. C R I S T O TORNOU-SE POBRE
PELOS PECADORES .
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Traduzido do original em Inglês
Christ Became Poor for Sinners
By R. M. M'Cheyne
Extraído da obra original, em volume único:
The Sermons of the Rev. Robert Murray M'Cheyne
Minister of St. Peter's Church, Dundee.
Via: Books.Google.com.br
Tradução por Camila Almeida
Revisão e Capa por William Teixeira
1ª Edição: Março de 2015
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
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Cristo Tornou-Se Pobre pelos Pecadores Por Robert Murray M'Cheyne
“Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor
de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis.” (2 Coríntios 8:9)
Nestas palavras, é exposta diante de vocês a maravilhosa graça do Senhor Jesus Cristo.
No pão partido e no vinho derramado vocês verão hoje a mesma coisa perante os seus
olhos. Diante de seus olhos Jesus Cristo deve ser, no dia de hoje, evidentemente mostrado
crucificado. Esta é a visão mais despertadora em todo este mundo. Oh! orem para que mui-
tos pecadores descuidados sejam hoje levados a olhar para Aquele que traspassaram, e a
lamentar. Esta é a visão mais concessora de paz neste mundo! Oh! orem para que o
Espírito Santo seja derramado sobre almas despertadas, para que olhem para Jesus cruci-
ficado e sejam salvos. Esta é a visão mais santificadora neste mundo. Oh! orem para que
todos os filhos de Deus olhem para este gracioso Salvador, até que eles sejam transforma-
dos em Sua imagem.
I. O Senhor Jesus era rico.
As riquezas aqui mencionadas não são as riquezas que Ele agora possui como Mediador,
mas a riqueza que Ele tinha com o Pai antes que o mundo existisse. Ele era pleno de todas
as riquezas.
1. Ele era rico no amor e admiração de todas as criaturas. Todas as santas criaturas O a-
mavam e adoravam. Isso é mostrado em Isaías 6: “eu vi também ao Senhor assentado so-
bre um alto e sublime trono; e a cauda do seu manto enchia o templo. Serafins estavam por
cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam
os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, San-
to é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas
se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça”. João 7:41 nos diz:
“Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele”.
Foi da vontade de Deus desde toda a eternidade que toda criatura honre o Filho como honra
o Pai. Os serafins resplandecentes prostravam-se diante dEle. Os mais elevados anjos
encontravam a sua maior alegria em sempre contemplar o Seu rosto. Ele era o seu Criador.
“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis,
sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por
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ele e para ele” [Colossenses 1:16] e, portanto, era pouco admirar que eles derramavam as
suas perpétuas adorações diante dEle. Agora, há uma grande alegria em ser amado por
uma santa criatura; isso enche o coração de alegria verdadeira; mas toda santa criatura a-
mava Jesus com todo o seu coração e força. Isto, então, era parte de Suas riquezas, parte
de Sua infinita alegria.
2. Ele era rico no amor do Pai. Isto é mostrado em Provérbios 8:22, 30: “O Senhor me pos-
suiu no princípio de seus caminhos, desde então, e antes de suas obras”; “Então eu estava
com ele, e era seu arquiteto; era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em
todo o tempo”. Ser amado por Deus é a mais verdadeira de todas as riquezas. O amor das
criaturas é apenas um amor pobre que logo pode perecer; mas o amor de Deus é um amor
imortal, imutável. As criaturas podem nos amar, e ainda assim não serem capazes de nos
ajudar; mas o amor de Deus é uma porção que nos traz contentamento.
Mas, ninguém nunca fruiu do amor de Deus, como Jesus o fez. É verdade, o amor de Deus
pelos santos anjos é infinito; e Ele diz, em João 7:26, que Ele ama os crentes com o mesmo
amor com que Ele ama a Cristo: “para que o amor com que me tens amado esteja neles”,
ainda assim, há uma diferença infinita entre os crentes e Cristo, de forma que eles podem
conter apenas algumas gotas do amor de Deus; eles são apenas vasos, eles não podem
abrir a sua boca o suficiente. Mas Jesus podia conter todo o oceano infinito do amor de
Deus. No Filho havia um objeto digno do amor infinito do Pai; e se o amor do Pai é infinito,
deste modo o seio do Filho era infinito também. Desde toda a eternidade, houve o fluir do
amor infinito do seio do Pai no seio do Filho: “O Pai ama o Filho”; “alegrando-Se perante
Ele em todo o tempo”. Esta era a maior riqueza do Senhor Jesus. Este era o tesouro infinito
de Sua alma. Se um homem tem o amor de Deus, ele pode muito bem carecer de todas as
outras coisas. Se um homem carece de alimento e vestuário; se ele é como Lázaro à porta
do homem rico, cheio de feridas; ainda assim, se ele estiver repousando no amor de Deus,
ele é verdadeiramente rico. Muito mais o bem-amado Filho de Deus, o Unigênito do Pai,
era rico no pleno derramamento do amor do Pai desde toda a eternidade.
3. Ele era rico em poder e glória. Ele foi o Criador de todos os mundos: “sem ele nada do
que foi feito se fez” [João 1:3]. Ele era o preservador de todos os mundos: “todas as coisas
subsistem por ele” [Colossenses 1:17], e permanecem juntas. Todos os mundos, portanto,
eram seus domínios; ele era o Senhor de tudo. Ele podia dizer: “Porque meu é todo animal
da selva, e o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; e
minhas são todas as feras do campo. Se eu tivesse fome, não to diria, pois meu é o mundo
e toda a sua plenitude” (Salmos 50:10-12). Todas as terras cantavam em alta voz para Ele:
o mar rugia Seu louvor, os cedros se curvavam diante dEle em humilde adoração. Não, Ele
poderia dizer: “Tudo quanto o Pai tem é meu” (João 16:15), e Ele poderia falar com Seu Pai
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da glória, com o qual Ele estava antes que o mundo existisse. Seja qual for o poder, glória,
riqueza, bem-aventurança, que o Pai tivesse, habitava com igual plenitude no Filho; pois
Ele era em forma de Deus, e embora isso, não teve por usurpação ser igual a Deus [Filipen-
ses 2:6]. Esta era a riqueza do Senhor Jesus.
Oh, irmãos! Vocês podem confiar a sua salvação a tal Ser? Vocês ouvem que foi Ele quem
se comprometeu a ser o Fiador dos pecadores, e morreu por eles. Vocês podem confiar a
sua alma nas mãos de tal Pessoa? Ah! Certamente se tão rico e glorioso Ser comprometeu-
se por nós, Ele não falhará, nem será quebrantado, “até que ponha na terra a justiça; e as
ilhas aguardarão a sua lei” [Isaías 42:4].
II. Cristo tornou-Se pobre.
Ele, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus; mas esvaziou-se
a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na
forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz
[Filipenses 2:6-8]. Ele Se tornou pobre em todas as coisas, sendo Ele rico.
1. Pelo seu nascimento. (1) Ele deixou a adoração das criaturas. Ele deixou os aleluias do
mundo celestial para a manjedoura de Belém. Nenhum anjo se curvou diante do menino
Salvador; nenhum serafim velou a face e os pés diante dEle. O mundo não O conheceu.
Alguns pastores dos campos de Belém vieram e se ajoelharam diante dEle, e os homens
sábios viram e adoraram o Rei recém-nascido; apenas os mais desprezados O viram. Sua
mãe O envolveu em panos e O deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles
na hospedaria: “Ele se fez pobre”. (2) Ele deixou o amor de Deus. No momento em que o
bebê nasceu, Ele se tornou o Fiador de um mundo culpado. Ele nasceu de uma mulher,
nascido sob a lei. A lei se apoderou dEle, mesmo na infância, como o nosso Fiador. Do ber-
ço para a cruz Ele esteve suportando os pecados de muitos; e, portanto, Ele diz: “Estou afli-
to, e prestes tenho estado a morrer desde a minha mocidade; enquanto sofro os teus terro-
res, estou perturbado” (Salmos 88:15). Ah! que mudança houve aqui, da infinita alegria do
amor do Pai para a miséria e o terror da carranca de Seu Pai: “Ele se fez pobre”. (3) Ele
deixou o poder e a glória que Ele tinha. Em vez da carência de nada, Ele se tornou um bebê
indefeso, carente de tudo. Em vez de dizer: “Se eu tivesse fome, não to diria”, Ele agora
precisava do leite do seio de Sua mãe. Em vez de sustentar mundos com o Seu braço, Ele
precisava agora de ser sustentado, ser envolto em panos, e deitado em uma manjedoura,
visto pelo terno olhar de uma mãe: “Ele sendo rico, e se fez pobre”.
2. Em Sua vida. Aquele que era adorado por miríades do céu foi desvalorizado. Poucos cri-
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am nEle; eles O chamavam de glutão, bebedor de vinho, enganador. Uma vez, eles tenta-
ram lança-lO do despenhadeiro, muitas vezes eles planejaram matá-lO. Aquele que antes
recebera o pleno amor de Deus, agora recebia a plena carranca. A nuvem tornava-se a
cada dia mais escura sobre a Sua alma. Muitos dos montes e vales deste mundo ecoaram
com Seus brados e amarga agonia. O Getsêmani foi regado com o sangue dEle. Ele que
tinha todas as coisas como o Seu domínio, agora carecia de tudo. Certas mulheres O
serviam com os seus bens (Lucas 8:3). Ele não tinha dinheiro para pagar o tributo, e um
peixe do mar teve que trazê-lo para ele (Mateus 17:27). As criaturas que procederam de
Sua mão tinham uma cama mais quente do que Ele: “As raposas têm covis, e as aves do
céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mateus 8:20).
Cada um foi para sua própria casa; Jesus foi para o Monte das Oliveiras. E mais uma vez,
nos é dito, enquanto eles navegaram, Jesus estava dormindo sobre um travesseiro. Outra
vez ele se sentou exausto no poço, e disse: “Dá-me de beber” [João 4:7]. Aquele que era
Deus sobre todos, bendito para sempre, poderia dizer: “Mas eu sou verme, e não homem”
[Salmos 22:6]. “Ele se fez pobre”.
3. Na sua morte, acima de tudo, Ele tornou-Se pobre.
(1) Uma vez, Seu ouvido foi preenchido com as santas músicas dos anjos, cantando Seus
puros louvores: “Santo, Santo, Santo”, agora Seus ouvidos são cheios com brado de Suas
criaturas: “Não este homem, mas Barrabás”; “Crucifica-o, crucifica-o”. Uma vez, cada face
estava velada diante dEle; agora os governantes O ridicularizam, soldados zombam dEle,
ladrões escarnecem dEle. Eles blasfemavam, eles meneavam a cabeça, deram-lhe a beber
vinagre. “Ele se fez pobre”, de fato. (2) Uma vez Deus O amou, sem nenhuma nuvem no
meio; agora nenhum raio de amor Divino caíra sobre a Sua alma: mas ao invés disso, um
fluxo de ira infinita. Aquele que disse uma vez: “O Senhor me possuiu [...] era cada dia as
suas delícias”, agora bradou: “Eloí, Eloí, lamá sabactâni”. Ah! isto era pobreza, de fato. (3)
Uma vez, Ele criara inumeráveis mundos, deu vida a tudo, Ele era o Príncipe da vida; mas
agora, inclinando a cabeça, entregou o espírito. Deitou-Se na sepultura entre os vermes.
Ele Se tornou um verme, e não homem.
Ah! Isso é o que está diante de vocês no pão e vinho hoje; o Filho de Deus fez-Se pobre.
Ele toma o simples pão, para mostrar a vocês que é um pobre homem que está diante de
vocês; pão partido, para mostrar que Ele é um Salvador crucificado. Ah! Pecadores, en-
quanto vocês olham para esses simples elementos, lembrem-se dos sofrimentos de quem
era o Senhor da glória, e que morreu pelos pecadores. “Fazei isto em memória de Mim”.
III. Para que fim? “Sendo rico, por amor de vós se fez pobre”. Por causa de quais pessoas?
“Por amor de vós”. Corinto era uma das cidades mais perversas que já existiram na face do
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mundo. Ficava entre dois mares; de modo que aquela luxúria fluida de leste a oeste. Estes
Coríntios haviam sido salvos das abominações mais profundas, como vocês aprendem a
partir de 1 Coríntios 6:11: “E é o que alguns têm sido”, e, ainda assim, foi por amor dos tais
que o Senhor da glória fez-Se pobre; “por amor de vós”. Da mesma forma, Paulo, escre-
vendo aos Romanos: “Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos
ímpios” (5:6). Ah! Vejam que nomes são aqui dados para aqueles por quem Cristo morreu:
“fracos”, incapazes de crer ou ter um pensamento correto; “ímpios”, vivendo como se Deus
não existisse; “pecadores”, quebrando a santa Lei de Deus; “inimigos”, que aborrecem e se
opõem a um santo Deus de amor.
Oh, irmãos! Esta é uma boa notícia para o mais perverso dos homens. Há alguns de vocês
que acham que são como um animal diante de Deus, ou todo cobertos de pecado, como
um demônio? Alguns de vocês têm vivido nas abominações de Corinto. Alguns de vocês
são como os Romanos: sem força, ímpios, pecadores e inimigos; por amor de vós Cristo
fez-Se pobre. Ele deixou a glória por almas tão vis quanto vocês. Ele deixou as canções
dos anjos, o amor de Seu pai, e as glórias do céu, por exatamente tais vermes como eu e
você. Ele morreu pelos ímpios. Não tenham medo, pecadores, em lançar mão dEle. Foi por
amor de vós que Ele veio. Ele não, Ele não pode lançar vocês fora.
Oh, pecadores! Vocês são verdadeiramente pobres; mas Ele lhes enriqueceu. Toda a ri-
queza que Ele deixou, Ele está pronto para conceder a vocês. Ele vos tornará ricos no amor
de Deus, ricos naquela paz que excede todo o entendimento, se vocês realmente lançarem
mão dEle. A ira de Deus passará longe de vocês, e Ele vos amará voluntariamente. O amor
com que Deus ama a Cristo estará em vocês. Ele vos fará ricos em santidade. Ele vos
encherá com toda a plenitude de Deus. Ele vos fará ricos na eternidade. Vocês contempla-
rão a Sua glória; vocês entrarão no Seu gozo; vocês sentarão com Ele em Seu trono.
IV. A graça em tudo isso: “Porque já sabeis a graça”. Há muito a ser visto nesta obra incrível.
Há profunda sabedoria, “a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou
antes dos séculos para nossa glória” [1 Coríntios 2:7], há um poder, o poder de Deus para
a salvação; mas acima de tudo, a graça deve ser vista nisto do início ao fim. “Porque já
sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Quando Jesus lavou os pés dos discípulos, quando Ele veio a Pedro, Pedro disse: “Senhor,
tu lavas-me os pés a mim?” [João 13:6]. Três coisas o maravilharam: 1. O Ser glorioso que
Se ajoelhou diante dele: “Tu”. 2. A ação humilde que Ele estava prestes a executar: “Tu
lavas”. 3. O desgraçado vil cujos pés estavam prestes a ser lavados: “os pés a mim”. Ele fi-
cou maravilhado com a graça do Senhor Jesus. Assim, nesta obra maravilhosa, vocês po-
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dem ver uma graça tripla: 1. O Ser glorioso que tomou o lugar dos pecadores: “Sendo rico”.
2. A profundidade a que Ele se inclinou: “Se fez pobre”. 3. Os miseráveis, cujas almas deve-
riam ser lavadas: “Por amor de vós”. Ah! Bem, vocês podem se maravilhar neste dia, e cla-
mar: “Senhor, tu lavas-me a alma a mim?”.
V. Por último, o pecado e o perigo de não conhecer.
1. Eu gostaria de falar com aqueles que não conhecem a graça do Senhor Jesus. Temo
que a maioria de vocês ainda não conhece a Cristo: “Ora, o homem natural não compreende
as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura” [1 Coríntios 2:14]. Ah, irmãos!
Pensem neste dia a quem é que vocês estão estimando levemente. Vocês já viram o filho
de um rei deixar as suas vestes, e sua glória, e tornar-se um homem pobre, e morrer na mi-
séria; e tudo isso por nada? Vocês acham que o Senhor Jesus deixou o amor de Seu pai,
e a adoração dos anjos, e tornou-Se um verme, e morreu sob a ira, e tudo isso sem nenhum
propósito? Será que não há ira repousando sobre vocês? Vocês não têm necessidade de
Cristo? Ah! Por que, então, vocês não fogem para Ele?
“Pecadores ingratos!
De onde vem este desprezo pela sofredora graça de Deus?
E de vem onde esta loucura, estes insultos
Ao Todo-Poderoso, que lanças em Seu rosto?”
Ah! Lembrem-se, enquanto vocês não vierem a Cristo, vocês estão desprezando a graça
do Senhor Jesus, e pecando contra o amor de Deus. Quem de vocês faz uma demonstração
de vir a Cristo? Quem de vocês fingem isso ao vir à mesa dEle, e prestando honra aos po-
bres pão e vinho? O pobre Papista adora o pão, enquanto ele nega o Salvador; e assim vo-
cês podem desperdiçar a sua honra ao pão e vinho, enquanto vocês estão o tempo todo
rejeitando e desprezando a graça do Senhor Jesus.
2. Eu gostaria de dar boas-vindas aos pobres pecadores a Jesus Cristo. Ele Se fez pobre
por tais como vocês. Ele não veio para aqueles que são “ricos, enriquecidos, e de nada
tenham falta” [Apocalipse 3:17]. Não digam que vocês são muito vis para tal Salvador. Se
vocês têm todas as contaminações de Corinto, todo o coração ímpio de um Romano, Ele
veio com o propósito de salvar tais como vocês. Vocês são as próprias almas que Ele veio
buscar e salvar. Sua salvação é toda de graça. Livre favor para aqueles que merecem o
inferno! Não neguem a graça do Senhor Jesus. É falsa humildade que mantém qualquer
afastamento de Cristo; pois, “Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um
mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam” [Romanos 10:12]. “Ó
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vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, com-
prai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” [Isaías 55:1].
3. Para vocês que conhecem a Jesus, e Sua graça. Oh! Estudem-nO mais. Vocês passarão
a eternidade contemplando a Sua glória; dedicando o tempo em consideração de Sua gra-
ça. Que vocês possam conhecer sua própria vileza, para que abominem a si mesmos, que
vocês vejam que pobre criatura merecedora do inferno vocês são, oh! estudem a graça do
Senhor Jesus. Que a vossa paz seja como um rio, cheio, profundo e duradouro; aprendam
mais sobre a graça do Senhor Jesus. Venham e declarem com alegria à mesa do Senhor
tudo o que Ele tem feito por vossa alma. Oh! Aprendam mais. Poucos sabem muito de
Cristo. Vocês têm infinitamente mais a aprender do que vocês já sabem.
São Pedro, 18 de Abril de 1841.
ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use este sermão para trazer muitos
Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.
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10 Sermões — R. M. M’Cheyne
Adoração — A. W. Pink
Agonia de Cristo — J. Edwards
Batismo, O — John Gill
Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleição
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
Cessaram — Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Eleição — A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen
Confissão de Fé Batista de 1689
Conversão — John Gill
Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins
Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne
Eleição Particular — C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —
J. Owen
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Excelência de Cristo, A — J. Edwards
Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon
Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah
Spurgeon
Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação
dos Pecadores, A — A. W. Pink
Jesus! – C. H. Spurgeon
Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon
Livre Graça, A — C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield
Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —
John Flavel
Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
Spurgeon
Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
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Oração — Thomas Watson
Pacto da Graça, O — Mike Renihan
Paixão de Cristo, A — Thomas Adams
Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards
Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
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Plenitude do Mediador, A — John Gill
Porção do Ímpios, A — J. Edwards
Pregação Chocante — Paul Washer
Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado
Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200
Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon
Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon
Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.
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Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer
Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon
Sangue, O — C. H. Spurgeon
Semper Idem — Thomas Adams
Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,
Owen e Charnock
Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de
Deus) — C. H. Spurgeon
Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.
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Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina
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Claraval
Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica
no Batismo de Crentes — Fred Malone
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2 Coríntios 4
1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está
encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10 Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também nos nossos corpos; 11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal. 12
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13
E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
por isso também falamos. 14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15
Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus. 16
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia. 17
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18
Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas.