CALABI, Donatella e INDOVINA, Francesco Sobre o Uso Capital

5/13/2018 CALABI, Donatella e INDOVINA, Francesco Sobre o Uso Capital

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SOBRE 0 USOCAPITALISTA DO TERRITORIO(*)

1. PREMISSA

. .As nolas ([lie seguem (oram prcparadarocesso e conccntra)iio do capital. "Corn aconccntracao t50 acentuada das rnassas de horncns e decapitais em dcterrninados pontes, progride a concen-lra~fio deslas massas de capitals em poucas maos,Coruernporancarnerue ocorre de novo uma t ra n sf e re n c ia eurn dcslocam erno em consequencia da situacao relativados Jug



As relaSOes capitalistas de produsao lendem a seamp liar e a abrange[ (oda a sociedadc: sao estas reJacOese 0 dcsenvolvjmenlQ das f9r~ pLQdu{iyas Que dao a~oJe_ai16.rio. Deste ponte devista, a' organizacao do lerrit6rio nao e urn prius mas

\'~ deriva do capital e do seu processo. rA:,C~\~ ~\ 0 tipo de organiza~o do territorio, contudo, JllflYrf '< 'r 'U ~ma-se tarnbem urn "dado" 12cnlro de certos limites) ~ . l

Para a flnalidade da nossa pesqulsa, parece-nos para 0 processo capilalisla;(S) e lsto sob diversos aspectos: 1 \ . Ii'"possivcl. rncsrno com algumas csquematizacoes, i..-P r r " \ \ : findividualizar diversos "U50S" espccfficos (entendldos a) no sentido banal, de configura'iiao [fsica.)~ 1\ ....,como funcionalidade 10la1 em rcla. ,supem a fase de desenvolvimento das Iercas produtivas; p . . 1 J r J ' "ela esta ligada a ') aliancas sociais (de fato) estabelecidas (l '0- 0pelo capital com as diversas classes (pequenos I ~proprietaries arrcndatarios etc ...). ,./ \') l _ . _ , . \ 1. . . r r O .J

~J~'.J~''1,r Irrl

de toda 9 tcrritorio e nao sornenrc ao use daquela que econsidcrada a cxpressao maxima do proccsso deconccrnracfio. a cidadc, 0 que nao irnplica, obviarncntc,um uso "igual" de todo 0 tcrritorio, mas urn uso total,aindn que espccificaco po r parlcs(3). Gostarfamos, alcrn!.Ii1"~(). de frisar que quando [alamos de proccsso derodu~;I() cupitalista, rcferimo-nos ao processo total; n50

apcnil~ iJ fase de exiracao de rnais-valla mas tarnbcm aoproce.~so de clrculacao e de valorlzacio do capilal(4).

3. "USOS" DO TERRIT6RIO

1) 30 processo de produqao propriameruc(exlra'i50 de mais-vnlia):

2) 11circulacso e valorizaqao do capital;3) a reproducao da Iorca-de-trabalho.

dito

(3) - De resto, as noms de ~Igun.s geografus rela tivou ,passagern de e.sp"~o agrlmlo pata esl'''o; industrialt ao mesrnn tempo concenuado e uni versal: ~ JesC



como simples e dircto fruro das diversas fases dedesenvotvirncnto do capilal(7) e, por outre lado, como as"transfcrmacoes" do tcrntorio sao urn processo cornplcxoligado ao desenvolvirnento das Iorcas produuvas e dasrela'ioes capitalisras de producao bern como ascoruradicoes de tal desenvolvirnento.

Por outro lado, 0 uso capilalisla do lerril6rioestimula urn con ito entre co ual e trabalho, Tal conflito1parece set contemporaneamente a go mars e algo menos ~do que urn conflito no, interior do processo de produ~o.A1go de menas, no sentido de que os seus determinantessao s6 parcialmente definidos porque 0 bloeo de forcasque se constitui oeste conflito nfio e estavel (observe-se, aeste proposito, 0 significado do incremento das casaspr6prias). A1go de mais porque justarnente propondo (ourelvindicando) - ainda que de urn modo nem sernprcperfeitarnente determinado - diversas conflguraqoes doterritono, llgaoas no seu valor de uso em Iugar de seuvalor de troca, ele coloca a "superacao" da organizacaocapitalista da sociedade{8).

o conllito capital/trabalho, portanto, desencadeiaprocesses de organlzacao do territorio que, ditados pclosinteresses do capital, "levam em conslderacdo" 0 conflitoernergerue; des 0 levarn em ccnslderacao de diversos010005: rncdlando, altcrando as agregacoes de classe(localizacao industrial, renovacao urbana, etc.) exercendourna a



Dadas como certas us obsctvacoes Icitas comoprernissas, ou se]a, 0 Iato de que a organizaqao dotcrritorlo c em parte urn dado, pode-sc notar urna"complexa" polftica de localizacao. Isto 15,nern scrnpre -ou nern sernpre comptetarnente - a polftica de lOcillizw;;aosegue 0 criterio de acentuar a "conccntracao" espacial docapital, Ocorrcm tarnbern solucoes divcrsas: isto C,tendenclas para uma polflica de Iocalizacao "difusa",Estas csliio ligadas aos modes de extracao dernais-trabalho, isla e , dcpendcm da rclOlc;50capital-trabalho (rncsmo que nfio seja sornente desta:vcja-se, par cxemplo, 0 papcl da renda),

Deste ponte de vista pode-se ressaltar:r j . _ _ , a) a localizacao "entra" na determinacio da

garantla de rnais-valia e de lucro;b) a tocaltzacao e elernento determinante para a

orgaruzagao do territorio (scm perder d e vistaque, por razoes historicas, 0 Icrrit6rio e tambern,,-urn dad02; y . e ~ \

c) a organizacao do terruorio tern como finalidadetornar posstvei e rna is [ncil a eXlrac;iio demais-trabalho: (, I . . . , , . , \. u p c c . . . . . _ ~ ' : . )

d) 0 modo pelo qual a forca-de-trabalho se situacom reia



Algumas estruturas cspccificas - principalrncntc ascomercials - pertenccm a esta dirnensao. Mas ha outras.o proccsso capitallsta 15,com efelto, urn proeesso socialtotal e c ncste quadro {Iue devern sec colocadas algumassuperestruturas (mas cstruturas, do ponto de vista [fsico)servicos adrninistratives, policia, j uslir;a., etc.,

Alern disso, no processo de rcalizacao, 0 capital usaoutro capital (financeiro, corncrcial), que tern lambentsuas rcgra



C \ c . "C-OJ( .-



escolas, transportcs, parqucs etc.) conuguram urn "uso"ligrull) niin no valor de uso de coda poute do terrilorio OutSao seu valor de lroca. ," '-lc : : ; . : : ~ . : . . . . . \ . ) ,~o.,- 04. ORGANlZAC;Ao DO TERRLT6RlO

A~ logicas nus quais sc baseia a crganizacao dotcrritono. dizern rcspcito, como j;i se viu, por urn lauosoproprio te rritdrio, entendido como somatoria deprcdutos-rnercndorins, e por outro lado, ao territorlo emr un~ fi .o d a realizn~iio do processo total do c ap ita l lig ad osportanto nos Ire~,pontes vistos nnteriormentc: uso par:10proces:~o de prouu



perfcitamentc distinguivcis mas poderia scr uti! verificar aexistencia de urna preponderhncia de urn OU de outroelerncnto,

Concluindo, podc-se ressaltar:r> que a ~onccntra.~ao -. fOf



"rnercadorla" - neste scniido, so d u a estrutera do 1transportc aas mercadorlas-): de outro lado,"indirctumente" [lorgue esta lig ado a ta l proccsso atraves ,da transtorrnacao hlstorlca das necessidadcs (auto-cstradas, com a rim de lorna! necessaria a mcrcadoria /automevct ).,

'Ir,

I

C one ! ui n do , po de-sc rcssaltar q ue:a) a realizacao dos velernentos puntiformes e,~la

condicionada pelo proccsso capltalistatotal masdepende diretarnente da silua~1.o de cada partedo capitalespccificamente interessada;

b) a~ lnfra-cstruturas aprescnrarn urn aspecto liga-do diretarncnte ao processo de produ91io e saodeterminadas pcla propria Jocaliwf1aoprodutiva:

c) as infra-estruturas CSliio ligadas direta eid ircta mente .ao precesso de va lo,riza~iio d11rnais-valia:

d) estes diversos pnpeis nao sao coneretamentedistingu(vcis mas esH' io sornados:

c) ,IS escol has tccno logicas e ceonomicas I igadas,nao t e r n urna "independencia" propria, isto e ,nao representarn urn "dado tecnico" mas devcmscr conslderadas com o urna variavel soc ial,ligada no proccsso de cxtracao da rnais-valla;

n a construqao. tanto dos e lementos puntiformes,quanto dos de rc l



instrumeruo neutro: ela ou C conforrnc 0 lngicado proccsso capitalista ou C "utopia":

11) 0 clemente sustcntador da I[an~[ornlll( tencia de -u rn papel proprio, especifico : conflguracaotecnica do terrttorlo de eonforrnidade com a IIlIcdiaao entre as divcrsas partes do capital eentre 0 capital e 0 trabalhc. __J

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Date post:	14-Jul-2015
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