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DESTAQUES DO PERÍODO
INFORME DE RESULTADOS EM IFRS
INFORME DE RESULTADOS EM IFRS
PRIMEIRO SEMESTRE DE 2011 – 1S11
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ÍNDICE
RESUMO DADOS DO PERÍODO 03
DESTAQUES DO PERÍODO 04
RATINGS 06
AMBIENTE MACROECONÔMICO 07
EVENTOS RECENTES 08
SUMÁRIO EXECUTIVO 09
RESULTADOS DO SANTANDER NO BRASIL
RECONCILIAÇÃO DO RESULTADO CONTÁBIL E DO RESULTADO GERENCIAL 10 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO GERENCIAL 11 BALANÇO PATRIMONIAL 16 ANÁLISE DE RESULTADO POR SEGMENTO 22 CARTÕES 23
GESTÃO DE RISCOS 24
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E GOVERNANÇA CORPORATIVA 26
RESUMO DO BALANÇO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS GERENCIAIS 27
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RESUMO DE DADOS DO PERÍODO
RESUMO DE DADOS DO PERÍODO
As informações deste release são baseadas nos resultados consolidados do Banco Santander (Brasil) S.A., preparados de acordo
com as normas internacionais - IFRS (International Financial Reporting Standards). Os dados abaixo, referentes aos resultados e
indicadores de desempenho, são gerenciais, uma vez que se referem ao resultado contábil, ajustado pelo hedge fiscal do
investimento na agência de Cayman e pela unificação de classificação contábil de operações de leasing ocorrida por ocasião da
integração de sistemas da Santander Leasing Arrendamento Mercantil. Tanto o ajuste do hedge, que impacta as linhas de
impostos sobre a renda e os ganhos/perdas com ativos financeiros, como o ajuste da Santander Leasing, que impacta as linhas
de margem financeira e provisão para devedores duvidosos, não tem efeito sobre o lucro líquido. A reconciliação entre o
resultado contábil e o resultado gerencial está na página 10 deste relatório.
1S11 1S10 Var. 2T11 1T11 Var. 1S11x1S10 2T11x1T11
RESULTADOS (R$ milhões)
Margem de juros líquida 13.399 11.959 12,0% 6.760 6.639 1,8%
Comissões Líquidas 3.648 3.332 9,5% 1.866 1.782 4,7%
Despesas de Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (4.360) (4.915) -11,3% (2.301) (2.059) 11,8%
Despesas Administrativas e de Pessoal (5.926) (5.429) 9,2% (2.967) (2.959) 0,3%
Lucro líquido 4.154 3.529 17,7% 2.083 2.071 0,6%0
BALANÇO PATRIMONIAL (R$ milhões)
Ativo total 406.870 347.246 17,2% 406.870 383.988 6,0%
Títulos e valores mobiliários 105.521 93.492 12,9% 105.521 93.812 12,5%
Carteira de crédito¹ 171.379 146.529 17,0% 171.379 164.598 4,1%
Pessoa física 56.647 45.910 23,4% 56.647 53.456 6,0%
Financiamento ao consumo 27.137 26.119 3,9% 27.137 26.939 0,7%
Pequenas e médias empresas 41.034 32.127 27,7% 41.034 39.176 4,7%
Grandes empresas 46.562 42.373 9,9% 46.562 45.026 3,4%
Carteira de crédito ampliada² 184.362 155.586 18,5% 184.362 177.435 3,9%
Captação de clientes³ 174.828 136.256 28,3% 174.828 168.236 3,9%
Patrimônio líquido final 75.280 71.619 5,1% 75.280 74.716 0,8%
Patrimônio líquido médio excluindo ágio4 46.247 42.311 9,3% 46.247 45.772 1,0%0
INDICADORES DE DESEMPENHO (%)
Retorno sobre o patrimônio líquido médio - anualizado511,1% 10,0% 1,1 p.p. 11,2% 11,2% 0,0 p.p.
Retorno sobre o patrimônio líquido médio excluindo ágio4 - anualizado
518,0% 16,7% 1,3 p.p. 18,0% 18,1% -0,1 p.p.
Retorno sobre o ativo total médio - anualizado5
2,1% 2,2% -0,1 p.p. 2,1% 2,2% -0,1 p.p.
Índice de Eficiência633,6% 33,7% -0,1 p.p. 33,1% 34,0% -0,9 p.p.
Índice de Recorrência761,6% 61,4% 0,2 p.p. 62,9% 60,2% 2,7 p.p.
Índice de Basiléia excluindo ágio4
21,4% 23,4% -2,0 p.p. 21,4% 22,7% -1,3 p.p.0
INDICADORES DE QUALIDADE DA CARTEIRA (%)
Índice de Inadimplência8 - IFRS 6,7% 6,6% 0,1 p.p. 6,7% 6,1% 0,6 p.p.
Índice de Inadimplência9 (acima de 90 dias) - BR GAAP 4,3% 4,7% -0,4 p.p. 4,3% 4,0% 0,3 p.p.
Índice de Inadimplência10 (acima de 60 dias) - BR GAAP 5,2% 5,6% -0,4 p.p. 5,2% 5,0% 0,2 p.p.
Índice de Cobertura IFRS11 92,0% 101,7% -9,7 p.p. 92,0% 98,1% -6,1 p.p.
Índice de Cobertura BR GAAP 143,0% 127,8% 15,2 p.p. 143,0% 142,2% 0,8 p.p.0
OUTROS DADOS
Ativos sob administração - AUM (R$ milhões) 113.196 109.493 3,4% 113.196 115.395 -1,9%
Nº de Cartões de Crédito e Débito (mil) 38.430 35.339 8,7% 38.430 37.884 1,4%
Agências 2.273 2.097 8,4% 2.273 2.232 1,8%
PABs 1.455 1.491 -2,4% 1.455 1.471 -1,1%
Caixas eletrônicos 18.189 18.117 0,4% 18.189 18.099 0,5%
Total de Clientes (mil) 24.054 21.796 10,4% 24.054 23.426 2,7%
Total de Correntistas ativos12
(mil) 9.332 8.844 5,5% 9.332 9.334 0,0%
Funcionários1353.361 51.789 3,0% 53.361 54.375 -1,9%
1. Informações gerenciais.
2. Inclui compra de carteira e outras operações com risco de crédito (debêntures, FDIC, CRI, notas promissórias e notas promissóriasde colocação no exterior)
3. Inclue Poupança, Depósitos a vista, Depósitos a prazo, Debenture, LCA e LCI e Letras Financeiras
4. Ágio apurado na aquisição do Banco Real e da Real Seguros Vida e Previdência.
5. A partir do 2T11, os indicadores passam a ser calculados de forma linear, para melhor comparabilidade. Em razão disso, os indicadores dos períodos anteriores foram recalculados.
6. Eficiência: Despesas Gerais/Total de Receitas .
7. Comissões líquidas / Despesas gerais.
8. Operações vencidas há mais de 90 dias mais créditos normais com alto risco de inadimplência / carteira de crédito.
9. Operações vencidas há mais de 90 dias / carteira de crédito em BR GAAP.
10. Operações vencidas há mais de 60 dias / carteira de crédito em BR GAAP.
11. Provisões de Crédito de Liquidação Duvidosa / operações vencidas há mais de 90 dias mais créditos normais com alto risco de inadimplência.
12. Clientes com movimentação de depósito à vista no período de 30 dias, de acordo com o BACEN. A partir do 1T11 alteramos o critério de informação ao Banco Central.
13. Considera o Banco Santander (Brasil) S.A. e subsidiárias consolidadas no balanço patrimonial.
ANÁLISE GERENCIAL
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DESTAQUES DO PERÍODO
DESTAQUES DO PERÍODO
RESULTADOS
O lucro líquido no primeiro semestre de 2011 foi de R$ 4.154 milhões, com crescimento de 17,7% (ou R$ 625 milhões) em relação aos R$3.529 milhões do mesmo período de 2010. No trimestre apresenta variação de 0,6%.
INDICADORES
Evolução dos indicadores de Gestão em três meses (2T11/1T11):
Eficiência: 33,1% no 2T11, com melhora de 0,9 p.p.
Recorrência: 62,9% no 2T11, com crescimento de 2,7 p.p.
ROAE: 18,0% no 2T11 com redução de 0,1 p.p.
Indicadores de Solidez:
Índice de Basiléia: 21,4% em junho de 2011, com redução de 1,3 p.p. em três meses e 2,0 p.p. em doze meses.
Cobertura: 92,0% no segundo trimestre de 2011, com queda de 6,1 p.p. em três meses e 9,7 p.p. em doze meses.
BALANÇO
Ativos de R$ 406.870 milhões, com crescimento de 17,2% em doze meses.
Crédito a Clientes de R$ 171.379 milhões, com alta de 17,0% em doze meses. Carteira de crédito ampliada com alta de
18,5%, totalizando R$ 184.362 milhões no mesmo período.
Patrimônio Líquido totalizou R$ 46.247 milhões (excluindo ágio de R$ 28.312 milhões)
NOSSAS AÇÕES - Bovespa: SANB11 (Unit), SANB3 (ON), SANB4 (PN); NYSE (BSBR)
Valor Mercado1 em 30/06/2011: R$ 70 bilhões e US$ 45 bilhões
Número total de ações (mil): 399.044.117
Lucro Líquido2 no 2T11 por:
• Lote de mil Ações - R$ 20,82
• Lote de dez Units - R$ 21,86
1. Valor de mercado: número total de ações (ON+PN)/105 (Unit = 50 PN + 55 ON) x preço de fechamento da Unit (SANB11) e taxa de câmbio R$/U$ de 1,5638
2. Lucro líquido do 2T11 anualizado. Calculo não leva em consideração o fato de que os dividendos atribuídos às ações preferenciais são 10% superiores ao
montante atribuído às ações ordinárias.
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DESTAQUES DO PERÍODO
2.774 2.8492.952 2.959 2.967
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Despesas Administrativas e de PessoalR$ milhões
7,0%
0,3%
1.7661.935 1.918
2.071 2.083
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Lucro LíquidoR$ milhões
18,0%
0,6%
33,7% 33,6%
1S10 1S11
Índice de Eficiência%
-0,1 p.p.
16,7%
18,0%
1S10 1S11
ROAE1
%
1) Lucro líquido anualizado sobre o patrimônio líquido médio ajustado pelo ágio.
1,3 p.p.
Pessoa Física33% Pequenas
e Médias Empresas
24%
Financ. Consumo
16%
Grandes Empresas
27%
Distribuição da Carteira de Crédito1S11
1.710 1.776 1.726 1.782 1.866
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Comissões LíquidasR$ milhões
9,1%
4,7%
6.007 6.187 6.499 6.639 6.760
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Margem Líquida com JurosR$ milhões
1,8%
12,5%
Banco comercial
68%
Banco Global de Atacado
24%
Seguros e Gestão de
Ativos8%
Lucro antes de impostos por segmentos
1S11
6
RATINGS
RATINGS
O Santander é classificado por agências internacionais de “rating” e as notas atribuídas refletem seu desempenho operacional e
a qualidade de sua administração. A tabela abaixo apresenta as classificações de risco atribuídas ao banco pelas três principais
agências de rating mundiais.
*- A Fitch elevou os Ratings do Santander Brasil em 07 de abril de 2011 e a Moody’s elevou o rating de Depósitos em moeda estrangeira em 20 de
junho de 2011.
RATINGS
Ratings Perspectiva Ratings Perspectiva
Escala Nacional AAA (bra) Estável F1+ (bra) Estável
Moeda Local A- Estável F1 Estável
Moeda Estrangeira BBB+ Estável F2 Estável
Escala Nacional brAAA Estável brA-1 Estável
Moeda Local BBB- Estável A-3 Estável
Moeda Estrangeira BBB- Estável A-3 Estável
Escala Nacional Aaa.br Estável Br-1 Estável
Moeda Local A2 Estável P-1 Estável
Moeda Estrangeira Baa2 Estável P-2 Estável
LONGO PRAZO CURTO PRAZO
Fitch Ratings
Standard & Poor’s
Moody’s
AGÊNCIA DE RATING
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AMBIENTE MACROECONÔMICO
AMBIENTE MACROECONÔMICO
A economia brasileira segue em expansão, ainda que em ritmo
ligeiramente mais moderado. No primeiro trimestre de 2011,
o PIB apresentou um avanço de 4,2%, comparado com o
mesmo período de 2010, abaixo dos 5,0% registrados no
período anterior. O resultado, desta vez, foi determinado pelo
investimento que registrou um crescimento de 1,2%, frente ao
4T10.
A inflação permanece acima do objetivo do Banco Central,
mas os dados mensais mostraram recuo em maio e junho. A
desaceleração do IPCA no período foi determinada
principalmente pelos preços dos alimentos e dos itens de
transporte. Até junho, o principal índice de preços ao
consumidor, registrou alta de 6,71% em 12 meses. Os preços
agrícolas no atacado acumularam alta de 1,1% no primeiro
semestre do ano, recuando fortemente após aumento de 5,5%
no primeiro trimestre. Os produtos industriais, por sua vez,
acumularam no primeiro semestre inflação de 3%, reflexo da
alta no preço internacional das commodities, em especial o
minério de ferro.
O desempenho da balança comercial, até maio, se mostrou
bastante favorável, com saldo positivo de US$ 23,2 bilhões em
12 meses. As exportações continuam sendo sustentadas tanto
pelo aumento do volume como, em grande parte, pela
elevação dos preços de algumas commodities, impulsionadas
pelo crescimento dos emergentes. Já as importações revelam
uma demanda interna que se mantém aquecida e uma moeda
brasileira forte. A tendência da balança comercial se
contrapõe à trajetória constante de aumento no déficit de
serviços, impulsionado pela remessa de lucros e dividendos. O
resultado em transações correntes, que agrega as contas de
bens e serviços ficou negativo em USD 51 bilhões em 12 meses
(2,3% do PIB) até maio de 2011, praticamente estável desde
dezembro de 2010. Essa saída líquida de divisas foi mais que
suficientemente financiada por forte volume de entradas de
investimentos estrangeiros, tanto diretos (US$ 64 bilhões)
como em portfólio (US$ 59 bilhões), o que contribuiu para a
taxa de câmbio encerrar o mês de junho de 2011 em R$
1,56/US$.
O estoque de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 1,8
trilhão em maio, registrando ligeira aceleração do crescimento
para 1,6% na comparação mensal (1,3% em abril) e
aumentando 20,4% em relação ao mesmo mês do ano
anterior. Com este resultado, o crédito em maio chegou a
46,9% do PIB, alcançando, mais uma vez, o seu maior nível
histórico (no mês de abril a esta relação estava em 46,6% do
PIB). Os destaques continuam sendo os empréstimos
direcionados, particularmente oriundos do BNDES. O crédito
imobiliário, no entanto, mantém fortes taxas de expansão (em
média 3,3% ao mês em 2011). Até maio, a parcela de
direcionados aumentou 25,2%, enquanto o estoque de crédito
com recursos livres cresceu 18%. As modalidades associadas a
pessoas físicas e a pessoas jurídicas expandiram-se a taxas
muito próximas, 18,4% e 17,7%, respectivamente, na variação
interanual.
A solidez da demanda interna e do sistema financeiro continua
sendo fundamental para sustentar o crescimento brasileiro, a
despeito das incertezas que cercam a recuperação econômica
global. A manutenção de bons fundamentos terá papel
relevante para garantir a sustentabilidade deste ciclo de
crescimento da economia.
ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS 2T11 1T11 2T10
Risco país (EMBI) 163 174 248
Câmbio (R$/ US$ final) 1,561 1,628 1,801
IPCA (em 12 meses) 6,71% 6,30% 4,84%
Taxa Selic - Meta (a.a.) 12,25% 11,75% 10,25%
CDI¹ 2,80% 2,64% 2,22%
Ibovespa (em pontos/fechamento) 62.403 68.587 63.407
1. Taxa efetiva no trimestre.
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EVENTOS RECENTES
LANÇAMENTO DO CARTÃO DE CRÉDITO ESSO SANTANDER
O Banco Santander comunicou ao mercado que, em parceira com a
Cosan Combustíveis e Lubrificantes, subsidiária da Cosan S.A.
Indústria e Comércio e detentora do uso das marcas Esso e Mobil no
Brasil, lançou o cartão de crédito Esso Santander no primeiro
trimestre de 2011, com o objetivo de alavancar seus negócios de
cartão de crédito por meio de parcerias.
AQUISIÇÃO DE CARTEIRA DE CRÉDITOS DO SANTANDER
ESPANHA
Em reunião realizada em 21 de fevereiro de 2011, o Conselho de
Administração do Banco Santander aprovou a aquisição, por meio de
sua agência em Cayman, de carteira de créditos do Santander
Espanha, composta por contratos de financiamento ao comércio e
exportação relacionados a operações contratadas com clientes
brasileiros ou suas afiliadas no exterior, até o limite de US$ 1.085
milhões. No primeiro trimestre de 2011, foram adquiridos US$877
milhões referente aos contratos desta carteira e no segundo
trimestre, não houve aquisição.
BANCO MADESANT
O Banco Santander comunicou ao mercado em 25 de maio de 2011
que em linha com o Fato Relevante divulgado em 11 de fevereiro de
2010, o Banco Madesant – Sociedade Unipessoal S.A. (“Madesant”),
uma empresa afiliada ao Banco Santander, S.A. (Espanha) poderá
oferecer para venda, periodicamente, até 25.000.000 American
Depositary Shares (ADSs) listados na New York Stock Exchange, sendo
cada um representativo de uma Unit de emissão do Banco Santander.
VENDA DA SANTANDER SEGUROS
Em reunião realizada em 13 de julho de 2011, o Conselho de
Administração do Banco Santander aprovou a celebração dos
documentos definitivos da operação de venda da totalidade das
ações de emissão de sua subsidiária integral, Santander Seguros S.A.
(“Santander Seguros”), e indiretamente da Santander Brasil Seguros
S. A. (“Santander Brasil Seguros”) para a Zurich Santander Insurance
America, S.L., sociedade holding com sede na Espanha (“Holding”),
inicialmente detida pelo seu acionista controlador, Banco Santander,
S.A. (“Santander Espanha”), e para a Inversiones ZS América SPA,
sociedade com sede no Chile, (“Operação”), os quais foram assinados
no dia 14 de julho de 2011.
A conclusão da Operação, estimada até o final de 2011, está sujeita
ao cumprimento de determinadas condições suspensivas, usuais em
transações similares, incluindo a obtenção das autorizações
regulatórias pertinentes, em especial a Superintendência de Seguros
Privados - SUSEP.
A Operação está inserida no contexto da parceria estratégica no
exterior entre Santander Espanha e Zurich Financial Services Ltd.
(“Zurich”), envolvendo a aquisição, pela Holding, de todas as
seguradoras de ramos elementares e de vida e previdência do
Santander Espanha na Argentina, Brasil, Chile, México e Uruguai.
Uma vez concluída a Operação e a aquisição dos demais ativos aqui
referidos pela Holding, o Santander Espanha alienará para a Zurich
51% do capital social da Holding.
A Santander Seguros tem como atividade principal a exploração das
operações de seguros de pessoas, em quaisquer de suas
modalidades, bem como planos de pecúlio e rendas da previdência
privada aberta e é a acionista controladora da Santander Brasil
Seguros, cuja atividade principal é o desenvolvimento das operações
de seguros de danos, em qualquer de suas modalidades.
Como parte da Operação, o Banco distribuirá exclusivamente os
produtos de seguros nos próximos 25 anos, através de sua rede de
agências, com exceção dos seguros de automóveis, que não estão
incluídos no escopo de exclusividade na Operação. Como resultado
destes contratos, o Banco Santander receberá uma remuneração
equivalente à atualmente praticada.
A Operação visa fomentar e fortalecer a atuação do Banco Santander
no mercado de seguros, fornecendo uma maior oferta de produtos,
abrangendo classes de clientes atualmente não exploradas e
alavancando a capacidade de distribuição do Banco Santander, entre
outros.
Não foi inserida no escopo da Operação a Santander Capitalização
S.A. (“Capitalização”), que permanece sob o controle do Banco
Santander, bem como as atividades de corretagem de seguros,
realizadas através da Santander S.A. – Serviços Técnicos,
Administrativos e de Corretagem de Seguros.
Como resultado da Operação o Banco Santander receberá, na data de
fechamento, o preço calculado com base no valor de R$3.167
milhões, com base em laudo de avaliação independente, o qual está
sujeito a certos ajustes, incluindo a redução pela cisão parcial da
Santander Capitalização, realizada a valores contábeis.
Como a Santander Seguros é uma subsidiária integral do Banco
Santander, a compra e venda objeto da Operação estará sujeita ao
direito de preferência dos acionistas do Banco Santander, nos termos
do disposto no artigo 253 da Lei nº 6.404/76.
CISÃO PARCIAL DA SANTANDER SEGUROS COM VERSÃO DA
PARCELA CINDIDA PARA SANCAP INVESTIMENTOS E
PARTICIPAÇÕES S.A.
No contexto da operação de venda da Santander Seguros, na
Assembleia Geral Extraordinária realizada em 29 de abril de 2011, foi
aprovada a Cisão Parcial da Santander Seguros com versão da parcela
cindida de seu patrimônio a uma nova sociedade, constituída no ato
da Cisão Parcial, sob a denominação social de Sancap Investimentos e
Participações S.A. (“Sancap”). O acervo cindido para a Sancap
corresponde ao valor total de R$511.774 e refere-se única e
exclusivamente à totalidade da participação detida pela Santander
Seguros no capital social da Santander Capitalização.
A Sancap encontra-se em fase de constituição e a Cisão Parcial está
em processo de homologação na SUSEP.
9
SUMÁRIO EXECUTIVO
SUMÁRIO EXECUTIVO
O lucro líquido do Santander totalizou R$ 4.154 milhões no
primeiro semestre de 2011, com crescimento de 17,7%
comparado com igual período de 2010 e alta de 0,6% em
relação ao trimestre anterior.
O patrimônio líquido registrou, em junho de 2011, R$ 46.247
milhões, excluindo R$ 28.312 milhões referentes ao ágio da
aquisição do Banco Real e da Real Seguros Vida e Previdência.
O retorno sobre o patrimônio líquido médio ajustado pelo ágio
atingiu 18,0% no primeiro semestre, alta de 1,3 p.p. em
relação ao mesmo período do ano anterior. No trimestre, o
ROAE manteve o patamar de 18,0%, com redução de 0,1 p.p.
em relação a março de 2011.
O índice de eficiência atingiu 33,6% no primeiro semestre de
2011, com melhora de 0,1 p.p. em relação ao mesmo período
de 2010. Este desempenho é, em grande parte, conseqüência
do aumento das despesas decorrente de maior investimento
em infraestrutura, com ampliação do número de agências e
contratação de pessoal. No trimestre, o indicador alcançou o
patamar de 33,1%, com melhora de 0,9 p.p., em razão do
aumento das receitas de margem com juros e de comissões,
de 1,8% e 4,7%, respectivamente, e do controle efetivo de
gastos.
As despesas administrativas apresentaram alta de 2,7% em
doze meses. As despesas de pessoal mostraram crescimento
de 15,3% no mesmo período de comparação. Este
desempenho é explicado, em parte, pelo esforço de expansão
da rede de agências e das equipes comerciais, que implicaram
em contratação de pessoal.
- Indicadores de Solidez: o índice de Basiléia em junho de
2011 alcançou 21,4%, com queda de 2,0 p.p. em doze meses.
Já o índice de cobertura atingiu 92,0% em junho de 2011.
A estratégia de crescimento de crédito do Santander
permanece amparada pelos segmentos de maior
rentabilidade: Pessoa Física e PMEs. Como consequência, a
carteira total alcançou R$ 171.379 milhões, crescendo em
doze meses 17,0% ou R$ 24.850 milhões. Deste montante 79%
foram provenientes destes segmentos, sendo 43% Pessoa
Física e 36% PMEs. No conceito carteira de crédito ampliada1,
a carteira cresceu 18,5% em doze meses e 3,9% no trimestre.
O segmento de pessoa física registrou crescimento de 23,4%
em doze meses e 6,0% no trimestre, mostrando aceleração em
em ambos os períodos. Os produtos de maior destaque na
carteira foram cartões e imobiliário.
O volume de crédito do segmento de pequenas e médias
empresas somou R$ 41.034 milhões no segundo trimestre de
2011, com alta de 27,7% em doze meses e 4,7% no trimestre.
O total de captações, incluindo captações de clientes2
e fundos
de investimentos, atingiu R$ 288.024 milhões, em junho de
2011, com crescimento de 17,2% em relação ao mesmo
período de 2010 e 1,5% em relação ao último trimestre.
O total de captações de clientes atingiu R$ 174.828 milhões no
segundo trimestre de 2011, registrando alta de 28,3% em doze
meses e 3,9% em três meses. O aumento observado é superior
ao crescimento da carteira de crédito, o que ajudou a
melhorar a relação crédito/captação de 109% em junho de
2010 para 98% neste trimestre. Parte deste desempenho é
resultado de um novo instrumento de captação, as Letras
Financeiras, que possuem prazo mínimo de resgate de dois
anos e isenção de compulsório.
1. Inclui compra de carteira e outras operações com risco de crédito (debêntures, FDIC, CRI, notas promissórias e notas promissórias de colocação no exterior) 2. Inclui poupança, depósito à vista, depósito a prazo, debêntures, LCA, LCI e letras
financeiras.
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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
RECONCILIAÇÃO ENTRE O RESULTADO CONTÁBIL E O RESULTADO GERENCIAL
Para melhor compreensão dos resultados em IFRS, apresentamos, neste relatório, a demonstração do Resultado Gerencial, que
inclui os ajustes realizados sobre a Demonstração de Resultado Publicada (Contábil). Os ajustes referem-se ao hedge fiscal do
investimento na agência de Cayman e à unificação de classificação contábil de operações de leasing. Tanto o ajuste do hedge,
que impacta as linhas de impostos sobre a renda e os ganhos/perdas com ativos financeiros, como o ajuste da Leasing, que
impacta as linhas de margem financeira e provisão para devedores duvidosos, não tem efeito sobre o lucro líquido.
Hedge Fiscal: Reclassificamos para a linha de Ganhos (Perdas) com ativos e passivos financeiros líquidos, o efeito fiscal do hedge
que é contabilizado originalmente na linha de impostos. De acordo com as regras fiscais brasileiras, os ganhos (perdas) com a
variação cambial (R$/US$) do investimento em dólar em Cayman não é tributável (dedutível). Esse tratamento fiscal leva a
exposição cambial na linha de impostos. Uma posição de hedge, composta por derivativos, foi montada com o objetivo de tornar
o Lucro Líquido protegido contra as variações cambiais relacionadas com esta exposição cambial na linha de impostos. Assim, a
alíquota efetiva de impostos e o resultado com ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros ainda são impactados por
variação na taxa de câmbio.
Santander Leasing: Unificação de classificação contábil de operações de leasing ocorrida por ocasião da integração de sistemas.
Todas as informações, indicadores e comentários relativos à Demonstração de Resultados neste relatório consideram o
Resultado Gerencial, exceto quando citado.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO GERENCIAL 1S11 Hedge Ajuste 1S11 1S10 Hedge Ajuste 1S10 2T11 Hedge Ajuste 2T11 1T11 Hedge Ajuste 1T11(R$ Milhões) Contábil Fiscal Leasing Gerencial Contábil Fiscal Leasing Gerencial Contábil Fiscal Leasing Gerencial Contábil Fiscal Leasing Gerencial
Margem de juros líquida 13.399 - 13.399 11.698 (261) 11.959 6.760 - 6.760 6.639 - 6.639
Resultado de renda variável 50 50 18 18 45 45 5 5
Resultado de equivalência patrimonial 33 33 23 23 15 15 18 18
Comissões líquidas 3.648 3.648 3.332 3.332 1.866 1.866 1.782 1.782
Receitas de tarifas e comissões 4.256 4.256 3.770 3.770 2.167 2.167 2.089 2.089
Despesas de tarifas e comissões (608) (608) (438) (438) (301) (301) (307) (307)
Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros
(líquidos) + diferenças cambiais1.249 554 695 709 (189) 898 776 356 420 473 198 275
Outras receitas (despesas) operacionais (176) (176) (105) (105) (147) (147) (29) (29)
Total de receitas 18.203 554 17.649 15.675 (189) 16.125 9.315 356 8.959 8.888 198 8.690
Despesas gerais (5.926) (5.926) (5.429) (5.429) (2.967) (2.967) (2.959) (2.959)
Despesas administrativas (2.729) (2.729) (2.657) (2.657) (1.386) (1.386) (1.343) (1.343)
Despesas de pessoal (3.197) (3.197) (2.772) (2.772) (1.581) (1.581) (1.616) (1.616)
Depreciação e amortização (695) (695) (579) (579) (357) (357) (338) (338)
Provisões (líquidas)¹ (1.254) (1.254) (919) (919) (624) (624) (630) (630)
Perdas com ativos (líquidas) (4.374) (4.374) (4.621) (4.882) (2.306) (2.306) (2.068) (2.068)
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa² (4.360) - (4.360) (4.654) 261 (4.915) (2.301) - (2.301) (2.059) - (2.059)
Perdas com outros ativos (líquidas) (14) (14) 33 33 (5) (5) (9) (9)
Ganhos líquidos na alienação de bens 7 7 165 165 (22) (22) 29 29
Lucro operacional antes da tributação 5.961 554 5.407 4.292 (189) 4.481 3.039 356 2.683 2.922 198 2.724
Impostos sobre a renda (1.807) (554) (1.253) (763) 189 (952) (956) (356) (600) (851) (198) (653)
Lucro líquido 4.154 - 4.154 3.529 - 3.529 2.083 - 2.083 2.071 - 2.0711. Inclui provisões trabalhistas, cíveis e fiscais.
2. Inclui recuperações de créditos baixados como prejuízo.
11
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
A margem líquida com juros no primeiro semestre de 2011 atingiu
R$13.399 milhões, aumento de 12,0% em relação ao mesmo período do
ano anterior. No primeiro trimestre de 2011, apresenta alta de 1,8%.
As receitas oriundas de crédito apresentaram evolução de 18,0% em doze
meses e de 6,7% no trimestre. Este desempenho é justificado pelo
crescimento do volume médio da carteira de crédito em R$ 25,4 bilhões e
R$ 5,2 bilhões, em dozes meses e três meses, respectivamente. O aumento
de spreads no trimestre também ajudou no aumento das receitas de juros
de crédito. As receitas de depósitos apresentaram crescimento de 36,0%
em doze meses e 5,8% no trimestre.
A linha de Recursos Livres e outros (ou margem de juros líquida não
associada a atividade de clientes) apresentou queda de 8,2% em doze
meses, sendo parcialmente explicada pelo impacto do aumento da Selic.
Assim, a margem de juros liquidos associadas as atividades de clientes
(créditos mais depósitos) crescem em um ritmo bastante superior a
crescimento da margem de juros líquida total.
1S11 1S10 Var. 2T11 1T11 Var. 1S11x1S10 2T11x1T11
Créditos 10.070 8.533 18,0% 5.198 4.871 6,7%
Volume médio 162.727 137.299 18,5% 165.325 160.128 3,2%
Spread (a.a.) 12,5% 12,5% -0,1 p.p. 12,6% 12,3% 0,3 p.p.
Depósitos 566 416 36,0% 291 275 5,8%
Volume médio¹ 115.770 104.111 11,2% 118.676 112.864 5,1%
Spread (a.a.) 1,0% 0,8% 0,2 p.p. 1,0% 1,0% 0,0 p.p.
Recursos livres e outros 2.763 3.010 -8,2% 1.270 1.492 -14,9%
Total margem de juros líquida 13.399 11.959 12,0% 6.760 6.639 1,8%
MARGEM DE JUROS LÍQUIDA (R$ Milhões)
1. Considera depósitos à vista, poupança e depósito a prazo.
6.007 6.187 6.499 6.639 6.760
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Margem Líquida com JurosR$ milhões
1,8%
12,5%
1S11 1S10 Var. 2T11 1T11 Var.
(R$ Milhões) 1S11x1S10 2T11x1T11
Margem de juros líquida 13.399 11.959 12,0% 6.760 6.639 1,8%
Resultado de renda variável 50 18 177,8% 45 5 n.a.
Resultado de equivalência patrimonial 33 23 43,5% 15 18 -16,7%
Comissões líquidas 3.648 3.332 9,5% 1.866 1.782 4,7%
Receitas de tarifas e comissões 4.256 3.770 12,9% 2.167 2.089 3,7%
Despesas de tarifas e comissões (608) (438) 38,8% (301) (307) -2,0%
Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) +
diferenças cambiais695 898 -22,6% 420 275 52,4%
Outras receitas (despesas) operacionais (176) (105) 67,6% (147) (29) n.a.
Total de receitas 17.649 16.125 9,5% 8.959 8.690 3,1%
Despesas gerais (5.926) (5.429) 9,2% (2.967) (2.959) 0,3%
Despesas administrativas (2.729) (2.657) 2,7% (1.386) (1.343) 3,2%
Despesas de pessoal (3.197) (2.772) 15,3% (1.581) (1.616) -2,2%
Depreciação e amortização (695) (579) 20,0% (357) (338) 5,6%
Provisões (líquidas)² (1.254) (919) 36,5% (624) (630) -1,0%
Perdas com ativos (líquidas) (4.374) (4.882) -10,4% (2.306) (2.068) 11,5%
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa³ (4.360) (4.915) -11,3% (2.301) (2.059) 11,8%
Perdas com outros ativos (líquidas) (14) 33 -142,4% (5) (9) -44,4%
Ganhos líquidos na alienação de bens 7 165 -95,8% (22) 29 -175,9%
Lucro operacional antes da tributação 5.407 4.481 20,7% 2.683 2.724 -1,5%
Impostos sobre a renda (1.253) (952) 31,7% (600) (653) -8,2%
Lucro líquido 4.154 3.529 17,7% 2.083 2.071 0,6%
1. Considera reclassificação do hedge fiscal de Cayman e ajuste da unificação de classificação contábil de operações de Leasing
2. Inclui provisões trabalhistas, cíveis e fiscais.
3. Inclui recuperações de créditos baixados como prejuízo.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO GERENCIAL¹
12
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
GANHOS (PERDAS) COM ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS (LÍQUIDOS) + DIFERENÇAS CAMBIAIS
Excluindo-se o efeito do hedge fiscal do investimento na agência de Cayman, os ganhos (perdas) com ativos e passivos
financeiros (líquidos) mais diferenças cambiais somaram, no primeiro semestre de 2011, R$ 695 milhões, queda de 22,6%
quando comparado a igual período do ano anterior.
COMISSÕES LÍQUIDAS
As comissões líquidas somaram R$ 3.648 milhões, no primeiro semestre de 2011, alta de 9,5% em relação ao mesmo período do
ano anterior, devido, principalmente ao aumento da transacionalidade com os clientes nos produtos de cartões, seguros e
capitalização, bem como fundos de investimento e previdência.
Em doze meses, as receitas com comissões de seguros e capitalização cresceram 54,3%, totalizando R$ 917 milhões no primeiro
semestre de 2011. Esta variação é explicada, em parte, pela mudança da vigência dos prêmios de seguros de vida e acidentes
pessoais que, a partir de 2011, deixaram de ser renovados mensalmente para serem renovados anualmente. Para o banco, que
recebe pró-labore referente à distribuição de prêmios de Seguros, o efeito foi positivo, dado que a base de cálculo do pró-labore
é a emissão do prêmio. O impacto no primeiro semestre de 2011 foi de R$220 MM, uma vez que nesse período concentram-se
as maiores renovações de prêmios na Seguradora. Ajustado a este efeito, as receitas com comissões de seguros e capitalização
cresceram 17% no primeiro semestre de 2011 e 8% na variação trimestral.
As comissões de cartões de crédito e débito, por sua vez, totalizaram R$ 635 milhões neste primeiro semestre de 2011, com
crescimento em doze meses de 44,0%. Este desempenho reflete a adoção de uma estratégia baseada em inovação e foco nas
necessidades dos clientes, que resultou no aumento da base de cartões e maior penetração de produtos.
As comissões de fundos de investimentos e previdência foram de R$ 586 milhões no primeiro semestre de 2011, com
crescimento de 8,7% em doze meses, resultado do aumento do saldo de ativos sob administração.
No trimestre, o crescimento de 4,7% foi decorrente principalmente do aumento das comissões nas linhas de mercado de
capitais, comércio exterior e tarifas bancárias.
GANHOS (PERDAS) COM ATIVOS E PASSIVOS 1S11 1S10 Var. 2T11 1T11 Var. FINANCEIROS (LÍQUIDOS) (R$ Milhões) 1S11x1S10 2T11x1T11
Total 1.249 709 76,1% 777 472 64,4%
Hedge Cayman 554 (189) n.a. 357 198 80,8%
Total sem hedge de Cayman 695 898 -22,6% 420 275 52,6%
1S11 1S10 Var. 2T11 1T11 Var. 1S11x1S10 2T11x1T11
Tarifas bancárias 1.125 1.187 -5,2% 579 546 5,9%
Seguros e capitalização 917 594 54,3% 433 485 -10,8%
Fundos de Investimento e previdência 586 539 8,7% 290 296 -2,0%
Cartões de crédito e débito 635 441 44,0% 323 311 3,9%
Recebimentos 243 252 -3,9% 123 120 2,1%
Cobrança 192 198 -3,1% 100 92 8,0%
Arrecadação 51 54 -6,8% 23 28 -17,5%
Mercado de capitais 206 233 -11,7% 137 69 98,5%
Comércio exterior 206 225 -8,5% 111 96 16,0%
Outras¹ (269) (140) 91,9% (129) (140) -8,2%
Total 3.648 3.332 9,5% 1.866 1.782 4,7%
COMISSÕES LÍQUIDAS (R$ Milhões)
1. Inclui impostos e outras.
13
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
DESPESAS GERAIS (ADMINISTRATIVAS + PESSOAL)
As despesas gerais (administrativas + pessoal) somaram R$ 5.926 milhões
no primeiro semestre de 2011, alta de 9,2% em comparação ao mesmo
período de 2010. A evolução é, em grande parte, consequência do
esforço de expansão da rede de agências e das equipes comerciais do
segmento de Pequenas e Médias Empresas (PMES), além de maiores
gastos com propaganda, promoções e publicidade. Em relação ao
primeiro trimestre de 2011, as despesas gerais apresentaram variação de
0,3%.
As despesas administrativas totalizaram R$ 2.729 milhões no primeiro
semestre, alta de 2,7% em doze meses e 3,2% em três meses, mostrando
melhor desempenho em relação ao trimestre anterior, que registrou
crescimento de 5,4% (1T11/ 4T10).
As despesas com pessoal somaram R$ 3.197 milhões no primeiro semestre de 2011, alta de 15,3% em doze meses e queda de
2,2% no trimestre. O desempenho em doze meses é explicado, principalmente, pela contratação de pessoas, consequência da
expansão da rede de agências, e pelo acordo coletivo que impactou as linhas de salário, encargos e benefícios, em função do
aumento no pagamento de remuneração fixa, benefícios de alimentação, além de maiores gastos com assistência médica. Estes
fatores responderam por 93% do aumento das despesas de pessoal no período.
Como resultado o índice de eficiência, calculado por meio da divisão das despesas gerais pela receita total, atingiu 33,1%, com
melhora de 0,9 p.p., quando comparamos ao trimestre anterior.
34,8 34,1 35,3 34,0 33,1
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Índice de Eficiência%
1S11 1S10 Var. 2T11 1T11 Var. 1S11x1S10 2T11x1T11
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Serviços técnicos especializados de terceiros 751 756 -0,7% 365 386 -5,4%
Manutenção e conservação de bens 520 472 10,2% 255 265 -3,8%
Processamento de dados 527 501 5,2% 274 253 8,3%
Propaganda, promoções e publicidade 202 160 26,3% 119 83 43,4%
Comunicações 285 280 1,8% 142 143 -0,7%
Transporte e viagens 67 71 -5,6% 35 32 9,4%
Segurança e vigilância 246 253 -2,8% 122 124 -1,6%
Outras 131 164 -20,1% 74 57 29,8%
Total 2.729 2.657 2,7% 1.386 1.343 3,2%
DESPESAS DE PESSOAL
Salários 2.050 1.750 17,1% 1.029 1.021 0,8%
Encargos 517 472 9,5% 247 270 -8,5%
Benefícios 431 381 13,1% 223 208 7,2%
Treinamento 50 36 38,9% 21 29 -27,6%
Outras 149 133 12,0% 61 88 -30,7%
Total 3.197 2.772 15,3% 1.581 1.616 -2,2%
DESPESAS ADMINISTRATIVAS + DESPESAS DE PESSOAL 5.926 5.429 9,2% 2.967 2.959 0,3%
DESPESAS DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 695 579 20,0% 357 338 5,6%
DESPESAS TOTAIS 6.621 6.008 10,2% 3.324 3.297 0,8%
ABERTURA DE DESPESAS (R$ Milhões)
14
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
PROVISÕES DE CRÉDITO
A despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa, já incluindo o total de receita de recuperação, somou R$ 4.360
milhões no primeiro semestre de 2011, redução de 11,3% em relação à igual período de 2010. No trimestre, a despesa de
provisão, líquida de recuperação, aumenta 11,8%. Tal aumento é resultado tanto do crescimento do crédito, como de alguma
deterioração da qualidade da carteira, refletida nos indicadores de inadimplência, que serão discutidos em seções posteriores.
Vale destacar que a evolução da despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa (ou despesa bruta) e das receitas de
recuperação foi impactada por um ajuste efetuado no primeiro trimestre de 2011, decorrente da integração tecnológica.
Contudo, este impacto foi nulo nas despesas líquidas de provisão, dado que os ajustes nas linhas de despesas brutas e de
receitas de recuperação se compensam perfeitamente.
ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA (IFRS)
O índice de inadimplência (carteira vencida há mais de 90 dias mais créditos
normais com alto risco de inadimplência) alcançou 6,7% no segundo
trimestre de 2011, alta de 0,1 p.p. em relação ao mesmo período de 2010 e
0,6 p.p. no trimestre.
Cabe ressaltar que o índice de inadimplência em IFRS é mais conservador
que o índice utilizado no Sistema Financeiro Brasileiro, portanto não é
comparável com o indicador apurado em BR GAAP.
ÍNDICE DE COBERTURA (IFRS)
O índice de cobertura é obtido por meio da divisão do saldo de provisão para
créditos de liquidação duvidosa, pelo saldo das operações vencidas há mais
de 90 dias, mais créditos normais com alto risco de inadimplência. No
segundo trimestre de 2011, o indicador atingiu 92,0%, mostrando redução
de 6,1 p.p. em relação ao trimestre anterior.
ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA EM BR GAAP (ACIMA DE 90 DIAS)
Os créditos vencidos há mais de 90 dias, no segundo trimestre de 2011,
representaram 4,3% do total da carteira de crédito, redução de 0,4 p.p. em
doze meses. No trimestre, observa-se elevação mais acentuada em pessoa
física, com alta de 0,5 p.p, comparado a carteira de pessoa jurídica, que
apresentou elevação de 0,1 p.p.
O aumento da inadimplência é explicado por uma combinação de fatores: a)
sazonalidade b) aumento da Selic e c) impacto das medidas
macroprudencias, que resultaram em um aumento de spreads e
incentivaram um crescimento relativo dos produtos sem garantia.
RESULTADO DE CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO 1S11 1S10 Var. 2T11 1T11 Var. DUVIDOSA (R$ Milhões) 1S11x1S10 2T11x1T11
(5.260) (5.250) 0,2% (2.653) (2.607) 1,7%
900 335 168,5% 352 549 -35,9%
Total (4.360) (4.915) -11,3% (2.301) (2.059) 11,8%
¹No 1S10 inclui impacto de R$ 261 MM, referente a unificação de classificação contábil de operações da leasing.
Despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa¹
Receita de recuperação de créditos baixados como prejuízo
6,6%6,1%
5,8%6,1%
6,7%
8,2%7,9%
7,6%7,9%
8,6%
5,1%4,5% 4,3% 4,5%
4,9%
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Índice de Inadimplência¹ - IFRS
PF
Total
PJ
1. Operações vencidas há mais de 90 dias mais créditos normais com alto risco de inadimplência / carteira de crédito gerencial.
4,7%4,2% 3,9% 4,0% 4,3%
6,7%6,2%
5,8% 5,9%6,4%
3,0%2,5% 2,2% 2,4% 2,5%
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Índice de Inadimplência¹ - BR GAAP (Over 90)
PF
Total
PJ
1. Operações vencidas há mais de 90 dias / carteira de crédito em BR GAAP
101,7% 101,4% 98,3% 98,1%92,0%
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Cobertura - IFRS
15
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA (ACIMA DE 60 DIAS)
O indicador de créditos vencidos há mais de 60 dias atingiu 5,2% no
segundo trimestre de 2011, registrando queda de 0,4 p.p. em doze
meses e alta de 0,2 p.p. no trimestre.
ÍNDICE DE COBERTURA (BR GAAP)
O índice de cobertura BR GAAP é obtido por meio da divisão do saldo de
provisão para créditos de liquidação duvidosa, pelo saldo das operações
vencidas há mais de 90 dias. No segundo trimestre de 2011, o indicador
atingiu 143,0%, mostrando elevação de 0,8 p.p. em relação ao trimestre
anterior.
PROVISÕES PARA CONTIGÊNCIAS (LÍQUIDAS)
As provisões (líquidas) somaram R$ 1.254 milhões no primeiro semestre de 2011, alta de 36,5% em doze meses e queda de 1,0%
no trimestre. No semestre, o aumento é explicado, principalmente, pelo reforço nas provisões trabalhistas, decorrente da
aceleração de processo judiciais e ao maior número de acordos realizados.
IMPOSTOS SOBRE A RENDA
No primeiro semestre de 2011, o total de impostos atingiu R$ 1.253 milhões, aumento de 31,7% quando comparado a igual
período do ano anterior.
Ressaltamos que o total de impostos inclui imposto de renda, contribuição social, PIS e COFINS, e já exclui o efeito do hedge
fiscal de Cayman, conforme já explicitado na página 10 deste relatório.
1S11 1S10 Var. 2T11 1T11 Var. 1S11x1S10 2T11x1T11
Total de contingências fiscais, cíveis, trabalhistas
e diversas(1.254) (919) 36,5% (624) (630) -1,0%
PROVISÕES (R$ Milhões)
5,6% 5,0% 4,7% 5,0% 5,2%
8,0%7,4%
6,9%7,3%
7,9%
3,6%2,9% 2,7% 3,0% 2,9%
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
NPL¹ - Indice de Inadimplência BR GAAP(%)
PF
Total
PJ
1. Operações vencidas há mais de 60 dias / carteira de crédito em BR GAAP.
127,8% 133,4% 137,1% 142,2% 143,0%
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Cobertura - BR GAAP
16
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
Os ativos totais totalizaram, no segundo trimestre de 2011, R$ 406.870 milhões, crescimento de 17,2% em doze meses, devido
principalmente ao aumento da carteira de crédito e das disponibilidades e reservas no Banco Central.
Jun/11 Jun/10 Var. Mar/11 Var. Jun11xJun10 Jun11xMar11
Disponibilidades e reserva no Banco Central do Brasil 62.659 42.344 48,0% 57.443 9,1%
Ativos financeiros para negociação 31.400 35.902 -12,5% 23.541 33,4%
Outros ativos financeiros ao valor justo no resultado 18.402 16.213 13,5% 18.105 1,6%
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 145 1.076 -86,5% 212 -31,6%
Empréstimos e adiantamentos a clientes - 221 n.a. - n.a.
Instrumentos de Dívida 214 210 1,9% 210 1,9%
Instrumentos de Patrimônio 18.043 14.706 22,7% 17.683 2,0%
Ativos financeiros disponíveis para venda 55.680 42.579 30,8% 52.171 6,7%
Empréstimos e financiamentos 182.637 156.804 16,5% 178.758 2,2%
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 21.674 20.282 6,9% 23.914 -9,4%
Empréstimos e adiantamentos a clientes 171.379 146.308 17,1% 164.597 4,1%
Instrumentos de Dívida 79 - n.a. 79 n.a.
Provisão para perdas (10.495) (9.786) 7,2% (9.832) 6,7%
Ativos tangíveis 4.578 3.977 15,1% 4.576 0,0%
Ativos intangíveis 32.080 31.630 1,4% 31.949 0,4%
Ágio 28.312 28.312 0,0% 28.312 0,0%
Outros intangíveis 3.768 3.318 13,6% 3.637 3,6%
Ativo fiscal 15.453 15.250 1,3% 14.343 7,7%
Outros Ativos 3.981 2.547 56,3% 3.102 28,3%
Derivativos utilizados como hedge 105 107 -1,9% 128 -18,0%
Ativos não correntes para venda 47 93 -49,5% 65 -27,7%
Participações em coligadas 404 429 -5,8% 394 2,5%
Outros 3.425 1.918 78,6% 2.515 36,2%
Total do Ativo 406.870 347.246 17,2% 383.988 6,0%
Jun/11 Jun/10 Var. Mar/11 Var. Jun11xJun10 Jun11xMar11
Passivos financeiros para negociação 5.337 4.668 14,3% 4.898 9,0%
Passivos financeiros ao custo amortizado 280.311 232.373 20,6% 261.011 7,4%
Depósitos do Banco Central do Brasil - - n.a. - n.a.
Depósitos de instituições de crédito 45.700 47.784 -4,4% 36.995 23,5%
Depósitos de clientes2 176.806 150.378 17,6% 174.423 1,4%
Títulos de dívida e valores mobiliários 32.590 12.168 167,8% 26.907 21,1%
Dívidas subordinadas 10.276 10.082 1,9% 9.974 3,0%
Outros passivos financeiros 14.939 11.961 24,9% 12.712 17,5%
Passivos por contratos de seguros 20.517 16.693 22,9% 20.179 1,7%
Provisões3 9.371 9.662 -3,0% 9.010 4,0%
Passivos fiscais 12.131 9.199 31,9% 10.590 14,6%
Outros passivos 3.923 3.032 29,4% 3.584 9,5%
Derivativos utilizados como hedge 1 42 -97,6% - n.a.
Outros passivos 3.922 2.988 31,3% 3.584 9,4%
Outros passivos financeiros ao valor justo no resultado - 2 n.a. - n.a.
Total do passivo 331.590 275.627 20,3% 309.272 7,2%
Total do patrimônio líquido4 75.280 71.619 5,1% 74.716 0,8%
Total do passivo e patrimônio líquido 406.870 347.246 17,2% 383.988 6,0%
1. Balanço Patrimonial Contábil não auditado
2. Inclui operações compromissadas.
3. Inclui provisões para pensões e contingências.
4. Inclui participação dos acionistas minoritários e ajuste de valor ao mercado
BALANÇO PATRIMONIAL 1
ATIVO (R$ Milhões)
PASSIVO (R$ Milhões)
17
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
O total de títulos e valores mobiliários somou R$ 105.521 milhões no segundo trimestre de 2011, crescimento de 12,9% em doze
meses. Em comparação com março de 2011, o total de títulos e valores mobiliários apresentou crescimento de 12,5%, com
destaque para o crescimento de títulos públicos.
CARTEIRA DE CRÉDITO
A carteira de crédito gerencial totalizou R$ 171.379 milhões no primeiro semestre de 2011, com crescimento de 17,0% em doze
meses e 4,1% no trimestre. Excluindo o efeito da variação cambial, a carteira de crédito cresce 19,2% em doze meses e 4,6% no
trimestre.
No critério IFRS, a carteira de crédito não considera a compra de carteira de outros bancos com coobrigação. Incluindo o saldo
dessas aquisições e excluindo o efeito da variação cambial, o crescimento em doze meses do crédito seria de 19,0%.
No conceito carteira de crédito ampliada, que inclui, além de compra de carteira, outras operações com risco de crédito, a
carteira cresceu 18,5% em doze meses e 3,9% no trimestre. Destaca-se que parcela significativa desses outros créditos foi
originada no segmento de Grandes Empresas.
A carteira de crédito ampliada em BR GAAP atingiu R$ 185.036 milhões em junho de 2011, crescimento de 18,3% em doze
meses.
ABERTURA GERENCIAL DO CRÉDITO POR SEGMENTO¹ Jun/11 Jun/10 Var. Mar/11 Var.
A CLIENTES (R$ Milhões) Jun11xJun10 Jun11xMar11
Pessoa física 56.647 45.910 23,4% 53.456 6,0%
Financiamento ao consumo 27.137 26.119 3,9% 26.939 0,7%
Pequenas e Médias empresas 41.034 32.127 27,7% 39.176 4,7%
Grandes Empresas 46.562 42.373 9,9% 45.026 3,4%
Total 171.379 146.529 17,0% 164.598 4,1%
Outras operações com riscos de crédito² 9.195 5.612 63,8% 8.733 5,3%
Compra de carteira³ 3.788 3.445 10,0% 4.105 -7,7%
Total Carteira ampliada 184.362 155.586 18,5% 177.435 3,9%
Avais e fianças total 22.145 20.645 7,3% 20.934 5,8%
Total Carteira ampliada com avais e fianças 206.507 176.231 17,2% 198.369 4,1%
Total Crédito em BR GAAP ampliado² sem avais e fianças 185.036 156.450 18,3% 178.643 3,6%
2. Inclui debêntures, FDIC, CRI, notas promissórias e notas promissórias de colocação no exterior
1. Os saldos de crédito dos segmentos de pequenas e médias empresas e grandes empresas, referentes ao ano de 2010, foram reclassificados para melhor
comparabilidade com o período atual, devido a re segmentação de clientes ocorrida em 2011.
3. Carteira de crédito, principalmente consignado, adquirida de outros bancos.
Jun/11 Jun/10 Var. Mar/11 Var. Jun11xJun10 Jun11xMar11
Títulos Públicos 68.761 64.580 6,5% 57.982 18,6%
Títulos Privados, Cotas de Fundos e Outros 13.580 9.643 40,8% 12.961 4,8%
Cotas de Fundos PGBL / VGBL 17.702 14.706 20,4% 17.683 0,1%
Instrumentos Financeiros 5.478 4.563 20,1% 5.186 5,6%
Total 105.521 93.492 12,9% 93.812 12,5%
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS (R$ Milhões)
18
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
CRÉDITO PESSOA FÍSICA
No primeiro semestre de 2011, o crédito à pessoa física apresentou alta de
23,4% em doze meses totalizando R$ 56.647 milhões. No trimestre
registrou alta de 6,0%. Os produtos de maiores crescimentos no trimestre
foram cartões de crédito e crédito imobiliário.
O volume da carteira de cartões cresceu 32,0% em doze meses e 8,8% no
trimestre, atingindo R$ 11.707 milhões no segundo trimestre de 2011.
A carteira de crédito imobiliário para pessoa física totalizou R$ 7.647
milhões, alta de 36,3% em doze meses e 7,6% em três meses.
FINANCIAMENTO AO CONSUMO
A carteira de financiamento ao consumo, no segundo trimestre de 2011,
atingiu R$ 27.137 milhões, com alta de 3,9% em doze meses e 0,7% em
três meses. Neste segmento os esforços, nos últimos trimestres,
centraram-se prioritariamente em rentabilizar o negócio.
CRÉDITO PESSOA JURÍDICA
O crédito concedido à pessoa jurídica atingiu R$ 87.596 milhões no
segundo trimestre de 2011, com alta de 17,6% em doze meses e 4,0% no
trimestre.
A carteira de crédito de Grandes Empresas somou R$ 46.562 milhões, com
crescimento de 9,9% em doze meses e 3,4% no trimestre. Se
considerássemos as outras operações com risco de crédito, dado que
parcela significativa dessas operações foram originadas no segmento de
Grandes Empresas, o crescimento seria maior.
O volume de crédito destinado ao segmento de pequenas e médias
empresas registrou um volume de R$ 41.034 milhões no segundo trimestre
de 2011, com alta de 27,7% em doze meses e 4,7% no trimestre.
45,9 48,351,0 53,5
56,6
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Pessoa FísicaR$ bilhões
26,1 26,5 27,0 26,9 27,1
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Financiamento ao ConsumoR$ bilhões
42,4 43,6 44,4 45,0 46,6
32,1 35,6 38,2 39,2 41,0
74,579,2 82,6 84,2 87,6
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Pessoa JurídicaR$ bilhões
Pequenas e Médias Empresas Grandes Empresas
19
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
CARTEIRA DE CRÉDITO PESSOA JURÍDICA E PESSOA FÍSICA POR PRODUTO
A tabela abaixo apresenta a abertura por produtos da carteira de crédito. Como comentado anteriormente, os produtos para
Pessoa Física com maiores crescimentos em doze meses foram crédito imobiliário, cartões e consignado.
Em Pessoa Jurídica, os destaques foram Capital de Giro/Outros, com alta de 35,1% em doze meses, e Crédito Imobiliário com
aumento de 32,3% no mesmo período de comparação.
Trocar tabela. Cortou...
ABERTURA GERENCIAL DA CARTEIRA Jun/11 Jun/10 Var. Mar/11 Var.
DE CRÉDITO POR PRODUTOS (R$ Milhões) Jun11xJun10 Jun11xMar11
Pessoa Física
Leasing / Veículos1 2.353 2.290 2,8% 2.466 -4,6%
Cartão de Crédito 11.707 8.869 32,0% 10.758 8,8%
Consignado2 14.857 11.962 24,2% 14.305 3,9%
Crédito Imobiliário 7.647 5.609 36,3% 7.109 7,6%
Crédito Rural 2.560 2.866 -10,7% 2.710 -5,6%
Crédito Pessoal/Outros 21.311 17.759 20,0% 20.212 5,4%
Total Pessoa Física c/ compra de carteira 60.434 49.355 22,4% 57.561 5,0%
Total Pessoa Física 56.647 45.910 23,4% 53.456 6,0%
Financiamento ao consumo 27.137 26.119 3,9% 26.939 0,7%
Pessoa Jurídica
Leasing / Veículos 2.930 2.914 0,6% 2.941 -0,4%
Crédito Imobiliário 6.278 4.746 32,3% 5.700 10,1%
Comércio Exterior 18.685 18.068 3,4% 20.911 -10,6%
Repasses 7.557 9.786 -22,8% 7.738 -2,3%
Crédito Rural 1.817 1.743 4,2% 1.991 -8,7%
Capital de Giro/Outros 50.328 37.242 35,1% 44.921 12,0%
Total Pessoa Jurídica 87.596 74.500 17,6% 84.203 4,0%
Carteira de Crédito Total 171.379 146.529 17,0% 164.598 4,1%
Outras operações com riscos de crédito³ - carteira
comercial9.195 5.612 63,8% 8.733 5,3%
Carteira de Crédito Ampliada 180.574 152.141 18,7% 173.331 4,2%
Aquisição de Carteira4 3.788 3.445 10,0% 4.105 -7,7%
Total Carteira ampliada³ c/ compra de carteira 184.362 155.586 18,5% 177.435 3,9%
1. Incluindo financiamento ao consumo, a carteira de veículos PF totalizou R$ 24.384 MM no 2T11, R$ 24.291 MM no 1T11 e R$ 23.466 MM no 2T10.
2. Inclui compra de carteira
3. Inclui debêntures, FDIC, CRI, notas promissórias e notas promissórias de colocação no exterior
4. Carteira de crédito, principalmente consignado, adquirida de outros bancos.
20
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
CAPTAÇÃO
O total de captações, incluindo captação de clientes e fundos de investimentos, atingiu R$ 288.024 milhões em junho de 2011,
com alta de 17,2% em doze meses. No período, os destaques foram depósitos a prazo, com crescimento de 28,0%, e Poupança,
com evolução de 13,4%.
O total de captações de clientes somou R$ 174.828 milhões em junho de 2011, com crescimento de 28,3% com relação a junho
de 2010 e 3,9% em relação ao trimestre anterior. A aceleração observada no período de doze meses é resultado de um novo e
importante instrumento de captação, as Letras Financeiras. Este instrumento garante maior estabilidade ao funding, visto que o
prazo mínimo de vencimento é de dois anos. Além disso, desde Dezembro de 2010, as Letras Financeiras estão isentas de
compulsório, o contrário do que ocorreu com os Depósitos a Prazo, que sofreram um aumento na alíquota de recolhimento
compulsório de 23% para 32%.
RELAÇÃO ENTRE CRÉDITO E CAPTAÇÃO
O quadro abaixo mostra as origens dos recursos aplicados nas operações de crédito. Além dos depósitos de clientes, líquido dos
compulsórios, é necessário adicionar as captações de linhas externas, de linhas internas e de títulos emitidos no mercado
internacional.
No primeiro semestre de 2011, observa-se que o crescimento das captações em doze meses cresce e supera, o ritmo de crescimento da carteira de crédito. Dessa forma, a relação entre a carteira de empréstimos e o funding total captado de clientes e instituições financeiras atingiu 98% em junho de 2011.
O banco encontra-se em confortável situação de liquidez, com fontes de captação estáveis e adequada estrutura de funding.
Jun/11 Jun/10 Var. Mar/11 Var. Jun11xJun10 Jun11xMar11
Depósitos à vista 13.916 13.888 0,2% 15.343 -9,3%
Depósitos de poupança 30.299 26.721 13,4% 30.195 0,3%
Depósitos a Prazo 76.890 60.051 28,0% 73.482 4,6%
Debêntures/LCI/LCA¹ 38.840 35.084 10,7% 38.332 1,3%
Letras Financeiras 14.883 512 n.a. 10.884 36,7%
Captação de Clientes 174.828 136.256 28,3% 168.236 3,9%
Fundos 113.196 109.493 3,4% 115.395 -1,9%
Captação Total 288.024 245.749 17,2% 283.631 1,5%
1. Operações compromissadas com lastro em Debêntures, Letras de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito Agrícola.
CAPTAÇÃO (R$ Milhões)
Jun/11 Jun/10 Var. Mar/11 Var. Jun11xJun10 Jun11xMar11
Captação de Clientes 174.828 136.256 28,3% 168.236 3,9%
(-) Compulsório (59.679) (39.624) 50,6% (54.291) 9,9%
Captações Líquidas de Compulsório 115.149 96.632 19,2% 113.945 1,1%
Obrigações por Repasses e empréstimos 25.630 23.316 9,9% 24.660 3,9%
Dívida subordinada 10.276 10.082 1,9% 9.974 3,0%
Captação Externa 23.429 4.665 402,2% 18.330 27,8%
Total Captações (A) 174.484 134.695 29,5% 166.909 4,5%
Total Crédito Clientes (B) 171.379 146.529 17,0% 164.598 4,1%
B / A (%) 98% 109% -10,6 p.p. 99% -0,4 p.p.
CAPTAÇÕES VS. CRÉDITO (R$ Milhões)
21
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
19,7 18,6
3,72,9
23,421,4
Jun/10 Jun/11
Índice de Basiléia%
Nível II
Nível I
ÍNDICE DE BASILÉIA – BR GAAP
O índice de Basiléia alcançou 21,4% em junho de 2011, e
diminuiu 2,0 p.p. em relação ao mesmo período do ano
anterior. O índice mínimo, pelas regras brasileiras, é de 11%.
O indicador abaixo desconsidera o valor do ágio não
amortizado¹ no cálculo do patrimônio de referência.
¹ Números em BR GAAP são utilizados para cálculo do capital regulatório local. Em BR GAAP o ágio é amortizado.
Jun/11 Jun/10 Var. Mar/11 Var. Jun11xJun10 Jun11xMar11
Patrimônio de Referência Nível I Ajustado¹ 46.543 44.095 5,6% 46.300 0,5%
Patrimônio de Referência Nível II 7.209 8.211 -12,2% 7.342 -1,8%
Patrimônio de Referência Nível I e II¹ 53.752 52.306 2,8% 53.642 0,2%
Patrimônio de Referência Exigido 27.583 24.632 12,0% 25.990 6,1%
Ativo ponderado pelo risco 250.755 223.927 12,0% 236.273 6,1%
Índice de Basiléia II 21,4% 23,4% -2,0 p.p. 22,7% -1,3 p.p.
Valores Calculados com base nas informações consolidadas das instituições financeiras (conglomerado financeiro)
1. Desconsidera o efeito do ágio referente a incorporação das ações do Banco Real e AAB Dois Par, conforme determinado pela regra internacional.
RECURSOS PRÓPRIOS e BIS (R$ Milhões)
22
RESULTADO POR SEGMENTO
ANÁLISE DE RESULTADO POR SEGMENTO
O Banco opera com três segmentos de negócios: Banco Comercial, Banco Global de Atacado e Gestão de Ativos / Seguros. O
segmento de Banco Comercial inclui produtos e serviços voltados aos clientes de varejo, financiamento ao consumo, empresas e
clientes corporativos, exceto clientes globais atendidos pelo segmento Banco Global de Atacado. O segmento Banco de Atacado
Global compreende as operações com os clientes corporativos globais, atividades de Tesouraria e Banco de Investimento. O
segmento de Gestão de Ativos / Seguros inclui a gestão de fundos de investimento e comercialização de previdência privada,
capitalização e seguros.
No primeiro semestre de 2011, o Banco Comercial representou 68%
do lucro antes de impostos em IFRS. O Banco Global de Atacado
obteve participação de 24% e Gestão de Ativos/ Seguros, atingiu 8%.
O lucro1 antes de impostos do segmento de Banco Comercial somou
no primeiro semestre de 2011 R$ 4.052 milhões, alta de R$ 1.552
milhões ou 62,0% em relação ao mesmo período de 2010.
O Banco Global de Atacado registrou lucro1 antes de impostos de R$
1.418 milhões no primeiro semestre de 2011, com alta de 1,3% em
doze meses.
O segmento de Gestão de Ativos e Seguros apresentou lucro11
antes de impostos de R$ 491 milhões no primeiro semestre, alta
de 25,3% em doze meses ou R$ 99 milhões.
1Cálculo baseado nos números contábeis. Não exclui hedge de Cayman.
2.500
4.052
1S10 1S11
Lucro1 antes de ImpostosBanco ComercialR$ milhões
62,0%
1.400 1.418
1S10 1S11
Lucro1 antes de ImpostosBanco Global de AtacadoR$ milhões
1,3%
392 491
1S10 1S11
Lucro1 antes de ImpostosGestão de Recursos de Terceiros e SegurosR$ milhões
25,3%
Banco comercial
68%
Banco Global de Atacado
24%
Seguros e Gestão de
Ativos8%
Lucro antes de impostos por segmentos
1S11
23
CARTÕES
CARTÕES - EMISSOR
A partir de Jun/11 entraram em vigência para o mercado de Cartões de
Crédito as alterações promovidas pela Resolução 3.919 do Bacen. As
mudanças visam principalmente a aumentar a transparência do mercado e
facilitar a comparação do valor dos serviços prestados pelos emissores. O
Santander foi além do cumprimento da regulamentação e decidiu estender
todos os ajustes, obrigatórios inicialmente apenas para novas vendas, para
toda a sua base, pois acredita que as mudanças agregam valor ao
relacionamento com seus clientes.
Iniciamos em 16/05 as vendas dos Cartões Esso Santander, uma parceria
fechada entre o Santander e o Grupo Raízen. Além de ampliar o portfólio
de produtos, será possível alcançarmos um maior número de potenciais
clientes através da comercialização deste novo produto na rede de postos
de combustíveis de bandeira Esso. Também está prevista a extensão da
parceria para a rede de postos de combustíveis de bandeira Shell, que
elevará ainda mais o potencial de vendas. Como parte da estratégia de
conquista de clientes, seguimos avaliado o fechamento de outras parcerias
estratégicas.
A Integração dos sistemas dos Bancos Real e Santander, concluída em
fevereiro de 2011, permitiu estendermos aos clientes oriundos do Banco
Real o portfólio de produtos inovadores do Santander, que vem sendo
desenvolvido ao longo dos últimos anos. Com estas soluções inovadoras,
esperamos incrementar a penetração na base e melhorar ainda mais a
satisfação dos clientes.
NÚMERO DE TRANSAÇÕES E FATURAMENTO
O número de transações de cartões de crédito do segundo trimestre de
2011 apresentou uma evolução de 2,4% em comparação ao trimestre
anterior, atingindo 196 milhões de transações. Quando comparado ao
mesmo período do ano anterior o crescimento foi de 23,5%.
O faturamento total atingiu R$ 33,6 bilhões no segundo trimestre do ano,
respresentando um incremento de 9,6% em relação ao trimestre anterior.
Em relação a igual período do ano anterior o crescimento no faturamento
foi de 24,9%.
CARTEIRA DE CRÉDITO DE CARTÕES
A carteira total de crédito apresentou evolução de 8,5% no trimestre em
relação ao período anterior. A participação da carteira financiada neste
total apresentou crescimento, passando de 30,2%, em junho de 2010, para
32,2% em junho de 2011.
O bom desempenho das vendas do “parcelamento de fatura” tem
contribuído para a evolução da carteira financiada, que apresenta
crescimento de 40,2% em 12 meses.
BASE DE CARTÕES
A base de cartões de crédito cresceu 3,2% em relação ao trimestre
passado, atingindo 11,9 milhões de cartões. Em 12 meses o crescimento é
de 10,9%. Os cartões de débito somaram 26,5 milhões em junho de 2011,
com crescimento de 7,8% em um ano e de 0,7% no trimestre.
10,7 11,1 11,5 11,5 11,9
24,6 25,3 25,8 26,3 26,5
35,3 36,4 37,3 37,9 38,4
Jun/10 Set/10 Dez/10 Mar/11 jun/11
Base de Cartõesem milhões
Cartões de Crédito Cartões de Débito
158,9 173,3192,0 191,7
196,3
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Número de Transações de Cartões de Créditoem milhões
26,9 29,2 33,9 30,7 33,6
2T10 3T10 4T10 1T11 2T11
Faturamento TotalR$ bilhões
3,0 3,1 3,1 3,6 4,0
6,2 6,68,0 7,5
8,1
Jun/10 Set/10 Dez/10 Mar/11 Jun/11
Composição da Carteira de CartõesR$ bilhões
Financiado Não Financiado
24
GESTÃO DE RISCOS
GESTÃO DE RISCOS
1. GOVERNANÇA CORPORATIVA DA FUNÇÃO DE RISCOS
A estrutura dos comitês de Riscos do Banco Santander é
definida conforme os mais altos padrões de gestão, construída
a partir de uma visão prudente de riscos e do conhecimento
do cliente:
Suas principais atribuições são.
Integrar e adaptar a cultura de risco do Banco ao
âmbito local, além da estratégia de gestão de riscos e
a predisposição e o nível de tolerância ao risco, todos
compatibilizados com os padrões corporativos do
Grupo
Aprovar proposta, operações e limites de crédito de
clientes e carteiras (atacado e varejo).
Deliberar em temas gerais relacionados com Risco de
Mercado.
Manter-se informado, avaliar e seguir quaisquer
recomendações que venham a ser periodicamente
feitas pelas autoridades de supervisão no
cumprimento de suas funções.
Garantir que a atuação do Banco Santander seja
consistente com o nível de tolerância a riscos
previamente aprovado pelo Comitê Executivo e
Conselho, e alinhadas com as políticas do Grupo
Santander.
Autorizar o uso das ferramentas de gestão e os
modelos de riscos locais e conhecer o resultado de
sua validação interna.
A função de riscos no Banco Santander é executada através da
Vice-Presidência Executiva de Riscos, que é independente das
demais áreas comerciais, e reporta-se diretamente ao
Presidente do Banco Santander e ao Diretor Corporativo de
Riscos do Grupo Santander.
Um maior detalhamento da estrutura, metodologias e sistema
de controle, relacionados à gestão de riscos, está descrito no
relatório disponível no endereço eletrônico
www.santander.com.br.
RISCO DE CRÉDITO
A função de Riscos de Crédito e Mercado é desenvolver
políticas e estratégias para o gerenciamento de risco de
acordo com o apetite de riscos definido pela Comissão
Executiva. Adicionalmente, é responsável pelos sistemas de
controle e acompanhamento utilizados na gestão de riscos de
crédito e mercado. Esses sistemas e processos são aplicados
na identificação, mensuração, controle e diminuição da
exposição ao risco em operações individuais ou agrupadas por
semelhança.
A Gestão de Riscos é especializada em função das
características dos clientes, assim como o processo de gestão
de riscos é segregado entre clientes individualizados e clientes
com características similares (estandarizados).
RISCO DE MERCADO
Risco de mercado é a exposição a fatores de riscos tais como
taxas de juros, taxas de câmbio, cotação de mercadorias,
preços no mercado de ações e outros valores, em função do
tipo de produto, do montante das operações, do prazo, das
condições do contrato e da volatilidade subjacente. Na
administração dos riscos de mercado, são utilizadas práticas
que incluem a medição e o acompanhamento da utilização de
limites previamente definidos em comitês internos, do valor
em risco das carteiras, das sensibilidades a oscilações na taxa
de juros, da exposição cambial, dos “gaps” de liquidez, entre
outras. Isso permite o acompanhamento dos riscos que
podem afetar as posições das carteiras do Banco Santander
nos diversos mercados em que atua.
O Banco Santander opera de acordo com as políticas globais,
enquadradas na perspectiva de risco tolerado pelo Banco e
alinhado aos objetivos no Brasil e no mundo. Para isso,
desenvolveu seu próprio modelo de Gestão de Riscos,
seguindo os seguintes princípios:
Independência funcional;
Capacidade executiva sustentada no conhecimento e
na proximidade do cliente;
Alcance global da função (diferentes tipos de riscos);
Decisões colegiadas, que avaliem todos os cenários
possíveis e não comprometam os resultados com
decisões individuais, incluindo o Comitê Executivo de
Riscos Brasil, que fixa limites e aprova operações e o
Comitê Executivo de Ativos e Passivos, que responde
pela gestão do capital e riscos estruturais, o que
inclui o risco-país, a liquidez e as taxas de juros;
Gestão e otimização da equação de risco/retorno; e
Metodologias avançadas de gestão de riscos, como o
Value at Risk (VaR) (simulação histórica de 520 dias,
com um nível de confiança de 99% e horizonte
temporal de um dia), cenários, sensibilidade da
margem financeira, sensibilidade do valor
patrimonial e plano de contingência.
25
GESTÃO DE RISCOS
A estrutura de Riscos de Mercado é parte da Vice-Presidência
de Riscos de Crédito e Mercado, área independente que aplica
as políticas de risco, levando em consideração as definições
corporativas locais e globais.
GESTÃO DE RISCOS OPERACIONAIS, CONTROLES INTERNOS E
LEI SARBANES-OXLEY
As áreas corporativas responsáveis pela Gestão de Riscos
Operacionais e Tecnológicos e Controles Internos - SOX do
Banco Santander são subordinadas a vice-presidências
distintas, com estruturas, normas, metodologias, ferramentas
e modelos internos específicos, garantindo através de um
modelo de gestão a adequada identificação, captura,
avaliação, controle, monitoramento, mitigação e redução dos
eventos e perdas. Adicionalmente, a gestão e prevenção aos
riscos operacionais, tecnológicos e de gestão da continuidade
de negócios, além do contínuo fortalecimento do sistema de
controles internos, atende às determinações dos órgãos
reguladores, Novo Acordo da Basileia – BIS II e exigências da
Lei Sarbanes Oxley. Segue também as diretrizes estabelecidas
pelo Banco Santander Espanha fundamentadas no COSO –
Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway
Commission – Enterprise Risk Management – Integrated
Framework.
Os procedimentos desenvolvidos e adotados buscam
posicionar e manter o Banco Santander entre as instituições
financeiras reconhecidas como detentoras das melhores
práticas gerenciais na administração dos riscos operacionais,
contribuindo para melhoria continua da reputação, solidez e
confiabilidade da instituição no mercado local e internacional.
A Administração é parte atuante e está alinhada com a missão
das áreas, reconhecendo, participando e compartilhando da
responsabilidade para a contínua melhoria da cultura e
estrutura da gestão de riscos operacionais e tecnológicos e do
sistema de controles internos, visando garantir o
cumprimento dos objetivos e das metas estabelecidos, assim
como a segurança e qualidade dos produtos e serviços
prestados.
O Conselho de Administração do Banco Santander, atendendo
à Circular Bacen 3.383/2008, optou pela Abordagem
Padronizada Alternativa (ASA) para o cálculo da parcela do
Patrimônio de Referência Exigido referente ao risco
operacional.
A revisão realizada sobre a eficácia do ambiente de controles
internos de 2010, nas empresas do Banco Santander, em
cumprimento à seção 404 da Lei Sarbanes Oxley, foi concluída
em fevereiro de 2011 e não identificou qualquer deficiência
significativa ou fraqueza material.
RISCO AMBIENTAL E SOCIAL
O Banco Santander implementou a Prática de Risco
Socioambiental, que além da concessão de crédito, prevê a
análise de questões socioambientais na aceitação de clientes.
A área analisa a gestão socioambiental do cliente verificando
itens como áreas contaminadas, desmatamento, violações
trabalhistas e outros problemas para os quais existe o risco de
aplicação de penalidades.
Uma equipe especializada com formação em Biologia,
Geologia, Engenharia Ambiental e Química monitora as
práticas socioambientais dos clientes, e uma equipe de
analistas financeiros estuda a probabilidade de danos
relacionados a tais práticas que podem afetar as garantias e a
condição financeira dos clientes do Banco.
26
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E GOVERNANÇA CORPORATIVA
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Em junho, o Santander Microcrédito atingiu a marca de R$ 1
bilhão em concessão de crédito, voltado para
empreendedores de pequenos negócios em regiões de baixa
renda. No mesmo período, o Santander firmou uma parceria
com a Ecofrotas, empresa especializada em gestão sustentável
de frotas, para o gerenciamento dos cerca de 2.000 veículos
utilizados por funcionários. As informações sobre
abastecimento ficarão registradas em um cartão e ajudarão na
definição de políticas para a redução de custos e emissões de
Gases de Efeito Estufa.
Ao longo do segundo trimestre, a Santander Financiamentos
lançou o CDC Sustentável, com a finalidade de financiar
produtos como aparelhos auditivos, cadeiras de rodas,
soluções para eficiência energética, redução do consumo de
água e tratamento de efluentes / resíduos. Ainda no segundo
trimestre, a Associação Águas Claras do Rio Pinheiros levou,
com o apoio do Santander, mais de 700 pessoas para uma
expedição nas margens do Rio Pinheiros, importante rio da
cidade de São Paulo. O objetivo da ação é conscientizar os
cidadãos da cidade para a importância da despoluição do rio.
O Santander foi reconhecido pela IFC (Corporação Financeira
Internacional, instituição ligada ao Banco Mundial), por seu
pioneirismo no fomento ao empreendedorismo e capacitação
de pequenas e médias empresas na América Latina. O Banco
também foi um dos 30 vencedores da pesquisa “As Melhores
Empresas para Começar a Carreira – 2011”, realizada pela
revista Você S/A.
No início de julho o Santander anunciou a compra de uma
participação minoritária no portal de sustentabilidade
Greenvana, que comercializa produtos ecologicamente
corretos e reúne informações sobre o segmento. A intenção é
desenvolver novos produtos para clientes pessoa física e
jurídica em parceria com o site, que hoje já comercializa cerca
de dois mil itens de varejo.
GOVERNANÇA CORPORATIVA
No segundo trimestre de 2011, o Banco Santander, com o
intuito de finalizar a implementação do Comitê de
Governança Corporativa, Ética e Sustentabilidade, instituído
na reunião do Conselho de Administração em 24 de março de
2011, elegeu o Sr. Fabio Colletti Barbosa, como coordenador e
os Srs. Gilberto Mifano e José Luciano Duarte Penido como
membros do referido Comitê.
Ainda, em relação aos comitês de assessoramento ao
Conselho de Administração, foi eleito para compor o Comitê
de Auditoria, o Sr. René Luiz Grande, e foram eleitos para um
novo mandato os atuais membros do Comitê de Nomeação e
Remuneração, Srs. Fabio Colletti Barbosa e Fernando Carneiro
e Sra. Viviane Senna Lalli.
No mesmo período, ocorreu a aprovação da Política de
Gerenciamento de Risco de Mercado, a qual possui em seu
escopo os princípios e as normas básicas para o
gerenciamento do risco de mercado da Companhia e das
demais empresas do Conglomerado Santander Brasil, em
atendimento às disposições contidas na Resolução nº 3.464,
de 26/06/2007, do Conselho Monetário Nacional.
O Código de Ética da Companhia também foi revisitado e suas
alterações refletiram a atual estrutura do Banco Santander
como companhia aberta. O Código de Ética pode ser acessado
no endereço eletrônico www.ri.santander.com.br, na seção
Governança Corporativa.
Na reunião do Conselho de Administração de 31 de maio de
2011, foi deliberada a proposta de declaração de dividendos
intermediários no valor de R$ 273.840.060,07 e de dividendos
intercalares no valor de R$ 476.159.939,93, nos termos do
Aviso aos Acionistas publicado na mesma data. Já na reunião
do Conselho de Administração realizada em 21 de junho de
2011, foi aprovada a proposta de declaração de Juros sobre
Capital Próprio, no valor bruto de R$ 550.000.000,00 e de
dividendos intercalares no valor de R$ 100.000.000,00,
conforme Aviso aos Acionistas publicado na mesma data. Os
Avisos aos Acionistas podem ser acessados no endereço
eletrônico www.ri.santander.com.br, na seção Governança
Corporativa.
De acordo com o regulamento do Nível 2 da Bolsa de Valores,
Mercadorias e Futuros (BM&FBovespa), o Banco Santander
está vinculado à arbitragem na Câmara de Arbitragem do
Mercado, conforme Cláusula Compromissória constante no
Estatuto Social. Em www.ri.santander.com.br na seção
governança corporativa, pode-se encontrar uma completa
descrição dos requisitos mínimos para ser listado no nível 2 de
governança corporativa da BM&FBovespa.
27
RESUMO DO BALANÇO PATRIMONIAL
RESUMO DO PATRIMONIAL 1
Jun/11 Mar/11 Dez/10 Set/10 Jun/10
Disponibilidade e reserva no Banco Central do Brasil 62.659 57.443 56.800 53.361 42.344
Ativos financeiros para negociação 31.400 23.541 24.821 23.738 35.902
Outros ativos financeiros ao valor justo no resultado 18.402 18.105 17.939 16.665 16.213
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 145 212 292 654 1.076
Empréstimos e adiantamentos a clientes - - - 3 221
Instrumentos de Dívida 214 210 224 223 210
Instrumentos de Patrimônio 18.043 17.683 17.423 15.785 14.706
Ativos financeiros disponíveis para venda 55.680 52.171 47.206 40.627 42.579
Empréstimos e financiamentos 182.637 178.758 174.107 169.250 156.804
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 21.674 23.914 22.659 24.771 20.282
Empréstimos e adiantamentos a clientes 171.379 164.597 160.559 153.994 146.308
Instrumentos de Dívida 79 79 81 - -
Provisão para perdas (10.495) (9.832) (9.192) (9.515) (9.786)
Ativos tangíveis 4.578 4.576 4.518 4.212 3.977
Ativos intangíveis 32.080 31.949 31.962 31.667 31.630
Ágio 28.312 28.312 28.312 28.312 28.312
Outros Intangíveis 3.768 3.637 3.650 3.355 3.318
Ativo fiscal 15.453 14.343 14.842 15.258 15.250
Outros ativos 3.981 3.102 2.468 2.853 2.547
Derivativos utilizados como hedge 105 128 116 104 107
Ativos não correntes para venda 47 65 67 86 93
Participações em Coligadas 404 394 371 440 429
Outros 3.425 2.515 1.914 2.223 1.918
Total do Ativo 406.870 383.988 374.663 357.631 347.246
Jun/11 Mar/11 Dez/10 Set/10 Jun/10
Passivos financeiros para negociação 5.337 4.898 4.785 5.014 4.668
Passivos financeiros ao custo amortizado 280.311 261.011 253.341 237.859 232.373
Depósitos do Banco Central do Brasil - - - - -
Depósitos de instituições de crédito 45.700 36.995 42.392 41.361 47.784
Depósitos de clientes2 176.806 174.423 167.949 159.426 150.378
Títulos de dívida e valores mobiliários 32.590 26.907 20.087 14.944 12.168
Dívidas subordinadas 10.276 9.974 9.695 9.432 10.082
Outros passivos financeiros 14.939 12.712 13.218 12.696 11.961
Passivos por contratos de seguros 20.517 20.179 19.643 17.893 16.693
Provisões3 9.371 9.010 9.395 9.910 9.662
Passivos fiscais 12.131 10.590 10.530 10.047 9.199
Outros passivos 3.923 3.584 3.605 3.829 3.032
Derivativos utilizados como hedge 1 - - 17 42
Outros passivos 3.922 3.584 3.605 3.812 2.988
Outros passivos financeiros ao valor justo no resultado - - - - 2
Total do passivo 331.590 309.272 301.299 284.552 275.627
Total do patrimônio líquido4 75.280 74.716 73.364 73.079 71.619
Total do passivo e patrimônio líquido 406.870 383.988 374.663 357.631 347.246
1. Balanço Patrimonial Contábil não auditado
2. Inclui operações compromissadas.
3. Inclui provisões para pensões e contingências.
4. Inclui participação dos acionistas minoritários e ajuste de valor ao mercado
ATIVO (R$ Milhões)
PASSIVO (R$ Milhões)
28
RESUMO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO GERENCIAL
RESUMO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO GERENCIAL
Para melhor compreensão dos resultados em IFRS, apresentamos a demonstração de resultado gerencial que difere da
demonstração contábil devido ao ajuste do hedge fiscal dos investimentos na agência de Cayman e ao ajuste relativo a
unificação de classificação contábil de operações de leasing ocorrida por ocasião da integração de sistemas da Santander Leasing
Arrendamento Mercantil. Reclassificamos para a linha de ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros líquidos, o efeito
fiscal do hedge que é contabilizado originalmente na linha de impostos. Abaixo, apresentamos por trimestre os resultados do
hedge fiscal que são reclassificados na demonstração de resultado gerencial.
De acordo com as regras fiscais brasileiras, os ganhos (perdas) com a variação cambial (R$/US$) do investimento em dólar em
Cayman não são tributáveis (dedutíveis). Esse tratamento fiscal leva a exposição cambial na linha de impostos. Uma posição de
hedge, composta por derivativos, foi montada com o objetivo de tornar o Lucro Líquido protegido contra as variações cambiais
relacionadas com esta exposição cambial na linha de impostos. Assim, a alíquota efetiva de impostos e o resultado com ganhos
(perdas) com ativos e passivos financeiros ainda são impactados por variação na taxa de câmbio.
2T11 1T11 4T10 3T10 2T10 1T10
Receitas com juros e similares 12.683 11.802 11.189 10.603 9.839 9.278
Despesas com juros e similares (5.923) (5.163) (4.690) (4.416) (3.832) (3.326)Margem líquida com juros 6.760 6.639 6.499 6.187 6.007 5.952Resultado de renda variável 45 5 32 2 14 4Resultado de equivalência patrimonial 15 18 10 11 13 10Comissões líquidas 1.866 1.782 1.726 1.776 1.710 1.622
Receita de tarifas e comissões 2.167 2.089 2.034 2.029 1.929 1.841Despesas de tarifas e comissões (301) (307) (308) (253) (219) (219)
Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) +
diferenças cambiais420 275 233 472 290 608
Outras receitas (despesas) operacionais (147) (29) (138) (105) (60) (45)Total de receitas 8.959 8.690 8.362 8.343 7.974 8.151Despesas gerais (2.967) (2.959) (2.952) (2.849) (2.774) (2.655)
Despesas administrativas (1.386) (1.343) (1.274) (1.373) (1.357) (1.300)Despesas de pessoal (1.581) (1.616) (1.678) (1.476) (1.417) (1.355)
Depreciação e amortização (357) (338) (349) (309) (293) (286)Provisões (líquidas)¹ (624) (630) (381) (674) (290) (629)Perdas com ativos (líquidas) (2.306) (2.068) (1.955) (1.968) (2.356) (2.526)
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa² (2.301) (2.059) (1.907) (1.961) (2.393) (2.522)Perdas com outros ativos (líquidas) (5) (9) (48) (7) 37 (4)
Ganhos líquidos na alienação de bens (22) 29 (60) 35 48 117Lucro operacional antes da tributação 2.683 2.724 2.665 2.578 2.309 2.172Impostos sobre a renda (600) (653) (747) (643) (543) (409)
Lucro líquido 2.083 2.071 1.918 1.935 1.766 1.763
1. Inclui provisões trabalhistas, cíveis e fiscais.
2. Inclui recuperações de créditos baixados como prejuízo.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO GERENCIAL (R$
Milhões)
2T11 1T11 4T10 3T10 2T10 1T10
Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) + diferenças
cambiais356 198 147 314 (140) (49)
Impostos sobre a renda (356) (198) (147) (314) 140 49
HEDGE FISCAL DE CAYMAN (R$ Milhões)
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RESUMO DO BALANÇO PATRIMONIAL
Relaç