+ All Categories
Home > Documents > Aula 15 -...

Aula 15 -...

Date post: 28-Jan-2019
Category:
Upload: lamkhuong
View: 213 times
Download: 0 times
Share this document with a friend
38
1 Aula 15 A Química do Boro (B) Livros: A) (revisão) Clayden, J.; Greeves, N.; Warren, S.; Organic Chemistry 2 nd ed. Oxford University Press, New York: 2012. B) Carey, F. A.; Sundberg, R. J.; Advanced Organic Chemistry. Part A: Structure and Mechanisms 4 th ed. Kluwer academic/Plenum Publishers, New York, 2000. C) Carey, F. A.; Sundberg, R. J.; Advanced Organic Chemistry. Part B: Reactions and Synthesis 4 th ed. Kluwer academic/Plenum Publishers, New York: 2000. D) Li, J. J.; Name Reactions: a Collection of Detailed Reaction Mechanisms 2 nd ed. Springer: 2003. E) Kürti, L.; Czakó; Strategic Applications of Named Reactions in Organic Synthesis Elsevier, Oxford: 2005. F) Curso do Prof. Samir Z. Zard de "Fundamentos da Quimica Molecular", École Polytechnique: 2004. Artigos: G) Suzuki, A.; ”Organoborates in New Synthetic Routes” Acc. Chem. Res. 1982, 15, 178. H) Miyaura, N.; Suzuki, A.; Palladium-Catalyzed Cross-Coupling Reactions of Organoboron Compounds” Chem. Rev. 1995, 95, 2457. I) Dimitrijevic, E.; Taylor, M. S.; Organoboron Acids and Their Derivatives as Catalysts for Organic Synthesis” ACS Catalysis, 2013, 3, 945. J) Hermanek, S.; “Boron Chemistry: Introduction” Chem. Rev. 1992, 92, 175. K) Crudden, C. M.; Hleba, Y. B.; Chen, A. C.; "Regio and Enantiocontrol in the Room Temperature Hydroboration of Vinyl ArenesJ. Am. Chem. Soc. 2004, 126, 9200. L) Suzuki, A.; Recent Advances in the Cross-Coupling Reactions of Organoboron Derivatives with Organic ElectrophilesJ. Organometallic Chem. 1999, 576, 147. Química Orgânica Avançada (QP-021), Unicamp Igor D. Jurberg
Transcript

1

Aula 15 A Química do Boro (B)

Livros: A) (revisão) Clayden, J.; Greeves, N.; Warren, S.; Organic Chemistry 2nd ed. Oxford University Press, New York: 2012. B) Carey, F. A.; Sundberg, R. J.; Advanced Organic Chemistry. Part A: Structure and Mechanisms 4th ed. Kluwer academic/Plenum Publishers, New York, 2000. C) Carey, F. A.; Sundberg, R. J.; Advanced Organic Chemistry. Part B: Reactions and Synthesis 4th ed. Kluwer academic/Plenum Publishers, New York: 2000. D) Li, J. J.; Name Reactions: a Collection of Detailed Reaction Mechanisms 2nd ed. Springer: 2003. E) Kürti, L.; Czakó; Strategic Applications of Named Reactions in Organic Synthesis Elsevier, Oxford: 2005. F) Curso do Prof. Samir Z. Zard de "Fundamentos da Quimica Molecular", École Polytechnique: 2004. Artigos: G) Suzuki, A.; ”Organoborates in New Synthetic Routes” Acc. Chem. Res. 1982, 15, 178. H) Miyaura, N.; Suzuki, A.; “Palladium-Catalyzed Cross-Coupling Reactions of Organoboron Compounds” Chem. Rev. 1995, 95, 2457. I) Dimitrijevic, E.; Taylor, M. S.; “Organoboron Acids and Their Derivatives as Catalysts for Organic Synthesis” ACS Catalysis, 2013, 3, 945. J) Hermanek, S.; “Boron Chemistry: Introduction” Chem. Rev. 1992, 92, 175. K) Crudden, C. M.; Hleba, Y. B.; Chen, A. C.; "Regio and Enantiocontrol in the Room Temperature Hydroboration of Vinyl Arenes” J. Am. Chem. Soc. 2004, 126, 9200. L) Suzuki, A.; “Recent Advances in the Cross-Coupling Reactions of Organoboron Derivatives with Organic Electrophiles” J. Organometallic Chem. 1999, 576, 147.

Química Orgânica Avançada (QP-021), Unicamp Igor D. Jurberg

2

Propriedades do Boro

Raios covalentes (Å): C (0.76) < B (0.84) < P (1.07) < Si (1.11)

Abundância: 10B (20%), 11B (80%) → RMN: 11B (I = 3/2)

Energias de ligações (kJ.mol-1):

(Cambridge Structural database)

3

Preparação de reagentes de Boro

H. C. Brown, Inorg. Chem. 2000, 39, 1795.

Borax

B2H6

Ács. borônicos

4

Propriedades do Boro

Boranas Boratos

Estabilização de boranas:

Ácidos borônicos Ésteres borônicos

Potássio trifluoroborato (Sais de Molander)

Ácido borínico

Ácido bórico Boroxina

5

Reações de hidroboração

- A hidroboração de olefina é um processo que pode ser reversível - O hidrogênio e o boro são introduzidos do mesmo lado (adição sin) - O boro se adiciona sobre o carbono menos substituído (regioseletividade anti-Markovnikov)

Lazlo, P. Angew. Chem. Int. Ed. 2000, 39, 2071.

6

Funcionalização de organoboranas

Rearranjo intermolecular

Rearranjo intramolecular

Aptitude migratória: Para BR3: R-1º > R-2º > R-3º Para BR(OR)2: R-3º > R-2º > R-1º > alcóxi

Bottoni, A.; Trombini, C; J. Org. Chem. 2003, 68, 3397.

7

Funcionalização de organoboranos

Exemplos clássicos:

8

Funcionalização de organoboranos

Homologação de Matteson

Mecanismo:

Aplicações:

O boro é muito mais deficiente em elétrons do que o carbono carregando o cloro.

D. S. Matteson, J. Org. Chem. 2000, 65, 6650.

9

Aplicações:

Funcionalização de organoboranos

“Produção em série”: inserção estereoseletiva sequencial de metilas.

Aggarwal, V. K. et al., Angew. Chem. Int. Ed. 2009, 48, 6317

10

Protonação de organoboranas

Mecanismo:

Liberação do auxiliar de boro uma vez a funcionalização realizada

Interesse:

Brown, H. C.; Pure Appl. Chem. 1976, 47, 49.

11

Síntese de alcenos trans

A) Zweifel, G.; Arzoumanian, H. J. Am. Chem. Soc. 1967, 89, 5086. B) Zweifel, G.; Fisher, R. P.; Snow, J. T.; Whitney, C. C. Ibid. 1971, 93, 6309. C) Brown, H. C. et al.; J. Org. Chem. 1986, 51, 5270.

Mecanismo?

Ref A)

12

Síntese de alcenos cis

Mecanismo?

Mecanismo:

13

Rearranjo de alcinos

Exemplo:

Peste que ataca maçãs no sul do Brasil

Park, C. P.; Gel, J. M.; Sung, J. W.; Oh, D. Y.; Tetrahedron Lett. 1998, 39, 2583.

Rendimento global: 54%

R2

B

R1

R1

R1

E

E R2

R1R12B

14

Rearranjo de alcinos

Corey, E. J.; Seibel, W. L.; Tetrahedron Lett. 1986, 27, 905.

E-g-Bisaboleno: Sesquiterpeno precursor para a síntese de diversos terpenóides oxigenados

Exemplo:

Me

OTBS

1) n-BuLi

2)

BMe

Me 3

Me

OTBS

B

Me

Me RR

Me3SiOTf

Me

OTBSSiMe3

BR2

MeMe

1) n-BuLi2) CuI3) MeI, HMPA

Me

OTBSSiMe3

Me

MeMe

TiCl4, PhNHMe

Me

MeMe

MeMe

OHSiMe3

Me

MeMe

TBAF

E-g-Bisaboleno

91% 96%

84%, 6 etapas

15

Hidroboração de derivados carbonilados

Regioseletividade, soma de fatores: impedimento estérico, polaridade da ligação, e afinidade B/O

Compostos carbonilados: aldeídos, cetonas, ésteres, amidas, haletos de acila

do tipo Midland

Meerwein-Pondorff-Verley

Redução assimétrica com olefina quiral (cat.) é impossível, pois boro possui maior afinidade pela carbonila.

E(pCO) = 355kJ.mol-1

E(sCB) = 320kJ.mol-1

E(pCC) = 270kJ.mol-1

E(sOB) = 520kJ.mol-1

Termodina- micamente favorisada

B +O

RPRGB O

H

RP

RG RPRG

HO H

THF,

67oC

(1 equiv.)

(R)-Alpina borana

16

Reduções assimétricas: protocolo de Midland

Redução Midland:

Preparo do reagente de Midland

Menor interação desestabilizante com RP do que com RG

RG : grupo grande

RP : grupo pequeno

A) Midland, M. M.; Tramontano A.; Zderic, S. A.; J. Am. Chem. Soc. 1977, 99, 5211. B) Midland, M. M.; Chem Rev. 1989, 89, 1553.

HB

+THF, 67oC

B B

(+)--pineno 9-BBN(R)-Alpina borana

17

Redução de Midland

Exemplos:

A) Williams, D. R.; Fromhold, M. G.; Earley, J. D.; Org. Lett. 2001, 3, 2721. B) Murakami, N.; Nakajima, T.; Kobayashi, M.; Tetrahedron Lett. 2001, 42, 1941.

I 4

O

TMS

(R)-Alpina boranaTHF, ta

I 4

OH

TMS82%, 94% ee

OH

Me14

Lambeina A

(toxina de uma esponja marinha, Haliclona sp.)

BnO

O (R)-Alpina boranaTHF, -10°C a ta

BnO

OH

95%, 88%ee NO

OO

O

MeOH H

Me

H Me

(-)-Estemospironina

(da familia de alcalóides da Estemona,substâncias tipicamente empregadasem chás na medicina popular chinesa.Alguns membros da familiademonstraram propriedades inseticidas)

18

Redução de CBS:

Reduções assimétricas: protocolo de Corey-Bakshi-Shibata

Mecanismo:

A) Corey, E. J.; Bakshi, R. K.; Shibata, S.; JACS, 1987, 109, 551 e 7925. B) Corey, E. J.; Helal, C. J.; ACIE, 1998, 37, 1986.

OO

O

MeMeMe

Me

O

O

OBnMe

O

Me

OMeO

O

HOBn

H

H

MeOBn

O

O

H

Me

H H

N BO

H PhPh

Me

1)

BH3

2) TsOH, benzeno

81%

OO

O

MeMeMe

Me

O

O

OBnMe

Me

O

O

HOBn

H

H

MeOBn

O

O

H

Me

H H

OH

1) LiOH, H2O, THF2)LiDBB, THF

69%

Me

O

O

OHMe

Me

O

O

HOH

H

H

MeOH

O

O

H

Me

H H

OHHO

O

HO

Acido Ocadaico

(neurotoxina liberada por algas dinoflageladas, causadora de fortes diarréias)

F

O

N

O

O

O

Ph

NB

O

H PhPh

Me[(R)-MeCBS]

BH3.THF

F

OH

N

O

O

O

Ph

rend. 97%, de 95%escala multi-Kg

(3 mol%)

pTSA (5 mol%)THF, ta

OH

NOF

F

OH

Ezetimibe (SCH 58235)

(potente agente redutor de colesterol)

19

Redução de CBS:

Exemplos:

A) Fu et al., Tetrahedron Lett. 2003, 44, 81. B) Forsyth, C. G. et al.; J. Am. Chem. Soc. 1997, 119, 8381.

LiDBB:

Me

Me Me

Me

MeMeLi

20

Hidretos de boro

super hidreto

LiBHEt3 > LiAlH4 > LiBH4 ≈ LiBH(sec-Bu)3 (L-Selectrida) > NaBH4 > NaBH3(CN)

Poder redutor:

- LiBHEt3 é doador de hidreto mais forte de todos devido ao efeito indutivo dos grupos alquila presentes e do contra-ion Li+ .

- LiBH4 é mais nucleofílico que NaBH4, pois o Li+ é um melhor ácido de Lewis que o Na+, portanto ativando mais a cabonila para o ataque do hidreto. - LiBH(sec-Bu)3 se equipara com LiBH4 em poder redutor, pois ao mesmo tempo que a presença das cadeias alquilas volumosas fornecem efeito indutivo aumentando a nucleofilicidade, proporcionam empedimento estérico que dificulta a doação do hidreto. - De maneira análoga, a presença do grupo atrator de elétrons CN em NaBH3(CN) faz essa fonte de hidreto ser mais fraca que NaBH4.

Uso de TMSCl como aditivo: Giannis, A. et al.; ACIE 1989, 28, 218.

21

SN2 usando hidretos como nucleófilos:

LiAlH4 também pode ser usado em muitos casos.

LiBHEt3: Super hidreto

H

BrLiBDEt3, THF

D

H

OTs

Me

MeMe

LiBHEt3, THF

H

Me

MeMe

A) Krishnamurthy, S.; Brown, H. C.; J. Org. Chem. 1980, 45, 849. B) Larsen, S. D.; Monti, S. A. J. Am. Chem. Soc. 1977, 99, 8015.

H27C13 OMe

O

Me

OH

LiBH4, MeOH, taH27C13 OH

Me

OH99%

Me

OH

Me

O

HNMe

Me

NH

O

OH

NH

O

AcO

O O

H27C13

Estevastelina B

(agente imunosupressor, isolado de bactérias Penicillum sp.)

22

LiBH4

- Além de reduzir aldeídos, cetonas, anidridos e haletos de acila (reatividade típica do NaBH4), o LiBH4 reduz igualmente ésteres seletivamente na presença de ácidos carboxílicos, amidas e nitrilas.

- A reatividade do LiBH4 é dependente do meio, de na ordem Et2O > THF > iPrOH. Isso se explica pela disponibilidade do Li+ para se coordenar com o substrato.

Exemplo:

A) Nystrom, R. F.; Chaykin, S. W.; Brown, W. G.; JACS 1949, 71, 3245. B) Kohyama, N.; Yamamoto, Y. Synlett 2001, 5, 694.

23

NaBH4

- É o agente redutor doador de hidreto doce mais usualmente empregado. Ele reduz aldeidos, cetonas, cloretos de acila, anidridos e imidas, mas reage lentamente ou nada com ésteres, lactonas, ácidos, nitrilas, amidas, compostos nitro, alcenos, epóxidos e alcinos. Não é eficiente em reações SN2 com haletos e tosilatos. NaBH4 é comumente empregado na redução de organo mercuriais e na redução completa de ozonídeos.

- NaBH4 demonstra uma boa tendência para reduzir olefinas em sistemas ,b-insaturados. Isto pode ser evitado com as condições de Luche: NaBH4 + CeCl3

(JACS, 1978, 100, 2226.)

Exemplo:

Me

BnO

ON

O

O

HHO

iPr NaBH4, THF, H2O

Me

BnO

OHH

OH92%

OMe

BrH H

Cl

(+)-Regioloxepano A

Crimmins, M. T.; DeBaillie, A. C.; Org. Lett. 2003, 5, 3009.

NROR

ativação daLUMO

NH

H2O

H2ONH

24

NaBH3(CN) - NaBH3(CN) reage com aldeídos e cetonas somente em meios bem ácidos (pH < 4). Isso se deve à protonação da carbonila nessa faixa de pH. Entretanto, NaBH3(CN) reage com íons imínio formados in situ à partir da condensação de aldeídos e cetonas com aminas em condições ácidas fracas (5 < pH < 7), dando origem a aminação redutora (é o principal uso desse agente redutor). - Complexos de amino borana (BH3.NH2) possuem uma reatividade similar e também podem ser empregadas em aminações redutoras.

Exemplo:

AMINOCATÁLISE

Zhao, H.; Mootoo, D. R.; J. Org. Chem. 1996, 61, 6762.

O

CHO

BnO

BnO

BnO

CHO

OBn

HCO2(NH4) (1.5 equiv.), NaBH3(CN) (30 equiv.)

MeOH, ta NH

OBnBnO

BnO

BnO

H2, 10% Pd/C MeOH-HCO2H

53%

NH

OHHO

HO

HO

Castanospermina

O

OHC

OBn

OMeBnO

BnO

obtido em 4 etapassimples a partir do-D-glucopiranosideo total: 9 etapas,

rend. global 22%

quant.

25

LiBH(sec-Bu)3 (L-Selectrida)

Demonstra seletividade estérica excepcional na redução de aldeídos e cetonas.

A) Brown, C. A.; J. Am. Chem. Soc. 1973, 95, 4100. B) McGhie, K. E.; Paton, R. M.; Tetrahedron Lett. 1993, 34, 2831.

tBu

O HtBu

H

OH+

tBu

OH

H

LiAlH4 90 : 10

NaBH4 85 : 15

LiBH(sec-Bu)3 7 : 93

O

99.6%

O

Me

H

98%OMe

99.3%

Exemplos:

OO

OO

O

O

O

O

MeMe

HO

HOMe Me

Me Me

HR1

R2

HO

HO+

R1

R2

HO

HO

NaBH4 49 : 51

LiBH(sec-Bu)3 3 : 97

26

Caso particular de indução 1,3 na redução de cetonas Aproximação intramolecular vs intermolecular

Redução intermolecular, condições: 1) NaBH4, Bu3B 2) NaBH4, Et2BOMe 3) Et4NBH3CN, BCl3

4) Outros metais:

Zn(BH4)2 ou DiBAl-H ou catecolborana, RhCl(PPh3)3

Redução intramolecular, condições: 1) Me4NBH(OAc)3

2) iPr2SiHCl, SnCl4

3) PhCHO, SmI2

Inter: A) Narasaka et al.; Chem. Lett. 1980, 1415. B) Prasad et al.; TL 1987, 155. C) DiMare et al.; JOC 1996, 868. D) Oishi et al.; Acc. Chem. Res. 1984, 338. E) Evans et al.; JOC 1990, 5190. Intra: F) Evans et al.; JACS 1988, 3560. G) Davis et al.; Chem. Commun. 1986, 831. H) Evans et al.; JACS 1990, 6447.

OR1

O

Ph

O

HR2

Sm

R1 R2

OBz OH

R1 R2

O OH

O

MOR1

R2

L

L R1 R2

OH OHH

SIN

MOR1

L

L

O

HR2

R1 R2

OH OH

ANTI

MLn, H

HMLn

redução intermolecular

redução intramolecular

12

3

27

Carbonilação de organoboranas

A. B. Burg & H. I. Schlesinger JACS, 1937, 59, 780

ACIE, 2002, 41, 799 JACS, 2002, 124, 15385

28

Funcionalização de acil boranas

29

Reações de Alilação

Princípio de Curtin-Hammet A interconversão entre os isômeros é mais rápida do que a reação do isômero majoritário com o aldeído

A reação ocorre exclusivamente a partir deste isômero

Wang, Gu, Liu, JACS, 1990, 112, 4425.

Olefinação de Paterson: HO- : elim. sin H+ : elim. anti

30

O

O2N

HMe

BO

OMeMe

MeMe

NH3, EtOH

OH

O2NMe

92:8 dr

BO

OMeMe

MeMe

Me

NH3, EtOH

OH

O2NMe

99:1 dr

A) Sugiura, M.; Hirano, K.; Kobayashi, S.; JACS, 2004, 126, 7181. B) Krüger, J.; Hoffmann; R. W.; JACS, 1997, 119, 7499.

Reações de Alilação Iminas, intermolecular:

Intramolecular:

Amida de Weinreb

N

OMeO

Me

O

TBSO

1) DiBAl-H2) sec-BuLi3)

OB

OMe

Me

Me

Me

OMe N

OMeO

Me

O

TBSO

BO

O

Me

Me

Me

Me

Al

Me Me

H2O

O

HO

TBSO

O

Br

AcO

(+)-Laurencina

H

31

Reações de Alilação Controle de regioseletividade da alilação

A) Yamamoto, Y.; Saito, Y.; Maruyama, K.; J. Org. Chem., 1983, 48, 5408. B) Frantz, D. E.; Singleton, D. A.; Org. Lett. 1999, 1, 485.

Alilboranas eletrofílicas são adicionadas a olefinas levemente ativadas

BBr2

0 °C, hexano

1)

2) NaOH, H2O2

OH

90%

Sn

4

BBr3 BBr2

Para bons rendimentos, as olefinas precisam ser um pouco ativadas. Bons resultados são obtidos com por ex.: norborneno, estireno, 1,1-dialquiletilenos, ciclohexadieno e ciclopentadieno. 1-noneno fornece apena 33%.

PhSe

Li BEt3

PhSe

BEt3 0 °C

Et

BEtEt

SePh PhCHO

-78 °C

Et

OH

Ph

94 : 6

25 °C

[1,3]

Et

BEtEt

SePh PhCHO

-78 °C Et

Ph OH

91 : 9

T

32

Alilações enantioseletivas: método de Roush

Preparação dos reagentes:

MgBr

1) B(OMe)3, Et2O, -78°C2) 2N HCl, Et2O3) (+)-DIPT, MgSO4 B

O

O

CO2iPr

CO2iPr

77%

Me BO

O

CO2iPr

CO2iPr

Roush

JACS, 1985, 107, 8186. JACS, 1986, 108, 294. JACS, 1990, 112, 6339 e 6348. JOC, 1987, 52, 316 TL, 1988, 29, 5579

A estabilidade do alilboronato permite que ele seja destilado.

Me

Me

n-BuLi/ KOtBu

THF, -78 a -25 °C Me

1) B(OiPr)3, -78°C2) 1N HCl, Et2O3) (+)-DIPT, MgSO4 Me B

OO

iPrO2C

CO2iPr

base de Schlosser

45 min K

70-75%, > 99% Z

MeMe B

O

O

CO2iPr

CO2iPr

Me

n-BuLi/ KOtBu

THF, -78 a -50 °C

Me

1) B(OiPr)3, -78°C2) 1N HCl, Et2O3) (+)-DIPT, MgSO4

base de Schlosser

15 min

K

70-75%, > 98% E

33

Alilações enantioseletivas: método de Roush

R

OHO

R H

+

BO

O

CO2iPr

CO2iPr

tolueno, MS 4A, -78°C

ALDEIDO REND(%) EE(%)

R = n-C9H19

R = c-C6H11

R = C6H5

86

77

78

79

78

71

- os ee são tipicamente moderados - 4Å MS ajuda a aumentar a seletividade

O ET favorecido é aquele que minimiza a repulsão entre os pares livres de elétrons dos O’s.

BO O

O

R

H

O

OiPr

OOiPr

Favorecido

O

B O

O

O

OiPr

OOiPr

R

H

Desfavorecido

R

OH

R

OH

interação atrativa

34

Alilações enantioseletivas: método de Brown

JOC, 1982, 47, 5065. JOC, 1984, 49, 945. JOC, 1986, 51, 432. JACS, 1986, 108, 293 e 5919. JACS, 1983, 105, 2092. JOC, 1991, 56, 401. TL, 1984, 25, 1215 e 5111. JOC, 1987, 52, 319. JOC, 1989, 54, 1570.

Preparação:

- A incubação prolongada a 0°C produz Ipc2BH enantiomericamente enriquecido, devido ao equilíbrio entre a tetraisopinocanfeildiborana com -pineno e triisopinocanfeildiborana. O dímero simétrico cristaliza preferencialmente. - B-Alildiisopinocanfeilborana pode ser preparada e usada in situ após filtração dos sais de magnésio produzidos. Os compostos mais reativos são livres de sais de Mg.

B

Me

Me

Me

Me Me

Me

Brown

Me

MeMe

(1R)-(+)--Pineno91.3% ee

BH3.SMe2THF, 0°C BH

2

(-)-Ipc2BH

98.9% ee

3 dias, 72%

MeOH, 0°C

1h, quant.

B

2

OMe

MgBr

-78 a 25°C

25°C, 1h, quant.

B

2

98.9% ee98.9% ee

35

(-)-Ipc2B

O

R H

+

Et2O, -78 a 23°CNaOH, H2O2

R

OH

ALDEIDO REND(%) EE(%)a EE(%)b

R = CH3

R = n-C4H9

R = t-C4H9

R = C6H5

74

72

88

81

93

87

83

96

> 99

96

> 99

96

Alilações enantioseletivas: método de Brown

a: alilboração realizada sem filtrar os sais de Mg. b: alilboração realizada a -100°C, na ausência de sais de Mg

- A reação é bastante geral. A estequiometria de adição é a mesma em todos os casos. - Temperaturas mais baixas conduzem a enantioseletividades mais altas (0 → -78 → 100°C). - Somente reagentes livre de Mg podem ser usados a -100 °C, a borana é sequestrada pelo reagente CH3OMgBr para formar o complexo ato nessa temperatura. - A alilboração de aldeidos é excenssialmente instantânea a -78 ou -100°C na ausência de sais de Mg.

B Me

MeMe

Me

Me

Me

OR

HH

A seletividade facial do aldeído deriva da minimização das interações estéricas entre os grupos Ipc axial e grupo alila

36

Alilações enantioseletivas: Método de Corey

Preparação do reagente:

TL, 1990, 31, 3715. JACS, 1990, 112, 878.

N NArO2S SO2Ar

PhPh

B

CoreyNH HNArO2S SO2Ar

PhPhN NArO2S SO2Ar

PhPh

B

Br

SnBu3

N NArO2S SO2Ar

PhPh

Btolueno, 23 °C

BBr3, DCM

- O reagente (R,R)-bis-sulfonamida pode ser recuperado da mistura reacional.

Veja outros métodos de alilação: Keck, Hosomi-Sakurai, Duthaler, Soderquist, Leighton, Zard, entre outros…

N NArO2S SO2Ar

PhPh

B

Br

SnBu3

R2

1)

tolueno, 23 °C

2) R1CHO, -78 °C R1

OH R2

REND(%) EE(%)

Cy

92

80

84

76

96

90

92

88

R2R1

Ph

Ph

Cy

H

Cl

H

Cl

37

A reação de acoplamento cruzado de Suzuki-Miyaura

Areas “quentes” de pesquisa

R1 R2 X[Pd0Ln] cat.

base

R1 = alquila, alcinila, arila, vinila

R2 = alquila, alcinila, arila, benzila, vinila

X = Br, Cl, I, OAc, OP(=O)(OR)2, OTf

BY2 R1 R2

L2Pd0 R1 X

L2Pd0R1

X

adição oxidante

transmetalação

R2 BY2

BY2X

L2Pd0R1

R2

R1 R2

eliminação redutora

BY2 = B(OR3)2, B(OH)2, BF3K

A) A. C. Frisch, M. Beller, Angew. Chem. Int. Ed. 2005, 44, 674. B) N. Miyaura, A. Suzuki, Chem. Rev. 1995, 95, 2457.

38

Areas “quentes” de pesquisa

Catálise com ácidos borônicos

Pares de Lewis Frustrados

X

Ph

ROH

MeNO2, ta

X

Ph

R

F

F

F

F

B(OH)2

(20 mol%)

6 exemplos50-97%

Hall, D. G. et al.; ACIE 2012, 6, 5167. Hall, D. G. et al.; Chem. Sci. 2011, 2, 1305.

F

F

F

F

B(OH)2

OH

R1

R2 R3

ou

B(OH)2

F

FF

F

F

F

(20 mol%)

R3

OH

R2

R1

15 exemplos62-93%

tolueno, ta ou 50°C

Revisões: A) Stephan, D. W.; Dalton Trans. 2009, 3129. B) Stephan, D. W.; Erker, G.; Angew. Chem. Int. Ed. 2010, 49, 46. C) Erker, G.; Pure Appl. Chem. 2012, 84, 2203.

Combinação de ácidos e bases de Lewis que são estericamente congestionados, o que evita a reação entre eles, mas aumenta substancialmente suas reatividades.

Stephan, D. W. et al.; Science 2006, 314, 1124.

B(C6F5)(Me3C6H2)2P

F F

F F

H2B(C6F5)(Me3C6H2)2P

F F

F F

H H

ácidos borônicos são empregados como LA com reatividades especiais


Recommended