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comoavaliaropotencialturisticodeumterritorio-131105052010-phpapp02.pdf

Date post: 19-Nov-2015
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OBSERVATOIRE EUROPÉEN LEADER LEADER EUROPEAN OBSERVATORY LIAISON ENTRE ACTIONS DE DÉVELOPPEMENT DE LÉCONOMIE RURALE LINKS BETWEEN ACTIONS FOR THE DEVELOPMENT OF THE RURAL ECONOMY Avaliar o potencial turístico de um território > Permitir aos agentes rurais avaliar o potencial turístico do seu território, tendo em conta a oferta, a procura, a concorrência e as tendências do mercado. > Facilitar-lhes a escolha dos métodos apropriados, ao longo do processo de avaliação. > Ajudá-los, se for caso disso, a seleccionar e a acompanhar os especialistas externos que colaboram nesta iniciativa. > Definir os fundamentos de uma estratégia de desenvolvimento turístico resultante da cooperação e do diálogo entre a população e os diversos agentes locais envolvidos. Q UAL A RAZÃO DESTE GUIA ?
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  • OBSERVATOIRE

    EUROPEN LEADER

    LEADER EUROPEAN

    OBSERVATORY

    LIAISON ENTRE ACTIONS

    DE DVELOPPEMENT

    DE LCONOMIE RURALE

    LINKS BETWEEN ACTIONS

    FOR THE DEVELOPMENT

    OF THE RURAL ECONOMY

    Avaliar o potencial tursticode um territrio

    > Permitir aos agentes rurais avaliar o potencial turstico do seu territrio, tendo em conta a oferta, a procura, a concorrncia e as tendncias do mercado.

    > Facilitar-lhes a escolha dos mtodos apropriados, ao longo do processo de avaliao.

    > Ajud-los, se for caso disso, a seleccionar e a acompanhar os especialistas externos que colaboram nesta iniciativa.

    > Definir os fundamentos de uma estratgia de desenvolvimento turstico resultante da cooperao e do dilogo entre a populao e os diversos agentes locais envolvidos.

    QUAL A RAZO DESTE GUIA?

  • Este guia destina-se primeiramente aos grupos de aco local, em especial aos novos grupos LEADER II, e aos seus parceiros locais.

    O guia visa sobretudo permitir-lhes uma avaliao do potencial turstico que tenha em conta a oferta, a procura, a concorrncia e as tendncias do mercado. Esta avaliao permitir igualmente determinar o territrio pertinente onde ser executado o projecto dedesenvolvimento turstico. Este territrio pode ser a totalidade ou parte da zona LEADER, ou envolver tambm zonas limtrofes.Neste ltimo caso, ser indispensvel a cooperao entre grupos de aco local (*).

    O que no quer dizer que se deva renunciar totalmente peritagem externa: esta pode-se impor quando se trate, por exemplo, de efectuar um estudo de mercado de grande envergadura, operao que necessita da abordagem mais tcnica de consultores especializados.

    Assim, o diagnstico, ltima fase da avaliao, dever ser realizado colectivamente, entre agentes locais e especialistas externos.

    O importante que a estratgia turstica ento escolhida decorra da cooperao e do dilogo entre a populao, agentes locais e consultores externos.

    Vade-mcum da avaliao do potencial turstico local, este guia comporta 21 fichas, que descrevem:

    > as diversas fases da iniciativa a empreender (ficha 1);

    > a anlise da oferta turstica local (ficha 2);

    > a anlise da procura turstica (ficha 3);

    > a anlise da concorrncia (ficha 4);

    > a anlise das tendncias do mercado (ficha 5);

    > o diagnstico do potencial turstico (anlise das foras e fraquezas do territrio confrontada com o exame das oportunidades e dos riscos) (ficha 6);

    > um certo nmero de mtodos utilizados sobretudo na iniciativa marketing (ficha 7), verdadeira caixa de ferramentas do processo de avaliao:

    > investigao documental (ficha 8);

    > investigao no terreno (ficha 9);

    > animao de um grupo de discusso (ficha 10);

    > um certo nmero de ferramentas prticas (listas de controlo para o inventrio da oferta, questionrios, etc.) que possam facilitar a avaliao (fichas 13 a 21).

    Dois estudos de caso completam o conjunto: as avaliaes do potencial turstico realizadas nas zonas LEADER West Cork, na Irlanda (ficha 11), e Natur- und Lebensraum Rhn, na Alemanha (ficha 12), permitiro uma melhor compreenso da iniciativa pelos utilizadores do guia.

    (*) O termo territrio utilizado neste guia far sempre referncia a este nvel pertinente de realizao do projecto turstico.

    MODO DE EMPREGO

  • O turismo pode ser uma alavanca para o desenvolvimento local de muitas zonas rurais. Sector em plena expanso, permite dinamizar as actividades econmicas tradicionais e valorizar as especificidades culturais locais, proporcionando oportunidades de emprego aos jovens nas zonas rurais e travando ao mesmo tempo o xodo rural.

    No entanto, o turismo no a panaceia para resolver os problemas de desenvolvimento, alm de que nem todas as zonas rurais se prestam para isso. Seria um erro ver neste sector a nica alternativa possvel agricultura ou a qualquer outra actividadeeconmica local em dificuldade.

    S uma avaliao rigorosa, que tenha em conta a oferta, a procura, a concorrncia e as tendncias do mercado, permitir concluirse um territrio possui ou no um verdadeiro potencial de desenvolvimento turstico capaz de justificar investimentos.

    Para alm das pistas que fornece a nvel das oportunidades tursticas do territrio, esta avaliao permite igualmente ultrapassar obstculos importantes e evitar um certo nmero de erros. Por exemplo:

    > uma viso errada do potencial turstico local pode provocar um sobredimensionamento dos projectos, com efeitos negativos para o ambiente (poluio, degradao dos stios naturais, etc.), a cultura (perda ou folclorizao daidentidade local, etc.) e a actividade econmica do territrio (dependncia, aumento do custo de vida, endividamento das autarquias, etc.);

    > a m percepo das caractersticas e das especificidades do territrio dificulta a elaborao de uma oferta tursticalocal original que permita diferenciar-se de regies comparveis concorrentes;

    > o desconhecimento das caractersticas da clientela e das tendncias do mercado prejudica a elaborao de produtostursticos que respondam procura.

    Mesmo se no puder responder com certeza absoluta s perspectivas reais de desenvolvimento do sector, a avaliao precisa do potencial turstico do territrio constitui uma excelente base de deciso para os organismos de desenvolvimento, permitindo-lhes minimizar os riscos de fazer maus investimentos.

    AVALIAR O POTENCIAL TURSTICO DE UM TERRITRIO

    Este documento foi realizado por Peter Zimmer e Simone Grassmann [*], em colaborao com Yves Champetier, Catherine de Borchgrave, Andrea Hildwein-Scheele e Jean-Luc Janot, aps o seminrio LEADER, organizado sobre este tema na Sierra de Gata (Estremadura, Espanha), de 10 a 13 de Janeiro de 1996.

    [*] Peter Zimmer, director da sociedade FUTOUR Umwelt- und Tourismus- und Regionalberatung GmbH & CoKG, trabalha h muitos anos no sector do turismo.

    Membro da comisso Ambiente do Deutscher Reisebro-Verband (Federao alem de Agentes de Viagens), tambm professor convidado de Turismo na Escola

    Tcnica Superior de Munique e coordenador do grupo temtico Turismo Rural do Observatrio Europeu LEADER.

    Consultora de FUTOUR, Simone Grassmann especialista em turismo rural, constando das suas principais actividades o aconselhamento, a formao e a realiza-

    o de guias tursticos envolvendo as populaes locais.

  • Avaliar o potencial turstico local comporta duas fases essenciais:

    > a anlise da situao turstica existente, em que se examinam a oferta, a procura, a concorrncia e as tendncias do mercado;

    > o diagnstico, que, ao confrontar os resultados da anlise da situao, permitir identificar as foras e as fraquezasdo territrio, determinar as oportunidades e os riscos e, finalmente, decidir da pertinncia de desenvolver ou no o turismo na zona.

    Estas duas fases implicam a recolha, tratamento e explorao de informaes internas e externas. A iniciativa marketing fornece um leque de mtodos que permite realizar este trabalho.

    A ANLISE DA SITUAO

    Esta primeira etapa de avaliao consiste em proceder a um levantamento do sector turstico local: a oferta, a procura, a concorrncia e as tendncias (aspiraes do consumidor, por exemplo).

    A anlise da oferta deve dizer respeito, nomeadamente:

    > organizao da actividade turstica,

    > comercializao do turismo,

    > formao inicial e contnua no domnio do turismo,

    > s cooperaes existentes e aos parceiros potenciais,

    > aos dispositivos de apoio disponveis.

    Alm disso, til identificar no territrio em questo certos indicadores econmicos: o volume de negcios globaldo sector turstico local, o valor acrescentado gerado por esta actividade e o nmero de postos de trabalho ligados ao turismo.

    Estes parmetros cifrados, a reactualizar todos os anos, fornecem igualmente aos responsveis locais os elementos essenciais que lhespermitam conduzir a estratgia de desenvolvimento do turismo.

    Embora estas informaes internas j permitam identificar as foras e fraquezas do territrio, igualmente necessrio elaborar ummapa das condies gerais externas: os operadores tursticos locais devem poder dispor de informaes sobre as caractersticas domercado no seu conjunto, especialmente sobre a procura e a concorrncia. A evoluo previsvel das tendncias a curto e mdioprazo condiciona tambm o desenvolvimento do turismo.

    O DIAGNSTICO

    A confrontao dos resultados das anlises da oferta, da procura, da concorrncia e das tendncias permite identificar as foras e fraquezas do territrio.

    Por sua vez, esta primeira etapa do diagnstico permite determinar as oportunidades e os riscos inerentes a um eventual desenvolvimento turstico.

    A ltima fase do diagnstico as foras e as fraquezas do territrio confrontadas com as oportunidades e os riscos do seu sector turstico sobre o mercado permitir definir uma posio estratgica de sucesso. Este conceito engloba os principais trunfos susceptveis de proporcionar alguma vantagem a curto e mdio prazo em relao aos concorrentes.

    Outro ponto igualmente importante consiste em poder determinar se o territrio dispe de uma posio estratgica nica (unique selling position / USP), um argumento de venda excepcional (um local mpar, por exemplo) que traga ao territrio umavantagem comparativa absoluta, reconhecida pelo cliente.

    AVALIAO DO POTENCIAL TURSTICO LOCAL

  • F ICHA 1 - AVALIAO DO POTENCIAL TURST ICO LOCAL

    Anlise da procura (ficha 3)

    Anlise da concorrncia

    (ficha 4)

    Anlise da oferta (ficha 2)

    Situao do sector turstico

    Anlise das foras/fraquezas (ficha 6)

    Anlise das oportunidades/riscos (ficha 6)

    Anlise das tendncias

    (ficha 5)

    = Condies gerais internas

    = Condies gerais externas do microambiente

    = Condies gerais externas do macroambiente

    = Diagnstico

  • Oferta: restaurao> Capacidade global> Repartio local dos restaurantes> Qualidade e preo

    Possibilidades de organizao de conferncias e seminrios> Centro(s) de congressos e de exposies> Hotis com salas para seminrios e os respectivos

    equipamentos tcnicos

    Conselho:

    Dada a importncia decisiva da recolha e explora-o dos dados necessrios a este inventrio, reco-menda-se a utilizao de listas de controlo sis-temticas (ver fichas 13 a 18).

    Mas na perspectiva de um desenvolvimento local apoi-ado no turismo, a anlise da oferta deve ir alm desteselementos e considerar tambm os factores seguintes:

    Populao local> A populao est sensibilizada para o turismo?> Quais so as suas aspiraes?> Como poder contribuir para o seu desenvolvimento?> J existe um plano de desenvolvimento turstico?> Quem pode desempenhar o papel de locomotiva e

    empreender os primeiros projectos?> Quem faz a opinio e quais so os

    multiplicadores?

    Organizaes tursticas locais> Quais so as organizaes tursticas j activas local-

    mente?> Quais so as suas competncias e campos de activi-

    dade?> Quem so as pessoas que l trabalham? A que ttulo?> De que oramento dispem?> Quais so as possibilidades de cooperao com esses

    organismos?> Quais so as actividades previstas?

    Comercializao turstica> Qual a poltica seguida quanto oferta e ao preo?> Quais so os canais de distribuio utilizados?> Quais so os instrumentos de comunicao utilizados

    (publicidade, relaes pblicas, vendas)? Quais so as suas qualidades e os seus defeitos?

    > Quais so as estratgias de comercializao previstas?

    ELEMENTOS INDISPENSVEIS

    Antes de mais, a anlise da oferta turstica local deverpossibilitar o levantamento dos elementos seguintes:

    Factores naturais:> Situao geogrfica e extenso do territrio> Situao geolgica e condies climticas> Planos de gua (mar, rios, lagos, etc.)> Paisagens, fauna e flora

    Factores socioeconmicos:> Estrutura econmica (importncia dos diversos secto-

    res de actividade, etc.)> Estrutura sociodemogrfica (pirmides etrias, saldo

    migratrio, repartio socioprofissional, etc.)> Estrutura poltico-administrativa

    Infra-estruturas e servios disponveis:> Equipamentos (gua, gs, electricidade, tratamento

    de resduos, etc.)> Transportes (rede rodoviria, ferroviria, transportes

    colectivos, etc.)> Servios (comrcios, servios de sade, etc.)

    Factores culturais:> Histria> Tradies/produtos artesanais locais> Configurao dos locais> Monumentos e curiosidades> Locais a visitar, visitas com guia> Distraces, acontecimentos culturais, etc.

    Oferta: desporto e tempos livres> Desportos nuticos, natao> Aviao> Equitao> Passeios pedestres e cicloturismo> Desportos de Inverno> Golfe, ptanque (jogo de bolas)> Outras actividades desportivas e de lazer

    Oferta: sade e curas> Termalismo, curas, cuidados de sade, condio fsi-

    ca, desenvolvimento pessoal> Terapias diversas, etc.

    Oferta: alojamento> Capacidade global> Repartio da oferta de camas e de estabelecimentos

    de alojamento segundo a capacidade de alojamento> Repartio da oferta de camas e de estabelecimentos

    de alojamento segundo o tipo de alojamento> Repartio local dos estabelecimentos de alojamento> Qualidade e tarifas> Possibilidades de frias na quinta, casas rsticas> Campismo, caravanismo> Desenvolvimento da oferta de alojamento

    F ICHA 2 - ANLISE DA OFERTA

  • Formao turstica> Qual o nvel de qualificao das pessoas que traba-

    lham no turismo?> Quais so os dfices em matria de formao?> Quais so as possibilidades de formao profissional,

    inicial e contnua a nvel local e regional?> Quais so os programas de formao que considera

    necessrios mas que no existem localmente?

    Cooperao entre operadores tursticos locais> Que cooperaes existem a nvel local (encontros re-

    gulares entre hoteleiros, adaptao das horas deabertura dos restaurantes, etc.)?

    > Quem so os parceiros potenciais prontos a cooperarna zona em questo?

    > J h projectos? H sinergias possveis?

    Apoio, ajudas, concursos> Quais so as possibilidades de apoio aos agentes da

    economia turstica?> H concursos no domnio do turismo nos quais pode-

    ria ser interessante participar?

    MTODOS DE ANLISE DA OFERTA

    A anlise da oferta necessita simultaneamente de inves-tigao documental e de investigao no terreno (con-sulta de pessoas-recursos, visitas aos locais, etc.).

    Depois de ter determinado exactamente o territrio per-tinente a estudar, comea-se por recolher as informaesa nvel de cada autarquia, at se dispor dos dados essen-ciais para o conjunto desse territrio.

    Para facilidade de leitura, os resultados sero apresenta-dos no s em texto ou em quadros, mas tambm emgrficos.

    A realizao de um mapa, comportando pictogramas queindiquem claramente os stios, alojamentos e equipamen-tos tursticos existentes no territrio, permite, por exem-plo, visualizar bem a oferta turstica de um territrio.

    Para analisar a oferta, torna-se muitas vezes til para asduas partes uma cooperao com as universidades e asescolas do ensino superior.

    Exemplo:Em Espanha, o grupo LEADER Sierra de Gata e aUniversidade da Estremadura recolheram as estats-ticas essenciais relativas oferta turstica da Sierrade Gata. A iniciativa conduziu criao de umabase de dados que utiliza 2 000 palavras-chave.

    Contacto: LEADER Sierra de Gata, C/Mayor 3, E-10850 Hoyos.Tel.: 34 27 51 41 10; Fax: 34 27 51 41 10.

    No que diz respeito imagem do territrio, outro ele-mento essencial da oferta, importante assegurar umafuno de vigilncia.

    Para isso, bastam certos mtodos muito simples: a con-sulta regular da imprensa diria, das revistas especi-alizadas, dos diferentes rgos de comunicao soci-al, etc. informa sobre a evoluo da opinio pblica,permite antecipar as tendncias e utilizar as informa-es obtidas para operaes de relaes pblicas.

  • Exemplo:Na Alemanha, a autarquia de Hindelang (Baviera) publi-ca anualmente todas as informaes importantes relativas procura turstica. Uma comparao com o ano anteriorpermite verificar claramente a evoluo do sector. Alm donmero de chegadas e de dormidas, o relatrio d igual-mente uma viso geral das taxas de ocupao em funodo modo de alojamento (privado, locao de frias, ho-tis, etc.). Estatsticas mensais fornecem ensinamentossobre as flutuaes sazonais. A explorao comparativadestes dados permite detectar a repartio dos turistasentre os seis bairros de Hindelang. As estatsticas anuaispublicadas pela administrao termal da cidade informamtambm sobre o local de origem e a idade dos visitantes.

    Contacto: Kurverwaltung Hindelang, Markstrasse 9, D-87541 HindelangTel.: 49 83 24 89 20; Fax: 49 83 24 80 55.

    ANLISE QUALITATIVA

    S um inqurito directo junto dos clientes (ver ficha9) permitir obter informaes qualitativas, ao mesmotempo que tornar possvel a recolha de informaes so-bre os excursionistas. Com efeito, estes ltimos so maisdifceis de estudar porque, no pernoitando, no ficamregistados nos locais de alojamento.

    H um questionrio em funo das informaes procura-das. Pode, por exemplo, incluir as questes seguintes:

    > momento da viagem;> durao da viagem;> objectivos da viagem;> tipo de viagem (acompanhado? No acompanhado?);> meio de transporte;> modo de alojamento;> ocupaes durante as frias;> motivaes, aspiraes, grau de satisfao;> reputao do local;> escolha do local de frias;> gastos durante as frias;> frequncia das frias no passado e planos de frias

    futuras;> dados estatsticos (idade, sexo, nvel de escolaridade,

    profisso, rendimentos, local de residncia habitual).

    O processamento destas informaes facilita a elabora-o de produtos tursticos que respondam s aspiraesde diferentes grupos-alvo.

    Estes dados so igualmente necessrios para o lana-mento de uma campanha de promoo eficaz (estratgiaespecfica, escolha dos suportes mediticos, etc.).

    ELEMENTOS INDISPENSVEIS

    A anlise da procura deve permitir responder a certasquestes quantitativas respeitantes frequentao exis-tente: quantos clientes? Que produtos tursticos consu-miram? Onde ficaram hospedados (estabelecimento/lo-cal)? Durante quanto tempo (durao da estadia por pes-soa)? Quando (estao)? Que quantia gastaram no local?

    Importa igualmente recolher informaes qualitativas:que tipo de clientes (grupos-alvo) vieram? Donde? O que que esperavam, o que que os atraiu, etc.? O queapreciaram mais? O que apreciaram menos?

    Note-se que, embora seja relativamente fcil obter dadosquantitativos, desde que existam estatsticas locais so-bre o turismo, s um inqurito de terreno (junto dos cli-entes) permitir recolher informaes qualitativas.

    ANLISE QUANTITATIVA

    Convm distinguir os turistas (clientes com estadiade pelo menos uma noite) e os excursionistas (visi-tantes de um dia).

    No que respeita aos primeiros, contabiliza-se o seu nme-ro (as chegadas) e o nmero de dormidas. A diviso des-tes nmeros permite obter a durao mdia de estadia:

    nmero de dormidas = durao mdia de estadianmero de chegadas

    Conhecer a repartio das dormidas e das chegadas aolongo do ano permite determinar as altas e as baixas es-taes e saber a que momento se deve melhorar a ofer-ta e a comercializao, a fim de utilizar os estabeleci-mentos e equipamentos tursticos o mais tempo possvelao longo do ano.

    aconselhvel comparar estes nmeros num perodomais longo para observar a evoluo do sector tursticolocal.

    Identificar a repartio geogrfica da procura na zona tambm uma ajuda e informa sobre os locais mais frequen-tados e os que s so visitados por um pequeno nmero.

    necessrio determinar paralelamente a repartio dasdormidas e das chegadas entre os diferentes modos dealojamento (hotis, parques de campismo, casas rsti-cas, quartos de hspedes, etc.).

    F ICHA 3 - ANLISE DA PROCURA

  • Exemplo:Na zona LEADER West Cork (Irlanda), foram recenseadostodos os veculos com matrculas de outros condados. Osseus ocupantes foram interrogados com base num peque-no questionrio.

    Contacto: West Cork LEADER Co-Operative, Shinagh House, Bandon, IRL-Co.Cork.Tel.: +353 23 41 271; Fax: +353 23 41 304.

    > A organizao regular de mesas redondas com convi-dados seleccionados entre a clientela pode permitirrecolher algumas informaes qualitativas sobre as ca-ractersticas e aspiraes dos visitantes (ver ficha 10).Todavia, esta frmula no pode ser considerada comocomplementar de outros inquritos para no se incor-rer no risco de interpretaes subjectivas e errneas.

    > Podem ser efectuados inquritos individuais junto daclientela, desde que no lhes tomem muito tempo.Note-se que possvel, muitas vezes, beneficiar deuma ajuda em termos de metodologia e de realizaodeste tipo de inqurito no mbito de uma cooperaocom uma universidade ou um estabelecimento de en-sino superior.

    Exemplo:No Reino Unido, o grupo LEADER West Cornwall (Ingla-terra) incumbiu uma estudante da Escola Superior Euro-peia (Frana) de realizar um inqurito para conhecer oimpacto directo do turismo na economia local. Tratava-sede saber como eram orientadas as despesas dos visitantese em que medida as empresas locais conseguiam reteresta riqueza. O inqurito permitiu determinar o perfil dosvisitantes, a sua escolha em matria de alojamento e derestaurao, a sua percepo das actividades e serviosdisponveis no local, o oramento que consagram com-pra de recordaes e de presentes, etc. Uma vertente doinqurito, realizado em dois perodos do ano (Pscoa eJulho de 1996), incidiu especificamente sobre o comrcio.Verificou-se que, sendo a oferta de produtos locais limita-da e desconhecida, s 40% das compras beneficiavam re-almente a economia local.

    Contacto: Jim Cooper, West Cornwall LEADER Project, Rosewarne, Camborne, Cornwall TR14 0AB (UK).Tel.: +44 1209 716 674: Fax: +44 1209 612 215.

    MTODOS DE ANLISE DA PROCURA

    A anlise da procura turstica local faz apelo investiga-o documental (principalmente o exame das estatsticasexistentes sobre o nmero de dormidas) e aos estudos re-alizados regularmente no terreno (sob a forma de inqu-ritos orais, escritos ou por telefone junto dos clientes). Oconjunto permite dispor de informaes pertinentes.

    A elaborao do questionrio e a escolha do mtodo uti-lizado deveriam, pelo menos a primeira vez, ser efectua-das em colaborao com especialistas.

    A ficha 19 contm um modelo de questionrio desti-nado aos clientes.

    Conselho:Em caso de inqurito escrito, importante que oquestionrio no seja muito longo, para no abor-recer a pessoa interrogada, que poderia preench-lo de maneira incompleta ou incorrecta, ou atno o devolver... A fim de obter o maior nmeropossvel de respostas ao questionrio, o inquritopode ser associado a um concurso que permita ga-nhar, por exemplo, uma estadia gratuita na zona.

    Contudo, h outras possibilidades de menor envergaduraque nem sempre do resultados suficientemente repre-sentativos.

    > Os formulrios de inscrio dos clientes dos presta-dores de alojamento podem fornecer informaesteis: ao lado de informaes sociodemogrficas (pro-venincia, idade, sexo, etc.), estes formulrios contmtambm muitas vezes um certo nmero de questesqualitativas (meio de transporte utilizado, pessoas quefazem parte da viagem, etc.). O seu processamento(computorizado) fornece dados preciosos relativos scaractersticas da clientela, sua provenincia e aosmeios de transporte utilizados. A ficha 20 contm umexemplo de formulrio de inscrio utilizvel paraa anlise.

    > A anotao das chapas de matrcula automvel permi-te saber facilmente a provenincia dos visitantes. Pode-se, por exemplo, efectuar esta anotao nos parques au-tomveis dos restaurantes e dos centros de recreao ouna proximidade de locais muito frequentados. Pode-seaproveitar igualmente para interrogar os ocupantes dosveculos (idade, sexo, nmero de filhos, etc.).

  • > Estratgia 2: Inspirar-se da concorrnciaImitao de um produto, prestao, conceito ou ideiada concorrncia, embora reproduzido de outra forma.

    Exemplo:Na ustria, foi criada uma cooperao Natur und LebenBregenzerwald entre agricultores e restauradores da flo-resta de Bregenz, a fim de fomentar a utilizao dos pro-dutos agrcolas locais na preparao de especialidades cu-linrias regionais dos restaurantes. Esta ideia foi retoma-da noutras regies austracas, de forma um pouco diferen-te, mas com objectivos e uma estratgia semelhantes (in-dicao da provenincia dos produtos nos menus dos res-taurantes, por exemplo). o caso, nomeadamente, doEichsfeld com o seu slogan Eichsfeld pur.

    Contacto: Regio Bregenzerwald, A-6863 Egg 873.Tel.: +43 55 12 22 16 20; Fax: +43 55 12 22 16 29.

    > Estratgia 3: Demarcar-se da concorrnciaPrivilegia-se um produto, prestao, conceito ouideia que a concorrncia no desenvolveu.

    Exemplo:A operao Carneiro do Rhn, em Hesse (Alemanha), uti-liza esta estratgia. Desde que a carne deste carneiro pas-sou a ser amplamente servida pelos restauradores, o futurodesta raa local antiga, ameaada de extino, ficou asse-gurada e a sua criao tornou-se rentvel. Mais ainda: sen-do o carneiro de cabea preta do Rhn um autntico jardineiro da paisagem, o animal tornou-se num smboloturstico, numa mascote simptica para todo o territrio.

    Contacto: Verein Natur- und Lebensraum Rhn, Georg Meilinger-Str. 3, D-36115 Ehrenberg-Wstensachsen.Tel.: +49 66 83 96 02 0; Fax: +49 66 83 96 02 21.

    ELEMENTOS ESSENCIAIS

    A anlise da concorrncia consiste em reunir e analisaro mximo de informaes possvel sobre os territriosconcorrentes existentes e potenciais. Esta iniciativa,que supe, naturalmente, um conhecimento preciso dosseus prprios produtos tursticos, visa responder squestes seguintes:

    > Quais so os principais territrios concorrentes?> Que produtos colocam no mercado?> Quais so os seus pontos fracos e os seus pontos

    fortes?> Como explorar utilmente as informaes recolhidas

    sobre a concorrncia?

    difcil definir os concorrentes, dada a diversidade ecomplexidade dos produtos visados, mas, em teoria, todoo destino de frias pode ser considerado concorrente.

    Um inqurito objectivo dever incidir em regies que ofe-ream produtos tursticos semelhantes aos do territriovisado e em zonas limtrofes ou prximas, sendo estas ltimas concorrentes srios da clientela excursionista.

    A anlise da concorrncia pode levar s estratgias seguintes:

    > Estratgia 1: lmitar a concorrnciaReproduo integral de um produto, prestao ouconceito da concorrncia.

    Exemplo:O rtulo Umweltsiegel Tirol, rtulo de qualidade ecol-gica desenvolvido para a provncia do Tirol (ustria) eacompanhado de um programa indicativo para os estabe-lecimentos hoteleiros tirolianos, foi integralmente repro-duzido do outro lado da fronteira na zona LEADER Vins-chgau / Val Venosta (Trentino-Alto-Adige, Itlia), quer anvel dos critrios de seleco e de controlo do rtulo querda poltica de comunicao.

    Contacto: Tirol Werbung, Bozner Platz 6, A-6020 Innsbruck.Tel.: +43 51 2 53 20 133; Fax: +43 51 2 53 20 150.

    F ICHA 4 - ANLISE DA CONCORRNCIA

  • Cada uma destas estratgias tem vantagens e inconve-nientes:

    > a estratgia 1 oferece a possibilidade de evitar oscustos de inovao e de diminuir os riscos de insuces-so. Mas no permite diferenciar-se dos outros territ-rios, o que no lhe traz qualquer vantagem comparati-va em relao concorrncia;

    > a estratgia 3, em contrapartida, proporciona vanta-gens reais no mercado. Cria um carcter de exclusivi-dade que assinala ao mesmo tempo a chegada de no-vos produtos. No entanto, evidente que esta aborda-gem tem custos elevados e riscos de insucesso;

    > a estratgia 2 constitui um compromisso que compor-ta simultaneamente certas vantagens e inconvenientesdas duas abordagens.

    A anlise da concorrncia no deve conduzir criao derivalidades, mas permitir, ao contrrio, perceber melhora sua posio no mercado.

    O destaque dado s foras e s fraquezas dos territriosconcorrentes permite avaliar melhor os riscos e o potenci-al do seu prprio territrio. A iniciativa pode mesmo con-duzir a uma eventual cooperao entre concorrentes, afim de ocuparem juntos uma posio forte no mercado.

    MTODOS DE ANLISE DA CONCORRNCIA

    Regra geral, basta uma investigao documental para ob-ter as informaes que permitam analisar a concorrncia.

    Podem-se utilizar como principais fontes de informaoas publicaes dos concorrentes (relatrios tursticos,brochuras diversas). A sua publicidade inserida em jor-nais, revistas especializadas, etc. permite detectar, porexemplo, a sua estratgia promocional (conceito, men-sagem, slogan, suportes publicitrios escolhidos, etc.).

    O contacto com especialistas e associaes do sector, avisita a sales do turismo, ou mesmo os contactos pes-soais, oferecem igualmente a possibilidade de recolhersem grande custo outras informaes.

  • De qualquer modo, em matria de orientao geral daspolticas de desenvolvimento turstico, h que esperarem todo o lado aces tendentes a:

    > melhorar a proteco do ambiente; > profissionalizar ou, em todo o caso, formar melhor os

    operadores tursticos;> dessazonalizar a frequentao turstica;> melhorar as infra-estruturas de transporte;> promover novas frmulas de estadia;> aperfeioar os mtodos de estudo de mercado e de

    marketing turstico;> aumentar a proteco do consumidor (rtulos de ga-

    rantia de qualidade, classificao dos diferentes produ-tos, controlo dos preos, etc.);

    > generalizar a utilizao de sistemas telemticos de re-serva.

    Do mesmo modo, os intervenientes locais do sector de-vero elaborar produtos tursticos que conjuguem asvantagens comparativas do seu territrio com as tendn-cias presentes ou previsveis da procura:

    > nos prximos 30 anos, aumentar de 50% o nmero depessoas com mais de 60 anos, diminuindo de 11% onmero das que tero menos de 20. O envelhecimen-to da populao europeia aumenta sensivelmente omercado dos turistas idosos;

    > o interesse pelas questes ligadas ao ambiente e sade no pra de crescer;

    > observa-se uma tendncia dos consumidores a abando-nar o turismo de massa e preferir produtos mais dife-renciados. Os que souberam detectar os novos seg-mentos de mercado e reagir rapidamente j registamos primeiros sucessos;

    > j no existe consumidor mdio, definido segundocaractersticas sociodemogrficas bem precisas;

    > o novo consumidor exprime aspiraes e escolhasde frmulas de viagem aparentemente contraditrias(a restaurao rpida e as partidas de ltima hora es-to na mesma linha que as refeies gastronmicas eos cruzeiros de luxo). Isso particularmente verdadei-ro entre pessoas solteiras e jovens adultos;

    > a clientela urbana tende a partir menos tempo e maisvezes; da a vantagem de destinos com trajectos nomuito longos ou de acesso fcil;

    > o aumento do tempo livre e da mobilidade da decor-rente no deixaro de provocar o aumento do trfegorodovirio, o que contraria as aspiraes do turista;

    > aumento do nmero de turistas procura de frias cal-mas, num ambiente bem preservado.

    ELEMENTOS ESSENCIAIS

    A avaliao do potencial turstico de um territrio deveter em conta a evoluo das condies exteriores gerais,nomeadamente as tendncias que afectam o comporta-mento dos consumidores: trata-se, com efeito, de ante-cipar as oportunidades e os riscos inerentes s novas as-piraes das diversas clientelas, a fim de poder elaborarnovos produtos tursticos adaptados a estas evolues.

    Para cada nova tendncia identificada, importante pras seguintes questes:

    > em que que esta tendncia envolve o territrio?> como afecta os concorrentes?> a procura evolui no sentido dos pontos fortes da

    oferta turstica local?> como tirar partido desta evoluo?

    Escusado ser dizer que muito difcil prever as tendn-cias futuras exactas, sobretudo num contexto de interpe-netrao crescente das culturas e da mundializao dosmercados. Pode-se, apesar de tudo, mencionar algumastendncias gerais que, se forem tidas em conta, poderofacilitar a tomada de deciso.

    Em matria de turismo, cada pas europeu regista ten-dncias que lhe so prprias. possvel identific-lasconsultando os diferentes estudos de mercado realizados escala nacional (ver ficha 8). Existe, porm, um contexto comum ao conjunto dos pases:

    > a liberalizao dos transportes areos, que engendrouuma baixa das tarifas, provoca um forte aumento dasdeslocaes, embora no se possam identificar peremp-toriamente preferncias vincadas para destinos precisos;

    > efeitos de moda ou acontecimentos de natureza ge-opoltica podem ter um impacto muito importante nafrequentao turstica deste ou daquele territrio;

    > num contexto de internacionalizao da concorrnciae de expanso do sector (entrada de um nmero con-sidervel de novos operadores no mercado), assiste-sea uma multiplicao dos produtos tursticos;

    > a abolio total dos controlos nas fronteiras internas daUnio Europeia e a introduo da moeda nica so ou-tros tantos factores que deveriam facilitar as viagens;

    > em contrapartida, se a procura vier a estagnar, assis-tir-se- a um recrudescimento da concorrncia emtoda a Europa.

    F ICHA 5 - ANLISE DAS TENDNCIAS

  • MTODOS DE ANLISE DAS TENDNCIAS

    Recomenda-se, por razes de custos, recorrer essencial-mente a estudos j realizados: com efeito, poucoprovvel haver localmente recursos financeiros e huma-nos para efectuar um estudo aturado das tendncias. Amaior parte dos grupos de aco local pode, no entanto,realizar eles mesmos as suas prprias anlises, menosambiciosas, mas extremamente teis.

    possvel, por exemplo, organizar um debate que renaturistas e profissionais locais do turismo, bem como umaamostra representativa da populao (ver ficha 10).

    No primeiro encontro, pede-se aos participantes a elabo-rao de uma lista dos pontos que lhes paream maispertinentes em termos de:

    > tendncias na sociedade (novos modos de vida, com-portamentos mais individualistas, gosto por uma ali-mentao mais s, etc.);

    > tendncias em matria de turismo (frias natureza,frias activas, etc.);

    > mudanas perceptveis na zona (aumento do consumode produtos locais, frequentao mais importante des-te ou daquele stio, etc.).

    Para ser mais eficaz, o debate pode assumir a forma dediscusso de grupo (uma dezena de participantes, nomximo).

    Trata-se, em seguida, de reunir e estruturar as observa-es recolhidas durante a operao e de as confrontarcom as outras fontes disponveis (estudos de mercadosexternos, etc.).

    As tendncias so, ento, classificadas e avaliadas emfuno do seu impacto geral e da sua importncia espe-cfica para o meio local.

  • Diagnstico na ptica da populaoA organizao de grupos de reflexo, pluridisciplinaresde preferncia, ou de fruns abertos sobre o turismooferece s associaes locais e aos cidados interessadosa possibilidade de participarem na avaliao das foras edas fraquezas da sua regio.Quando se apoia numa vasta populao, a iniciativa per-mite perceber bem as suas aspiraes e materializ-lasimediatamente. A elaborao colectiva da lista das forase das fraquezas do territrio uma operao que facilitaa adeso da populao ao projecto e cria condies favo-rveis ao melhoramento da situao turstica.As viagens de estudo e outras deslocaes entre pro-fissionais a zonas onde o desenvolvimento turstico foibem sucedido constituem um meio muito eficaz de seauto-avaliarem: a observao do terreno e os encontroscom intervenientes no sector permitem muitas vezes for-mar um juzo mais preciso das suas prprias foras e fra-quezas, continuando a receber ideias para melhorar aoferta turstica do seu territrio. Regra geral, estas des-locaes profissionais so muito instrutivas e mostramfrequentemente que no h solues milagrosas e queas zonas modelo tambm tm os seus fracassos.

    Diagnstico na ptica dos peritosOs peritos locais e os peritos externos deveriam partici-par no diagnstico: os primeiros conhecem o terreno epodem comparar os indicadores locais de um ano para ooutro (nmero de visitantes, taxa de ocupao, etc.). Osconsultores externos tm a vantagem do recuo: o seu co-nhecimento do mercado permite-lhes identificar commais objectividade as foras e as fraquezas do territrio.Alm do mais, beneficiam muitas vezes de mais credibi-lidade junto dos poderes pblicos e dos financiadoreseventuais, mesmo locais, que tendem a tomar em consi-derao a sua evoluo.

    Conselho:Procure-se escolher o consultor externo com muitocuidado e com base em recomendaes. Alm dosconhecimentos indispensveis do sector, o consul-tor suposto ter competncias mltiplas: capaci-dade de escuta e de animao e capacidade de redigir um relatrio eficaz e operacional, abrindoperspectivas concretas. A escolha do consultorpassa pelo exame da sua lista de referncias. igualmente recomendado lanar um convite especfico apresentao de propostas e compararvrias delas. A ficha 21 visa facilitar a selecoda tarefa de aconselhamento.

    A comparao entre os resultados efectivos e as pre-vises, assim como a comparao dos indicadores lo-cais com os indicadores de outras zonas fornecemtambm indicaes importantes para a avaliao dosseus prprios pontos fortes e das suas fraquezas.

    O diagnstico, ponto final do processo de avaliao dopotencial, consiste antes de mais em confrontar as an-lises da oferta, da procura, da concorrncia e das ten-dncias, com o objectivo de conhecer as foras e asfraquezas do territrio e as oportunidades e os riscosque o seu mercado envolve.

    A ltima confrontao destes dois elementos (foras efraquezas / oportunidades e riscos) permitir, ento, de-terminar uma posio estratgica de sucesso para oterritrio.

    DIAGNSTICO DAS FORAS E DAS FRAQUEZAS

    Trata-se, acima de tudo, de realizar, com rigor e objecti-vidade, um perfil das foras e das fraquezas do sector tu-rstico local.

    As informaes provenientes da anlise da oferta soavaliadas por comparao com a anlise da concorrncia.As foras e as fraquezas so analisadas e classificadassegundo a sua importncia. Neste contexto, no conviriludir a questo das fraquezas da oferta turstica local,to importante para o desenvolvimento como o conheci-mento dos pontos fortes.

    Este diagnstico das foras e das fraquezas pode ser re-alizado de diferentes maneiras e segundo diferentes n-gulos:

    Diagnstico na ptica do cliente essencial saber como os clientes acolhem a oferta tu-rstica local. Para isso, proceder-se-, por exemplo, a uminqurito representativo, dando aos visitantes a possi-bilidade de se exprimirem livremente.A instalao de caixas de ideias nos diferentes locais dealojamento, postos de turismo ou qualquer outro localturstico pode tambm fornecer uma ajuda preciosa: oanonimato que esta frmula proporciona permite aos cli-entes exprimirem francamente e por escrito as suas cr-ticas e sugestes.As mesas redondas informais com os clientes, anima-das por uma pessoa experiente, constituem outro meiode confrontar o acolhimento reservado oferta, procu-ra, concorrncia e s tendncias.

    Conselho:Um centro de turismo poderia, por exemplo, convi-dar de duas em duas ou de trs em trs semanasdurante a estao seis a dez turistas (hospedados,se possvel, em diferentes tipos de alojamento) aparticipar numa discusso de grupo. Os clientesteriam, assim, a possibilidade de exprimir as suasimpresses pessoais sobre o local de frias e sobreas foras e as fraquezas do turismo local e de pro-por melhorias. A ficha 10 d uma viso geral dodesenrolar de um grupo de discusso.

    F ICHA 6 - DIAGNST ICO DO POTENCIAL TURST ICO LOCAL

  • > trilhos de caminhadas, itinerrios acompanhados outpicos;

    > suportes de informao;> servio de transporte das bagagens;> alojamento e restaurao;> guias, comentrios, visita s curiosidades histricas;> viagens organizadas> oferta combinada de transportes pblicos;> certificado de caminhante, etc.> actividades desportivas e de tempos livres.

    A elaborao de tais produtos pode eventualmente pro-porcionar ao territrio um aumento excepcional de ven-das, uma vantagem comparativa absoluta (Unique Sel-ling Position), para uma clientela especfica.

    Exemplo:Partindo de um tema cultural relativo regio ou pai-sagem, operadores locais do Havelland (Brandeburgo, Ale-manha) conceberam um produto turstico individualizadocom base na vida do escritor Theodor Fontane (1819-1898). A combinao Fontane-Havelland confere aoterritrio um atractivo exclusivo. Foi possvel, a partir da,construir uma imagem e centrar a estratgia de comerci-alizao turstica em torno do tema Descobrir o Havel-land seguindo as pegadas de Fontane.

    Por sua vez, este tipo de articulao pode ser enriqueci-do e transferido para outros segmentos ou categorias deoferta, sempre com contedos especficos.

    DIAGNSTICO DAS OPORTUNIDADES E DOS RISCOS

    A avaliao das oportunidades e dos riscos deve neces-sariamente ter em conta as anlises j efectuadas sobrea concorrncia, a procura e as tendncias. Tambm nes-te caso pode ser necessrio recorrer aos servios de umconsultor externo, que realizaria um primeiro perfil dasoportunidades e dos riscos. Escusado ser dizer que oconjunto do processo deve ser efectuado em colaboraocom a populao e os responsveis locais.

    A POSIO ESTRATGICA DE SUCESSO

    A confrontao das foras e das fraquezas do territriocom as oportunidades e os riscos do seu sector tursticono mercado permite definir uma posio estratgica desucesso, valorizando os principais factores e trunfossusceptveis de proporcionar, a longo prazo, superiorida-de sobre os concorrentes.Em matria de turismo, esta posio estratgica de su-cesso resulta, o mais das vezes, de condies dadas (eno criadas). Em geral, corresponde oferta tursticaexistente, caracterizada por factores sobre os quais nose pode intervir rapidamente.Para atingir uma posio estratgica de sucesso, pode-sevisar certos segmentos (por exemplo, o segmento fri-as-passeios) e elaborar e comercializar uma oferta turs-tica sob a forma de produto confeccionado.Concretamente, j no basta abordar o mercado tursti-co com um slogan do tipo Terra de passeios, porque eleexige a existncia de um conjunto diversificado de pres-taes complementares:

    OPORTUNIDADES:

    RISCOS:

    DIAGNSTICO: COMERCIALIZAO TURSTICA

    > Comercializao agrupada> explorao das sinergias> optimizao dos recursos

    financeiros> reforo da colocao

    no mercado> Sensibilidade ecolgica> Valorizao da oferta existente> Comercializao interna> Apoio de duas autarquias

    > Ausncia de comercializao coerente e definida

    > Desenvolvimento e atractividade"a duas velocidades" das autar-quias envolvidas

    DIAGNSTICO:PATRIMNIO NATURAL

    > Passeio ciclista (terreno plano,chuva rara no Vero, pequenosvales pitorescos)

    > Falta de identidade (ausncia defronteiras naturais)

    > Factores naturais pouco competi-tivos (paisagens pouco especta-culares; auto-estrada, linhas dealta tenso, zonas industriais)

    DIAGNSTICO:TRANSPORTES E COMUNICAES

    > Auto-estrada permitindo captaruma parte do trfego de passa-gem, graas a uma publicidadeespecfica (painis publicitrioscolocados nos ramais de sada)

    > Bons servios rodovirios e fer-rovirios populao proveni-entes do conjunto Nuremberga-Frth-Erlangen

    > Promoo de transportes colec-tivos no poluentes

    > Zonas reservadas ou parcialmen-te reservadas a pees nos cen-tros de cidades histricas(Heilsbronn, Windsbach)

    > Horrios harmonizados

    > Poluio sonora (auto-estrada)impedindo de se posicionar no mercado das "estadias desossego".

    Exemplo de diagnstico das oportunidades e dos riscos realizado para o territrio "Mittlere Rezat" na Francnia Central (Baviera, Alemanha)

  • O turismo, sector que reagrupa sobretudo pequenas empresas, utiliza ainda muito pouco os mtodos que ainiciativa marketing ultimou, nomeadamente os estudosde mercado.

    No entanto, as condies de concorrncia tornam-secada vez mais difceis. De um mercado de vendedores, omercado do turismo transformou-se num mercado decompradores. Do lado da procura, o comportamento dosconsumidores muda tambm rapidamente. Esta mu-dana de atitudes obriga os operadores tursticos a adap-tarem constantemente e a curto prazo a sua oferta s as-piraes de clientelas cada vez mais segmentadas (fam-lias, jovens reformados, aventureiros, etc.). Paratanto, importa poder dispor de informaes pertinentes.

    O estudo de mercado deve ser realizado ainda antes dodesenvolvimento do produto e no quando este se encontrar no mercado. A sua realizao procede de doistipos de operao: a investigao documental (ver ficha 8) e/ou a investigao no terreno (ver ficha 9).

    Fala-se de investigao documental quando se reutili-zam dados estatsticos ou informaes j existentes, mascriados para outros fins. As fontes de informao tantopodem ser internas como externas.

    Fala-se de investigao no terreno quando as informa-es provm de inquritos (escritos, por telefone, etc.)novos, realizados por iniciativa prpria ou por um gabi-nete de estudos de mercado. Neste ltimo caso, podetratar-se de estudos de mercado exclusivos ou, ao con-trrio, multi-clientes.

    Conselho:Quando se dispe de meios financeiros e humanoslimitados, o que frequente em territrios rurais, prefervel utilizar o mais possvel a frmula deinvestigao documental, mais econmica, e reali-zar o prprio as anlises no terreno, sem no entanto renunciar totalmente colaborao de especialistas externos: algumas anlises so muitomais eficazes e, sobretudo, mais objectivas quan-do realizadas por profissionais externos.

    FICHA 7 - MTODOS DA INICIATIVA MARKETING APLICADOS AO TURISMO

  • Iniciativa marketing: viso geral dos mtodos utilizveis para a avaliao do potencial turstico

    investigao documental

    fontes internas

    anlises multi-clientes

    inqurito

    amostra representativa(quantitativa)

    amostra no representativa(qualitativa)

    estudo ad hoc(inqurito

    nico)

    inqurito individual

    inqurito escrito (por

    questionrio)

    inqurito pessoal

    (face-a-face)

    inqurito por

    telefone

    assistido porcomputador

    (CAPI)

    inquiridor portelefone e

    questionrio

    assistido porcomputador

    (CATI)

    inqurito por

    telefone

    painis de consumidores(inquritos repetidos)

    por ex. numa agncia

    de viagens

    por ex. no local de frias

    experincia em

    laboratrio

    experincia noterreno (merca-

    do testado)

    observao experincia

    anlises exclusivas

    fontes externas instituto de estudos de mercado

    investigao pessoal

    investigao no terreno

  • ALGUNS ESTUDOS DE MERCADO NA EUROPA

    No que diz respeito s estatsticas tursticas europei-as, cada pas da Unio tem vindo a proceder sua ma-neira. Seria desejvel harmonizar os mtodos para obterdados comparveis.

    No entanto, existe uma primeira tentativa neste sentido:desde 1988, o European Travel Monitor (ETM) (*)analisa continuamente os fluxos tursticos europeus (vi-agens de adultos, estadias de pelo menos uma noite, in-dependentemente da razo da deslocao).

    Todos os meses, o ETM publica um relatrio (*) sobre ocomportamento do consumidor face s viagens noestrangeiros nos 31 pases seguintes: Alemanha,ustria, Blgica, Bielorrssia, Bulgria, Dinamarca, Eslo-vquia, Eslovnia, Espanha, Estnia, Finlndia, Frana,Grcia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islndia, Itlia, Let-nia, Litunia, Luxemburgo, Noruega, Polnia, Portugal,Repblica Checa, Romnia, Reino Unido, Rssia, Sucia,Sua e Ucrnia.

    O relatrio d uma apreciao detalhada da procura turstica em geral, bem como uma viso de conjunto,pas por pas, da procura de turismo rural.

    Paralelamente ao ETM, existem muitos mais estudos paracada pas em particular. O quadro abaixo apresenta osestudos de mercado mais importantes efectuados regu-larmente na Europa:

    __________

    (*) Contacto: IPK, Institut fr Tourismusmarketing, Gottfried-Keller-Str. 20, D-81245 Munique. Tel./ +49 89 82 92 37-0; Fax:+49 89 82 92 37 69.

    As vantagens da investigao documental, que faz apelo a informaes j existentes, so evidentes:

    > a frmula geralmente menos dispendiosa do que oinqurito no terreno;

    > as informaes podem ser obtidas mais rapidamente;> o exame da documentao j existente fornece logo

    uma primeira viso de conjunto do tema estudado;> o mtodo constitui uma boa base para efectuar ulteri-

    ormente outros inquritos;> a investigao documental pode ser realizada, a mai-

    or parte das vezes, sem fazer apelo a especialistasexternos.

    Mas esta frmula apresenta igualmente inconvenientes:

    > corre-se o risco de as informaes disponveis estaremdesactualizadas;

    > a comparao dos dados relativamente complexa;> as informaes fornecidas s so parcialmente perti-

    nentes para o problema especfico em confronto;> os indicadores utilizados na documentao de que se

    dispe so muitas vezes insuficientemente pormenori-zados para servirem para o territrio especfico anali-sado.

    Alm das fontes de informao internas (publicaes lo-cais, relatrios de gesto, etc.) postas disposio dosgrupos de aco local, as informaes externas consti-tuem fontes de indicadores importantes. De qualquermodo, no possvel privar-se delas: as informaes quej existam permitem evitar um duplo trabalho intil edispendioso.

    Em matria de turismo, as fontes de informao mais im-portantes so, entre outras:

    > os ministrios do turismo e da agricultura;> os servios regionais e nacionais de estatstica;> os arquivos das autarquias;> os estudos europeus sobre o comportamento dos

    consumidores;> a imprensa especializada;> os servios de marketing dos grandes rgos de

    comunicao social e das editoras;> as associaes tursticas, as organizaes profissio-

    nais do sector e os sindicatos;> as cmaras de comrcio e da indstria;> as agncias de publicidade;> os gabinetes de estudos de mercado no domnio do

    turismo e dos tempos livres;> as associaes europeias, nacionais e regionais

    envolvidas no turismo rural;> os bancos de dados ligados ao sector turstico;> as faculdades de Turismo das universidades e as

    escolas superiores de turismo.

    F ICHA 8 - INVEST IGAO DOCUMENTAL

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  • Em muitos casos, um inqurito apenas no basta: s ainterrogao, a intervalos regulares, de um grupo depessoas determinadas e idnticas pode fornecer informa-es fiveis. Estes painis permitem uma observaodinmica do mercado, graas a uma explorao compa-rativa dos resultados.

    Pode-se igualmente encarar a possibilidade de realizarum inqurito omnibus ou pluritemtico, frmula fre-quentemente utilizada para conhecer o grau de notorie-dade de um produto. Trata-se de um conjunto de inqu-ritos quantitativos, e em princpio representativos, quepermite a diferentes contratantes porem em conjuntouma srie de questes. A vantagem do mtodo reside noseu preo menos elevado. Este tipo de inqurito bsicopode ser encomendado rpida e facilmente a um certonmero de gabinetes de estudos de mercado.

    Muitas mais tcnicas, pouco onerosas e rapidamenteaplicveis, impuseram-se igualmente na prtica. Eviden-temente, estas tcnicas no pretendem substituir um es-tudo de mercado sistemtico, at porque no so sufici-entemente representativas; contudo, fornecem informa-es facilmente utilizveis e muito pertinentes a nvelqualitativo.

    > A discusso em grupo (ver ficha 10) um meio in-teressante, pouco dispendioso e simples de realizar:um animador experiente apresenta um certo nmerode temas e questes pertinentes a um grupo de seis adez pessoas-alvo. As opinies expressas espontanea-mente permitem formar uma pequena ideia sobre aopinio, necessidades, motivaes e comportamentosdos membros do grupo-alvo. Todavia, convm chamara ateno para a falta de representatividade deste m-todo, para o risco de os participantes se influenciareme para as dificuldades de explorao e de interpretaodos resultados.

    > Deve-se tambm encarar a cooperao com as univer-sidades e outras escolas de ensino superior: osCampus Europeus do Turismo, co-financiados pelaUnio Europeia, oferecem, por exemplo, a estudantesde pases diferentes, a possibilidade de cooperarembenevolamente em diferentes projectos ligados ao tu-rismo e proteco do ambiente.

    Em matria de investigao no terreno, a escolha daamostragem essencial: trata-se de seleccionar um n-mero limitado de pessoas indivduos ou grupos hospe-dados na zona representativo das aspiraes e doscomportamentos do conjunto dos visitantes. As tcnicasde amostragem aleatria ou, ao contrrio, por quo-tas, fornecem geralmente resultados fiveis.

    Depois de determinar o modo de amostragem, pode-seescolher o mtodo de anlise apropriado. No que diz res-peito ao turismo, uma das frmulas mais vezes utilizadas o inqurito, com vantagens e inconvenientes paracada uma das diferentes tcnicas de inqurito:

    > o inqurito por telefone o mtodo mais rpido; oseu custo relativamente baixo e pode ser efectuadoa partir de um ponto fixo. Em contrapartida, esta fr-mula s permite pr um nmero relativamente limita-do de perguntas curtas e simples. Apesar de tudo,grandes estudos de mercado, como o European TravelMonitor (ver ficha 8), utilizam esta frmula;

    > o inqurito escrito no necessita de trabalho no terre-no. A influncia do inquiridor nula e garantido oanonimato das pessoas interrogadas. Todavia, a percen-tagem de respostas a este tipo de inqurito , em ge-ral, extremamente baixa (5 a 8%). As pessoas interro-gadas no compreendem algumas questes e outras nolhes podem ser postas. As respostas espontneas nopodem ser exploradas. Os prazos de resposta so longose a amostra visada nem sempre representativa.

    > a entrevista pessoal uma soluo interessante, pelomenos no que diz respeito aos inquritos complexos oude grande envergadura. Pode-se assegurar a represen-tatividade da amostra. O contacto directo com a pes-soa interrogada permite utilizar meios diferenciados(modelos, descries, documentos incitativos, etc.). Oleque de questes a pr, corroboradas por informaescomplementares, pode ser muito vasto. A entrevistapessoal permite igualmente pr perguntas de ordemmais psicolgica. Alm disso, pode-se observar a pes-soa interrogada durante a entrevista, o que permite ob-ter informaes suplementares sobre as suas aspira-es. No entanto, no pode ser excluda a influncia doinquiridor. Esta tcnica tambm mais dispendiosa doque um inqurito escrito ou por telefone e exige maistempo para a explorao dos resultados.

    F ICHA 9 - INVEST IGAO NO TERRENO

  • Exemplo:Em 1995, tiveram lugar na Grcia, em Espanha e em Fran-a seis Campus Europeus do Turismo, que permitiram,por exemplo, a estudantes a realizao de uma anlise dopotencial natural e cultural das montanhas de Pantokra-tora (Corfu), zona ainda pouco conhecida do turismo.Esta anlise serve de base instaurao de um parque re-gional suposto contribuir para o desenvolvimento de umturismo de descoberta da natureza.

    Contacto: CME (Centro Mediterrnico do Ambiente), Polynikous 2 GR-174 55 Alimos, Atenas. Tel.: +30 1 93 87 630; Fax: +30 1 93 87 565.

    > Pode revelar-se til uma cooperao com organismosde jovens reformados, como Senior Experts (exis-tente na maior parte dos pases da Europa): alguns de-les tm pessoas altamente qualificadas em diferentesdomnios, nomeadamente na rea do turismo, que, atroco de pequena remunerao, pem disposio asua longa experincia.

    > As entrevistas com peritos de organismos pblicos oude associaes, com investigadores e outros especialis-tas do turismo tambm podem fornecer informaesmuito teis sobre a situao local do sector e sobre omercado em geral (procura, concorrncia e tendncias).

    > A cooperao entre grupos da aco local uma fr-mula particularmente interessante, incentivada peloLEADER: vrios GAL de um mesmo pas podem associ-ar-se para realizarem juntos um estudo de mercado,por exemplo; GAL de diferentes pases podem enco-mendar juntos um inqurito a um grupo-alvo (ciclis-tas, adeptos de passeios equestres, etc.).

  • PONTOS ESPECFICOS

    O resto do tempo poder ser utilizado para discutir pon-tos mais precisos, como por exemplo:

    4 O ordenamento do territrio (incluindo transportes,percursos para passeios, pedestres ou no, ambien-te, etc.).

    5 Os comrcios (desde a farmcia s lojas de produtosalimentares).

    6 Os servios (servios pblicos, mdicos, etc.).

    7 O alojamento e a restaurao.

    8 As possibilidades de praticar desporto e tempos livres(incluindo equipamentos: piscinas, estabelecimentostermais, etc.).

    9 A cultura local, o folclore, as festas populares, osmercados, etc.

    10 As possibilidades de excurso a partir do local de es-tadia (incluindo as organizaes disponveis: agnci-as de viagens, sociedades de autocarros, txis, etc.).

    11 As possibilidades e os equipamentos propostos a gru-pos-alvo especficos (jovens, famlias com crianasde tenra idade, famlias com adolescentes, adultossem filhos, pessoas idosas, etc.).

    12 A eficcia e a disponibilidade da informao tursti-ca do territrio (Porque escolheu a nossa regio?Por ouvir dizer?, Pela publicidade?, Pelo postode turismo? Por uma agncia de viagens? Na suaopinio, o que que se pode melhorar em termos deinformao turstica?, etc.).

    Fonte: Seitz/Meyer, 1995, p. 97.

    Tempo a prever: cerca de 90 min.

    INTRODUO

    Palavra de boas-vindas e apresentao do animador ouda animadora.

    Breve apresentao dos participantes (idade, profisso,situao familiar, experincias vividas no territrio emquesto ou noutros locais de frias).

    DISCUSSO GERAL (45 MIN.)

    Exemplos de perguntas a pr:

    1 O que que lhe agrada aqui? O que que no lheagrada ou at o incomoda?

    2 Na sua opinio, o que deveria mudar? O que se po-deria melhorar?

    3 Na sua opinio, para que tipo de visitantes o nossoterritrio se presta melhor? A que categorias seadapta menos bem? Porqu? Que pensa disso e,a seu ver, o que poderamos mudar?.

    A experincia mostra que esta primeira srie de quest-es a fase mais importante da discusso: os participan-tes podem exprimir-se espontaneamente e reagir ao quedizem os outros, o que implica desde logo um grande n-mero de sugestes. Pode-se consagrar metade do tempoprevisto a esta fase de discusso aberta.

    F ICHA 10 - ANIMAO DE UM GRUPO DE DISCUSSO (EXEMPLO)

  • 3. Anlise do patrimnio natural, que conduziu o GALa escolher a fchsia como smbolo do territrio. Autilizao cada vez mais frequente da flor em logti-pos (sinalizao turstica e rotulagem de produtos lo-cais) contribui para criar uma imagem forte para oterritrio.

    4. Inventrio dos intervenientes do sector. Tendo esta iniciativa revelado a ausncia de coorde-nao e de cooperao entre operadores, foi criadoum comit do turismo (West Cork Tourism Coun-cil) no qual esto representadas todas as organiza-es tursticas locais, privadas e pblicas.

    5. Exame da posio concorrencial do West Cork rela-tivamente qualidade da oferta. Com essa finalida-de, foram cuidadosamente estudadas as ofertas com-parveis de regies irlandesas concorrentes.

    6. Estudo das tendncias previsveis, que ps em destaque:

    > o interesse crescente pelas frias activas;> o aumento de exigncias em matria de sade e de

    ambiente;> a importncia do grupo-alvo dos Woopies (well off

    older people - clientela idosa com meios econmi-cos suficientes).

    7. Reunies de peritos, agrupando, nomeadamente,operadores tursticos locais e lderes de opinio. Es-tas reunies permitiram o intercmbio de muitas in-formaes que foram tidas em conta na elaboraoda estratgia a longo prazo.

    8. Anlise das foras e das fraquezas do West Cork, quetambm deu resultados interessantes. Por exemplo:

    Foras:> patrimnio natural rico (litoral pitoresco e diversifi-

    cado);> situao geogrfica favorvel (no centro das regies

    tursticas e das curiosidades mais importantes da Irlanda, como Cork, Blarney, Kinsale e Kerry);

    > boa imagem dos produtos alimentares locais.

    Fraquezas:> ausncia de imagem especfica do territrio;> informaes tursticas de difcil acesso aos visitantes;> transportes colectivos locais insuficientes.

    O grupo de aco local para o Oeste do condado deCork um dos raros grupos LEADER I a ter realizadouma avaliao do potencial turstico do seu territrio.

    A atraco do West Cork reside essencialmente no seupatrimnio natural (litoral muito recortado, flora e fau-na raras), stios arqueolgicos e lugares histricos de im-portncia local.

    O turismo constitui um sector econmico importante ej h inmeras sinergias entre o turismo e os outros sec-tores da economia local (artesanato, comrcio e pesca).

    Desde o incio do programa LEADER I, em Julho de 1992,a West Cork LEADER Co-Operative incumbiu uma em-presa de consultores de elaborar um plano para o desen-volvimento turstico do West Cork.

    Em Outubro de 1992, foi apresentado um relatrio interca-lar e, em Janeiro de 1993, foi publicado o relatrio finalTourism in West Cork - a Strategy for Growth (O Tu-rismo no West Cork - uma estratgia de desenvolvimento).

    Este relatrio compreende uma anlise pormenorizada dasituao turstica do territrio e uma srie de recomen-daes pertinentes para o futuro do sector.

    A sua realizao comportou as seguintes etapas:

    1. Anlise do conjunto da documentao disponvelsobre o West Cork:

    > dados socieconmicos (lista das vantagens socioeco-nmicas, nmero de empregos directos e indirectos edo rendimento potencial ligados ao turismo para azona, etc.);

    > dados prprios ao sector turstico;> dados relativos infra-estrutura (identificao das

    capacidades existentes e previstas da infra-estruturalocal, como a infra-estrutura pblica, os transportes,a informao e os servios);

    > programas europeus.

    2. Recenseamento dos equipamentos e das atracestursticas:

    > curiosidades;> objectivos da excurso;> alojamento / restaurao;> equipamentos tursticos / servios;> transportes;> locais balneares / actividades de guas vivas> recursos humanos.

    F ICHA 11 - ESTUDO DE CASO N1AVALIAO DO POTENCIAL TURST ICO DO WEST CORK (IRLANDA)

  • Principais dificuldades:

    > ausncia de coordenao entre o sector pblico e osector privado;

    > algum desinteresse por parte das empresas tursticasprivadas;

    > conflitos com outros sectores da economia local(pescadores, por exemplo, por causa da construoprevista de portos de recreio).

    O plano de desenvolvimento do turismo condiciona aseleco dos projectos susceptveis de beneficiar deapoio financeiro LEADER:

    > no mbito do LEADER I, foram investidos 839 500ecus (ou seja 49% do oramento total) em 49 projec-tos tursticos;

    > no que diz respeito ao LEADER II, procede-se actual-mente a uma reviso do plano para actualizar e adap-tar a nova zona LEADER West Cork, cuja superfcieaumentou sensivelmente.

    9. Estudo econmico, que incide sobre o emprego nosector turstico (repartio por domnio de activida-de dos empregos a tempo inteiro, a tempo parcial,com durao determinada ou indeterminada).

    10.Anlise das necessidades, tendo detectado umacerta inadequao entre a oferta existente (tanto doponto de vista qualitativo como quantitativo) e astendncias actuais e previsveis da procura turstica.

    11.Anlise da procura (provenincia dos visitantes,motivos da viagem, meio de transporte, identificaode novos grupos-alvo) revelando nomeadamente que:55% das chegadas ocorriam entre Junho e Agosto;que para 80% dos visitantes estrangeiros, as friasconstituam a principal razo da viagem; que 36%dos visitantes utilizavam o seu prprio carro e que27% alugavam-no; que as actividades mais procura-das eram o passeio pedestre, a escalada, o ciclismo,a pesca, o golfe e a equitao.

    Todas estas informaes conduziram a recomendaesquanto s aces a empreender:

    > sinalizao da N71 como estrada turstica (painisnas sadas de todas as localidades situadas ao longodesta estrada);

    > produo de um mapa regional indicando curiosida-des, alojamentos, servios, etc.;

    > participao na exposio nacional Frias em Cork,Dublim e Belfast (90 000 visitantes);

    > criao de um frum anual do turismo reunindo oconjunto dos agentes locais do sector.

    O custo da operao eleva-se a 12 571 ecus, repartidosda seguinte forma:

    > conselho: 11 000 ecus;> promoo do relatrio: 1 571 ecus.

    O financiamento foi assegurado em grande parte pelospatrocinadores (6 400 ecus) e pela venda do documen-to (664 ecus), sendo o resto assumido pelo LEADER (5 507 ecus).

  • 2) ANLISE DA PROCURA

    Foi realizado um inqurito junto da clientela com duasfrmulas: a entrevista pessoal oral e o inqurito escrito.O inqurito oral foi realizado nos stios histricos maisimportantes do Rhn por estudantes da escola de ensi-no superior de Fulda, enquadrados por peritos externos.Ao todo, foram efectuadas 613 entrevistas.O inqurito escrito envolveu 85 estabelecimentos hote-leiros, representando todas as formas de alojamento(desde o hotel at ao quarto de hspedes). Para motivaras pessoas interrogadas e maximizar o nmero de respos-tas, a participao no inqurito estava ligada a um sor-teio para um fim-de-semana gratuito no Rhn. Apesar detudo, s foram enviados 182 questionrios (percenta-gens de respostas: 20%), provavelmente devido exten-so do questionrio. No total, foram interrogados 335excursionistas e 460 turistas nestes inquritos efectua-dos no Vero de 1993 e no Inverno de 1994. Os dadosforam processados por computador, validados, corrigi-dos, explorados e apresentados num relatrio. Os custosinerentes preparao, realizao e explorao do in-qurito cifraram-se em 15 000 ecus.

    Resultados:> 75% dos visitantes afirmam estar prontos a participar

    nos custos decorrentes da proteco do ambiente(eco-taxa por dormida ou sobre o preo de entradanos stios e parques automveis);

    > a oferta turstica considerada relativamente satisfa-tria. S se criticou o estado das pistas para velocpe-des e a eficcia dos transportes pblicos;

    > a avaliao particularmente positiva no tocante natureza e paisagens, qualidade do sossego, a gen-tileza da populao e a quietude dos locais de aloja-mento;

    > s um tero dos visitantes j tinha ouvido falar doRhn como reserva da biosfera.

    3) ANLISE DAS TENDNCIAS E DA CONCORRNCIA

    Foi efectuada uma investigao documental a partirdos dados e do material de informao j disponveis.

    4) DIAGNSTICO

    O diagnstico foi efectuado por confrontao da an-lise das foras e das fraquezas do territrio e da an-lise das oportunidades e dos riscos no mercado.A anlise teve em conta:> os resultados das diferentes anlises (oferta, procura,

    concorrncia e tendncias);> a frequentao dos stios;> os pareceres dos peritos interrogados;> os pareceres dos clientes interrogados;> o ponto de vista de um conselheiro externo;> a comparao com outros territrios;> os resultados do estudo das tendncias.

    O macio do Rhn (185 000 hectares) fica situado nocentro da Alemanha, no ponto de convergncia detrs Lnder: Baviera, Hesse e Turngia. S as partesda Hesse e da Baviera comuns do Rhn participaramno LEADER I, formando duas zonas LEADER (122 000habitantes, 6 distritos e perto de 90 autarquias).No incio do Vero de 1993, o grupo de aco local daHesse, Verein Natur- und Lebensraum Rhn, incumbiuum gabinete de estudos de Munique de elaborar um pla-no de desenvolvimento do turismo. Era a primeira vezque, depois de 1945, se empreendia uma aco no con-junto do macio do Rhn, incluindo na parte da Turn-gia, que pertencia antiga RDA.A designao pela UNESCO em 1991 do Rhn como Re-serva da Biosfera (*) conferiu a este territrio um esta-tuto exemplar na Alemanha. A conservao de uma pai-sagem tpica (o territrio apelidado Terra dos grandeshorizontes) e o reforo das actividades econmicas lo-cais estiveram, portanto, no centro do programa de de-senvolvimento do turismo.Procedeu-se, antes de mais, a um estudo aprofundadoda situao, conjugando seis anlises relativas respec-tivamente oferta, procura, concorrncia, s tendn-cias, s foras e s fraquezas do territrio, s oportuni-dades e aos riscos. Para cada uma destas anlises, utili-zou-se a seguinte metodologia:

    1) ANLISE DA OFERTA

    Esta anlise envolve as etapas seguintes:> delimitao do territrio a analisar;> envio de um questionrio a todas as autarquias envol-

    vidas;> anlise dos dados j disponveis (documentao das

    autarquias, relatrios e estatsticas);> elaborao de listas de controlo;> visita a 42 autarquias;> consulta com intervenientes de 22 autarquias;> elaborao de um perfil turstico para cada autarquia;Esta iniciativa levou a:> uma anlise quantitativa por autarquia para cada um

    dos trs Lnder envolvidos;> uma anlise qualitativa para o conjunto da reserva da

    biosfera do Rhn;> um mapa informativo indicando claramente as atraces,

    o alojamento e os servios tursticos disponveis.

    Exemplos de resultados da anlise da oferta:> por ocasio da anlise do material publicitrio, verificou-se que

    as organizaes de turismo no utilizavam a vantagem compa-rativa absoluta (unique selling position) do territrio, a saber,o seu rtulo de garantia de qualidade reserva da biosfera;

    > a anlise da oferta mostrou claramente as diferenas de n-vel de equipamento existente entre os trs Lnder envolvi-dos: a parte Hesse bem dotada em infra-estruturas de tem-pos livres; oferta turstica ligeiramente inferior na parte daBaviera e, por assim dizer, inexistente na Turngia.

    FICHA 12 - ESTUDO DE CASO N2AVALIAO DO POTENCIAL TURST ICO DO RHN (ALEMANHA)

  • O conjunto da iniciativa conduziu a um plano de desen-volvimento turstico comportando nada menos de 270medidas a executar para atingir os objectivos seguintes:> ultrapassar as fronteiras regionais (3 Lnder), comercia-

    lizando turisticamente o conjunto do territrio do Rhn;> promover uma imagem Rhn, territrio inovador e

    com futuro (e modelo de desenvolvimento local naAlemanha, graas ao LEADER I);

    > valorizar a denominao Reserva da biosfera;> dessazonalizar a frequentao;> promover a cozinha regional e s do Rhn;> encorajar os restauradores locais e integrarem os pratos

    regionais no seu menu e a comprarem pelo menos 25%dos seus produtos alimentares aos agricultores do Rhn;

    > incentivar a cooperao entre os operadores tursticose os artesos locais;

    > instalar um percurso de autocarro turstico, restaurar eperpetuar uma linha de caminhos-de-ferro local ligada rede ferroviria europeia;

    > dispor de um equipamento promocional mvel (stand,etc.) que permita a participao colectiva das seis as-sociaes tursticas locais em feiras e sales;

    > organizar campanhas publicitrias agrupadas.

    (*) O Rhn uma das 340 Reservas da biosfera, repartidas em75 pases, seleccionadas pela UNESCO no mbito do seu progra-ma MAB (Man and the Biosphere). Segundo o princpio valo-rizar para proteger, o MAB visa fomentar o desenvolvimento du-rvel de territrios modelados pelo homem e representativos deum ecossistema especial. O Rhn corresponde, por exemplo, a umtipo de regio de mdia montanha tpica da Europa Ocidental.Verdadeiro observatrio mundial do ambiente, o programa MABno fornece ajuda financeira, mas assistncia tcnica.

    CONCLUSES

    A anlise da situao foi apresentada sob a forma de umrelatrio intercalar e de um mapa sinptico, ambos dis-tribudos a cerca de 120 particulares e organismos, aquem foram pedidas propostas e comentrios.

    Em seguida, o relatrio foi retrabalhado no mbito deum frum aberto ao turismo, espcie de mesa-redondainterdisciplinar comportando quatro grupos de trabalho.Este frum permitiu integrar nas anlises externas(foras/fraquezas e oportunidades/riscos) o ponto devista da populao local.

    Este frum serviu de base elaborao de um Guia tu-rstico do Rhn.

    O trabalho de anlise e de avaliao colidiu com as difi-culdades seguintes:

    > extenso do territrio e disparidades locais;> informaes inexistentes ou incompletas;> estruturas poltico-administrativas complexas;> divergncias de opinio;> problemas de representatividade;> influncia exercida pelos inquiridores;> baixa percentagem de respostas aos questionrios;> definio da concorrncia e sua anlise.

    Efectuada simultaneamente de forma externa (realiza-o inicial por um gabinete de estudos) e interna(acompanhamento e avaliao anual com os agentes lo-cais), a avaliao do potencial turstico permitiu identi-ficar um certo nmero de grupos-alvo:> visitantes que optam por estadias curtas mas mais

    frequentes;> pessoas relativamente idosas mas activas e preocupa-

    das em manter-se jovens;> turistas exigentes em matria de proteco do ambiente;> turistas procura da natureza e do sossego;> pessoas interessadas numa vida s;> famlias com crianas.

    OBJECTO DA AVALIAO

    Hotelaria e restaurao

    OPORTUNIDADES

    > Ter sistematicamente em conta a proteco

    do ambiente

    > Diversificao da oferta dos restaurantes:

    pratos dietticos, vegetarianos e regionais,

    alm da cozinha burguesa

    > Mais ampla utilizao dos produtos locais

    > Fomento da cooperao entre operadores

    tursticos

    RISCOS

    > Evoluo dos comportamentos em matria

    de restaurao e de alojamento (mais

    exigncia em matria de conforto)

    > Mais exigncia em matria de qualidade

    e de profissionalismo dos operadores de

    servios

    > Muitos operadores tursticos no podem

    resistir isolados presso da concorrncia

    VISO GLOBAL DA ANLISE DAS OPORTUNIDADES E DOS RISCOS:

  • DOMNIO

    Superfcie do territrio (ha)

    SITUAO GEOGRFICA

    Topografia / relevo

    principais montanhas (altitude)

    pico mais elevado

    altitude mdia

    ponto mais baixo

    CARACTERSTICAS GEOLGICAS

    Clima

    temperatura mdia (Vero)

    temperatura mdia (Inverno)

    insolao (dias/ano)

    precipitaes (dias/ano)

    precipitaes (mm/ano)

    camada de neve mdia (cm)

    HIDROGRAFIA

    Cursos de gua

    nome

    desportos aquticos; pesca

    zonas balneares

    zona aqutica protegida

    qualidade da gua

    Planos de gua (lagos naturais, artificiais, lagoas, etc.)

    nome

    desportos aquticos; pesca

    zonas balneares

    zona aqutica protegida

    qualidade da gua

    FICHA 13 - LISTA DE CONTROLO PARA O INVENTRIO DA OFERTA TURSTICA LOCAL

    AMBIENTE

    DESCRIO

  • UTILIZAO DO SOLO (% ou ha)

    actividades industriais/comerciais

    habitao

    espaos recreativos

    florestas

    paisagens / espaos protegidos

    terras agrcolas, nomeadamente:

    terras de cultivo

    - pastagens

    - parte das terras consagradas cultura biolgica (%)

    Flora

    variedades de plantas raras

    Fauna

    espcies animais raras

    Stios naturais de interesse particular

    (curiosidades naturais, cascatas, turfeiras, rvores antigas, etc.)

    Zonas protegidas

    DOMNIO DESCRIO

  • FICHA 14 LISTA DE CONTROLO PARA O INVENTRIO DA OFERTA TURSTICA LOCAL

    POPULAO, ACT IV IDADE ECONMICA, COMRCIO E SERVIOS

    DESCRIODOMNIO

    POPULAO

    nmero de habitantes

    estrutura demogrfica

    POPULAO ACTIVA

    total:

    por sector:

    - a tempo inteiro:

    - a tempo parcial:

    empregada na indstria

    empregada no artesanato

    empregada no comrcio

    empregada noutros servios

    empregada no turismo

    - a tempo inteiro:

    - a tempo parcial:

    taxa de desemprego

    taxa de migrao diria

  • DESCRIODOMINIO

    COMRCIO / SERVIOS

    padarias

    talhos

    mercearias

    supermercados

    cooperativas

    quintas que praticam a venda directa

    aluguer de veculos

    estaes de servio

    txis

    autocarros (carreiras, expressos)

    aluguer / manuteno de bicicletas

    aluguer / manuteno de artigos de desporto

    correios

    servios bancrios

    mdicos, dentistas

    farmcias

    infantrios

    casas de jovens

    outros comrcios e servios

  • DESCRIODOMNIO

    REDE RODOVIRIA

    ligaes aos grandes eixos

    rede rodoviria local

    REDE FERROVIRIA

    ligaes aos grandes eixos

    TRANSPORTES COLECTIVOS LOCAIS

    paragens

    itinerrios

    horrios

    tarifas

    PISTAS PARA VELOCPEDES

    CENTROS DE PEES

    - zonas proibidas aos automobilistas

    - zonas de pees

    CIRCULAO REGULAMENTADA

    - travessias de aglomeraes

    - itinerrios de desvio

    estado das estradas / ruas

    SINALIZAO

    - sinalizao dos locais pblicos

    - quadros / postos de informao

    - plantas de cidades

    - mapa turstico

    ESTACIONAMENTO

    nmero total de lugares

    nmero de lugares reservados aos veculos

    tarifas

    FICHA 15 LISTA DE CONTROLO PARA O INVENTRIO DA OFERTA TURSTICA LOCAL

    VIAS DE ACESSO, TRANSPORTES , DESLOCAES

  • DOMNIO

    Histria

    data de fundao

    brases

    eventos histricos especiais

    personagens clebres

    LAOS COM O ESTRANGEIRO

    laos histricos

    laos particulares (ex.: geminaes)

    RELIGIO (%)

    ARQUITECTURA, URBANISMO, PATRIMNIO CONSTRUDO

    operao(es) de embelezamento

    participao

    vistas, integrao do patrimnio construdo na paisagem

    patriomnio construdo

    tecido arquitectural

    espaos verdes

    PROGRAMA DE "RENOVAO DE ALDEIAS"?

    montante da ajuda

    ESPECIFICIDADES CULTURAIS

    especialidades culinrias regionais

    costumes, folclore

    associaes culturais, folclricas

    festas

    mercados

    produtos regionais

    eventos especiais

    personalidades locais

    lendas, ditados, contos

    DESCRIO

    FICHA 16 LISTA DE CONTROLO PARA O INVENTRIO DA OFERTA TURSTICA LOCAL

    CULTURA, ANIMAO CULTURAL

  • DOMNIO

    DIVERTIMENTOS

    cinema

    teatro

    pera / ballet

    msica

    bibliotecas

    seres dansantes

    discotecas

    conferncias

    projeces

    seres, reunies locais

    outros

    PATRIMNIO CULTURAL, CURIOSIDADES

    igrejas

    abadias

    fortalezas

    castelos

    runas

    edifcios histricos

    locais histricos

    monumentos

    MUSEUS / EXPOSIES

    nome:

    exposio de:


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