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Cipreste 17, Mai 2011

Date post: 05-Jul-2015
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Jornal Cipreste nº17, 27 de Maio de 2011
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Cipreste 1.00 € II série nº 17 Mensal 27 de Maio de 2011 Director: Rui Miranda Fundado em 1997 Raquel Mourão| Ideias & debate P5 ORÇAMENTOS GRÁTIS Tel.: 278 421 236 Restaurante * Residencial Avenida almoços jantares casamentos batizados festas Av. D. Nuno Álvares Pereira Macedo de Cavaleiros quartos equipados: aquecimento central ar condicionado - wc privativo - televisão Não há de facto em quem votar. Sob o meu olhar distraído a classe política tornou-se supérflua e inútil, incapaz de dar rumo ou avançar. Qual longo casamento em que a falta de interesse do casal leva a desleixo estético e íntimo, também os políticos perderam interesse no país. Deixaram de fazer a depilação, e deixaram-se engordar. Pior, deixaram, por falta de carinho, o país feio, desinteressante, sem valor. Feira de S. Pe- dro tem cartaz é dos mais caros dos últimos anos |Macedo P8 Funcionário dos CTT foi assalta- do, roubaram-lhe 15.500 euros |Macedo P8 Destaque |P 2 e 3 Menos de três meses depois de José Carlos Dias ter tomado posse como pre- sidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Macedo, os Bombeiros mudam-se para o novo quartel. Tal como tinha prometido. Quase três anos depois de concluído o edifício vai servir o pro- pósito com que foi construído: albergar a corporação de bombeiros de Macedo de Cavaleiros. Bombeiros já estão no novo quartel Alunos de Macedo vencem concurso de empreendedorismo Fazer sabão com sabor a azeitona e perfumado com ervas aromáti- cas foi a ideia vencedora da Feira Ilimitada que decorreu em Vila Real, da iniciativa Educação para o Em- preendedorismo, organizada pela Junior Achievement Portugal (JAP) com o apoio da EDP. Ultima |
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| Cipreste | 27 de Maio de 2011 | 1

Cipreste1.00 €II série nº 17 Mensal27 de Maio de 2011Director: Rui MirandaFundado em 1997

Raquel Mourão| Ideias & debate P5

ORÇAMENTOS GRÁTIS

Tel.: 278 421 236

Restaurante * Residencial

Avenida almoçosjantares

casamentosbatizados

festasAv. D. Nuno Álvares PereiraMacedo de Cavaleiros

quartos equipados: aquecimento centralar condicionado - wc privativo - televisão

Não há de facto em quem votar. Sob o meu olhar distraído a classe política tornou-se supérflua e inútil, incapaz de dar rumo ou avançar. Qual longo casamento em que a falta de interesse do casal leva a desleixo estético e íntimo, também os políticos perderam interesse no país. Deixaram de fazer a depilação, e deixaram-se engordar. Pior, deixaram, por falta de carinho, o país feio, desinteressante, sem valor.

Feira de S. Pe-dro tem cartaz é dos mais caros dos últimos anos

|Macedo P8

Funcionário dos CTT foi assalta-do, roubaram-lhe 15.500 euros

|Macedo P8

Destaque |P 2 e 3

Menos de três meses depois de José Carlos Dias ter tomado posse como pre-sidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Macedo, os Bombeiros mudam-se para o novo quartel. Tal como

tinha prometido. Quase três anos depois de concluído o edifício vai servir o pro-pósito com que foi construído: albergar a corporação de bombeiros de Macedo de Cavaleiros.

Bombeiros já estão no novo quartel

Alunos de Macedo vencem concurso de empreendedorismoFazer sabão com sabor a azeitona

e perfumado com ervas aromáti-

cas foi a ideia vencedora da Feira

Ilimitada que decorreu em Vila Real,

da iniciativa Educação para o Em-

preendedorismo, organizada pela

Junior Achievement Portugal (JAP)

com o apoio da EDP. Ultima |

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Os bombeiros es-tão no novo quar-tel desde o dia 13 de Maio.

A mudança tão esperada pela população de Macedo de Cavaleiros aconteceu finalmen-te passado mais de um ano de-pois de lá ter sido colocada o le-treiro “Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros”.

O que parece ter mudado para que isso fosse possível pa-rece ter sido a direcção da As-sociação dos Bombeiros de Ma-cedo, agora presidida por José Carlos Dias.

Bem como a posição dos próprios bombeiros perante o novo quartel.

José Carlos Dias tinha pro-metido aquando da sua eleição, que os bombeiros iriam para o novo quartel no prazo de três meses. Antes de finalizar esse período os bombeiros fizeram a mudança.

Para que a mudança fosse possível foi necessário fazer algumas obras. E, ao que o Ci-preste apurou, estabelecer al-guns compromissos.

Condições ideais

Os bombeiros vinham-se queixando que o quartel não tinha condições para albergar condignamente a corporação, nomeadamente no plano das acomodações. As camaratas e vestiários não foram dimensio-nados para uma corporação com

tantos efectivos (120 homens 36 mulheres) e para as necessida-des reais de hoje. Estão actual-mente mais de vinte pessoas a dormir na mesma camarata.

A actual direcção terá assu-mido as limitações das instala-ções e ter-se-á comprometido a

diligenciar, por um lado as obras necessárias à mudança imedia-ta, por outro lado à criação, de futuro, das condições que os bombeiros reivindicam.

Esta posição da actual direc-ção terá sido o ponto de partida para a mudança que acabou por

se verificar no dia 13 de Maio.Como já se tinha verificado

no passado, os bombeiros reu-niram-se e votaram sobre a mu-dança de instalações. Se ante-riormente tinham votado em não mudar enquanto não tivessem condições, desta vez votaram

O quartel é dos Bombeiros Volu ntários de Macedo de Cavaleiros

11.000 euros

A secção desportiva dos Bombeiros Voluntários

de Macedo de Cavaleiros cum-priu o propósito porque tem lutado há quatro anos, de con-tribuir para o equipamento das instalações dos bombeiros, do-tando a infra-estrutura de con-dições para os bombeiros.

A secção dirigida por Ró-mulo Pinto, conseguiu, atra-vés das acções que tem dina-mizado, (convívios, torneios, fóruns… ) angariar a quantia total de 11.000 euros, sen-do que 2.400 foram angaria-dos pela anterior direcção. O propósito da angariação era

ser investido em condições e equipamentos para benefício dos bombeiros no novo quar-tel. Com a mudança para as novas instalações surgiu a oportunidade para concretizar o propósito.

O dinheiro será investido em três espaços. No ginásio, na sala de convívio ou sala do bombeiro e na sala de jogos.

Para o ginásio a secção desportiva irá instalar as má-quinas, máquinas que segun-do Rómulo Pinto já estão ad-quiridas e apenas esperam a conclusão de pequenas obras para poderem ser instaladas.

Na sala de convívio a sec-ção desportiva adquiriu o mobi-liário, equipamentos audiovisu-ais e computadores. Ainda não há internet para poder usufruir de todos estes equipamentos mas segundo Rómulo Pinto será uma questão de dias.

Para a sala de jogos, e para além dos equipamentos já existentes mas que foram reparados, como a mesa de bilhar e de matraquilhos, foram adquiridos também uma mesa de ping-pong, uma Playsta-tion, e uma máquina para jogo se setas, esta máquina em re-gime de concessão.

Secção desportiva instala equipamentos

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pela mudança. Dando um voto de confiança à nova direcção. E a mudança aconteceu.

No dia 13 de Maio mudou de quartel toda a parte operacional do corpo de bombeiros, central telefónica, serviços de apoio administrativo, camaratas, bar e central de viaturas.

Esta mudança foi operacio-nal e não oficial, mas o quartel deverá ser oficialmente inaugu-rado num futuro próximo.

O futuro das antigas instalações

Com a mudança o antigo quartel na rua Alexandre Hercu-lano fica desactivado, à seme-lhança do edifício contíguo. Para

decidir sobre o futuro destas instalações irá decorrer uma As-sembleia Geral da Associação, onde será auscultada a opinião dos associados.

Os edifícios representam um valioso património numa das ar-térias mais movimentadas da ci-dade de Macedo de Cavaleiros.

Equipa de intervenção permanente

Macedo de Cavaleiros conti-nua a ser o único concelho da região que não tem uma Equi-pa de Intervenção Permanente. Trata-se de uma equipa de cin-co elementos que teriam como finalidade estar disponíveis para actuar em caso de emergência,

dando resposta imediata a situa-ções de incêndios e acidentes.

Estas equipas corresponde-riam a uma profissionalização da intervenção de emergência. Seriam constituídas por elemen-tos que garantissem um socorro e intervenção com padrões de qualidade. No actual cenário o socorro prestado depende da disponibilidade dos elementos voluntários.

As equipas são formadas por um chefe de equipa, recru-tado na estrutura de comando, de entre oficiais bombeiros ou de entre chefias existentes no quadro activo do corpo de bom-beiros e por quatro bombeiros, devendo dois deles possuir car-ta de condução que o habilite a

conduzir veículos pesados, re-munerados. Esta remuneração deverá ser suportada em partes iguais pela Associação Nacional de Protecção Civil, ANPC e pela câmara municipal. A autarquia de Macedo não quis, até ao mo-mento assumir a constituição da

Equipa de Intervenção Perma-nente no concelho de Macedo.

Tentamos recolher informa-ções de José Carlos Dias mas o presidente da Associação dos Bombeiros de Macedo recusou prestar declarações ao Cipreste.

O quartel é dos Bombeiros Volu ntários de Macedo de Cavaleiros

JORNAL CIPRESTE N.º 1701 de Junho de 2011

CARTÓRIO NOTARIALda Notária Lic.

Ana Maria Gomes dos Santos ReisAlameda. N.ª Sr.a de Fátima nº 8 em

Macedo de Cavaleiros,

Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada neste Cartó-rio Notarial no dia um de Junho de dois mil e onze, no livro de notas duzentos e um traço A com início a folhas setenta e três FERNANDO DOS ANJOS SEIXAS, (N.I.F. 162 403 941) e mulher MARSILIA AUGUSTA FARRAGATÃO, (N.I.F. 162 982 259), casados sob o regime da co-munhão de adquiridos, naturais, ele, da freguesia de Carvalhais, concelho de Mi-randela, ela, da freguesia de Abambres, concelho de Mirandela, residentes na Rua do Moncalvo, número 94, em Con-tins, Carvalhais, declararam que com ex-clusão de outrem são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio

Prédio rústico composto de terra para centeio, com a área de quatro mil, sete-centos e cinquenta metros quadrados, sito no lugar de “Figueira Branca”, fre-guesia de Carvalhais, concelho de Mi-randela, inscrito na matriz sob o artigo 118, com o valor patrimonial de 8,38 €, a que atribuem igual valor, a confrontar de norte com Manuel Maria dos Santos, de sul com Casa Agrícola Cudell, de

nascente com João Inácio Mazeda, e de poente com Maria Azevedo Barroso, omisso na Conservatória do Registo Pre-dial de Mirandela.

O referido prédio veio à posse e domí-nio dos justificantes, já no estado de ca-sados, por compra verbal a Maria Teresa Cabral, viúva, já falecida, residente que foi em Contins, Carvalhais, Mirandela, aquisição que ocorreu por volta do ano de mil novecentos e setenta e quatro, não tendo sido formalizada por docu-mento autêntico a referida aquisição.

Que desde então, portanto há mais de vinte anos, têm possuído o referido prédio, em nome próprio, retirando as utilidades pelo mesmo proporcionadas, cultivando-o e colhendo os seus cere-ais, com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o de boa-fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém.

Que dadas as características de tal posse, os justificantes adquiriram o pré-dio referido por usucapião, título esse que pela sua natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios extraju-diciais normais.

Está conforme o original. Macedo de Cavaleiros; um de Junho

de dois mil e onze. A NotáriaAna Maria Gomes dos Santos Reis

Bombeiros em números

Bombeiros voluntários – 156120 homens36 mulheres

1 Equipa cinotécnica

Embarcações – 2 botesMergulhadores – 24

Viaturas:Ambulâncias de socorro – 2Ambulâncias de transpor-te de doentes – 11

Veículos de combate aincêndio – 5 (1 ligeiro)Veículos de apoio – 7 (2 ligeiros)

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Ideias & debateEDITORIAL

CipresteDirector: Rui Miranda Redacção: Paulo Nunes dos Santos; Hugo AnesColaboraram nesta edição: Virginia do Carmo, Raquel Mourão; Ilustração: Fiachra LennonPaginação: Edições Imaginarium, Lda.Publicidade: Eduardo BreaImpressão: Casa de Trabalho - Bragança; Tiragem: 1.000 ex.Sede: Edificio Translande Loja, 49 Apartado 82 - 5340 219 Macedo de cavaleiros Telf. /Fax 278 431 421e-mail: [email protected] Internet: www.jornalcipreste.comPropriedade e editor: Rui Jorge Miranda da Silva; Macedo de CavaleirosRegistado no ICS com o n.º 125688

Foram as contas da dívida pública que moti-varam este editorial, principalmente o facto de nos últimos 35 anos a dívida pública ter aumentado sempre. Sempre. Independen-

temente do Governo, independentemente do FMI, a dívida cresceu sempre e tivemos Governos de muitos partidos, PS, PSD, CDS, PCP.O caso é serio. Eis que me chegou um texto que espelha o que que-ria transmitir, tivesse eu arte e engenho. Mas como o leitor não tem culpa das limitações do homem da pena, não pode este privar os seus leitores de tão acertada e leve ferroada.

A culpa é do pólen dos pinheiros,dos juízes, padres e mineiros,dos turistas que vagueiam nas ruas,das strippers que nunca se põem nuas,da encefalopatia espongiforme bovina,do Júlio de Matos do João e da Catarina..A culpa é dos frangos que tem HN1e dos pobres que já não têm nenhum.A culpa é das p.... que não pagam impostos,que deviam ser pagos também pelos mortos.A culpa é dos reformados e desempregados,cambada de malandros feios, excomungados.A culpa é dos que têm uma vida sãe da ociosa Eva que comeu a maçã.A culpa é do Eusébio que já não joga a bolae daqueles que não batem bem da tola.A culpa é dos putos da Casa Pia,que mentem de noite e de dia.A culpa é dos traidores que emigrame dos patriotas que ficam e mendigam.A culpa é do Partido Social Democratae de todos aqueles que usam gravata.A culpa é do BE, do CDS e do PCPe dos que não querem o TGV.A culpa até pode ser do urso que hiberna,mas não será nunca de quem governa!

Agradeço ao seu incógnito autor.Rui Miranda

Parece, de facto, haver um denominador comum no estado de espírito de quem voluntaria-mente quebra os laços com a existência: o sentimento de não pertencer à dimensão física em que todos nos movemos. A sensação de descontextualização. A impressão da impossibilidade de sobrevivência no plano social. No plano das relações sociais que intercepta, inevitavelmente, o plano dos afectos.

Da sobrevivência e da morte Virginia do Carmon

Ouvira em tempos dizer que aquele veneno incolor, transparente como a paz, de que na verdade nunca aprenderia o nome, adormecia a dor. E cansada de se doer, a mu-lher desesperada (ou demasiado lúcida), bebeu os primeiros tragos. Percebeu, então, que há venenos que nos matam de uma tal forma que quase nos permi-tem querer viver. E nunca mais parou. Quando tudo doía demais, bebia. Quando já tinha saudades do dese-nho de uma garga-lhada articulando-se-lhe no rosto, bebia. Sempre que tudo se assumia insuportavelmente real, bebia. E assim adormecia do can-saço do desespero. E da lucidez

Virginia do Carmo

Faz por estes dias um ano que Zul-mira se suicidou. Zulmira, a mulher

do sapateiro, como era conhe-cida na terra. Um suicídio in-feliz (serão todos os suicídios infelizes?). Muito mais infeliz porque a mulher, falecida pela força do desespero (ou da lucidez?), deixou três filhos menores. O pior de uma mor-te precoce é sempre os filhos que se deixam. E o grito que se lhes deixa nos olhos, para sempre.

Diz-se na terra daquela mulher desesperada (ou de-masiado lúcida?) que foi mui-to maltratada pelo seu marido desde os tempos de namoro. A violência ter-se-á intensificado ao longo da vida conjugal. Os três filhos nasceram entretan-to, nos intervalos fugazes da tortura.

Um dia Zulmira, desespe-rada, descobriu uma garrafa de vodka. Ouvira em tempos dizer que aquele veneno in-color, transparente como a paz, de que na verdade nunca aprenderia o nome, adormecia a dor. E cansada de se doer, a mulher desesperada (ou demasiado lúcida), bebeu os primeiros tragos. Percebeu, então, que há venenos que nos matam de uma tal forma que quase nos permitem que-rer viver. E nunca mais parou. Quando tudo doía demais, be-bia. Quando já tinha saudades do desenho de uma gargalha-da articulando-se-lhe no rosto, bebia. Sempre que tudo se as-sumia insuportavelmente real, bebia. E assim adormecia do cansaço do desespero. E da lucidez.

Em 1897 o sociólogo fran-cês Émile Durkheim veio mexer nas teorias que confirmavam o suicídio como um acto me-ramente individual, e defender

que, afinal, havia muito mais de social na sua origem. Num estudo que viria a tornar-se uma obra de referência na his-tória da sociologia, “O Suicídio”, Durkheim defende, entre outros postulados, que este acto pode resultar de “vínculos sociais fra-cos”.

Desviando os olhos da sua obra, e trazendo, suspenso pe-las frágeis gavinhas da compre-ensão, este fragmento da sua teoria, é-nos difícil imaginar e desenhar contextos que sirvam a todas as realidades concre-tas que conhecemos. Mas tudo faz sentido se atendermos à complexidade de tudo o que é tocado pelo comportamento hu-mano. E parece, de facto, ha-ver um denominador comum no estado de espírito de quem vo-luntariamente quebra os laços com a existência: o sentimento de não pertencer à dimensão física em que todos nos move-mos. A sensação de descontex-tualização. A impressão da im-possibilidade de sobrevivência no plano social. No plano das relações sociais que intercep-ta, inevitavelmente, o plano dos afectos.

E em todos os casos, se atentarmos bem, percebemos que o acto último foi precedido de várias estratégias de luta que adiaram a desistência. Muitos beberam. Outros en-veredaram por dependências piores. Incluindo a emocional. Houve os que se isolaram como se o afastamento do mundo diminuísse o seu peso. Outros abdicaram da sua luci-dez extrema e enlouqueceram. Mas em todas estas situações o preço a pagar pela sobrevi-vência é a degradação. E mais tarde ou mais cedo, o ponto de não retorno acontece. E a mor-te assume-se mesmo como a única saída para uma vida sem sentido. l

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Pois é, aproxima-se mais uma eleição legislativa, e dou por mim num au-

têntico vácuo mental, incapaz de me inclinar para a esquerda ou direita, sem saber nem em quem, nem em quê votar.

Espanta-me esta súbita indecisão, e preocupa-me. Nunca fui uma pessoa com dificuldade em tomar posição ou defender um ideal, nem em apoiar uma decisão ou legisla-ção governamental, e parece que fui me esquivando cada vez mais da política sem dar por isso.

Gostava que se tratasse de uma crise ideológica de meia idade. Quem me dera poder di-zer que esta crise de voto era minha e só minha, produto das mudanças bruscas e drásticas que a minha vida sofreu nos últimos anos, com a chegada dos meus filhos e de toda a responsabilidade e mudança que as necessidades deles in-cutiram em mim, mas tal não é o caso. Ou talvez afirmar que se trata daquele fenómeno que algumas mulheres descrevem, de ficar meio patarata e sem memória durante e após uma gravidez, mas tal também não

se aplica. Até aceitava uma súbita necessidade de aderir à Anarquia, de romper com este sistema partidário e democráti-co. Mas não, as minhas ideias continuam situadas da mesma forma.

Então se não fiquei tonta de repente, nem sofri qualquer mutação ideológica, porque é que não me apetece sequer ir votar? Porque é que ando a ponderar engordar as fileiras de eleitores absentistas, dis-postos a ignorar a eleição do governo, do grupo de pesso-as que irá decidir quanto pa-gamos e recebemos, a nossa saúde e educação, a cultura, o desporto, as leis, e até as es-tradas que percorremos? Por-que é que só me ocorre votar em branco?

Após longa meditação sobre o tema, cheguei a uma resposta que encaixou na prefeição: é o vazio eleitoral.

Não há de facto em quem votar. Sob o meu olhar distraído a classe política tornou-se su-pérflua e inútil, incapaz de dar rumo ou avançar. Qual longo casamento em que a falta de interesse do casal leva a deslei-xo estético e íntimo, também os políticos perderam interesse no

país. Deixaram de fazer a depi-lação, e deixaram-se engordar. Pior, deixaram, por falta de cari-nho, o país feio, desinteressan-te, sem valor.

Senão vejamos o estado do nosso país. Esqueçamos por momentos as agências de rating, que valem o que valem, e façamos uma auto avaliação honesta. Portugal está em ru-ínas, não é preciso vir um en-gravatado qualquer apontar o dedo. Nós, portugueses, conse-guimos observar o fenómeno.

E é mau, muito mau. As pescas e agricultura

estão em migalhas, cada vez mais pequenas, subaprovei-tadas, deixadas ao abandono. O ensino é um desastre, os nossos alunos não sabem a tabuada, não sabem ler, não estudam, não desenvolvem o gosto por nada. A indústria desmorona-se a um ritmo as-sustador. Já pouco produzi-mos, nem os têxteis nos sal-vam já. A saúde caminha para a banca rota e não tarda nada teremos que entrar no hospi-tal com cartão de seguro, ou pedir empréstimo bancário para tratar um filho doente. Metade do país seca, qual deserto, cada vez com me-

nos gente numa debandada geral em direcção ao litoral, em busca de salvação. As ar-tes estão em vias de extinção, pouco se faz, pouco se tenta fazer. O desporto reduziu-se a futebol e ao triste espectá-culo que dele fazem.

Perante isto, só me apetece perguntar, afinal de que adianta continuar a fazer empréstimos, se a crise é muito pior que uma crise financeira? Por muito di-nheiro que o FMI empreste, seja a que juro for, e que o con-tribuinte pague, seja a que im-posto for, o problema continua a estar na governação.

O governo, este, o ante-rior, e há muitas gerações, não presta.

E acho que no fundo me apetece revoltar, contestar, ber-rar e dizer não. Não dou o meu voto a essas criaturas nos seu joguinhos de poder, nem aos que culpam quem governa, es-quecendo-se que são o espelho dos que opõem.

Portanto a oposição, esta, a anterior, e há muitas gerações, não presta.

É neste dilema que me encontro, sem fim à vista. E o branco, cada vez mais, me pa-rece a única solução.l

Nestas alturas de eleições a conver-sa sempre

descentra, um pouco, da futilidade das telenovelas e da banalidade da vida dos vulgos famosos. Ao futebol junta-se a política, como tema para discus-sões (em todas as acep-ções da palavra excepto a jurídica), sempre com o típico comentário censor, “são todos iguais, sai de lá um do PS, vai para lá ou-tro do PSD, igual a ele ou ainda pior!”; é o chamado pingue-pongue rosa/la-ranja que dura há mais de trinta anos e onde o per-dedor é sempre o povo.

Porém, este mesmo cen-sor que mete no mesmo saco, socialistas e social-democratas é, também, o primeiro a desculpar-se e a desculpar a situação, afirmando que se não for um tem de ser outro, como se em Portugal houves-sem apenas duas opções de voto, dois únicos par-tidos políticos e nenhuma solução.

Ele há cousas que contadas não se acredi-tam e que mesmo quan-do vistas se crêem ainda mentira mas, infelizmente, são verdade. Neste país, por desleixo, preguiça, pura ignorância e ver-gonhosamente erros de

“burocracia informática”, cinquenta por cento da sua população alheou-se das últimas eleições pre-sidenciais; acusam-se PS e PSD da situação débil do país, mas a solução de mudança dos censores, é voltar a votar nos mesmos; menospreza-se a varieda-de dos partidos ditos mais pequenos, ignorando-se a sua existência, as ideias e ideais, afirmando-se que a falta de experiência políti-ca e governativa os invia-biliza como solução. E que soluções nos apresentam PS e PSD? Diz o povo que ninguém nasce ensinado e diz o ditado que com os erros se aprende, não

que se passam trinta anos a errar reiteradamente e sem aprender.

E não puxo a brasa à minha sardinha, não peço o voto no B.E. nem afir-mo o bloco como o voto alternativo numa esquer-da de confiança, o que peço é tão simplesmente que, duma vez por todas, em Portugal se abram os olhos e se ganhe a cons-ciência que votar sempre nos mesmos dando-lhes a hegemonia alternada das (más) decisões, só pode ser mudado por todos nós e se todos nós, finalmen-te, decidirmos fazer parte da solução e não sermos o alvo do problema. l

Menos do mesmo e mais do menosRogério Paulo Martinsn

Ele há cousas que contadas

não se acreditam e que mes-

mo quando vistas se crêem

ainda mentira mas, infeliz-

mente, são verdade. Neste

país, por desleixo, preguiça,

pura ignorância e vergonho-

samente erros de “burocra-

cia informática”, cinquenta

por cento da sua população

alheou-se das últimas eleições

presidenciais;

Vazio Eleitoral

O governo, este, o

anterior, e há mui-

tas gerações, não

presta.

(...)

A oposição, esta, a

anterior, e há mui-

tas gerações, não

presta.

Raquel Mourãon

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Macedo

AlheiraLinguiças

PostaRodeão

LeitãoBacalhau

Pudim de Castanha

Restaurante Moagem

João do Padre

PodenceMacedo de CavaleirosTelf. 278431002 / 968726158 www.quintadamoagem.com

Publicação de Justificações Notariais

278 422 511

Edifício Translande loja 49

Macedo de Cavaleiros

A crise não passa pela Feira S Pedro. Quem olha para o cartaz de espectá-

culos da edição de 2011 da Fei-ra S Pedro vê um dos cartazes mais caros dos últimos anos com nomes como Tony Carrei-ra, Mickael Carreira, Edna Pi-menta, Camané, Irmãos verda-des, entre outros, apesar deste cartaz, o orçamento da Feira diminuiu em relação ao ano an-terior, que já havia sofrido uma redução de 25.000 euros em re-lação ao ano anterior. Segundo António Cunha presidente da Associação Comercial e Indus-trial de Macedo de Cavaleiros, e coordenador do evento, tal só foi possível graças à participa-ção do Continente, um trunfo da ACIMC, já que Macedo não tem Continente, mas foi feita uma parceria com o estabele-cimento de Bragança. A contra-partida pelo apoio que permitiu que a Feira de S. Pedro tivesse um espectáculo que custa mais de 50.000 euros é a cedência de 1000 entradas e a disponi-bilização de dois autocarros que cobrirão o percurso entre o Continente de Bragança, antigo Modelo, e a Feira de S. Pedro, em Macedo de Cavaleiros.

Uma vez que o cartaz con-tinua a ser um dos mais fortes da região, as alterações da XXVIII edição da Feira S Pe-dro são mais visíveis ao nível da organização do espaço de exposição com a instalação de um pavilhão dedicado ao turismo na área onde costu-mavam estar as alfaias agrí-colas e maquinaria pesada.

Estes equipamentos passa-ram a ocupar o espaço que tradicionalmente era ocupado pelos automóveis. O sector automóvel é o que teve maior quebra. Segundo o coordena-dor da feira, esta quebra de-ve-se, por um lado, às dificul-dades do sector que é muito sensível às condicionantes do mercado e à conjectura eco-nómica, por outro ao facto de haver um monopólio cada vez maior na região, em que uma empresa é detentora da repre-sentação de 13 marcas, pelo que se essa empresa não está presente tem um impacto mui-to grande no sector. Quanto à maquinaria agrícola e pesada,

António Cunha afirmou à nos-sa reportagem que há a par-ticipação de mais uma marca em relação ao ano anterior.

O Pavilhão do Turismo Re-gional do Norte com uma área de cerca de 1000 metros qua-drados terá empresas e insti-tuições ligadas ao turismo, um pouco à semelhança do que já acontece com a Feira da Caça e Turismo.

Outra das alterações com o espaço de exposição da Feira de S Pedro, prende-se com a disposição dos expositores na Nave I. Ao contrário dos tradi-cionais corredores de exposito-res, este ano estarão agrupados em ilhas de 6 m x 6 m, o que

faz com que todos os exposito-res tenham, pelo menos, duas frentes. Segundo o coordena-dor da Feira, esta alteração visa melhorar as condições de exposição das empresas que apostam na Feira de S. Pedro para a divulgação dos seus pro-dutos e serviços.

Misses e karaoke

A beleza também vai marcar presença na Feira de S Pedro, no dia 30, quinta-feira, Mace-do será palco da final distrital da Miss Mundo Portugal 2011. O concurso que irá escolher a representante portuguesa do concurso Miss Mundo, terá a

final distrital de Bragança em Macedo de Cavaleiros. As par-ticipantes deste concurso terão que ter ultrapassado os concur-sos concelhios. As vendedoras das fazes distritais irão parti-cipar em semi-finais regionais (norte, centro e sul) onde serão apuradas as concorrentes à fi-nal nacional.

No mesmo dia haverá um concurso nacional de karaoke. Os prémios para os melhores cantores são aliciantes: 1000.00 euros, 500.00 euros e 250.00 euros para os três melhores. As inscrições para este concurso podem ser realizadas no sítio: www.feiraspedro.com ou www.estudiosluisneves.com.

XXVIII edição da Feira S Pedro

Feira S Pedro sem crise

Praias com bandeira azulAs duas praias fluviais de Macedo de Cavaleiros, da barragem do Azibo, conseguiram novamente a atribuição da Bandeira Azul da Europa. É a oitava vez que a praia da Fraga da Pregada obtém classificação máxima, e a segunda vez para a praia da Ribeira.A época balnear de 2010 contou com mais de 150.000 visitantes, e espera-se que este ano supere essa marca, dada a crescente popularidade de Praia da Ribeira, cujo relvado e maior tamanho tende a atrair mais visitantes.

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Cinquenta metros separam a Cai-xa Geral de Depósitos dos CTT,

em Macedo de Cavaleiros. Cinquenta metros foi distância suficiente para que um funcionário dos CTT fosse assaltado no percurso entre a instituição bancária e o local de trabalho. Eram 9 horas da manhã do dia 9 de Maio.

O percurso e o procedimento eram o normal, o funcionário dos CTT tinha le-vantado dinheiro para a instituição onde trabalha, transportava o dinheiro, 15.500 euros, numa mala. No pequeno percur-so foi abalroado por um indivíduo e outro pegou na mala tendo-se posto em fuga de imediato.

Os assaltantes terão fugido em dois veículos em sentidos diferentes. A GNR acorreu de imediato e conse-guiu deter um veículo, no IP2 quando

se dirigia para o IP4, neste veículo seguiam dois indivíduos. O outro veí-culo foi abandonado em Vale das fon-tes, perto de Rebordelo, concelho de Vinhais. Onde viria a ser capturado mais um individuo implicado no as-salto.

Dos três indivíduos capturados ne-nhum era de Macedo de Cavaleiros, mas todos eram da região, com idades compreendidas entre os 38 e 47 anos e dois deles tinham cadastro.

Dos 15.500 euros roubados foram recuperados 5.000.00 euros.

O processo encontra-se em fase de investigação por parte das forças da GNR, que não adianta o numero de as-saltantes envolvidos no caso mas tudo indica que terão sido pelo menos quatro indivíduos.

O Núcleo da Liga dos Comba-tentes de Macedo de Cavalei-

ros já tem inauguração agendada para o próximo mês de Junho. Após sete anos de espera e seis meses de trâmi-tes, os ex-combatentes que contavam nesta cidade apenas com uma delega-ção pertencente ao núcleo de Bragan-ça, verão finalmente nascer uma sede no Mercado Municipal de Macedo de Cavaleiros, com presidência de Antó-nio Batista.

A criação deste núcleo foi impul-sionada por Bragança, mas estava de-pendente da vida profissional do seu presidente, que tudo fez para realizar este sonho antigo. Após a inaugura-ção, impõe-se angariar sócios tendo a Comissão Administrativa estabele-cido como meta angariar 100 sócios até ao final do Verão, 200 até ao fi-

nal do ano e 400 até ao final de 2012, proporcionando ao Núcleo autonomia financeira.

O Núcleo estará aberto a toda a comunidade, mas o principal objectivo é apoiar os ex – combatentes que fre-quentemente se sentem abandonados, sozinhos e com histórias para partilhar que só serão entendidas por quem pas-sou pelo mesmo.

António Batista crê na realização do seu sonho e na concretização dos objec-tivos do núcleo, que depende também da dinamização dos próprios sócios, que pode ser qualquer um, e estão di-vididos em várias categorias, sobretudo três: combatentes, militares e apoiantes. O apoiante é o civil, será um género de benemérito que, em função dos estatu-tos da Liga, tem os mesmos direitos que os outros sócios.

Durante aproximadamente quin-ze dias o telefone do tribunal de

Macedo de Cavaleiros, esteve interdito a chamadas. Possivelmente devido à cri-se que se instala um pouco por todo o país, as facturas telefónicas não recebe-ram ordem de pagamento, à semelhan-ça do que se passa noutros tribunais do distrito de Bragança, mas estas já terão sido regularizadas pela Direcção-Geral da Administração da Justiça.

Avaria técnica foi então o motivo dado pela secretaria judicial para justifi-car o facto de conseguirem receber cha-madas mas não efectuá-las, facto que deixa algumas dúvidas quanto à nature-za da avaria. Foram chamados ao local dois técnicos do ITIJ, Instituto das Tec-

nologias de Informação na tentativa de repor as ligações telefónicas e, garante a secretaria judicial, a comunicação foi restabelecida.

Esta situação não apanhou de sur-presa os funcionários judiciais que já passaram por uma situação semelhante de corte telefónico, chegando inclusive a chamar testemunhas a casa ou ao tra-balho a pé ou com ajuda dos meios da GNR para irem depor a tribunal, o que causa alguns constrangimentos ao nor-mal funcionamento do tribunal.

A PT foi descartada de responsabili-dades, ficando sem saber afinal se foi a falta de pagamento ou avaria técnica, o responsável por mais um atraso na jus-tiça.

Assalto

15.500 roubados a funcionário dos CTT

Atraso no pagamento (e) ou avaria

Tribunal esteve sem telefone

Macedo vai ter núcleo autónomo de Bragança

Núcleo macedense da Liga dos Combatentes

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Desporto

2ª D

ivis

ão Z

ona

Nor

te

Classificação1 U. Madeira 672 Tirsense 553 Chaves 514 Fafe 465 Lousada 466 Maritimo B 447 Vizela 438 Macedo 439 Camacha 41

10 AD Oliveirense 4111 Merelinense 4012 Ribeirão 3913 Caniçal 3314 CF Andorinha 2815 Bragança 1816 Pontassolense 15

ClassificaçõesClassificação

1 Torre Moncorvo 632 Morais FC 613 Argozelo 424 Vinhais 415 Alfandeguense 386 Águia Vimioso 297 Mirandês 268 Talhas 219 CCR Lamas 18

10 Sendim 1811 Rebordelo 1812 Caeção 5D

istr

ital

AF

Brag

ança

* O Futsal Clube de Mondim de Basto desistiu da competição

Classificação1 CCDAT EPB 512 Piratas de Crixomil 513 Macedense 504 Desportivo das Aves 495 Fundação MC 466 Paredes 407 Contacto 378 Gualtar 379 Valpaços Futsal 32

10 Carrazeda de Ansiães 2711 CF Nogueirense 1612 Ambos os Rios 913 Amigos De Cerva 33ª

Div

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Sér

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Fut

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3ª D

ivis

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SubidaClassificação (9ª Jornada)1 Mirandela 412 Limianos 333 Vianense 324 Esposende 275 Fão 256 Melgacense 24

ManuntençãoClassificação (9ª Jornada)1 Maria da Fonte 282 Vieira 283 FC Amares 274 Santa Maria 275 Caç. Taipas 246 Valenciano 6

Um golo separou o Macedense do so-nho de voltar à se-

gunda divisão de futsal. Não um golo do macedense mas um golo do Valpaços, ou aquele golo que a trinta segundos do fim o EPB marcou ao Valpaços. O macedense não dependeu dele. Não no último jogo. De-pendeu dele nos jogos anterio-res, em Guimarães onde empa-tou a zero com o Piratas, ou em casa onde perdeu por 7-3 com o Fundação, ou em Cabeceiras de Basto que perdeu por 6-3 com o Contacto. Tudo em Abril. Abril Negro. Abril de quatro pon-tos apenas, em doze.

Quando o Macedense partiu para o último jogo, jogava em dois campos, no Pavilhão Muni-cipal onde defrontou o Paredes e em Valpaços onde o EPB jo-gava para ser campeão.

No pavilhão municipal o jogo foi nervoso mas a equipa

da casa soube ser superior, o Paredes lutou sempre mas o Macedense mostrou superio-ridade técnica e determinação em momentos chave para se-gurar um resultado que podia manter o sonho. Até porque o Valpaços esteve a ganhar ao rival Macedense. Quando o Paredes marcou o quarto golo ao Macedense o pavilhão foi ao rubro a festejar o golo do Val-paços, 5-4 a favor da casa e o Macedense com uma vantagem segura de dois golos, que ainda haveria de dilatar.

Quando o cronómetro ditou o fim do jogo o Macedense ga-nhava por 7-4. Os olhos volta-ram-se então para o homem da rádio, que seguia o jogo em Val-paços. A equipa da casa ganha-va por 5-4 e faltava pouco mais de um minuto. Mas sabemos como podem ser compridos os minutos de futsal. E dolorosos. O jogo foi interrompido várias

vezes e o público em Macedo aguardava no pavilhão com a ansiedade de fazer a festa da subida. A subida que há um mês parecia tão incontestável que se chegava a falar em es-colher entre o primeiro ou o se-gundo lugar. Entre o acesso à disputa pelo campeão absoluto da III divisão, ou ficar por aqui, a preparar a segunda.

Mas o jogo ainda não ter-minava. São longos alguns mi-nutos no futsal. E penosos. Do homem da rádio veio a notícia: o EPB marcava a segundos do fim, 5-6 para o EPB. Os ânimos quebraram no pavilhão do ma-cedense. Em Valpaços o jogo estava parado. Que penosos são alguns longos minutos no futsal. Lá veio a confirmação: o EPB é o campeão da serie A da III divisão de futsal. O ma-cedense tem menos um ponto, fica na terceira posição, para o ano mantém-se na III.

Mês de Abril deixou fugir subida que parecia garantida

Macedense morreu na praia

O Clube de Caça e Pesca de Macedo de Cavalei-

ros festejou o seu 31º aniversá-rio, em Nogueirinha, rodeado de amigos e associados. Foi em clima de festa que se reali-zou esta comemoração na sede do clube, que iniciou os feste-jos com uma missa seguida de almoço e uma tarde animada de confraternização encerrada com uma sardinhada. A fes-ta contou com cerca de 500

convidados entre direcção e associados e teve lugar no iní-cio de Maio, como vem sendo costume. A direcção encarrega-se da comida e do serviço e os associados contribuem com as sobremesas e o vinho, para que se consiga manter a tradi-ção que vai continuar pelo me-nos por mais 2 anos, prazo do mandato do posto que António Oliveira mantém há mais de 12 anos.

Morais falha promoçãoO Morais FC fez uma temporada memorável: apenas um

empate e uma derrota. Mas não foi suficiente para superar o Moncorvo, que teve apenas uma derrota, em Morais.

A equipa de Morais falha a subida mas prova que é uma equipa com muito para dar.

Atlético de Macedo cumpre objectivosO Macedo manteve-se na segunda divisão. Tranquilamen-te, chegando a estar nos lugares da frente, proporcionou momentos de bom futebol aos adeptos que optaram por passar a tarde de domingo no estádio. Para o ano tem a companhia do Mirandela.

Tudo indica que Manuel Rodrigues seja, a partir

de hoje, o próximo presidente do clube Atlético de Macedo de Cavaleiros.

Manuel Rodrigues é o ca-beça de lista da única lista que se apresenta às eleições para o biénio 2011/2013. Devendo ser eleito para um cargo que já ocupou há cerca de 15 anos. As ligações de Manuel Rodri-gues ao clube são várias. Há cerca de um ano ofereceu o equipamento para o ginásio das novas instalações do clu-

be, permitindo melhores condi-ções para a preparação física dos atletas.

A acompanhar Manuel Ro-drigues está António Cunha, também presidente da Associa-ção Comercial, que irá assumir o cargo de Presidente Adjunto, Fernando Melo Rodrigues que até aqui é o presidente do clube, ocupa o terceiro lugar da lista , com o cargo de vice-presidente. A lista para as próximas duas épocas mantém os restantes elementos que tinham acompa-nhado a direcção.

Eleições no Macedo

Manuel Rodrigues volta ao Atlético de Macedo

31 anos

Clube de Caça e Pesca

Pedro Fernandes - Melhor classificado do Clube Caça e Pesca de Macedo no VII Interclubes de Tiro aos Pratos

O CLUBE VIRADO PARA O FUTURO

Se és amante do desporto e da natureza, junta-te ao Clube de Caça e Pesca de Macedo de Cavaleiros nos vários eventos que organiza, concursos de Pesca

Desportiva, Torneio de Tiros aos Pratos o grande evento da feira de S. Pedro, Montarias e actividades culturais como a semana da ciência entre outras.

Deixa que a magia do Clube de Caça e Pesca te seduza com a sua criatividade que tem para oferecer aos sócios e simpatizantes que o visitam.

Obrigado, à Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, à Fundação da Inatel, delegação de Bragança, e as todas as entidades que colaboram o Clube.

O Presidente da Direcção,António Oliveira (Pardal)

arquivo

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Pequenos electrodimésticosArtigos de decoração

LoiçasVidros e cristais

BrinquedosArtigos de papelaria

Artigos de limpesaCalçado

Vestuário Artigos de iluminação

BricolageFerramentas

a maior loja de utilidades da região

Estacionamento próprio

Via Sul - Macedo de Cavaleiros

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| Cipreste | 27 de Maio de 2011 | 11

Cultura

Compêndio do cubo de geloLicenciado em Educação Visual e Tecnológica, Nuno Baptista, oriundo de Macedo de Cavaleiros, surge agora com um registo alternativo de escrita. Edita o seu primeiro livro em Janeiro de 2011 onde demonstra um jogo de palavras sublime que torna a sua poesia livre de regras para um maior culminar de ênfase vocabular. Efectua uma ligação na sua escrita com o leitor invejável, pois, a seu ver, tal cone-xão é de importância extrema para que o leitor não se sinta perdido/ isolado nas deambulações pessoais. O seu trabalho é descrito pelo autor como "textos complexamente simplificados, sobre tudo, sobre nada, que varia entre o supérfluo e o que de mais valioso temos na vida. ". Indubitavelmente um livro recomendável para uma busca interior mais ousada...

In http://www.worldartfriends.com/pt/eventos/lan%C3%A7amento-do-livro-comp%C3%AAndio-do-cubo-de-gelo

Cedo Manuel João Gon-çalo ficou o Xeringa.

Criança traquina, quando no largo de Nozelos, onde outro-ra se fazia justiça em nome de el-rei, se reunia a população a ouvir as previsões e conce-lhos do Seringador – anuário ainda hoje muito conhecido no meio rural -, que alguém mais afortunado de letras lia para o povo, o pequenote Manuel João por ali andava a atirar ao ar: seringa, seringa, seringador! Seringa, seringa, seringador! Assim ficou o Ma-nuel Seringa que a fonética transmontana transforma em Manuel Xeringa.

Como o tempo também dá títulos, Manuel Xeringa passou a Ti Manuel Xeringa, que o des-tino acabou por ditar que seria ele a vender, na loja de Noze-los, o anuário O Seringador, sem nunca, no entanto, poder por ele descobrir os segredos daquela publicação já que não lhe ensinaram a ler.

Ti Manuel Xeringa não aprendeu a ler mas apren-deu a estabelecer relações de harmonia e equilíbrio com o mundo que o rodeava. É este Ti Manuel Xeringa que Carla Ferreira, sua neta, conta no livro Ti Manuel Xeringa, da chancela da Temas Originais, apresentado no passado dia 13 em Macedo de Cavaleiros, que conta com ilustrações de Manuel Cardoso.

Segundo a autora o livro retrata em pequenas histórias escritas com o recurso à lin-

guagem simples e regional, que aproxima o leitor ao espaço narrativo, as relações que um homem transmontano estabe-leceu com o meio que o rode-ava, com o mundo rural mas também com as pessoas. Rela-ções de harmonia de quem via sempre o lado bom, mesmo nas situações mais difíceis. Para Carla Ferreira estas relações não eram comuns num tempo e

numa região em que o homem vivia essencialmente para o tra-balho e afastado da afectivida-de familiar.

Este é o segundo trabalho da autora que em 2008 publi-cou “Lenita e o príncipezinho coração de prata” uma história infantil, edição da Labirinto que contou com ilustrações de Or-lando Pompeu. n

A nova sala de exposições temporárias do museu de

arte sacra de Macedo de Cava-leiros, foi inaugurada no passado dia 25 pelo Presidente da Câma-ra, Beraldino Pinto, e pelo Bispo da Diocese de Bragança-Miran-da, D. António Montes Moreira.

O museu, situado na Casa Falcão, abrange já cinco salas e uma antecâmara, contando com uma vasta colecção de artigos de várias épocas, dos séculos XIV ao XX, e inclui pin-turas, artes gráficas, esculturas, ourivesaria e metais. As dife-rentes peças são apresentadas de forma rotativa, em exosições periódicas.

Esta nova sala vai ser es-treada com a colecção “Escul-tura Religiosa – Os gen(ios)es escultórioas”, conjugando três gerações de escultura estatu-ária religiosa. Trata-se da obra da família Thedim, com obra consagrada, nomeadamente as criações de José Ferreira The-dim (pai), José Ferreira Thedim (filho) e Mamede Thedim, o neto que mantém viva a tradi-ção familiar.

A inauguração desta sala de exposições coincide com a ter-ceira temporada do museu, que pretende continuar a preservar e expor a riqueza deste patri-mónio artistico e histórico. n

Homenagem a um homem Nobre

Ti Manuel XeringaArte Sacra em Macedo de Cavaleiros

Nova sala de exposições

A Biblioteca Municipal de Macedo de Cavaleiros

vai apresentar nos meses de Junho, Julho e Agosto uma ex-posição de fotografias com a temática do património do con-celho. Igrejas, casas, solares, pelourinhos, gentes… estarão representados nesta exposição, sobre a forma de um registo que torna todos estes instantes em momentos eternos.

Os registos fotográficos, propriedade da Câmara Muni-cipal, guardados em arquivo na Biblioteca, saltam do baú para o placar, mostrando a todos os utilizadores do espaço, um pou-

co da riqueza arquitetónica e cultural deste concelho.

Numa primeira edição da ex-posição “Património do Conce-lho de Macedo de Cavaleiros”, estarão presentes imagens de 18 localidades (ordenadas alfa-beticamente), divididas pelos 3 meses.

Junho – Ala, Amendoeira, Arcas, Arrifana, Bagueixe e Bornes;

Julho – Bousende, Brinço, Burga, Carrapatas, Carrapati-nha e Castelãos;

Agosto – Cernadela, Cha-cim, Cortiços, Edroso, Espada-nedo e Fornos de Ledra. n

Biblioteca Municipal

Património em exposição

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Cláudio Carneiro (natural de Cha-cim, M. Cavaleiros, 1931; residente na Amadora) acaba de acrescentar mais um título à sua bibliografia. É um grosso volume que o próprio Au-tor define como de ‘contos e viagens’, publicado pela Chiado Editora. O tí-tulo: Reminiscências de olvido. Pre-fácio esclarecedor de Altino Moreira Cardoso.

Nesta obra, Cláudio Carneiro dei-

xa correr o rio da memória, numa prosa de notável fluência. Nas suas páginas perpassam figuras e luga-res, principalmente, mas não só, as ligadas ao mundo da sua infância, tendo por centro Chacim e a Serra de Bornes. É um percurso aqui e ali temperado de saudade em que são convocadas personagens, histórias, memórias e impressões de viagem. Paralelamente com isto, vai deixando

ocasionalmente reflexões muitas ve-zes desencantadas sobre os tempos que vivemos.

São de resto os lugares tutelares de Chacim, Balsemão, Serra de Bor-nes ― o coração do Nordeste ―, que Cláudio Carneiro tem tratado, em pro-sa ou verso, nos seus quatro livros anteriores. Um caso sério de amor às origens.

Reminiscências de olvidoNovo livro de Cláudio Carneiro

Obras publicadas

Poesia• Algures a Nordeste. Macedo de

Cavaleiros : edição de autor (1974) • Solo Arável. Vila Real : FAOJ

(1976) • Trirreme. Coimbra : Centelha,

(1978) • Nove Pretextos Tomados de

Camões. Vila Real : Núcleo Cultural Municipal (1980)

• Boleto em Constantim. Porto : O Oiro do Dia (1981)

• Os Cavalos da Noite. Vila Real : Publicações Setentrião (1982)

• Sabei por onde a luz. Vila Real : Comissão Regional de Turismo da Serra do Marão (1983)

• Irgendwo im Nordosten / Algures a Nordeste. Edição bilingue portu-guês/alemão. Bremen : Edition Con (1983)

• Artes Marginais. Antologia po-ética. Lisboa : Guimarães Editores (1998)

• Desta Água Beberei. Vila Real : edição de autor (1999)

• O Livro dos Lugares e Outros Poemas. Mirandela : João Azevedo Editor (2000)

• Como se Bosch tivesse enlou-quecido. Mirandela : João Azevedo Editor (2003)

• Douro: Pizzicato e Chula. Lisboa : Edições Cotovia (2004)

• Que comboio é este. Vila Real: Teatro de Vila Real (2005)

• Antes que o rio seque. Poe-sia reunida. Lisboa: Assírio & Alvim (2006)

• As têmporas da cinza. Lisboa : Edições Cotovia (2008)

• Arado. Lisboa : Edições Cotovia (2009)

Prosa• Sancirilo (Romance). Lisboa :

Círculo de Leitores (1983) - Lisboa : Editorial Notícias, 2ª edição reescrita (1996)

• O Diabo Veio ao Enterro (Con-tos). Lisboa: Nova Nórdica (1985) − Lisboa : Editorial Notícias, 2ª edição aumentada (1993)

• O Homem Que Vendeu a Ca-

beça (Contos). Lisboa : Nova Nórdica (1987)

• Memórias da Caça (Conto). Vila Real : Jornadas Camilianas (1987)

• Os Arredores do Paraíso. Cró-nicas de Grijó (Crónicas). Macedo de Cavaleiros : Câmara Municipal (1991)

• Crónica da Casa Ardida (Roman-ce). Lisboa: Editorial Notícias (1992)

• Vila Real - Charlas com Aposti-la (Crónicas). − Vila Real: edição de autor (1995)

• Raquel e o Guerreiro (Roman-ce). Lisboa: Editorial Notícias (1995)

• O Diário de C* (Narrativa). Vila Real: edição de autor (1995)

• Portugal Terra Fria (Novela). Edi-ção bilingue português/francês. Paris : Marval e Lisboa : Assírio & Alvim (1997)

• Na Província Neva - Crónicas de Natal (Crónicas). Vila Real : edição de autor (1997)

• Três Histórias Trasmontanas (Contos). Vila Real : edição de autor (1998)

• A Loba e o Rouxinol (Romance). Lisboa: Âncora Editora e Círculo de Leitores. Edições simultâneas (2004)

• O Cónego (Romance). Lisboa : Edições Cotovia (2007)

• Trocas e baldrocas ou Com a Natureza não se brinca (Literatura infantil). Vila Nova de Gaia : Gailivro (2007)

• Il Canonico. Tradução italiana do romance O Cónego. Roma : La Nuo-va Frontiera (2009)

• O porco de Erimanto e outras fábulas (Contos). Lisboa : Edições Cotovia (2010)

• O diabo veio ao enterro (Contos). 3.ª ed. Lisboa: Âncora Editora (2010)

Teatro• O Consultório, O Poço e Se-

guir Viagem. In «Sete Peças em Um Acto», Coimbra : Centelha (1977)

• Crispim, o Grilo Mágico. In «Tea-tro Infantil», Lisboa : Ulmeiro (1980)

• O Saco das Nozes. Vila Real : Publicações Setentrião (1982)

Outras• Os «Reis Falados» de Carviçais

(Estudo). Vila Real : Núcleo Cultural

Municipal (1979) • Vila Real - Presença de Camilo

(Itinerário). Vila Real : Comissão Re-gional de Turismo da Serra do Marão (1983)

• Vila Real: Itinerário Mínimo (Iti-nerário). Edição bilingue português/inglês. Vila Real : Hotel Miracorgo (1988)

• Vila Real: Um Olhar Muito de Dentro (Itinerário). Com fotografias de Albano da Costa Lobo. Vila Real : Câ-mara Municipal (2001)

• Vila Real: Seis Dias para um Dis-trito (Itinerário). Edição bilingue portu-guês/inglês. Vila Real : Governo Civil (2004)

• Dois Dias em Mende / Deux Jours à Mende (Reportagem). Edição bilingue português/francês. Vila Real : Câmara Municipal (2004)

• Carrazeda de Ansiães (Itinerá-rio). Carrazeda de Ansiães : Câmara Municipal (2006)

• Vila Real – História ao Café (Es-tudos, co-autoria). Vila Real : Grémio Literário Vila-Realense / Câmara Mu-nicipal (2008)

• Porto (Itinerário). Lisboa : Edi-ções Everest (2009)

Prémios e distinções

Prémios literários• Prémio Literário “Círculo de Lei-

tores”, 1983, com o romance Sanciri-lo

• Prémio D. Dinis 2006, com Dou-ro: Pizzicato e Chula e Que Comboio é este

• Grande Prémio de Literatura DST 2008, com o romance O Cóne-go

• Prémio de Poesia “Luís Miguel Nava” 2009, com As têmporas da cin-za

• Prémio Pen Clube de Poesia 2009, com "Arado", ex-aequo com a poetisa Maria da Saudade Cortesão Mendes

• Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco 2010, com O Porco de Erimanto e outras fábulas

Distinções• Medalha de Prata do Concelho

de Macedo de Cavaleiros (4.3.1984) • Medalha de Prata de Mérito Mu-

nicipal de Vila Real (10.6.1989) • Medalha de Mérito Cultural,

atribuída pelo Ministro da Cultura (25.6.2003)

• Medalha de Ouro da Cidade, atribuída pela Câmara Municipal de Vila Real (2006)

• Prémio Douro Cultura 2009, da Revista Tribuna Douro

• Poeta homenageado no Encon-tro “A Poesia está na rua” de 2009, em Santo Tirso

• Medalha de Ouro de Mérito Mu-nicipal, atribuída pela Câmara Munici-pal de Macedo de Cavaleiros (2010)

In http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Manuel_Pires_Ca-

bral

O escritor A.M. Pires Cabral venceu o

Grande Prémio de Conto atribuído pela Associação Nacional de Escritores. Este prémio é anual, tem o valor de 7500 euros, e con-ta com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.

A obra vencedora intitu-la-se “O Porco de Eriman-to”, uma colectânea de 10 contos de A. M. Pires Ca-bral, uma versão revista e aumentada da última obra do autor, “O Homem que Vendeu a Cabeça”, publica-do na década de 80. Todas as fábulas são de cunho fantástico, algumas diver-tidas, outras assustadoras, cheias de imaginação.

Os aspectos analisa-do pelo júri, composto por Afonso Cruz, José António Gomes e Serafina Martins, incluem a qualidade da nar-ração, o enredo e a origina-lidade. Esta colectânea de fábulas fantásticas foi con-siderada a melhor, mas a cerimónia de entrega ainda não tem data marcada.

A.M. Pires Cabral nas-ceu em Chacim, em 1941, e é autor de uma vasta obra, de poesia e prosa, ensaios, críticas, teatro e romance, nos últimos 30 anos, ten-do dedicado também a sua vida ao ensino. Fixou-se em Vila Real onde participa activamente em actividades culturais e editoriais.

Grande Prémio de Conto da Associa-ção Nacional de Escritores

A.M. Pires Cabralpremiado

Bibliografia

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| Cipreste | 27 de Maio de 2011 | 13Publicidade

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Psicopata Americano

Bret Easton Ellis

Uma viajem alucinante e perturbadora à mente de um psicopata, corretor da bolsa bem sucedido de dia, e tor-turador e assasino à noite. Adaptado para cinema, este é um dos melhores livros deste brilhante escritor norte-ameri-cano, um dos mais represen-tativos da Geração X.n

A sociedade ocidental en-contra-se inundada de baza-res e produtos chineses, cuja qualidade é muitas vezes questionável. Este livro é uma joia, um lembrete do valor real desta civilização milenar. n

ouvir

ver

ler

Fundados em 1992, sob a designação de Disgorged, os Heavenwood são uma das mais importantes bandas portugue-sas de metal. Lançam agora o seu quarto álbum de originais, um marco da sua evolução e maturação musical. Um con-junto de sonoridades intensas e sombrias, com letras elabora-das e pesadas, onde a combi-nação de arranjos orquestrais e riffs de guitarra é de mestre. n

Abyss MasterpieceHeavenwood

Free WiredFar East Movement

Banda sensação nos Es-tados Unidos e Ásia, são con-siderados sinónimo de festa. Misturam sonoridades, hip-hop, electrónica e dance music, e uma maneira de vestir muito própria, com casacos brilhantes, ténis, gravatas finas e óculos de sol estilosos. Mesmo antes do primeiro single deste álbum che-gar às rádios, Like a G6 contava já com mais de 1 milhão de visu-alizações no YouTube. n

Jogo LimpoDoug Liman

Tendencia para se concen-trar em si, e no seu interior, o que poderá gerar algumas si-tuações menos agradáveis no seu dia a dia.

Capricórnio

22 de Dezembro 19 de Janeiro

As relações entre si e os seus amigos estão mais pro-fundas, e vai sentir a necessi-dade de estar com eles mais vezes.

Aquário

20 de Janeiro 18 de Fevereiro

Momento propício para es-tabelecer contactos profissio-nais. Se tem emprego procure melhorar o seu serviço.

Peixes

19 de Fevereiro 20 de Março

Momento em que terá ca-pacidade para dominar a sua energia. Aproveite para iniciar um projecto ou dar corpo a uma ideia.

Carneiro

21 de Março 20 de Abril

Estão em alta os seus ins-tintos e mundo interior, pelo que provavelmente estará im pouco impulsivo e nervoso.

Touro

21 de Abril 20 de Maio

Procurará o apoio daqueles que ama, e sentirá a necessi-dade de lhes retribuir de algu-ma forma. Organize uma festa e junte-se aos seus amigos.

Gémeos

21 de Maio20 de Junho

Saia de casa, vá jantar fora e passear, ou se possível faça uma viajem para o estrangei-ro, pois a altura é propícia à aventura.

Caranguejo

21 de Junho 22 de Julho

Vai-se sentir muito dinâmi-co e capaz, cheio de ideias. Aproveite esse estado para melhorar a sua vida profissio-nal.

Leão

23 de Julho 22 de Agosto

Vai-se sentir melhor entre portas, portanto aproveite para refrescar e arrumar a casa, visto estar mais disposto para as tarefas domésticas.

Virgem

23 de Agosto22 de Setembro

Alguém poderá recorrer à sua ajuda, e você também irá sentir necessidade de buscar apoio. Não hesite nem em dar, nem em pedir.

Balança

23 de Setembro 22 de Outubro

Ponha em prática uma ideia que há muito lhe ocupa o pensamento, pois a sua criati-vidade estará em alta.

Escorpião

23 de Outubro 21 de Novembro

Esta é o período de busca de conhecimento, de outras línguas e culturas. Se possível viaje, se não, deixe-se levar por um bom livro.

Sagitário

22 de Novembro 21 de Dezembro

horóscopo

A guerra cívil angolana começou apíos a descolo-nização e envolveu as duas maiores potencias da época: os Estados Unidos e a União Soviética. Tiago Moreira de Sá, professor e especialista em história contemporânea, explica a origem e razões do envolvimento americano. Um vislumbre dos bastidores para melhor compreender as guer-ras e diplomacia actuais. n

Uma Antologia de Poesia Chinesa

Gil de Carvalho

Do realizador de Identida-de Desconhecida chega-nos este fascinante thriller inspira-do nas experiências reais de uma agente da CIA, Valerie Palmer. Quando o seu marido, embaixador reformado, Joe Wilson escreve um artigo de jornal questionando os funda-mentos da guerra entre EUA e Iraque, a Casa Branca revela a identidade de Valerie - com uma série de contactos inter-nacionais debilitados, Valerie é empurrada para o ponto de rotura da sua carreira, vendo também a sua vida privada entrar em colapso.n

Os Estados Unidos e a

Descolonização de Angola

Tiago Moreira de Sá

Apocalipse da Segunda Guerra Mundial

Daniel Costelle / Isabelle Clarke

A Segunda Guerra Mun-dial foi o conflito bélico mais devastador da História, com mais de 50 milhões de víti-mas em todo o mundo e, pela primeira vez, com tantas víti-mas civis como militares. Os especialistas em documen-tários históricos Jean-Louis Guillaud, Henri de Turenne e Daniel Costelle, não quiseram aprofundar a estratégia mili-tar, mas sim o aspecto mais humano do conflito: o sofri-mento de civis e militares, as vítimas e aqueles que logra-ram sobreviver a um período de violência incontrolada. n

Page 14: Cipreste 17, Mai 2011

14 | 27 de Maio de 2011 | Cipreste |

A solta na nethttp://noticias.sapo.pt/cartoon/

http://port.pravda.ru/mundo/02-10-2010/30541-portugal-1/#

O grande evento

Opinião

Não, não vou por aí!2011-05-08

Não votarei nas próximas eleições pelas razões que, su-mariamente, apontei no discur-so que proferi na cerimónia de abertura solene do novo ano judicial (e que pode ser revisto em www.marinhopinto.net).

Nestas eleições não haverá uma efectiva possibilidade de escolha porque não há alter-nativa a nada e tudo ficará na mesma depois delas. O país assemelha-se a um navio que há décadas navega em direc-ção à falência económica e à degenerescência da democra-cia sem que possamos alterar a sua rota. Só podemos mudar de tripulação. Praticamente todos os actuais partidos já estiveram no governo desde o 25 de Abril, mas os resultados foram sempre os mesmos: dívidas e mais dívi-das e a transformação do Esta-do num monstro ingovernável, engordado pelas sucessivas ca-madas de clientelas partidárias disseminadas pelos milhares de organismos públicos.

A dívida pública é a mais elevada dos últimos 150 anos e é igual ao nosso produto interno bruto (PIB), enquanto a dívida externa é a maior dos últimos 120 anos. As famílias estão es-magadas pelo sobreendivida-mento e a maioria delas terá de trabalhar 15, 20 ou mais anos para pagar o que deve, se não optarem pela insolvência. As dí-vidas das empresas correspon-dem a 150% do PIB, sendo que só as das empresas públicas representam 25%, percenta-gem essa que não está contabi-lizada na dívida pública total.

Os nossos sucessivos go-vernantes não só nos endivi-daram a todos, como, na sua esquizofrenia gastadora, endi-vidaram também as gerações futuras. Grande parte das des-pesas públicas que têm sido feitas serão pagas pelas pró-ximas gerações e alguns dos empreendimentos projectados seriam, se concretizados, pa-gos com os impostos de pesso-as que ainda não nasceram. Só as chamadas parcerias público-privadas envolvem cerca de 60 mil milhões de euros (quase 35% do PIB) que serão pagos pelas próximas gerações. A co-roar tudo isso temos a pior taxa de desemprego de sempre, a qual ainda vai aumentar mais nos próximos anos.

São muitos o que, neste país, exploram inescrupulosa-mente os recursos públicos, desde os gestores e as «aris-tocracias laborais» das empre-sas públicas, até aos grandes grupos económicos privados cuja riqueza tem aumentado escandalosamente à custa de negócios leoninos com o Esta-do. A delapidação de recursos públicos nas últimas décadas (grande parte deles transferidos directamente para bolsos pri-vados) constitui um dos maio-res crimes de estado, senão o maior, cometido na nossa histó-ria quase milenar.

As nossas elites falharam ro-tundamente e, juntamente com as clientelas partidárias, trans-formaram-se em verdadeiros predadores dos recursos públi-cos nacionais. Um administrador de uma empresa de capitais pú-blicos, que teve que abandonar o cargo devido a umas trapalha-das com um processo judicial, recebeu como compensação o mesmo que um trabalhador com o salário mínimo receberia se trabalhasse 265 anos seguidos e o mesmo que um trabalhador com um ordenado mensal de mil euros receberia se trabalhasse

128 anos.

Os fariseus do regime com-param a situação actual com a de antes do 25 de Abril para dizerem que estamos melhor. Pudera! Porém, qualquer com-paração honesta só pode ser feita com outros países euro-peus com a nossa dimensão ou com as metas e os objectivos de desenvolvimento e de bem estar social que a democracia fixou nos seus primórdios. Hoje estamos a afastar-nos dessas metas. A democracia é cada vez mais formal e os cidadãos estão cada vez mais distantes das decisões sobre os grandes problemas nacionais. O debate público está viciado, teatraliza-do e fulanizado, enquanto as grandes decisões são tomadas quase à sorrelfa. A campanha eleitoral é artificialmente dra-matizada com uma gritaria de ataques pessoais entre uns candidatos, enquanto outros se limitam, quais discos riscados, a repetir a mesmas inanidades de sempre.

Nunca umas eleições ser-viram para tão pouco, nunca a desinformação e a alienação foram tão grandes como hoje. O verdadeiro sobressalto cí-vico capaz de gerar novas al-ternativas democráticas pode começar agora, não com um movimento de revolta contra a democracia, mas com um simples gesto de recusa deste pântano em que nos atolaram. A culpa deste estado de coisas não é da democracia mas dos democratas que se apresen-tam às eleições. Por isso, dizer não a esta farsa eleitoral pode ser o primeiro passo para que o barco mude de rota. Porém, se os portugueses, mais uma vez, quiserem apenas substituir a tripulação, então votem, mas depois não se lamentem.

Há momentos em que é preciso ter a coragem de dizer não àquilo que nos parece ir-recusável.

http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1846918&opiniao=Ant%F3nio%20Marinho%20Pinto

Depois de Aníbal Silva veio o bem-intencionado e humanitário, António Guterres (PS), um exce-lente Alto Comissariado para os Refugiados e um candidato per-feito para o Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo diplomata ex-celente, mas abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (ago-ra Presidente da Comissão da EU, “Eu vou ser primeiro-ministro, só que não sei quando”) que criou mais problemas com seu discur-so do que ele resolveu, passou a batata quente para Pedro Lopes (PSD), que nunca tinha qualquer hipótese de governar (não viu a ar-madilha), resultando no horror de dois mandatos do José Sócrates, um Ministro do Ambiente compe-tente mas ...

As medidas de austeridade apresentado por este senhor...são o resultado da sua própria inépcia como primeiro-ministro no período que antecedeu a últi-ma crise mundial do capitalismo (aquela em que os líderes finan-ceiros do mundo foram buscar três triliões de dólares de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsá-veis, enquanto nada foi produzido para pagar pensões dignas, pro-gramas de saúde ou projetos de educação).

E, assim como seus anteces-sores, José Sócrates demonstra uma falta de inteligência emo-cional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implemen-tem políticas de laboratório, que obviamente serão contra-produ-centes. Pravda.Ru entrevistou 100 funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. Aqui estão os resultados:

Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos (94%)

Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu

melhor para me aposentar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país (5%)

Concordo com o sacrifício (1%)

Um por cento. Quanto ao aumento dos impostos, a reação imediata será que a economia encolhe ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer redu-ções simbólicas, que multiplicado pela população de Portugal, 10 milhões, afetará a criação de pos-tos de trabalho, implicando a obri-gatoriedade do Estado a intervir e evidentemente enviará a econo-mia para uma segunda (e no caso de Portugal, contínua) recessão. Não é preciso ser cientista de fí-sica quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, tem resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar. É ver-dade, as medidas são um sinal claro para as agências de ratings que o Governo de Portugal está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português.

Quanto ao futuro, as pes-quisas de opinião providenciam uma previsão de um retorno para o PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o eleitorado a votar em excelentes ideias e propostas concretas. No caso do PCP, é melhores salários, maior produção, a diversificação da economia e, basicamente, o respeito pelas pessoas que têm apoiado essa absurda e demente governação PSD/PS durante dé-cadas. PCP: Um excelente pro-duto sem um departamento de vendas capaz.

Só em Portugal, a classe elitis-ta dos políticos PSD/PS seria ca-paz de punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe, traidora, enviou os interesses de Portugal no ralo, pediu sacrifícios ao longo de décadas, não produ-ziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos. Esses traidores estão levando cada vez mais portugueses a questionarem se deveriam ter sido assimilados há séculos, pela Espanha.

Que nojento e ao mesmo tem-po, que convidativo, o ditado portu-guês “Quem não está bem, que se mude”. Certo, bem longe de Por-tugal, como todos os que possam, estão fazendo. Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantás-tico, e uma classe política abomi-nável (do centro, à direita). Quanto à esquerda, ainda existe a divisão, e a falta de marketing.

Se não é de Portugal, en-tão deve ser da União EuropeiaTimothy Bancroft-Hinchey

02.10.2010

Page 15: Cipreste 17, Mai 2011

| Cipreste | 27 de Maio de 2011 | 15

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Porquê assinar o Cipreste?

Maria, vou tirar um retrato

Para quê?

Há 6 (!?) anos retirou-se o antigo cemitério do local donde estava. Foi lá colocado um quiosque, durante as obras o que estava na Av. da Estação foi mudado provisoriamente para o lado do Centro de Emprego. Hoje o cenário é este. Até quando?

Para por na Junta de Freguesia de Olmos, ao pé do Marcelo Caetano, se calhar tam-

bém ninguém me reconhece…

?! !?!

...“tudo o que são estruturas intermédias de comando são sem-pre empecilhos”

Jorge Gomes in jornal nordeste

Também há muitos empecilhos fora das estruturas intremé-dias...

…Francisco José Viegas defende portagens na A4? Mas com moratória! Não consta que tenha assinado a petição promovida pelo presidente da câmara de Macedo.

As obras de construção do túnel do Marão estão a utilizar fibras plásticas, um método pioneiro em Portugal? Este processo veio substituir as fibras metálicas.

… Antigos combatentes reuniram-se em encontro pela primeira vez em Trás-os-Montes Cerca de 130 antigos combatentes do ul-tramar que estiveram na Guiné marcaram presença no 22º encon-tro nacional, que se realizou em Macedo de Cavaleiros. E Macedo de Cavaleiros vai ter um núcleo da Liga dos Combatentes.

Acácio Espírito Santo abandonou o seu lugar da Assembleia municipal, na bancada do PS, por achar que não há projectos au-tárquicos que conduzam a um desenvolvimento integrado do con-celho.

Mesmo assim ficaram lá mais de 100!

… Finalmente há pessoas que tem tido que fazer na câmara nas últimas semanas? Mas daqui as uns dias volta tudo ao nor-mal!

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16 | 27 de Maio de 2011 | Cipreste | Ultima

A proposta de quatro alunos da escola secundária de Ma-cedo de cavaleiros

foi a vencedora da região da iniciativa Educação para o Em-preendedorismo, organizada pela Junior Achievement Portu-gal (JAP) com o apoio da EDP.

Rafael Patrício, Daniela Ar-tilheiro, Susana Marques e Inês Jerónimo, optaram, na área pro-jecto, pela iniciativa Educação para o Empreendedorismo, com o desafio de criar um negócio, uma iniciativa empresarial, dar corpo a uma ideia, materializá-la, promovê-la, comercializá-la.

Se geralmente é uma ideia ou oportunidade de negócio que gera uma iniciativa empresarial, neste caso o primeiro passo foi o desafio de fazer uma empre-sa, o segundo foi criar a ideia de negócio. A proposta dos jovens empreendedores de Macedo partiu a intenção de aliar um recurso endógeno da região, ao saber fazer, também da região, tradicional, inová-lo, transfor-má-lo e comercializá-lo.

O recurso escolhido foi o azeite e o saber fazer o sabão, que tradicionalmente por aqui

se fazia com a gordura da ba-nha (ou pingo) de porco, e que os jovens macedenses substi-tuíram por azeite. Foi assim que nasceu o SaborAzeitona, ae. A forma empresarial da ideia de empreender.

Criada a empresa, Sabo-rAzeitona, ae, escolhido o pro-duto a produzir, foi necessário por mãos à obra, produzir. E as dificuldades começaram a apa-recer. Segundo Rafael Patrício, as maiores dificuldades aconte-ceram por parte da própria es-cola, no apoio inicial.

E como para produzir é pre-ciso investir, inicialmente foi ne-cessário fazer um esforço finan-ceiro. Também aqui a solução encontrada foi uma ferramenta usada no mundo empresarial: alienação de títulos de partici-pação. Qual empresa cotada em mercados financeiros, com a venda dos títulos realizou o capital necessário para prosse-guir com a produção do sabão com sabor a Azeitona.

Como resultado desta alie-nação de capital a SaborAzeito-na, ae tem vários proprietários e com diferentes participações. Destaca-se Rafael Patrício que

é detentor de 25% da empresa.

Inovar com tradição

O objectivo da iniciativa Educação para o Empreende-dorismo, é promover iniciativas que sejam exequíveis, que te-nham aceitação no mercado de forma a serem sustentáveis e viáveis economicamente, ge-rando mais valia para os seus promotores mas também para o seu meio. Para atingir esses objectivos o produto em si e a sua comercialização assu-mem relevância estratégica. A SaborAzeitona, ae não substi-tuiu, simplesmente, a gordura animal por uma vegetal, para além de adaptar as técnicas de produção, perfumou o produto, associando plantas aromáticas e teve cuidado especial com a sua apresentação. É vendido em unidades embaladas com recurso a materiais reciclados em que a própria embalagem é um objecto decorativo, com vá-rias apresentações.

Feira Ilimitada

A iniciativa promovida pela

Junior Achievement Portugal tem escala nacional, que tem uma faceta de competição com um prémio pecuniário: a Feira Ilimitada. Evento que reúne as ideias dos empreendedores que se associaram à iniciativa. Foi realizada uma Feira Ilimitada em Lisboa, no Porto e uma em Vila Real, no centro comercial Dolce Vita, que reuniu participações de Trás-os-Montes e Douro.

A escola secundária de Ma-cedo apresentou dois projectos: o sabão de azeite produzido pela Sabor Azeitona, e a em-presa A3J, que levou à Feira um porta-lápis (Lockater) com uma parte inferior amovível que se destina ao transporte da má-quina de calcular, que, por um lado a protege de qualquer in-cidente que a possa danificar, por outro limita os frequentes esquecimentos.

As duas iniciativas arreca-daram o 1º e 2º lugar. Atribuído por um júri formado por repre-sentantes da EDP Produção; da Fundação EDP, do NERVIR, da DREN e do Dolce Vita Douro.

Ao primeiro lugar foi atribuí-do o prémio de 3.000.00 euros que deverá ser distribuído pelos

quatro membros da empresa.A Sabor Azeitona irá no pró-

ximo dia 3 de Junho a Lisboa à fase final desta competição, a empresa vencedora irá à No-ruega representar Portugal.

Futuro

Esta iniciativa foi levada a cabo por alunos do 12º ano, que se reuniram em torno de um projecto ganhador, mas que par-tilham prioridades distintas para o seu futuro. No grupo haverá um enfermeiro, uma psicóloga, uma médica dentista e uma economista. Estas opções tão dispares antevêem um futuro limitado para a Sabor Azeitona, contudo, para um futuro próximo está agendada uma participação na Feira de S Pedro, e, segundo declarações de Rafael Patrício à nossa reportagem, por ele a iniciativa é para ir para a frente até por que apareceram apoios e incentivos para a criação de uma empresa verdadeira.

Os alunos tiveram o apoio do professor Francisco Carva-lho e do empresário Marco So-ares, da empresa Dreamtoy de Lisboa.

Iniciativas de alunos de Macedo com 1º e 2º lugar

Sabão de sucesso


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