+ All Categories
Home > Documents > Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

Date post: 24-Jan-2017
Category:
Upload: lamdien
View: 215 times
Download: 1 times
Share this document with a friend
24
Transcript
Page 1: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

I D E A S Y O P I N I O N E S

2

EL PATRIMONIOSUBMARINOEN PORTADAPaulo MonteiroEspecialista en arqueologiacutea marinaAngra do Heroismo Azores (Portugal)

Merece una felicita-cioacuten el magniacutefico trabajo que han realizadocon su tema central del no 87 sobre la protec-cioacuten del patrimonio submarino En Portugalha causado un impacto formidable como lodemuestran los artiacuteculos publicados en laprensa incluso la televisioacuten se refirioacute a eacutel enun noticiero

En cuanto a los barcos hundidos alrede-dor de las Azores el Gobierno portugueacutes haderogado finalmente la ley de 1993 que faci-litaba la instalacioacuten de empresas internacio-nales para explotar esos pecios Se ha apro-bado una nueva ley que debe apartar definiti-vamente a los buscadores de tesoros de lasaguas portuguesas y de las Azores

INFORMARSEE INFORMARAna Martha Gavilla PerezCentro de Documentacioacuten y BibliotecaComisioacuten Nacional Mexicana de la UNESCOTabasco (Meacutexico)

Me place recibir enmi centro de trabajo la revista Fuentes ya quemantiene a nuestros lectores informados delas novedades ocurridas en materia de educa-cioacuten ciencia y cultura Cabe mencionar quela publicacioacuten es de suma utilidad pues eneste centro documental se proyecta y divulgasu contenido a los usuarios permitieacutendonosasiacute desempentildear satisfactoriamente nuestro tra-bajo de bibliotecarios

Fuentes UNESCO

estaacute disponible en

Internet

en las ruacutebricas

Novedades

o publicaciones

en nuestra direccioacuten

httpwwwunescoorg

RESERVAS SOBRELAS RESERVASMathieu PoirierEx director de institutoIssoire (Francia)

Yo voy a menudo a laisla de Ouessant en Bretantildea Recientementehe asistido a una reunioacuten antes de las elec-ciones legislativas francesas Algunos habi-tantes de la isla estaban preocupados por laidea de que se proyectaba crear un parquenacional mariacutetimo Sin embargo su objetivoes proteger los recursos del mar fundamen-talmente pesqueros que escasean peligrosa-mente El proyecto seriacutea de utilidad para lospescadores locales Pero resulta que la pala-bra parque es entendida por los vecinoscomo sinoacutenimo de proteccioacuten excesiva e in-cluso de bloqueo de cualquier actividad hu-mana

En esa reunioacuten nadie pareciacutea saber queOuessant y su archipieacutelago forman parte des-de 1988 de la red mundial de la UNESCO dereservas de la biosfera No obstante a la en-trada del puerto principal de la isla un gigan-tesco panel lo indica y explica el principio deesas reservas favorecer un desarrollo econoacute-mico armoacutenico conciliando las necesidadesde los hombres y mujeres con la proteccioacutende un entorno sano

Fuentes publica con frecuencia artiacuteculossobre este tema vital Pero queda por hacerun ingente trabajo de explicacioacuten Por enci-ma de todo hay que hallar los medios paraque los interesados puedan participar en laaplicacioacuten del principio de reserva Cierta-mente del dicho al hecho hay un buen tre-cho sobre todo si el propio teacutermino puededespertar reticencias Podriacutea empezarse ela-borando un programa bien disentildeado dirigidoa las escuelas

UNA APORTACIOacuteNJuan Gonzaacutelez DiacuteazCentro Ramoacuten Rubiera de InformacioacutenDocumentacioacuten e Investigacioacuten LiterariaLa Habana (Cuba)

Me permito expresar-les que el contenido de su publicacioacuten Fuen-tes contribuye al enriquecimiento de nuestrosfondos por su interesante y actualizado con-tenido

iquestDE DOacuteNDE VIENENDelphine CramerProfesora de HistoriaNeuchacirctel (Suiza)

Su artiacuteculo del nordm 89sobre poliacuteticas linguumliacutesticas en Aacutefrica me hainteresado mucho

Aunque no cabe duda de que el uso de laslenguas nacionales puede constituir un factorde desarrollo y un vector de la unidad trans-fronteriza tengo algunas reservas en cuantoa la teoriacutea de que todas las lenguas tienen suorigen en Aacutefrica iquestQueacute ocurre con el huacutenga-ro y el japoneacutes por ejemplo

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P R I M E R P L A N O

3

N o e s u n a g r a n s o r p r e s a q u e e l n u e v o g o b i e r n o

l a b o r i s t a h a y a d e c i d i d o r e i n c o r p o r a r s e a l a U N E S C O

E s s i n d u d a u n a d u l c e v i c t o r i a p a r a t o d o s l o s q u e l u c h a m o s

l a r g a y d u r a m e n t e p o r c o n v e n c e r a l g o b i e r n o a n t e r i o r d e d a r

e s t e p a s o M aacute s a uacute n i n d i c a u n c a m b i o i m p o r t a n t e e n l a s

r e l a c i o n e s e n t r e L o n d re s y W a s h i n g t o n B a j o l a a n t e r i o r

a d m i n i s t r a c i oacute n e l R e i n o U n i d o s i g u i oacute a W a s h i n g t o n e n e s t a

c u e s t i oacute n D e s p u eacute s d e l a l l e g a d a d e M a j o r e n 1 9 9 2 l o s

c o n s e r v a d o r e s e x p r e s a r o n a b i e r t a m e n t e q u e s o l a m e n t e

r e g r e s a r iacute a n a l a U N E S C O s i l o s E s t a d o s U n i d o s l o h a c iacute a n

p r i m e r o E n r e a l i d a d s i e l P a r t i d o L a b o r i s t a h u b i e r a e s t a d o

e n e l p o d e r c u a n d o l o s E s t a d o s U n i d o s s e r e t i r a r o n d e l a

O r g a n i z a c i oacute n p r o b a b l e m e n t e l o s b r i t aacute n i c o s n o l o h u b i e r a n

h e c h o

L a d e c i s i oacute n d e r e i n c o r p o r a r s e a l a U N E S C O i n d i c a a d e m aacute s u n

c o m p r o m i s o c o n l a c o o p e r a c i oacute n m u l t i l a t e r a l L o s m i e m b r o s d e l

P a r t i d o C o n s e r v a d o r ( To r i e s ) s u m a m e n t e d e s c o n f i a d o s

p r e f i r i e r o n m a n t e n e r e l c o n t r o l s o b r e l a a y u d a b r i t aacute n i c a a l o s

p a iacute s e s e n d e s a r r o l l o m i n a n d o s e r i a m e n t e n u e s t r a m i s i oacute n e n

e s t e c a m p o E n c a m b i o e l P a r t i d o L a b o r i s t a e x p r e s oacute e l d e s e o

d e q u e s u p a iacute s o c u p e u n l u g a r e n l a e s c e n a i n t e r n a c i o n a l

t r a b a j a n d o e n c o l a b o r a c i oacute n c o n l o s d i f e r e n t e s a c t o r e s a n i v e l

m u n d i a l y e n p a r t i c u l a r c o n e l s i s t e m a d e l a s N a c i o n e s

U n i d a s

L a v i d a i n t e l e c t u a l y a c a d eacute m i c a s e v a a b e n e f i c i a r m u c h o L a s

i n i c i a t i v a s r e l a c i o n a d a s c o n e l g e n o m a h u m a n o l a b i o s f e r a l a

t o l e r a n c i a y l a c u l t u r a d e p a z l e d a r aacute n a l R e i n o U n i d o

m u c h o q u e h a c e r e n l a U N E S C O e n l o s p r oacute x i m o s a ntilde o s O t r o s

c a m p o s c o m o l a c i e n c i a o l a s c i e n c i a s s o c i a l e s q u e s e h a b iacute a n

d e b i l i t a d o b a j o l o s To r i e s r e c i b i r aacute n u n n u e v o i m p u l s o g r a c i a s

a l o s c o n t a c t o s f o r m a l e s q u e v a m o s a t e n e r c o n c o l e g a s e

i n s t i t u c i o n e s d e l r e s t o d e l m u n d o R e c i b i m o s d e t o d o c o r a z oacute n

e s t a n u e v a o p o r t u n i d a d

13

Paacuteginas 6 a 16

PAacuteGINAS E IMAacuteGENES 4

HECHOS Y GESTOS 5

S U M A R I O

T E M A C E N T R A L

AGENDA 24

Medios de comunicacioacutenbull EL GIRO DE LOSINVESTIGADORES 18

Medios de comunicacioacutenbull LA OBRA DE LOS JOacuteVENES 19

Mundo aacuterabebull ENTRANDO EN LAINFOSOCIEDAD 20

Afganistaacutenbull CONTINUARAacute 22

Kuwaitbull VOCES EN AUMENTO 23

PLANETA

Redaccioacuten y difusioacuten FUENTES UNESCO 7 place deFontenoy 75352 Paris 07 SP Tel (33-1) 45 68 16 73Fax (33-1) 45 68 56 54Esta revista de caraacutecter informativo no es undocumento oficial de la UNESCOISSN 1014 5494

WELCOME BACK

F U E N T E S U N E S C O

Todos los artiacuteculos pueden ser librementereproduc idos La redacc ioacuten agradeceraacuteel enviacuteo de una copia del artiacuteculo elegidoLas fotograf iacuteas s in e l s igno copy estaraacutena d i s po s i c i oacuten de t odo s l o s med i o s decomun i c a c i oacuten que l a s r equ i e r an

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 9 7

APRENDERPARA LA V IDA

PortadaIlustracioacuten copyThe Image Bank

Favorecer el gusto por lalectura y la escritura

Todo estaacute bajo control

Una historieta afganabien lograda

Jagdish S GUNDARAmiembro de los Amigos de la UNESCO

jefe del Centro Internacional de Estudios InterculturalesUniversidad de Londres

T E X T O S E I M Aacute G E N E S

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

4

Las publicaciones de laUNESCO pueden adquirir-se en la libreriacutea y a traveacutesde los agentes de venta deEdiciones UNESCO en lamayoriacutea de los paiacuteses Loslibros y revistas se puedenconsultar en la bibliotecadepositaria de la UNESCOen cada Estado miembroInformaciones y pedidosdirectos por correo fax opor Internet EdicionesUNESCO 7 Place de Fon-tenoy 75352 Paris O7 SP(France) tel (+33) 1)45654300 Fax (+33) 1)4568 5741 Internethttpw w w u n e s c o o r g p u -blishing

OBRASREPRESENTATIVAS

PAacuteGINAS ESCOGIDASPuesto que los sentidos son losfideliacutesimos proveedores de lamemoria la dicha demostracioacutensensual daraacute por resultado laperpetuidad en el conocimien-to Efectivamente con unasola vez que haya probado elazuacutecar o visto un camello oiacutedocantar un ruisentildeor -con tal quepreste a todo atencioacuten-quedaraacuten tan indeleblementegrabadas estas sensaciones enmi memoria que no podraacuten

borrarse Asiacute se expresabaComenio (en realidad JanAmos Komensky) nacido enMoravia en 1592 y quien hasido considerado como uno delos principales educadores detodas las eacutepocas El extensiacutesimotiacutetulo de uno de los pilares de sumerecida gloria refleja elespiacuteritu de la misma DidaacutecticaMagna que expone el artificiouniversal para ensentildear a todostodas las cosas o sea modocierto y exquisito para todas lascomunidades plazas y aldeasde cualquier reino cristiano deerigir escuelas de tal naturalezaque la juventud toda de uno yotro sexo sin exceptuar anadie puede ser informada enlas letras reformada en lascostumbres educada en lapiedad e instruida durante losantildeos de la pubertad en todoaquello que hace relacioacuten a estavida y la futura En el prefaciode esta edicioacuten Jean Piagetpedagogo suizo expuso laimportancia actual del pensa-miento de este autor antiguoconsideraacutendolo como uno de losprecursores de la idea geneacutetica

en psicologiacutea del desarrollo ycomo fundador de unadialeacutectica progresiva diferencia-da en funcioacuten de los estadios dedicho desarrollo La diferenciaesencial entre Comenio ynosotros es la que separa elpensamiento del siglo XX del delsiglo XVII exceptuando algunoscasos Nosotros ya no creemosque la metafiacutesica nos permitacomprender el desarrollo delnintildeo o del hombre en la socie-dad ni las acciones reciacuteprocasentre el hombre y la naturalezasin hablar de las propias leyesde la naturaleza En nuestrotiempo hemos sustituido lasimple especulacioacuten por unaserie de ciencias particulares yes con respecto a esta transfor-macioacuten que hemos de presentarlas ideas centrales de Comenioen nuestras perspectivascontemporaacuteneas Esta seleccioacutenpresenta ademaacutes de DidaacutecticaMagna Paacuteginas escogidasPampaedia y La Panorthosia

Paacuteginas escogidas de JuanAmos Comenio Prefacio deJean Piaget AZ Editora SAORCALC y Ediciones UNESCO1996 Precio 100 FF

LIBROS

MENSAJE DE AMEacuteRICAEsta raacutepida evocacioacuten resultanecesaria a 50 antildeos de unafecunda colaboracioacuten entre laUNESCO y Ameacuterica quecomparten tantos ideales queinteractuacutean en la escenainternacional expresa eldirector general FedericoMayor en el proacutelogo de estevoluacutemen antoloacutegico Publicadocon motivo de los 50 antildeos de laOrganizacioacuten presenta unpanorama de la contribucioacutenesencial de Ameacuterica Latina y elCaribe a la fundacioacuten y aldesarrollo de los ideales yprogramas de la UNESCO atraveacutes de algunas de suspersonalidades GabrielaMistral Rigoberta MenchuacuteGabriel Garciacutea MaacuterquezOctavio Paz o Elkin Patarroyoson algunos de estos escritorescientiacuteficos educadores opoliacuteticos que han contribuido enel cumplimiento de la misioacuten dela UNESCO

Mensaje de AmeacutericaCincuenta antildeos junto a laUNESCO Proacutelogo de FedericoMayor Universidad NacionalAutoacutenoma de MexicoEdicionesUNESCO1996 Precio 120 FF

REVISTAS

MUSEUM INTERNATIONALAl igual que el precedente(veacutease Fuentes nordm 90) el nordm 193estaacute dedicado a los museosmariacutetimos esta vez desde laperspectiva de la infinitavariedad de su puacuteblico paraque la historia de la navegacioacutense mantenga viva y en formapara las generaciones futurasel de los Paiacuteses Bajos con sureacuteplica del Amsterdam (sigloXVIII) que gracias a profundasreformas vio como su nuacutemerode visitantes pasaba de cercade 86000 en 1989 a 234000en 1993 el de Barcelona queha elaborado unas estrategiasde explotacioacuten inspiradas en lasempresas comerciales el MuseoNacional de Viacuteas de Agua deGloucester (Reino Unido) cuya

clientela baacutesica es la ceacutelulafamiliar el Museo Americanode la Marina Mercante delestado de Nueva York con sugaleriacutea de personajes ybuques el Museo Alemaacuten de laNavegacioacuten de Bremerhavenen pleno corazoacuten de lanavegacioacuten portuaria Poruacuteltimo este nuacutemero recuerda laaventura del Rose una fragatade la marina real britaacutenica quefue reconstruida y que acoge apersonas que se estaacuten formando en los oficios de la navega-cioacuten

EL CORREO DE LA UNESCOAl comienzo fueron las ideasBajo el tiacutetulo Coacutemo viajan lasideas el nuacutemero de junio noslleva a los misteriosos circuitosque han seguido las ideas atraveacutes de los siglos no soacutelo enlas sinuosidades de sus itinera-rios geograacuteficos sino tambieacuten

en las transformaciones de sussoportes materiales de lasrutas comerciales guerreras oreligiosas al ciberespacio de latablilla de arcilla a las fibrasoacutepticas la humanidad que sebusca a traveacutes de sus muacuteltipleselementos -observan loseditorialistas- cobra poco apoco conciencia de su unidaden la medida en que emergen yse difunden naciones princi-pios normas que merecen sercompartidas por todos

H E C H O S Y G E S T O S

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

5

Fo

to U

NE

SC

OC

arlo

s M

arq

ue

sYo naciacute el 19 de septiembre de

1921 en Recife Es una ciu-dad que se sumerge en el Atlaacutenti-co hasta Aacutefrica Yo soy tropicalhablo con mis manos soy un apa-sionado trabajo escribo vivo ymorireacute apasionadamente PauloFreire educador brasilentildeo mun-dialmente conocido por sus cam-pantildeas de alfabetizacioacuten revolu-cionarias murioacute el 2 de mayo ala edad de 75 antildeos

Aunque las realidades de lavida no me han permitido alcan-zar todos mis objetivos no tengoderecho a quejarme confesabaen una entrevista realizada en1991 Tengo una familia amigosen todo el mundo y la sensacioacutende haber hecho cosas positivasNo he necesitado morir para quela gente se interesara por mi tra-bajo antildeadiacutea a propoacutesito de susmuy numerosas obras la maacutes co-nocida de las cuales es Pedago-giacutea de los oprimidos

LEER EL MUNDOEl meacutetodo de este pedagogo dela liberacioacuten como le calificoacuteFederico Mayor director generalal rendirle homenaje el 4 demayo consistiacutea en forjar acti-tudes contribuir a que cada unotome el control de su vida Eacutel es-taba convencido de que la edu-cacioacuten sola libera como sentildea-laba maacutes tarde el director gene-ral ante el Consejo Ejecutivo alque comunicaba su intencioacuten decrear un premio internacionalPaulo Freire que recompense losnuevos enfoques en materia deeducacioacuten de adultos

Ayudar a la gente a leer elmundo antes de leer las pala-bras fue el credo de Paulo Frei-re permitirle al mismo tiempo

descifrar el alfabeto y la realidadde la vida iquestpor queacute estoy ham-briento Porque no tengo comi-da iquestPor queacute no tengo comidaPorque no tengo trabajo iquestPorqueacute no tengo trabajo Una pre-gunta lleva a otra y uno acabapor comprender la razoacuten de serde las cosas Esta lucidez le ve-niacutea de su infancia durante la grandepresioacuten que azotoacute a Brasilarruinoacute a su familia y le ensentildeoacutelo que significa tener hambre

descifrando el sentido de una pa-labra antes de analizar su siacutem-bolo graacutefico Porque educar essiempre un acto poliacutetico ya quepermite bien ocultar a la gentela razoacuten de ser de su condicioacutenbien al contrario revelaacutersela

En 1964 un golpe de Estadomilitar pone fin a su plan nacio-nal de lucha contra el analfabe-tismo y eacutel va a parar a la caacutercelMe dijeron que era un ideoacutelogono un educador Alliacute pasa 70

LA EDUCACIOacuteN SOLA LIBERAHOMENAJE A PAULO FREIRE

En un triste panorama deatentados persistentes contra lalibertad de expresioacutencelebramos el DIacuteA MUNDIAL DELA LIBERTAD DE PRENSAdeclaroacute el 3 de mayo el directorgeneral Federico Mayor

Sentildealoacute que en 1996 entre 40y 50 profesionales de losmedios de comunicacioacuten habiacuteansido asesinados en ejercicio desu profesioacuten a los cuales sesuman aqueacutellos que han sidoobjeto de praacutecticas de

intimidacioacuten y de acosoAsimismo deploroacute que algunosgobiernos intenten asumir elcontrol de medios decomunicacioacuten atentando asiacutecontra el pluralismo de lainformacioacuten y se congratuloacute

de ver muchedumbresinmensas protestandoespontaacutenea y paciacuteficamentedestacando que cualquier pasoatraacutes de la libetad de prensa esun paso atraacutes de la propiademocracia

Despueacutes de experimentar sumeacutetodo con los obreros de laszonas urbanas eacutel y sus colabora-dores dejaron boquiabierto almundo en 1961 alfabetizando enmenos de dos meses a 300 adul-tos del estado de Riacuteo Grande delNorte algunos llegaron a apren-der a leer y escribir despueacutes detreinta horas de formacioacuten

No hay texto sin contextosoliacutea decir Sirvieacutendose de pa-labras generadoras que expre-saban el verdadero lenguaje lasangustias los miedos las nece-sidades y los suentildeos de losaprendices Paulo Freire arraiga-ba la lectura en la vida cotidiana

diacuteas y despueacutes se exilia a Chiledonde pone en praacutectica sus ideasy su meacutetodo asiacute como en otrospaiacuteses en desarrollo como GuineaBissau Mozambique y AngolaTrabaja asimismo como asesorespecial de la Oficina Regionalde la UNESCO de Santiago

En 1980 Paulo Freire regre-sa a su paiacutes y da clases en la Uni-versidad de Estado de Sao Paulotrabajando en las comunidadeslocales con la Iglesia y los movi-mientos feminista y ecologista

Participa en la creacioacuten delpartido de los Trabajadores y de1989 a 1991 ocupa el cargo desecretario de estado de Educacioacuten

del estado de Sao Paulo encar-gado de llevar a cabo la reformaescolar en los dos tercios de lasescuelas del paiacutes

Pero si bien es un educadorexcepcional no es un modelo dediplomacia En 1986 por ejem-plo durante la entrega del PremioUNESCO de Educacioacuten para laPaz una de las recompensas quele ha concedido la Organizacioacutendeclara Yo no creo en ninguacutenintento de instaurar lo que se lla-ma la educacioacuten para la paz sien lugar de desvelar el mundo delas injusticias lo hace opaco ytiende a cegar a sus viacutectimas

C R Iacute T I C O Y A L I A D OCinco antildeos maacutes tarde se expli-ca Yo pediacute a la UNESCO quedejara de utilizar un lenguajeideoloacutegico porque iquestqueacute signi-fica lsquoerradicar el analfabetis-morsquo Da la impresioacuten de quererarrancar malas hierbas Es ofen-sivo se indigna No es el analfa-betismo lo que hay que erradicarsino la injusticia que lo producePara eacutel sucede lo mismo con laexpresioacuten los nintildeos de fuera dela escuela Oculta una realidadmuy distinta Son los gobiernoslos que les impiden ir a la escue-la No es una cuestioacuten de dinerosino de voluntad poliacutetica

Con los mismos fines sinolos mismos medios que laUNESCO Paulo Freire era el criacute-tico y el aliado ideal Mi idea noes negar la importancia de laUNESCO sino todo lo contrariovalorarla Soacutelo le pido que asu-ma las enormes responsabilida-des que le incumben iexclEsquijotesco

Amy OTCHET

laquoEN LA SOCIEDAD QUE ESTAacute SURGIENDO EN EL MUNDOENTERO BASADA EN EL SABER SEGUIR NUESTRAEDUCACIOacuteN DURANTE TODA LA VIDA YA NO ES UNLUJO SINO UNA NECESIDADraquo(Jacques Delors presidente de la Comisioacuten Internacionalsobre la Educacioacuten para el siglo XXI)(Foto copy Panos PicturesJ Holmes)

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

7

Abordaremos el siglo XXI maacutes o me-nos con los mismos sistemas educa-

tivos que a fines del siglo XIX iquestEntrare-mos en la era electroacutenica con los instru-mentos de aprendizaje forjados durante larevolucioacuten industrial La respuesta loacutegicaes no Pero hay que llegar hasta las uacuteltimasconsecuencias y pasar por fin a la accioacuten

Primer lema las cabezas marcan la di-ferencia La fuerza de los brazos la poten-cia de las maacutequinas la abundancia de ma-terias primas la proliferacioacuten de flujos fi-nancieros aportan ventajas pero no eseplus que es el uacutenico que permite al menosmantenerse en la carrera desenfrenada en laque se hallan las naciones del mundo

Vista en perspectiva la educacioacuten ini-cial falla es el segundo lema No solamen-te los joacutevenes soacutelo pueden aprender unavez en toda su vida sino que ademaacutes esesistema de educacioacuten cumple mal su mi-sioacuten Y las sucesivas reformas para reme-diarlo son muy poco concluyentes

Hoy se trata de cambiar totalmente esteparadigma y de transformar por consi-guiente todo el sistema educativo La rup-tura debe producirse en tres dimensionesel tiempo pasando de una pesada educa-cioacuten inicial completada maacutes tarde con unospequentildeos retoques a una educacioacuten repar-tida a lo largo de toda la vida la mate-ria puesto que el objetivo ya no es soacuteloaprender a hacer (adquirir y desarrollaruna competencia profesional) sino tam-bieacuten a conocer (aprender a aprender)aprender tambieacuten a vivir juntos y por

La quinta Conferencia Internacional sobre Educacioacuten de Adultos se celebraraacute en Hamburgo (Alemania)del 14 al 18 de julio Su reto iquestCoacutemo ofrecer a lo largo de toda la vida a todos los que lo necesitano simplemente lo desean esa formacioacuten sin la que estaacuten -o estaraacuten- irremediablemente marginadosde los procesos de produccioacuten de los mecanismos de socializacioacuten de los engranajes ciacutevicos o se veraacutenprivados del disfrute de su tiempo libre (ver maacutes adelante)Este tema central aborda aspectos destacados de esta exigencia que afecta al mundo laboral (pp 8-9)a la alfabetizacioacuten (pp 10-11) al medio ambiente (pp 12-13) y a la integracioacuten de las minoriacuteas(pp 14-15) Por uacuteltimo el ex primer ministro franceacutes Michel Rocard insiste en la urgente necesidadde aprender a producir el hombre ilustrado del siglo XXI a fin de proteger nuestras democracias (p 16)

uacuteltimo aprender a ser lo mejor de siacute mis-mo seguacuten las expresiones consagradas porla Comisioacuten Internacional sobre la Educa-cioacuten para el siglo XXI (Comisioacuten De-lors) y por uacuteltimo el espacio ya que esmaacutes que evidente que la ensentildeanza no pue-de limitarse a los bancos de la escuela ydebe llegar al ensentildeado alliacute donde vivepuestos de trabajo espacios puacuteblicos aacutereasde actuacioacuten asociativa y por supuestoesfera privada

T I EMPO DE DUDASTodo ello es vital para la insercioacuten en elmundo del trabajo aunque eacuteste se vea in-terrumpido por periodos casi inevitables dedesempleo ya que los sucesivos cambiosde rumbo profesionales son la regla gene-ral Todaviacutea lo es mas y al menos por losmismo motivos en cuanto se refiere a los800 millones de analfabetos y a los cien-tos de millones de habitantes de paiacuteses endesarrollo que teniendo un bagaje educa-tivo muy pobre tienen que abandonar unaeconomiacutea rural de subsistencia para entraren sistemas de produccioacuten mucho maacutessofisticados

Tambieacuten es vital por otras razones quea menudo se ignoran La reduccioacuten deltiempo de trabajo requiere aprender a ocu-par de forma inteligente creativa y uacutetil eltiempo que queda libre La crisis medioam-biental exige conocer sus raiacuteces y requiereuna transformacioacuten radical de los modosde produccioacuten y de consumo que debenser conocidos y comprendidos Invertir en

la educacioacuten preventiva es prioritario anteel crecimiento inexorable de los costos dela sanidad curativa Por uacuteltimo y quizaacutessobre todo hemos tenido que desistir denuestras certezas alimentadas por el axio-ma de un progreso exponencial para en-trar en un tiempo de dudas y de preguntasla buacutesqueda de un nuevo sentido soacutelo pue-de dar resultado si la realiza una sociedadmaacutes reflexiva a todos los niveles y por con-siguiente provista de instrumentos de cono-cimiento para realizarla

Hoy el nuacutemero de alumnos adultos delos paiacuteses desarrollados supera al de losmatriculados en los dos primeros cursos deensentildeanza Esta cifra basta para demostrarque la demanda se dispara La oferta pordesgracia estaacute muy por detraacutes es global-mente insuficiente en volumen discrimi-natoria respecto a los interesados (da prio-ridad a quienes estaacuten en el nivel maacuteximode formacioacuten) estaacute inadaptada a la enor-me diversidad de necesidades y de situa-ciones de los demandantes y estaacute atomizadaen un universo de organismos privadospuacuteblicos y asociativos La Conferencia deHamburgo cuyo lema es aprender en laedad adulta una clave para el siglo XXItiene trabajo para rato llegar a un enfoquecomuacuten y combinar los distintos mecanis-mos que puedan concretarlo o dicho deotro modo avanzar en la viacutea de una demo-cracia educativa

Paul BEacuteLANGERDirector del Instituto de Educacioacuten de la UNESCO

(Hamburgo)

APRENDER PARA LA VIDA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

8

E l mundo laboral estaacute caduco Si se en-tiende como tal el escoger un empleo

o una profesioacuten al salir de la escuela y ejer-cerlo sin interrupcioacuten hasta la jubilacioacutenla respuesta es siacute

Hoy en diacutea debemos estar dispuestos aejercer cuatro o cinco profesiones distin-tas en la vida a lo mejor en lugares dife-rentes y casi seguro con periacuteodos de de-sempleo maacutes o menos largos La revolu-cioacuten industrial significoacute el fin de un mun-do fundamentalmente agriacutecola y atoacute nues-tras necesidades y aspiraciones a un sala-rio actualmente la revolucioacuten tecnoloacutegi-ca que acompantildea el proceso de globa-lizacioacuten y de economiacutea de mercado eclip-sa la sociedad industrial y sus meacutetodos deproduccioacuten grandes consumidores demano de obra

La evolucioacuten es tan raacutepida que a losestadiacutesticos les cuesta seguirla pero todosson del mismo parecer Seguacuten el FondoMonetario Internacional por ejemplo el

porcentaje de mano de obra en la industriamanufacturera de los paiacuteses ricos se ha re-ducido de un 28 en 1970 al 18 en 1994En la Unioacuten Europea soacutelo uno de cada cin-co obreros trabaja en ella una cifra queseguacuten las estimaciones bajaraacute hasta unode cada diez en 2010 En cambio los em-pleos de servicios han sufrido un salto ha-cia adelante En Estados Unidos por ejem-plo el sector terciario ocupa a maacutes del 70de los trabajadores En cuanto a las inver-siones un reciente artiacuteculo del semanariobritaacutenico The Economist indica que el va-lor bursaacutetil acumulado de los Tres Gran-des de Detroit -General Motors Ford y

iquest A D Oacute N D E H A NI D O A P A R A RL O SA S A L A R I A D O S ( F o t o copy S I P AI M A G E P P L )

E l m u n d o l a b o r a l

PONERSE AL DIacuteA O QUEDARSE ATRAacuteSLo de un empleo para toda la vida ya ha pasado La formacioacuten debe ser permanente y adaptarsea la infinita diversidad de necesidades y situaciones

Chrysler- es insignificante al lado deMicrosoft de Bill Gates (que baacutesicamentecorresponde al sector de servicios) Estoinvita a reflexionar cuando se sabe quecon sus 10 millones de asalariados el sec-tor del automoacutevil encabeza las industriasmanufactureras del mundo

En los paiacuteses en desarrollo los produc-tos manufactureros y la agricultura siguenempleando a un gran nuacutemero de trabaja-dores pero tambieacuten ahiacute la tecnologiacutea com-binada con una urbanizacioacuten aceleradasacude los cimientos de la sociedad Entodas partes el tipo de trabajo disponiblecambia y las calificaciones necesarias tam-bieacuten La mano de obra no cualificada se vesustituida en muchos casos por la tecno-logiacutea Los nuevos empleos requieren unaformacioacuten cada vez maacutes avanzada La ad-quisicioacuten de conocimientos para entrar enel mundo laboral y el reciclaje se han he-cho indispensables para hallar o mantenerun empleo

Las necesidades de educacioacuten inicialy continua orientada al mundo laboral sonya considerables La Organizacioacuten Inter-nacional del Trabajo calcula que hay 120millones de personas sin empleo y 700millones subempleadas sin contar los casi1000 millones de analfabetos Las necesi-dades son tambieacuten muy diversas losdesempleados dan prioridad a la adquisi-cioacuten de conocimientos elementales paraencontrar trabajo los que tienen la seguri-dad de un empleo desean perfeccionarsepara ascender los trabajadores indepen-dientes apuestan por las teacutecnicas de em-presa y la formacioacuten en economiacutea Ahora

bien los programas y meacutetodos de ensentildean-za y de aprendizaje adaptados suelen estarpoco desarrollados los que existen en ge-neral benefician a quienes ya trabajan amenudo en profesiones liberales o comoejecutivos

P E RT I N E N T E Y G L O B A LAlgunas ideas claves podriacutean hacer evolu-cionar las cosas En primer lugar la edu-cacioacuten debe ser pertinente es decir debepermitir adquirir unos conocimientos unacapacidad y una actitud que conduzcan aejercer un empleo Y debe seguir sieacutendologracias a una constante puesta al diacutea Estaeducacioacuten tambieacuten debe ser suficientemen-te global para poder aplicar sus conoci-mientos y capacidad a otras profesiones yformaciones cuando se modifiquen los em-pleos y fluctuacuteen las posibilidades de con-tratacioacuten actualmente es casi imposibleocupar un puesto durante siete antildeos vivien-do de lo que se sabe y menos auacuten toda unavida

El aprendizaje a lo largo de la vida debeabrirse a todos Las estrategias para lograr-lo deben ser pues suficientemente flexi-bles para adaptarse a las situaciones y con-textos individuales y evitar la creacioacuten deuna subclase iletrada e inepta para el em-pleo Y todos deben trabajar en ello go-biernos empresas ONG y comunidadesEste apoyo no se limita a la financiacioacutentambieacuten debe proporcionar el tiempo y losalicientes necesarios para que las personassigan el camino de la educacioacuten a lo largode la vida

Las encuestas sobre el desempleo lo di-cen muy claro una persona sin trabajo sesiente inuacutetil La imagen que tiene de siacutemisma no hace maacutes que reflejar este senti-miento y puede tener repercusionesdestructivas sobre sus relaciones socialesEl trabajo no es un lujo es una necesidadNo solamente para satisfacer los deseos ylas necesidades de una poblacioacuten mundialen auge sino tambieacuten para saciar una ne-cesidad profundamente humana crear Yesto soacutelo se lograraacute ofreciendo una educa-cioacuten inicial y continua efectiva y eficaz

Barry HOBARTCatedraacutetico de Recursos Humanos

Universidad de Australia del Sur

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

9

Matthew Organ teniacutea 16 antildeos cuandoentroacute en la casa Rover de fabrica-

cioacuten de automoacuteviles No me interesabaseguir mis estudios No me gustaba la es-cuela queriacutea trabajar Cuatro antildeos maacutestarde termina el equivalente a una forma-cioacuten profesional de comercio Despueacutes es-pera hacer lo que realmente le interesaestudios de ingenieriacutea Rover le ha pagadosu formacioacuten y le ha dado tiempo para se-guir los cursos Esto me ha permitido ob-tener al mismo tiempo una experiencia pro-fesional una educacioacuten y un sueldo

Tambieacuten gracias a Rover Matthewobtuvo el carneacute de piloto de planeadorGracias al plan de formacioacuten de la empre-sa los empleados pueden recibir hasta 100libras al antildeo para una actividad de ocio quepueda mejorar en el sentido maacutes ampliosu capacidad de trabajo desde cursos deguitarra hasta idiomas extranjeros Estobeneficia cada antildeo a uno de cada diez em-pleados Si hemos obtenido y vamos a ob-tener resultados tan fantaacutesticos es graciasa personas que aprenden constantementeque saben utilizar lo que aprenden y estaacutendecididas a poner su preparacioacuten al servi-cio de la empresa explica John Towersdirector general del grupo Rover

CAMB IO DE RUMBOCambio espectacular de una empresa queen los antildeos sesenta y setenta encarnaba eldeclive de la industria automoviliacutestica bri-taacutenica Estaba paralizada por unas praacutecti-cas obsoletas y unas relaciones laboralesdesastrosas El resultado fueron reiteradashuelgas y productos de baja calidad Du-rante antildeos las empresas del grupo nacio-nalizadas acumularon peacuterdidas 66 millonesde libras anuales a finales de los ochenta

Pero las cosas cambiaron en 1988 conla privatizacioacuten de Rover La asociacioacutencon Honda a partir de 1979 ya le habiacuteahecho descubrir a la empresa britaacutenica ladura realidad de la competencia en la in-dustria automoviliacutestica Sus dirigentescomprendieron entonces que su uacutenica po-sibilidad de supervivencia pasaba por laformacioacuten de la mano de obra En 1990Rover lanzoacute un programa de 35 millonesde libras que ofreciacutea a sus 40000 emplea-dos un amplio abanico de posibilidades deformacioacuten Sir Graham Day presidente del

A P R E N D E RE L

S E N T I D OD E E Q U I P O

( F o t oR o v e r )

E l m u n d o l a b o r a l

grupo declaraba entonces El proceso deaprendizaje es insoslayable Si la empresaquiere sobrevivir y prosperar necesitaaprender Si el grupo y su personal quie-ren ir adelante necesitan aprender

Con su tiacutetulo de ingeniero mecaacutenico enel bolsillo Gareth Beggan entroacute en Roveren 1988 en el servicio de verificacioacuten de

calidad de la faacutebrica de Longbridge cercade Birmingham en el marco de un progra-ma integral de perfeccionamiento de joacuteve-nes licenciados que requeriacutea un antildeo deestudios complementarios a tiempo parcialPero eso no era lo miacuteo reconoce En rea-lidad necesitaraacute varios antildeos para sentir lanecesidad de perfeccionarse

Mientras tanto Rover habiacutea elaboradoen estrecha colaboracioacuten con la Universi-dad de Warwick un programa integral deformacioacuten en gestioacuten (IMLP) Este tipode programa va directamente ligado a laactividad profesional de los participantesy la tesis que preparan estaacute relacionadacon su trabajo en resumen el aprendiza-je se realiza en torno al lugar de trabajoexplica Frank Hayden responsable de for-macioacuten y de desarrollo del grupo

Gareth que se encarga actualmente dela evaluacioacuten de la calidad de la red euro-pea de concesionarios Rover tomoacute la de-cisioacuten de reanudar sus estudios a tiempoparcial en 1993 Era una eacutepoca de rece-sioacuten Como habiacutea pocas posibilidades depromocioacuten interna decidiacute perfeccionar-me En el marco del programa IMLP sematriculoacute en la Universidad de Warwick

para conseguir un tiacutetulo Rover le pagoacutecursos durante varios antildeos y su superior selas arregloacute para que pudiera estudiar enparte durante su horario laboral

Rover ha obtenido el Premio 1997 dela Conferencia Mundial sobre Iniciativasen materia de Aprendizaje Permanente quese celebroacute en abril en Ottawa (Canadaacute)

Sabiacuteamos que podiacuteamos conseguir hacer-nos maacutes competitivos adoptando un enfo-que dinaacutemico para implicar a nuestros co-laboradores en la empresa sentildealabaFrank Hayden al recibir el premio en nom-bre de Rover Eacutel opina que la formacioacutencontribuye a conseguir una mano de obramaacutes motivada flexible y creativa Seguacuteneacutel esta filosofiacutea tambieacuten ha generado otrasmejoras por ejemplo las sugerencias pro-cedentes de los empleados han aumentadoen un 300 y el absentismo en los talleresha disminuido en un 15

La situacioacuten del grupo ha evoluciona-do de una forma igual de espectacularDesde 1992 Rover el primer fabricante deautomoacuteviles de Gran Bretantildea ha incre-mentado su volumen de ventas a escalamundial Su facturacioacuten anual por emplea-do pasoacute de 31000 libras en 1989 a 122000en 1994 cuando fue comprada por BMWSeguacuten Hayden Rover que perdiacutea dineroa comienzos de los antildeos noventa es ac-tualmente un grupo que obtiene beneficioscon un enorme potencial de desarrollo

Paul LashmarLondres

Eacutesta es la orden terminante del constructor britaacutenico Rover a sus asalariadosUn eacutexito que a todos favorece

iexclAPRENDA APRENDA TODO LO QUE QUIERA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

10

I N D I A E S U N OD E L O S P O C O SP A Iacute S E S Q U ED E D I C AV E R D A D E R O SR E C U R S O S A L AL U C H A C O N T R AE L A N A L F A B E -T I S M O ( F o t oU N E S C O H u n n a rP u b l i c y )

Los resultados en materia de alfabeti-zacioacuten de adultos estaacuten muy por de-

bajo de los esfuerzos que dedican comuni-dades y alumnos Algunos estudios delBanco Mundial han llegado incluso a laconclusioacuten de que nunca han compensa-do En realidad han servido para justificarla necesidad de invertir casi exclusivamen-te en la ensentildeanza primaria Desde hace20 antildeos los recursos destinados a la alfa-betizacioacuten de adultos han disminuido no-tablemente Hoy representan en el mejorde los casos es decir en India entre un 6y un 8 del presupuesto de educacioacuten Enotras parte raramente superan el 1 o 2

Pero maacutes allaacute de las cuestiones de fi-nanciacioacuten se trata sobre todo de un fra-caso del pensamiento Durante muchotiempo se ha considerado que los analfa-betos sufriacutean una patologiacutea que se podiacuteaerradicar como la viruela Pero en el te-rreno de la educacioacuten no existe una vacu-na universal Creyendo que el modelo eu-ropeo lo era -una lengua un paiacutes un terri-torio- muchos paiacuteses se han sometido alyugo monolinguumle y han negado la plurali-dad marcada en lo maacutes profundo de su te-jido social

ESPANTAJOAhora sabemos que no soacutelo hay que favo-recer la alfabetizacioacuten en las lenguas ma-ternas sino tambieacuten elaborar el materialdentro de esa loacutegica Basta con saber leery escribir en una para hacer transpo-siciones a las demaacutes El multilinguumlismo esun espantajo En realidad se produce deforma natural una regulacioacuten interna sepasa de una lengua a otra cuando se sientela necesidad En Nigeria donde hay 410idiomas el 45 de la poblacioacuten habla tres

En general la experiencia demuestraque el aprendizaje debe tener en cuenta elcontexto socioeconoacutemico y cultural delindividuo Algunas sociedades han prescin-dido de la escritura durante siglos Las len-guas que se hablan en las comunidades detradicioacuten oral han desarrollado meacutetodosmnemoteacutecnicos que permiten conservarorganizar y reutilizar la informacioacuten Estacapacidad es tan fuerte que la alfabetiza-cioacuten elemental no basta para imponer otrofuncionamiento mental de la organizacioacutende la vida En lo cotidiano los modos de

A l f a b e t i z a c i oacute n

POR UNA ECOLOGIacuteA DEL APRENDIZAJEDe nada sirve aprender a leer escribir sumar y restar si el entorno de los neoalfabetos no haceque sea indispensable el uso provechoso de esos conocimientos

comunicacioacuten de los neoalfabetos siguensiendo los mismos y corren peligro de ol-vidar todo

Para evitarlo es necesario ante todocrear un entorno favorable a la comunica-cioacuten escrita una ecologiacutea del aprendizajeA esto aspira la posalfabetizacioacuten la cualpermite consolidar los conocimientos yespecialmente aplicarlos en los campos dela promocioacuten individual la participacioacutencomunitaria y la creacioacuten de ingresos Lagente se compromete cuando cae en cuen-ta de que no puede seguir funcionando sinlo escrito

Pero la tarea maacutes difiacutecil es crear unentorno alfabetizado y estimulante que lle-ve a los neoalfabetos a un estadio ulteriordonde disfruten de la posibilidad y del pla-cer de leer y escribir Para ello suele adop-tarse un enfoque pragmaacutetico editando cua-dernos praacutecticos Un estudio realizado en

Tanzania ha mostrado el entusiasmo de losneoalfabetos por los manuales sobre saludahorro agricultura etc Tambieacuten es posi-ble aprovechar la aficioacuten de algunas po-blaciones a la literatura oral En Senegaldonde los manuales teacutecnicos no atraiacutean alos neolectores una ONG encargoacute transcri-bir la epopeya de los peuls Esos libros sevendieron tanto que hubo que reeditarlosTambieacuten en eso hay que hacer cosas quese adapten muy bien algunos quieren co-sas praacutecticas otros suentildeos

El entorno visual tambieacuten es decisivoLa publicidad por ejemplo sigue existien-do en la lengua dominante cuando habriacuteaque inundar a la gente con carteles en las

lenguas de alfabetizacioacuten Lo mismo su-cede con los documentos oficiales En mipaiacutes Maliacute la mayoriacutea son todaviacutea en fran-ceacutes Deberiacutean estar en dos o tres lenguasDe lo contrario la gente se pregunta iquestpor-queacute hay que alfabetizarse en la lengua ma-terna si no estaacute reconocida

Se ha aprendido mucho de los fraca-sos pasados y no faltan motivos para man-tener la esperanza Los responsables estaacutencada vez maacutes convencidos del papel claveque tiene la alfabetizacioacuten Y el BancoMundial evoluciona Primero porque se dacuenta de que la alfabetizacioacuten de los ni-ntildeos no es suficiente los mejores resulta-dos se han obtenido en el marco de un pro-ceso de aprendizaje intergeneracional Afalta de eacuteste los iacutendices de abandono es-colar son muy elevados Por otra parte enmuchos paiacuteses pocos alumnos tienen ac-ceso a la ensentildeanza secundaria y vuelven

a caer en el analfabetismo Un gran por-centaje de joacutevenes adultos necesitan puesuna educacioacuten baacutesica no formal

Tambieacuten se estaacute abandonando la ideade que el analfabeto vive en la oscuridad ysiempre en un paiacutes en desarrollo Nos he-mos dado cuenta de que en pueblos apar-tados la gente poseiacutea unos conocimientosa veces muy complejos y conseguiacutea trans-mitirlos sin necesidad de la escritura ni depalabras extranjeras Por uacuteltimo se admi-te que es necesario construir sobre lo quehace la propia gente que la propia genteconstruya

Adama OUANEDivisioacuten de Educacioacuten Baacutesica

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

11

P R Aacute C T I C A D EA U T O G E S T I Oacute N( F o t o copy S I P AP R E S S F r i l e t )

Seguacuten un proverbio moreacute de BurkinaFaso quien duerme sobre una estera

prestada debe saber que duerme sobre unsuelo friacuteo Un estudio reciente realizadoen ese paiacutes asiacute como en Ghana Maliacute Niacutegery Senegal lo demuestra los cursos de al-fabetizacioacuten que tienen eacutexito son aqueacutellosen los que los participantes no soacutelo apren-den a fabricar sus propias esteras sino laforma de venderlas y de montar una faacutebri-ca de muebles para fabricar sus camas

El estudio duroacute 18 meses Su objetivoera establecer las medidas a tomar paraayudar a las asociaciones comunitarias alas empresas locales y a los grupos de ciu-dadanos a adquirir conocimientos y teacutecni-cas para llevar a cabo funciones econoacutemi-cas sociales y poliacuteticas que suele mono-polizar el gobierno o que no estaacuten asegu-radas Los autores del estudio -realizadobajo los auspicios de la OCDE del Clubdel Sahel y del Comiteacute PermanenteInterestatal de Lucha contra la Sequiacutea enel Sahel- analizaron las experiencias demaacutes de 50 comunidades donde se han rea-lizado avances significativos (o fracasosdestacables) en los campos de la descen-tralizacioacuten y de la toma local de responsa-bilidades socioeconoacutemicas y poliacuteticas

TR IP L E CAP I TAL IZAC IOacuteNHemos encontrado numerosos programasde posalfabetizacioacuten iniciados por ONGque funcionan bien explica Peter Eastoncoordinador del proyecto La clave de sueacutexito es la lsquotriple capitalizacioacutenrsquo es decirtres elementos que forman una especie deespiral ascendente la capitalizacioacuten finan-ciera que desarrolla el ahorro y el capi-tal institucional que refuerza las capaci-dades y los marcos de actuacioacuten (coope-rativas empresas etc) e intelectual quemejora las capacidades En general losprogramas incluyen uno de esos elemen-tos pero no los demaacutes

Por ejemplo en Niacuteger programasgubernamentales de posalfabetizacioacuten tu-vieron un eacutexito limitado porque al no te-ner relacioacuten con las demaacutes actividades dedesarrollo comportaban poca lsquocapitaliza-cioacutenrsquo local En cambio en la regioacuten deKutala (Maliacute) la empresa textil CMDTtraspasoacute las principales responsabilidades(creacuteditos venta de algodoacuten) a asociaciones

A l f a b e t i z a c i oacute n

SOCIEDADES DE CAPITAL PROPIOLa alfabetizacioacuten triunfa alliacute donde ayuda a las comunidades a avanzar en todos los aspectosy aprovecha todos sus recursos Ejemplos y contraejemplos en el Sahel

locales Eacutestas recurrieron a sus conoci-mientos para gestionar por siacute mismas esasactividades y reinvirtieron gran parte delos ingresos En otras palabras hay quegenerar actividades que necesiten la ad-quisicioacuten de conocimientos y sean fructiacute-feras gracias a las nuevas capacidades

Para Easton las asociaciones localesque triunfan son aqueacutellas que hacen fue-go con cualquier lentildea y sacan provechodel conjunto de recursos humanos de la

comunidad En Nioni-Coloni (Maliacute) losresponsables de la asociacioacuten local quegestiona las actividades de venta y los creacute-ditos son una mezcla de personas que a-bandonaron la escuela que siguen cursosde alfabetizacioacuten o que van a la escuelacoraacutenica Pero todos han seguido cursosde bambara en su transcripcioacuten en carac-teres latinos Y en muchas comunidades vi-sitadas de Ghana quienes habiacutean emigra-do a Accra la capital para adquirir nue-vas teacutecnicas cumplen una funcioacuten esencialen el fomento de la autonomiacutea local y deactividades generadoras de ingresos

El estudio muestra que la alfabetiza-cioacuten en lenguas africanas y la presencia depersonas que conozcan las transcripcionesen aacuterabe de lenguas africanas han facili-tado la autonomiacutea y el funcionamiento denumerosas asociaciones y empresas loca-les especialmente alliacute donde el franceacutes yel ingleacutes estaacuten poco extendidos La aso-ciacioacuten Tin-Tua que funciona en el estede Burkina Faso ha desarrollado sistemasde produccioacuten de perioacutedicos de gestioacuten de

centros escolares y de formacioacuten en len-gua gurmancheacute Las asociaciones de pue-blos de la regioacuten de Ulesebugu (Maliacute) ges-tionan empresas surgidas de la explotacioacutenagriacutecola del valle del alto Niacuteger gracias asistemas de contabilidad y de gestioacuten enbambara

Las mujeres suelen estar poco escola-rizadas El uso de las lenguas africanas paraalfabetizarlas puede permitirles pues laparticipacioacuten en proyectos de desarrollo

descentralizados Cada vez se ven maacutes coo-perativas empresas y asociaciones de de-sarrollo femeninas autofinanciadas tantoen el campo como en las ciudades Sinembargo teniendo en cuenta su falta ini-cial de educacioacuten y de formacioacuten tienenmaacutes dificultades para acceder a los creacutedi-tos y chocan con la tradicioacuten Los sistemasde ensentildeanza y las asociaciones mixtassuelen estar pues dirigidos por hombresAunque se destinen a las mujeres todaviacuteadependen mucho de ellos para la contabi-lidad y el aspecto teacutecnico

La leccioacuten es sencilla para triunfarcon grupos que se han visto privados du-rante mucho tiempo de una ensentildeanza ade-cuada la alfabetizacioacuten y la formacioacuten de-ben combinarse con la toma de responsa-bilidades econoacutemicas sociales y cultura-les concluye Peter Easton Disentildear pro-gramas con interlocutores locales en losque se combine la creacioacuten de nuevos re-cursos con la adquisicioacuten de nuevas teacutecni-cas es el auteacutentico desafiacuteo

Sue WILLIAMS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

C O M P R E N D E RL A S

IMPL I CAC IONESD E L O S

A C T O S S O B R EE L M E D I OA M B I E N T E

( F o t o copyA l i n a F u j i

B u r s a r y To b i a s

W i l s o n )

La educacioacuten medioambiental de adul-tos es un tema relativamente nuevo

Aquellos de nosotros (especialistas en edu-cacioacuten) que trabajan en este aacutembito lo con-sideran un instrumento esencial para ayu-dar a la gente a mejorar localmente su vidaa comprender las implicaciones planetariasde sus actos y a trabajar junta para cam-biar las cosas

Esta disciplina ha desarrollado unanueva energiacutea intelectual afectiva y espi-ritual (no en el sentido religioso del teacutermi-no) para no verse superada por los gravesproblemas cotidianos del entorno Unaenergiacutea extraida de numerosas fuentes Yo

soy un ejemplo de eso como educadoramedioambiental en un entorno comunita-rio eacuteste me ha ensentildeado mucho La genteno se limita a confirmar esto es un pro-blema econoacutemico o social o ecoloacutegicoLa gente dice son los problemas de lacomunidad y los considera inseparables

Durante un taller que organiceacute se pi-dioacute a los participantes que sentildealaran dos otres dificultades medioambientales paratrabajar iexclEscogieron la violencia y la ero-sioacuten del suelo Hablaron del aumento dela violencia dentro de su comunidad Des-pueacutes se fueron a un parque cercano a reco-ger muestras de lo que llamamos el suelopotencial y esparcieron hojas gusanosflores semillas agua hierbas etc sobreuna gran hoja de papel Y volvieron a dis-cutir sobe la violencia siendo este mara-villoso mosaico el reflejo de lo que ellosobservaban en su propia comunidad de losproblemas locales y mundiales de los senti-mientos y las necesidades de lo que podiacuteanaprender para trabajar juntos y comprender

M e d i o a m b i e n t e

OTROS COMPONENTES DE LA NATURALEZALa educacioacuten medioambiental no soacutelo consiste en comprender los viacutenculos entre el hombrey la naturaleza con la razoacuten sino tambieacuten con el cuerpo las emociones el espiacuteritu

queacute es realmente la cooperacioacuten A conti-nuacioacuten se inventaron un canto un poe-ma un cuento y un sainete donde se mez-claban la tierra la asociacioacuten comunitariay la colaboracioacuten iexclFue algo maacutegico

Dicho de otro modo la educacioacutenmedioambiental se basa en un trabajo in-terior y exterior en un paisaje tambieacuteninterior y exterior en la memoria y la ex-periencia en el intelecto y las emocionesen el espiacuteritu y la ciencia Trata sobre elanaacutelisis criacutetico de las raiacuteces profundas delos problemas medioambientales asiacute comosobre el restablecimiento de una relacioacutenmaacutes sensual con la naturaleza Establece

una colaboracioacuten activa entre los miembrosde la comunidad y con el resto del mundo

La persona no depende uacutenicamente delmundo natural en lo fiacutesico sino tambieacutenen lo emocional psicoloacutegico intelectual yespiritual Algunos estudios indican unacorrelacioacuten entre la escalada de violenciay la reduccioacuten de espacios verdes en lasciudades Otros relacionan los problemasde salud con la ruptura con la naturalezaEacutesta ha inspirado una gran parte del artedel mundo Por eso la educacioacuten medioam-biental de adultos debe tener en cuenta esosaspectos humanos que son la emocioacuten elcuerpo y el espiacuteritu Debe intentar com-prender mejor la relacioacuten entre el hombrey la tierra y queacute nos lleva a amar o a odiara temer o a aceptar los demaacutes componen-tes de la naturaleza

La gente ya no espera ayuda de losgobiernos Ya no confiacutea en que la ciencia yla tecnologiacutea resuelvan los problemas delmedio ambiente Los propios gobiernosempiezan a comprender que se necesita

algo maacutes que leyes reglamentos o doacutela-res para resolverlos sin la participacioacutende los ciudadanos no se puede hacer grancosa

Sin embargo no se presta demasiadaatencioacuten a la educacioacuten medioambiental deadultos dentro de su propia comunidad alo que nosotros denominamos la ensentildean-za no formal Se tiende a centildeirse a los pro-gramas de los centros educativos en espe-cial los destinados a los nintildeos A pesar dela enorme importancia de eacutestos son losadultos los que cada diacutea toman decisionesque afectan a la biosfera Son ellos quie-nes estaacuten al frente del Estado de las insti-tuciones escolares y sobre todo son ellosquienes mayor influencia ejercen sobre sushijos La escuela puede hablar de la crisisecoloacutegica pero si a los padres no les inte-resa o no creen en ella iquesta quieacuten van a creerlos hijos

INT ERRELAC IONADOSLos gobiernos deben entender que la edu-cacioacuten no formal es un medio fundamen-tal para tratar problemas sociales ymedioambientales que estaacuten interrela-cionados Y para que cambien las mentali-dades los adultos deben tener ocasioacuten dereunirse de discutir sobre el tema y debuscar soluciones colectivamente

Donde yo trabajo practicamos este tipode educacioacuten ir a la raiacutez del problema re-lacionar lo local con lo mundial analizarlas relaciones de poder (hombresmujeresseres humanosTierra) basarse en la expe-riencia vivida y en la fiesta Se produce enlas criptas de las iglesias en las calles (unescaparate vaciacuteo puede desencadenar undiaacutelogo sobre la pobreza y el desempleoantes que un texto escrito) a la orilla deun lago Aprovecha el saber colectivo paragenerar nuevos conocimientos y conduciral cambio

La tarea que nos espera es apasionantey abrumadora a la vez Pero como diceWangari Maathai del MovimientoKeniano del Cinturoacuten Verde vosotroshabeacuteis arrojado el guante nosotros vamosa recogerlo

Darlene CLOVERldquoTransformative Learning Centrerdquo

Toronto

12

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

A L D E A N A P R E P A R A N D O E L C A N G R E J O( F o t o copy Y a s m i n A r q u i z a )

Antes de asistir el pasado antildeo a un se-minario de sensibilizacioacuten en el me-

dio ambiente Gerry Latorre pescador deoficio no veiacutea en los bosques de mangla-res maacutes que una fuente inagotable de lentildeay de madera de construccioacuten Aprendiacute queteniacuteamos que conservarlos porque ahiacute sereproducen los cangrejos y las gambas delos que obtenemos lo baacutesico para subsis-tir explica Eacutesta es una de las muchascosas que ha aprendido de los formadoresdel Centro de Desarrollo de Tambuyog unorganismo de investigacioacuten con sede enManila (Filipinas) especializado en la pes-ca Las lecciones han resultado esencialespara los pescadores de los pueblos costerosde Malampaya Sound en la provincia dePalawan que se han ido empobreciendocon la reduccioacuten de sus capturas

Esto es resultado de la profunda degra-dacioacuten del medio ambiente La pesca condinamita y cianuro la transformacioacuten delos manglares en viveros el encenega-miento y la contaminacioacuten provocada porlos desechos domeacutesticos e industriales handevastado el 80 de los manglares de laregioacuten y soacutelo el 5 de los arrecifes de coralresisten todaviacutea esos ataques

JUEGO DE AZARLa investigacioacuten ha puesto de manifiestodos causas principales los recursos mari-nos y pesqueros siempre han sido consi-derados de acceso libre y los pescado-res desprovistos de tecnologiacutea de capita-les y de equipamiento veiacutean su actividadcomo un juego de azar La actitud maacutes co-rriente era decir si yo no capturo el pezahora otro lo haraacute (probablemente unbou)

Para poner remedio a esa situacioacutenTambuyog lanzoacute en 1991 un proyecto deeducacioacuten medioambiental relativa a lapesca (FEEP) Se partiacutea de la idea de quelas comunidades de pescadores son lasposeedoras legiacutetimas de los recursos mari-nos pero que para gestionarlos adecuada-mente deben comprender sus procesos dedegradacioacuten y su impacto a largo plazosobre su propia vida El programa consis-tiacutea en 36 horas de formacioacuten que daban alos pescadores una comprensioacuten general delos recursos marinos del paiacutes y nocionesecoloacutegicas fundamentales Tambieacuten les

M e d i o a m b i e n t e

PEQUENtildeOS PESCADORES Y GRANDES PECESDe la educacioacuten en el desarrollo sostenible a la entrada en poliacutetica no hay maacutes que un pasoque pescadores filipinos han dado

ayudaba a identificar las causas y los efec-tos de la degradacioacuten del medio ambienteen su localidad y a prever medidas para laconservacioacuten de los recursos pesquerosDado que la mayor parte de los pescado-res teniacutean poca formacioacuten se emplearonmeacutetodos de ensentildeanza maacutes accesibles jue-gos carteles canciones y presentacionesaudiovisuales

Desde 1995 el proyecto se ha amplia-do al desarrollo sostenible de las zonaslitorales (SCAD) Se estaacute aplicando enNueva Guinlo donde vive Gerry Latorrey en otros tres pueblos Esta formacioacutenmaacutes ambiciosa incluye la legislacioacuten so-bre la pesca y la gestioacuten comunitaria de losrecursos litorales Los vecinos no soacuteloaprenden el funcionamiento de las institu-ciones sociales que rigen su vida sino quesobre todo ganan confianza y capacidad deintervenir o de dirigir Y ahiacute es donde lapesca del SCAD resulta maacutes fructiacutefera

Una de las lecciones baacutesicas que he-mos aprendido es la importancia de tra-bajar juntos para hacer valer nuestros de-rechos sentildeala Gerry Latorre Con este finlos pescadores se han agrupado en una aso-ciacioacuten y constituyen una fuerza que lasautoridades ya no pueden ignorar Pero se

enfrentan entre otras amenazas a los bar-cos de pesca comercial de maacutes de tres to-neladas (prohibidos en la zona) al uso des-tructor de redes finas cerca de los bosquesde manglares y a la construccioacuten de diquesque forman viveros a lo largo de la orilla

Para hacer frente a todo eso y aumen-tar sus ingresos la asociacioacuten de pescado-res ha creado una reserva marina en la prin-cipal zona de reproduccioacuten de cangrejos ygambas y ha construido una jaula de pe-ces que permite criar meros muy apre-ciados en el mercado Tambieacuten ha desarro-llado una estrategia de comercializacioacuten desu pesca que protege a los vecinos de loscaprichos de un negociante que dispongadel monopolio de compra

AVA N C EComo somos conscientes de que las jau-las de peces presentaban riesgos medioam-bientales en otras provincias donde se uti-lizan alimentos industriales explica NestorBolen vicepresidente de la asociacioacutensolamente utilizamos alimentos a base depescado Es biodegradable y no deja resi-duos que enturbien el agua o provoquenuna sedimentacioacuten La asociacioacuten tam-bieacuten ha abierto un servicio de ahorro y decreacutedito que otorga preacutestamos a sus 250socios Pero su iniciativa maacutes audaz es elavance en el aspecto poliacutetico ha decididoenfrentarse a las grandes sociedades comer-ciales (que gozan de proteccioacuten poliacutetica)en su propio terreno Sus protestas reitera-das han hecho fracasar un proyecto de vi-vero a gran escala que habriacutea cerrado laszonas de pesca a las comunidades deMalampaya Pero el peligro subsiste Laasociacioacuten se ha enterado recientemente deque se habiacutean construido diques de vive-ros que impiden el acceso a los manglaresy a la pesca en esa misma zona Nadie ig-nora que el hombre de negocios que estaacutedetraacutes de la operacioacuten disfruta del apoyodel alcalde local iquestLa respuesta de la aso-ciacioacuten Nestor Bolen es uno de los candi-datos a las proacuteximas elecciones municipa-les Se trata de una simple preparacioacutenantes de las elecciones nacionales delproacuteximo antildeo ironiza

Yasmin ARQUIZAMalampaya Sound

13

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

iquest C U Aacute N D OT E N D R Aacute NU N F U T U R OP R O P I O ( F o t o copy N Z H e r a l d )

Neozelandesa y maoriacute Nora Ramekateniacutea unos 40 antildeos cuando empezoacute a

trabajar a jornada completa Habiacutea dejadola escuela pero seguiacutea implicada en la vidade su comunidad y se unioacute al movimientosindical como educadora de adultos mao-riacutees despueacutes de criar a sus cinco hijos Ejer-ce este oficio desde hace 10 antildeos siendoresponsable de educacioacuten continua de laUniversidad de Waikato donde da la uacutenicaclase de nivel universitario en lengua maoriacutesobre las relaciones en el mundo laboral

Pero sobre todo Rameka es conside-rada una aguafiestas por los funcionariosencargados del sistema nacional de educa-cioacuten de adultos que sin embargo es admi-rado internacionalmente Efectivamente

ella cree que las normas y estructuras deeste sistema -basadas en la adquisicioacuten decapacidades que requiere el mercado de tra-bajo- ignoran a las minoriacuteas autoacutectonasPara ella la carrera por la formacioacuten demano de obra calificada deja a un lado de-masiado a menudo la historia de los mao-riacutees mantenieacutendoles en la ignoracia de sulengua y de su cultura

La educacioacuten de adultos soacutelo puedeser un instrumento eficaz si incluye comopreocupacioacuten primordial la nocioacuten de tinorangatiratanga (soberaniacutea) de nuestro pue-blo asiacute como las claves de nuestro desa-rrollo como pueblo te reo (la lengua) ytikanga maori (la cultura los valores laartesaniacutea) Muchas veces me dicen Si nonos asentamos sobre unas bases soacutelidasno avanzaremos Y esas bases son la len-gua y la cultura

M i n o r iacute a s

TE REO Y TIKANGA UNA MISMA LUCHAiquestCoacutemo construir una educacioacuten de adultos que responda a las necesidades de las empresasy refuerce la identidad de una minoriacutea indiacutegena El caso de Nueva Zelandia

En total son unos 600000 algo menosde una quinta parte de la poblacioacuten neo-zelandesa los que reivindican al menosla herencia maoriacute Estaacuten econoacutemicamen-te desfavorecidos y ocupan los empleosmanuales peor pagados Seguacuten el Minis-terio de Desarrollo Maoriacute el 162 estaacutedesempleado frente al 59 del resto dela poblacioacuten La renta media de una fami-lia maoriacute es de soacutelo el 82 de la rentamedia de los no maoriacutees un 20 de esarenta procede de la ayuda social frente al5 para el resto de familias

Los maoriacutees siempre salen de la es-cuela peor cualificados que los demaacutesalumnos En la universidad soacutelo represen-tan el 6 de los alumnos y el 10 en los

centros de formacioacuten del profesorado Cer-ca del 70 de los mayores de 40 antildeos noposeen ninguna cualificacioacuten

Nueva Zelanda reestructuroacute su sistemaeducativo a comienzos de los antildeos noven-ta en torno a las necesidades de las em-presas antildeade Nora Rameka La NewZealand Qualification Authority (NZQA)que gestiona el sistema reconoce la exis-tencia de un debate apasionado en cuan-to se refiere a poner en el mismo plano elsaber maoriacute tradicional y los conocimien-tos dominantes pero se pregunta queacutebeneficios y queacute coste tendriacutea tanto cultu-rales como econoacutemicos Aunque el siste-ma no es ni definitivo ni perfecto permi-te la participacioacuten de los maoriacutees en unamedida sin precedentes

El sistema ha previsto instituciones deformacioacuten que no son ni universidades ni

institutos ni escuelas Desde mayo pasa-do se han acreditado 800 centros nuevosde los que el 20 son maoriacutees Los cursosde disciplinas tradicionales como raranga(tejido) y whakairo (escultura) han sidoencomendados a maoriacutees que los han or-ganizado y aprobado Los controlan total-mente iexclEs una novedad

Pero Nora Rameka no estaacute convenci-da Se han creado centros de formacioacutenprivados maoriacutees reconoce pero no sindificultades Tenemos que sufrir un mon-toacuten de molestias administrativas para es-tar registrados y acreditados Despueacutes ysobre todo tenemos que luchar contra unafuerte reticencia a aceptar nuestra capa-cidad y nuestras prioridades educativasEl meollo del problema es que son funcio-narios pakeha (europeos) los que decidenen uacuteltima instancia la acreditacioacuten de uncentro Ellos estaacuten dominados por una vi-sioacuten muy concreta de los objetivos y de lasprioridades nacionales en materia de edu-cacioacuten Tienen unas ideas preconcebidasy unos prejuicios profundamente arraiga-dos sobre los maoriacutees y sus lsquocarenciasrsquoAunque los servicios educativos tenganuna componente maoriacute vehiculan un sis-tema de valores europeos

D O S U N I V E R S O SPor uacuteltimo estaacute el problema de la financia-cioacuten Las autoridades y numerosos empre-sarios tienen tendencia a subvencionar uacuteni-camente los cursos reconocidos por laNZQA El argumento liberal de que lsquosiun programa educativo es intriacutensecamen-te uacutetil los estudiantes siempre encontra-raacuten el modo de pagar los cursosrsquo no tienesentido para los maoriacutees desempleadosinfraremunerados o que viven de la ayudasocialrdquo asegura Nora Rameka Sin embar-go ella no insinuacutea una retirada del siste-ma puesto que es representativo de la ma-yoriacutea Debemos funcionar en los dos uni-versos admite La cuestioacuten capital es ladel control si como pueblo autoacutectonoestamos decididos a impulsar una conti-nuidad cultural necesitamos al menos re-cuperar el control del sistema decualificacioacuten en cuanto se refiere a nues-tra lengua y a nuestra cultura

S Wy Charles RIDDLE Waikato

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 2: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P R I M E R P L A N O

3

N o e s u n a g r a n s o r p r e s a q u e e l n u e v o g o b i e r n o

l a b o r i s t a h a y a d e c i d i d o r e i n c o r p o r a r s e a l a U N E S C O

E s s i n d u d a u n a d u l c e v i c t o r i a p a r a t o d o s l o s q u e l u c h a m o s

l a r g a y d u r a m e n t e p o r c o n v e n c e r a l g o b i e r n o a n t e r i o r d e d a r

e s t e p a s o M aacute s a uacute n i n d i c a u n c a m b i o i m p o r t a n t e e n l a s

r e l a c i o n e s e n t r e L o n d re s y W a s h i n g t o n B a j o l a a n t e r i o r

a d m i n i s t r a c i oacute n e l R e i n o U n i d o s i g u i oacute a W a s h i n g t o n e n e s t a

c u e s t i oacute n D e s p u eacute s d e l a l l e g a d a d e M a j o r e n 1 9 9 2 l o s

c o n s e r v a d o r e s e x p r e s a r o n a b i e r t a m e n t e q u e s o l a m e n t e

r e g r e s a r iacute a n a l a U N E S C O s i l o s E s t a d o s U n i d o s l o h a c iacute a n

p r i m e r o E n r e a l i d a d s i e l P a r t i d o L a b o r i s t a h u b i e r a e s t a d o

e n e l p o d e r c u a n d o l o s E s t a d o s U n i d o s s e r e t i r a r o n d e l a

O r g a n i z a c i oacute n p r o b a b l e m e n t e l o s b r i t aacute n i c o s n o l o h u b i e r a n

h e c h o

L a d e c i s i oacute n d e r e i n c o r p o r a r s e a l a U N E S C O i n d i c a a d e m aacute s u n

c o m p r o m i s o c o n l a c o o p e r a c i oacute n m u l t i l a t e r a l L o s m i e m b r o s d e l

P a r t i d o C o n s e r v a d o r ( To r i e s ) s u m a m e n t e d e s c o n f i a d o s

p r e f i r i e r o n m a n t e n e r e l c o n t r o l s o b r e l a a y u d a b r i t aacute n i c a a l o s

p a iacute s e s e n d e s a r r o l l o m i n a n d o s e r i a m e n t e n u e s t r a m i s i oacute n e n

e s t e c a m p o E n c a m b i o e l P a r t i d o L a b o r i s t a e x p r e s oacute e l d e s e o

d e q u e s u p a iacute s o c u p e u n l u g a r e n l a e s c e n a i n t e r n a c i o n a l

t r a b a j a n d o e n c o l a b o r a c i oacute n c o n l o s d i f e r e n t e s a c t o r e s a n i v e l

m u n d i a l y e n p a r t i c u l a r c o n e l s i s t e m a d e l a s N a c i o n e s

U n i d a s

L a v i d a i n t e l e c t u a l y a c a d eacute m i c a s e v a a b e n e f i c i a r m u c h o L a s

i n i c i a t i v a s r e l a c i o n a d a s c o n e l g e n o m a h u m a n o l a b i o s f e r a l a

t o l e r a n c i a y l a c u l t u r a d e p a z l e d a r aacute n a l R e i n o U n i d o

m u c h o q u e h a c e r e n l a U N E S C O e n l o s p r oacute x i m o s a ntilde o s O t r o s

c a m p o s c o m o l a c i e n c i a o l a s c i e n c i a s s o c i a l e s q u e s e h a b iacute a n

d e b i l i t a d o b a j o l o s To r i e s r e c i b i r aacute n u n n u e v o i m p u l s o g r a c i a s

a l o s c o n t a c t o s f o r m a l e s q u e v a m o s a t e n e r c o n c o l e g a s e

i n s t i t u c i o n e s d e l r e s t o d e l m u n d o R e c i b i m o s d e t o d o c o r a z oacute n

e s t a n u e v a o p o r t u n i d a d

13

Paacuteginas 6 a 16

PAacuteGINAS E IMAacuteGENES 4

HECHOS Y GESTOS 5

S U M A R I O

T E M A C E N T R A L

AGENDA 24

Medios de comunicacioacutenbull EL GIRO DE LOSINVESTIGADORES 18

Medios de comunicacioacutenbull LA OBRA DE LOS JOacuteVENES 19

Mundo aacuterabebull ENTRANDO EN LAINFOSOCIEDAD 20

Afganistaacutenbull CONTINUARAacute 22

Kuwaitbull VOCES EN AUMENTO 23

PLANETA

Redaccioacuten y difusioacuten FUENTES UNESCO 7 place deFontenoy 75352 Paris 07 SP Tel (33-1) 45 68 16 73Fax (33-1) 45 68 56 54Esta revista de caraacutecter informativo no es undocumento oficial de la UNESCOISSN 1014 5494

WELCOME BACK

F U E N T E S U N E S C O

Todos los artiacuteculos pueden ser librementereproduc idos La redacc ioacuten agradeceraacuteel enviacuteo de una copia del artiacuteculo elegidoLas fotograf iacuteas s in e l s igno copy estaraacutena d i s po s i c i oacuten de t odo s l o s med i o s decomun i c a c i oacuten que l a s r equ i e r an

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 9 7

APRENDERPARA LA V IDA

PortadaIlustracioacuten copyThe Image Bank

Favorecer el gusto por lalectura y la escritura

Todo estaacute bajo control

Una historieta afganabien lograda

Jagdish S GUNDARAmiembro de los Amigos de la UNESCO

jefe del Centro Internacional de Estudios InterculturalesUniversidad de Londres

T E X T O S E I M Aacute G E N E S

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

4

Las publicaciones de laUNESCO pueden adquirir-se en la libreriacutea y a traveacutesde los agentes de venta deEdiciones UNESCO en lamayoriacutea de los paiacuteses Loslibros y revistas se puedenconsultar en la bibliotecadepositaria de la UNESCOen cada Estado miembroInformaciones y pedidosdirectos por correo fax opor Internet EdicionesUNESCO 7 Place de Fon-tenoy 75352 Paris O7 SP(France) tel (+33) 1)45654300 Fax (+33) 1)4568 5741 Internethttpw w w u n e s c o o r g p u -blishing

OBRASREPRESENTATIVAS

PAacuteGINAS ESCOGIDASPuesto que los sentidos son losfideliacutesimos proveedores de lamemoria la dicha demostracioacutensensual daraacute por resultado laperpetuidad en el conocimien-to Efectivamente con unasola vez que haya probado elazuacutecar o visto un camello oiacutedocantar un ruisentildeor -con tal quepreste a todo atencioacuten-quedaraacuten tan indeleblementegrabadas estas sensaciones enmi memoria que no podraacuten

borrarse Asiacute se expresabaComenio (en realidad JanAmos Komensky) nacido enMoravia en 1592 y quien hasido considerado como uno delos principales educadores detodas las eacutepocas El extensiacutesimotiacutetulo de uno de los pilares de sumerecida gloria refleja elespiacuteritu de la misma DidaacutecticaMagna que expone el artificiouniversal para ensentildear a todostodas las cosas o sea modocierto y exquisito para todas lascomunidades plazas y aldeasde cualquier reino cristiano deerigir escuelas de tal naturalezaque la juventud toda de uno yotro sexo sin exceptuar anadie puede ser informada enlas letras reformada en lascostumbres educada en lapiedad e instruida durante losantildeos de la pubertad en todoaquello que hace relacioacuten a estavida y la futura En el prefaciode esta edicioacuten Jean Piagetpedagogo suizo expuso laimportancia actual del pensa-miento de este autor antiguoconsideraacutendolo como uno de losprecursores de la idea geneacutetica

en psicologiacutea del desarrollo ycomo fundador de unadialeacutectica progresiva diferencia-da en funcioacuten de los estadios dedicho desarrollo La diferenciaesencial entre Comenio ynosotros es la que separa elpensamiento del siglo XX del delsiglo XVII exceptuando algunoscasos Nosotros ya no creemosque la metafiacutesica nos permitacomprender el desarrollo delnintildeo o del hombre en la socie-dad ni las acciones reciacuteprocasentre el hombre y la naturalezasin hablar de las propias leyesde la naturaleza En nuestrotiempo hemos sustituido lasimple especulacioacuten por unaserie de ciencias particulares yes con respecto a esta transfor-macioacuten que hemos de presentarlas ideas centrales de Comenioen nuestras perspectivascontemporaacuteneas Esta seleccioacutenpresenta ademaacutes de DidaacutecticaMagna Paacuteginas escogidasPampaedia y La Panorthosia

Paacuteginas escogidas de JuanAmos Comenio Prefacio deJean Piaget AZ Editora SAORCALC y Ediciones UNESCO1996 Precio 100 FF

LIBROS

MENSAJE DE AMEacuteRICAEsta raacutepida evocacioacuten resultanecesaria a 50 antildeos de unafecunda colaboracioacuten entre laUNESCO y Ameacuterica quecomparten tantos ideales queinteractuacutean en la escenainternacional expresa eldirector general FedericoMayor en el proacutelogo de estevoluacutemen antoloacutegico Publicadocon motivo de los 50 antildeos de laOrganizacioacuten presenta unpanorama de la contribucioacutenesencial de Ameacuterica Latina y elCaribe a la fundacioacuten y aldesarrollo de los ideales yprogramas de la UNESCO atraveacutes de algunas de suspersonalidades GabrielaMistral Rigoberta MenchuacuteGabriel Garciacutea MaacuterquezOctavio Paz o Elkin Patarroyoson algunos de estos escritorescientiacuteficos educadores opoliacuteticos que han contribuido enel cumplimiento de la misioacuten dela UNESCO

Mensaje de AmeacutericaCincuenta antildeos junto a laUNESCO Proacutelogo de FedericoMayor Universidad NacionalAutoacutenoma de MexicoEdicionesUNESCO1996 Precio 120 FF

REVISTAS

MUSEUM INTERNATIONALAl igual que el precedente(veacutease Fuentes nordm 90) el nordm 193estaacute dedicado a los museosmariacutetimos esta vez desde laperspectiva de la infinitavariedad de su puacuteblico paraque la historia de la navegacioacutense mantenga viva y en formapara las generaciones futurasel de los Paiacuteses Bajos con sureacuteplica del Amsterdam (sigloXVIII) que gracias a profundasreformas vio como su nuacutemerode visitantes pasaba de cercade 86000 en 1989 a 234000en 1993 el de Barcelona queha elaborado unas estrategiasde explotacioacuten inspiradas en lasempresas comerciales el MuseoNacional de Viacuteas de Agua deGloucester (Reino Unido) cuya

clientela baacutesica es la ceacutelulafamiliar el Museo Americanode la Marina Mercante delestado de Nueva York con sugaleriacutea de personajes ybuques el Museo Alemaacuten de laNavegacioacuten de Bremerhavenen pleno corazoacuten de lanavegacioacuten portuaria Poruacuteltimo este nuacutemero recuerda laaventura del Rose una fragatade la marina real britaacutenica quefue reconstruida y que acoge apersonas que se estaacuten formando en los oficios de la navega-cioacuten

EL CORREO DE LA UNESCOAl comienzo fueron las ideasBajo el tiacutetulo Coacutemo viajan lasideas el nuacutemero de junio noslleva a los misteriosos circuitosque han seguido las ideas atraveacutes de los siglos no soacutelo enlas sinuosidades de sus itinera-rios geograacuteficos sino tambieacuten

en las transformaciones de sussoportes materiales de lasrutas comerciales guerreras oreligiosas al ciberespacio de latablilla de arcilla a las fibrasoacutepticas la humanidad que sebusca a traveacutes de sus muacuteltipleselementos -observan loseditorialistas- cobra poco apoco conciencia de su unidaden la medida en que emergen yse difunden naciones princi-pios normas que merecen sercompartidas por todos

H E C H O S Y G E S T O S

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

5

Fo

to U

NE

SC

OC

arlo

s M

arq

ue

sYo naciacute el 19 de septiembre de

1921 en Recife Es una ciu-dad que se sumerge en el Atlaacutenti-co hasta Aacutefrica Yo soy tropicalhablo con mis manos soy un apa-sionado trabajo escribo vivo ymorireacute apasionadamente PauloFreire educador brasilentildeo mun-dialmente conocido por sus cam-pantildeas de alfabetizacioacuten revolu-cionarias murioacute el 2 de mayo ala edad de 75 antildeos

Aunque las realidades de lavida no me han permitido alcan-zar todos mis objetivos no tengoderecho a quejarme confesabaen una entrevista realizada en1991 Tengo una familia amigosen todo el mundo y la sensacioacutende haber hecho cosas positivasNo he necesitado morir para quela gente se interesara por mi tra-bajo antildeadiacutea a propoacutesito de susmuy numerosas obras la maacutes co-nocida de las cuales es Pedago-giacutea de los oprimidos

LEER EL MUNDOEl meacutetodo de este pedagogo dela liberacioacuten como le calificoacuteFederico Mayor director generalal rendirle homenaje el 4 demayo consistiacutea en forjar acti-tudes contribuir a que cada unotome el control de su vida Eacutel es-taba convencido de que la edu-cacioacuten sola libera como sentildea-laba maacutes tarde el director gene-ral ante el Consejo Ejecutivo alque comunicaba su intencioacuten decrear un premio internacionalPaulo Freire que recompense losnuevos enfoques en materia deeducacioacuten de adultos

Ayudar a la gente a leer elmundo antes de leer las pala-bras fue el credo de Paulo Frei-re permitirle al mismo tiempo

descifrar el alfabeto y la realidadde la vida iquestpor queacute estoy ham-briento Porque no tengo comi-da iquestPor queacute no tengo comidaPorque no tengo trabajo iquestPorqueacute no tengo trabajo Una pre-gunta lleva a otra y uno acabapor comprender la razoacuten de serde las cosas Esta lucidez le ve-niacutea de su infancia durante la grandepresioacuten que azotoacute a Brasilarruinoacute a su familia y le ensentildeoacutelo que significa tener hambre

descifrando el sentido de una pa-labra antes de analizar su siacutem-bolo graacutefico Porque educar essiempre un acto poliacutetico ya quepermite bien ocultar a la gentela razoacuten de ser de su condicioacutenbien al contrario revelaacutersela

En 1964 un golpe de Estadomilitar pone fin a su plan nacio-nal de lucha contra el analfabe-tismo y eacutel va a parar a la caacutercelMe dijeron que era un ideoacutelogono un educador Alliacute pasa 70

LA EDUCACIOacuteN SOLA LIBERAHOMENAJE A PAULO FREIRE

En un triste panorama deatentados persistentes contra lalibertad de expresioacutencelebramos el DIacuteA MUNDIAL DELA LIBERTAD DE PRENSAdeclaroacute el 3 de mayo el directorgeneral Federico Mayor

Sentildealoacute que en 1996 entre 40y 50 profesionales de losmedios de comunicacioacuten habiacuteansido asesinados en ejercicio desu profesioacuten a los cuales sesuman aqueacutellos que han sidoobjeto de praacutecticas de

intimidacioacuten y de acosoAsimismo deploroacute que algunosgobiernos intenten asumir elcontrol de medios decomunicacioacuten atentando asiacutecontra el pluralismo de lainformacioacuten y se congratuloacute

de ver muchedumbresinmensas protestandoespontaacutenea y paciacuteficamentedestacando que cualquier pasoatraacutes de la libetad de prensa esun paso atraacutes de la propiademocracia

Despueacutes de experimentar sumeacutetodo con los obreros de laszonas urbanas eacutel y sus colabora-dores dejaron boquiabierto almundo en 1961 alfabetizando enmenos de dos meses a 300 adul-tos del estado de Riacuteo Grande delNorte algunos llegaron a apren-der a leer y escribir despueacutes detreinta horas de formacioacuten

No hay texto sin contextosoliacutea decir Sirvieacutendose de pa-labras generadoras que expre-saban el verdadero lenguaje lasangustias los miedos las nece-sidades y los suentildeos de losaprendices Paulo Freire arraiga-ba la lectura en la vida cotidiana

diacuteas y despueacutes se exilia a Chiledonde pone en praacutectica sus ideasy su meacutetodo asiacute como en otrospaiacuteses en desarrollo como GuineaBissau Mozambique y AngolaTrabaja asimismo como asesorespecial de la Oficina Regionalde la UNESCO de Santiago

En 1980 Paulo Freire regre-sa a su paiacutes y da clases en la Uni-versidad de Estado de Sao Paulotrabajando en las comunidadeslocales con la Iglesia y los movi-mientos feminista y ecologista

Participa en la creacioacuten delpartido de los Trabajadores y de1989 a 1991 ocupa el cargo desecretario de estado de Educacioacuten

del estado de Sao Paulo encar-gado de llevar a cabo la reformaescolar en los dos tercios de lasescuelas del paiacutes

Pero si bien es un educadorexcepcional no es un modelo dediplomacia En 1986 por ejem-plo durante la entrega del PremioUNESCO de Educacioacuten para laPaz una de las recompensas quele ha concedido la Organizacioacutendeclara Yo no creo en ninguacutenintento de instaurar lo que se lla-ma la educacioacuten para la paz sien lugar de desvelar el mundo delas injusticias lo hace opaco ytiende a cegar a sus viacutectimas

C R Iacute T I C O Y A L I A D OCinco antildeos maacutes tarde se expli-ca Yo pediacute a la UNESCO quedejara de utilizar un lenguajeideoloacutegico porque iquestqueacute signi-fica lsquoerradicar el analfabetis-morsquo Da la impresioacuten de quererarrancar malas hierbas Es ofen-sivo se indigna No es el analfa-betismo lo que hay que erradicarsino la injusticia que lo producePara eacutel sucede lo mismo con laexpresioacuten los nintildeos de fuera dela escuela Oculta una realidadmuy distinta Son los gobiernoslos que les impiden ir a la escue-la No es una cuestioacuten de dinerosino de voluntad poliacutetica

Con los mismos fines sinolos mismos medios que laUNESCO Paulo Freire era el criacute-tico y el aliado ideal Mi idea noes negar la importancia de laUNESCO sino todo lo contrariovalorarla Soacutelo le pido que asu-ma las enormes responsabilida-des que le incumben iexclEsquijotesco

Amy OTCHET

laquoEN LA SOCIEDAD QUE ESTAacute SURGIENDO EN EL MUNDOENTERO BASADA EN EL SABER SEGUIR NUESTRAEDUCACIOacuteN DURANTE TODA LA VIDA YA NO ES UNLUJO SINO UNA NECESIDADraquo(Jacques Delors presidente de la Comisioacuten Internacionalsobre la Educacioacuten para el siglo XXI)(Foto copy Panos PicturesJ Holmes)

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

7

Abordaremos el siglo XXI maacutes o me-nos con los mismos sistemas educa-

tivos que a fines del siglo XIX iquestEntrare-mos en la era electroacutenica con los instru-mentos de aprendizaje forjados durante larevolucioacuten industrial La respuesta loacutegicaes no Pero hay que llegar hasta las uacuteltimasconsecuencias y pasar por fin a la accioacuten

Primer lema las cabezas marcan la di-ferencia La fuerza de los brazos la poten-cia de las maacutequinas la abundancia de ma-terias primas la proliferacioacuten de flujos fi-nancieros aportan ventajas pero no eseplus que es el uacutenico que permite al menosmantenerse en la carrera desenfrenada en laque se hallan las naciones del mundo

Vista en perspectiva la educacioacuten ini-cial falla es el segundo lema No solamen-te los joacutevenes soacutelo pueden aprender unavez en toda su vida sino que ademaacutes esesistema de educacioacuten cumple mal su mi-sioacuten Y las sucesivas reformas para reme-diarlo son muy poco concluyentes

Hoy se trata de cambiar totalmente esteparadigma y de transformar por consi-guiente todo el sistema educativo La rup-tura debe producirse en tres dimensionesel tiempo pasando de una pesada educa-cioacuten inicial completada maacutes tarde con unospequentildeos retoques a una educacioacuten repar-tida a lo largo de toda la vida la mate-ria puesto que el objetivo ya no es soacuteloaprender a hacer (adquirir y desarrollaruna competencia profesional) sino tam-bieacuten a conocer (aprender a aprender)aprender tambieacuten a vivir juntos y por

La quinta Conferencia Internacional sobre Educacioacuten de Adultos se celebraraacute en Hamburgo (Alemania)del 14 al 18 de julio Su reto iquestCoacutemo ofrecer a lo largo de toda la vida a todos los que lo necesitano simplemente lo desean esa formacioacuten sin la que estaacuten -o estaraacuten- irremediablemente marginadosde los procesos de produccioacuten de los mecanismos de socializacioacuten de los engranajes ciacutevicos o se veraacutenprivados del disfrute de su tiempo libre (ver maacutes adelante)Este tema central aborda aspectos destacados de esta exigencia que afecta al mundo laboral (pp 8-9)a la alfabetizacioacuten (pp 10-11) al medio ambiente (pp 12-13) y a la integracioacuten de las minoriacuteas(pp 14-15) Por uacuteltimo el ex primer ministro franceacutes Michel Rocard insiste en la urgente necesidadde aprender a producir el hombre ilustrado del siglo XXI a fin de proteger nuestras democracias (p 16)

uacuteltimo aprender a ser lo mejor de siacute mis-mo seguacuten las expresiones consagradas porla Comisioacuten Internacional sobre la Educa-cioacuten para el siglo XXI (Comisioacuten De-lors) y por uacuteltimo el espacio ya que esmaacutes que evidente que la ensentildeanza no pue-de limitarse a los bancos de la escuela ydebe llegar al ensentildeado alliacute donde vivepuestos de trabajo espacios puacuteblicos aacutereasde actuacioacuten asociativa y por supuestoesfera privada

T I EMPO DE DUDASTodo ello es vital para la insercioacuten en elmundo del trabajo aunque eacuteste se vea in-terrumpido por periodos casi inevitables dedesempleo ya que los sucesivos cambiosde rumbo profesionales son la regla gene-ral Todaviacutea lo es mas y al menos por losmismo motivos en cuanto se refiere a los800 millones de analfabetos y a los cien-tos de millones de habitantes de paiacuteses endesarrollo que teniendo un bagaje educa-tivo muy pobre tienen que abandonar unaeconomiacutea rural de subsistencia para entraren sistemas de produccioacuten mucho maacutessofisticados

Tambieacuten es vital por otras razones quea menudo se ignoran La reduccioacuten deltiempo de trabajo requiere aprender a ocu-par de forma inteligente creativa y uacutetil eltiempo que queda libre La crisis medioam-biental exige conocer sus raiacuteces y requiereuna transformacioacuten radical de los modosde produccioacuten y de consumo que debenser conocidos y comprendidos Invertir en

la educacioacuten preventiva es prioritario anteel crecimiento inexorable de los costos dela sanidad curativa Por uacuteltimo y quizaacutessobre todo hemos tenido que desistir denuestras certezas alimentadas por el axio-ma de un progreso exponencial para en-trar en un tiempo de dudas y de preguntasla buacutesqueda de un nuevo sentido soacutelo pue-de dar resultado si la realiza una sociedadmaacutes reflexiva a todos los niveles y por con-siguiente provista de instrumentos de cono-cimiento para realizarla

Hoy el nuacutemero de alumnos adultos delos paiacuteses desarrollados supera al de losmatriculados en los dos primeros cursos deensentildeanza Esta cifra basta para demostrarque la demanda se dispara La oferta pordesgracia estaacute muy por detraacutes es global-mente insuficiente en volumen discrimi-natoria respecto a los interesados (da prio-ridad a quienes estaacuten en el nivel maacuteximode formacioacuten) estaacute inadaptada a la enor-me diversidad de necesidades y de situa-ciones de los demandantes y estaacute atomizadaen un universo de organismos privadospuacuteblicos y asociativos La Conferencia deHamburgo cuyo lema es aprender en laedad adulta una clave para el siglo XXItiene trabajo para rato llegar a un enfoquecomuacuten y combinar los distintos mecanis-mos que puedan concretarlo o dicho deotro modo avanzar en la viacutea de una demo-cracia educativa

Paul BEacuteLANGERDirector del Instituto de Educacioacuten de la UNESCO

(Hamburgo)

APRENDER PARA LA VIDA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

8

E l mundo laboral estaacute caduco Si se en-tiende como tal el escoger un empleo

o una profesioacuten al salir de la escuela y ejer-cerlo sin interrupcioacuten hasta la jubilacioacutenla respuesta es siacute

Hoy en diacutea debemos estar dispuestos aejercer cuatro o cinco profesiones distin-tas en la vida a lo mejor en lugares dife-rentes y casi seguro con periacuteodos de de-sempleo maacutes o menos largos La revolu-cioacuten industrial significoacute el fin de un mun-do fundamentalmente agriacutecola y atoacute nues-tras necesidades y aspiraciones a un sala-rio actualmente la revolucioacuten tecnoloacutegi-ca que acompantildea el proceso de globa-lizacioacuten y de economiacutea de mercado eclip-sa la sociedad industrial y sus meacutetodos deproduccioacuten grandes consumidores demano de obra

La evolucioacuten es tan raacutepida que a losestadiacutesticos les cuesta seguirla pero todosson del mismo parecer Seguacuten el FondoMonetario Internacional por ejemplo el

porcentaje de mano de obra en la industriamanufacturera de los paiacuteses ricos se ha re-ducido de un 28 en 1970 al 18 en 1994En la Unioacuten Europea soacutelo uno de cada cin-co obreros trabaja en ella una cifra queseguacuten las estimaciones bajaraacute hasta unode cada diez en 2010 En cambio los em-pleos de servicios han sufrido un salto ha-cia adelante En Estados Unidos por ejem-plo el sector terciario ocupa a maacutes del 70de los trabajadores En cuanto a las inver-siones un reciente artiacuteculo del semanariobritaacutenico The Economist indica que el va-lor bursaacutetil acumulado de los Tres Gran-des de Detroit -General Motors Ford y

iquest A D Oacute N D E H A NI D O A P A R A RL O SA S A L A R I A D O S ( F o t o copy S I P AI M A G E P P L )

E l m u n d o l a b o r a l

PONERSE AL DIacuteA O QUEDARSE ATRAacuteSLo de un empleo para toda la vida ya ha pasado La formacioacuten debe ser permanente y adaptarsea la infinita diversidad de necesidades y situaciones

Chrysler- es insignificante al lado deMicrosoft de Bill Gates (que baacutesicamentecorresponde al sector de servicios) Estoinvita a reflexionar cuando se sabe quecon sus 10 millones de asalariados el sec-tor del automoacutevil encabeza las industriasmanufactureras del mundo

En los paiacuteses en desarrollo los produc-tos manufactureros y la agricultura siguenempleando a un gran nuacutemero de trabaja-dores pero tambieacuten ahiacute la tecnologiacutea com-binada con una urbanizacioacuten aceleradasacude los cimientos de la sociedad Entodas partes el tipo de trabajo disponiblecambia y las calificaciones necesarias tam-bieacuten La mano de obra no cualificada se vesustituida en muchos casos por la tecno-logiacutea Los nuevos empleos requieren unaformacioacuten cada vez maacutes avanzada La ad-quisicioacuten de conocimientos para entrar enel mundo laboral y el reciclaje se han he-cho indispensables para hallar o mantenerun empleo

Las necesidades de educacioacuten inicialy continua orientada al mundo laboral sonya considerables La Organizacioacuten Inter-nacional del Trabajo calcula que hay 120millones de personas sin empleo y 700millones subempleadas sin contar los casi1000 millones de analfabetos Las necesi-dades son tambieacuten muy diversas losdesempleados dan prioridad a la adquisi-cioacuten de conocimientos elementales paraencontrar trabajo los que tienen la seguri-dad de un empleo desean perfeccionarsepara ascender los trabajadores indepen-dientes apuestan por las teacutecnicas de em-presa y la formacioacuten en economiacutea Ahora

bien los programas y meacutetodos de ensentildean-za y de aprendizaje adaptados suelen estarpoco desarrollados los que existen en ge-neral benefician a quienes ya trabajan amenudo en profesiones liberales o comoejecutivos

P E RT I N E N T E Y G L O B A LAlgunas ideas claves podriacutean hacer evolu-cionar las cosas En primer lugar la edu-cacioacuten debe ser pertinente es decir debepermitir adquirir unos conocimientos unacapacidad y una actitud que conduzcan aejercer un empleo Y debe seguir sieacutendologracias a una constante puesta al diacutea Estaeducacioacuten tambieacuten debe ser suficientemen-te global para poder aplicar sus conoci-mientos y capacidad a otras profesiones yformaciones cuando se modifiquen los em-pleos y fluctuacuteen las posibilidades de con-tratacioacuten actualmente es casi imposibleocupar un puesto durante siete antildeos vivien-do de lo que se sabe y menos auacuten toda unavida

El aprendizaje a lo largo de la vida debeabrirse a todos Las estrategias para lograr-lo deben ser pues suficientemente flexi-bles para adaptarse a las situaciones y con-textos individuales y evitar la creacioacuten deuna subclase iletrada e inepta para el em-pleo Y todos deben trabajar en ello go-biernos empresas ONG y comunidadesEste apoyo no se limita a la financiacioacutentambieacuten debe proporcionar el tiempo y losalicientes necesarios para que las personassigan el camino de la educacioacuten a lo largode la vida

Las encuestas sobre el desempleo lo di-cen muy claro una persona sin trabajo sesiente inuacutetil La imagen que tiene de siacutemisma no hace maacutes que reflejar este senti-miento y puede tener repercusionesdestructivas sobre sus relaciones socialesEl trabajo no es un lujo es una necesidadNo solamente para satisfacer los deseos ylas necesidades de una poblacioacuten mundialen auge sino tambieacuten para saciar una ne-cesidad profundamente humana crear Yesto soacutelo se lograraacute ofreciendo una educa-cioacuten inicial y continua efectiva y eficaz

Barry HOBARTCatedraacutetico de Recursos Humanos

Universidad de Australia del Sur

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

9

Matthew Organ teniacutea 16 antildeos cuandoentroacute en la casa Rover de fabrica-

cioacuten de automoacuteviles No me interesabaseguir mis estudios No me gustaba la es-cuela queriacutea trabajar Cuatro antildeos maacutestarde termina el equivalente a una forma-cioacuten profesional de comercio Despueacutes es-pera hacer lo que realmente le interesaestudios de ingenieriacutea Rover le ha pagadosu formacioacuten y le ha dado tiempo para se-guir los cursos Esto me ha permitido ob-tener al mismo tiempo una experiencia pro-fesional una educacioacuten y un sueldo

Tambieacuten gracias a Rover Matthewobtuvo el carneacute de piloto de planeadorGracias al plan de formacioacuten de la empre-sa los empleados pueden recibir hasta 100libras al antildeo para una actividad de ocio quepueda mejorar en el sentido maacutes ampliosu capacidad de trabajo desde cursos deguitarra hasta idiomas extranjeros Estobeneficia cada antildeo a uno de cada diez em-pleados Si hemos obtenido y vamos a ob-tener resultados tan fantaacutesticos es graciasa personas que aprenden constantementeque saben utilizar lo que aprenden y estaacutendecididas a poner su preparacioacuten al servi-cio de la empresa explica John Towersdirector general del grupo Rover

CAMB IO DE RUMBOCambio espectacular de una empresa queen los antildeos sesenta y setenta encarnaba eldeclive de la industria automoviliacutestica bri-taacutenica Estaba paralizada por unas praacutecti-cas obsoletas y unas relaciones laboralesdesastrosas El resultado fueron reiteradashuelgas y productos de baja calidad Du-rante antildeos las empresas del grupo nacio-nalizadas acumularon peacuterdidas 66 millonesde libras anuales a finales de los ochenta

Pero las cosas cambiaron en 1988 conla privatizacioacuten de Rover La asociacioacutencon Honda a partir de 1979 ya le habiacuteahecho descubrir a la empresa britaacutenica ladura realidad de la competencia en la in-dustria automoviliacutestica Sus dirigentescomprendieron entonces que su uacutenica po-sibilidad de supervivencia pasaba por laformacioacuten de la mano de obra En 1990Rover lanzoacute un programa de 35 millonesde libras que ofreciacutea a sus 40000 emplea-dos un amplio abanico de posibilidades deformacioacuten Sir Graham Day presidente del

A P R E N D E RE L

S E N T I D OD E E Q U I P O

( F o t oR o v e r )

E l m u n d o l a b o r a l

grupo declaraba entonces El proceso deaprendizaje es insoslayable Si la empresaquiere sobrevivir y prosperar necesitaaprender Si el grupo y su personal quie-ren ir adelante necesitan aprender

Con su tiacutetulo de ingeniero mecaacutenico enel bolsillo Gareth Beggan entroacute en Roveren 1988 en el servicio de verificacioacuten de

calidad de la faacutebrica de Longbridge cercade Birmingham en el marco de un progra-ma integral de perfeccionamiento de joacuteve-nes licenciados que requeriacutea un antildeo deestudios complementarios a tiempo parcialPero eso no era lo miacuteo reconoce En rea-lidad necesitaraacute varios antildeos para sentir lanecesidad de perfeccionarse

Mientras tanto Rover habiacutea elaboradoen estrecha colaboracioacuten con la Universi-dad de Warwick un programa integral deformacioacuten en gestioacuten (IMLP) Este tipode programa va directamente ligado a laactividad profesional de los participantesy la tesis que preparan estaacute relacionadacon su trabajo en resumen el aprendiza-je se realiza en torno al lugar de trabajoexplica Frank Hayden responsable de for-macioacuten y de desarrollo del grupo

Gareth que se encarga actualmente dela evaluacioacuten de la calidad de la red euro-pea de concesionarios Rover tomoacute la de-cisioacuten de reanudar sus estudios a tiempoparcial en 1993 Era una eacutepoca de rece-sioacuten Como habiacutea pocas posibilidades depromocioacuten interna decidiacute perfeccionar-me En el marco del programa IMLP sematriculoacute en la Universidad de Warwick

para conseguir un tiacutetulo Rover le pagoacutecursos durante varios antildeos y su superior selas arregloacute para que pudiera estudiar enparte durante su horario laboral

Rover ha obtenido el Premio 1997 dela Conferencia Mundial sobre Iniciativasen materia de Aprendizaje Permanente quese celebroacute en abril en Ottawa (Canadaacute)

Sabiacuteamos que podiacuteamos conseguir hacer-nos maacutes competitivos adoptando un enfo-que dinaacutemico para implicar a nuestros co-laboradores en la empresa sentildealabaFrank Hayden al recibir el premio en nom-bre de Rover Eacutel opina que la formacioacutencontribuye a conseguir una mano de obramaacutes motivada flexible y creativa Seguacuteneacutel esta filosofiacutea tambieacuten ha generado otrasmejoras por ejemplo las sugerencias pro-cedentes de los empleados han aumentadoen un 300 y el absentismo en los talleresha disminuido en un 15

La situacioacuten del grupo ha evoluciona-do de una forma igual de espectacularDesde 1992 Rover el primer fabricante deautomoacuteviles de Gran Bretantildea ha incre-mentado su volumen de ventas a escalamundial Su facturacioacuten anual por emplea-do pasoacute de 31000 libras en 1989 a 122000en 1994 cuando fue comprada por BMWSeguacuten Hayden Rover que perdiacutea dineroa comienzos de los antildeos noventa es ac-tualmente un grupo que obtiene beneficioscon un enorme potencial de desarrollo

Paul LashmarLondres

Eacutesta es la orden terminante del constructor britaacutenico Rover a sus asalariadosUn eacutexito que a todos favorece

iexclAPRENDA APRENDA TODO LO QUE QUIERA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

10

I N D I A E S U N OD E L O S P O C O SP A Iacute S E S Q U ED E D I C AV E R D A D E R O SR E C U R S O S A L AL U C H A C O N T R AE L A N A L F A B E -T I S M O ( F o t oU N E S C O H u n n a rP u b l i c y )

Los resultados en materia de alfabeti-zacioacuten de adultos estaacuten muy por de-

bajo de los esfuerzos que dedican comuni-dades y alumnos Algunos estudios delBanco Mundial han llegado incluso a laconclusioacuten de que nunca han compensa-do En realidad han servido para justificarla necesidad de invertir casi exclusivamen-te en la ensentildeanza primaria Desde hace20 antildeos los recursos destinados a la alfa-betizacioacuten de adultos han disminuido no-tablemente Hoy representan en el mejorde los casos es decir en India entre un 6y un 8 del presupuesto de educacioacuten Enotras parte raramente superan el 1 o 2

Pero maacutes allaacute de las cuestiones de fi-nanciacioacuten se trata sobre todo de un fra-caso del pensamiento Durante muchotiempo se ha considerado que los analfa-betos sufriacutean una patologiacutea que se podiacuteaerradicar como la viruela Pero en el te-rreno de la educacioacuten no existe una vacu-na universal Creyendo que el modelo eu-ropeo lo era -una lengua un paiacutes un terri-torio- muchos paiacuteses se han sometido alyugo monolinguumle y han negado la plurali-dad marcada en lo maacutes profundo de su te-jido social

ESPANTAJOAhora sabemos que no soacutelo hay que favo-recer la alfabetizacioacuten en las lenguas ma-ternas sino tambieacuten elaborar el materialdentro de esa loacutegica Basta con saber leery escribir en una para hacer transpo-siciones a las demaacutes El multilinguumlismo esun espantajo En realidad se produce deforma natural una regulacioacuten interna sepasa de una lengua a otra cuando se sientela necesidad En Nigeria donde hay 410idiomas el 45 de la poblacioacuten habla tres

En general la experiencia demuestraque el aprendizaje debe tener en cuenta elcontexto socioeconoacutemico y cultural delindividuo Algunas sociedades han prescin-dido de la escritura durante siglos Las len-guas que se hablan en las comunidades detradicioacuten oral han desarrollado meacutetodosmnemoteacutecnicos que permiten conservarorganizar y reutilizar la informacioacuten Estacapacidad es tan fuerte que la alfabetiza-cioacuten elemental no basta para imponer otrofuncionamiento mental de la organizacioacutende la vida En lo cotidiano los modos de

A l f a b e t i z a c i oacute n

POR UNA ECOLOGIacuteA DEL APRENDIZAJEDe nada sirve aprender a leer escribir sumar y restar si el entorno de los neoalfabetos no haceque sea indispensable el uso provechoso de esos conocimientos

comunicacioacuten de los neoalfabetos siguensiendo los mismos y corren peligro de ol-vidar todo

Para evitarlo es necesario ante todocrear un entorno favorable a la comunica-cioacuten escrita una ecologiacutea del aprendizajeA esto aspira la posalfabetizacioacuten la cualpermite consolidar los conocimientos yespecialmente aplicarlos en los campos dela promocioacuten individual la participacioacutencomunitaria y la creacioacuten de ingresos Lagente se compromete cuando cae en cuen-ta de que no puede seguir funcionando sinlo escrito

Pero la tarea maacutes difiacutecil es crear unentorno alfabetizado y estimulante que lle-ve a los neoalfabetos a un estadio ulteriordonde disfruten de la posibilidad y del pla-cer de leer y escribir Para ello suele adop-tarse un enfoque pragmaacutetico editando cua-dernos praacutecticos Un estudio realizado en

Tanzania ha mostrado el entusiasmo de losneoalfabetos por los manuales sobre saludahorro agricultura etc Tambieacuten es posi-ble aprovechar la aficioacuten de algunas po-blaciones a la literatura oral En Senegaldonde los manuales teacutecnicos no atraiacutean alos neolectores una ONG encargoacute transcri-bir la epopeya de los peuls Esos libros sevendieron tanto que hubo que reeditarlosTambieacuten en eso hay que hacer cosas quese adapten muy bien algunos quieren co-sas praacutecticas otros suentildeos

El entorno visual tambieacuten es decisivoLa publicidad por ejemplo sigue existien-do en la lengua dominante cuando habriacuteaque inundar a la gente con carteles en las

lenguas de alfabetizacioacuten Lo mismo su-cede con los documentos oficiales En mipaiacutes Maliacute la mayoriacutea son todaviacutea en fran-ceacutes Deberiacutean estar en dos o tres lenguasDe lo contrario la gente se pregunta iquestpor-queacute hay que alfabetizarse en la lengua ma-terna si no estaacute reconocida

Se ha aprendido mucho de los fraca-sos pasados y no faltan motivos para man-tener la esperanza Los responsables estaacutencada vez maacutes convencidos del papel claveque tiene la alfabetizacioacuten Y el BancoMundial evoluciona Primero porque se dacuenta de que la alfabetizacioacuten de los ni-ntildeos no es suficiente los mejores resulta-dos se han obtenido en el marco de un pro-ceso de aprendizaje intergeneracional Afalta de eacuteste los iacutendices de abandono es-colar son muy elevados Por otra parte enmuchos paiacuteses pocos alumnos tienen ac-ceso a la ensentildeanza secundaria y vuelven

a caer en el analfabetismo Un gran por-centaje de joacutevenes adultos necesitan puesuna educacioacuten baacutesica no formal

Tambieacuten se estaacute abandonando la ideade que el analfabeto vive en la oscuridad ysiempre en un paiacutes en desarrollo Nos he-mos dado cuenta de que en pueblos apar-tados la gente poseiacutea unos conocimientosa veces muy complejos y conseguiacutea trans-mitirlos sin necesidad de la escritura ni depalabras extranjeras Por uacuteltimo se admi-te que es necesario construir sobre lo quehace la propia gente que la propia genteconstruya

Adama OUANEDivisioacuten de Educacioacuten Baacutesica

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

11

P R Aacute C T I C A D EA U T O G E S T I Oacute N( F o t o copy S I P AP R E S S F r i l e t )

Seguacuten un proverbio moreacute de BurkinaFaso quien duerme sobre una estera

prestada debe saber que duerme sobre unsuelo friacuteo Un estudio reciente realizadoen ese paiacutes asiacute como en Ghana Maliacute Niacutegery Senegal lo demuestra los cursos de al-fabetizacioacuten que tienen eacutexito son aqueacutellosen los que los participantes no soacutelo apren-den a fabricar sus propias esteras sino laforma de venderlas y de montar una faacutebri-ca de muebles para fabricar sus camas

El estudio duroacute 18 meses Su objetivoera establecer las medidas a tomar paraayudar a las asociaciones comunitarias alas empresas locales y a los grupos de ciu-dadanos a adquirir conocimientos y teacutecni-cas para llevar a cabo funciones econoacutemi-cas sociales y poliacuteticas que suele mono-polizar el gobierno o que no estaacuten asegu-radas Los autores del estudio -realizadobajo los auspicios de la OCDE del Clubdel Sahel y del Comiteacute PermanenteInterestatal de Lucha contra la Sequiacutea enel Sahel- analizaron las experiencias demaacutes de 50 comunidades donde se han rea-lizado avances significativos (o fracasosdestacables) en los campos de la descen-tralizacioacuten y de la toma local de responsa-bilidades socioeconoacutemicas y poliacuteticas

TR IP L E CAP I TAL IZAC IOacuteNHemos encontrado numerosos programasde posalfabetizacioacuten iniciados por ONGque funcionan bien explica Peter Eastoncoordinador del proyecto La clave de sueacutexito es la lsquotriple capitalizacioacutenrsquo es decirtres elementos que forman una especie deespiral ascendente la capitalizacioacuten finan-ciera que desarrolla el ahorro y el capi-tal institucional que refuerza las capaci-dades y los marcos de actuacioacuten (coope-rativas empresas etc) e intelectual quemejora las capacidades En general losprogramas incluyen uno de esos elemen-tos pero no los demaacutes

Por ejemplo en Niacuteger programasgubernamentales de posalfabetizacioacuten tu-vieron un eacutexito limitado porque al no te-ner relacioacuten con las demaacutes actividades dedesarrollo comportaban poca lsquocapitaliza-cioacutenrsquo local En cambio en la regioacuten deKutala (Maliacute) la empresa textil CMDTtraspasoacute las principales responsabilidades(creacuteditos venta de algodoacuten) a asociaciones

A l f a b e t i z a c i oacute n

SOCIEDADES DE CAPITAL PROPIOLa alfabetizacioacuten triunfa alliacute donde ayuda a las comunidades a avanzar en todos los aspectosy aprovecha todos sus recursos Ejemplos y contraejemplos en el Sahel

locales Eacutestas recurrieron a sus conoci-mientos para gestionar por siacute mismas esasactividades y reinvirtieron gran parte delos ingresos En otras palabras hay quegenerar actividades que necesiten la ad-quisicioacuten de conocimientos y sean fructiacute-feras gracias a las nuevas capacidades

Para Easton las asociaciones localesque triunfan son aqueacutellas que hacen fue-go con cualquier lentildea y sacan provechodel conjunto de recursos humanos de la

comunidad En Nioni-Coloni (Maliacute) losresponsables de la asociacioacuten local quegestiona las actividades de venta y los creacute-ditos son una mezcla de personas que a-bandonaron la escuela que siguen cursosde alfabetizacioacuten o que van a la escuelacoraacutenica Pero todos han seguido cursosde bambara en su transcripcioacuten en carac-teres latinos Y en muchas comunidades vi-sitadas de Ghana quienes habiacutean emigra-do a Accra la capital para adquirir nue-vas teacutecnicas cumplen una funcioacuten esencialen el fomento de la autonomiacutea local y deactividades generadoras de ingresos

El estudio muestra que la alfabetiza-cioacuten en lenguas africanas y la presencia depersonas que conozcan las transcripcionesen aacuterabe de lenguas africanas han facili-tado la autonomiacutea y el funcionamiento denumerosas asociaciones y empresas loca-les especialmente alliacute donde el franceacutes yel ingleacutes estaacuten poco extendidos La aso-ciacioacuten Tin-Tua que funciona en el estede Burkina Faso ha desarrollado sistemasde produccioacuten de perioacutedicos de gestioacuten de

centros escolares y de formacioacuten en len-gua gurmancheacute Las asociaciones de pue-blos de la regioacuten de Ulesebugu (Maliacute) ges-tionan empresas surgidas de la explotacioacutenagriacutecola del valle del alto Niacuteger gracias asistemas de contabilidad y de gestioacuten enbambara

Las mujeres suelen estar poco escola-rizadas El uso de las lenguas africanas paraalfabetizarlas puede permitirles pues laparticipacioacuten en proyectos de desarrollo

descentralizados Cada vez se ven maacutes coo-perativas empresas y asociaciones de de-sarrollo femeninas autofinanciadas tantoen el campo como en las ciudades Sinembargo teniendo en cuenta su falta ini-cial de educacioacuten y de formacioacuten tienenmaacutes dificultades para acceder a los creacutedi-tos y chocan con la tradicioacuten Los sistemasde ensentildeanza y las asociaciones mixtassuelen estar pues dirigidos por hombresAunque se destinen a las mujeres todaviacuteadependen mucho de ellos para la contabi-lidad y el aspecto teacutecnico

La leccioacuten es sencilla para triunfarcon grupos que se han visto privados du-rante mucho tiempo de una ensentildeanza ade-cuada la alfabetizacioacuten y la formacioacuten de-ben combinarse con la toma de responsa-bilidades econoacutemicas sociales y cultura-les concluye Peter Easton Disentildear pro-gramas con interlocutores locales en losque se combine la creacioacuten de nuevos re-cursos con la adquisicioacuten de nuevas teacutecni-cas es el auteacutentico desafiacuteo

Sue WILLIAMS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

C O M P R E N D E RL A S

IMPL I CAC IONESD E L O S

A C T O S S O B R EE L M E D I OA M B I E N T E

( F o t o copyA l i n a F u j i

B u r s a r y To b i a s

W i l s o n )

La educacioacuten medioambiental de adul-tos es un tema relativamente nuevo

Aquellos de nosotros (especialistas en edu-cacioacuten) que trabajan en este aacutembito lo con-sideran un instrumento esencial para ayu-dar a la gente a mejorar localmente su vidaa comprender las implicaciones planetariasde sus actos y a trabajar junta para cam-biar las cosas

Esta disciplina ha desarrollado unanueva energiacutea intelectual afectiva y espi-ritual (no en el sentido religioso del teacutermi-no) para no verse superada por los gravesproblemas cotidianos del entorno Unaenergiacutea extraida de numerosas fuentes Yo

soy un ejemplo de eso como educadoramedioambiental en un entorno comunita-rio eacuteste me ha ensentildeado mucho La genteno se limita a confirmar esto es un pro-blema econoacutemico o social o ecoloacutegicoLa gente dice son los problemas de lacomunidad y los considera inseparables

Durante un taller que organiceacute se pi-dioacute a los participantes que sentildealaran dos otres dificultades medioambientales paratrabajar iexclEscogieron la violencia y la ero-sioacuten del suelo Hablaron del aumento dela violencia dentro de su comunidad Des-pueacutes se fueron a un parque cercano a reco-ger muestras de lo que llamamos el suelopotencial y esparcieron hojas gusanosflores semillas agua hierbas etc sobreuna gran hoja de papel Y volvieron a dis-cutir sobe la violencia siendo este mara-villoso mosaico el reflejo de lo que ellosobservaban en su propia comunidad de losproblemas locales y mundiales de los senti-mientos y las necesidades de lo que podiacuteanaprender para trabajar juntos y comprender

M e d i o a m b i e n t e

OTROS COMPONENTES DE LA NATURALEZALa educacioacuten medioambiental no soacutelo consiste en comprender los viacutenculos entre el hombrey la naturaleza con la razoacuten sino tambieacuten con el cuerpo las emociones el espiacuteritu

queacute es realmente la cooperacioacuten A conti-nuacioacuten se inventaron un canto un poe-ma un cuento y un sainete donde se mez-claban la tierra la asociacioacuten comunitariay la colaboracioacuten iexclFue algo maacutegico

Dicho de otro modo la educacioacutenmedioambiental se basa en un trabajo in-terior y exterior en un paisaje tambieacuteninterior y exterior en la memoria y la ex-periencia en el intelecto y las emocionesen el espiacuteritu y la ciencia Trata sobre elanaacutelisis criacutetico de las raiacuteces profundas delos problemas medioambientales asiacute comosobre el restablecimiento de una relacioacutenmaacutes sensual con la naturaleza Establece

una colaboracioacuten activa entre los miembrosde la comunidad y con el resto del mundo

La persona no depende uacutenicamente delmundo natural en lo fiacutesico sino tambieacutenen lo emocional psicoloacutegico intelectual yespiritual Algunos estudios indican unacorrelacioacuten entre la escalada de violenciay la reduccioacuten de espacios verdes en lasciudades Otros relacionan los problemasde salud con la ruptura con la naturalezaEacutesta ha inspirado una gran parte del artedel mundo Por eso la educacioacuten medioam-biental de adultos debe tener en cuenta esosaspectos humanos que son la emocioacuten elcuerpo y el espiacuteritu Debe intentar com-prender mejor la relacioacuten entre el hombrey la tierra y queacute nos lleva a amar o a odiara temer o a aceptar los demaacutes componen-tes de la naturaleza

La gente ya no espera ayuda de losgobiernos Ya no confiacutea en que la ciencia yla tecnologiacutea resuelvan los problemas delmedio ambiente Los propios gobiernosempiezan a comprender que se necesita

algo maacutes que leyes reglamentos o doacutela-res para resolverlos sin la participacioacutende los ciudadanos no se puede hacer grancosa

Sin embargo no se presta demasiadaatencioacuten a la educacioacuten medioambiental deadultos dentro de su propia comunidad alo que nosotros denominamos la ensentildean-za no formal Se tiende a centildeirse a los pro-gramas de los centros educativos en espe-cial los destinados a los nintildeos A pesar dela enorme importancia de eacutestos son losadultos los que cada diacutea toman decisionesque afectan a la biosfera Son ellos quie-nes estaacuten al frente del Estado de las insti-tuciones escolares y sobre todo son ellosquienes mayor influencia ejercen sobre sushijos La escuela puede hablar de la crisisecoloacutegica pero si a los padres no les inte-resa o no creen en ella iquesta quieacuten van a creerlos hijos

INT ERRELAC IONADOSLos gobiernos deben entender que la edu-cacioacuten no formal es un medio fundamen-tal para tratar problemas sociales ymedioambientales que estaacuten interrela-cionados Y para que cambien las mentali-dades los adultos deben tener ocasioacuten dereunirse de discutir sobre el tema y debuscar soluciones colectivamente

Donde yo trabajo practicamos este tipode educacioacuten ir a la raiacutez del problema re-lacionar lo local con lo mundial analizarlas relaciones de poder (hombresmujeresseres humanosTierra) basarse en la expe-riencia vivida y en la fiesta Se produce enlas criptas de las iglesias en las calles (unescaparate vaciacuteo puede desencadenar undiaacutelogo sobre la pobreza y el desempleoantes que un texto escrito) a la orilla deun lago Aprovecha el saber colectivo paragenerar nuevos conocimientos y conduciral cambio

La tarea que nos espera es apasionantey abrumadora a la vez Pero como diceWangari Maathai del MovimientoKeniano del Cinturoacuten Verde vosotroshabeacuteis arrojado el guante nosotros vamosa recogerlo

Darlene CLOVERldquoTransformative Learning Centrerdquo

Toronto

12

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

A L D E A N A P R E P A R A N D O E L C A N G R E J O( F o t o copy Y a s m i n A r q u i z a )

Antes de asistir el pasado antildeo a un se-minario de sensibilizacioacuten en el me-

dio ambiente Gerry Latorre pescador deoficio no veiacutea en los bosques de mangla-res maacutes que una fuente inagotable de lentildeay de madera de construccioacuten Aprendiacute queteniacuteamos que conservarlos porque ahiacute sereproducen los cangrejos y las gambas delos que obtenemos lo baacutesico para subsis-tir explica Eacutesta es una de las muchascosas que ha aprendido de los formadoresdel Centro de Desarrollo de Tambuyog unorganismo de investigacioacuten con sede enManila (Filipinas) especializado en la pes-ca Las lecciones han resultado esencialespara los pescadores de los pueblos costerosde Malampaya Sound en la provincia dePalawan que se han ido empobreciendocon la reduccioacuten de sus capturas

Esto es resultado de la profunda degra-dacioacuten del medio ambiente La pesca condinamita y cianuro la transformacioacuten delos manglares en viveros el encenega-miento y la contaminacioacuten provocada porlos desechos domeacutesticos e industriales handevastado el 80 de los manglares de laregioacuten y soacutelo el 5 de los arrecifes de coralresisten todaviacutea esos ataques

JUEGO DE AZARLa investigacioacuten ha puesto de manifiestodos causas principales los recursos mari-nos y pesqueros siempre han sido consi-derados de acceso libre y los pescado-res desprovistos de tecnologiacutea de capita-les y de equipamiento veiacutean su actividadcomo un juego de azar La actitud maacutes co-rriente era decir si yo no capturo el pezahora otro lo haraacute (probablemente unbou)

Para poner remedio a esa situacioacutenTambuyog lanzoacute en 1991 un proyecto deeducacioacuten medioambiental relativa a lapesca (FEEP) Se partiacutea de la idea de quelas comunidades de pescadores son lasposeedoras legiacutetimas de los recursos mari-nos pero que para gestionarlos adecuada-mente deben comprender sus procesos dedegradacioacuten y su impacto a largo plazosobre su propia vida El programa consis-tiacutea en 36 horas de formacioacuten que daban alos pescadores una comprensioacuten general delos recursos marinos del paiacutes y nocionesecoloacutegicas fundamentales Tambieacuten les

M e d i o a m b i e n t e

PEQUENtildeOS PESCADORES Y GRANDES PECESDe la educacioacuten en el desarrollo sostenible a la entrada en poliacutetica no hay maacutes que un pasoque pescadores filipinos han dado

ayudaba a identificar las causas y los efec-tos de la degradacioacuten del medio ambienteen su localidad y a prever medidas para laconservacioacuten de los recursos pesquerosDado que la mayor parte de los pescado-res teniacutean poca formacioacuten se emplearonmeacutetodos de ensentildeanza maacutes accesibles jue-gos carteles canciones y presentacionesaudiovisuales

Desde 1995 el proyecto se ha amplia-do al desarrollo sostenible de las zonaslitorales (SCAD) Se estaacute aplicando enNueva Guinlo donde vive Gerry Latorrey en otros tres pueblos Esta formacioacutenmaacutes ambiciosa incluye la legislacioacuten so-bre la pesca y la gestioacuten comunitaria de losrecursos litorales Los vecinos no soacuteloaprenden el funcionamiento de las institu-ciones sociales que rigen su vida sino quesobre todo ganan confianza y capacidad deintervenir o de dirigir Y ahiacute es donde lapesca del SCAD resulta maacutes fructiacutefera

Una de las lecciones baacutesicas que he-mos aprendido es la importancia de tra-bajar juntos para hacer valer nuestros de-rechos sentildeala Gerry Latorre Con este finlos pescadores se han agrupado en una aso-ciacioacuten y constituyen una fuerza que lasautoridades ya no pueden ignorar Pero se

enfrentan entre otras amenazas a los bar-cos de pesca comercial de maacutes de tres to-neladas (prohibidos en la zona) al uso des-tructor de redes finas cerca de los bosquesde manglares y a la construccioacuten de diquesque forman viveros a lo largo de la orilla

Para hacer frente a todo eso y aumen-tar sus ingresos la asociacioacuten de pescado-res ha creado una reserva marina en la prin-cipal zona de reproduccioacuten de cangrejos ygambas y ha construido una jaula de pe-ces que permite criar meros muy apre-ciados en el mercado Tambieacuten ha desarro-llado una estrategia de comercializacioacuten desu pesca que protege a los vecinos de loscaprichos de un negociante que dispongadel monopolio de compra

AVA N C EComo somos conscientes de que las jau-las de peces presentaban riesgos medioam-bientales en otras provincias donde se uti-lizan alimentos industriales explica NestorBolen vicepresidente de la asociacioacutensolamente utilizamos alimentos a base depescado Es biodegradable y no deja resi-duos que enturbien el agua o provoquenuna sedimentacioacuten La asociacioacuten tam-bieacuten ha abierto un servicio de ahorro y decreacutedito que otorga preacutestamos a sus 250socios Pero su iniciativa maacutes audaz es elavance en el aspecto poliacutetico ha decididoenfrentarse a las grandes sociedades comer-ciales (que gozan de proteccioacuten poliacutetica)en su propio terreno Sus protestas reitera-das han hecho fracasar un proyecto de vi-vero a gran escala que habriacutea cerrado laszonas de pesca a las comunidades deMalampaya Pero el peligro subsiste Laasociacioacuten se ha enterado recientemente deque se habiacutean construido diques de vive-ros que impiden el acceso a los manglaresy a la pesca en esa misma zona Nadie ig-nora que el hombre de negocios que estaacutedetraacutes de la operacioacuten disfruta del apoyodel alcalde local iquestLa respuesta de la aso-ciacioacuten Nestor Bolen es uno de los candi-datos a las proacuteximas elecciones municipa-les Se trata de una simple preparacioacutenantes de las elecciones nacionales delproacuteximo antildeo ironiza

Yasmin ARQUIZAMalampaya Sound

13

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

iquest C U Aacute N D OT E N D R Aacute NU N F U T U R OP R O P I O ( F o t o copy N Z H e r a l d )

Neozelandesa y maoriacute Nora Ramekateniacutea unos 40 antildeos cuando empezoacute a

trabajar a jornada completa Habiacutea dejadola escuela pero seguiacutea implicada en la vidade su comunidad y se unioacute al movimientosindical como educadora de adultos mao-riacutees despueacutes de criar a sus cinco hijos Ejer-ce este oficio desde hace 10 antildeos siendoresponsable de educacioacuten continua de laUniversidad de Waikato donde da la uacutenicaclase de nivel universitario en lengua maoriacutesobre las relaciones en el mundo laboral

Pero sobre todo Rameka es conside-rada una aguafiestas por los funcionariosencargados del sistema nacional de educa-cioacuten de adultos que sin embargo es admi-rado internacionalmente Efectivamente

ella cree que las normas y estructuras deeste sistema -basadas en la adquisicioacuten decapacidades que requiere el mercado de tra-bajo- ignoran a las minoriacuteas autoacutectonasPara ella la carrera por la formacioacuten demano de obra calificada deja a un lado de-masiado a menudo la historia de los mao-riacutees mantenieacutendoles en la ignoracia de sulengua y de su cultura

La educacioacuten de adultos soacutelo puedeser un instrumento eficaz si incluye comopreocupacioacuten primordial la nocioacuten de tinorangatiratanga (soberaniacutea) de nuestro pue-blo asiacute como las claves de nuestro desa-rrollo como pueblo te reo (la lengua) ytikanga maori (la cultura los valores laartesaniacutea) Muchas veces me dicen Si nonos asentamos sobre unas bases soacutelidasno avanzaremos Y esas bases son la len-gua y la cultura

M i n o r iacute a s

TE REO Y TIKANGA UNA MISMA LUCHAiquestCoacutemo construir una educacioacuten de adultos que responda a las necesidades de las empresasy refuerce la identidad de una minoriacutea indiacutegena El caso de Nueva Zelandia

En total son unos 600000 algo menosde una quinta parte de la poblacioacuten neo-zelandesa los que reivindican al menosla herencia maoriacute Estaacuten econoacutemicamen-te desfavorecidos y ocupan los empleosmanuales peor pagados Seguacuten el Minis-terio de Desarrollo Maoriacute el 162 estaacutedesempleado frente al 59 del resto dela poblacioacuten La renta media de una fami-lia maoriacute es de soacutelo el 82 de la rentamedia de los no maoriacutees un 20 de esarenta procede de la ayuda social frente al5 para el resto de familias

Los maoriacutees siempre salen de la es-cuela peor cualificados que los demaacutesalumnos En la universidad soacutelo represen-tan el 6 de los alumnos y el 10 en los

centros de formacioacuten del profesorado Cer-ca del 70 de los mayores de 40 antildeos noposeen ninguna cualificacioacuten

Nueva Zelanda reestructuroacute su sistemaeducativo a comienzos de los antildeos noven-ta en torno a las necesidades de las em-presas antildeade Nora Rameka La NewZealand Qualification Authority (NZQA)que gestiona el sistema reconoce la exis-tencia de un debate apasionado en cuan-to se refiere a poner en el mismo plano elsaber maoriacute tradicional y los conocimien-tos dominantes pero se pregunta queacutebeneficios y queacute coste tendriacutea tanto cultu-rales como econoacutemicos Aunque el siste-ma no es ni definitivo ni perfecto permi-te la participacioacuten de los maoriacutees en unamedida sin precedentes

El sistema ha previsto instituciones deformacioacuten que no son ni universidades ni

institutos ni escuelas Desde mayo pasa-do se han acreditado 800 centros nuevosde los que el 20 son maoriacutees Los cursosde disciplinas tradicionales como raranga(tejido) y whakairo (escultura) han sidoencomendados a maoriacutees que los han or-ganizado y aprobado Los controlan total-mente iexclEs una novedad

Pero Nora Rameka no estaacute convenci-da Se han creado centros de formacioacutenprivados maoriacutees reconoce pero no sindificultades Tenemos que sufrir un mon-toacuten de molestias administrativas para es-tar registrados y acreditados Despueacutes ysobre todo tenemos que luchar contra unafuerte reticencia a aceptar nuestra capa-cidad y nuestras prioridades educativasEl meollo del problema es que son funcio-narios pakeha (europeos) los que decidenen uacuteltima instancia la acreditacioacuten de uncentro Ellos estaacuten dominados por una vi-sioacuten muy concreta de los objetivos y de lasprioridades nacionales en materia de edu-cacioacuten Tienen unas ideas preconcebidasy unos prejuicios profundamente arraiga-dos sobre los maoriacutees y sus lsquocarenciasrsquoAunque los servicios educativos tenganuna componente maoriacute vehiculan un sis-tema de valores europeos

D O S U N I V E R S O SPor uacuteltimo estaacute el problema de la financia-cioacuten Las autoridades y numerosos empre-sarios tienen tendencia a subvencionar uacuteni-camente los cursos reconocidos por laNZQA El argumento liberal de que lsquosiun programa educativo es intriacutensecamen-te uacutetil los estudiantes siempre encontra-raacuten el modo de pagar los cursosrsquo no tienesentido para los maoriacutees desempleadosinfraremunerados o que viven de la ayudasocialrdquo asegura Nora Rameka Sin embar-go ella no insinuacutea una retirada del siste-ma puesto que es representativo de la ma-yoriacutea Debemos funcionar en los dos uni-versos admite La cuestioacuten capital es ladel control si como pueblo autoacutectonoestamos decididos a impulsar una conti-nuidad cultural necesitamos al menos re-cuperar el control del sistema decualificacioacuten en cuanto se refiere a nues-tra lengua y a nuestra cultura

S Wy Charles RIDDLE Waikato

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 3: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

T E X T O S E I M Aacute G E N E S

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

4

Las publicaciones de laUNESCO pueden adquirir-se en la libreriacutea y a traveacutesde los agentes de venta deEdiciones UNESCO en lamayoriacutea de los paiacuteses Loslibros y revistas se puedenconsultar en la bibliotecadepositaria de la UNESCOen cada Estado miembroInformaciones y pedidosdirectos por correo fax opor Internet EdicionesUNESCO 7 Place de Fon-tenoy 75352 Paris O7 SP(France) tel (+33) 1)45654300 Fax (+33) 1)4568 5741 Internethttpw w w u n e s c o o r g p u -blishing

OBRASREPRESENTATIVAS

PAacuteGINAS ESCOGIDASPuesto que los sentidos son losfideliacutesimos proveedores de lamemoria la dicha demostracioacutensensual daraacute por resultado laperpetuidad en el conocimien-to Efectivamente con unasola vez que haya probado elazuacutecar o visto un camello oiacutedocantar un ruisentildeor -con tal quepreste a todo atencioacuten-quedaraacuten tan indeleblementegrabadas estas sensaciones enmi memoria que no podraacuten

borrarse Asiacute se expresabaComenio (en realidad JanAmos Komensky) nacido enMoravia en 1592 y quien hasido considerado como uno delos principales educadores detodas las eacutepocas El extensiacutesimotiacutetulo de uno de los pilares de sumerecida gloria refleja elespiacuteritu de la misma DidaacutecticaMagna que expone el artificiouniversal para ensentildear a todostodas las cosas o sea modocierto y exquisito para todas lascomunidades plazas y aldeasde cualquier reino cristiano deerigir escuelas de tal naturalezaque la juventud toda de uno yotro sexo sin exceptuar anadie puede ser informada enlas letras reformada en lascostumbres educada en lapiedad e instruida durante losantildeos de la pubertad en todoaquello que hace relacioacuten a estavida y la futura En el prefaciode esta edicioacuten Jean Piagetpedagogo suizo expuso laimportancia actual del pensa-miento de este autor antiguoconsideraacutendolo como uno de losprecursores de la idea geneacutetica

en psicologiacutea del desarrollo ycomo fundador de unadialeacutectica progresiva diferencia-da en funcioacuten de los estadios dedicho desarrollo La diferenciaesencial entre Comenio ynosotros es la que separa elpensamiento del siglo XX del delsiglo XVII exceptuando algunoscasos Nosotros ya no creemosque la metafiacutesica nos permitacomprender el desarrollo delnintildeo o del hombre en la socie-dad ni las acciones reciacuteprocasentre el hombre y la naturalezasin hablar de las propias leyesde la naturaleza En nuestrotiempo hemos sustituido lasimple especulacioacuten por unaserie de ciencias particulares yes con respecto a esta transfor-macioacuten que hemos de presentarlas ideas centrales de Comenioen nuestras perspectivascontemporaacuteneas Esta seleccioacutenpresenta ademaacutes de DidaacutecticaMagna Paacuteginas escogidasPampaedia y La Panorthosia

Paacuteginas escogidas de JuanAmos Comenio Prefacio deJean Piaget AZ Editora SAORCALC y Ediciones UNESCO1996 Precio 100 FF

LIBROS

MENSAJE DE AMEacuteRICAEsta raacutepida evocacioacuten resultanecesaria a 50 antildeos de unafecunda colaboracioacuten entre laUNESCO y Ameacuterica quecomparten tantos ideales queinteractuacutean en la escenainternacional expresa eldirector general FedericoMayor en el proacutelogo de estevoluacutemen antoloacutegico Publicadocon motivo de los 50 antildeos de laOrganizacioacuten presenta unpanorama de la contribucioacutenesencial de Ameacuterica Latina y elCaribe a la fundacioacuten y aldesarrollo de los ideales yprogramas de la UNESCO atraveacutes de algunas de suspersonalidades GabrielaMistral Rigoberta MenchuacuteGabriel Garciacutea MaacuterquezOctavio Paz o Elkin Patarroyoson algunos de estos escritorescientiacuteficos educadores opoliacuteticos que han contribuido enel cumplimiento de la misioacuten dela UNESCO

Mensaje de AmeacutericaCincuenta antildeos junto a laUNESCO Proacutelogo de FedericoMayor Universidad NacionalAutoacutenoma de MexicoEdicionesUNESCO1996 Precio 120 FF

REVISTAS

MUSEUM INTERNATIONALAl igual que el precedente(veacutease Fuentes nordm 90) el nordm 193estaacute dedicado a los museosmariacutetimos esta vez desde laperspectiva de la infinitavariedad de su puacuteblico paraque la historia de la navegacioacutense mantenga viva y en formapara las generaciones futurasel de los Paiacuteses Bajos con sureacuteplica del Amsterdam (sigloXVIII) que gracias a profundasreformas vio como su nuacutemerode visitantes pasaba de cercade 86000 en 1989 a 234000en 1993 el de Barcelona queha elaborado unas estrategiasde explotacioacuten inspiradas en lasempresas comerciales el MuseoNacional de Viacuteas de Agua deGloucester (Reino Unido) cuya

clientela baacutesica es la ceacutelulafamiliar el Museo Americanode la Marina Mercante delestado de Nueva York con sugaleriacutea de personajes ybuques el Museo Alemaacuten de laNavegacioacuten de Bremerhavenen pleno corazoacuten de lanavegacioacuten portuaria Poruacuteltimo este nuacutemero recuerda laaventura del Rose una fragatade la marina real britaacutenica quefue reconstruida y que acoge apersonas que se estaacuten formando en los oficios de la navega-cioacuten

EL CORREO DE LA UNESCOAl comienzo fueron las ideasBajo el tiacutetulo Coacutemo viajan lasideas el nuacutemero de junio noslleva a los misteriosos circuitosque han seguido las ideas atraveacutes de los siglos no soacutelo enlas sinuosidades de sus itinera-rios geograacuteficos sino tambieacuten

en las transformaciones de sussoportes materiales de lasrutas comerciales guerreras oreligiosas al ciberespacio de latablilla de arcilla a las fibrasoacutepticas la humanidad que sebusca a traveacutes de sus muacuteltipleselementos -observan loseditorialistas- cobra poco apoco conciencia de su unidaden la medida en que emergen yse difunden naciones princi-pios normas que merecen sercompartidas por todos

H E C H O S Y G E S T O S

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

5

Fo

to U

NE

SC

OC

arlo

s M

arq

ue

sYo naciacute el 19 de septiembre de

1921 en Recife Es una ciu-dad que se sumerge en el Atlaacutenti-co hasta Aacutefrica Yo soy tropicalhablo con mis manos soy un apa-sionado trabajo escribo vivo ymorireacute apasionadamente PauloFreire educador brasilentildeo mun-dialmente conocido por sus cam-pantildeas de alfabetizacioacuten revolu-cionarias murioacute el 2 de mayo ala edad de 75 antildeos

Aunque las realidades de lavida no me han permitido alcan-zar todos mis objetivos no tengoderecho a quejarme confesabaen una entrevista realizada en1991 Tengo una familia amigosen todo el mundo y la sensacioacutende haber hecho cosas positivasNo he necesitado morir para quela gente se interesara por mi tra-bajo antildeadiacutea a propoacutesito de susmuy numerosas obras la maacutes co-nocida de las cuales es Pedago-giacutea de los oprimidos

LEER EL MUNDOEl meacutetodo de este pedagogo dela liberacioacuten como le calificoacuteFederico Mayor director generalal rendirle homenaje el 4 demayo consistiacutea en forjar acti-tudes contribuir a que cada unotome el control de su vida Eacutel es-taba convencido de que la edu-cacioacuten sola libera como sentildea-laba maacutes tarde el director gene-ral ante el Consejo Ejecutivo alque comunicaba su intencioacuten decrear un premio internacionalPaulo Freire que recompense losnuevos enfoques en materia deeducacioacuten de adultos

Ayudar a la gente a leer elmundo antes de leer las pala-bras fue el credo de Paulo Frei-re permitirle al mismo tiempo

descifrar el alfabeto y la realidadde la vida iquestpor queacute estoy ham-briento Porque no tengo comi-da iquestPor queacute no tengo comidaPorque no tengo trabajo iquestPorqueacute no tengo trabajo Una pre-gunta lleva a otra y uno acabapor comprender la razoacuten de serde las cosas Esta lucidez le ve-niacutea de su infancia durante la grandepresioacuten que azotoacute a Brasilarruinoacute a su familia y le ensentildeoacutelo que significa tener hambre

descifrando el sentido de una pa-labra antes de analizar su siacutem-bolo graacutefico Porque educar essiempre un acto poliacutetico ya quepermite bien ocultar a la gentela razoacuten de ser de su condicioacutenbien al contrario revelaacutersela

En 1964 un golpe de Estadomilitar pone fin a su plan nacio-nal de lucha contra el analfabe-tismo y eacutel va a parar a la caacutercelMe dijeron que era un ideoacutelogono un educador Alliacute pasa 70

LA EDUCACIOacuteN SOLA LIBERAHOMENAJE A PAULO FREIRE

En un triste panorama deatentados persistentes contra lalibertad de expresioacutencelebramos el DIacuteA MUNDIAL DELA LIBERTAD DE PRENSAdeclaroacute el 3 de mayo el directorgeneral Federico Mayor

Sentildealoacute que en 1996 entre 40y 50 profesionales de losmedios de comunicacioacuten habiacuteansido asesinados en ejercicio desu profesioacuten a los cuales sesuman aqueacutellos que han sidoobjeto de praacutecticas de

intimidacioacuten y de acosoAsimismo deploroacute que algunosgobiernos intenten asumir elcontrol de medios decomunicacioacuten atentando asiacutecontra el pluralismo de lainformacioacuten y se congratuloacute

de ver muchedumbresinmensas protestandoespontaacutenea y paciacuteficamentedestacando que cualquier pasoatraacutes de la libetad de prensa esun paso atraacutes de la propiademocracia

Despueacutes de experimentar sumeacutetodo con los obreros de laszonas urbanas eacutel y sus colabora-dores dejaron boquiabierto almundo en 1961 alfabetizando enmenos de dos meses a 300 adul-tos del estado de Riacuteo Grande delNorte algunos llegaron a apren-der a leer y escribir despueacutes detreinta horas de formacioacuten

No hay texto sin contextosoliacutea decir Sirvieacutendose de pa-labras generadoras que expre-saban el verdadero lenguaje lasangustias los miedos las nece-sidades y los suentildeos de losaprendices Paulo Freire arraiga-ba la lectura en la vida cotidiana

diacuteas y despueacutes se exilia a Chiledonde pone en praacutectica sus ideasy su meacutetodo asiacute como en otrospaiacuteses en desarrollo como GuineaBissau Mozambique y AngolaTrabaja asimismo como asesorespecial de la Oficina Regionalde la UNESCO de Santiago

En 1980 Paulo Freire regre-sa a su paiacutes y da clases en la Uni-versidad de Estado de Sao Paulotrabajando en las comunidadeslocales con la Iglesia y los movi-mientos feminista y ecologista

Participa en la creacioacuten delpartido de los Trabajadores y de1989 a 1991 ocupa el cargo desecretario de estado de Educacioacuten

del estado de Sao Paulo encar-gado de llevar a cabo la reformaescolar en los dos tercios de lasescuelas del paiacutes

Pero si bien es un educadorexcepcional no es un modelo dediplomacia En 1986 por ejem-plo durante la entrega del PremioUNESCO de Educacioacuten para laPaz una de las recompensas quele ha concedido la Organizacioacutendeclara Yo no creo en ninguacutenintento de instaurar lo que se lla-ma la educacioacuten para la paz sien lugar de desvelar el mundo delas injusticias lo hace opaco ytiende a cegar a sus viacutectimas

C R Iacute T I C O Y A L I A D OCinco antildeos maacutes tarde se expli-ca Yo pediacute a la UNESCO quedejara de utilizar un lenguajeideoloacutegico porque iquestqueacute signi-fica lsquoerradicar el analfabetis-morsquo Da la impresioacuten de quererarrancar malas hierbas Es ofen-sivo se indigna No es el analfa-betismo lo que hay que erradicarsino la injusticia que lo producePara eacutel sucede lo mismo con laexpresioacuten los nintildeos de fuera dela escuela Oculta una realidadmuy distinta Son los gobiernoslos que les impiden ir a la escue-la No es una cuestioacuten de dinerosino de voluntad poliacutetica

Con los mismos fines sinolos mismos medios que laUNESCO Paulo Freire era el criacute-tico y el aliado ideal Mi idea noes negar la importancia de laUNESCO sino todo lo contrariovalorarla Soacutelo le pido que asu-ma las enormes responsabilida-des que le incumben iexclEsquijotesco

Amy OTCHET

laquoEN LA SOCIEDAD QUE ESTAacute SURGIENDO EN EL MUNDOENTERO BASADA EN EL SABER SEGUIR NUESTRAEDUCACIOacuteN DURANTE TODA LA VIDA YA NO ES UNLUJO SINO UNA NECESIDADraquo(Jacques Delors presidente de la Comisioacuten Internacionalsobre la Educacioacuten para el siglo XXI)(Foto copy Panos PicturesJ Holmes)

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

7

Abordaremos el siglo XXI maacutes o me-nos con los mismos sistemas educa-

tivos que a fines del siglo XIX iquestEntrare-mos en la era electroacutenica con los instru-mentos de aprendizaje forjados durante larevolucioacuten industrial La respuesta loacutegicaes no Pero hay que llegar hasta las uacuteltimasconsecuencias y pasar por fin a la accioacuten

Primer lema las cabezas marcan la di-ferencia La fuerza de los brazos la poten-cia de las maacutequinas la abundancia de ma-terias primas la proliferacioacuten de flujos fi-nancieros aportan ventajas pero no eseplus que es el uacutenico que permite al menosmantenerse en la carrera desenfrenada en laque se hallan las naciones del mundo

Vista en perspectiva la educacioacuten ini-cial falla es el segundo lema No solamen-te los joacutevenes soacutelo pueden aprender unavez en toda su vida sino que ademaacutes esesistema de educacioacuten cumple mal su mi-sioacuten Y las sucesivas reformas para reme-diarlo son muy poco concluyentes

Hoy se trata de cambiar totalmente esteparadigma y de transformar por consi-guiente todo el sistema educativo La rup-tura debe producirse en tres dimensionesel tiempo pasando de una pesada educa-cioacuten inicial completada maacutes tarde con unospequentildeos retoques a una educacioacuten repar-tida a lo largo de toda la vida la mate-ria puesto que el objetivo ya no es soacuteloaprender a hacer (adquirir y desarrollaruna competencia profesional) sino tam-bieacuten a conocer (aprender a aprender)aprender tambieacuten a vivir juntos y por

La quinta Conferencia Internacional sobre Educacioacuten de Adultos se celebraraacute en Hamburgo (Alemania)del 14 al 18 de julio Su reto iquestCoacutemo ofrecer a lo largo de toda la vida a todos los que lo necesitano simplemente lo desean esa formacioacuten sin la que estaacuten -o estaraacuten- irremediablemente marginadosde los procesos de produccioacuten de los mecanismos de socializacioacuten de los engranajes ciacutevicos o se veraacutenprivados del disfrute de su tiempo libre (ver maacutes adelante)Este tema central aborda aspectos destacados de esta exigencia que afecta al mundo laboral (pp 8-9)a la alfabetizacioacuten (pp 10-11) al medio ambiente (pp 12-13) y a la integracioacuten de las minoriacuteas(pp 14-15) Por uacuteltimo el ex primer ministro franceacutes Michel Rocard insiste en la urgente necesidadde aprender a producir el hombre ilustrado del siglo XXI a fin de proteger nuestras democracias (p 16)

uacuteltimo aprender a ser lo mejor de siacute mis-mo seguacuten las expresiones consagradas porla Comisioacuten Internacional sobre la Educa-cioacuten para el siglo XXI (Comisioacuten De-lors) y por uacuteltimo el espacio ya que esmaacutes que evidente que la ensentildeanza no pue-de limitarse a los bancos de la escuela ydebe llegar al ensentildeado alliacute donde vivepuestos de trabajo espacios puacuteblicos aacutereasde actuacioacuten asociativa y por supuestoesfera privada

T I EMPO DE DUDASTodo ello es vital para la insercioacuten en elmundo del trabajo aunque eacuteste se vea in-terrumpido por periodos casi inevitables dedesempleo ya que los sucesivos cambiosde rumbo profesionales son la regla gene-ral Todaviacutea lo es mas y al menos por losmismo motivos en cuanto se refiere a los800 millones de analfabetos y a los cien-tos de millones de habitantes de paiacuteses endesarrollo que teniendo un bagaje educa-tivo muy pobre tienen que abandonar unaeconomiacutea rural de subsistencia para entraren sistemas de produccioacuten mucho maacutessofisticados

Tambieacuten es vital por otras razones quea menudo se ignoran La reduccioacuten deltiempo de trabajo requiere aprender a ocu-par de forma inteligente creativa y uacutetil eltiempo que queda libre La crisis medioam-biental exige conocer sus raiacuteces y requiereuna transformacioacuten radical de los modosde produccioacuten y de consumo que debenser conocidos y comprendidos Invertir en

la educacioacuten preventiva es prioritario anteel crecimiento inexorable de los costos dela sanidad curativa Por uacuteltimo y quizaacutessobre todo hemos tenido que desistir denuestras certezas alimentadas por el axio-ma de un progreso exponencial para en-trar en un tiempo de dudas y de preguntasla buacutesqueda de un nuevo sentido soacutelo pue-de dar resultado si la realiza una sociedadmaacutes reflexiva a todos los niveles y por con-siguiente provista de instrumentos de cono-cimiento para realizarla

Hoy el nuacutemero de alumnos adultos delos paiacuteses desarrollados supera al de losmatriculados en los dos primeros cursos deensentildeanza Esta cifra basta para demostrarque la demanda se dispara La oferta pordesgracia estaacute muy por detraacutes es global-mente insuficiente en volumen discrimi-natoria respecto a los interesados (da prio-ridad a quienes estaacuten en el nivel maacuteximode formacioacuten) estaacute inadaptada a la enor-me diversidad de necesidades y de situa-ciones de los demandantes y estaacute atomizadaen un universo de organismos privadospuacuteblicos y asociativos La Conferencia deHamburgo cuyo lema es aprender en laedad adulta una clave para el siglo XXItiene trabajo para rato llegar a un enfoquecomuacuten y combinar los distintos mecanis-mos que puedan concretarlo o dicho deotro modo avanzar en la viacutea de una demo-cracia educativa

Paul BEacuteLANGERDirector del Instituto de Educacioacuten de la UNESCO

(Hamburgo)

APRENDER PARA LA VIDA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

8

E l mundo laboral estaacute caduco Si se en-tiende como tal el escoger un empleo

o una profesioacuten al salir de la escuela y ejer-cerlo sin interrupcioacuten hasta la jubilacioacutenla respuesta es siacute

Hoy en diacutea debemos estar dispuestos aejercer cuatro o cinco profesiones distin-tas en la vida a lo mejor en lugares dife-rentes y casi seguro con periacuteodos de de-sempleo maacutes o menos largos La revolu-cioacuten industrial significoacute el fin de un mun-do fundamentalmente agriacutecola y atoacute nues-tras necesidades y aspiraciones a un sala-rio actualmente la revolucioacuten tecnoloacutegi-ca que acompantildea el proceso de globa-lizacioacuten y de economiacutea de mercado eclip-sa la sociedad industrial y sus meacutetodos deproduccioacuten grandes consumidores demano de obra

La evolucioacuten es tan raacutepida que a losestadiacutesticos les cuesta seguirla pero todosson del mismo parecer Seguacuten el FondoMonetario Internacional por ejemplo el

porcentaje de mano de obra en la industriamanufacturera de los paiacuteses ricos se ha re-ducido de un 28 en 1970 al 18 en 1994En la Unioacuten Europea soacutelo uno de cada cin-co obreros trabaja en ella una cifra queseguacuten las estimaciones bajaraacute hasta unode cada diez en 2010 En cambio los em-pleos de servicios han sufrido un salto ha-cia adelante En Estados Unidos por ejem-plo el sector terciario ocupa a maacutes del 70de los trabajadores En cuanto a las inver-siones un reciente artiacuteculo del semanariobritaacutenico The Economist indica que el va-lor bursaacutetil acumulado de los Tres Gran-des de Detroit -General Motors Ford y

iquest A D Oacute N D E H A NI D O A P A R A RL O SA S A L A R I A D O S ( F o t o copy S I P AI M A G E P P L )

E l m u n d o l a b o r a l

PONERSE AL DIacuteA O QUEDARSE ATRAacuteSLo de un empleo para toda la vida ya ha pasado La formacioacuten debe ser permanente y adaptarsea la infinita diversidad de necesidades y situaciones

Chrysler- es insignificante al lado deMicrosoft de Bill Gates (que baacutesicamentecorresponde al sector de servicios) Estoinvita a reflexionar cuando se sabe quecon sus 10 millones de asalariados el sec-tor del automoacutevil encabeza las industriasmanufactureras del mundo

En los paiacuteses en desarrollo los produc-tos manufactureros y la agricultura siguenempleando a un gran nuacutemero de trabaja-dores pero tambieacuten ahiacute la tecnologiacutea com-binada con una urbanizacioacuten aceleradasacude los cimientos de la sociedad Entodas partes el tipo de trabajo disponiblecambia y las calificaciones necesarias tam-bieacuten La mano de obra no cualificada se vesustituida en muchos casos por la tecno-logiacutea Los nuevos empleos requieren unaformacioacuten cada vez maacutes avanzada La ad-quisicioacuten de conocimientos para entrar enel mundo laboral y el reciclaje se han he-cho indispensables para hallar o mantenerun empleo

Las necesidades de educacioacuten inicialy continua orientada al mundo laboral sonya considerables La Organizacioacuten Inter-nacional del Trabajo calcula que hay 120millones de personas sin empleo y 700millones subempleadas sin contar los casi1000 millones de analfabetos Las necesi-dades son tambieacuten muy diversas losdesempleados dan prioridad a la adquisi-cioacuten de conocimientos elementales paraencontrar trabajo los que tienen la seguri-dad de un empleo desean perfeccionarsepara ascender los trabajadores indepen-dientes apuestan por las teacutecnicas de em-presa y la formacioacuten en economiacutea Ahora

bien los programas y meacutetodos de ensentildean-za y de aprendizaje adaptados suelen estarpoco desarrollados los que existen en ge-neral benefician a quienes ya trabajan amenudo en profesiones liberales o comoejecutivos

P E RT I N E N T E Y G L O B A LAlgunas ideas claves podriacutean hacer evolu-cionar las cosas En primer lugar la edu-cacioacuten debe ser pertinente es decir debepermitir adquirir unos conocimientos unacapacidad y una actitud que conduzcan aejercer un empleo Y debe seguir sieacutendologracias a una constante puesta al diacutea Estaeducacioacuten tambieacuten debe ser suficientemen-te global para poder aplicar sus conoci-mientos y capacidad a otras profesiones yformaciones cuando se modifiquen los em-pleos y fluctuacuteen las posibilidades de con-tratacioacuten actualmente es casi imposibleocupar un puesto durante siete antildeos vivien-do de lo que se sabe y menos auacuten toda unavida

El aprendizaje a lo largo de la vida debeabrirse a todos Las estrategias para lograr-lo deben ser pues suficientemente flexi-bles para adaptarse a las situaciones y con-textos individuales y evitar la creacioacuten deuna subclase iletrada e inepta para el em-pleo Y todos deben trabajar en ello go-biernos empresas ONG y comunidadesEste apoyo no se limita a la financiacioacutentambieacuten debe proporcionar el tiempo y losalicientes necesarios para que las personassigan el camino de la educacioacuten a lo largode la vida

Las encuestas sobre el desempleo lo di-cen muy claro una persona sin trabajo sesiente inuacutetil La imagen que tiene de siacutemisma no hace maacutes que reflejar este senti-miento y puede tener repercusionesdestructivas sobre sus relaciones socialesEl trabajo no es un lujo es una necesidadNo solamente para satisfacer los deseos ylas necesidades de una poblacioacuten mundialen auge sino tambieacuten para saciar una ne-cesidad profundamente humana crear Yesto soacutelo se lograraacute ofreciendo una educa-cioacuten inicial y continua efectiva y eficaz

Barry HOBARTCatedraacutetico de Recursos Humanos

Universidad de Australia del Sur

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

9

Matthew Organ teniacutea 16 antildeos cuandoentroacute en la casa Rover de fabrica-

cioacuten de automoacuteviles No me interesabaseguir mis estudios No me gustaba la es-cuela queriacutea trabajar Cuatro antildeos maacutestarde termina el equivalente a una forma-cioacuten profesional de comercio Despueacutes es-pera hacer lo que realmente le interesaestudios de ingenieriacutea Rover le ha pagadosu formacioacuten y le ha dado tiempo para se-guir los cursos Esto me ha permitido ob-tener al mismo tiempo una experiencia pro-fesional una educacioacuten y un sueldo

Tambieacuten gracias a Rover Matthewobtuvo el carneacute de piloto de planeadorGracias al plan de formacioacuten de la empre-sa los empleados pueden recibir hasta 100libras al antildeo para una actividad de ocio quepueda mejorar en el sentido maacutes ampliosu capacidad de trabajo desde cursos deguitarra hasta idiomas extranjeros Estobeneficia cada antildeo a uno de cada diez em-pleados Si hemos obtenido y vamos a ob-tener resultados tan fantaacutesticos es graciasa personas que aprenden constantementeque saben utilizar lo que aprenden y estaacutendecididas a poner su preparacioacuten al servi-cio de la empresa explica John Towersdirector general del grupo Rover

CAMB IO DE RUMBOCambio espectacular de una empresa queen los antildeos sesenta y setenta encarnaba eldeclive de la industria automoviliacutestica bri-taacutenica Estaba paralizada por unas praacutecti-cas obsoletas y unas relaciones laboralesdesastrosas El resultado fueron reiteradashuelgas y productos de baja calidad Du-rante antildeos las empresas del grupo nacio-nalizadas acumularon peacuterdidas 66 millonesde libras anuales a finales de los ochenta

Pero las cosas cambiaron en 1988 conla privatizacioacuten de Rover La asociacioacutencon Honda a partir de 1979 ya le habiacuteahecho descubrir a la empresa britaacutenica ladura realidad de la competencia en la in-dustria automoviliacutestica Sus dirigentescomprendieron entonces que su uacutenica po-sibilidad de supervivencia pasaba por laformacioacuten de la mano de obra En 1990Rover lanzoacute un programa de 35 millonesde libras que ofreciacutea a sus 40000 emplea-dos un amplio abanico de posibilidades deformacioacuten Sir Graham Day presidente del

A P R E N D E RE L

S E N T I D OD E E Q U I P O

( F o t oR o v e r )

E l m u n d o l a b o r a l

grupo declaraba entonces El proceso deaprendizaje es insoslayable Si la empresaquiere sobrevivir y prosperar necesitaaprender Si el grupo y su personal quie-ren ir adelante necesitan aprender

Con su tiacutetulo de ingeniero mecaacutenico enel bolsillo Gareth Beggan entroacute en Roveren 1988 en el servicio de verificacioacuten de

calidad de la faacutebrica de Longbridge cercade Birmingham en el marco de un progra-ma integral de perfeccionamiento de joacuteve-nes licenciados que requeriacutea un antildeo deestudios complementarios a tiempo parcialPero eso no era lo miacuteo reconoce En rea-lidad necesitaraacute varios antildeos para sentir lanecesidad de perfeccionarse

Mientras tanto Rover habiacutea elaboradoen estrecha colaboracioacuten con la Universi-dad de Warwick un programa integral deformacioacuten en gestioacuten (IMLP) Este tipode programa va directamente ligado a laactividad profesional de los participantesy la tesis que preparan estaacute relacionadacon su trabajo en resumen el aprendiza-je se realiza en torno al lugar de trabajoexplica Frank Hayden responsable de for-macioacuten y de desarrollo del grupo

Gareth que se encarga actualmente dela evaluacioacuten de la calidad de la red euro-pea de concesionarios Rover tomoacute la de-cisioacuten de reanudar sus estudios a tiempoparcial en 1993 Era una eacutepoca de rece-sioacuten Como habiacutea pocas posibilidades depromocioacuten interna decidiacute perfeccionar-me En el marco del programa IMLP sematriculoacute en la Universidad de Warwick

para conseguir un tiacutetulo Rover le pagoacutecursos durante varios antildeos y su superior selas arregloacute para que pudiera estudiar enparte durante su horario laboral

Rover ha obtenido el Premio 1997 dela Conferencia Mundial sobre Iniciativasen materia de Aprendizaje Permanente quese celebroacute en abril en Ottawa (Canadaacute)

Sabiacuteamos que podiacuteamos conseguir hacer-nos maacutes competitivos adoptando un enfo-que dinaacutemico para implicar a nuestros co-laboradores en la empresa sentildealabaFrank Hayden al recibir el premio en nom-bre de Rover Eacutel opina que la formacioacutencontribuye a conseguir una mano de obramaacutes motivada flexible y creativa Seguacuteneacutel esta filosofiacutea tambieacuten ha generado otrasmejoras por ejemplo las sugerencias pro-cedentes de los empleados han aumentadoen un 300 y el absentismo en los talleresha disminuido en un 15

La situacioacuten del grupo ha evoluciona-do de una forma igual de espectacularDesde 1992 Rover el primer fabricante deautomoacuteviles de Gran Bretantildea ha incre-mentado su volumen de ventas a escalamundial Su facturacioacuten anual por emplea-do pasoacute de 31000 libras en 1989 a 122000en 1994 cuando fue comprada por BMWSeguacuten Hayden Rover que perdiacutea dineroa comienzos de los antildeos noventa es ac-tualmente un grupo que obtiene beneficioscon un enorme potencial de desarrollo

Paul LashmarLondres

Eacutesta es la orden terminante del constructor britaacutenico Rover a sus asalariadosUn eacutexito que a todos favorece

iexclAPRENDA APRENDA TODO LO QUE QUIERA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

10

I N D I A E S U N OD E L O S P O C O SP A Iacute S E S Q U ED E D I C AV E R D A D E R O SR E C U R S O S A L AL U C H A C O N T R AE L A N A L F A B E -T I S M O ( F o t oU N E S C O H u n n a rP u b l i c y )

Los resultados en materia de alfabeti-zacioacuten de adultos estaacuten muy por de-

bajo de los esfuerzos que dedican comuni-dades y alumnos Algunos estudios delBanco Mundial han llegado incluso a laconclusioacuten de que nunca han compensa-do En realidad han servido para justificarla necesidad de invertir casi exclusivamen-te en la ensentildeanza primaria Desde hace20 antildeos los recursos destinados a la alfa-betizacioacuten de adultos han disminuido no-tablemente Hoy representan en el mejorde los casos es decir en India entre un 6y un 8 del presupuesto de educacioacuten Enotras parte raramente superan el 1 o 2

Pero maacutes allaacute de las cuestiones de fi-nanciacioacuten se trata sobre todo de un fra-caso del pensamiento Durante muchotiempo se ha considerado que los analfa-betos sufriacutean una patologiacutea que se podiacuteaerradicar como la viruela Pero en el te-rreno de la educacioacuten no existe una vacu-na universal Creyendo que el modelo eu-ropeo lo era -una lengua un paiacutes un terri-torio- muchos paiacuteses se han sometido alyugo monolinguumle y han negado la plurali-dad marcada en lo maacutes profundo de su te-jido social

ESPANTAJOAhora sabemos que no soacutelo hay que favo-recer la alfabetizacioacuten en las lenguas ma-ternas sino tambieacuten elaborar el materialdentro de esa loacutegica Basta con saber leery escribir en una para hacer transpo-siciones a las demaacutes El multilinguumlismo esun espantajo En realidad se produce deforma natural una regulacioacuten interna sepasa de una lengua a otra cuando se sientela necesidad En Nigeria donde hay 410idiomas el 45 de la poblacioacuten habla tres

En general la experiencia demuestraque el aprendizaje debe tener en cuenta elcontexto socioeconoacutemico y cultural delindividuo Algunas sociedades han prescin-dido de la escritura durante siglos Las len-guas que se hablan en las comunidades detradicioacuten oral han desarrollado meacutetodosmnemoteacutecnicos que permiten conservarorganizar y reutilizar la informacioacuten Estacapacidad es tan fuerte que la alfabetiza-cioacuten elemental no basta para imponer otrofuncionamiento mental de la organizacioacutende la vida En lo cotidiano los modos de

A l f a b e t i z a c i oacute n

POR UNA ECOLOGIacuteA DEL APRENDIZAJEDe nada sirve aprender a leer escribir sumar y restar si el entorno de los neoalfabetos no haceque sea indispensable el uso provechoso de esos conocimientos

comunicacioacuten de los neoalfabetos siguensiendo los mismos y corren peligro de ol-vidar todo

Para evitarlo es necesario ante todocrear un entorno favorable a la comunica-cioacuten escrita una ecologiacutea del aprendizajeA esto aspira la posalfabetizacioacuten la cualpermite consolidar los conocimientos yespecialmente aplicarlos en los campos dela promocioacuten individual la participacioacutencomunitaria y la creacioacuten de ingresos Lagente se compromete cuando cae en cuen-ta de que no puede seguir funcionando sinlo escrito

Pero la tarea maacutes difiacutecil es crear unentorno alfabetizado y estimulante que lle-ve a los neoalfabetos a un estadio ulteriordonde disfruten de la posibilidad y del pla-cer de leer y escribir Para ello suele adop-tarse un enfoque pragmaacutetico editando cua-dernos praacutecticos Un estudio realizado en

Tanzania ha mostrado el entusiasmo de losneoalfabetos por los manuales sobre saludahorro agricultura etc Tambieacuten es posi-ble aprovechar la aficioacuten de algunas po-blaciones a la literatura oral En Senegaldonde los manuales teacutecnicos no atraiacutean alos neolectores una ONG encargoacute transcri-bir la epopeya de los peuls Esos libros sevendieron tanto que hubo que reeditarlosTambieacuten en eso hay que hacer cosas quese adapten muy bien algunos quieren co-sas praacutecticas otros suentildeos

El entorno visual tambieacuten es decisivoLa publicidad por ejemplo sigue existien-do en la lengua dominante cuando habriacuteaque inundar a la gente con carteles en las

lenguas de alfabetizacioacuten Lo mismo su-cede con los documentos oficiales En mipaiacutes Maliacute la mayoriacutea son todaviacutea en fran-ceacutes Deberiacutean estar en dos o tres lenguasDe lo contrario la gente se pregunta iquestpor-queacute hay que alfabetizarse en la lengua ma-terna si no estaacute reconocida

Se ha aprendido mucho de los fraca-sos pasados y no faltan motivos para man-tener la esperanza Los responsables estaacutencada vez maacutes convencidos del papel claveque tiene la alfabetizacioacuten Y el BancoMundial evoluciona Primero porque se dacuenta de que la alfabetizacioacuten de los ni-ntildeos no es suficiente los mejores resulta-dos se han obtenido en el marco de un pro-ceso de aprendizaje intergeneracional Afalta de eacuteste los iacutendices de abandono es-colar son muy elevados Por otra parte enmuchos paiacuteses pocos alumnos tienen ac-ceso a la ensentildeanza secundaria y vuelven

a caer en el analfabetismo Un gran por-centaje de joacutevenes adultos necesitan puesuna educacioacuten baacutesica no formal

Tambieacuten se estaacute abandonando la ideade que el analfabeto vive en la oscuridad ysiempre en un paiacutes en desarrollo Nos he-mos dado cuenta de que en pueblos apar-tados la gente poseiacutea unos conocimientosa veces muy complejos y conseguiacutea trans-mitirlos sin necesidad de la escritura ni depalabras extranjeras Por uacuteltimo se admi-te que es necesario construir sobre lo quehace la propia gente que la propia genteconstruya

Adama OUANEDivisioacuten de Educacioacuten Baacutesica

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

11

P R Aacute C T I C A D EA U T O G E S T I Oacute N( F o t o copy S I P AP R E S S F r i l e t )

Seguacuten un proverbio moreacute de BurkinaFaso quien duerme sobre una estera

prestada debe saber que duerme sobre unsuelo friacuteo Un estudio reciente realizadoen ese paiacutes asiacute como en Ghana Maliacute Niacutegery Senegal lo demuestra los cursos de al-fabetizacioacuten que tienen eacutexito son aqueacutellosen los que los participantes no soacutelo apren-den a fabricar sus propias esteras sino laforma de venderlas y de montar una faacutebri-ca de muebles para fabricar sus camas

El estudio duroacute 18 meses Su objetivoera establecer las medidas a tomar paraayudar a las asociaciones comunitarias alas empresas locales y a los grupos de ciu-dadanos a adquirir conocimientos y teacutecni-cas para llevar a cabo funciones econoacutemi-cas sociales y poliacuteticas que suele mono-polizar el gobierno o que no estaacuten asegu-radas Los autores del estudio -realizadobajo los auspicios de la OCDE del Clubdel Sahel y del Comiteacute PermanenteInterestatal de Lucha contra la Sequiacutea enel Sahel- analizaron las experiencias demaacutes de 50 comunidades donde se han rea-lizado avances significativos (o fracasosdestacables) en los campos de la descen-tralizacioacuten y de la toma local de responsa-bilidades socioeconoacutemicas y poliacuteticas

TR IP L E CAP I TAL IZAC IOacuteNHemos encontrado numerosos programasde posalfabetizacioacuten iniciados por ONGque funcionan bien explica Peter Eastoncoordinador del proyecto La clave de sueacutexito es la lsquotriple capitalizacioacutenrsquo es decirtres elementos que forman una especie deespiral ascendente la capitalizacioacuten finan-ciera que desarrolla el ahorro y el capi-tal institucional que refuerza las capaci-dades y los marcos de actuacioacuten (coope-rativas empresas etc) e intelectual quemejora las capacidades En general losprogramas incluyen uno de esos elemen-tos pero no los demaacutes

Por ejemplo en Niacuteger programasgubernamentales de posalfabetizacioacuten tu-vieron un eacutexito limitado porque al no te-ner relacioacuten con las demaacutes actividades dedesarrollo comportaban poca lsquocapitaliza-cioacutenrsquo local En cambio en la regioacuten deKutala (Maliacute) la empresa textil CMDTtraspasoacute las principales responsabilidades(creacuteditos venta de algodoacuten) a asociaciones

A l f a b e t i z a c i oacute n

SOCIEDADES DE CAPITAL PROPIOLa alfabetizacioacuten triunfa alliacute donde ayuda a las comunidades a avanzar en todos los aspectosy aprovecha todos sus recursos Ejemplos y contraejemplos en el Sahel

locales Eacutestas recurrieron a sus conoci-mientos para gestionar por siacute mismas esasactividades y reinvirtieron gran parte delos ingresos En otras palabras hay quegenerar actividades que necesiten la ad-quisicioacuten de conocimientos y sean fructiacute-feras gracias a las nuevas capacidades

Para Easton las asociaciones localesque triunfan son aqueacutellas que hacen fue-go con cualquier lentildea y sacan provechodel conjunto de recursos humanos de la

comunidad En Nioni-Coloni (Maliacute) losresponsables de la asociacioacuten local quegestiona las actividades de venta y los creacute-ditos son una mezcla de personas que a-bandonaron la escuela que siguen cursosde alfabetizacioacuten o que van a la escuelacoraacutenica Pero todos han seguido cursosde bambara en su transcripcioacuten en carac-teres latinos Y en muchas comunidades vi-sitadas de Ghana quienes habiacutean emigra-do a Accra la capital para adquirir nue-vas teacutecnicas cumplen una funcioacuten esencialen el fomento de la autonomiacutea local y deactividades generadoras de ingresos

El estudio muestra que la alfabetiza-cioacuten en lenguas africanas y la presencia depersonas que conozcan las transcripcionesen aacuterabe de lenguas africanas han facili-tado la autonomiacutea y el funcionamiento denumerosas asociaciones y empresas loca-les especialmente alliacute donde el franceacutes yel ingleacutes estaacuten poco extendidos La aso-ciacioacuten Tin-Tua que funciona en el estede Burkina Faso ha desarrollado sistemasde produccioacuten de perioacutedicos de gestioacuten de

centros escolares y de formacioacuten en len-gua gurmancheacute Las asociaciones de pue-blos de la regioacuten de Ulesebugu (Maliacute) ges-tionan empresas surgidas de la explotacioacutenagriacutecola del valle del alto Niacuteger gracias asistemas de contabilidad y de gestioacuten enbambara

Las mujeres suelen estar poco escola-rizadas El uso de las lenguas africanas paraalfabetizarlas puede permitirles pues laparticipacioacuten en proyectos de desarrollo

descentralizados Cada vez se ven maacutes coo-perativas empresas y asociaciones de de-sarrollo femeninas autofinanciadas tantoen el campo como en las ciudades Sinembargo teniendo en cuenta su falta ini-cial de educacioacuten y de formacioacuten tienenmaacutes dificultades para acceder a los creacutedi-tos y chocan con la tradicioacuten Los sistemasde ensentildeanza y las asociaciones mixtassuelen estar pues dirigidos por hombresAunque se destinen a las mujeres todaviacuteadependen mucho de ellos para la contabi-lidad y el aspecto teacutecnico

La leccioacuten es sencilla para triunfarcon grupos que se han visto privados du-rante mucho tiempo de una ensentildeanza ade-cuada la alfabetizacioacuten y la formacioacuten de-ben combinarse con la toma de responsa-bilidades econoacutemicas sociales y cultura-les concluye Peter Easton Disentildear pro-gramas con interlocutores locales en losque se combine la creacioacuten de nuevos re-cursos con la adquisicioacuten de nuevas teacutecni-cas es el auteacutentico desafiacuteo

Sue WILLIAMS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

C O M P R E N D E RL A S

IMPL I CAC IONESD E L O S

A C T O S S O B R EE L M E D I OA M B I E N T E

( F o t o copyA l i n a F u j i

B u r s a r y To b i a s

W i l s o n )

La educacioacuten medioambiental de adul-tos es un tema relativamente nuevo

Aquellos de nosotros (especialistas en edu-cacioacuten) que trabajan en este aacutembito lo con-sideran un instrumento esencial para ayu-dar a la gente a mejorar localmente su vidaa comprender las implicaciones planetariasde sus actos y a trabajar junta para cam-biar las cosas

Esta disciplina ha desarrollado unanueva energiacutea intelectual afectiva y espi-ritual (no en el sentido religioso del teacutermi-no) para no verse superada por los gravesproblemas cotidianos del entorno Unaenergiacutea extraida de numerosas fuentes Yo

soy un ejemplo de eso como educadoramedioambiental en un entorno comunita-rio eacuteste me ha ensentildeado mucho La genteno se limita a confirmar esto es un pro-blema econoacutemico o social o ecoloacutegicoLa gente dice son los problemas de lacomunidad y los considera inseparables

Durante un taller que organiceacute se pi-dioacute a los participantes que sentildealaran dos otres dificultades medioambientales paratrabajar iexclEscogieron la violencia y la ero-sioacuten del suelo Hablaron del aumento dela violencia dentro de su comunidad Des-pueacutes se fueron a un parque cercano a reco-ger muestras de lo que llamamos el suelopotencial y esparcieron hojas gusanosflores semillas agua hierbas etc sobreuna gran hoja de papel Y volvieron a dis-cutir sobe la violencia siendo este mara-villoso mosaico el reflejo de lo que ellosobservaban en su propia comunidad de losproblemas locales y mundiales de los senti-mientos y las necesidades de lo que podiacuteanaprender para trabajar juntos y comprender

M e d i o a m b i e n t e

OTROS COMPONENTES DE LA NATURALEZALa educacioacuten medioambiental no soacutelo consiste en comprender los viacutenculos entre el hombrey la naturaleza con la razoacuten sino tambieacuten con el cuerpo las emociones el espiacuteritu

queacute es realmente la cooperacioacuten A conti-nuacioacuten se inventaron un canto un poe-ma un cuento y un sainete donde se mez-claban la tierra la asociacioacuten comunitariay la colaboracioacuten iexclFue algo maacutegico

Dicho de otro modo la educacioacutenmedioambiental se basa en un trabajo in-terior y exterior en un paisaje tambieacuteninterior y exterior en la memoria y la ex-periencia en el intelecto y las emocionesen el espiacuteritu y la ciencia Trata sobre elanaacutelisis criacutetico de las raiacuteces profundas delos problemas medioambientales asiacute comosobre el restablecimiento de una relacioacutenmaacutes sensual con la naturaleza Establece

una colaboracioacuten activa entre los miembrosde la comunidad y con el resto del mundo

La persona no depende uacutenicamente delmundo natural en lo fiacutesico sino tambieacutenen lo emocional psicoloacutegico intelectual yespiritual Algunos estudios indican unacorrelacioacuten entre la escalada de violenciay la reduccioacuten de espacios verdes en lasciudades Otros relacionan los problemasde salud con la ruptura con la naturalezaEacutesta ha inspirado una gran parte del artedel mundo Por eso la educacioacuten medioam-biental de adultos debe tener en cuenta esosaspectos humanos que son la emocioacuten elcuerpo y el espiacuteritu Debe intentar com-prender mejor la relacioacuten entre el hombrey la tierra y queacute nos lleva a amar o a odiara temer o a aceptar los demaacutes componen-tes de la naturaleza

La gente ya no espera ayuda de losgobiernos Ya no confiacutea en que la ciencia yla tecnologiacutea resuelvan los problemas delmedio ambiente Los propios gobiernosempiezan a comprender que se necesita

algo maacutes que leyes reglamentos o doacutela-res para resolverlos sin la participacioacutende los ciudadanos no se puede hacer grancosa

Sin embargo no se presta demasiadaatencioacuten a la educacioacuten medioambiental deadultos dentro de su propia comunidad alo que nosotros denominamos la ensentildean-za no formal Se tiende a centildeirse a los pro-gramas de los centros educativos en espe-cial los destinados a los nintildeos A pesar dela enorme importancia de eacutestos son losadultos los que cada diacutea toman decisionesque afectan a la biosfera Son ellos quie-nes estaacuten al frente del Estado de las insti-tuciones escolares y sobre todo son ellosquienes mayor influencia ejercen sobre sushijos La escuela puede hablar de la crisisecoloacutegica pero si a los padres no les inte-resa o no creen en ella iquesta quieacuten van a creerlos hijos

INT ERRELAC IONADOSLos gobiernos deben entender que la edu-cacioacuten no formal es un medio fundamen-tal para tratar problemas sociales ymedioambientales que estaacuten interrela-cionados Y para que cambien las mentali-dades los adultos deben tener ocasioacuten dereunirse de discutir sobre el tema y debuscar soluciones colectivamente

Donde yo trabajo practicamos este tipode educacioacuten ir a la raiacutez del problema re-lacionar lo local con lo mundial analizarlas relaciones de poder (hombresmujeresseres humanosTierra) basarse en la expe-riencia vivida y en la fiesta Se produce enlas criptas de las iglesias en las calles (unescaparate vaciacuteo puede desencadenar undiaacutelogo sobre la pobreza y el desempleoantes que un texto escrito) a la orilla deun lago Aprovecha el saber colectivo paragenerar nuevos conocimientos y conduciral cambio

La tarea que nos espera es apasionantey abrumadora a la vez Pero como diceWangari Maathai del MovimientoKeniano del Cinturoacuten Verde vosotroshabeacuteis arrojado el guante nosotros vamosa recogerlo

Darlene CLOVERldquoTransformative Learning Centrerdquo

Toronto

12

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

A L D E A N A P R E P A R A N D O E L C A N G R E J O( F o t o copy Y a s m i n A r q u i z a )

Antes de asistir el pasado antildeo a un se-minario de sensibilizacioacuten en el me-

dio ambiente Gerry Latorre pescador deoficio no veiacutea en los bosques de mangla-res maacutes que una fuente inagotable de lentildeay de madera de construccioacuten Aprendiacute queteniacuteamos que conservarlos porque ahiacute sereproducen los cangrejos y las gambas delos que obtenemos lo baacutesico para subsis-tir explica Eacutesta es una de las muchascosas que ha aprendido de los formadoresdel Centro de Desarrollo de Tambuyog unorganismo de investigacioacuten con sede enManila (Filipinas) especializado en la pes-ca Las lecciones han resultado esencialespara los pescadores de los pueblos costerosde Malampaya Sound en la provincia dePalawan que se han ido empobreciendocon la reduccioacuten de sus capturas

Esto es resultado de la profunda degra-dacioacuten del medio ambiente La pesca condinamita y cianuro la transformacioacuten delos manglares en viveros el encenega-miento y la contaminacioacuten provocada porlos desechos domeacutesticos e industriales handevastado el 80 de los manglares de laregioacuten y soacutelo el 5 de los arrecifes de coralresisten todaviacutea esos ataques

JUEGO DE AZARLa investigacioacuten ha puesto de manifiestodos causas principales los recursos mari-nos y pesqueros siempre han sido consi-derados de acceso libre y los pescado-res desprovistos de tecnologiacutea de capita-les y de equipamiento veiacutean su actividadcomo un juego de azar La actitud maacutes co-rriente era decir si yo no capturo el pezahora otro lo haraacute (probablemente unbou)

Para poner remedio a esa situacioacutenTambuyog lanzoacute en 1991 un proyecto deeducacioacuten medioambiental relativa a lapesca (FEEP) Se partiacutea de la idea de quelas comunidades de pescadores son lasposeedoras legiacutetimas de los recursos mari-nos pero que para gestionarlos adecuada-mente deben comprender sus procesos dedegradacioacuten y su impacto a largo plazosobre su propia vida El programa consis-tiacutea en 36 horas de formacioacuten que daban alos pescadores una comprensioacuten general delos recursos marinos del paiacutes y nocionesecoloacutegicas fundamentales Tambieacuten les

M e d i o a m b i e n t e

PEQUENtildeOS PESCADORES Y GRANDES PECESDe la educacioacuten en el desarrollo sostenible a la entrada en poliacutetica no hay maacutes que un pasoque pescadores filipinos han dado

ayudaba a identificar las causas y los efec-tos de la degradacioacuten del medio ambienteen su localidad y a prever medidas para laconservacioacuten de los recursos pesquerosDado que la mayor parte de los pescado-res teniacutean poca formacioacuten se emplearonmeacutetodos de ensentildeanza maacutes accesibles jue-gos carteles canciones y presentacionesaudiovisuales

Desde 1995 el proyecto se ha amplia-do al desarrollo sostenible de las zonaslitorales (SCAD) Se estaacute aplicando enNueva Guinlo donde vive Gerry Latorrey en otros tres pueblos Esta formacioacutenmaacutes ambiciosa incluye la legislacioacuten so-bre la pesca y la gestioacuten comunitaria de losrecursos litorales Los vecinos no soacuteloaprenden el funcionamiento de las institu-ciones sociales que rigen su vida sino quesobre todo ganan confianza y capacidad deintervenir o de dirigir Y ahiacute es donde lapesca del SCAD resulta maacutes fructiacutefera

Una de las lecciones baacutesicas que he-mos aprendido es la importancia de tra-bajar juntos para hacer valer nuestros de-rechos sentildeala Gerry Latorre Con este finlos pescadores se han agrupado en una aso-ciacioacuten y constituyen una fuerza que lasautoridades ya no pueden ignorar Pero se

enfrentan entre otras amenazas a los bar-cos de pesca comercial de maacutes de tres to-neladas (prohibidos en la zona) al uso des-tructor de redes finas cerca de los bosquesde manglares y a la construccioacuten de diquesque forman viveros a lo largo de la orilla

Para hacer frente a todo eso y aumen-tar sus ingresos la asociacioacuten de pescado-res ha creado una reserva marina en la prin-cipal zona de reproduccioacuten de cangrejos ygambas y ha construido una jaula de pe-ces que permite criar meros muy apre-ciados en el mercado Tambieacuten ha desarro-llado una estrategia de comercializacioacuten desu pesca que protege a los vecinos de loscaprichos de un negociante que dispongadel monopolio de compra

AVA N C EComo somos conscientes de que las jau-las de peces presentaban riesgos medioam-bientales en otras provincias donde se uti-lizan alimentos industriales explica NestorBolen vicepresidente de la asociacioacutensolamente utilizamos alimentos a base depescado Es biodegradable y no deja resi-duos que enturbien el agua o provoquenuna sedimentacioacuten La asociacioacuten tam-bieacuten ha abierto un servicio de ahorro y decreacutedito que otorga preacutestamos a sus 250socios Pero su iniciativa maacutes audaz es elavance en el aspecto poliacutetico ha decididoenfrentarse a las grandes sociedades comer-ciales (que gozan de proteccioacuten poliacutetica)en su propio terreno Sus protestas reitera-das han hecho fracasar un proyecto de vi-vero a gran escala que habriacutea cerrado laszonas de pesca a las comunidades deMalampaya Pero el peligro subsiste Laasociacioacuten se ha enterado recientemente deque se habiacutean construido diques de vive-ros que impiden el acceso a los manglaresy a la pesca en esa misma zona Nadie ig-nora que el hombre de negocios que estaacutedetraacutes de la operacioacuten disfruta del apoyodel alcalde local iquestLa respuesta de la aso-ciacioacuten Nestor Bolen es uno de los candi-datos a las proacuteximas elecciones municipa-les Se trata de una simple preparacioacutenantes de las elecciones nacionales delproacuteximo antildeo ironiza

Yasmin ARQUIZAMalampaya Sound

13

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

iquest C U Aacute N D OT E N D R Aacute NU N F U T U R OP R O P I O ( F o t o copy N Z H e r a l d )

Neozelandesa y maoriacute Nora Ramekateniacutea unos 40 antildeos cuando empezoacute a

trabajar a jornada completa Habiacutea dejadola escuela pero seguiacutea implicada en la vidade su comunidad y se unioacute al movimientosindical como educadora de adultos mao-riacutees despueacutes de criar a sus cinco hijos Ejer-ce este oficio desde hace 10 antildeos siendoresponsable de educacioacuten continua de laUniversidad de Waikato donde da la uacutenicaclase de nivel universitario en lengua maoriacutesobre las relaciones en el mundo laboral

Pero sobre todo Rameka es conside-rada una aguafiestas por los funcionariosencargados del sistema nacional de educa-cioacuten de adultos que sin embargo es admi-rado internacionalmente Efectivamente

ella cree que las normas y estructuras deeste sistema -basadas en la adquisicioacuten decapacidades que requiere el mercado de tra-bajo- ignoran a las minoriacuteas autoacutectonasPara ella la carrera por la formacioacuten demano de obra calificada deja a un lado de-masiado a menudo la historia de los mao-riacutees mantenieacutendoles en la ignoracia de sulengua y de su cultura

La educacioacuten de adultos soacutelo puedeser un instrumento eficaz si incluye comopreocupacioacuten primordial la nocioacuten de tinorangatiratanga (soberaniacutea) de nuestro pue-blo asiacute como las claves de nuestro desa-rrollo como pueblo te reo (la lengua) ytikanga maori (la cultura los valores laartesaniacutea) Muchas veces me dicen Si nonos asentamos sobre unas bases soacutelidasno avanzaremos Y esas bases son la len-gua y la cultura

M i n o r iacute a s

TE REO Y TIKANGA UNA MISMA LUCHAiquestCoacutemo construir una educacioacuten de adultos que responda a las necesidades de las empresasy refuerce la identidad de una minoriacutea indiacutegena El caso de Nueva Zelandia

En total son unos 600000 algo menosde una quinta parte de la poblacioacuten neo-zelandesa los que reivindican al menosla herencia maoriacute Estaacuten econoacutemicamen-te desfavorecidos y ocupan los empleosmanuales peor pagados Seguacuten el Minis-terio de Desarrollo Maoriacute el 162 estaacutedesempleado frente al 59 del resto dela poblacioacuten La renta media de una fami-lia maoriacute es de soacutelo el 82 de la rentamedia de los no maoriacutees un 20 de esarenta procede de la ayuda social frente al5 para el resto de familias

Los maoriacutees siempre salen de la es-cuela peor cualificados que los demaacutesalumnos En la universidad soacutelo represen-tan el 6 de los alumnos y el 10 en los

centros de formacioacuten del profesorado Cer-ca del 70 de los mayores de 40 antildeos noposeen ninguna cualificacioacuten

Nueva Zelanda reestructuroacute su sistemaeducativo a comienzos de los antildeos noven-ta en torno a las necesidades de las em-presas antildeade Nora Rameka La NewZealand Qualification Authority (NZQA)que gestiona el sistema reconoce la exis-tencia de un debate apasionado en cuan-to se refiere a poner en el mismo plano elsaber maoriacute tradicional y los conocimien-tos dominantes pero se pregunta queacutebeneficios y queacute coste tendriacutea tanto cultu-rales como econoacutemicos Aunque el siste-ma no es ni definitivo ni perfecto permi-te la participacioacuten de los maoriacutees en unamedida sin precedentes

El sistema ha previsto instituciones deformacioacuten que no son ni universidades ni

institutos ni escuelas Desde mayo pasa-do se han acreditado 800 centros nuevosde los que el 20 son maoriacutees Los cursosde disciplinas tradicionales como raranga(tejido) y whakairo (escultura) han sidoencomendados a maoriacutees que los han or-ganizado y aprobado Los controlan total-mente iexclEs una novedad

Pero Nora Rameka no estaacute convenci-da Se han creado centros de formacioacutenprivados maoriacutees reconoce pero no sindificultades Tenemos que sufrir un mon-toacuten de molestias administrativas para es-tar registrados y acreditados Despueacutes ysobre todo tenemos que luchar contra unafuerte reticencia a aceptar nuestra capa-cidad y nuestras prioridades educativasEl meollo del problema es que son funcio-narios pakeha (europeos) los que decidenen uacuteltima instancia la acreditacioacuten de uncentro Ellos estaacuten dominados por una vi-sioacuten muy concreta de los objetivos y de lasprioridades nacionales en materia de edu-cacioacuten Tienen unas ideas preconcebidasy unos prejuicios profundamente arraiga-dos sobre los maoriacutees y sus lsquocarenciasrsquoAunque los servicios educativos tenganuna componente maoriacute vehiculan un sis-tema de valores europeos

D O S U N I V E R S O SPor uacuteltimo estaacute el problema de la financia-cioacuten Las autoridades y numerosos empre-sarios tienen tendencia a subvencionar uacuteni-camente los cursos reconocidos por laNZQA El argumento liberal de que lsquosiun programa educativo es intriacutensecamen-te uacutetil los estudiantes siempre encontra-raacuten el modo de pagar los cursosrsquo no tienesentido para los maoriacutees desempleadosinfraremunerados o que viven de la ayudasocialrdquo asegura Nora Rameka Sin embar-go ella no insinuacutea una retirada del siste-ma puesto que es representativo de la ma-yoriacutea Debemos funcionar en los dos uni-versos admite La cuestioacuten capital es ladel control si como pueblo autoacutectonoestamos decididos a impulsar una conti-nuidad cultural necesitamos al menos re-cuperar el control del sistema decualificacioacuten en cuanto se refiere a nues-tra lengua y a nuestra cultura

S Wy Charles RIDDLE Waikato

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 4: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

H E C H O S Y G E S T O S

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

5

Fo

to U

NE

SC

OC

arlo

s M

arq

ue

sYo naciacute el 19 de septiembre de

1921 en Recife Es una ciu-dad que se sumerge en el Atlaacutenti-co hasta Aacutefrica Yo soy tropicalhablo con mis manos soy un apa-sionado trabajo escribo vivo ymorireacute apasionadamente PauloFreire educador brasilentildeo mun-dialmente conocido por sus cam-pantildeas de alfabetizacioacuten revolu-cionarias murioacute el 2 de mayo ala edad de 75 antildeos

Aunque las realidades de lavida no me han permitido alcan-zar todos mis objetivos no tengoderecho a quejarme confesabaen una entrevista realizada en1991 Tengo una familia amigosen todo el mundo y la sensacioacutende haber hecho cosas positivasNo he necesitado morir para quela gente se interesara por mi tra-bajo antildeadiacutea a propoacutesito de susmuy numerosas obras la maacutes co-nocida de las cuales es Pedago-giacutea de los oprimidos

LEER EL MUNDOEl meacutetodo de este pedagogo dela liberacioacuten como le calificoacuteFederico Mayor director generalal rendirle homenaje el 4 demayo consistiacutea en forjar acti-tudes contribuir a que cada unotome el control de su vida Eacutel es-taba convencido de que la edu-cacioacuten sola libera como sentildea-laba maacutes tarde el director gene-ral ante el Consejo Ejecutivo alque comunicaba su intencioacuten decrear un premio internacionalPaulo Freire que recompense losnuevos enfoques en materia deeducacioacuten de adultos

Ayudar a la gente a leer elmundo antes de leer las pala-bras fue el credo de Paulo Frei-re permitirle al mismo tiempo

descifrar el alfabeto y la realidadde la vida iquestpor queacute estoy ham-briento Porque no tengo comi-da iquestPor queacute no tengo comidaPorque no tengo trabajo iquestPorqueacute no tengo trabajo Una pre-gunta lleva a otra y uno acabapor comprender la razoacuten de serde las cosas Esta lucidez le ve-niacutea de su infancia durante la grandepresioacuten que azotoacute a Brasilarruinoacute a su familia y le ensentildeoacutelo que significa tener hambre

descifrando el sentido de una pa-labra antes de analizar su siacutem-bolo graacutefico Porque educar essiempre un acto poliacutetico ya quepermite bien ocultar a la gentela razoacuten de ser de su condicioacutenbien al contrario revelaacutersela

En 1964 un golpe de Estadomilitar pone fin a su plan nacio-nal de lucha contra el analfabe-tismo y eacutel va a parar a la caacutercelMe dijeron que era un ideoacutelogono un educador Alliacute pasa 70

LA EDUCACIOacuteN SOLA LIBERAHOMENAJE A PAULO FREIRE

En un triste panorama deatentados persistentes contra lalibertad de expresioacutencelebramos el DIacuteA MUNDIAL DELA LIBERTAD DE PRENSAdeclaroacute el 3 de mayo el directorgeneral Federico Mayor

Sentildealoacute que en 1996 entre 40y 50 profesionales de losmedios de comunicacioacuten habiacuteansido asesinados en ejercicio desu profesioacuten a los cuales sesuman aqueacutellos que han sidoobjeto de praacutecticas de

intimidacioacuten y de acosoAsimismo deploroacute que algunosgobiernos intenten asumir elcontrol de medios decomunicacioacuten atentando asiacutecontra el pluralismo de lainformacioacuten y se congratuloacute

de ver muchedumbresinmensas protestandoespontaacutenea y paciacuteficamentedestacando que cualquier pasoatraacutes de la libetad de prensa esun paso atraacutes de la propiademocracia

Despueacutes de experimentar sumeacutetodo con los obreros de laszonas urbanas eacutel y sus colabora-dores dejaron boquiabierto almundo en 1961 alfabetizando enmenos de dos meses a 300 adul-tos del estado de Riacuteo Grande delNorte algunos llegaron a apren-der a leer y escribir despueacutes detreinta horas de formacioacuten

No hay texto sin contextosoliacutea decir Sirvieacutendose de pa-labras generadoras que expre-saban el verdadero lenguaje lasangustias los miedos las nece-sidades y los suentildeos de losaprendices Paulo Freire arraiga-ba la lectura en la vida cotidiana

diacuteas y despueacutes se exilia a Chiledonde pone en praacutectica sus ideasy su meacutetodo asiacute como en otrospaiacuteses en desarrollo como GuineaBissau Mozambique y AngolaTrabaja asimismo como asesorespecial de la Oficina Regionalde la UNESCO de Santiago

En 1980 Paulo Freire regre-sa a su paiacutes y da clases en la Uni-versidad de Estado de Sao Paulotrabajando en las comunidadeslocales con la Iglesia y los movi-mientos feminista y ecologista

Participa en la creacioacuten delpartido de los Trabajadores y de1989 a 1991 ocupa el cargo desecretario de estado de Educacioacuten

del estado de Sao Paulo encar-gado de llevar a cabo la reformaescolar en los dos tercios de lasescuelas del paiacutes

Pero si bien es un educadorexcepcional no es un modelo dediplomacia En 1986 por ejem-plo durante la entrega del PremioUNESCO de Educacioacuten para laPaz una de las recompensas quele ha concedido la Organizacioacutendeclara Yo no creo en ninguacutenintento de instaurar lo que se lla-ma la educacioacuten para la paz sien lugar de desvelar el mundo delas injusticias lo hace opaco ytiende a cegar a sus viacutectimas

C R Iacute T I C O Y A L I A D OCinco antildeos maacutes tarde se expli-ca Yo pediacute a la UNESCO quedejara de utilizar un lenguajeideoloacutegico porque iquestqueacute signi-fica lsquoerradicar el analfabetis-morsquo Da la impresioacuten de quererarrancar malas hierbas Es ofen-sivo se indigna No es el analfa-betismo lo que hay que erradicarsino la injusticia que lo producePara eacutel sucede lo mismo con laexpresioacuten los nintildeos de fuera dela escuela Oculta una realidadmuy distinta Son los gobiernoslos que les impiden ir a la escue-la No es una cuestioacuten de dinerosino de voluntad poliacutetica

Con los mismos fines sinolos mismos medios que laUNESCO Paulo Freire era el criacute-tico y el aliado ideal Mi idea noes negar la importancia de laUNESCO sino todo lo contrariovalorarla Soacutelo le pido que asu-ma las enormes responsabilida-des que le incumben iexclEsquijotesco

Amy OTCHET

laquoEN LA SOCIEDAD QUE ESTAacute SURGIENDO EN EL MUNDOENTERO BASADA EN EL SABER SEGUIR NUESTRAEDUCACIOacuteN DURANTE TODA LA VIDA YA NO ES UNLUJO SINO UNA NECESIDADraquo(Jacques Delors presidente de la Comisioacuten Internacionalsobre la Educacioacuten para el siglo XXI)(Foto copy Panos PicturesJ Holmes)

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

7

Abordaremos el siglo XXI maacutes o me-nos con los mismos sistemas educa-

tivos que a fines del siglo XIX iquestEntrare-mos en la era electroacutenica con los instru-mentos de aprendizaje forjados durante larevolucioacuten industrial La respuesta loacutegicaes no Pero hay que llegar hasta las uacuteltimasconsecuencias y pasar por fin a la accioacuten

Primer lema las cabezas marcan la di-ferencia La fuerza de los brazos la poten-cia de las maacutequinas la abundancia de ma-terias primas la proliferacioacuten de flujos fi-nancieros aportan ventajas pero no eseplus que es el uacutenico que permite al menosmantenerse en la carrera desenfrenada en laque se hallan las naciones del mundo

Vista en perspectiva la educacioacuten ini-cial falla es el segundo lema No solamen-te los joacutevenes soacutelo pueden aprender unavez en toda su vida sino que ademaacutes esesistema de educacioacuten cumple mal su mi-sioacuten Y las sucesivas reformas para reme-diarlo son muy poco concluyentes

Hoy se trata de cambiar totalmente esteparadigma y de transformar por consi-guiente todo el sistema educativo La rup-tura debe producirse en tres dimensionesel tiempo pasando de una pesada educa-cioacuten inicial completada maacutes tarde con unospequentildeos retoques a una educacioacuten repar-tida a lo largo de toda la vida la mate-ria puesto que el objetivo ya no es soacuteloaprender a hacer (adquirir y desarrollaruna competencia profesional) sino tam-bieacuten a conocer (aprender a aprender)aprender tambieacuten a vivir juntos y por

La quinta Conferencia Internacional sobre Educacioacuten de Adultos se celebraraacute en Hamburgo (Alemania)del 14 al 18 de julio Su reto iquestCoacutemo ofrecer a lo largo de toda la vida a todos los que lo necesitano simplemente lo desean esa formacioacuten sin la que estaacuten -o estaraacuten- irremediablemente marginadosde los procesos de produccioacuten de los mecanismos de socializacioacuten de los engranajes ciacutevicos o se veraacutenprivados del disfrute de su tiempo libre (ver maacutes adelante)Este tema central aborda aspectos destacados de esta exigencia que afecta al mundo laboral (pp 8-9)a la alfabetizacioacuten (pp 10-11) al medio ambiente (pp 12-13) y a la integracioacuten de las minoriacuteas(pp 14-15) Por uacuteltimo el ex primer ministro franceacutes Michel Rocard insiste en la urgente necesidadde aprender a producir el hombre ilustrado del siglo XXI a fin de proteger nuestras democracias (p 16)

uacuteltimo aprender a ser lo mejor de siacute mis-mo seguacuten las expresiones consagradas porla Comisioacuten Internacional sobre la Educa-cioacuten para el siglo XXI (Comisioacuten De-lors) y por uacuteltimo el espacio ya que esmaacutes que evidente que la ensentildeanza no pue-de limitarse a los bancos de la escuela ydebe llegar al ensentildeado alliacute donde vivepuestos de trabajo espacios puacuteblicos aacutereasde actuacioacuten asociativa y por supuestoesfera privada

T I EMPO DE DUDASTodo ello es vital para la insercioacuten en elmundo del trabajo aunque eacuteste se vea in-terrumpido por periodos casi inevitables dedesempleo ya que los sucesivos cambiosde rumbo profesionales son la regla gene-ral Todaviacutea lo es mas y al menos por losmismo motivos en cuanto se refiere a los800 millones de analfabetos y a los cien-tos de millones de habitantes de paiacuteses endesarrollo que teniendo un bagaje educa-tivo muy pobre tienen que abandonar unaeconomiacutea rural de subsistencia para entraren sistemas de produccioacuten mucho maacutessofisticados

Tambieacuten es vital por otras razones quea menudo se ignoran La reduccioacuten deltiempo de trabajo requiere aprender a ocu-par de forma inteligente creativa y uacutetil eltiempo que queda libre La crisis medioam-biental exige conocer sus raiacuteces y requiereuna transformacioacuten radical de los modosde produccioacuten y de consumo que debenser conocidos y comprendidos Invertir en

la educacioacuten preventiva es prioritario anteel crecimiento inexorable de los costos dela sanidad curativa Por uacuteltimo y quizaacutessobre todo hemos tenido que desistir denuestras certezas alimentadas por el axio-ma de un progreso exponencial para en-trar en un tiempo de dudas y de preguntasla buacutesqueda de un nuevo sentido soacutelo pue-de dar resultado si la realiza una sociedadmaacutes reflexiva a todos los niveles y por con-siguiente provista de instrumentos de cono-cimiento para realizarla

Hoy el nuacutemero de alumnos adultos delos paiacuteses desarrollados supera al de losmatriculados en los dos primeros cursos deensentildeanza Esta cifra basta para demostrarque la demanda se dispara La oferta pordesgracia estaacute muy por detraacutes es global-mente insuficiente en volumen discrimi-natoria respecto a los interesados (da prio-ridad a quienes estaacuten en el nivel maacuteximode formacioacuten) estaacute inadaptada a la enor-me diversidad de necesidades y de situa-ciones de los demandantes y estaacute atomizadaen un universo de organismos privadospuacuteblicos y asociativos La Conferencia deHamburgo cuyo lema es aprender en laedad adulta una clave para el siglo XXItiene trabajo para rato llegar a un enfoquecomuacuten y combinar los distintos mecanis-mos que puedan concretarlo o dicho deotro modo avanzar en la viacutea de una demo-cracia educativa

Paul BEacuteLANGERDirector del Instituto de Educacioacuten de la UNESCO

(Hamburgo)

APRENDER PARA LA VIDA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

8

E l mundo laboral estaacute caduco Si se en-tiende como tal el escoger un empleo

o una profesioacuten al salir de la escuela y ejer-cerlo sin interrupcioacuten hasta la jubilacioacutenla respuesta es siacute

Hoy en diacutea debemos estar dispuestos aejercer cuatro o cinco profesiones distin-tas en la vida a lo mejor en lugares dife-rentes y casi seguro con periacuteodos de de-sempleo maacutes o menos largos La revolu-cioacuten industrial significoacute el fin de un mun-do fundamentalmente agriacutecola y atoacute nues-tras necesidades y aspiraciones a un sala-rio actualmente la revolucioacuten tecnoloacutegi-ca que acompantildea el proceso de globa-lizacioacuten y de economiacutea de mercado eclip-sa la sociedad industrial y sus meacutetodos deproduccioacuten grandes consumidores demano de obra

La evolucioacuten es tan raacutepida que a losestadiacutesticos les cuesta seguirla pero todosson del mismo parecer Seguacuten el FondoMonetario Internacional por ejemplo el

porcentaje de mano de obra en la industriamanufacturera de los paiacuteses ricos se ha re-ducido de un 28 en 1970 al 18 en 1994En la Unioacuten Europea soacutelo uno de cada cin-co obreros trabaja en ella una cifra queseguacuten las estimaciones bajaraacute hasta unode cada diez en 2010 En cambio los em-pleos de servicios han sufrido un salto ha-cia adelante En Estados Unidos por ejem-plo el sector terciario ocupa a maacutes del 70de los trabajadores En cuanto a las inver-siones un reciente artiacuteculo del semanariobritaacutenico The Economist indica que el va-lor bursaacutetil acumulado de los Tres Gran-des de Detroit -General Motors Ford y

iquest A D Oacute N D E H A NI D O A P A R A RL O SA S A L A R I A D O S ( F o t o copy S I P AI M A G E P P L )

E l m u n d o l a b o r a l

PONERSE AL DIacuteA O QUEDARSE ATRAacuteSLo de un empleo para toda la vida ya ha pasado La formacioacuten debe ser permanente y adaptarsea la infinita diversidad de necesidades y situaciones

Chrysler- es insignificante al lado deMicrosoft de Bill Gates (que baacutesicamentecorresponde al sector de servicios) Estoinvita a reflexionar cuando se sabe quecon sus 10 millones de asalariados el sec-tor del automoacutevil encabeza las industriasmanufactureras del mundo

En los paiacuteses en desarrollo los produc-tos manufactureros y la agricultura siguenempleando a un gran nuacutemero de trabaja-dores pero tambieacuten ahiacute la tecnologiacutea com-binada con una urbanizacioacuten aceleradasacude los cimientos de la sociedad Entodas partes el tipo de trabajo disponiblecambia y las calificaciones necesarias tam-bieacuten La mano de obra no cualificada se vesustituida en muchos casos por la tecno-logiacutea Los nuevos empleos requieren unaformacioacuten cada vez maacutes avanzada La ad-quisicioacuten de conocimientos para entrar enel mundo laboral y el reciclaje se han he-cho indispensables para hallar o mantenerun empleo

Las necesidades de educacioacuten inicialy continua orientada al mundo laboral sonya considerables La Organizacioacuten Inter-nacional del Trabajo calcula que hay 120millones de personas sin empleo y 700millones subempleadas sin contar los casi1000 millones de analfabetos Las necesi-dades son tambieacuten muy diversas losdesempleados dan prioridad a la adquisi-cioacuten de conocimientos elementales paraencontrar trabajo los que tienen la seguri-dad de un empleo desean perfeccionarsepara ascender los trabajadores indepen-dientes apuestan por las teacutecnicas de em-presa y la formacioacuten en economiacutea Ahora

bien los programas y meacutetodos de ensentildean-za y de aprendizaje adaptados suelen estarpoco desarrollados los que existen en ge-neral benefician a quienes ya trabajan amenudo en profesiones liberales o comoejecutivos

P E RT I N E N T E Y G L O B A LAlgunas ideas claves podriacutean hacer evolu-cionar las cosas En primer lugar la edu-cacioacuten debe ser pertinente es decir debepermitir adquirir unos conocimientos unacapacidad y una actitud que conduzcan aejercer un empleo Y debe seguir sieacutendologracias a una constante puesta al diacutea Estaeducacioacuten tambieacuten debe ser suficientemen-te global para poder aplicar sus conoci-mientos y capacidad a otras profesiones yformaciones cuando se modifiquen los em-pleos y fluctuacuteen las posibilidades de con-tratacioacuten actualmente es casi imposibleocupar un puesto durante siete antildeos vivien-do de lo que se sabe y menos auacuten toda unavida

El aprendizaje a lo largo de la vida debeabrirse a todos Las estrategias para lograr-lo deben ser pues suficientemente flexi-bles para adaptarse a las situaciones y con-textos individuales y evitar la creacioacuten deuna subclase iletrada e inepta para el em-pleo Y todos deben trabajar en ello go-biernos empresas ONG y comunidadesEste apoyo no se limita a la financiacioacutentambieacuten debe proporcionar el tiempo y losalicientes necesarios para que las personassigan el camino de la educacioacuten a lo largode la vida

Las encuestas sobre el desempleo lo di-cen muy claro una persona sin trabajo sesiente inuacutetil La imagen que tiene de siacutemisma no hace maacutes que reflejar este senti-miento y puede tener repercusionesdestructivas sobre sus relaciones socialesEl trabajo no es un lujo es una necesidadNo solamente para satisfacer los deseos ylas necesidades de una poblacioacuten mundialen auge sino tambieacuten para saciar una ne-cesidad profundamente humana crear Yesto soacutelo se lograraacute ofreciendo una educa-cioacuten inicial y continua efectiva y eficaz

Barry HOBARTCatedraacutetico de Recursos Humanos

Universidad de Australia del Sur

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

9

Matthew Organ teniacutea 16 antildeos cuandoentroacute en la casa Rover de fabrica-

cioacuten de automoacuteviles No me interesabaseguir mis estudios No me gustaba la es-cuela queriacutea trabajar Cuatro antildeos maacutestarde termina el equivalente a una forma-cioacuten profesional de comercio Despueacutes es-pera hacer lo que realmente le interesaestudios de ingenieriacutea Rover le ha pagadosu formacioacuten y le ha dado tiempo para se-guir los cursos Esto me ha permitido ob-tener al mismo tiempo una experiencia pro-fesional una educacioacuten y un sueldo

Tambieacuten gracias a Rover Matthewobtuvo el carneacute de piloto de planeadorGracias al plan de formacioacuten de la empre-sa los empleados pueden recibir hasta 100libras al antildeo para una actividad de ocio quepueda mejorar en el sentido maacutes ampliosu capacidad de trabajo desde cursos deguitarra hasta idiomas extranjeros Estobeneficia cada antildeo a uno de cada diez em-pleados Si hemos obtenido y vamos a ob-tener resultados tan fantaacutesticos es graciasa personas que aprenden constantementeque saben utilizar lo que aprenden y estaacutendecididas a poner su preparacioacuten al servi-cio de la empresa explica John Towersdirector general del grupo Rover

CAMB IO DE RUMBOCambio espectacular de una empresa queen los antildeos sesenta y setenta encarnaba eldeclive de la industria automoviliacutestica bri-taacutenica Estaba paralizada por unas praacutecti-cas obsoletas y unas relaciones laboralesdesastrosas El resultado fueron reiteradashuelgas y productos de baja calidad Du-rante antildeos las empresas del grupo nacio-nalizadas acumularon peacuterdidas 66 millonesde libras anuales a finales de los ochenta

Pero las cosas cambiaron en 1988 conla privatizacioacuten de Rover La asociacioacutencon Honda a partir de 1979 ya le habiacuteahecho descubrir a la empresa britaacutenica ladura realidad de la competencia en la in-dustria automoviliacutestica Sus dirigentescomprendieron entonces que su uacutenica po-sibilidad de supervivencia pasaba por laformacioacuten de la mano de obra En 1990Rover lanzoacute un programa de 35 millonesde libras que ofreciacutea a sus 40000 emplea-dos un amplio abanico de posibilidades deformacioacuten Sir Graham Day presidente del

A P R E N D E RE L

S E N T I D OD E E Q U I P O

( F o t oR o v e r )

E l m u n d o l a b o r a l

grupo declaraba entonces El proceso deaprendizaje es insoslayable Si la empresaquiere sobrevivir y prosperar necesitaaprender Si el grupo y su personal quie-ren ir adelante necesitan aprender

Con su tiacutetulo de ingeniero mecaacutenico enel bolsillo Gareth Beggan entroacute en Roveren 1988 en el servicio de verificacioacuten de

calidad de la faacutebrica de Longbridge cercade Birmingham en el marco de un progra-ma integral de perfeccionamiento de joacuteve-nes licenciados que requeriacutea un antildeo deestudios complementarios a tiempo parcialPero eso no era lo miacuteo reconoce En rea-lidad necesitaraacute varios antildeos para sentir lanecesidad de perfeccionarse

Mientras tanto Rover habiacutea elaboradoen estrecha colaboracioacuten con la Universi-dad de Warwick un programa integral deformacioacuten en gestioacuten (IMLP) Este tipode programa va directamente ligado a laactividad profesional de los participantesy la tesis que preparan estaacute relacionadacon su trabajo en resumen el aprendiza-je se realiza en torno al lugar de trabajoexplica Frank Hayden responsable de for-macioacuten y de desarrollo del grupo

Gareth que se encarga actualmente dela evaluacioacuten de la calidad de la red euro-pea de concesionarios Rover tomoacute la de-cisioacuten de reanudar sus estudios a tiempoparcial en 1993 Era una eacutepoca de rece-sioacuten Como habiacutea pocas posibilidades depromocioacuten interna decidiacute perfeccionar-me En el marco del programa IMLP sematriculoacute en la Universidad de Warwick

para conseguir un tiacutetulo Rover le pagoacutecursos durante varios antildeos y su superior selas arregloacute para que pudiera estudiar enparte durante su horario laboral

Rover ha obtenido el Premio 1997 dela Conferencia Mundial sobre Iniciativasen materia de Aprendizaje Permanente quese celebroacute en abril en Ottawa (Canadaacute)

Sabiacuteamos que podiacuteamos conseguir hacer-nos maacutes competitivos adoptando un enfo-que dinaacutemico para implicar a nuestros co-laboradores en la empresa sentildealabaFrank Hayden al recibir el premio en nom-bre de Rover Eacutel opina que la formacioacutencontribuye a conseguir una mano de obramaacutes motivada flexible y creativa Seguacuteneacutel esta filosofiacutea tambieacuten ha generado otrasmejoras por ejemplo las sugerencias pro-cedentes de los empleados han aumentadoen un 300 y el absentismo en los talleresha disminuido en un 15

La situacioacuten del grupo ha evoluciona-do de una forma igual de espectacularDesde 1992 Rover el primer fabricante deautomoacuteviles de Gran Bretantildea ha incre-mentado su volumen de ventas a escalamundial Su facturacioacuten anual por emplea-do pasoacute de 31000 libras en 1989 a 122000en 1994 cuando fue comprada por BMWSeguacuten Hayden Rover que perdiacutea dineroa comienzos de los antildeos noventa es ac-tualmente un grupo que obtiene beneficioscon un enorme potencial de desarrollo

Paul LashmarLondres

Eacutesta es la orden terminante del constructor britaacutenico Rover a sus asalariadosUn eacutexito que a todos favorece

iexclAPRENDA APRENDA TODO LO QUE QUIERA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

10

I N D I A E S U N OD E L O S P O C O SP A Iacute S E S Q U ED E D I C AV E R D A D E R O SR E C U R S O S A L AL U C H A C O N T R AE L A N A L F A B E -T I S M O ( F o t oU N E S C O H u n n a rP u b l i c y )

Los resultados en materia de alfabeti-zacioacuten de adultos estaacuten muy por de-

bajo de los esfuerzos que dedican comuni-dades y alumnos Algunos estudios delBanco Mundial han llegado incluso a laconclusioacuten de que nunca han compensa-do En realidad han servido para justificarla necesidad de invertir casi exclusivamen-te en la ensentildeanza primaria Desde hace20 antildeos los recursos destinados a la alfa-betizacioacuten de adultos han disminuido no-tablemente Hoy representan en el mejorde los casos es decir en India entre un 6y un 8 del presupuesto de educacioacuten Enotras parte raramente superan el 1 o 2

Pero maacutes allaacute de las cuestiones de fi-nanciacioacuten se trata sobre todo de un fra-caso del pensamiento Durante muchotiempo se ha considerado que los analfa-betos sufriacutean una patologiacutea que se podiacuteaerradicar como la viruela Pero en el te-rreno de la educacioacuten no existe una vacu-na universal Creyendo que el modelo eu-ropeo lo era -una lengua un paiacutes un terri-torio- muchos paiacuteses se han sometido alyugo monolinguumle y han negado la plurali-dad marcada en lo maacutes profundo de su te-jido social

ESPANTAJOAhora sabemos que no soacutelo hay que favo-recer la alfabetizacioacuten en las lenguas ma-ternas sino tambieacuten elaborar el materialdentro de esa loacutegica Basta con saber leery escribir en una para hacer transpo-siciones a las demaacutes El multilinguumlismo esun espantajo En realidad se produce deforma natural una regulacioacuten interna sepasa de una lengua a otra cuando se sientela necesidad En Nigeria donde hay 410idiomas el 45 de la poblacioacuten habla tres

En general la experiencia demuestraque el aprendizaje debe tener en cuenta elcontexto socioeconoacutemico y cultural delindividuo Algunas sociedades han prescin-dido de la escritura durante siglos Las len-guas que se hablan en las comunidades detradicioacuten oral han desarrollado meacutetodosmnemoteacutecnicos que permiten conservarorganizar y reutilizar la informacioacuten Estacapacidad es tan fuerte que la alfabetiza-cioacuten elemental no basta para imponer otrofuncionamiento mental de la organizacioacutende la vida En lo cotidiano los modos de

A l f a b e t i z a c i oacute n

POR UNA ECOLOGIacuteA DEL APRENDIZAJEDe nada sirve aprender a leer escribir sumar y restar si el entorno de los neoalfabetos no haceque sea indispensable el uso provechoso de esos conocimientos

comunicacioacuten de los neoalfabetos siguensiendo los mismos y corren peligro de ol-vidar todo

Para evitarlo es necesario ante todocrear un entorno favorable a la comunica-cioacuten escrita una ecologiacutea del aprendizajeA esto aspira la posalfabetizacioacuten la cualpermite consolidar los conocimientos yespecialmente aplicarlos en los campos dela promocioacuten individual la participacioacutencomunitaria y la creacioacuten de ingresos Lagente se compromete cuando cae en cuen-ta de que no puede seguir funcionando sinlo escrito

Pero la tarea maacutes difiacutecil es crear unentorno alfabetizado y estimulante que lle-ve a los neoalfabetos a un estadio ulteriordonde disfruten de la posibilidad y del pla-cer de leer y escribir Para ello suele adop-tarse un enfoque pragmaacutetico editando cua-dernos praacutecticos Un estudio realizado en

Tanzania ha mostrado el entusiasmo de losneoalfabetos por los manuales sobre saludahorro agricultura etc Tambieacuten es posi-ble aprovechar la aficioacuten de algunas po-blaciones a la literatura oral En Senegaldonde los manuales teacutecnicos no atraiacutean alos neolectores una ONG encargoacute transcri-bir la epopeya de los peuls Esos libros sevendieron tanto que hubo que reeditarlosTambieacuten en eso hay que hacer cosas quese adapten muy bien algunos quieren co-sas praacutecticas otros suentildeos

El entorno visual tambieacuten es decisivoLa publicidad por ejemplo sigue existien-do en la lengua dominante cuando habriacuteaque inundar a la gente con carteles en las

lenguas de alfabetizacioacuten Lo mismo su-cede con los documentos oficiales En mipaiacutes Maliacute la mayoriacutea son todaviacutea en fran-ceacutes Deberiacutean estar en dos o tres lenguasDe lo contrario la gente se pregunta iquestpor-queacute hay que alfabetizarse en la lengua ma-terna si no estaacute reconocida

Se ha aprendido mucho de los fraca-sos pasados y no faltan motivos para man-tener la esperanza Los responsables estaacutencada vez maacutes convencidos del papel claveque tiene la alfabetizacioacuten Y el BancoMundial evoluciona Primero porque se dacuenta de que la alfabetizacioacuten de los ni-ntildeos no es suficiente los mejores resulta-dos se han obtenido en el marco de un pro-ceso de aprendizaje intergeneracional Afalta de eacuteste los iacutendices de abandono es-colar son muy elevados Por otra parte enmuchos paiacuteses pocos alumnos tienen ac-ceso a la ensentildeanza secundaria y vuelven

a caer en el analfabetismo Un gran por-centaje de joacutevenes adultos necesitan puesuna educacioacuten baacutesica no formal

Tambieacuten se estaacute abandonando la ideade que el analfabeto vive en la oscuridad ysiempre en un paiacutes en desarrollo Nos he-mos dado cuenta de que en pueblos apar-tados la gente poseiacutea unos conocimientosa veces muy complejos y conseguiacutea trans-mitirlos sin necesidad de la escritura ni depalabras extranjeras Por uacuteltimo se admi-te que es necesario construir sobre lo quehace la propia gente que la propia genteconstruya

Adama OUANEDivisioacuten de Educacioacuten Baacutesica

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

11

P R Aacute C T I C A D EA U T O G E S T I Oacute N( F o t o copy S I P AP R E S S F r i l e t )

Seguacuten un proverbio moreacute de BurkinaFaso quien duerme sobre una estera

prestada debe saber que duerme sobre unsuelo friacuteo Un estudio reciente realizadoen ese paiacutes asiacute como en Ghana Maliacute Niacutegery Senegal lo demuestra los cursos de al-fabetizacioacuten que tienen eacutexito son aqueacutellosen los que los participantes no soacutelo apren-den a fabricar sus propias esteras sino laforma de venderlas y de montar una faacutebri-ca de muebles para fabricar sus camas

El estudio duroacute 18 meses Su objetivoera establecer las medidas a tomar paraayudar a las asociaciones comunitarias alas empresas locales y a los grupos de ciu-dadanos a adquirir conocimientos y teacutecni-cas para llevar a cabo funciones econoacutemi-cas sociales y poliacuteticas que suele mono-polizar el gobierno o que no estaacuten asegu-radas Los autores del estudio -realizadobajo los auspicios de la OCDE del Clubdel Sahel y del Comiteacute PermanenteInterestatal de Lucha contra la Sequiacutea enel Sahel- analizaron las experiencias demaacutes de 50 comunidades donde se han rea-lizado avances significativos (o fracasosdestacables) en los campos de la descen-tralizacioacuten y de la toma local de responsa-bilidades socioeconoacutemicas y poliacuteticas

TR IP L E CAP I TAL IZAC IOacuteNHemos encontrado numerosos programasde posalfabetizacioacuten iniciados por ONGque funcionan bien explica Peter Eastoncoordinador del proyecto La clave de sueacutexito es la lsquotriple capitalizacioacutenrsquo es decirtres elementos que forman una especie deespiral ascendente la capitalizacioacuten finan-ciera que desarrolla el ahorro y el capi-tal institucional que refuerza las capaci-dades y los marcos de actuacioacuten (coope-rativas empresas etc) e intelectual quemejora las capacidades En general losprogramas incluyen uno de esos elemen-tos pero no los demaacutes

Por ejemplo en Niacuteger programasgubernamentales de posalfabetizacioacuten tu-vieron un eacutexito limitado porque al no te-ner relacioacuten con las demaacutes actividades dedesarrollo comportaban poca lsquocapitaliza-cioacutenrsquo local En cambio en la regioacuten deKutala (Maliacute) la empresa textil CMDTtraspasoacute las principales responsabilidades(creacuteditos venta de algodoacuten) a asociaciones

A l f a b e t i z a c i oacute n

SOCIEDADES DE CAPITAL PROPIOLa alfabetizacioacuten triunfa alliacute donde ayuda a las comunidades a avanzar en todos los aspectosy aprovecha todos sus recursos Ejemplos y contraejemplos en el Sahel

locales Eacutestas recurrieron a sus conoci-mientos para gestionar por siacute mismas esasactividades y reinvirtieron gran parte delos ingresos En otras palabras hay quegenerar actividades que necesiten la ad-quisicioacuten de conocimientos y sean fructiacute-feras gracias a las nuevas capacidades

Para Easton las asociaciones localesque triunfan son aqueacutellas que hacen fue-go con cualquier lentildea y sacan provechodel conjunto de recursos humanos de la

comunidad En Nioni-Coloni (Maliacute) losresponsables de la asociacioacuten local quegestiona las actividades de venta y los creacute-ditos son una mezcla de personas que a-bandonaron la escuela que siguen cursosde alfabetizacioacuten o que van a la escuelacoraacutenica Pero todos han seguido cursosde bambara en su transcripcioacuten en carac-teres latinos Y en muchas comunidades vi-sitadas de Ghana quienes habiacutean emigra-do a Accra la capital para adquirir nue-vas teacutecnicas cumplen una funcioacuten esencialen el fomento de la autonomiacutea local y deactividades generadoras de ingresos

El estudio muestra que la alfabetiza-cioacuten en lenguas africanas y la presencia depersonas que conozcan las transcripcionesen aacuterabe de lenguas africanas han facili-tado la autonomiacutea y el funcionamiento denumerosas asociaciones y empresas loca-les especialmente alliacute donde el franceacutes yel ingleacutes estaacuten poco extendidos La aso-ciacioacuten Tin-Tua que funciona en el estede Burkina Faso ha desarrollado sistemasde produccioacuten de perioacutedicos de gestioacuten de

centros escolares y de formacioacuten en len-gua gurmancheacute Las asociaciones de pue-blos de la regioacuten de Ulesebugu (Maliacute) ges-tionan empresas surgidas de la explotacioacutenagriacutecola del valle del alto Niacuteger gracias asistemas de contabilidad y de gestioacuten enbambara

Las mujeres suelen estar poco escola-rizadas El uso de las lenguas africanas paraalfabetizarlas puede permitirles pues laparticipacioacuten en proyectos de desarrollo

descentralizados Cada vez se ven maacutes coo-perativas empresas y asociaciones de de-sarrollo femeninas autofinanciadas tantoen el campo como en las ciudades Sinembargo teniendo en cuenta su falta ini-cial de educacioacuten y de formacioacuten tienenmaacutes dificultades para acceder a los creacutedi-tos y chocan con la tradicioacuten Los sistemasde ensentildeanza y las asociaciones mixtassuelen estar pues dirigidos por hombresAunque se destinen a las mujeres todaviacuteadependen mucho de ellos para la contabi-lidad y el aspecto teacutecnico

La leccioacuten es sencilla para triunfarcon grupos que se han visto privados du-rante mucho tiempo de una ensentildeanza ade-cuada la alfabetizacioacuten y la formacioacuten de-ben combinarse con la toma de responsa-bilidades econoacutemicas sociales y cultura-les concluye Peter Easton Disentildear pro-gramas con interlocutores locales en losque se combine la creacioacuten de nuevos re-cursos con la adquisicioacuten de nuevas teacutecni-cas es el auteacutentico desafiacuteo

Sue WILLIAMS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

C O M P R E N D E RL A S

IMPL I CAC IONESD E L O S

A C T O S S O B R EE L M E D I OA M B I E N T E

( F o t o copyA l i n a F u j i

B u r s a r y To b i a s

W i l s o n )

La educacioacuten medioambiental de adul-tos es un tema relativamente nuevo

Aquellos de nosotros (especialistas en edu-cacioacuten) que trabajan en este aacutembito lo con-sideran un instrumento esencial para ayu-dar a la gente a mejorar localmente su vidaa comprender las implicaciones planetariasde sus actos y a trabajar junta para cam-biar las cosas

Esta disciplina ha desarrollado unanueva energiacutea intelectual afectiva y espi-ritual (no en el sentido religioso del teacutermi-no) para no verse superada por los gravesproblemas cotidianos del entorno Unaenergiacutea extraida de numerosas fuentes Yo

soy un ejemplo de eso como educadoramedioambiental en un entorno comunita-rio eacuteste me ha ensentildeado mucho La genteno se limita a confirmar esto es un pro-blema econoacutemico o social o ecoloacutegicoLa gente dice son los problemas de lacomunidad y los considera inseparables

Durante un taller que organiceacute se pi-dioacute a los participantes que sentildealaran dos otres dificultades medioambientales paratrabajar iexclEscogieron la violencia y la ero-sioacuten del suelo Hablaron del aumento dela violencia dentro de su comunidad Des-pueacutes se fueron a un parque cercano a reco-ger muestras de lo que llamamos el suelopotencial y esparcieron hojas gusanosflores semillas agua hierbas etc sobreuna gran hoja de papel Y volvieron a dis-cutir sobe la violencia siendo este mara-villoso mosaico el reflejo de lo que ellosobservaban en su propia comunidad de losproblemas locales y mundiales de los senti-mientos y las necesidades de lo que podiacuteanaprender para trabajar juntos y comprender

M e d i o a m b i e n t e

OTROS COMPONENTES DE LA NATURALEZALa educacioacuten medioambiental no soacutelo consiste en comprender los viacutenculos entre el hombrey la naturaleza con la razoacuten sino tambieacuten con el cuerpo las emociones el espiacuteritu

queacute es realmente la cooperacioacuten A conti-nuacioacuten se inventaron un canto un poe-ma un cuento y un sainete donde se mez-claban la tierra la asociacioacuten comunitariay la colaboracioacuten iexclFue algo maacutegico

Dicho de otro modo la educacioacutenmedioambiental se basa en un trabajo in-terior y exterior en un paisaje tambieacuteninterior y exterior en la memoria y la ex-periencia en el intelecto y las emocionesen el espiacuteritu y la ciencia Trata sobre elanaacutelisis criacutetico de las raiacuteces profundas delos problemas medioambientales asiacute comosobre el restablecimiento de una relacioacutenmaacutes sensual con la naturaleza Establece

una colaboracioacuten activa entre los miembrosde la comunidad y con el resto del mundo

La persona no depende uacutenicamente delmundo natural en lo fiacutesico sino tambieacutenen lo emocional psicoloacutegico intelectual yespiritual Algunos estudios indican unacorrelacioacuten entre la escalada de violenciay la reduccioacuten de espacios verdes en lasciudades Otros relacionan los problemasde salud con la ruptura con la naturalezaEacutesta ha inspirado una gran parte del artedel mundo Por eso la educacioacuten medioam-biental de adultos debe tener en cuenta esosaspectos humanos que son la emocioacuten elcuerpo y el espiacuteritu Debe intentar com-prender mejor la relacioacuten entre el hombrey la tierra y queacute nos lleva a amar o a odiara temer o a aceptar los demaacutes componen-tes de la naturaleza

La gente ya no espera ayuda de losgobiernos Ya no confiacutea en que la ciencia yla tecnologiacutea resuelvan los problemas delmedio ambiente Los propios gobiernosempiezan a comprender que se necesita

algo maacutes que leyes reglamentos o doacutela-res para resolverlos sin la participacioacutende los ciudadanos no se puede hacer grancosa

Sin embargo no se presta demasiadaatencioacuten a la educacioacuten medioambiental deadultos dentro de su propia comunidad alo que nosotros denominamos la ensentildean-za no formal Se tiende a centildeirse a los pro-gramas de los centros educativos en espe-cial los destinados a los nintildeos A pesar dela enorme importancia de eacutestos son losadultos los que cada diacutea toman decisionesque afectan a la biosfera Son ellos quie-nes estaacuten al frente del Estado de las insti-tuciones escolares y sobre todo son ellosquienes mayor influencia ejercen sobre sushijos La escuela puede hablar de la crisisecoloacutegica pero si a los padres no les inte-resa o no creen en ella iquesta quieacuten van a creerlos hijos

INT ERRELAC IONADOSLos gobiernos deben entender que la edu-cacioacuten no formal es un medio fundamen-tal para tratar problemas sociales ymedioambientales que estaacuten interrela-cionados Y para que cambien las mentali-dades los adultos deben tener ocasioacuten dereunirse de discutir sobre el tema y debuscar soluciones colectivamente

Donde yo trabajo practicamos este tipode educacioacuten ir a la raiacutez del problema re-lacionar lo local con lo mundial analizarlas relaciones de poder (hombresmujeresseres humanosTierra) basarse en la expe-riencia vivida y en la fiesta Se produce enlas criptas de las iglesias en las calles (unescaparate vaciacuteo puede desencadenar undiaacutelogo sobre la pobreza y el desempleoantes que un texto escrito) a la orilla deun lago Aprovecha el saber colectivo paragenerar nuevos conocimientos y conduciral cambio

La tarea que nos espera es apasionantey abrumadora a la vez Pero como diceWangari Maathai del MovimientoKeniano del Cinturoacuten Verde vosotroshabeacuteis arrojado el guante nosotros vamosa recogerlo

Darlene CLOVERldquoTransformative Learning Centrerdquo

Toronto

12

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

A L D E A N A P R E P A R A N D O E L C A N G R E J O( F o t o copy Y a s m i n A r q u i z a )

Antes de asistir el pasado antildeo a un se-minario de sensibilizacioacuten en el me-

dio ambiente Gerry Latorre pescador deoficio no veiacutea en los bosques de mangla-res maacutes que una fuente inagotable de lentildeay de madera de construccioacuten Aprendiacute queteniacuteamos que conservarlos porque ahiacute sereproducen los cangrejos y las gambas delos que obtenemos lo baacutesico para subsis-tir explica Eacutesta es una de las muchascosas que ha aprendido de los formadoresdel Centro de Desarrollo de Tambuyog unorganismo de investigacioacuten con sede enManila (Filipinas) especializado en la pes-ca Las lecciones han resultado esencialespara los pescadores de los pueblos costerosde Malampaya Sound en la provincia dePalawan que se han ido empobreciendocon la reduccioacuten de sus capturas

Esto es resultado de la profunda degra-dacioacuten del medio ambiente La pesca condinamita y cianuro la transformacioacuten delos manglares en viveros el encenega-miento y la contaminacioacuten provocada porlos desechos domeacutesticos e industriales handevastado el 80 de los manglares de laregioacuten y soacutelo el 5 de los arrecifes de coralresisten todaviacutea esos ataques

JUEGO DE AZARLa investigacioacuten ha puesto de manifiestodos causas principales los recursos mari-nos y pesqueros siempre han sido consi-derados de acceso libre y los pescado-res desprovistos de tecnologiacutea de capita-les y de equipamiento veiacutean su actividadcomo un juego de azar La actitud maacutes co-rriente era decir si yo no capturo el pezahora otro lo haraacute (probablemente unbou)

Para poner remedio a esa situacioacutenTambuyog lanzoacute en 1991 un proyecto deeducacioacuten medioambiental relativa a lapesca (FEEP) Se partiacutea de la idea de quelas comunidades de pescadores son lasposeedoras legiacutetimas de los recursos mari-nos pero que para gestionarlos adecuada-mente deben comprender sus procesos dedegradacioacuten y su impacto a largo plazosobre su propia vida El programa consis-tiacutea en 36 horas de formacioacuten que daban alos pescadores una comprensioacuten general delos recursos marinos del paiacutes y nocionesecoloacutegicas fundamentales Tambieacuten les

M e d i o a m b i e n t e

PEQUENtildeOS PESCADORES Y GRANDES PECESDe la educacioacuten en el desarrollo sostenible a la entrada en poliacutetica no hay maacutes que un pasoque pescadores filipinos han dado

ayudaba a identificar las causas y los efec-tos de la degradacioacuten del medio ambienteen su localidad y a prever medidas para laconservacioacuten de los recursos pesquerosDado que la mayor parte de los pescado-res teniacutean poca formacioacuten se emplearonmeacutetodos de ensentildeanza maacutes accesibles jue-gos carteles canciones y presentacionesaudiovisuales

Desde 1995 el proyecto se ha amplia-do al desarrollo sostenible de las zonaslitorales (SCAD) Se estaacute aplicando enNueva Guinlo donde vive Gerry Latorrey en otros tres pueblos Esta formacioacutenmaacutes ambiciosa incluye la legislacioacuten so-bre la pesca y la gestioacuten comunitaria de losrecursos litorales Los vecinos no soacuteloaprenden el funcionamiento de las institu-ciones sociales que rigen su vida sino quesobre todo ganan confianza y capacidad deintervenir o de dirigir Y ahiacute es donde lapesca del SCAD resulta maacutes fructiacutefera

Una de las lecciones baacutesicas que he-mos aprendido es la importancia de tra-bajar juntos para hacer valer nuestros de-rechos sentildeala Gerry Latorre Con este finlos pescadores se han agrupado en una aso-ciacioacuten y constituyen una fuerza que lasautoridades ya no pueden ignorar Pero se

enfrentan entre otras amenazas a los bar-cos de pesca comercial de maacutes de tres to-neladas (prohibidos en la zona) al uso des-tructor de redes finas cerca de los bosquesde manglares y a la construccioacuten de diquesque forman viveros a lo largo de la orilla

Para hacer frente a todo eso y aumen-tar sus ingresos la asociacioacuten de pescado-res ha creado una reserva marina en la prin-cipal zona de reproduccioacuten de cangrejos ygambas y ha construido una jaula de pe-ces que permite criar meros muy apre-ciados en el mercado Tambieacuten ha desarro-llado una estrategia de comercializacioacuten desu pesca que protege a los vecinos de loscaprichos de un negociante que dispongadel monopolio de compra

AVA N C EComo somos conscientes de que las jau-las de peces presentaban riesgos medioam-bientales en otras provincias donde se uti-lizan alimentos industriales explica NestorBolen vicepresidente de la asociacioacutensolamente utilizamos alimentos a base depescado Es biodegradable y no deja resi-duos que enturbien el agua o provoquenuna sedimentacioacuten La asociacioacuten tam-bieacuten ha abierto un servicio de ahorro y decreacutedito que otorga preacutestamos a sus 250socios Pero su iniciativa maacutes audaz es elavance en el aspecto poliacutetico ha decididoenfrentarse a las grandes sociedades comer-ciales (que gozan de proteccioacuten poliacutetica)en su propio terreno Sus protestas reitera-das han hecho fracasar un proyecto de vi-vero a gran escala que habriacutea cerrado laszonas de pesca a las comunidades deMalampaya Pero el peligro subsiste Laasociacioacuten se ha enterado recientemente deque se habiacutean construido diques de vive-ros que impiden el acceso a los manglaresy a la pesca en esa misma zona Nadie ig-nora que el hombre de negocios que estaacutedetraacutes de la operacioacuten disfruta del apoyodel alcalde local iquestLa respuesta de la aso-ciacioacuten Nestor Bolen es uno de los candi-datos a las proacuteximas elecciones municipa-les Se trata de una simple preparacioacutenantes de las elecciones nacionales delproacuteximo antildeo ironiza

Yasmin ARQUIZAMalampaya Sound

13

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

iquest C U Aacute N D OT E N D R Aacute NU N F U T U R OP R O P I O ( F o t o copy N Z H e r a l d )

Neozelandesa y maoriacute Nora Ramekateniacutea unos 40 antildeos cuando empezoacute a

trabajar a jornada completa Habiacutea dejadola escuela pero seguiacutea implicada en la vidade su comunidad y se unioacute al movimientosindical como educadora de adultos mao-riacutees despueacutes de criar a sus cinco hijos Ejer-ce este oficio desde hace 10 antildeos siendoresponsable de educacioacuten continua de laUniversidad de Waikato donde da la uacutenicaclase de nivel universitario en lengua maoriacutesobre las relaciones en el mundo laboral

Pero sobre todo Rameka es conside-rada una aguafiestas por los funcionariosencargados del sistema nacional de educa-cioacuten de adultos que sin embargo es admi-rado internacionalmente Efectivamente

ella cree que las normas y estructuras deeste sistema -basadas en la adquisicioacuten decapacidades que requiere el mercado de tra-bajo- ignoran a las minoriacuteas autoacutectonasPara ella la carrera por la formacioacuten demano de obra calificada deja a un lado de-masiado a menudo la historia de los mao-riacutees mantenieacutendoles en la ignoracia de sulengua y de su cultura

La educacioacuten de adultos soacutelo puedeser un instrumento eficaz si incluye comopreocupacioacuten primordial la nocioacuten de tinorangatiratanga (soberaniacutea) de nuestro pue-blo asiacute como las claves de nuestro desa-rrollo como pueblo te reo (la lengua) ytikanga maori (la cultura los valores laartesaniacutea) Muchas veces me dicen Si nonos asentamos sobre unas bases soacutelidasno avanzaremos Y esas bases son la len-gua y la cultura

M i n o r iacute a s

TE REO Y TIKANGA UNA MISMA LUCHAiquestCoacutemo construir una educacioacuten de adultos que responda a las necesidades de las empresasy refuerce la identidad de una minoriacutea indiacutegena El caso de Nueva Zelandia

En total son unos 600000 algo menosde una quinta parte de la poblacioacuten neo-zelandesa los que reivindican al menosla herencia maoriacute Estaacuten econoacutemicamen-te desfavorecidos y ocupan los empleosmanuales peor pagados Seguacuten el Minis-terio de Desarrollo Maoriacute el 162 estaacutedesempleado frente al 59 del resto dela poblacioacuten La renta media de una fami-lia maoriacute es de soacutelo el 82 de la rentamedia de los no maoriacutees un 20 de esarenta procede de la ayuda social frente al5 para el resto de familias

Los maoriacutees siempre salen de la es-cuela peor cualificados que los demaacutesalumnos En la universidad soacutelo represen-tan el 6 de los alumnos y el 10 en los

centros de formacioacuten del profesorado Cer-ca del 70 de los mayores de 40 antildeos noposeen ninguna cualificacioacuten

Nueva Zelanda reestructuroacute su sistemaeducativo a comienzos de los antildeos noven-ta en torno a las necesidades de las em-presas antildeade Nora Rameka La NewZealand Qualification Authority (NZQA)que gestiona el sistema reconoce la exis-tencia de un debate apasionado en cuan-to se refiere a poner en el mismo plano elsaber maoriacute tradicional y los conocimien-tos dominantes pero se pregunta queacutebeneficios y queacute coste tendriacutea tanto cultu-rales como econoacutemicos Aunque el siste-ma no es ni definitivo ni perfecto permi-te la participacioacuten de los maoriacutees en unamedida sin precedentes

El sistema ha previsto instituciones deformacioacuten que no son ni universidades ni

institutos ni escuelas Desde mayo pasa-do se han acreditado 800 centros nuevosde los que el 20 son maoriacutees Los cursosde disciplinas tradicionales como raranga(tejido) y whakairo (escultura) han sidoencomendados a maoriacutees que los han or-ganizado y aprobado Los controlan total-mente iexclEs una novedad

Pero Nora Rameka no estaacute convenci-da Se han creado centros de formacioacutenprivados maoriacutees reconoce pero no sindificultades Tenemos que sufrir un mon-toacuten de molestias administrativas para es-tar registrados y acreditados Despueacutes ysobre todo tenemos que luchar contra unafuerte reticencia a aceptar nuestra capa-cidad y nuestras prioridades educativasEl meollo del problema es que son funcio-narios pakeha (europeos) los que decidenen uacuteltima instancia la acreditacioacuten de uncentro Ellos estaacuten dominados por una vi-sioacuten muy concreta de los objetivos y de lasprioridades nacionales en materia de edu-cacioacuten Tienen unas ideas preconcebidasy unos prejuicios profundamente arraiga-dos sobre los maoriacutees y sus lsquocarenciasrsquoAunque los servicios educativos tenganuna componente maoriacute vehiculan un sis-tema de valores europeos

D O S U N I V E R S O SPor uacuteltimo estaacute el problema de la financia-cioacuten Las autoridades y numerosos empre-sarios tienen tendencia a subvencionar uacuteni-camente los cursos reconocidos por laNZQA El argumento liberal de que lsquosiun programa educativo es intriacutensecamen-te uacutetil los estudiantes siempre encontra-raacuten el modo de pagar los cursosrsquo no tienesentido para los maoriacutees desempleadosinfraremunerados o que viven de la ayudasocialrdquo asegura Nora Rameka Sin embar-go ella no insinuacutea una retirada del siste-ma puesto que es representativo de la ma-yoriacutea Debemos funcionar en los dos uni-versos admite La cuestioacuten capital es ladel control si como pueblo autoacutectonoestamos decididos a impulsar una conti-nuidad cultural necesitamos al menos re-cuperar el control del sistema decualificacioacuten en cuanto se refiere a nues-tra lengua y a nuestra cultura

S Wy Charles RIDDLE Waikato

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 5: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

laquoEN LA SOCIEDAD QUE ESTAacute SURGIENDO EN EL MUNDOENTERO BASADA EN EL SABER SEGUIR NUESTRAEDUCACIOacuteN DURANTE TODA LA VIDA YA NO ES UNLUJO SINO UNA NECESIDADraquo(Jacques Delors presidente de la Comisioacuten Internacionalsobre la Educacioacuten para el siglo XXI)(Foto copy Panos PicturesJ Holmes)

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

7

Abordaremos el siglo XXI maacutes o me-nos con los mismos sistemas educa-

tivos que a fines del siglo XIX iquestEntrare-mos en la era electroacutenica con los instru-mentos de aprendizaje forjados durante larevolucioacuten industrial La respuesta loacutegicaes no Pero hay que llegar hasta las uacuteltimasconsecuencias y pasar por fin a la accioacuten

Primer lema las cabezas marcan la di-ferencia La fuerza de los brazos la poten-cia de las maacutequinas la abundancia de ma-terias primas la proliferacioacuten de flujos fi-nancieros aportan ventajas pero no eseplus que es el uacutenico que permite al menosmantenerse en la carrera desenfrenada en laque se hallan las naciones del mundo

Vista en perspectiva la educacioacuten ini-cial falla es el segundo lema No solamen-te los joacutevenes soacutelo pueden aprender unavez en toda su vida sino que ademaacutes esesistema de educacioacuten cumple mal su mi-sioacuten Y las sucesivas reformas para reme-diarlo son muy poco concluyentes

Hoy se trata de cambiar totalmente esteparadigma y de transformar por consi-guiente todo el sistema educativo La rup-tura debe producirse en tres dimensionesel tiempo pasando de una pesada educa-cioacuten inicial completada maacutes tarde con unospequentildeos retoques a una educacioacuten repar-tida a lo largo de toda la vida la mate-ria puesto que el objetivo ya no es soacuteloaprender a hacer (adquirir y desarrollaruna competencia profesional) sino tam-bieacuten a conocer (aprender a aprender)aprender tambieacuten a vivir juntos y por

La quinta Conferencia Internacional sobre Educacioacuten de Adultos se celebraraacute en Hamburgo (Alemania)del 14 al 18 de julio Su reto iquestCoacutemo ofrecer a lo largo de toda la vida a todos los que lo necesitano simplemente lo desean esa formacioacuten sin la que estaacuten -o estaraacuten- irremediablemente marginadosde los procesos de produccioacuten de los mecanismos de socializacioacuten de los engranajes ciacutevicos o se veraacutenprivados del disfrute de su tiempo libre (ver maacutes adelante)Este tema central aborda aspectos destacados de esta exigencia que afecta al mundo laboral (pp 8-9)a la alfabetizacioacuten (pp 10-11) al medio ambiente (pp 12-13) y a la integracioacuten de las minoriacuteas(pp 14-15) Por uacuteltimo el ex primer ministro franceacutes Michel Rocard insiste en la urgente necesidadde aprender a producir el hombre ilustrado del siglo XXI a fin de proteger nuestras democracias (p 16)

uacuteltimo aprender a ser lo mejor de siacute mis-mo seguacuten las expresiones consagradas porla Comisioacuten Internacional sobre la Educa-cioacuten para el siglo XXI (Comisioacuten De-lors) y por uacuteltimo el espacio ya que esmaacutes que evidente que la ensentildeanza no pue-de limitarse a los bancos de la escuela ydebe llegar al ensentildeado alliacute donde vivepuestos de trabajo espacios puacuteblicos aacutereasde actuacioacuten asociativa y por supuestoesfera privada

T I EMPO DE DUDASTodo ello es vital para la insercioacuten en elmundo del trabajo aunque eacuteste se vea in-terrumpido por periodos casi inevitables dedesempleo ya que los sucesivos cambiosde rumbo profesionales son la regla gene-ral Todaviacutea lo es mas y al menos por losmismo motivos en cuanto se refiere a los800 millones de analfabetos y a los cien-tos de millones de habitantes de paiacuteses endesarrollo que teniendo un bagaje educa-tivo muy pobre tienen que abandonar unaeconomiacutea rural de subsistencia para entraren sistemas de produccioacuten mucho maacutessofisticados

Tambieacuten es vital por otras razones quea menudo se ignoran La reduccioacuten deltiempo de trabajo requiere aprender a ocu-par de forma inteligente creativa y uacutetil eltiempo que queda libre La crisis medioam-biental exige conocer sus raiacuteces y requiereuna transformacioacuten radical de los modosde produccioacuten y de consumo que debenser conocidos y comprendidos Invertir en

la educacioacuten preventiva es prioritario anteel crecimiento inexorable de los costos dela sanidad curativa Por uacuteltimo y quizaacutessobre todo hemos tenido que desistir denuestras certezas alimentadas por el axio-ma de un progreso exponencial para en-trar en un tiempo de dudas y de preguntasla buacutesqueda de un nuevo sentido soacutelo pue-de dar resultado si la realiza una sociedadmaacutes reflexiva a todos los niveles y por con-siguiente provista de instrumentos de cono-cimiento para realizarla

Hoy el nuacutemero de alumnos adultos delos paiacuteses desarrollados supera al de losmatriculados en los dos primeros cursos deensentildeanza Esta cifra basta para demostrarque la demanda se dispara La oferta pordesgracia estaacute muy por detraacutes es global-mente insuficiente en volumen discrimi-natoria respecto a los interesados (da prio-ridad a quienes estaacuten en el nivel maacuteximode formacioacuten) estaacute inadaptada a la enor-me diversidad de necesidades y de situa-ciones de los demandantes y estaacute atomizadaen un universo de organismos privadospuacuteblicos y asociativos La Conferencia deHamburgo cuyo lema es aprender en laedad adulta una clave para el siglo XXItiene trabajo para rato llegar a un enfoquecomuacuten y combinar los distintos mecanis-mos que puedan concretarlo o dicho deotro modo avanzar en la viacutea de una demo-cracia educativa

Paul BEacuteLANGERDirector del Instituto de Educacioacuten de la UNESCO

(Hamburgo)

APRENDER PARA LA VIDA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

8

E l mundo laboral estaacute caduco Si se en-tiende como tal el escoger un empleo

o una profesioacuten al salir de la escuela y ejer-cerlo sin interrupcioacuten hasta la jubilacioacutenla respuesta es siacute

Hoy en diacutea debemos estar dispuestos aejercer cuatro o cinco profesiones distin-tas en la vida a lo mejor en lugares dife-rentes y casi seguro con periacuteodos de de-sempleo maacutes o menos largos La revolu-cioacuten industrial significoacute el fin de un mun-do fundamentalmente agriacutecola y atoacute nues-tras necesidades y aspiraciones a un sala-rio actualmente la revolucioacuten tecnoloacutegi-ca que acompantildea el proceso de globa-lizacioacuten y de economiacutea de mercado eclip-sa la sociedad industrial y sus meacutetodos deproduccioacuten grandes consumidores demano de obra

La evolucioacuten es tan raacutepida que a losestadiacutesticos les cuesta seguirla pero todosson del mismo parecer Seguacuten el FondoMonetario Internacional por ejemplo el

porcentaje de mano de obra en la industriamanufacturera de los paiacuteses ricos se ha re-ducido de un 28 en 1970 al 18 en 1994En la Unioacuten Europea soacutelo uno de cada cin-co obreros trabaja en ella una cifra queseguacuten las estimaciones bajaraacute hasta unode cada diez en 2010 En cambio los em-pleos de servicios han sufrido un salto ha-cia adelante En Estados Unidos por ejem-plo el sector terciario ocupa a maacutes del 70de los trabajadores En cuanto a las inver-siones un reciente artiacuteculo del semanariobritaacutenico The Economist indica que el va-lor bursaacutetil acumulado de los Tres Gran-des de Detroit -General Motors Ford y

iquest A D Oacute N D E H A NI D O A P A R A RL O SA S A L A R I A D O S ( F o t o copy S I P AI M A G E P P L )

E l m u n d o l a b o r a l

PONERSE AL DIacuteA O QUEDARSE ATRAacuteSLo de un empleo para toda la vida ya ha pasado La formacioacuten debe ser permanente y adaptarsea la infinita diversidad de necesidades y situaciones

Chrysler- es insignificante al lado deMicrosoft de Bill Gates (que baacutesicamentecorresponde al sector de servicios) Estoinvita a reflexionar cuando se sabe quecon sus 10 millones de asalariados el sec-tor del automoacutevil encabeza las industriasmanufactureras del mundo

En los paiacuteses en desarrollo los produc-tos manufactureros y la agricultura siguenempleando a un gran nuacutemero de trabaja-dores pero tambieacuten ahiacute la tecnologiacutea com-binada con una urbanizacioacuten aceleradasacude los cimientos de la sociedad Entodas partes el tipo de trabajo disponiblecambia y las calificaciones necesarias tam-bieacuten La mano de obra no cualificada se vesustituida en muchos casos por la tecno-logiacutea Los nuevos empleos requieren unaformacioacuten cada vez maacutes avanzada La ad-quisicioacuten de conocimientos para entrar enel mundo laboral y el reciclaje se han he-cho indispensables para hallar o mantenerun empleo

Las necesidades de educacioacuten inicialy continua orientada al mundo laboral sonya considerables La Organizacioacuten Inter-nacional del Trabajo calcula que hay 120millones de personas sin empleo y 700millones subempleadas sin contar los casi1000 millones de analfabetos Las necesi-dades son tambieacuten muy diversas losdesempleados dan prioridad a la adquisi-cioacuten de conocimientos elementales paraencontrar trabajo los que tienen la seguri-dad de un empleo desean perfeccionarsepara ascender los trabajadores indepen-dientes apuestan por las teacutecnicas de em-presa y la formacioacuten en economiacutea Ahora

bien los programas y meacutetodos de ensentildean-za y de aprendizaje adaptados suelen estarpoco desarrollados los que existen en ge-neral benefician a quienes ya trabajan amenudo en profesiones liberales o comoejecutivos

P E RT I N E N T E Y G L O B A LAlgunas ideas claves podriacutean hacer evolu-cionar las cosas En primer lugar la edu-cacioacuten debe ser pertinente es decir debepermitir adquirir unos conocimientos unacapacidad y una actitud que conduzcan aejercer un empleo Y debe seguir sieacutendologracias a una constante puesta al diacutea Estaeducacioacuten tambieacuten debe ser suficientemen-te global para poder aplicar sus conoci-mientos y capacidad a otras profesiones yformaciones cuando se modifiquen los em-pleos y fluctuacuteen las posibilidades de con-tratacioacuten actualmente es casi imposibleocupar un puesto durante siete antildeos vivien-do de lo que se sabe y menos auacuten toda unavida

El aprendizaje a lo largo de la vida debeabrirse a todos Las estrategias para lograr-lo deben ser pues suficientemente flexi-bles para adaptarse a las situaciones y con-textos individuales y evitar la creacioacuten deuna subclase iletrada e inepta para el em-pleo Y todos deben trabajar en ello go-biernos empresas ONG y comunidadesEste apoyo no se limita a la financiacioacutentambieacuten debe proporcionar el tiempo y losalicientes necesarios para que las personassigan el camino de la educacioacuten a lo largode la vida

Las encuestas sobre el desempleo lo di-cen muy claro una persona sin trabajo sesiente inuacutetil La imagen que tiene de siacutemisma no hace maacutes que reflejar este senti-miento y puede tener repercusionesdestructivas sobre sus relaciones socialesEl trabajo no es un lujo es una necesidadNo solamente para satisfacer los deseos ylas necesidades de una poblacioacuten mundialen auge sino tambieacuten para saciar una ne-cesidad profundamente humana crear Yesto soacutelo se lograraacute ofreciendo una educa-cioacuten inicial y continua efectiva y eficaz

Barry HOBARTCatedraacutetico de Recursos Humanos

Universidad de Australia del Sur

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

9

Matthew Organ teniacutea 16 antildeos cuandoentroacute en la casa Rover de fabrica-

cioacuten de automoacuteviles No me interesabaseguir mis estudios No me gustaba la es-cuela queriacutea trabajar Cuatro antildeos maacutestarde termina el equivalente a una forma-cioacuten profesional de comercio Despueacutes es-pera hacer lo que realmente le interesaestudios de ingenieriacutea Rover le ha pagadosu formacioacuten y le ha dado tiempo para se-guir los cursos Esto me ha permitido ob-tener al mismo tiempo una experiencia pro-fesional una educacioacuten y un sueldo

Tambieacuten gracias a Rover Matthewobtuvo el carneacute de piloto de planeadorGracias al plan de formacioacuten de la empre-sa los empleados pueden recibir hasta 100libras al antildeo para una actividad de ocio quepueda mejorar en el sentido maacutes ampliosu capacidad de trabajo desde cursos deguitarra hasta idiomas extranjeros Estobeneficia cada antildeo a uno de cada diez em-pleados Si hemos obtenido y vamos a ob-tener resultados tan fantaacutesticos es graciasa personas que aprenden constantementeque saben utilizar lo que aprenden y estaacutendecididas a poner su preparacioacuten al servi-cio de la empresa explica John Towersdirector general del grupo Rover

CAMB IO DE RUMBOCambio espectacular de una empresa queen los antildeos sesenta y setenta encarnaba eldeclive de la industria automoviliacutestica bri-taacutenica Estaba paralizada por unas praacutecti-cas obsoletas y unas relaciones laboralesdesastrosas El resultado fueron reiteradashuelgas y productos de baja calidad Du-rante antildeos las empresas del grupo nacio-nalizadas acumularon peacuterdidas 66 millonesde libras anuales a finales de los ochenta

Pero las cosas cambiaron en 1988 conla privatizacioacuten de Rover La asociacioacutencon Honda a partir de 1979 ya le habiacuteahecho descubrir a la empresa britaacutenica ladura realidad de la competencia en la in-dustria automoviliacutestica Sus dirigentescomprendieron entonces que su uacutenica po-sibilidad de supervivencia pasaba por laformacioacuten de la mano de obra En 1990Rover lanzoacute un programa de 35 millonesde libras que ofreciacutea a sus 40000 emplea-dos un amplio abanico de posibilidades deformacioacuten Sir Graham Day presidente del

A P R E N D E RE L

S E N T I D OD E E Q U I P O

( F o t oR o v e r )

E l m u n d o l a b o r a l

grupo declaraba entonces El proceso deaprendizaje es insoslayable Si la empresaquiere sobrevivir y prosperar necesitaaprender Si el grupo y su personal quie-ren ir adelante necesitan aprender

Con su tiacutetulo de ingeniero mecaacutenico enel bolsillo Gareth Beggan entroacute en Roveren 1988 en el servicio de verificacioacuten de

calidad de la faacutebrica de Longbridge cercade Birmingham en el marco de un progra-ma integral de perfeccionamiento de joacuteve-nes licenciados que requeriacutea un antildeo deestudios complementarios a tiempo parcialPero eso no era lo miacuteo reconoce En rea-lidad necesitaraacute varios antildeos para sentir lanecesidad de perfeccionarse

Mientras tanto Rover habiacutea elaboradoen estrecha colaboracioacuten con la Universi-dad de Warwick un programa integral deformacioacuten en gestioacuten (IMLP) Este tipode programa va directamente ligado a laactividad profesional de los participantesy la tesis que preparan estaacute relacionadacon su trabajo en resumen el aprendiza-je se realiza en torno al lugar de trabajoexplica Frank Hayden responsable de for-macioacuten y de desarrollo del grupo

Gareth que se encarga actualmente dela evaluacioacuten de la calidad de la red euro-pea de concesionarios Rover tomoacute la de-cisioacuten de reanudar sus estudios a tiempoparcial en 1993 Era una eacutepoca de rece-sioacuten Como habiacutea pocas posibilidades depromocioacuten interna decidiacute perfeccionar-me En el marco del programa IMLP sematriculoacute en la Universidad de Warwick

para conseguir un tiacutetulo Rover le pagoacutecursos durante varios antildeos y su superior selas arregloacute para que pudiera estudiar enparte durante su horario laboral

Rover ha obtenido el Premio 1997 dela Conferencia Mundial sobre Iniciativasen materia de Aprendizaje Permanente quese celebroacute en abril en Ottawa (Canadaacute)

Sabiacuteamos que podiacuteamos conseguir hacer-nos maacutes competitivos adoptando un enfo-que dinaacutemico para implicar a nuestros co-laboradores en la empresa sentildealabaFrank Hayden al recibir el premio en nom-bre de Rover Eacutel opina que la formacioacutencontribuye a conseguir una mano de obramaacutes motivada flexible y creativa Seguacuteneacutel esta filosofiacutea tambieacuten ha generado otrasmejoras por ejemplo las sugerencias pro-cedentes de los empleados han aumentadoen un 300 y el absentismo en los talleresha disminuido en un 15

La situacioacuten del grupo ha evoluciona-do de una forma igual de espectacularDesde 1992 Rover el primer fabricante deautomoacuteviles de Gran Bretantildea ha incre-mentado su volumen de ventas a escalamundial Su facturacioacuten anual por emplea-do pasoacute de 31000 libras en 1989 a 122000en 1994 cuando fue comprada por BMWSeguacuten Hayden Rover que perdiacutea dineroa comienzos de los antildeos noventa es ac-tualmente un grupo que obtiene beneficioscon un enorme potencial de desarrollo

Paul LashmarLondres

Eacutesta es la orden terminante del constructor britaacutenico Rover a sus asalariadosUn eacutexito que a todos favorece

iexclAPRENDA APRENDA TODO LO QUE QUIERA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

10

I N D I A E S U N OD E L O S P O C O SP A Iacute S E S Q U ED E D I C AV E R D A D E R O SR E C U R S O S A L AL U C H A C O N T R AE L A N A L F A B E -T I S M O ( F o t oU N E S C O H u n n a rP u b l i c y )

Los resultados en materia de alfabeti-zacioacuten de adultos estaacuten muy por de-

bajo de los esfuerzos que dedican comuni-dades y alumnos Algunos estudios delBanco Mundial han llegado incluso a laconclusioacuten de que nunca han compensa-do En realidad han servido para justificarla necesidad de invertir casi exclusivamen-te en la ensentildeanza primaria Desde hace20 antildeos los recursos destinados a la alfa-betizacioacuten de adultos han disminuido no-tablemente Hoy representan en el mejorde los casos es decir en India entre un 6y un 8 del presupuesto de educacioacuten Enotras parte raramente superan el 1 o 2

Pero maacutes allaacute de las cuestiones de fi-nanciacioacuten se trata sobre todo de un fra-caso del pensamiento Durante muchotiempo se ha considerado que los analfa-betos sufriacutean una patologiacutea que se podiacuteaerradicar como la viruela Pero en el te-rreno de la educacioacuten no existe una vacu-na universal Creyendo que el modelo eu-ropeo lo era -una lengua un paiacutes un terri-torio- muchos paiacuteses se han sometido alyugo monolinguumle y han negado la plurali-dad marcada en lo maacutes profundo de su te-jido social

ESPANTAJOAhora sabemos que no soacutelo hay que favo-recer la alfabetizacioacuten en las lenguas ma-ternas sino tambieacuten elaborar el materialdentro de esa loacutegica Basta con saber leery escribir en una para hacer transpo-siciones a las demaacutes El multilinguumlismo esun espantajo En realidad se produce deforma natural una regulacioacuten interna sepasa de una lengua a otra cuando se sientela necesidad En Nigeria donde hay 410idiomas el 45 de la poblacioacuten habla tres

En general la experiencia demuestraque el aprendizaje debe tener en cuenta elcontexto socioeconoacutemico y cultural delindividuo Algunas sociedades han prescin-dido de la escritura durante siglos Las len-guas que se hablan en las comunidades detradicioacuten oral han desarrollado meacutetodosmnemoteacutecnicos que permiten conservarorganizar y reutilizar la informacioacuten Estacapacidad es tan fuerte que la alfabetiza-cioacuten elemental no basta para imponer otrofuncionamiento mental de la organizacioacutende la vida En lo cotidiano los modos de

A l f a b e t i z a c i oacute n

POR UNA ECOLOGIacuteA DEL APRENDIZAJEDe nada sirve aprender a leer escribir sumar y restar si el entorno de los neoalfabetos no haceque sea indispensable el uso provechoso de esos conocimientos

comunicacioacuten de los neoalfabetos siguensiendo los mismos y corren peligro de ol-vidar todo

Para evitarlo es necesario ante todocrear un entorno favorable a la comunica-cioacuten escrita una ecologiacutea del aprendizajeA esto aspira la posalfabetizacioacuten la cualpermite consolidar los conocimientos yespecialmente aplicarlos en los campos dela promocioacuten individual la participacioacutencomunitaria y la creacioacuten de ingresos Lagente se compromete cuando cae en cuen-ta de que no puede seguir funcionando sinlo escrito

Pero la tarea maacutes difiacutecil es crear unentorno alfabetizado y estimulante que lle-ve a los neoalfabetos a un estadio ulteriordonde disfruten de la posibilidad y del pla-cer de leer y escribir Para ello suele adop-tarse un enfoque pragmaacutetico editando cua-dernos praacutecticos Un estudio realizado en

Tanzania ha mostrado el entusiasmo de losneoalfabetos por los manuales sobre saludahorro agricultura etc Tambieacuten es posi-ble aprovechar la aficioacuten de algunas po-blaciones a la literatura oral En Senegaldonde los manuales teacutecnicos no atraiacutean alos neolectores una ONG encargoacute transcri-bir la epopeya de los peuls Esos libros sevendieron tanto que hubo que reeditarlosTambieacuten en eso hay que hacer cosas quese adapten muy bien algunos quieren co-sas praacutecticas otros suentildeos

El entorno visual tambieacuten es decisivoLa publicidad por ejemplo sigue existien-do en la lengua dominante cuando habriacuteaque inundar a la gente con carteles en las

lenguas de alfabetizacioacuten Lo mismo su-cede con los documentos oficiales En mipaiacutes Maliacute la mayoriacutea son todaviacutea en fran-ceacutes Deberiacutean estar en dos o tres lenguasDe lo contrario la gente se pregunta iquestpor-queacute hay que alfabetizarse en la lengua ma-terna si no estaacute reconocida

Se ha aprendido mucho de los fraca-sos pasados y no faltan motivos para man-tener la esperanza Los responsables estaacutencada vez maacutes convencidos del papel claveque tiene la alfabetizacioacuten Y el BancoMundial evoluciona Primero porque se dacuenta de que la alfabetizacioacuten de los ni-ntildeos no es suficiente los mejores resulta-dos se han obtenido en el marco de un pro-ceso de aprendizaje intergeneracional Afalta de eacuteste los iacutendices de abandono es-colar son muy elevados Por otra parte enmuchos paiacuteses pocos alumnos tienen ac-ceso a la ensentildeanza secundaria y vuelven

a caer en el analfabetismo Un gran por-centaje de joacutevenes adultos necesitan puesuna educacioacuten baacutesica no formal

Tambieacuten se estaacute abandonando la ideade que el analfabeto vive en la oscuridad ysiempre en un paiacutes en desarrollo Nos he-mos dado cuenta de que en pueblos apar-tados la gente poseiacutea unos conocimientosa veces muy complejos y conseguiacutea trans-mitirlos sin necesidad de la escritura ni depalabras extranjeras Por uacuteltimo se admi-te que es necesario construir sobre lo quehace la propia gente que la propia genteconstruya

Adama OUANEDivisioacuten de Educacioacuten Baacutesica

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

11

P R Aacute C T I C A D EA U T O G E S T I Oacute N( F o t o copy S I P AP R E S S F r i l e t )

Seguacuten un proverbio moreacute de BurkinaFaso quien duerme sobre una estera

prestada debe saber que duerme sobre unsuelo friacuteo Un estudio reciente realizadoen ese paiacutes asiacute como en Ghana Maliacute Niacutegery Senegal lo demuestra los cursos de al-fabetizacioacuten que tienen eacutexito son aqueacutellosen los que los participantes no soacutelo apren-den a fabricar sus propias esteras sino laforma de venderlas y de montar una faacutebri-ca de muebles para fabricar sus camas

El estudio duroacute 18 meses Su objetivoera establecer las medidas a tomar paraayudar a las asociaciones comunitarias alas empresas locales y a los grupos de ciu-dadanos a adquirir conocimientos y teacutecni-cas para llevar a cabo funciones econoacutemi-cas sociales y poliacuteticas que suele mono-polizar el gobierno o que no estaacuten asegu-radas Los autores del estudio -realizadobajo los auspicios de la OCDE del Clubdel Sahel y del Comiteacute PermanenteInterestatal de Lucha contra la Sequiacutea enel Sahel- analizaron las experiencias demaacutes de 50 comunidades donde se han rea-lizado avances significativos (o fracasosdestacables) en los campos de la descen-tralizacioacuten y de la toma local de responsa-bilidades socioeconoacutemicas y poliacuteticas

TR IP L E CAP I TAL IZAC IOacuteNHemos encontrado numerosos programasde posalfabetizacioacuten iniciados por ONGque funcionan bien explica Peter Eastoncoordinador del proyecto La clave de sueacutexito es la lsquotriple capitalizacioacutenrsquo es decirtres elementos que forman una especie deespiral ascendente la capitalizacioacuten finan-ciera que desarrolla el ahorro y el capi-tal institucional que refuerza las capaci-dades y los marcos de actuacioacuten (coope-rativas empresas etc) e intelectual quemejora las capacidades En general losprogramas incluyen uno de esos elemen-tos pero no los demaacutes

Por ejemplo en Niacuteger programasgubernamentales de posalfabetizacioacuten tu-vieron un eacutexito limitado porque al no te-ner relacioacuten con las demaacutes actividades dedesarrollo comportaban poca lsquocapitaliza-cioacutenrsquo local En cambio en la regioacuten deKutala (Maliacute) la empresa textil CMDTtraspasoacute las principales responsabilidades(creacuteditos venta de algodoacuten) a asociaciones

A l f a b e t i z a c i oacute n

SOCIEDADES DE CAPITAL PROPIOLa alfabetizacioacuten triunfa alliacute donde ayuda a las comunidades a avanzar en todos los aspectosy aprovecha todos sus recursos Ejemplos y contraejemplos en el Sahel

locales Eacutestas recurrieron a sus conoci-mientos para gestionar por siacute mismas esasactividades y reinvirtieron gran parte delos ingresos En otras palabras hay quegenerar actividades que necesiten la ad-quisicioacuten de conocimientos y sean fructiacute-feras gracias a las nuevas capacidades

Para Easton las asociaciones localesque triunfan son aqueacutellas que hacen fue-go con cualquier lentildea y sacan provechodel conjunto de recursos humanos de la

comunidad En Nioni-Coloni (Maliacute) losresponsables de la asociacioacuten local quegestiona las actividades de venta y los creacute-ditos son una mezcla de personas que a-bandonaron la escuela que siguen cursosde alfabetizacioacuten o que van a la escuelacoraacutenica Pero todos han seguido cursosde bambara en su transcripcioacuten en carac-teres latinos Y en muchas comunidades vi-sitadas de Ghana quienes habiacutean emigra-do a Accra la capital para adquirir nue-vas teacutecnicas cumplen una funcioacuten esencialen el fomento de la autonomiacutea local y deactividades generadoras de ingresos

El estudio muestra que la alfabetiza-cioacuten en lenguas africanas y la presencia depersonas que conozcan las transcripcionesen aacuterabe de lenguas africanas han facili-tado la autonomiacutea y el funcionamiento denumerosas asociaciones y empresas loca-les especialmente alliacute donde el franceacutes yel ingleacutes estaacuten poco extendidos La aso-ciacioacuten Tin-Tua que funciona en el estede Burkina Faso ha desarrollado sistemasde produccioacuten de perioacutedicos de gestioacuten de

centros escolares y de formacioacuten en len-gua gurmancheacute Las asociaciones de pue-blos de la regioacuten de Ulesebugu (Maliacute) ges-tionan empresas surgidas de la explotacioacutenagriacutecola del valle del alto Niacuteger gracias asistemas de contabilidad y de gestioacuten enbambara

Las mujeres suelen estar poco escola-rizadas El uso de las lenguas africanas paraalfabetizarlas puede permitirles pues laparticipacioacuten en proyectos de desarrollo

descentralizados Cada vez se ven maacutes coo-perativas empresas y asociaciones de de-sarrollo femeninas autofinanciadas tantoen el campo como en las ciudades Sinembargo teniendo en cuenta su falta ini-cial de educacioacuten y de formacioacuten tienenmaacutes dificultades para acceder a los creacutedi-tos y chocan con la tradicioacuten Los sistemasde ensentildeanza y las asociaciones mixtassuelen estar pues dirigidos por hombresAunque se destinen a las mujeres todaviacuteadependen mucho de ellos para la contabi-lidad y el aspecto teacutecnico

La leccioacuten es sencilla para triunfarcon grupos que se han visto privados du-rante mucho tiempo de una ensentildeanza ade-cuada la alfabetizacioacuten y la formacioacuten de-ben combinarse con la toma de responsa-bilidades econoacutemicas sociales y cultura-les concluye Peter Easton Disentildear pro-gramas con interlocutores locales en losque se combine la creacioacuten de nuevos re-cursos con la adquisicioacuten de nuevas teacutecni-cas es el auteacutentico desafiacuteo

Sue WILLIAMS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

C O M P R E N D E RL A S

IMPL I CAC IONESD E L O S

A C T O S S O B R EE L M E D I OA M B I E N T E

( F o t o copyA l i n a F u j i

B u r s a r y To b i a s

W i l s o n )

La educacioacuten medioambiental de adul-tos es un tema relativamente nuevo

Aquellos de nosotros (especialistas en edu-cacioacuten) que trabajan en este aacutembito lo con-sideran un instrumento esencial para ayu-dar a la gente a mejorar localmente su vidaa comprender las implicaciones planetariasde sus actos y a trabajar junta para cam-biar las cosas

Esta disciplina ha desarrollado unanueva energiacutea intelectual afectiva y espi-ritual (no en el sentido religioso del teacutermi-no) para no verse superada por los gravesproblemas cotidianos del entorno Unaenergiacutea extraida de numerosas fuentes Yo

soy un ejemplo de eso como educadoramedioambiental en un entorno comunita-rio eacuteste me ha ensentildeado mucho La genteno se limita a confirmar esto es un pro-blema econoacutemico o social o ecoloacutegicoLa gente dice son los problemas de lacomunidad y los considera inseparables

Durante un taller que organiceacute se pi-dioacute a los participantes que sentildealaran dos otres dificultades medioambientales paratrabajar iexclEscogieron la violencia y la ero-sioacuten del suelo Hablaron del aumento dela violencia dentro de su comunidad Des-pueacutes se fueron a un parque cercano a reco-ger muestras de lo que llamamos el suelopotencial y esparcieron hojas gusanosflores semillas agua hierbas etc sobreuna gran hoja de papel Y volvieron a dis-cutir sobe la violencia siendo este mara-villoso mosaico el reflejo de lo que ellosobservaban en su propia comunidad de losproblemas locales y mundiales de los senti-mientos y las necesidades de lo que podiacuteanaprender para trabajar juntos y comprender

M e d i o a m b i e n t e

OTROS COMPONENTES DE LA NATURALEZALa educacioacuten medioambiental no soacutelo consiste en comprender los viacutenculos entre el hombrey la naturaleza con la razoacuten sino tambieacuten con el cuerpo las emociones el espiacuteritu

queacute es realmente la cooperacioacuten A conti-nuacioacuten se inventaron un canto un poe-ma un cuento y un sainete donde se mez-claban la tierra la asociacioacuten comunitariay la colaboracioacuten iexclFue algo maacutegico

Dicho de otro modo la educacioacutenmedioambiental se basa en un trabajo in-terior y exterior en un paisaje tambieacuteninterior y exterior en la memoria y la ex-periencia en el intelecto y las emocionesen el espiacuteritu y la ciencia Trata sobre elanaacutelisis criacutetico de las raiacuteces profundas delos problemas medioambientales asiacute comosobre el restablecimiento de una relacioacutenmaacutes sensual con la naturaleza Establece

una colaboracioacuten activa entre los miembrosde la comunidad y con el resto del mundo

La persona no depende uacutenicamente delmundo natural en lo fiacutesico sino tambieacutenen lo emocional psicoloacutegico intelectual yespiritual Algunos estudios indican unacorrelacioacuten entre la escalada de violenciay la reduccioacuten de espacios verdes en lasciudades Otros relacionan los problemasde salud con la ruptura con la naturalezaEacutesta ha inspirado una gran parte del artedel mundo Por eso la educacioacuten medioam-biental de adultos debe tener en cuenta esosaspectos humanos que son la emocioacuten elcuerpo y el espiacuteritu Debe intentar com-prender mejor la relacioacuten entre el hombrey la tierra y queacute nos lleva a amar o a odiara temer o a aceptar los demaacutes componen-tes de la naturaleza

La gente ya no espera ayuda de losgobiernos Ya no confiacutea en que la ciencia yla tecnologiacutea resuelvan los problemas delmedio ambiente Los propios gobiernosempiezan a comprender que se necesita

algo maacutes que leyes reglamentos o doacutela-res para resolverlos sin la participacioacutende los ciudadanos no se puede hacer grancosa

Sin embargo no se presta demasiadaatencioacuten a la educacioacuten medioambiental deadultos dentro de su propia comunidad alo que nosotros denominamos la ensentildean-za no formal Se tiende a centildeirse a los pro-gramas de los centros educativos en espe-cial los destinados a los nintildeos A pesar dela enorme importancia de eacutestos son losadultos los que cada diacutea toman decisionesque afectan a la biosfera Son ellos quie-nes estaacuten al frente del Estado de las insti-tuciones escolares y sobre todo son ellosquienes mayor influencia ejercen sobre sushijos La escuela puede hablar de la crisisecoloacutegica pero si a los padres no les inte-resa o no creen en ella iquesta quieacuten van a creerlos hijos

INT ERRELAC IONADOSLos gobiernos deben entender que la edu-cacioacuten no formal es un medio fundamen-tal para tratar problemas sociales ymedioambientales que estaacuten interrela-cionados Y para que cambien las mentali-dades los adultos deben tener ocasioacuten dereunirse de discutir sobre el tema y debuscar soluciones colectivamente

Donde yo trabajo practicamos este tipode educacioacuten ir a la raiacutez del problema re-lacionar lo local con lo mundial analizarlas relaciones de poder (hombresmujeresseres humanosTierra) basarse en la expe-riencia vivida y en la fiesta Se produce enlas criptas de las iglesias en las calles (unescaparate vaciacuteo puede desencadenar undiaacutelogo sobre la pobreza y el desempleoantes que un texto escrito) a la orilla deun lago Aprovecha el saber colectivo paragenerar nuevos conocimientos y conduciral cambio

La tarea que nos espera es apasionantey abrumadora a la vez Pero como diceWangari Maathai del MovimientoKeniano del Cinturoacuten Verde vosotroshabeacuteis arrojado el guante nosotros vamosa recogerlo

Darlene CLOVERldquoTransformative Learning Centrerdquo

Toronto

12

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

A L D E A N A P R E P A R A N D O E L C A N G R E J O( F o t o copy Y a s m i n A r q u i z a )

Antes de asistir el pasado antildeo a un se-minario de sensibilizacioacuten en el me-

dio ambiente Gerry Latorre pescador deoficio no veiacutea en los bosques de mangla-res maacutes que una fuente inagotable de lentildeay de madera de construccioacuten Aprendiacute queteniacuteamos que conservarlos porque ahiacute sereproducen los cangrejos y las gambas delos que obtenemos lo baacutesico para subsis-tir explica Eacutesta es una de las muchascosas que ha aprendido de los formadoresdel Centro de Desarrollo de Tambuyog unorganismo de investigacioacuten con sede enManila (Filipinas) especializado en la pes-ca Las lecciones han resultado esencialespara los pescadores de los pueblos costerosde Malampaya Sound en la provincia dePalawan que se han ido empobreciendocon la reduccioacuten de sus capturas

Esto es resultado de la profunda degra-dacioacuten del medio ambiente La pesca condinamita y cianuro la transformacioacuten delos manglares en viveros el encenega-miento y la contaminacioacuten provocada porlos desechos domeacutesticos e industriales handevastado el 80 de los manglares de laregioacuten y soacutelo el 5 de los arrecifes de coralresisten todaviacutea esos ataques

JUEGO DE AZARLa investigacioacuten ha puesto de manifiestodos causas principales los recursos mari-nos y pesqueros siempre han sido consi-derados de acceso libre y los pescado-res desprovistos de tecnologiacutea de capita-les y de equipamiento veiacutean su actividadcomo un juego de azar La actitud maacutes co-rriente era decir si yo no capturo el pezahora otro lo haraacute (probablemente unbou)

Para poner remedio a esa situacioacutenTambuyog lanzoacute en 1991 un proyecto deeducacioacuten medioambiental relativa a lapesca (FEEP) Se partiacutea de la idea de quelas comunidades de pescadores son lasposeedoras legiacutetimas de los recursos mari-nos pero que para gestionarlos adecuada-mente deben comprender sus procesos dedegradacioacuten y su impacto a largo plazosobre su propia vida El programa consis-tiacutea en 36 horas de formacioacuten que daban alos pescadores una comprensioacuten general delos recursos marinos del paiacutes y nocionesecoloacutegicas fundamentales Tambieacuten les

M e d i o a m b i e n t e

PEQUENtildeOS PESCADORES Y GRANDES PECESDe la educacioacuten en el desarrollo sostenible a la entrada en poliacutetica no hay maacutes que un pasoque pescadores filipinos han dado

ayudaba a identificar las causas y los efec-tos de la degradacioacuten del medio ambienteen su localidad y a prever medidas para laconservacioacuten de los recursos pesquerosDado que la mayor parte de los pescado-res teniacutean poca formacioacuten se emplearonmeacutetodos de ensentildeanza maacutes accesibles jue-gos carteles canciones y presentacionesaudiovisuales

Desde 1995 el proyecto se ha amplia-do al desarrollo sostenible de las zonaslitorales (SCAD) Se estaacute aplicando enNueva Guinlo donde vive Gerry Latorrey en otros tres pueblos Esta formacioacutenmaacutes ambiciosa incluye la legislacioacuten so-bre la pesca y la gestioacuten comunitaria de losrecursos litorales Los vecinos no soacuteloaprenden el funcionamiento de las institu-ciones sociales que rigen su vida sino quesobre todo ganan confianza y capacidad deintervenir o de dirigir Y ahiacute es donde lapesca del SCAD resulta maacutes fructiacutefera

Una de las lecciones baacutesicas que he-mos aprendido es la importancia de tra-bajar juntos para hacer valer nuestros de-rechos sentildeala Gerry Latorre Con este finlos pescadores se han agrupado en una aso-ciacioacuten y constituyen una fuerza que lasautoridades ya no pueden ignorar Pero se

enfrentan entre otras amenazas a los bar-cos de pesca comercial de maacutes de tres to-neladas (prohibidos en la zona) al uso des-tructor de redes finas cerca de los bosquesde manglares y a la construccioacuten de diquesque forman viveros a lo largo de la orilla

Para hacer frente a todo eso y aumen-tar sus ingresos la asociacioacuten de pescado-res ha creado una reserva marina en la prin-cipal zona de reproduccioacuten de cangrejos ygambas y ha construido una jaula de pe-ces que permite criar meros muy apre-ciados en el mercado Tambieacuten ha desarro-llado una estrategia de comercializacioacuten desu pesca que protege a los vecinos de loscaprichos de un negociante que dispongadel monopolio de compra

AVA N C EComo somos conscientes de que las jau-las de peces presentaban riesgos medioam-bientales en otras provincias donde se uti-lizan alimentos industriales explica NestorBolen vicepresidente de la asociacioacutensolamente utilizamos alimentos a base depescado Es biodegradable y no deja resi-duos que enturbien el agua o provoquenuna sedimentacioacuten La asociacioacuten tam-bieacuten ha abierto un servicio de ahorro y decreacutedito que otorga preacutestamos a sus 250socios Pero su iniciativa maacutes audaz es elavance en el aspecto poliacutetico ha decididoenfrentarse a las grandes sociedades comer-ciales (que gozan de proteccioacuten poliacutetica)en su propio terreno Sus protestas reitera-das han hecho fracasar un proyecto de vi-vero a gran escala que habriacutea cerrado laszonas de pesca a las comunidades deMalampaya Pero el peligro subsiste Laasociacioacuten se ha enterado recientemente deque se habiacutean construido diques de vive-ros que impiden el acceso a los manglaresy a la pesca en esa misma zona Nadie ig-nora que el hombre de negocios que estaacutedetraacutes de la operacioacuten disfruta del apoyodel alcalde local iquestLa respuesta de la aso-ciacioacuten Nestor Bolen es uno de los candi-datos a las proacuteximas elecciones municipa-les Se trata de una simple preparacioacutenantes de las elecciones nacionales delproacuteximo antildeo ironiza

Yasmin ARQUIZAMalampaya Sound

13

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

iquest C U Aacute N D OT E N D R Aacute NU N F U T U R OP R O P I O ( F o t o copy N Z H e r a l d )

Neozelandesa y maoriacute Nora Ramekateniacutea unos 40 antildeos cuando empezoacute a

trabajar a jornada completa Habiacutea dejadola escuela pero seguiacutea implicada en la vidade su comunidad y se unioacute al movimientosindical como educadora de adultos mao-riacutees despueacutes de criar a sus cinco hijos Ejer-ce este oficio desde hace 10 antildeos siendoresponsable de educacioacuten continua de laUniversidad de Waikato donde da la uacutenicaclase de nivel universitario en lengua maoriacutesobre las relaciones en el mundo laboral

Pero sobre todo Rameka es conside-rada una aguafiestas por los funcionariosencargados del sistema nacional de educa-cioacuten de adultos que sin embargo es admi-rado internacionalmente Efectivamente

ella cree que las normas y estructuras deeste sistema -basadas en la adquisicioacuten decapacidades que requiere el mercado de tra-bajo- ignoran a las minoriacuteas autoacutectonasPara ella la carrera por la formacioacuten demano de obra calificada deja a un lado de-masiado a menudo la historia de los mao-riacutees mantenieacutendoles en la ignoracia de sulengua y de su cultura

La educacioacuten de adultos soacutelo puedeser un instrumento eficaz si incluye comopreocupacioacuten primordial la nocioacuten de tinorangatiratanga (soberaniacutea) de nuestro pue-blo asiacute como las claves de nuestro desa-rrollo como pueblo te reo (la lengua) ytikanga maori (la cultura los valores laartesaniacutea) Muchas veces me dicen Si nonos asentamos sobre unas bases soacutelidasno avanzaremos Y esas bases son la len-gua y la cultura

M i n o r iacute a s

TE REO Y TIKANGA UNA MISMA LUCHAiquestCoacutemo construir una educacioacuten de adultos que responda a las necesidades de las empresasy refuerce la identidad de una minoriacutea indiacutegena El caso de Nueva Zelandia

En total son unos 600000 algo menosde una quinta parte de la poblacioacuten neo-zelandesa los que reivindican al menosla herencia maoriacute Estaacuten econoacutemicamen-te desfavorecidos y ocupan los empleosmanuales peor pagados Seguacuten el Minis-terio de Desarrollo Maoriacute el 162 estaacutedesempleado frente al 59 del resto dela poblacioacuten La renta media de una fami-lia maoriacute es de soacutelo el 82 de la rentamedia de los no maoriacutees un 20 de esarenta procede de la ayuda social frente al5 para el resto de familias

Los maoriacutees siempre salen de la es-cuela peor cualificados que los demaacutesalumnos En la universidad soacutelo represen-tan el 6 de los alumnos y el 10 en los

centros de formacioacuten del profesorado Cer-ca del 70 de los mayores de 40 antildeos noposeen ninguna cualificacioacuten

Nueva Zelanda reestructuroacute su sistemaeducativo a comienzos de los antildeos noven-ta en torno a las necesidades de las em-presas antildeade Nora Rameka La NewZealand Qualification Authority (NZQA)que gestiona el sistema reconoce la exis-tencia de un debate apasionado en cuan-to se refiere a poner en el mismo plano elsaber maoriacute tradicional y los conocimien-tos dominantes pero se pregunta queacutebeneficios y queacute coste tendriacutea tanto cultu-rales como econoacutemicos Aunque el siste-ma no es ni definitivo ni perfecto permi-te la participacioacuten de los maoriacutees en unamedida sin precedentes

El sistema ha previsto instituciones deformacioacuten que no son ni universidades ni

institutos ni escuelas Desde mayo pasa-do se han acreditado 800 centros nuevosde los que el 20 son maoriacutees Los cursosde disciplinas tradicionales como raranga(tejido) y whakairo (escultura) han sidoencomendados a maoriacutees que los han or-ganizado y aprobado Los controlan total-mente iexclEs una novedad

Pero Nora Rameka no estaacute convenci-da Se han creado centros de formacioacutenprivados maoriacutees reconoce pero no sindificultades Tenemos que sufrir un mon-toacuten de molestias administrativas para es-tar registrados y acreditados Despueacutes ysobre todo tenemos que luchar contra unafuerte reticencia a aceptar nuestra capa-cidad y nuestras prioridades educativasEl meollo del problema es que son funcio-narios pakeha (europeos) los que decidenen uacuteltima instancia la acreditacioacuten de uncentro Ellos estaacuten dominados por una vi-sioacuten muy concreta de los objetivos y de lasprioridades nacionales en materia de edu-cacioacuten Tienen unas ideas preconcebidasy unos prejuicios profundamente arraiga-dos sobre los maoriacutees y sus lsquocarenciasrsquoAunque los servicios educativos tenganuna componente maoriacute vehiculan un sis-tema de valores europeos

D O S U N I V E R S O SPor uacuteltimo estaacute el problema de la financia-cioacuten Las autoridades y numerosos empre-sarios tienen tendencia a subvencionar uacuteni-camente los cursos reconocidos por laNZQA El argumento liberal de que lsquosiun programa educativo es intriacutensecamen-te uacutetil los estudiantes siempre encontra-raacuten el modo de pagar los cursosrsquo no tienesentido para los maoriacutees desempleadosinfraremunerados o que viven de la ayudasocialrdquo asegura Nora Rameka Sin embar-go ella no insinuacutea una retirada del siste-ma puesto que es representativo de la ma-yoriacutea Debemos funcionar en los dos uni-versos admite La cuestioacuten capital es ladel control si como pueblo autoacutectonoestamos decididos a impulsar una conti-nuidad cultural necesitamos al menos re-cuperar el control del sistema decualificacioacuten en cuanto se refiere a nues-tra lengua y a nuestra cultura

S Wy Charles RIDDLE Waikato

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 6: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

7

Abordaremos el siglo XXI maacutes o me-nos con los mismos sistemas educa-

tivos que a fines del siglo XIX iquestEntrare-mos en la era electroacutenica con los instru-mentos de aprendizaje forjados durante larevolucioacuten industrial La respuesta loacutegicaes no Pero hay que llegar hasta las uacuteltimasconsecuencias y pasar por fin a la accioacuten

Primer lema las cabezas marcan la di-ferencia La fuerza de los brazos la poten-cia de las maacutequinas la abundancia de ma-terias primas la proliferacioacuten de flujos fi-nancieros aportan ventajas pero no eseplus que es el uacutenico que permite al menosmantenerse en la carrera desenfrenada en laque se hallan las naciones del mundo

Vista en perspectiva la educacioacuten ini-cial falla es el segundo lema No solamen-te los joacutevenes soacutelo pueden aprender unavez en toda su vida sino que ademaacutes esesistema de educacioacuten cumple mal su mi-sioacuten Y las sucesivas reformas para reme-diarlo son muy poco concluyentes

Hoy se trata de cambiar totalmente esteparadigma y de transformar por consi-guiente todo el sistema educativo La rup-tura debe producirse en tres dimensionesel tiempo pasando de una pesada educa-cioacuten inicial completada maacutes tarde con unospequentildeos retoques a una educacioacuten repar-tida a lo largo de toda la vida la mate-ria puesto que el objetivo ya no es soacuteloaprender a hacer (adquirir y desarrollaruna competencia profesional) sino tam-bieacuten a conocer (aprender a aprender)aprender tambieacuten a vivir juntos y por

La quinta Conferencia Internacional sobre Educacioacuten de Adultos se celebraraacute en Hamburgo (Alemania)del 14 al 18 de julio Su reto iquestCoacutemo ofrecer a lo largo de toda la vida a todos los que lo necesitano simplemente lo desean esa formacioacuten sin la que estaacuten -o estaraacuten- irremediablemente marginadosde los procesos de produccioacuten de los mecanismos de socializacioacuten de los engranajes ciacutevicos o se veraacutenprivados del disfrute de su tiempo libre (ver maacutes adelante)Este tema central aborda aspectos destacados de esta exigencia que afecta al mundo laboral (pp 8-9)a la alfabetizacioacuten (pp 10-11) al medio ambiente (pp 12-13) y a la integracioacuten de las minoriacuteas(pp 14-15) Por uacuteltimo el ex primer ministro franceacutes Michel Rocard insiste en la urgente necesidadde aprender a producir el hombre ilustrado del siglo XXI a fin de proteger nuestras democracias (p 16)

uacuteltimo aprender a ser lo mejor de siacute mis-mo seguacuten las expresiones consagradas porla Comisioacuten Internacional sobre la Educa-cioacuten para el siglo XXI (Comisioacuten De-lors) y por uacuteltimo el espacio ya que esmaacutes que evidente que la ensentildeanza no pue-de limitarse a los bancos de la escuela ydebe llegar al ensentildeado alliacute donde vivepuestos de trabajo espacios puacuteblicos aacutereasde actuacioacuten asociativa y por supuestoesfera privada

T I EMPO DE DUDASTodo ello es vital para la insercioacuten en elmundo del trabajo aunque eacuteste se vea in-terrumpido por periodos casi inevitables dedesempleo ya que los sucesivos cambiosde rumbo profesionales son la regla gene-ral Todaviacutea lo es mas y al menos por losmismo motivos en cuanto se refiere a los800 millones de analfabetos y a los cien-tos de millones de habitantes de paiacuteses endesarrollo que teniendo un bagaje educa-tivo muy pobre tienen que abandonar unaeconomiacutea rural de subsistencia para entraren sistemas de produccioacuten mucho maacutessofisticados

Tambieacuten es vital por otras razones quea menudo se ignoran La reduccioacuten deltiempo de trabajo requiere aprender a ocu-par de forma inteligente creativa y uacutetil eltiempo que queda libre La crisis medioam-biental exige conocer sus raiacuteces y requiereuna transformacioacuten radical de los modosde produccioacuten y de consumo que debenser conocidos y comprendidos Invertir en

la educacioacuten preventiva es prioritario anteel crecimiento inexorable de los costos dela sanidad curativa Por uacuteltimo y quizaacutessobre todo hemos tenido que desistir denuestras certezas alimentadas por el axio-ma de un progreso exponencial para en-trar en un tiempo de dudas y de preguntasla buacutesqueda de un nuevo sentido soacutelo pue-de dar resultado si la realiza una sociedadmaacutes reflexiva a todos los niveles y por con-siguiente provista de instrumentos de cono-cimiento para realizarla

Hoy el nuacutemero de alumnos adultos delos paiacuteses desarrollados supera al de losmatriculados en los dos primeros cursos deensentildeanza Esta cifra basta para demostrarque la demanda se dispara La oferta pordesgracia estaacute muy por detraacutes es global-mente insuficiente en volumen discrimi-natoria respecto a los interesados (da prio-ridad a quienes estaacuten en el nivel maacuteximode formacioacuten) estaacute inadaptada a la enor-me diversidad de necesidades y de situa-ciones de los demandantes y estaacute atomizadaen un universo de organismos privadospuacuteblicos y asociativos La Conferencia deHamburgo cuyo lema es aprender en laedad adulta una clave para el siglo XXItiene trabajo para rato llegar a un enfoquecomuacuten y combinar los distintos mecanis-mos que puedan concretarlo o dicho deotro modo avanzar en la viacutea de una demo-cracia educativa

Paul BEacuteLANGERDirector del Instituto de Educacioacuten de la UNESCO

(Hamburgo)

APRENDER PARA LA VIDA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

8

E l mundo laboral estaacute caduco Si se en-tiende como tal el escoger un empleo

o una profesioacuten al salir de la escuela y ejer-cerlo sin interrupcioacuten hasta la jubilacioacutenla respuesta es siacute

Hoy en diacutea debemos estar dispuestos aejercer cuatro o cinco profesiones distin-tas en la vida a lo mejor en lugares dife-rentes y casi seguro con periacuteodos de de-sempleo maacutes o menos largos La revolu-cioacuten industrial significoacute el fin de un mun-do fundamentalmente agriacutecola y atoacute nues-tras necesidades y aspiraciones a un sala-rio actualmente la revolucioacuten tecnoloacutegi-ca que acompantildea el proceso de globa-lizacioacuten y de economiacutea de mercado eclip-sa la sociedad industrial y sus meacutetodos deproduccioacuten grandes consumidores demano de obra

La evolucioacuten es tan raacutepida que a losestadiacutesticos les cuesta seguirla pero todosson del mismo parecer Seguacuten el FondoMonetario Internacional por ejemplo el

porcentaje de mano de obra en la industriamanufacturera de los paiacuteses ricos se ha re-ducido de un 28 en 1970 al 18 en 1994En la Unioacuten Europea soacutelo uno de cada cin-co obreros trabaja en ella una cifra queseguacuten las estimaciones bajaraacute hasta unode cada diez en 2010 En cambio los em-pleos de servicios han sufrido un salto ha-cia adelante En Estados Unidos por ejem-plo el sector terciario ocupa a maacutes del 70de los trabajadores En cuanto a las inver-siones un reciente artiacuteculo del semanariobritaacutenico The Economist indica que el va-lor bursaacutetil acumulado de los Tres Gran-des de Detroit -General Motors Ford y

iquest A D Oacute N D E H A NI D O A P A R A RL O SA S A L A R I A D O S ( F o t o copy S I P AI M A G E P P L )

E l m u n d o l a b o r a l

PONERSE AL DIacuteA O QUEDARSE ATRAacuteSLo de un empleo para toda la vida ya ha pasado La formacioacuten debe ser permanente y adaptarsea la infinita diversidad de necesidades y situaciones

Chrysler- es insignificante al lado deMicrosoft de Bill Gates (que baacutesicamentecorresponde al sector de servicios) Estoinvita a reflexionar cuando se sabe quecon sus 10 millones de asalariados el sec-tor del automoacutevil encabeza las industriasmanufactureras del mundo

En los paiacuteses en desarrollo los produc-tos manufactureros y la agricultura siguenempleando a un gran nuacutemero de trabaja-dores pero tambieacuten ahiacute la tecnologiacutea com-binada con una urbanizacioacuten aceleradasacude los cimientos de la sociedad Entodas partes el tipo de trabajo disponiblecambia y las calificaciones necesarias tam-bieacuten La mano de obra no cualificada se vesustituida en muchos casos por la tecno-logiacutea Los nuevos empleos requieren unaformacioacuten cada vez maacutes avanzada La ad-quisicioacuten de conocimientos para entrar enel mundo laboral y el reciclaje se han he-cho indispensables para hallar o mantenerun empleo

Las necesidades de educacioacuten inicialy continua orientada al mundo laboral sonya considerables La Organizacioacuten Inter-nacional del Trabajo calcula que hay 120millones de personas sin empleo y 700millones subempleadas sin contar los casi1000 millones de analfabetos Las necesi-dades son tambieacuten muy diversas losdesempleados dan prioridad a la adquisi-cioacuten de conocimientos elementales paraencontrar trabajo los que tienen la seguri-dad de un empleo desean perfeccionarsepara ascender los trabajadores indepen-dientes apuestan por las teacutecnicas de em-presa y la formacioacuten en economiacutea Ahora

bien los programas y meacutetodos de ensentildean-za y de aprendizaje adaptados suelen estarpoco desarrollados los que existen en ge-neral benefician a quienes ya trabajan amenudo en profesiones liberales o comoejecutivos

P E RT I N E N T E Y G L O B A LAlgunas ideas claves podriacutean hacer evolu-cionar las cosas En primer lugar la edu-cacioacuten debe ser pertinente es decir debepermitir adquirir unos conocimientos unacapacidad y una actitud que conduzcan aejercer un empleo Y debe seguir sieacutendologracias a una constante puesta al diacutea Estaeducacioacuten tambieacuten debe ser suficientemen-te global para poder aplicar sus conoci-mientos y capacidad a otras profesiones yformaciones cuando se modifiquen los em-pleos y fluctuacuteen las posibilidades de con-tratacioacuten actualmente es casi imposibleocupar un puesto durante siete antildeos vivien-do de lo que se sabe y menos auacuten toda unavida

El aprendizaje a lo largo de la vida debeabrirse a todos Las estrategias para lograr-lo deben ser pues suficientemente flexi-bles para adaptarse a las situaciones y con-textos individuales y evitar la creacioacuten deuna subclase iletrada e inepta para el em-pleo Y todos deben trabajar en ello go-biernos empresas ONG y comunidadesEste apoyo no se limita a la financiacioacutentambieacuten debe proporcionar el tiempo y losalicientes necesarios para que las personassigan el camino de la educacioacuten a lo largode la vida

Las encuestas sobre el desempleo lo di-cen muy claro una persona sin trabajo sesiente inuacutetil La imagen que tiene de siacutemisma no hace maacutes que reflejar este senti-miento y puede tener repercusionesdestructivas sobre sus relaciones socialesEl trabajo no es un lujo es una necesidadNo solamente para satisfacer los deseos ylas necesidades de una poblacioacuten mundialen auge sino tambieacuten para saciar una ne-cesidad profundamente humana crear Yesto soacutelo se lograraacute ofreciendo una educa-cioacuten inicial y continua efectiva y eficaz

Barry HOBARTCatedraacutetico de Recursos Humanos

Universidad de Australia del Sur

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

9

Matthew Organ teniacutea 16 antildeos cuandoentroacute en la casa Rover de fabrica-

cioacuten de automoacuteviles No me interesabaseguir mis estudios No me gustaba la es-cuela queriacutea trabajar Cuatro antildeos maacutestarde termina el equivalente a una forma-cioacuten profesional de comercio Despueacutes es-pera hacer lo que realmente le interesaestudios de ingenieriacutea Rover le ha pagadosu formacioacuten y le ha dado tiempo para se-guir los cursos Esto me ha permitido ob-tener al mismo tiempo una experiencia pro-fesional una educacioacuten y un sueldo

Tambieacuten gracias a Rover Matthewobtuvo el carneacute de piloto de planeadorGracias al plan de formacioacuten de la empre-sa los empleados pueden recibir hasta 100libras al antildeo para una actividad de ocio quepueda mejorar en el sentido maacutes ampliosu capacidad de trabajo desde cursos deguitarra hasta idiomas extranjeros Estobeneficia cada antildeo a uno de cada diez em-pleados Si hemos obtenido y vamos a ob-tener resultados tan fantaacutesticos es graciasa personas que aprenden constantementeque saben utilizar lo que aprenden y estaacutendecididas a poner su preparacioacuten al servi-cio de la empresa explica John Towersdirector general del grupo Rover

CAMB IO DE RUMBOCambio espectacular de una empresa queen los antildeos sesenta y setenta encarnaba eldeclive de la industria automoviliacutestica bri-taacutenica Estaba paralizada por unas praacutecti-cas obsoletas y unas relaciones laboralesdesastrosas El resultado fueron reiteradashuelgas y productos de baja calidad Du-rante antildeos las empresas del grupo nacio-nalizadas acumularon peacuterdidas 66 millonesde libras anuales a finales de los ochenta

Pero las cosas cambiaron en 1988 conla privatizacioacuten de Rover La asociacioacutencon Honda a partir de 1979 ya le habiacuteahecho descubrir a la empresa britaacutenica ladura realidad de la competencia en la in-dustria automoviliacutestica Sus dirigentescomprendieron entonces que su uacutenica po-sibilidad de supervivencia pasaba por laformacioacuten de la mano de obra En 1990Rover lanzoacute un programa de 35 millonesde libras que ofreciacutea a sus 40000 emplea-dos un amplio abanico de posibilidades deformacioacuten Sir Graham Day presidente del

A P R E N D E RE L

S E N T I D OD E E Q U I P O

( F o t oR o v e r )

E l m u n d o l a b o r a l

grupo declaraba entonces El proceso deaprendizaje es insoslayable Si la empresaquiere sobrevivir y prosperar necesitaaprender Si el grupo y su personal quie-ren ir adelante necesitan aprender

Con su tiacutetulo de ingeniero mecaacutenico enel bolsillo Gareth Beggan entroacute en Roveren 1988 en el servicio de verificacioacuten de

calidad de la faacutebrica de Longbridge cercade Birmingham en el marco de un progra-ma integral de perfeccionamiento de joacuteve-nes licenciados que requeriacutea un antildeo deestudios complementarios a tiempo parcialPero eso no era lo miacuteo reconoce En rea-lidad necesitaraacute varios antildeos para sentir lanecesidad de perfeccionarse

Mientras tanto Rover habiacutea elaboradoen estrecha colaboracioacuten con la Universi-dad de Warwick un programa integral deformacioacuten en gestioacuten (IMLP) Este tipode programa va directamente ligado a laactividad profesional de los participantesy la tesis que preparan estaacute relacionadacon su trabajo en resumen el aprendiza-je se realiza en torno al lugar de trabajoexplica Frank Hayden responsable de for-macioacuten y de desarrollo del grupo

Gareth que se encarga actualmente dela evaluacioacuten de la calidad de la red euro-pea de concesionarios Rover tomoacute la de-cisioacuten de reanudar sus estudios a tiempoparcial en 1993 Era una eacutepoca de rece-sioacuten Como habiacutea pocas posibilidades depromocioacuten interna decidiacute perfeccionar-me En el marco del programa IMLP sematriculoacute en la Universidad de Warwick

para conseguir un tiacutetulo Rover le pagoacutecursos durante varios antildeos y su superior selas arregloacute para que pudiera estudiar enparte durante su horario laboral

Rover ha obtenido el Premio 1997 dela Conferencia Mundial sobre Iniciativasen materia de Aprendizaje Permanente quese celebroacute en abril en Ottawa (Canadaacute)

Sabiacuteamos que podiacuteamos conseguir hacer-nos maacutes competitivos adoptando un enfo-que dinaacutemico para implicar a nuestros co-laboradores en la empresa sentildealabaFrank Hayden al recibir el premio en nom-bre de Rover Eacutel opina que la formacioacutencontribuye a conseguir una mano de obramaacutes motivada flexible y creativa Seguacuteneacutel esta filosofiacutea tambieacuten ha generado otrasmejoras por ejemplo las sugerencias pro-cedentes de los empleados han aumentadoen un 300 y el absentismo en los talleresha disminuido en un 15

La situacioacuten del grupo ha evoluciona-do de una forma igual de espectacularDesde 1992 Rover el primer fabricante deautomoacuteviles de Gran Bretantildea ha incre-mentado su volumen de ventas a escalamundial Su facturacioacuten anual por emplea-do pasoacute de 31000 libras en 1989 a 122000en 1994 cuando fue comprada por BMWSeguacuten Hayden Rover que perdiacutea dineroa comienzos de los antildeos noventa es ac-tualmente un grupo que obtiene beneficioscon un enorme potencial de desarrollo

Paul LashmarLondres

Eacutesta es la orden terminante del constructor britaacutenico Rover a sus asalariadosUn eacutexito que a todos favorece

iexclAPRENDA APRENDA TODO LO QUE QUIERA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

10

I N D I A E S U N OD E L O S P O C O SP A Iacute S E S Q U ED E D I C AV E R D A D E R O SR E C U R S O S A L AL U C H A C O N T R AE L A N A L F A B E -T I S M O ( F o t oU N E S C O H u n n a rP u b l i c y )

Los resultados en materia de alfabeti-zacioacuten de adultos estaacuten muy por de-

bajo de los esfuerzos que dedican comuni-dades y alumnos Algunos estudios delBanco Mundial han llegado incluso a laconclusioacuten de que nunca han compensa-do En realidad han servido para justificarla necesidad de invertir casi exclusivamen-te en la ensentildeanza primaria Desde hace20 antildeos los recursos destinados a la alfa-betizacioacuten de adultos han disminuido no-tablemente Hoy representan en el mejorde los casos es decir en India entre un 6y un 8 del presupuesto de educacioacuten Enotras parte raramente superan el 1 o 2

Pero maacutes allaacute de las cuestiones de fi-nanciacioacuten se trata sobre todo de un fra-caso del pensamiento Durante muchotiempo se ha considerado que los analfa-betos sufriacutean una patologiacutea que se podiacuteaerradicar como la viruela Pero en el te-rreno de la educacioacuten no existe una vacu-na universal Creyendo que el modelo eu-ropeo lo era -una lengua un paiacutes un terri-torio- muchos paiacuteses se han sometido alyugo monolinguumle y han negado la plurali-dad marcada en lo maacutes profundo de su te-jido social

ESPANTAJOAhora sabemos que no soacutelo hay que favo-recer la alfabetizacioacuten en las lenguas ma-ternas sino tambieacuten elaborar el materialdentro de esa loacutegica Basta con saber leery escribir en una para hacer transpo-siciones a las demaacutes El multilinguumlismo esun espantajo En realidad se produce deforma natural una regulacioacuten interna sepasa de una lengua a otra cuando se sientela necesidad En Nigeria donde hay 410idiomas el 45 de la poblacioacuten habla tres

En general la experiencia demuestraque el aprendizaje debe tener en cuenta elcontexto socioeconoacutemico y cultural delindividuo Algunas sociedades han prescin-dido de la escritura durante siglos Las len-guas que se hablan en las comunidades detradicioacuten oral han desarrollado meacutetodosmnemoteacutecnicos que permiten conservarorganizar y reutilizar la informacioacuten Estacapacidad es tan fuerte que la alfabetiza-cioacuten elemental no basta para imponer otrofuncionamiento mental de la organizacioacutende la vida En lo cotidiano los modos de

A l f a b e t i z a c i oacute n

POR UNA ECOLOGIacuteA DEL APRENDIZAJEDe nada sirve aprender a leer escribir sumar y restar si el entorno de los neoalfabetos no haceque sea indispensable el uso provechoso de esos conocimientos

comunicacioacuten de los neoalfabetos siguensiendo los mismos y corren peligro de ol-vidar todo

Para evitarlo es necesario ante todocrear un entorno favorable a la comunica-cioacuten escrita una ecologiacutea del aprendizajeA esto aspira la posalfabetizacioacuten la cualpermite consolidar los conocimientos yespecialmente aplicarlos en los campos dela promocioacuten individual la participacioacutencomunitaria y la creacioacuten de ingresos Lagente se compromete cuando cae en cuen-ta de que no puede seguir funcionando sinlo escrito

Pero la tarea maacutes difiacutecil es crear unentorno alfabetizado y estimulante que lle-ve a los neoalfabetos a un estadio ulteriordonde disfruten de la posibilidad y del pla-cer de leer y escribir Para ello suele adop-tarse un enfoque pragmaacutetico editando cua-dernos praacutecticos Un estudio realizado en

Tanzania ha mostrado el entusiasmo de losneoalfabetos por los manuales sobre saludahorro agricultura etc Tambieacuten es posi-ble aprovechar la aficioacuten de algunas po-blaciones a la literatura oral En Senegaldonde los manuales teacutecnicos no atraiacutean alos neolectores una ONG encargoacute transcri-bir la epopeya de los peuls Esos libros sevendieron tanto que hubo que reeditarlosTambieacuten en eso hay que hacer cosas quese adapten muy bien algunos quieren co-sas praacutecticas otros suentildeos

El entorno visual tambieacuten es decisivoLa publicidad por ejemplo sigue existien-do en la lengua dominante cuando habriacuteaque inundar a la gente con carteles en las

lenguas de alfabetizacioacuten Lo mismo su-cede con los documentos oficiales En mipaiacutes Maliacute la mayoriacutea son todaviacutea en fran-ceacutes Deberiacutean estar en dos o tres lenguasDe lo contrario la gente se pregunta iquestpor-queacute hay que alfabetizarse en la lengua ma-terna si no estaacute reconocida

Se ha aprendido mucho de los fraca-sos pasados y no faltan motivos para man-tener la esperanza Los responsables estaacutencada vez maacutes convencidos del papel claveque tiene la alfabetizacioacuten Y el BancoMundial evoluciona Primero porque se dacuenta de que la alfabetizacioacuten de los ni-ntildeos no es suficiente los mejores resulta-dos se han obtenido en el marco de un pro-ceso de aprendizaje intergeneracional Afalta de eacuteste los iacutendices de abandono es-colar son muy elevados Por otra parte enmuchos paiacuteses pocos alumnos tienen ac-ceso a la ensentildeanza secundaria y vuelven

a caer en el analfabetismo Un gran por-centaje de joacutevenes adultos necesitan puesuna educacioacuten baacutesica no formal

Tambieacuten se estaacute abandonando la ideade que el analfabeto vive en la oscuridad ysiempre en un paiacutes en desarrollo Nos he-mos dado cuenta de que en pueblos apar-tados la gente poseiacutea unos conocimientosa veces muy complejos y conseguiacutea trans-mitirlos sin necesidad de la escritura ni depalabras extranjeras Por uacuteltimo se admi-te que es necesario construir sobre lo quehace la propia gente que la propia genteconstruya

Adama OUANEDivisioacuten de Educacioacuten Baacutesica

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

11

P R Aacute C T I C A D EA U T O G E S T I Oacute N( F o t o copy S I P AP R E S S F r i l e t )

Seguacuten un proverbio moreacute de BurkinaFaso quien duerme sobre una estera

prestada debe saber que duerme sobre unsuelo friacuteo Un estudio reciente realizadoen ese paiacutes asiacute como en Ghana Maliacute Niacutegery Senegal lo demuestra los cursos de al-fabetizacioacuten que tienen eacutexito son aqueacutellosen los que los participantes no soacutelo apren-den a fabricar sus propias esteras sino laforma de venderlas y de montar una faacutebri-ca de muebles para fabricar sus camas

El estudio duroacute 18 meses Su objetivoera establecer las medidas a tomar paraayudar a las asociaciones comunitarias alas empresas locales y a los grupos de ciu-dadanos a adquirir conocimientos y teacutecni-cas para llevar a cabo funciones econoacutemi-cas sociales y poliacuteticas que suele mono-polizar el gobierno o que no estaacuten asegu-radas Los autores del estudio -realizadobajo los auspicios de la OCDE del Clubdel Sahel y del Comiteacute PermanenteInterestatal de Lucha contra la Sequiacutea enel Sahel- analizaron las experiencias demaacutes de 50 comunidades donde se han rea-lizado avances significativos (o fracasosdestacables) en los campos de la descen-tralizacioacuten y de la toma local de responsa-bilidades socioeconoacutemicas y poliacuteticas

TR IP L E CAP I TAL IZAC IOacuteNHemos encontrado numerosos programasde posalfabetizacioacuten iniciados por ONGque funcionan bien explica Peter Eastoncoordinador del proyecto La clave de sueacutexito es la lsquotriple capitalizacioacutenrsquo es decirtres elementos que forman una especie deespiral ascendente la capitalizacioacuten finan-ciera que desarrolla el ahorro y el capi-tal institucional que refuerza las capaci-dades y los marcos de actuacioacuten (coope-rativas empresas etc) e intelectual quemejora las capacidades En general losprogramas incluyen uno de esos elemen-tos pero no los demaacutes

Por ejemplo en Niacuteger programasgubernamentales de posalfabetizacioacuten tu-vieron un eacutexito limitado porque al no te-ner relacioacuten con las demaacutes actividades dedesarrollo comportaban poca lsquocapitaliza-cioacutenrsquo local En cambio en la regioacuten deKutala (Maliacute) la empresa textil CMDTtraspasoacute las principales responsabilidades(creacuteditos venta de algodoacuten) a asociaciones

A l f a b e t i z a c i oacute n

SOCIEDADES DE CAPITAL PROPIOLa alfabetizacioacuten triunfa alliacute donde ayuda a las comunidades a avanzar en todos los aspectosy aprovecha todos sus recursos Ejemplos y contraejemplos en el Sahel

locales Eacutestas recurrieron a sus conoci-mientos para gestionar por siacute mismas esasactividades y reinvirtieron gran parte delos ingresos En otras palabras hay quegenerar actividades que necesiten la ad-quisicioacuten de conocimientos y sean fructiacute-feras gracias a las nuevas capacidades

Para Easton las asociaciones localesque triunfan son aqueacutellas que hacen fue-go con cualquier lentildea y sacan provechodel conjunto de recursos humanos de la

comunidad En Nioni-Coloni (Maliacute) losresponsables de la asociacioacuten local quegestiona las actividades de venta y los creacute-ditos son una mezcla de personas que a-bandonaron la escuela que siguen cursosde alfabetizacioacuten o que van a la escuelacoraacutenica Pero todos han seguido cursosde bambara en su transcripcioacuten en carac-teres latinos Y en muchas comunidades vi-sitadas de Ghana quienes habiacutean emigra-do a Accra la capital para adquirir nue-vas teacutecnicas cumplen una funcioacuten esencialen el fomento de la autonomiacutea local y deactividades generadoras de ingresos

El estudio muestra que la alfabetiza-cioacuten en lenguas africanas y la presencia depersonas que conozcan las transcripcionesen aacuterabe de lenguas africanas han facili-tado la autonomiacutea y el funcionamiento denumerosas asociaciones y empresas loca-les especialmente alliacute donde el franceacutes yel ingleacutes estaacuten poco extendidos La aso-ciacioacuten Tin-Tua que funciona en el estede Burkina Faso ha desarrollado sistemasde produccioacuten de perioacutedicos de gestioacuten de

centros escolares y de formacioacuten en len-gua gurmancheacute Las asociaciones de pue-blos de la regioacuten de Ulesebugu (Maliacute) ges-tionan empresas surgidas de la explotacioacutenagriacutecola del valle del alto Niacuteger gracias asistemas de contabilidad y de gestioacuten enbambara

Las mujeres suelen estar poco escola-rizadas El uso de las lenguas africanas paraalfabetizarlas puede permitirles pues laparticipacioacuten en proyectos de desarrollo

descentralizados Cada vez se ven maacutes coo-perativas empresas y asociaciones de de-sarrollo femeninas autofinanciadas tantoen el campo como en las ciudades Sinembargo teniendo en cuenta su falta ini-cial de educacioacuten y de formacioacuten tienenmaacutes dificultades para acceder a los creacutedi-tos y chocan con la tradicioacuten Los sistemasde ensentildeanza y las asociaciones mixtassuelen estar pues dirigidos por hombresAunque se destinen a las mujeres todaviacuteadependen mucho de ellos para la contabi-lidad y el aspecto teacutecnico

La leccioacuten es sencilla para triunfarcon grupos que se han visto privados du-rante mucho tiempo de una ensentildeanza ade-cuada la alfabetizacioacuten y la formacioacuten de-ben combinarse con la toma de responsa-bilidades econoacutemicas sociales y cultura-les concluye Peter Easton Disentildear pro-gramas con interlocutores locales en losque se combine la creacioacuten de nuevos re-cursos con la adquisicioacuten de nuevas teacutecni-cas es el auteacutentico desafiacuteo

Sue WILLIAMS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

C O M P R E N D E RL A S

IMPL I CAC IONESD E L O S

A C T O S S O B R EE L M E D I OA M B I E N T E

( F o t o copyA l i n a F u j i

B u r s a r y To b i a s

W i l s o n )

La educacioacuten medioambiental de adul-tos es un tema relativamente nuevo

Aquellos de nosotros (especialistas en edu-cacioacuten) que trabajan en este aacutembito lo con-sideran un instrumento esencial para ayu-dar a la gente a mejorar localmente su vidaa comprender las implicaciones planetariasde sus actos y a trabajar junta para cam-biar las cosas

Esta disciplina ha desarrollado unanueva energiacutea intelectual afectiva y espi-ritual (no en el sentido religioso del teacutermi-no) para no verse superada por los gravesproblemas cotidianos del entorno Unaenergiacutea extraida de numerosas fuentes Yo

soy un ejemplo de eso como educadoramedioambiental en un entorno comunita-rio eacuteste me ha ensentildeado mucho La genteno se limita a confirmar esto es un pro-blema econoacutemico o social o ecoloacutegicoLa gente dice son los problemas de lacomunidad y los considera inseparables

Durante un taller que organiceacute se pi-dioacute a los participantes que sentildealaran dos otres dificultades medioambientales paratrabajar iexclEscogieron la violencia y la ero-sioacuten del suelo Hablaron del aumento dela violencia dentro de su comunidad Des-pueacutes se fueron a un parque cercano a reco-ger muestras de lo que llamamos el suelopotencial y esparcieron hojas gusanosflores semillas agua hierbas etc sobreuna gran hoja de papel Y volvieron a dis-cutir sobe la violencia siendo este mara-villoso mosaico el reflejo de lo que ellosobservaban en su propia comunidad de losproblemas locales y mundiales de los senti-mientos y las necesidades de lo que podiacuteanaprender para trabajar juntos y comprender

M e d i o a m b i e n t e

OTROS COMPONENTES DE LA NATURALEZALa educacioacuten medioambiental no soacutelo consiste en comprender los viacutenculos entre el hombrey la naturaleza con la razoacuten sino tambieacuten con el cuerpo las emociones el espiacuteritu

queacute es realmente la cooperacioacuten A conti-nuacioacuten se inventaron un canto un poe-ma un cuento y un sainete donde se mez-claban la tierra la asociacioacuten comunitariay la colaboracioacuten iexclFue algo maacutegico

Dicho de otro modo la educacioacutenmedioambiental se basa en un trabajo in-terior y exterior en un paisaje tambieacuteninterior y exterior en la memoria y la ex-periencia en el intelecto y las emocionesen el espiacuteritu y la ciencia Trata sobre elanaacutelisis criacutetico de las raiacuteces profundas delos problemas medioambientales asiacute comosobre el restablecimiento de una relacioacutenmaacutes sensual con la naturaleza Establece

una colaboracioacuten activa entre los miembrosde la comunidad y con el resto del mundo

La persona no depende uacutenicamente delmundo natural en lo fiacutesico sino tambieacutenen lo emocional psicoloacutegico intelectual yespiritual Algunos estudios indican unacorrelacioacuten entre la escalada de violenciay la reduccioacuten de espacios verdes en lasciudades Otros relacionan los problemasde salud con la ruptura con la naturalezaEacutesta ha inspirado una gran parte del artedel mundo Por eso la educacioacuten medioam-biental de adultos debe tener en cuenta esosaspectos humanos que son la emocioacuten elcuerpo y el espiacuteritu Debe intentar com-prender mejor la relacioacuten entre el hombrey la tierra y queacute nos lleva a amar o a odiara temer o a aceptar los demaacutes componen-tes de la naturaleza

La gente ya no espera ayuda de losgobiernos Ya no confiacutea en que la ciencia yla tecnologiacutea resuelvan los problemas delmedio ambiente Los propios gobiernosempiezan a comprender que se necesita

algo maacutes que leyes reglamentos o doacutela-res para resolverlos sin la participacioacutende los ciudadanos no se puede hacer grancosa

Sin embargo no se presta demasiadaatencioacuten a la educacioacuten medioambiental deadultos dentro de su propia comunidad alo que nosotros denominamos la ensentildean-za no formal Se tiende a centildeirse a los pro-gramas de los centros educativos en espe-cial los destinados a los nintildeos A pesar dela enorme importancia de eacutestos son losadultos los que cada diacutea toman decisionesque afectan a la biosfera Son ellos quie-nes estaacuten al frente del Estado de las insti-tuciones escolares y sobre todo son ellosquienes mayor influencia ejercen sobre sushijos La escuela puede hablar de la crisisecoloacutegica pero si a los padres no les inte-resa o no creen en ella iquesta quieacuten van a creerlos hijos

INT ERRELAC IONADOSLos gobiernos deben entender que la edu-cacioacuten no formal es un medio fundamen-tal para tratar problemas sociales ymedioambientales que estaacuten interrela-cionados Y para que cambien las mentali-dades los adultos deben tener ocasioacuten dereunirse de discutir sobre el tema y debuscar soluciones colectivamente

Donde yo trabajo practicamos este tipode educacioacuten ir a la raiacutez del problema re-lacionar lo local con lo mundial analizarlas relaciones de poder (hombresmujeresseres humanosTierra) basarse en la expe-riencia vivida y en la fiesta Se produce enlas criptas de las iglesias en las calles (unescaparate vaciacuteo puede desencadenar undiaacutelogo sobre la pobreza y el desempleoantes que un texto escrito) a la orilla deun lago Aprovecha el saber colectivo paragenerar nuevos conocimientos y conduciral cambio

La tarea que nos espera es apasionantey abrumadora a la vez Pero como diceWangari Maathai del MovimientoKeniano del Cinturoacuten Verde vosotroshabeacuteis arrojado el guante nosotros vamosa recogerlo

Darlene CLOVERldquoTransformative Learning Centrerdquo

Toronto

12

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

A L D E A N A P R E P A R A N D O E L C A N G R E J O( F o t o copy Y a s m i n A r q u i z a )

Antes de asistir el pasado antildeo a un se-minario de sensibilizacioacuten en el me-

dio ambiente Gerry Latorre pescador deoficio no veiacutea en los bosques de mangla-res maacutes que una fuente inagotable de lentildeay de madera de construccioacuten Aprendiacute queteniacuteamos que conservarlos porque ahiacute sereproducen los cangrejos y las gambas delos que obtenemos lo baacutesico para subsis-tir explica Eacutesta es una de las muchascosas que ha aprendido de los formadoresdel Centro de Desarrollo de Tambuyog unorganismo de investigacioacuten con sede enManila (Filipinas) especializado en la pes-ca Las lecciones han resultado esencialespara los pescadores de los pueblos costerosde Malampaya Sound en la provincia dePalawan que se han ido empobreciendocon la reduccioacuten de sus capturas

Esto es resultado de la profunda degra-dacioacuten del medio ambiente La pesca condinamita y cianuro la transformacioacuten delos manglares en viveros el encenega-miento y la contaminacioacuten provocada porlos desechos domeacutesticos e industriales handevastado el 80 de los manglares de laregioacuten y soacutelo el 5 de los arrecifes de coralresisten todaviacutea esos ataques

JUEGO DE AZARLa investigacioacuten ha puesto de manifiestodos causas principales los recursos mari-nos y pesqueros siempre han sido consi-derados de acceso libre y los pescado-res desprovistos de tecnologiacutea de capita-les y de equipamiento veiacutean su actividadcomo un juego de azar La actitud maacutes co-rriente era decir si yo no capturo el pezahora otro lo haraacute (probablemente unbou)

Para poner remedio a esa situacioacutenTambuyog lanzoacute en 1991 un proyecto deeducacioacuten medioambiental relativa a lapesca (FEEP) Se partiacutea de la idea de quelas comunidades de pescadores son lasposeedoras legiacutetimas de los recursos mari-nos pero que para gestionarlos adecuada-mente deben comprender sus procesos dedegradacioacuten y su impacto a largo plazosobre su propia vida El programa consis-tiacutea en 36 horas de formacioacuten que daban alos pescadores una comprensioacuten general delos recursos marinos del paiacutes y nocionesecoloacutegicas fundamentales Tambieacuten les

M e d i o a m b i e n t e

PEQUENtildeOS PESCADORES Y GRANDES PECESDe la educacioacuten en el desarrollo sostenible a la entrada en poliacutetica no hay maacutes que un pasoque pescadores filipinos han dado

ayudaba a identificar las causas y los efec-tos de la degradacioacuten del medio ambienteen su localidad y a prever medidas para laconservacioacuten de los recursos pesquerosDado que la mayor parte de los pescado-res teniacutean poca formacioacuten se emplearonmeacutetodos de ensentildeanza maacutes accesibles jue-gos carteles canciones y presentacionesaudiovisuales

Desde 1995 el proyecto se ha amplia-do al desarrollo sostenible de las zonaslitorales (SCAD) Se estaacute aplicando enNueva Guinlo donde vive Gerry Latorrey en otros tres pueblos Esta formacioacutenmaacutes ambiciosa incluye la legislacioacuten so-bre la pesca y la gestioacuten comunitaria de losrecursos litorales Los vecinos no soacuteloaprenden el funcionamiento de las institu-ciones sociales que rigen su vida sino quesobre todo ganan confianza y capacidad deintervenir o de dirigir Y ahiacute es donde lapesca del SCAD resulta maacutes fructiacutefera

Una de las lecciones baacutesicas que he-mos aprendido es la importancia de tra-bajar juntos para hacer valer nuestros de-rechos sentildeala Gerry Latorre Con este finlos pescadores se han agrupado en una aso-ciacioacuten y constituyen una fuerza que lasautoridades ya no pueden ignorar Pero se

enfrentan entre otras amenazas a los bar-cos de pesca comercial de maacutes de tres to-neladas (prohibidos en la zona) al uso des-tructor de redes finas cerca de los bosquesde manglares y a la construccioacuten de diquesque forman viveros a lo largo de la orilla

Para hacer frente a todo eso y aumen-tar sus ingresos la asociacioacuten de pescado-res ha creado una reserva marina en la prin-cipal zona de reproduccioacuten de cangrejos ygambas y ha construido una jaula de pe-ces que permite criar meros muy apre-ciados en el mercado Tambieacuten ha desarro-llado una estrategia de comercializacioacuten desu pesca que protege a los vecinos de loscaprichos de un negociante que dispongadel monopolio de compra

AVA N C EComo somos conscientes de que las jau-las de peces presentaban riesgos medioam-bientales en otras provincias donde se uti-lizan alimentos industriales explica NestorBolen vicepresidente de la asociacioacutensolamente utilizamos alimentos a base depescado Es biodegradable y no deja resi-duos que enturbien el agua o provoquenuna sedimentacioacuten La asociacioacuten tam-bieacuten ha abierto un servicio de ahorro y decreacutedito que otorga preacutestamos a sus 250socios Pero su iniciativa maacutes audaz es elavance en el aspecto poliacutetico ha decididoenfrentarse a las grandes sociedades comer-ciales (que gozan de proteccioacuten poliacutetica)en su propio terreno Sus protestas reitera-das han hecho fracasar un proyecto de vi-vero a gran escala que habriacutea cerrado laszonas de pesca a las comunidades deMalampaya Pero el peligro subsiste Laasociacioacuten se ha enterado recientemente deque se habiacutean construido diques de vive-ros que impiden el acceso a los manglaresy a la pesca en esa misma zona Nadie ig-nora que el hombre de negocios que estaacutedetraacutes de la operacioacuten disfruta del apoyodel alcalde local iquestLa respuesta de la aso-ciacioacuten Nestor Bolen es uno de los candi-datos a las proacuteximas elecciones municipa-les Se trata de una simple preparacioacutenantes de las elecciones nacionales delproacuteximo antildeo ironiza

Yasmin ARQUIZAMalampaya Sound

13

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

iquest C U Aacute N D OT E N D R Aacute NU N F U T U R OP R O P I O ( F o t o copy N Z H e r a l d )

Neozelandesa y maoriacute Nora Ramekateniacutea unos 40 antildeos cuando empezoacute a

trabajar a jornada completa Habiacutea dejadola escuela pero seguiacutea implicada en la vidade su comunidad y se unioacute al movimientosindical como educadora de adultos mao-riacutees despueacutes de criar a sus cinco hijos Ejer-ce este oficio desde hace 10 antildeos siendoresponsable de educacioacuten continua de laUniversidad de Waikato donde da la uacutenicaclase de nivel universitario en lengua maoriacutesobre las relaciones en el mundo laboral

Pero sobre todo Rameka es conside-rada una aguafiestas por los funcionariosencargados del sistema nacional de educa-cioacuten de adultos que sin embargo es admi-rado internacionalmente Efectivamente

ella cree que las normas y estructuras deeste sistema -basadas en la adquisicioacuten decapacidades que requiere el mercado de tra-bajo- ignoran a las minoriacuteas autoacutectonasPara ella la carrera por la formacioacuten demano de obra calificada deja a un lado de-masiado a menudo la historia de los mao-riacutees mantenieacutendoles en la ignoracia de sulengua y de su cultura

La educacioacuten de adultos soacutelo puedeser un instrumento eficaz si incluye comopreocupacioacuten primordial la nocioacuten de tinorangatiratanga (soberaniacutea) de nuestro pue-blo asiacute como las claves de nuestro desa-rrollo como pueblo te reo (la lengua) ytikanga maori (la cultura los valores laartesaniacutea) Muchas veces me dicen Si nonos asentamos sobre unas bases soacutelidasno avanzaremos Y esas bases son la len-gua y la cultura

M i n o r iacute a s

TE REO Y TIKANGA UNA MISMA LUCHAiquestCoacutemo construir una educacioacuten de adultos que responda a las necesidades de las empresasy refuerce la identidad de una minoriacutea indiacutegena El caso de Nueva Zelandia

En total son unos 600000 algo menosde una quinta parte de la poblacioacuten neo-zelandesa los que reivindican al menosla herencia maoriacute Estaacuten econoacutemicamen-te desfavorecidos y ocupan los empleosmanuales peor pagados Seguacuten el Minis-terio de Desarrollo Maoriacute el 162 estaacutedesempleado frente al 59 del resto dela poblacioacuten La renta media de una fami-lia maoriacute es de soacutelo el 82 de la rentamedia de los no maoriacutees un 20 de esarenta procede de la ayuda social frente al5 para el resto de familias

Los maoriacutees siempre salen de la es-cuela peor cualificados que los demaacutesalumnos En la universidad soacutelo represen-tan el 6 de los alumnos y el 10 en los

centros de formacioacuten del profesorado Cer-ca del 70 de los mayores de 40 antildeos noposeen ninguna cualificacioacuten

Nueva Zelanda reestructuroacute su sistemaeducativo a comienzos de los antildeos noven-ta en torno a las necesidades de las em-presas antildeade Nora Rameka La NewZealand Qualification Authority (NZQA)que gestiona el sistema reconoce la exis-tencia de un debate apasionado en cuan-to se refiere a poner en el mismo plano elsaber maoriacute tradicional y los conocimien-tos dominantes pero se pregunta queacutebeneficios y queacute coste tendriacutea tanto cultu-rales como econoacutemicos Aunque el siste-ma no es ni definitivo ni perfecto permi-te la participacioacuten de los maoriacutees en unamedida sin precedentes

El sistema ha previsto instituciones deformacioacuten que no son ni universidades ni

institutos ni escuelas Desde mayo pasa-do se han acreditado 800 centros nuevosde los que el 20 son maoriacutees Los cursosde disciplinas tradicionales como raranga(tejido) y whakairo (escultura) han sidoencomendados a maoriacutees que los han or-ganizado y aprobado Los controlan total-mente iexclEs una novedad

Pero Nora Rameka no estaacute convenci-da Se han creado centros de formacioacutenprivados maoriacutees reconoce pero no sindificultades Tenemos que sufrir un mon-toacuten de molestias administrativas para es-tar registrados y acreditados Despueacutes ysobre todo tenemos que luchar contra unafuerte reticencia a aceptar nuestra capa-cidad y nuestras prioridades educativasEl meollo del problema es que son funcio-narios pakeha (europeos) los que decidenen uacuteltima instancia la acreditacioacuten de uncentro Ellos estaacuten dominados por una vi-sioacuten muy concreta de los objetivos y de lasprioridades nacionales en materia de edu-cacioacuten Tienen unas ideas preconcebidasy unos prejuicios profundamente arraiga-dos sobre los maoriacutees y sus lsquocarenciasrsquoAunque los servicios educativos tenganuna componente maoriacute vehiculan un sis-tema de valores europeos

D O S U N I V E R S O SPor uacuteltimo estaacute el problema de la financia-cioacuten Las autoridades y numerosos empre-sarios tienen tendencia a subvencionar uacuteni-camente los cursos reconocidos por laNZQA El argumento liberal de que lsquosiun programa educativo es intriacutensecamen-te uacutetil los estudiantes siempre encontra-raacuten el modo de pagar los cursosrsquo no tienesentido para los maoriacutees desempleadosinfraremunerados o que viven de la ayudasocialrdquo asegura Nora Rameka Sin embar-go ella no insinuacutea una retirada del siste-ma puesto que es representativo de la ma-yoriacutea Debemos funcionar en los dos uni-versos admite La cuestioacuten capital es ladel control si como pueblo autoacutectonoestamos decididos a impulsar una conti-nuidad cultural necesitamos al menos re-cuperar el control del sistema decualificacioacuten en cuanto se refiere a nues-tra lengua y a nuestra cultura

S Wy Charles RIDDLE Waikato

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 7: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

8

E l mundo laboral estaacute caduco Si se en-tiende como tal el escoger un empleo

o una profesioacuten al salir de la escuela y ejer-cerlo sin interrupcioacuten hasta la jubilacioacutenla respuesta es siacute

Hoy en diacutea debemos estar dispuestos aejercer cuatro o cinco profesiones distin-tas en la vida a lo mejor en lugares dife-rentes y casi seguro con periacuteodos de de-sempleo maacutes o menos largos La revolu-cioacuten industrial significoacute el fin de un mun-do fundamentalmente agriacutecola y atoacute nues-tras necesidades y aspiraciones a un sala-rio actualmente la revolucioacuten tecnoloacutegi-ca que acompantildea el proceso de globa-lizacioacuten y de economiacutea de mercado eclip-sa la sociedad industrial y sus meacutetodos deproduccioacuten grandes consumidores demano de obra

La evolucioacuten es tan raacutepida que a losestadiacutesticos les cuesta seguirla pero todosson del mismo parecer Seguacuten el FondoMonetario Internacional por ejemplo el

porcentaje de mano de obra en la industriamanufacturera de los paiacuteses ricos se ha re-ducido de un 28 en 1970 al 18 en 1994En la Unioacuten Europea soacutelo uno de cada cin-co obreros trabaja en ella una cifra queseguacuten las estimaciones bajaraacute hasta unode cada diez en 2010 En cambio los em-pleos de servicios han sufrido un salto ha-cia adelante En Estados Unidos por ejem-plo el sector terciario ocupa a maacutes del 70de los trabajadores En cuanto a las inver-siones un reciente artiacuteculo del semanariobritaacutenico The Economist indica que el va-lor bursaacutetil acumulado de los Tres Gran-des de Detroit -General Motors Ford y

iquest A D Oacute N D E H A NI D O A P A R A RL O SA S A L A R I A D O S ( F o t o copy S I P AI M A G E P P L )

E l m u n d o l a b o r a l

PONERSE AL DIacuteA O QUEDARSE ATRAacuteSLo de un empleo para toda la vida ya ha pasado La formacioacuten debe ser permanente y adaptarsea la infinita diversidad de necesidades y situaciones

Chrysler- es insignificante al lado deMicrosoft de Bill Gates (que baacutesicamentecorresponde al sector de servicios) Estoinvita a reflexionar cuando se sabe quecon sus 10 millones de asalariados el sec-tor del automoacutevil encabeza las industriasmanufactureras del mundo

En los paiacuteses en desarrollo los produc-tos manufactureros y la agricultura siguenempleando a un gran nuacutemero de trabaja-dores pero tambieacuten ahiacute la tecnologiacutea com-binada con una urbanizacioacuten aceleradasacude los cimientos de la sociedad Entodas partes el tipo de trabajo disponiblecambia y las calificaciones necesarias tam-bieacuten La mano de obra no cualificada se vesustituida en muchos casos por la tecno-logiacutea Los nuevos empleos requieren unaformacioacuten cada vez maacutes avanzada La ad-quisicioacuten de conocimientos para entrar enel mundo laboral y el reciclaje se han he-cho indispensables para hallar o mantenerun empleo

Las necesidades de educacioacuten inicialy continua orientada al mundo laboral sonya considerables La Organizacioacuten Inter-nacional del Trabajo calcula que hay 120millones de personas sin empleo y 700millones subempleadas sin contar los casi1000 millones de analfabetos Las necesi-dades son tambieacuten muy diversas losdesempleados dan prioridad a la adquisi-cioacuten de conocimientos elementales paraencontrar trabajo los que tienen la seguri-dad de un empleo desean perfeccionarsepara ascender los trabajadores indepen-dientes apuestan por las teacutecnicas de em-presa y la formacioacuten en economiacutea Ahora

bien los programas y meacutetodos de ensentildean-za y de aprendizaje adaptados suelen estarpoco desarrollados los que existen en ge-neral benefician a quienes ya trabajan amenudo en profesiones liberales o comoejecutivos

P E RT I N E N T E Y G L O B A LAlgunas ideas claves podriacutean hacer evolu-cionar las cosas En primer lugar la edu-cacioacuten debe ser pertinente es decir debepermitir adquirir unos conocimientos unacapacidad y una actitud que conduzcan aejercer un empleo Y debe seguir sieacutendologracias a una constante puesta al diacutea Estaeducacioacuten tambieacuten debe ser suficientemen-te global para poder aplicar sus conoci-mientos y capacidad a otras profesiones yformaciones cuando se modifiquen los em-pleos y fluctuacuteen las posibilidades de con-tratacioacuten actualmente es casi imposibleocupar un puesto durante siete antildeos vivien-do de lo que se sabe y menos auacuten toda unavida

El aprendizaje a lo largo de la vida debeabrirse a todos Las estrategias para lograr-lo deben ser pues suficientemente flexi-bles para adaptarse a las situaciones y con-textos individuales y evitar la creacioacuten deuna subclase iletrada e inepta para el em-pleo Y todos deben trabajar en ello go-biernos empresas ONG y comunidadesEste apoyo no se limita a la financiacioacutentambieacuten debe proporcionar el tiempo y losalicientes necesarios para que las personassigan el camino de la educacioacuten a lo largode la vida

Las encuestas sobre el desempleo lo di-cen muy claro una persona sin trabajo sesiente inuacutetil La imagen que tiene de siacutemisma no hace maacutes que reflejar este senti-miento y puede tener repercusionesdestructivas sobre sus relaciones socialesEl trabajo no es un lujo es una necesidadNo solamente para satisfacer los deseos ylas necesidades de una poblacioacuten mundialen auge sino tambieacuten para saciar una ne-cesidad profundamente humana crear Yesto soacutelo se lograraacute ofreciendo una educa-cioacuten inicial y continua efectiva y eficaz

Barry HOBARTCatedraacutetico de Recursos Humanos

Universidad de Australia del Sur

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

9

Matthew Organ teniacutea 16 antildeos cuandoentroacute en la casa Rover de fabrica-

cioacuten de automoacuteviles No me interesabaseguir mis estudios No me gustaba la es-cuela queriacutea trabajar Cuatro antildeos maacutestarde termina el equivalente a una forma-cioacuten profesional de comercio Despueacutes es-pera hacer lo que realmente le interesaestudios de ingenieriacutea Rover le ha pagadosu formacioacuten y le ha dado tiempo para se-guir los cursos Esto me ha permitido ob-tener al mismo tiempo una experiencia pro-fesional una educacioacuten y un sueldo

Tambieacuten gracias a Rover Matthewobtuvo el carneacute de piloto de planeadorGracias al plan de formacioacuten de la empre-sa los empleados pueden recibir hasta 100libras al antildeo para una actividad de ocio quepueda mejorar en el sentido maacutes ampliosu capacidad de trabajo desde cursos deguitarra hasta idiomas extranjeros Estobeneficia cada antildeo a uno de cada diez em-pleados Si hemos obtenido y vamos a ob-tener resultados tan fantaacutesticos es graciasa personas que aprenden constantementeque saben utilizar lo que aprenden y estaacutendecididas a poner su preparacioacuten al servi-cio de la empresa explica John Towersdirector general del grupo Rover

CAMB IO DE RUMBOCambio espectacular de una empresa queen los antildeos sesenta y setenta encarnaba eldeclive de la industria automoviliacutestica bri-taacutenica Estaba paralizada por unas praacutecti-cas obsoletas y unas relaciones laboralesdesastrosas El resultado fueron reiteradashuelgas y productos de baja calidad Du-rante antildeos las empresas del grupo nacio-nalizadas acumularon peacuterdidas 66 millonesde libras anuales a finales de los ochenta

Pero las cosas cambiaron en 1988 conla privatizacioacuten de Rover La asociacioacutencon Honda a partir de 1979 ya le habiacuteahecho descubrir a la empresa britaacutenica ladura realidad de la competencia en la in-dustria automoviliacutestica Sus dirigentescomprendieron entonces que su uacutenica po-sibilidad de supervivencia pasaba por laformacioacuten de la mano de obra En 1990Rover lanzoacute un programa de 35 millonesde libras que ofreciacutea a sus 40000 emplea-dos un amplio abanico de posibilidades deformacioacuten Sir Graham Day presidente del

A P R E N D E RE L

S E N T I D OD E E Q U I P O

( F o t oR o v e r )

E l m u n d o l a b o r a l

grupo declaraba entonces El proceso deaprendizaje es insoslayable Si la empresaquiere sobrevivir y prosperar necesitaaprender Si el grupo y su personal quie-ren ir adelante necesitan aprender

Con su tiacutetulo de ingeniero mecaacutenico enel bolsillo Gareth Beggan entroacute en Roveren 1988 en el servicio de verificacioacuten de

calidad de la faacutebrica de Longbridge cercade Birmingham en el marco de un progra-ma integral de perfeccionamiento de joacuteve-nes licenciados que requeriacutea un antildeo deestudios complementarios a tiempo parcialPero eso no era lo miacuteo reconoce En rea-lidad necesitaraacute varios antildeos para sentir lanecesidad de perfeccionarse

Mientras tanto Rover habiacutea elaboradoen estrecha colaboracioacuten con la Universi-dad de Warwick un programa integral deformacioacuten en gestioacuten (IMLP) Este tipode programa va directamente ligado a laactividad profesional de los participantesy la tesis que preparan estaacute relacionadacon su trabajo en resumen el aprendiza-je se realiza en torno al lugar de trabajoexplica Frank Hayden responsable de for-macioacuten y de desarrollo del grupo

Gareth que se encarga actualmente dela evaluacioacuten de la calidad de la red euro-pea de concesionarios Rover tomoacute la de-cisioacuten de reanudar sus estudios a tiempoparcial en 1993 Era una eacutepoca de rece-sioacuten Como habiacutea pocas posibilidades depromocioacuten interna decidiacute perfeccionar-me En el marco del programa IMLP sematriculoacute en la Universidad de Warwick

para conseguir un tiacutetulo Rover le pagoacutecursos durante varios antildeos y su superior selas arregloacute para que pudiera estudiar enparte durante su horario laboral

Rover ha obtenido el Premio 1997 dela Conferencia Mundial sobre Iniciativasen materia de Aprendizaje Permanente quese celebroacute en abril en Ottawa (Canadaacute)

Sabiacuteamos que podiacuteamos conseguir hacer-nos maacutes competitivos adoptando un enfo-que dinaacutemico para implicar a nuestros co-laboradores en la empresa sentildealabaFrank Hayden al recibir el premio en nom-bre de Rover Eacutel opina que la formacioacutencontribuye a conseguir una mano de obramaacutes motivada flexible y creativa Seguacuteneacutel esta filosofiacutea tambieacuten ha generado otrasmejoras por ejemplo las sugerencias pro-cedentes de los empleados han aumentadoen un 300 y el absentismo en los talleresha disminuido en un 15

La situacioacuten del grupo ha evoluciona-do de una forma igual de espectacularDesde 1992 Rover el primer fabricante deautomoacuteviles de Gran Bretantildea ha incre-mentado su volumen de ventas a escalamundial Su facturacioacuten anual por emplea-do pasoacute de 31000 libras en 1989 a 122000en 1994 cuando fue comprada por BMWSeguacuten Hayden Rover que perdiacutea dineroa comienzos de los antildeos noventa es ac-tualmente un grupo que obtiene beneficioscon un enorme potencial de desarrollo

Paul LashmarLondres

Eacutesta es la orden terminante del constructor britaacutenico Rover a sus asalariadosUn eacutexito que a todos favorece

iexclAPRENDA APRENDA TODO LO QUE QUIERA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

10

I N D I A E S U N OD E L O S P O C O SP A Iacute S E S Q U ED E D I C AV E R D A D E R O SR E C U R S O S A L AL U C H A C O N T R AE L A N A L F A B E -T I S M O ( F o t oU N E S C O H u n n a rP u b l i c y )

Los resultados en materia de alfabeti-zacioacuten de adultos estaacuten muy por de-

bajo de los esfuerzos que dedican comuni-dades y alumnos Algunos estudios delBanco Mundial han llegado incluso a laconclusioacuten de que nunca han compensa-do En realidad han servido para justificarla necesidad de invertir casi exclusivamen-te en la ensentildeanza primaria Desde hace20 antildeos los recursos destinados a la alfa-betizacioacuten de adultos han disminuido no-tablemente Hoy representan en el mejorde los casos es decir en India entre un 6y un 8 del presupuesto de educacioacuten Enotras parte raramente superan el 1 o 2

Pero maacutes allaacute de las cuestiones de fi-nanciacioacuten se trata sobre todo de un fra-caso del pensamiento Durante muchotiempo se ha considerado que los analfa-betos sufriacutean una patologiacutea que se podiacuteaerradicar como la viruela Pero en el te-rreno de la educacioacuten no existe una vacu-na universal Creyendo que el modelo eu-ropeo lo era -una lengua un paiacutes un terri-torio- muchos paiacuteses se han sometido alyugo monolinguumle y han negado la plurali-dad marcada en lo maacutes profundo de su te-jido social

ESPANTAJOAhora sabemos que no soacutelo hay que favo-recer la alfabetizacioacuten en las lenguas ma-ternas sino tambieacuten elaborar el materialdentro de esa loacutegica Basta con saber leery escribir en una para hacer transpo-siciones a las demaacutes El multilinguumlismo esun espantajo En realidad se produce deforma natural una regulacioacuten interna sepasa de una lengua a otra cuando se sientela necesidad En Nigeria donde hay 410idiomas el 45 de la poblacioacuten habla tres

En general la experiencia demuestraque el aprendizaje debe tener en cuenta elcontexto socioeconoacutemico y cultural delindividuo Algunas sociedades han prescin-dido de la escritura durante siglos Las len-guas que se hablan en las comunidades detradicioacuten oral han desarrollado meacutetodosmnemoteacutecnicos que permiten conservarorganizar y reutilizar la informacioacuten Estacapacidad es tan fuerte que la alfabetiza-cioacuten elemental no basta para imponer otrofuncionamiento mental de la organizacioacutende la vida En lo cotidiano los modos de

A l f a b e t i z a c i oacute n

POR UNA ECOLOGIacuteA DEL APRENDIZAJEDe nada sirve aprender a leer escribir sumar y restar si el entorno de los neoalfabetos no haceque sea indispensable el uso provechoso de esos conocimientos

comunicacioacuten de los neoalfabetos siguensiendo los mismos y corren peligro de ol-vidar todo

Para evitarlo es necesario ante todocrear un entorno favorable a la comunica-cioacuten escrita una ecologiacutea del aprendizajeA esto aspira la posalfabetizacioacuten la cualpermite consolidar los conocimientos yespecialmente aplicarlos en los campos dela promocioacuten individual la participacioacutencomunitaria y la creacioacuten de ingresos Lagente se compromete cuando cae en cuen-ta de que no puede seguir funcionando sinlo escrito

Pero la tarea maacutes difiacutecil es crear unentorno alfabetizado y estimulante que lle-ve a los neoalfabetos a un estadio ulteriordonde disfruten de la posibilidad y del pla-cer de leer y escribir Para ello suele adop-tarse un enfoque pragmaacutetico editando cua-dernos praacutecticos Un estudio realizado en

Tanzania ha mostrado el entusiasmo de losneoalfabetos por los manuales sobre saludahorro agricultura etc Tambieacuten es posi-ble aprovechar la aficioacuten de algunas po-blaciones a la literatura oral En Senegaldonde los manuales teacutecnicos no atraiacutean alos neolectores una ONG encargoacute transcri-bir la epopeya de los peuls Esos libros sevendieron tanto que hubo que reeditarlosTambieacuten en eso hay que hacer cosas quese adapten muy bien algunos quieren co-sas praacutecticas otros suentildeos

El entorno visual tambieacuten es decisivoLa publicidad por ejemplo sigue existien-do en la lengua dominante cuando habriacuteaque inundar a la gente con carteles en las

lenguas de alfabetizacioacuten Lo mismo su-cede con los documentos oficiales En mipaiacutes Maliacute la mayoriacutea son todaviacutea en fran-ceacutes Deberiacutean estar en dos o tres lenguasDe lo contrario la gente se pregunta iquestpor-queacute hay que alfabetizarse en la lengua ma-terna si no estaacute reconocida

Se ha aprendido mucho de los fraca-sos pasados y no faltan motivos para man-tener la esperanza Los responsables estaacutencada vez maacutes convencidos del papel claveque tiene la alfabetizacioacuten Y el BancoMundial evoluciona Primero porque se dacuenta de que la alfabetizacioacuten de los ni-ntildeos no es suficiente los mejores resulta-dos se han obtenido en el marco de un pro-ceso de aprendizaje intergeneracional Afalta de eacuteste los iacutendices de abandono es-colar son muy elevados Por otra parte enmuchos paiacuteses pocos alumnos tienen ac-ceso a la ensentildeanza secundaria y vuelven

a caer en el analfabetismo Un gran por-centaje de joacutevenes adultos necesitan puesuna educacioacuten baacutesica no formal

Tambieacuten se estaacute abandonando la ideade que el analfabeto vive en la oscuridad ysiempre en un paiacutes en desarrollo Nos he-mos dado cuenta de que en pueblos apar-tados la gente poseiacutea unos conocimientosa veces muy complejos y conseguiacutea trans-mitirlos sin necesidad de la escritura ni depalabras extranjeras Por uacuteltimo se admi-te que es necesario construir sobre lo quehace la propia gente que la propia genteconstruya

Adama OUANEDivisioacuten de Educacioacuten Baacutesica

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

11

P R Aacute C T I C A D EA U T O G E S T I Oacute N( F o t o copy S I P AP R E S S F r i l e t )

Seguacuten un proverbio moreacute de BurkinaFaso quien duerme sobre una estera

prestada debe saber que duerme sobre unsuelo friacuteo Un estudio reciente realizadoen ese paiacutes asiacute como en Ghana Maliacute Niacutegery Senegal lo demuestra los cursos de al-fabetizacioacuten que tienen eacutexito son aqueacutellosen los que los participantes no soacutelo apren-den a fabricar sus propias esteras sino laforma de venderlas y de montar una faacutebri-ca de muebles para fabricar sus camas

El estudio duroacute 18 meses Su objetivoera establecer las medidas a tomar paraayudar a las asociaciones comunitarias alas empresas locales y a los grupos de ciu-dadanos a adquirir conocimientos y teacutecni-cas para llevar a cabo funciones econoacutemi-cas sociales y poliacuteticas que suele mono-polizar el gobierno o que no estaacuten asegu-radas Los autores del estudio -realizadobajo los auspicios de la OCDE del Clubdel Sahel y del Comiteacute PermanenteInterestatal de Lucha contra la Sequiacutea enel Sahel- analizaron las experiencias demaacutes de 50 comunidades donde se han rea-lizado avances significativos (o fracasosdestacables) en los campos de la descen-tralizacioacuten y de la toma local de responsa-bilidades socioeconoacutemicas y poliacuteticas

TR IP L E CAP I TAL IZAC IOacuteNHemos encontrado numerosos programasde posalfabetizacioacuten iniciados por ONGque funcionan bien explica Peter Eastoncoordinador del proyecto La clave de sueacutexito es la lsquotriple capitalizacioacutenrsquo es decirtres elementos que forman una especie deespiral ascendente la capitalizacioacuten finan-ciera que desarrolla el ahorro y el capi-tal institucional que refuerza las capaci-dades y los marcos de actuacioacuten (coope-rativas empresas etc) e intelectual quemejora las capacidades En general losprogramas incluyen uno de esos elemen-tos pero no los demaacutes

Por ejemplo en Niacuteger programasgubernamentales de posalfabetizacioacuten tu-vieron un eacutexito limitado porque al no te-ner relacioacuten con las demaacutes actividades dedesarrollo comportaban poca lsquocapitaliza-cioacutenrsquo local En cambio en la regioacuten deKutala (Maliacute) la empresa textil CMDTtraspasoacute las principales responsabilidades(creacuteditos venta de algodoacuten) a asociaciones

A l f a b e t i z a c i oacute n

SOCIEDADES DE CAPITAL PROPIOLa alfabetizacioacuten triunfa alliacute donde ayuda a las comunidades a avanzar en todos los aspectosy aprovecha todos sus recursos Ejemplos y contraejemplos en el Sahel

locales Eacutestas recurrieron a sus conoci-mientos para gestionar por siacute mismas esasactividades y reinvirtieron gran parte delos ingresos En otras palabras hay quegenerar actividades que necesiten la ad-quisicioacuten de conocimientos y sean fructiacute-feras gracias a las nuevas capacidades

Para Easton las asociaciones localesque triunfan son aqueacutellas que hacen fue-go con cualquier lentildea y sacan provechodel conjunto de recursos humanos de la

comunidad En Nioni-Coloni (Maliacute) losresponsables de la asociacioacuten local quegestiona las actividades de venta y los creacute-ditos son una mezcla de personas que a-bandonaron la escuela que siguen cursosde alfabetizacioacuten o que van a la escuelacoraacutenica Pero todos han seguido cursosde bambara en su transcripcioacuten en carac-teres latinos Y en muchas comunidades vi-sitadas de Ghana quienes habiacutean emigra-do a Accra la capital para adquirir nue-vas teacutecnicas cumplen una funcioacuten esencialen el fomento de la autonomiacutea local y deactividades generadoras de ingresos

El estudio muestra que la alfabetiza-cioacuten en lenguas africanas y la presencia depersonas que conozcan las transcripcionesen aacuterabe de lenguas africanas han facili-tado la autonomiacutea y el funcionamiento denumerosas asociaciones y empresas loca-les especialmente alliacute donde el franceacutes yel ingleacutes estaacuten poco extendidos La aso-ciacioacuten Tin-Tua que funciona en el estede Burkina Faso ha desarrollado sistemasde produccioacuten de perioacutedicos de gestioacuten de

centros escolares y de formacioacuten en len-gua gurmancheacute Las asociaciones de pue-blos de la regioacuten de Ulesebugu (Maliacute) ges-tionan empresas surgidas de la explotacioacutenagriacutecola del valle del alto Niacuteger gracias asistemas de contabilidad y de gestioacuten enbambara

Las mujeres suelen estar poco escola-rizadas El uso de las lenguas africanas paraalfabetizarlas puede permitirles pues laparticipacioacuten en proyectos de desarrollo

descentralizados Cada vez se ven maacutes coo-perativas empresas y asociaciones de de-sarrollo femeninas autofinanciadas tantoen el campo como en las ciudades Sinembargo teniendo en cuenta su falta ini-cial de educacioacuten y de formacioacuten tienenmaacutes dificultades para acceder a los creacutedi-tos y chocan con la tradicioacuten Los sistemasde ensentildeanza y las asociaciones mixtassuelen estar pues dirigidos por hombresAunque se destinen a las mujeres todaviacuteadependen mucho de ellos para la contabi-lidad y el aspecto teacutecnico

La leccioacuten es sencilla para triunfarcon grupos que se han visto privados du-rante mucho tiempo de una ensentildeanza ade-cuada la alfabetizacioacuten y la formacioacuten de-ben combinarse con la toma de responsa-bilidades econoacutemicas sociales y cultura-les concluye Peter Easton Disentildear pro-gramas con interlocutores locales en losque se combine la creacioacuten de nuevos re-cursos con la adquisicioacuten de nuevas teacutecni-cas es el auteacutentico desafiacuteo

Sue WILLIAMS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

C O M P R E N D E RL A S

IMPL I CAC IONESD E L O S

A C T O S S O B R EE L M E D I OA M B I E N T E

( F o t o copyA l i n a F u j i

B u r s a r y To b i a s

W i l s o n )

La educacioacuten medioambiental de adul-tos es un tema relativamente nuevo

Aquellos de nosotros (especialistas en edu-cacioacuten) que trabajan en este aacutembito lo con-sideran un instrumento esencial para ayu-dar a la gente a mejorar localmente su vidaa comprender las implicaciones planetariasde sus actos y a trabajar junta para cam-biar las cosas

Esta disciplina ha desarrollado unanueva energiacutea intelectual afectiva y espi-ritual (no en el sentido religioso del teacutermi-no) para no verse superada por los gravesproblemas cotidianos del entorno Unaenergiacutea extraida de numerosas fuentes Yo

soy un ejemplo de eso como educadoramedioambiental en un entorno comunita-rio eacuteste me ha ensentildeado mucho La genteno se limita a confirmar esto es un pro-blema econoacutemico o social o ecoloacutegicoLa gente dice son los problemas de lacomunidad y los considera inseparables

Durante un taller que organiceacute se pi-dioacute a los participantes que sentildealaran dos otres dificultades medioambientales paratrabajar iexclEscogieron la violencia y la ero-sioacuten del suelo Hablaron del aumento dela violencia dentro de su comunidad Des-pueacutes se fueron a un parque cercano a reco-ger muestras de lo que llamamos el suelopotencial y esparcieron hojas gusanosflores semillas agua hierbas etc sobreuna gran hoja de papel Y volvieron a dis-cutir sobe la violencia siendo este mara-villoso mosaico el reflejo de lo que ellosobservaban en su propia comunidad de losproblemas locales y mundiales de los senti-mientos y las necesidades de lo que podiacuteanaprender para trabajar juntos y comprender

M e d i o a m b i e n t e

OTROS COMPONENTES DE LA NATURALEZALa educacioacuten medioambiental no soacutelo consiste en comprender los viacutenculos entre el hombrey la naturaleza con la razoacuten sino tambieacuten con el cuerpo las emociones el espiacuteritu

queacute es realmente la cooperacioacuten A conti-nuacioacuten se inventaron un canto un poe-ma un cuento y un sainete donde se mez-claban la tierra la asociacioacuten comunitariay la colaboracioacuten iexclFue algo maacutegico

Dicho de otro modo la educacioacutenmedioambiental se basa en un trabajo in-terior y exterior en un paisaje tambieacuteninterior y exterior en la memoria y la ex-periencia en el intelecto y las emocionesen el espiacuteritu y la ciencia Trata sobre elanaacutelisis criacutetico de las raiacuteces profundas delos problemas medioambientales asiacute comosobre el restablecimiento de una relacioacutenmaacutes sensual con la naturaleza Establece

una colaboracioacuten activa entre los miembrosde la comunidad y con el resto del mundo

La persona no depende uacutenicamente delmundo natural en lo fiacutesico sino tambieacutenen lo emocional psicoloacutegico intelectual yespiritual Algunos estudios indican unacorrelacioacuten entre la escalada de violenciay la reduccioacuten de espacios verdes en lasciudades Otros relacionan los problemasde salud con la ruptura con la naturalezaEacutesta ha inspirado una gran parte del artedel mundo Por eso la educacioacuten medioam-biental de adultos debe tener en cuenta esosaspectos humanos que son la emocioacuten elcuerpo y el espiacuteritu Debe intentar com-prender mejor la relacioacuten entre el hombrey la tierra y queacute nos lleva a amar o a odiara temer o a aceptar los demaacutes componen-tes de la naturaleza

La gente ya no espera ayuda de losgobiernos Ya no confiacutea en que la ciencia yla tecnologiacutea resuelvan los problemas delmedio ambiente Los propios gobiernosempiezan a comprender que se necesita

algo maacutes que leyes reglamentos o doacutela-res para resolverlos sin la participacioacutende los ciudadanos no se puede hacer grancosa

Sin embargo no se presta demasiadaatencioacuten a la educacioacuten medioambiental deadultos dentro de su propia comunidad alo que nosotros denominamos la ensentildean-za no formal Se tiende a centildeirse a los pro-gramas de los centros educativos en espe-cial los destinados a los nintildeos A pesar dela enorme importancia de eacutestos son losadultos los que cada diacutea toman decisionesque afectan a la biosfera Son ellos quie-nes estaacuten al frente del Estado de las insti-tuciones escolares y sobre todo son ellosquienes mayor influencia ejercen sobre sushijos La escuela puede hablar de la crisisecoloacutegica pero si a los padres no les inte-resa o no creen en ella iquesta quieacuten van a creerlos hijos

INT ERRELAC IONADOSLos gobiernos deben entender que la edu-cacioacuten no formal es un medio fundamen-tal para tratar problemas sociales ymedioambientales que estaacuten interrela-cionados Y para que cambien las mentali-dades los adultos deben tener ocasioacuten dereunirse de discutir sobre el tema y debuscar soluciones colectivamente

Donde yo trabajo practicamos este tipode educacioacuten ir a la raiacutez del problema re-lacionar lo local con lo mundial analizarlas relaciones de poder (hombresmujeresseres humanosTierra) basarse en la expe-riencia vivida y en la fiesta Se produce enlas criptas de las iglesias en las calles (unescaparate vaciacuteo puede desencadenar undiaacutelogo sobre la pobreza y el desempleoantes que un texto escrito) a la orilla deun lago Aprovecha el saber colectivo paragenerar nuevos conocimientos y conduciral cambio

La tarea que nos espera es apasionantey abrumadora a la vez Pero como diceWangari Maathai del MovimientoKeniano del Cinturoacuten Verde vosotroshabeacuteis arrojado el guante nosotros vamosa recogerlo

Darlene CLOVERldquoTransformative Learning Centrerdquo

Toronto

12

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

A L D E A N A P R E P A R A N D O E L C A N G R E J O( F o t o copy Y a s m i n A r q u i z a )

Antes de asistir el pasado antildeo a un se-minario de sensibilizacioacuten en el me-

dio ambiente Gerry Latorre pescador deoficio no veiacutea en los bosques de mangla-res maacutes que una fuente inagotable de lentildeay de madera de construccioacuten Aprendiacute queteniacuteamos que conservarlos porque ahiacute sereproducen los cangrejos y las gambas delos que obtenemos lo baacutesico para subsis-tir explica Eacutesta es una de las muchascosas que ha aprendido de los formadoresdel Centro de Desarrollo de Tambuyog unorganismo de investigacioacuten con sede enManila (Filipinas) especializado en la pes-ca Las lecciones han resultado esencialespara los pescadores de los pueblos costerosde Malampaya Sound en la provincia dePalawan que se han ido empobreciendocon la reduccioacuten de sus capturas

Esto es resultado de la profunda degra-dacioacuten del medio ambiente La pesca condinamita y cianuro la transformacioacuten delos manglares en viveros el encenega-miento y la contaminacioacuten provocada porlos desechos domeacutesticos e industriales handevastado el 80 de los manglares de laregioacuten y soacutelo el 5 de los arrecifes de coralresisten todaviacutea esos ataques

JUEGO DE AZARLa investigacioacuten ha puesto de manifiestodos causas principales los recursos mari-nos y pesqueros siempre han sido consi-derados de acceso libre y los pescado-res desprovistos de tecnologiacutea de capita-les y de equipamiento veiacutean su actividadcomo un juego de azar La actitud maacutes co-rriente era decir si yo no capturo el pezahora otro lo haraacute (probablemente unbou)

Para poner remedio a esa situacioacutenTambuyog lanzoacute en 1991 un proyecto deeducacioacuten medioambiental relativa a lapesca (FEEP) Se partiacutea de la idea de quelas comunidades de pescadores son lasposeedoras legiacutetimas de los recursos mari-nos pero que para gestionarlos adecuada-mente deben comprender sus procesos dedegradacioacuten y su impacto a largo plazosobre su propia vida El programa consis-tiacutea en 36 horas de formacioacuten que daban alos pescadores una comprensioacuten general delos recursos marinos del paiacutes y nocionesecoloacutegicas fundamentales Tambieacuten les

M e d i o a m b i e n t e

PEQUENtildeOS PESCADORES Y GRANDES PECESDe la educacioacuten en el desarrollo sostenible a la entrada en poliacutetica no hay maacutes que un pasoque pescadores filipinos han dado

ayudaba a identificar las causas y los efec-tos de la degradacioacuten del medio ambienteen su localidad y a prever medidas para laconservacioacuten de los recursos pesquerosDado que la mayor parte de los pescado-res teniacutean poca formacioacuten se emplearonmeacutetodos de ensentildeanza maacutes accesibles jue-gos carteles canciones y presentacionesaudiovisuales

Desde 1995 el proyecto se ha amplia-do al desarrollo sostenible de las zonaslitorales (SCAD) Se estaacute aplicando enNueva Guinlo donde vive Gerry Latorrey en otros tres pueblos Esta formacioacutenmaacutes ambiciosa incluye la legislacioacuten so-bre la pesca y la gestioacuten comunitaria de losrecursos litorales Los vecinos no soacuteloaprenden el funcionamiento de las institu-ciones sociales que rigen su vida sino quesobre todo ganan confianza y capacidad deintervenir o de dirigir Y ahiacute es donde lapesca del SCAD resulta maacutes fructiacutefera

Una de las lecciones baacutesicas que he-mos aprendido es la importancia de tra-bajar juntos para hacer valer nuestros de-rechos sentildeala Gerry Latorre Con este finlos pescadores se han agrupado en una aso-ciacioacuten y constituyen una fuerza que lasautoridades ya no pueden ignorar Pero se

enfrentan entre otras amenazas a los bar-cos de pesca comercial de maacutes de tres to-neladas (prohibidos en la zona) al uso des-tructor de redes finas cerca de los bosquesde manglares y a la construccioacuten de diquesque forman viveros a lo largo de la orilla

Para hacer frente a todo eso y aumen-tar sus ingresos la asociacioacuten de pescado-res ha creado una reserva marina en la prin-cipal zona de reproduccioacuten de cangrejos ygambas y ha construido una jaula de pe-ces que permite criar meros muy apre-ciados en el mercado Tambieacuten ha desarro-llado una estrategia de comercializacioacuten desu pesca que protege a los vecinos de loscaprichos de un negociante que dispongadel monopolio de compra

AVA N C EComo somos conscientes de que las jau-las de peces presentaban riesgos medioam-bientales en otras provincias donde se uti-lizan alimentos industriales explica NestorBolen vicepresidente de la asociacioacutensolamente utilizamos alimentos a base depescado Es biodegradable y no deja resi-duos que enturbien el agua o provoquenuna sedimentacioacuten La asociacioacuten tam-bieacuten ha abierto un servicio de ahorro y decreacutedito que otorga preacutestamos a sus 250socios Pero su iniciativa maacutes audaz es elavance en el aspecto poliacutetico ha decididoenfrentarse a las grandes sociedades comer-ciales (que gozan de proteccioacuten poliacutetica)en su propio terreno Sus protestas reitera-das han hecho fracasar un proyecto de vi-vero a gran escala que habriacutea cerrado laszonas de pesca a las comunidades deMalampaya Pero el peligro subsiste Laasociacioacuten se ha enterado recientemente deque se habiacutean construido diques de vive-ros que impiden el acceso a los manglaresy a la pesca en esa misma zona Nadie ig-nora que el hombre de negocios que estaacutedetraacutes de la operacioacuten disfruta del apoyodel alcalde local iquestLa respuesta de la aso-ciacioacuten Nestor Bolen es uno de los candi-datos a las proacuteximas elecciones municipa-les Se trata de una simple preparacioacutenantes de las elecciones nacionales delproacuteximo antildeo ironiza

Yasmin ARQUIZAMalampaya Sound

13

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

iquest C U Aacute N D OT E N D R Aacute NU N F U T U R OP R O P I O ( F o t o copy N Z H e r a l d )

Neozelandesa y maoriacute Nora Ramekateniacutea unos 40 antildeos cuando empezoacute a

trabajar a jornada completa Habiacutea dejadola escuela pero seguiacutea implicada en la vidade su comunidad y se unioacute al movimientosindical como educadora de adultos mao-riacutees despueacutes de criar a sus cinco hijos Ejer-ce este oficio desde hace 10 antildeos siendoresponsable de educacioacuten continua de laUniversidad de Waikato donde da la uacutenicaclase de nivel universitario en lengua maoriacutesobre las relaciones en el mundo laboral

Pero sobre todo Rameka es conside-rada una aguafiestas por los funcionariosencargados del sistema nacional de educa-cioacuten de adultos que sin embargo es admi-rado internacionalmente Efectivamente

ella cree que las normas y estructuras deeste sistema -basadas en la adquisicioacuten decapacidades que requiere el mercado de tra-bajo- ignoran a las minoriacuteas autoacutectonasPara ella la carrera por la formacioacuten demano de obra calificada deja a un lado de-masiado a menudo la historia de los mao-riacutees mantenieacutendoles en la ignoracia de sulengua y de su cultura

La educacioacuten de adultos soacutelo puedeser un instrumento eficaz si incluye comopreocupacioacuten primordial la nocioacuten de tinorangatiratanga (soberaniacutea) de nuestro pue-blo asiacute como las claves de nuestro desa-rrollo como pueblo te reo (la lengua) ytikanga maori (la cultura los valores laartesaniacutea) Muchas veces me dicen Si nonos asentamos sobre unas bases soacutelidasno avanzaremos Y esas bases son la len-gua y la cultura

M i n o r iacute a s

TE REO Y TIKANGA UNA MISMA LUCHAiquestCoacutemo construir una educacioacuten de adultos que responda a las necesidades de las empresasy refuerce la identidad de una minoriacutea indiacutegena El caso de Nueva Zelandia

En total son unos 600000 algo menosde una quinta parte de la poblacioacuten neo-zelandesa los que reivindican al menosla herencia maoriacute Estaacuten econoacutemicamen-te desfavorecidos y ocupan los empleosmanuales peor pagados Seguacuten el Minis-terio de Desarrollo Maoriacute el 162 estaacutedesempleado frente al 59 del resto dela poblacioacuten La renta media de una fami-lia maoriacute es de soacutelo el 82 de la rentamedia de los no maoriacutees un 20 de esarenta procede de la ayuda social frente al5 para el resto de familias

Los maoriacutees siempre salen de la es-cuela peor cualificados que los demaacutesalumnos En la universidad soacutelo represen-tan el 6 de los alumnos y el 10 en los

centros de formacioacuten del profesorado Cer-ca del 70 de los mayores de 40 antildeos noposeen ninguna cualificacioacuten

Nueva Zelanda reestructuroacute su sistemaeducativo a comienzos de los antildeos noven-ta en torno a las necesidades de las em-presas antildeade Nora Rameka La NewZealand Qualification Authority (NZQA)que gestiona el sistema reconoce la exis-tencia de un debate apasionado en cuan-to se refiere a poner en el mismo plano elsaber maoriacute tradicional y los conocimien-tos dominantes pero se pregunta queacutebeneficios y queacute coste tendriacutea tanto cultu-rales como econoacutemicos Aunque el siste-ma no es ni definitivo ni perfecto permi-te la participacioacuten de los maoriacutees en unamedida sin precedentes

El sistema ha previsto instituciones deformacioacuten que no son ni universidades ni

institutos ni escuelas Desde mayo pasa-do se han acreditado 800 centros nuevosde los que el 20 son maoriacutees Los cursosde disciplinas tradicionales como raranga(tejido) y whakairo (escultura) han sidoencomendados a maoriacutees que los han or-ganizado y aprobado Los controlan total-mente iexclEs una novedad

Pero Nora Rameka no estaacute convenci-da Se han creado centros de formacioacutenprivados maoriacutees reconoce pero no sindificultades Tenemos que sufrir un mon-toacuten de molestias administrativas para es-tar registrados y acreditados Despueacutes ysobre todo tenemos que luchar contra unafuerte reticencia a aceptar nuestra capa-cidad y nuestras prioridades educativasEl meollo del problema es que son funcio-narios pakeha (europeos) los que decidenen uacuteltima instancia la acreditacioacuten de uncentro Ellos estaacuten dominados por una vi-sioacuten muy concreta de los objetivos y de lasprioridades nacionales en materia de edu-cacioacuten Tienen unas ideas preconcebidasy unos prejuicios profundamente arraiga-dos sobre los maoriacutees y sus lsquocarenciasrsquoAunque los servicios educativos tenganuna componente maoriacute vehiculan un sis-tema de valores europeos

D O S U N I V E R S O SPor uacuteltimo estaacute el problema de la financia-cioacuten Las autoridades y numerosos empre-sarios tienen tendencia a subvencionar uacuteni-camente los cursos reconocidos por laNZQA El argumento liberal de que lsquosiun programa educativo es intriacutensecamen-te uacutetil los estudiantes siempre encontra-raacuten el modo de pagar los cursosrsquo no tienesentido para los maoriacutees desempleadosinfraremunerados o que viven de la ayudasocialrdquo asegura Nora Rameka Sin embar-go ella no insinuacutea una retirada del siste-ma puesto que es representativo de la ma-yoriacutea Debemos funcionar en los dos uni-versos admite La cuestioacuten capital es ladel control si como pueblo autoacutectonoestamos decididos a impulsar una conti-nuidad cultural necesitamos al menos re-cuperar el control del sistema decualificacioacuten en cuanto se refiere a nues-tra lengua y a nuestra cultura

S Wy Charles RIDDLE Waikato

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 8: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

9

Matthew Organ teniacutea 16 antildeos cuandoentroacute en la casa Rover de fabrica-

cioacuten de automoacuteviles No me interesabaseguir mis estudios No me gustaba la es-cuela queriacutea trabajar Cuatro antildeos maacutestarde termina el equivalente a una forma-cioacuten profesional de comercio Despueacutes es-pera hacer lo que realmente le interesaestudios de ingenieriacutea Rover le ha pagadosu formacioacuten y le ha dado tiempo para se-guir los cursos Esto me ha permitido ob-tener al mismo tiempo una experiencia pro-fesional una educacioacuten y un sueldo

Tambieacuten gracias a Rover Matthewobtuvo el carneacute de piloto de planeadorGracias al plan de formacioacuten de la empre-sa los empleados pueden recibir hasta 100libras al antildeo para una actividad de ocio quepueda mejorar en el sentido maacutes ampliosu capacidad de trabajo desde cursos deguitarra hasta idiomas extranjeros Estobeneficia cada antildeo a uno de cada diez em-pleados Si hemos obtenido y vamos a ob-tener resultados tan fantaacutesticos es graciasa personas que aprenden constantementeque saben utilizar lo que aprenden y estaacutendecididas a poner su preparacioacuten al servi-cio de la empresa explica John Towersdirector general del grupo Rover

CAMB IO DE RUMBOCambio espectacular de una empresa queen los antildeos sesenta y setenta encarnaba eldeclive de la industria automoviliacutestica bri-taacutenica Estaba paralizada por unas praacutecti-cas obsoletas y unas relaciones laboralesdesastrosas El resultado fueron reiteradashuelgas y productos de baja calidad Du-rante antildeos las empresas del grupo nacio-nalizadas acumularon peacuterdidas 66 millonesde libras anuales a finales de los ochenta

Pero las cosas cambiaron en 1988 conla privatizacioacuten de Rover La asociacioacutencon Honda a partir de 1979 ya le habiacuteahecho descubrir a la empresa britaacutenica ladura realidad de la competencia en la in-dustria automoviliacutestica Sus dirigentescomprendieron entonces que su uacutenica po-sibilidad de supervivencia pasaba por laformacioacuten de la mano de obra En 1990Rover lanzoacute un programa de 35 millonesde libras que ofreciacutea a sus 40000 emplea-dos un amplio abanico de posibilidades deformacioacuten Sir Graham Day presidente del

A P R E N D E RE L

S E N T I D OD E E Q U I P O

( F o t oR o v e r )

E l m u n d o l a b o r a l

grupo declaraba entonces El proceso deaprendizaje es insoslayable Si la empresaquiere sobrevivir y prosperar necesitaaprender Si el grupo y su personal quie-ren ir adelante necesitan aprender

Con su tiacutetulo de ingeniero mecaacutenico enel bolsillo Gareth Beggan entroacute en Roveren 1988 en el servicio de verificacioacuten de

calidad de la faacutebrica de Longbridge cercade Birmingham en el marco de un progra-ma integral de perfeccionamiento de joacuteve-nes licenciados que requeriacutea un antildeo deestudios complementarios a tiempo parcialPero eso no era lo miacuteo reconoce En rea-lidad necesitaraacute varios antildeos para sentir lanecesidad de perfeccionarse

Mientras tanto Rover habiacutea elaboradoen estrecha colaboracioacuten con la Universi-dad de Warwick un programa integral deformacioacuten en gestioacuten (IMLP) Este tipode programa va directamente ligado a laactividad profesional de los participantesy la tesis que preparan estaacute relacionadacon su trabajo en resumen el aprendiza-je se realiza en torno al lugar de trabajoexplica Frank Hayden responsable de for-macioacuten y de desarrollo del grupo

Gareth que se encarga actualmente dela evaluacioacuten de la calidad de la red euro-pea de concesionarios Rover tomoacute la de-cisioacuten de reanudar sus estudios a tiempoparcial en 1993 Era una eacutepoca de rece-sioacuten Como habiacutea pocas posibilidades depromocioacuten interna decidiacute perfeccionar-me En el marco del programa IMLP sematriculoacute en la Universidad de Warwick

para conseguir un tiacutetulo Rover le pagoacutecursos durante varios antildeos y su superior selas arregloacute para que pudiera estudiar enparte durante su horario laboral

Rover ha obtenido el Premio 1997 dela Conferencia Mundial sobre Iniciativasen materia de Aprendizaje Permanente quese celebroacute en abril en Ottawa (Canadaacute)

Sabiacuteamos que podiacuteamos conseguir hacer-nos maacutes competitivos adoptando un enfo-que dinaacutemico para implicar a nuestros co-laboradores en la empresa sentildealabaFrank Hayden al recibir el premio en nom-bre de Rover Eacutel opina que la formacioacutencontribuye a conseguir una mano de obramaacutes motivada flexible y creativa Seguacuteneacutel esta filosofiacutea tambieacuten ha generado otrasmejoras por ejemplo las sugerencias pro-cedentes de los empleados han aumentadoen un 300 y el absentismo en los talleresha disminuido en un 15

La situacioacuten del grupo ha evoluciona-do de una forma igual de espectacularDesde 1992 Rover el primer fabricante deautomoacuteviles de Gran Bretantildea ha incre-mentado su volumen de ventas a escalamundial Su facturacioacuten anual por emplea-do pasoacute de 31000 libras en 1989 a 122000en 1994 cuando fue comprada por BMWSeguacuten Hayden Rover que perdiacutea dineroa comienzos de los antildeos noventa es ac-tualmente un grupo que obtiene beneficioscon un enorme potencial de desarrollo

Paul LashmarLondres

Eacutesta es la orden terminante del constructor britaacutenico Rover a sus asalariadosUn eacutexito que a todos favorece

iexclAPRENDA APRENDA TODO LO QUE QUIERA

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

10

I N D I A E S U N OD E L O S P O C O SP A Iacute S E S Q U ED E D I C AV E R D A D E R O SR E C U R S O S A L AL U C H A C O N T R AE L A N A L F A B E -T I S M O ( F o t oU N E S C O H u n n a rP u b l i c y )

Los resultados en materia de alfabeti-zacioacuten de adultos estaacuten muy por de-

bajo de los esfuerzos que dedican comuni-dades y alumnos Algunos estudios delBanco Mundial han llegado incluso a laconclusioacuten de que nunca han compensa-do En realidad han servido para justificarla necesidad de invertir casi exclusivamen-te en la ensentildeanza primaria Desde hace20 antildeos los recursos destinados a la alfa-betizacioacuten de adultos han disminuido no-tablemente Hoy representan en el mejorde los casos es decir en India entre un 6y un 8 del presupuesto de educacioacuten Enotras parte raramente superan el 1 o 2

Pero maacutes allaacute de las cuestiones de fi-nanciacioacuten se trata sobre todo de un fra-caso del pensamiento Durante muchotiempo se ha considerado que los analfa-betos sufriacutean una patologiacutea que se podiacuteaerradicar como la viruela Pero en el te-rreno de la educacioacuten no existe una vacu-na universal Creyendo que el modelo eu-ropeo lo era -una lengua un paiacutes un terri-torio- muchos paiacuteses se han sometido alyugo monolinguumle y han negado la plurali-dad marcada en lo maacutes profundo de su te-jido social

ESPANTAJOAhora sabemos que no soacutelo hay que favo-recer la alfabetizacioacuten en las lenguas ma-ternas sino tambieacuten elaborar el materialdentro de esa loacutegica Basta con saber leery escribir en una para hacer transpo-siciones a las demaacutes El multilinguumlismo esun espantajo En realidad se produce deforma natural una regulacioacuten interna sepasa de una lengua a otra cuando se sientela necesidad En Nigeria donde hay 410idiomas el 45 de la poblacioacuten habla tres

En general la experiencia demuestraque el aprendizaje debe tener en cuenta elcontexto socioeconoacutemico y cultural delindividuo Algunas sociedades han prescin-dido de la escritura durante siglos Las len-guas que se hablan en las comunidades detradicioacuten oral han desarrollado meacutetodosmnemoteacutecnicos que permiten conservarorganizar y reutilizar la informacioacuten Estacapacidad es tan fuerte que la alfabetiza-cioacuten elemental no basta para imponer otrofuncionamiento mental de la organizacioacutende la vida En lo cotidiano los modos de

A l f a b e t i z a c i oacute n

POR UNA ECOLOGIacuteA DEL APRENDIZAJEDe nada sirve aprender a leer escribir sumar y restar si el entorno de los neoalfabetos no haceque sea indispensable el uso provechoso de esos conocimientos

comunicacioacuten de los neoalfabetos siguensiendo los mismos y corren peligro de ol-vidar todo

Para evitarlo es necesario ante todocrear un entorno favorable a la comunica-cioacuten escrita una ecologiacutea del aprendizajeA esto aspira la posalfabetizacioacuten la cualpermite consolidar los conocimientos yespecialmente aplicarlos en los campos dela promocioacuten individual la participacioacutencomunitaria y la creacioacuten de ingresos Lagente se compromete cuando cae en cuen-ta de que no puede seguir funcionando sinlo escrito

Pero la tarea maacutes difiacutecil es crear unentorno alfabetizado y estimulante que lle-ve a los neoalfabetos a un estadio ulteriordonde disfruten de la posibilidad y del pla-cer de leer y escribir Para ello suele adop-tarse un enfoque pragmaacutetico editando cua-dernos praacutecticos Un estudio realizado en

Tanzania ha mostrado el entusiasmo de losneoalfabetos por los manuales sobre saludahorro agricultura etc Tambieacuten es posi-ble aprovechar la aficioacuten de algunas po-blaciones a la literatura oral En Senegaldonde los manuales teacutecnicos no atraiacutean alos neolectores una ONG encargoacute transcri-bir la epopeya de los peuls Esos libros sevendieron tanto que hubo que reeditarlosTambieacuten en eso hay que hacer cosas quese adapten muy bien algunos quieren co-sas praacutecticas otros suentildeos

El entorno visual tambieacuten es decisivoLa publicidad por ejemplo sigue existien-do en la lengua dominante cuando habriacuteaque inundar a la gente con carteles en las

lenguas de alfabetizacioacuten Lo mismo su-cede con los documentos oficiales En mipaiacutes Maliacute la mayoriacutea son todaviacutea en fran-ceacutes Deberiacutean estar en dos o tres lenguasDe lo contrario la gente se pregunta iquestpor-queacute hay que alfabetizarse en la lengua ma-terna si no estaacute reconocida

Se ha aprendido mucho de los fraca-sos pasados y no faltan motivos para man-tener la esperanza Los responsables estaacutencada vez maacutes convencidos del papel claveque tiene la alfabetizacioacuten Y el BancoMundial evoluciona Primero porque se dacuenta de que la alfabetizacioacuten de los ni-ntildeos no es suficiente los mejores resulta-dos se han obtenido en el marco de un pro-ceso de aprendizaje intergeneracional Afalta de eacuteste los iacutendices de abandono es-colar son muy elevados Por otra parte enmuchos paiacuteses pocos alumnos tienen ac-ceso a la ensentildeanza secundaria y vuelven

a caer en el analfabetismo Un gran por-centaje de joacutevenes adultos necesitan puesuna educacioacuten baacutesica no formal

Tambieacuten se estaacute abandonando la ideade que el analfabeto vive en la oscuridad ysiempre en un paiacutes en desarrollo Nos he-mos dado cuenta de que en pueblos apar-tados la gente poseiacutea unos conocimientosa veces muy complejos y conseguiacutea trans-mitirlos sin necesidad de la escritura ni depalabras extranjeras Por uacuteltimo se admi-te que es necesario construir sobre lo quehace la propia gente que la propia genteconstruya

Adama OUANEDivisioacuten de Educacioacuten Baacutesica

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

11

P R Aacute C T I C A D EA U T O G E S T I Oacute N( F o t o copy S I P AP R E S S F r i l e t )

Seguacuten un proverbio moreacute de BurkinaFaso quien duerme sobre una estera

prestada debe saber que duerme sobre unsuelo friacuteo Un estudio reciente realizadoen ese paiacutes asiacute como en Ghana Maliacute Niacutegery Senegal lo demuestra los cursos de al-fabetizacioacuten que tienen eacutexito son aqueacutellosen los que los participantes no soacutelo apren-den a fabricar sus propias esteras sino laforma de venderlas y de montar una faacutebri-ca de muebles para fabricar sus camas

El estudio duroacute 18 meses Su objetivoera establecer las medidas a tomar paraayudar a las asociaciones comunitarias alas empresas locales y a los grupos de ciu-dadanos a adquirir conocimientos y teacutecni-cas para llevar a cabo funciones econoacutemi-cas sociales y poliacuteticas que suele mono-polizar el gobierno o que no estaacuten asegu-radas Los autores del estudio -realizadobajo los auspicios de la OCDE del Clubdel Sahel y del Comiteacute PermanenteInterestatal de Lucha contra la Sequiacutea enel Sahel- analizaron las experiencias demaacutes de 50 comunidades donde se han rea-lizado avances significativos (o fracasosdestacables) en los campos de la descen-tralizacioacuten y de la toma local de responsa-bilidades socioeconoacutemicas y poliacuteticas

TR IP L E CAP I TAL IZAC IOacuteNHemos encontrado numerosos programasde posalfabetizacioacuten iniciados por ONGque funcionan bien explica Peter Eastoncoordinador del proyecto La clave de sueacutexito es la lsquotriple capitalizacioacutenrsquo es decirtres elementos que forman una especie deespiral ascendente la capitalizacioacuten finan-ciera que desarrolla el ahorro y el capi-tal institucional que refuerza las capaci-dades y los marcos de actuacioacuten (coope-rativas empresas etc) e intelectual quemejora las capacidades En general losprogramas incluyen uno de esos elemen-tos pero no los demaacutes

Por ejemplo en Niacuteger programasgubernamentales de posalfabetizacioacuten tu-vieron un eacutexito limitado porque al no te-ner relacioacuten con las demaacutes actividades dedesarrollo comportaban poca lsquocapitaliza-cioacutenrsquo local En cambio en la regioacuten deKutala (Maliacute) la empresa textil CMDTtraspasoacute las principales responsabilidades(creacuteditos venta de algodoacuten) a asociaciones

A l f a b e t i z a c i oacute n

SOCIEDADES DE CAPITAL PROPIOLa alfabetizacioacuten triunfa alliacute donde ayuda a las comunidades a avanzar en todos los aspectosy aprovecha todos sus recursos Ejemplos y contraejemplos en el Sahel

locales Eacutestas recurrieron a sus conoci-mientos para gestionar por siacute mismas esasactividades y reinvirtieron gran parte delos ingresos En otras palabras hay quegenerar actividades que necesiten la ad-quisicioacuten de conocimientos y sean fructiacute-feras gracias a las nuevas capacidades

Para Easton las asociaciones localesque triunfan son aqueacutellas que hacen fue-go con cualquier lentildea y sacan provechodel conjunto de recursos humanos de la

comunidad En Nioni-Coloni (Maliacute) losresponsables de la asociacioacuten local quegestiona las actividades de venta y los creacute-ditos son una mezcla de personas que a-bandonaron la escuela que siguen cursosde alfabetizacioacuten o que van a la escuelacoraacutenica Pero todos han seguido cursosde bambara en su transcripcioacuten en carac-teres latinos Y en muchas comunidades vi-sitadas de Ghana quienes habiacutean emigra-do a Accra la capital para adquirir nue-vas teacutecnicas cumplen una funcioacuten esencialen el fomento de la autonomiacutea local y deactividades generadoras de ingresos

El estudio muestra que la alfabetiza-cioacuten en lenguas africanas y la presencia depersonas que conozcan las transcripcionesen aacuterabe de lenguas africanas han facili-tado la autonomiacutea y el funcionamiento denumerosas asociaciones y empresas loca-les especialmente alliacute donde el franceacutes yel ingleacutes estaacuten poco extendidos La aso-ciacioacuten Tin-Tua que funciona en el estede Burkina Faso ha desarrollado sistemasde produccioacuten de perioacutedicos de gestioacuten de

centros escolares y de formacioacuten en len-gua gurmancheacute Las asociaciones de pue-blos de la regioacuten de Ulesebugu (Maliacute) ges-tionan empresas surgidas de la explotacioacutenagriacutecola del valle del alto Niacuteger gracias asistemas de contabilidad y de gestioacuten enbambara

Las mujeres suelen estar poco escola-rizadas El uso de las lenguas africanas paraalfabetizarlas puede permitirles pues laparticipacioacuten en proyectos de desarrollo

descentralizados Cada vez se ven maacutes coo-perativas empresas y asociaciones de de-sarrollo femeninas autofinanciadas tantoen el campo como en las ciudades Sinembargo teniendo en cuenta su falta ini-cial de educacioacuten y de formacioacuten tienenmaacutes dificultades para acceder a los creacutedi-tos y chocan con la tradicioacuten Los sistemasde ensentildeanza y las asociaciones mixtassuelen estar pues dirigidos por hombresAunque se destinen a las mujeres todaviacuteadependen mucho de ellos para la contabi-lidad y el aspecto teacutecnico

La leccioacuten es sencilla para triunfarcon grupos que se han visto privados du-rante mucho tiempo de una ensentildeanza ade-cuada la alfabetizacioacuten y la formacioacuten de-ben combinarse con la toma de responsa-bilidades econoacutemicas sociales y cultura-les concluye Peter Easton Disentildear pro-gramas con interlocutores locales en losque se combine la creacioacuten de nuevos re-cursos con la adquisicioacuten de nuevas teacutecni-cas es el auteacutentico desafiacuteo

Sue WILLIAMS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

C O M P R E N D E RL A S

IMPL I CAC IONESD E L O S

A C T O S S O B R EE L M E D I OA M B I E N T E

( F o t o copyA l i n a F u j i

B u r s a r y To b i a s

W i l s o n )

La educacioacuten medioambiental de adul-tos es un tema relativamente nuevo

Aquellos de nosotros (especialistas en edu-cacioacuten) que trabajan en este aacutembito lo con-sideran un instrumento esencial para ayu-dar a la gente a mejorar localmente su vidaa comprender las implicaciones planetariasde sus actos y a trabajar junta para cam-biar las cosas

Esta disciplina ha desarrollado unanueva energiacutea intelectual afectiva y espi-ritual (no en el sentido religioso del teacutermi-no) para no verse superada por los gravesproblemas cotidianos del entorno Unaenergiacutea extraida de numerosas fuentes Yo

soy un ejemplo de eso como educadoramedioambiental en un entorno comunita-rio eacuteste me ha ensentildeado mucho La genteno se limita a confirmar esto es un pro-blema econoacutemico o social o ecoloacutegicoLa gente dice son los problemas de lacomunidad y los considera inseparables

Durante un taller que organiceacute se pi-dioacute a los participantes que sentildealaran dos otres dificultades medioambientales paratrabajar iexclEscogieron la violencia y la ero-sioacuten del suelo Hablaron del aumento dela violencia dentro de su comunidad Des-pueacutes se fueron a un parque cercano a reco-ger muestras de lo que llamamos el suelopotencial y esparcieron hojas gusanosflores semillas agua hierbas etc sobreuna gran hoja de papel Y volvieron a dis-cutir sobe la violencia siendo este mara-villoso mosaico el reflejo de lo que ellosobservaban en su propia comunidad de losproblemas locales y mundiales de los senti-mientos y las necesidades de lo que podiacuteanaprender para trabajar juntos y comprender

M e d i o a m b i e n t e

OTROS COMPONENTES DE LA NATURALEZALa educacioacuten medioambiental no soacutelo consiste en comprender los viacutenculos entre el hombrey la naturaleza con la razoacuten sino tambieacuten con el cuerpo las emociones el espiacuteritu

queacute es realmente la cooperacioacuten A conti-nuacioacuten se inventaron un canto un poe-ma un cuento y un sainete donde se mez-claban la tierra la asociacioacuten comunitariay la colaboracioacuten iexclFue algo maacutegico

Dicho de otro modo la educacioacutenmedioambiental se basa en un trabajo in-terior y exterior en un paisaje tambieacuteninterior y exterior en la memoria y la ex-periencia en el intelecto y las emocionesen el espiacuteritu y la ciencia Trata sobre elanaacutelisis criacutetico de las raiacuteces profundas delos problemas medioambientales asiacute comosobre el restablecimiento de una relacioacutenmaacutes sensual con la naturaleza Establece

una colaboracioacuten activa entre los miembrosde la comunidad y con el resto del mundo

La persona no depende uacutenicamente delmundo natural en lo fiacutesico sino tambieacutenen lo emocional psicoloacutegico intelectual yespiritual Algunos estudios indican unacorrelacioacuten entre la escalada de violenciay la reduccioacuten de espacios verdes en lasciudades Otros relacionan los problemasde salud con la ruptura con la naturalezaEacutesta ha inspirado una gran parte del artedel mundo Por eso la educacioacuten medioam-biental de adultos debe tener en cuenta esosaspectos humanos que son la emocioacuten elcuerpo y el espiacuteritu Debe intentar com-prender mejor la relacioacuten entre el hombrey la tierra y queacute nos lleva a amar o a odiara temer o a aceptar los demaacutes componen-tes de la naturaleza

La gente ya no espera ayuda de losgobiernos Ya no confiacutea en que la ciencia yla tecnologiacutea resuelvan los problemas delmedio ambiente Los propios gobiernosempiezan a comprender que se necesita

algo maacutes que leyes reglamentos o doacutela-res para resolverlos sin la participacioacutende los ciudadanos no se puede hacer grancosa

Sin embargo no se presta demasiadaatencioacuten a la educacioacuten medioambiental deadultos dentro de su propia comunidad alo que nosotros denominamos la ensentildean-za no formal Se tiende a centildeirse a los pro-gramas de los centros educativos en espe-cial los destinados a los nintildeos A pesar dela enorme importancia de eacutestos son losadultos los que cada diacutea toman decisionesque afectan a la biosfera Son ellos quie-nes estaacuten al frente del Estado de las insti-tuciones escolares y sobre todo son ellosquienes mayor influencia ejercen sobre sushijos La escuela puede hablar de la crisisecoloacutegica pero si a los padres no les inte-resa o no creen en ella iquesta quieacuten van a creerlos hijos

INT ERRELAC IONADOSLos gobiernos deben entender que la edu-cacioacuten no formal es un medio fundamen-tal para tratar problemas sociales ymedioambientales que estaacuten interrela-cionados Y para que cambien las mentali-dades los adultos deben tener ocasioacuten dereunirse de discutir sobre el tema y debuscar soluciones colectivamente

Donde yo trabajo practicamos este tipode educacioacuten ir a la raiacutez del problema re-lacionar lo local con lo mundial analizarlas relaciones de poder (hombresmujeresseres humanosTierra) basarse en la expe-riencia vivida y en la fiesta Se produce enlas criptas de las iglesias en las calles (unescaparate vaciacuteo puede desencadenar undiaacutelogo sobre la pobreza y el desempleoantes que un texto escrito) a la orilla deun lago Aprovecha el saber colectivo paragenerar nuevos conocimientos y conduciral cambio

La tarea que nos espera es apasionantey abrumadora a la vez Pero como diceWangari Maathai del MovimientoKeniano del Cinturoacuten Verde vosotroshabeacuteis arrojado el guante nosotros vamosa recogerlo

Darlene CLOVERldquoTransformative Learning Centrerdquo

Toronto

12

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

A L D E A N A P R E P A R A N D O E L C A N G R E J O( F o t o copy Y a s m i n A r q u i z a )

Antes de asistir el pasado antildeo a un se-minario de sensibilizacioacuten en el me-

dio ambiente Gerry Latorre pescador deoficio no veiacutea en los bosques de mangla-res maacutes que una fuente inagotable de lentildeay de madera de construccioacuten Aprendiacute queteniacuteamos que conservarlos porque ahiacute sereproducen los cangrejos y las gambas delos que obtenemos lo baacutesico para subsis-tir explica Eacutesta es una de las muchascosas que ha aprendido de los formadoresdel Centro de Desarrollo de Tambuyog unorganismo de investigacioacuten con sede enManila (Filipinas) especializado en la pes-ca Las lecciones han resultado esencialespara los pescadores de los pueblos costerosde Malampaya Sound en la provincia dePalawan que se han ido empobreciendocon la reduccioacuten de sus capturas

Esto es resultado de la profunda degra-dacioacuten del medio ambiente La pesca condinamita y cianuro la transformacioacuten delos manglares en viveros el encenega-miento y la contaminacioacuten provocada porlos desechos domeacutesticos e industriales handevastado el 80 de los manglares de laregioacuten y soacutelo el 5 de los arrecifes de coralresisten todaviacutea esos ataques

JUEGO DE AZARLa investigacioacuten ha puesto de manifiestodos causas principales los recursos mari-nos y pesqueros siempre han sido consi-derados de acceso libre y los pescado-res desprovistos de tecnologiacutea de capita-les y de equipamiento veiacutean su actividadcomo un juego de azar La actitud maacutes co-rriente era decir si yo no capturo el pezahora otro lo haraacute (probablemente unbou)

Para poner remedio a esa situacioacutenTambuyog lanzoacute en 1991 un proyecto deeducacioacuten medioambiental relativa a lapesca (FEEP) Se partiacutea de la idea de quelas comunidades de pescadores son lasposeedoras legiacutetimas de los recursos mari-nos pero que para gestionarlos adecuada-mente deben comprender sus procesos dedegradacioacuten y su impacto a largo plazosobre su propia vida El programa consis-tiacutea en 36 horas de formacioacuten que daban alos pescadores una comprensioacuten general delos recursos marinos del paiacutes y nocionesecoloacutegicas fundamentales Tambieacuten les

M e d i o a m b i e n t e

PEQUENtildeOS PESCADORES Y GRANDES PECESDe la educacioacuten en el desarrollo sostenible a la entrada en poliacutetica no hay maacutes que un pasoque pescadores filipinos han dado

ayudaba a identificar las causas y los efec-tos de la degradacioacuten del medio ambienteen su localidad y a prever medidas para laconservacioacuten de los recursos pesquerosDado que la mayor parte de los pescado-res teniacutean poca formacioacuten se emplearonmeacutetodos de ensentildeanza maacutes accesibles jue-gos carteles canciones y presentacionesaudiovisuales

Desde 1995 el proyecto se ha amplia-do al desarrollo sostenible de las zonaslitorales (SCAD) Se estaacute aplicando enNueva Guinlo donde vive Gerry Latorrey en otros tres pueblos Esta formacioacutenmaacutes ambiciosa incluye la legislacioacuten so-bre la pesca y la gestioacuten comunitaria de losrecursos litorales Los vecinos no soacuteloaprenden el funcionamiento de las institu-ciones sociales que rigen su vida sino quesobre todo ganan confianza y capacidad deintervenir o de dirigir Y ahiacute es donde lapesca del SCAD resulta maacutes fructiacutefera

Una de las lecciones baacutesicas que he-mos aprendido es la importancia de tra-bajar juntos para hacer valer nuestros de-rechos sentildeala Gerry Latorre Con este finlos pescadores se han agrupado en una aso-ciacioacuten y constituyen una fuerza que lasautoridades ya no pueden ignorar Pero se

enfrentan entre otras amenazas a los bar-cos de pesca comercial de maacutes de tres to-neladas (prohibidos en la zona) al uso des-tructor de redes finas cerca de los bosquesde manglares y a la construccioacuten de diquesque forman viveros a lo largo de la orilla

Para hacer frente a todo eso y aumen-tar sus ingresos la asociacioacuten de pescado-res ha creado una reserva marina en la prin-cipal zona de reproduccioacuten de cangrejos ygambas y ha construido una jaula de pe-ces que permite criar meros muy apre-ciados en el mercado Tambieacuten ha desarro-llado una estrategia de comercializacioacuten desu pesca que protege a los vecinos de loscaprichos de un negociante que dispongadel monopolio de compra

AVA N C EComo somos conscientes de que las jau-las de peces presentaban riesgos medioam-bientales en otras provincias donde se uti-lizan alimentos industriales explica NestorBolen vicepresidente de la asociacioacutensolamente utilizamos alimentos a base depescado Es biodegradable y no deja resi-duos que enturbien el agua o provoquenuna sedimentacioacuten La asociacioacuten tam-bieacuten ha abierto un servicio de ahorro y decreacutedito que otorga preacutestamos a sus 250socios Pero su iniciativa maacutes audaz es elavance en el aspecto poliacutetico ha decididoenfrentarse a las grandes sociedades comer-ciales (que gozan de proteccioacuten poliacutetica)en su propio terreno Sus protestas reitera-das han hecho fracasar un proyecto de vi-vero a gran escala que habriacutea cerrado laszonas de pesca a las comunidades deMalampaya Pero el peligro subsiste Laasociacioacuten se ha enterado recientemente deque se habiacutean construido diques de vive-ros que impiden el acceso a los manglaresy a la pesca en esa misma zona Nadie ig-nora que el hombre de negocios que estaacutedetraacutes de la operacioacuten disfruta del apoyodel alcalde local iquestLa respuesta de la aso-ciacioacuten Nestor Bolen es uno de los candi-datos a las proacuteximas elecciones municipa-les Se trata de una simple preparacioacutenantes de las elecciones nacionales delproacuteximo antildeo ironiza

Yasmin ARQUIZAMalampaya Sound

13

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

iquest C U Aacute N D OT E N D R Aacute NU N F U T U R OP R O P I O ( F o t o copy N Z H e r a l d )

Neozelandesa y maoriacute Nora Ramekateniacutea unos 40 antildeos cuando empezoacute a

trabajar a jornada completa Habiacutea dejadola escuela pero seguiacutea implicada en la vidade su comunidad y se unioacute al movimientosindical como educadora de adultos mao-riacutees despueacutes de criar a sus cinco hijos Ejer-ce este oficio desde hace 10 antildeos siendoresponsable de educacioacuten continua de laUniversidad de Waikato donde da la uacutenicaclase de nivel universitario en lengua maoriacutesobre las relaciones en el mundo laboral

Pero sobre todo Rameka es conside-rada una aguafiestas por los funcionariosencargados del sistema nacional de educa-cioacuten de adultos que sin embargo es admi-rado internacionalmente Efectivamente

ella cree que las normas y estructuras deeste sistema -basadas en la adquisicioacuten decapacidades que requiere el mercado de tra-bajo- ignoran a las minoriacuteas autoacutectonasPara ella la carrera por la formacioacuten demano de obra calificada deja a un lado de-masiado a menudo la historia de los mao-riacutees mantenieacutendoles en la ignoracia de sulengua y de su cultura

La educacioacuten de adultos soacutelo puedeser un instrumento eficaz si incluye comopreocupacioacuten primordial la nocioacuten de tinorangatiratanga (soberaniacutea) de nuestro pue-blo asiacute como las claves de nuestro desa-rrollo como pueblo te reo (la lengua) ytikanga maori (la cultura los valores laartesaniacutea) Muchas veces me dicen Si nonos asentamos sobre unas bases soacutelidasno avanzaremos Y esas bases son la len-gua y la cultura

M i n o r iacute a s

TE REO Y TIKANGA UNA MISMA LUCHAiquestCoacutemo construir una educacioacuten de adultos que responda a las necesidades de las empresasy refuerce la identidad de una minoriacutea indiacutegena El caso de Nueva Zelandia

En total son unos 600000 algo menosde una quinta parte de la poblacioacuten neo-zelandesa los que reivindican al menosla herencia maoriacute Estaacuten econoacutemicamen-te desfavorecidos y ocupan los empleosmanuales peor pagados Seguacuten el Minis-terio de Desarrollo Maoriacute el 162 estaacutedesempleado frente al 59 del resto dela poblacioacuten La renta media de una fami-lia maoriacute es de soacutelo el 82 de la rentamedia de los no maoriacutees un 20 de esarenta procede de la ayuda social frente al5 para el resto de familias

Los maoriacutees siempre salen de la es-cuela peor cualificados que los demaacutesalumnos En la universidad soacutelo represen-tan el 6 de los alumnos y el 10 en los

centros de formacioacuten del profesorado Cer-ca del 70 de los mayores de 40 antildeos noposeen ninguna cualificacioacuten

Nueva Zelanda reestructuroacute su sistemaeducativo a comienzos de los antildeos noven-ta en torno a las necesidades de las em-presas antildeade Nora Rameka La NewZealand Qualification Authority (NZQA)que gestiona el sistema reconoce la exis-tencia de un debate apasionado en cuan-to se refiere a poner en el mismo plano elsaber maoriacute tradicional y los conocimien-tos dominantes pero se pregunta queacutebeneficios y queacute coste tendriacutea tanto cultu-rales como econoacutemicos Aunque el siste-ma no es ni definitivo ni perfecto permi-te la participacioacuten de los maoriacutees en unamedida sin precedentes

El sistema ha previsto instituciones deformacioacuten que no son ni universidades ni

institutos ni escuelas Desde mayo pasa-do se han acreditado 800 centros nuevosde los que el 20 son maoriacutees Los cursosde disciplinas tradicionales como raranga(tejido) y whakairo (escultura) han sidoencomendados a maoriacutees que los han or-ganizado y aprobado Los controlan total-mente iexclEs una novedad

Pero Nora Rameka no estaacute convenci-da Se han creado centros de formacioacutenprivados maoriacutees reconoce pero no sindificultades Tenemos que sufrir un mon-toacuten de molestias administrativas para es-tar registrados y acreditados Despueacutes ysobre todo tenemos que luchar contra unafuerte reticencia a aceptar nuestra capa-cidad y nuestras prioridades educativasEl meollo del problema es que son funcio-narios pakeha (europeos) los que decidenen uacuteltima instancia la acreditacioacuten de uncentro Ellos estaacuten dominados por una vi-sioacuten muy concreta de los objetivos y de lasprioridades nacionales en materia de edu-cacioacuten Tienen unas ideas preconcebidasy unos prejuicios profundamente arraiga-dos sobre los maoriacutees y sus lsquocarenciasrsquoAunque los servicios educativos tenganuna componente maoriacute vehiculan un sis-tema de valores europeos

D O S U N I V E R S O SPor uacuteltimo estaacute el problema de la financia-cioacuten Las autoridades y numerosos empre-sarios tienen tendencia a subvencionar uacuteni-camente los cursos reconocidos por laNZQA El argumento liberal de que lsquosiun programa educativo es intriacutensecamen-te uacutetil los estudiantes siempre encontra-raacuten el modo de pagar los cursosrsquo no tienesentido para los maoriacutees desempleadosinfraremunerados o que viven de la ayudasocialrdquo asegura Nora Rameka Sin embar-go ella no insinuacutea una retirada del siste-ma puesto que es representativo de la ma-yoriacutea Debemos funcionar en los dos uni-versos admite La cuestioacuten capital es ladel control si como pueblo autoacutectonoestamos decididos a impulsar una conti-nuidad cultural necesitamos al menos re-cuperar el control del sistema decualificacioacuten en cuanto se refiere a nues-tra lengua y a nuestra cultura

S Wy Charles RIDDLE Waikato

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 9: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

10

I N D I A E S U N OD E L O S P O C O SP A Iacute S E S Q U ED E D I C AV E R D A D E R O SR E C U R S O S A L AL U C H A C O N T R AE L A N A L F A B E -T I S M O ( F o t oU N E S C O H u n n a rP u b l i c y )

Los resultados en materia de alfabeti-zacioacuten de adultos estaacuten muy por de-

bajo de los esfuerzos que dedican comuni-dades y alumnos Algunos estudios delBanco Mundial han llegado incluso a laconclusioacuten de que nunca han compensa-do En realidad han servido para justificarla necesidad de invertir casi exclusivamen-te en la ensentildeanza primaria Desde hace20 antildeos los recursos destinados a la alfa-betizacioacuten de adultos han disminuido no-tablemente Hoy representan en el mejorde los casos es decir en India entre un 6y un 8 del presupuesto de educacioacuten Enotras parte raramente superan el 1 o 2

Pero maacutes allaacute de las cuestiones de fi-nanciacioacuten se trata sobre todo de un fra-caso del pensamiento Durante muchotiempo se ha considerado que los analfa-betos sufriacutean una patologiacutea que se podiacuteaerradicar como la viruela Pero en el te-rreno de la educacioacuten no existe una vacu-na universal Creyendo que el modelo eu-ropeo lo era -una lengua un paiacutes un terri-torio- muchos paiacuteses se han sometido alyugo monolinguumle y han negado la plurali-dad marcada en lo maacutes profundo de su te-jido social

ESPANTAJOAhora sabemos que no soacutelo hay que favo-recer la alfabetizacioacuten en las lenguas ma-ternas sino tambieacuten elaborar el materialdentro de esa loacutegica Basta con saber leery escribir en una para hacer transpo-siciones a las demaacutes El multilinguumlismo esun espantajo En realidad se produce deforma natural una regulacioacuten interna sepasa de una lengua a otra cuando se sientela necesidad En Nigeria donde hay 410idiomas el 45 de la poblacioacuten habla tres

En general la experiencia demuestraque el aprendizaje debe tener en cuenta elcontexto socioeconoacutemico y cultural delindividuo Algunas sociedades han prescin-dido de la escritura durante siglos Las len-guas que se hablan en las comunidades detradicioacuten oral han desarrollado meacutetodosmnemoteacutecnicos que permiten conservarorganizar y reutilizar la informacioacuten Estacapacidad es tan fuerte que la alfabetiza-cioacuten elemental no basta para imponer otrofuncionamiento mental de la organizacioacutende la vida En lo cotidiano los modos de

A l f a b e t i z a c i oacute n

POR UNA ECOLOGIacuteA DEL APRENDIZAJEDe nada sirve aprender a leer escribir sumar y restar si el entorno de los neoalfabetos no haceque sea indispensable el uso provechoso de esos conocimientos

comunicacioacuten de los neoalfabetos siguensiendo los mismos y corren peligro de ol-vidar todo

Para evitarlo es necesario ante todocrear un entorno favorable a la comunica-cioacuten escrita una ecologiacutea del aprendizajeA esto aspira la posalfabetizacioacuten la cualpermite consolidar los conocimientos yespecialmente aplicarlos en los campos dela promocioacuten individual la participacioacutencomunitaria y la creacioacuten de ingresos Lagente se compromete cuando cae en cuen-ta de que no puede seguir funcionando sinlo escrito

Pero la tarea maacutes difiacutecil es crear unentorno alfabetizado y estimulante que lle-ve a los neoalfabetos a un estadio ulteriordonde disfruten de la posibilidad y del pla-cer de leer y escribir Para ello suele adop-tarse un enfoque pragmaacutetico editando cua-dernos praacutecticos Un estudio realizado en

Tanzania ha mostrado el entusiasmo de losneoalfabetos por los manuales sobre saludahorro agricultura etc Tambieacuten es posi-ble aprovechar la aficioacuten de algunas po-blaciones a la literatura oral En Senegaldonde los manuales teacutecnicos no atraiacutean alos neolectores una ONG encargoacute transcri-bir la epopeya de los peuls Esos libros sevendieron tanto que hubo que reeditarlosTambieacuten en eso hay que hacer cosas quese adapten muy bien algunos quieren co-sas praacutecticas otros suentildeos

El entorno visual tambieacuten es decisivoLa publicidad por ejemplo sigue existien-do en la lengua dominante cuando habriacuteaque inundar a la gente con carteles en las

lenguas de alfabetizacioacuten Lo mismo su-cede con los documentos oficiales En mipaiacutes Maliacute la mayoriacutea son todaviacutea en fran-ceacutes Deberiacutean estar en dos o tres lenguasDe lo contrario la gente se pregunta iquestpor-queacute hay que alfabetizarse en la lengua ma-terna si no estaacute reconocida

Se ha aprendido mucho de los fraca-sos pasados y no faltan motivos para man-tener la esperanza Los responsables estaacutencada vez maacutes convencidos del papel claveque tiene la alfabetizacioacuten Y el BancoMundial evoluciona Primero porque se dacuenta de que la alfabetizacioacuten de los ni-ntildeos no es suficiente los mejores resulta-dos se han obtenido en el marco de un pro-ceso de aprendizaje intergeneracional Afalta de eacuteste los iacutendices de abandono es-colar son muy elevados Por otra parte enmuchos paiacuteses pocos alumnos tienen ac-ceso a la ensentildeanza secundaria y vuelven

a caer en el analfabetismo Un gran por-centaje de joacutevenes adultos necesitan puesuna educacioacuten baacutesica no formal

Tambieacuten se estaacute abandonando la ideade que el analfabeto vive en la oscuridad ysiempre en un paiacutes en desarrollo Nos he-mos dado cuenta de que en pueblos apar-tados la gente poseiacutea unos conocimientosa veces muy complejos y conseguiacutea trans-mitirlos sin necesidad de la escritura ni depalabras extranjeras Por uacuteltimo se admi-te que es necesario construir sobre lo quehace la propia gente que la propia genteconstruya

Adama OUANEDivisioacuten de Educacioacuten Baacutesica

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

11

P R Aacute C T I C A D EA U T O G E S T I Oacute N( F o t o copy S I P AP R E S S F r i l e t )

Seguacuten un proverbio moreacute de BurkinaFaso quien duerme sobre una estera

prestada debe saber que duerme sobre unsuelo friacuteo Un estudio reciente realizadoen ese paiacutes asiacute como en Ghana Maliacute Niacutegery Senegal lo demuestra los cursos de al-fabetizacioacuten que tienen eacutexito son aqueacutellosen los que los participantes no soacutelo apren-den a fabricar sus propias esteras sino laforma de venderlas y de montar una faacutebri-ca de muebles para fabricar sus camas

El estudio duroacute 18 meses Su objetivoera establecer las medidas a tomar paraayudar a las asociaciones comunitarias alas empresas locales y a los grupos de ciu-dadanos a adquirir conocimientos y teacutecni-cas para llevar a cabo funciones econoacutemi-cas sociales y poliacuteticas que suele mono-polizar el gobierno o que no estaacuten asegu-radas Los autores del estudio -realizadobajo los auspicios de la OCDE del Clubdel Sahel y del Comiteacute PermanenteInterestatal de Lucha contra la Sequiacutea enel Sahel- analizaron las experiencias demaacutes de 50 comunidades donde se han rea-lizado avances significativos (o fracasosdestacables) en los campos de la descen-tralizacioacuten y de la toma local de responsa-bilidades socioeconoacutemicas y poliacuteticas

TR IP L E CAP I TAL IZAC IOacuteNHemos encontrado numerosos programasde posalfabetizacioacuten iniciados por ONGque funcionan bien explica Peter Eastoncoordinador del proyecto La clave de sueacutexito es la lsquotriple capitalizacioacutenrsquo es decirtres elementos que forman una especie deespiral ascendente la capitalizacioacuten finan-ciera que desarrolla el ahorro y el capi-tal institucional que refuerza las capaci-dades y los marcos de actuacioacuten (coope-rativas empresas etc) e intelectual quemejora las capacidades En general losprogramas incluyen uno de esos elemen-tos pero no los demaacutes

Por ejemplo en Niacuteger programasgubernamentales de posalfabetizacioacuten tu-vieron un eacutexito limitado porque al no te-ner relacioacuten con las demaacutes actividades dedesarrollo comportaban poca lsquocapitaliza-cioacutenrsquo local En cambio en la regioacuten deKutala (Maliacute) la empresa textil CMDTtraspasoacute las principales responsabilidades(creacuteditos venta de algodoacuten) a asociaciones

A l f a b e t i z a c i oacute n

SOCIEDADES DE CAPITAL PROPIOLa alfabetizacioacuten triunfa alliacute donde ayuda a las comunidades a avanzar en todos los aspectosy aprovecha todos sus recursos Ejemplos y contraejemplos en el Sahel

locales Eacutestas recurrieron a sus conoci-mientos para gestionar por siacute mismas esasactividades y reinvirtieron gran parte delos ingresos En otras palabras hay quegenerar actividades que necesiten la ad-quisicioacuten de conocimientos y sean fructiacute-feras gracias a las nuevas capacidades

Para Easton las asociaciones localesque triunfan son aqueacutellas que hacen fue-go con cualquier lentildea y sacan provechodel conjunto de recursos humanos de la

comunidad En Nioni-Coloni (Maliacute) losresponsables de la asociacioacuten local quegestiona las actividades de venta y los creacute-ditos son una mezcla de personas que a-bandonaron la escuela que siguen cursosde alfabetizacioacuten o que van a la escuelacoraacutenica Pero todos han seguido cursosde bambara en su transcripcioacuten en carac-teres latinos Y en muchas comunidades vi-sitadas de Ghana quienes habiacutean emigra-do a Accra la capital para adquirir nue-vas teacutecnicas cumplen una funcioacuten esencialen el fomento de la autonomiacutea local y deactividades generadoras de ingresos

El estudio muestra que la alfabetiza-cioacuten en lenguas africanas y la presencia depersonas que conozcan las transcripcionesen aacuterabe de lenguas africanas han facili-tado la autonomiacutea y el funcionamiento denumerosas asociaciones y empresas loca-les especialmente alliacute donde el franceacutes yel ingleacutes estaacuten poco extendidos La aso-ciacioacuten Tin-Tua que funciona en el estede Burkina Faso ha desarrollado sistemasde produccioacuten de perioacutedicos de gestioacuten de

centros escolares y de formacioacuten en len-gua gurmancheacute Las asociaciones de pue-blos de la regioacuten de Ulesebugu (Maliacute) ges-tionan empresas surgidas de la explotacioacutenagriacutecola del valle del alto Niacuteger gracias asistemas de contabilidad y de gestioacuten enbambara

Las mujeres suelen estar poco escola-rizadas El uso de las lenguas africanas paraalfabetizarlas puede permitirles pues laparticipacioacuten en proyectos de desarrollo

descentralizados Cada vez se ven maacutes coo-perativas empresas y asociaciones de de-sarrollo femeninas autofinanciadas tantoen el campo como en las ciudades Sinembargo teniendo en cuenta su falta ini-cial de educacioacuten y de formacioacuten tienenmaacutes dificultades para acceder a los creacutedi-tos y chocan con la tradicioacuten Los sistemasde ensentildeanza y las asociaciones mixtassuelen estar pues dirigidos por hombresAunque se destinen a las mujeres todaviacuteadependen mucho de ellos para la contabi-lidad y el aspecto teacutecnico

La leccioacuten es sencilla para triunfarcon grupos que se han visto privados du-rante mucho tiempo de una ensentildeanza ade-cuada la alfabetizacioacuten y la formacioacuten de-ben combinarse con la toma de responsa-bilidades econoacutemicas sociales y cultura-les concluye Peter Easton Disentildear pro-gramas con interlocutores locales en losque se combine la creacioacuten de nuevos re-cursos con la adquisicioacuten de nuevas teacutecni-cas es el auteacutentico desafiacuteo

Sue WILLIAMS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

C O M P R E N D E RL A S

IMPL I CAC IONESD E L O S

A C T O S S O B R EE L M E D I OA M B I E N T E

( F o t o copyA l i n a F u j i

B u r s a r y To b i a s

W i l s o n )

La educacioacuten medioambiental de adul-tos es un tema relativamente nuevo

Aquellos de nosotros (especialistas en edu-cacioacuten) que trabajan en este aacutembito lo con-sideran un instrumento esencial para ayu-dar a la gente a mejorar localmente su vidaa comprender las implicaciones planetariasde sus actos y a trabajar junta para cam-biar las cosas

Esta disciplina ha desarrollado unanueva energiacutea intelectual afectiva y espi-ritual (no en el sentido religioso del teacutermi-no) para no verse superada por los gravesproblemas cotidianos del entorno Unaenergiacutea extraida de numerosas fuentes Yo

soy un ejemplo de eso como educadoramedioambiental en un entorno comunita-rio eacuteste me ha ensentildeado mucho La genteno se limita a confirmar esto es un pro-blema econoacutemico o social o ecoloacutegicoLa gente dice son los problemas de lacomunidad y los considera inseparables

Durante un taller que organiceacute se pi-dioacute a los participantes que sentildealaran dos otres dificultades medioambientales paratrabajar iexclEscogieron la violencia y la ero-sioacuten del suelo Hablaron del aumento dela violencia dentro de su comunidad Des-pueacutes se fueron a un parque cercano a reco-ger muestras de lo que llamamos el suelopotencial y esparcieron hojas gusanosflores semillas agua hierbas etc sobreuna gran hoja de papel Y volvieron a dis-cutir sobe la violencia siendo este mara-villoso mosaico el reflejo de lo que ellosobservaban en su propia comunidad de losproblemas locales y mundiales de los senti-mientos y las necesidades de lo que podiacuteanaprender para trabajar juntos y comprender

M e d i o a m b i e n t e

OTROS COMPONENTES DE LA NATURALEZALa educacioacuten medioambiental no soacutelo consiste en comprender los viacutenculos entre el hombrey la naturaleza con la razoacuten sino tambieacuten con el cuerpo las emociones el espiacuteritu

queacute es realmente la cooperacioacuten A conti-nuacioacuten se inventaron un canto un poe-ma un cuento y un sainete donde se mez-claban la tierra la asociacioacuten comunitariay la colaboracioacuten iexclFue algo maacutegico

Dicho de otro modo la educacioacutenmedioambiental se basa en un trabajo in-terior y exterior en un paisaje tambieacuteninterior y exterior en la memoria y la ex-periencia en el intelecto y las emocionesen el espiacuteritu y la ciencia Trata sobre elanaacutelisis criacutetico de las raiacuteces profundas delos problemas medioambientales asiacute comosobre el restablecimiento de una relacioacutenmaacutes sensual con la naturaleza Establece

una colaboracioacuten activa entre los miembrosde la comunidad y con el resto del mundo

La persona no depende uacutenicamente delmundo natural en lo fiacutesico sino tambieacutenen lo emocional psicoloacutegico intelectual yespiritual Algunos estudios indican unacorrelacioacuten entre la escalada de violenciay la reduccioacuten de espacios verdes en lasciudades Otros relacionan los problemasde salud con la ruptura con la naturalezaEacutesta ha inspirado una gran parte del artedel mundo Por eso la educacioacuten medioam-biental de adultos debe tener en cuenta esosaspectos humanos que son la emocioacuten elcuerpo y el espiacuteritu Debe intentar com-prender mejor la relacioacuten entre el hombrey la tierra y queacute nos lleva a amar o a odiara temer o a aceptar los demaacutes componen-tes de la naturaleza

La gente ya no espera ayuda de losgobiernos Ya no confiacutea en que la ciencia yla tecnologiacutea resuelvan los problemas delmedio ambiente Los propios gobiernosempiezan a comprender que se necesita

algo maacutes que leyes reglamentos o doacutela-res para resolverlos sin la participacioacutende los ciudadanos no se puede hacer grancosa

Sin embargo no se presta demasiadaatencioacuten a la educacioacuten medioambiental deadultos dentro de su propia comunidad alo que nosotros denominamos la ensentildean-za no formal Se tiende a centildeirse a los pro-gramas de los centros educativos en espe-cial los destinados a los nintildeos A pesar dela enorme importancia de eacutestos son losadultos los que cada diacutea toman decisionesque afectan a la biosfera Son ellos quie-nes estaacuten al frente del Estado de las insti-tuciones escolares y sobre todo son ellosquienes mayor influencia ejercen sobre sushijos La escuela puede hablar de la crisisecoloacutegica pero si a los padres no les inte-resa o no creen en ella iquesta quieacuten van a creerlos hijos

INT ERRELAC IONADOSLos gobiernos deben entender que la edu-cacioacuten no formal es un medio fundamen-tal para tratar problemas sociales ymedioambientales que estaacuten interrela-cionados Y para que cambien las mentali-dades los adultos deben tener ocasioacuten dereunirse de discutir sobre el tema y debuscar soluciones colectivamente

Donde yo trabajo practicamos este tipode educacioacuten ir a la raiacutez del problema re-lacionar lo local con lo mundial analizarlas relaciones de poder (hombresmujeresseres humanosTierra) basarse en la expe-riencia vivida y en la fiesta Se produce enlas criptas de las iglesias en las calles (unescaparate vaciacuteo puede desencadenar undiaacutelogo sobre la pobreza y el desempleoantes que un texto escrito) a la orilla deun lago Aprovecha el saber colectivo paragenerar nuevos conocimientos y conduciral cambio

La tarea que nos espera es apasionantey abrumadora a la vez Pero como diceWangari Maathai del MovimientoKeniano del Cinturoacuten Verde vosotroshabeacuteis arrojado el guante nosotros vamosa recogerlo

Darlene CLOVERldquoTransformative Learning Centrerdquo

Toronto

12

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

A L D E A N A P R E P A R A N D O E L C A N G R E J O( F o t o copy Y a s m i n A r q u i z a )

Antes de asistir el pasado antildeo a un se-minario de sensibilizacioacuten en el me-

dio ambiente Gerry Latorre pescador deoficio no veiacutea en los bosques de mangla-res maacutes que una fuente inagotable de lentildeay de madera de construccioacuten Aprendiacute queteniacuteamos que conservarlos porque ahiacute sereproducen los cangrejos y las gambas delos que obtenemos lo baacutesico para subsis-tir explica Eacutesta es una de las muchascosas que ha aprendido de los formadoresdel Centro de Desarrollo de Tambuyog unorganismo de investigacioacuten con sede enManila (Filipinas) especializado en la pes-ca Las lecciones han resultado esencialespara los pescadores de los pueblos costerosde Malampaya Sound en la provincia dePalawan que se han ido empobreciendocon la reduccioacuten de sus capturas

Esto es resultado de la profunda degra-dacioacuten del medio ambiente La pesca condinamita y cianuro la transformacioacuten delos manglares en viveros el encenega-miento y la contaminacioacuten provocada porlos desechos domeacutesticos e industriales handevastado el 80 de los manglares de laregioacuten y soacutelo el 5 de los arrecifes de coralresisten todaviacutea esos ataques

JUEGO DE AZARLa investigacioacuten ha puesto de manifiestodos causas principales los recursos mari-nos y pesqueros siempre han sido consi-derados de acceso libre y los pescado-res desprovistos de tecnologiacutea de capita-les y de equipamiento veiacutean su actividadcomo un juego de azar La actitud maacutes co-rriente era decir si yo no capturo el pezahora otro lo haraacute (probablemente unbou)

Para poner remedio a esa situacioacutenTambuyog lanzoacute en 1991 un proyecto deeducacioacuten medioambiental relativa a lapesca (FEEP) Se partiacutea de la idea de quelas comunidades de pescadores son lasposeedoras legiacutetimas de los recursos mari-nos pero que para gestionarlos adecuada-mente deben comprender sus procesos dedegradacioacuten y su impacto a largo plazosobre su propia vida El programa consis-tiacutea en 36 horas de formacioacuten que daban alos pescadores una comprensioacuten general delos recursos marinos del paiacutes y nocionesecoloacutegicas fundamentales Tambieacuten les

M e d i o a m b i e n t e

PEQUENtildeOS PESCADORES Y GRANDES PECESDe la educacioacuten en el desarrollo sostenible a la entrada en poliacutetica no hay maacutes que un pasoque pescadores filipinos han dado

ayudaba a identificar las causas y los efec-tos de la degradacioacuten del medio ambienteen su localidad y a prever medidas para laconservacioacuten de los recursos pesquerosDado que la mayor parte de los pescado-res teniacutean poca formacioacuten se emplearonmeacutetodos de ensentildeanza maacutes accesibles jue-gos carteles canciones y presentacionesaudiovisuales

Desde 1995 el proyecto se ha amplia-do al desarrollo sostenible de las zonaslitorales (SCAD) Se estaacute aplicando enNueva Guinlo donde vive Gerry Latorrey en otros tres pueblos Esta formacioacutenmaacutes ambiciosa incluye la legislacioacuten so-bre la pesca y la gestioacuten comunitaria de losrecursos litorales Los vecinos no soacuteloaprenden el funcionamiento de las institu-ciones sociales que rigen su vida sino quesobre todo ganan confianza y capacidad deintervenir o de dirigir Y ahiacute es donde lapesca del SCAD resulta maacutes fructiacutefera

Una de las lecciones baacutesicas que he-mos aprendido es la importancia de tra-bajar juntos para hacer valer nuestros de-rechos sentildeala Gerry Latorre Con este finlos pescadores se han agrupado en una aso-ciacioacuten y constituyen una fuerza que lasautoridades ya no pueden ignorar Pero se

enfrentan entre otras amenazas a los bar-cos de pesca comercial de maacutes de tres to-neladas (prohibidos en la zona) al uso des-tructor de redes finas cerca de los bosquesde manglares y a la construccioacuten de diquesque forman viveros a lo largo de la orilla

Para hacer frente a todo eso y aumen-tar sus ingresos la asociacioacuten de pescado-res ha creado una reserva marina en la prin-cipal zona de reproduccioacuten de cangrejos ygambas y ha construido una jaula de pe-ces que permite criar meros muy apre-ciados en el mercado Tambieacuten ha desarro-llado una estrategia de comercializacioacuten desu pesca que protege a los vecinos de loscaprichos de un negociante que dispongadel monopolio de compra

AVA N C EComo somos conscientes de que las jau-las de peces presentaban riesgos medioam-bientales en otras provincias donde se uti-lizan alimentos industriales explica NestorBolen vicepresidente de la asociacioacutensolamente utilizamos alimentos a base depescado Es biodegradable y no deja resi-duos que enturbien el agua o provoquenuna sedimentacioacuten La asociacioacuten tam-bieacuten ha abierto un servicio de ahorro y decreacutedito que otorga preacutestamos a sus 250socios Pero su iniciativa maacutes audaz es elavance en el aspecto poliacutetico ha decididoenfrentarse a las grandes sociedades comer-ciales (que gozan de proteccioacuten poliacutetica)en su propio terreno Sus protestas reitera-das han hecho fracasar un proyecto de vi-vero a gran escala que habriacutea cerrado laszonas de pesca a las comunidades deMalampaya Pero el peligro subsiste Laasociacioacuten se ha enterado recientemente deque se habiacutean construido diques de vive-ros que impiden el acceso a los manglaresy a la pesca en esa misma zona Nadie ig-nora que el hombre de negocios que estaacutedetraacutes de la operacioacuten disfruta del apoyodel alcalde local iquestLa respuesta de la aso-ciacioacuten Nestor Bolen es uno de los candi-datos a las proacuteximas elecciones municipa-les Se trata de una simple preparacioacutenantes de las elecciones nacionales delproacuteximo antildeo ironiza

Yasmin ARQUIZAMalampaya Sound

13

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

iquest C U Aacute N D OT E N D R Aacute NU N F U T U R OP R O P I O ( F o t o copy N Z H e r a l d )

Neozelandesa y maoriacute Nora Ramekateniacutea unos 40 antildeos cuando empezoacute a

trabajar a jornada completa Habiacutea dejadola escuela pero seguiacutea implicada en la vidade su comunidad y se unioacute al movimientosindical como educadora de adultos mao-riacutees despueacutes de criar a sus cinco hijos Ejer-ce este oficio desde hace 10 antildeos siendoresponsable de educacioacuten continua de laUniversidad de Waikato donde da la uacutenicaclase de nivel universitario en lengua maoriacutesobre las relaciones en el mundo laboral

Pero sobre todo Rameka es conside-rada una aguafiestas por los funcionariosencargados del sistema nacional de educa-cioacuten de adultos que sin embargo es admi-rado internacionalmente Efectivamente

ella cree que las normas y estructuras deeste sistema -basadas en la adquisicioacuten decapacidades que requiere el mercado de tra-bajo- ignoran a las minoriacuteas autoacutectonasPara ella la carrera por la formacioacuten demano de obra calificada deja a un lado de-masiado a menudo la historia de los mao-riacutees mantenieacutendoles en la ignoracia de sulengua y de su cultura

La educacioacuten de adultos soacutelo puedeser un instrumento eficaz si incluye comopreocupacioacuten primordial la nocioacuten de tinorangatiratanga (soberaniacutea) de nuestro pue-blo asiacute como las claves de nuestro desa-rrollo como pueblo te reo (la lengua) ytikanga maori (la cultura los valores laartesaniacutea) Muchas veces me dicen Si nonos asentamos sobre unas bases soacutelidasno avanzaremos Y esas bases son la len-gua y la cultura

M i n o r iacute a s

TE REO Y TIKANGA UNA MISMA LUCHAiquestCoacutemo construir una educacioacuten de adultos que responda a las necesidades de las empresasy refuerce la identidad de una minoriacutea indiacutegena El caso de Nueva Zelandia

En total son unos 600000 algo menosde una quinta parte de la poblacioacuten neo-zelandesa los que reivindican al menosla herencia maoriacute Estaacuten econoacutemicamen-te desfavorecidos y ocupan los empleosmanuales peor pagados Seguacuten el Minis-terio de Desarrollo Maoriacute el 162 estaacutedesempleado frente al 59 del resto dela poblacioacuten La renta media de una fami-lia maoriacute es de soacutelo el 82 de la rentamedia de los no maoriacutees un 20 de esarenta procede de la ayuda social frente al5 para el resto de familias

Los maoriacutees siempre salen de la es-cuela peor cualificados que los demaacutesalumnos En la universidad soacutelo represen-tan el 6 de los alumnos y el 10 en los

centros de formacioacuten del profesorado Cer-ca del 70 de los mayores de 40 antildeos noposeen ninguna cualificacioacuten

Nueva Zelanda reestructuroacute su sistemaeducativo a comienzos de los antildeos noven-ta en torno a las necesidades de las em-presas antildeade Nora Rameka La NewZealand Qualification Authority (NZQA)que gestiona el sistema reconoce la exis-tencia de un debate apasionado en cuan-to se refiere a poner en el mismo plano elsaber maoriacute tradicional y los conocimien-tos dominantes pero se pregunta queacutebeneficios y queacute coste tendriacutea tanto cultu-rales como econoacutemicos Aunque el siste-ma no es ni definitivo ni perfecto permi-te la participacioacuten de los maoriacutees en unamedida sin precedentes

El sistema ha previsto instituciones deformacioacuten que no son ni universidades ni

institutos ni escuelas Desde mayo pasa-do se han acreditado 800 centros nuevosde los que el 20 son maoriacutees Los cursosde disciplinas tradicionales como raranga(tejido) y whakairo (escultura) han sidoencomendados a maoriacutees que los han or-ganizado y aprobado Los controlan total-mente iexclEs una novedad

Pero Nora Rameka no estaacute convenci-da Se han creado centros de formacioacutenprivados maoriacutees reconoce pero no sindificultades Tenemos que sufrir un mon-toacuten de molestias administrativas para es-tar registrados y acreditados Despueacutes ysobre todo tenemos que luchar contra unafuerte reticencia a aceptar nuestra capa-cidad y nuestras prioridades educativasEl meollo del problema es que son funcio-narios pakeha (europeos) los que decidenen uacuteltima instancia la acreditacioacuten de uncentro Ellos estaacuten dominados por una vi-sioacuten muy concreta de los objetivos y de lasprioridades nacionales en materia de edu-cacioacuten Tienen unas ideas preconcebidasy unos prejuicios profundamente arraiga-dos sobre los maoriacutees y sus lsquocarenciasrsquoAunque los servicios educativos tenganuna componente maoriacute vehiculan un sis-tema de valores europeos

D O S U N I V E R S O SPor uacuteltimo estaacute el problema de la financia-cioacuten Las autoridades y numerosos empre-sarios tienen tendencia a subvencionar uacuteni-camente los cursos reconocidos por laNZQA El argumento liberal de que lsquosiun programa educativo es intriacutensecamen-te uacutetil los estudiantes siempre encontra-raacuten el modo de pagar los cursosrsquo no tienesentido para los maoriacutees desempleadosinfraremunerados o que viven de la ayudasocialrdquo asegura Nora Rameka Sin embar-go ella no insinuacutea una retirada del siste-ma puesto que es representativo de la ma-yoriacutea Debemos funcionar en los dos uni-versos admite La cuestioacuten capital es ladel control si como pueblo autoacutectonoestamos decididos a impulsar una conti-nuidad cultural necesitamos al menos re-cuperar el control del sistema decualificacioacuten en cuanto se refiere a nues-tra lengua y a nuestra cultura

S Wy Charles RIDDLE Waikato

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 10: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

11

P R Aacute C T I C A D EA U T O G E S T I Oacute N( F o t o copy S I P AP R E S S F r i l e t )

Seguacuten un proverbio moreacute de BurkinaFaso quien duerme sobre una estera

prestada debe saber que duerme sobre unsuelo friacuteo Un estudio reciente realizadoen ese paiacutes asiacute como en Ghana Maliacute Niacutegery Senegal lo demuestra los cursos de al-fabetizacioacuten que tienen eacutexito son aqueacutellosen los que los participantes no soacutelo apren-den a fabricar sus propias esteras sino laforma de venderlas y de montar una faacutebri-ca de muebles para fabricar sus camas

El estudio duroacute 18 meses Su objetivoera establecer las medidas a tomar paraayudar a las asociaciones comunitarias alas empresas locales y a los grupos de ciu-dadanos a adquirir conocimientos y teacutecni-cas para llevar a cabo funciones econoacutemi-cas sociales y poliacuteticas que suele mono-polizar el gobierno o que no estaacuten asegu-radas Los autores del estudio -realizadobajo los auspicios de la OCDE del Clubdel Sahel y del Comiteacute PermanenteInterestatal de Lucha contra la Sequiacutea enel Sahel- analizaron las experiencias demaacutes de 50 comunidades donde se han rea-lizado avances significativos (o fracasosdestacables) en los campos de la descen-tralizacioacuten y de la toma local de responsa-bilidades socioeconoacutemicas y poliacuteticas

TR IP L E CAP I TAL IZAC IOacuteNHemos encontrado numerosos programasde posalfabetizacioacuten iniciados por ONGque funcionan bien explica Peter Eastoncoordinador del proyecto La clave de sueacutexito es la lsquotriple capitalizacioacutenrsquo es decirtres elementos que forman una especie deespiral ascendente la capitalizacioacuten finan-ciera que desarrolla el ahorro y el capi-tal institucional que refuerza las capaci-dades y los marcos de actuacioacuten (coope-rativas empresas etc) e intelectual quemejora las capacidades En general losprogramas incluyen uno de esos elemen-tos pero no los demaacutes

Por ejemplo en Niacuteger programasgubernamentales de posalfabetizacioacuten tu-vieron un eacutexito limitado porque al no te-ner relacioacuten con las demaacutes actividades dedesarrollo comportaban poca lsquocapitaliza-cioacutenrsquo local En cambio en la regioacuten deKutala (Maliacute) la empresa textil CMDTtraspasoacute las principales responsabilidades(creacuteditos venta de algodoacuten) a asociaciones

A l f a b e t i z a c i oacute n

SOCIEDADES DE CAPITAL PROPIOLa alfabetizacioacuten triunfa alliacute donde ayuda a las comunidades a avanzar en todos los aspectosy aprovecha todos sus recursos Ejemplos y contraejemplos en el Sahel

locales Eacutestas recurrieron a sus conoci-mientos para gestionar por siacute mismas esasactividades y reinvirtieron gran parte delos ingresos En otras palabras hay quegenerar actividades que necesiten la ad-quisicioacuten de conocimientos y sean fructiacute-feras gracias a las nuevas capacidades

Para Easton las asociaciones localesque triunfan son aqueacutellas que hacen fue-go con cualquier lentildea y sacan provechodel conjunto de recursos humanos de la

comunidad En Nioni-Coloni (Maliacute) losresponsables de la asociacioacuten local quegestiona las actividades de venta y los creacute-ditos son una mezcla de personas que a-bandonaron la escuela que siguen cursosde alfabetizacioacuten o que van a la escuelacoraacutenica Pero todos han seguido cursosde bambara en su transcripcioacuten en carac-teres latinos Y en muchas comunidades vi-sitadas de Ghana quienes habiacutean emigra-do a Accra la capital para adquirir nue-vas teacutecnicas cumplen una funcioacuten esencialen el fomento de la autonomiacutea local y deactividades generadoras de ingresos

El estudio muestra que la alfabetiza-cioacuten en lenguas africanas y la presencia depersonas que conozcan las transcripcionesen aacuterabe de lenguas africanas han facili-tado la autonomiacutea y el funcionamiento denumerosas asociaciones y empresas loca-les especialmente alliacute donde el franceacutes yel ingleacutes estaacuten poco extendidos La aso-ciacioacuten Tin-Tua que funciona en el estede Burkina Faso ha desarrollado sistemasde produccioacuten de perioacutedicos de gestioacuten de

centros escolares y de formacioacuten en len-gua gurmancheacute Las asociaciones de pue-blos de la regioacuten de Ulesebugu (Maliacute) ges-tionan empresas surgidas de la explotacioacutenagriacutecola del valle del alto Niacuteger gracias asistemas de contabilidad y de gestioacuten enbambara

Las mujeres suelen estar poco escola-rizadas El uso de las lenguas africanas paraalfabetizarlas puede permitirles pues laparticipacioacuten en proyectos de desarrollo

descentralizados Cada vez se ven maacutes coo-perativas empresas y asociaciones de de-sarrollo femeninas autofinanciadas tantoen el campo como en las ciudades Sinembargo teniendo en cuenta su falta ini-cial de educacioacuten y de formacioacuten tienenmaacutes dificultades para acceder a los creacutedi-tos y chocan con la tradicioacuten Los sistemasde ensentildeanza y las asociaciones mixtassuelen estar pues dirigidos por hombresAunque se destinen a las mujeres todaviacuteadependen mucho de ellos para la contabi-lidad y el aspecto teacutecnico

La leccioacuten es sencilla para triunfarcon grupos que se han visto privados du-rante mucho tiempo de una ensentildeanza ade-cuada la alfabetizacioacuten y la formacioacuten de-ben combinarse con la toma de responsa-bilidades econoacutemicas sociales y cultura-les concluye Peter Easton Disentildear pro-gramas con interlocutores locales en losque se combine la creacioacuten de nuevos re-cursos con la adquisicioacuten de nuevas teacutecni-cas es el auteacutentico desafiacuteo

Sue WILLIAMS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

C O M P R E N D E RL A S

IMPL I CAC IONESD E L O S

A C T O S S O B R EE L M E D I OA M B I E N T E

( F o t o copyA l i n a F u j i

B u r s a r y To b i a s

W i l s o n )

La educacioacuten medioambiental de adul-tos es un tema relativamente nuevo

Aquellos de nosotros (especialistas en edu-cacioacuten) que trabajan en este aacutembito lo con-sideran un instrumento esencial para ayu-dar a la gente a mejorar localmente su vidaa comprender las implicaciones planetariasde sus actos y a trabajar junta para cam-biar las cosas

Esta disciplina ha desarrollado unanueva energiacutea intelectual afectiva y espi-ritual (no en el sentido religioso del teacutermi-no) para no verse superada por los gravesproblemas cotidianos del entorno Unaenergiacutea extraida de numerosas fuentes Yo

soy un ejemplo de eso como educadoramedioambiental en un entorno comunita-rio eacuteste me ha ensentildeado mucho La genteno se limita a confirmar esto es un pro-blema econoacutemico o social o ecoloacutegicoLa gente dice son los problemas de lacomunidad y los considera inseparables

Durante un taller que organiceacute se pi-dioacute a los participantes que sentildealaran dos otres dificultades medioambientales paratrabajar iexclEscogieron la violencia y la ero-sioacuten del suelo Hablaron del aumento dela violencia dentro de su comunidad Des-pueacutes se fueron a un parque cercano a reco-ger muestras de lo que llamamos el suelopotencial y esparcieron hojas gusanosflores semillas agua hierbas etc sobreuna gran hoja de papel Y volvieron a dis-cutir sobe la violencia siendo este mara-villoso mosaico el reflejo de lo que ellosobservaban en su propia comunidad de losproblemas locales y mundiales de los senti-mientos y las necesidades de lo que podiacuteanaprender para trabajar juntos y comprender

M e d i o a m b i e n t e

OTROS COMPONENTES DE LA NATURALEZALa educacioacuten medioambiental no soacutelo consiste en comprender los viacutenculos entre el hombrey la naturaleza con la razoacuten sino tambieacuten con el cuerpo las emociones el espiacuteritu

queacute es realmente la cooperacioacuten A conti-nuacioacuten se inventaron un canto un poe-ma un cuento y un sainete donde se mez-claban la tierra la asociacioacuten comunitariay la colaboracioacuten iexclFue algo maacutegico

Dicho de otro modo la educacioacutenmedioambiental se basa en un trabajo in-terior y exterior en un paisaje tambieacuteninterior y exterior en la memoria y la ex-periencia en el intelecto y las emocionesen el espiacuteritu y la ciencia Trata sobre elanaacutelisis criacutetico de las raiacuteces profundas delos problemas medioambientales asiacute comosobre el restablecimiento de una relacioacutenmaacutes sensual con la naturaleza Establece

una colaboracioacuten activa entre los miembrosde la comunidad y con el resto del mundo

La persona no depende uacutenicamente delmundo natural en lo fiacutesico sino tambieacutenen lo emocional psicoloacutegico intelectual yespiritual Algunos estudios indican unacorrelacioacuten entre la escalada de violenciay la reduccioacuten de espacios verdes en lasciudades Otros relacionan los problemasde salud con la ruptura con la naturalezaEacutesta ha inspirado una gran parte del artedel mundo Por eso la educacioacuten medioam-biental de adultos debe tener en cuenta esosaspectos humanos que son la emocioacuten elcuerpo y el espiacuteritu Debe intentar com-prender mejor la relacioacuten entre el hombrey la tierra y queacute nos lleva a amar o a odiara temer o a aceptar los demaacutes componen-tes de la naturaleza

La gente ya no espera ayuda de losgobiernos Ya no confiacutea en que la ciencia yla tecnologiacutea resuelvan los problemas delmedio ambiente Los propios gobiernosempiezan a comprender que se necesita

algo maacutes que leyes reglamentos o doacutela-res para resolverlos sin la participacioacutende los ciudadanos no se puede hacer grancosa

Sin embargo no se presta demasiadaatencioacuten a la educacioacuten medioambiental deadultos dentro de su propia comunidad alo que nosotros denominamos la ensentildean-za no formal Se tiende a centildeirse a los pro-gramas de los centros educativos en espe-cial los destinados a los nintildeos A pesar dela enorme importancia de eacutestos son losadultos los que cada diacutea toman decisionesque afectan a la biosfera Son ellos quie-nes estaacuten al frente del Estado de las insti-tuciones escolares y sobre todo son ellosquienes mayor influencia ejercen sobre sushijos La escuela puede hablar de la crisisecoloacutegica pero si a los padres no les inte-resa o no creen en ella iquesta quieacuten van a creerlos hijos

INT ERRELAC IONADOSLos gobiernos deben entender que la edu-cacioacuten no formal es un medio fundamen-tal para tratar problemas sociales ymedioambientales que estaacuten interrela-cionados Y para que cambien las mentali-dades los adultos deben tener ocasioacuten dereunirse de discutir sobre el tema y debuscar soluciones colectivamente

Donde yo trabajo practicamos este tipode educacioacuten ir a la raiacutez del problema re-lacionar lo local con lo mundial analizarlas relaciones de poder (hombresmujeresseres humanosTierra) basarse en la expe-riencia vivida y en la fiesta Se produce enlas criptas de las iglesias en las calles (unescaparate vaciacuteo puede desencadenar undiaacutelogo sobre la pobreza y el desempleoantes que un texto escrito) a la orilla deun lago Aprovecha el saber colectivo paragenerar nuevos conocimientos y conduciral cambio

La tarea que nos espera es apasionantey abrumadora a la vez Pero como diceWangari Maathai del MovimientoKeniano del Cinturoacuten Verde vosotroshabeacuteis arrojado el guante nosotros vamosa recogerlo

Darlene CLOVERldquoTransformative Learning Centrerdquo

Toronto

12

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

A L D E A N A P R E P A R A N D O E L C A N G R E J O( F o t o copy Y a s m i n A r q u i z a )

Antes de asistir el pasado antildeo a un se-minario de sensibilizacioacuten en el me-

dio ambiente Gerry Latorre pescador deoficio no veiacutea en los bosques de mangla-res maacutes que una fuente inagotable de lentildeay de madera de construccioacuten Aprendiacute queteniacuteamos que conservarlos porque ahiacute sereproducen los cangrejos y las gambas delos que obtenemos lo baacutesico para subsis-tir explica Eacutesta es una de las muchascosas que ha aprendido de los formadoresdel Centro de Desarrollo de Tambuyog unorganismo de investigacioacuten con sede enManila (Filipinas) especializado en la pes-ca Las lecciones han resultado esencialespara los pescadores de los pueblos costerosde Malampaya Sound en la provincia dePalawan que se han ido empobreciendocon la reduccioacuten de sus capturas

Esto es resultado de la profunda degra-dacioacuten del medio ambiente La pesca condinamita y cianuro la transformacioacuten delos manglares en viveros el encenega-miento y la contaminacioacuten provocada porlos desechos domeacutesticos e industriales handevastado el 80 de los manglares de laregioacuten y soacutelo el 5 de los arrecifes de coralresisten todaviacutea esos ataques

JUEGO DE AZARLa investigacioacuten ha puesto de manifiestodos causas principales los recursos mari-nos y pesqueros siempre han sido consi-derados de acceso libre y los pescado-res desprovistos de tecnologiacutea de capita-les y de equipamiento veiacutean su actividadcomo un juego de azar La actitud maacutes co-rriente era decir si yo no capturo el pezahora otro lo haraacute (probablemente unbou)

Para poner remedio a esa situacioacutenTambuyog lanzoacute en 1991 un proyecto deeducacioacuten medioambiental relativa a lapesca (FEEP) Se partiacutea de la idea de quelas comunidades de pescadores son lasposeedoras legiacutetimas de los recursos mari-nos pero que para gestionarlos adecuada-mente deben comprender sus procesos dedegradacioacuten y su impacto a largo plazosobre su propia vida El programa consis-tiacutea en 36 horas de formacioacuten que daban alos pescadores una comprensioacuten general delos recursos marinos del paiacutes y nocionesecoloacutegicas fundamentales Tambieacuten les

M e d i o a m b i e n t e

PEQUENtildeOS PESCADORES Y GRANDES PECESDe la educacioacuten en el desarrollo sostenible a la entrada en poliacutetica no hay maacutes que un pasoque pescadores filipinos han dado

ayudaba a identificar las causas y los efec-tos de la degradacioacuten del medio ambienteen su localidad y a prever medidas para laconservacioacuten de los recursos pesquerosDado que la mayor parte de los pescado-res teniacutean poca formacioacuten se emplearonmeacutetodos de ensentildeanza maacutes accesibles jue-gos carteles canciones y presentacionesaudiovisuales

Desde 1995 el proyecto se ha amplia-do al desarrollo sostenible de las zonaslitorales (SCAD) Se estaacute aplicando enNueva Guinlo donde vive Gerry Latorrey en otros tres pueblos Esta formacioacutenmaacutes ambiciosa incluye la legislacioacuten so-bre la pesca y la gestioacuten comunitaria de losrecursos litorales Los vecinos no soacuteloaprenden el funcionamiento de las institu-ciones sociales que rigen su vida sino quesobre todo ganan confianza y capacidad deintervenir o de dirigir Y ahiacute es donde lapesca del SCAD resulta maacutes fructiacutefera

Una de las lecciones baacutesicas que he-mos aprendido es la importancia de tra-bajar juntos para hacer valer nuestros de-rechos sentildeala Gerry Latorre Con este finlos pescadores se han agrupado en una aso-ciacioacuten y constituyen una fuerza que lasautoridades ya no pueden ignorar Pero se

enfrentan entre otras amenazas a los bar-cos de pesca comercial de maacutes de tres to-neladas (prohibidos en la zona) al uso des-tructor de redes finas cerca de los bosquesde manglares y a la construccioacuten de diquesque forman viveros a lo largo de la orilla

Para hacer frente a todo eso y aumen-tar sus ingresos la asociacioacuten de pescado-res ha creado una reserva marina en la prin-cipal zona de reproduccioacuten de cangrejos ygambas y ha construido una jaula de pe-ces que permite criar meros muy apre-ciados en el mercado Tambieacuten ha desarro-llado una estrategia de comercializacioacuten desu pesca que protege a los vecinos de loscaprichos de un negociante que dispongadel monopolio de compra

AVA N C EComo somos conscientes de que las jau-las de peces presentaban riesgos medioam-bientales en otras provincias donde se uti-lizan alimentos industriales explica NestorBolen vicepresidente de la asociacioacutensolamente utilizamos alimentos a base depescado Es biodegradable y no deja resi-duos que enturbien el agua o provoquenuna sedimentacioacuten La asociacioacuten tam-bieacuten ha abierto un servicio de ahorro y decreacutedito que otorga preacutestamos a sus 250socios Pero su iniciativa maacutes audaz es elavance en el aspecto poliacutetico ha decididoenfrentarse a las grandes sociedades comer-ciales (que gozan de proteccioacuten poliacutetica)en su propio terreno Sus protestas reitera-das han hecho fracasar un proyecto de vi-vero a gran escala que habriacutea cerrado laszonas de pesca a las comunidades deMalampaya Pero el peligro subsiste Laasociacioacuten se ha enterado recientemente deque se habiacutean construido diques de vive-ros que impiden el acceso a los manglaresy a la pesca en esa misma zona Nadie ig-nora que el hombre de negocios que estaacutedetraacutes de la operacioacuten disfruta del apoyodel alcalde local iquestLa respuesta de la aso-ciacioacuten Nestor Bolen es uno de los candi-datos a las proacuteximas elecciones municipa-les Se trata de una simple preparacioacutenantes de las elecciones nacionales delproacuteximo antildeo ironiza

Yasmin ARQUIZAMalampaya Sound

13

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

iquest C U Aacute N D OT E N D R Aacute NU N F U T U R OP R O P I O ( F o t o copy N Z H e r a l d )

Neozelandesa y maoriacute Nora Ramekateniacutea unos 40 antildeos cuando empezoacute a

trabajar a jornada completa Habiacutea dejadola escuela pero seguiacutea implicada en la vidade su comunidad y se unioacute al movimientosindical como educadora de adultos mao-riacutees despueacutes de criar a sus cinco hijos Ejer-ce este oficio desde hace 10 antildeos siendoresponsable de educacioacuten continua de laUniversidad de Waikato donde da la uacutenicaclase de nivel universitario en lengua maoriacutesobre las relaciones en el mundo laboral

Pero sobre todo Rameka es conside-rada una aguafiestas por los funcionariosencargados del sistema nacional de educa-cioacuten de adultos que sin embargo es admi-rado internacionalmente Efectivamente

ella cree que las normas y estructuras deeste sistema -basadas en la adquisicioacuten decapacidades que requiere el mercado de tra-bajo- ignoran a las minoriacuteas autoacutectonasPara ella la carrera por la formacioacuten demano de obra calificada deja a un lado de-masiado a menudo la historia de los mao-riacutees mantenieacutendoles en la ignoracia de sulengua y de su cultura

La educacioacuten de adultos soacutelo puedeser un instrumento eficaz si incluye comopreocupacioacuten primordial la nocioacuten de tinorangatiratanga (soberaniacutea) de nuestro pue-blo asiacute como las claves de nuestro desa-rrollo como pueblo te reo (la lengua) ytikanga maori (la cultura los valores laartesaniacutea) Muchas veces me dicen Si nonos asentamos sobre unas bases soacutelidasno avanzaremos Y esas bases son la len-gua y la cultura

M i n o r iacute a s

TE REO Y TIKANGA UNA MISMA LUCHAiquestCoacutemo construir una educacioacuten de adultos que responda a las necesidades de las empresasy refuerce la identidad de una minoriacutea indiacutegena El caso de Nueva Zelandia

En total son unos 600000 algo menosde una quinta parte de la poblacioacuten neo-zelandesa los que reivindican al menosla herencia maoriacute Estaacuten econoacutemicamen-te desfavorecidos y ocupan los empleosmanuales peor pagados Seguacuten el Minis-terio de Desarrollo Maoriacute el 162 estaacutedesempleado frente al 59 del resto dela poblacioacuten La renta media de una fami-lia maoriacute es de soacutelo el 82 de la rentamedia de los no maoriacutees un 20 de esarenta procede de la ayuda social frente al5 para el resto de familias

Los maoriacutees siempre salen de la es-cuela peor cualificados que los demaacutesalumnos En la universidad soacutelo represen-tan el 6 de los alumnos y el 10 en los

centros de formacioacuten del profesorado Cer-ca del 70 de los mayores de 40 antildeos noposeen ninguna cualificacioacuten

Nueva Zelanda reestructuroacute su sistemaeducativo a comienzos de los antildeos noven-ta en torno a las necesidades de las em-presas antildeade Nora Rameka La NewZealand Qualification Authority (NZQA)que gestiona el sistema reconoce la exis-tencia de un debate apasionado en cuan-to se refiere a poner en el mismo plano elsaber maoriacute tradicional y los conocimien-tos dominantes pero se pregunta queacutebeneficios y queacute coste tendriacutea tanto cultu-rales como econoacutemicos Aunque el siste-ma no es ni definitivo ni perfecto permi-te la participacioacuten de los maoriacutees en unamedida sin precedentes

El sistema ha previsto instituciones deformacioacuten que no son ni universidades ni

institutos ni escuelas Desde mayo pasa-do se han acreditado 800 centros nuevosde los que el 20 son maoriacutees Los cursosde disciplinas tradicionales como raranga(tejido) y whakairo (escultura) han sidoencomendados a maoriacutees que los han or-ganizado y aprobado Los controlan total-mente iexclEs una novedad

Pero Nora Rameka no estaacute convenci-da Se han creado centros de formacioacutenprivados maoriacutees reconoce pero no sindificultades Tenemos que sufrir un mon-toacuten de molestias administrativas para es-tar registrados y acreditados Despueacutes ysobre todo tenemos que luchar contra unafuerte reticencia a aceptar nuestra capa-cidad y nuestras prioridades educativasEl meollo del problema es que son funcio-narios pakeha (europeos) los que decidenen uacuteltima instancia la acreditacioacuten de uncentro Ellos estaacuten dominados por una vi-sioacuten muy concreta de los objetivos y de lasprioridades nacionales en materia de edu-cacioacuten Tienen unas ideas preconcebidasy unos prejuicios profundamente arraiga-dos sobre los maoriacutees y sus lsquocarenciasrsquoAunque los servicios educativos tenganuna componente maoriacute vehiculan un sis-tema de valores europeos

D O S U N I V E R S O SPor uacuteltimo estaacute el problema de la financia-cioacuten Las autoridades y numerosos empre-sarios tienen tendencia a subvencionar uacuteni-camente los cursos reconocidos por laNZQA El argumento liberal de que lsquosiun programa educativo es intriacutensecamen-te uacutetil los estudiantes siempre encontra-raacuten el modo de pagar los cursosrsquo no tienesentido para los maoriacutees desempleadosinfraremunerados o que viven de la ayudasocialrdquo asegura Nora Rameka Sin embar-go ella no insinuacutea una retirada del siste-ma puesto que es representativo de la ma-yoriacutea Debemos funcionar en los dos uni-versos admite La cuestioacuten capital es ladel control si como pueblo autoacutectonoestamos decididos a impulsar una conti-nuidad cultural necesitamos al menos re-cuperar el control del sistema decualificacioacuten en cuanto se refiere a nues-tra lengua y a nuestra cultura

S Wy Charles RIDDLE Waikato

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 11: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

C O M P R E N D E RL A S

IMPL I CAC IONESD E L O S

A C T O S S O B R EE L M E D I OA M B I E N T E

( F o t o copyA l i n a F u j i

B u r s a r y To b i a s

W i l s o n )

La educacioacuten medioambiental de adul-tos es un tema relativamente nuevo

Aquellos de nosotros (especialistas en edu-cacioacuten) que trabajan en este aacutembito lo con-sideran un instrumento esencial para ayu-dar a la gente a mejorar localmente su vidaa comprender las implicaciones planetariasde sus actos y a trabajar junta para cam-biar las cosas

Esta disciplina ha desarrollado unanueva energiacutea intelectual afectiva y espi-ritual (no en el sentido religioso del teacutermi-no) para no verse superada por los gravesproblemas cotidianos del entorno Unaenergiacutea extraida de numerosas fuentes Yo

soy un ejemplo de eso como educadoramedioambiental en un entorno comunita-rio eacuteste me ha ensentildeado mucho La genteno se limita a confirmar esto es un pro-blema econoacutemico o social o ecoloacutegicoLa gente dice son los problemas de lacomunidad y los considera inseparables

Durante un taller que organiceacute se pi-dioacute a los participantes que sentildealaran dos otres dificultades medioambientales paratrabajar iexclEscogieron la violencia y la ero-sioacuten del suelo Hablaron del aumento dela violencia dentro de su comunidad Des-pueacutes se fueron a un parque cercano a reco-ger muestras de lo que llamamos el suelopotencial y esparcieron hojas gusanosflores semillas agua hierbas etc sobreuna gran hoja de papel Y volvieron a dis-cutir sobe la violencia siendo este mara-villoso mosaico el reflejo de lo que ellosobservaban en su propia comunidad de losproblemas locales y mundiales de los senti-mientos y las necesidades de lo que podiacuteanaprender para trabajar juntos y comprender

M e d i o a m b i e n t e

OTROS COMPONENTES DE LA NATURALEZALa educacioacuten medioambiental no soacutelo consiste en comprender los viacutenculos entre el hombrey la naturaleza con la razoacuten sino tambieacuten con el cuerpo las emociones el espiacuteritu

queacute es realmente la cooperacioacuten A conti-nuacioacuten se inventaron un canto un poe-ma un cuento y un sainete donde se mez-claban la tierra la asociacioacuten comunitariay la colaboracioacuten iexclFue algo maacutegico

Dicho de otro modo la educacioacutenmedioambiental se basa en un trabajo in-terior y exterior en un paisaje tambieacuteninterior y exterior en la memoria y la ex-periencia en el intelecto y las emocionesen el espiacuteritu y la ciencia Trata sobre elanaacutelisis criacutetico de las raiacuteces profundas delos problemas medioambientales asiacute comosobre el restablecimiento de una relacioacutenmaacutes sensual con la naturaleza Establece

una colaboracioacuten activa entre los miembrosde la comunidad y con el resto del mundo

La persona no depende uacutenicamente delmundo natural en lo fiacutesico sino tambieacutenen lo emocional psicoloacutegico intelectual yespiritual Algunos estudios indican unacorrelacioacuten entre la escalada de violenciay la reduccioacuten de espacios verdes en lasciudades Otros relacionan los problemasde salud con la ruptura con la naturalezaEacutesta ha inspirado una gran parte del artedel mundo Por eso la educacioacuten medioam-biental de adultos debe tener en cuenta esosaspectos humanos que son la emocioacuten elcuerpo y el espiacuteritu Debe intentar com-prender mejor la relacioacuten entre el hombrey la tierra y queacute nos lleva a amar o a odiara temer o a aceptar los demaacutes componen-tes de la naturaleza

La gente ya no espera ayuda de losgobiernos Ya no confiacutea en que la ciencia yla tecnologiacutea resuelvan los problemas delmedio ambiente Los propios gobiernosempiezan a comprender que se necesita

algo maacutes que leyes reglamentos o doacutela-res para resolverlos sin la participacioacutende los ciudadanos no se puede hacer grancosa

Sin embargo no se presta demasiadaatencioacuten a la educacioacuten medioambiental deadultos dentro de su propia comunidad alo que nosotros denominamos la ensentildean-za no formal Se tiende a centildeirse a los pro-gramas de los centros educativos en espe-cial los destinados a los nintildeos A pesar dela enorme importancia de eacutestos son losadultos los que cada diacutea toman decisionesque afectan a la biosfera Son ellos quie-nes estaacuten al frente del Estado de las insti-tuciones escolares y sobre todo son ellosquienes mayor influencia ejercen sobre sushijos La escuela puede hablar de la crisisecoloacutegica pero si a los padres no les inte-resa o no creen en ella iquesta quieacuten van a creerlos hijos

INT ERRELAC IONADOSLos gobiernos deben entender que la edu-cacioacuten no formal es un medio fundamen-tal para tratar problemas sociales ymedioambientales que estaacuten interrela-cionados Y para que cambien las mentali-dades los adultos deben tener ocasioacuten dereunirse de discutir sobre el tema y debuscar soluciones colectivamente

Donde yo trabajo practicamos este tipode educacioacuten ir a la raiacutez del problema re-lacionar lo local con lo mundial analizarlas relaciones de poder (hombresmujeresseres humanosTierra) basarse en la expe-riencia vivida y en la fiesta Se produce enlas criptas de las iglesias en las calles (unescaparate vaciacuteo puede desencadenar undiaacutelogo sobre la pobreza y el desempleoantes que un texto escrito) a la orilla deun lago Aprovecha el saber colectivo paragenerar nuevos conocimientos y conduciral cambio

La tarea que nos espera es apasionantey abrumadora a la vez Pero como diceWangari Maathai del MovimientoKeniano del Cinturoacuten Verde vosotroshabeacuteis arrojado el guante nosotros vamosa recogerlo

Darlene CLOVERldquoTransformative Learning Centrerdquo

Toronto

12

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

A L D E A N A P R E P A R A N D O E L C A N G R E J O( F o t o copy Y a s m i n A r q u i z a )

Antes de asistir el pasado antildeo a un se-minario de sensibilizacioacuten en el me-

dio ambiente Gerry Latorre pescador deoficio no veiacutea en los bosques de mangla-res maacutes que una fuente inagotable de lentildeay de madera de construccioacuten Aprendiacute queteniacuteamos que conservarlos porque ahiacute sereproducen los cangrejos y las gambas delos que obtenemos lo baacutesico para subsis-tir explica Eacutesta es una de las muchascosas que ha aprendido de los formadoresdel Centro de Desarrollo de Tambuyog unorganismo de investigacioacuten con sede enManila (Filipinas) especializado en la pes-ca Las lecciones han resultado esencialespara los pescadores de los pueblos costerosde Malampaya Sound en la provincia dePalawan que se han ido empobreciendocon la reduccioacuten de sus capturas

Esto es resultado de la profunda degra-dacioacuten del medio ambiente La pesca condinamita y cianuro la transformacioacuten delos manglares en viveros el encenega-miento y la contaminacioacuten provocada porlos desechos domeacutesticos e industriales handevastado el 80 de los manglares de laregioacuten y soacutelo el 5 de los arrecifes de coralresisten todaviacutea esos ataques

JUEGO DE AZARLa investigacioacuten ha puesto de manifiestodos causas principales los recursos mari-nos y pesqueros siempre han sido consi-derados de acceso libre y los pescado-res desprovistos de tecnologiacutea de capita-les y de equipamiento veiacutean su actividadcomo un juego de azar La actitud maacutes co-rriente era decir si yo no capturo el pezahora otro lo haraacute (probablemente unbou)

Para poner remedio a esa situacioacutenTambuyog lanzoacute en 1991 un proyecto deeducacioacuten medioambiental relativa a lapesca (FEEP) Se partiacutea de la idea de quelas comunidades de pescadores son lasposeedoras legiacutetimas de los recursos mari-nos pero que para gestionarlos adecuada-mente deben comprender sus procesos dedegradacioacuten y su impacto a largo plazosobre su propia vida El programa consis-tiacutea en 36 horas de formacioacuten que daban alos pescadores una comprensioacuten general delos recursos marinos del paiacutes y nocionesecoloacutegicas fundamentales Tambieacuten les

M e d i o a m b i e n t e

PEQUENtildeOS PESCADORES Y GRANDES PECESDe la educacioacuten en el desarrollo sostenible a la entrada en poliacutetica no hay maacutes que un pasoque pescadores filipinos han dado

ayudaba a identificar las causas y los efec-tos de la degradacioacuten del medio ambienteen su localidad y a prever medidas para laconservacioacuten de los recursos pesquerosDado que la mayor parte de los pescado-res teniacutean poca formacioacuten se emplearonmeacutetodos de ensentildeanza maacutes accesibles jue-gos carteles canciones y presentacionesaudiovisuales

Desde 1995 el proyecto se ha amplia-do al desarrollo sostenible de las zonaslitorales (SCAD) Se estaacute aplicando enNueva Guinlo donde vive Gerry Latorrey en otros tres pueblos Esta formacioacutenmaacutes ambiciosa incluye la legislacioacuten so-bre la pesca y la gestioacuten comunitaria de losrecursos litorales Los vecinos no soacuteloaprenden el funcionamiento de las institu-ciones sociales que rigen su vida sino quesobre todo ganan confianza y capacidad deintervenir o de dirigir Y ahiacute es donde lapesca del SCAD resulta maacutes fructiacutefera

Una de las lecciones baacutesicas que he-mos aprendido es la importancia de tra-bajar juntos para hacer valer nuestros de-rechos sentildeala Gerry Latorre Con este finlos pescadores se han agrupado en una aso-ciacioacuten y constituyen una fuerza que lasautoridades ya no pueden ignorar Pero se

enfrentan entre otras amenazas a los bar-cos de pesca comercial de maacutes de tres to-neladas (prohibidos en la zona) al uso des-tructor de redes finas cerca de los bosquesde manglares y a la construccioacuten de diquesque forman viveros a lo largo de la orilla

Para hacer frente a todo eso y aumen-tar sus ingresos la asociacioacuten de pescado-res ha creado una reserva marina en la prin-cipal zona de reproduccioacuten de cangrejos ygambas y ha construido una jaula de pe-ces que permite criar meros muy apre-ciados en el mercado Tambieacuten ha desarro-llado una estrategia de comercializacioacuten desu pesca que protege a los vecinos de loscaprichos de un negociante que dispongadel monopolio de compra

AVA N C EComo somos conscientes de que las jau-las de peces presentaban riesgos medioam-bientales en otras provincias donde se uti-lizan alimentos industriales explica NestorBolen vicepresidente de la asociacioacutensolamente utilizamos alimentos a base depescado Es biodegradable y no deja resi-duos que enturbien el agua o provoquenuna sedimentacioacuten La asociacioacuten tam-bieacuten ha abierto un servicio de ahorro y decreacutedito que otorga preacutestamos a sus 250socios Pero su iniciativa maacutes audaz es elavance en el aspecto poliacutetico ha decididoenfrentarse a las grandes sociedades comer-ciales (que gozan de proteccioacuten poliacutetica)en su propio terreno Sus protestas reitera-das han hecho fracasar un proyecto de vi-vero a gran escala que habriacutea cerrado laszonas de pesca a las comunidades deMalampaya Pero el peligro subsiste Laasociacioacuten se ha enterado recientemente deque se habiacutean construido diques de vive-ros que impiden el acceso a los manglaresy a la pesca en esa misma zona Nadie ig-nora que el hombre de negocios que estaacutedetraacutes de la operacioacuten disfruta del apoyodel alcalde local iquestLa respuesta de la aso-ciacioacuten Nestor Bolen es uno de los candi-datos a las proacuteximas elecciones municipa-les Se trata de una simple preparacioacutenantes de las elecciones nacionales delproacuteximo antildeo ironiza

Yasmin ARQUIZAMalampaya Sound

13

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

iquest C U Aacute N D OT E N D R Aacute NU N F U T U R OP R O P I O ( F o t o copy N Z H e r a l d )

Neozelandesa y maoriacute Nora Ramekateniacutea unos 40 antildeos cuando empezoacute a

trabajar a jornada completa Habiacutea dejadola escuela pero seguiacutea implicada en la vidade su comunidad y se unioacute al movimientosindical como educadora de adultos mao-riacutees despueacutes de criar a sus cinco hijos Ejer-ce este oficio desde hace 10 antildeos siendoresponsable de educacioacuten continua de laUniversidad de Waikato donde da la uacutenicaclase de nivel universitario en lengua maoriacutesobre las relaciones en el mundo laboral

Pero sobre todo Rameka es conside-rada una aguafiestas por los funcionariosencargados del sistema nacional de educa-cioacuten de adultos que sin embargo es admi-rado internacionalmente Efectivamente

ella cree que las normas y estructuras deeste sistema -basadas en la adquisicioacuten decapacidades que requiere el mercado de tra-bajo- ignoran a las minoriacuteas autoacutectonasPara ella la carrera por la formacioacuten demano de obra calificada deja a un lado de-masiado a menudo la historia de los mao-riacutees mantenieacutendoles en la ignoracia de sulengua y de su cultura

La educacioacuten de adultos soacutelo puedeser un instrumento eficaz si incluye comopreocupacioacuten primordial la nocioacuten de tinorangatiratanga (soberaniacutea) de nuestro pue-blo asiacute como las claves de nuestro desa-rrollo como pueblo te reo (la lengua) ytikanga maori (la cultura los valores laartesaniacutea) Muchas veces me dicen Si nonos asentamos sobre unas bases soacutelidasno avanzaremos Y esas bases son la len-gua y la cultura

M i n o r iacute a s

TE REO Y TIKANGA UNA MISMA LUCHAiquestCoacutemo construir una educacioacuten de adultos que responda a las necesidades de las empresasy refuerce la identidad de una minoriacutea indiacutegena El caso de Nueva Zelandia

En total son unos 600000 algo menosde una quinta parte de la poblacioacuten neo-zelandesa los que reivindican al menosla herencia maoriacute Estaacuten econoacutemicamen-te desfavorecidos y ocupan los empleosmanuales peor pagados Seguacuten el Minis-terio de Desarrollo Maoriacute el 162 estaacutedesempleado frente al 59 del resto dela poblacioacuten La renta media de una fami-lia maoriacute es de soacutelo el 82 de la rentamedia de los no maoriacutees un 20 de esarenta procede de la ayuda social frente al5 para el resto de familias

Los maoriacutees siempre salen de la es-cuela peor cualificados que los demaacutesalumnos En la universidad soacutelo represen-tan el 6 de los alumnos y el 10 en los

centros de formacioacuten del profesorado Cer-ca del 70 de los mayores de 40 antildeos noposeen ninguna cualificacioacuten

Nueva Zelanda reestructuroacute su sistemaeducativo a comienzos de los antildeos noven-ta en torno a las necesidades de las em-presas antildeade Nora Rameka La NewZealand Qualification Authority (NZQA)que gestiona el sistema reconoce la exis-tencia de un debate apasionado en cuan-to se refiere a poner en el mismo plano elsaber maoriacute tradicional y los conocimien-tos dominantes pero se pregunta queacutebeneficios y queacute coste tendriacutea tanto cultu-rales como econoacutemicos Aunque el siste-ma no es ni definitivo ni perfecto permi-te la participacioacuten de los maoriacutees en unamedida sin precedentes

El sistema ha previsto instituciones deformacioacuten que no son ni universidades ni

institutos ni escuelas Desde mayo pasa-do se han acreditado 800 centros nuevosde los que el 20 son maoriacutees Los cursosde disciplinas tradicionales como raranga(tejido) y whakairo (escultura) han sidoencomendados a maoriacutees que los han or-ganizado y aprobado Los controlan total-mente iexclEs una novedad

Pero Nora Rameka no estaacute convenci-da Se han creado centros de formacioacutenprivados maoriacutees reconoce pero no sindificultades Tenemos que sufrir un mon-toacuten de molestias administrativas para es-tar registrados y acreditados Despueacutes ysobre todo tenemos que luchar contra unafuerte reticencia a aceptar nuestra capa-cidad y nuestras prioridades educativasEl meollo del problema es que son funcio-narios pakeha (europeos) los que decidenen uacuteltima instancia la acreditacioacuten de uncentro Ellos estaacuten dominados por una vi-sioacuten muy concreta de los objetivos y de lasprioridades nacionales en materia de edu-cacioacuten Tienen unas ideas preconcebidasy unos prejuicios profundamente arraiga-dos sobre los maoriacutees y sus lsquocarenciasrsquoAunque los servicios educativos tenganuna componente maoriacute vehiculan un sis-tema de valores europeos

D O S U N I V E R S O SPor uacuteltimo estaacute el problema de la financia-cioacuten Las autoridades y numerosos empre-sarios tienen tendencia a subvencionar uacuteni-camente los cursos reconocidos por laNZQA El argumento liberal de que lsquosiun programa educativo es intriacutensecamen-te uacutetil los estudiantes siempre encontra-raacuten el modo de pagar los cursosrsquo no tienesentido para los maoriacutees desempleadosinfraremunerados o que viven de la ayudasocialrdquo asegura Nora Rameka Sin embar-go ella no insinuacutea una retirada del siste-ma puesto que es representativo de la ma-yoriacutea Debemos funcionar en los dos uni-versos admite La cuestioacuten capital es ladel control si como pueblo autoacutectonoestamos decididos a impulsar una conti-nuidad cultural necesitamos al menos re-cuperar el control del sistema decualificacioacuten en cuanto se refiere a nues-tra lengua y a nuestra cultura

S Wy Charles RIDDLE Waikato

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 12: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

A L D E A N A P R E P A R A N D O E L C A N G R E J O( F o t o copy Y a s m i n A r q u i z a )

Antes de asistir el pasado antildeo a un se-minario de sensibilizacioacuten en el me-

dio ambiente Gerry Latorre pescador deoficio no veiacutea en los bosques de mangla-res maacutes que una fuente inagotable de lentildeay de madera de construccioacuten Aprendiacute queteniacuteamos que conservarlos porque ahiacute sereproducen los cangrejos y las gambas delos que obtenemos lo baacutesico para subsis-tir explica Eacutesta es una de las muchascosas que ha aprendido de los formadoresdel Centro de Desarrollo de Tambuyog unorganismo de investigacioacuten con sede enManila (Filipinas) especializado en la pes-ca Las lecciones han resultado esencialespara los pescadores de los pueblos costerosde Malampaya Sound en la provincia dePalawan que se han ido empobreciendocon la reduccioacuten de sus capturas

Esto es resultado de la profunda degra-dacioacuten del medio ambiente La pesca condinamita y cianuro la transformacioacuten delos manglares en viveros el encenega-miento y la contaminacioacuten provocada porlos desechos domeacutesticos e industriales handevastado el 80 de los manglares de laregioacuten y soacutelo el 5 de los arrecifes de coralresisten todaviacutea esos ataques

JUEGO DE AZARLa investigacioacuten ha puesto de manifiestodos causas principales los recursos mari-nos y pesqueros siempre han sido consi-derados de acceso libre y los pescado-res desprovistos de tecnologiacutea de capita-les y de equipamiento veiacutean su actividadcomo un juego de azar La actitud maacutes co-rriente era decir si yo no capturo el pezahora otro lo haraacute (probablemente unbou)

Para poner remedio a esa situacioacutenTambuyog lanzoacute en 1991 un proyecto deeducacioacuten medioambiental relativa a lapesca (FEEP) Se partiacutea de la idea de quelas comunidades de pescadores son lasposeedoras legiacutetimas de los recursos mari-nos pero que para gestionarlos adecuada-mente deben comprender sus procesos dedegradacioacuten y su impacto a largo plazosobre su propia vida El programa consis-tiacutea en 36 horas de formacioacuten que daban alos pescadores una comprensioacuten general delos recursos marinos del paiacutes y nocionesecoloacutegicas fundamentales Tambieacuten les

M e d i o a m b i e n t e

PEQUENtildeOS PESCADORES Y GRANDES PECESDe la educacioacuten en el desarrollo sostenible a la entrada en poliacutetica no hay maacutes que un pasoque pescadores filipinos han dado

ayudaba a identificar las causas y los efec-tos de la degradacioacuten del medio ambienteen su localidad y a prever medidas para laconservacioacuten de los recursos pesquerosDado que la mayor parte de los pescado-res teniacutean poca formacioacuten se emplearonmeacutetodos de ensentildeanza maacutes accesibles jue-gos carteles canciones y presentacionesaudiovisuales

Desde 1995 el proyecto se ha amplia-do al desarrollo sostenible de las zonaslitorales (SCAD) Se estaacute aplicando enNueva Guinlo donde vive Gerry Latorrey en otros tres pueblos Esta formacioacutenmaacutes ambiciosa incluye la legislacioacuten so-bre la pesca y la gestioacuten comunitaria de losrecursos litorales Los vecinos no soacuteloaprenden el funcionamiento de las institu-ciones sociales que rigen su vida sino quesobre todo ganan confianza y capacidad deintervenir o de dirigir Y ahiacute es donde lapesca del SCAD resulta maacutes fructiacutefera

Una de las lecciones baacutesicas que he-mos aprendido es la importancia de tra-bajar juntos para hacer valer nuestros de-rechos sentildeala Gerry Latorre Con este finlos pescadores se han agrupado en una aso-ciacioacuten y constituyen una fuerza que lasautoridades ya no pueden ignorar Pero se

enfrentan entre otras amenazas a los bar-cos de pesca comercial de maacutes de tres to-neladas (prohibidos en la zona) al uso des-tructor de redes finas cerca de los bosquesde manglares y a la construccioacuten de diquesque forman viveros a lo largo de la orilla

Para hacer frente a todo eso y aumen-tar sus ingresos la asociacioacuten de pescado-res ha creado una reserva marina en la prin-cipal zona de reproduccioacuten de cangrejos ygambas y ha construido una jaula de pe-ces que permite criar meros muy apre-ciados en el mercado Tambieacuten ha desarro-llado una estrategia de comercializacioacuten desu pesca que protege a los vecinos de loscaprichos de un negociante que dispongadel monopolio de compra

AVA N C EComo somos conscientes de que las jau-las de peces presentaban riesgos medioam-bientales en otras provincias donde se uti-lizan alimentos industriales explica NestorBolen vicepresidente de la asociacioacutensolamente utilizamos alimentos a base depescado Es biodegradable y no deja resi-duos que enturbien el agua o provoquenuna sedimentacioacuten La asociacioacuten tam-bieacuten ha abierto un servicio de ahorro y decreacutedito que otorga preacutestamos a sus 250socios Pero su iniciativa maacutes audaz es elavance en el aspecto poliacutetico ha decididoenfrentarse a las grandes sociedades comer-ciales (que gozan de proteccioacuten poliacutetica)en su propio terreno Sus protestas reitera-das han hecho fracasar un proyecto de vi-vero a gran escala que habriacutea cerrado laszonas de pesca a las comunidades deMalampaya Pero el peligro subsiste Laasociacioacuten se ha enterado recientemente deque se habiacutean construido diques de vive-ros que impiden el acceso a los manglaresy a la pesca en esa misma zona Nadie ig-nora que el hombre de negocios que estaacutedetraacutes de la operacioacuten disfruta del apoyodel alcalde local iquestLa respuesta de la aso-ciacioacuten Nestor Bolen es uno de los candi-datos a las proacuteximas elecciones municipa-les Se trata de una simple preparacioacutenantes de las elecciones nacionales delproacuteximo antildeo ironiza

Yasmin ARQUIZAMalampaya Sound

13

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

iquest C U Aacute N D OT E N D R Aacute NU N F U T U R OP R O P I O ( F o t o copy N Z H e r a l d )

Neozelandesa y maoriacute Nora Ramekateniacutea unos 40 antildeos cuando empezoacute a

trabajar a jornada completa Habiacutea dejadola escuela pero seguiacutea implicada en la vidade su comunidad y se unioacute al movimientosindical como educadora de adultos mao-riacutees despueacutes de criar a sus cinco hijos Ejer-ce este oficio desde hace 10 antildeos siendoresponsable de educacioacuten continua de laUniversidad de Waikato donde da la uacutenicaclase de nivel universitario en lengua maoriacutesobre las relaciones en el mundo laboral

Pero sobre todo Rameka es conside-rada una aguafiestas por los funcionariosencargados del sistema nacional de educa-cioacuten de adultos que sin embargo es admi-rado internacionalmente Efectivamente

ella cree que las normas y estructuras deeste sistema -basadas en la adquisicioacuten decapacidades que requiere el mercado de tra-bajo- ignoran a las minoriacuteas autoacutectonasPara ella la carrera por la formacioacuten demano de obra calificada deja a un lado de-masiado a menudo la historia de los mao-riacutees mantenieacutendoles en la ignoracia de sulengua y de su cultura

La educacioacuten de adultos soacutelo puedeser un instrumento eficaz si incluye comopreocupacioacuten primordial la nocioacuten de tinorangatiratanga (soberaniacutea) de nuestro pue-blo asiacute como las claves de nuestro desa-rrollo como pueblo te reo (la lengua) ytikanga maori (la cultura los valores laartesaniacutea) Muchas veces me dicen Si nonos asentamos sobre unas bases soacutelidasno avanzaremos Y esas bases son la len-gua y la cultura

M i n o r iacute a s

TE REO Y TIKANGA UNA MISMA LUCHAiquestCoacutemo construir una educacioacuten de adultos que responda a las necesidades de las empresasy refuerce la identidad de una minoriacutea indiacutegena El caso de Nueva Zelandia

En total son unos 600000 algo menosde una quinta parte de la poblacioacuten neo-zelandesa los que reivindican al menosla herencia maoriacute Estaacuten econoacutemicamen-te desfavorecidos y ocupan los empleosmanuales peor pagados Seguacuten el Minis-terio de Desarrollo Maoriacute el 162 estaacutedesempleado frente al 59 del resto dela poblacioacuten La renta media de una fami-lia maoriacute es de soacutelo el 82 de la rentamedia de los no maoriacutees un 20 de esarenta procede de la ayuda social frente al5 para el resto de familias

Los maoriacutees siempre salen de la es-cuela peor cualificados que los demaacutesalumnos En la universidad soacutelo represen-tan el 6 de los alumnos y el 10 en los

centros de formacioacuten del profesorado Cer-ca del 70 de los mayores de 40 antildeos noposeen ninguna cualificacioacuten

Nueva Zelanda reestructuroacute su sistemaeducativo a comienzos de los antildeos noven-ta en torno a las necesidades de las em-presas antildeade Nora Rameka La NewZealand Qualification Authority (NZQA)que gestiona el sistema reconoce la exis-tencia de un debate apasionado en cuan-to se refiere a poner en el mismo plano elsaber maoriacute tradicional y los conocimien-tos dominantes pero se pregunta queacutebeneficios y queacute coste tendriacutea tanto cultu-rales como econoacutemicos Aunque el siste-ma no es ni definitivo ni perfecto permi-te la participacioacuten de los maoriacutees en unamedida sin precedentes

El sistema ha previsto instituciones deformacioacuten que no son ni universidades ni

institutos ni escuelas Desde mayo pasa-do se han acreditado 800 centros nuevosde los que el 20 son maoriacutees Los cursosde disciplinas tradicionales como raranga(tejido) y whakairo (escultura) han sidoencomendados a maoriacutees que los han or-ganizado y aprobado Los controlan total-mente iexclEs una novedad

Pero Nora Rameka no estaacute convenci-da Se han creado centros de formacioacutenprivados maoriacutees reconoce pero no sindificultades Tenemos que sufrir un mon-toacuten de molestias administrativas para es-tar registrados y acreditados Despueacutes ysobre todo tenemos que luchar contra unafuerte reticencia a aceptar nuestra capa-cidad y nuestras prioridades educativasEl meollo del problema es que son funcio-narios pakeha (europeos) los que decidenen uacuteltima instancia la acreditacioacuten de uncentro Ellos estaacuten dominados por una vi-sioacuten muy concreta de los objetivos y de lasprioridades nacionales en materia de edu-cacioacuten Tienen unas ideas preconcebidasy unos prejuicios profundamente arraiga-dos sobre los maoriacutees y sus lsquocarenciasrsquoAunque los servicios educativos tenganuna componente maoriacute vehiculan un sis-tema de valores europeos

D O S U N I V E R S O SPor uacuteltimo estaacute el problema de la financia-cioacuten Las autoridades y numerosos empre-sarios tienen tendencia a subvencionar uacuteni-camente los cursos reconocidos por laNZQA El argumento liberal de que lsquosiun programa educativo es intriacutensecamen-te uacutetil los estudiantes siempre encontra-raacuten el modo de pagar los cursosrsquo no tienesentido para los maoriacutees desempleadosinfraremunerados o que viven de la ayudasocialrdquo asegura Nora Rameka Sin embar-go ella no insinuacutea una retirada del siste-ma puesto que es representativo de la ma-yoriacutea Debemos funcionar en los dos uni-versos admite La cuestioacuten capital es ladel control si como pueblo autoacutectonoestamos decididos a impulsar una conti-nuidad cultural necesitamos al menos re-cuperar el control del sistema decualificacioacuten en cuanto se refiere a nues-tra lengua y a nuestra cultura

S Wy Charles RIDDLE Waikato

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 13: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

iquest C U Aacute N D OT E N D R Aacute NU N F U T U R OP R O P I O ( F o t o copy N Z H e r a l d )

Neozelandesa y maoriacute Nora Ramekateniacutea unos 40 antildeos cuando empezoacute a

trabajar a jornada completa Habiacutea dejadola escuela pero seguiacutea implicada en la vidade su comunidad y se unioacute al movimientosindical como educadora de adultos mao-riacutees despueacutes de criar a sus cinco hijos Ejer-ce este oficio desde hace 10 antildeos siendoresponsable de educacioacuten continua de laUniversidad de Waikato donde da la uacutenicaclase de nivel universitario en lengua maoriacutesobre las relaciones en el mundo laboral

Pero sobre todo Rameka es conside-rada una aguafiestas por los funcionariosencargados del sistema nacional de educa-cioacuten de adultos que sin embargo es admi-rado internacionalmente Efectivamente

ella cree que las normas y estructuras deeste sistema -basadas en la adquisicioacuten decapacidades que requiere el mercado de tra-bajo- ignoran a las minoriacuteas autoacutectonasPara ella la carrera por la formacioacuten demano de obra calificada deja a un lado de-masiado a menudo la historia de los mao-riacutees mantenieacutendoles en la ignoracia de sulengua y de su cultura

La educacioacuten de adultos soacutelo puedeser un instrumento eficaz si incluye comopreocupacioacuten primordial la nocioacuten de tinorangatiratanga (soberaniacutea) de nuestro pue-blo asiacute como las claves de nuestro desa-rrollo como pueblo te reo (la lengua) ytikanga maori (la cultura los valores laartesaniacutea) Muchas veces me dicen Si nonos asentamos sobre unas bases soacutelidasno avanzaremos Y esas bases son la len-gua y la cultura

M i n o r iacute a s

TE REO Y TIKANGA UNA MISMA LUCHAiquestCoacutemo construir una educacioacuten de adultos que responda a las necesidades de las empresasy refuerce la identidad de una minoriacutea indiacutegena El caso de Nueva Zelandia

En total son unos 600000 algo menosde una quinta parte de la poblacioacuten neo-zelandesa los que reivindican al menosla herencia maoriacute Estaacuten econoacutemicamen-te desfavorecidos y ocupan los empleosmanuales peor pagados Seguacuten el Minis-terio de Desarrollo Maoriacute el 162 estaacutedesempleado frente al 59 del resto dela poblacioacuten La renta media de una fami-lia maoriacute es de soacutelo el 82 de la rentamedia de los no maoriacutees un 20 de esarenta procede de la ayuda social frente al5 para el resto de familias

Los maoriacutees siempre salen de la es-cuela peor cualificados que los demaacutesalumnos En la universidad soacutelo represen-tan el 6 de los alumnos y el 10 en los

centros de formacioacuten del profesorado Cer-ca del 70 de los mayores de 40 antildeos noposeen ninguna cualificacioacuten

Nueva Zelanda reestructuroacute su sistemaeducativo a comienzos de los antildeos noven-ta en torno a las necesidades de las em-presas antildeade Nora Rameka La NewZealand Qualification Authority (NZQA)que gestiona el sistema reconoce la exis-tencia de un debate apasionado en cuan-to se refiere a poner en el mismo plano elsaber maoriacute tradicional y los conocimien-tos dominantes pero se pregunta queacutebeneficios y queacute coste tendriacutea tanto cultu-rales como econoacutemicos Aunque el siste-ma no es ni definitivo ni perfecto permi-te la participacioacuten de los maoriacutees en unamedida sin precedentes

El sistema ha previsto instituciones deformacioacuten que no son ni universidades ni

institutos ni escuelas Desde mayo pasa-do se han acreditado 800 centros nuevosde los que el 20 son maoriacutees Los cursosde disciplinas tradicionales como raranga(tejido) y whakairo (escultura) han sidoencomendados a maoriacutees que los han or-ganizado y aprobado Los controlan total-mente iexclEs una novedad

Pero Nora Rameka no estaacute convenci-da Se han creado centros de formacioacutenprivados maoriacutees reconoce pero no sindificultades Tenemos que sufrir un mon-toacuten de molestias administrativas para es-tar registrados y acreditados Despueacutes ysobre todo tenemos que luchar contra unafuerte reticencia a aceptar nuestra capa-cidad y nuestras prioridades educativasEl meollo del problema es que son funcio-narios pakeha (europeos) los que decidenen uacuteltima instancia la acreditacioacuten de uncentro Ellos estaacuten dominados por una vi-sioacuten muy concreta de los objetivos y de lasprioridades nacionales en materia de edu-cacioacuten Tienen unas ideas preconcebidasy unos prejuicios profundamente arraiga-dos sobre los maoriacutees y sus lsquocarenciasrsquoAunque los servicios educativos tenganuna componente maoriacute vehiculan un sis-tema de valores europeos

D O S U N I V E R S O SPor uacuteltimo estaacute el problema de la financia-cioacuten Las autoridades y numerosos empre-sarios tienen tendencia a subvencionar uacuteni-camente los cursos reconocidos por laNZQA El argumento liberal de que lsquosiun programa educativo es intriacutensecamen-te uacutetil los estudiantes siempre encontra-raacuten el modo de pagar los cursosrsquo no tienesentido para los maoriacutees desempleadosinfraremunerados o que viven de la ayudasocialrdquo asegura Nora Rameka Sin embar-go ella no insinuacutea una retirada del siste-ma puesto que es representativo de la ma-yoriacutea Debemos funcionar en los dos uni-versos admite La cuestioacuten capital es ladel control si como pueblo autoacutectonoestamos decididos a impulsar una conti-nuidad cultural necesitamos al menos re-cuperar el control del sistema decualificacioacuten en cuanto se refiere a nues-tra lengua y a nuestra cultura

S Wy Charles RIDDLE Waikato

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 14: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

T E M A C E N T R A L

TODO

S LO

S AR

T IacuteCU

LOS

PUED

EN S

ER L

I BR E

MEN

TE R

E PRO

DUC I

DOS

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

15

P A R T I R S I E M P R E D E L A P R Aacute C T I C A ( F o t o copy I S e l s e r )

P artir siempre de la praacutectica osea de lo que la gente hace sabe vive

y siente de las situaciones que enfrenta ensu vida y despueacutes complementarla ParaSofiacutea Robles Hernaacutendez secretaria gene-ral de la ONG Servicios del Pueblo Mixe(SER) el amplio programa para sacar aesos indios de Meacutexico de su aislamientocultural y econoacutemico se basa en este enfo-que

Maacutes de 91000 personas viven en eldistrito de Mixe en el estado meridionalde Oaxaca Esta zona montantildeosa aisladaalberga a 140 comunidades de las que soacuteloel 45 son accesibles por carretera El iacuten-dice de analfabetismo es elevado la desnu-tricioacuten de los nintildeos corriente y las opor-tunidades econoacutemicas praacutecticamenteinexistentes

En esta accidentada regioacuten los habi-tantes apenas alcanzan a sobrevivir lo cualdificulta cualquier cambio Sin embargoel SER hace lo imposible Desde hace cer-ca de 20 antildeos lleva a cabo unos progra-mas para mejorar el nivel educativo de losadultos mixes con actividades muydiversificadas que van del incremento dela produccioacuten agriacutecola a la mejora de la si-tuacioacuten de las mujeres pasando por la co-municacioacuten y la radio

A SU R I TMOTodas estas actividades siguen el ritmo devida de las comunidades afectadas en cadauna de sus etapas de realizacioacuten ellas de-ciden los conocimientos que necesitan elsistema de ensentildeanza y tambieacuten su caden-cia

Nuestra estrategia se ha adaptado alas necesidades de los Mixes explica So-fiacutea Robles Por ejemplo los adultos dispo-nen de menos tiempo que los nintildeos y nonecesitan necesariamente saber leer o es-cribir Se hace eacutenfasis principalmente enel anaacutelisis de los problemas comunes y enla buacutesqueda de soluciones alternativas queellos mismos pueden encontrar o negociarcon las instituciones nacionales Esta es lafuncioacuten de las asambleas-foros que sehan convertido en los principales instru-mentos pedagoacutegicos del SER La venta-ja de la Asam Foros es que toda la gentepueda opinar sepa o no leer o escribir Perose familiarizan con la escritura puesto que

M i n o r iacute a s

LAS PALABRAS DE OAXACALas comunidades mixes de Meacutexico deciden la educacioacuten que necesitan en su lenguapara defender sus derechos

las asambleas incluyen ejercicios en losque se emplean letras o dibujos Asiacute se pue-de sistematizar la informacioacuten con apoyode los animadores comunitarios

Gracias a esas asambleas el SER haimpulsado una serie de Semanas de la viday de la lengua mixes Su objetivo es fo-mentar la escritura y la lectura en esa len-gua Eacuteste ha sido uno de los logros maacutes

destacables de esta ONG y es la base detodo el programa Si bien algunos linguumlis-tas profesionales han aportado su experien-cia ha sido la propia gente la que ha ela-borado un alfabeto mixe Ha sido un pro-ceso largo y difiacutecil ya que esta lengua tie-ne distintas variantes Por eso se han pro-puesto y trabajado diferentes alfabetos Apesar del tiempo andado auacuten no logramosllegar a un alfabeto unificado reconoceRobles pero creemos firmemente que lapraacutectica nos llevaraacute a decidir cual es elque se debe adoptar Tomemos en cuentaque todo es un proceso Es necesario se-guir discutiendo nuestro sistema graacutefico ennuestra lengua y someterlo al juicio denuestras comunidades definiendo asiacute sucaraacutecter social tanto de elaboracioacuten comode uso

Con las matemaacuteticas la cultura mixetambieacuten estaacute presente en esas reunionesEn cada comunidad donde se desarrollala Semana se invita a los ancianos y an-cianas a compartir la historia de la co-munidad o alguna leyenda de la regioacutenLa celebracioacuten de esas semanas en co-munidades distintas y en momentos dis-tintos permite la participacioacuten del maacutexi-mo de gente Para dar una mejor aten-cioacuten se han formado tres grupos princi-piantes intermedios y avanzados En al-gunas semanas los participantes avanza-dos pueden ser instructores de los princi-piantes

DESC I FRAR E L MENSAJETambieacuten es indispensable una formacioacutenjuriacutedica con el fin de ayudar a esas pobla-ciones marginales a defenderse Los parti-cipantes en las asambleas reflexionan ensu propia lengua sobre el contenido delestatuto municipal que es esencial paragarantizar la proteccioacuten de nuestras tie-rras opina Sofiacutea Robles Insistimos mu-cho en este tipo de formacioacuten porque pen-samos que la informacioacuten que se da desdela prensa o la radio no llega a las comuni-dades o si llega no se llega a compren-der completamente Muchas comunidadespermanecen ajenas a lo que sucede en elplano nacional por ello la importancia deanalizar comparar y proponer a partir delconocimiento del mensaje

En la fase actual del programa del SER-que proseguiraacute hasta julio de 1998- lostemas propuestos en las asambleas talle-res y cursos se refieren a los DerechosFundamentales de los Pueblos Indiacutegenas -pueblo cultura libre determinacioacuten tie-rra y territorio- y al derecho indiacutegena Porotra parte se han previsto temas linguumliacutes-ticos literarios y antropoloacutegicos

Estamos conscientes de que no esta-mos formando gente para ofertar a las ins-tituciones sino para responder a las ne-cesidades de nuestras comunidades Nues-tro objetivo es formar gente criacutetica ycreativa que en todo momento y en los es-pacios comunitarios pueda reflexionarsobre la problemaacutetica que se presente

S Wy Viacutector RUIZ ARRAZOLA Oaxaca

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 15: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16

INFORMACIOacuteN COMPLEMENTARIAhellip

Nunca habiacuteamos visto tantos conflic-tos internos e internacionales ni que

alcanzaran tal grado de salvajismo La in-seguridad civil se agudiza mil millones deseres humanos siguen viviendo en una po-breza desesperante tres mil millones con-firman que desarrollo y dualidad van jun-tos separando cada vez maacutes a ricos y po-bres los uacuteltimos mil millones en los paiacute-ses desarrollados se dan cuenta estupe-factos de que el trabajo rehuacuteye la socie-dad del trabajo como escribiacutea la filoacutesofade origen alemaacuten Hannah Arendt en 1950

Seguimos avanzando hacia la asfixiaquiacutemica del planeta Y los valores se mar-chitan cuando no son comerciales Entrela amenaza de una violencia ligada a losintegrismos de la lengua de la sangre delterritorio o de las creencias y la de un mun-do embrutecido por el consumo pasivo yel conformismo anestesiante -Djihadversus Mac World seguacuten el tiacutetulo del librodel profesor estadounidense BenjaminBarber- es la democracia la que corre pe-ligro

Y sin embargo frente a esta amplifi-cacioacuten de los problemas se gobierna me-nos y menos bien Los nuevos sistemas dedecisioacuten a la escala que convendriacutea es de-cir continental o mundial no aparecen Lasgrandes reformas las que mueven voluacuteme-nes econoacutemicos o financieros sustanciososson cada vez maacutes raras tanto maacutes cuantoque se ven inhibidas por los periacuteodos cadavez maacutes largos de campantildea electoral Y lasgrandes burocracias internacionales o na-cionales estaacuten praacutecticamente sumidas enla paraacutelisis

iquestPor queacute esta impotencia Yo la acha-cariacutea sobre todo al cambio progresivo pero

C i u d a d a n iacute a

LA PRIMACIacuteA DE LA RAZOacuteNFrente al incremento de las modas fantasmas y temores que trae la democracia de opinioacutensoacutelo el ejercicio de una ciudadaniacutea reflexiva y responsable puede erigir una uacuteltima defensa

profundo de la naturaleza del debate puacute-blico porque estaacute superdeterminado por laaparicioacuten a toda potencia sin contrapoderde un poder de influencia maacutes que de de-cisioacuten el de los medios de comunicacioacuten

La imagen se impone a la escritura Enla primera la escenificacioacuten prima sobreel fondo La imagen tiende asiacute a fragmen-tar el cuerpo de toda decisioacuten poliacutetica im-portante en la multitud de elementos quela integran con el consiguiente peligro deimpedir asiacute su sinergia tan necesaria parasu comprensioacuten Tambieacuten da prioridad alacontecimiento en detrimento del contex-to y de la duracioacuten cuando toda reformaen profundidad requiere remontarse a unlejano pasado y soacutelo produce efectos en unlejano futuro Y la proliferacioacuten de sondeosparaliza todaviacutea maacutes a los gobiernos yaque el poliacutetico se enfrenta cada semana sino cada diacutea a la suma algebraica de lasimpresiones y percepciones de una opinioacutenpuacuteblica cuyas percepciones instantaacuteneasy corporativistas pueden superar al intereacutesgeneral y a largo plazo

HECHOS BRUTOSDemocracia de opinioacuten la expresioacuten se haconsagrado aunque sea etimoloacutegicamentefalsa El peso de las intuiciones de losimpulsos de los estados de aacutenimovehiculados instantaacuteneamente por los men-sajes televisados y consumidos general-mente en soledad ante el televisor acabaahogando la reflexioacuten que se alimenta dehechos brutos madura con el tiempo y seconfronta a los puntos de vista de los de-maacutes Uno puede acomodarse con argumen-tos o intereses distintos pero es mucho maacutesdifiacutecil transigir con los siacutembolos

De este modo la intensidad de los pro-blemas a tratar aumenta cuando nuestracapacidad para decidir correctamente dis-minuye Esta contradiccioacuten amenaza a lademocracia Y es el ciudadano -o mejordicho el conjunto de los ciudadanos- el quese convierte en la uacuteltima defensa pero conla condicioacuten expresa de que esteacute en condi-ciones de ejercer una constante vigilancia

Ahora ya se admite que aprender du-rante toda la vida es una obligacioacuten pues-to que habraacute que cambiar de empleo cincoo seis veces a lo largo de la existencia Lamisma exigencia se impone ante la previ-sioacuten -auacuten no refutada- de que la disminu-cioacuten de trabajo obligaraacute a aprender a apro-vechar las alegriacuteas del ser maacutes que las su-puestas del tener es decir a adquirir el pla-cer de mover el cuerpo pintar tocar muacutesi-ca o plantar rosales Pero es igual de ur-gente aprender a ejercer una ciudadaniacutea re-flexiva y responsable

Es necesario saber informarse formar-se una opinioacuten con la perspectiva geograacute-fica y temporal necesaria dominar las mo-das los fantasmas y los temores es decireducarse a lo largo de toda la vida en laprimaciacutea de la razoacuten sobre lo irracionalTambieacuten hay que aprender la paz y la tole-rancia para ir hacia los demaacutes y debatircon ellos crear un universo de cooperado-res maacutes que de competidores afianzar unaeacutetica colectiva de la redistribucioacuten de losingresos que invierta la tendencia al agra-vamiento de las desigualdades Producir elhombre ilustrado del siglo XXI para pro-teger nuestras cada vez maacutes fraacutegiles demo-cracias tiene este precio

Michel ROCARDEx primer ministro franceacutes

LA EDUCACIOacuteN ENCIERRA UN TESOROInterrogantes clave para el futuro de nues-tras sociedades fueron la base de las re-flexiones de los miembros de la ComisioacutenInternacional sobre la Educacioacuten para elSigloVeintiuno presidida por JacquesDelors Este Informe pretende dar a los joacute-venes el lugar que les corresponde y hacerde la educacioacuten una experiencia que se de-sarrolle a lo largo de toda la vida (1996)

SAVOIR LIRE ET APREgraveS Esta guiacutea praacutec-tica en franceacutes presenta las modalidades deelaboracioacuten y produccioacuten de materiales es-critos dirigidos a los neoalfabetos Ma-nuales boletines de informacioacuten diarioslocales historietas juegos enfin una seriede elementos pedagoacutegicos acompantildeados deejemplos e ilustraciones le dan la posibili-dad de distraerse e instruirse al mismo tiem-po (1996)

ALPHA 96-Formation de base ettravail (En franceacutes) iquestQueacute deben hacer loseducadores y organizaciones locales en lalucha contra la exclusioacuten social y la degra-dacioacuten de las condiciones de trabajo Des-pueacutes de una investigacioacuten de dos antildeos rea-lizada en el marco de los proyectos ALPHAdel Instituto de la UNESCO para la Educa-cioacuten en Hamburgo (Alemania) especialis-tas proponen respuestas concretas (1996)

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 16: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

Para mayor informacioacutenEDICIONES UNESCO

7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP - Tel (331) 45 68 10 00 Fax (331) 45 68 57 41

Del cubismo al op art y deArgentina a Venezuela pasandopor la peniacutensula ibeacuterica maacutes de20000 obras de 1500 artistas

cd-rom

Bilinguumle ingleacutesespantildeolPrecio 450 FF

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 17: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

Reun i do en l a UNESCO e l 14 de mayo ung rupo de e s pe c i a l i s t a s en geneacute t i c a b i o l og iacute a c e l u l a r d e r e cho y b i o eacute t i c a op i noacuteque l o s p r i n c i p i o s enun c i ado s en l af u t u ra de c l a r a c i oacuten un i v e r s a l s ob r e e lGENOMA HUMANO y l o s d e r e cho s del a pe r s ona humana c on s t i t u yen unare spue s t a s u f i c i e n t e a e ven tua l e s i n t en t o sde c l ona c i oacuten humana A c t ua r med i an t eenumera c i oacuten y p r oh i b i c i oacuten l im i t a r iacute a l aap l i c a c i oacuten de e s o s p r i n c i p i o s a l a ss i t ua c i one s r e c og i da s exp l iacute c i t amen t e l oc ua l i r iacute a en de t r imen t o de l c a r aacute c t e run i v e r s a l d e l a d e c l a r a c i oacuten op i na Noeuml l l eL eno i r p r e s i d en t a de l C om i t eacute I n t e r na c i o -na l d e B i o eacute t i c a que ha e l abo rado l ade c l a r a c i oacuten c uya ve r s i oacuten de f i n i t i v a s ep r e s en t a raacute en nov i embre p r oacutex imo en l aCon f e r en c i a Gene ra l d e l a UNESCO

Un mismo impulso creador inspira aartistas y cientiacuteficos Una exposicioacutensobre LAS CIENCIAS EN EL ARTEpresentada en la UNESCO del 20 demayo al 2 de junio ilustraba laconvergencia de sus actuacionescon obras de una docena de artistasy de cientiacuteficos hologramas

hiperabstraccioacuten inspirada en lafiacutesica imaacutegenes fractales de unescultor de logaritmos e imaacutegenesde un telescopio espacial Organizadapor la Academia Europea de Cien-cias Artes y Letras esta exposicioacuten seenmarcaba en las celebraciones delDiacutea Mundial del Desarrollo Cultural(21 de mayo)

18

E L Aacute R B O L F R A C TA L D E P I T Aacute G O R A S D E K O O SV E R W O E F T ( F o t o U N E S C O N L e v i n t h a l )

iexcl M U C H A SPOS IB I L IDADES

P A R AA P R E N D E R

( F o t o copyT h e I m a g e

B a n k )

La televisioacuten cambia de imagen al menospara los investigadores Las dudas e interro-gantes sobre sus efectos nocivos para losnintildeos han dado paso a la toma de concien-cia de que ante todo constituye una herra-mienta de aprendizaje excepcional Lejos deser una viacutectima pasiva de la pequentildea pan-talla la generacioacuten joven ha aprendido a

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

EL GIRO DE LOS INVESTIGADORES Los especialistas cambian su visioacuten de las relaciones entre mediosde comunicacioacuten y joacutevenes

dominarla Los joacutevenes no tienen miedo denada afirma Gareth Grainger de la Autori-dad Audiovisual australiana Son al mismotiempo Cristoacutebal Coloacuten Magallanes LukeSkywalker y la Princesa Leia

Los investigadores del mundo enterodeben pues reorientar su trabajo y alejarsede hipoacutetesis reduccionistas sobre la influen-cia negativa de los medios de comunicacioacuteny de algunas teoriacuteas del aprendizaje queseguacuten la francesa Geneviegraveve Jacquinot noestaacuten adaptadas al contexto de la socie-dad tecnoloacutegica

Esta profesora universitaria era uno delos casi 300 investigadores de 60 paiacuteses queacudieron al foro sobre los joacutevenes y losmedios de comunicacioacuten de mantildeana quese celebroacute en la UNESCO del 21 al 25 deabril Las nuevas investigaciones sigue di-ciendo acreditan la idea de una lsquointeli-gencia televisualrsquo de los joacutevenes y susti-tuyen la pregunta tradicional lsquoiquestQueacute le ha-cen los medios de comunicacioacuten al puacutebli-corsquo por la pregunta inversa lsquoiquestQueacute hace elpuacuteblico con los medios de comunicacioacutenrsquoLos investigadores que analizan la violen-cia en la pantalla ampliacutean de esta manerasus perspectivas En lugar de examinar lacantidad de violencia que se le impone al

nintildeo y de preguntarse si provoca compor-tamientos agresivos abordan las variablescontextuales sexo edad personalidad asiacutecomo el entorno social y la familia El querecibe una imagen tiene una historia y larecibe precisamente con su historia in-siste el psiquiatra y psicoanalista franceacutesSerge Tisseron

Sin embargo la cuestioacuten de si la vio-lencia de la pantalla genera la violencia dela calle sigue alimentando las preocupa-ciones de la gente llevando a los gobier-nos a legislar sobre ella En Estados Uni-dos un chip antiviolencia seleccionaautomaacuteticamente los programas infantilesy bloquea los demaacutes

Pero muchos de los participantes opi-naban que esto equivaliacutea a cerrar las puer-tas una vez soltados los caballos Esos con-troles antildeadieron significan que producto-res cadenas de televisioacuten y padres se libe-ran de sus responsabilidades Por otra par-te la internacionalizacioacuten de la televisioacutena traveacutes del cable y del sateacutelite hace insig-nificante una reaccioacuten de tipo defensivo

Actualmente el nintildeo del mundoindustrializado estaacute inmerso en un mun-do audiovisual ordenador cablevideojuegos iexclMuchas posibilidades paraaprender opina Xavier GouyouBeauchamps presidente de FranceTeacuteleacutevision Ahora es necesario estableceruna complementariedad entre esos nuevosinstrumentos y lo que se hace tradicional-mente en la familia y en la escuela

S W

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 18: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

19

U N A PA R A D A E N L A G R A N R E U N I Oacute N A N U A L( F o t o copy S B a c h e r )

En los uacuteltimos nueve antildeos hemos pasa-do de seis escuelas a 200 Diez mil alum-nos participan directamente en el proyec-to lsquoMedios de comunicacioacuten en la escue-larsquo y 40000 indirectamente En 1996 esosnintildeos realizaron 140 horas de programa-cioacuten de radio 90 revistas escolares y 20cortometrajes Sylvia Bacher estaacute orgu-llosa y con razoacuten de este programa queella impulsoacute en Buenos Aires en 1988 yque presentoacute a un puacuteblico asombrado du-rante el Foro sobre Joacutevenes y Medios deComunicacioacuten (veacutease la paacutegina anterior)

El objetivo del proyecto que desde elprincipio contoacute con el apoyo econoacutemicode la UNESCO de las Naciones Unidasdel UNICEF y de varios organismos na-cionales es que los nintildeos participen en losmedios de comunicacioacuten y los incorporena su experiencia educativa Ellos mismoseligen los temas a tratar y los medios parahacerlo buscan la informacioacuten realizan en-trevistas y asumen el trabajo de produccioacuten

Su opinioacuten se tiene en cuenta con elmismo valor que la de sus padres o la delcomuacuten de los mortales que no son ni susmaestros ni personalidades de los mediosde comunicacioacuten Adquieren una gran con-fianza en siacute mismos un estiacutemulo para par-ticipar discutir entre siacute con sus profeso-res y con la sociedad en general Tambieacutenes un modo de desarrollar su sentido criacute-tico explica Sylvia Bacher

F E R O C E S D E F E N S O R E SLos profesores siguen ocho sesiones es-peciales de formacioacuten y son controladosperioacutedicamente durante la fase de aplica-cioacuten Aprenden los fundamentos del pe-riodismo y las teacutecnicas de produccioacutencoacutemo llevar a cabo una entrevista coacutemoutilizar un magnetoacutefono o una caacutemara deviacutedeo coacutemo seleccionar el material reco-gido y montar el producto final Al prin-cipio mostraban un escepticismo produc-to de su miedo a los medios de comunica-cioacuten pero ahora son unos de los maacutes fero-ces defensores del proyecto Los mediosde comunicacioacuten tambieacuten han participadoplenamente Algunos periodistas acuden alas escuelas a discutir con los alumnos yla red de FM de radios comunitarias haconcedido un tiempo de antena a los pro-gramas realizados de esta forma

M e d i o s d e c o m u n i c a c i oacute n

LA OBRA DE LOS JOacuteVENESiquestCoacutemo asimilan los joacutevenes los medios de comunicacioacutenen su trayectoria educativa Un ejemplo en Argentina

Una vez al antildeo todas las escuelas par-ticipantes en el proyecto celebran una granreunioacuten que siguen detalladamente la ra-dio la televisioacuten y la prensa El pasadoantildeo 3000 nintildeos participaron en ella y cadaescuela teniacutea una parada Los alumnos pu-dieron asiacute reunirse intercambiar ideas co-nocer a profesionales y por supuesto mos-trar lo que sabiacutean hacer

Apasionados seguros de ser escucha-dos e interesaacutendose por la sociedad en laque crecen los nintildeos que participan en el pro-yecto trabajan este antildeo en un tema comuacuten quehan titulado Los nintildeos por la paz

D i o s no s ha he cho t an d i s t i n t o s p e r o at odo s c on l a m i sma a lma y e l m i smoco l o r d e s ang re Debemos pue s da rp r i o r i dad a nue s t r a s s eme j anza s pa ral l e va r una c oex i s t en c i a pa c iacute f i c a en l ae s cue l a en f am i l i a y en t oda s pa r t e s exp l i c a D i d i e r d e 12 antildeo s un e s c o l a rza i r entildeo en un f o l l e t o r e c i en t e NO AL A V I O L E N C I A f r u t o de un t r aba j oc o l e c t i v o l l e vado a c abo en t odo e lmundo en e l que han pa r t i c i p adoa l umno s p r o f e s o r e s y pad r e s c on s t i t u yeun i n s t r umen to de r e f l ex i oacuten s ob r e l ac omun i c a c i oacuten y e l d i aacute l ogo

S i s t e m a d e E s c u e l a s A s o c i a d a s

ESCENAS COTIDIANAS DE PAZ entorno a este tema el Correo de laUNESCO y la empresa Nikon organi-zan un concurso de fotografiacutea Estaacuteabierto a los fotoacutegrafos profesionalesdel mundo entero que presenten unaserie de 1 a 20 fotografiacuteas en blancoy negro o en color Dotado con50000 FF el premio se entregaraacutedurante la Conferencia General de laUNESCO (octubre-noviembre de1997) Las mejores obras se publica-raacuten posteriormente en el CorreoFecha liacutemite de inscripcioacuten 15 dejulio

Correo de la UNESCO31 rue Franccedilois-Bonvin F-75732 Pariacutes

Cedex 15 Fax (33) 1 45 68 57 45

An t e l a s man i f e s t a c i one s de i n t o l e r an c i aque ponen en pe l i g ro l a s upe r v i v en c i ade nue s t r a s s o c i edade s l o s r e s pon sab l e spo l iacute t i c o s y e s pe c i a l i s t a s r eun i do s enDaka r ( S enega l ) d e l 28 a l 30 de ab r i l e n l a Con f e r en c i a Reg i ona l s ob r e e lF omen to de l o s Va l o r e s d e TOL ERANC IAy de no V i o l en c i a en Aacute f r i c a d e c i d i e r onl a c r ea c i oacuten de una r ed a f r i c ana po r l at o l e r an c i a l a no v i o l en c i a y l a paz Su sp r i n c i pa l e s ob j e t i v o s s on l a i n ve s t i ga c i oacutensob r e l o s f o c o s d e i n t o l e r an c i a y l ae l abo ra c i oacuten de p r og ramas de edu ca c i oacutende l o s c ompo r t am ien t o s c on e l f i n d ef o rmar c i udadano s s o l i d a r i o s y r e s pe t uo -s o s c on l o s s e r e s humano s y c on s u sd i f e r en c i a s

El tema de la violencia aparece regu-larmente en sus trabajos y es para ellosdesde luego un tema de preocupacioacuten afir-ma Sylvia Bacher Por eso han decididoconvertirlo en un tema y tratar todos susaspectos Empezaron en mayo con una con-ferencia de prensa para anunciar su pro-yecto Organizan talleres e invitan a per-sonalidades -militantes de los derechos hu-manos atletas o liacutederes religiosos- a ha-blarles de la violencia Hacen encuestas ensu propio entorno y tratan de situarse enuna perspectiva internacional Demuestranun formidable espiacuteritu de iniciativa

ContinuaraacuteS W

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 19: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

20

En la feria del libro de Tuacutenez los padrescuriosean por las paradas o se estremecenviendo Jurassic Park Los nintildeos estaacuten enotro sitio Exaltados Amontonados en tor-no a ordenadores de demostracioacuten Ante susojos Sherezade se mueve al son de unamuacutesica andaluza y Aladino sigue a su geniobueno Los CD-ROM destinados al puacutebli-co aacuterabe realizados por occidentales ya notienen secretos para los nintildeos tunecinos

Unos kiloacutemetros maacutes allaacute todos losgrandes especialistas de nuevas tecnologiacuteasde la informacioacuten y de la comunicacioacuten conque cuenta el mundo aacuterabe hablan de ellosDe sus oportunidades y las de los demaacutes ni-ntildeos aacuterabes de entrar un diacutea de lleno en lainfosociedad que apenas perciben

C O N S U M I RActualmente el ciberpaisaje aacuterabe a pesarde los contrastes es muy pobre han obser-vado muchos de los participantes en el co-loquio regional El mundo aacuterabe y la socie-dad de la informacioacuten organizado por laUNESCO y la Unioacuten Internacional de Te-lecomunicaciones (UIT) y celebrado del 4al 8 de mayo En el mejor de los casos seregistran algunas decenas de miles de co-nectados que en su mayor parte soacutelo co-nocen el correo electroacutenico Seguacuten la UITen junio de 1996 habiacutea 5000 nodos un 42en Kuwait un 18 en Egipto un 10 enlos Emiratos Aacuterabes Unidos y un 8 en Liacute-bano Esta cifra se habraacute duplicado a finesde 1997 opina Ahmed Lauyane director dela Oficina de Desarrollo de las Telecomu-nicaciones de la UIT Y antildeade que el nuacute-mero de usuarios de Internet rondaba los40000 a mediados de1996 es decir unadensidad del 0025 frente al 10 de Es-tados Unidos y al 1 de Europa En la ma-yoriacutea de paiacuteses sentildeala Amine Munir Alauique estaacute realizando un estudio para la UITlo utilizan casi exclusivamente para consu-mir informacioacuten El nuacutemero de sitios aacutera-bes casi todos institucionales es bajo y losdisentildeados en esta lengua pueden contarsecon los dedos de ambas manos iquestPor queacutese dice que hay que comunicar en aacuterabese queja Mojtar Sellami profesor universi-tario argelino Si se quiere defender real-mente la lengua lo primero que hay quehacer es facilitar los intercambios y el tra-bajo de los investigadores

M u n d o aacute r a b e

ENTRANDO EN LA INFOSOCIEDADObstaacuteculos teacutecnicos y econoacutemicos y reparos poliacuteticos frenanla expansioacuten de las autopistas aacuterabes de la informacioacuten

Las barreras teacutecnicas y econoacutemicas quepodriacutean frenar la expansioacuten de la red exis-ten Los paiacuteses aacuterabes estaacuten a menudobien dotados de infraestructuras de tele-comunicacioacuten comparados con otros paiacute-ses en desarrollo (PED) Los del Golfo in-cluso estaacuten a menudo a la altura de lospaiacuteses desarrollados opina Alaui Soloque estas infraestructuras han sido dise-ntildeadas en general para la voz y su uso parael transporte de datos no deja de plantearproblemas De modo que habraacute que in-vertir La UIT calcula en 14 mil millonesde doacutelares la suma necesaria para que lateledensidad media pase del 45 al 72antes del antildeo 2000 Aparte de laspetromonarquiacuteas del Golfo que ya estaacutenbien equipadas ninguno de esos paiacuteses dis-pone de medios para lograrlo Tendraacuten querecurrir a capital privado y atraer a lasmultinacionales que maacutes bien se orientanhacia los jugosos mercados de AmeacutericaEuropa y Asia Tambieacuten deberaacuten renunciara la gallina de los huevos de oro Resu-miendo explica Phi-lippe Queacuteau directorde informacioacuten y de informaacutetica de laUNESCO durante demasiado tiempo seha considerado que el sector vital de lastelecomunicaciones en los PED es comouna fuente de divisas de gran valor Haydos categoriacuteas de poblacioacuten la que puedepagar y estaacute sobregravada y la otra quese deja de lado

L I B E RTA D D E E X P R E S I Oacute NPero estos obstaacuteculos se superaraacuten si seevita otro escollo La reticencia procedemaacutes de una preocupacioacuten de tipo poliacuteticoafirma Queacuteau Se dice que Internet es elescondite de los pornoacutegrafos y de lospedoacutefilos Es una criacutetica bastante deacutebilcuando se ve lo que ofrecen las cadenasde sateacutelite y los programas de televisioacutenque bantildean la cuenca mediterraacuteneaInternet en cambio plantea un verdaderoproblema de libertad de expresioacuten En al-gunos paiacuteses obviamente se siente comoun instrumento de movilizacioacuten poliacuteticaVolvamos al ejemplo tunecino compara-ble a la situacioacuten de otros paiacuteses comoArabia Saudiacute y Siria Mientras que Tuacutenezfue el primero y el maacutes raacutepido del mundoaacuterabe en desarrollar las redes de transmi-sioacuten de datos y dispone de capacidad y de

E L MOA I DE LA PAZ una e s t a t uag i gan t e de l a i s l a d e Pa s cua s e exponeen l a UNESCO de l 19 de ab r i l a l 12 dej u l i o E s c u l p i da po r j oacute vene s i s l e ntildeo ss i gu i endo l o s r i t o s m i l ena r i o s d e s u s

an t epa sado s m i de 5 me t r o s d e a l t u r a ype sa 12 t one l ada s L o s hab i t an t e s d e e s t ai s l a c h i l e na l a han o f r e c i do a l mundocomo t e s t imon i o de nue s t r a c u l t u r a y denue s t r a h i s t o r i a c omo p rueba de paz de f r a t e rn i dad y de r epa r t o De spueacute s deAmeacuter i c a L a t i na Po l i n e s i a Me l ane s i a yPa r iacute s e l g i gan t e de p i ed ra p r o s egu i r aacutesu c am ino a t r a veacute s de F r an c i a an t e s d ed i r i g i r s e a Po r t uga l c on mo t i v o de l aExpo s i c i oacuten Un i v e r s a l d e L i s boa en 1998

Fomentar la educacioacuten para todos lademocracia la reconciliacioacuten laidentidad cultural eacutesta era la apuestade algunos joacutevenes haitianos que apesar de las dificultadessocioeconoacutemicas y culturales de supaiacutes se reunieron en Puerto Priacutencipedel 26 al 30 de abril para participaren un seminario de formacioacuten dedinamizadores de CLUBES UNESCOEste cursillo dedicado concretamentea la cultura de paz en la vida cotidia-na les permitioacute familiarizarse con losprogramas y los ideales de la Organi-zacioacuten e iniciarse en las teacutecnicas dedinamizacioacuten

(Fot

o UN

ESCO

M

Clau

de)

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 20: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

21

una competencia reconocida frena en secoen cuanto los dirigentes se han dado cuen-ta de que algunos grupos islamistas difun-diacutean por la red el manual para fabricarbombas artesanales explicaba reciente-mente el especialista Rafic Bustani en larevista francoacutefona Universiteacutes En 1996se creoacute la Agencia Tunecina de Internetpara desarrollar la red En realidad tam-bieacuten puede verse como un proveedor deservicios una de cuyas funciones es vigi-lar los flujos y el tipo de contenido que pasapor su nodo destaca Queacuteau

La demonizacioacuten de Internet es el pro-blema maacutes difiacutecil de eludir confirma AlauiSiempre se encuentran grupos de presioacutenque juegan con esta fiebre para bloquearcualquier evolucioacuten e imponer poliacuteticasde filtro sistemaacutetico En algunos paiacutesesiexcllos mensajes electroacutenicos pueden espe-rar un mes antes de ser enviados a su des-tinatario atestigua un universitarioque afirma que la comunicacioacuten en tiemporeal con sus colegas aacuterabes es soacutelo teoacuteri-ca Confiesa que recibe amenazas y men-sajes extrantildeos del extranjero Hay corres-pondencias buenas y malas pero no les co-rresponde a los demaacutes filtrar por nosotrosYa somos mayores Para Queacuteau estas po-liacuteticas de filtro pueden evitarse faacutecilmen-te Si eres realmente un terrorista siem-pre puedes codificar los mensajes o em-plear otras teacutecnicas como el sateacutelite Enrealidad estos controles soacutelo pueden sereficaces con personas que no tienen nadaque ocultar Son cosas de fantasmasComo no se puede prohibir la red se limi-ta su acceso mediante unas tarifas prohibi-tivas En Yedda la suscripcioacuten mensual a

Internet es diez veces maacutes cara que en Pa-riacutes En los paiacuteses del Magreb las tarifasson disuasivas salvo para una pequentildeaeacutelite

Los ejemplos de Jordania y de Egiptoparecen maacutes alentadores Son paiacuteses quetienen una fuerte tradicioacuten de prensa se-ntildeala Alaui Hay proveedores de serviciostanto puacuteblicos como privados En Egiptoel Estado ha demostrado su buena volun-tad subvencionando la red universitaria yel nuacutemero de internautas avanza raacutepida-mente En Jordania los principales usua-rios son los estudiantes que sobrecarganlas liacuteneas Algunos grupos de debate so-bre temas de actualidad local registran unverdadero eacutexito y altos responsables gu-bernamentales no dudan en alimentar eldebate con sus intervenciones Es una pe-quentildea revolucioacuten cultural que desentonadentro del paisaje poliacutetico aacuterabe Hay quedestacar que Internet es una tecnologiacuteamuy especial recuerda Queacuteau Respondea cierta mentalidad a una sociabilidad auna capacidad de intercambiar de com-partir su misma libertad procede de estaespecie de sentimiento de plaza de puebloPero la informacioacuten siempre es conside-rada como un poder Por eso es priorita-rio poner la informacioacuten puacuteblica a dispo-sicioacuten de la mayor parte a traveacutes deInternet de modo que se cree un haacutebitouna especie de comportamiento de aper-tura que es la esencia misma de la infoso-ciedad una actitud mental casi ciacutevica conrespecto a la informacioacuten

Sophie BOUKHARITuacutenez

El 8 de mayo al finalizar el coloquio de Tuacutenez que reunioacute a cerca de 200 participantes procedentes deuna veintena de paiacuteses se celebroacute la primera Asamblea General de Raitnet La Red Aacuterabe de Tecnologiacuteas dela Informacioacuten es una ONG que agrupa a las principales instituciones y a los expertos del mundo aacuterabeespecializados en las tecnologiacuteas de la informacioacuten Fue fundada en 1995 y tiene su sede en El Cairo (Egipto)contando con el apoyo de la UNESCO y de la UIT Sus objetivos son fomentar la construccioacuten de infopistasaacuterabes estimular los intercambios de experiencias y de conocimientos entre sus miembros y la cooperacioacutencon los organismos internacionales apoyar proyectos regionales -principalmente proporcionando una asis-tencia teacutecnica- y asesorar a los responsables En materia de contenido el mundo aacuterabe debe concentarse ensu desarrollo econoacutemico y social opina el presidente de Raitnet el egipcio Hassan El Sherif iquestCoacutemo es posibleestimular el comercio entre los distintos paiacuteses conectar a los importadores y exportadores en la red reunira todos los meacutedicos y servicios de sanidad llevar la educacioacuten a las regiones maacutes apartadas Para eacutel esurgente no esperar aunque milite activamente por una mejora de las infrastructuras Debemos actuar con loque tenemos y sacarle el maacuteximo provecho posible desde ahora mismo

Una t r e i n t ena de e s pe c i a l i s t a s s er eun i e r on en M i l t on Keyne s (Re i noUn i do ) de l 27 a l 29 de ab r i l p a radeba t i r s ob r e l o s ENTORNOSD I D Aacute C T I C O S V I RT U A L E S y l a m i s i oacute nde l p r o f e s o rado y c oacutemo c on c i l i a r l o ss uentildeo s t e c no l oacuteg i c o s c on l a r ea l i dad del a s au l a s L o s pa r t i c i p an t e s op i na ronque l a s f u e r za s t e c no l oacuteg i c a s y e c onoacutem i -c a s e s t aacuten a r r a s t r ando a l o s meacute todo sedu ca t i v o s ha c i a un s i s t ema de en s entildean -za a d i s t an c i a d e s t i nado a mod i f i c a r s een f un c i oacuten de l a e vo l u c i oacuten de l a st e c n o l o g iacute a s

Con motivo del 25o aniversario delConvenio del PATRIMONIO MUNDIALla UNESCO la empresa Agfa y lacompantildeiacutea aeacuterea Lufthansa organizanun concurso internacional de fotogra-

fiacutea Estaacute abierto a aficionados yprofesionales Sus objetivos debenapuntar a los 506 sitios de la Lista delPatrimonio Mundial en su esplendor osu vulnerabilidad o en su contextosocial El primer premio es un viajealrededor del mundo Los requisitosde inscripcioacuten se encuentran en unfolleto consultable en la UNESCO enlos distribuidores Agfa en lasagencias de Lufthansa y en los hotelesHilton La fecha liacutemite de recepcioacuten defotografiacuteas en blanco y negro o encolor es el 1o de octubre

E L M O N T E E M E I ( C H I N A ) U N O D E L O S Uacute LT I M O SS I T I O S I N S C R I T O S E N L A L I S TA D E L PAT R I M O N I OM U N D I A L ( F o t o U N E S C O )

RAITNET ENCRUCIJADA DE LAS INFOPISTAS AacuteRABES

M u n d o aacute r a b e

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 21: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

22

L A H I S T O R I E T A U N A AY U D A P A R A L AF O R M A C I Oacute N Y L A I N F O R M A C I Oacute N

La serie educativa de programas de radioHogar nuevo vida nueva y las historietasque la acompantildean tienen en Afganistaacuten unapopularidad sin precedentes Ello se debe aun conjunto de factores indicativos del pa-pel que deberaacuten desempentildear los medios decomunicacioacuten en la educacioacuten

En ese paiacutes soacutelo la radio dispone de unaaudiencia nacional Sus actividades de pro-paganda durante la era comunista de losantildeos ochenta arruinaron la credibilidad deRadio Afganistaacuten y las radios internaciona-les como la BBC World Service han vistosubir su iacutendice de audiencia Aunque las au-toridades talibanes han dictado disposicio-nes en contra de algunos medios de comu-nicacioacuten como la televisioacuten y las cintas demuacutesica popular consideradas como facto-res de corrupcioacuten su actitud con la radio esmaacutes pragmaacutetica

Durante una reciente reunioacuten de su granshura (consejo central) una de las faccio-nes solicitoacute la prohibicioacuten de esos progra-mas educativos Pero a pesar de la preocu-pacioacuten de los talibanes por controlar la edu-cacioacuten la Asamblea consideroacute que la im-portancia del contenido educativo de Ho-gar nuevo vida nueva compensaba de so-bra la presencia de voces de mujeres confrecuencia considerada como un insulto asu honor

P R A G M AT I S M OLos dirigentes talibanes mostraron supragmatismo al clasificar esta serie de pro-gramas en la categoriacutea tadbeer-e-manzil(economiacutea domeacutestica) juzgaacutendola conve-niente para la educacioacuten de las mujeresactualmente reducida a la espera de que seinstaure un sistema educativo no mixto

Aunque esas restricciones pesan en laszonas urbanas donde la educacioacuten de lasnintildeas estaba bien implantada todaviacutea sonmuy frecuentes en el campo donde normal-mente las impone el pariente masculino maacutesdirecto

Para Pelwasha una joven casada y ma-dre de tres hijos que vive en el distrito deMandozai en la provincia de Jost la ra-dio es la uacutenica fuente de informacioacuten Lavida en el pueblo es muy difiacutecil cuando unajovencita sale de su casa se empieza a chis-morrear La educacioacuten se logra pues gra-cias a la radio Al igual que en muchas

A f g a n i s t aacute n

CONTINUARAacuteEl punto de vista de un antropoacutelogo britaacutenico sobre unos programaseducativos realizados por la BBC con la ayuda de la UNESCO

sociedades islaacutemicas que practican la se-gregacioacuten sexual o purdah las mujeres re-curren a muacuteltiples maneras de contempo-rizar en lugar de oponerse a las conven-ciones Y se cierran los ojos con tal de queellas sean discretas

En la provincia de Jost la introduccioacutende las escuelas en casa ha mejorado laeducacioacuten basada en la familia Las muje-res saben organizarse cuando se presenta

la ocasioacuten especialmente si pueden obte-ner un provecho econoacutemico Cuando es-cuchando la radio aprendiacute a confeccionartapices todas las chicas del pueblo empe-zaron a aprender a tejer resolviendo asiacutealgunos problemas de dinero confiesaAsry una vecina de Jawaya Hassan cercade Gardez

Es innegable que la educacioacuten para to-dos es un derecho fundamental del quemuchas chicas afganas se ven privadas Esel escollo que impide que los talibanesobtengan un reconocimiento internacionalPero hay que saber que esta restriccioacuten tie-ne oriacutegenes en gran medida culturales prin-cipalmente en el campo

Si bien algunos organismos han retira-do su ayuda a la educacioacuten otros que tie-nen una comprensioacuten maacutes matizada de lacultura y de la sociedad afganas debenestudiar la forma de apoyar soluciones lo-cales a problemas locales En este sentidoel desarrollo de la radio educativa pensadapara Afganistaacuten puede constituir algo po-sitivo y loacutegico

Andrew SKUSEPeshawar (Pakistaacuten)

En ANGOLA c e r c a de med i o m i l l oacuten den i ntildeo s s u f r en t r aumas d e spueacute s de l o sc on f l i c t o s que de s t r o za ron e l pa iacute s ha s t ac om ienzo s de l o s antildeo s noven t a Pa raayuda r l e s l a UNESCO c r eoacute un p r oye c t ode f omen to de opo r t un i dade s edu ca t i v a spa ra l a r ehab i l i t a c i oacuten de l o s n i ntildeo sv u l n e r a b l e s E l f o l l e t o A p r e n d e r c o d oc o n c o d o e n f r a n c eacute s p r e s e n t a e s t ep roye c t o que en t r e 1994 y 1996 hao f r e c i do una edu ca c i oacuten baacute s i c a a 2 000 dee so s n i ntildeo s

Of i c i na de l a UNESCO

B P 3311 Daka r ( S enega l )

Una red que una los centros naciona-les de datos oceanograacuteficos unasestaciones de observacioacuten de loscambios del nivel del mar o la evalua-cioacuten de los efectos de las algas perju-diciales sobre la salud son algunos delos proyectos aprobados por el Comiteacuteregional de la COI (ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental)para el estudio en comuacuten del norte ydel centro del OCEacuteANO IacuteNDICOOCCIDENTAL reunido en Mombasa(Kenya) del 6 al 10 de mayo ElComiteacute solicitoacute a los Estados miembrosque contribuyan a la financiacioacuten deesas actividades en 1997-2001 quecostaraacuten tres millones de doacutelares

La p r ime ra L I BRER IacuteA den t r o de unp rog rama i n t e rna c i ona l d e l a UNESCO f ue i naugu rada en l a Habana ( Cuba ) e l21 de ab r i l p a sado E s t e p r oye c t o r ea l i z ado en c o l abo ra c i oacuten c on e l I n s t i t u t oCubano de l L i b r o ( I C L ) t i e ne po r ob j e t oc o l abo ra r c on aque l l o s pa iacute s e s que t i e nend i f i c u l t ad de a c c e s o a l o s l i b r o s y ung ran nuacutemero de l e c t o r e s L a l i b r e r iacute apo s ee un f ondo i n i c i a l d e 6000 e j emp l a -r e s en e s pantildeo l i n g l eacute s y f r an c eacute s quei n c l uye t oda s l a s c o l e c c i one s de l aUNESCO en pa r t i c u l a r Ob ra s Rep r e s en -t a t i v a s y A r c h i vo s

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 22: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 1 J U N I O 1 9 9 7

P L A N E T A

23

N U E S T R A SV O C E S S ED E J A N O Iacute RC A D A V E ZM Aacute S ( F o t oU N E S C O )

iquestDesea usted conocer las normas del buencomportamiento en sociedad aprender anavegar por Internet o utilizar sus cosmeacute-ticos Puede hacerlo si participa en losnumerosos talleres que organiza el CentroKuwaitiacute para el Nintildeo y la Madre

Claro estaacute que el abanico casi infinitode conocimientos que se pueden adquiriry que son la gran originalidad del Centrono soacutelo incluye temas asiacute de suaves Sufuncioacuten principal es ofrecer una ensentildean-za a los adultos y en primer lugar a lasmujeres sobre los caminos y los medios

para que sus hijos crezcan en el mejor en-torno posible y para que en las familiasesas mismas mujeres mejoren su situacioacuteny su calidad de vida Por eso se hace hin-capieacute en la psicologiacutea del nintildeo la nutri-cioacuten un matrimonio feliz y las relacio-nes entre padres e hijos

El centro se inauguroacute en marzo de 1996y tiene un presupuesto de 420000 doacutela-res que aporta el Programa del Golfo Aacutera-be para las Organizaciones de Desarrollode las Naciones Unidas y la FundacioacutenKuwaitiacute para el Progreso Cientiacutefico y sacaprovecho de la experiencia teacutecnica de laUNESCO Sus 21 formadoras -todaskuwaitiacutees y pagadas por el Estado- hanentrevistado ya a maacutes de 3000 miembrosde familia en el centro ademaacutes unas uni-dades moacuteviles visitan regularmente a uncentenar de familias de los cinco distritosdel paiacutes

Intentamos que tomen conciencia delos grandes problemas sociales y de los que

K u w a i t

VOCES EN AUMENTOAl visitar a las familias algunas dinamizadoras acabanpreguntaacutendose por los derechos de la mujer

afectan a la vida de su familia explica ladirectora del Centro Awatef Al-Essa

Ella asegura que todo el mundo tieneacceso a los servicios del centro Pero aun-que los no kuwaitiacutees representan cerca del73 de la poblacioacuten el 75 de quieneslos utilizan son kuwaitiacutees Seguacuten ella elcentro se concentra en cuestiones que afec-tan tanto a los nacionales como a los ciu-dadanos extranjeros como el incrementode los divorcios y de las drogas

Pero hacer hincapieacute en las responsabi-lidades de las mujeres no significa ignorar

sus derechos Actualmente las kuwaitiacuteesestaacuten educadas y gozan del mismo dere-cho al trabajo que los hombres afirmaAwatef Al-Essa Tenemos una subsecreta-ria de Estado y una rectora de universi-dad Pero no tienen derecho al votoNuestras voces se dejan oiacuter cada vez maacutesDurante la Guerra del Golfo empezamosa trabajar juntas y aprendimos a tomar lainiciativa Las mujeres salieron a expresarsu rebelioacuten Aprendieron la solidaridadAhora sucede lo mismo con la lucha por elderecho a voto

El Centro estaacute preparando unos fasciacute-culos El primero trataraacute sobre las pregun-tas y respuestas esenciales para hacer lavida maacutes sana y maacutes feliz El siguienteabordaraacute los derechos de las joacutevenes y delas mujeres Es otra forma seguacuten AwatefAl-Essa de alimentar un proceso social quese acelera

M U J E R E S M E D I T E R R Aacute N E A S YDEMOCRAC IA f u e e l t ema de unacon f e r en c i a i n t e r na c i ona l c e l eb rada enE s t ambu l ( Tu r qu iacute a ) l o s d iacute a s 3 y 4 demayo A l a r eun i oacuten o r gan i zada en e lma r co de l a Red UNESCO I n t e r-R i be ra s(REUN IR ) a s i s t i e r on c e r c a de 400re spon sab l e s po l iacute t i c o s un i v e r s i t a r i o s ys o c i oacute l ogo s de l a r eg i oacuten en s u mayo r iacute amu j e r e s L o s d eba t e s s e c en t r a r on en e limpa c t o de l o s pa r t i d o s y de l a s o c i edadc i v i l s ob r e l a pa r t i c i p a c i oacuten de l a s mu j e -r e s en l a v i da po l iacute t i c a l o s p r i n c i pa l e sob s t aacute cu l o s que en cuen t r an l a s e l e c t o r a sy l a s c and i da t a s y l a i n f l u en c i a de l at r ad i c i oacuten d e l a l e g i s l a c i oacuten y de l ar e l i g i oacuten L o s pa r t i c i p an t e s c on f i rma ronque l a s ub r ep r e s en t a c i oacuten de l a s mu j e r e sen l a po l iacute t i c a e s c omuacuten a l o s pa iacute s e smed i t e r r aacuteneo s R EUN IR puede ayuda r l a sa l u cha r po r s u s d e r e cho s c iacute v i c o s yc on s t i t u c i ona l e s y l l e va r l a s a c r u za r l ap u e r t a d e l m u n d o p o l iacute t i c o

Sobre el mismo tema de la COOPERA-CIOacuteN INTER-RIBERAS el 28 de abrilse celebroacute en la UNESCO unareunioacuten para crear proyectos deapoyo a las mediterraacuteneas artistasperiodistas juristas y migrantes Esteconjunto de actividades se llevaraacute acabo con la ONG Foacuterum de Mujeresdel Mediterraacuteneo

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 23: Aprender para la vida; UNESCO sources; Vol.:91; 1997

Del 7 al 9 de julio tendraacute lugar en la Sede el Comiteacute Consultivo de la Educacioacuten para la Paz los Derechos

Humanos la Democracia la Comprensioacuten Internacional y la Tolerancia Eacuteste presentaraacute recomendaciones so-

bre los medios de fomentar una CULTURA DE PAZ Una conferencia regional sobre la

ENSENtildeANZA SUPERIOR se realizaraacute en Tokio (Japoacuten) del 8 al 10 de julio Eacutesta examinaraacute las

estrategias nacionales y la cooperacioacuten regional para el siglo XXI con miras a la Conferencia Mundial sobre la

Ensentildeanza Superior que tendraacute lugar en 1998 Representantes de las COMISIONES

NACIONALES EUROPEAS ante la UNESCO se reuniraacuten del 10 al 13 de julio en Aix-en-Pro-

vence (Francia) para debatir sobre las actividades de la Organizacioacuten en ese continente La quinta Conferencia

Internacional sobre la EDUCACIOacuteN DE ADULTOS se realizaraacute en Hamburgo (Alemania) del

14 al 18 de julio (v Tema Central de este nuacutemero) Un taller organizado en Zomba (Malawi) del 20 al 27

de julio permitiraacute a profesores y artistas intercambiar experiencias sobre la creacioacuten de material escolar

relativo a la EDUCACIOacuteN MUSICAL Los diacuteas 20 y 21 de julio la Mesa del Comiteacute del Programa

Intergubernamental de INFORMAacuteTICA realizaraacute su 13a sesioacuten en la Sede Un comiteacute de expertos

gubernamentales se reuniraacute en la Sede del 22 al 25 de julio para finalizar el proyecto de instrumento

internacional sobre la PROTECCIOacuteN DEL GENOMA HUMANO que seraacute sometido a la

Conferencia General en noviembre proacuteximo El Diacutea Internacional de las POBLACIONES

AUTOacuteCTONAS seraacute celebrado el 9 de agosto por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas

Del 1o al 4 de septiembre en la Sede los especialistas debatiraacuten sobre los medios de integrar al sistema

escolar de la infancia los NINtildeOS CON NECESIDADES ESPECIALES El DIacuteA

INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIOacuteN se celebraraacute el 8 de septiembre Una

ceremonia tendraacute lugar en la Sede en la que seraacuten entregados los Premios Internacionales de Alfabetizacioacuten

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicacioacuten)

Cinco antildeos despueacutes de la Cumbre de la Tierra de Rio iquestse tradujo en hechos el concepto de desarrollo sostenible

Balance y debate en nuestro PROacuteXIMO TEMA CENTRAL

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario

Recommended