de informática do UOL falavatambém disso, que os novos processadoresseriam feitos pela “Motorola” e pela “Intel”.Afinal, estou delirando ou o que aconteceu?

Erick [email protected]

Se você ler de novo a nossa matéria sobre aMacworld, poderá constatar que esse fato foimencionado no texto. Realmente, até mesmo osmelhores CEOs interinos cometem erros. Eledisse Intel em vez de IBM, gerando uma grandeconfusão no meio jornalístico.

Cadê as fontes? Instalei no meu 6230CD o ClarisWorks 5.0, apóster mudado do Mac OS 7.5.1 para o 8.1. O menude fontes da nova versão não aparece mais comas fontes com a aparência própria de cada uma,como na versão anterior. Poderia me ajudar aresolver isso, por favor? Mais uma: o 8.5 rodariabem no meu Performa?

Jean-Pierre Ryckebusch [email protected]

Para que a aparência das fontes volte, só é pre-ciso habilitar a preferência “Show Fonts in FontMenu”. O que deve ter acontecido é que, duran-te a instalação, o programa deve ter apagadoas preferências anteriores. O 8.5 rodará bem seo seu Mac tiver pelo menos 32 MB de RAM.

Sumiço deitens no menuOlá, como vão? Sou leitor assíduo e gostaria desaber qual o exemplar em que foi feita uma ava-liação das várias marcas e modelos de scannersdisponíveis no mercado. Outra pergunta: tenhoum Mac 9500 com o 8.0 e percebi que no menuSpecial não estão habilitadas as seguintes fun-ções: Erase Disk e Restart (elas nem sequer apa-recem no menu), tão pouco o atalho [Ω][F] parao Find (no menu File). Será algum control panelou uma extensão desabilitada?

Iko [email protected]

Foi na Macmania 46, já tá na hora de fazeroutro teste. O seu Mac deve estar com os settingsdo Simple Finder. Selecione Edit ¡ Preferencesno Finder e desligue a opção Simple Finder parater todos os comandos de volta.

Fotógrafo indignadoQuero deixar clara a minha indignação com res-peito à fotografia de capa desta edição. Sendoeu um humilde fotógrafo, tenho que me subme-ter às mais desvairadas idéias daquele que seauto-intitula “editor de arte” desta revista, oTony, sob pena de não mais poder colaborarcom a Macmania.Digo “se auto-intitula” porque editor que se pre-ze não cede aos caprichos femininos de produ-

toras de moda taradas que exigem a presença dehomens semidesnudos na capa de uma respeita-da revista de informática. Esta não é a revista “G”, os leitores não são boio-las e, se as leitoras querem ver homem pelado,que vão ao “Clube das Mulheres”. Isso posto,devo acrescentar que me causou enorme repug-nância a presença deste representante da raçahumana quase pelado no meu estúdio, sem ne-nhum motivo aparente a não ser o de instigar osmais perversos instintos reprimidos da tal pro-dutora (excelente profissional, baideuei).Sendo eu profissional da área editorial há muitotempo, sei (assim como o Tony) que mulher bo-nita em capa de revista vende mais. Se estiversem roupa, vende mais ainda. Não é uma meraopinião pessoal e machista, é fato comprovadopor estatísticas honestas e sérias. Por este moti-vo, leitores, protestem!Homem pelado na Macmania, nunca mais!

Clicio Barroso www.clicio.com.br

Valei-me, minha Nossa Senhora do PostScriptError! Não se pode agradar a todos, mesmo.Primeiro foram as feministas, agora são os ma-

chistas a reclamar. Dá vontade de só fazercapa com caixote (hardware) daqui pra frente.Em tempo: render-se aos caprichos femininosnão é defeito, é virtude.

Tony

Sistema véio de grátisPoderiam me informar onde posso encontrar umset completo do System 7.1 para download?Explico: entre outros Macs (um 7600 e um PB5300c), tenho um Mac Plus de estimação (com-prado em 86 por US$ 5500), ainda em uso. Co-mo trabalho basicamente com texto, ele é bas-tante útil. Acabo, contudo, de perder o disco e obackup dos disquetes do sistema que necessitopara formatar outro disco e reativá-lo.

Klaus R. [email protected]

Experimente este endereço:ftp://ftp.info.apple.com//Apple_Support_Area/

Apple_Software_Updates/US/Macintosh/Syste

m/Older_System/

Nele você encontra o sistema 6, o 7.0, o upda-te pro 7.1 e o 7.5, que acabou de ser liberadopara download gratuito pela Apple.

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A desvalorização meteórica do realfrente ao dólar em janeiro últimoabalou fortemente a indústria deinformática. Com um modelo denegócio quase totalmente baseadona importação de componentesmontados em “fábricas” nacionais,a indústria viu sua composicão depreços explodir e suas vendas caí-rem de uma hora para a outra.Dentro desse cenário, a Apple, queimporta não apenas componentes,mas máquinas completas, deveriaestar muito preocupada com seudesempenho este ano, certo?Errado. “Pretendemos continuaraumentando nossa participação nomercado este ano”, diz Luciano Ku-brusly, diretor geral da Apple Bra-sil. Segundo ele, a Apple pretendeampliar suas vendas reestruturandosua rede de revendas no país, prio-rizando mercados ainda considera-dos “virgens” pela empresa.“São Paulo já é um mercado umtanto saturado, mas ainda pode-mos crescer bastante em outrosestados, dando condições àsrevendas locais para que elas pos-sam oferecer melhor suporte e

Crise? Que crise?Apesar da desvalorização do real,

Apple Brasil espera crescimento em 99atendimento.”Para Kubrusly, acrise no mercadode informática nãodeverá afetar tãofortemente omundo Mac. “A Apple foi aúnica empresa quemanteve os mes-mos preços após aalta do dólar. Hojeo iMac vendido noBrasil tem omesmo preço emdólar que o vendi-do nos EUA. Alémdisso, temos gran-des lançamentosprogramados paraeste ano, que irão manter nossacompetitividade em relação à con-corrência.”

Dólar AppleUma das estratégias da Apple emrelação à nova conjuntura econô-mica é a criação de um “DólarApple”, abaixo da cotacão do dólaroficial, que será fixado no começo

Tid Bits

Período Modelo Preço (US$)

Abril de 94 8100 de 80 MHz 8.100

Novembro de 96 9500 de 200 MHz 8.200

Agosto de 97 9600 de 350 MHz 8.000

Novembro de 97 G3 de 266 MHz, minitorre 5.000

Novembro de 98 G3 de 333 MHz 5.000

Janeiro de 99 G3 de 333 MHz 4.000

Não é o G3 que está caro…Compare o preço dos Macs no Brasil nos últimos anos

o cliente tradicional Apple (agên-cias de propaganda e bureaus deeditoração eletrônica) vai continuarcomprando Macs mesmo com aalta do dólar, devendo repassar oaumento de custos em seus produ-tos. “O mais difícil será atrair novosusuários para a plataforma, comovinha acontecendo com o iMac.”Já Valdete Sena, diretora da reven-da MacWorld, pensa diferente. “Asvendas caíram bastante, 40% emmédia. Os clientes estão retardan-do suas compras, a incerteza emrelação ao futuro do dólar tem dei-xado todos com um pé atrás. Poroutro lado, as máquinas atuais (oiMac original e os G3 bege) estãobastante competitivos. Temos quereconhecer que a Apple fez umbom trabalho segurando o preçodo dólar para as revendas, que aca-baram sendo menos prejudicadaspela crise.”

de cada mês e mantido até o mêsseguinte. Para fevereiro, por exem-plo, a Apple estipulou um dólar aR$ 1,70 para máquinas desktop eR$ 1,45 para PowerBooks.

Bom momento“A crise do real aconteceu numótimo momento para a Apple”, dizFernando Perfeito, gerente de pro-dutos Apple da SED Magna, distri-buidora Apple. “As revendas estãocom um bom estoque de iMac como preço antigo, e a transição delinha deve estimular as vendas nospróximos meses.” Perfeito acreditaque, apesar das novas máquinaschegarem mais caras em real, ocanal de vendas não deverá entrarem crise por causa disso. “O volu-me de vendas deve diminuir, mas ofaturamento não deve ser tão afeta-do, porque as máquinas estão comum preço mais alto.” Para Perfeito,

Valdete Sena, diretora da MacWorld, crê que o mercado de Mac nãosofrerá tanto, graças à política de preços da Apple

Hans Georg

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Linux sem partiçãoPara quem quer testar o Linuxmas não quer fazer uma partição de disco só por essemotivo, a solução é usar oLinuxPPC Live 4.0. Lançadopela LinuxPPC, o produto com-bina uma imagem de discoLinux com o BootX, utilitárioque permite iniciar o Linux apartir do próprio Mac OS semter que restartar. Essa configu-ração do Linux, de 105 MB,também incorpora o K DesktopEnvironment, uma interfacegráfica para lançar aplicações emanipular arquivos. Tudo issode graça.LinuxPPC: www.lInuxppc.com

StuffIt 5.1 encaraarquivos zipadosA Aladdin promete boas novi-dades para o StuffIt Expander5.1, que deverá decodificararquivos em formatos de PC(UUEncoding e Zip) e ter per-formance até duas vezes maisrápida que a da versão 5.0. Oprograma também procuraráautomaticamente aplicaçõesauxiliares (helper applications)para os arquivos que nãosuportar. Seria uma resposta aoMindExpander da MindVision(ver edição passada)? A con-

corrência, afinal,faz bem para osusuários.Aladdin: www.

aladdinsys.com

Som surround no seu MacintoshA Apple anunciou o licencia-mento de várias tecnologias desoftware de áudio do Spatia-lizer Audio Laboratories. Oacordo cobre três tecnologiasque criam a ilusão auditiva desom surround e sons em pontosespecíficos de um espaço tridi-mensional, utilizando apenasdois alto-falantes, além deoutra tecnologia para melhorara percepção de áudio de baixafreqüência para todos os tiposde caixas acústicas. É claroque, com esse acordo, é bempossível que os jogos de com-putadores fiquem bem maisinteressantes. Apple: www.apple.com/pr/libra

ry/1999/jan/19spatializer.html

Já está disponível no site da Real-Networks a versão beta para Macdo novo RealPlayer G2, programaque recebe transmissões de vídeoe áudio ao vivo pela Internet. Comele é possível assistir a um númerocada vez maior de eventos ao vivo,

RealPlayer G2 sai para Macdo desfile da grife de lingerieVictoria’s Secret ao discurso deabertura da Macworld, feito porSteve Jobs. De novidade, o G2 trazmaior velocidade que a versão ante-rior e uma interface revista emelhorada. Tem ferramenta de

Apesar do nome esquisito, o Carracho é um programinha legal

Carracho, o Hotline alemãoUm software alemão com um no-me que mais parece espanhol che-gou como uma alternativa para ojá conhecido Hotline. O Carrachofaz basicamente a mesma coisa queseu concorrente, oferecendo recur-sos de chat, newsgroup, downloade upload de arquivos em um pro-tocolo bastante eficiente que per-mite continuar downloads inter-rompidos pela queda da conexão. Fácil demaisA vantagem do Carracho (que,segundo alguns, deveria mudar denome urgentemente) é que elepossui uma interface muito maisamigável e ainda permite conexõescom mais de um servidor aomesmo tempo. Ao contrário doHotline, não é necessário abriruma janela para cada diretório,uma vez que todos os arquivos es-tão reunidos em uma janela igual-zinha ao estilo lista do Finder, oque realmente é muito mais práti-co. Fora isso, o programa está

completamente integrado ao MacOS 8.5, enquanto o Hotline aindamantém a mesma interface desdequando foi lançado. Por outrolado, a desvantagem do Carracho éque ainda não existem muitos ser-vidores utilizando seu protocolo, e

a ferramenta de tracker, que per-mite encontrar servidores ativos,ainda não foi lançada. De qualquermaneira, tem um futuro promissorpela frente.Carracho Communications:www.carracho.com

busca e permite adicionar ou tirarcanais de notícias, música, entrete-nimento ou estações de rádio, sal-vando os links no próprio progra-ma e eliminando a necessidade deabrir a página no browser toda vezque você quiser se conectar a um

site com transmissão ao vivo.Lançado com grande atraso (a versão PC do G2 já existe hámeses), o beta para Mac não émuito confiável: toca clips desom com estranhas interrupçõese até trava o Mac. Em caso depau no G2 beta, é possível con-tinuar usando a versão anteriordo RealPlayer (5.0), que é maispobre mas funciona direitinho.RealNetworks: www.real.com

Desligue a sua TV e assista atudo pela janelinha do RealPlayer

O ponto vermelho mostra que oarquivo é de StuffIt 5.0

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Tid Bits

A volta do PalaceEscolha seu avatar e grite: “Oh my God, they killed Kenny!”

The Palace é o chat para quem não curte chat

Bug do milênio nos Macs?O Y2KSA faz uma auditoria em seus arquivos

Bastou a Apple dizer emanúncios de TV que osMacs são imunes ao bugdo milênio para apare-cer alguém dizendo quenão é bem assim.A Pedagoguery Software,de Toronto, Canadá,descobriu que algunsprogramadores incorpo-raram inadvertidamenteo bug do milênio emsoftwares criados antesde 1991.A empresa lançou oYear 2000 SoftwareAudit, ou Y2KSA, umprograma que testa osarquivos de seu disco rígido, pro-gramas, painéis de controle, exten-sões e outros arquivos que con-tenham códigos que possam apre-

sentar problemas no ano 2000. A Pedagoguery Software interpretaa situação da seguinte forma:depois do ano 2000 todos os pro-

A ameaça do vírus falsoSe você ouvir falar de um novo vírus de Mac chamado mysound, esqueça. Há poucotempo surgiu um boato sobreesse vírus, supostamente peri-gosíssimo, capaz de destruirseu System Folder bem deva-garinho e capaz de se renomearsozinho para “mysound1” ou“mysound2”.Encontrado pela primeira vezem Macs com o programaUMAX VistaScan versão 1.13,que vem junto com o scannerUmax Astra 610S, o tal víruscriaria um misterioso arquivocom o nome “mysound” napasta do sistema. Antes dopânico se espalhar, um usuáriomais esperto tentou abrir essearquivo em um programa deáudio e descobriu que eramesmo um arquivo de som,fato confirmado pela Umax. Ele era resultado de uma fun-ção mal implementada do pro-grama de scanner, que foi reti-rada das versões posteriores do software. E já tinha gente aconselhandoaos usuários que encontrassemo arquivo “mysound” a refor-matar o disco!

Quem está usando a minha CPU?O Peek-a-Boo 1.4 (US$ 20),da Clarkwood, é um sharewareque permite descobrir quantouma aplicação está consumindoda memória e da CPU.O programa mostra uma listacom todas os programas aber-tos, incluindo informaçõescomo uso da CPU e da memó-ria, entre outras possibilidades.Para uma medição mais acura-da, talvez você queira tambémbaixar o Null 1.0, da ClearWays,um utilitário freeware que“suga” os ciclos de CPU nãoutilizados que acabariam sendodirecionados para outra aplica-ção aleatoriamente, gerandoestatísticas pouco precisas douso da CPU. A nova versão do Peek-a-Boopossibilita que você determinemanualmente a prioridade deuso da CPU de uma aplicação,como baixa, média ou alta.Clarkwood Software:www.clarkwoodsoftware.com

Clearway: www.clearway.com

gramas de Mac deverãofuncionar perfeitamente.Porém, arquivos quecontenham datas podemser seriamente prejudi-cados. Isso ocorrerádevido ao padrão dedata do Mac OS, o“StringToDate”, queatualmente interpreta89 como 1989. No anoque vem, 89 será inter-pretado como 2089;logo, os aplicativos queusam o “StringToDate”começarão a apresentarproblemas no primeirodia de janeiro de 2000.

Apesar da dúvida, a própriaPedagoguery Software acredita queos Macs estão livres dos efeitoscatastróficos do bug.

guir acompanhar o que as pessoasestão falando. Quem tiver modemmais lento pode visitar o servidordedicado exclusivamente ao dese-nho South Park (palace://southpark.thepalace.com), onde os gráfi-cos são mais rápidos de baixar.The Palace: www.thepalace.com

O The Palace 3.0 é uma sala dechat no sentido mais literal daexpressão, oferecendo um ambien-te que realmente simula uma sala(pode ser uma paisagem qualquer,na verdade) onde as pessoaspodem assumir figuras humanasou então de criaturas (você podedefinir seu próprio “avatar”, suarepresentação online), que falamatravés de balões iguais aos dashistórias em quadrinhos. Cada ser-vidor do Palace tem seu própriotema, sendo que cada operadorpode definir a decoração da sala eas portas que você usará paramovimentar-se de um lugar aoutro. O interessante é que oPalace permite deixar as conversasbem mais próximas de uma expe-riência real, apesar de ser ainda

virtual, permitindo mover seu ava-tar para perto das pessoas comquem quer conversar. O único pro-blema é que, em algumas salasmuito cheias ou com muitos gráfi-cos, a conexão pode ficar lentademais (devido à lentidão de nos-sas linhas) e você pode não conse-

Esse é o programa que detecta o bug em arquivos de Mac

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Site do Momento

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O artista do século 21 Arte na Web, ou melhor, para a Web éalgo ainda incomum. Não, não esta-mos falando de museus virtuais ou coi-sas do tipo. O artista japonês HisashiHoda, ao que parece, enxerga a Web eo Mac como uma maneira eficiente decriar e divulgar o seu trabalho. O site de Hoda, OnScreenArt, é provade que a Internet pode ser um meio deexpressão artística. O site é literalmen-te uma viagem, no sentido mais psi-codélico da palavra. Na página deabertura encontra-se um link para oNetNirvana, um lugar que leva o nave-gante a imagens com cores hipnotizan-tes e padrões abstratos em constantemovimento (ou “luminescências”, comoo autor batizou), que chegam a dar aimpressão de que o próprio monitorestá balançando. Mágica? Java? Flash?Nada disso. Para que o NetNirvana fun-cione, é preciso baixar o NetNirvana-Handler, um software de 20 kB que pos-sui versões para o Internet Explorer 4.0e Navigator 3.0 ou superiores (só fun-ciona no Mac). Esse pequeno aplicativotoma conta da palete de cores do siste-ma operacional e, em background,

passa a mudar as cores das imagensGIF que estão nas páginas do Net-Nirvana. O usuário pode definir dife-rentes padrões de luminescências. Parainterrompê-las ou continuá-las, é só cli-car no botão Pause/Play no alto dapágina. As setas do teclado permitemacelerar ou desacelerar as luminescên-cias e outras váriáveis. A experiênciafica ainda mais interessante com asluzes apagadas e com algum disco dafase inicial do Pink Floyd rolando, porexemplo. Outro software de Hoda (comversão PC) é o ClusterWorks, que animanuvens de pontos coloridos e toca sonsmusicais que seguem os movimentos domouse. É um dos programas mais difí-ceis de descrever e mais impressionan-tes do gênero “brinquedo visual”. É pos-sível ainda baixar o DropDragon, umprotetor de tela freeware bem bacana, etambém uma demo do CD NirvanaEngine, que contém várias obras deHoda no estilo do NetNirvana, só queem tela cheia e milhões de cores. Vale conferir.OnScreenArt: www.voyager.co.jp/

OnScreenArt/OnScreenArt-e.html

Acesse seu email de qualquer lugarViajantes que vivem carregandoseus laptops de lá para cá só paraler seus emails precisam dar umaconferida no JustMail 1.0, da

Mainstay. Trata-se de um cliente deemail baseado em Java, que permi-te ler a correspondência em seuservidor POP e mandar mensagens

através do servidor SMTP a partirde qualquer browser de Web. Comisso, é possível ler seus emails nocomputador de um amigo, doescritório ou de qualquer outrolugar onde seja possível acessar aInternet. Para isso, é necessárioinstalar um applet Java em algumlugar de seu próprio servidor Web.Quando acessar essa página, ocódigo com menos de 30 kB é bai-xado e executado na sua máquinalocal. Por esse motivo, o JustMail émais rápido e seguro do que utili-zar um serviço como o Hotmail,uma vez que a informação deautenticação e seu email não estão

Tão simples quanto sempre deveria ter sido

viajando pelo computador alheio.O único probema é que o progra-ma requer que os seus servidoresPOP e SMTP estejam no mesmoendereço IP que está abrigandosua página Web, o que não émuito comum, pelo menos emgrandes provedores. Bom, odownload é gratuito.Mainstay:www.mstay.com/jm10_ab1.html

Tid Bits

Pena que capturas de tela não podem ter movimento.O ClusterWorks Stupa (acima), um software comercial

(disponível em CD), “sopra” pontos luminosos e emite sonsharmônicos de acordo com o movimento do seu mouse.O SolidNirvana (abaixo) gera mandalas infinitas que nãopáram de girar em novas e estonteantes configurações

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iMacmania HEINAR MARACY

Qual iMac eu compro? Qual é a sua corde iMac favorita?Vote no iMac da sua cor preferida no site da Macmania! Veja os resultados parciais até agora:

Macmania: www.macmania.com.br

IndiMacQuem são os usuáriosde iMac no Japão

Fonte: Apple

iMac Revision A iMac Rev. B iMac Rev. CSistema Mac OS 8.1 Mac OS 8.5 Mac OS 8.5.1Controlador gráfico ATI RAGE IIc ATI RAGE Pro ATI RAGE ProProcedimento de Botão lateral (precisa Botão frontal Botão frontalrestart forçado de um clip de papel)Firmware do modem v2.1 v2.2 v2.2Processador G3, 233 MHz G3, 233 MHz G3, 266 MHz RAM 32 MB SDRAM 32 MB SDRAM 32 MB SDRAM

(expansível para 128 MB) (exp. para 256 MB) (exp. para 256 MB)VRAM 2 MB SGRAM 6MB SGRAM 6 MB VRAM

(expansível para 6MB)Disco rígido 4 GB, IDE 4 GB, IDE 6 GB, IDE CD-ROM 24x 24x 24x Ethernet 10/100Base-T 10/100Base-T 10/100Base-TModem 56 kbps 56 kbps 56 kbps Porta IrDA 4 Mbps 4 Mbps Não possui

Muito bem. Você comprou seu iMac para fazercompanhia a seu velho Mac de guerra que tan-tas alegrias lhe deu todos esses anos. Mas aícomeçam os problemas. Sua impressoraLaserWriter não pode ser conectadaao iMac. Seu velho Mac não temEthernet e, portanto, nãopode ser ligado ao iMacem rede. O que fazer?Felizmente, o que não faltaé gente querendo solucionaros problemas dos milhares (aessa altura, provavelmentemais de milhão) de usuários deiMac. A Farallon, por exemplo, pegou seuvelho conceito de bridge (ponte)

Ethernet/LocalTalk e o remodelou para a eraiMac. E assim nasceu o iPrint. Custando cerca de US$ 200 (no Brasil), o iPrint

é um conversor de Ethernet paraLocalTalk que permite ligarimpressoras compatíveis comesse protocolo ao iMac utili-zando aquelas caixinhasconhecidas como PhoneNet,que fazem rede LocalTalk

com fios de telefone. O iPrintvem com dois cabos Ethernet

(um crossed, para ligar o iMac direto auma rede LocalTalk, e um normal, para ligar oiMac através de um hub). Vem também um ca-bo RJ-11 (tipo fio de telefone) e uma fonte de

força. A instalação é super plug & play. Bastaconectar o iMac pela Ethernet de um lado doiPrint e a impressora do outro, via PhoneNet, epronto. Seu iMac está em rede e pode imprimirusando drivers de impressoras LocalTalk.

Mil utilidadesInfelizmente, o iPrint não funciona comimpressoras seriais, como as StyleWriters 1500e 2500 e a Epson 600. Para essas, existem ca-bos especiais feitos pela Epson ou pela Belkin.A verdade é que o iPrint não precisa ser utiliza-do exclusivamente com o iMac. Serve paraqualquer usuário que tenha o clássico proble-ma de ter uma impressora LocalTalk para ligarem uma rede Ethernet. µ

Adaptador põe seu iMac na rede AppleTalk

E stá aberta a temporada de caça ao iMac.Com o preço congelado e o dólar explo-dindo, nunca o pequeno G3 Bondi Blue

esteve tão atraente por estas bandas. Pela pri-meira vez é possível comprar o iMac no Brasilpor praticamente o mesmo preço que nos EUA(US$ 990). Mas os estoques estão chegando aofim, por isso é bom ficar esperto e comprar oseu o quanto antes. Os novos e lindos iMacscoloridos já estão pintando no mercado e, sepor um lado trazem um processador maisveloz e mais disco, por outro devem chegar aum preço bem mais salgado, provavelmenteacima de R$ 3.000.O que pouca gente sabe é que na verdade não

existem dois, mas sim três modelos, ou me-lhor, revisões de iMac. Existe o iMac Classic(Revision A), o original, lançado em agosto de98 nos EUA e que começou a ser vendido noBrasil em outubro. Em seguida veio o iMacRedo (Revision B), que nem chegou a aparecerpor aqui, mas que traz mudanças significativasem relação ao primeiro. E, finalmente, temosos iMacs Multicolor (Revision C), lançados emjaneiro deste ano. As principais diferenças en-tre o iMac original e o Revision B é que este úl-timo permite o restart apertando o botão fron-tal do iMac, tem mais memória de vídeo e umaversão mais atual do chip ATI RAGE. Chequena tabela as diferenças entre as três versões.

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CD-R e regraváveis a caminhoLogo, logo haverá todos os periféricos de queprecisamos para o iMac e os novos G3. Nomomento, estão sendo lançados dois modelosde drives CD-R/RW para permitir o backup deinformações dos novos Macs diretamente emCD. O USB CD-RW, da LaCie (aolado), disponívelna metade demarço, ofereceum gravador2x2x6, ou seja, grava e regrava em 2x e lêem 6x. A empresa resolveu limitar a perfor-mance de gravação a 2x porque, a 4x, nãohaveria margem suficiente para outros dispo-sitivos USB conectados ao mesmo bus traba-lharem. Junto com o drive vêm alguns progra-mas de gravação modificados, incluindo oToast, da Adaptec. O produto é feito deplástico azul e traz um ponto em verde trans-lúcido que acende quando o drive é ligado. Opreço ainda não tinha sido divulgado até ofechamento desta edição.O outro modelo é o Que!, da QPS (abaixo),que oferece performance de 4x2x8. Pelo fatode a gravação serfeita em 4x, elepode acabarusando quasetoda a capacida-de de transferên-cia do barramento USB. O Que! deverá serlançado mais para o final de março, na coresverde e branco translúcidos, mas a QPS tam-bém oferece um kit opcional para deixar oequipamento com a aparência dos novossabores de iMac. Inclui o QPS CD Producer eo Toast. O preço é de US$ 299 (nos EUA) eo kit custa US$ 30.LaCie: www.lacie.com

QPS: www.qps-inc.com

Controlador para Virtual Game StationNão adianta: para jogar direito qualquer jogode PlayStation no Mac (assim como outrosjogos), você precisa de um joystick decente.Para facilitar as coisas para os usuários deiMac, a CH Products lançou o USB Gamepad

(US$ 30, nosEUA), um contro-lador de game paraportas USB comdez botões, designergonômico e duascores: preto e azuliMac. A empresa

garante que funciona muito bem com oVirtual Game Station da Connectix.CH Products: www.chproducts.com

Nova câmera digital USBAs câmeras digitais estão a cada dia maisavançadas. Exemplo disso é a nova câmera daRicoh. Destinada a usuários domésticos eaplicações semi-profissionais, a RDC-5000inclui zoom ótico de 2.3x, macro para regis-

trar objetos a até 3 cm de distância, capaci-dade de disparo contínuo, controle sobre otempo de exposição e porta USB para permi-tir a conexão com o iMac. Outro recursointeressante é o timer embutido, que possibi-lita capturar imagens em intervalos regularesde 30 segundos até 3 horas. A câmera tem 8 MB de memória para o armazenamento deimagens e permite utilizar cartões SmartMediade até 32 MB. Ela ainda inclui um monitorLCD de 1,8 polegadas e oferece resoluçõesde 1792 x 1200 e 896 x 600 pixels. O formato de armazenamento é o JPEG.Você quer conhecer a bicha? Pois é, nóstambém. A RDC-5000 só vai estar disponívelem maio e, segundo a Ricoh, a preços com-petitivos (pelo menos nos EUA). Aguardemos.Ricoh: www.ricohcpg.com

Restarte diferenteO que você acha de um pequeno botão queelimina aquele chato e pentelho ritual dedesentortar um clip de papel para resetar seuiMac Revision A? O iMacButton (US$ 9.95)dá um jeito nisso rapidi-nho. Ele é preso noburaco onde fica o resetdo iMac e facilita bas-tante a ingrata tarefade restartar à forçadepois de um congelamento. Testado e aprovado nos laboratórios da Macmania.iMacButton: www.imacbutton.com

i de iDiota?O concurso “coisas inúteis com um i minús-culo na frente só pra vender para usuários deiMac” ganhou um sério concorrente. O iVase (US$ 9) é um pequeno vaso de flo-res, desenvolvido “especialmente” para o iMac.Ele é afixado à lateral do computador pormeio de uma tecnologia própria de sucçãopor ventosa, criada na França. O vaso presono iMac cria um espaço de fácil acesso paravocê armazenar uma iRosa ou uma iMargarida.

O produto é da Freeverse, a empresa que jános agraciou com pérolas de software comoJared e Virtual Viagra.Tudo ótimo, mas será que o iVase vai combi-nar com o sabor do meu iMac??? Sem proble-ma: o iVase combina com qualquer um. Que anatureza esteja com você.iVase: www.freeverse.com/ivase

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Foto

Clic

io –

Pho

tosh

op M

ario

AV

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Rica

rdo

Tele

s

ão é uma bravata: inovação é apalavra de ordem do mestreSteve Jobs. Os novos G3 repre-

sentam a continuidade do iMac, que porsua vez representa a cara da nova Apple:um empresa inovadora e arrojada (comoem dias passados), num mundo povoadopor PCs rançosos e sem imaginação. Erao que faltava para que o microcomputa-dor finalmente alcançasse o status deeletrodoméstico popular (com direito afila na frente da loja para comprar um

iMac), que, além de ter diversas utilida-des, pode combinar muito bem como sofá da sua sala. Sem contar quevai ser o centro das atenções, pois

não dá para ignorar a sua presençanum ambiente, a menos que estejaescondido. Mas aparência não é tudoquando se fala das novas máquinas.

A velocidade é azulOs G3 azuis são os primeirosMacs da linha “Estilo Jobs” quesão capazes de satisfazer prati-camente qualquer usuário pro-fissional e também osgamemaníacosmais exigentes.Afinal, para ospadrões atuais, éum monstro de desem-penho e capacidade. O seunovo chip PowerPC de cobreroda a velocidades de 300 a 400 MHz,com muita eficiência elétrica, sem o pro-blema de geração de calor que tem sidoa praga dos Pentiums. Num só Maccabem inimagináveis 100 GB de disco

interno (distribuídos em três HDs de 36GB, que a IBM já terá lançado enquantovocê lê este texto).E, pasme, dá para instalar até 1 GB deRAM. A placa-mãe (motherboard) dis-põe de quatro slots de memória RAM,mas só funciona com pentes PC100, umnovo tipo de SDRAM de 168 pinos queroda na nova velocidade de barramento(bus) do sistema (100 MHz). O inconve-

niente é que, por esse tipo de memóriaser uma tecnologia em vias de padroni-zação, o seu preço ainda está um tantoalto (um pente de 128 MB custa emtorno de R$ 400 e o de 256 por volta deR$ 900). Mas os preços devem cair nospróximos meses.Em relação ao modelo que substitui, oG3/300 bege, o Mac azul e branco comchip de 400 MHz tem performance até30% superior, o que não é de se estra-nhar. Afinal, as velocidades de processa-dor e de barramento foram aumentadasjuntas, nessa mesma proporção.Já o desempenho de disco subiu pelomenos 50%, de acordo com o softwareMacBench 5.0. Nada mau para um fatorque atrapalha a maioria das funçõesmais freqüentemente realizadas porqualquer usuário.

Usina de pixelsMas é graficamente que o novo G3 de400 MHz dá um salto impressionante. Ainclusão da placa de vídeo ATI Rage de128 bits, com incríveis 16 MB de SDRAM,

garante uma performance de vídeo95% maior do que a do antecessorbege e do iMac, que usam o chip ATIRage de 64 bits (soldado na mother-

board). Que tal trabalhar a uma reso-lução de 1152 x 870 pixels

(isso se o seu monitorpermitir) e milhões de

cores? Que tal rodarum game cabeludo

como o Unreal a 832 x 624 pixels (quatro

vezes a definição de um

Os iMacs agora vêm em vários sabores:morango, uva, limão, tangerina e amora.Mas e os novos G3 azuis e brancos, quegosto têm? Por semelhança deveriam seramora, como o iMac azul. Mas os novos G3são muito mais saborosos e têm mais polpaque os compactos iMacs, mesmo não tendouma aparência tão apetitosa, na opinião dealguns. Bonitos ou não, eles rompem deuma vez por todas com o passado bege daApple e – sem exagero – abrem uma novaera para os computadores pessoais. Veja oque a Macmania descobriu num teste rigo-roso com uma dessas máquinas de sonho.

Por Márcio Nigro e Mario AV

Abra seu com-putador como sefosse um carro:

tudo está à mão,mesmo com amáquina ligada

N

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??

arcade), commilhões de cores, àvelocidade de 30imagens (frames) porsegundo? Para os

gamemaníacos e profissionais de artesgráficas, é uma bênção.A combinação de muita SGRAM commuita SDRAM é explosiva. Para come-çar, a rolagem (scroll) das janelas é atéseis vezes mais rápida que no G3 bege.É o fim do efeito “janela-desenhando-na-tela-pouco-a-pouco”, uma encheçãohistórica do Mac OS.O desempenho 3D também impressio-na. O nosso game de teste foi o Unreal,um jogo mais famoso pela sua extrava-gante exigência de hardware e visualsuntuoso do que propriamente pela sua

qualidade como jogo (que é medíocre).Além de rodar decentemente no G3azul, o Unreal tem um visual muitomelhor, mesmo nas resoluções de telausuais. Isso por causa dos efeitos ópticosadicionais, gerados pela nova placa devídeo em acordo com o game. Todas astexturas são mapeadas de forma difusa,eliminando completamente os famosospixelões quadrados que normalmenteaparecem ao se chegar perto dos obje-tos. Além disso, as transparências (vidro,água) e reflexões (superfícies polidas)ganham fluidez e realismo fantásticos.

Design futuristaPara completar, o G3 azul tem um aca-bamento estético do tipo “ame ouodeie, mas não ignore”. O chassi metáli-

co em aço escovado é coberto por pai-néis translúcidos de policarbonato (umplástico muito resistente, usado tambémno iMac) nas cores branco-leitoso e azul-turquesa. O azul (tanto no gabinetecomo no teclado e no mouse) é maisforte e menos esverdeado que o doiMac original. Uma característica curiosadesse azul é que ele não é capturadocorretamente em nenhuma fotografia,seja de película ou digital; por algumaironia ele sempre tende ao azul-anil nasfotos, obrigando a correções manuais noPhotoshop. A textura do plástico é fosca,exceto no painel frontal e nas maçãslaterais, que são lisos e infelizmente ten-dem a riscar muito facilmente.O G3 azul é definitivamente bonito e ori-ginal quando visto de lado. A simetria

Demorou anos,mas finalmente atraseira de umPower Mac édespoluída,

simples e com osconectores

seguindo umadisposiçãoracional

Ventoinha

Entrada de força

Saída auxiliarde força

(não-chaveada)

Seletor 115/230 VAC

Trava daporta lateral

Portas FireWire(IEEE 1394)

Portas USB

Porta ADB

Espaço para omodem interno

Entrada esaída de áudio

Saída de vídeoSVGA

Diferente de qualquer PC

Ethernet

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??

quadrada com as alças nas extremidadese o enorme aplique com as letras “G3”em preto por trás do painel lateral sãotão chocantes que seria um crime deixaresse Mac sob a sua mesa. Já a frente éum pouco cansativa, com a sua enfado-nha simetria vertical, reminiscente demáquinas anteriores (e bem menos inspi-radas) como o 6400/6500.

SCSI aposentadoA incorporação da tecnologia FireWire émais uma inovação da geração azul.Proporcionando taxas de transferênciade até 400 Mbits, o FireWire veio parasubstituir diretamente a interface SCSI,que sempre foi padrão nas máquinas daApple. As vantagens são óbvias: além damaior velocidade, suficiente para receber

diretamente imagens de câmeras devídeo digitais, há a possibilidade de seconectar até 127 periféricos, inclusiveoutros computadores (e com tudo liga-do), o fim do terminador e a capacidadedo mesmo periférico ser conectado amais de uma máquina. Além disso, osnovos G3 trazem mais duas portas USB,permitindo conectar até 63 dispositivosque antes teriam que ser plugados nasextintas portas seriais. Pelo menos o co-nector ADB se salvou, para quem quiserusar teclado, mouse e tablet tradicionais(dá até para plugar dois mouses ou doisteclados, um no ADB e outro no USB).Como se tudo isso não fosse suficiente,os azulões já vêm de fábrica comEthernet de 100 Mbits e Gigabit Ether-net como opcional.

Uma pergunta que certamente muitosestão se fazendo é: “O que eu vou fazercom todos os meus periféricos SCSI?”Não há motivo para desespero. A confi-guração que testamos (a mais cara) jáveio com um dos slots PCI ocupado porum veloz controlador Ultra2 SCSI, aco-plado a um drive Ultra2 LVD de 9 GB. Asdemais configurações vêm com um HDUltra ATA de 6 ou 12 MB.Quem quiser continuar a usar o SCSIpode comprar da própria Apple umaplaca SCSI-1 (cerca de R$ 80) ou umadaptador SCSI/FireWire. Mas existemoutras opções no mercado. A OrangeMicro, por exemplo, lançou a linhaGrappler, que usa os padrões SCSI-2 ouSCSI-3 (os Macs sempre utilizaram oSCSI-1). O modelo mais barato, a

O drive de CD do G3 azul é omesmo do G3 bege, e nem há

motivo para que fosse diferente,já que não teria cabimento fa-

bricar uma variação transparentesomente para combinar com ogabinete. O problema é que a

solução inventada para adaptá-loà frente do Mac encobre os con-

troles frontais do CD player.Isso também ocorre nos Macsbege, só que no G3 azul ficou

realmente descarado

O único outro aspecto da construção do gabinete que

desagradou foi o painel frontalliso, que risca muito facilmente

Azul de alma bege?

Foto

s J.

C.F

ranç

a

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Infelizmente, não dá para capturartelas do Unreal a 32 bits, mas a 16bits a diferença já se faz notar. Astexturas são suaves (abaixo) e as

ondulações da água, perfeitamentecríveis (acima). Sem falar na fluidez:

na resolução destas telas, o jogo rodaa 20-30 frames por segundo

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Grappler SCSI 906F(US$ 49, nos EUA), éuma placa Fast SCSI-2 que oferece per-formance de 10 MB

por segundo, o dobro do oferecido peloSCSI original da Apple. Já a GrapplerSCSI 930U (US$ 68) é para quem precisaconectar periféricos padrões como HDs,scanners e drives Jaz e Zip. Utiliza opadrão SCSI-3 e transfere dados a 20MB/s. O topo de linha é a Grappler SCSI940UW (US$ 149), dispositivo Ultra WideSCSI-3 com transferência de dados de40 MB/s. Indicado para quem usa discosde 7.200 ou 10.000 RPM ou configura-ções RAID, por exemplo. Para quem precisa de ainda mais perfor-mance, outra opção é a Adaptec2940U2, que pode suportar diferentessabores de SCSI através de seu designSpeedflex. Essa interface é compatívelaté com a Ultra Wide SCSI-3, com taxasde transferência de 160 MB/s.

A única questão para quem pretendeupgradear para o Ultra2 SCSI é quenão é uma boa idéia misturar dis-positivos de várias gerações,com cabos, conectores, termi-nadores e velocidades dife-rentes. Além disso ser umafonte de bombas, os disposi-tivos mais antigos (e mais len-tos) diminuirão a velocidadeda cadeia inteira. Para daruma sobrevida aos seus HDsvelhos, você pode quebrar ogalho com uma controladoraSCSI-1 e desde já passar a investirem FireWire.“Tá certo; e o que eu faço com o meumodem, impressoras e tudo que usa asportas seriais?” Bem, aí a solução seriamesmo passar tudo para a frente e iratrás de periféricos USB ou FireWire.Mas isso é pouco realista, já que dinhei-ro não cai do céu, e também porqueainda não existe uma grande oferta dedisposivos USB no mercado (deFireWire, então, nem se fala). Uma boasolução é comprar adaptadoresUSB/porta serial, como os da Farallon ouda Griffin.

Entre sem baterSe você já achava os gabinetes dosPower Macs 8600 ou do 9600 amigáveise fáceis de abrir, espere até botar a mãonum dos novos G3.É só enfiar o dedo na abertura redondada maçaneta embutida no lado direito,puxar a maçaneta e pronto: a lateralinteira bascula, dando acesso total aointerior do Mac. Nunca foi tão simplesabrir um computador.A motherboard fica presa à porta e éligada ao resto do hardware por cabosflexíveis. Ou seja, até dá para abrir a

máquina ligada, apesarde não ser recomendá-vel. A Apple realmentese preocupou com aparte interna das má-quinas e até adicionouplástico reforçado em-baixo dos pontos damotherboard que po-dem sofrer maior pres-são, mais especifica-mente onde ficam osslots de RAM e PCI.Na parte inferior dogabinete encontra-se odisco ATA, numa ban-

deja de metal onde se encaixam facil-mente mais dois HDs. Para fazer isso,basta soltar um único parafuso, desco-nectar os cabos de força e de dados edeslizar a bandeja. Coloque o drive adi-cional em qualquer um dos espaçoslivres numerados, aparafuse-o, ponha abandeja no lugar e plugue o drive. Osdois cabos de força já vêm incluídos,mas o de dados é por sua conta.Assim como o iMac, os G3 azulões aboli-ram o drive de disquete. Nem mesmo oZip foi incluído como padrão, à exceçãode uma das quatro configurações bási-cas. De qualquer maneira, existe umabaia livre logo abaixo do CD ou DVD(uma das configurações vem de fábricacom DVD), para quem quiser colocar umZip ou algo do gênero. Outra caracterís-tica importada do iMac foi a transferên-cia da ROM da motherboard para umamemória RAM. Quando você liga um G3

O CD do G3 azul não é muito dife-rente do anterior. Engraçado mesmo

é o fundo de tela criado exclusiva-mente para ele, com um padrão denome Lollipop (pirulito), semelhante

ao dos adesivos holográficos

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Passamos por apuros ao fazeros testes de desempenho noG3 de 400 MHz. Ele simples-mente é rápido demais.Alguns dos tempos cronome-trados são tão curtos que tor-nam-se imprecisos para finsde comparação com outrosmodelos. Assim, criamos umanova bateria de testes doAdobe Photoshop.

Para dar uma boa idéia dosignificado dos valores medi-dos, executamos as opera-ções mais comuns do progra-ma sobre uma imagem dotamanho exato de uma pági-na desta revista: 21 x 28 cm a300 dpi em CMYK, o que dá31,3 MB de arquivo. Quem jámexeu com o programa numMac bege sabe que isso não

é pouco. O Photoshop usadofoi o 5.0, com 100 MB de me-mória RAM alocada.Os resultados na vida real sãoainda mais expressivos que osobtidos com benchmarks“abstratos”: o G3 azul executavárias operações comuns deimagem ao dobro da veloci-dade do G3 bege. Às vezes abarra de progresso nem

mesmo aparece na tela.Outra atividade comum queexige muito do processador éa compressão de músicas noformato MP3. Os númerosrepresentam a relação entre otempo que o compressorMpecker leva para comprimiruma música direto de um CDpara um arquivo de 160 kbpse a duração da música.

Finder

MP3

Photoshop

Barras mais curtas indicam maior desempenhoComprimir música no MPecker 1.0 para 160 kbps0,680,960,93

Duplicar arquivo de 10 MB2,5s4s4,9s

Duplicar arquivo de 20 MB4s8s9,3s

Duplicar arquivo de 40 MB8s15s16,6s

Converter de RGB para CMYK5s11,5s11s

Rotate Canvas 90°2s3,5s16,5s

Unsharp Mask:intensidade 100, 1 pixel, threshold 06s8s17,5s

Gaussian Blur: 5 pixels9s15s22s

Radial Blur: Amount 10, Mode Zoom, Quality Good1min02s1min22s1min35s

Benchmania: G3 azul nos força a revisar os testes

novo, pode notar uma pausa significativacom a tela em cinza enquanto a ROM de3,2 MB está sendo carregada.

Nas pontas dos dedosO teclado do novo G3 é o mesmo doiMac, o que significa que as teclas fica-ram um pouco mais apertadas e váriasdelas foram dispensadas – algumas bemúteis, como as de [Option] e [Control] dolado direito, [Del] (Delete para a frente),[Home], [End] e [F13] a [F15]. Muitos game-maníacos reclamam que as setinhas doteclado ficaram pequenas e próximasdemais, dificultando seu uso nos jogos.Quem também não gostou do minúscu-lo mouse lançado com o iMac pode ir sepreparando para comprar outro, ou

então acostumar-se a usar somente aspontas dos dedos para controlá-lo.Felizmente, a venerável porta ADB aindaexiste, permitindo que você continueusando os feios mas confortáveis tecladoe mouse da geração bege.Diferentemente do iMac, o novo G3inclui no painel frontal o botão de reset eo botão do programador (muitos mode-los anteriores de Macintosh já tinhamesses botões).

Nostalgia begeEmbora tenha um design sofisticado,com as já famosas quatro alças e o azultranslúcido, ainda restam resíduos dafase anterior da tecnologia. Ao apertar obotão para ejetar o CD-ROM ou DVD, a

frente azul se inclina para fora e o queaparece no interior é um drive begecomum, que nada tem a ver com a ele-gância do G3. A idéia da Apple é quenão se justificaria encarecer o computa-dor criando para ele um drive de CDexclusivo, fora do padrão da indústria.Ou seja, o deslize estético é totalmenteperdoável do ponto de vista funcional.Por outro lado, a portinha azul do drivebloqueia o conector e o controle devolume do fone de ouvido do CD player.Alguns usuários até já reclamaram queessa portinha ocasionalmente não abre,obrigando-os a recorrer a um clip depapel, unha ou chave de fenda paralibertar o CD. Uma falha de design quetorcemos para que seja revisada.

G3/400 (azul) com 256 MB de RAMG3/266 (bege) com 160 MB de RAM8600/300 com 100 MB de RAM

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FireWire: a rapidez que vicia

Uma limitação quecom certeza desa-gradará aos profis-sionais que mexemcom vídeo e áudio

digital é o número de slots PCI. São qua-tro ao todo. Um deles já vem ocupadopela placa de vídeo ATI. Sobram três. Sevocê optar por adicionar um controladorSCSI (o que é bem provável), restamapenas dois preciosos slots. É pouco,muito pouco. Qualquer estúdio de gra-vação de áudio digital profissional vaiocupar de cara esses dois slots e não vaiter para onde expandir, a menos, é claro,que abdique da interface SCSI, já quenão poderá tirar a placa ATI (que, porsinal, vai bem além das necessidades deum profissional de áudio). Para esses, aresposta da Apple é que procurem chas-sis externos de expansão PCI, como oda ProMax, com sete slots.A Digidesign, um dos principais fabri-

cantes de sistemas de áudio digital, estárecomendando a seus clientes que nãocomprem os G3 azuis, pelo menos porenquanto. A empresa afirma que mu-danças de arquitetura, como a falta dodrive de disquete (utilizado na instalaçãode seus programas), portas seriais eSCSI, podem comprometer o funciona-mento de seus equipamentos.O fim mais que tardio da lerda e eterna-mente bugada porta de rede LocalTalkrepresenta a consolidação da Ethernetcomo única opção. Ao contrário do queaconteceu nos primeiros G3 beges, cujodriver Ethernet original simplesmentenão funcionava, o nosso G3 azul de saídaconversou bem com outras máquinas,tendo puxado de uma rede Unix umdocumento de 236 MB em 1 minuto e29 segundos. A interface até detectaautomaticamente se ela está conectadanuma rede 10Base-T ou 100Base-T, semqualquer intervenção do usuário.

O modem interno não existia na configu-ração testada, mas a documentaçãoinforma tratar-se de uma placa de 56kbps, compatível com os padrões V.90 eK56flex (o que no atual estado dascomunicações no Brasil ainda está longede poder ser plenamente usufruídopelos mortais comuns). Quem vai surfar aInternet com o G3 azul precisa adquiriresse modem, pois não existe mais portaserial para plugar um modem externo. Oproblema é que o modem interno esta-va em falta até o fechamento destaedição; você pode ter que esperar paraadquiri-lo em separado.Quanto ao software, o desempenho doPhotoshop 5 foi tão agradável comoseria de esperar de uma máquina dessecalibre (leia o box “Benchmania”).Também foram perfeitas a qualidade efluidez da imagem ao rodar Unreal, umjogo capaz de pôr de joelhos qualquercircuito de vídeo – exceto o novo ATI de

A interface FireWire foi desenvolvida porengenheiros da Apple no início da déca-da de 90, primeiro para ser uma substitu-ta do ADB, depois como um modo bara-to de interligar computadores e apare-lhos de áudio e vídeo. Originalmente,previa velocidades de 25 e 50 Mbits/s. Avelocidade, superdimensionada para aépoca, e o desinteresse da diretoria daApple impediram sua utilização imediata.Mas um grupo de interessadosprosseguiu o seu desenvolvimento. Avelocidade foi dobrando até atingir 400Mbits/s. Nessa forma, o padrão foi certifi-cado como IEEE 1394 em 1995. Depoisdisso, despertou a atenção de fabri-cantes como a Sony para uso em suas fil-madoras de vídeo digital. Acaba de seraprovada uma revisão do padrão, IEEE1394.a, que resolve várias ambigüidadesda definição original. A revisão 1394.b,que está em estudo, prevê velocidadesainda maiores: até 3.2 Gbits/s! Alémdisso, uma associação de fabricantes li-derada pela Yamaha aprovou um proto-colo de transmissão de áudio que prevêmais de 100 canais e centenas de canaisMIDI através de um único cabo FireWire.O padrão FireWire é uma interface serialcom pares separados de fios pararecepção e transmissão e um paropcional para alimentação; ele define ocabo e conectores, a topologia (como os

periféricos podem ser interligados) e oprotocolo de transporte de dados. Avelocidade pode ser de 100, 200 ou 400Mbits/s, e dispositivos de performancesdiferentes podem conviver sem proble-mas. Até 63 dispositivos podem serinterligados em série, e não há termi-nadores nem endereços físicos. Alémdisso, dispositivos podem ser conecta-dos e desconectados a qualquermomento, mesmo durante o funciona-mento. Notem que estou dizendo “dis-positivos”; não há distinção entre com-putadores e periféricos.Os conectores são pequenos e robustos.O padrão normal é de seis pinos: dois dealimentação e 4 de dados. Alguns dispo-sitivos, como filmadoras, não são alimen-tados pelo cabo e usam um conector ain-da menor, de 4 pinos. O comprimentomáximo do cabo é de 4,5 m. No labora-tório, comprimentos maiores são possí-veis usando cabos mais grossos ou veloci-dades menores. A tensão de alimentaçãoé de 24 V e o consumo total dos disposi-tivos não pode ultrapassar 15 W.O protocolo define dois tipos de trans-ferência de dados: síncrona e assín-crona. A transferência assíncrona éusada quando a temporização de dadosnão é crítica, como nos discos rígidos.Para transferir áudio e vídeo usa-se atransferência síncrona, que garante o

transporte de dados numa razão prede-terminada. Isso impede que sons e ima-gens sejam interrompidos ou distorci-dos durante a transferência para a CPU.Por isso, o FireWire certamente vai ser opadrão de comunicação multimídia dapróxima década.No momento estão disponíveis dúzias demodelos de filmadoras e alguns VCRsque usam FireWire. Há também discosrígidos, impressoras e scanners, bemcomo receptores de TV por satélite, sis-temas de áudio profissionais, ilhas deedição de áudio/vídeo etc.A postura da Apple sobre o futuro doFireWire é controversa. A Sony e váriasoutras empresas pagaram uma licençafixa à Apple. Com a recente populari-dade, a Apple está passando para ummodelo de cobrança de royalties porporta instalada e tentando imporrestrições sobre o uso da palavra“FireWire”. Isso não foi bem recebidopela indústria em geral e vários fabri-cantes estão usando a denominação“IEEE 1394” ou nomes próprios, como o“i.Link” da Sony. Outros grupos estãotentando definir um padrão interoperávelde 800 Mbits/s, que contorna as patentesda Apple para fugir aos royalties, queconsideram excessivos.

Rainer Brockerhoff

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128 bits que vem no G3 azul. Mas, em setratando de vídeo, nem tudo foi lindo. OConnectix Virtual Game Station (emula-dor de PlayStation) rodou lentamente ouse recusou a rodar vários games que nãodão problema nenhum no iMac ou noG3 bege. O Quake, na sua configuraçãonormal, limitou-se a exibir uma tela empreto. Ambos os paus não são de siste-ma, e sim devidos a erros na comunica-ção entre os softwares e a placa de ví-deo. Enquanto não chegam novos dri-vers e updates que corrijam as falhas,elas são o preço a pagar por se ter a tec-nologia mais avançada (e, conseqüente-mente, menos debugada) do momento.

Mão no bolsoA essa altura você deve estar querendosaber qual é o preço dessas supermáqui-nas. Já avisamos: não espere preços deiMac. O modelo mais barato é o de 300MHz, que custa US$ 2.990 (a dolarizaçãovoltou!), incluindo 64 MB de RAM, discoUltra ATAPI de 6 GB e 512 kB de cache.Em seguida vem o G3 de 350 MHz, quecusta US$ 3.780 e vem com 64 MB, 1 MBde cache, disco Ultra ATAPI de 6 GB e

um drive de DVD (os outros vêm comCD-ROM). O outro modelo de 350 MHzsai por US$ 4.590 e traz 128 MB, discoUltra ATAPI de 12 GB e Zip Drive. Já oG3 de 400 MHz, o modelo mais rápidoda família, custa US$ 5.490 e tem basica-mente a mesma configuração do G3 de350 MHz, mas sem o Zip e com discoUltra2 SCSI de 9 GB.Os monitores (obviamente) não estãoincluídos nos preços. E, por falar nisso,os Macs G3 azuis passaram a utilizar omesmo tipo de conector de monitorSVGA de 15 pinos usado pelos PCs. Ocurioso é que, se você quiser utilizar seumonitor de Mac da geração bege, teráque usar o adaptador que, felizmente,

vem incluído na caixa. No entanto, senão quiser ficar com um monitor fora demoda – e que nem combina com o sofáda sala – você vai ter que comprar ummodelo da linha nova, que deve sair poralgo a partir de US$ 2 mil. Não é fácilandar na moda. µ

Márcio Nigro [email protected]

É músico e acha um absurdo que todosos Macs lançados nos últimos anostenham apenas três slots PCI livres.

Mario AV [email protected]

É editor de arte da Macmania e, derepente, não nutre mais sentimentos tão carinhosos pelo seu G3 bege.

As configurações básicasModelo Preço Brasil Cache RAM Disco CD/DVD Zip Drive

300 MHz US$ 2.990 512 kB 64 MB 6 GB Ultra ATAPI CD-ROM 24x opcional

350 MHz US$ 3.780 1 MB 64 MB 6 GB Ultra ATAPI DVD 32x opcional

350 MHz US$ 4.590 1 MB 128 MB 12 GB Ultra ATAPI CD-ROM 24x sim

400 MHz US$ 5.490 1 MB 128 MB 9 GB Ultra II SCSI CD-ROM 24x opcional

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Workshop ALE MORAES

Z ip, Imation, Orb… a guerra dos drivesremovíveis continua firme e forte. Masquando se fala em becape de dados, o

CD-ROM ainda é imbatível. Apesar de não serregravável, ele é o equipamento com a mídiamais barata existente (R$ 3 a R$ 4 por umdisco onde cabem 650 MB).Por isso, e por sua relativa resistência no arma-zenamento de dados (CDs não dão pau como

mídias magnéticas, mas nãosão infalíveis), eles são per-feitos para armazenar aque-les trabalhos antigos queficam atravancando seu

disco rígido. Muita gente acaba usando os CDsaté mesmo para transporte de dados, mas,nesse caso, mídias como Zip ou Jaz são maisadequadas, pois podem ser regravadas. Já exis-te a tecnologia de CD regravável, como o CD-RW, da Philips, mas esta também não é indica-da para transporte porque leitores de CD-ROMcomuns não lêem CD-RW. Se o seu objetivo forgravar CDs apenas para becape, até mesmo umvelho (e barato) gravador de dupla velocidadequebra o galho. O importante na hora de com-prar é saber se o modelo escolhido tem softwa-re para Mac. Se tiver, muito bom; se esse soft-ware for o Toast, da Adaptec, melhor ainda.O Toast é simplesmente um dos melhores pro-gramas para gravação de CDs, sejam eles deáudio ou dados. Uma grande variedade demarcas de gravadores de CD-ROM vem comele em bundle. Um gravador de CD na mão, algumas mídias eo Toast 3.5.5 (se sua versão for anterior, visiteo site da Adaptec – www.adaptec.com – e baixe oupdate para 3.5.5, pois a empresa recomendafazer o update para evitar problemas com cor-rupção de imagens ou discos) é tudo que vocêprecisa para acompanhar este tutorial que vaiajudar você a gravar seus próprios CDs.A primeira providência é assegurar que seu gra-vador não está entrando em conflito com umoutro equipamento na cadeia SCSI (HD exter-

Fique ligadoParticionar: Segmentar o disco rígidoem duas ou mais partes, de modo que ocomputador trate cada partição comoum dispositivo de armazenamento com-pletamente independente, como se vocêtivesse dois ou mais HDs.Imagem: Cópia virtual de um disquete,CD ou outro tipo de mídia.Raiz (root): Diretório principal (nocaso, do CD).

Organize direitinho suas pastas

Arraste o CD para cima do Toast

Crie uma partição temporária

Tostando CD-ROMs Aprenda a fazer becape de seus arquivos em CD

no, scanner, Jaz ou Zip Drive). Verifique o nú-mero ID de cada um (você pode usar o DriveSetup que vem com o Mac OS para isso).Outras precauções necessárias: desligue prote-tores de tela, o Energy Saver, o AppleTalk equalquer antivírus.Feito isso, ligue o gravador (antes de abrir oToast). Já é hora de preparar o volume ondetoda a informação do CD será armazenada. Sevocê tem um disco externo com espaço sobran-do, uma boa idéia é particioná-lo, deixandouma das partições com 650 MB (o tamanhomáximo de um CD-ROM. Se você só tem umdisco, siga o seguinte procedimento:1 Abra o Toast. Vá ao menu Utilities e escolhaCreate Temporary Partition. Ele vai perguntar seo tamanho é 650 MB. Clique OK. 2 O Toast vai criar uma imagem usando oespaço livre de seu disco. Pode parecer maiscomplicado que simplesmente arrastar osarquivos para cima do Toast, mas toda essaoperação tem um bom motivo. Se o seu discoestiver excessivamente fragmentado ou comalgum problema, provavelmente seu CD vai darpau. Acredite, essa é a maneira mais prática,rápida e segura de gravar um CD.3 Uma imagem agora aparece no seu Desktop,com um ícone preto e branco horrendo! Sem problemas. Use o velho Get Info parapegar um ícone de sua preferência e mudar ovisual de seu CD :-)

toda vez que você colocar o CD no drive; por-tanto, capriche na hora de arrumar os itens. 5 Pronto, terminou? Agora arraste o seu discovirtual para cima do Toast. O programa vai mu-dar para a função de gravação de volume. Cliqueno botão Data. Você verá que o volume quecriou tem duas opções a ser escolhidas: Optimize

On The Fly for Speed (otimizar para velocidade)ou Optimize On The Fly for Size. Esta segundaopção é a ideal se você tiver muitos arquivos agravar (ela não aparece se você tentar gravar umCD arrastando arquivos).

Ponha um ícone bonito no seu CD

4 Agora basta arrastar todas as pastas e arqui-vos para esse “disco virtual” e lembrar que dojeito que ele ficar (posição de janelas, visão porlista ou ícone etc.) é o jeito que ele vai aparecer

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DirectCD, uma boa alternativaOutra ótima opção em matéria de becapeem CD-ROM também é oferecida pelaAdaptec: o DirectCD. É um conjunto forma-do por um painel de controle e uma exten-são, razoavelmente “magro” (juntos nãochegam a 700 kB), que opera um pequenomilagre. Ele transforma o comportamentode seu queimador de CD-ROM, fazendo-oagir como se fosse um drive qualquer. Ouseja, você pode copiar e apagar arquivos emum CD (que não precisa sequer ser regravá-vel!) como se estivesse fazendo a operaçãoem um hard disk ou num disquete. Vocêpode retocar uma imagem no Photoshop e,na hora de salvar, apertar [Ω][S] e escolher oCD na janela que aparece. Simples assim. Osegredo para explicar a “mágica” de sepoder apagar um arquivo em um CD é sim-ples. Na verdade, o espaço que já foi usadouma vez em um CD está perdido para sem-pre; o que acontece é que o arquivo “desa-parece”. Se você grava um arquivo de 500megas e depois o deleta, o resultado é que apasta do CD em seu Desktop vai dizer queele está vazio – em compensação, você sóterá disponíveis para gravação 150 megas.As grandes vantagems do DirectCD são asde simplificar ao mínimo o trabalho defazer becapes com um queimador de CD-ROM e de eliminar as perdas de CDs devidoa erros de gravação. Bem, eliminar talvezseja uma palavra forte. Até agora não perdinenhum CD com o DirectCD, mas comoestou com o software há apenas um mês, émelhor ficarmos com a expressão “reduzir aperda de discos”. Estou há meses trabalhan-

do em um projeto quetoma mais de 600 arquivose pastas em meu computa-dor. Com o DirectCD e oFile Assistant (um ótimoprograminha de apenas268 kB que era distribuídonos antigos PowerBookspara gerenciar becapes eaparentemente não seencontra mais à disposi-ção para downloads gra-tuitos na área de SoftwareUpdates do site da Apple),ficou bem mais fácil zelarpor essa montanha deinformação. O File Assistant se encarrega dedescobrir quais dos 600 arquivos forammodificados e copia apenas esses para oCD. É verdade que o Toast, no formato ISO9660 com a opção “Incremental Backup”,faz exatamente a mesma coisa, mas a dife-rença é que foram eliminadas todas as eta-pas de uma tediosa sessão de gravação deCD. Agora que você já está achando que oDirectCD é a melhor panacéia inventadadesde a combinação [Option][Ω][Esc], vamosaos pontos negativos. O primeiro é que,embora o CD apareça no Desktop como sefosse um hard disk, ele não tem a velocida-de do mesmo. Se o seu queimador de CDgravar em 2x, você vai ver que a cópia deum arquivo talvez seja mais lenta até doque se fosse feita num disquete. Problemadois: enquanto o CD de becape não estiver“fechado” (ou finalizado; algo como esco-

lher a opção Write Disc em vezde Write Session no Toast),somente o seu gravador deCD-ROM será capaz de acessá-lo. E depois que você sacra-mentou seu CD para todo osempre, apenas computadoresque tenham a extensãoAdaptec UDF Volume Accessserão capazes de ler o seu CD(no futuro isso deve mudar,mas por enquanto...). Ruim,né? Mas tem mais. Alguns dri-ves de CD-ROM que nãopodem ler discos “packet-writ-

ten” não vão acessar seu CD nem com aextensão. Uma coisa esquisita: a Adaptecdiz que, no momento, discos “fechados” noDirectCD do Mac não podem ser lidos pelaversão Windows do programa. E o maisfuleiro: se você abre o Toast (você aindavai precisar dele para, por exemplo, fazerCDs musicais e apagar CDs regraváveis)com um CD que está com arquivos grava-dos com o DirectCD dentro do drive, essedisco poderá ficar corrompido. A Adaptec recomenda que você abra o Toastsem nenhum CD dentro do queimador.Nada mau para dois softwares que são fei-tos pela mesma empresa, não? Último aviso. Nem todos os queimadoressão compatíveis com o DirectCD e, mesmoque sejam, é preciso prestar atenção nofirmware do drive, que também precisa serde uma versão recente. Modelos da maio-ria dos fabricantes (Acer, Mitsubishi,Matsushita, DynaTek, Nomai, Olympus,Optima, Panasonic, Philips, Pinnacle,Ricoh, Smart & Friendly, Plextor, Sony eYamaha) trabalham sem problemas. O siteda Adaptec (www.adaptec.com) traz umalista completa de modelos e firmwares quefuncionam. Quem estiver interessado podecomprar o DirectCD via Internet, fazendo odownload de um arquivo de 1,7 megas(que inclui instruções de instalação emanual). O preço é US$ 69. Eu comprei enão me arrependi, mesmo tendo sido sur-preendido pelo salto do dólar.VITOR PAOLOZZI

O DirectCD permite usar CDs como se fossem discos rígidos

Pena que o DirectCD não funciona com qualquer gravador

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Workshop

Gravando CDs de áudio

Isso mesmo! Agoravocê pode juntaraquelas faixas pre-feridas de váriosCDs e colocá-las emum único CD outransformar sons,de qualidade (16bits, 44 MHz este-reo) nos formatosAIFF e Sound De-signer em faixas deCD de áudio paraouvir em qualquerCD player. Mas ésempre bom lem-brar que você só deve gravar CDs para usopessoal, nada de montar barraquinha decamelô na praça. 2 Dependendo da marca do seu CD-R, a

tarefa pode ser simples ou complicada. Emmodelos como os da Philips e Sony, bastavocê arrastar as faixas de áudio para oToast para montar seu CD até que o tempode áudio atinja o máximo de 74 minutos.Quando o Toast estiver gravando o CD, eleirá solicitar o CD correto na hora demudar de faixa.3 Infelizmente, nem todos os gravadoresde CD têm essa possibilidade. Em mode-los da Yamaha, Smart & Friendly e LaCie,por exemplo, é preciso transformar as fai-xas em AIFF antes. Isso pode ser feito pelopróprio Toast. Basta clicar no botão Audio

e pedir Extract To, ou então usar o progra-minha Toast Audio Extractor, que acom-panha o produto. Certifique-se de quevocê tem espaço livre suficiente no discopara converter as músicas (650 MB para74 minutos). Ao fazer o primeiro Extract

To, crie um folder para a operação ficarmais organizada e pronto! Você agorapode fazer suas coletâneas tão esperadas!

Selecione a faixa que você quer gravar

Atenção para o formato certo

1 Comece por selecionar os seus queridosCDs. Abra o Toast (lembre-se sempre dasdicas anteriores sobre conflitos com outrosequipamentos e de ligar o gravador de CD-R antes de abrir o Toast) e, no menuFormat, escolha Audio CD.

Você pode até

escolher o

tempo de

silêncio entre as

faixas

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6 Outra opção que aparece nessa mesma jane-la é Make This Disk Bootable. Ela permite que oCD seja o disco de inicialização (startup ouboot) do Mac. Se você quiser fazer um CD deboot, basta instalar um Core System folder (sis-tema mínimo) a partir de um instalador do MacOS (escolhendo Custom Install). Você podecriar, por exemplo, um CD de emergência como sistema mínimo mais o Norton Disk Doctorou outro reparador de disco. Por fim, há aopção Autostart, que abre automaticamente oprograma que estiver na raiz do CD assim queele monta no Desktop.

Aqui você decide se quer o CD butável ou não

Use o modo Simulation para testar a gravação

7 Tudo definido? Bom, existe um modo defazer uma simulação pra saber se tudo vai cor-rer bem. É só escolher no menu Recorder aopção Simulation Mode, que simula uma grava-ção do CD. Se algum problema ocorrer, você jáfica sabendo e não perde uma mídia. Cautelanunca é demais.

8 Bom, vamos gravar de verdade. Aqui vocêtem duas opções: Write CD e Write Session. Asegunda opção grava apenas em um pedaço doCD e permite gravar outras sessões enquantoexistir espaço no disco. Cada sessão gravadaaparece no Desktop como um volume diferente.9 Agora é só esperar o Toast queimar seu CD.Repare que ele mostra a contagem regressivaem minutos e segundos. O tempo para gravarum CD vai depender da velocidade do seu gra-vador. Ao fim, você ouvirá o “plim” de uma tor-radeira, ou melhor, do Toast. Pronto, seu CDestá queimado. µ

ALE MORAES

Costuma fazer seus becapes em CD-R.

O Toast tem a opçãoSCSI Copy, que permiteduplicar CDs. Só queos G3s não têm CDSCSI, mas ATA. E aí?Como fazer? Bem, dáum pouco de trabalho,mas não é tão compli-cado assim. Primeirovocê deve estar com oToast corretamenteinstalado (não arras-tado de outro HD) ecom a extensão ToastCD Reader ativa. Além disso, é preciso termais que 650 MB livres em seu HD, paraarmazenar a imagem do CD.Desligue o gravador de CD (a força, não ocabo SCSI). Abra o Toast. Ele não reconhe-cerá o gravador, mas abrirá sem proble-mas. Em seguida, vá ao menu Format eescolha SCSI Copy. Cliqueno botão Data. O gravadorde CD não vai aparecerna janela de Data. Aíentra o macete. Ligue oqueimador de CD (nova-mente, o botão de ligar,não o cabo SCSI, que jádevia estar conectado),espere um pouquinho eclique no botão Re-Scan

da janela do Toast. O CDvai aparecer na lista.Clique nele e dê OK. Vaiaparecer outra janela, coma descrição do CD; dê OK novamente. Nomenu File, escolha Save as Disk Image, ouentão pressione [Ω][D]. Abrirá uma janelade Save. Escolha onde você vai deixar aimagem. O software vai criar um arquivo

do tipo disk image, que é uma cópia do CDoriginal. Para gravar, vá ao menu Format etroque para Disk Image. Em seguida, cliqueno botão Data – a janela do Toast mudanovamente – e escolha a disk image que

você salvou. Vá agora aobotão Scan e o Toast reco-nhecerá o CD-R (que estáligado) como gravador, nãomais como leitor. Daí é sóseguir os passos normais,com Write CD e Write Disk.Esse macete é extremamen-te útil, por exemplo, paraquem comprou softwarescomo o Norton Utilities, ouo Norton AntiVirus, querodam a partir de CDs eprecisam de update. Aopção da Symantec para o

Norton 4.0.1 via disquete, além da lenti-dão do disquete, não serve para os iMacs eos novos G3. Pode-se mandar montar a disk image(Utilities ¡ Mount Disk Image), dar update no

software na disk image – que o OS e oToast tratam como um disco – e, emseguida, gravar um novo CD. O mesmovale para a versão do OS que vem nes-ses CDs. Os CDs do 4 ou 4.0.1 com certe-za não vão rodar nos G3 azuis e, prova-velmente, nos novos iMacs. Basta insta-lar um 8.5 versão universal para que onovo CD funcione sem que você tenhaque passar pelo doloroso e demoradoprocesso de dar um update internacio-nal no seu CD.MARIO JORGE PASSOS

Ligue o Toast com o CD desligado

Escolha o modo SCSI Copy

Ligue o gravador e clique em Re-Scan

Gambiarra para fazer cópias SCSI em Macs IDE

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@Mac MÁRCIO NIGRO

A guerra dos browsers não é algo novo. Ésempre o tal negócio, Internet Explorerpara cá, Navigator para lá... De um lado

está a dominadora Microsoft, que um dia já foicontra a Internet (preferia uma tal de MicrosoftNetwork) e agora só pensa num modo dedominá-la. Do outro está a Netscape, recente-mente comprada pela America Online, uma vezque não teve o fôlego necessário para manterseu domínio sobre o mercado de browsers ehoje vê a Microsoft destruir seu império. Desde que a Internet virou sinônimo demodernidade, a pergunta é a mesma: quebrowser devo usar? Como não há uma respostadefinitiva para essa questão, muitas pessoasadotam a solução mais prática: ter os dois ins-talados no HD. Mesmo assim, não há comoescapar, um dos dois vai acabar sendo seu pre-ferido. Só aqueles que são anti-Bill Gates ferre-nhos não têm dúvida sobre qual escolher: éNetscape ou a morte. Mas a maioria dos usuá-rios não é tão idealista assim, e nem sempreacha tão fácil optar por um ou outro. Para aju-dar quem se encaixa no segundo caso, vamoscomparar as versões para Mac mais recentesdesses browsers.

Browser é browserDe um modo geral, os browsers sempre cum-priram bem sua principal função, que é nave-gar pela Internet. O que sempre impulsionou olançamento de novas versões foi a “moderniza-ção” da Web, com as tecnologias Java, ActiveX,Shockwave, Flash, RealPlayer etc., etc., etc.Fora isso, o modo de se navegar na Internettem sido o mesmo: clicar em hiperlinks. Todoo resto foi feito apenas para deixar os sitesmais bonitos e animados. Atualmente na versão 4.5, tanto a Microsoftquanto a Netscape não trazem em seus produ-

Microsoft integra browser e Sherlock

O Page Holder do

IE 4.5 facilita

a navegação

Corra que osbrowsers vêm aí

Netscape Communicator 4.5 ou Internet Explorer 4.5: qual escolher?

tos novas formas para navegar pelo ciberespa-ço; oferecem apenas recursos que podem facili-tar um pouco a vida do internauta. Nesseponto, ao que parece, a turma do Bill Gates tra-balhou bem e conseguiu colocar no IE 4.5 fun-ções para as quais não só a Netscape não temsimilar, como a versão para Windows tambémnão. (É curioso que, integração com o sistema àparte, as versões para Mac do IE são normal-mente melhores do que as dos pecezistas.)

Apesar de não ter mudado muito em termos deinterface, alguns novos recursos do novo IEpara Mac merecem destaque especial. O primei-ro é o bem pensado AutoFill Forms.

Acrescentado aomenu Edit, essaopção é interessantepara quem vivepreenchendo formu-lários em diferentessites, seja para fazercompras ou para secadastrar, permitindoque campos determi-nados sejam comple-tados automatica-mente. Acessando a

opção Forms AutoFill nas preferências do IE4.5, encontra-se um formulário com os camposmais comuns utilizados na Web (nome, endere-ço, telefone, email etc.). Depois de preenchê-los, toda vez que um site pedir suas informa-ções pessoais, você poderá usar o comandopara preencher todos os campos que sejamsimilares aos do AutoFill Forms com apenas umclique. Além disso, você ainda encontra, tam-bém nas preferências, a função AutoComplete,onde é possível determinar que o campo deendereço complete as URLs automaticamente, àmedida que vão sendo digitadas. O segundo recurso digno de menção honrosaé a recém-criada abinha lateral Page Holder,que substituiu a de Channels (os canais, outro-ra tão comentados e exaltados, foram aborta-dos, felizmente). Traduzindo ao pé da letra: oPage Holder é um segurador de página, ouseja, funciona como uma gaveta onde pode-secolocar uma página Web qualquer e acessá-lasempre que necessário durante uma sessão denavegação. De início achei que essa abinhanão tinha grande utilidade, mas não demoroumuito para ver o quão prática ela é. Não éincomum encontrar sites com um monte delinks interessantes. Quando isso acontece, nor-malmente clicamos em um link, navegamospor ele e depois voltamos para o site incial cli-cando uma ou, o que é mais comum, váriasvezes no botão Back. Com o Page Holder, todaessa clicação não é mais necessária; basta clicar

O AutoFill preenche formulários automaticamente

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Finalmente, um browser com Print Preview

O Navigator 4.5 traz

poucas mudanças

na abinha para ter acesso instantâneo à páginados links interessantes a fim de acessar osoutros links, os quais serão sempre abertos na“persiana” principal, sem alterar o conteúdodo Page Holder.O terceiro recurso acrescentado ao IE 4.5 inte-ressa a quem já está utilizando o Mac OS 8.5,que é a integração com o Sherlock. O IE agoratraz um botão na barra de ferramentas quepermite acesso rápido ao Sherlock para en-contrar sites similares na Internet (utilizandoas frases iniciais da página). O botão tambémpermite que o conteúdo da página seja resumido no Clipboard para que você possadar Paste no programa que preferir (se bemque ainda acho mais prático selecionar o textoe dar Copy e Paste).

Print PreviewOutra coisa que, com certeza, vale ser mencio-nada é a inclusão (já era hora) de um PrintPreview. Chega de mandar imprimir páginasWeb e não ter idéia de quantas folhas vão sairda impressora. O IE 4.5 não apenas deixa quevocê visualize como sairá a impressão, comoainda oferece a opção de imprimir o back-ground do site e também de fazer com que otexto e as imagens se ajustem a uma folha depapel (ou mais).O browser da Microsoft traz ainda o recurso deauto-reparo, de modo que, se o usuário deletaralguma extensão ou arquivo, o próprio softwarese encarrega de repor a peça faltante, comoacontece no Office 98. E a instalação do IE nãopoderia ser mais fácil: apenas arraste a pasta pa-ra qualquer localidade de seu desktop (o quedeve ser impensável no mundo Windows). Do lado negativo, notei alguns comportamentosestranhos do IE 4.5, como a dificuldade em sele-cionar trechos de textos em determinados sites,momentos em que só funciona o comando [Ω][A](Select All). Além disso, o software apresentaocasionalmente alguns congelamentos repenti-nos, o que já era comum na versão anterior.

Navigator é mais rápidoTodas essas novas features colocaram o IE 4.5alguns passos à frente do Navigator 4.5 (ou,melhor dizendo, Communicator 4.5, já que aNetscape só distribui seu browser dentro domegapacote com programa de email, editor deHTML e outras tranqueiras), pelo menos noque se refere à interface mais amigável com ousuário. Mesmo assim, não dá para dizer que aMicrosoft tenha o melhor produto. Os marke-teiros do Bill Gates afirmam que o novoInternet Explorer é 30% mais rápido do que omodelo anterior na hora de carregar páginas.No entanto, o que constatamos em um Perfor-ma 6400/180 com modem de 33,6 kbps é que,no teste do cronômetro, o IE 4.5 ainda estáatrás do Navigator. Em média, o produto daNetscape obteve performance 15% superior à

do seu rival (se bem que, emalguns casos isolados, o IE conse-guiu ser mais rápido). Alémdisso, o Navigator se mostra umpouco mais estável do que o con-corrente, travando menos fre-qüentemente – o que pesa bas-tante a favor da Netscape.A nova versão do Navigatormudou muito pouco, ou pratica-mente nada, em termos de inter-face. As principais novidadesseguem a filosofia de SmartBrowsing (navegação inteligen-te), que inclui três novos recur-sos. O primeiro é o botão What’sRelated na barra de ferramentas,que oferece em um menu pop-

up uma lista de sites relacionados com a pági-na que está sendo visualizada. Desenvolvidoem conjunto com a Alexa Internet, esse recursoutiliza a base de dados dos servidores doNetcenter (site principal da Netscape) para pro-

Navigator agora procura sites similares

Os browsers, pau-a-pauExplorer 4.5 Navigator 4.5

Memória mínima 6531 kB 6531 kB

Memória sugerida 12902 kB 14950 kB

Suporte a De imagens De imagensdrag and drop e de links

Copy e paste Mantém formatação Não mantém formataçãode texto original original

Tamanho do 11 MB 15,5 MB arquivo de download (inclui Outlook Express) (versão Communicator Pro)

Plug-ins de QuickTime e Shockwave Flash (desatualizado),terceiros Shockwave Flash RealPlayer, Beatnik Stub,

LiveAudio e QuickTime

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@Mac

Veja abaixo alguns endereços de updates importantes, daqueles deque você volta e meia precisa, mas não sabe onde encontrar:

ICQ 1.6.7 (beta)Agora o ICQ tem a opção de chat como no Windows (embora os tex-tos das conversas acabem se acumulando e fazendo bagunça) e pos-sui nas suas preferências opções para customizar a aparência da sualista e do chat.http://the.ausmac.net/ftp/Communication-SW/icq-for-mac-167-ppc.hqx

HandyMan 2.0.5Shareware que adiciona uma espécie de Launcher em seu Control Strip.www.club.innet.be/~ind0836/mac/HandyMan.html

Mac Palm Doc 0.10b2 (beta)Transfira textos de seu Mac para o seu Pilot.www.softplum.com/SW/PalmDoc/default.htm

Palace Client 3.0 (freeware)O programa de bate-papo Palace está de volta.ftp.thepalace.com/pub/palace/client/PowerMac/3.0/

MacMAME 0.35b2 (beta)Jogue os melhores jogos das antigas máquinas Taito e alguns de Neo Geo.http://home.talkcity.com/TechnologyWay/intothinair/downloads.html

VivoActive Player 2.1 (freeware)Mais um plug-in para visualizar transmissão de vídeo em seu browser.http://egg.real.com/vivo-player/vivodl.html

Apple Display Enabler 2.4.1 (update)Necessário para quem tem PowerBooks G3 e usa o Mac OS 8.5.ftp://ftp.info.apple.com/Apple_Support_Area/Apple_Software_Updates/Engli

sh-North_American/Macintosh/PowerBook/PB_G3_Series/

Musashi 2.3.2 (shareware)Excelente cliente de email, agora devidamente atualizado.www.sonosoft.com/musashi/download.html

Pac The Man 3.0.1 (freeware) Esse mesmo que você está pensando, em versão freeware e com 25 níveis diferentes!http://home.t-online.de/home/mcsebi/pacman.html

Downloads do Mês ALE MORAES

Digitando-se Ford Ranger no campo de URL,por exemplo, o Navigator leva o usuário dire-tamente para a página dedicada ao modeloRanger no site da Ford. É claro que palavrasmais vagas, como United, pode levar para apágina do Netcenter com os resultados da pes-quisa, que vai incluir a United Airlines e aUnited Van Lines, entre outras empresas.O terceiro elemento do Smart Browsing é oNetWatch, um conjunto de ferramentas de fil-tragem de conteúdo voltadas para pais e admi-nistradores de rede. Basicamente, a idéia é evi-tar que crianças e funcionários fiquem acessan-do sites com sacanagem, linguagem de baixocalão ou outras coisas que possam ferir a moralde alguém. Diferente do Internet Explorer, quejá possui isso há tempos em suas preferências,o NetWatch é configurado no site da Netscape.Fora o Smart Browsing, um dos poucos aden-dos foi o comando Increase/Decrease Fonts, hámuito disponível para os usuários Windows,que permite aumentar e diminuir as fontes deuma página à vontade, sem necessidade ir àspreferências do Navigator.Não há muito mais do que isso no Navigator4.5. Mudanças mais radicais provavelmentevirão com o lançamento do Communicator 5.0,que será o primeiro suíte de software baseadono trabalho conjunto com a Mozilla.org. Comoarma definitiva para tentar impedir o avanço doInternet Explorer na batalha dos browsers, a

Netscape abriu o código fonte de seu programapara o público (processo coordenado pelaMozilla.org) e também passou a distribuir oproduto gratuitamente.Já a Microsoft, por sua vez, promete continuaroferecendo um Internet Explorer feito exclusi-vamente para Mac, e não uma mera adaptaçãoda versão para Windows (o que realmente aempresa tem feito), procurando mostrar queestá levando o mercado Mac a sério.Depois de testar os dois browsers ali no mano-a-mano, a minha preferência fica com o Inter-net Explorer 4.5 (sem represálias!), que com osnovos recursos ficou bastante prático de seusar, apesar de ainda estar um pouco instáveldemais para o meu gosto. Ao que parece, aNetscape não tem olhado muito para o merca-do Mac, pois só isso explica o fato de o Inter-net Explorer ter algo como o Download Mana-ger e o Navigator não – isso sem falar nas abi-nhas laterais do IE, muito bem boladas. Poroutro lado, o browser da Microsoft não tem aopção About Plug-ins do Navigator, para que sepossa saber que plug-ins estão instalados no IEe as suas respectivas versões. Enfim, tudo passapelo gosto pessoal. Lá no fundo, acho que aopção ciberpoliticamente correta seria utilizaro Navigator. Mas, convenhamos, a Netscapenão tá ajudando muito. µ

MÁRCIO NIGRO [email protected]

curar os links semelhantes. No entanto, como arelação entre os sites está mais baseada na utili-zação dos usuários do que no conteúdo pro-priamente dito, podem aparecer nessa listasites realmente estranhos, que nada têm a vercom o assunto.Outro recurso acrescentado ao SmartBrowsing é chamado Internet Keywords, e per-mite digitar palavras-chave diretamente nocampo de URL do browser. Isso já era possível,tanto no Navigator quanto no InternetExplorer, que sempre leram as palavras-chavedigitadas e traziam os resultados do Netcenter(Navigator) e do Yahoo (IE). Porém, o Navi-gator 4.5 vai além da capacidade de procurar apalavra-chave num banco de dados contendomarcas registradas e nomes de produtos.

O NetWatch faz a filtragem de conteúdo

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Simpatips

Mande sua dica para a seção Simpatips. Se ela for aprovada e publicada, você receberá uma exclusiva camiseta da Macmania.

Os bips não mentem

Se você acabou de comprar um dos novos Power Macs G3 (o azulzinho), não se assuste se ele api-tar de repente. O seu novo Mac roda o Power On Self Test (um teste de memória RAM conhecidocomo POST) no primeiro startup. Se o teste falhar, o software emitirá um ou mais bips, dependen-do da parte do teste que falhou. Veja o que os bips significam:1 bip – Nenhuma RAM foi detectada.2 bips – A RAM é incompatível com o seu Mac.3 bips – Nenhum dos bancos de RAM passou no teste de memória.4 bips – Problemas no código da boot ROM (bad checksum).5 bips – Problemas no bloco da boot ROM (bad checksum).A Apple recomenda que, se seu Mac produzir algum desses sons, você o leve a uma assistência téc-nica autorizada. No caso de ouvir esses bips depois de instalar pentes de memória RAM, confira seeles estão bem colocados ou se são do tipo correto. Se você ouvir outros tipos de sons, como amáquina cantando “Strangers in the Night” em falsete, é melhor parar de beber.

VGS em Macscom upgrade

Uma das sensações daMacworld Expo foi o VirtualGame Station da Connectix,produto que permite rodarjogos de PlayStation num G3.

No entanto, muita gente ficou triste ao ouvirque o game só roda em G3 legítimos. Não ébem assim. É verdade que, para os jogos cor-rerem suavemente, você precisa do tipo de sis-tema de barramento rápido encontrado nosG3 – incluindo PowerBooks e iMacs – e umchipset gráfico RAGE Pro. Por outro lado, mes-mo que seu Mac não possua tal chipset, vocêpode rodar o VGS. Tudo o que é preciso fazeré instalar os drivers Universal ATI na pasta Ex-tensions. O VGS rodará enquanto estiver en-xergando esses drivers. No entanto, dependen-do da velocidade do seu Mac, os jogos pode-rão ficar atravancados e com ruídos esquisitos.

Achei um screen saver escondido no Finder doMac OS 8.5. Basta pressionar [Control][Option][Ω] e clicar no menu da maçã e selecionar aopção About MacOS 8.5 Team para fazer aparecer uma tela com os nomes de todo otime de desenvolvedores. A tela muda com opassar do tempo e pode muito bem servir descreen saver.

Roberto Pujol

[email protected]

Screensaver grátis

Guerreiro que é guerreiro não tolera passarinhos nem veadinhos

Matando passarinhos no Myth

Quem já jo-gou a versãodemo (ou aversão com-pleta) do

Myth II pode estar se per-guntando por que não épossível mirar nos pássarosque aparecem no jogo. Naverdade, você pode, mas épreciso saber o métodosecreto para isso. Clique emum pássaro enquanto segu-ra [Shift][Option] e o bichoserá atingido. O mesmo valepara os veadinhos que sur-gem no game.

Euro no Mac

O símbolo (€) do euro (a novamoeda dos países da Comunida-de Européia) já é compatívelcom Mac. Quem tem o Mac OS

8.5 já pode inserir esse caractere em qualquertexto com o comando [Option][Shift][2] usandoas fontes do sistema (Chicago, Helvetica,Charcoal, Geneva etc.). Mas cuidado na horade passar o texto para alguém que não tenha o8.5 e use as versões velhas dessas fontes. E nahora de imprimir em impressoras PostScript,use a fonte Chicago, só por garantia.

Clipping é clipping

Quando se arrastam URLs eendereços de email ou de FTPpara o Desktop no Mac OS 8.5,um novo tipo de arquivo declipping é criado, possibilitando

que você simplesmente duplo-clique nelepara que o endereço seja aberto pela aplicação(browser ou programa de email) apropriada.No entanto, apesar dessa característica, osclippings de Internet funcionam como osclippings normais e podem ser arrastados nor-malmente para qualquer aplicativo que aceitedrag and drop de texto. É uma boa forma decriar listas de URLs.

Mudando o Desktop

Há um modo muito rápido de abrir o painelAppearance. No Finder, clique na tela defundo do desktop enquanto segura a tecla[Control]. Escolha o item do menu contextualdenominado Change Desktop Background... e atela do Appearance aparecerá em seguida.

Acesse o Appearance com apenas um clique

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Test Drive MARIO AV

S em brincadeira. Para quem trabalha nocomputador, estrear um monitor novo écomo mudar de residência: outra vida,

outro clima...Sempre achei que o som e a imagem do seuMac precisam ser realmente muito bons, ouirão pouco a pouco tirando a graça de usá-lo;afinal, você interage com eles durante todo otempo em que está usando o computador.Não paguei barato pelas caixinhas de somRoland há três anos, mas vivo feliz graçasao prazer sonoro que proporcionam – eelas já estão no seu quarto Mac. Um mo-nitor muito bom é a mesma coisa: elesobrevive a uma CPU após outra. Isso só aumenta a sua responsabilidade aoescolhê-lo, ou você passará anos seconformando ou aborrecendo com os seus defeitos.

It’s a SonyO monitor que testamos tem o tubode imagem Trinitron. Esse nomedesigna uma tecnologia desenvolvi-da pela Sony, conhecida tecnica-mente como grelha de abertura(aperture grille), que se caracterizapelas telas completamente planasna vertical e sutilmente curvas delado a lado. Outra característicadesse tipo de tubo é que os fósforosluminosos que formam a imagem são dis-postos em fileiras verticais contínuas, em vezdo padrão de pontinhos redondos dos tubosmais comuns (shadow mask). Uma variaçãomais recente dessa tecnologia tem a tela absolu-tamente plana e é empregada pela Sony nosluxuosos e caros televisores da linha Wega.Os monitores high-end da Apple sempre têmtubo Trinitron, pois costumam ser fabricadospela Sony em regime de OEM para a Apple.Mas esqueça por um instante a parte técnica epergunte qual é o melhor monitor a alguémque já usa um modelo com tubo Trinitron. Vaiser muito difícil a pessoa apontar outro tipo. Atecnologia da Sony tem dois grandes atrativospara quem trabalha com edição de imagens eDTP: tela praticamente plana, o que é impor-tante nos monitores grandes, e pixels incrivel-mente nítidos em resoluções altas. Num tubocomum, arredondado, é necessário usar umtruque de geometria de imagem, chamado“almofada” (pincushion), para que a tela apa-rente ser mais plana; além disso, os pixelspodem formar interferências (moiré) com ospontos de fósforo.Se alguém perguntar o seu dot pitch, responda

SONY MULTISCAN 210sf

¡™£¢Sony: (011) 3824-6596

Preço: R$ 1.100,00

logia avançada e cara, é competitivo em relaçãoà concorrência, por ser montado no Brasil.Os botões de controle principais são dispostosem cruz, mais um par de seletores auxiliares.Ao pressionar qualquer botão, surge uma jane-la gerada pelo próprio monitor, representandoas variáveis de ajuste na forma de barras desli-zantes sobre um fundo azul. Os ajustes sãoespecíficos para a resolução em que o moni-tor está no momento.Embora os controles sejam simples e realmen-te fáceis de usar, não são suficientemente com-pletos para o profissional exigente. O exem-plar testado tinha um pequeno desvio na con-vergência. Esse é um ajuste banal, facílimo defazer no equivalente da Apple, mas para o qualnão há nehum controle no 210sf. Qualquercoisa, ele precisará ir para a assistência técnica.Outra questão é a dimensão da tela. A medida“oficial” do monitor é a diagonal entre doiscantos opostos do tubo de imagem. Comosempre sobra uma borda não utilizada, adimensão real é menor. O 210sf tem tubo de17 polegadas, mas a área real corresponde a16", um pouco menor que a de outros monito-res dessa classe. Modelos concorrentes domesmo tamanho chegam a ter áreas visíveis de17 polegadas cheias.Finalmente, o monitor tem uma só entradapadrão SVGA, que é compatível com PC masobriga ao uso de um plug adaptador para ligá-lo ao Mac. Dependendo do tipo do adaptador,o monitor poderá mudar automaticamente asua resolução ou não. De certa forma, isso éuma vantagem para o monitor de 17" da Apple,que por dentro é praticamente a mesma coisaque o 210sf. µ

MARIO AV [email protected]

Acabou de mudar de residência e espera logo poder

mudar também de monitor.

Monitor SonyMultiscan 210sf

Bom, bonito e (quase) barato

Ric

ardo T

eles

que para o Trinitron isso é pouco relevante,pois os fósforos luminosos são dispostos em fai-xas verticais, muito estreitas, quase imperceptí-veis. Uma especificação equivalente ao dot pitchno Trinitron é o stripe pitch, que corresponde àdistância de uma faixa para a vizinha (no mode-lo testado é 0,25 mm).A maior idiossincrasia do Trinitron são os doisfios horizontais finíssimos (damper wires) queatravessam a tela de lado a lado. Eles só sãovisíveis contra imagens muito claras ou fundosbrancos. Esses fios servem para manter a grelhafirme e à prova de vibrações. Curiosamente,por estranhos que sejam os fiozinhos, quemtem um Trinitron simplesmente os ignora, tal-vez por hábito ou simplesmente porque elesrealmente não incomodam.

Impressões visuaisA Sony fabrica os seus monitores em três cate-gorias: profissional, “business” e multimídia. Amaior diferença entre elas é a quantidade e esti-lo dos controles de imagem. O Multiscan 210sfé um modelo “business” e, embora tenha tecno-

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Fique ligadoPixels - Pontos fundamentais que for-mam a imagem na tela.Resolução - O significado correto é adensidade de pixels na imagem (porexemplo, “72 pixels por polegada”). Nojargão dos monitores, porém, é simples-mente uma medida de tela (“tantos portantos pixels”).OEM (Original Equipment Manufac-turer) - Esquema em que uma empresafabrica um produto com grife de outra,sob encomenda.Moiré - Defeito da imagem no qual asfileiras de pixels interferem com asfileiras de fósforos da tela, formandopadrões estriados.Dot pitch - Nos tubos de imagem tiposhadow mask, é a distância entre umponto da máscara da tela e seu vizinhode mesma cor.Convergência - “Registro” entre ascores fundamentais vermelha, verde eazul na tela.

Há alguns anos, cada monitor de vídeotinha uma só resolução e uma aplicaçãoespecífica, de acordo com a resolução e como tamanho da tela. Existia aquele monitorbarato que vinha com o Mac novo, com telade 14 polegadas e controles simplórios;monitores para uso em escritórios, de 16 ou17 polegadas; e caríssimos monitores paraDTP e edição de imagem, com telas de 20 ou21 polegadas e ajustes sofisticados.Mas é a saída de vídeo do computador quedetermina a resolução da tela. Nesta déca-da, os circuitos de vídeo embutidos nos Macspassaram a gerar imagens em várias resolu-ções, para permitir o uso de diversos tama-nhos e marcas de monitores. Em seguida,tornaram-se comuns os monitores multissín-cronos (ou “multiscan”, como quer a Sony),que se ajustam automaticamente à imagemgerada pelo computador. Isso parece umamera tecnicalidade, mas é importante, poissignifica que você pode reajustar o monitora qualquer hora, tornando-o adequado acada aplicação. Por exemplo, imagine quevocê tem uma tela de 15 polegadas (o mes-mo tamanho da tela do iMac),cuja resolu-ção padrão é 800 x 600 pixels. Para diagra-

mar uma página de jornal no QuarkXPressou desenhar no Illustrator, porém, você vaipreferir trabalhar em 1024 x 768 pixels, queé a resolução normal de uma tela de 19polegadas. Ao jogar um videogame ou apre-sentar um filme QuickTime, é melhor baixara resolução para o padrão do monitor de 14polegadas: 640 x 480. E assim por diante.Essa versatilidade não quer dizer que vocênão precisa se preocupar com o tamanho doseu monitor. Se você trabalha o tempo todocom PageMaker ou FreeHand, tem um sérianecessidade de arranjar um monitor maior,a fim de não passar o resto da vida arras-tando as paletes para livrar espaço (em reso-luções baixas) ou apertando os olhos parapoder ler os menus pequenininhos (em reso-luções altas).A escolha do momento é um monitor de 16ou 17 polegadas, de uso geral, como o mode-lo aqui testado. Com as resoluções disponí-veis, são raras as situações em que você vaidesejar uma tela maior que 17". Tamanhode tela nunca é demais; o problema é que osmonitores grandes têm consumo bem maior,são volumosos e custam desproporcional-mente mais caro.

Tamanho do monitor: qual é o melhor para você?

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Sharewares da Hora DOUGLAS FERNANDES

Right On TimeUma boa opção de freeware (totalmente de graça) paraser usada como uma agenda simples e lista de tarefas.Entre outras coisas, possui alarmes para avisar sobre

eventos (aniversários, contas a pagar, feriados) e uma cara muito simples(talvez simples demais!). Mas, mesmo assim, funciona muito bem, nãocusta nada e não fica com aqueles avisos chatos que pedem a todo ins-tante para pagar a bendita taxa do shareware.

Right On Time, simplicidade é teu nome

A lguém já disse uma vez que “de complicada já basta a vida”.

Pensando nisso, algumas pessoas fizeram de tudo para mudar o

hábito de anotar recados e compromissos no bom e velho lápis

e papel para o “moderno” teclado e monitor, ou seja, acabaram compli-

cando uma coisa simples e natural.

A partir daí, começaram a surgir desde agendas eletrônicas de bolso até

sofisticados e caros “assistentes digitais”, como o já enterrado Newton

da Apple e o megasucesso PalmPilot, ambos com reconhecimento de

escrita, agendas inteligentes e mais um monte de coisas.

Quando o Mac apareceu, com sua interface gráfica inovadora e grande

apelo ao usuário comum, começou a surgir uma categoria de software

que viria a ser conhecida como Personal Information Managers (ou

PIM), programas que podiam armazenar números de telefones e endere-

ços, agendar compromissos, lembrar os compromissos, fazer listas de

tarefas e mais outras coisas de grande utilidade para o usuário que não

sai da frente do computador. O número de programas se multiplicou e

hoje é possível achar todo tipo de organizador pessoal para todos os

gostos, inclusive embutidos dentro de outros softwares. Mas se a sua

necessidade é ter algo simples e barato, dê uma boa olhada nesses dez

sharewares que podem dar um jeito nessa sua vidinha complicada.

Ponha ordem em sua vidaOrganizadores pessoais que podem satisfazer suas necessidades

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ToDo List Programinha bem simples, pequeno, fácil de usar e apren-der, que não atrapalha ninguém e não rouba aquele peda-ço de memória valioso para os seus trabalhos. Ele mostra

um calendário e um espaço para você colocar sua lista de afazeres naqueledia e nos seguintes. Na frente de cada item (que pode ser indicado comoprioritário), ele põe um quadradinho onde é marcado se a atividade foifeita ou não. Você pode colocar itens com a sua própria voz e ouvi-losdepois, e pode pedir pra ele ler as coisas a serem feitas se o SpeechManager estiver instalado no seu Mac. A versão demo vale por 15 dias.

ToDo List: organiza sua vida e até fala

Optical Disc CatalogComo o nome diz, é um catálogo de discos ópticos, ouseja, CDs, CD-ROMs, DVDs, MiniDiscs e afins. Ideal paraquem gosta de catalogar grandes coleções de discos,

para rádios, estúdios de gravação e DJs. Pode-se obter informações sobretempo de cada faixa e tempo total do disco, para que você digite osnomes de cada música e dados sobre a gravação. Depois podem serimpressas listas com todos os dados ou etiquetas para fitas cassetes. Seuponto fraco é não ter uma função para colocar a imagem da capa dodisco. Mas, como banco de dados, funciona.

Optical Disc Catalog: catalogue sua coleção de CDs, CD-ROMs e afins

theDirectoryShareware baseado no HyperCard para armazenar ende-reços e dados pessoais em geral para depois imprimirem envelopes, etiquetas, fazer chamadas através do

modem ou pelo alto-falante do Mac, como os outros PIMs fazem. O inte-ressante desse programa é que ele é extremamente simples e fácil deoperar, com algumas funções úteis para quem apenas precisa armazenardados e não quer usar programas grandes.

theDirectory: o HyperCard ainda não foi esquecido

Calendar MenuNada mais do que um painel de controle que põe umiconezinho na sua barra de menu e um módulo deControl Strip. Ambos mostram em seu ícone o dia do

mês e, quando clicados, mostram um calendário com todos os dias domês atual. Pode parecer uma bobagem, mas é bastante útil como refe-rência e não ocupa memória alguma. Mais uma daquelas coisas quepoderiam vir no sistema operacional.

Calendar Menu: um calendário sempre à mão

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Sharewares da HoraTimeSlice LiteAnteriormente conhecido como TimeTracker, esse share-ware é especialmente útil para aqueles profissionais quecobram por hora, como advogados, consultores, técnicos

e afins. Você diz quanto a sua hora vale e digita o nome do cliente ou doprojeto. Aí é só mandar o relógio funcionar e deixar que no final ele seencarrega de dizer quanto tempo foi gasto e quanto custará para o seucliente. Ele até imprime um relatório com todos os trabalhos feitos e ototal ganho. Possui um botão de pausa pra marcar as paradas para irtomar cafezinho ou bater papo, exporta a planilha para o MicrosoftExcel, por exemplo, e tem uma cara bem simples e intuitiva. Se você tra-balha por hora, não deixe de dar uma olhada nesse shareware.

Quem trabalha por hora tem que conferir o TimeSlice Lite

PhoneBook PlusCom uma cara que lembra os antigos Desk Acessories(DAs) do System 6 e com a simplicidade de uso dos pro-gramas mais antigos, o PhoneBook cumpre bem o papel

de agendinha de telefones que tem de estar sempre à mão para umaemergência. A partir dos dados que são colocados em seu banco dedados (telefones, endereços, nome da empresa), é possível imprimir eti-quetas e envelopes e fazê-lo discar números da agenda, se você é daque-les que não gostam de usar o teclado do telefone (se a sua linha telefôni-ca for do tipo tone, é só colocar o fone em contato com o alto-falante doMac para discar o número desejado). Vale uma olhada, apesar da taxasalgada do shareware (US$45).

PhoneBook Plus: agenda de telefone com jeito de System 6

My CalendarUm dos sharewares mais simpáticos e fáceis de usardessa lista. Tem tudo que um PIM traz (memos, listas detarefas, calendários, agenda telefônica etc.), mas de um

jeito bem amigável e convidativo para quem não está acostumado a essetipo de programa. Seu ponto alto é poder personalizar a visualização docalendário principal, que, além de deixar sua tela com uma cara maisagradável, torna suas impressões mais interessantes. O resto funcionamuito bem. Você deve pagar a taxa do shareware para ter todas as fun-ções disponíveis.

O My Calendar permite personalizar a visualização do calendário

Manage!Manage! é um completíssimo software de gerenciamentode equipes em uma empresa, com opções de controlede orçamentos, dados sobre o pessoal da equipe, dados

sobre recrutamento de pessoal, lista de tarefas, agendamento de reu-niões e mais uma dezena de funções que assustam na primeira vez quevocê o abre. É um pouco complicado de início, mas depois que se pegao jeitinho, a coisa flui mais tranqüilamente. Acompanha um manual quepode ser útil para os iniciantes. Merece uma olhada, apesar de ser meiocomplicado e ter um preço bem alto (US$ 79), para um shareware.

O Manage! é bom para gerenciar equipes dentro de uma empresa

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Programas para organizar informações pessoais formamuma das categorias que mais títulos disponíveis têm por aí.Esses dez programas listados são apenas uma amostra daquantidade e variedade de tipos existentes. Há sharewarespra catalogar coleções de livros, agendas telefônicas pratodos os gostos, calendários de vários tipos e tamanhos emais um monte de outras coisas. O problema vai ser arranjar um tempo na sua agenda pra ficar se divertindocom toda essa variedade de programas. Mesmo assim, vale tentar achar aquele que tem a sua cara e que atenda assuas necessidades. µ

DOUGLAS FERNANDES

[email protected]

Não conseguiu se organizar para entregar esta matéria a tempo.

ConsultantO Consultant tem tudo: uma eficiente agenda com lista de tarefas ecalendário com várias opções de visualização e alarmes, completaagenda de endereços e telefones, opção de senha na abertura do

programa, editor de texto para escrever memos, visualização das tarefas pelo méto-do Gantt (onde tudo é visto em um gráfico horizontal), impressão no formato dasagendas mais comuns e vários outros itens que são reunidos numa interface muitoelegante e extremamente simples e eficiente. Se você escrever (em inglês, claro) queprecisa ligar para alguém na quinta-feira às três da tarde, ele se encarrega de agen-dar tudo na hora e data certas, inclusive checando se há conflito de horário comoutros compromissos. O pacote ainda traz o MiniConsultant, que é uma versãomenor pra administrar seus dados sem gastar muita memória. Possui a opção de sin-cronizar com o Palm Pilot também. Demo totalmente funcional por trinta dias.

O Consultant

tem tudo de

que você

precisa

Onde encontrarToDo List: www.scruznet.com/~bward/bwsoftware.html

My Calendar: www.macdownload.com

Consultant: www.chronosnet.com

Right On Time: www.innetix.com/~keymaster/

TimeSlice Lite: www.mauisoftware.com

Optical Disc Catalog: http://members.aol.com/ardenwdsw/

PhoneBook Plus: www.macdownload.com

Manage!: www.macdownload.com

theDirectory: www.macdownload.com

Calendar Menu: www.macdownload.com

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Bê-A-Bá do Mac MÁRCIO NIGRO

Acessar a Internet normalmente é uma tarefa fácil no Mac. No entanto, dificul-

dades ocasionalmente podem ser encontradas durante o processo. Muitas vezes,

o Remote Access (o painel de controle responsável pela conexão) apresenta men-

sagens de erro que não ajudam o usuário a resolver o problema. Siga este fluxo-

grama para contornar alguns dos problemas mais comuns encontrados pelos usuá-

rios de Mac na hora de se conectar à Internet.

Por que não conecta?

Não conectou?

:-(2 O modem não respondeQuando o Remote Access não está rece-bendo respostas corretas do modem –em geral, nenhuma resposta –, a tentati-va de conexão vai falhar e a seguintemensagem aparecerá em sua tela:

Ou seja, o modem não está respondendopropriamente. Não é problema da linhatelefônica (para isso já existe uma outraplaca de erro). Ligue e desligue omodem e cheque os cabos que o conec-tam ao Mac (se for um modem interno,isso vai ser mais complicado).

1 Preencha seus dadosAntes de mais nada, abra o InternetSetup Assistant e siga os passos. Não seesqueça de pedir os dados do seu pro-vedor (telefone de acesso, login, senha,DNS primário e secundário, endereçodos servidores POP e SMTP). (Nósdemos a explicação completa do assis-tente na edição anterior da Macmania.)Quando tudo está pronto, o assistentefaz a primeira conexão.

Não conectou?

:-(Conectou!

:-)

Conectou!

:-) Não conectou?

:-(

Não conectou?

:-(Conectou!

:-) Não conectou?

:-(Conectou!

:-)

3 Cheque o painel Modem Abra o painel de controle Modem e vejase o script de modem selecionado corres-ponde realmente ao que você possui.

Deixe a opção Ignore dial tone (ignorartom de discagem) desabilitada, exceto sea sua linha telefônica for ramal de PABX.

4 Veja o Remote AccessAbra o painel Remote Access. Verifiquese o seu nome (user ID), a senha e otelefone de seu provedor estão corretose tente se conectar (botão Connect).

Se aparecer a mensagem “Modem is notresponding”, vá para o passo 5.Se aparecer a mensagem “Could notdetect a dial tone”, vá para o passo 8.

5 Cheque o Extensions ManagerAbra o Extensions Manager (ou o ConflictCatcher, se você o tiver) e, no menu pop-upSelected Set, selecione Mac OS X.X All (onúmero da versão obviamente varia de acor-do com o seu sistema; no iMac, aparece iMac

All; o importante é ter o All no fim). Issodeixará habilitadas somente as extensõesque são instaladas pelo Mac OS.Restarte e tente de novo. Qualquer extensãoque porventura estiver ativada e impedindo

o uso do modem (geralmente extensões deprogramas de fax e comunicação) será desa-bilitada e ficará assim até que você a habilitenovamente no Extensions Manager.

Conectou!

:-)

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Conectou!

:-)

7 Tente conectar na unhaSe nada ainda deu certo, o jeito é tentarconectar na marra, com um programa decomunicação. Esse tipo de programa con-versa mais diretamente com o modem.Desse modo, é possível pular o RemoteAccess a fim de verificar se a sua configu-ração não foi danificada. O procedimentovai criar uma conexão via terminal, mas elanão vai prestar para navegar na Internet,pois não estabelece a conexão PPP. Existeno mercado uma variedade de sharewares(o Zterm, por exemplo) e softwares comer-ciais que emulam terminais. O AppleWorks (antigo ClarisWorks) é umaboa opção, pois já vem incluído no iMac enos Performas. Por isso, vamos utilizá-lo.Abra o programa, selecione um documentode comunicação (Communications) e cliqueOK. (Se aparecer um alerta de que não exis-te uma ferramenta de terminal disponível,reinstale o programa.)

Surgirá um documento de comunicaçõesem branco. Selecione Connection no menuSettings para abrir a janela de ajustes deconexão (Connection Settings).

Escolha Serial Tool no menu pop-up Method.As outras opções devem estar configuradascorretamente por default, mas tenha certezade que a porta de comunicação esteja sele-cionada corretamente (no caso de modeminterno, selecione Internal Modem) e entãoclique OK. Feito isso, selecione o comandoOpen Connection no menu Session.

Na janela de terminal que surge, digite osseguintes comandos (pressione [Enter] apóscada comando; se um OK aparecer é porqueestá tudo bem):

AT&F – Reinicializa o modem para a configu-ração original de fábrica.ATDT – Pega a linha. Vai aparecer a mensa-gem NO DIALTONE ou NO CARRIER se a linhafor detectada mas não houver nada a que seconectar. Digitando-se um número de telefo-ne após o comando ATDT, ele será discadologo após a detecção da linha telefônica. Note que o relógio no canto superior es-querdo do documento deverá estar avançan-do. Caso contrário:•Repita os passos do AppleWorks, começan-do pelo menu Setting.•Saia, reinicie o AppleWorks e repita o pro-cedimento.•Reinstale o AppleWorks.•Vá para o passo 8.Importante: se o relógio está avançando enenhum caractere aparece na janela de ter-minal enquanto você digita, é porque ocomputador não consegue enxergar omodem. Isso significa que:•Outra aplicação ou extensão está usando omodem. Se você está seguindo este tutorialdesde o início, isso não é possível.•O modem está desligado, desconectado,mal encaixado no slot (no caso de ser inter-no) ou ocorreu alguma falha interna.•Se nenhuma das opções acima funcionou,só resta uma possibilidade: o software de sis-tema está corrompido. Vá para o passo 12.

vire a páginaNão conectou?

:-(

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Bê-A-Bá do Maccontinuação

Não conectou?:-(Conectou!

:-)

Não conectou?

:-(

Não conectou?

:-(

Não conectou?

:-(

8 Cadê o tom?Quando o modem não detecta o tom dediscagem, a seguinte mensagem aparece:

Se o seu modem é interno, aumente ovolume do computador no módulo doControl Strip ou no control panel Moni-tors & Sound. Se você está por trás deuma central telefônica particular (tipoPABX), ou se o seu sinal de discar porqualquer motivo não é um tom contínuo,mas intermitente, marque Ignore Dial Tone.

9 Confira os cabose conectoresSe nada funcionou até agora, desconecteo cabo telefônico do modem, plugue-ono telefone e ligue-o diretamente à pare-de. Verifique se há tom de discagem. Senão ouvir nada, há um problema com ocabo ou com o conector da parede.Tente outro cabo, com outro conector.

12 Apague as preferênciasComo o AppleWorks pode ver o modem eo Remote Access não, localize e delete osarquivos Modem Preferences e Remote

Access Connections, localizados nas pastasModem Preferences e Remote Access, dentrode Preferences. Repita os passos 1 e 2.

Conectou!

:-) Não conectou?

:-(Conectou!

:-)

Não conectou?

:-(Conectou!

:-)

Conectou!

:-)

Conectou!

:-)

13 ReinstaleReinstale os itens do Remote Access apartir do CD do Mac OS.

14 Não deu?Se, mesmo depois de fazer tudo isso,você não conseguiu se conectar à Inter-net, das duas uma: ou você precisa deuma assistência técnica, ou então precisase benzer. Ou os dois. µ

11 Zapeie a PRAMEmbora as extensões de telefonia, fax eoutras de terceiros tenham sido desabili-tadas pelo Extensions Manager, há confi-gurações do Chooser, determinadas poressas extensões, que podem continuarpoluindo a Parameter RAM (PRAM, pro-nuncia-se pí-rã), que é onde ficam osajustes mais básicos do Mac. Para apagara PRAM, dê Shut Down e religue o Mac de novo segurando juntas as teclas[Option][Ω][P][R], mantendo-as pressiona-das até que o som emitido durante ostartup se repita pelo menos duas vezes.O “zap na PRAM” apaga também as pre-ferências dos painéis Date & Time,Energy Saver, General Controls, Memory,Mouse e Monitors & Sound. Você teráque refazer todos esses ajustes depois dasituação normalizada.

10 Conexão diretaFaça uma conexão ponto-a-ponto, comapenas um cabo conectando o modem eo conector na parede (isolando a linhade outros dispositivos, incluindo telefo-nes, secretária eletrônica, fax, extensõese splitters de linha). Quanto mais curto ocabo, melhor. Agora tente se conectarnovamente utilizando o Remote Access.Se o teste for bem sucedido, é porqueum ou mais dispositivos estão afetando aqualidade da linha (e, portanto, afetandoo tom de discagem), ou então piorandoainda mais uma linha de má qualidade. Aúnica saída é conectar esses dispositivosem outras extensões ou substituí-los (oque não é certo que resolverá o proble-ma). Muitas vezes, a culpa é de uma fia-ção de telefone precária dentro da casaou escritório, o que pode ser soluciona-do por um técnico competente.

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Resenha OSWALDO BUENO

V ocê pode definir o BBEdit como umeditor de textos, mas, decididamente,ele não é um editor de textos comum.

Ele não permite que você troque a fonte de umtrecho do texto, não deixa você paginar o quevocê escreveu em múltiplas colunas e não temnenhuma ferramenta para fazer gráficos ou

tabelas. OK, você deveestar se perguntando: mas,afinal, o que diabos oBBEdit faz?!?O BBEdit é um processa-dor de textos no sentido

mais puro da palavra; ele permite manipulargrandes, imensas quantidades de texto. Comovocê deve saber, todos os programas que vocêusa nesse seu computadorzinho foram criadosem princípio como longas linhas de texto, ochamado código de programação. É na mani-pulação desse código que o BBEdit mostra aque veio. Ele é usado em três situações princi-pais: edição de códigos de programação em lin-guagens como C ou Java, construção de pági-nas em HTML e manipulação de textos ASCII.

Manipulação de textosO BBEdit realiza desde as funções mais sim-ples (como mostrar o número da linha oucoluna, visualizar caracteres invisíveis – tabs,returns e linefeeds –, trocar maiúsculas

BBEdit 5.0.2 Programa confirma posto de melhor editor

de HTML-na-unha

por minúsculas, trocar múltiplos espaços portabs e ordenar alfabeticamente as linhas) atétarefas bem complicadas (como copiar ou

cortar todas as linhasque contenham umadeterminada palavra).Um dos recursos maisúteis do programa é suapoderosa ferramenta debusca e troca de textos.Você consegue procuraruma palavra em todos osdocumentos que estãoem uma determinadapasta, podendo até tro-car essa palavra poroutra. Por exemplo, se onome desta revistamudar repentinamentede Macmania paraMacOSMania, o BBEditconsegue trocar todas asaparições da palavra emtodos os arquivos ondeela estiver escrita.Mas onde ele vai longemesmo é no suporte a“Regular Expressions”(Regex), ou padrõesGrep, como elas são cha-

madas no BBEdit. As Regex nasceram nomundo Unix e a sua utilização, a princípio,pode assustar o usuário normal; mas, por seruma ferramenta muito poderosa, vale a pena osacrifício.Com as Regex, você consegue alterar padrõesno texto, como trocar datas no formato ameri-cano (MM/DD/AA) para o formato brasileiro(DD/MM/AA), inverter colunas de texto, refor-matar os dados para facilitar a importação embancos de dados e assim por diante.

HTMLComo o BBEdit sempre foi uma ferramentaexcelente para editar textos sem destruir osarquivos originais, os webmasters usuários deMac começaram a adotá-lo como sua principalferramenta para editar HTML. Com o tempo,foram surgindo plug-ins específicos para auxi-liar na criação de páginas. Hoje o BBEdit é aferramenta mais completa para edição deHTML que existe, independentemente da plata-forma – para aqueles que gostam de editarcódigos na mão, pois o BBEdit não possuinenhuma forma de edição visual de páginas;todo o trabalho é feito no próprio código e opreview da página é feito diretamente nobrowser de sua escolha. A versão 5.0 traz como

Tags de imagem editados no ato

Hierarquize seu código HTML, tornando-o mais legível

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novidade a compatibilidade com os padrõesmais recentes de HTML. Suas ferramentasgeram códigos que seguem as regras dospadrões 3.2, 4.0 transicional e 4.0 final. Essecuidado com a compatibilidade retroativa émuito importante para que seu código funcio-ne num maior número de browsers.Mas, com certeza, uma das grandes inovaçõesda versão 5.0 é a ferramenta Tag Maker, queverifica contextualmente onde está o cursor de

inserção de texto e mostra quais tags de HTMLpodem ser usados ali. Por exemplo, quando ocursor se encontra entre <HTML> e </HTML>,ela mostra apenas <HEAD>, <BODY> e<FRAMESET>. Após selecionar qual tag seráusado, ele apresenta uma janela com todos osparâmetros permitidos. Se você já tiver inseri-do um tag e quiser alterá-lo para um tag de

imagem, você utiliza o comando Edit Tag e eleabre essa mesma janela para alterar os parâme-tros, permitindo que você atualize o tamanhoda imagem, caso ela tinha sido alterada.Além de bem completo, oferecendo suporte atodos os tags do HTML 4.0, o BBEdit possuivários utilitários, como: verificação, otimizaçãoe formatação de códigos; verificação de links;

Os Includes automatizam a atualização de páginas com conteúdo semelhante, como assinaturas

Qual vai ser a cor do seu iMac?Vá ao site da Macmania e escolha o seu preferido

www.macmania.com.br

Minha mãe mandou eu escolheresse daqui, mas como eu souteimoso eu vou escolher esse daqui

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limpeza de códigos do PageMill e CyberStudio;integração com o Dreamweaver; conversãode caracteres especiais (como acentos); eatualização dos tamanhos das imagens deuma página ou site.Outro destaque é o suporte a “Includes”.Includes são templates que podem ser usadosem seus HTMLs, poupando muito tempo e eli-minando várias tarefas repetitivas. Das situa-ções mais simples, como um aviso de copyrightem toda página, até páginas geradas automati-camente pelo BBEdit com AppleScript. Essa éuma função inestimável para quem trabalhacom sites com grande volume de conteúdo epáginas semelhantes que podem ser descritascom templates. Somente ela já vale o progra-ma. Alterando o arquivo Include, você conse-gue atualizar seu site inteiro com um únicocomando. Para completar, o aplicativo trazsuporte a FTP, de modo que você pode alteraras suas páginas diretamente no servidor.

Linguagens de programaçãoO BBEdit possui ainda a capacidade de “enten-der” as seguintes linguagens de programação:C, C++, Object Pascal, Fortran, TCL, Perl,Java e JavaScript. Ao abrir um arquivo de umadessas linguagens, o programa consegue colo-rir o código para facilitar a sua visualização,além de criar um índice das funções. O BBEditconsegue ainda se integrar aos ambientes deprogramação da Symantec e da Metrowerks eao MPW ToolServer, permitindo inclusive quese use o Search e o Grep. Na verdade, essasferramentas de programação já vêm com umeditor de texto embutido, mas é normal queum programador que utiliza o BBEdit paraoutros fins acabe se acostumando com ele e outilize também para programar. µ

OSWALDO BUENO

É diretor da Carpintaria do Software

(www.carpintaria.com) e atrasou a matéria

para ficar vendo as estrelas.

…posicionamento do cursor dentro do código

O Find com capacidade para executar Regular Expressions (Regex)

é uma das funções mais poderosas do BBEdit 5.0

BBEDIT 5.0.2

¡™£¢∞BareBones Software: www.barebones.com

Preco: US$ 129

O Insert Tag mostra os tags disponíveis…

No BBEdit você vê seu código coloridaço

…contextualmente, de acordo com o…

Resenha

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Resenha MÁRCIO NIGRO

FLASHBACK

¡™£¢Aladdin Systems: www.aladdinsys.com

Preço: US$ 29,95

FlashBack 1.1Voltar no tempo é possível

P rogramas que não oferecem a possibili-dade de fazer múltiplos undos podemser uma dor de cabeça. Aliás, qualquer

aplicativo em que um documento seja alteradoconstantemente é uma virtual fonte de proble-

mas. A grande frustração éque, muitas vezes, quere-mos voltar no tempo paradesfazer algumas modifica-

ções que fizemos, mas nãohá como: estamos presos no

presente. Mas espere! Vejo algo na minha fren-te. Seria o DeLorean do professor Brown, dofilme “De Volta Para o Futuro”? Nada disso. É oFlashBack, da Aladdin Systems.Idéias simples e funcionais merecem nosso pro-fundo respeito. É o caso do FlashBack, que fazmuito bem aquilo a que se propõe: monitorarqualquer arquivo que você especificar e guardaruma versão diferente a cada comando Save. Aúnica coisa que o usuário tem que fazer é arras-tar para a janela do programa os arquivos queserão monitorados, e o FlashBack faz o resto.As versões são organizadas pela ordem crono-lógica e os arquivos são catalogados a partir doprograma criador. Para abrir uma versão, bastaum duplo clique sobre o ícone e nada mais.Também é possível arrastar o ícone para umajanela do Finder ou para o Desktop para trans-formar uma versão em um arquivo definitivo.O FlashBack pode parecer, em princípio, umdaqueles softwares tipo “é interessante, masfica para a próxima”. Mas é só começar a usarque você já se sente apegado a ele. Afinal, ele éuma segurança de que você pode voltar atrás.Se você, por exemplo, acha que a janela deHistory do Photoshop não serve para compen-sar a ausência de múltiplos undos, o FlashBackpode vir bem a calhar. Com ele, não é precisodar um Save As para guardar várias versões. No entanto, para quem trabalha com arquivosmuito grandes, pode haver uma limitação:espaço em disco. O FlashBack não faz mágica.Ele cria uma pasta de preferências onde é feitoo becape. Só que cada versão salva tem basica-mente o mesmo tamanho da original. Querdizer, um arquivo de dez megas ou mais poderapidamente ocupar mais de 100 MB, a menosque você delete freqüentemente algumas ver-sões da lista do FlashBack (o que pode ser feito

facilmente clicando-se no botão Delete).Por outro lado, o programa só ocupa 640 K deRAM e traz a opção para ser aberto automatica-mente após o startup, com a janela principalficando escondida se o usuário quiser.Clicando no botão Settings, você pode configu-rá-lo para salvar até as últimas 999 versões deum documento, especificando com que fre-qüência ele deverá ser becapado. Ainda pode-se determinar que o software seja acionado acada comando Save ou quando o documentofor fechado. Só senti falta da possibilidade dearrastar o ícone de um programa para a janelado FlashBack, de modo que qualquer docu-mento criado dentro desse aplicativo fossemonitorado automaticamente. Como essaopção não existe, é preciso se lembrar semprede acrescentar um documento importante aoFlashBack, antes que seja tarde demais. Parapessoas distraídas como eu, isso seria uma bên-ção. Quem sabe na próxima versão… µ

O FlashBack é, literalmente, o salvador

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Resenha J.C. FRANÇA

A lguns softwares têm a rara habilidadede transformar sonhos em realidade.Um deles é o Dreamweaver, da

Macromedia. Lançado no final de 97, ele criouum novo padrão para os editores visuais de

HTML, principalmente nos tópi-cos de integração de plug-ins,

JavaScript e DHTML. AMacromedia lançou umupdate, o 1.2, que oferecia

algumas melhorias sobre ooriginal. Mas o melhor chegou

agora, com a versão 2.0.A vantagem do Dreamweaver sempre foi a sim-biose entre o melhor de dois mundos: o HTMLna unha, em integração com o BBEdit, o editorde HTML preferido de nove entre dez Web de-signers macmaníacos, e o ambiente HTML gráfi-co, através dos ricos comandos do programa.Gregos e troianos podem ficar tranqüilos.O Dreamweaver corrigiu vários dos problemasda versão anterior: agora ficou fácil trabalharcom tabelas, integrar layers com tabelas, checaros links de um site inteiro e até mesmo fazer odesenho da página. Além disso, foram acres-centados novos recursos, facilitando a criaçãode conteúdos específicos para diferentes tiposde plataformas e servidores.Um dos comandos mais interessantes para osdesigners é o Tracing Page. É como se vocêtransformasse a área de sua página em umafolha de papel vegetal e pudesse desenhar apágina seguindo um rascunho colocado porbaixo. Isso permite montar a página a partir deum original gráfico já existente ou criado emoutro programa, como o Photoshop. Vocêpode até mesmo rabiscar sua página em papel,escanear e usar como molde. Outro comando,

Dreamweaver 2.0O melhor editor visual de HTML

chamado Convert

Layers to Table, per-mite posicionar osobjetos de formaprecisa na página edepois criar umatabela referente aessas posições.O programa se tor-nou bem mais custo-mizável em suainterface e na formade lidar com a edi-ção do código. Vocêpode criar esquemasde cor para o seusite, criar tags e pági-nas através dos libra-ries e templates, definir as áreas quepodem ou não ser editadas e modificar ocomportamento do programa em relaçãoà geração de código HTML. É claro queainda falta a customização quase total doseu parceiro BBEdit, e a possibilidade dese “scriptar” comandos de forma diretavia AppleScript ou Frontier. Mas semdúvida o programa é um dos mais custo-mizáveis em sua categoria.Para aqueles que precisam criar códigocom JavaScript ou DHTML, nada poderiaser mais simples: o Dreamweaver já saide fábrica com diversos scripts altamente

Novos recursos sofisticados de tracing page Botando a mão na massa

Posicionamento precioso de objetos

Ficou mais fácil trabalhar no Dreamweaver

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Outros novos recursos•Os comandos Clean Up HTML e seu parceiro Apply Source Formatting dão uma geral na página e limpam seu HTML de qualquer impureza•Gabaritos de esquemas de cor para tornar as suas tabelas mais simpáticasem um piscar de olhos•Possibilidade de incluir XML (o primorico do HTML) nas páginas•Search and Replace poderoso

O que fica devendo•Tem um cliente FTP que, embora boni-tinho, é ordinário. Vive travando a má-quina e, quando empaca, você é obriga-do a forçar um Quit•Os frames que você cria de vez emquando ficam confusos e as páginas cor-respondentes desaparecem •Ainda devora muita memória, dá pausinexplicáveis e instala várias extensõesda Microsoft, altamente suspeitas

DREAMWEAVER 2.0

¡™£¢Macromedia: www.macromedia.com

Macromedia: (011) 5185-2824

Preço: R$ 690,00

rativa do programa. Nesse caso, é mais fácilcriar comandos e macros no programa-irmãoxipófago, o BBEdit, e utilizá-los em ambos osprogramas. Se você está começando na Web epretende utilizar como base de dados oFileMaker Pro, então o Claris Home Page e oNetObjects Fusion são bem melhores nessequesito. O Home Page, na verdade, é quase umprolongamento do banco de dados, perfeitotanto para iniciantes quanto para profissionais.O que o Dreamweaver faz, e faz bem feito, éreconhecer os tags de alguns tipos de estrutu-ras utilizadas para conteúdo dinâmico: SSI(Server-Side Includes, código utilizado para

inclusão de conteúdo dinâmico em páginasconstruídas “on-the-fly”), ColdFusion (um pro-grama de Windows que gera códigos para aces-so a bancos de dados SQL) e ASP (ou ActiveServer Pages, a interface da Microsoft para con-teúdos dinâmicos), por exemplo.

O que ainda está nos sonhosApesar de todos os melhoramentos introduzi-dos nesse novo release, o programa ainda estána versão 2. Ou seja, ainda tem muito chãopela frente. Mas já briga de igual para igual ouaté ganha dos seus amigos mais velhos:CyberStudio, Fusion e Claris Home Page, osquais já estão na versão 3.De qualquer forma, a conclusão a que se chegaé: bom com ele, impossível sem ele. µ

J. C. FRANÇA

É diretor da Usina de Imagens.

O cliente de FTP parece ser muito bom, mas não cumpre o que promete

A possibilidade de criar esquemas de cores é uma das novidades

confiáveis. Basta aprender a usar umafunção chamada Behaviour para diminuirexponencialmente o seu sofrimento. Jápara se usar o DHTML, existem doiscomandos: Layers e Timeline. Eles permi-tem o posicionamento preciso do conteú-do na página e a criação de animaçõesque não dependem de Java, scripts ouplug-ins. Puro código!Junto com a library (espécie de arquivo degabaritos, atualizado automaticamente no site),surge um novo recurso: as templates. Agoravocê pode criar um gabarito e determinar quaisáreas deste são editáveis e quais não são. Issopermite que terceiros possam usar seu gabaritopara modificar textos sem detonar o visual.

Sites dinâmicos: é possível?Para criar conteúdos dinâmicos, que dependemde acesso a bancos de dados, é necessário criarum bocado de templates e usá-las na medidado necessário. Além de conhecer a fundo oassunto, sem contar com nenhuma ajuda inte-

Checagem automática de linksBotões facilitam o head

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(apesar da existência do chip ATI). Estranha-mente, num Mac 5500/250 o programa nemmesmo instalou. Em um iMac de 233 MHz eem um G3 de 300 MHz (bege), a coisa ficoubem mais rápida, praticamente indistinguíveldo console. Uma diferença notável é que,graças aos drives de CD-ROM de alta veloci-dade dos Macs, os jogos e animações carregammuito mais depressa que no console!

E não é que é bom mesmo?A operação do VGS é muito simples. Você abreo programa, coloca um CD de PlayStation nodrive e ele automaticamente começa a rodar. A qualquer altura do jogo é possível interrom-pê-lo e voltar para o Finder imediatamente.Daria até para se sentir jogando em um

PlayStation de verda-de, não fosse peloteclado, que deixa ojogador perdido comos 14 botões dovideogame. É impres-cindível o uso de umjoystick para ter real-mente a sensação de

Resenha OCTÁVIO MARON

L ançado na Macworld de São Francisco, oVGS (Virtual Game Station), da Connec-tix, foi um dos maiores sucessos da feira.

Em poucos dias a Connectix esgotou seu esto-que de 3 mil cópias da versão preliminar, supe-rando suas próprias expectativas. E nas três

semanas seguintes vendeumais de 60 mil cópias, oque representa um fatura-mento de US$ 3 milhões.Para um software de Mac,é o sucesso absoluto.

O VGS permite que você jogue games do SonyPlayStation no Mac, com jogabilidade total eanimações fluidas. Não há nenhum dos efeitoscolaterais comuns em outros emuladores,como baixa velocidade e instabilidade.Segundo a Connectix, o VGS funciona apenasnos computadores com processadores G3(inclusive os PowerBooks G3 e os iMacs). Issoporque ele utiliza o chip de vídeo ATI RAGEque vem na motherboard dos G3. Mas, comoficam outras máquinas que também possuem ochip ATI RAGE, como os Power Macs 6400/6500 e o 5500? Conseguimos rodar o VGS emum Power Mac 6400/180, que, devido ao seuprocessador antigo, deixou o jogo bem lento

Connectix VirtualGame Station

Ei,o seu Mac é um PlayStation!se estar jogando num console. Para remediar asituação, é possível programar o teclado emqualquer configuração que você achar menosdesconfortável.Jogar pelo teclado pode até dar mais emoçãoao jogo. O VGS permite que duas pessoasjoguem numa mesma máquina. É claro queduas pessoas jogando ao mesmo tempo, comas mãos todas entrelaçadas para alcançar 28teclas no teclado, não é uma coisa muito práti-ca. Para um melhor aproveitamento, convémdeixar um jogador no teclado e outro no joys-tick, ou (no caso dos iMacs) usar dois joysticks,cada um em uma porta USB.Teoricamente, o VGS permite utilizar apenasjogos de PlayStation produzidos para o merca-do americano. Mas, na mesma semana em queo jogo foi lançado, já começaram a surgir naInternet patches (remendos) que habilitam oprograma a rodar games japoneses e europeus.Embora o VGS seja realmente espantoso, eletem alguns defeitos, para surpresa geral danação. Alguns jogos travam, outros não rodamde jeito nenhum. Mas, segundo a Connectix,existem cerca de 150 jogos que rodam direi-tinho com a versão 1.1.

O emulador adapta a resolução da tela automaticamente. Você pode

interromper o jogo a qualquerinstante pressionando [Esc] (à

esquerda) e trocar de jogo com ummero comando de menu (à direita)

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1 Em primeiro lugar, você deve ter umMac com as características citadas. Emcomputadores sem chip de vídeo ATI, elenem sequer instala.2 Agora esteja preparado para dar nomínimo dois restarts. A própria janela do CD de instalação jácontém as instruções básicas, na formade um mosaico de ícones:

Rode primeiro o ATI Universal Installer3.3; depois restarte a máquina e instaleo ATI Driver Update e dê outro restart. Você até pode dar Quit num instaladore rodar o seguinte sem restartar, desdeque não faça mais nada no Mac alémdas instalações. 3 Agora sim, instale o VGS. Tudo isso énecessário porque ele precisa dos driversATI novos para poder rodar.4 Pronto! Coloque um CD de jogo nodrive e pau na máquina.

VIRTUAL GAME STATION¡™£¢Connectix: www.connectix.com

Preço: US$ 49 (EUA)

Como instalar o VGS

Além disso, não existe nada semelhante aoVGS para Windows (hehehe), o qual continuaapenas com emuladores sharewares, que rara-mente funcionam a contento.

E a Sony, como fica?E com esse sucesso todo, qual é a atitude daSony? A Connectix não infringiu nenhum copy-right da Sony ao criar o emulador pelo métodode “engenharia reversa”. Mas a fabricante doPlayStation entrou com um processo na Justiçaamericana para proibir a venda do VGS, alegan-

do que ele ajudava na prolife-ração de games piratas. Em res-posta a isso, a Connectix lan-çou o update 1.1 para o VGS,que parece servir principalmen-te para bloquear os patches já existentes.A Connectix ganhou o processoem primeira instância e já saiuvendendo seu emulador nor-malmente. Mas parece que aempresa está cautelosa nessabrincadeira de Davi e Goliascom a gigante japonesa. Umaprova disso é que mesmo ascópias do programa enviadaspara lojas de software foramgravadas em CD-R, e não emum processo de duplicação deCDs convencional. Ou seja, aConnectix está fazendosomente alguns milhares decópias de cada vez, provavel-mente para não micar comdezenas de milhares de cópiasde CDs na mão, caso a Sonyvenha a ganhar essa batalha.Outra prova dessa cautela é ainsistência da Connectix emnão permitir a venda do VGSem outros países além dos EUA.Cada país terá que ser analisa-do separadamente, do ponto de vista legal,para que os advogados da Sony não consigamimpedir a venda. Em países como o Brasil,onde a Sony nem sequer vende o PlayStation,devido aos altos índices de pirataria no país (é

nos royalties por CD vendido que ela ganhadinheiro, não no console, o que explica essabriga toda), a possibilidade de venda do VGS éainda mais remota. Tanto a Passport quanto aSED Magna, que distribuem produtos daConnectix no Brasil, afirmam ter pedidos doVGS junto à Connectix, mas até o fechamentodesta edição a empresa não havia confirmado oenvio do produto. Só nos resta esperar. µ

OCTÁVIO MARON [email protected]

Perdeu o Carnaval jogando PlayStation no seu Mac.

Os ajustes gerais (acima) são genialmente simples e incluem a possibilidade de se criar memory cards virtuais.

Configurar o teclado (abaixo) para um jogador não é tão difícil;dois ao mesmo tempo é que é dureza

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MacPRO•49

Os dias de espera foram contadosansiosamente pela sua legião deusuários no Brasil e no mundotodo. Só na Macmania, o upgradefoi antecipado por duas vezes.Pois é: depois de ter sido anuncia-da aos quatro ventos por mesesseguidos, finalmente está sendodistribuída a nova versão do software do siste-ma de edição não-linear de vídeo Media 100,um dos ícones da plataforma Macintosh nosanos 90.A grande expectativa foi realmente correspon-dida com um programa mais maduro, de-monstrando que o Media 100 não esqueceu osmacmaníacos (agora já há uma versão paraPC, o Finish). Essa impressão é causada nãoapenas pelos novos recursos de softwareincluídos, mas também pelo fato de que, juntocom a versão 5.0, foi lançada a opção parainput e output DV/FireWire.

Upgrade necessárioPara usufruir do processamento DV e de algu-mas outras facilidades do Media 100 5.0, ousuário vai precisar fazer também um upgradede hardware, que custará US$ 3 mil nos EUA.Trata-se de uma variação da placa Vincent, cha-mada P6000, acoplada a uma daughtercardpara o processamento do DV.Independentemente do software e da opçãoDV, a P6000 proporciona um processamentode vídeo ampliado e melhorado, devido aosavanços nos chips e no design da placa.Com a P6000 é possível, por exemplo, chavearo programa para trabalhar com imagens a 640x 480 pixels (como antes) ou com imagens a720 x 486 pixels (padrão ITU-R BT.601), recur-

MacPRO

so que vem com um considerávelatraso, já que quase todas as ou-tras placas para edição não-linearhá muito usam esse padrão. Novi-dade mesmo em termos de merca-do é a possibilidade adicional decaptura, monitoração e processa-mento de imagens na proporção

16:9 (HDTV).Se você já possui um M100, terá que devolvera placa antiga para receber a nova como partedo acordo de upgrade. No caso dos sistemasnovos vendidos a partir da versão 5.0, a placaP6000 estará disponível apenas para as faixasde produto XL/XE/XS e XR, tendo o processa-mento DV como opcional. O Media 100 qx é oúnico que continua com a Vincent 601. Os no-vos compradores do M100 também vão levaruma Junction Box mais robusta e resistente.Fisicamente, além do novo conector externoDV/FireWire para ligar a câmera ou o VCR DV,a P6000 possui dois novos conectores inter-nos. Um deles serve para ligar a placa HDRfx(para efeitos em real time) e para a futuraconexão SDI através de uma nova daugh-tercard – a ser lançada ainda neste semestre –,enquanto o outro é usado exclusivamente paraa conexão com a daughtercard DV.O novo sistema captura o sinal DV 4:1:1 viaFireWire e o converte para vídeo 4:2:2 M-JPEGem tempo real. Nesse aspecto reside o que háde mais interessante na solução DV do Media100. Essa arquitetura foi criada para permitirao usuário integrar num mesmo projeto ima-gens provenientes de material DV, Betacam, S-VHS e outros formatos analógicos.O único senão é que não dá para usar as saídasanalógica e digital (DV) simultaneamente.

o suplemento dos power users

Ano 1- Nº 5Parte integrante da revista MacmaniaNão pode ser vendido separadamente

Media 100 5.0Nova versão do célebre software de edição não-linear de vídeotraz suporte a DV/FireWire emúltiplos undos

por João Velho

Documentação de Java para Mac Graças ao trabalho de um desenvolvedor indepen-dente, Steve Revilak ([email protected]),a Sun conseguiu disponibilizar em janeiro a docu-mentação do API Java para Macintosh. Para queisso pudesse ser feito, foi necessário resolver a limi-tação de 31 caracteres que os nomes dos arquivosMacintosh têm em relação aos arquivos Java puros,que podem ter nomes mais longos.Com esse release, os desenvolvedores Java mac-maníacos agora têm ao alcance dos dedos toda adocumentação do Java até a versão 1.1.7 em for-mato HTML, o que significa poder contar com omelhor suporte da linguagem na sua máquina:superior a qualquer livro, CD ou outra mídia existen-te, e de graça.Você encontra essa API em www.java.sun.com/

docs/mac_format/index.html. O arquivo de down-load tem cerca de 1,6 MB; quando descomprimi-do, o bicho ocupa 14 MB no disco, com 578 arqui-vos! Para usá-lo, basta duplo-clicar no arquivo a-names.html; este chamará o seu browser defaulte mostrará uma lista alfabética de A a Z. Selecionea letra que corresponda ao primeiro caractere dapalavra-chave, constante, classe, método (inclusiveconstrutores) ou variável que esteja querendo estu-dar. Será então exibida uma lista com todos os ter-mos Java que comecem por aquela letra. Localize otermo sobre o qual queira informações (com [Ω][F],por exemplo), clique nele e o sistema exibirá umapágina HTML com a sintaxe correta do termo, suadescrição, o valor de retorno (se houver) e os parâ-metros requeridos. Muitas vezes, o sistema tambémsugere alternativas à palavra que você escolheu.Para os desenvolvedores pokaprátika, a API é umaimportante ferramenta de auxílio aos estudos, poispermite tirar dúvidas rapidamente. Para os desen-volvedores profiça, é o melhor utilitário disponívelpara depurar programas. E o que é melhor, nãocusta nada!

Programação orientada a objetoO shareware sueco Object Plant 2.1 (US$25) éuma ferramenta para desenvolvimento e análise decódigo orientado a objeto que, na nova versão, cor-rige vários bugs e tem a possibilidade de combinarsaídas de várias classes em um único arquivo.Softsys: www.softsys.se/ObjectPlant

Debugando o debugadorAté os caçadores de bugs às vezes têm bugs. OBugLink 1.1.1 faz o update do sistema de rastrea-mento de bugs da PandaWave. A empresa tambémlançou o UUIDLib 1.0, uma biblioteca que possibili-ta que os programas gerem IDs únicas baseadasem endereços de hardware Ethernet e num timer de100 ns, como no pacote OSF DCE.PandaWave: www.pandawave.com

ProNotas

ΩΩ

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Media 100 5.0continuação

Código de instalaçãoAntes mesmo da instalação, quem já é usuá-rio do M100 dá de cara com uma outra novi-dade na versão 5.0, que pode não agradaràqueles que não possuem o contrato Platinumpara upgrades de software e costumam copiaras novas versões de amigos ou de outras fon-tes mais obscuras. A partir de agora, o usuárionecessitará de um código de 20 dígitos parapoder instalar upgrades dessa e de qualqueroutra versão. Esse código é fornecido direta-mente pela Media 100 a partir do número desérie de cada placa Vincent, apenas para usuá-rios que possuem o contrato Platinum.Se alguém colocar uma numeração que nãobata com a encriptação correspondente aonúmero de sua placa, a instalação não prosse-guirá. Nada mais justo, já que essa é a únicamaneira de garantir o retorno do investimentodo fabricante nas pesquisas para melhorar osistema. Convenhamos: para quem usa o

M100 em trabalhos profissionais, se umasduas vezes por ano houver upgrades comoesse, repletos de melhorias significativas, ocontrato Platinum será bem compensador.

Melhorias significativasInicialmente, quando abrimos o programa, jána janela que pergunta se queremos criarum novo projeto nota-se uma diferençana interface. As janelas de diálogopara arquivos e projetos ganharamtrês menus pulldown: um comacesso aos discos montados,um para acesso a folders e arqui-vos favoritos e outro para acesso afolders e arquivos abertos ou importa-dos recentemente. As janelas tambémpodem ter seus tamanhos alterados, além deproporcionar seleções múltiplas em umamesma operação (oba!).Com um projeto aberto, logo se sobressai o

novo menu Media,que resultou de umdesdobramento domenu Tools. O novomenu agrupa as fun-ções ligadas ao ren-der, à digitalizaçãoautomatizada e aogerenciamento ebusca de arquivos demídia. Mas as verda-deiras inovações do

M100 5.0 estão um pouco menos à mostra,mescladas com as mais diversas funções.

Múltiplos undosUma das mais importantes é certamente aimplementação dos múltiplos níveis de undo,que podem chegar a 150, dependendo daquantidade de memória RAM disponível. Aseqüência de undos se modifica de acordocom a da janela que estiver ativa no momento,no caso, as janelas Bin, Program e Edit Suit, emseus vários modos. Não é preciso dizer que oundo único era um tremendo furo do softwa-re, um pouco tardiamente consertado.A substituição de clips na timeline agora podeser feita transferindo atributos e efeitos do cliporiginal da edição para o clip que estiverentrando. Outra mão na roda são os marcado-res dos usuários, que antes só eram aplicáveisem pontos da timeline e que agora podem sercolocados nos clips, melhorando sensivelmen-te as operações de sincronização de áudio evídeo e criação de pontos de edição.Na parte de gerenciamento de projeto, maisalguns motivos de alegria: drag and drop dearquivos e folders importados ou abertos doFinder diretamente para um bin, a possibilida-de de mudança dos nomes de bins e progra-mas dentro da janela Project e a abertura de

arquivos de projeto sem precisar reabrirbins e programas, que muitas vezes,

dependendo do número de clips e dotamanho da edição, demoram

uma eternidade.O Media 100 é conhecido

pela facilidade de integraçãocom outros programas, por traba-

lhar com arquivos em QuickTimenativo. No entanto, nas versões anterio-

res não dava para abrir dois arquivos devídeo M100 em mais de um programa aomesmo tempo. Com a versão 5.0, o comparti-lhamento do codec passou a permitir que ousuário deixe o Media 100 em backgroundenquanto trabalha em algum arquivo devídeo nativo do M100 em programas comoAfter Effects, Commotion e Effetto Pronto.Antes da versão 5.0, projetos baseados em efei-tos de correção de cor, para consertar erros degravação ou de telecinagem, esbarravam emum limite muito estreito no número deColorFX disponível para um mesmo projeto.Esse foi outro ponto que ganhou a atenção dosengenheiros da M100: o limite aumentou paraaté 1000 efeitos. Ainda falando de efeitos, nãose pode esquecer a habilitação dos efeitos nati-vos do QuickTime 3.0, dos dois novos wipes edo efeito Color Pass. Para fechar, o efeito Wipe

A novaversão prova

que o software é cadavez mais a base do

desktopvideo

Versão 5 traz grandes melhoriasna geração de caracteres

MacPRO•50

Ajuste fácil nas imagens

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MacPRO•51

Designer, que antes só aceitava ima-gens de referência em PICT, agoraaceita imagens nos formatos TIFF,GIF, JPEG, BMP e TGA.

Mudanças no CGPode-se concluir que esse upgradeclaramente foi feito não com a inten-ção de trazer novos recursos mirabo-lantes, mas sim facilitar a vida doeditor. Mas, com todas as melhoriasjá citadas, é no CG (o software degeração de caracteres que trabalha acoplado aoM100) que talvez esteja concentrado o maiornúmero de mudanças significativas da versão5.0. O CG, outro calcanhar de Aquiles doM100, ganhou novos recursos, tais como osuporte para múltiplos objetos em movimen-to em um mesmo título, o uso de filmesQuickTime como background para textos eplacas, além de muitos outros detalhes quepraticamente exigiriam uma resenha à parte.Novas paletes, melhores ferramentas para ani-mar textos e objetos, maior precisão etc. Valeconferir o que parece ser uma espécie de “con-quista da maioridade” do CG.

ConclusãoO lançamento da versão 5.0, com tudo o queela representa, prova que o software é cada vezmais a base do desktop video, e que sempre háo que melhorar nessa espécie de work in pro-gress que é a indústria da informática. Tomara que os próximos upgrades sejam tãoou mais generosos quanto esse. Por outro lado,já se sabe por informações extra-oficiais que apróxima parada deverá ser na NAB deste ano,com o hardware mais uma vez em foco, quan-do a Media 100 deverá mostrar uma soluçãointegrada para input e output de vídeo analógi-co, DV e serial digital, obtida através de placasprincipais (a P6000 e uma nova) acopladas aduas daughtercards. M

JOÃO [email protected]

É sócio da Digiworks, empresa de criação

de projetos de animação, vinhetas e

pós-produção de vídeo digital.

Importar arquivos é aindamais fácil e direto

Media 100 5.0 ¡™£¢Media 100: www.media100.com

Video Mart: (021) 493-3281; fax (021) 494-3334Preço: Versões variam de US$ 1.995 (QX) até 19.995 (XR)

ProNotas continuação

ProLinks

A fórmula paradocumentos científicos Boas novas para as pessoas que têm que pre-parar documentos técnicos e científicos conten-do muitas fórmulas matemáticas. A WolframResearch anunciou o Publicon 1.0, softwareque oferece estrutura de documento hierárqui-ca, digitação de caracteres matemáticos, hiper-texto e muitas outras características high-end.Além disso, o formato nativo do programa é otexto ASCII padrão, o que torna mais simples atarefa de portar um documento entre várias pla-taformas. Uma versão beta está disponível paradownload, assim como a chave para desblo-quear o recurso de Save sem qualquer taxadurante o período de teste.Wolfram Research: www.publicon.com

HFS+ documentado, finalmenteAs informações sobre a formatação de volu-me HFS+ agora estão disponíveis online. Jánão era sem tempo. Faz mais de um ano quemembros dos programas de desenvolvedoresda Apple têm acesso aos dados preliminaressobre o layout dos discos HFS+, mas a docu-mentação final veio a passo de tartaruga e sóagora apareceu definitivamente. Os documentospodem ser encontrados nas páginas doMacintosh Technical Note 1150, que descreve aestrutura de arquivos do HFS+ para aqueles quejá estão familiarizados com o HFS.Apple: http://developer.apple.com/technotes/

tn/tn1150.html

CenterNet 1.0 (US$15)Ferramenta para webmasters que permite auto-matizar pesquisas em doze ferramentas de bus-ca simultaneamente.http://www.moonbeam-online.com/products/

centernet.html

MacDNS 1.0.4Versão melhorada de servidor de nome de do-mínio gratuito.http://asu.info.apple.com/swupdates.nsf/

artnum/n11264

JustEdit Plus 1.0Applet Java (US$ 100) para administração re-mota de sites via formulários.http://www.mstay.com/je10_ab1.html

Rumpus, Rumpus Pro 1.3Versão final de servidor FTP.http://www.maxum.com/Rumpus

Stalker Internet Mail Server 1.8b1Servidor de mail gratuito que agora suportacomandos AUTH para autorizar conexões SMTPe POP.http://www.stalker.com/SIMS

Hack do LeitorResgatando velhos easter eggs do Mac OSÉ verdade que aqueles sistemas7 ponto alguma coisa eram muitoinstáveis, lentos e tinham muitasdesvantagens em relação aoatual 8.5. Mas existe um item emque o velho System 7 supera oatual: Easter eggs (“ovos dePáscoa”, features ocultos nosoftware). Digitando-se secret

about box e arrastando o textopara o Desktop, em vez de virarum clipping ele se transformavanum joguinho ou uma bandeirade iguana orientada pelo mouse.Bom, fiquei com saudade dojoguinho e dei um jeito de “pren-der” esse easter egg no Calcu-lator. Agora posso jogá-lo emqualquer versão do Mac OS.1 Abra no ResEdit uma cópia do

arquivo System da versão 7.5.(Na versão 7.5.5, a Apple trocouo game pela bandeira de iguana.Ainda estou tentando descobrirse é possível fazer o mesmo comesse outro easter egg.) 2 Abra uma cópia de algumDesk Accessory com o ResEdit(eu prefiro usar o Calculator por-que é um programa pequeno emais fácil de lidar).3 Na janela System do ResEdit,selecione o resource DRVR. Nomenu Edit, selecione Copy.4 Na janela Calculator do ResEdit,selecione Paste no menu Edit.Responda Yes para a caixa dediálogo que aparece.5 Feche a janela Calculator noResEdit e salve as mudanças fei-

tas. Feche a janela System doResEdit.6 Mude o nome do Calculatorpara qualquer coisa que quiser.Agora, toda vez que abrir o pro-grama, o Easter egg vai aparecercom o nome de todos os progra-madores do sistema, inclusive ofamoso Peter Bierman, autor doMacDISCO e desenvolvedor doMac OS X (Macmania 52).A única diferença entre esse e oEaster egg original é que, sevocê estiver rodando o sistema8.X, não aparecerá escritoSystem 7.5 brought to you by:antes de introduzir a lista denomes dos programadores.

Pedro [email protected]

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A Internet, o maior shopping center domundo, tem espaço ilimitado para a aberturade novas lojas. E a febre se espalha: é como setodos quisessem oferecer algo através da rede.Aqueles que já se aventuraram no ecommerce eno projeto de lojas virtuais sabem a quantida-de de trabalho envolvida. São muitas variáveis,muitos detalhes para serem checados à exaus-tão, muitos pequenos truques, configurações eadaptações a serem feitas.Temos então duas frentes: o design puro e sim-ples, que deve ser o mais atraente possível, afim de “segurar” nossos possíveis clientes, e omecanismo que funciona nos bastidores. Talmecanismo deve ser à prova de falhas, poisestamos lidando com o bolso das pessoas. Eessa é uma parte extremamente sensível docorpo. Vamos tentar especificar melhor omecanismo envolvido:•O usuário chega ao seu site.•Você oferece a ele um produto.•Você mostra a ele detalhes do produto.•Você o convida a fazer uma encomenda.•O usuário encomenda o produto desejado.•Você pede ao seu usuário para preencher umaficha e confirmar o pedido.•O usuário passa a você informações críticas,como o número do cartão de crédito.•As informações são checadas e confirmadas.•O usuário é avisado de que tudo está emordem e o pedido foi efetuado, ou que algunsdados são inválidos e a ficha deve ser refeita.•O usuário vai embora do site feliz da vida erecebe em alguns minutos um email confir-mando a transação.Parece simples, não? É apenas uma seqüênciade ações, não é mesmo? Parece, mas não é.

FileMaker+comércio eletrônico=lojas virtuais em tempo recorde

Temos vários problemas a serem resol-vidos nas etapas descritas. Por exemplo,como eu faço para:1 Manter um registro individual decada cliente que acessa o meu site, deforma a não confundi-lo com qualqueroutro que esteja lá no mesmo momen-to? E como acompanhar o usuário acada mudança de página?2 Manter o banco de dados dos meusprodutos oferecidos constantementeatualizado, mesmo que esteja a grandedistância do servidor?3 Conferir se o cliente já não veio aomeu site antes e, portanto, já não temuma ficha cadastral preenchida?4 Conferir os dados fornecidos pelocliente?5 Proteger os dados confidenciais emtrânsito? Como tornar o site seguro?6 Passar um email para o cliente com o regis-tro das transações efetuadas, ao mesmo tempoem que aciono o meu sistema para enviar oproduto ao cliente?Este artigo não tem a intenção de ser um trata-do sobre ecommerce, mas sim de sugerir umasolução que, neste momento, parece ser a maisrápida e eficiente para quem está iniciando naárea. Essa solução é a combinação doFileMaker Pro com o Claris Home Page.

Como funcionaO FileMaker funciona como banco de dados eservidor Web, enquanto o Claris Home Page éo editor de HTML que gera os códigos neces-sários para a página dinâmica funcionar.Depois de criados os códigos, você pode passar

para outro editor de HTML de sua preferênciae fazer a parte cosmética. Ou simplesmentecontinuar no Home Page, que não deixa de serum excelente editor de páginas WYSIWYG. OFileMaker traz alguns templates (modelosprontos) que podem ser adaptados ou servir dereferência para o início do trabalho.Vamos, então, destrinchar algumas das ques-tões colocadas no início do artigo. Certosproblemas, como a proteção dos dados confi-denciais em trânsito, são muito extensos paraserem discutidos neste espaço. Faremos ape-nas um breve relato das possibilidades para asolução dos problemas, de acordo com a suanumeração.1 A personalização da informação é o grandeapelo da Internet. Temos mecanismos para

Por J.C.França

Você pode folhear o catálogo ou ir direto ao ponto Ficha do item e o curto e grosso botão “Comprar”

Comprando sem ter que encarar oNão tem volta: a compra por cartão de crédito via Inter-net já está consolidada. Alguns dos sites mais movi-mentados do planeta neste momento são de vendadireta, como a Amazon Books, a CDnow e a própriaApple. Para a compra de muitos tipos de produtos, oato de percorrer as lojas e a figura do balconista estãovirando lembranças do passado, e para muitas mer-cadorias simplesmente não existirá mais um sistematradicional, “não-virtual”, de aquisição.Compre solitariamente, a partir do seu computador decasa ou do trabalho. A ausência de interação com outroser humano (ou seja, o fim da pechincha) e do contatoprévio com o produto (tipo “deixa eu olhar essa câmera”)são compensadas por um mecanismo de catálogo ele-trônico rigoroso e tremendamente eficiente para o com-prador e para o comerciante online. Mas não basta queo site seja bem programado: para que venda bem, pre-cisa ser fácil de usar e oferecer informações satisfa-tórias sobre os produtos. Veja o exemplo ao lado.

Este é um exemplo típico de um form para criar umaloja virtual. No caso, temos a página chamando o servi-dor Web do FileMaker Pro para executar uma ação aomesmo tempo em que especificamos o banco de dados eo layout utilizados e as variáveis necessárias para exe-

cutar o processo. Preste atenção no valor token: é elequem carrega informações de uma página para outra,

permitindo rastrear cada usuário separadamente

MacPRO•52

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saber quem está em nosso site, e por ondenavega tal pessoa. Dois mecanismos são osmais utilizados atualmente:•O cookie, um pequeno arquivo-texto enviadopelo servidor que fica armazenado no HD docliente. Esse arquivo em geral tem uma data deexpiração e armazena alguns dados que podemser reutilizados posteriormente, permitindo aoservidor Web identificar o usuário, a hora dasua visita, o número de vezes que ele acessouo site etc.•O token, utilizado pelos CGIs e bancos dedados. Através de um comando de código inse-rido na página, é possível gerar uma identifica-ção que acompanha o usuário a cada mudançade página. Basta invocar tal identificação que obanco de dados irá acionar o registro referenteàs transações desse usuário específico.2 Por esses dois mecanismos é possível ter-mos um número teoricamente ilimitado declientes acessando o site ao mesmo tempo,cada um deles sendo atendido por um “vende-dor” virtual.3 A atualização do banco de dados é crítica.Preços defasados podem levar até a processosjurídicos. O FileMaker Pro permite a conexãopara manutenção direta da base de dados, viaTCP/IP ou por meio de uma interface Web. Aconfiguração necessária para o uso desses ser-viços é mínima.4 A partir do momento em que o clientepreencheu uma ficha cadastral no seu site,basta ele digitar algum código individual paratrazer à tona a sua ficha completa. Você, é cla-ro, é quem escolhe quais informações preten-de disponibilizar.É um pouco mais complicado conferir os

O melhor meio de aumentar as suas vendascom pouco esforço é o comércio pela Internet.Saiba o que é preciso para entrar nessa

Ao voltar, não é preciso preencher tudo de novoConsulta dos itens que você já escolheu A hora do friozinho na espinha: assine a fatura

5 A maneira mais comum de proteger osdados do seu cliente é criptografá-los antes doenvio para você. Assim, não há perigo dealguém obtê-los em trânsito. Para isso é neces-sário adquirir um certificado digital, o qualserá interpretado pelo browser do cliente. Obrowser então codificará a informação e aenviará ao servidor. Mas de nada adianta trans-mitir os dados seguramente se, ao chegar noservidor, eles não estiverem seguramentearmazenados. Quando se fala em segurançados dados confidenciais dos clientes, todo cui-dado é pouco. Nesse aspecto, o FileMakerpouco tem a oferecer: a criação de um siteseguro não tem nada a ver com as páginasdinâmicas.6 Alguns códigos específicos do FileMakerPro permitem o envio de um email ao clientecom as especificações do pedido e outros e-mails para outras pessoas ou departamentosde uma empresa.

ConclusãoSe, depois de todos esses requisitos, você aindaestiver animado para abrir a sua loja, vá emfrente! Mas ainda faltam alguns detalhes aserem checados:•O seu provedor tem um computador rodandoFileMaker Pro? Em que plataforma?•O seu provedor oferece sites seguros?Passou neste último teste? Então, agora é criaralgo muito bonito e esperar a caixa registrado-ra tilintar! M

J.C.FRANÇA [email protected]

É fotógrafo digital e diretor da Usina

de Imagens.

vendedor

dados que o seu cliente afirma serem dele.Você pode criar alguns campos de cálculo ouscripts no FileMaker para checar informações,ou mesmo ter um arquivo de cartões de crédi-to inválidos, por exemplo. No nível do HTML,o máximo que se pode fazer, na maioria doscasos, é afirmar que os dados não são do clien-te. Existem alguns Javascripts que permitemchecar se um CPF ou número de cartão de cré-dito é válido, mas dificilmente você vai conse-guir autenticar os dados fornecidos. No casodo cartão de crédito, a única alternativa seriaestar online com algum sistema bancário, oque é caro e complicado. Existem empresasque oferecem serviços de autenticação,mediante a cobrança de uma comissão sobrecada transação efetuada. Algo em torno de 5%.

É importante especificar no FileMaker Pro um número exclusivo paracada cliente. Para isso, basta ir a Options

em Define Fields e clicar em Unique

MacPRO•53

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Ombudsmac EVAN KIRCHHOFF

As opiniões emitidas nesta coluna não refletem a opinião da revista,

podendo até ser contrárias à mesma.

M uita gente se espantou com o sucesso daApple e a virada do iMac, mas poucos che-garam a uma conclusão sobre o motivo

desse sucesso. Aqui vai minha teoria:é verdade que eles conseguiram fazer as malditasmáquinas funcionarem, finalmente, depois de seteanos de descaso. Isso, é claro, não tem nenhumvalor intrínseco, mas é uma condição necessáriapara a VERDADEIRA estratégia!E a verdadeira estratégia é a seguinte:1 Eles descobriram que – ei! – aApple ainda é um fabricante dehardware. Todos diziam para elaparar de ser um fabricante de hard-ware, para mudar para o negócio desistemas operacionais, onde obvia-mente estava o dinheiro, já quenão existe margem no hardware,blá, blá, blá. Eu disse isso, nóstodos dissemos, eles obedeceram;seguiram manquitolando duranteanos como uma empresa de softwareque também fazia umas máquinas. Final-mente, eles acordaram e saíram do negó-cio de software para mergulhar de cabeçano mercado de equipamentos. Emretrospecto, foi um grande lance, já queno fundo ninguém realmente dá amenor pelota para o software em si (exceto o povo do Linux).2 Eles descobriram que estavam sentados sobreuma marca fantástica que a maioria das pessoas asso-cia a “bonitinha”, “alternativa” e “fácil de usar”, ape-sar de manchada com “pena que faliu”. Mais impor-tante – já que eles não venderam nenhuma máquinaa novos usuários durante a maior parte dos anos 90–, a percepção que o público em geral tem da Applecomo “fácil de usar” não se modificou durante osquase sete anos em que as máquinas vendidas forados mercados verticais – os Macs para o mercadodoméstico – eram trambolhos frágeis, lentos e mal-configurados (não discuta comigo; meu campustem aproximadamente dez mil Macs, a maioria lan-çada no começo dos 90, e eles ainda são horríveiscaixinhas do Mal).Então, eles (ou melhor, Jobs) se sentaram e pensa-ram: “hardware… marca fantástica… hardware…marca fantástica” e bolaram uma daquelas estraté-gias “transformando fraqueza em força”, que devevirar um estudo de caso em um livro de marketingem alguns anos. Pararam de vender “Macintosh”como se fosse uma vaga substância fluida que podeser colocada em vasilhames variados com uma vastagama de efeitos diferentes. Esse é o jogo daMicrosoft. A Microsoft está em tudo quanto é lugar,sugando royalties e tascando a marca “Windows” noseu computador de mesa, de mão ou no microon-das. Realmente existe uma enorme quantidade dedinheiro nisso, mas infelizmente a MS já detém todoele e vai mantê-lo.“A Apple é aqui”. Atire para matar em todos os fabri-cantes de clones de Mac e não pare aí. Cancele vir-

tificar sua afeição irracional; quando estiverem lendoos números do processador G3, a compra já vaiestar decidida). Além disso, o mundo PC está reple-to de gabinetes MEDONHOS (por exemplo, o estilo

“grande alça inútil” da IBM, a “grande portainútil” da Sony, o “roxinho e torto como um

frasco de desodorante feminino” da HP, o“buracos no monitor que parecem tiros de

espingarda” da Packard-Bell e muito mais), por-tanto, o nicho para máquinas com design

realmente bom tem estado desabastecidopor um bom tempo.A Microsoft atualmente ganha uns cemdólares por cada PC vendido. Cem paus!

Em cada PC! E seu custo de produçãodeve estar por volta de uns dez paus, já

que eles não dão mais o manual (acredito que acaixa de papelão, com todos aqueles hologra-

mas anti-pirataria, deve sair por uns cincopaus). É uma licença para imprimir dinheiro!Quem sabe qual a margem de lucro dos iMacs?

Aposto que a Apple ganha uns quinhentos dóla-res por unidade, o que significa que ela só precisa

chegar a 15% do mercado de computadores para sertão lucrativa quanto o Windows.Não há nenhum custo extra no iMac, não há escolhade configuraçãos, o que faz maravilhas com a econo-mia de escala. E o gabinete é um brinquedo de mon-tar de plástico barato.Se você vai fazer algo em plástico barato, deve apro-veitar as vantagens inerentes do plástico barato,como o fato de ele poder ser colorido (ou até trans-parente) e ter o formato que você quiser.Ou seja, ao final das contas, o iMac é apenas um Macbarato e configurado apropriadamente, com umdesign atraente em uma linha de produtos simples(um modelo só), com um sistema operacional estávele eficiente. Da mesma forma, o novo Fusca (objetode comparação padrão) é a penas um Golf com umdesign mais atraente. Mas, da última vez que eu vi,eles o estavam vendendo com um ágio de US$ 7 mil!O iMac não é uma daquelas coisas em que vocêpode achar uma explicação racional. Entretanto,você pode achar uma pilha de explicações emocio-nais para ele, e é aí que está a outra parte do dinhei-ro. A Microsoft esqueceu essa parte e, desde então,vem sendo apertada pelo Linux, que é todo raciona-lidade e mais racionalidade. µ

EVAN KIRCHHOFF

É professor canadense de Filosofia que escreve

sobre arte e cinema nos Estados Unidos e,

portanto, se considera totalmente qualificado a ser

um consultor de informática no Brasil.

Onde a Apple acertou?

tualmente todos os modelos da Apple. As pessoasdizem que gostam dos PCs porque eles oferecem aliberdade de escolha, mas na verdade a escolha éuma coisa paralisante. O povo quer franquias de fastfood, dualismos políticos simplistas, identidades cor-porativas marcantes etc., etc. Marqueteiros espertosobservam o que o povo faz, não o que ele diz. “Vocêpode perambular por aquele confuso mundo begedos PCs ou comprar nossa ÚNICA caixa azul (agoraem cinco cores)”. Na essência, essa era a tática origi-nal da Apple em 1984. Eles deveriam ter continuadocom ela e NUNCA deveriam ter oferecido váriosmodelos para usuários não-profissionais.Também foi “óbvio” durante muitos anos que a coi-sa racional a se fazer era comprar um PC. Semprevai haver mais software, ele sempre será mais bara-to, os chips PowerPC são teoricamente mais rápi-dos, mas os PCs têm suas placas aceleradoras barati-nhas e por aí vai.Consumidores domésticos não gostam realmente decomprar coisas por questões racionais. Olhe paraonde o dinheiro deles vai: casas e carros. Ninguémescolhe um carro racionalmente, a não ser que essesmotoristas de caminhonetes de luxo saibam algoque eu não saiba. As pessoas gostam de comprar coi-sas por motivos “românticos”; eles gostam de serparte de algo maior que eles mesmos. A resposta: dêa eles um computador que eles possam amar pormotivos IRRACIONAIS (sim, sim, eu sei que ele é rá-pido etc., mas essa baboseira nas especificações téc-nicas é o que o consumidor diz a si mesmo para jus-


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