Rev. Bras. Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, No. 2, June 2016, pp. 189–224
ISSN 1679-0731, ISSN online 1984-5146 ©2016 Sociedade Brasileira de Finanças, under a Creative Commons Attribution 3.0 license -
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Determinantes do Investimento Estrangeiro
no Mercado de Capitais Brasileiro
(Determinants of Foreign Portfolio Investment in the Brazilian
Stock Market)
Walter Gonçalves Junior*
William Eid Junior**
Resumo
Este trabalho tem como objetivo identificar fatores que afetariam
significativamente a dinâmica do investimento estrangeiro em carteira no
mercado brasileiro. Sob a perspectiva do agente que já internalizou seus recursos
no país, verificou-se que períodos de maior liquidez e descorrelação com
mercados externos estimulariam aumentos das atividades (compras e vendas)
desses atores, sendo que o risco pais, taxas de juros local e externa e desempenho
recente do mercado seriam particularmente motivadores a novas compras desses
atores. Quanto à decisão novos aportes (ou saques) no mercado brasileiro, o
desempenho dos mercados externos desenvolvidos e os juros locais revelaram-se
determinantes robustos, sendo que o desenvolvimento bursátil doméstico,
cenários de crise, o evento do investment grade e a diversificação local (em
relação a mercados externos) teriam sido particularmente influentes na dinâmica
de internalização desses recursos no país.
Palavras Chave: Investimento Estrangeiro em Carteira; Determinantes, Decisões
de Investimento, Finanças Internacionais
Códigos JEL: F65, G11, G12, G14, G15, N26.
Submetido em 21 de setembro de 2015. Reformulado em 21 de junho de 2016.
Aceito em 21 de junho de 2016. Publicado on-line em 27 de junho de 2016. O artigo foi
avaliado segundo o processo de duplo anonimato além de ser avaliado pelo editor. Editor
responsável: Newton Costa Jr.
*FGV-EESP. E-mail: [email protected]. **FGV-EAESP. E-mail: [email protected].
As opiniões expressas neste trabalho são exclusivamente dos autores refletindo,
portanto, somente sua própria visão sobre o tema.
Os autores agradecem aos pareceristas pelas diversas melhorias promovidas graças
às sugestões e recomendações de suas avaliações.
Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
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Abstract
The purpose of this paper is to identify determinants for the foreign portfolio
investment in the Brazilian stock market. From the perspective of the investors with
resources already allocated in the Brazilian Market it was found that periods of
greater local liquidity and lower correlation with developed markets promoted their
activities (buys and sales); the Brazilian country risk (EMBI Br), the domestic and
the external interest rates and the recent past performance of domestic market also
showed as significant determinants for additional buys. For net inflows into the local
stock market were found as robust determinants the performance of developed
markets as well as the domestic prime interest rate; the development of BM&F-
Bovespa Stock Exchange, crisis environments, the recent Brazilian investment grade
and the local diversification (in relation to a developed market) would be particularly
relevant to the dynamics of foreign portfolio inflows in Brazil.
Keywords: Foreign Portfolio Investment; Determinants, Investment Decisions,
International Finance
1. Introdução
Desenvolvimento econômico, tema central para discussões
acadêmicas e governamentais, encontra atualmente prioridade também
nos meios corporativo e leigo; o interesse se explica segundo a noção de
que o crescimento do país exige investimentos, e estes dependem da
poupança dos diversos agentes, entre eles também o governo.
Sabe-se, também, da existência de um recorrente desencontro
financeiro entre poupadores e tomadores de recursos, algo que faz do
mercado de capitais um instrumento atrativo e eficiente na aproximação
entre ambos. Igualmente notórios são os atores desse mercado – de um
lado, tipicamente empresas realizando a captação necessária à
concretização de seus projetos; de outro, diversos tipos de investidores
ofertando capital: pessoas físicas, clubes e fundos de investimento,
institucionais, instituições financeiras, empresas e, como foco deste
trabalho, o investidor estrangeiro.
O Brasil, emergente típico e ávido por investimentos externos como
propulsor para taxas de crescimento mais vigorosas, não ignora os
potenciais benefícios de uma maior presença estrangeira – isso levou o
país a ingressar irreversivelmente no processo de liberalização da década
Determinantes do Investimento Estrangeiro no Mercado de Capitais Brasileiro
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de 90 sem, contudo, uma percepção acurada dos riscos assumidos como
contrapartida aos potenciais benefícios inerentes ao capital externo; se,
por um lado, base investidora e liquidez se ampliam remetendo o
compartilhamento externo do risco local e o custo de capital a patamares
de eficiência superiores, por outro os negócios diários ficam
inevitavelmente sensíveis à demanda e oferta desses agentes – foi o
observado por Aggarwal, Klapper e Wysocki (2005), onde tais fluxos não
raro assumiam proporções desestabilizantes. Preocupação similar foi
compartilhada por Sachs, Tornell e Velasco (1996), Stiglitz (1998) e
também Krugman (1998).
Em vista disso, a compreensão da dinâmica dos fluxos de
investimento estrangeiro dirigidos ao mercado local torna-se essencial –
em termos mais específicos, identificar fatores que sejam determinantes
significativos às decisões e gerenciamento dos recursos desses
investidores, portanto motivadores para novos aportes (ou saques) aos
recursos já empenhados no mercado bursátil local. Igualmente importante
é verificar também se esses mesmos fatores poderiam estar ligados à
própria decisão de novas internalizações (ou evasões) de recursos a ele
destinados.
A relevância do tema é evidente – sob a ótica governamental, na
elaboração de políticas que ensejem atração e manutenção prolongada de
capital externo (em especial em cenários de crise) para o
desenvolvimento de um mercado mais eficiente, seguro e equitativo aos
seus partícipes; Karolyi e Stulz (2003) lembram, ainda, a importância que
o estabelecimento de regras e estratégias para a mitigação de
desestabilização de preços podem ter em cenários de fugas de capital
desses atores.
Já na perspectiva privada, como descrito por Griffin, Nardari e Stulz
(2007), o entendimento do fenômeno concorreria para a elaboração de
modelos conceituais mais realistas, bem como para a apropriação de
informações que permitiriam estabelecer posições lucrativas sob
exposição a riscos mais bem conhecidos. Como se vê, a contribuição
potencial desses agentes é relevante não só para o mercado de capitais
local e seus mais ativos atores, mas sobretudo para a própria economia e
desenvolvimento do país, justificando a atenção que se pretende aqui
lançar sobre suas motivações.
Com isso em vista, em termos bastante resumidos objetiva-se
explorar neste trabalho o papel que certos fatores econômicos e
financeiros desempenham nesse contexto – quais dentre eles podem
Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
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significativamente influenciar esses fluxos? O que depreender de sua
dinâmica para esses agentes que há alguns anos se tornaram centrais em
nosso mercado?
Para responder a essas questões foi empregada uma extensa base de
dados que inclui 18 anos de compras e vendas agregadas mensais
estrangeiras no mercado brasileiro, conjunto este cedido pela própria
BM&F-Bovespa. O período estudado vai de janeiro de 1995 a dezembro
de 2012, portanto contemplando não somente um abrangente período de
inserção econômica do Brasil no contexto global como também de acesso
relevante por esses agentes ao mercado local.
Resumindo os mais importantes achados verificou-se, para agentes
com recursos já residentes no país, que períodos de mais liquidez e de
menor correlação com mercados externos estimulariam aumentos de suas
atividades (compras e vendas); adicionalmente, para eles risco pais, taxas
de juros local e externa e desempenho recente do mercado seriam
particularmente motivadores a novas compras. Já nas decisões de aportes
(ou saques) adicionais em relação ao mercado brasileiro seriam relevantes
o desempenho dos mercados externos desenvolvidos e os juros locais,
sendo que o desenvolvimento bursátil doméstico, cenários de crise, o
evento do investment grade e a diversificação local (em relação a
mercados externos) teriam sido particularmente influentes na dinâmica de
internalização desses recursos no país.
O restante deste trabalho segue organizado em outras cinco seções
além deste primeiro tópico introdutório: a seção 2 traz uma breve revisão
da literatura sobre os mais importantes aspectos ligados ao objeto de
estudo; a seção 3 detalha as variáveis de estudo, os métodos
econométricos empregados e contextualiza o tema para a realidade
brasileira, descrevendo também os dados utilizados; na seção 4, são
apresentados os resultados e evidências obtidos com as conclusões que
deles podem ser inferidas; a seção 5 encerra o trabalho resumindo as
principais contribuições resultantes e a seção 6 lista as referências
bibliográficas citadas.
2. Revisão Bibliográfica
Um clássico argumento em favor da abertura dos mercados bursáteis
é o aumento significativo da base investidora, levando a mais liquidez,
transações mais competitivas nas operações regulares e, também, redução
do espaço para práticas não equitativas – em resumo, um mercado mais
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eficiente. Nessa linha, Stulz (1999) descreve como o ingresso de capital
estrangeiro pode desencadear uma sinergia positiva ao país hospedeiro:
os estrangeiros, naturais provedores de liquidez, aumentam a demanda
pelos ativos domésticos, valorizando-os; os preços mais altos induzem as
empresas a priorizar a busca por recursos no mercado de capitais, dado
que o custo de captação se daria a níveis menores que em condições
convencionais – consequentes reduções no custo de capital ponderado,
bem como a ampliação da base investidora na bolsa local geram, em
alguma medida, efeitos positivos para o crescimento do país.
A literatura apresenta alguns trabalhos com evidências em favor
desses argumentos; citam-se como exemplos Bekaert e Harvey (2000),
Henry (2000 a,b), Kim e Singal (2000), Henry (2003), Dahlquist e
Robertsson (2004), Bekaert, Harvey e Lundblad (2006), Klein e Olivei
(2008), Quinn e Toyoda (2008), Iwata e Wu (2009) e Kose, Prasad e
Terrones (2009), constatando em geral reduções no prêmio de risco, no
custo de capital ou ainda na volatilidade face à presença estrangeira,
alguns deles verificando ainda uma relação normalmente positiva entre a
liberalização e o investimento, bem como entre àquela e o crescimento
econômico dos países estudados. Há, entretanto, contribuições reportando
os frutos amargos gerados, em especial aos países em desenvolvimento –
autores como Grilli e Milesi-Ferreti (1995), Rodrik (1998), Eichengreen
(2000), Eichengreen e Leblang (2003), Klein (2003) e Prasad, Rogoff,
Wei e Kose (2003) apontaram fracas (ou mesmo inconclusivas)
evidências em favor da liberalização para promover o crescimento,
especialmente em emergentes ainda incipientes, como alertado por
Edwards (2001). Williamson e Drabek (1999) enfatizam a questão de
esses recursos abandonarem tais mercados nos momentos em que são
mais necessários – via de regra, crises e recessões, padrão que Calvo e
Reinhart (2002) observaram também em contextos de crises cambiais.
Tradicionalmente o entendimento do assunto passa pela apreciação
dos fatores de desestímulo à permanência desses recursos em seus
mercados de origem, assim como dos de atratividade nos mercados de
destino; Chordia, Huh e Subrahmanyam (2007) lembram oportunamente
que não faltam razões aos agentes para essas incursões: integração
imperfeita entre países e mercados, oportunidades e expectativas distintas
entre agentes, assimetria de informações, necessidade de
rebalanceamento de carteiras, assincronia de ciclos econômicos entre
mercados e países e até mesmo diferenciais entre custos, impostos e
regulamentações.
Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
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Nessa linha, Tesar e Werner (1995), empregando dados trimestrais
dos EUA, Canadá, Japão, Reino Unido e Alemanha, não obtiveram
evidências da diversificação como determinante às decisões dos
estrangeiros para investir; observaram, ainda, comportamentos desses
agentes em mercados externos nitidamente mais especulativos se
comparados aos adotados nos respectivos mercados de origem, resultado
este, entretanto, contestado posteriormente por Warnock (2002).
Estudando o mercado de capitais alemão, Hau (2001) verificou
vantagens dos operadores locais em relação aos estrangeiros e aos
geograficamente distantes do pregão presencial, com resultados
sugestivos quanto à distância física que separa o mercado de origem do
investidor e o doméstico e quanto à barreira linguística como variáveis
explicativas importantes. Obstfeld e Rogoff (2001), inspirados em
modelos matemáticos gravitacionais (como os de comércio internacional
de bens), propuseram especificação posteriormente aprimorada por
Portes, Rey e Oh (2001) e Portes e Rey (2005), respectivamente usando
dados de 40 e 14 países; constataram, de modo geral, a importância que
proxies como distância geográfica, tráfego telefônico e até mesmo
turismo entre os mercados estudados seriam úteis na análise desses fluxos
e para as questões informacionais a eles subjacentes. Karolyi e Stulz
(2003) argumentam sobre aspectos como distância, fuso-horário, cultura
local corporativa e política, sistema legal e judiciário e até mesmo as
barreiras linguísticas (importantes elementos no choque cultural entre
ocidente e oriente) fariam diferença na forma de consecução dos
negócios.
Quanto aos fatores que poderiam determinar a alocação dos
estrangeiros, não surpreende constatar que se tratam basicamente das
mesmas variáveis que regem a decisão do investidor em buscar (ou não)
um mercado externo, já que a problemática é bastante similar. Nessa
linha, há valiosas referências nos trabalhos de Pulatkonak e Sofianos
(1999), Karolyi (2006), Aggarwal, Dahiya e Klapper (2007), Halling,
Pagano, Randl e Zechner (2008) e Chakravarty, Chiyachantana e Jiang
(2011), bem como os de Bennett, Sias e Starks (2003) e Ferreira e Matos
(2008), que de modo análogo focam mais especificamente nos
investidores institucionais.
Sob uma perspectiva mais teórica do fenômeno, entre as primeiras
contribuições a se relatar está a de Bohn e Tesar (1996), determinando
como variações nos retornos excedentes esperados do mercado afetariam
positivamente a compra líquida pelos investidores estrangeiros.
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Nessa linha Brennan e Cao (1997) formularam um modelo de
conclusões similares, ou seja, estabelecendo fluxos estrangeiros como
fator explicativo aos retornos segundo uma relação positiva, ideia esta
estendida por Brennan, Cao, Strong e Xu (2005) ao propor que esse
mecanismo seria movido pelas expectativas dos estrangeiros
positivamente relacionadas aos retornos.
Clark e Berko (1997) também concluem por uma relação positiva
entre retornos e fluxos, porém para eles retornos explicariam fluxos
estrangeiros, e não o contrário, e Griffin, Nardari e Stulz (2004)
construíram um modelo onde variações inesperadas nos retornos de um
mercado externo suficientemente grande influenciariam positivamente os
fluxos estrangeiros – introduzem desse modo os mercados externos à
discussão como novo fator determinante à dinâmica dos estrangeiros
além de fatores tradicionais como a aversão a risco, a diversificação e a
riqueza do investidor.
Quanto à realidade brasileira, aparentemente a presença do
investidor estrangeiro e suas iniciativas em nosso mercado acionário têm
sido mais avidamente estudadas pela literatura acadêmica estrangeira que
pela nacional; não obstante, há interessantes contribuições que merecem
destaque – Garcia e Barcinski (1998) mostraram aspectos descritivos,
regulatórios e macroeconômicos acerca do capital estrangeiro destinado
ao investimento em carteira no Brasil nos anos 80 e 90, identificando a
paridade coberta da taxa básica de juro como principal determinante ao
movimento desses recursos. Araújo e Flores (2001) analisaram os fluxos
de investimento direto, carteira, médio e curto prazo constatando o
caráter exógeno e persistência do investimento direto, bem como que este
fluxo poderia ser tomado como sinal para os seus outros pares;
concluíram ainda pela complementaridade de longo prazo entre
investimento direto e em carteira, assim como pelo caráter substituível
entre investimentos em carteira e de curto prazo.
Tabak (2003) identificou evidentes ganhos de eficiência na Bovespa
posteriores ao período liberalizante do mercado brasileiro a partir da
década de 90, conjecturando o papel ativo que o investidor estrangeiro
pode ter assumido nesse processo e na ampliação da liquidez de mercado
a partir de então; Meurer (2006) observou uma relação apenas indireta
entre fluxos estrangeiros e retornos a partir das evidências obtidas para
causalidade com a liquidez identificando, ainda, estratégias de momentum
(compra de ações vencedoras ou lucrativas e venda das desvalorizadas ou
perdedoras) por esses agentes.
Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
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Veríssimo e Holland (2008) dedicaram seus esforços a verificar,
com relação ao investimento direto e em carteira, a importância e
precedência para esses fluxos de três variáveis tidas como determinantes
tradicionais: liberalização na legislação sobre controles de capital, risco
país e juros (este último por meio da paridade descoberta da taxa básica
de juro); em termos de precedências com relação aos fluxos em carteira,
as evidências encontradas mostraram a inconcludência com relação à
primeira, a antecedência da segunda e a bidirecionalidade (bicausalidade
no sentido de Granger) da terceira. Especificamente se falando dos
impactos sobre os fluxos produzidos por choques nessas mesmas
variáveis, apenas o risco país se mostrou mais sensibilizante.
Franzen (2007) e Franzen, Meurer, Gonçalves e Seabra (2009), por
meio das carteiras dos estrangeiros (em lugar dos fluxos), estudaram
como esses investimentos poderiam ser afetados pelo desempenho do
mercado local (Ibovespa), risco país, variação cambial e taxa básica de
juro, constatando significativa e respectivamente o positive feedback
trading, a influência negativa do risco soberano e do câmbio na
exposição desses investidores e a expectativa positivamente relacionada à
taxa básica vislumbrando ambiguamente controle de inflação e
crescimento.
Barbosa (2010), utilizando dados trimestrais de 1995 a 2009,
verificou que os fatores domésticos seriam os principais determinantes do
investimento estrangeiro em carteira em detrimento aos externos,
descartando o return chasing por parte desses agentes. Segundo o autor,
buscariam evitar perdas priorizando a proteção contra risco cambial e o
risco país.
Meurer (2010) analisou as relações entre fluxos externos e PIB,
investimento e variáveis financeiras para o período 1995 a 2009,
utilizando dados trimestrais. Suas principais conclusões: a relação
positiva entre os fluxos negociados no país e o PIB, os fluxos (para ações
e renda fixa) ajudariam a prever o comportamento do investimento e a
relação positiva dos fluxos agregados com apreciação do Real.
A tabela 1 sintetiza esse conjunto de trabalhos mais objetivamente.
Determinantes do Investimento Estrangeiro no Mercado de Capitais Brasileiro
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Tabela 1
Resumo temático dos autores citados no artigo
3. Metodologia
A revisão bibliográfica da seção anterior é sugestiva para a
construção de um elenco variado de fatores explicativos; tendo em vista
que a delimitação aqui estabelecida restringe o foco ao Brasil, obrigamo-
nos a descartar propostas de variáveis geopolíticas, espaciais, legais e
socioeconômicas típicas de amostras longitudinais, já que não ajudarão
na análise unicamente temporal dos fluxos estrangeiros dirigidos ao
nosso país e seus determinantes.
Desse modo, temos como objeto de estudo basicamente dois
fenômenos distintos: primeiramente, as motivações dos estrangeiros em
rebalancear suas carteiras, modificando suas posições à medida que o
cenário se altera; para tanto, observar separadamente compras adicionais
cet) de vendas (vet) será elucidativo. Em seguida, as motivações que
os levam a internalizar ou resgatar recursos adicionais no mercado de
capitais brasileiro, algo que poderia ser, a princípio, testado através do
saldo líquido entre compras e vendas na Bovespa (CLt) ou,
alternativamente, pelo ingresso líquido (ILt) dos recursos registrados no
Banco Central do Brasil e na CVM como destinados a investimento em
carteira.
Embora similares, nenhuma dessas duas últimas medidas é
instrumento perfeito para esmiuçar as causas que levariam novos recursos
a cruzar fronteiras em busca das ações brasileiras – no caso das compras
líquidas não há como garantir que esse saldo decorra integralmente do
Tabela 1: Resumo temático dos autores citados no artigo
Tópico Autores
Efeitos benéficos da presença estrangeira no
mercado de capitais local
Bekaert e Harvey (2000), Henry (2000 a,b), Kim e Singal (2000), Henry (2003), Dahlquist e
Robertsson (2004), Bekaert, Harvey e Lundblad (2006), Klein e Olivei (2008), Quinn e Toyoda
(2008), Iwata e Wu (2009) e Kose, Prasad e Terrones (2009)
Efeitos prejudiciais da presença estrangeira no
mercado de capitais local (eminentemente
mercados emergentes)
Grilli e Milesi-Ferreti (1995), Rodrik (1998), Eichengreen (2000), Eichengreen e Leblang (2003),
Klein (2003) e Prasad, Rogoff, Wei e Kose (2003), Edwards (2001), Williamson e Drabek (1999)
Modelos para os fluxos estrangeiros e
propostas de alguns determinantes
Tesar e Werner (1995), Bohn e Tesar (1996), Brennan e Cao (1997), Clark e Berko (1997),
Warnock (2002), Obstfeld e Rogoff (2001), Portes, Rey e Oh (2001) e Portes e Rey (2005), Hau
(2001), Karolyi e Stulz (2003), Griffin, Nardari e Stulz (2004) e Brennan, Cao, Strong e Xu (2005)
Determinantes para a alocação de recursos em
mercados externos
Pulatkonak e Sofianos (1999), Karolyi (2006), Aggarwal, Dahiya e Klapper (2007), Halling,
Pagano, Randl e Zechner (2008) e Chakravarty, Chiyachantana e Jiang (2011), bem como os de
Bennett, Sias e Starks (2003) e Ferreira e Matos (2008)
Contribuições nacionais ao tema
Garcia e Barcinski (1998), Araújo e Flores (2001), Tabak (2003), Meurer (2006), Veríssimo e
Holland (2008), Franzen (2007), Franzen, Meurer, Gonçalves e Seabra (2009), Barbosa (2010) e
Meurer (2010)
Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
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ingresso externo (ele poderia advir, por exemplo, do desfazimento de
posições internas em renda fixa), assim como não se pode afirmar
categoricamente que o ingresso líquido do investimento em carteira
registrado pelo Banco Central se destine inteiramente ao segmento à vista
da BM&F-Bovespa. Apesar de essas limitações da base de dados não
poderem ser desconsideradas, vamos utilizá-las na expectativa de que
capturem a dinâmica subjacente ao investimento estrangeiro no segmento
à vista da Bolsa.
Deste modo, seguem abaixo as definições sobre variáveis
dependentes do estudo:
Compras estrangeiras:
Vendas estrangeiras:
Compras líquidas:
Ingresso líquido:
Onde:
Ct , Vt = Compra (Venda) acumulada (em R$) estrangeira na
BM&F-Bovespa no mês t;
VMt = Valor de mercado (em R$) das empresas do Ibovespa no
final do mês t;
Ingt , Evt = Ingresso (Saída) acumulado (em R$, carteira) estrangeiro
no mês t;
cet = cet – cet-1 = Compras adicionais
vet = vet – vet-1 = Vendas adicionais
t
tt
VM
Cce
t
tt
VM
Cve
t
ttt
VM
VCCL
t
ttt
VM
EvIngIL
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Vale destacar que a ponderação da movimentação estrangeira pelo
valor de mercado corrente da bolsa em estudo é prática corriqueira na
literatura, conforme se pode constatar pelo adotado por Dvořák (2001 e
2003), Froot, O’Connell e Seasholes (2001), Bekaert, Harvey e
Lumsdaine (2002), Griffin, Nardari e Stulz (2004 e 2007) e Froot e
Ramadorai (2008), dentre outros; o procedimento oferece duas vantagens
evidentes: a neutralização de eventuais tendências nas séries e a
comparabilidade entre fluxos de diferentes países e/ou períodos. Griffin,
Nardari e Stulz (2004) lembram, ademais, que assim definida a medida
traduz a importância da demanda líquida externa em relação à oferta total
possível do mercado, algo que permitiria análises sobre a profundidade e
liquidez do mercado alvo.
Diversos fatores foram selecionados como potencialmente
sensibilizantes na dinâmica desses fluxos; passando-se inicialmente
àqueles que merecem detalhamento adicional, ou seja, cuja série histórica
precisa ser obtida a partir de outros indicadores, temos, respectivamente a
liquidez (representada pelo giro ou turnover), tamanho, investimento
estrangeiro direto líquido e retorno de mercado esperado como definidos
abaixo:
Liquidez:
Tamanho:
IED líquido:
Retorno Esperado:
Onde (além do anteriormente definido):
Volt = Volume (R$ ou US$, se necessário) negociado na
BM&F-Bovespa no mês t;
t
tt
VM
VolT
t
tt
VSP500
VMTam
t
tt
VM
idIED
t
μ.k
kt,
tIbovespa
.eF.ln
k
21[r]E
Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
200 Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N.2, June 2016
VSP500t = Valor de mercado do índice S&P500 (em US$) no mês
t;
idt = Investimento estrangeiro direto líquido (em US$) no
Brasil do mês t;
Ft, k = Futuro (cotação de ajuste) do Ibovespa na data t a
encerrar k dias úteis adiante, optando-se sempre pelos
contratos de menor maturidade disponível;
= Prêmio de risco brasileiro ex ante. Adotou-se a
estimativa apresentada em Gonçalves Jr, Rochman, Eid
Jr e Chalela (2011) de 3,35% aa.
Além destes fatores supra, diversos outros podem ajudar a esclarecer
o fenômeno ora em estudo; a tabela 2 traz um resumo categorizado das
variáveis selecionadas para este artigo. Veja-se que a racionalidade
implícita ao sinal esperado de vários deles é intuitiva, a exemplo do risco-
país, da inflação (e sua expectativa), da incerteza externa, das
expectativas sobre PIB e mercado interno, assim como para as sugeridas
como de mercado, nos quais se prevê que a um mercado maior e mais
ativo correspondam mais negócios, ou seja, compras e vendas adicionais.
Para as demais relações cabem esclarecimentos.
Griffin, Nardari e Stulz (2004) propuseram que um bom
desempenho dos mercados externos teria efeitos positivos no
investimento estrangeiro e seus aportes adicionais; quanto à taxa livre de
risco externa, é vista com frequência como o custo de oportunidade dos
estrangeiros – se muito baixa, serviria de estímulo para esses investidores
se lançarem a objetivos mais arriscados, como propuseram Bekaert,
Harvey e Lumsdaine (2002).
Araújo e Flores (2001) conjecturaram que o investimento estrangeiro
direto (líquido) sinalizaria positivamente a outros tipos de fluxos externos
mais especulativos; assim, uma relação positiva (negativa) com as
compras (vendas) adicionais é esperada, o mesmo se aplicando à entrada
líquida de recursos.
Meurer (2006) alude que a taxa básica de juro local representaria o
custo de oportunidade doméstico, cujo aumento implicaria menores
preços correntes de ativos, algo atrativo à vinda de novos recursos e,
portanto, uma relação positiva com compras adicionais e compras
líquidas seria o esperado. Franzen (2007) e Franzen, Meurer, Gonçalves e
Determinantes do Investimento Estrangeiro no Mercado de Capitais Brasileiro
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Seabra (2009) defendem, no entanto, seu papel como instrumento de
política monetária – aumentos presentes na taxa levariam a inflação
esperada menor no futuro e, possivelmente, crescimento e valorização,
atraindo recursos externos correntes; portanto, uma relação esperada
positiva entre compras adicionais (e também entrada líquida dos recursos)
e taxa básica correntes.
A despeito da argumentação, há que se ter em conta que o
incremento da taxa serve ambiguamente não só como incentivo à
alocação em renda fixa (em detrimento da renda variável) como também
a um maior ingresso de recursos no país. Superpostos tais efeitos e
considerados os argumentos anteriores, resta inconclusiva uma análise
intuitiva quanto à relação esperada: aparentemente, as evidências
empíricas ditarão os efeitos dominantes dentre os retro descritos. Quanto
ao esperado para taxas futuras, à parte os argumentos inerentes ao
apreçamento dos ativos, maiores valores esperados para o futuro
poderiam sugerir ao investidor maior risco inflacionário futuro ou
postergação de medidas contracionistas necessárias no presente – em
qualquer dos casos, representa incertezas macroeconômicas e uma
relação negativa entre as flutuações do fator e as das compras adicionais,
bem como as da entrada líquida de recursos, seria o esperado.
No que se refere ao câmbio, a relação pareceria mais direta ao se
levar em conta que a moeda local muito apreciada seria duplo
desestímulo ao estrangeiro: além de não caracterizar vantagem na
aquisição de ativos locais quando a relação cambial não lhe é claramente
favorável, a situação implicaria também em uma alocação em moeda
estrangeira no país-alvo que eventualmente superaria o pretendido,
motivando uma redução nesses investimentos. Como explicam Meurer
(2006), Franzen (2007) e Franzen, Meurer, Gonçalves e Seabra (2009),
não menos importante é o fato de que nessas condições o estrangeiro
veria suas posições mais expostas em termos cambiais (especialmente se
eles não realizarem hedge cambial sistematicamente), o que também seria
incentivo a certa evasão – portanto, o natural é que se espere uma relação
positiva entre taxa de câmbio e compras adicionais, assim como com a
entrada líquida de recursos.
Cabem, por oportuno, alguns comentários sobre as relações
esperadas com os determinantes de mercado (tabela 2); Kang e Stulz
(1997) documentaram, embora sem pacificar o tema, que o tamanho da
Bolsa parece ser critério de seleção para grandes investidores, em
especial os estrangeiros, e maiores mercados levariam a mais negócios
Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
202 Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N.2, June 2016
em compras e vendas, com raciocínio equivalente aplicável à liquidez.
Para a primeira pode-se evitar alguns problemas econométricos tratando-
a de forma relativizada, empregando-se a razão entre valores de mercado
da Bovespa e de uma proxy para a bolsa americana.
Quanto às variáveis binárias, algumas assunções se fizeram
necessárias; a planejada para capturar comportamentos especificamente
vinculados a períodos de crises de maior amplitude pressupõe sete crises
assim classificáveis: a crise do México em 1994, a asiática em 1997, a
russa em 1998, a do Brasil em 1999, a da Argentina e o atentado
terrorista (WTC) nos EUA em 2001, a crise do subprime imobiliário nos
EUA em 2008 e, mais recentemente, a crise da Grécia, esta última mais
claramente delimitada, de fevereiro de 2010 (primeiro pacote do Fundo
Monetário Internacional) a abril de 2012 (fim da renegociação da dívida).
Dadas as dificuldades em se delimitar adequadamente o desfecho dos
demais eventos, adotou-se uma abordagem simplificada: uma duração
média de um ano (doze meses) para as outras seis crises, sempre contado
do mês subsequente ao identificado como de início.
Já a dummy que capta a ascensão do Brasil ao grau de investimento
segue os informes divulgados pelas agências de risco Standard & Poor’s
(30/04/2008) e Fitch Ratings (29/05/2008), portanto unitária a partir de
junho de 2008. A dummy para IPO assumiu valor um a cada mês em que
ocorreu ao menos uma emissão (IPO/SEO) na Bolsa, enquanto que a
indicativa de IOF se destina ao período em que a alíquota deste imposto
sobre o investimento estrangeiro em carteira foi não nulo, portanto de
outubro de 2009 a novembro de 2011.
Quanto às expectativas, oriundas do Boletim Focus (Banco Central
do Brasil), Et[Xt+9] foi construída para capturar a variação cambial
esperada dos nove meses subsequentes; Et[IPCAt+9] e Et[PIBt+9]
refletem, respectivamente, revisões nas expectativas quanto à inflação e
crescimento do PIB dos três trimestres seguintes a cada data. Quanto à
Et[SELICt+9], a informação nela embutida é um pouco mais sutil:
Et[SELICt+9] representa a expectativa de mudança da taxa Selic nove
meses adiante, enquanto Et[SELICt+9] reflete as revisões dessa previsão
em relação ao mês anterior – definida desse modo, observações em que
Et[SELICt+9] é negativa indicam que, naquele mês, o mercado espera
redução futura na Selic maior que a previsão no mês anterior, valendo a
recíproca.
Determinantes do Investimento Estrangeiro no Mercado de Capitais Brasileiro
Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N. 2, June 2016 203
Tabela 2
Resumo das variáveis selecionadas, séries empregadas, fontes de dados e relacionamentos esperados.
Passando-se agora à especificação econométrica propriamente dita,
espera-se que as flutuações desses parâmetros sensibilizem a decisão por
aportes (ou saques) adicionais estrangeiros, assim como a intenção de
retirar (ou reforçar) recursos do mercado e do próprio país. Tendo essa
ideia por base, vem a especificação abaixo representada:
w = f (E, M, A, B, D), onde:
w = Compras (ou vendas) adicionais estrangeiras ou,
alternativamente, compra ou ingresso líquidos, acumulados
durante o mês t;
E = Vetor da variação mensal nas variáveis macroeconômicas;
M = Vetor da variação mensal nas variáveis de mercado;
A = Vetor da variação mensal nas variáveis ambientais (cenário
externo);
B = Vetor da revisão mensal nas expectativas sobre os 3 trimestres
subsequentes;
ce t ve t CLt ILt
Risco-país - + - - EMBIt EMBI+Br IPEAdata
Taxa livre de risco do país * * * * SELICt SELIC Séries temporais - BCB
Inflação - + - - IPCAt-1 Índice IPCA Economatica
Investimento estrangeiro direto + - + + IEDt-1 definido no texto Séries temporais - BCB
Câmbio (R$/US$) + - + + Xt Ptax (venda) Séries temporais - BCB
PIB + - + + PIBt-1 Taxa de crescimento IPEAdata
Liquidez + + + + Tt definido no texto BM&FBovespa
Tamanho + + + + Tamt-1 definido no texto BM&FBovespa / Reuter / Bloomberg
Retornos passados + - + + Bovespat-1 Retornos do Ibovespa Economatica
Taxa livre de risco externa - + - - Treasury1at T-Bills 1 ano Federal Reserve
Mercado externo + - + + S&P500t Índice S&P500 Economatica
Incerteza - + - - sS&P500)t Volatilidade do S&P500 Economatica
Diversificação Brasil x EUA - + - - covart-1 Covariância Ibovespa x S&P500 Economatica
Crises + - + + Criset
Investment Grade Brasil + - + + Invest Gradet
Eventos de IPO + - + + IPOt
Aumentos do IOF - + - - IOFt
Mercado Interno + - + + Et [R] definido no texto BM&FBovespa / Economatica
Taxa livre de risco do país - + - - Et[SELICt+9] Boletim Focus Boletim Focus - BCB
PIB + - + + Et [PIBt+9] Boletim Focus Boletim Focus - BCB
Câmbio (R$/US$) + - + + Et [Xt+9] Boletim Focus Boletim Focus - BCB
Inflação - + - - Et[IPCAt+9] Boletim Focus Boletim Focus - BCB
Fonte: Elaboração do autor
Fontes de dados
Macroeconômicos
Mercado
Cenário Externo
Expectativas
Outros fatores
exógenos
Datas obtidas na imprensa aberta,
exceto IPOs (site da
BM&FBovespa).
Dummy = 1 enquanto o evento
perdurou.
Relações esperadas com a variável dependenteCategoria Determinante Acrônimo Séries ou relações
Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
204 Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N.2, June 2016
D = Variáveis binárias (dummy) para capturar quebras nos fluxos
(w) devidos a fatores exógenos: crises, promoção do Brasil
ao patamar de investment grade, mudanças nas alíquotas do
IOF e eventos de IPO – todos referentes ao mês t.
As vantagens econométricas inerentes à abordagem são patentes,
como a neutralização de tendências e redução dos efeitos da
autocorrelação. No entanto, algumas das séries levantadas já se
apresentam naturalmente como variações de um indicador subjacente e,
portanto, não é necessário diferenciá-las – é o caso da taxa de câmbio
(observada e esperada), dos retornos de mercado, da taxa de inflação
corrente e esperada e do crescimento esperado do PIB brasileiro, que
representam respectivamente variações da relação reais por dólar, dos
índices, dos preços da economia e do próprio crescimento esperado da
riqueza do país.
É relevante destacar, ademais, que alguns dos fatores candidatos a
determinantes aparecem defasados (em um mês) em relação à variável
dependente – os casos da inflação (IPCAt-1), investimento estrangeiro
direto (IEDt-1), tamanho relativo do mercado (Tamt-1) e crescimento do
PIB (PIBt-1), por sua dinâmica caracteristicamente mais lenta e a própria
sistemática de divulgação, levam o investidor a observar valores passados
recentes em lugar de inferir sobre os correntes para tomadas de decisão;
quanto a mercado (Bovespat-1) e seus comovimentos (Covart-1) com
pares externos, testar se a trajetória no último mês pode afetar o
comportamento dos agentes externos será uma iniciativa intrigante, em
face das múltiplas contribuições acadêmicas existentes em favor do trend
chasing desses atores, como as mostradas por Froot, O’Connell e
Seasholes (2001) e Griffin, Nardari e Stulz (2004 e 2007).
Quanto aos demais fatores contemporâneos há que se levar em conta
a possibilidade (direta ou indireta) de que possam influenciar os fluxos
estrangeiros, retroalimentando a dinâmica do fenômeno – se confirmado
tal relacionamento endógeno, as estimativas por Mínimos Quadrados
Ordinários (MQO) se tornam enviesadas e inconsistentes; nesses casos é
recomendado o uso do Método dos Momentos Generalizados (GMM),
cujas estimativas são robustas ao problema, mas que demanda conhecer a
fonte de endogeneidade e eleger variáveis instrumentais adequadas para
sua implementação.
Há fatores que assumiremos intuitivamente como exógenos e,
portanto, livres do problema: é o caso do risco país (EMBIt), taxa básica
Determinantes do Investimento Estrangeiro no Mercado de Capitais Brasileiro
Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N. 2, June 2016 205
de juro local e externa (SELICt e Treasury1at) e indicadores de
mercado externos (S&P500t e sS&P500t); os demais fatores (XtTt e
todas as revisões de expectativas) ficam inevitavelmente sob suspeição e
serão objeto de Teste de Causalidade de Granger (seção a seguir) visando
diagnosticar precedências que sirvam de subsídio à análise. Nos casos em
que o diagnóstico for significativo para a endogeneidade, uma prática
tradicional para seleção da variável instrumental é tomar-se a própria
variável suspeita defasando-a em um período (mês) em relação à
dependente; adiante veremos que houve duas exceções, o que será
oportunamente esclarecido.
4. Resultados
Como dão conta os gráficos 1 e 2, o crescimento da participação
estrangeira no investimento em carteira no Brasil vem provocando profundos
e permanentes efeitos nos mercados locais – esses participantes respondem
por mais de 50% do giro diário na BM&F-Bovespa e seu patrimônio já
detém mais de 20% do valor de mercado total listado. Assim sendo, os
fluxos externos acumulados da última década colocam seguramente os
investidores estrangeiros como os reais protagonistas do nosso mercado.
Figura 1
Participação dos estrangeiros no volume (escala esquerda) e representatividade de sua carteira no valor de mercado (direita) da Bovespa (dados mensais).
Fonte: BM&F-Bovespa – Estatísticas mensais (dados trabalhados pelo autor).
Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
206 Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N.2, June 2016
Figura 2
Participação relativa de cada tipo de investidor na movimentação bruta da Bovespa.
Nota: Eixo esquerdo representa volumes, enquanto o direito representa valor de mercado. Fonte: BM&F-Bovespa – Estatísticas mensais (dados trabalhados pelo autor).
Passando-se preliminarmente por uma descrição breve dos dados,
reporta-se que todas as séries são mensais e nominais, com abrangência
total de 18 anos (iniciam-se em janeiro de 1995 e se encerra em dezembro
de 2012); o Ibovespa foi corrigido para dividendos e proventos diversos e
as volatilidades do S&P500 foram estimadas tomando-se os retornos
diários correntes do mês observado (em regime de capitalização
contínua), sendo na sequência anualizadas. Com isso, espera-se capturar a
sensibilização que mudanças nas incertezas externas (entre o mês anterior
e o corrente) teriam sobre os fluxos externos; nos painéis A e B
encontram-se apresentadas características descritivas básicas e
autocorrelações dos dados.
Um revés amostral a destacar é a menor numerosidade (quantidade
de observações) inerente aos fatores tamanho e expectativas, o que tende
a prejudicar as inferências do estudo – por conta disso, vê-se como
prudente a recondução dos testes sem essas variáveis; a postura visa não
só o melhor aproveitamento da amostra como também uma análise de
robustez dos resultados entre diferentes períodos de estudo (subamostras).
Nessa descrição sobre o conjunto de dados veem-se algumas
situações de correlações acima do moderado (em destaque no painel C),
sugerindo a existência de multicolinearidades imperfeitas entre as
Determinantes do Investimento Estrangeiro no Mercado de Capitais Brasileiro
Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N. 2, June 2016 207
variáveis (ainda que discretas), o que prejudicaria a eficácia dos testes de
significância; o problema não pode ser evitado, mas a recondução dos
testes sem os fatores mais comumente envolvidos (câmbio e suas
expectativas) pode ser elucidativa, a exemplo do descrito no parágrafo
anterior. Quanto à persistência das séries (painel B), o uso de variações
pareceu mitigar substantivamente o efeito, embora não dispense o
cuidado de ajustar a estimativa de erros para serem robustos a
autocorrelação e heterocedasticidade (HAC); com relação à
estacionariedade (painel D), não há evidências significativas de
tendências nas séries, o que nos autoriza a delas fazer uso geral nas
regressões.
E, como dito na seção anterior, outra providência é identificar,
dentre as séries contemporâneas de fatores, as potencialmente endógenas
para a dinâmica dos fluxos de capital; como mostra a tabela 3, vemos que
há cinco delas a dirigir atenção: câmbio (Xt), liquidez (Tt) e revisão nas
expectativas quanto a taxa básica de juro (Et[SELICt+9]), PIB
(Et[PIBt+9]) e câmbio (Et[Xt+9]). As fracas autocorrelações de 1ª ordem
de câmbio (Xt) e expectativas da Selic (Et[SELICt+9]) não fizeram delas,
em primeira defasagem, instrumentos que produzissem resultados
consistentes – isso demandou alternativas: para o câmbio, selecionou-se
como tal os retornos do ouro negociado à vista na BM&F, enquanto que
para a expectativa da Selic tomou-se estimativa similar, com prazo de
projeção de seis meses adiante, portanto inferior ao ora adotado, de nove
meses.
Tabela 3
Testes de causalidade de Granger para fatores contemporâneos potencialmente explicativos aos
fluxos estrangeiros (adotado 3 lags).
Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
208 Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N.2, June 2016
Outro cuidado necessário foi levar-se em conta que tamanho e
revisões nas expectativas limitam a amostra a um número menor de
observações, o que justificaria a recondução dos testes sem essas
variáveis – tal procedimento permite avaliar a robustez dos resultados
para o período todo e por subperíodos, o que é desejável e interessante.
Passando-se então aos primeiros resultados encontrados vemos, pela
tabela 4, que mais liquidez local (T), melhor diversificação
proporcionada pelo mercado local (covar) em relação ao externo, perdas
passadas recentes (Bovespat-1) e expectativas positivas de crescimento
(PIB) parecem estimular os agentes externos a reforçar suas
compras; o crescimento do risco pais (EMBI) e das taxas de juros
externas (Treasury1a), paradoxalmente, mantêm relação positiva e
significativa com aumentos nas compras, o oposto se verificando em
relação taxa básica de juro local (SELIC) e suas expectativas
(SELIC).
Embora os quatro últimos não tenham se mostrado robustos para a
amostra global, fazem-se importantes no conjunto de observações mais
recentes (com a inclusão do efeito do tamanho relativo e das expectativas
nas regressões, o que implica o uso, portanto, somente de dados
posteriores a 2001); a leitura a se fazer para o risco país e a taxa externa é
realmente intrigante e contra intuitiva: mostram que as aquisições se
acentuaram significativamente nos cenários em que o contrário era
esperado – aparentemente, o apetite por risco para com os emergentes no
ce t ve t CLt ILt
não causa (Granger) 39.197% 10.522% 77.240% 33.742%
não é causada (Granger) por 85.423% 31.111% 1.128% 3.622%
não causa (Granger) 65.283% 12.545% 63.942% 11.829%
não é causada (Granger) por 86.664% 2.349% 1.233% 0.717%
não causa (Granger) 80.577% 16.838% 11.388% 79.323%
não é causada (Granger) por 97.817% 98.520% 15.709% 26.124%
não causa (Granger) 74.155% 46.207% 22.253% 70.403%
não é causada (Granger) por 35.765% 43.099% 69.613% 0.078%
não causa (Granger) 1.111% 3.601% 9.897% 0.678%
não é causada (Granger) por 4.849% 5.980% 3.323% 0.078%
não causa (Granger) 19.591% 2.595% 60.491% 3.147%
não é causada (Granger) por 63.653% 39.231% 1.829% 26.886%
não causa (Granger) 75.314% 74.980% 58.059% 2.967%
não é causada (Granger) por 99.422% 99.668% 37.328% 35.944%Et[IPCAt+9]
Xt
Tt
Et [R]
Et[SELICt+9]
Et[PIB t+9]
Et [Xt+9]
Determinantes do Investimento Estrangeiro no Mercado de Capitais Brasileiro
Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N. 2, June 2016 209
período sobrepujou outros efeitos subjacentes, dominando-os.
Já para as vendas (tabela 5), vemos resultados significativos robustos
só devidos às flutuações correntes da liquidez local (T) e passada da
correlação (covar) entre mercados, repetindo os sinais encontrados em
compras. O investimento estrangeiro direto, como proposto por Araújo e
Flores (2001), tem em sua variação passada alguma sinalização: uma
hipótese para o caso é que maiores influxos pontuais desses recursos em
períodos anteriores significariam melhores expectativas de longo prazo e,
portanto, desestímulo ao desfazimento das posições. Vale notar, ademais,
que para a amostra global (suprimidos o efeito do tamanho relativo e as
expectativas nas regressões, o que aproveita dados de todo o período) a
volatilidade externa (sS&P500), o risco pais (EMBI) e a taxa de juros
local (SELIC) se mostraram positivos e significativos, indicando que o
mercado local era mais sensível a esses indicadores no passado do que o é
mais recentemente.
cet vet CLt ILt EMBIt SELICt IPCAt-1 IEDt-1 Xt Tt Tamt-1
Média 0.0066% 0.0044% 0.0128% 0.0484% -0.0423% -0.1959% 0.5878% 0.0007% 0.4083% 0.0086% 0.0471%
Mediana -0.0014% -0.0005% 0.0153% 0.0543% -0.1000% -0.3951% 0.4800% -0.0130% 0.4413% 0.0383% 0.0404%
Máximo 1.1789% 1.2573% 0.5161% 0.9373% 8.1300% 21.2715% 3.0200% 3.0746% 49.5497% 3.6902% 1.4193%
Mínimo -1.3714% -1.6264% -0.9173% -1.3603% -7.1100% -16.0495% -0.5100% -2.7137% -18.1547% -3.2935% -2.1854%
Desvio Padrão 0.3137% 0.3545% 0.1739% 0.3028% 1.4625% 3.4452% 0.5034% 0.5438% 5.7502% 0.7853% 0.5072%
Assimetria -0.2593 -0.0304 -1.0594 -1.0152 1.6067 2.0464 1.8657 0.1828 3.2919 0.1569 -0.5303
Curtose 5.4388 5.9826 8.7564 7.3838 18.3956 17.7244 8.0428 12.0044 28.9163 6.6160 6.3867
Jarque-Bera 55.69 79.73 338.63 210.06 2.215.86 2.092.31 352.54 724.15 6.435.00 118.02 78.72
Probabilidade 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00%
Observações 215 215 216 216 215 215 215 214 216 215 150
Treasury1at S&P500t sS&P500)t covart-1 Bovespat-1 Et [R] Et[SELICt+9] Et[PIBt+9] Et [Xt+9] Et[IPCAt+9] PIBt-1
Média -0.0311% 0.5168% 0.0190% 0.0675% 1.2001% 1.2459% -0.0102% -0.0392% -0.4802% 0.0497% 0.5480%
Mediana -0.0100% 1.2058% -0.4472% -0.3468% 1.7696% 1.0888% 0.0100% -0.0133% -0.9063% 0.0200% 0.5841%
Máximo 0.4500% 10.2307% 35.2314% 196.5843% 24.7046% 5.9646% 0.7500% 0.8033% 13.3324% 3.6400% 19.9522%
Mínimo -1.2300% -18.4247% -30.7986% -266.9455% -50.3413% -1.7114% -0.9400% -1.2333% -7.9276% -1.1300% -40.3679%
Desvio Padrão 0.2252% 4.5655% 7.7250% 30.9634% 9.3216% 1.0707% 0.2914% 0.2682% 3.1610% 0.4178% 5.9339%
Assimetria -1.4679 -0.8531 0.8258 -0.7707 -1.1008 0.5154 -0.3054 -0.9943 1.6085 4.9797 -1.8574
Curtose 7.9463 4.4109 7.9646 40.0230 7.1826 5.6591 4.0918 6.5458 7.7658 43.7808 15.5291
Jarque-Bera 296.39 44.12 245.24 12.300.51 200.14 73.20 8.67 91.59 183.21 9.765.86 1.522.77
Probabilidade 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 1.31% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00%
Observações 215 216 215 215 215 216 133 133 133 133 214
Fontes: Bacen, CVM, Federal Reserve , BM&F-Bovespa, Bloomberg e Economatica (dados trabalhados pelo autor).
cet vet CLt ILt EMBIt SELICt IPCAt-1 IEDt-1 Xt Tt Tamt-1
1 -0.4342 -0.4411 0.2855 0.3664 -0.1996 -0.0774 0.7257 -0.4893 0.0032 -0.4063 0.1308
2 -0.0015 -0.0462 0.0573 0.1909 0.1220 -0.0320 0.5180 0.0952 0.0009 -0.0718 0.1057
3 -0.0467 -0.0048 0.1118 0.1606 -0.0504 -0.0554 0.4214 -0.2552 -0.0121 0.0419 0.1794
4 -0.0237 0.0745 0.1278 0.0690 -0.0196 -0.0220 0.3182 0.2082 0.0331 -0.0839 -0.1064
5 -0.0008 -0.0511 -0.1234 -0.0386 0.0068 0.0633 0.2316 -0.0601 0.0097 0.0954 -0.0709
6 0.0545 -0.0142 -0.1043 -0.0573 -0.0851 -0.0406 0.1998 0.1214 -0.0198 -0.0842 -0.0331
Treasury1at S&P500t sS&P500)t covart-1 Bovespat-1 Et [R] Et[SELICt+9] Et[PIBt+9] Et [Xt+9] Et[IPCAt+9] PIBt-1
1 0.2919 0.1177 -0.1633 -0.1207 0.0121 0.1990 0.4178 0.5444 0.6273 0.1321 0.0693
2 0.2484 -0.0199 -0.1559 -0.3210 0.0004 0.3714 0.1788 0.4240 0.4388 0.2983 0.0638
3 0.1160 0.1029 -0.0347 0.0072 0.0026 0.2333 0.2003 0.2738 0.2533 -0.0847 -0.0577
4 0.0169 0.0703 -0.0588 -0.0394 0.1053 0.1372 0.1340 0.0942 0.1178 0.0885 -0.0828
5 0.0552 0.0380 -0.0346 -0.0099 -0.1210 0.1334 0.1377 0.1206 -0.0230 0.1185 0.0381
6 0.0612 -0.0658 0.0400 -0.0213 -0.1009 0.0298 0.0299 0.0093 -0.1148 -0.1449 -0.1019
Fontes: Bacen, CVM, Federal Reserve , BM&F-Bovespa, Bloomberg e Economatica (dados trabalhados pelo autor).
Painel A: Estatísticas descritivas
Painel B: Autocorrelações
Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
210 Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N.2, June 2016
EMBIt SELICt IPCAt-1 IEDt-1 Xt Tt Tamt-1 Treasury1at S&P500t
EMBIt 1
SELICt 0.0009 1
IPCAt-1 -0.2449 0.1368 1
IEDt-1 0.0097 0.1334 -0.0183 1
Xt 0.6878 0.0684 -0.1598 -0.0253 1
Tt -0.0251 0.3599 0.0021 -0.0513 -0.0037 1
Tamt-1 -0.0240 0.0673 -0.0302 -0.1563 -0.1179 0.1528 1
Treasury1at -0.1827 -0.0653 -0.0509 -0.0039 -0.2380 -0.0723 -0.0014 1
S&P500t -0.4545 -0.0312 -0.0497 -0.0278 -0.5907 -0.1185 0.1275 0.3223 1
sS&P500)t 0.2423 0.1254 -0.0853 0.0439 0.2870 0.4493 -0.0089 -0.1938 -0.3902
covart-1 0.1661 -0.0922 -0.0239 0.0154 0.2743 -0.1776 -0.3834 -0.0067 -0.2870
Bovespat-1 0.0000 -0.0370 0.0113 -0.0045 -0.1454 0.2136 0.5261 0.2279 0.1557
Et [R] -0.0224 -0.0314 0.2613 0.0470 -0.0972 -0.1498 -0.0336 0.0280 0.0451
Et[SELICt+9] 0.0728 -0.0792 -0.1220 0.0064 -0.0985 0.0120 0.0889 0.1323 -0.0934
Et[PIBt+9] 0.0032 -0.0656 0.0310 0.0041 -0.1260 -0.0901 0.1021 0.1346 0.1116
Et [Xt+9] 0.0667 0.1034 0.0074 -0.0100 0.5277 -0.0224 -0.3812 -0.3029 -0.4116
Et[IPCAt+9] -0.2656 0.1351 0.1978 0.0029 -0.0087 -0.0138 0.0148 -0.0070 0.0505
PIBt-1 0.0025 -0.2825 -0.0365 0.0439 -0.0980 -0.1164 -0.0890 0.0198 0.1661
sS&P500)t covart-1 Bovespat-1 Et [R] Et[SELICt+9] Et[PIBt+9] Et [Xt+9] Et[IPCAt+9] PIBt-1
sS&P500)t 1
covart-1 0.1915 1
Bovespat-1 -0.0878 -0.2758 1
Et [R] -0.1668 0.0671 -0.0601 1
Et[SELICt+9] 0.1101 0.2151 0.0153 -0.0400 1
Et[PIBt+9] -0.0230 0.1840 0.3204 -0.1250 0.2379 1
Et [Xt+9] 0.1226 0.1851 -0.5526 -0.0184 -0.1241 -0.4385 1
Et[IPCAt+9] 0.0227 0.0253 -0.2254 0.0891 -0.0515 -0.1509 0.4121 1
PIBt-1 -0.0462 0.1576 -0.0202 -0.0170 0.0149 0.3145 -0.1953 0.0025 1
Fontes: Bacen, CVM, Federal Reserve , BM&F-Bovespa, Bloomberg e Economatica (dados trabalhados pelo autor).
cet vet CLt ILt EMBIt SELICt IPCAt-1 IEDt-1
ADF 0.0000% 0.0000% 0.0015% 0.0006% 0.0000% 0.0000% 0.0100% 0.0000%
Phillips - Perron 0.0000% 0.0000% 0.0000% 0.0000% 0.0000% 0.0000% 0.0003% 0.0100%
Xt Tt Tamt-1 Treasury1at S&P500t sS&P500)t covart-1 Bovespat-1
ADF 0.0000% 0.0000% 0.0028% 0.0001% 0.0001% 0.0000% 0.0000% 0.0001%
Phillips - Perron 0.0000% 0.0000% 0.0000% 0.0000% 0.0000% 0.0000% 0.0000% 0.0000%
Et [R] Et[SELICt+9] Et[PIBt+9] Et [Xt+9] Et[IPCAt+9] PIBt-1
ADF 0.0021% 0.6858% 0.2138% 0.2899% 0.0265% 0.0000%
Phillips - Perron 0.0000% 0.0000% 0.0003% 0.0023% 0.0000% 0.0000%
Fontes: Bacen, CVM, Federal Reserve , BM&F-Bovespa, Bloomberg e Economatica (dados trabalhados pelo autor).
Nota: p-values das estatísticas conforme MacKinnon (1996) para rejeição da hipótese nula de raiz unitária. Adotado 3 lags em todos os testes.
Painel C: Correlações
Painel D: Estacionariedades
Determinantes do Investimento Estrangeiro no Mercado de Capitais Brasileiro
Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N. 2, June 2016 211
-0.0
00160
-0.0
00189
-0.0
00218
-0.0
00217
-0.0
00160
-0.0
00190
-0.0
00219
-0.0
00218
-0.0
00159
-0.0
00191
-0.0
00219
-0.0
00218
-0.0
00141
-0.0
00166
-0.0
00144
-0.0
00169
0.0
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0.0
00046
0.0
00048
0.0
00050
58.4
5%
49.4
7%
41.2
5%
40.5
1%
58.2
9%
48.7
0%
40.9
0%
40.0
9%
58.2
5%
48.4
8%
40.7
5%
39.8
6%
54.7
1%
45.3
0%
53.8
5%
44.1
6%
84.9
9%
83.3
0%
82.4
2%
81.5
2%
0.0
27
20
00
.02
16
13
0.0
17
18
10
.01
70
11
0.0
26
73
40
.02
06
69
0.0
16
59
00
.01
63
29
0.0
26
87
50
.02
07
28
0.0
16
64
60
.01
63
57
0.0
18
49
50
.01
49
20
0.0
18
98
20
.01
53
25
-0.0
17605
-0.0
10593
-0.0
15844
-0.0
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4.0
8%
3.1
8%
2.4
1%
2.3
2%
4.2
8%
3.7
6%
2.4
1%
2.4
0%
4.1
7%
4.0
4%
2.3
2%
2.3
6%
2.3
2%
2.5
9%
1.8
1%
1.9
2%
38.7
9%
55.5
9%
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3%
57.5
4%
-0.0
26
39
6-0
.02
63
89
-0.0
26
96
1-0
.02
68
14
-0.0
25
26
8-0
.02
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-0.0
25
77
1-0
.02
54
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-0.0
25
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9-0
.02
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-0.0
26
05
0-0
.02
58
22
-0.0
23
57
3-0
.02
41
29
-0.0
24
27
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.02
49
09
0.0
03010
0.0
02285
0.0
02054
0.0
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1%
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8%
0.0
8%
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6%
0.2
0%
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7%
0.1
7%
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1%
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5%
0.1
5%
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2%
0.1
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2%
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9%
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7%
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0%
0.0
23673
0.0
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0.0
25299
0.0
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20235
0.0
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0.0
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0.0
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0.0
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0.0
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0.0
34069
0.0
34
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3-0
.002686
-0.0
01487
-0.0
01529
-0.0
00749
34.9
8%
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2%
30.4
8%
33.6
2%
35.1
9%
40.7
5%
30.6
4%
34.6
9%
34.5
2%
37.6
8%
28.5
3%
32.2
2%
17.8
5%
16.5
4%
16.3
9%
14
.95
%90.4
9%
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3%
94.5
4%
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2%
-0.0
26051
-0.0
27160
-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
64
21
5-0
.06
50
16
-0.0
61
47
6-0
.06
29
07
48.4
5%
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7%
49.5
0%
48.4
9%
46.5
3%
44.4
5%
47.4
1%
45.9
9%
47.7
9%
47.9
4%
50.5
7%
49.7
4%
32.4
0%
33.2
7%
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4%
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6%
0.6
8%
0.6
4%
0.8
3%
0.8
1%
-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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0.0
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3%
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8%
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3%
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5%
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7%
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3%
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2%
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8%
-0.0
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8%
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9%
57.9
6%
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5%
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5%
28.1
1%
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0%
0.4
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.44
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00
.44
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80
.44
33
58
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44
77
10
.44
44
88
0.4
42
92
70
.44
41
12
0.4
45
33
00
.44
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06
10
.42
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60
60
.43
00
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.35
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0%
0.0
0%
0.0
0%
0.0
0%
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0.0
0%
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0%
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0%
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0%
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0.0
0%
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0%
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0%
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0%
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0%
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-0.0
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-0.0
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-0.0
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5%
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9%
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6%
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8%
74.1
2%
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8%
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-0.0
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.00
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.00
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.00
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-0.0
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.00
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.00
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.00
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.00
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.00
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04
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.00
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2%
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.07
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.08
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.08
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.08
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00
.08
56
53
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21
90
.07
23
01
0.0
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.07
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28
0.0
20204
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18890
0.0
15961
0.0
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0%
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2%
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1%
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9%
7.5
9%
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4.5
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10
.78
%9
.75
%1
1.0
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9.9
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63.8
9%
65.5
0%
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3%
70.9
8%
0.0
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0.0
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0.0
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25
30.0
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0.0
05
23
20
.00
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0.0
05
47
80
.00
60
61
0.0
06
56
90
.00
62
75
0.0
07
17
90
.00
67
56
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4%
30.7
3%
13
.36
%20.2
5%
20.3
3%
34.2
0%
13
.40
%22.7
9%
20.8
7%
34.2
1%
14
.29
%23.2
7%
7.5
3%
4.1
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Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
212 Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N.2, June 2016
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12
Determinantes do Investimento Estrangeiro no Mercado de Capitais Brasileiro
Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N. 2, June 2016 213
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Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
214 Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N.2, June 2016
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12
Determinantes do Investimento Estrangeiro no Mercado de Capitais Brasileiro
Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N. 2, June 2016 215
É relevante frisar como destoam entre si, de forma geral, os fatores
significativos para compras e vendas adicionais, indicando como estas
iniciativas seguem processos de análise, motivação e decisão
fundamentalmente distintos; nitidamente, os modelos conceituais de um
não servem de suporte ao outro. Há apelo, também, nos aspectos
comportamentais envolvidos, influenciando suas decisões de maneira
diversa ao previsto por premissas racionais – o efeito disposição
(relutância em realizar perdas), por exemplo, inibiria as vendas a despeito
da adversidade do cenário, enquanto que o efeito manada levaria a
movimentos reativos desconectados de fundamentos; entretanto, a
escassez de evidências a esse respeito ainda parece ser a regra.
Na tabela 6 encontramos os resultados para compras liquidas, ou
seja, os fatores determinantes para aportes (ou evasões) líquidos desses
agentes; novamente, reduções da taxa de juros local (SELIC) e bons
desempenhos externos (S&P500) revelam-se drivers robustos de
estímulo à entrada líquida de recursos na BM&F-Bovespa, corroborando
o modelo de Griffin, Nardari e Stulz (2004) sobre o papel de um grande
mercado externo como propulsor da atividade estrangeira local; o câmbio
(X) também se confirmou segundo a relação esperada (positiva) com
compras liquidas anteriormente teorizada.
E se alguns outros fatores também se apresentaram significativos
(porém de forma menos robusta), chama a atenção o efeito identificado
da SELIC sobre esses fluxos, contrário aos resultados obtidos por Meurer
(2006), Franzen (2007) e Franzen, Meurer, Gonçalves e Seabra (2009);
segundo a tabela 6, reduções médias dessa taxa serviriam de estímulo a
fluxos líquidos positivos de entrada no segmento à vista da BM&F-
Bovespa, indicando que os pressupostos macroeconômicos de política
monetária implicados pela redução da Selic, bem como o desestímulo à
renda fixa (inevitavelmente induzidos) seriam efeitos dominantes. Não
obstante, dada a complexidade da temática, estes resultados ainda estão
abertos ao contraditório e, portanto, merecerão estudos adicionais que
serão deixados para trabalhos futuros.
Passando-se finalmente à tabela 7, os resultados reafirmam a taxa de
juros local (SELIC) e o desempenho externo (S&P500) como
determinantes robustos para a internalização de recursos no Brasil,
corroborando os resultados supra capturados com as compras líquidas
(ligadas estreitamente ao mercado à vista), apresentando ainda de forma
emblemática o efeito negativo e robusto das crises; surgem ainda na
porção menos numerosa (e mais recente) da amostra como drivers
Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
216 Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N.2, June 2016
importantes a expectativa de crescimento do país (E[PIB]), a incerteza
externa (S&P500), a ascensão brasileira ao investment grade, a liquidez
(T), a importância relativa do mercado local (Tam) e seu potencial
para diversificação (Covar), todos conforme o previsto na tabela 2.
Como curioso deve-se destacar que os resultados concordantes com
o esperado para afluxos extraordinários devidos a IPOs e o desempenho
recente do mercado local (Bovespat-1), assim como a aposta contra
inflações recentes (IPCAt-1), perdem importância (e significância) quando
observados em período mais recente (depois de 2001); contrariando a
lógica esperada, a percepção externa do risco país (EMBI) mostrou uma
relação significativa e positiva, um resultado sujeito à omissão de
variável câmbio, mas que aparentemente também seria explicável pelo
atípico apetite estrangeiro por risco dos emergentes no período.
5. Considerações Finais
À base de dados cedida pela BM&F-Bovespa sobre compras e
vendas estrangeiras na Bolsa foram juntados diversos dados de outras
fontes abertas (como CVM e Banco Central do Brasil) para constituir a
presente amostra (período de janeiro de 1995 a dezembro de 2012) que
permitiu, como em poucos trabalhos produzidos sob este tema, uma
investigação meticulosa sobre fatores importantes nas decisões de
investimento desses agentes, tanto para rebalancear localmente suas
exposições (deflagrando compras ou vendas adicionais) quanto para rever
sua própria exposição ao mercado local e ao próprio país (promovendo
ingresso ou evasão líquida dos recursos).
A análise preliminar do conjunto, por sua vez, identificou
peculiaridades que exigiram cuidados específicos – neste caso, a
potencial endogeneidade do câmbio (Xt), liquidez (Tt) e das
expectativas com relação aos movimentos estrangeiros. Aparentemente
esses fatores influenciam suas decisões, mas também são sensibilizados
por eles e, por conta disso, a análise não pode passar ao largo dessa
possível retroalimentação.
Levados em conta esses problemas, a primeira bateria de testes
centrou atenção nos aumentos das compras (ou vendas) dos investidores
estrangeiros em relação ao período anterior, o que deveria proporcionar
algum entendimento sobre os rebalanceamentos contínuos por eles
Determinantes do Investimento Estrangeiro no Mercado de Capitais Brasileiro
Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N. 2, June 2016 217
promovidos em resposta às flutuações permanentes dos fatores
econômicos.
As evidências encontradas a esse respeito indicam que mais liquidez
local e menor integração (representada pela correlação) com os mercados
desenvolvidos motivariam esses investidores estrangeiros a intensificar
tanto compras quanto vendas. É um resultado plausível, já que maior
capacidade e facilidade para executar suas estratégias é um óbvio
estímulo para mais negócios, o mesmo se aplicando a um maior potencial
de diversificação quando se trata de investidores que se lançam a outros
mercados tendo esse propósito como importante. De forma análoga, a
relação positiva com as expectativas de crescimento do país e negativa
com a taxa Selic corrente e (esperada) futura são mais relevantes para as
aquisições que para as alienações, dado que embutem a perspectiva de
realização futura de lucros, em lugar da presente.
Curiosamente, o risco pais e juros externos não se mostraram
significativos para as vendas, fatores tidos como típicos gatilhos para
eventos de fly to quality (especialmente em cenários de crise), além da
resposta das compras aos retornos passados locais refutarem o positive
feedback trading, comportamento visto com frequência por parte desses
atores em diversos outros mercados. Complementarmente, mercados
externos, eventos pontuais como IPOs, investment grade, mudanças no
IOF e o próprio câmbio possuem um papel bem menos relevante que o
inicialmente previsto para as decisões de negociação desses atores.
Na segunda linha de testes foi centrado foco nas compras líquidas
dos investidores estrangeiros, portanto no excedente das compras em
relação às vendas desses agentes que, por sua relevância (vide gráficos 1
e 2), apresenta potencial para deslocamento do próprio equilíbrio do
mercado; como medida alternativa para a captura dessa dinâmica, usou-se
também o ingresso líquido de recursos para investimento em carteira.
Vale relembrar, porém, o aludido sobre ambas na seção 3: nenhuma delas
é o instrumento ideal para este estudo – as compras líquidas podem não
decorrer integralmente de recursos ingressando no país (podem advir de
uma realocação de recursos já internalizados) e o ingresso líquido
registrado não se destina integralmente ao segmento à vista da BM&F-
Bovespa.
Reconhecendo essas limitações foram conduzidos os testes na
expectativa de entendimento de quais fatores teriam papel significativo e
influente, para esses agentes, nas decisões de modificar sua presença no
mercado e até mesmo no país; ambas apontaram de forma inequívoca a
Gonçalves Junior, W., Eid Junior, W.
218 Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 14, N.2, June 2016
importância dos mercados externos, como previsto por Griffin, Nardari e
Stulz (2004), e do comportamento dos juros locais.
No caso destes últimos, a relação negativa com os influxos
estrangeiros é distinta do verificado por Meurer (2006), Franzen (2007) e
Franzen, Meurer, Gonçalves e Seabra (2009) – pode-se conjecturar que,
aparentemente, menores taxas domésticas induziriam maior alocação em
renda variável (em detrimento da fixa) ou até mesmo maior tolerância ao
risco, o que levaria aos resultados encontrados robustos tanto com relação
às métricas quanto para as amostras aqui empregadas.
Resultaram também importantes, mas menos robustos quanto a
métrica ou amostra empregados o potencial de diversificação que o
mercado local oferece (Covart-1), a percepção de riscos externa
(sS&P500t), aspectos ligados à maturidade do nosso mercado (liquidez,
tamanho e rating) e expectativas com relação ao crescimento econômico
do país. São resultados são sensíveis ao período estudado; seu papel
perante o fenômeno precisará ser, portanto, melhor entendido em novas
investidas de pesquisa.
Os achados ora reportados endereçam tanto quanto possível as questões
definidas como centrais para este trabalho sujeitas, naturalmente, às
limitações impostas pelos dados e pelo período selecionado – identificar os
fatores econômicos e financeiros significativamente influentes na dinâmica
dos investimentos estrangeiros na BM&F-Bovespa com relação a seus
recursos, seja para a realocação daqueles já internalizados, seja nas decisões
para alterar a exposição ao nosso mercado – no entanto, está longe de exauri-
las.
Ficam como sugestões para pesquisa futura o aprofundamento desta
linha investigativa ao se considerar mais atentamente a importância do
carry trade e de suas consequências para esta dinâmica (dada sua atual
importância na atração de capitais externos), o papel sempre desafiador
do câmbio e, não menos importante, a extensão da janela histórica de
trabalho – o período posterior a 2013 (inclusive) aqui não contemplado
foi pródigo em fatos de dimensões variadas e efeitos profundos nos
mercados e sociedade brasileira – é, indubitavelmente, merecedor de um
novo e detido olhar acadêmico sobre a questão.
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