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Avifauna do Pantanal de Nabileque (Mato Grosso do … · A depressão orográfica do Rio Paraguai,...

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Atualidades Ornitológicas Nº 134 - Novembro/Dezembro 2006 - www.ao.com.br Avifauna do Pantanal de Nabileque (Mato Grosso do Sul, Brasil) 1,3 Fernando Costa Straube , Alberto com o panorama de conhecimento do lado nho fluvial paralelo, no sentido NNW- 1,4 brasileiro praticamente nulo até então. SSW; tem como foz o ponto de confluência Urben-Filho , Alessandro Pacheco 2,5 2,6 O presente estudo divulga os resultados de dois importantes e verdadeiros rios: o Nunes , Walfrido Moraes Tomás , 7 de duas expedições visando o inventário da Aquidabã e o Branco, ambos originários das Maria Cecília Vieira-da-Rocha avifauna do Pantanal do Nabileque, buscan- vertentes ocidentais do Planalto da Bodo- do contribuir com a composição da avifauna quena, a cerca de 140 km abaixo. Por esse A depressão orográfica do Rio Paraguai, desta região. motivo, os terrenos situados entre o leito mais conhecida como Pantanal, tem sido ob- principal do Rio Paraguai e o seu curso se- jeto de diversos estudos ornitológicos desde ÁREA DE ESTUDO cundário, têm sido chamados de "Ilha do Na- a visita do naturalista austríaco Johann Nat- Para fins unicamente de localização, deli- bileque" termo que, aliás, é mais adequado à terer, quando de sua viagem de 18 anos pelo mitamos a nossa área de estudo como a fra- sua condição geográfica. Brasil (Pelzeln, 1871; Vanzolini, 1993). ção brasileira situada entre as latitudes de Assim, o chamado Pantanal do Nabileque Uma extensa revisão contemplando espéci- 20°00' e 21°00'S e longitudes de 57°00' e consiste de uma zona inundada por 9 meses es citadas na literatura, exemplares de mu- 58°15'W, a qual coincide com o terço médio ou mais durante o ano, formada por planícies seu e informações inéditas de ocorrências a final da sub-bacia hidrográfica do Rio Na- fluviais e espraiamentos aluviais do Rio Para- foi cuidadosamente preparada por Tubélis bileque (UNIDERP, 2002) (Figura 1). Cabe guai. De acordo com a fonte, pode ser deno- & Tomás (2003), constituindo a mais im- ressaltar que esse rio nada mais é do que um minado: Pantanal do Tarumã-Jibóia (IBGE), portante fonte para estudos com a avifauna braço que se forma na margem esquerda do Pantanal do Jacadigo-Nabileque (Macrozo- desta região brasileira. Rio Paraguai (próximo da foz do Rio Miran- neamento Geo-ambiental do Mato Grosso Apesar do cenário razoavelmente bem or- da), em decorrência das cheias que se extra- do Sul) ou, simplesmente, Pantanal do Nabi- ganizado de toda essa informação, observa- vasam do leito principal, formando um cami- leque (Jorge Adámoli) (UNIDERP, 2002). se que de um total de 67 localidades que pu- deram ser adequadamente plotadas em ma- pa por estes autores, ainda existem enormes extensões que, até o presente, não recebe- ram nenhum tipo de pesquisa quanto à com- posição avifaunística. Segundo Tubélis & Tomás (2003): "...extensive gaps of know- ledge become evident, mainly in the central area, along all the entire eastern border, in the south (region between Corumbá and Porto Murtinho) and in the extreme nort- hwestern portion (Pantanal of Cáceres), ne- ar the border with Bolivia". A terceira região ali indicada corresponde ao chamado Pantanal do Nabileque, uma considerável lacuna na Ornitologia de todo o Estado do Mato Grosso do Sul e mesmo do extenso perímetro de fronteira do centro- oeste do Brasil. Por sua vez, áreas próximas mas situadas nos territórios do Paraguai (Matogrosense Region) e da Bolívia (Zona de Vida del Cerrado, Bosque Chiquitano, Pastizales y Humedales del Beni y Santa Cruz) foram extensivamente pesquisadas (Bond & Meyer de Schauensee, 1942, 1943; Remsen & Ridgley, 1980; Remsen & Tray- lor, 1983; Hayes, 1995; Hayes et al., 1990 e vários outros), contrastando fortemente FIGURA 1. Área de estudo no contexto estadual, com indicação dos centros urbanos adjacentes.
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Page 1: Avifauna do Pantanal de Nabileque (Mato Grosso do … · A depressão orográfica do Rio Paraguai, ... campo seco (15,8%), paratudal ... ("Projeto Corredor de Bio-avifauna of Bolivia,

Atualidades Ornitológicas Nº 134 - Novembro/Dezembro 2006 - www.ao.com.br

Avifauna do Pantanal de Nabileque(Mato Grosso do Sul, Brasil)

1,3Fernando Costa Straube , Alberto com o panorama de conhecimento do lado nho fluvial paralelo, no sentido NNW-1,4 brasileiro praticamente nulo até então. SSW; tem como foz o ponto de confluência Urben-Filho , Alessandro Pacheco

2,5 2,6 O presente estudo divulga os resultados de dois importantes e verdadeiros rios: o Nunes , Walfrido Moraes Tomás , 7 de duas expedições visando o inventário da Aquidabã e o Branco, ambos originários das Maria Cecília Vieira-da-Rocha

avifauna do Pantanal do Nabileque, buscan- vertentes ocidentais do Planalto da Bodo-do contribuir com a composição da avifauna quena, a cerca de 140 km abaixo. Por esse A depressão orográfica do Rio Paraguai, desta região. motivo, os terrenos situados entre o leito mais conhecida como Pantanal, tem sido ob-

principal do Rio Paraguai e o seu curso se-jeto de diversos estudos ornitológicos desde ÁREA DE ESTUDO cundário, têm sido chamados de "Ilha do Na-a visita do naturalista austríaco Johann Nat-

Para fins unicamente de localização, deli- bileque" termo que, aliás, é mais adequado à terer, quando de sua viagem de 18 anos pelo mitamos a nossa área de estudo como a fra- sua condição geográfica.Brasil (Pelzeln, 1871; Vanzolini, 1993). ção brasileira situada entre as latitudes de Assim, o chamado Pantanal do Nabileque Uma extensa revisão contemplando espéci-20°00' e 21°00'S e longitudes de 57°00' e consiste de uma zona inundada por 9 meses es citadas na literatura, exemplares de mu-58°15'W, a qual coincide com o terço médio ou mais durante o ano, formada por planícies seu e informações inéditas de ocorrências a final da sub-bacia hidrográfica do Rio Na- fluviais e espraiamentos aluviais do Rio Para-foi cuidadosamente preparada por Tubélis bileque (UNIDERP, 2002) (Figura 1). Cabe guai. De acordo com a fonte, pode ser deno-& Tomás (2003), constituindo a mais im-ressaltar que esse rio nada mais é do que um minado: Pantanal do Tarumã-Jibóia (IBGE), portante fonte para estudos com a avifauna braço que se forma na margem esquerda do Pantanal do Jacadigo-Nabileque (Macrozo-desta região brasileira. Rio Paraguai (próximo da foz do Rio Miran- neamento Geo-ambiental do Mato Grosso Apesar do cenário razoavelmente bem or-da), em decorrência das cheias que se extra- do Sul) ou, simplesmente, Pantanal do Nabi-ganizado de toda essa informação, observa-vasam do leito principal, formando um cami- leque (Jorge Adámoli) (UNIDERP, 2002). se que de um total de 67 localidades que pu-

deram ser adequadamente plotadas em ma-pa por estes autores, ainda existem enormes extensões que, até o presente, não recebe-ram nenhum tipo de pesquisa quanto à com-posição avifaunística. Segundo Tubélis & Tomás (2003): "...extensive gaps of know-ledge become evident, mainly in the central area, along all the entire eastern border, in the south (region between Corumbá and Porto Murtinho) and in the extreme nort-hwestern portion (Pantanal of Cáceres), ne-ar the border with Bolivia".

A terceira região ali indicada corresponde ao chamado Pantanal do Nabileque, uma considerável lacuna na Ornitologia de todo o Estado do Mato Grosso do Sul e mesmo do extenso perímetro de fronteira do centro-oeste do Brasil. Por sua vez, áreas próximas mas situadas nos territórios do Paraguai (Matogrosense Region) e da Bolívia (Zona de Vida del Cerrado, Bosque Chiquitano, Pastizales y Humedales del Beni y Santa Cruz) foram extensivamente pesquisadas (Bond & Meyer de Schauensee, 1942, 1943; Remsen & Ridgley, 1980; Remsen & Tray-lor, 1983; Hayes, 1995; Hayes et al., 1990 e vários outros), contrastando fortemente FIGURA 1. Área de estudo no contexto estadual, com indicação dos centros urbanos adjacentes.

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A paisagem local abriga um intrincado mosaico de diversos tipos fitofisionômicos, conjunto este denominado "Complexo do Pantanal" (Veloso et al., 1991). Segundo Sil-va et al. (2000), os tipos de vegetação predo-minantes no Pantanal do Nabileque são, com as respectivas porcentagens de área: campo inundado (21,4%), carandazal (19,1%), campo seco (15,8%), paratudal (14,0%), brejo (8,5%), chaco (6,7%) e ou-tros tipos, incluindo pequenas extensões de pirizais, baceiros e canjiqueirais, além de matas estacionais e de galeria. Essa configu-ração permite de antemão notar as peculiari-dades fitofisionômicas desta região, em comparação com os outros pantanais sul-matogrossenses (vide Vila-da-Silva, 1998; Silva et al., 2000).

MÉTODOSOs registros de espécies foram obtidos pe-

lo somatório de esforço de campo de duas campanhas realizadas pelos autores entre ju-nho de 2005 e julho de 2006. Procurou-se re-presentar um máximo de pontos amostrais que estivessem razoavelmente distanciados entre si, visando caracterizar a avifauna do maior número de ambientes possíveis e de uma abrangência geográfica significativa. Essa situação foi prejudicada pelas precári-as condições das vias de acesso rodoviário, o que impossibilitou a visita a regiões mais fronteiriças, inatingíveis em decorrência do período de cheias. Eventualmente o trans-porte fluvial, por barco, também foi usado, permitindo a visita a pontos adicionais, ain-da que seus resultados tenham sido oriundos de um pequeno período de trabalho.

As espécies foram identificadas com auxí-lio de binóculos e por meio do reconheci-mento vocal, durante os deslocamentos nas adjacências dos pontos amostrais. O ponto geográfico de referência de cada uma das lo-calidades visitadas, datas de visita, esforço amostral e demais informações são as se-guintes (Figura 2):

1. Fazenda Pacu, município de Corumbá (20°38'47"S, 57°37'58"W; alt. 90 m); perío-do: 22 a 25 de julho de 2006; esforço amos-tral: 15 h; pesquisadores: FCS, AUF, MCVR (vide Anexo, Figuras A-1 a A-5).2. Reserva Kadiwéu, município de Porto Murtinho (20°39'23"S, 57°29'44"W; alt. 152 m); período: 23 a 24 de julho de 2006; esfor-ço amostral: 8 h; pesquisadores: FCS, AUF, MCVR) (vide Anexo, Figuras A-6 a A-13).3. Rio Nabileque, município de Corumbá (20°44'52"S, 57°43'10"W; alt. 90 m); perío-do: 24 de julho de 2006; esforço amostral: 3 h; pesquisadores: FCS, AUF, MCVR) (vide Anexo, Figuras A-14 a A-17).4. Ponte do Nabileque, município de Co-rumbá (20°21'46"S, 57°38'17"W; alt. 90

Arapaçu-do-campo Xiphocolaptes major. Foto Cassiano Zaparoli Zaniboni

FIGURA 2. Área de estudo, enfocando os seis pontos amostrais (esq.) e a aparência do relevo local (dir.), neste caso apontando com azul claro, o curso principal do Rio Paraguai e seu braço a leste, denominado Rio Nabileque (correndo no sentido NNE-SSW). O grande

bloco florestado a sudeste da área de estudo corresponde ao Planalto da Bodoquena, protegido em grande parte pelo Parque Nacional da Serra da Bodoquena.

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m); período: 26 a 28 de julho de 2006; esfor- cionadas as 26 espécies até então conheci- ajantes do Museu de Zoologia da Universi-ço amostral: 5 h; pesquisadores: FCS, AUF, das na literatura para a área de estudo, de dade de São Paulo (Pinto, 1938, 1944). MCVR) (vide Anexo, Figuras A-18 a A-24) acordo com a revisão de Tubélis & Tomas O presente estudo ampliou para 235 espé-5. Fazenda Tarumã do Nabileque, município (2003). cies o total conhecido para a região. Não obs-de Corumbá (20°17'33"S, 57°38'52"W; alt. 90 tante essa riqueza represente quase 50,1% m); período: 27 a 28 de julho de 2006; esforço A AVIFAUNA DO da composição conhecida para todo o domí-amostral: 8 h; pesquisadores: FCS, AUF, PANTANAL DO NABILEQUE nio do Pantanal e, em uma área nunca antes MCVR) (vide Anexo, Figuras A-25 a A-29). O resultado mais importante foi a adição explorada, ela ainda deve ser considerada 6. Fazenda Terra Preta, município de Por- de novas espécies para o inventário avifau- bastante preliminar levando-se em conside-to Murtinho (20°24'57"S, 57°21'26"W; alt. nístico desta área sul-matogrossense. De to- ração o pequeno período amostral, todo ele 77 m); período: 9 e 22 de junho de 2005; es- do o quadrante abordado, eram conhecidas realizado no período de inverno.forço amostral: 120 h; pesquisadores: APN, apenas 26 espécies de aves (Tubélis & To- Essa particularidade ressalta a necessida-WMT) (vide Anexo, Figura A-30). más, 2006), oriundas de material coleciona- de de outros esforços para conhecer a com-

Com o objetivo de complementar o co- do, de forma assistemática, por Claude posição da avifauna, em particular de pon-nhecimento da avifauna local, foram adi- Grant (Grant, 1911a,b,c) e de naturalistas vi- tos de difícil acesso mais a oeste dos aqui

FIGURA 3. Documentação do registro de Calonetta leucophrys, obtida em 28 de julho de 2006 na localidade Fazenda Tarumã. À esquerda, um casal de Amazonetta brasiliensis, que um dos indivíduos do grupo acompanhava.

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se Region of Paraguay. Bulletin of the British considerados que, por sua proximidade com Sporophila palustris. Na manhã de 10 de Ornithologist's Club 110:94-103.a fronteira com o Paraguai poderão, inclusi- junho de 2006, um casal desta espécie foi ob-

Nunes, A.P.; Ticianeli, F.A.T. & Tomás, W.M. 2006. ve, trazer novidades interessantes mesmo servado forrageando em um banhado na Fa- Aves ameaçadas ocorrentes no Pantanal. Co-como adições à avifauna do Brasil. zenda Terra Preta. Trata-se de uma espécie rumbá, Embrapa. Série Documentos n° 83. 41 pp.

Pelzeln, A. von. 1871. Zur Ornithologie brasiliens: Alguns registros destacaram-se no con- com escassos registros no País; sua área de Resultate von Johann Natterers Reisen in den Jah-texto geral, sejam por constituirem-se de in- reprodução no Brasil restringe-se à região ren 1817 bis 1835. Viena, A.Pichler's Witwe &

formações adicionais à avifauna do Panta- sudoeste do estados do Rio Grande do Sul Sohn. 462 pp + xx (Itinerarium von Natterer's Rei-nal, sejam no tocante á conservação. onde reproduz, de onde se dispersa para o sen in Brasilien 1817-1835).

Pinto, O.M. de O. 1938. Catálogo das aves do Brasil e Calonetta leucophrys. Em duas ocasiões, Pantanal e Planalto Central, além da Bahia lista dos exemplares no Museu Paulista. 1º parte: foi possível observar esta espécie migrató- e Minas Gerais (Birdlife International, Aves não Passeriformes e Passeriformes não Osci-

ria, com escassos registros no Estado do 2006; Nunes et al., 2006; Cestari, 2006), pas- nes excluida a Fam.Tyrannidae e sguintes. Revis-Mato Grosso do Sul. Em uma delas, um gru- sando pelo noroeste e nordeste do Paraná ta do Museu Paulista 22:1-566.

Pinto, O.M. de O. 1944. Catálogo das aves do Brasil e po com três indivíduos cruzou o Rio Nabile- (E.Carrano per Straube et al., 2004). lista dos exemplares existentes na coleção do De-que enquanto realizávamos deslocamento partamento de Zoologia. 2º parte: Ordem Passeri-

por barco. Posteriormente, na Fazenda Taru- AGRADECIMENTOS. Como forma de formes (continuação): Superfamília Tyrannoidea mã (28 de julho de 2006), encontramos 19 in- expressar reconhecimento pelo apoio finan- e Subordem Passeres. São Paulo, Departamento

de Zoologia. 670 pp.divíduos, frequentando grupos de aves limí- ceiro e logístico que possibilitou este estudo, Remsen, J. & Ridgely, R. 1980. Additions to the avifau-colas (inclusive nadando lado a lado com FCS, AUF e MCVR agradecem a Angela Pel-

na of Bolivia. Condor 82:69-75.um casal da marreca Amazonetta brasilien- lin e Márcia Brambilla, da Fundação Neo- Remsen, J. & Traylor, M.A. 1983. Additions to the sis) em um alagadiço, onde foi possível ob- trópica do Brasil ("Projeto Corredor de Bio- avifauna of Bolivia, part 2. Condor 85:95-98.

Rivasseau, E. 1936. A vida dos indios Guaycurus: ter imagens comprobatórias (Figura 3). diversidade Miranda - Serra da Bodoque-quinze dias nas suas aldeias (Sul de Matto-Buteo brachyurus. Um indivíduo foi ob- na") e à Conservação Internacional do Bra-Grosso). São Paulo, Companhia Editora

servado, na manhã de 24 de julho de 2006, sil. APN e WMT agradecem à Fundação Pan- Nacional. 331 p.sobrevoando uma mata decidual ladeada tanal Com Ciência, Conservação Internacio- Silva, M.P. da; Mauro, R.; Mourão, G. & Coutinho, M.

2000. Distribuição e quantificação de classes de por cerrado stricto sensu na Reserva Kadi- nal do Brasil e Embrapa Pantanal ("Projeto vegetação do Pantanal através de levantamento wéu. A espécie não consta na coletânea de Levantamento da diversidade, distribuição aéreo. Revista Brasileira de Botânica

Tubélis & Tomás (2003), embora seja larga- geográfica e relações biogeográficas da avi- 23(2):143-152.mente conhecida por todo o Brasil extra- fauna do Pantanal"). Somos também gratos Straube, F.C.; Urben-Filho, A. & Kajiwara, D. 2004.

Aves. In: S.B.Mikich & R.S.Bérnils eds. Livro amazônico. aos proprietários e administradores das fa-vermelho da fauna ameaçada no Estado do Aramides ypecaha. Além dos registros ob- zendas estudadas, pela permissão ao acesso Paraná. Curitiba, Instituto Ambiental do Paraná.

tidos na região de Porto Murtinho (Rio Apa) às propriedades: srs. Terêncio e Apolinária 763 p.(Straube et al., em prep.), encontramos essa (Fazenda Pacu), Jorge e Joel (Fazenda Bu- Straube, F.C.; Urben-Filho, A.; Pivatto, M.A.C.;

Nunes, A.P. & Tomás, W.M. em prep. Nova espécie em outros três pontos da região do gio), Milton e Iara (Fazenda Tarumã do Nabi-contribuição à Ornitologia do chaco brasileiro Nabileque (Anexo 1), somando seis consta- leque). Nossa gratidão ao sargento Saraiva (Mato Grosso do Sul, Brasil). Estudo em

tações visuais e/ou auditivas. Na Ponte do (Polícia Ambiental, Destacamento de Boni- preparação.Teixeira, D.M.; Nacinovic, J.B. & Schloemp, I.M. Nabileque, onde obtivemos contactos em to) pela intervenção competente e ágil no

1991. Notas sobre alguns Passeriformes quatro pontos diferentes, esse ralídeo pare- contacto com os proprietários. brasileiros pouco conhecidos. Ararajuba 2:97-ce ser comum, sendo flagrado facilmente pe-100.

la vocalização característica. Tratam-se es- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Tubélis, D. P. and W.M.Tomas. 2003. Bird species of Birdlife International. 2006. Species facsheet: Spo- the Pantanal wetlands, Brazil. Ararajuba tes dos primeiros registros para o Pantanal

rophila palustris. Disponível online em 11(1):5-37.brasileiro (cf. Tubélis & Tomas, 2003).http://birdlife.org , acessada em 31 de dezembro Vanzolini, P.E. 1993. As viagens de Johann Natterer no

Anodorhynchus hyacinthinus. Espécie de 2006. Brasil (1817-1835). Papéis Avulsos de Zoologia oficialmente ameaçada de extinção (MMA, Bond, J. & Meyer de Schauensee, R. 1942. The birds of 38(3):17-60.

Bolivia. Part I. Proceedings of The Academy of Vila-da-Silva, J. dos S.; Abdon, M. de M.; Boock, A. & 2003), na categoria "vulnerável", foi encon-Natural Sciences of Philadelphia 94:307-391. Silva, M.P. da. 2000. Fitofisionomias trada em três localidades, duas delas, efeti-

Bond, J. & Meyer de Schauensee, R. 1943. The birds of dominantes em parte das sub-regiões do vamente inseridas na área de estudo: duran- Bolivia. Part II. Proceedings of The Academy of Nabileque e Miranda, sul do Pantanal. Pesquisa te deslocamento fluvial pelo Rio Nabileque Natural Sciences of Philadelphia 95:167-221. Agropecuária Brasileira 33:1713-1719.

CBRO, 2006. Lista das aves do Brasil. Versão 17 de UNIDERP, 2002. Atlas geográfico digital de Mato (5 indivíduos voando) e na Fazenda Terra julho de 2006. Comitê Brasileiro de Registros Grosso do Sul . Universidade para o Preta (23 indivíduos). Uma terceira ocasião Ornitológicos. Disponível on line em Desenvolvimento do Estado e da Região do

refere-se a dois indivíduos constatados so- http://www.cbro.org.br. Acessada em 25 de agos- Pantanal . Homepage, d isponível em: brevoando a estrada de acesso para a Fazen- to de 2006. http://www2.uniderp.br/Atlas/ , acessada em 30

Cestari, C. 2006. Novos registros de aves do gênero de dezembro de 2006.da Lon t ra C inco (20°47 '21"S e Veloso, H.P; Rangel-Filho, A.L.T. & Lima, J.C.A. Sporophila para o Pantanal. Atualidades Orni-57°14'11"W) a partir da Rodovia MS-382.

1991. Classificação de vegetação brasileira tológicas 129:7.Phyllomyias reiseri. Esse tiranídeo é co- adaptada a um sistema universal. Rio de Grant, C.H.B. 1911a. List of birds collected in Argenti-

nhecido de apenas algumas poucas localida- Janeiro, IBGE. 124 p.na, Paraguay, Bolívia, and southern Brazil, with field notes. Part I. Passeres. Ibis 5:80-137.des brasileiras e também no Paraguai, todas

Grant, C.H.B. 1911b. List of birds collected in Argenti-elas em florestas decíduas (Teixeira et al, 1. Mülleriana: Sociedade Fritz Müller de na, Paraguay, Bolívia, and southern Brazil, with

1991). Já foi localizado no Parque Nacional Ciências Naturais, Curitiba, Paraná, Brasil; field notes. Part II. Picariae -Anatidae. Ibis da Serra da Bodoquena (Pivatto et al., 2006) 2. Embrapa Pantanal, Corumbá, Mato 5:317-350.

Grant, C.H.B. 1911c. List of birds collected in Argenti-e constitui-se de interessante endemismo Grosso do Sul, Brasil; 3. urutau@ na, Paraguay, Bolívia, and southern Brazil, with dos enclaves de matas decíduas no bioma do mulleriana.org.br; 4. neocrex@mulleriana. field notes. Part III.Columbidae - Rheidae. Ibis

cerrado. Um indivíduo foi observado na ma- org.br; 5. [email protected]; 6. tomasw@ 5:459-478.nhã de 24 de julho de 2006 em uma mata de- cpap.embrapa.br; 7. cilabelula@yahoo. Hayes, F.; Goodman, S.M. & López, N.E. 1990. New

or noteworthy bird records from the Matogrosen-cídua na Reserva Kadiwéu. com.br.

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ANEXO 1. Lista de espécies registradas na região do Pantanal de Nabileque (segundo CBRO, 2006). 1 2 3 4Localidades (vide sob Métodos): . Fazenda Pacu; . Reserva Kadiwéu; . Rio Nabileque; . Ponte do Nabileque;

5. 6 Fazenda Tarumã do Nabileque; . Fazenda Terra Preta. Registros da literatura (Tubélis & Tomás, 2003): e p b c, Porto Esperança; , Morro/Ilha do Puga; , Ilha dos Bugres/Passo dos Bugres; , Forte Coimbra.

STRUTHIONIFORMES CATHARTIDIFORMES JACANIDAE13456CATHARTIDAERHEIDAE Jacana jacana

61256 Cathartes aura Rhea americana 123456Cathartes burrovianus STERNIDAE

13456 1356Coragyps atratus Phaetusa simplex TINAMIFORMES6Sarcoramphus papa TINAMIDAE

246 RYNCHOPIDAECrypturellus undulatus 1352 FALCONIFORMES Rynchops niger Crypturellus parvirostris

PANDIONIDAE3Pandion haliaetus COLUMBIFORMESANSERIFORMES

COLUMBIDAEANHIMIDAE1136 ACCIPITRIDAE Columbina minuta Chauna torquata 13456 16Rostrhamus sociabilis Columbina talpacoti

6 123456Ictinia plumbea Columbina squammata ANATIDAE 12356123456 134 Geranospiza caerulescens Columbina picui Dendrocygna viduata 13456

e566 Buteogallus urubitinga Patagioenas picazuro Dendrocygna autumnalis 134566Heterospizias meridionalis 136 Patagioenas cayennensis Cairina moschata 1346

56Busarellus nigricollis 156 Zenaida auriculata Amazonetta brasiliensis 1245612456Rupornis magnirostris 35 Leptotila verreauxi Callonetta leucophrys 1

6Buteo melanoleucus Leptotila rufaxilla 2Buteo brachyurus

GALLIFORMESPSITTACIFORMESCRACIDAE FALCONIDAE

123456 PSITTACIDAE123456Ortalis canicollis 6Caracara plancus

6 Anodorhynchus hyacinthinus 156Aburria cumanensis 236Milvago chimachima 3 Primolius auricollis 6Crax fasciolata 6Herpetotheres cachinnans Aratinga leucophthalma 6Micrastur semitorquatus 12456Aratinga aurea 16PELECANIFORMES Falco sparverius e13456Nandayus nenday 26PHALACROCORACIDAE Falco rufigularis 126

13456 Pyrrhura devillei Phalacrocorax brasilianusep123456Myiopsitta monachus GRUIFORMES e1236Brotogeris chiririANHINGIDAE ARAMIDAE

e123561 13456 Pionus maximiliani Anhinga anhinga Aramus guarauna

12456Amazona aestiva

RALLIDAECICONIIFORMES146 CUCULIFORMESARDEIDAE Aramides cajanea 456 13456 CUCULIDAEAramides ypecaha Tigrisoma lineatum

2366b6 Piaya cayana Porzana albicollis Cochlearius cochlearius 13456

1356 Crotophaga ani Nycticorax nycticorax 1345613456 Guira guira HELIORNITHIDAEButorides striata 134534

6 Tapera naevia Heliornis fulica Bubulcus ibis 613456 Dromococcyx phasianellus

Ardea cocoi CARIAMIDAE13456Ardea alba 124 STRIGIFORMESCariama cristata1356Syrigma sibilatrix TYTONIDAE

66Pilherodius pileatus CHARADRIIFORMES Tyto alba

1456Egretta thula CHARADRIIDAE156 STRIGIDAEVanellus chilensis

465THRESKIORNITHIDAE Megascops choliba Charadrius collaris 146 456Mesembrinibis cayennensis Glaucidium brasilianum

1456 6Phimosus infuscatus RECURVIROSTRIDAE Athene cunicularia 1456 156 bTheristicus caerulescens Himantopus melanurus Rhinoptynx clamator

156Theristicus caudatus SCOLOPACIDAE CAPRIMULGIFORMES

eTringa flavipes CICONIIDAE CAPRIMULGIDAEe e6 Tringa solitaria Nyctiprogne leucopyga Ciconia maguari

5 3561456 Tringa melanoleuca Podager nacunda Jabiru mycteria e 14566 Calidris melanotos Nyctidromus albicollis Mycteria americana

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1 1346 TURDIDAECaprimulgus parvulus Certhiaxis cinnamomeus 16 123456 123456

Hydropsalis torquata Phacellodomus rufifrons Turdus rufiventris 146 26Phacellodomus ruber Turdus leucomelas

b12456 e146APODIFORMES Pseudoseisura unirufa Turdus amaurochalinus TROCHILIDAE

6Eupetomena macroura TYRANNIDAE MIMIDAE6 6

146Chlorostilbon lucidus Leptopogon amaurocephalus Mimus saturninus 2512456

e46Hemitriccus striaticollis Hylocharis chrysura Mimus triurus 466 Hemitriccus margaritaceiventer Polytmus guainumbi 46Todirostrum cinereum MOTACILLIDAE2

6TROGONIFORMES Phyllomyias reiseri Anthus lutescens 2TROGONIDAE Myiopagis caniceps 156 6Trogon curucui Elaenia flavogaster THRAUPIDAE12356Camptostoma obsoletum 16Tachyphonus rufus 6CORACIIFORMES Suiriri suiriri 156Ramphocelus carbo 46ALCEDINIDAE Serpophaga subcristata 12345613456 145 Thraupis sayaca Ceryle torquatus Euscarthmus meloryphus 16

13456 16 Thraupis palmarum Chloroceryle amazona Tolmomyias sulphurescens 613456 6 Conirostrum speciosum Chloroceryle americana Platyrinchus mystaceus 5Myiophobus fasciatus

6 EMBERIZIDAEGALBULIFORMES Lathrotriccus euleri 13456

16 Zonotrichia capensis GALBULIDAE Cnemotriccus fuscatus 16 56

e56Galbula ruficauda Ammodramus humeralis Pyrocephalus rubinus 156156 Poospiza melanoleuca Xolmis cinereus

e156126BUCCONIDAE Sicalis flaveola Xolmis velatus 2 612456Nystalus striatipectus Emberizoides herbicola Xolmis irupero

6 6Gubernetes yetapa Volatinia jacarina

6 e46PICIFORMES Arundinicola leucocephala Sporophila leucoptera 34RAMPHASTIDAE eFluvicola albiventer Sporophila bouvreuil c123456

123456Ramphastos toco 146Machetornis rixosa Sporophila collaris 1 6Myiozetetes cayanensis Sporophila hypoxantha PICIDAE 123456

6Pitangus sulphuratus 26 Sporophila palustris Picumnus albosquamatus 1366Megarynchus pitangua 16 Sporophila angolensis Melanerpes candidus e16

12456Tyrannus melancholicus 6 Coryphospingus cucullatus Melanerpes cactorum 613456Tyrannus savana 26 Paroaria coronata Veniliornis passerinus 126Casiornis rufus e13456126 Paroaria capitata 16Piculus chrysochloros Myiarchus ferox e1246

12456Colaptes melanochloros Myiarchus tyrannulus 156 CARDINALIDAEColaptes campestris c145656 Saltator coerulescens Celeus lugubris TITYRIDAE 1156

c Saltator atricollis Dryocopus lineatus Tityra cayana 6Campephilus melanoleucos

PARULIDAEVIREONIDAE12456123456PASSERIFORMES Parula pitiayumi Cyclarhis gujanensis

1345THAMNOPHILIDAE Geothlypis aequinoctialis 13456 6Taraba major CORVIDAE Basileuterus flaveolus

123456 12456 6Thamnophilus doliatus Cyanocorax cyanomelas Basileuterus hypoleucus 26 1356Thamnophilus sticturus Cyanocorax chrysops

6Formicivora rufa ICTERIDAEe4

1356Cercomacra melanaria HIRUNDINIDAE Psarocolius decumanus 6

1456Tachycineta albiventer Procacicus solitarius 15DENDROCOLAPTIDAE 123456Tachycineta leucorrhoa Cacicus chrysopterus 26 46Sittasomus griseicapillus 123456Progne chalybea Icterus cayanensis 1236 2Xiphocolaptes major 1456Stelgidopteryx ruficollis

6 Icterus croconotus Dendrocolaptes platyrostris 123456

2 Gnorimopsar chopi Dendrocolaptes picumnus TROGLODYTIDAE 4612456 156 Amblyramphus holosericeus Lepidocolaptes angustirostris Troglodytes musculus 46

1456 123456 Agelasticus cyanopus Campylorhamphus trochilirostris Campylorhynchus turdinus 456 Chrysomus ruficapillus Thryothrorus leucotis 123456

1 Agelaioides badius FURNARIIDAE Thryothorus guarayanus 646 Molothrus oryzivorus Furnarius leucopus 56e123456 Molothrus bonariensis Furnarius rufus DONACOBIIDAE

56 1456Schoeniophylax phryganophilus Donacobius atricapilla 46 FRINGILLIDAESynallaxis frontalis

21256 POLIOPTILIDAE Carduelis magellanica Synallaxis albescens 125656 16Polioptila dumicola Synallaxis albilora Euphonia chlorotica

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ANEXODocumentação fotográfica

FIGURA A-1. Imagem de satélite (Google Earth, 2006) indicando a localidade aqui denominada “Fazenda Pacu", situada na margem esquerda do Rio Nabileque, poucos quilômetros a montante da foz do Rio Naitaca.

FIGURA A-2. Estrada de acesso à Fazenda Pacu a partir da Rodovia MS-382. Paisagem de orografia plana com pastos naturais e cerrado, interrompida por pequenas elevações com florestas decíduas.

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FIGURA A-3. Associação de carandá (Copernicia alba), localmente denominada carandazal (estepe parque) nos arredores da Fazenda Pacu.

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FIGURA A-4. Vista na ponte sobre o Rio Naitaca, na Rodovia MS-382. Três gradientes altitudinais determinando a paisagem: margem fluvial e várzea; carandazais, sob solos sazonalmente encharcados; e floresta decídua, confinada à maiores elevações de relevo.

FIGURA A-5. Ponte sobre o Rio Naitaca, indicando a mesma transição altitudinal e várzeas, periodicamente inundáveis.

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FIGURA A-6. Imagem de satélite (Google Earth, 2006) indicando a localidade aqui denominada “Reserva Kadiwéu", e sua orografia montanhosa, nas adjacências da margem esquerda do Rio Naitaca.

FIGURA A-7. Proximidades da Fazenda Tomásia, nas margens da Rodovia MS-382. Vegetação rupícola com bromeliáceas e cactáceas, mostrando ao fundo (esquerda) a floresta decídua.

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FIGURA A-8. Limite sudeste da Reserva Kadiwéu, na Rodovia MS-382: várzea do Rio Aquidabã com estádio seral da mata ciliar.

FIGURA A-9. Vegetação chaquenha (espinheiral) no limite sudeste da Reserva Kadiwéu, pouco antes do Rio Aquidabã.

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FIGURA A-10. Ponte sobre o Rio Aquidabã, na Rodovia MS-382: mata ciliar com acuri (Scheelea phalerata).

FIGURA A-11. Transição de paisagem chaquenha e floresta decídua, no interior da Reserva Kadiwéu.

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FIGURA A-13. Campo de gramíneas e cerrado stricto sensu; ao fundo, pequenas elevações com floresta decídua: Reserva Kadiwéu.

FIGURA A-12. Transição de floresta decídua e cerrado, na Reserva Kadiwéu.

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FIGURA A-15. Rio Nabileque e seu leito, com campos inundados, tendo à margem extensos carandazais.

FIGURA A-14. Imagem de satélite (Google Earth, 2006) indicando a localidade aqui denominada "Rio Nabileque", e sua orografia plana com vários meandros, canais de vazão fluvial e lagoas de água aprisionada, eventualmente interrompidos por pequenas elevações. À direita o nítido limite da floresta decídua.

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FIGURA A-16. Mata ciliar do Rio Nabileque, destacando o novateiro (Triplaris surinamensis) em plena floração.

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FIGURA A-17. Rio Nabileque e mata ciliar com alguns indivíduos de carandá e predomínio de espécies arbóreas, dentre elas os ingazeiros (Inga).

FIGURA A-18. Imagem de satélite (Google Earth, 2006) indicando a localidade aqui denominada “Ponte do Nabileque", e o complexo sistema hidrográfico local, intercalando leito principal, braços, meandros e lagoas.

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FIGURA A-20. Paisagem de inundação ao longo da várzea do Rio Nabileque, à margem da Rodovia MS-195.

FIGURA A-19. Ponte sobre o Rio Nabileque na Rodovia MS-195: vasta extensão de brejo e campo inundado.

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FIGURA A-22. Grande concentração de aguapés em ambientes fluviais de pequena correnteza.

FIGURA A-21. Margem do Rio Nabileque e gradação de relevo, determinando a presença de espécies de plantas aquáticas, como o aguapé (Eichhornia) e vegetação de relevos sazonalmente inundáveis (campo de gramíneas e arbustos).

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FIGURA A-24. Margem da Rodovia MS-195, onde há extensas áreas de inundação, preenchidas por extensas concentrações de Cyperus giganteus (pirizais) e capões, formações florestais isoladas em feições geomorfológicas de altitudes pouco maiores.

FIGURA A-23. Paratudal, tendo o predomínio de um estrato arbóreo dominado pelo paratudo (Tabebuia aurea) cercado, em locais mais baixos, por adensamentos de Cyperus giganteus, à margem da Rodovia MS-195.

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FIGURA A-25. Imagem de satélite (Google Earth, 2006) indicando a localidade aqui denominada "Fazenda Tarumã do Nabileque", situada na margem esquerda do Rio Nabileque.

FIGURA A-26. Campo de gramíneas e arbustos, cercado por um carandazal.

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FIGURA A-27. Carandazal do tipo arbóreo aberto, em um local elevado dos arredores da Fazenda Tarumã

FIGURA A-28. Pasto inundável e carandazal do tipo arbustivo aberto, na Fazenda Tarumã.

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FIGURA A-30. Imagem de satélite (Google Earth, 2006) indicando a localidade aqui denominada "Fazenda Terra Preta".

FIGURA A-29. Campo de gramíneas e arbustos; ao fundo, carandazal arbustivo aberto.


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