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Apostila TRE.rs2014 Int.detex .RedaçãoOficial MariaTereza 2

Date post: 06-Jan-2016
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  • Interpretao de Texto

    e Redao Oficial

    Prof Maria Tereza

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    Interpretao de Texto e Redao Oficial

    Professora: Maria Tereza

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    LTIMO EDITAL

    Compreenso e Interpretao de textos.

    Tipologia textual.

    Homnimos e parnimos.

    Redao Oficial.

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    Interpretao de Texto

    Leitura, anlise e interpretao de texto.

    PROCEDIMENTOS

    1. Observao da fonte bibliogrfica, do autor e do ttulo;

    2. identificao do tipo de texto (artigo, editorial, notcia, crnica, textos literrios, cientficos, etc.);

    3. leitura do enunciado.

    EXEMPLIFICANDO

    NOSSA CAIXA ADVOGADO 2011 FCC

    Ps-11/9

    Li que em Nova York esto usando dez de setembro como adjetivo, significando antigo, ultrapassado. Como em: Que penteado mais dez de setembro!. O 11/9 teria mudado o mundo to radicalmente que tudo o que veio antes culminando com o day before [dia anterior], o ltimo dia das torres em p, a ltima segunda-feira normal e a vspera mais vspera da Histria virou prembulo. Obviamente, nenhuma normalidade foi to afetada quanto o cotidiano de Nova York, que vive a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados Unidos descobriram um sentimento indito de vulnerabilidade e reorganizam suas prioridades para acomod-las, inclusive sacrificando alguns direitos de seus cidados, sem falar no direito de cidados estrangeiros no serem bombardeados por eles. Protestos contra a radicalssima reao americana so vistos como irrealistas e anacrnicos, decididamente dez de setembro.

    Mas fatos inaugurais como o 11/9 tambm permitem s naes se repensarem no bom sentido, no como submisso chantagem terrorista, mas para no perder a oportunidade do novo comeo, um pouco como Deus o primeiro autocrtico fez depois do Dilvio. Sinais de reviso da poltica dos Estados Unidos com relao a Israel e os palestinos so exemplos disto. E certo que nenhuma reunio dos pases ricos ser como era at 10/9, pelo menos por algum tempo. No caso dos donos do mundo, no se devem esperar exames de conscincia mais profundos ou atos de contrio mais espetaculares, mas o instinto de sobrevivncia tambm um caminho para a virtude. O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrrio de me fazer acreditar mais na humanidade.

    A questo : o que acabou em 11/9 foi prlogo, exatamente, de qu? Seja o que for, ser diferente. Inclusive por uma questo de moda, j que ningum vai querer ser chamado de dez de setembro na rua.

    (Luis Fernando Verissimo, O mundo brbaro)

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    1. Trata-se de uma crnica (observar fonte bibliogrfica); o autor Luis Fernando Verissimo um dos maiores cronistas (seno o maior) brasileiros.

    2. O TTULO pode constituir o menor resumo possvel de um texto. Por meio dele, certas vezes, identifica-se a ideia central do texto, sendo possvel, pois, descartar afirmaes feitas em determinadas alternativas. No texto em questo, o ttulo Ps-11/9 , somado repetio da expresso na terceira linha do texto e ao uso de expresses coloquiais (radicalssima, por exemplo), remete imediatamente o leitor ao gnero do texto que ler: uma crnica baseada em fato ainda presente a queda das Torres Gmeas, nos EUA, em 11/9/01, a qual mudou o mundo ocidental tal como era conhecido.

    3. Trata-se de uma CRNICA (linguagem predominantemente coloquial): fotografia do cotidiano, realizada pelo cronista que se apropria de um fato do dia a dia, para, posteriormente, tecer crticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista.

    4. No ENUNCIADO, observa-se a presena da expresso A tragdia de 11 de setembro (totalidade), o que norteia a estratgia de apreenso das ideias.

    5. Destaque das palavras-chave das alternativas/afirmativas (expresses substantivas e verbais).

    6. Identificao das palavras-chave no texto.

    7. Resposta correta = parfrase mais completa do texto.

    1. Ao comentar a tragdia de 11 de setembro, o autor observa que ela

    a) foi uma espcie de prlogo de uma srie de muitas outras manifestaes terroristas. (prembulo / vspera da Histria).

    b) exigiria das autoridades americanas a adoo de medidas de segurana muito mais drsticas que as ento vigentes. (reviso da poltica dos EUA).

    c) estimularia a populao novaiorquina a tornar mais estreitos os at ento frouxos laos de solidariedade. (cotidiano de Nova York).

    d) abriu uma oportunidade para que os americanos venham a se avaliar como nao e a trilhar um novo caminho. (seus cidados / permitem naes se repensarem no bom sentido / oportunidade do novo comeo).

    e) faria com que os americanos passassem a ostentar com ainda maior orgulho seu decantado nacionalismo.

    Anotaes

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    8. Identificao do tpico frasal: inteno textual percebida, geralmente, no 1 e 2 perodos do texto (IDEIA CENTRAL).

    SABESP-ANALISTA DE GESTO 2012 FCC

    EXEMPLIFICANDO

    Inferno e paraso

    Por certo, existe o Carnaval. Mas a ideia de que o Brasil uma espcie de paraso onde pouco se trabalha corresponde, em boa medida, a um preconceito, quando se tomam em comparao os padres vigentes nas sociedades europeias, por exemplo.

    J se a mtrica for a realidade de pases asiticos, no h razo para tomar como especialmente infelizes as declaraes do empresrio taiwans Terry Gou, presidente da Foxconn, a respeito da operosidade dos brasileiros.

    O Brasil pas em que a empresa de componentes eletrnicos planeja investir uma soma bilionria para fabricar telefones e tablets , tem grande potencial, disse Terry Gou numa entrevista TV taiwanesa. Mas os brasileiros no trabalham tanto, pois esto num paraso, acrescentou o investidor.

    (Folha de S.Paulo. Editoriais. A2 opinio. Domingo, 26 de fevereiro de 2012. p. 2 Adaptado)

    2. No primeiro pargrafo, quando o autor

    a) vale-se da expresso Por certo, est tornando patente que a frase constitui uma resposta ao empresrio taiwans, que supostamente ps em dvida essa expresso cultural brasileira, o carnaval.

    b) emprega a expresso uma espcie de, est antecipando o detalhamento que far do grupo a que pertence o Brasil em funo de seus hbitos culturais.

    c) refere-se ao Carnaval, est apresentando um fato que poderia, em parte, ser tomado como justificativa para a ideia de que o Brasil uma espcie de paraso onde pouco se trabalha.

    d) menciona um preconceito, est expressando seu entendimento de que a ideia de que o Brasil uma espcie de paraso onde pouco se trabalha um prejulgamento absolutamente inaceitvel.

    e) cita os padres vigentes nas sociedades europeias, est remetendo a uma base de comparao que considera sinnimo de excelncia.

    Anotaes

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    ERROS COMUNS

    EXTRAPOLAOOcorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que no esto no texto, normalmente porque j conhecia o assunto devido sua bagagem cultural.

    REDUO o oposto da extrapolao. D-se ateno apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de que o texto um conjunto de ideias.

    EXEMPLIFICANDOSABESP CONTROLADOR DE SISTEMAS FCC 2014

    A renovao do interesse pelas cidades marcou o incio do novo sculo. O sculo XXI ser um sculo urbano, quando mais pessoas vivero em cidades do que em qualquer outro tipo de formao espacial. H o temor de que grande parte desse processo de urbanizao se d nas cidades do sul global, cidades que tm sido caracterizadas pelo hipercrescimento.

    Mas h muita discordncia sobre como interpretar a paisagem urbana de hoje. De um lado, um discurso otimista v as cidades como arenas de transformao social. De outro lado, alguns veem nelas o surgimento de formas fragmentadas e dispersas de cidadania urbana, constitudas por enclaves fechados e espaos exclusivos.

    (Adaptado de: ALSAYAD, Nezar; ROY, Ananya. Modernidade medieval: cidadania e urbanismo na era global. Trad. Joaquim Toledo Jr. Novos Estudos CEBRAP, n. 85, 2009)

    3. No texto, afirma-se categoricamente que as cidades no sculo XXI sero reas

    a) cujos habitantes se sentiro ameaados. b) em que prevalecero as prticas democrticas de cidadania. c) de transformao social. d) de grande aglomerao humana.e) constitudas por espaos pblicos amplos e de fcil acesso.

    Comentrio:

    a) EXTRAPOLAO: habitantes ameaados > temor de hipercrescimento das cidades.b) EXTRAPOLAO: prticas democrticas de cidadania > arenas de transformao social.c) REDUO: de um lado [...] arenas de transformao social < reas de transformao social.e) CONTRAPOSIO: espaos pblicos amplos e de fcil acesso De eoutro lado [...] por

    enclaves fechados e espaos exclusivos.

    Anotaes

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    ESTRATGIAS LINGUSTICAS

    1. PALAVRAS DESCONHECIDAS = PARFRASES e CAMPO SEMNTICO e ETIMOLOGIA.

    Parfrase = verso de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo torn-lo mais fcil ao entendimento.

    Campo Semntico = conjunto de palavras que pertencem a uma mesma rea de conhecimento.

    Exemplo:- Medicina: estetoscpio, cirurgia, esterilizao, medicao, etc.

    EXEMPLIFICANDO

    BB 2012Adeus, caligrafia

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.23.24.25.26.27.28.29.

    O anncio do fim dos exerccios para aprimoramento da letra cursiva as velhasprticas de caligrafia ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos.Dezenas de escolas j adotaram o currculo que desobriga os estudantes de ter umaboa letra j dada como anacronismo.O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se no deprotestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamrias tm um precedente ilustre: Aescrita mecanizada priva a mo da dignidade no domnio da palavra escrita e degradaa palavra, tornando-a um simples meio para o trfego da comunicao, queixou-se,h quase setenta anos, o filsofo Martin Heidegger. Ademais, a escrita mecanizadatem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o carter do indivduo. Heideggerreclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoo progressiva das mquinas deescrever.Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudosrealizados recentemente, o adolescente daquele pas manda e recebe todo ms cercade 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete essesnovos hbitos um dia tambm foi preciso tirar do currculo a marcenaria parameninos e a costura para as meninas.As crianas que deixarem de aprender letra cursiva (tambm j chamada de letrade mo) pagaro um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. Aescrita manual estimularia os processos de memorizao e representao verbal. Aprtica do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regies ligadas aoprocessamento visual.Mas a substituio da escrita manual pela digitao no assusta o neurocientistaRoberto Lent. No h grande diferena entre traduzir ideias em smbolos commovimentos cursivos ou por meio da percusso de teclas. Ambas so atividadesmotoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma rea do crebro, afirmou.Para ele, as implicaes culturais da mudana so mais preocupantes do que as defundo biolgico. Ser interessante para a humanidade no saber mais escrever amo? indaga. O tempo dir.

    (Adaptado da Revista PIAU 59, agosto/2011. p.74)

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    4. (12242) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em

    a) As lamrias tm um precedente ilustre (l.06) = os lamentos tm um nobre antecedente.b) o currculo que desobriga os estudantes (l.03) = a grade escolar que sanciona os alunos.c) pagaro um certo custo cognitivo (l.19) = demandaro prejuzo da percepo.d) por meio da percusso de teclas (l.25) = na prtica rtmica do teclado.e) implicaes culturais da mudana (l.27) = incluses da altercao cultural.

    SABESP ATENDENTE A CLIENTES FCC 2014Hermtico e postio, jargo incentiva esprito de corpo Na maioria dos textos produzidos no universo corporativo, v-se um registro muito particular da lngua, nem sempre compreensvel aos no iniciados. o que se pode chamar de jargo corporativo, uma linguagem hoje dominada por grande quantidade de decalques do ingls ou ingnuas tradues literais.

    O termo jargo, que em sua origem quer dizer fala ininteligvel, guarda certa marca pejorativa, fruto de sua antiga associao ao pedantismo, ao uso da linguagem empolada. Embora os jarges sejam coisa muito antiga, foi nos sculos 19 e 20 que proliferaram na Europa, fruto de uma maior diviso do trabalho nas sociedades industriais. Na poca, j figuravam entre as suas caractersticas o uso de termos de lnguas estrangeiras como sinal de prestgio e o emprego de metforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje.Os jarges so alvo constante da crtica no s por abrigarem muitas expresses de outras lnguas, o que lhes confere um ar postio e hermtico, como por seu vis pretensioso. A crtica a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupao com a pureza do idioma e com a perda de identidade cultural, opinio que, para outros, revela traos de xenofobia.Essa uma discusso que no deve chegar ao fim to cedo, mas fato que os jarges tm claras funes simblicas: por um lado, visam a incentivar o esprito de corpo, o que deve justificar o empenho das empresas em cultiv-los (at para camuflar as relaes entre patro e empregado), e, por outro, promovem a incluso de uns e a excluso de outros, alm, claro, de impressionar os nefitos.

    (Adaptado de: CAMARGO, Thas Nicoleti de. Caderno Negcios e carreiras, do jornal Folha de S. Paulo. So Paulo, 24 de maro de 2013. p. 7)

    5. No ttulo e no ltimo pargrafo, a autora aproxima intencionalmente, de modo criativo, as palavras esprito e corpo. No texto, a expresso esprito de corpo assume um sentido mais diretamente relacionado a agrupamentos que se constituem no universo a) da religio.b) do trabalho.c) da geografia.d) da medicina.e) do esporte.

    Anotaes

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    2. PALAVRAS DE CUNHO CATEGRICO NAS ALTERNATIVAS:

    advrbios e expresses totalizantes; expresses enfticas; expresses restritivas.

    EXEMPLIFICANDO

    Advrbios e Expresses Totalizantes

    BB 2012

    Adeus, caligrafia

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.23.24.25.26.27.28.29.

    O anncio do fim dos exerccios para aprimoramento da letra cursiva as velhasprticas de caligrafia ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos.Dezenas de escolas j adotaram o currculo que desobriga os estudantes de ter umaboa letra j dada como anacronismo.O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se no deprotestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamrias tm um precedente ilustre: Aescrita mecanizada priva a mo da dignidade no domnio da palavra escrita e degradaa palavra, tornando-a um simples meio para o trfego da comunicao, queixou-se,h quase setenta anos, o filsofo Martin Heidegger. Ademais, a escrita mecanizadatem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o carter do indivduo. Heideggerreclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoo progressiva das mquinas deescrever.Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudosrealizados recentemente, o adolescente daquele pas manda e recebe todo ms cercade 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete essesnovos hbitos um dia tambm foi preciso tirar do currculo a marcenaria parameninos e a costura para as meninas.As crianas que deixarem de aprender letra cursiva (tambm j chamada de letrade mo) pagaro um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. Aescrita manual estimularia os processos de memorizao e representao verbal. Aprtica do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regies ligadas aoprocessamento visual.Mas a substituio da escrita manual pela digitao no assusta o neurocientistaRoberto Lent. No h grande diferena entre traduzir ideias em smbolos commovimentos cursivos ou por meio da percusso de teclas. Ambas so atividadesmotoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma rea do crebro, afirmou.Para ele, as implicaes culturais da mudana so mais preocupantes do que as defundo biolgico. Ser interessante para a humanidade no saber mais escrever amo? indaga. O tempo dir.

    (Adaptado da Revista PIAU 59, agosto/2011. p.74)

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    6. (12228) Em relao ao progressivo abandono da escrita cursiva, as posies do filsofo Martin Heidegger e do neurocientista Roberto Lent

    a) so convergentes, pois ambos acreditam que o fim da prtica de caligrafia implicar prejuzo para certas reas neuronais.

    b) so antagnicas, pois o neurologista no v, com o fim da caligrafia, qualquer prejuzo para as atividades culturais, como viu o filsofo.

    c) baseiam-se em nfases distintas: um trata do reconhecimento autoral ameaado, ao passo que o outro avalia as implicaes biolgicas.

    d) opem-se diametralmente, j que o primeiro v desvantagens exatamente onde o segundo reconhece to somente efeitos positivos.

    e) aproximam-se bastante: h, em ambos, a suspeita de que a digitao trar srio retrocesso para as atividades culturais da humanidade.

    7. (12240) Atente para as seguintes afirmaes.

    I Para Martin Heidegger, a escrita mecanizada acaba por constituir um canal impessoal de comunicao, ocultando aspectos reveladores da identidade do sujeito.

    II O autor lembra que reformas curriculares ocorrem eventualmente, no sendo novidade a excluso de atividades que deixam de ter justificativa como prticas escolares.

    III H consenso entre especialistas de vrias reas quanto aos nus que o abandono da caligrafia trar para o desenvolvimento da nossa capacidade cognitiva.

    Em relao ao texto, est correto o que consta APENAS em

    a) I.b) II.c) III.d) II e III.e) I e II.

    Anotaes

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    Expresses enfticas

    8. (12231) Afirma-se que o anncio do fim da caligrafia, ocorrido em Indiana,

    a) gerou protestos veementes do filsofo Martin Heidegger, que levantou argumentos contra a escrita mecanizada. (no contemporneo)

    b) teve como efeito a excluso da letra cursiva em boa parte das escolas norte-americanas. c) provocou uma reao crtica, anacrnica e injustificvel por parte de quem v como

    indispensvel ter boa letra. d) repercutiu desfavoravelmente entre ns, em uma reao menos crtico-analtica do que

    emocional.e) granjeou srios adversrios, que passaram a alertar contra os riscos de uma degradao

    neurolgica.

    TJ-RJ 2013

    Expresses restritivas

    Receita de casa

    Juro que entendo alguma coisa de arquitetura urbana, embora alguns pobres arquitetos profissionais achem que no.

    Assim vos direi que a primeira coisa a respeito de uma casa que ela deve ter um poro, um bom poro com entrada pela frente e sada pelos fundos. Esse poro deve ser habitvel porm inabitado; e ter alguns quartos sem iluminao alguma, onde se devem amontoar mveis antigos, quebrados, objetos desprezados e bas esquecidos. Deve ser o cemitrio das coisas. Ali, sob os ps da famlia, como se fosse no subconsciente dos vivos, jazero os leques, as cadeiras, as fantasias do carnaval do ano de 1920, as gravatas manchadas, os sapatos que outrora andaram em caminhos longe.

    (Adaptado de Rubem Braga, Casa dos Braga Memrias de infncia)

    9. (12235) Depreende-se do texto que, para o autor, o poro o espao de uma casa

    a) destinado ao despejo de coisas inteis, inexpressivas e sem vida, que nenhum membro da famlia v sentido em preservar.

    b) caracterizado tanto pelo aspecto sombrio como pelos mais variados vestgios de um tempo morto, ali acumulados.

    c) reservado s vivas lembranas de uma poca mais feliz, que a famlia faz absoluta questo de no esquecer.

    d) resguardado de qualquer vestgio do presente que possa macular a histria solene dos antepassados, ali recolhida e administrada.

    e) esvaziado de sentido, tanto pelo fato de no ser funcional como por parecer um desses museus que a ningum mais interessa visitar.

    Geralmente, a alternativa correta (ou a mais vivel) construda por meio de palavras e de expresses abertas, isto , que apontam para possibilidades, hipteses: provavelmente, possvel, futuro do pretrito do indicativo, modo subjuntivo...

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    EXEMPLIFICANDO

    TRF3 TCNICO JUDICIRIO FCC 2014

    Toda fico cientfica, de Metrpolis ao Senhor dos Anis, baseia-se, essencialmente, no que est acontecendo no mundo no momento em que o filme foi feito. No no futuro ou numa galxia distante, muitos e muitos anos atrs, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em projees que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer uma adequada distncia de tempo e espao.

    Na fico cientfica, a sociedade se permite sonhar seus piores problemas: desumanizao, superpopulao, totalitarismo, loucura, fome, epidemias. No se imita a realidade, mas imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde possamos colocar e resolver no plano da imaginao tudo o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial para guiar a lgica interna do gnero, cuja quebra implica o fim da magia, a cincia. Por isso, tecnologia essencial ao gnero. Parte do poder desse tipo de magia cinematogrfica est em concretizar, diante dos nossos olhos, objetos possveis, mas inexistentes: carros voadores, robs inteligentes. Como parte dessas coisas imaginadas acaba se tornando realidade, o gnero refora a sensao de que estamos vendo na tela projees das nossas possibilidades coletivas futuras.

    (Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.)

    10. Considere.

    I Segundo o texto, na fico cientfica abordam-se, com distanciamento de tempo e espao, questes controversas e moralmente incmodas da sociedade atual, de modo que a soluo oferecida pela fantasia possa ser aplicada para resolver os problemas da realidade.

    II Parte do poder de convencimento da fico cientfica deriva do fato de serem apresentados ao espectador objetos imaginrios que, embora no existam na vida real, esto, de algum modo, conectados realidade.

    III A fico cientfica extrapola os limites da realidade, mas baseia-se naquilo que, pelo menos em teoria, acredita-se que seja possvel.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    a) I e II.b) I e III.c) II e III.d) II.e) III.

    Anotaes

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    AS QUESTES PROPOSTAS

    Compreenso do texto: resposta correta = parfrase textual.e

    InfernciaObserve a seguinte frase:A gua voltou. J podemos lavar a roupa.Nela, o falante transmite duas informaes de maneira explcita:

    a) que a gua voltou;b) que a roupa pode ser lavada.

    Ao utilizar a forma verbal voltou e o advrbio j, comunica tambm, de modo implcito, que havia faltado gua e que havia roupa suja.

    INFERNCIA = ideias implcitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do texto, de certas palavras ou expresses contidas na frase.

    Enunciados = Infere-se, Deduz-se, Depreende-se, etc.

    EXEMPLIFICANDO

    TRF3 TCNICO JUDICIRIO FCC 2014

    O canto das sereias uma imagem que remonta s mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As verses da fbula variam, mas o sentido geral da trama comum.As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinria beleza, viviam sozinhas numa ilha do Mediterrneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graas ao irresistvel poder de seduo do seu canto. Atrados por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias ento devoravam impiedosamente os tripulantes.Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas solues vitoriosas. Uma delas foi a sada encontrada por Orfeu, o incomparvel gnio da msica e da poesia. Quando a embarcao na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ao das sereias, ele conseguiu impedir a tripulao de perder a cabea tocando uma msica ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio atravessou inclume a zona de perigo.A outra soluo foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade a aceitao dos seus inescapveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens no teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcao se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente que Ulisses no tapou com cera os prprios ouvidos ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de no solt-lo at que estivessem longe da zona de perigo. Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do heri era clara: a falsa promessa de gratificao imediata, de um lado, e o

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    bem permanente do seu projeto de vida prosseguir viagem, retornar a taca, reconquistar Penlope , do outro. A verdadeira vitria de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua prpria alma.

    (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. So Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

    11. Depreende-se do texto que as sereias atingiam seus objetivos por meio de

    a) dissimulao.b) lisura.c) observao.d) condescendncia.e) intolerncia.

    EXTRATEXTUALIDADE

    A questo formulada por meio do texto encontra-se fora do universo textual, exigindo do aluno conhecimento mais amplo de mundo.

    EXEMPLIFICANDO

    TJ-RJ 2012

    A Era do Automvel

    E, subitamente, a era do Automvel. O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os descombros da cidade velha, e como nas mgicas e na natureza, asprrima educadora, tudo transformou com aparncias novas e novas aspiraes. Quando os meus olhos se abriram para as agruras e tambm para os prazeres da vida, a cidade, toda estreita e toda de mau piso, eriava o pedregulho contra o animal de lenda, que acabava de ser inventado em Frana. S pelas ruas esguias dois pequenos e lamentveis corredores tinham tido a ousadia de aparecer. Um, o primeiro, de Patrocnio, quando chegou, foi motivo de escandalosa ateno. Gente de guarda-chuva debaixo do brao parava estarrecida como se tivesse visto um bicho de Marte ou um aparelho de morte imediata. Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando voar com trs quilmetros por hora, rebentavam a mquina de encontro s rvores da rua da Passagem. O outro, to lento e parado que mais parecia uma tartaruga bulhenta, deitava tanta fumaa que, ao v-lo passar, vrias damas sufocavam. A imprensa, arauto do progresso, e a elegncia, modelo do esnobismo, eram os precursores da era automobilstica. Mas ningum adivinhava essa era. Quem poderia pensar na futura influncia do Automvel diante da mquina quebrada de Patrocnio? Quem imaginaria velocidades enormes na corriola dificultosa que o conde Guerra Duval cedia aos clubes infantis como um brinco idntico aos baloios e aos pneis mansos? Ningum! Absolutamente ningum. [...]Para que a era se firmasse fora preciso a transfigurao da cidade. [...] Ruas arrasaram-se, avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caram, e triunfal e desabrido o automvel entrou, arrastando desvairadamente uma catadupa de automveis. Agora, ns vivemos positivamente nos momentos do automvel, em que o chofer rei, soberano, tirano.

    (Joo do Rio. A era do automvel. Crnicas. So Paulo: Companhia das Letras. 2005. p. 17-18)

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    12. (12237) A afirmativa correta

    a) a crnica aborda transformaes decorrentes da chegada do automvel s ruas do Rio de Janeiro.

    b) Joo do Rio mostra uma cidade multifacetada, dividida entre poderosos e humildes.c) a elegncia dos hbitos da sociedade carioca da poca destaque no desenvolvimento do

    texto.d) a cronista se desencanta com as ruas malcuidadas da cidade, que impedem a circulao de

    veculos.e) a crnica uma reportagem sobre os perigos do trfego de automveis nas ruas do Rio.

    TIPOLOGIA TEXTUAL

    Narrao: modalidade na qual se contam um ou mais fatos fictcio ou no - que ocorreram em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. H uma relao de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante o passado.

    EXEMPLIFICANDO

    BB - 2012

    13. (12252) Esto presentes caractersticas tpicas de um discurso narrativo em

    I Heidegger reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoo progressiva das mquinas de escrever.

    II A escrita mecanizada priva a mo da dignidade no domnio da palavra escrita.

    III A escrita manual estimularia os processos de memorizao e representao verbal.

    Atende ao enunciado APENAS o que consta em

    a) I.b) II.c) III.d) I e II.e) II e III.

    Anotaes

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    Descrio: a modalidade na qual se apontam as caractersticas que compem determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Usam-se adjetivos para tal.

    EXEMPLIFICANDOTRE-SP - 2012Pela primeira vez, um estudo pretende demonstrar como as plantaes de citros favorecem, ou no, a fauna de uma regio. Pesquisa da Universidade Federal de So Carlos (Ufscar), campus de Sorocaba, mostra que pelo menos 50% das aves mais comuns na regio vivem e se reproduzem em fragmentos de mata naturais, e no em reas agrcolas e pomares. De acordo com o estudo, a possvel reduo das reservas previstas na proposta do novo Cdigo Florestal pode levar ao desaparecimento de diversas espcies.

    O trabalho de campo para a pesquisa foi realizado na zona rural de Pilar do Sul, prxima a Sorocaba. A rea tomada por plantaes de tangerinas, alm de pastos e campos de produo de gros. O objetivo da pesquisa era verificar se as espcies avaliadas poderiam usar as plantaes de tangerina, que so culturas permanentes, como acrscimo ao seu hbitat natural ou at substitu-lo.

    Segundo o estudo, das 122 espcies da amostra, 60 foram detectadas nas plantaes e nos fragmentos florestais (reas com vegetao nativa), e as demais somente nesses fragmentos, ou seja, 62 espcies no ocorrem nos pomares. A mata nativa quase no existe mais e, por causa disso, muitas espcies desapareceram ou esto ameaadas, lamenta o pesquisador Marcelo Gonalves Campolin.

    A pesquisa tambm chama a ateno para o novo Cdigo Florestal, que prev a reduo de algumas reas hoje legalmente protegidas, como matas ciliares e topos de morros , para serem utilizadas para a agropecuria. Ficamos receosos de que as mudanas nas reas protegidas possam ser terrveis para as aves e para outros animais, que vo perder ambientes naturais. E aquelas que no conseguem sobreviver nas plantaes tendem a se tornar raras ou at mesmo a desaparecer, prev o professor.

    (Jos Maria Tomazela. O Estado de S. Paulo, Vida, A15, 26 de junho de 2011, com adaptaes)

    14. (12229) Considerando-se o desenvolvimento textual, afirma-se corretamente que

    a) no 2 pargrafo apresentam-se as razes que levaram escolha do tipo de frutas no estudo proposto pelo pesquisador.

    b) o levantamento, no 3 pargrafo, das reas nativas e das reas cultivadas no apresenta relao com o nmero de espcies estudadas em cada uma dessas reas.

    c) o 1 pargrafo apresenta, em resumo, o assunto que vai ser exposto nos demais, com concluso expressa nas falas do responsvel pela pesquisa.

    d) o texto repetitivo, nada havendo de acrscimo s informaes constantes do 1 pargrafo, que so retomadas nos seguintes.

    e) as concluses apresentadas no final do texto mostram certa incoerncia por no ter sido determinado com preciso o objetivo do estudo.

    Obs.: observe os trechos predominantemente descritivos ao longo do texto.

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    Argumentao: modalidade na qual se expem ideias e opinies gerais, seguidas da apresentao de argumentos que as defendam e comprovem.

    EXEMPLIFICANDO

    TRE-SP 2012

    Adoniran Barbosa um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos; mas no Adoniran nem Barbosa, e sim Joo Rubinato, que adotou o nome de um amigo do Correio e o sobrenome de um compositor admirado. A idia foi excelente, porque um artista inventa antes demais nada a sua prpria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a realidade to paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das razes europias. Adoniran um paulista de cerne que exprime a sua terra com a fora da imaginao alimentada pelas heranas necessrias de fora.

    J tenho lido que ele usa uma lngua misturada de italiano e portugus. No concordo. Da mistura, que o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadncias do samba e da cano, alimentadas inclusive pelo terreno frtil das Escolas, se alia com naturalidade s deformaes normais de portugus brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante.

    So Paulo muda muito, e ningum capaz de dizer aonde ir. Mas a cidade que nossa gerao conheceu (Adoniran de 1910) foi a que se sobreps velha cidadezinha caipira, entre 1900 e 1950; e que desde ento vem cedendo lugar a uma outra, transformada em vasta aglomerao de gente vinda de toda parte. Esta cidade que est acabando, que j acabou com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, o Tringulo, as Cantinas do Bexiga, Adoniran no a deixar acabar, porque graas a ele ela ficar, misturada vivamente com a nova mas, como o quarto do poeta, tambm intacta, boiando no ar.

    A sua poesia e a sua msica so ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas em particular. Sobretudo quando entram (quase sempre discretamente) as indicaes de lugar, para nos porem no Alto da Mooca, na Casa Verde, na Avenida So Joo, na 23 de Maio, no Brs genrico, no recente metr, no antes remoto Jaan. Talvez Joo Rubinato no exista, porque quem existe o mgico Adoniran Barbosa, vindo dos carreadores de caf para inventar no plano da arte a permanncia da sua cidade e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da Cantareira.

    Adaptado de Antnio Cndido. Texos de interveno. So Paulo, Duas Cidades, Ed.34, 2002, p.211-213

    15. (12256) No primeiro pargrafo, Antnio Cndido

    a) destaca a contribuio de Adoniran Barbosa para a comunidade italiana de So Paulo, na poca em que a cidade era conhecida como terra da garoa.

    b) analisa o contexto histrico em que a obra de Adoniran Barbosa aflorou, emitindo opinio crtica sobre a cidade que a acolheu.

    c) contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo as caractersticas positivas e negativas da poca em que o autor compunha.

    d) fornece alguns dados biogrficos sobre Adoniran Barbosa e emite opinies crticas favorveis a respeito do compositor.

    e) critica Joo Rubinato por ter alterado o seu nome tipicamente brasileiro, embora reconhea que o pseudnimo escolhido tem maior fora potica.

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    Exposio: apresenta informaes sobre assuntos, expe ideias, explica e avalia e reflete No faz defesa de uma ideia, pois tal procedimento caracterstico do texto dissertativo. O texto expositivo apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo e narrativo, obtm-se o que conhecemos por relato.

    EXEMPLIFICANDO

    TRE-SP 2012 O teatro de mamulengos, como a maioria das artes de bonecos, chegou ao Brasil, com os portugueses, sob a forma de prespio. Esse tipo de apresentao j era realizado na Europa desde a Idade Mdia, com o objetivo de difuso religiosa, caracterstica que faz com que religio e teatro de bonecos se misturem desde a origem.

    Muita coisa mudou na arte do mamulengo, a comear pela durao dos espetculos. Histrias e linguagem tambm variam bastante de um grupo para outro. Histrias so passadas de gerao para gerao, enquanto outras so criadas. Esse teatro tem como principal caracterstica o improviso, e os espectadores participam dele o tempo todo, por isso o roteiro e o enredo no so fixos.

    Com o tempo se desenvolveram dentro da modalidade dois tipos de mamulengos. O rural o mais tradicional, que conserva figuras alegricas bblicas, como a alma e o diabo, e cujo universo social reproduz os hbitos cotidianos, os valores culturais, os conflitos entre os humildes e as autoridades nas fazendas e povoados. J o mamulengo urbano adota novas personagens e circunstncias relacionadas dinmica das cidades e do tempo e mantm um enredo, embora no abra mo do improviso.

    (Conhecimento Prtico Lngua Portuguesa. So Paulo: escala educacional, no 21, p. 46-49, com adaptaes)

    16. (12227) Fica evidente no texto que

    a) os roteiros do teatro de bonecos se mantm tradicionalmente os mesmos, em razo da necessria participao do pblico em momentos especficos.

    b) o teatro de mamulengos, voltado para as histrias de um mundo rural, dificilmente consegue criar personagens e cenas citadinas.

    c) as situaes bastante antigas de convvio social com base em aspectos religiosos, que caracterizavam os mamulengos, se alteraram em razo da urbanizao.

    d) o elemento mais importante da arte dos mamulengos a improvisao, marca de suas apresentaes a um pblico participante.

    e) o teatro de mamulengos est deixando de despertar interesse devido mudana de hbitos e de gosto de seu pblico tradicional.

    Anotaes

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    Injuno: indica como realizar uma ao. Tambm utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos so, na sua maioria, empregados no modo imperativo.

    EXEMPLIFICANDO

    17. Considere as afirmaes.

    I O texto verbal , predominantemente, injuntivo.

    II A segunda orao do texto verbal faz referncia contrria a conhecido ditado popular, exigindo do leitor conhecimento prvio.

    III O texto no verbal dispensvel, visto que no acrescenta informao.

    Quais esto corretas?

    a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) I, II e III.

    Anotaes

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    GNEROS TEXTUAIS

    EDITORIAL: texto opinativo/argumentativo, no assinado, no qual o autor (ou autores) no expressa a sua opinio, mas revela o ponto de vista da instituio. Geralmente, aborda assuntos bastante atuais. Busca traduzir a opinio pblica acerca de determinado tema, dirigindo-se (explcita ou implicitamente) s autoridades, a fim de cobrar-lhes solues.

    EXEMPLIFICANDO

    TST-2012

    Cursos

    Os cursos universitrios a distncia costumavam ser malvistos na academia brasileira. Lutava-se contra a sua regulamentao, que s se deu em 1996. A m fama dessa modalidade em que o aluno se forma praticamente sem ir universidade j to disseminada em pases de educao de alto nvel persiste at hoje no Brasil. Em parte, pela resistncia de uma turma aferrada velha ideia de que ensino bom, s na sala de aula. Mas tambm pelo desconhecimento que ainda paira sobre esses cursos. Uma nova pesquisa, conduzida pela Fundao Victor Civita, retirou um conjunto deles dessa zona de sombra, produzindo um estudo que rastreou as fragilidades e o que d certo e pode ser exemplar para os demais. Durante cinco meses, os especialistas analisaram os cursos de oito faculdades (pblicas e particulares) que oferecem graduao a distncia em pedagogia, a rea que, de longe, atrai mais alunos. O retrato que emerge da ajuda a desconstruir a viso de que esses cursos fornecem educao superior de segunda classe. Em alguns casos, eles j chegam a ombrear com tradicionais ilhas de excelncia. Mas, no geral, resta muito que avanar.

    luz das boas experincias, no h dvida sobre os caminhos que elevam o nvel. Os melhores cursos souberam implementar o mais bsico. No d para deixar o aluno por si s o tempo inteiro. preciso fazer uso constante da tecnologia para conect-lo ao professor, alerta a doutora em educao Elizabeth Almeida, coordenadora da pesquisa. Isso significa, por exemplo, usar a internet para envolver os estudantes em debates liderados por um mestre que, se bem treinado, pode alar a turma a um novo patamar. Outra fragilidade brasileira diz respeito ao tutor, profissional que deve guiar os estudantes nos desafios intelectuais. Muitos aqui no esto preparados para a funo, como enfatiza a pesquisa. Os casos bem-sucedidos indicam ainda a relevncia de o aluno no ir faculdade apenas para fazer prova ou assistir a aulas espordicas nas telessalas, como usual. Ele precisa ser tambm incentivado a visitar vontade a biblioteca e os laboratrios.

    No Brasil, at uma dcada atrs, os cursos de graduao a distncia estavam em instituies pequenas e pouco conhecidas. Hoje, esparramaram-se pelas grandes e vo absorver quase um tero dos universitrios at 2015. So nmeros que reforam a premncia da busca pela excelncia.

    (Adaptado de VEJA. ano 45, n. 31, 1o de agosto de 2012. p. 114)

    18. (12202) Os cursos de graduao a distncia bem-sucedidos

    a) priorizam o bom relacionamento dos alunos com os colegas, por meio de atividades ldicas mediadas pela tecnologia, como bate-papos virtuais.

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    b) incentivam os alunos a usar a internet o mximo de tempo possvel, desde que sob a superviso do professor.

    c) procuram despertar no aluno o desejo de frequentar outras instalaes importantes para os estudos, alm das telessalas.

    d) promovem a autonomia do aluno, deixando-o livre para frequentar a telessala apenas nos momentos em que estiver verdadeiramente concentrado.

    e) contam com avaliaes virtuais frequentes, por meio das quais o professor pode fornecer ao aluno um retorno imediato de seu progresso.

    ARTIGOS: so os mais comuns. So textos autorais assinados , cuja opinio da inteira responsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo o de persuadir o leitor.

    EXEMPLIFICANDO

    TRF-2 REGIO 2012

    O Brasil um pas de preguiosos. A pequena parcela da populao com disposio de calar um par de tnis para se exercitar formada majoritariamente por homens jovens e com alto poder aquisitivo. O futebol , disparado, o esporte mais praticado, seguido por corrida e caminhada. Essas so as principais concluses da maior pesquisa j feita sobre os hbitos esportivos dos brasileiros. Os resultados preocupam. indiscutvel que a prtica de esportes, associada a uma alimentao regrada, est diretamente ligada a uma vida mais saudvel.

    A pesquisa traou ainda um mapa da prtica de esportes no Brasil. Poder aquisitivo e questes culturais explicam as modalidades favoritas de cada regio. Porto Alegre e Florianpolis, locais de alto padro de renda, so as cidades em que a populao mais se exercita. J Recife a capital do sedentarismo. Pelos mesmos motivos, os brasileiros se mexem mais do que habitantes de pases pobres da Amrica Latina, frica e sia. Mas bem menos do que europeus, japoneses e americanos. O Rio de Janeiro, com suas praias e a tradio de seus times, a capital do futebol. Braslia, plana e cheia de parques, onde mais se corre.

    A sade aparece como o principal motivo para a procura por atividades fsicas. No ranking da Organizao Mundial de Sade dos principais fatores de risco para as causas mais comuns de morte, como infarto e derrame, o sedentarismo figura na quarta posio, atrs apenas de diabetes, tabagismo e hipertenso. O corpo humano foi feito para se mexer, diz o fisiologista Paulo Zogaib, da Universidade Federal de So Paulo. Em movimento constante, nosso organismo realiza melhor todas as suas funes. Parado, adoece.

    (Otvio Cabral e Giuliana Bergamo. Veja, 28 de setembro de 2011, p. 103-104, com adaptaes)

    19. (12212) Os mesmos motivos para a prtica de exerccios fsicos, referidos no 2 pargrafo, so

    a) alimentao regrada e hbitos esportivos.b) sedentarismo e modalidades favoritas.c) praias e tradio dos times de futebol.d) poder aquisitivo e questes culturais.e) parques e existncia de reas planas.

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    NOTCIAS: so autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu objetivo to somente o de informar, no o de convencer.

    EXEMPLIFICANDO

    Sustentabilidade um conceito sistmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econmicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Desenvolvimento sustentvel foi um termo utilizado pela primeira vez em 1987, como resultado da Assembleia Geral das Naes Unidas, e definido como aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das geraes futuras de atenderem as suas.

    Trata-se, portanto, de uma nova viso de mundo com implicao direta nas relaes poltico-sociais, econmicas, culturais e ecolgicas, ao integrar em um mesmo processo o equilbrio entre as dimenses econmicas, sociais e ambientais. Diz respeito necessidade de revisar e redefinir meios de produo e padres de consumo vigentes, de tal modo que o crescimento econmico no seja alcanado a qualquer preo, mas considerando-se os impactos e a gerao de valores sociais e ambientais decorrentes da atuao humana.

    (Adaptado de: http://www.bb.com.br/portalbb/page251,8305,3912,0,0,1,6.bb?codigoNoticia=28665)

    20. (12211) O sentido do Texto est corretamente exposto em

    a) sistema econmico sustentvel, como props em 1987 a Assembleia das Naes Unidas, no condiz com uma viso moderna dos padres de consumo vigentes.

    b) Tentar diminuir os atuais padres de consumo ser o melhor caminho para se chegar a um real desenvolvimento econmico, de acordo com a proposta das Naes Unidas.

    c) S ser possvel atender as necessidades futuras com um real crescimento econmico de todos os meios de produo, independentemente dos atuais padres de consumo.

    d) O conceito de sustentabilidade relativamente datado, pois o crescimento econmico ampliou a necessidade da interferncia humana na explorao do meio ambiente.

    e) Desenvolvimento sustentvel aquele em que h equilbrio entre meios de produo e padres de consumo vigentes, ao lado de uma preocupao ecolgica, de preservao ambiental.

    Anotaes

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    CRNICA: fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer crticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto predominantemente coloquial.

    EXEMPLIFICANDO

    SABESP CONTROLADOR DE SISTEMAS FCC 2014

    O amor acaba, disse Paulo Mendes Campos, em sua crnica mais bonita; s no disse o que fica no lugar. na esperana, talvez, de entender essa estranha melancolia, esse vazio preenchido por boas lembranas e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois. Marcamos um almoo num dia de semana. Falamos do passado, mas no muito. Falamos do presente, mas no muito. H uma vontade genuna de se aproximar e o tcito reconhecimento dessa impossibilidade.

    Dois velhos amigos, quando se reveem, voltam no ato para o territrio comum de sua amizade. Reconstroem o ptio da escola, o prdio em que moraram e o adentram. Para antigos amantes, no entanto, impossvel restabelecer o elo, o elo morreu com o amor, era o amor. O que sobra feito um cmodo dentro da gente, cheio de objetos valiosos, porm trancado. Sentimos saudades do que est ali dentro, mas no podemos nem queremos entrar. Como disse um grego que viveu e amou h 2.500 anos: no somos mais aquelas pessoas nem mais o mesmo aquele rio.

    Uma vez vi um filme em que algum declarava: Se duas pessoas que um dia se amaram no puderem ser amigas, ento o mundo um lugar muito triste. O mundo um lugar triste, mas no porque antigos amantes no podem ser amigos: sim porque o passado no pode ser recuperado.

    (Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, 20/02/2013)

    21. No texto, o autor

    a) contrape o amor amizade, em defesa desta. b) lamenta que antigos amantes no possam mais ser amigos. c) admite nutrir a expectativa de recuperar um antigo amor. d) constata que o passado irrecupervel. e) critica o carter insondvel das relaes interpessoais.

    BREVE ENSAIO: autoral; trata-se de texto opinativo/argumentativo, assinado, no qual o autor expressa a sua opinio. Geralmente, aborda assuntos universais.

    EXEMPLIFICANDO

    TRT 6 REGIO PE 2012

    Um dos mitos narrados por Ovdio nas Metamorfoses conta a histria de Aglauros. A jovem irm de Hers, cuja beleza extraordinria desperta o desejo do deus Hermes. Apaixonado, o deus pede a Aglauros que interceda junto a Hers e favorea os seus amores por ela;

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    Aglauros concorda, mas exige em troca um punhado de moedas de ouro. Isso irritou Palas Atena, que j detestava a jovem porque esta a espionara em outra ocasio. No admitia que a mortal fosse recompensada por outro deus; decide vingar-se, e a vingana terrvel: Palas Atena vai morada da Inveja e ordena-lhe que v infectar a jovem Aglauros.

    A descrio da Inveja feita por Ovdio merece ser relembrada, pois serviu de modelo a todos os que falaram desse sentimento: A Inveja habita o fundo de um vale onde jamais se v o sol. Nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, h sempre trevas espessas. A palidez cobre o seu rosto e o olhar no se fixa em parte alguma. Ela ignora o sorriso, salvo aquele que excitado pela viso da dor alheia. Assiste com despeito aos sucessos dos homens, e este espetculo a corri; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e este seu suplcio.

    (Adaptado de Renato Mezan. A inveja. Os sentidos da paixo. So Paulo: Funarte e Cia. das Letras, 1987. p.124-25)

    22. (12215) Atente para as afirmaes abaixo.

    I O autor sugere que se rememore a descrio da Inveja feita por Ovdio com base no fato de que antes dele nenhum autor de tamanha magnitude havia descrito esse sentimento de maneira inteligvel.

    II A importncia do mito de Aglauros deriva do fato de que, a partir dele, se explica de maneira coerente e lgica a origem de um dos males da personalidade humana.

    III Ao personificar a Inveja, Ovdio a descreve como algum acometido por ressentimentos e condenado infelicidade, na medida em que no tolera a alegria de outrem

    a) I e II.b) I e III.c) II e III.d) I.e) III.

    PEA PUBLICITRIA: a propaganda um modo especfico de apresentar informao sobre produto, marca, empresa, ideia ou poltica, visando a influenciar a atitude de uma audincia em relao a uma causa, posio ou atuao. A propaganda comercial chamada, tambm, de publicidade. Ao contrrio da busca de imparcialidade na comunicao, a propaganda apresenta informaes com o objetivo principal de influenciar uma audincia. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente (possibilitando a mentira por omisso) para encorajar determinadas concluses, ou usa mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e no racional informao apresentada. Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando elementos no verbais para reforar a mensagem.

    CHARGE: um estilo de ilustrao que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traos do carter de algum ou de algo para torn-lo burlesco. Apesar de ser confundida com cartum, considerada totalmente diferente: ao contrrio da charge, que tece uma crtica contundente, o cartum retrata situaes mais corriqueiras da sociedade. Mais do que um simples desenho, a charge uma crtica poltico-social mediante o artista expressa graficamente sua viso sobre determinadas situaes cotidianas por meio do humor e da stira.

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    CHARGE

    CARTUM

    QUADRINHOS: hipergnero, que agrega diferentes outros gneros, cada um com suas peculiaridades.

    Anotaes

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    TEXTO LITERRIO

    EXEMPLIFICANDOSABESP ATENDENTE A CLIENTES FCC 2014

    A marca da solido

    Deitado de bruos, sobre as pedras quentes do cho de paraleleppedos, o menino espia. Tem os braos dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente.

    Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. H, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minsculos de musgos, formando pequenas plantas, nfimos bonsais s visveis aos olhos de quem capaz de parar de viver para, apenas, ver.

    Quando se tem a marca da solido na alma, o mundo cabe numa fresta.

    (SEIXAS, Helosa. Contos mais que mnimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)

    23. No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detm sua ateno

    a) fresta.b) marca.c) alma.d) solido.e) penumbra.

    SEMNTICA

    SINONMIA E ANTONMIASinnimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.

    Porm os sinnimos podem ser

    perfeitos: significado absolutamente igual, o que no muito frequente.Ex.: morte = falecimento / idoso = ancio

    imperfeitos: o significado das palavras apenas semelhante.Ex.: belo~formoso/ adorar~amar / fobia~receio

    Antnimos: palavras que possuem significados opostos, contrrios. Pode originar-se do acrscimo de um prefixo de sentido oposto ou negativo.

    Exemplos:

    mal x bemfraco x fortesubir x descer

    possvel x impossvelsimptico x antiptico

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    EXEMPLIFICANDO

    SABESP CONTROLADOR DE SISTEMAS FCC 2014

    O amor acaba, disse Paulo Mendes Campos, em sua crnica mais bonita; s no disse o que fica no lugar. na esperana, talvez, de entender essa estranha melancolia, esse vazio preenchido por boas lembranas e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois. Marcamos um almoo num dia de semana. Falamos do passado, mas no muito. Falamos do presente, mas no muito. H uma vontade genuna de se aproximar e o tcito reconhecimento dessa impossibilidade.

    Dois velhos amigos, quando se reveem, voltam no ato para o territrio comum de sua amizade. Reconstroem o ptio da escola, o prdio em que moraram e o adentram. Para antigos amantes, no entanto, impossvel restabelecer o elo, o elo morreu com o amor, era o amor. O que sobra feito um cmodo dentro da gente, cheio de objetos valiosos, porm trancado. Sentimos saudades do que est ali dentro, mas no podemos nem queremos entrar. Como disse um grego que viveu e amou h 2.500 anos: no somos mais aquelas pessoas nem mais o mesmo aquele rio.

    Uma vez vi um filme em que algum declarava: Se duas pessoas que um dia se amaram no puderem ser amigas, ento o mundo um lugar muito triste. O mundo um lugar triste, mas no porque antigos amantes no podem ser amigos: sim porque o passado no pode ser recuperado.

    (Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, 20/02/2013)

    24. H uma vontade genuna de se aproximar e o tcito reconhecimento dessa impossibilidade. (1 pargrafo)

    Considerando-se o contexto, os termos grifados acima podem ser corretamente substitudos, na ordem dada, por

    a) crescente silenciosob) verdadeira nefastoc) legtima implcitod) real ilusrioe) sincera sombrio

    Anotaes

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    TRF3 TCNICO JUDICIRIO FCC 2014

    O canto das sereias uma imagem que remonta s mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As verses da fbula variam, mas o sentido geral da trama comum.

    As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinria beleza, viviam sozinhas numa ilha do Mediterrneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graas ao irresistvel poder de seduo do seu canto. Atrados por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias ento devoravam impiedosamente os tripulantes.

    Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas solues vitoriosas. Uma delas foi a sada encontrada por Orfeu, o incomparvel gnio da msica e da poesia. Quando a embarcao na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ao das sereias, ele conseguiu impedir a tripulao de perder a cabea tocando uma msica ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio atravessou inclume a zona de perigo.

    A outra soluo foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade a aceitao dos seus inescapveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens no teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcao se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente que Ulisses no tapou com cera os prprios ouvidos ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de no solt-lo at que estivessem longe da zona de perigo.

    Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do heri era clara: a falsa promessa de gratificao imediata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida prosseguir viagem, retornar a taca, reconquistar Penlope , do outro. A verdadeira vitria de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua prpria alma.

    (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. So Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

    25. O navio atravessou inclume a zona de perigo. (4 pargrafo). Mantm-se o sentido original do texto substituindo-se o elemento grifado por

    a) inatingvel.b) intacto.c) inativo.d) impalpvel.e) insolente.

    DENOTAO E CONOTAO

    Denotao: significao objetiva da palavra valor referencial; a palavra em estado de dicionrio.

    Conotao: significao subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras realidades devido s associaes que ela provoca.

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    EXEMPLIFICANDO

    SABESP ATENDENTE A CLIENTES FCC 2014

    A marca da solido

    Deitado de bruos, sobre as pedras quentes do cho de paraleleppedos, o menino espia. Tem os braos dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente.

    Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. H, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minsculos de musgos, formando pequenas plantas, nfimos bonsais s visveis aos olhos de quem capaz de parar de viver para, apenas, ver.

    Quando se tem a marca da solido na alma, o mundo cabe numa fresta.

    (SEIXAS, Helosa. Contos mais que mnimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)

    26. No primeiro pargrafo, a palavra utilizada em sentido figurado

    a) menino.b) cho.c) testa.d) penumbra.e) tenda.

    TRF3 TCNICO JUDICIRIO FCC 2014

    O canto das sereias uma imagem que remonta s mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As verses da fbula variam, mas o sentido geral da trama comum.

    As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinria beleza, viviam sozinhas numa ilha do Mediterrneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graas ao irresistvel poder de seduo do seu canto. Atrados por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias ento devoravam impiedosamente os tripulantes.

    Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas solues vitoriosas. Uma delas foi a sada encontrada por Orfeu, o incomparvel gnio da msica e da poesia. Quando a embarcao na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ao das sereias, ele conseguiu impedir a tripulao de perder a cabea tocando uma msica ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio atravessou inclume a zona de perigo.

    A outra soluo foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade a aceitao dos seus inescapveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens no teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcao se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente que Ulisses no tapou com cera os prprios ouvidos ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de no solt-lo at que estivessem longe da zona de perigo.

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    Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do heri era clara: a falsa promessa de gratificao imediata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida prosseguir viagem, retornar a taca, reconquistar Penlope , do outro. A verdadeira vitria de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua prpria alma.

    (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. So Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

    27. H no texto

    a) rivalidade entre o mortal Ulisses e o divino Orfeu, cujo talento musical causava inveja ao primeiro.

    b) juzo de valor a respeito das atitudes das sereias em relao aos navegantes e elogio astcia de Orfeu.

    c) crtica forma pouco original com que Orfeu decide enganar as sereias e elogio astcia de Ulisses.

    d) censura atitude arriscada de Ulisses, cuja ousadia quase lhe custou seu projeto de vida.e) comparao entre os meios que Orfeu e Ulisses usam para enfrentar o desafio que se

    apresenta a eles.

    28. Doce o caminho, amargo o fim. (3 pargrafo)A frase acima

    a) contrape a natureza singela das sereias violncia do mar.b) assinala a vitria de Ulisses sobre o poder mgico das sereias.c) descreve a principal consequncia do confronto entre Ulisses e as sereias.d) introduz a razo pela qual Orfeu venceu o embate contra as sereias.e) sintetiza o percurso dos navegantes quando eram seduzidos pelas sereias.

    PARNIMOS e HOMNIMOS

    Parnimos palavras que so muito parecidas na escrita ou na pronncia, porm apresentam significados diferentes.

    Ao encontro de (a favor) / De encontro a (contra) Ao invs de (oposto) / Em vez de (no lugar de)

    ALGUNS OUTROS EXEMPLOS

    absolver (perdoar, inocentar) absorver (asprirar, sorver)

    apstrofe (figura de linguagem) apstrofo (sinal grfico)

    aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)

    arrear (pr arreios) arriar (descer, cair)

    ascenso (subida) assuno (elevao a um cargo)

    bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)

    cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)

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    comprimento (extenso) cumprimento (saudao)

    deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)

    delatar (denunciar) dilatar (alargar)

    descrio (ato de descrever) discrio (reserva, prudncia)

    descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)

    despensa (local onde se guardam mantimentos)

    dispensa (ato de dispensar)

    docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)

    emigrar (deixar um pas) imigrar (entrar num pas)

    eminncia (elevado) iminncia (qualidade do que est iminente)

    eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)

    esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)

    estada (permanncia em um lugar) estadia (permanncia temporria em um lugar)

    flagrante (evidente) fragrante (perfumado)

    fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)

    fusvel (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)

    imergir (afundar) emergir (vir tona)

    inflao (alta dos preos) infrao (violao)

    infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)

    mandado (ordem judicial) mandato (procurao)

    peo (aquele que anda a p, domador de cavalos)

    pio (tipo de brinquedo)

    precedente (que vem antes) procedente (proveniente; que tem fundamento)

    ratificar (confirmar) retificar (corrigir)

    recrear (divertir) recriar (criar novamente)

    soar (produzir som) suar (transpirar)

    sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)

    sustar (suspender) suster (sustentar)

    trfego (trnsito) trfico (comrcio ilegal)

    vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)

    Homnimos palavras que so iguais na escrita e/ou na pronncia, porm tm significados diferentes.Homnimos perfeitos so palavras diferentes no sentido, mas idnticas na escrita e na pronncia.So Jorge / So vrias as causas / Homem so

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    Homnimos homgrafos tm a mesma escrita, porm diferente pronncia na abertura da vogal tnica o / e.O molho / Eu molhoA colher / Vou colherHomnimos homfonos tm a mesma pronncia, mas escrita diferente.Aprear = combinar o preo de / Apressar = tornar mais rpidoAcender = pr fogo / Ascender = subir

    ALGUNS OUTROS EXEMPLOS

    Acento Inflexo da voz; sinal grfico Assento Lugar onde a gente se assenta

    Antic(p)tico Oposto aos cticos Antiss(p)tico Desinfetante

    Caar Perseguir a caa Cassar Anular

    C(p)tico Que ou quem duvida S(p)tico Que causa infeco

    Cela Pequeno aposento Sela Arreio de cavalgadura

    Celeiro Depsito de provises Seleiro Fabricante de selas

    Censo Recenseamento Senso Juzo claro

    Cerrao Nevoeiro espesso Serrao Ato de serrar

    Cerrar Fechar Serrar Cortar

    Cilcio Cinto para penitncias Silcio Elemento qumico

    Crio Vela grande de cera Srio da Sria

    Concertar Harmonizar; combinar Consertar Remendar; reparar

    Empoar Formar poa Empossar Dar posse a

    Incerto Duvidoso Inserto Inserido, includo

    Incipiente Principiante Insipiente Ignorante

    Inteno ou teno

    Propsito Intenso ou tenso Intensidade

    Intercesso Rogo, splica Interse(c)o Ponto em que duas linhas se cortam

    Lao Laada Lasso Cansado

    Maa Clava Massa Pasta

    Pao Palcio Passo Passada

    Ruo Pardacento; grisalho Russo Natural da Rssia

    Cesta Recipiente de vime, palha ou outro material tranado

    Sexta Dia da semana; numeral ordinal (fem.)

    Cesso = doao, anuncia Se(c)co = diviso, setor, departamento

    Sesso = reunio

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    EXEMPLIFICANDO

    29. Assinale a alternativa correta, considerando que direita de cada palavra h uma expresso sinnima.

    a) emergir = vir tona; imergir = mergulharb) emigrar = entrar (no pas); imigrar = sair (do pas)c) delatar = expandir; dilatar = denunciard) deferir = diferenciar; diferir = concedere) dispensa = cmodo; despensa = desobrigao

    30. Indique a alternativa na qual as palavras completam corretamente os espaos das frases abaixo.

    Quem possui deficincia auditiva no consegue ______ os sons com nitidez. / Hoje so muitos os governos que passaram a combater com rigor o ______ de entorpecentes. / O diretor do presdio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.

    a) discriminar trfico infligiub) discriminar trfico infringiuc) descriminar trfego infringiud) descriminar trfego infligiue) descriminar trfico infringiu

    31. Leia as frases abaixo.

    1 Assisti ao ________ do bal Bolshoi.

    2 Daqui ______ pouco vo dizer que ______ vida em Marte.

    3 As _________ da cmara so verdadeiros programas de humor.

    4 ___________ dias que no falo com Zambeli.

    Escolha a alternativa que oferece a sequncia correta de vocbulos para as lacunas existentes.

    a) concerto h a cesses H.b) conserto a h sesses H.c) concerto a h sees A.d) concerto a h sesses H.e) conserto h a sesses A.

    Anotaes

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    32. Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau).

    Pedro e Joo ____ entraram em casa, perceberam que as coisas no iam bem, pois sua irm caula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas frias; _____ seus dois irmos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os primos e a tia.

    a) mau mal mais masb) mal mal mais maisc) mal mau mas maisd) mal mau mas mase) mau mau mas mais

    33. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento do parnteses.

    a) O sapato velho foi restaurado com a aplicao de algumas ________ (tachas-taxas).b) Slvio _________ na floresta para caar macacos. (imergiu-emergiu).c) Para impedir a corrente de ar, Lus _______ a porta (cerrou-serrou).d) Bonifcio ________ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava).e) Quando foi realizado o ltimo ________ ? (censo-senso).

    34. Verifique quais dos homnimos homfonos entre parnteses completam, correta e respectivamente, os espaos nas oraes abaixo.

    I Seu ___________ de humor timo! (censo/senso)

    II Os __________ ficaram decepcionados com o desfecho da pea de teatro. (espectadores/ expectadores)

    III No gosto de perfumes com __________ de alfazema. (estrato/ extrato)

    Assinale a alternativa que traz a sequncia correta.

    a) senso expectadores extratob) senso espectadores estratoc) censo expectadores estratod) senso espectadores extratoe) censo espectadores extrato

    COMPREENSO GRAMATICAL DO TEXTO

    PRONOMINALIZAO

    MPE-RS Analista do Ministrio Pblico Estadual - Suporte Tcnico - Tecnologia da Informao FCC 2012

    No h dvida de que o preconceito contra a mulher forte no Brasil e que cabe ao poder pblico tomar medidas para reduzi-lo. Pergunto-me, porm, se faz sentido esperar uma situao de total isonomia entre os gneros, como parecem querer os discursos dos polticos.

    Nos anos 60 e 70, acreditava-se que as diferenas de comportamento entre os sexos eram fruto de educao ou de discriminao. Quando isso fosse resolvido, surgiria o equilbrio. No foi, porm, o que ocorreu, como mostra Susan Pinker, em The Sexual Paradox. Para ela, no se

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    pode mais negar que h diferenas biolgicas entre machos e fmeas. Elas se materializam estatisticamente (e no deterministicamente) em gostos e aptides e, portanto, na opo por profisses e regimes de trabalho.

    35. Quando isso fosse resolvido ... (2 pargrafo)

    O pronome grifado acima substitui corretamente, considerando-se o contexto,

    a) as diferenas de comportamento entre homens e mulheres.b) os problemas referentes educao e discriminao contra mulheres.c) as medidas governamentais para reduzir o preconceito contra as mulheres.d) o equilbrio entre os sexos a partir das opes por profisses e regimes de trabalho.e) o clculo estatstico quanto s preferncias femininas por determinadas profisses.

    TJ-RJ 2012

    Manuel Bandeira publicou diversos textos durante o ms modernista, espao aberto para o movimento no jornal carioca A Noite, em dezembro de 1925. O poeta era ento assduo frequentador do restaurante Reis, no velho centro do Rio. Eram dias de vida bomia, e, apesar de todo o resguardo que tocava a um tsico profissional, Bandeira descia do morro do Curvelo ao sorvedouro da Lapa e vizinhanas, vida pobre e corriqueira aos ps da Glria, onde a poesia se mesclava a um pouco de tudo. O poeta j no o ser exclusivamente voltado para si mesmo, na busca da expresso da pura subjetividade, mas antes um sujeito que se abre ao mundo.

    Uma tal atitude, cheia de consequncias para a poesia brasileira, tinha enormes implicaes. Implicava algo geral e, ao mesmo tempo, muito particular: uma abertura maior da vida do esprito para a realidade de um pas largamente desconhecido de si mesmo e para a novidade de fatos palpveis da existncia material de todo dia, tal como afloravam chocantes no espao modernizado das cidades.

    A fratura da antiga conveno potica coincidia com a brecha do novo, por onde os fatos do dia penetravam no universo da arte, exigindo um tratamento artstico igualmente renovado.

    (Adaptado de Davi Arrigucci. Humildade, paixo e morte. So Paulo: Cia. das Letras, 1990. p.92-93)

    36. (12248) A atitude a que o autor se refere no incio do 2 pargrafo a de

    a) desvendar os mistrios da existncia por meio da poesia.b) buscar matria potica nos fatos triviais do cotidiano.c) encontrar inspirao para o fazer artstico nos sentimentos pessoais.d) cultivar a vida bomia como fonte de inspirao para o fazer potico.e) recorrer criao potica para escapar das agruras do cotidiano.

    Anotaes

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    METR-SP AGENTE DE SEGURANA 2011 FCC

    A narrativa bblica da Torre de Babel conta que Deus se enfureceu ao notar que os homens sonhavam com o reino dos cus e construam uma torre para alcan-lo. Resolveu, ento, puni-los por sua arrogncia. Logo, cada um dos homens comeou a falar uma lngua diferente e, com a comunicao comprometida, a construo foi cancelada. Se na Bblia a pluralidade lingustica era uma condenao, para a histria uma bno, pois mostra a riqueza da humanidade. Os idiomas guardam a alma de um povo, sua histria, seus costumes e conhecimentos, passados de gerao em gerao.

    O Atlas das lnguas do mundo em perigo de desaparecer 2009, divulgado pela Unesco, contempla a situao de 155 pases e divide os idiomas na categoria extinta e em outras quatro de risco. Ele apresenta a situao de 190 lnguas brasileiras, todas indgenas. Dessas, 12 desapareceram e as demais esto em risco. Segundo o americano Denny Moore, antroplogo, linguista colaborador do Iphan (Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional) e coordenador da rea de lingustica do Museu Emlio Goeldi, em Belm, o documento deixou de fora os dialetos de descendentes de imigrantes e de grupos afro-brasileiros por falta de dados sistematizados sobre eles estima-se que sejam 20 lnguas. Para ele, as informaes sobre o Brasil devem ser vistas com cautela muitas das lnguas citadas so extremamente parecidas e inteligveis entre si e poderiam ser consideradas pelos linguistas como o mesmo idioma.

    Com o objetivo de entender melhor nosso universo lingustico, o Iphan montou o Grupo de Trabalho da Diversidade Lingustica do Brasil (GTDL), que se dedica criao de um inventrio de lnguas brasileiras. Hoje, o governo reconhece a importncia de preservar esse patrimnio imaterial, mas nem sempre foi assim. Segundo historiadores, em 1500 eram faladas 1.078 lnguas indgenas. Para colonizar o pas e catequizar os povos indgenas, os descobridores foraram o aprendizado do portugus. Durante o governo Getlio Vargas defendeu-se a nacionalizao do ensino, e os idiomas falados por descendentes de estrangeiros simbolizavam falta de patriotismo. Por isso, caram em desuso.

    Mas por que as lnguas desaparecem? Por diversos motivos, como a morte de seu ltimo falante. Em tempos de globalizao, comum tambm que um idioma mais forte, com mais pessoas que o utilizam em grandes centros, sufoque um mais fraco.

    (Cludia Jordo. Isto, 11/3/2009, pp.60-62, com adaptaes)

    37. Hoje, o governo reconhece a importncia de preservar esse patrimnio imaterial ... (3 pargrafo)

    A expresso grifada acima estabelece relao de sentido com a afirmativa de que

    a) Logo, cada um dos homens comeou a falar uma lngua diferente e, com a comunicao comprometida, a construo foi cancelada.

    b) Os idiomas guardam a alma de um povo, sua histria, seus costumes e conhecimentos, passados de gerao em gerao.

    c) ... o documento deixou de fora os dialetos de descendentes de imigrantes e de grupos afro-brasileiros por falta de dados sistematizados sobre eles...

    d) ... muitas das lnguas citadas so extremamente parecidas e inteligveis entre si e poderiam ser consideradas pelos linguistas como o mesmo idioma.

    e) Durante o governo Getlio Vargas defendeu-se a nacionalizao do ensino, e os idiomas falados por descendentes de estrangeiros simbolizavam falta de patriotismo.

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    PONTUAO

    BB 2013

    Ao longo do sculo XVII, a Holanda foi um dos dois motores de um fenmeno que transformaria para sempre a natureza das relaes internacionais: a primeira onda da chamada globalizao. O outro motor daquela era de florescimento extraordinrio das trocas comerciais e culturais era um imprio do outro lado do planeta a China. S na dcada de 1650, 40.000 homens partiram dos portos holandeses rumo ao Oriente, em busca dos produtos cobiados que se fabricavam por l. Mas a derrota em uma guerra contra a Frana encerrou os dias da Holanda como fora dominante no comrcio mundial. Se o sculo XVI havia sido marcado pelas grandes descobertas, o seguinte testemunhou a consequncia maior delas: o estabelecimento de um poderoso cinturo de comrcio que ia da Europa sia. O sonho de chegar China o fio imaginrio que percorre a histria da luta da Europa para fugir do isolamento, diz o escritor canadense Timothy Brook, no livro O chapu de Vermeer.Isso determinou mudanas de comportamento e de valores: Mais gente aprendia novas lnguas e se ajustava a costumes desconhecidos. O estmulo a esse movimento era o desejo irreprimvel dos ocidentais de consumir as riquezas produzidas no Oriente. A princpio refratrios ao comrcio com o exterior, os governantes chineses acabaram rendendo-se evidncia de que o comrcio significava a injeo de riqueza na economia local (em especial sob a forma de toneladas de prata).Sob vrios aspectos, a China e a Holanda do sculo XVII eram a traduo de um mesmo esprito de liberdade comercial. Mas deveu-se s Holanda a inveno da pioneira engrenagem econmica transnacional. A Companhia das ndias Orientais a primeira grande companhia de aes do mundo, criada em 1602 foi a me das multinacionais contemporneas. Beneficiando-se dos baixos impostos e da flexibilidade administrativa, ela tornou-se a grande potncia empresarial do sculo XVII.

    (Adaptado de: Marcelo Marthe. Veja, p. 136-137, 29 ago. 2012)

    38. (12205) - A Companhia das ndias Orientais a primeira grande companhia de aes do mundo, criada em 1602 foi a me das multinacionais contemporneas.

    O segmento isolado pelos travesses constitui, no contexto, comentrio que

    a) busca restringir o mbito de ao de uma antiga empresa de comrcio.b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comrcio.c) contm informaes de sentido explicativo, referentes empresa citada.d) enumera as razes do sucesso atribudo a essa antiga empresa.e) enfatiza, pela repetio, as vantagens oferecidas pela Empresa.

    Anotaes

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    FUNDAO PAULISTANA DE EDUCAO E TECNOLOGIA Assistente de Gesto de Polticas Pblicas FCC 2012

    Somos seres tribais que dividem o mundo em dois grupos: o nosso e o deles. Nos ltimos 40 anos surgiu vasta literatura cientfica para explicar por que razo somos to tribais. Que fatores em nosso passado evolutivo condicionaram a necessidade de armar coligaes que no encontram justificativa na civilizao moderna?Seres humanos so capazes de colaborar uns com os outros numa escala desconhecida no reino animal, porque viver em grupo foi essencial adaptao de nossa espcie. Agrupar-se foi a necessidade mais premente para escapar de predadores, obter alimentos e construir abrigos seguros para criar os filhos.A prpria complexidade do crebro humano evoluiu, pelo menos em parte, em resposta s solicitaes da vida comunitria. Pertencer a um agrupamento social, no entanto, muitas vezes significou destruir outros. Quando grupos antagnicos competem por territrio e bens materiais, a habilidade para formar coalizes confere vantagens logsticas capazes de assegurar maior probabilidade de sobrevivncia aos descendentes dos vencedores.A contrapartida do altrusmo em relao aos nossos a crueldade dirigida contra os outros. Na violncia intergrupal do passado remoto esto fincadas as razes dos preconceitos atuais. Para nos defendermos, criamos fronteiras que agrupam alguns e separam outros em obedincia a critrios de cor da pele, religio, nacionalidade, convices polticas e at times de futebol. Demarcada a linha divisria entre ns e eles, discriminamos os que esto do lado de l. s vezes, com violncia.

    (Drauzio Varella. Folha de S. Paulo, E12 Ilustrada, 30 de junho de 2012, com adaptaes)

    39. O emprego constante de aspas, como em ns e eles,

    a) aponta aspectos do comportamento individual, que resultam da semelhana de convices polticas e religiosas.

    b) assinala a permanncia da colaborao entre os participantes de grupos sociais, ainda necessria no mundo moderno, mesmo que haja divergncias de opinio entre eles.

    c) enfatiza a impossibilidade de haver relacionamento harmonioso entre os indivduos, principalmente em razo de escolhas pessoais diferenciadas.

    d) estabelece relao direta com as situaes abordadas, referentes ligao com determinados grupos ou ao afastamento social e afetivo deles.

    e) busca identificar os diversos grupos sociais, a partir de caractersticas pessoais de seus componentes e do comportamento coletivo.

    BB Auxiliar de Enfermagem do Trabalho FCC 2012

    40. O sonho de voar alimenta o imaginrio do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja dos pssaros e as lendas de homens alados, como Ddalo e caro (considerado o primeiro mrtir da aviao), levaram a um sem-nmero de experincias, a maioria fatal. (considerado o primeiro mrtir da aviao) Os parnteses isolam

    a) citao fiel de outro autor.b) comentrio explicativo.c) informao repetitiva.d) retificao necessria.e) enumerao de fatos

  • TRE/RS Interpretao de Texto e Redao Oficial Prof Maria Tereza

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    ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SO PAULO Tcnico Legislativo FCC 2012

    41. A tentativa de jogar a culpa por uma situao indesejada de desastres naturais a guerras, de crises econmicas a epidemias nas costas de um nico indivduo ou grupo quase sempre inocente uma prtica to disseminada que alguns estudiosos a consideram essencial para entender a vida em sociedade. Como possvel que explicaes irracionais convenam tanta gente, apesar da falta de evidncias?

    de desastres naturais a guerras, de crises econmicas a epidemias (1 pargrafo) O segmento isolado por travesses

    a) amplia o sentido da expresso anterior.b) reproduz citao exata da opinio de estudiosos do assunto.c) enfatiza a descrio de uma situao de calamidade.d) insiste em uma informao j apresentada.e) denota mudana no foco de interesse do pargrafo.

    TEMPOS VERBAIS

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11 REGIO Analista Judicirio - rea Apoio Especializado - Especialidade Enfermagem FCC 2012

    A Amaznia, dona de uma bacia hidrogrfica com cerca de 60% do potencial hidreltrico do pas, tem a chance de emergir como uma regio prspera, capaz de conciliar desenvolvimento, conservao e diversidade sociocultural. O progresso est diretamente ligado ao papel que a regio exercer em duas reas estratgicas para o planeta: clima e energia. No se trata de explorar a floresta e deixar para trs terra arrasada, mas de aproveitar o valor de seus ativos sem qualquer agresso ao meio ambiente. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prtica uma ampla e bem-sucedida poltica socioambiental, a exemplo do que faz a indstria cosmtica nacional, que seduziu o mundo com a biodiversidade brasileira. marketing e conservacionismo tambm.

    Segundo o pesquisador Beto Verssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amaznia (Imazon), a floresta fundamental para a reduo global das emisses de gases de efeito estufa. O Brasil depende da regio para produzir mais energia e no sou contra a expanso da rede de usinas aqui, mas preciso cautela, para no repetir erros do passado, quando as hidreltricas catalisaram ocupao desordenada, conflitos sociais e desmatamentos. Enfrentar o desmatamento da Amaznia crucial para o Brasil.

    (Trecho de Dilogos capitais. CartaCapital, 7 de setembro de 2011, p. 46)

    42. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prtica uma ampla e bem-sucedida poltica socioambiental ... (1 pargrafo)

    O emprego da forma verbal grifada na frase acima indica

    a) restrio afirmativa anterior.b) condio da realizao de um fato.c) finalidade de uma ao futura.d) tempo passado em correlao com outro.e) hiptese passvel de se realizar.

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    43. Winston Churchill, primeiro-ministro que ...... a Inglaterra durante os conflitos da Segunda Guerra Mundial, ...... mais do que todos que o pas ...... os alemes.

    Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada,

    a) conduzia - acredita - venceriamb) conduziu - acreditou - venceriac) conduz - acreditavam - venceriad) conduziu - acreditaram - venceue) conduzira - acreditou - venceu

    FUNDAO PAULISTANA DE EDUCAO E TECNOLOGIA Assistente de Gesto de Polticas Pblicas FCC 2012

    44. Pouco aps chegar ao Brasil com a famlia real, em 1808, o piano j se tornara smbolo de status e de sintonia com uma forma mais culta de vida, mesmo quando essa de fato no acontecia.

    ...o piano j se tornara smbolo de status...

    O tempo verbal empregado na frase acima exprime um fato

    a) futuro em relao a outro j passado. b) presente em relao a uma situao passada. c) anterior ao momento da fala, mas no totalmente concludo. d) passado em relao a outro fato tambm passado. e) incerto, que pode ou no vir a ocorrer.

    45. No sculo 19, a elite das cidades ...... organizar saraus em suas casas, momentos em que as moas, em sua maioria, ...... suas habilidades no piano, j que ainda no ...... aparelhos eletrnicos.

    Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

    a) costumava - demonstravam - haviab) costumavam - demonstrava - haviamc) costumava - demonstrava - haviamd) costumavam - demonstravam - haviae) costumava - demonstrava - havia

    Anotaes

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    BB Auxiliar de Enfermagem do Trabalho FCC 2012

    A mecanizao dos meios de comunicao e da impresso foi de fundamental importncia para a expanso da imprensa no incio do sculo XX. Os novos prelos (*) utilizados pela grande imprensa eram comemorados em pequenos comentrios dos semanrios de narrativa irreverente paulistana. Surgiam as Marionis e outras tantas marcas de prelos, capazes de multiplicar os exemplares e combinar textos e imagens como, durante o sculo XIX, nunca havia sido possvel. Aliados maior capacidade de produo, impresso e composio estavam os correios e telgrafos, principais responsveis pela distribuio dos jornais, assim como meio de comunicao fundamental para que leitores e os prprios produtores de jornais mantivessem contato com os acontecimentos do momento.

    Apesar de sua pssima fama, que atravessara o sculo XIX e permanecia ao longo da primeira dcada do sculo XX em pequenas notas e comentrios crticos dos jornais satricos, por meio dos correios se faziam entregas em locais distantes do interior paulista, recebiam-se jornais de vrias partes do mundo e correspondncias de leitores e colaboradores das folhas.

    *prelo aparelho manual ou mecnico que serve para imprimir; mquina impressora, prensa.

    (Paula Ester Janovitch. Preso por trocadilho. So Paulo: Alameda, 2006. p.137-138)

    46. Apesar de sua pssima fama, que atravessara o sculo XIX e permanecia ao longo da primeira dcada do sculo XX ...

    O emprego dos tempos dos verbos grifados a


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