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Centro Universitário Hermínio Ometto d UNIARARAS MARIANA IOST ANTUNES ESTUDO “IN VITRO” DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE ANTIBIÓTICOS E FITOTERÁPICOS COMO ANTI-SÉPTICOS DENTINÁRIOS “IN VITRO” STUDY OF THE ANTIMICROBIAL ACTIVITY OF ANTIBIOTCS AND PHITOTHERAPICS DENTIN DESINFECTANTS ARARAS/SP Março/ 2007
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Centro Universitário Hermínio Ometto de Araras

UNIARARAS

MARIANA IOST ANTUNES

ESTUDO “IN VITRO” DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE

ANTIBIÓTICOS E FITOTERÁPICOS COMO ANTI-SÉPTICOS

DENTINÁRIOS

“IN VITRO” STUDY OF THE ANTIMICROBIAL ACTIVITY OF

ANTIBIOTCS AND PHITOTHERAPICS DENTIN

DESINFECTANTS

ARARAS/SP

Março/ 2007

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UNIARARAS

Centro Universitário Hermínio Ometto de Araras

Centro Universitário Hermínio Ometto de Araras

UNIARARAS

MARIANA IOST ANTUNES

ESTUDO “IN VITRO” DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE

ANTIBIÓTICOS E FITOTERÁPICOS COMO ANTI-SÉPTICOS

DENTINÁRIOS

Dissertação apresentada ao Centro

Universitário Hermínio Ometto, para obtenção

do título de Mestre em Odontopediatria.

ORIENTADORA: Profa Dra Renata Cristiane da Silva

CO-ORIENTADORA: Profa Dra Ana Laura Remédio Zeni

Beretta

ARARAS/SP

Março/ 2007

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CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO OMETTO - UNIARARAS

Autor: Mariana Iost Antunes

ESTUDO “IN VITRO” DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE AN TIBIÓTICOS E

FITOTERÁPICOS COMO ANTI-SÉPTICOS DENTINÁRIOS”

Dissertação apresentada em 30 de Março de 2007

Banca examinadora:

_________________________________________________ NOTA: ________

Orientador(a): Profa Dra Renata Cristiane da Silva

__________________________________________________ NOTA: ________

Co-orientadora: Profa Dra Ana Laura Remédio Zeni Beretta

__________________________________________________ NOTA: ________

Prof Dr Sérgio Luiz Pinheiro

MÉDIA FINAL: _______________

_________________________ Mariana Iost Antunes

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Dedico este trabalho,

Em primeiro lugar aos meus pais, José Arthur e Cristina, pelo apoio e incentivo a

realização de todos os meus sonhos. Obrigada pelo amor e pelo exemplo sempre

presentes em minha vida. Amo muito vocês.

Ao meu amado irmão, pela amizade, carinho, orgulho e respeito que sempre tivemos

um pelo outro.

Aos meus avós Wilma e Arthur, pelo exemplo de vida, luta e vitória.

Aos meus avós Edgard e Abigail, que não estão mais aqui neste plano, mas que me

fazem senti-los presente a cada vez que chamo por eles. Muita saudade.

Ao meu grande amor Igor, pela paciência infindável, por me fazer acreditar que sou

capaz, celebrar comigo a cada momento como se fosse único e me fazer uma

mulher realizada, completa e muito amada. Obrigada meu amor.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Prof Dr Sergio Luiz Pinheiro, por aceitar me orientar, pela paciência e

ensinamentos que levarei para minha vida profissional e pessoal.

A Profa Dra Ana Laura Remédio Zeni Beretta, pelo apoio e confiança para que fosse

possível a realização deste trabalho.

Ao Prof Dr José Carlos Pettorossi Imparato, pela oportunidade de fazer parte desta

equipe, pelo incentivo e entusiasmo com cada vitória alcançada durante esta

trajetória. Minha enorme admiração e gratidão.

Aos Profs Drs Fausto Medeiros Mendes, Thiago Machado Ardenghi, Luciana Butini

Oliveira, Monique Bendetto, Daniela Prócida Raggio e Renata Cristiane da Silva

pelos ensinamentos, demonstração de confiança, incentivo e enorme amizade, fruto

de uma convivência extremamente agradável e divertida. Muito obrigada a todos

vocês.

Ao Prof Dr Ricardo Bozzo, coordenador do curso de Odontologia desta faculdade,

pela contribuição que vem dando a minha formação acadêmica desde a graduação

e pela amizade sincera.

A Raquel, responsável técnica do laboratório de microbiologia pelo apoio, ajuda em

todos os momentos e pelos conhecimentos a mim transmitidos. Sem você este

trabalho não teria sido realizado. Muito obrigada de coração.

A todos os funcionários desta casa que de maneira direta ou indireta tornaram

possível que este trabalho fosse realizado. Muito obrigada.

Ao Centro Universitário Hermínio Ometto, por orientar meus passos e me possibilitar

estar onde estou hoje.

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As minhas companheiras de turma Paulinha, Baby, Mari, e Déia, que iniciaram

comigo esta caminhada e que de colegas tornaram-se amigas, confidentes,

companheiras que aprendi a amar e a respeitar. Espero tê-las sempre presente em

minha vida.

Aos mais recentes companheiros Fru, Karin e Paulo pela amizade verdadeira, apoio,

por acreditarem que conseguiria finalizar meu projeto e por todos os momentos de

alegria e tristeza, superações e frustrações que temos compartilhado. Adoro vocês.

A amiga Mariana Minatel Braga, pela amizade, apoio e principalmente confiança que

tem depositado em mim me colocando sempre para cima, me fazendo acreditar que

sou capaz.

A minha amiga Luciane, irmã de alma, que mesmo distante se manteve presente em

cada momento da minha vida, me apoiando, acreditando em mim, colocando meus

pés de volta no caminho quando já achava estar perdida. Obrigada por fazer parte

da minha vida. Amo você.

A minha grande amiga Silvia, juntas desde o início de nossas vidas acadêmicas,

obrigada por acreditar em mim, por não me deixar desanimar e estar sempre pronta

quando precisei de um ombro amigo.

As minhas queridas amigas Isadora e Flávia, por me acompanharem durante todo

meu amadurecimento pessoal e profissional e me apoiarem sempre com muito amor

e carinho. Amo vocês.

A Vera Lucy não só pela ajuda fundamental para a conclusão desse trabalho, mas

por considerá-la minha segunda mãe. Obrigada pelo carinho e conselhos sempre

tão sábios.

Ao meu sogro Antonio e minha sogra Neide, minha cunhada Valéria e meus

sobrinhos João Antonio e Maria Julia, pelo apoio, respeito e carinho que sempre

demonstraram durante esta minha jornada.

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Não faças do amanhã o sinônimo de nunca,

nem o ontem te seja o mesmo que nunca

mais. Teus passos ficaram.

Olhes para trás... mas vá em frente, pois há

muitos que precisam que chegues para

poderem seguir-te.

Charles Chaplin

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 8

2. PROPOSIÇÃO .......................................................................................... 11

3. APRESENTAÇÃO DO ARTIGO................................................................ 12

3.1. RESUMO.......................................................................................13 3.2. ABSTRACT....................................................................................14 3.3. INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA.............................15 3.4. CASUÍSTICA E MÉTODOS...........................................................17 3.5. RESULTADOS.............................................................................. 19 3.6. DISCUSSÃO..................................................................................20 3.7. CONCLUSÃO................................................................................24 3.8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................25 ANEXO I........................................................................................................ 31

ANEXO II....................................................................................................... 32

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente a doença cárie dentária está inserida em um contexto de

multicausalidade, envolvendo fatores além dos meramente biológicos. Porém,

considerando a importância do fator bacteriano para o desenvolvimento desta

doença, buscam-se tratamentos pautados na redução da extensão da atividade

bacteriana e/ou no aumento da resistência do dente às conseqüências desta

atividade. Tais tratamentos, porém, devem estar aliados também ao controle de

outros fatores causais, desfazendo dessa maneira o papel paliativo de uma

intervenção que considere apenas um aspecto do desenvolvimento da doença cárie

(ELDERTON, 2001).

Dentre os microrganismos associados à doença cárie, o S. mutans é o

principal microrganismo cariogênico devido às suas propriedades acidogênicas e

acidúricas, além de sua capacidade de produzir polissacarídeos extracelulares (pec)

e polissacarídeos intracelulares (pic) (GEBARA, 1996). Além dos S. mutans, os S.

sobrinus também estão associados ao início do processo de cárie e os Lactobacillus

à progressão da lesão quando a mesma já foi estabelecida (LOESCH, 1986).

HOSHINO, em 1985, estudou a microbiota de lesões de cárie dentinárias e observou

uma predominância de bactérias anaeróbias facultativas ou obrigatórias como

Actinomyces, Eubacterium, Lactobacillus, entre outras.

A eliminação das bactérias do preparo cavitário é um dos mais importantes

procedimentos durante o processo restaurador; entretanto, manobras convencionais

utilizadas no tratamento da doença cárie nem sempre eliminam todos os

microrganismos do tecido residual (KIDD et al., 1993, BOSTON & GRAVER, 1994).

SHOVELTON, em 1968, observou que mesmo após a remoção total do tecido

cariado, túbulos dentinários infectados continuavam presentes, e em uma revisão

sistemática, RICKETTS et al. em 2006, observaram que existe maior probabilidade

de dano pulpar se houver remoção total da dentina afetada.

A paralisação do progresso da lesão pode ser alcançada pela restauração

eficiente das superfícies dentárias, remoção física do tecido altamente infectado,

restrição de nutrientes para as bactérias remanescentes na dentina e uso de

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substâncias bacteriostáticas com o intuito de reduzir o número de bactérias

remanescentes.

Atualmente, a literatura científica relata o uso de diversos biomateriais

odontológicos e alternativas antimicrobianas que teriam potencial de induzir a

reparação do tecido dentário doente. Diferentes estudos têm sido descritos sobre a

associação de clorexidina aos cimentos ionoméricos (RIBEIRO & ERICSON, 1991;

TAKAHASHIA et al., 2006) ou da incorporação de antibióticos aos cimentos

dentários (SATO et al., 1993; HORI et al., 1997; PINHEIRO et al., 2003; PINHEIRO

et al., 2005).

Na tentativa de reduzir o potencial de lesões residuais e a sensibilidade pós-

operatória, a clorexidina vem sendo muito utilizada como agente de limpeza cavitária

devido as suas propriedades como: substantividade, estabilidade, eficiência e

segurança (ROSING & TOLEDO, 1993). É um potente agente antibacteriano sendo

absorvida pela parede celular o que provoca a ruptura da mesma e escape do

conteúdo intracelular. É mais ativa contra as bactérias Gram-positivas que contra as

Gram-negativas, mas não tem atividade esporicida.

A associação de antibióticos como metronidazol, ciprofloxacina e cefaclor tem

apresentado resultados significativos na redução microbiana, sendo o metronidazol

efetivo contra cocos e bacilos anaeróbios obrigatórios, o cefaclor contra bactérias

aeróbias Gram-positivas e Gram-negativas, e a ciprofloxacina contra Gram-

negativos e micobactérias, porém a ciprofloxacina apresenta pequena ação contra

Streptococcus e anaeróbios (YAGIELA et al., 2000; TAVARES, 2002).

Outras alternativas podem ser encontradas no controle do crescimento

bacteriano. Atualmente, a ciência está estudando o princípio ativo das plantas,

testando sua eficácia no tratamento de doenças e determinando a forma correta de

aplicação. Produtos naturais têm sido utilizados há milhares de anos no campo da

medicina para vários propósitos. Na Odontologia, produtos contendo substâncias

naturais apresentam boas perspectivas no mercado devido à aceitação popular da

fitoterapia.

As plantas medicinais podem ser consideradas como fontes de substâncias

que apresentam atividades biológicas diferentes, pois elas sintetizam várias

moléculas orgânicas e podem ultrapassar a ação da medicina convencional. Podem

ter efeitos analgésico, antiinflamatório, tranqüilizante como também propriedades

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antimicrobianas que habilitam o seu uso em várias doenças que acometem a

cavidade oral (CUNICO et al., 2003).

O extrato de própolis é um complexo resinoso que as abelhas produzem a

partir de materiais, tais como exsudatos de várias plantas, cera e secreções das

abelhas. É muito utilizada na medicina popular devido as suas propriedades

biológicas, tais como antihepatotoxicidade, antitumural, antioxidativa, antimicrobiana

e antiinflamatória (BANSKOTA et al., 2001). Inúmeros são os relatos sobre a ação

antimicrobiana da própolis “in vitro”, tais como: ação sobre S. pyogene, S. mutans

(KOO et al., 2000) e bactérias anaeróbias da cavidade bucal humana (SANTOS et

al., 2002).

O óleo de copaíba vem sendo utilizado a mais de quatro séculos para

diversos fins farmacológicos. Constituído por 45% de óleos essenciais e 55% de

resina, o óleo-resina de copaíba advém de árvores do gênero Copaífera, sendo Pará

e Amazonas os principais produtores brasileiros, e a espécie Copaífera reticulata a

mais importante. Possue efeito analgésico, antiinflamatório, anti-séptico e

cicatrizante, quando aplicados via oral ou tópica (CAVALCANTI et al., 2005).

Enfim, estudos que visem esclarecer mecanismos de redução microbiana são

importantes para o aprimoramento da Dentística de Mínima Intervenção, além de

permitir a abordagem de conceitos atuais referentes ao contexto saúde/doença,

justificando por meio de tais fatores apresentados a realização do presente estudo.

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2. PROPOSIÇÃO

Apresentação de um artigo intitulado “Estudo “in vitro” da atividade

antimicrobiana de antibióticos e fitoterápicos como anti-sépticos dentinários”.

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3. APRESENTAÇÃO DO ARTIGO

Estudo “in vitro” da atividade antimicrobiana de an tibióticos e fitoterápicos

como anti-sépticos dentinários.

Mariana Iost Antunes 1, Ana Laura Remédio Zeni Beretta 2, José Carlos

Petorossi Imparato 1,3, Sergio Luiz Pinheiro 4

1 Disciplina de Clínica Integrada Infantil da Faculdade de Odontologia da Fundação Hermínio

Ometto - UNIARARAS, 2 Departamento de Microbiologia da Fundação Hermínio Ometto –

UNIARARAS, 3 Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia

da Faculdade de São Paulo, 4 Mestre em Odontopediatria e Doutor em Dentistica pela FOUSP

3.1.RESUMO

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O presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana “in vitro” da

clorexidina a 2%, antibióticos (ceflacor 1%, ciprofloxacina 1% e metronidazol 1%) e

fitoterápicos (óleo de copaíba e extrato de própolis 30%), antibióticos associados ao

óleo de copaíba e antibióticos associados ao extrato de própolis sobre as bactérias

residuais presentes na dentina cariada. Placas contendo ágar sangue foram

semeadas e discos de filtro estéreis previamente embebidos nas substâncias

experimentais foram inseridos de maneira eqüidistante no meio agar sangue. As

amostras foram armazenadas em estufa a 37o C durante 5 dias em atmosfera de

85% de N2 10% de CO2 e 5% de H2, que foi obtida com a utilização de envelopes

geradores de anaerobiose e indicadores de anaerobiose. Após análise estatística de

Kruskal-Wallis, as médias aritméticas e os desvios padrão dos grupos amostrais

foram: soro 0,0 mm (0,0); hipoclorito 2,0 mm (1,0); clorexidina 7,67 mm (0,57);

antibióticos 7,0 mm (2,64); óleo de copaíba 1,0 mm (1,0), própolis 0,0 mm (0,0);

antibióticos associados ao óleo de copaíba 12,33 mm (2,08); antibióticos associados

ao extrato de própolis 15,0 mm (1,0). A associação dos antibióticos ao extrato de

própolis apresentou os maiores halos de inibição com diferenças estatisticamente

significantes, em relação aos grupos do controle negativo (soro), positivo (hipoclorito

de sódio 1%) antibióticos e própolis (p<0,05).

Palavras-chaves: agentes antimicrobianos, anti-sépticos cavitários, fitoterápicos,

cárie dentária.

3.2.ABSTRACT

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The aim of this “in vitro” study was to evaluate the antimicrobial activity of

chlorhexidine 2%, antibiotics (metronidazole 1%, ciprofloxacin 1% and cefaclor 1%)

and phitotherapics (copaiba oil and propolis 30%), antibiotics associated with

copaiba oils and antibiotics associated with propolis and the behavior of the

permanent teeth affected dentin. Blood agar plates were sowed and sterilized disks

placed in a standard distance. The plates incubated an anaerobic glove box

containing 85% N2, 10% CO2, and 5% H2 at 37o C for 5 days. After Kruskal-Wallis

analyses, mean and standard desviation: soro 0,0 mm (0,0); hipoclorito 2,0 mm(1,0);

clorexidina 7,67 mm (0,57); antibióticos 7,0 mm (2,64); óleo de copaíba 1,0 mm (1,0),

própolis 0,0 mm (0,0); antibióticos associados ao óleo de copaíba 12,33 mm (2,08);

antibióticos associados ao extrato de própolis 15,0 mm (1,0). The antibiotics

associated with propolis presented the higher inhibition zones (medium 15.0 mm),

which were statistically different (p<0,05) in comparison with control groups positive

(sodium hypochlorite 1%) and negative , antibiotics and propolis.

Key-words: antimicrobial agents, disinfection cavity, phitotherapics, dental caries

3.3. INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA

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Atualmente, a Odontologia visa o máximo de preservação da estrutura

dentária, com a manutenção e tratamento das lesões de cárie sem a necessidade da

remoção total do tecido envolvido. Dessa forma, o tratamento odontológico torna-se

menos traumático, mais rápido e possibilita a preservação dos tecidos de suporte.

A cárie dentária é uma doença bacteriana, e qualquer “tratamento” deve visar

reduzir a extensão da atividade bacteriana e/ou aumentar a resistência do dente às

conseqüências dessa atividade (ELDERTON, 2001). A microbiota das lesões de

cárie dentinárias tem sido avaliada por diversos pesquisadores que encontraram

predomínio de bactérias anaeróbias facultativas ou obrigatórias (HOSHINO, 1985;

MASSEY et al., 1993). A diferenciação morfológica e ambiental entre dentes

decíduos e permanentes deve ser levada em consideração, acarretando microbiota

distinta e que de maneira geral são tratados com as mesmas propostas terapêuticas.

Vários conceitos têm sido usados para reduzir ou eliminar microrganismos

abaixo das restaurações. Diferentes maneiras tem sido descritas, dentre elas a

adição de clorexidina aos cimentos ionoméricos ou da incorporação de antibióticos

aos cimentos dentários (SATO et al., 1993; HORI et al., 1997; PINHEIRO et al.,

2005), e também a aplicação de anti-sépticos contendo clorexidina após o preparo

cavitário (RIBEIRO & ERICSON, 1991; MEIERS & KRESIN, 1996; BOTELHO, 2003;

GUIRADO et al., 2006).

Além dos materiais restauradores, soluções utilizadas como anti-sépticos

cavitários também são uma alternativa para remoção de microrganismos

remanescentes do processo da doença cárie. Segundo MEIERS & KRESIN (1996)

e SETTEMBRINI (1997), os anti-sépticos cavitários foram recomendados como pré-

tratamento dos preparos cavitários antes da restauração para remover ou alterar as

bactérias residuais e prevenir os efeitos prejudiciais da atividade bacteriana.

TURKUN et al. (2005) relataram que além da atividade antibacteriana dos agentes

de limpeza cavitária, torna-se fundamental a substantividade dessas soluções e

mostraram que tanto a clorexidina quanto o cloreto de benzalcônio demonstraram

real atividade antimicrobiana sobre S. mutans, L. acidophilus e C. albicans.

Embora anti-sépticos cavitários e condicionadores possam inibir o

crescimento bacteriano, partículas abrasivas residuais (sílica, vidro) ou moléculas

contidas nessas soluções poderiam possivelmente interferir no processo de adesão,

produzindo uma fenda marginal e assim aumentar a contaminação por

microinfiltração segundo TULUNOGLU (1998).

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A Odontologia como outras áreas da saúde, tem buscado alternativas no

controle do crescimento bacteriano. Atualmente, o estudo de princípios ativos das

plantas para o tratamento de doenças tem sido relatado na literatura. Óleos

essenciais podem ter seu papel no desenvolvimento de novos tratamentos contra a

doença cárie (FILOCHE et al., 2005). O potencial de extratos de plantas e

fitofármacos em modelos de linhagens de microrganismos multirresistentes a

fármacos foi avaliado, como também o efeito sinérgico da associação dos extratos

com atividade antimicrobiana com antibióticos (NASCIMENO et al., 2000). Outros

estudos têm avaliado a possibilidade da associação entre fitoterápicos (MARQUES

et al., 2006) ou de fitoterápicos a biomateriais (PINHEIRO et al., 2003;

NASCIMENTO et al., 2005) frente a diversas microbiotas.

GERBARA et al., 1996; KOO et al., 2000; CUNICO et al., 2003; SOUSA et al.,

2005 avaliaram a atividade antimicrobiana de substâncias naturais sobre microbiota

oral. GEBARA et al. (1996) mostraram a capacidade das tinturas de malva, salva,

camomila, tomilho, cacau e própolis contra S. mutans e S. sobrinus. KOO et al.

(2000) testaram a atividade antimicrobiana do extrato de arnica e de própolis sobre

C. albicans, S. aureus, E. faecalis, S. sobrinus, S. sanguis, S. cricetus, S. mutans, A.

naeslundii, A. viscosus, P. gingivalis, P. endodontalis e P. denticola e observaram

poder de inibição significante do extrato de própolis sobre todos os microrganismos

testados. SOUSA et al. (2005) avaliaram a ação antimicrobiana da malva, óleo de

copaíba e própolis sobre S. mutans e concluíram que o óleo de copaíba associado

ou não a malva e própolis apresentou o maior efeito inibitório.

Além da atividade antimicrobiana, outros fatores foram estudados como a

ação antiinflamatória das substâncias naturais e a própolis foi descrita como a

substância que apresentou menor potencial citotóxico (SILVA et al., 2004).

O propósito deste estudo foi avaliar a ação antimicrobiana da clorexidina a

2%, antibióticos (ceflacor 1%, ciprofloxacina 1% e metronidazol 1%) e os

fitoterápicos (óleo de copaíba e extrato de própolis 30%), antibióticos associados ao

óleo de copaíba e antibióticos associados ao extrato de própolis sobre as bactérias

residuais colhidas da dentina afetada de dente permanente.

3.4. CASUÍSTICA E MÉTODOS

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As substâncias avaliadas neste estudo foram clorexidina 2% (Farmácia de

manipulação Naturista, Araras, São Paulo, Brasil), antibióticos (metronidazol 1%,

ciprofloxacina 1% e cefaclor 1%) (Farmácia de manipulação Fórmula & Ação, São

Paulo, São Paulo, Brasil), óleo de copaíba e extrato de própolis a 30% (Farmácia

Apis Flora, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil), associação dos antibióticos a própolis

e associação dos antibióticos ao óleo de copaíba. Para o controle positivo foi

utilizado o hipoclorito de sódio 1% (Farmácia de manipulação Naturista, Araras, São

Paulo, Brasil) e como negativo o soro fisiológico (Sanobiol, Pouso Alegre, Minas

Gerais, Brasil) (Quadro 1).

Após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIARARAS (Anexo

I) foi selecionado um molar permanente em paciente da Disciplina de Clínica

Integrada Infantil que atendeu aos critérios de inclusão não apresentando

comprometimento sistêmico e não fazendo uso de medicamentos via oral. O dente

apresentava lesão de cárie dentinária ativa, sem envolvimento pulpar confirmado por

exames clínico e radiográfico. Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido (Anexo II), o paciente foi submetido à anestesia local com Lidocaína

2% 1:100.000 com adrenalina (DFL, Rio de Janeiro, Brasil) pertinente a região de

trabalho, isolamento absoluto do campo operatório com lençol de borracha Damtex

(DFL, Rio de Janeiro, Brasil). Para a coleta da dentina afetadafoi primeiramente

removida a biomassa central de dentina cariada e necrótica que se apresentava

desorganizada e amolecida só utilizando uma cureta estéril (BJØRNDAL & LARSEN

2000) e a escavação foi cessada quando a dentina remanescente mostrou

resistência aumentada a instrumentação manual, em lascas ou fatias. A cavidade foi

lavada com jato de água e seca com breve jato de ar e com o auxílio de uma cureta

estéril foram removidas amostras de dentina da parede pulpar e inseridas no meio

BHI (Brain Heart Infusion) (Biobras, Montes Claros, Brasil) (MASSARA et al., 2002).

Procedimentos microbiológicos

O material dentinário foi inserido no meio de transporte BHI e incubado em

jarras a 37o C durante 5 dias em atmosfera de 85% de N2 10% de CO2 e 5% de H2,

que foi obtida com a utilização de envelopes geradores de anaerobiose e

indicadores de anaerobiose. Após o crescimento, o inóculo foi padronizado na

escala meio (0,5) de MacFarland (Figura 1) apresentando aproximadamente 6X108

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bactérias/ml, segundo padrões estabelecidos pelo National Comite Control

Laboratory Standart (NCCLS). Com o auxílio de swab estéril, foram realizadas

semeaduras em placas contendo meio de cultura agar sangue (Figura 2). Discos de

filtro previamente esterilizados foram imersos por 30 segundos nos agentes

descritos anteriormente e dispostos de maneira eqüidistante nas placas (Figura 3).

Imediatamente após a inserção dos discos as placas foram levadas a estufa e

incubadas em jarras a 37o C durante 5 dias em atmosfera de 85% de N2 10% de

CO2 e 5% de H2, que foi obtida com a utilização de envelopes geradores de

anaerobiose e indicadores de anaerobiose. Os experimentos foram realizados em

triplicata.

Após o período de incubação, foram realizadas coletas do crescimento das

placas e realizada a coloração de Gram. Os halos de inibição foram medidos (em

milímetros) com auxílio de um paquímetro por um único avaliador e os resultados

submetidos ao teste estatístico de Kruskal-Wallis.

3.5.RESULTADOS

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Os valores mínimos, máximos, as médias e desvios padrão dos grupos

amostrais podem ser vistos na tabela 1 e gráfico 1.

O maior halo de inibição foi observado na associação dos antibióticos ao

extrato de própolis (A+P) (média de 15,0 mm), com diferença estatisticamente

significante em relação aos grupos do controle positivo e negativo, aos antibióticos e

a própolis (p<0,05) (Tabela 2). A associação antibióticos e óleo de copaíba (A+OC)

apresentou atividade antibacteriana estatisticamente significante (p<0,05) quando

comparado ao controle negativo, aos antibióticos e a própolis.

O grupo dos antibióticos não associado à fitoterápicos não apresentou

diferença estatisticamente significante quando comparado aos controle positivo e

negativo, a clorexidina, ao óleo de copaíba, ao extrato de própolis, aos antibióticos

associados ao óleo de copaíba e os antibióticos associados ao extrato de própolis e

o extrato de própolis 30% isolado não apresentou atividade antibacteriana.

Através da coloração de Gram pode-se observar uma predominância de

bactérias Gram-positivas nesta amostra estudada(Figura 6).

3.6.DISCUSSÃO

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A associação de antibióticos, mais especificamente a associação de

metronidazol, ciprofloxacina e cefaclor tem apresentado resultados significativos na

redução microbiana de bactérias de lesões de cárie dentinárias de acordo com

SATO et al. (1993), HORI et al. (1997), PINHEIRO et al. (2005). O cefaclor é o

responsável por agir sobre as bactérias Gram-positivas inibindo a síntese da parede

celular. O metronidazol gera compostos citotóxicos que interferem no metabolismo e

degradam o DNA agindo sobre as bactérias anaeróbias, auxiliado pela ciprofloxacina

que interfere na síntese do DNA bacteriano, inibindo a DNA-girase, enzima

bacteriana essencial a sua replicação, sobre os cocos Gram-negativos (TAVARES,

2002 e YAGIELA et al., 2000).

Microrganismos são conhecidos por sua habilidade genética de adquirir

resistência aos fármacos através de mutações, principalmente bactérias Gram-

negativas que possuem uma efetiva barreira de permeabilidade, composta de outra

membrana, que restringe a penetração de compostos anfipáticos (TEGOS et al.,

2002). Nos resultados apresentados, pôde-se observar que dentre as substâncias

avaliadas, o grupo dos antibióticos associados ao extrato de própolis apresentaram

os maiores halos de inibição. Segundo NASCIMENTO et al. (2000), o possível efeito

sinérgico da associação entre antibióticos e extratos vegetais frente a

microrganismos sensíveis e resistentes, é relevante, levando a novas possibilidades

para o tratamento de doenças infecciosas quando os antibióticos por si só não

apresentaram efetividade durante tratamento terapêutico.

Entretanto, a própolis isolada não apresentou nenhuma atividade

antimicrobiana discordando dos relatos de WOISKY et al. (1994) e FERREIRA et al.

(1996), que observaram atuação antimicrobiana expressiva do extrato de própolis

contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. GEBARA et al. (1996) e

ALMEIDA et al. (2006) observervaram atividade contra S. mutans e S. sobrinus.

STEINBERG et al. (1996) e PARK et al. (1998) afirmaram que a própolis tem

atividade antimicrobiana contra S. mutans e KOO et al. (2000) mostraram efeito

inibitório para todos os grupos de microrganismos testados (C. albicans, S. aureus,

E. faecalis, S. sobrinus, S. sanguis, S. cricetus, S. mutans, A. naeslundii, A.

viscosus, P. gengivalis, P. endodontalis). PINHEIRO et al. (2003) e NASCIMENTO et

al. (2005) trabalharam com a associação de própolis a cimento ionomérico e adesivo

dentinário respectivamente, quanto a sua capacidade antimicrobiana sobre S.

mutans, sendo que apenas a associação de 5% própolis ao cimento ionomérico

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apresentou resultados satisfatórios. Segundo MANARA et al. (1999) e FERNANDES

JÚNIOR et al. (2003), alguns aspectos podem influenciar a ação antimicrobiana da

própolis, tais como: forma de preparo (alcoólico ou não alcoólico), época e local de

coleta, espécie de abelha produtora e ainda problemas com o controle de qualidade,

podendo a mesma estar contaminada por fungos.

A própolis tem sido extensivamente estudada por suas propriedades

biológicas, principalmente atividade antimicrobiana e seu mecanismo de ação

parece ser complexo e ainda não totalmente entendido. De acordo com AMOROS et

al. (1994) e BONHEVI et al. (1994), a atividade contra os microrganismos está mais

relacionada ao efeito sinérgico dos flavonoídes (e outros fenóis), que a ação de cada

um deles separados, corroborando o estudo de TAKAISIKIKUNI & SCHILDER

(1994) que observaram que a ação antimicrobiana utiliza vários mecanismos como:

desorganização citoplasmática, da membrana plasmática e da parede celular,

bacteriólise parcial e inibição das sínteses protéicas, além da inibição da divisão

celular.

A associação do antibiótico ao óleo de copaíba apresentou atividade

antimicrobiana significante não havendo relatos prévios na literatura sobre esta

associação. Neste trabalho, o óleo de copaíba isolado não apresentou atividade

antimicrobiana significante, discordando dos achados de SOUZA et al. (2005) e

VEIGA & PINTO (2002), que mostraram atividade antibacteriana do óleo de copaíba

frente ao S. mutans e DRUMOND et al. (2004) que observaram atividade

antimicrobiana do óleo de copaíba sobre L. casei, S. mutans e S. sanguis.

Segundo a literatura, a microbiota dentinária é predominantemente

composta de bactérias anaeróbias facultativas ou obrigatórias (HOSHINO, 1985 e

MASSEY et al., 1993). No presente trabalho, o crescimento parece ser

predominantemente composto por bactérias Gram-positivas, o que pode ser

observado por meio da coloração de Gram, corroborando os estudos de CRONE

(1968) e HOSHINO (1985), que relataram predomínio de bactérias bastonetes e

cocos Gram-positivos em lesões de cárie dentinárias e discordando de MASSEY et

al. (1993) que observaram maior quantidade de bactérias Gram-negativas como

Prevotella, Porphyromonas e Fusobacterium e presentes em pequenas quantidades

Lactobacillus.

Dentre as substâncias avaliadas neste estudo, o digluconato de clorexidina é

um dos agentes antibacterianos mais estudados e que no presente trabalho

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apresentou atividade antibacteriana significante como os achados de GULTZ et al.

(1999) que apresentaram resultados positivos quando avaliaram diferentes agentes

de limpeza cavitária sobre cepas de S. mutans, S. salivarius e A. viscosus e todos os

materiais que continham clorexidina em sua composição apresentaram atividade

antibacteriana. A clorexidina tem substantividade, ou seja, habilidade de manter um

agente em contato com um organismo tempo suficiente para eliminar ou incapacitar

o mesmo (GULTZ et al., 1999; e WICHT et al., 2004). TURKUN et al. (2005)

avaliaram o Cervitec ® (clorexidina 1%, thymol 1%) sobre a microbiota de lesões

dentinárias “in vivo” e observaram atividade antimicrobiana somente sobre

Lactobacillus.

A clorexidina tem seu mecanismo de ação baseado na adsorção à superfície

da célula bacteriana, o que provoca uma alteração na permeabilidade celular e

conseqüente perda de seus constituintes e em altas concentrações provoca

também, rapidamente, a precipitação de constituintes citoplasmáticos das bactérias.

Desde a comprovação da atividade antibacteriana do hipoclorito de sódio a

5,25% (NaOCl) o mesmo tem sido adotado como controle positivo em estudos

envolvendo crescimento bacteriano ou atividade antibacteriana (TURKUN et al.,

1999). Neste estudo, o NaOCl foi utilizado na concentração de 1%, como controle

positivo mas, não apresentou resultados satisfatórios, apresentando halos de

inibição com média de 2 mm corroborando o estudo de TURKUN et al. (2005). Para

ERGÜCÜ et al. (2005), o NaOCl a 1% exerce uma forte atividade antibacteriana

contra S. mutans, S. sobrinus e L. acidophilus. Entretanto, o uso do NaOCl como um

anti-séptico dentinário tem sido controverso porque o mesmo remove a camada de

colágeno e impede a futura hibridização, caso a restauração da cavidade for feita

com resina composta (PIOCH et al., 1999; PERDIGÃO et al., 2000).

A aplicação de anti-sépticos após o preparo cavitário e antes da restauração

ganhou ampla aceitação como um método de eliminar o risco potencial de lesões de

cárie residuais (MEIERS & KRESIN, 1996 e GULTZ et al., 1999) e também reduzir a

sensibilidade pós-operatória causada por bactérias (MEIERS & KRESIN, 1996;

OWENS et al., 2003).

Entretanto, uma questão ainda discutida na literatura é o fato de que os

componentes das soluções utilizadas para pré-tratamento dentinário após preparo

cavitário, além de eliminarem bactérias, também podem induzir infiltração por

interferir na adesão mecânica da interface dente/material. MEIERS & KRESIN,

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(1996), RABELLO & COELHO (1998), BOCANGEL et a. (2000), RUANO &

CIAMPONI (2002) e SILVESTRE et al. (2005) mostraram que agentes

antibacterianos não causaram efeito adverso no processo de adesão dentinária, ao

contrário de TULUNOGLU et al. (1998) e OKIDA et al. (2001) que revelaram um

aumento na microinfiltração das restaurações quando utilizadas soluções de

clorexidina. OWENS et al. (2003) observaram que apenas nas cavidades que foram

tratadas com Consepsis Scrub (clorexidina 2% contendo partículas abrasivas

residuais de sílica e vidro) houve maior microinfiltração.

No presente trabalho, utilizou-se o método de difusão em agar, por ser

geralmente aceito como um meio de testar a atividade antimicrobiana dos

biomateriais. Apesar de o método ser simples, barato, e fácil de repetir, a atividade

antimicrobiana dos materiais testados colocados nas placas de agar podem ser

afetados pelo pH do substrato, período de incubação e densidade do inoculo, como

também a capacidade de difundir-se no meio de cultura (VIRTUOSO et al., 2005).

Outro aspecto que deve ser levado em consideração é o tamanho da amostra que

no presente trabalho é pequena. Também deve se pensar na possibilidade de

trabalhar com bactérias isoladas e não com cultura mista e assim poder afirmar a

atividade de cada substância a bactérias específicas. A relevância da presente

cultura, é reproduzir no laboratório, um ambiente propício para todas as bactérias

colhidas da lesão de cárie, situação esta, mais próxima da realidade clínica.

3.7.CONCLUSÕES

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Diante da metodologia e resultados apresentados pode-se concluir que a

associação dos antibióticos (metronidazol 1%, cefaclor 1% e ciprofloxacina 1%) com

o extrato de própolis a 30% apresentou os maiores halos de inibição em bactérias

presentes na dentina afetada colhida de molar permanente.

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31

60. WOISKY, R.G.; GIESBRECHT, A.M.; SALATINO, A. Atividade antibacteriana

de uma formulação preparada a partir de própolis de Apis mellifera. Rev Farm

Bioqui Univ São Paulo, vol.30, p.19-21, 1994.

61. YAGIELA, J.A.; NEIDE, E.A.; DOWD, F.J. Farmacologia e terapêutica para

detistas. 4a ed. Trad. De Patrícia Josophine Voeux. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2002.

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ANEXO I

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ANEXO II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

1. Consentimento

Eu _________________________________, RG __________________,

responsável pelo menor ______________________________________certifico que

tendo lido as informações prévias e tendo sido esclarecido sobre todos os itens,

estou plenamente de acordo com a realização do experimento.

2. Título da pesquisa

“Avaliação do efeito antimicrobiano de agentes de limpeza cavitária

compostos de antibióticos e/ou fitoterápicos”

3. Objetivo principal e justificativa

Avaliar a ação de algumas substâncias que matam bactérias sobre a dentina

(“parte de dentro do dente antes de chegar no nervo”). O comprometimento da

dentina se não tratada, muitas vezes, leva a um tratamento de canal (“nervo”) e às

vezes até mesmo à remoção (“arrancar”) do dente. Em crianças com quando isto

ocorre nos dentes de leite, pode prejudicar o dente permanente que ainda vai

erupcionar (“nascer”). Por isso, o estudo de substâncias que matem essas bactérias

poderá prolongar o tempo de permanência deste dente e acabar com o foco de

infecção causado por bactérias.

4. Procedimento

A realização desta pesquisa necessitará de 1 (uma) consulta. Nesta consulta

será feita uma radiografia e o tratamento do dente comprometido com a obturação

do dente com massinha branca (cimento de ionômero de vidro).

5. Benefício

Para o voluntário, vários benefícios ocorrem: aprendizado dos fatores

responsáveis pela doença cárie em dentes-de-leite e permanetes, condições de

saúde analisadas por pessoal treinado e capacitado para essa finalidade,

“obturação” dos dentes com possível diminuição de bactérias e contribuição para o

estudo de medicamentos que tenham capacidade de eliminar as bactérias presentes

em dentes cariados (doentes).

6. Risco

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Em caso de sensibilidade a qualquer produto utilizado nesta pesquisa os pais

deverão comunicar a pesquisadora responsável Mariana Iost Antunes, através do

telefone (xx16) 9796.5830 ou (xx16) 3335.8317.

Este tratamento não oferece desconfortos adicionais àqueles que a criança

esta sujeita na clínica odontopediatrica. A sensibilidade dolorosa durante este

procedimento não é esperada, porém, caso aconteça, o voluntário, os pais e/ou

responsáveis devem entrar em contato direto com a pesquisadora responsável.

7. Informações adicionais

O voluntário ou seu responsável tem a garantia de que receberá a resposta a

qualquer pergunta, e esclarecimento de dúvidas sobre os procedimentos e

benefícios relacionados à pesquisa. A criança só será envolvida na pesquisa caso

haja o consentimento do seu responsável, através da assinatura desse termo, e

também após consentimento verbal da própria criança. Ou seja, caso a criança não

queira participar, nenhuma forma de condicionamento ou contenção física será

realizada para que ela participe do estudo.

8. É importante que o voluntário contribua com a se riedade da pesquisa

♦ Cooperação e fidelidade no fornecimento dos dados;

♦ A solicitações e pontualidade devem ser seguidas;

♦ Qualquer tratamento médico-hospitalar iniciado deverá ser informado à

pesquisadora;

♦ Os resultados do estudo não são apenas de responsabilidade dos

pesquisadores, mas da consciência individual e conjunta de todo o grupo

envolvido no trabalho;

9. Retirada do consentimento

O voluntário ou seu responsável tem a liberdade de retirar seu consentimento

a qualquer momento, deixando de participar do estudo, sem prejuízo ao tratamento

que ele receberá ou já está recebendo na Clínica Odontológica Integrada Infantil da

Faculdade de Odontologia do Centro Universitário Hermínio Ometto - UNIARARAS.

Além disso, a não aceitação de participar na pesquisa não implica problemas com o

tratamento, ou seja, o tratamento odontológico continuará normalmente.

Os resultados obtidos serão sigilosos, não sendo divulgada a sua identidade.

Os dados serão obtidos através de um questionário, de avaliações intra-orais em

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questionários identificados apenas com as iniciais dos nomes e um número de

controle. O nome dos voluntários não será divulgado .

10. Declaração de quem dará esclarecimentos ao part icipante da pesquisa

A pesquisa será realizada pela mestranda em Odontopediatria do Curso de

Odontologia do Centro Universitário Hermínio Ometto, Mariana Iost Antunes,

orientada pela Profº. Dr. Sérgio Luiz Pinheiro e co-orientadora Profª Drª Ana Laura

Remédio Zeni Beretta e durante e após a pesquisa, os pesquisadores estarão

disponíveis para responder todas as dúvidas.

Se necessários maiores esclarecimentos, os telefones de contato dos

pesquisadores responsáveis são (16) 9796.5830 e (11) 9245 0090, os quais estarão

disponíveis a qualquer esclarecimento.

Araras, _____ de_____________ de 2006.

_________________________________________

Nome legível

_________________________________________

RG

_________________________________________

Assinatura

_________________________________________

Assinatura do responsável

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Figura 1: Inóculo de cultura e escala 0,5 de MacFarlad

Figura 2: Semeaduras das placas

Figura 3: Placas contendo os discos com as substâncias

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Figura 4: Halos de inibição dos controle positivo (CP), controle negativo (CN),

clorexidina (CLX) e antibióticos (A).

Figura 5: Halos de inibição dos antibióticos associados ao óleo de copaíba

(A+OC), dos antibióticos associados ao extrato de própolis (A+P), do óleo de

copaíba (OC) e da própolis (P).

A

CLX

CP

CN

A+OC

A+P

P

OC

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Figura 6: Coloração de Gram indicando a presença de cocos e bacilos Gram-

positivos.

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Quadro 1: Distribuição dos materiais

ABREVIATURAS

MATERIAIS

CP Hipoclorito de Sódio a 1%

CN Soro

A Antibióticos

P Própolis

OC Óleo de Copaíba

A+P Antibióticos + Própolis

A+OC Antibióticos + Óleo de Copaíba

CLX Clorexidina a 2%

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Tabela 1 – Estatística descritiva simplificada CP CN CLX A OC P A+OC A+P

N= 3 3 3 3 3 3 3 3

Mínimo 1,0 0,0 7,0 5,0 0,0 0,0 10,0 14,0

Máximo 3,0 0,0 8,0 10,0 2,0 0,0 14,0 16,0

Média Aritmética

2,0 0,0 7,67 7,0 1,0 0,0 12,33 15,0

Desvio- padrão

1,0 0,0 0,57 2,64 1,0 0,0 2,08 1,0

CN: controle negativo (soro) CP: controle positivo (NaOCl 1%) CLX: clorexidina 2% A: associação dos antibióticos OC: óleo de copaíba P: extrato de própolis 30% A+OC: antibióticos associados ao óleo de copaíba A+P: antibióticos associados ao extrato de própolis 30%

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Tabela 2 - Teste estatístico de Kruskal-Wallis

CP CN CLX A OC P A+OC

CP --- 0,2727 --- --- --- --- ---

CLX 0,3263 0,0377* --- --- --- --- ---

A 0,4025 0,0531 0,8852 --- --- --- ---

OC 0,6442 0,5254 0,1489 0,1939 --- --- ---

P 0,2727 1,0000 0,0377* 0,0531 0,5254 --- ---

A+OC 0,0941 0,0056* 0,4884 0,4025 0,0327* 0,0056* ---

A+P 0,0304* 0,0011* 0,2366 0,1842 0,0086* 0,0011* 0,6236

* Diferença estatisticamente significante (p<0,05)

CN: controle negativo (soro) CP: controle positivo (NaOCl 1%) CLX: clorexidina 2% A: associação dos antibióticos OC: óleo de copaíba P: extrato de própolis 30% A+OC: antibióticos associados ao óleo de copaíba A+P: antibióticos associados ao extrato de própolis 30%

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Gráfico 1 – Médias aritméticas dos grupos

0

2

4

6

8

10

12

14

16

CP CN CLX A OC P OC+A P+A

CN: controle negativo (soro) CP: controle positivo (NaOCl 1%) CLX: clorexidina 2% A: associação dos antibióticos OC: óleo de copaíba P: extrato de própolis 30% A+OC: antibióticos associados ao óleo de copaíba A+P: antibióticos associados ao extrato de própolis 30%

Milímetros

Grupos amostrais

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