Date post: | 06-Jul-2018 |
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Medicamentos na gestação e
na lactaçãoCelene Maria Longo da Silva
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Introdução
Alguns medicamentos e drogas, quandoingeridos no ciclo gravídico-puerperal, podemprovocar efeitos deletérios tanto a gestantequanto ao seu concepto, nas fase de embrião,feto e mesmo ao recém-nascidoObjetivo
Preservar a higidez materno-fetal
Evitar o fator iatrogênico, responsável por 5% das
malformações e 20% do obituário infantil
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Danos reprodutivos
Morte do concepto
Malformações
Crescimento intra-uterino restrito
Deficiências funcionais (p ex. retardomental)
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Evolução da obstetrícia
Primeira etapahemorragia intracraniana e tocotraumatismos
Parto exclusivamente via baixaElevada taxa de mortes maternas (582/100.000 nascimentos)
Avanço da anestesiologia
Parto pela via altaRedução dos índices de mortalidade materna (3,3/ 100.000nascimentos)
Segunda etapaMelhora na assistência ao partoConhecimento sobre as patologias clínicas na gravidez
combate a anoxiaMelhora do bem estar fetal
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Evolução da obstetrícia
Terceira etapaMedicina fetal
incidência de malformações
Útero não mais conhecido como torre de marfim
Gênese das malformaçõesGenético (20%)
Cromossômico (15%)
Ambientais (10%)
» irradiações e infecções(2 a 3%)
» patológicos maternos(1 a 2%)
» fármacos e outros agentes químicos (4 a 5%))
Multifatoriais (65%)
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Evolução da obstetrícia
Teratogênese induzidapor drogas ou pormedicamentos
Ainda que não tenha altaprevalência, parece ser a
causa de mais fácilprevençãodepende doconhecimento científicobaseado em evidênciasuso terapêutico racional,idealmente concentradona prática médica
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Índice terapêutico
Informações relativa à eficácia e à janelaterapêutica, indicando a segurança do produtoquanto às quantidades utilizadas
Relação dose-efeito
Probabilidade de ocorrência de efeitos colateraisindesejáveisNão indica as manifestações espécie-específicas (ex:talidomida)Não indica a farmacocinética do medicamento
Limitado à decisão médica racional, avaliando risco-benefício de cada medicamento
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Farmacocinética
Parte integral da boa práticamédicaConhecer a biodisponibilidade domedicamento
Concentrações plasmática
subliminares (ineficazes)Concentrações tóxicas
Conhecer a distribuição eprocessos de interrupção da açãodo fármacoEvitar interações medicamentosas
e reações iatrogênicasEspecialmente importante no ciclogestacional e puerperal
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Organismo materno
Vias de administraçãoPode interferir diretamente na ação dofármaco
Próximas ao local de açãoVantagem de menor dose
Não estão sujeitas aos processos de absorção edistribuição
Podem ter ação prolongada
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Organismo materno
Vias de administraçãoDistantes do local de ação: as mais utilizadas,dependem da absorção
Intramuscular: bem vascularizadaSubcutânea: favorece o depósito do medicamentoEndovenosa: adaptada a grandes volumesOral: mais cômodaTranscutânea: lenta
Retal: evita metabolismo hepático de primeirapassagemSublingual: níveis sanguíneos não depurados
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Organismo materno
AbsorçãoMesmo na gravidez a via oral é a maisutilizada
Sob ação da progesteronaAumento no fluxo sanguíneo e redução damotilidade gastrointestinal
Fármaco permanece mais tempo no tubo digestivo
Absorção mais lenta, mas mais eficaz
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Organismo materno
DistribuiçãoDepende da afinidade de ligação do fármaco àsproteínas plasmáticas
Lipossolubilidade da droga
O percentual livre distribui-se para os tecidos afins eórgãos-alvo
Aumento contínuo dos hormônios esteróides e deácidos graxos livres (competidores dos fármacos naligação com as seroproteínas) pode determinar oaumento dos fármacos livres
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Organismo materno
MetabolismoOcorre primariamente no fígado
Fluxo sanguíneo hepáticoSistema enzimático
Fármacos sofrem biotransformaçãoOxidação (citocromo P450)ReduçãoHidroxilação (fase I)Conjugação (fase II)
Estrogêniosdiminuem a capacidade de metabolização enzimática -> acúmulode medicamentos na circulação sanguínea
Progesteronainibem algumas enzimas do sistema P450 (CYP 1A2)alterando o clearance de algumas substâncias (teofilina e cafeína)ativando o clearance de outras enzimas (CYP 3A4 e CYP2C9) quepodem alterar outras substâncias (fenitoína e sertralina)
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Organismo materno
ExcreçãoO rim é a via mais importante para aeliminação dos fármacos e seus metabólitos
Filtração glomerularSecreção tubular ativa
Na gravidez o fluxo renal pode aumentar até80% e a taxa de filtração glomerular em torno
de 50%
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Placenta
A passagem do fármaco pela placenta estásubordinada às mesmas condições que outrasmembranas do organismo
Baixo peso molecular
Não associação a seroproteínas
Lipossolubilidade
pH ligeiramente ácido
Atua como complemento metabólico do fígadoPossui 50% das enzimas encontradas no fígadomaterno
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Unidade Feto-Placentária
Vilosidade corial - Transferência de gases e metabolitos
Sentido Mãe-Feto
Sentido Feto-Mãe
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Concepto
O desenvolvimento do concepto envolve 3períodos
Fertilização e nidação3 primeiras semanas do desenvolvimentoIntensa atividade mitótica
Agentes tóxicos determinam a morte do ovoPeríodo do tudo ou nada
EmbrionárioDe 4 a 7 semanasFase da organogêneseEstádio mais sensível à teratogênese
Morfológicas e de grande vultoPeríodo extremamente delicado
poucas semanas de atraso menstrual
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Concepto
O desenvolvimento do concepto envolve 3períodos
FetalDa 8ª semana ao termo da gestaçãoFase de desenvolvimento
Menos exposta aos efeitos teratogênicosSe presentes, podem ser morfológicos (de pequena monta) oufuncionaisInfluências nocivas atuam no número e tamanho celular
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Concepto
DistribuiçãoFármaco associam-se a seroproteínas,retardando sua ação farmacológica
Teor de proteínas: 20% do plasma fetalFeto exposto aos medicamento
aumento da área de inserção placentária
Aumento do aporte sanguíneo quando diminui a
espessura da membrana sincício capilar Alteração do pH fetal -> dissociação das drogas
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Concepto
MetabolismoFígado fetal apto a realizar
síntese proteica a partir de 4 a 6 semanas
Produzir glutamil-Co-A na 10ª semanaUridinofosfato-glicogênio-sintetase na 13ª semana
Citocromo P450 na 14ª semana
Exercer função metabólica de oxidação, redução,hidroxilação, assim como conjugação a partir da
20ª semana
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Concepto
ExcreçãoFeto começa a filtrar os medicamentos devidoao amadurecimento renal e ao aportesanguíneo
eliminando-os para o líquido amnióticoClearence do líquido amniótico
Parte devolvido ao organismo maternoParte deglutido pelo fetoPlacenta devolve os produtos que metaboliza no espaço
intervilosoAté a supressão do aporte medicamentoso na mãe
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Concepto
Variáveis que interferem no uso demedicamentos na gravidez
Estado de saúde maternoGenótipos materno e fetalEvidências pré-clínicas podem não ser extrapoláveispara a espécie humanaDose ingerida pela mãeConcentração do medicamento no fetoTratamento crônico pode atuar de diferentesmaneiras
induzir a síntese de enzimadestruir gradativamente de células embrionárias importantes
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Classificação dos fármacos A Estudos controlados em mulheres não demonstraram risco para o fetoquando administrado no 1º ou nos demais trimestres
Possibilidade de lesão fetal é remota
0,7%
B Estudos na reprodução animal não demonstraram risco fetal, mas não háestudos controlados em mulheres
Efeitos adversos em animais, mas não confirmados em estudoscontrolados em gestantes nos 3 trimestres
19%
CEstudos em animais revelaram efeitos adversos em fetos, mas não háestudos controlados em mulheres
Evitar
66%
D Evidência de risco fetal humano, porém os benefícios terapêuticosheróicos do uso em gestantes justificam o uso
7%
X Estudos em animais e em humanos revelam efeitos deletérios sobre oconcepto que ultrapassam o benefício terapêutico almejado
Estão contra-indicados na gestação e em mulheres que pretendemengravidar
7%
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Prescrição de medicamentos
Cautelosa
Informações atualizadas, com base emestudos controlados e consensos
Classificação é dinâmica (FDA e ANVISA)Muitos dados de classificação podem tersido fornecidos somente pelos fabricantes
Produtos novos no mercado
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VacinasBCG XFebre amarela X
Poliomielite: vacina oral trivalente de vírus vivos atenuados X
Varicela: vírus vivos atenuados X
Tríplice viral contra sarampo, caxumba e rubéola: vírus vivos atenuados X
Hepatite A: vírus inativados D
Meningococos A e C: vacina polissacrídica DHepatite B: antígeno de superfície de vírus purificado por engenharia genética(recombinante)
C
Influenza: vírus inativados C
Quadrivalente contra HPV (papilomavírus humano): vacina polissacarídica C
Raiva: vírus inativados C
Combinada inativa contra hepatite A e B r-DNA B
Poliomielite (SALK): vacina trivalente de vírus inativados A
Pneumocócica polivalente: vacina polissacarídica A
Dupla adulto: toxóide tetânico e toxóide diftérico A
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Analgésicos e antiinflamatórios
Acido acel itsalicílico B / D
Acetaminofeno B / D
Dipirona B
Diclofenaco sódico B / D
Acido mefenâmico B / D
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Antibióticos
Amoxicil ina B
Ampicil ina A
Cefalexina B
Cefalotina B
Nitrofurantoína B / D (no termo:
anemia hemolítica)
Norfloxacino C
Ciprofloxacino C
Sulfametoxazol /trimetroprim C / D
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Antieméticos
Metoclopramida B
Dimenidrato B /D
ondansentrona B
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Antifúngicos
Fluconazol X / C
Nistatina B
Fenticonazol C
Itraconazol D / C
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Bibliografia consultada
Tratado de Obstetrícia FEBRASGO,2001Obstetrícia Fundamental, Rezende /
Montenegro, 2003Kulay Junior, Luiz. Medicamentos nagravidez e lactação: guia prático 2ªedição Baueri, SP: Manole, 2009
FEBRASGO. Drogas na gravidez elactação São Paulo: Ponto, 2003
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