Date post: | 07-Apr-2016 |
Category: |
Documents |
Upload: | zaira-farias-camara |
View: | 218 times |
Download: | 0 times |
Brown Adipose Tissue in Morbidly Obese SubjectsGuy H. E. J. Vijgen et al.
Plos One, February 2011
Universidade Federal do Rio de JaneiroInstituto de Bioquímica Médica – IBqMCurso de Pós-Graduação em Química BiológicaDisciplina de Termogênese em Seres Vivos
Juliana Madeira
Outubro de 2011
IntroduçãoTecido Adiposo Marrom - BAT
BAT x WAT
http://www.vivo.colostate.edu/hbooks/pathphys/misc_topics/brownfat.html
IntroduçãoTecido Adiposo Marrom - BAT
•É conhecido por sua capacidade de gerar calor em resposta ao frio ou dieta mantendo o balanço térmico.
•A regulação da produção de calor é denominada de termogênese adaptativa.
•Crianças e recém nascidos possuem grandes quantidades de BAT.
•Em adultos observou-se a presença de BAT na região supraclavicular e pescoço (envolvendo artérias), embora sua relevância fisiológica ainda não esteja esclarecida.
•Recentemente mostrou-se que a exposição ao frio aumenta a probabilidade de encontrar BAT em adultos.
IntroduçãoTrabalhos anteriores: •A abundância de BAT em indivíduos obesos foi relativamente menor do que em indivíduos saudáveis.
Neste trabalho:•Investigou-se a atividade de BAT na obesidade mórbida:
IMC ≥ 35 kg/m2 concomitante com alguma doençaIMC ≥ 40 kg/m2 sem doença relacionada
•Cada indivíduo foi submetido a um protocolo individualizado de resfriamento.
Para garantir o máximo de termogênese non-shivering (NST).
Introdução
• Em comparação com indivíduos magros, indivíduos obesos mórbidos apresentariam atividade de BAT reduzida após exposição ao frio???
• Foi também investigado o papel da atividade de BAT na termogênese induzida por frio nesses indivíduos considerados obesos mórbidos.
Pergunta
Metodologia• O estudo foi aprovado pelo comitê de ética médica do
Maastricht University Medical Centre.
Indivíduos selecionadosMulheres 13
Homens 2
IMC (34,8 - 48,3) kg/m2
% de gordura (37,9 - 54,7) %
Peso (98,2 - 155,0) kg
Idade (24 - 51) anos
• Critérios de exclusão: Indivíduos diagnosticados com diabetes ou que fizessem uso de beta-bloqueadores.
Metodologia• Os participantes foram analisados pela manhã de 8h a 13h já
alimentados.• Somente foi permitida a ingestão de H2O após as 22h na noite anterior.• Durante as análises os participantes utilizaram roupas padronizadas.
Análises:
Telemetric pill Wireless i Buttons
Core Temperature Skin Temperature
Metodologia
• Os participantes também foram colocados em uma sala com temperatura controlada por sistema de ar condicionado.
• Foi utilizado um protocolo individualizado de resfriamento para cada participante para garantir máxima NST.
• Após o protocolo de resfriamento foram feitas imagens por FDG-PET-CT.
Positron emission tomography - computed tomography
= Sobreposição de imagens funcionais (PET) com imagens anatômicas (CT)
Captação de FDG utilizando PET
• Maneira não invasiva para detecção de BAT.
• 18F-FDG ou 2-18-flúor-2-deoxi-D-glicose – análogo a glicose injetado no paciente que é captado pelo tecido.
• As imagens são obtidas de 30 a 60 min após a injeção da FDG.
• É utilizada para investigar problemas metabólicos, cardíacos, neurológicos e em oncologia (regiões em intensa atividade aparecem em vermelho na imagem criada no computador);
Metodologia
PET scan utilizando18F-FDG
Estrutura molecular do
18F-FDG
http://en.wikipedia.org/wiki/Fludeoxyglucose_(18F)
Imagens do pescoço e região torácica superior
em uma mulher saudável.
A exposição ao frio aumentou a captação do
18F-FDG (regiões mais claras).
Virtanen KA et al., N Engl J Med 2009
Apesar de não se saber ao certo a função de BAT em adultos, BAT
funcional tem sido encontrado tanto em indivíduos magros e obesos
depois da exposição ao frio.
Exposição ao frio...
O estímulo do frio na
termogênese adaptativa
(produção de calor) em BAT
tem sido proposto como um
alvo terapêutico para o
tratamento da obesidade.
Assim....
ResultadosAtividade do BAT
Figura 1 (A): PET-images de 15 participantes obesos mórbidos.
• Apenas 3 mulheres mostraram aumento da captação de FDG após exposição ao frio = aumento da atividade do BAT na região supraclavicular .
• Nos outros 12 participantes não foi detectada atividade do BAT.
ResultadosAtividade do BAT
Imagens combinadas de PET e CT, indicando a
captação de FDG no tecido adiposo supraclavicular.
Imagem do participante que mostrou a maior atividade
do BAT.
Figura 1 (B)
Resultados
• Gasto energético:
Não aumentou significativamente
durante a exposição ao frio.
Entretanto, uma grande variação
interindividual foi evidente.
Resultados
• Temperaturas:
Interna:
Durante a exposição ao frio observou-se um aumento significativo
da temperatura.
Pele:
Durante a exposição ao frio observou-se uma queda significativa da
temperatura.].
ResultadosRelação da atividade do BAT com IMC
Forte correlação entre atividade do BAT e IMC.
Combinando dados anteriores com os deste estudo,
encontrou-se:
Figura 2 (A)
Estudo atual
Estudo anterior
ResultadosRelação da atividade do BAT com %GC
Combinando dados anteriores com os deste estudo,
encontrou-se:
Forte correlação entre atividade do BAT e
porcentagem de gordura corporal.
Figura 2 (B)
Estudo atual
Estudo anterior
Resultados
Considerando os 2 estudos, encontrou-se:
•26 indivíduos que mostraram atividade de BAT após exposição ao
frio (BAT+).
•13 indivíduos que não mostram atividade de
BAT após exposição ao frio (BAT).
Cold-induced termogenesis - CIT
Figura 2 (C)
O gasto energético após exposição ao frio aumentou significativamente nos BAT+
em comparação com BAT-
Conclusões
• Neste estudo mostrou-se que em diferentes faixas de composição corporal , a atividade de BAT é altamente relacionada com o IMC e a %GC.
• Além disso, mostrou-se que a atividade de BAT foi detectada em apenas 3 dos 15 indivíduos obesos mórbidos avaliados.
Sugerindo que a obesidade mórbida está associada a baixa atividade de BAT.
ConclusõesEntão...
Indivíduos BAT+ também apresentaram maior gasto energético durante a exposição ao frio, enquanto que em BAT- não alterou-se.
Ou seja,
Indivíduos BAT+ mostraram aumento de CIT.
Indicando que BAT é também envolvido na termogênese adaptativa (produção de calor) em humanos.