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DO1NERVA BRASILIEISSE - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/703095/per703095_1845_00012.pdf · ECONOMIA...

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1NERVA BRASILIEISSE DO M 11 15 ra .11 mio ns-: is',;> VOL. IH SC E L ECONOMIA POLÍTICA. Com,'i*.-.vtr« sobre at doot-lne» economia» de M. João Baptleu S«y, p«lo u.. Jo Sr. visconde de Cavru'. (t iiiillniuilo ilu II. t.) Parece pois conforme á radio pensar, que o valor ile hun. livro util, na pai le qtu* sc deve oo tab nto c pensamento do tuilor. lio como deposito confiado oo servo liei. para laser tçii- der esse capital com usura pela própria ui- tlublrin.» nieço deaU confiança he a feliculrde de saber instruir o faxer ftlii a humanidade. A sua recompensa ho o final coroa de pisliçn, einell'av.1 merC-, pe. t.iillida por ctpuvalenl" dos Iruhalhos da peregrinação lerreslrc ao pai dos crentes. /'•'" terei a lua infinita bondade.— (ienes. Cll|>Íltlln |5 V. S., p,,r senso commum dos novos civilisados se aprecio ludo quo tem rdaçlloá obras de espt- rito (aindaquo se impliquem com«.peraçôes mechn.iicBs) por huma escala privativa, r ta- rifa mui dirfurente das cousas inab-na* 1 o geral arbítrio da honestidade pulilica, lionra ia quasi coro o mcMao respeito o serviço rt- ligi.L e o li.leratio. 0 min ster.o doculio - ,i,,„ hc retribuído aos adKriptoséordemhie- lidado de olferlas, lilllllllil, in, .si»"| LíA.iini» _5Sr____»*%ss: nira 0 honra, paia MCitm i unira nata eicn," *• ©JS^ssrrjKK &T.22ESS*f"__» ^M»e«_..proO"-l>«Jj»^,jLSi cacia, o medicino, om quo a heraturai mais estar cm p-WI-» ^t^íalc «- q„e se lhes arbílrom por loi ¦ o«.| ,l( ZZ*™SX£^>Ml™' «ptpoti o possn nu consulado, a efliein era pra- liiilo: e n lei impunha cerlos cncuigos aos que percebiam o Iniclii «los trabalhos dos oradores, para lhes dar alguma compensa..Tio i acionai, constituindo a honro quasi tedoo pi»çn. Uio- matam se *s A_«»«i* da jws (.) osjunsconsiillns eminentes, como (.apilftn <• l.ab.r...; o Au- guslo mandou «pie se tivessem por leis suas reipoelat gratuitas. Ainda acUiahnrnle aos que moi« primam enlie «is mestres, advogados, c meilicna, o tem exaltados sentimentos ao unisonn dn «ipi- nino publica . esta lhes serre de solida ganiu- liu d.* sua .1. ente manlença. Ponham a Q uo peito nunesquer homens de Iclras , que se presa... de alguui decoro no exercício de suas profissões, e digam lisamenlo. se jamais am- niammsa a estipular «• «-igir dinheiro por suas licl.es, consultas, e receitas . sem Uos ..nvwniclhecer a lace, nu ainda a receber oi- ledas espontâneas, sem abaixar os nllios, o vo|lar 0ioaio.lla.e devo haver, hum cambio ingênuo de prealimo o suppriraenlo. genem- sida.le e grnlificoçl.0. Porém n qoe tusso en- elieoseudever. sempre procuri snl.srnr.el-o c„mder,cade/a,cpoup«,rato,luradalm.ido ,,„„„.,„ de neiilimeiilos nobres, q.io se ve rc- Lido lealaWidade de viver acoste de , lBlonto.NBo boa vida, e honra que se paga. hc mero subsidio de subsistência que a c.pu- daTotÍÍ;i_; logo que se exercem as prnfi.,-0a liberaes, como qualquer oiílrn me.cancin,p«.i •1Seui.te,ili'S.pioseiamosrespectiv«ispro- •! sores, « juiso publico sempre lhes. hc des- ' .ave. lNélles cresce a estima publica em „Zor% de seu desinteresse, e até nisso so ESíSLlbor conla, principalmente nos gran- le ihealros. onde o valor das cousas le í,parecerem osseus melhore, pontos do mia. fl,K que oirtr» o intercale. t radio he suspeita. c a fo menos pura. (1) Du» iture, fti i, _Tl.lTl'i. 43
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1NERVA BRASILIEISSEDOM 11 15 ra .11 mio ns-: is',;> VOL. IH

SC E L

ECONOMIA POLÍTICA.

Com,'i*.-.vtr« sobre at doot-lne» economia» de

M. João Baptleu S«y, p«lo u.. Jo Sr. viscondede Cavru'.

(t iiiillniuilo ilu II. t.)

Parece pois conforme á radio pensar, que ovalor ile hun. livro util, na pai le qtu* sc deveoo tab nto c pensamento do tuilor. lio comodeposito confiado oo servo liei. para laser tçii-der esse capital com usura pela própria ui-tlublrin.» nieço deaU confiança he a feliculrdede saber instruir o faxer ftlii a humanidade.A sua recompensa ho o final coroa de pisliçn,einell'av.1 merC-, pe. t.iillida por ctpuvalenl"dos Iruhalhos da peregrinação lerreslrc ao paidos crentes. — /'•'" terei a lua infinita bondade.—(ienes. Cll|>Íltlln |5 V. S. ,

p,,r senso commum dos novos civilisados seaprecio ludo quo tem rdaçlloá obras de espt-rito (aindaquo se impliquem com«.peraçôesmechn.iicBs) por huma escala privativa, r ta-

rifa mui dirfurente das cousas inab-na* 1 o

geral arbítrio da honestidade pulilica, lionraia quasi coro o mcMao respeito o serviço rt-

ligi.L e o li.leratio. 0 min ster.o doculio -

,i,,„ hc retribuído aos adKriptoséordemhie-lidado de olferlas,

lilllllllil, in, .si»"| íA.iini»

_5Sr____»*%ss:nira 0 honra, paia MCitm i unira nata eicn," *• • „JS^ssrrjKK&T.22ESS*f"__»^M»e«_..proO"-l>«Jj»^,jLSicacia, o medicino, om quo a heraturaimais estar cm p-WI-» ^t^íalc «-q„e se lhes arbílrom por loi ¦ o«.|

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«ptpoti o possn nu consulado, a efliein era pra-liiilo: e n lei impunha cerlos cncuigos aos quepercebiam o Iniclii «los trabalhos dos oradores,para lhes dar alguma compensa..Tio i acionai,constituindo a honro quasi tedoo pi»çn. Uio-matam se *s A_«»«i* da jws (.) osjunsconsiillnseminentes, como (.apilftn <• l.ab.r...; o Au-

guslo mandou «pie se tivessem por leis suasreipoelat gratuitas.

Ainda acUiahnrnle aos que moi« primamenlie «is mestres, advogados, c meilicna, otem exaltados sentimentos ao unisonn dn «ipi-nino publica . esta lhes serre de solida ganiu-liu d.* sua .1. ente manlença. Ponham a uo peito nunesquer homens de Iclras , que se

presa... de alguui decoro no exercício de suas

profissões, e digam lisamenlo. se jamais am-niammsa a estipular «• «-igir dinheiro porsuas licl.es, consultas, e receitas . sem Uos..nvwniclhecer a lace, nu ainda a receber oi-

ledas espontâneas, sem abaixar os nllios, ovo|lar 0ioaio.lla.e devo haver, hum cambioingênuo de prealimo o suppriraenlo. genem-sida.le e grnlificoçl.0. Porém n qoe tusso en-

elieoseudever. sempre procuri snl.srnr.el-oc„mder,cade/a,cpoup«,rato,luradalm.ido,,„„„.,„ de neiilimeiilos nobres, q.io se ve rc-

Lido lealaWidade de viver acoste de ,

lBlonto.NBo boa vida, e honra que se paga.hc mero subsidio de subsistência que a c.pu-

daTotÍÍ;i_; logo que se exercem as prnfi.,-0a

liberaes, como qualquer oiílrn me.cancin,p«.i•1Seui.te,ili'S.pioseiamosrespectiv«ispro-

•! sores, « juiso publico sempre lhes. hc des-' .ave. lNélles cresce a estima publica em

„Zor% de seu desinteresse, e até nisso so

ESíSLlbor conla, principalmente nos gran-le ihealros. onde o valor das cousas pó leí,parecerem osseus melhore, pontos do mia.

fl,K que oirtr» o intercale. |á t radio he

suspeita. c a fo menos pura.

(1) Du» iture, fti i, _Tl.lTl'i. 43

170 iUittcvuA firAtstlictitc.Talvez se digt. que o talento tle rada qual foi

.. ilule cum quu o Creador o prendou, puratlabi tirar o maior possivel lucro. Ma» deliu Idese pc. verteriam os destinos tlu* dons celestes.Ellcsforam diitlospriocipalmeuteparu »•< bem-lazer aos oulm». Dotem se ciun elle* Ihcsoulisor thesou.i.s tle outra espécie, isto bo , dovirtude, siihcdoiia. o liouiu.

Tal In- n.-sle ponto o rigor e ápice tbt jui/opublico . que , ainda nas occupaçc-el inferiu-res ái doa lábios, cômodo» músicos, enui-cos, (Sc. ; em quo alia» auppoe-sa augoubudiilincto, todavia pareço ao mesmo vulgo lm-ma eipecie de profanação exercel-as comomeio tle ganho; e pur i**o , cm ellençflo ao«leieredilo quo tlabi resulta , so costuma pagareom laiiton.ai.it- lib-.rulid.ith*, quanto meaoise prosam as pessoas. Smilh sobre iato f..t as

inicia do lal.-iito , e pensamento do niatpii-nisla, o iiidtislrioso , ao nao l.a algum pi .vi-legio tio governo, e não su podo guardar o

seguintes reflexões no livro i.* capitulo io.• Ser eminente om qualquer proli.ss.1n, em

•pie só poucos chegam «inda á mediocridade,ln> o mais decisivo esraclor do que se chamafrnio nu festa» superior. \ admiração publica,«pie acompanha a tão dislinelas habilidades,Ias que huma parte de sua recompensa sejamaior ou menor, em proporção quo a res-pecliva axcelloHcia ho tio niuis ali.» ou baixoguio. Ella constituo considerável parle na pro-lissão da medicina; ainda talvez maior na tlejurisprudência ; o quasi ioda na poeiia, e phi-losophia, Ha muito agradáveis e b.-llos lalen*tos, cuja posse produz lit.mu aorledo admira*çüoj mas que todavia o seu exercicio, lendofeito por amor dogaulio, be considorado, (sejarazilo ou prejuito) como huma sorte tle pios-tituição publica. A sua recompensa peeunia-ria pois, a respeito tios tpie empregam taestalentos dcsla maneira , deve ser suficiente,não só a pagar o tempo, trabalho, e deipen-«lio dc os adquirir, mas lambem « iiidcn.ui-sai- o descrédito que acompanha aos tpie oexercem como meio de subsistência. Osexor*hilanles preços «pie so pagam aos cômicos,músicos , tjtc, s,rio fundados sobre estes dousprincípios; raridade, e belleza dos lalen toa.o o descrédito do os empregar por dinheiro.'Ne a opinião publica , ou o prejui/.o, se alto-1-0310 , diminuindo o descrédito do taes oceti-puçOes, a sua recompensa pecuniária logo di*luinuiria. *

Já nu lei fi) que em quaesquer obras doshomens em quo com maquinai, initrumen-tos, e melhores molliodos de manipulação,nos aproveitamos das forças da natureza, parater alguma producçflo mais abundante c per-feila, os maiores resultados que dabi provém,

(i) i»*Mi! i «iiHuio i.

segredo, não bo pago pelo publico, e vem aser em pura beneficio da humanidade; tp.e,dabi em diante, pode teraupprimenloem do*bro, treadobro. c mais, pelo mesmo, e tia...Iomenor preço db qu» mies a obra feila pormero IiuIl.II... Iiraçul. M. Sav Irai o ev-ui-pio tias meias feitas de aguHia, ou de tear,o diz quo — isso bo liuiuu felicidade pura opublico.

Eu vou mais longo , e espero provar na par-lç l\, que .mi i.. em quaeaquereulrai espe»cies de propriedades ninleriaes, até eoi.ip.v-bontleudo ns pussrsoes de térrea, huma reiquo se nflo dem monopólios por authoridadetio governo, jamais a sociedade paga o que bemoro ii. M tia nalurese. Embora bon prédiolenha grande ferlilidudenutural, tp.e tlè mui-Ias producçOea espontâneas, e laceis de co-Iberom c exlrahirem, (por via de regra) uni*camonte se' paga o trabalho empregado nacolheita a extração d.- qoalquor produeto na-lur.il; salvo em caso» accldcnlaeaa exlraordi*norioi do mercado, e giro mercantil j o quenão lira a regra. O que custa pouco ou mula,laml > pouco ou nada se paga. lie esta humatarifa constante do gênero humano, A pro-ceder-aa com justiça não *e tem por meu alm senão o tp.e ae reconhece ser o fniclo tiotrabalho do homem, e precisamente nas maisexectai proporções do trabalho respectivo, üsmonopolistas e violentos sito os únicos queprocuram perverter cslo Canon. Como poisse pode racionavelmenta exigir preço pelotalento c pensamento, com o pretexto de serbase e matéria primeira da propriedade doaolorde hum livro;1

O mesmo M. Say no Liv. 4 Cap. i eslabe-lece a verdade quo, entre ns fonlos da pio-ducçflo, tudo não he propriedade. O ar, ocalor do sol, tem parte na producção, e nãosão a propriedade tle pessoa alguma, nemainda da cnuim.midade que delia faz Uso. Porlauto, auida nuo o talento c o pensamentosejam lontes da producção Lucraria, todavia,não mu a comliluir riioroia propriedade doaulor, para o lim c elleilo de se exigir porelle bum preço venal, como d-e cousa sua;porque só pode assim chamarão trabalho quelhe lio próprio, qi,e lho custou esforço, penafadiga, o despeza do o manter; e só isto heque merece paga mercantil.

O -vjíV dos trabalhos uccumulad.is em cul-livar o talento do aulor, e produzir o sou li-vro.c qualquer obra Literária, som duvida re-clamam competem*: iademoisáçtto. Mas Smilh

IHtuci-tM IhMoilicucc. 171iml.it. íCap. io, mosira ipio prl.i nalureudaa ousas, e»»e» trabalhos a fun.h.s costu.muni (por tia .le regra) aer. e.n puni,, dcpanbopecuniário, rteompensadna, nflo »,.,.,„menos dos,,, real valor, ma» nlscm ....,do ouo oa empregados em qualquer officiomeebameo o maia trivial o grosseiro, íu.v.i-tlo-au u conl... p..r exemplo, de vinte pessoasque entram na» profissões acientiBcu, aindaa-, maia kierabvaa, comparadas eom outra»tanta», quo tfto para artes valgares, combi-nondo-aa os seu» ganhos c daspeus annuaes.INealaa, raros Ao os que nfto aproveiUm.e tiremdahi sua maulença adquirindo, pelo menos,sillicicnuiu: naq u-llas ..penai hum prospera-ri, e dos desenovo, muilo» sahem inteiramen-te da profissfto, seiido-lbes impossível viverdelia; e mui poucos perceberão fracos lucros..Nem pode ser de oulro modo: nio só prlu•ulliciildailo dose adquirir eminência nas pro-UssOea superiores (o que não suceeds nos cm-

Pregos ordinários, mio nflo demandam Iflolongo lirocinio, o talonto fora do commuinmas tombem porque pela sclual policia daEuropa, co... que os príncipes dus nações cnl-tas coslumfto protegera favorecer as sciencia»,nttrahiim para as profissões litlerarias , comprêmios, pensões, e estabelecimentos do en-sino publico gratuito, mais gento duque pudedepois achar emprego, para viverem decen-temente das letras o consliluindo-se por issomuitos indivíduos meros aupernumerarioa naclasse da profiBafioUUerariadessprccia-.se morcantil.nento a sua industriai, pelu tumultua-ria concorrência dos qua ollerecem ao pu-blico suas obras.

Acereace que, á prnporçflo que oebjoctoda sciencia he mais sublime, tanto ba menosconhecedores de sua real düficuldade, c im-portanciaj e menos consequentemente podaconvir á grande multidão de leitores a fregue-zes a posso da respectiva mercadoria littera-ria; e portanto, sendo pouca a demanda deobras dessa natureza, a eslreilesa do marca-do limita proporcionalmente os seus lucros,o até muitas veies impossibilita o reembolsodos fundoj empregados cm lal repartição. Misahi a cansa primeira da ordinária indigencia<los mais eminentes homens de letras, se oestado lhes nfto presta mão piedosa, paru ostirar dessa triste situação, por beneficio c.\-trinseco ao natural reddilo de seus trabalhos.

O progresso da inslrucção publica (paraqne deve muito concorrer a barute/.a dos li-vros, c consequentemente a franqueia dasedições ) facilitando egencralisando a sabedo-rio, ainda nos mais altos objectos ho quepode augmcnlar o numero dos conhecedores,

compradores,«remunerada™ dos grandes e•Heis trabalho» Iitlerariosi poi» ainda que dohuma parta se augmeuteu nume... ,|u» úbin»cum tudo pur outra parte atuplifico-st) a es-lençflo dn mercado du »un» obras.Demais: quu medida justa poderia haver

para se pagar o valor do» trabalho» o fundo»concoiilradiu por equipollencias em hum li-iro, que pode sei ,. fructo do mais ou me.nosleuipo da estudo ecomposiçfto, confor-ms ns muior. uu menor o tilunlo. caractere estudo dn autor? ü aeu mérito e conside-rada presumo deponde, Ulves mais quo al-gumaoulra mercadoria, da opinião do» I.,..meus, uale dos mais desatentados caprichosda moda, e erros correntes. Isocratei traba-lhou quasi toda n sua longa vida para apurara celebre orarão panegjrrica, que se di* „>n-der., en. lim pnr vinte talentos. Somma ex-traordinui... para o tempo. IVrp/.,. nunca deupor emendada a suu Eneida, Montttquieu diaquu trabalhara por vinte emoa o seu Espirito•tas kit. Juciptet Sltwurt, qua declara ter sidous vetes tentado do põr-se a por do Montes-quieu, allirm.i ler gasto outro lauto tempo nasua obra du economia polilica. Uerreiekeitndassevera, que empregara titula annos nu com-posição da sua Eeommia Politiea da Etpecithumana. Quando cada autor emprehundua sua obra, ho provável que já se considereproveetn nas scieneias sobre que destina es-crever. Se se houtessem de pagar as suas obrascom escrúpulo»;, allcneão á quantidade o nu-Uiresa de sn. /empo a trabalhe, com asadoequivalente pecuniário da educação e co.npo-lição, nem oa autores seriam salUfeilos,nem o comprador do manuacriplo .su podariaesperançar de ganho na edição.

Por isso Smilh, aprofundando est.i quoitaocom a sua ordinária sagacidade no Liv. ..•llap. io, o Liv. 5Cap. ..", bem adverte, que,de todos os empregos do quo os sábios possantirar alguma recompensa, a <lo uereeer varalivreiras he ainda mais improficua que a .ludar liçOesaos particulares, que já bo mui des«granada. Kllo chama improipera a tviçi dos ho-mens de Lelras , quo se vem reduzidos aquelladeplorável sorte. Antigamente, anles da des-coberta da imprensa, os grandes mealres dasscieneias, derivavam consideráveis reddilos duensino particular. Depois daquella admirávelinvento, sendo a inslrucção mais fácil, o onumero dos mestres mais multiplicado, a suarecompensa ho para o maior delles ussás mo-dica; c muilo mais desde que se estabelece-ram universidades, c se requererá.n para osempregos scientificos, quo os candidatos semostrassem habilitados, Jasondü seu curso de

172 üliisttTA ikaciíicttcc.

, 1,,'i.a» 1111* o.--in » universidade*, tendo, ,,,;.¦¦;., i.-» a apre»i>iilar opprovoçaoiios mr»Ins publico*,

¦¦•ui hoftlnr tpie patenteassem a»na sullicieneiii pela inslincçAu com inatlres

particulares. Esta cii runwtancio degradou ain-,'a mui* o ordem de (ae* professores, e im-

possibilitou do formsratn*se nella sahio» do nl-

guina consideração, nu líio ciniiicnl»» couto

poderiam ser em oulra urdem du cousas. ouo systema tle absoluta franqueza em lodoso*gêneros de indiislria uti!. E quando a giandc-rs tio lolenlo supera lantoa ohslaculoa, porinelbor qm* seja a composição lideraria, o ma-nuacriplu do aulor nunca lm pago senão porhum preço conforme <> lempo e paiz, c ue-ceaaidadea do aulor; do «pie o comprador,iHir via de regra, costuma pievolccii-se, paiatinir partido a seu proveito.

Porem o mesmo Stnilh observa, que oabundância dos homens de letras, que influona lenue recompensa de seos trabalhas, cou-siderada no todo, he entoa kvantajoaa, queprejudicial oo publico: o horoleza da educa-(;;íi) literária muilo contrabalança aquelle iu-conveniente particular.

O valor dc hum livro, e em huma parte im-porlonluaima, •¦ que talvez nenhum aulurtem metlidocm linha de conta, ou nüo tontocomo vale o addieão, he o quo deriva dacooperarão social, itlohe, do concurso doto-<los os (rabalbos dos nossos antepassados,coóvot, c compatriotas, que, com seus inven-tos, eacriploa, lundus, o estabelecimentos,tem poderosaineiile contribuído , não so paradesenvolver 0 fazer frticlilirar os talentos cpensamento* do*melhores cscriplorcs, o ain-da desses raros gênios transcendentese lliau-inolurgo* literarioa, com que a providenciaás vezes presenlòa ao mundo para ennnbreccr•¦ cmisolar a humanidade, mas tombem paralhes remunerar seus serviços, o pagai-lhesbem seus livros.

A sociedade lio boina companhia; o esla,nus povos civilisadoí, be luuna parceria deséculos, climas, institutos, e exemplos detodas as parles do nosso globo, que se com-luunicom pelas riquezas, e industrio* do seushabitantes, c qne, pela enérgica ncçflo do cum-mercio literário, mercantil, o publico, mu-luameiile conspiram paro O desenvolvimento eíriietiüearfio tio Iodas os capacidades. Ello hehuma companhia em sciencia, virtude, eha-bilidode. Os sábios são verdadeiras crenturnsdu opulencia social: sem esla, jamais teriamsol,ido do próprio nada , o serião como os oro-mas que em vão eiieensam os matoso rioser-tos. Quando os maiores predestinados da sa-bedorio vieram ao mundo, já acharam bi-

hliiilheea», ine.tie», a estabelecimento* <lu en--¦e» |,.,i.,, , • io i, ¦•,,,»-. oi em Argel, ou Tri«poli,» i......,-»t-,|,i:,,- ¦doradorea doalkorflo.ou erutia imposture*. »e u natural agudesa doespirilo lhes lixe»*e penetrara raiuidada du»• o» , ..ili, 11 :. ¦••. \ ivrndo-*.* em pai/ igim-tanta e pobre (qualidad-s ousem iiihnetilo li-giitla») o» melhore» livros uno seriam bem ato-liudo* e nindu peior remunerados. Ilo o mer.• ¦¦¦/•¦'.'< n , i,.¦,-.. '•„/.,; se esle mai» *e podeougiuriitar pela industria humana. ho maior emaia perfeito rm proporçAo a fitruhlode dol ¦¦ o do. ,,-sprclivn* consumidores.

Paguem pois oasabioa a que devem ú so-ciedndo, e não uionupolisuit, seu* lulenlos,peiuamenloi, e Iriihalho» ; mm arrogiieinâseu» livro* hum ninho privativo e exclusivo,chamando-o tw,'o seu. hm que pmporçho esle.ja a produclibilidado dn dila eooperacHo sneiula respeilo ,1a» potência proiloclrii th,.* iloleanalurae», eesforço* decola hoineiii de lei,as,o, nli,un sahio , por muis ouulv tico que s, ji,,o poderia aolisfacloriouienlii demonstrar, omenos negar u exubera,,lc profusão de suaconcui rcucia.

Aualouiizc-se (por assim dizer) o tah-nlonatural o adquirido do maior .subiu: entupi,-ro-so com a arvore a mais vigorosa <• fruclife-ra do pomar o muis ameno: alislrabão-se como pensamento o* indiziveis Irohalho» ile todosque, atiles e depois ,1o seu na-cimriilo, con-correram para fecundar-lhe <¦ talento a o fazerbrotar dourados pctalni do sabedoria, deso-brochando os mais doces o substanciara pumos da verdade: tire-so-lbo o que ba nelle .Iopuro dom do divindade , o o que se podo jus-mente considerar como a emego , cnxerlio, ebeinfeilorisaçflo dn cultura de seu espirilo, aexuhernnta sovo prolífica das sementes riodoutrinas, que o oulor da natureza lheinsculpiu no rcspeclivo gerraen o embrvfioscietiliOco: sepurein-se, segundo a aualv se ,leSmilli, no seu capitulo do dit hão do trabalho,to dns us industrio* o capitães dos innumera-mis commercíanles, artistas, e trabalhadores,legisladores, governos, e Ibeocralus , que temcooperado paia a moralicludü o riqueza dasnaçõos , stipprindii com os meios necessáriosá boa ordem e oxlenção tia lilterolura, e ro-compenso o pago dns sábios o seus livros;dcixe-se-lbe somente a desmarcado pliilau-cia e vaidadu encubiindo-se.essas, o outrasainda pc',»,*e.s misérias, com o pallio invsticocom quo os antigos ás vesos occiilluviuu us es-Intuas dos Deuses; o não ficará o aulhor, uíu-da o mais eminente, e do universalmente ro-conhecida superioridade e glorio , senão comolenho tteto no deserto qm perdeo os seus frucios,

JUiiiccu.i üiMsiliciisc. 170- ...,. i.. , |.in .- do economista sigradn (i)a nfto licar cm cima, pelu min uso du nu la-l.nlo, com dasbonra, cmii quo o anlvricoJuvenal ludibria as divindades do paganismo,servindo só du espantalho «ns pássaros damninhos.

Pi/ \l. Sny quo n origem a mais incnnle.l.vvel do direito do propriedade hu a do creadorsobre a cutisa errada, o a do productnr sobreo eoiua prndiuida. K«ta a Imitiu modificaçilaa.i.* iNfto ha verdadeiro creador o produclorn,»s agente, que lambem foram crendo, a pro-du/idos. Os homens cumu Imla. a. mai.crea-lutas nclivos nada crenm e produzem un rigo-roso sentido deste termo , .- só dão forma, emovimentos ás cousas que a nalurexa prodmcom as forças e motrizes apropriados segundoaa leia da cnsmologio, estabelecidas pelo au-Ior do universo. ..'Ainda tomando-se nquel-les lermos nn senso lato o vulgar por qualquerprodução npporenle, que »>• manifesta emelTeiloa externo., e visíveis pelo exercício dasvirlude. ou energias do. cnle., por exemploa obra ,1o lavrador. nem ainda assim no esladoiicliial dn sociedade, depoi. quo segundo bemdi/ Sinilh e (mio o mundo v<-, so introduziu aOppropriaçDo de (erra e a uccuimilnçãn de fun-do, o trabalhador (pie opplicn sua industria cIrali.dlio iinmodiidu á terra para extrai,ir a co-Ilícita não leu, direito tle propriedade no totalda seara, mas só a huma porção delia ; do-rendo dar partilha an senhorio ,1,, prédio, cno capitalista que adiantou o fundo da lavra ,á titulo du renda da letra , u interesse du capitai, e igualo lento an governo, pela curta ali-um,la dn .ua prolccçflo 4 geral tlofexa, man-louça, <; onlcm ,b> paiz, posto alias estes nãolapçassein a cnchnda a,, solo, sendo todavianiedialos o enérgico., ain,Ia quo invisíveis,coopera,lores (lu seara ; pois sem a sua con-peruçflo e terra, fundo, o prolccçno, a industriu , o braço do lavrador pouco ou nada upc-rnrio,

O sábio pois que faz o seu livro, nao se pó-de dizer que tem omnimodo o exclusivo direitoile propriedade sobre ,, frueto exlrrno do seutrabalho, ainda que se podesseconsidurarerca-,lor e produclor do mesmo íruclo , inus só decerta quola dello , altenlas as relações dacoo-p,¦ração exposla.

Ile'incontestável qne se, pela natureza dascousas. ou pur algum oxpedienlo simples, po-desse ser seguro a qualquer escriptor o inlc-gral fruclri mercantil du seu trabalho, e con-sequenlemente a sua transmissibilidode A seusherdeiros, sem quo nisso houvesse inconvo-

(1) Bcdniulis. Ca[). 0 r, 2. llcul ll|lismum aridum in deserto.

niente , nem so violassem oiiicio. «uperinru.,u mui. urgentes dn sociedade , »• ria l»>ui qm»n.Vt perdesse ainda s. mínima quota «pie di-reclnmuiilu lhe pertença. Mo* so a sabedoria,moralidade , e riqueza nacional, são o. quepodem fazer qun u satisfação irja a mais saiu-rada, o não a arrogância de ptivílegiu perpe-petuo tlu edição dos livros.

Sem duvida, nenhuma propriedade se podedizer possui,Ia * mui. justo titulo qu.< as obraslitteraria. úteis. Toda. a. mais propriedades,bem de.lindodns, vão parar em algou. ele-monto, e doses de força ou fraude. Mas ( .,-mfaliar em o. mero. plagialo. , e compilações.etn molhadoeproveito, em q ie, ou, se tuur-pa , nu mais prepondera o alheio que o pro-piio ) temboin ha abuso, lerriveis na comp,,-sição dos livros, c o. autores sâo mui pro-pensos a engrandecerem desmedidamente aquantidade o excellencia i\n seus trabalhos.Oue «lira a mais eminente se pôde dizer l«»laprópria do aulor, em pensnmeiilo, o e.lyh»?Os encvclnpcdislos (que alias lem,» mérito qualhes compele) que muito mais concluíram quuo fazer, pm- assim dizer, hum cofre de Ibosou-raria gural dos conhecimentos humano. , dis-poisos em centos de volumes? Isto não lira <>mérito privativoã tal obra ; ma! só prova , quoseria imbecilidade ein.ulencia, se os seus au-tore. requeressem o privilegio perpetuo daedição, porque foram os primeiros na em-preza. Klla etn bravo desagradou a republicadas letras; o as ipie vieram depois, já não sa-lisfazcm á cxpcclação dos doutos.

Tem sim havido mostre, que, porexccllen*cia o honra, su chamam autora originou; nãoporque o sejam em todas a».na* idéias; m:<sporque abundam, mais ou menos, delas,c«in grande dilferença dos escriploros cnui-inuns. Ainda os daquella ordem, a o dos queá elles se aproximam , apenas leu, o méritodo fazer bem pássaras idéia, alheias pelo seumolde intellectual, dando-lhes huma loco muisvistosa, deduzindo verdade, incógnitas, oumelhor demonstradas. Se se descarnassemainda os livros os mais eminentes do estranho,nu supérfluo, opunas restaria medonho esque-leio. Nno ha interesse ou gloria nessa disser-ção. Mus não ho justo que ain,Ia os melhore,escriptorps se assoberbem, appellidnndo in-leiramento seu o que lambam quasi aomprninvolvo vasta eongeriu tle pensamentos u ira-halbos dus outros.

Sem duvida he muito vulgar a injustiça .Inshomens etn quererem enlrar nos fruetos tio.Irabnlhoi •s. svin o devido cqoi,n!cnl«ou pagando o menus possível, uindu reconhe-do o preslimo du serviço. Iítins trabalham, o

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\7h iUiucfUoi ih\.c>il.c.ioc.

uulros entram nu ilesfructu tlu* traballios áque nüo coneorreruiii. Vem já de m.ii antigaliula curtlar laa tis ovelha*, e devorai sem.¦iii os un Mim ¦¦» uberes ila lerra. Sun l. ,,¦conlieciilo» n esto respeilu us apulugus ile\hgilio, ••in quo esliaithuii lue seslitillios — .S/rrui non >•'.... Mus só as liuea suo o mwlburcot reelivu ile tues sem razoes. Cnmo se pudepe. lentler uu imu.ilt. melhoria, e lointieíioilessas e outras cnriuplolas, sens sábios, ipio• i ¦>¦ 11 .tu illumiiiar e instruir com exemploa«te generosidade aos povos, «Ho u* que reipie-in moiiupoliiis a custa da coitimiiniilutle, eC ii'-' tn invejar a vchicidudu •• barateia tiauniversal in.trucçuo , sem quererem abaixarluim oholo uo preço tle sua industria ; per-tendendo estabelecei' novos vínculos, nnugailus, e substituições perpétuas , pura enrique-cer a herdeiros, o talvez fazei os intlolenlos,e egoístas, temlo a fortuna e o ucio pordigni-dade e mérito ?

Ile pois. ao que parece, evidente paradoxodizer-se que qualquer livro he inteiramente upropriedade do autor , o que por isso lhe per-lence o exclusivo desfruclo; e he anula maisextraordinário aflirmar-se, que o publico jáinuts se desempenha da obrigaç&n que lica de-vendo tio autor pela publicação ile huma obraútil, e que, so esto alguma cousa cede á bemdn sociedade, be por hum sacrifício generosoile seu direito ; pois, ao contrario, o pezo degratidão que carrega ao autor por todoa osmancos que lhe fez a sociedade, nao lem me-ilida, e excedo as possibilidades ilo calculo lui-mano, Não ha duvida que os conlcmporaccossao muita* vezes ingratos aos seus maioresbemfcilorea; e com especialidade uos sábios:mas lambem não ho menos certo que parle daingratidão he o obra da philaucia ainda tiosmaiores servidores públicos, o todavia sempreu posteridade faz pjsliça.

U nihr da capital empregado na edição tioslivros, islo be, em a sua mamifaclura c ven-dn, fôrma grande , e talvez a principal parledo valor dos mesmos, o deve ser reembolsadocora os ordinários proveitos que os fundos dopaiz costumam render, sendo empregados emoulios ramos de industria e trafico. À não serlal capital completamente reembolsado , semduvida será retirado da direcçao de negociar-saem livros, comprando, imprimindo, edando sabida uos manuacriplos dos autores,Com igual capital fará mais conta comprar pro-priedades tio rendimento sabido , e mais se-guio , dal-o a juro ou risco, applical-o á ai-guma fabrica, ou espécie de commercio maisregular e solido,

He indifferenle que o capital da edição seja

ilo próprio autor, ou de nutra pessoa: o seuemprego ha ubsolutamuulo dialinclo do de fa-zer livros: enluo o caracter ilu autor vem j,ser n complexo uu millo : pela ligiira ile ca-pilai e emprrhrmledor de industria munufactu-reira t mercantil, segundo a phrase de M. Sov.e nflocumo lii.in.it, de letras. O privilegio per-peluo uu temporário noo-lbâ hu '•'-.,,,absurdo dar-se) naqiiella primeira qualidaile.Ile maioria de calculo econômico ver, se lheIa/ mui pruveitu imprimir por sua cuula oaseus manuscriplos eom o próprio capital, oudur . rsse capital oulra direcçao muis luera-tiva, e monos arriscada. Tal negocio e empre-go de fundo he objecto de especulação mer-cantil, e pertence ú classe doi mais negócios.

So o autor escolho eate emprego ile seu eu-pilai, deve suhinelter-seú aceito da rivalidadedo* competidores no mesmo negocio. Nalu-rahnenle uão será a esse respeito Ifio idôneocumo us livreiros, que estãu habituados a lalei nercio. Se o autor he economista poli-tico, procede com inconseqticncia an grandee rico principio da divisão da trabalha; poisreparte ,, atUnçno entro os seus estudos, o osministérios do impressor e cotnmorcianle delivros. A sua siuceridade u corapromelteni:elle não tem as mesmas nppoiluuidades dascorrespondências necessárias a fazer valer , edar exliiieção ú sou edição. Os sábios conhecemos homens mais em theoria que nu pratica,Passando de autores tt ratalhialas, descemeom velocidade acculerada á sua mina emsciencia, renda , e honras. Por isso a maiorparle des autores, dirigidos pela experiência,ou urgidos pelas suas necessidades, achammelhor interesso em ceder ii alguém os seusmanuacriplos trcominhavel ajuste, do que emimprimir por sua conta. O cessionário ou com-orador, que, do ordinário, he algum livreiro,.io o que , pagando o menos possível, vemdepois ii tirar o maior lucro na edição, pelasua especial capacidade, actividade, e perícia;não lendo os autores a esto respeito iguaesproporções para prosperarem no trafico. Del-les se verifica o quo M, Say no livro 4 eupi-lulo 8 diz a respeilu dos commerciaiiles ames-Irados no sou exercido , o em geral dos cheiosdo emprazas industriaes o mercantis.

« O chefe do huma empreza, se elle ho ha-bil, tem muiUs vantagens do quo póde lir.ii'partido. Ile intermediário entra o oapilaUslao o proprietário tio terras, entre o sábio e oobreiro, entre todas as classes do produetoreso os consumidores. Elle administra a obra daproducçao ; elle he o centro de muitas rola-çOes; elles su aproveitam do quo os outros sa-bom, o do qno ignoram , e do todas us vau-

ÍHíucvua livstoiUcitcc. IT3lusietis accklantaea da producçlo. Uo tambémiiesla classe de praduclom . quando os sue-cesses :....-,. tu ú sim habilidade, que se ud-qnirein Iodas a* grandes fortunas. •

O valor dus riscos da cdiçilo de qualquer obraentra muito no calculo do comprador da ma*nuacriplo. Ksle fai negocio do eepaculaçao,que pado ser m.llnt-i ailu; pois ilt-p-nd- tlumelindrosa, precária, e fugitiva aceitação dopúbico; da rivalidade dos competido,cs nomercado; da pouca extensão du domando;dus faculdade» de pogar dos consumidores;doa erros, o prejuiios tio pai»; dos perigos tlese implicar o etlilor com u* leis do estado, eopiniões dos administradores públicos. A suaresponsabilidade hc grande, ainda cm us uu-ções onde a imprensa he livre: o onde as obro*-io pielinii... i... I.1 sujeitas ás censuras ofli-ciacs, ainda sendo cnmpetcnlemenle licen-ciudos, não são isentas de malsiuaçOcs, iu*trigos , e ainda maiores damnoa, du (pie suli in vislo exemplos. Us compradores tlu ma-liuscriploa siio mui babeis o aturados puraexdggerarcui estas circunstancias, e prevaleço-reiu-se da lisura, timides, c inexperiência doautor; maiormente se pela primeira vex vemoo fulal baldo, d terrível mesa de lium livrei-rocalloso, o inexorável. l-.nlüo o arroganteAristorcbo decide como dictadorsemappello,ilo valor da obra; c á seu arbítrio a desdenhae avilta; o aulor em (imcapitula, e recebeu lei.

Do todas estas considerações resulta , que,se em usinais espécies de mercadorias, o va-lor du qualquer cousa que passa por muitaspreparações, e depende de muitas industrias,capitães, e riscos, antes dc chegar ao estadoque Smilh, ao costume dos Ingleses, chamo„bra acabada, a valor da mattria primeira, somainda exceplnar os mais preciosos e raras doouro c diamante, he quasi sempre menor, emuitas vexwinconsidornvel, comparativamenteao ultimo quu adquire no mercado nn tempode sou vciuluj be vão esperar, que o matériaprimeira de hum livro, e os trabalhos do autorsu poguem . medida de seus desejos. Perten-der-se indemnisor este damno com o prmle-gio perpetuo . e dar nisso bum patrimôniohonesto e considerável ao aulor, lie. a meuv«r, hum remédio peior qoe o mal, e impôs-sivel de rcalisar.se. cm plenitude do clleilodestinado; e seria tal monopólio sujeito á eva-sitas , como são , e serão sempre . todos osexpedientes fllé agora excogilados para sus-lenlar as mais espécies de monopólio.

M. Sav capitula a edição dc hum livro semlicença do author, seu cessionário, ou ber-deiro; por crime, furto, e ataque dc propriedade.

Islo nüo me parece de raxaa; e se poilt. aquidiaer com o pretnr romano mm liqmt pois nfiusu trolu de furto do manuscriplo ilu autor inem de plagia to calumnioaoi nem d«« inlerpw-loções sinistras; nem ile coutrofocçao froudii-lento ilu exemplares impresso* pur conla ilumesmo nulo,-, e legítimos suect-saoroa: muida cxlralntlos em fraudo da idêntica ediçãodos inusmos.

Havendo privilégios, deve-se rr*p..iiar a l.-ido pai/; mas só por motim de subordinação,c prudência. e nfio porquo assim o exijam usregras oasonciaea du moralidade, ipii* n.'io s*imostram applicaveia no caso. Ainda u sup-por-se a edição íeilu por ocinlo, o mera ma-lignidado, para faier mal au aulor, iuulil.-sando a despesa de sua edição, ou impossi-bililando seus honestos poisivcis lucros ( uquu não sofux crivei, pois o cnnlrafoclor cor*ro o nsco do perda de aeu capital, a qual deveser lanto mais grave, quanto u obru lie muisloliiinosa; ) todavia, l.d acto na.i parece ilamesma ordem, que buui furiuul ataque a qual-quer propriedade legitima.

Doutor, ou os que delle derivam o seutitulo com a posse do manuscriplo, não li-caiu privados de sua propriedade, ainda quesja livro a todos reimprimir a sua obru pu-blicada, visto que elle lambem pode dar d.imesma as edições que quizer, com addita-mentos eapura,muitos importa,ilus, pois sem-pre fica nelle immancnte o talento to pensa-mento , que se pode considerar o matriz, pe-lennal fonle de todos ns fruclosdo proprioen-genbo , e que.em conseqüência tem a fucnl-dade de extrjsuir, o pôr conlinuamenlo e,ncirculação , como o lavrador, qne do próprioterreno lira a seu nrbilrio umas producções,que envia ao mercado. Parece qu.- os empe-nhos contrabidos na cessão do seu primitivomanuscripto, nBo podem lirar-lheo impres-ciiplivel direito do servir ulleriormenle e me-llior, a sociedade, reclificando us própriosidéas, e ougmcnlandu-ll,.- a instrucção o ri-quezas scientificas, nílo-sendo isso feito commá fé, cavillução, e impostura.

Isto so adiu habilmente mostrado pelo elo-ganlo esoriplor inglez Belsham nossousensaiosphilosophicos, Alti parece que não se poderiajurídica e vnlidatnenle estipular o contrarionas cessões dos manuscríplos; pois laes ciou-subis so deveritlo torpor exóticas, usurarias,c de losão enormissima conlra o autor, econtra o publico, quo lem direito cio não sorespoliado de quasquer verdades novas, e dcmelhoria dc conhecimentos, em qualquerépoca que so lbe possão communioar.

Huma vez que foi publicada qualquer obra,

176 iUinccu/i IUmoiIiíiioc.e r-dii pessoa legilimaiii i I . : i ., algumexemplar por compra, ou Iraspnsso; hau-n-iln-su rm conseqüência pago ao oulur, ou 4sen ceaaionario . parto alíquota de todo* nsvi.bncs qua eciina analyaci, ecpiecompOeomuniu mór tio preço de hum livro; nãu sei(nino te possa em boa fé, u seriamente, clã-ser, que o aulor lictiru sempre relendo apropriedade exclusiva do seu pensamento,«pie aliás vendeo o Iraspnssou em huinnhjeclomi matéria vcnnl, pondo-o cm circulação.

Antes he evidente ahuso c conlindieçãn noslermos, o dizer-se, nue se vende huma cousa,e. nfto il.- i .'¦¦ receber o seu equivalente emdinheiro, ou oulra avantngcm apisladn, fiem*sempre o vendedor pei pettininente senhor iloquo Inz a principal base da propriedade. De-pois da vinda do manuscripte, e do livro im-presto, n aulor, ou quem lem seu titulo,vi in só n ser proprietário do preço recebi,Io,pnni delle dispiir a arbítrio. Mas ficar com opreço e com a cousa, he absurdo.

Conaequenleroenlo não se pode sustentar,quo quem pagou o adquiria n posse do livrolido o possa chamar sua propriedade absnlu-Ia , pnrn Iodos os lins e eAeilns, de ler. dar,emprestar, explicar, commentar, o tirar aacopias que quizer, para dar a respeclivu dou-Iriiia maior carreira e publicidade. Serem BIcopias tiradas por mão, nu imprensa, nãohcint.is que liuma questão de economia, parnharalczn , c maior facilidade nu giro o dilTusQodos pensamentos que o autor propalou. Des-de qno o mundo ho mundo, sempre se eu-i, Ulim que, quem comprava o exemplar deliuma ubra liltcrario, se cnnstiluia senhor dei-Ia, o u esse respeito Mnrcinl, stippnndo averdade du principio, molejavn da lnun chnr-Inliio, que impingia por composição própriaversos ip.c tinha comprado,

CarminoPiuhn anil: rfctlilnu carmina PantuiN-Hii fjliod emas, j.u-m.i i|i,*t'ic jtiri- latim.

Publicam-se os livros para não se lerem emtodn n parlo, e do mais commodo preçopossivel > Escrever-se só pnrn os ricos, o poráos quo podem bem pagor?l Esles lendo n suafortuna feita, são os mais erradios alumnos.le .Minerva : os pobres, no contrario, sno, porgênio o interesse, os seos maiores devotos,t|tn' forcejnm por entrar no saernrio, ou se-rem ndmiltidos, so qtier, ainicíni-em-so nos.seus mysterios. Elles sno pois os quo mnis ca-rocem, c podem aproveitar, coma mullipli-cidade o hnrnlczn dns edições.

O mesmo M, Sny cslobelcceo o principio ,([ue Uulíis tis cousas uão são capazes tle trans-

lucilo : o propriedade «l« Urra tranamitte se so talento não, mas só os seus fruclos, que tAonensinu por lição escripla, ou imprensa , quunAo sno suteepliveia da guarda. em poder dapesson que os prodnsin a fes publico: elles tAode lal sol le, que o serviço prestado o !,..u. .pessoa , nilo impede quu oulro n.... lire humserviço igual. Ora o penaamenln, linda quefixo o reulisndo em hum livro, parece eslarem igunes circiiinslnncias. liuma \ex que foipublicado, ninguém o pude privativa e ex-clusivantenle occupar; e o seu usohe inexau-rtvel, e conaequenlemenla universal pura lo-dos, osepodu gozar do tal mercadoria temse recorrer do novo an autor. Deu, eslúdado; publicou, eslá publicado. Dmir elo-Ihor sAoconlradielorios. O raso nAo hu il«»no-gocio de que ae requer segredo, o o olijecloindigno delle, e u pessoa em que so depositoua confiança, se penhorou de palavra do honra,ou juramento da ollicio. ,b> nâo revelar. De-ve-se pois considerar a propriedade litlerariacomn lendo clfeilns singulares , e, a muilo*respeitos, desanalnga ós outras espécies ilutle propriedades. E so em tudo ao uniformam,deve-se tern livro como o predileto, ou fruclode huma touro, «pio, como a floresto, só dácolheita depois de muitos annos de planta,cujo fundo está radicado no dono; mus o quedelle se exlraha, huma vez quo o mandou nomercado, já não ho seu , recebendo o respec-tivo preço.

(Continuo.)

(Continuado tlu o, u.)

Vieram-nos o mão os Problemas Nautico-As-tronomicos dt Norte, publicados em Londres em1841, obra esla que pelo muito credito de quogoza entre os oíliciaos do marinha ingleses, foitraduzida o anno passado por hum dos nossosolficiaes du marinha, fazendo com islo grandeserviço nos seos collegas o pilotos práticos. Te-mos porém a notar nesta obra, cujo mérito re-conhecemos, que no que respeita á resnluçfiopratica dos problemas Nnulico-Aslronomicosali exaradosíiexcepçSoda quelles queresullamtias observações solares, que em vc" do maislaceis e breves (como parecem inculcar os seosapologistas), sno pelo contrario mnis difíicoistle se comprchender, o mnis complicadosno processo do Calculo ; para prova do quoavançamos transcrevemos a resolução do pro-blema exarado a png. 55 daquella obra, com-

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parando-o com a t -••'*•;... do masmo pro.• 1 por nutro ,.. ',. , ,,A 4 de ünluhro de 1X41. e.loivln-w por-fi»,l a O. «le Grecnvvirh. pade-so o angulo

horário lunar as g b. o? 47' do tempo médio.

S0trÇ\& PILO vi. , ||nDO 1*1. NoRtC.

Hora media o bordoI,„iig. em tempoHora med. em Grcenv.ich . . .I.quae. dof a 4 de 8br. as o h. .t.orr. com rrasp. u ia Dila eomrresp. o 1 b. oS' . . .I • i11 ¦ A bnrn med. em Green .Hora media a bordoHora \ enl. a bordoAse. recla do 0 ...... .Ase recla du meridiano ....A. II. da d cmgrcena hora. .Disl. inerid da j"Tirado deMenor disl. da ]) udmeiid • ti iõ 38

Miuçifl roaotTso uethooo.

h.

Hora media á bordoDcflor. dos merids. em lp. . .lima med, em Gr. no mesmoins!

A. 11. da )} eonncsp. -|- «4 li. .Tempo Sid. no mesmo inst. . .Hora med. da pas. oproz. da ))

pelo mrridAng. hor. Or. da j) procura,l„ .

Nesle mcthodo além dcexcuxar-M 0 calou-lo ,1a equação do tempo que jú vai incluída notempo sideral, que lio —A. H. 0 ± a ditaequação (como finemos ver na Minerva n. 9)tem a vantagem de que o lempo sideral (nome nl-

gutn tanto impróprio dado pelo almanak inglês)ou long. media do sol que eqüivale a Ase. 11.du ponto do equador que noinslnnlc do meiodia médio passa pelo meridiano. c que porisso com mais razão deve chamar-se A. U.,1o meridiano (termo com mais propriedadeusado pelas oxcolluntes iíimimuuidus ducoiiibiu)se oblem em menos lempo do qun « Ase. II dosol. Se Norie tivesse conhecimento dnconstru-

ção e uno do lempo sideral ou A. tt. do meti-

dinno q lehe (cmnó se sabe) igual o A. I',. do sol

suppondo que elle descreve o equador com

movimento uniforme, Q quanto ella lambia

os cálculos de Astronomia Náutica, seguia-

• o (,r> 4;-j- ã 04 í>4

1.', 08 11yS 1 1 t,:ili .r>4 *o

'iã 17 aS(i iõ 58

mente a não leria aseluido, complicando cumisto us seu. ,., ,,1,:. ,1.,.

Cumpre declarar qu» niitd.t mesmo aclu-¦Imenta lendo-ae • 1 . nrganisnçAu ilualmanak a Imin ullu grnn de perfeição quemuilo facilita a resolução dus problema. u»o-lico-a.lronnmicn., eom tudo esle noto pia-nu . .1 l.i não excede un ibtx preciosa, ephe-merídtt. de Coimbra, obra (unlaileiramoutadigna da ilhulre p >,,ii . qm» lhe deu •> ser .cujo plano foi adoplado pelo. direclorei iluahnauuk com alguma. modilicaçA,**, ilepni.que inl.li/menle leve de perecer a dita priu o-rusa obra. F. \, m - 01 S>t/l.

PA masura w unTi:n »m i>*tbi virxro o non-vmevro l»u BELOCI».

(Continuado dn n.» 9.'

Podemos achar simples e naclnmenle amarcha do relógio, observando no mesmo si-lio. p elevação oi*bpm/sm appulsui, encon-Iro) de huma estrella 110cume de huma mon-lan ha ; e para isto sejoA, a hora indicada pelorelógio no in, tanto quo a estrella se ve con-fundida rm qualquer ponlo dado; a', a horada segunda observação; « , o numero da diasdo iolervallu, u com isto teremos o lempomédio decorrido entre as duas observaçõesJl-nXo'1, 007.69: () n l''1"!'" decorrido pelorelógio no mesmo intei«alio. será C— (»4* X «)_(/,_/,'); logoM«G, indica .1 marcha dorelógio no intenallo de tempo médio M; ul-liiiiamenle SíTs" o movimento diário ,/„ rr/ogto rm

hum din médio —-2A o exemplo seguinte fará

isto mais intcllígivel.Supponliamos que em qualquer dia do anno

se observou par;, o nccideiite o appulso dohu-ma qualquer estrella. no cume do liuma mon-tandens ioh 44'41"» ° decorrendo 7* »« re-

pelio a mesma observação ns 10" 19 ai , pe-de-se a marcha do rologio a respeito do loin-

po médio,SOtXÇAÕ.

.1. ,.* appulso da cslrella 18 44 4'•i.° dito '" M) '•"

Inler. de-lempo pelo relógio. . (> stâ 34 4"Dito médio-7X o* ,997—. • <> «5 Si »t)A seler. em Gd 9Ôh 3a',5. ... '-411

a s m 11.11101

Dila cm i1' mediu —-, >nO'1 , ()S5

Esta mesma quantidade C —M.OU o movimentodor elogio no inlcrvallo do tempo médio enlio

43

178 íUiucruit lUnoilicuoc.

aa duas observações su pude achar mui íucil-mente, tirando ila hora da primeira obeerra-ção, o pi-odiicli) ile 3' úà" «)o«| »» ., .,,',i v, pelunumero «le dias decorrido» entre as observa-ções, i. u tlillcrença enli'e esla tiuaiitidodc(«|ue «leve ser u liara que o relógio deve upun-lar uo ilin «In segui.du tihscrv uçüo a enl.ir lieniregulado) o a knra da segundaobtervaçaoiaerá o movimento do relógio uo iin.»iui> iu-(ei volto.

SOLIÇVÔ.

i." nppultn da cslrellnA ieler. em 7J — ;X 5'.9">*ti —.

».io 44 4i~- »7 5|

iu 17 10ni m

* 11

lima ii|)i-nxiiiiutl.-) no relógio, .Dilu do 9.*op|>ulsoA seler. «Io rei. em ti'1 ,«i8á . .

\t}-sc pnis que u syslotiiR eopernie.uui t>|.plica perfeitamente todoa o» plnm.menos ,|..quo temos trotado; 0111 quanto nos outro* »*,*¦teiiius, nfio mereçam que ae (alia nelle*. nú,,,devem ler lugar. senão nhtiin Iralado da hia-lutia ilu» dilk-ietiles opiniOea doa liouieus.

T. Nim oi: Sor/i.

MTfB -B>*IÉ_m WMA

U&tt/Jl)* jrZZ&ATÜJfflãZ,

(Ciimlnuadu do n. II.|

Determinou igualmente esle lyranne o la-niaiilio dus cálices que haviam de ser variadoscin hum só trago, e nãu se obedecendo im-mediatamente , impôs multas, «pie natural-mente ConsistiQo cm novos copos a evacuar.Ab-iti disso exi.slin o costume de brindes, eaquelle a cuja saúde se bebeo, devia beber amesma quantia que havia engolido o aggrca-eorj (111) ditemos aggressor, pois de certamerece este nome quem como Aicibiades he-lieo á saúde de Sócrates em hum só trago oitoli,l\Ias ou Ires garrafas e meia, ao que domesmo modo respondeo sem hesitação ogrande sahio , e Alexandre hindo mais longebebeo com Proteas dous chous, ou mais de.sele garrafas, (iüü) Os Romano, que imita-ram tão nobre costume, chamaram—Graecomore bibere. (ia"»)

A mais atroz injuria qtie so podia fazer aluim inimigo era chamal-o bebedor d'agoa.« Tua vida he hum monólogo onde não sctraia senão de lingüiças (di/. Cleon ao eharou-teiro em huma das paródias de Aristophanes,)tu vais decdiindo de cindia, e por ultimodegrao de infâmias acabnrás bebendo só água(a 2_J) Km outra peça tio mesmo autor (l.y-ftislrala) pronunciam as mulheres reunidasjiara sacudir o jugo dos homens, terrível mal-«lição contra quem lhes quizesse prohibirde beber vinho. Os próprios deoses da my-lliologia grega sâo representados como apai-xonados do sueco da uva; Iodos, desde Jopi-

(121) Sttieneui. i- p. 4*N<

fl_2) Pârefo Incrível, e mate improvável aintla Uo que Mlk» duCroion podia bebei 3 ihom, ou 11 garrafas ain hum »ó tragu f All.anx. ) Suiila» eipllca a o 'ii" (liaondo que- houve dou., Ciwu*, hum do2 . outro de ti í.stoi.

(CU) Cicero, Verr. 1. 26. TiMul. 1.46.

/ l!t.'i) Arlsleph, os cavalleiro».

ler ai.* Momo, dedicam an vinho hum rulluem que seus lieis iu terra nilo deiaaram duimita-los.

Junto com o vinho sorvio-se a stvbremcra, daqual os Gregos, conlamporanen. de Homem,uio tiveram idéu alguma: durante, p mesmoantes dus guerras com o» Persas já fui cunhe ¦citla, poslo que nüo ollereceti senão pratosmuilo simples, consistindo em frutas \enl *,* eseccas. Pouco a pouco enriqueceu-st; a Sobre-mesa com bolos o outro, maniifaeloa tio pas-teleiro, todos tartetnenla salgados e adubados(epípaala, J para excitarem ao mesmo tempoa vontade da beber o diminuir o effeito «Invinho; conservas em vinagro eaxeite, rabo-neles o outras r.ises picantes, heras amargas«pio se comiam com sal, queijo igualmentemuito salgado, (omelhor veio d. Sicilia,)caviar e mesmo carnes e peixes salgados o fu-medos foram inlrodu/idos com o lim de pre-cipitor os vapores do vinho, como franeamwn-le o confessa Aristóteles. ( uõ) Doces Ifioprocurados entre mis, não figuraram na so-breme/.a dos Allicnicnscs, e com Inda razão ,pois quem poderá devidamente apreciar humvinho generoso no meio de manjares assuca-radoa , que üuem perder á língua n lino pu-ladnr?

Musica c dança conlribuiram igualmentepara o recreio dos coininensaes durante ,>syniposion, e huma clase numerosa do mu-Iberos houve em Atlionas cuja única occupn-çfto consistia em tocar vaiios instrumentos uudançar nos festius dos ricos. Certamente (aeasenhoras não pertenciam a respeitável empo-nação das veslaes, todavia não parece que uhedionda corrupção que reinou nos banque-les em Roma (falíamos dos tempos dos iri-umviialose imperadores) tivesse achado humprecedente nos costumes da Alhenas. lnini-meras pinturas sobre vasos c não poucos bai-xos relevos representam donzcllas dansando

{t-?i) AriitOf. Fr.blcm, un. 6,

(80 ÍHiaciu.i iavasilícnec.«in hum jaular; a» dansnriiios 'orekmtriitt)deviam naturalmente ser moças s bonitas; dasmusica» „,.-¦,,.,., psstltiiui e kitharittriai)exigio-so menos nealerespeito, pois houve or-lista» femininas qua encantaram por longostlIlUt.» 08 tllHtUIlts.

Ju tocámos do passagem no costume queextiuio dos banquete ns senhoras respeitáveiss«i c unicamente an» jonlares do familia po-«liam illas assistir. Pouco galantes que eramneste ponto oa Athciiíciives, fundou-so toda-via esto costumo nas relaçOrs estabelecidasgeralmente entro o* dous sexos, costumo quemesmo exigio que uns festas de familia ficas-sem assentadas as mulheres no redor de mezaseparada, emquanto os homens ostavOo dei-lados noa acua sophas. (ml!) Esto ultimo pri-vilegio foi igualmente negado aos filhos dacasa emquanto não liavi.lo chegado á idadede dezoito annoa, nem podião elles antesdeste período assistir ao symposion. (1*7)lista exclusão das senhoras e filhos da casaloi uoii-se tonto mais necessária pela admissãodaquella classe dc mulheres, que debaixo domine dc llelaeras, exerceram immensa in-uuencia cmAtlicnas. Os mais sisudos homensdislinctos o cscellculca em lodo o sentido,visitaram eslas mulheres e as convidarampara os seus banquetes, sem que a opiniãopublica achasse o procedimento reprehensi»vel: cousa singular, e que acha a sua expli-cação na isolarão do bello sexo em geral, ena posição excepcional oecupada pelas He-lucras; dellas correm idéias mui falsas, e comoo assumpto hc assás interessante, Unciona-liins trata-lo em hum dos números próximosdeste periódico, podendo os nossos leitoresficar ua certeza que nada so dirá que possaolleiuler a mais melindrosa susceplibilidode.

iNein sempre procurarão os albeiiicnces di-veilimcnlos venaes. Pinto nos prova que ellessouberam entreter-se durante o symposion dchuma maneira digna do povo mais civilisado•• espiriluoio do inundo; (ia8) as bellnsor-les, a poesia, a philosophia, forneoerflo ma-Icliacs para a conservação, sem todavia eseluir divertidos contos, dilus graciososemes-mo I.um tanto libertinos; recitaram-se versos,mi preparados de antemão, ou improvisa-«los; (1 aj)J enigmas foram propostos, e suasolução premiada pelo npplauso da comnn-nhiii; (i5o) a Ivra acompanhou o calis na

ÍW.J Plalo, <-,:g. VI. p. 775 e 784. 1."vinil. Conr. 5. Ailicn,iu. p. CH.

^127/ Xi-noph. , Symp. (i. 1. Arislot. VII. 17.( li* j Plalo . Sy.npos. p, 1 '(,

fiiij Allion. liv. I. p, 5 et.

( l.oj uiiiiginatn uu gnphoj.

«uo viagem no redor da meza. procedendosempre do lado direito par» o esquerdo.( i5i J o jogos quo exigifto grande dextoridade,excitaram a hilarhlndc geral pelos esforçosmotéis ou cômicos de hum ou uutro convivamenos hábil.

— Nlo sendo possivrl dar neste hrgar humailescripçno ,i,-i.l.i „i., doa mencionadosjngus,lembraremos unicamente os seus nomes, (jdivertimento de predilecçAo foi o kollabns,huma esoeeie de pelolica c«»in copo» ou vasosde melai, o quo se jogou de duas maneiras,huma maisdimcil duque n nutra e com queeslava ligado hum augurio erótico; (i.ta ) da-doa mais ou menos semelhantes oo» nossos,contribuirão igualmente oo divertimento «Ioalguns; tarefas jocosas foram impostas pelosjmpoaiorcbo, perguntas equívocas excita-iam o riso por sua ambigüidade , etn fim cadahum dos convivas esforçou-se em oitgmenlnro prazer de lodo» o tomar parlo aclivu uo di-vei limenlo geral. —

Nãu podemos terminar oste arligo sem lo-car cm certas personagens indispensáveis embum banquete deAllieiias, em que cidadeformaram numerosa classe : diremos poisai-gunias palavras sobre os parasita» em geral oprocuraremos classifical-os cm certas sub-divisões. — A denominação de parasita levona Grécia antiga bum sentido muito dilf.-rcnludaquclle, quo o fez depois, eainda a fax con-siderar orno huma grave injuria. Parasita fuinaquellea tempo» o titulo di pessoa» de altajernrquia, que serviam de assistentes ou aju-dantes a certoasacerdotes emagistrados (iS5)-Era que período principiou este appellido atornar-se odioso, nüo podemos determinarcom cxaclidão ; tudo o que consta a este res-peito, limita-se às noticias dadas por Allicncnno lugar citado, e ello unicamento dia quoAlexis, poeta cômico, designou primeiro cmhuma dus suas comédias, coin o nomj de pa-rasilas, aquellas pessoas, ás quaes a paixãopor huma mesa lauta e gratuita , fez. osquu-cor a sua dignidade de homem e de cidadão.Naturalmente fcx a diversidade da índole dosparasitas, que empregassem grande variedadedc meios pura alcançarem o seu lim principal,c classificando eslas segundo as feições priu-cipaes que oferecem , podemos estabelecervarias subdivisões. Vau primeiro lugar temos

l't.li.i pl.il. lli-pul.l. IV. p. V-0. Sjuipon. 21'.. Albomiu, u,|i, 463.

(1S1) npp.«r dn ilsicilpçüo rirruinianoi.vl.-i qne dlo AtU«n, «v. p.COU «In, Poliu,, VI, 10.!. Silinliasl. udl.ni.in. U.lpli. 3 „ Scl.fi.Ilnt, ail Arinopli. I',iv. SW »r., frsníte lne«rt«i lia » ,„.p,-iiod««l»jufO, pol« quando cicrivtri.ni 01 citliu. uutl.orc., o Coiulii»foi Imma inligtiitludo.

(133) au. vi. p. a:,.

ia-iuccu.. -icioilicttoc. mo simples ptiptijiintarei (1I4), .pio por estrala-geinu sabe obter convites, chegando». g.. noMemento em que deve principiar o banquete,d.buixo dn pretexto de importantes comum-nicoci.es a lazer. Oa ogoi ramlo-se .1 pestoe daqual constava que hoje baiio de dar grandejuntar , aromponhando-a como 11 soa sombrapor loila a parle. O segundo lugar competeao» perasitei bobos, que alcançam convite .foiça de divertir por seus grocejos oscoiniiirn-sues , oITereceiido ao mesmo Innj.o a s.in propi ia pessoa como ponto de mira aos atiopiesmeia ou menos etpiriteeioe, c alé ás injuriaie insultos da sociedade , huma vez que os dei-xarom apanhar boa pai leda janta; a esla classepertence Pbilippe no lympoeioa de Xenephoi.te, Ergeslilo nos eeptivoa, e Gelaaime noSlicbo de Plaulo. Temos logo parasilas adula-tadtires (156), que litongeandn com exaggera-çíio pessoas ricas _ vãa.s procuraram por est.-meio obter accesso a mstcasat e mesas; exein-pios desta classe ollence Torencio pelo (ina-llio noEunucbo, e Plaulo pelo Artnlr_go neniiles gloriosus. Na quarta classe bemos decollocar os parasilas obtqutBtot (1Õ7), (piepor buma serio de serviços baixos e mesmo in-tomei a vergonhosos, sabem obter o direitode assentarem-se ua mesa dos grandes ( l58)|tal ho o caracter dos parasitas nos Meneclimose A si na ria , e mais ainda o Curtulio e Saiu-rio no Persa do Plaulo , e o Plior.i.io de To-rendo.

Do numerosas passagens dos aulores comi-cos, e do (ratado de 1 .ularchn , ¦ Sobre a dii-ferença entre o adulodor e o amigo », colligi-mos que os parasitas cm primeiro lugar espio-liavam dia e lugar dos grandes e banquetes ,e ao apanhar a fauala noticia, percorriam aspraças publicas, as palestrai, os banhos, osIribiiuues e outros lugares semelhantes, ondese reunia gente grada. Escolheram a viclima,agarrarnm-se nella , e nenhum estratagema ,nenhuma torça, injuria ou insulto fez-lheslargar a presa ; assistiram ao jantar , e bar-pyas não menos desgoslosas do que as da Eflei-da , pagavam como estas, com calomuias,immimdicies c chascosa hospitalidade forçadado amphitrião. Alguns exemplos da mais es-condalosa bumiliação dos parasitas referemAthcneo c Plutnrcho; todavia foram indis-neotaveis nos banquetes gregos, onde serviamde conduclorcs [>ara neulralisar os raios do

{O. Fi'_-h_,.-ipno_.(13!Sj (iclMopoi.i,[136] Kohxt». _w-.nt.ilom.

(137} Ta- inpi-itlti.i.

(Ui) 1'liil, -UnduUoie .3 Jií «ducaliunii, 17.

m..,. humor dni irabrlagadm. que sem a suapresença pediam lealmente eebir sobre o*oulro* convivas,

Mais extenso do qne calculai.imo*. tomou-»e cie arligo, dn qual, sente o* lei ailnriue-cer , desejamos qoe d-speilasse o app.-lile dotnossos leitentl não para assistir a hum buii-qu.le de Atbenas, eomo foi prepararia pelugrande Mcibonio (. .~,i, e m> qual elle usen-pi.n de envenenar a carta da Suécia e sua cru-• ul. rainha (üiiisliua, mas limpleimeeU paiago/ar dos prateie» giislionumicoslae* e quaes,eomo nos são nflerecidna nesta muilo hal eheróica còrtu do llio de Jaii.-ii...

D.P....TZ

WOKl

PARADOXOS PnfLOSOPIHCOS

_obr r oh rã«>N (').

CATITILO IV.

Porque ratfu ntt eitt nãu fuitiSo ?

Ella queitfio seria fncil de resolver na liu-lopii: abi com efleilo alguns goiernoite lemai rogado o direito dc lazer charutos, e de in-lercolar nelles folhos de coute, t) cBo dotadode hum sentido que cm nós lem muilo poucodesenvolvimento, distingue , graças á tguth -ta do sou olluclo, sob o envoltório engana-dor de buma folha dc lobaCO aiilhenlica, uslalsilicações quo enriquecem o erário, N«.soutros, pobres bumauot, indiilgerítes puracom us pequenas fraudes da admínislroçau,e seduzidos pelo sorriso dos commerciaulcs,fumam.>s ipttuil mime. 0 cão, sem duvida,levo mais longe os seus escrúpulos; seu ins-li neto lhe demonstra que nOo be licito cn-sanar, c qoe, deixar-se voluntariamente en-ganor lie Duloriior u fraude e o injustiça , las-lima a seu nino em silencio; mus exclama rinfundo de seu instineto—•« ó sociedades huma-nas!... lí isto se passa na Europa.'!... •

Ignoro o quo o cão pensa a esle respeito uaÁsia ; nunca lá me achei.

Na .Nova Zelândia onde tive a fortuna depassar alguns mezes, a abstinência lho he

[1 íl) He n m..mo Marro _T.ibonicoJ-7.Í } (|fl- ÍOtUlro.C in.-miiiifiiios He _____-.«uvtigM d nm. sUeapreieridv-flircoQutrtoai tin-tuu o dançou ti tnotla dawtci • • inil-BAÇâo da llourtlrlm, medir,da ralnbs tVrlilIna, junto mm o ph_o._go_-a.tdi_1, r-p._-enlant.citiniiia _c_ni (Íj H.ciiIm de So|ilio.lrs do 'iu„ rontllou iuuu risa im*»-tingi.. ..I dn Uni» _ füii., . hm.u ..ciutuila L.ol-i_tl_ didl |>i r Mu-b.uiiu jo Ür. -_ui -l«-'_l.

.6

18Í itlitlCriM ÍU'A9tlÍctt0C.

d.i-l i.l.i por luun sentimento us»;iz nobre. Seusenhor, provido apenas «Io nocessu.io, igim-r.udo n chá. nin, cultivando o cachimbo comI.um iconoii... atrieta, jamais ofleraea uoaeu liei cnnpiinl.oiro o partilhar esse» rapo-ros embriagiinlüs 0 cn.i Neo-Z-landcz, sein-pro boa, ainda que selva^.-i.i, longo do ar-ivb.it.ir o tabaco iio __¦(, senhor ou de iuiplo-mr partilha «Io huma faaemla Iilo rara, e pre-cieaa, daria antea huena «Ias sua» patas (a sótem quatro!) piira aaawurar-Ibo a abundânciade hum be... de tào dillicil accpiisicfto

Na America finalmente, onda o monopóliodn tabaco não tem podido aemnpanbar a ei-viliaaçfio, n cio nao ousaria fumar, nliumaterra que o homem deacuhrio, sonda elloaaborda, como proprietário, as delicias queahi conquistou.

Ile puia por delicadeza, por circunspecçãoe i espoilo á propriedade porobsequioaidade egi-.iu.leza iluliua «pie o cão voluntariamente aepriva do prazer de levar a bocea luun cylindrainllauimailo o fazer voar em torno de si essasnuvens azuea que ao dissolvem no ar, om ho-nelicio da hvgicno publica e para servir doiusignia u ociosidade.

CAPITCLO V.

Ua alma dos cãts.

Na questão agitada qtmsi durante hum so-colo entre os tbeologos o os philosopho» acoroa da alma «los brutos, os homens (poisque os pbiloaophoa e os tbeologos são ho-ínens) titlL.no a sem razão, ou antes a vanta-gem do ser juizes c parles; o que, em con-ciência, nno ho do bania equidade absoluta.Rluao obsolutonno ho deste mundo; he pre-ci/.o ndmittir 08 homens laes quaes são, con.suas paixões, seus erros, seus prejuízos, esua vaidade.

Aqui reapparece a ques.no sob luun as-peelo inteiramente diverso: não so Irata maisalma dos brutos; traia-se du alma dos cães.Om, como os homens, com huma modera-ção que faz honra ao sou caracter, ao abati-veram de definir os brutos, he-ine licito sup-por quo o mon cão , a os dos meus amigos,os doa meus concidadãos, estilo tora do cato-goria dos animaes, a quom so foz hum insultogratuito. Confesso quo faria mui desfavorávelidéia da espécie humana, senão nifmitlissc òpriori que ella perlendeo fazer huma honrosaexcepçíto em favor de hum ser que faz o seupapel no inundo * par do homem, e que lhedá Iodos os dias exemplos de dedicação, derecutibeciiuento o de fidelidade; são, cumpre

dt/el-i). virtudes rara» entre .,» homens ; p„r.que raafto iU ,|,*, ,,0*s .,„,„ „(llr„ ,„„„„ „ £ (Jbflla» qualidade» quando »,1„ eneonlrada» uoscães? 1.11c. são muis polindo» do «mu mis,mas não io desvanecem com isso . anula qaariabi colham alguauavaDtagena. RUcetesn qua*tro perna», correm tanto melhor, o tanto me-noa m .«.ligam , .om earaeerem de sana, eo-valloa ou mula». .Na.» folho.: aa os felicito;imlonilor-se-hao muis facilmente. |.lh-s mopensam, «li.eis vósenfim. IVimeiraineiito ten-do a bondade da dizer-me com «piem tenho uhonra do talar fallando; .»,- he Coii, hum phi-losopl.o , pedir ||,i.-|,.» qna léa alguma» linhasdo discurso «le Descartes sobre o melbodo , oalgumas linhas daasiius mo.lituçOo». Descarte»l.o luun grande philosopho porque dtinonslra,com iiiuila dilliculdailo. que 0 homem ho «l«»-tudo do huma alui». Nr,«» he In inuito fácil pro-vul-o , com quanta essa alma esteja doutro «lonoa, a ainda mai», com quanto ella seja nós-mesmos. Uai m.s he possível uuulvsur as for-ças da nus»;» alma no momento em qua ellaestá en» piem, actii idade ; procedemos ã ann-liso do principio quo dirige a vontade do cno,e depois aQ.rmau.os que esle principio nãol.e huma alma, porém si... hum instinc-l.vu. Vamos que assim soja: neste cnso , ecom alguma prcaumpcBo (eu o confesso), «|u.bojo que chameis inslinclo em mim, o quechamais rima em vós, een. Iodos os membrosda vo.sa familia ; com cffeito eu sinto emmim o geiuien das virt idos que admiro noCito, o disso mais me felicito do que do co-nheciincnlo que adquiri com grande trabalhoda genealogla d'Agammenon, do movimentodo rotação «Io sol, e dns maquinas aoroslalicas.Nos pensamos, eu a o cão, com o nosso ins-Imolo, como vós o fazeis com ;i vossa alma..Nosso inslinclo noa inspira a mais torna do.li-cação para com Iodos vós; possa a vossa almas iggerir-voa, mio direi já o mesmo sentimento,mus ao menos alguma benevolência para quepossaea acreditar na nossa sinceridade: o cãovos dii bastantes provas; e eu esporo ocoasiãodo vos provar pela minha parto, o que avanço.

(',. C.

A velha Inglaterra c a jovenInglaterra.

Debaixo desla opigrapho, apresentam <>seditores do Great Gun a dillerença de gênio eue caracter entre a anliga e n moderna Ingla-terra , du maneira u mais rápida e admirável.

¦ ¦ ¦¦»¦»

JHiikvim üiMoiliciioc. 183A in.lolo enérgica do Inglez. qualidade quoe*la língua putsue em griin raüneots sobretudo» as demais liugua* vivas da Europa, co-mo lie innegavel avista das obres tios grandesescriptores como Shakespeara, Byroo, Sou-tity. Popa. que nio podem ser traduzidas semoccuparam o dobro ou o iriplo dus pbnses ip.econléiu, ou tem levarem talvea ao entendi-mente as idéias com a mesma força e »ur-prcsu; esta índole, he huma dus inuiures van-lagens que facilitam nus Inglezes do genin udarem essas pinceladas mestras a rápidas, semcontar com us quo dão os clima» sombrios emelancólicos que naturalmente lotam o espi-rito a pensamentos profundos a a expresaal-oscom energia e brevidade.

As idéias qae podiam ler sido deseuiol-vidas em muitas paginas, huma matéria quelunn phiiosopho político tio continente euro-peo teria tratado talvez e.n bum vol...nu , tãocomprei.andidas om humas pouca» de linhaspelo digno redactor inglês, que quiz apresen-tar ao seu pan a ao inundo u degeneraçlo emque se acha bojí este mesmo paiz. Hum fran-cez diria que esta peça be trhespirilurUe, gbum Hespanhol que be nmij aiuáa ; porém,lendo eslus qualidades de uccideiite, os piin-cipaes caracteres desta pintura são a concisãoe u profundeza do pensamentos , a solidez ta picante e aguda ponta du sulyra.

Poderão os leitores julgar da verdade donosso juizo pela seguinte Iraducção , quo nãohe senão Imui esqueleto do original.

« A volbu Inglaterra e a joven Inglaterra seacham agora em bum lindo estado do con-traste, o ao mesmo tempo em buma espéciede parallolismu entro si. Os pontos da dilfo-rença são com tudo os mais notáveis. Quandoo autor dascaoapot telhas e doa corações ttlKotpublicou a tua comedia, julgamos que se equi-vooiiu om applicar seus corações ao joven povoo suas cabeças ao velho; e cis-aqui a razão :a velha Inglaterra costumava ser toda ella oo-ração, o a joven Inglaterra reveste a arma-dura do entendimento junta sons passos , faxdo mostre do escola , e pretendo ser toda ca-boca. Nada nos faz mais lembrar destes con-trastes do cabeça u do coração entro a «lovone a Velha do que soja o tempo da natividade.Avell.aeial.iiina senliora'nobre quo subia estarsempre sorrindo , beindizondo o Irataudo doser generosa para com toda a família do go-nero humano; a Joven prega tudo para a al-ma o nada para a barriga, o busca o saber poraquillo quo chama suas influencias civi lisa-doras , isto ho , como huma escola onde se

endureço o coração. Ella he bom cosqnilbnvaronil ; u mate tfomly) ,,„0 (im|a ,-„•„ •„gargalhadas, caminhando daqui para alli .•desgastando as casa». A velha Inglaterra ««•gloriava de dar bom generosa olliviu aaspo-bres; n jmeu Inglaterra fecha as poria tlesua» grandes mansões, enlueta o espirito decaridade s aponta para a iini.o e para o car-cere. A velha Inglaterra fazia o pobre o n ricoparticiparam de tuas festaa de natividade ; ttjoveo Inglaterra cava profundas mina* o edi-Boa vastas casa», dizendo tis avança* e no»esqueletos rivos: — vedo abi vossas foitoria* .ou.sinão, consertai-vos dentro de vossos ngu-Iheirus. A velha Inglaterra era afloiçoada .1buma litteratura dassies, sflo, solida. cheiatle vigor, do profundidade e de nobreza, ali-mento substancial para o coração e para ncérebro; a joven Inglaterra gosta' deannaea deseda , veste seus tecidos de cambraia nm no-vcllus de humJBulnrer ou de hum Bleshinglon,preferindo assim o titulo do moda uo mune degênio. A velha Inglaterra linha hum niagni-lico drama e elevava o nome de Sbakespearnacima do renome nacional; a joven Ingla-terra anda ein busca da hum espectaculo u vaisoseoneertosdo Jullien peloscymbalos, pelasluxes iizulutlas s pela Polka. A velha Inglaterralinha suas- reuniões publicas , ondo o rico g..s-lava sou dinheiro em benefieio do pobre: ujoven Inglaterra estuda a economia política oso veste com o» fundos. A velha Inglaterra gos-lava do Porto velho e «Io bom ponche; a jovenInglatera

prefere o chá c o padre Ualbeus. Vvelha Inglaterra era poderosa e.n nacion.li.dade; a joven Inglaterra, não só he l.um oi-ilailão mundo, como lambem não sahe se antaqualquer outro paiz tanto quanto ama o seupróprio. A velha Inglaterra linha bonitas •niões cn todas as festividades; a joven In-glalerra vai a buma conttrtaçao do gravata ojaloco branco. A velha Inglaterra arrojava ovasta volume do sua língua singela om humsaxnnico castiço ; a joven Inglaterra luz seuspastei* c suas fatias com palavras languitlas ,tiradas do todos os idiomas estrangeiros, I.i-qm ml nauttam iríamos dividindo o velho »ys-toma do coração contra o novo syslema senicoração: mas, como o velho espirito sobre-vivo ainda no meio do joven , et como muitosdo povo velho pertencem ao povo joven umuitos do povo joven perloncom ao povo ve-llio, preterimos poi os om melhor intelligenciabum com outro, inandando-os tratai juntosde seus próprios systeinaa, o atando-os braçocom braço para diversão da sociedade.» V.

iiiiiiiiiiMMMMinnnníiiiiiiiiiiniimiiimiiinniinii,,

POESIA.»««;_*_.-

v r.v* da i-royi-vcm

DO IUO GRANDE DE S. PEDRO DO SIL.

Tributo da mais cordial amliade , do mala elnceroreipeito e cratidao ao Exm. Sr. marechal condeit Caxt<n, preiittcoto da mesma província •(«neral em chefe do exercito pacificador.

Pas, bradava o lirasil com voz dorida,(loino se já do guerra o alroí ílagello

Oue lhe exhauria a vidaMt rio tivesse seu porvir lão bello.Pai, bradara: —e essa voz repercutidalàu corações de lilhos desluimanos,

Nâo suspendia o anbeloDe ferir o matar tão longos nnnos.Bandos do corvos tetricos pairavamSobre esses campos ermos, só juneados

De ossadas que alvejavam ,K de frescos cadavVes desangradosiOdor ilu sangue os ares transportavamDesde o Iruguay ás regiões do norte ;

I" os echos magoadosMorle, só repeliam, morte, morte.

Du provincia cm provincia só se ouviaIlum fúnebre clamor

De esposas, mai. e pais, a quem feriaO anjo ésterroinador;

De luto o império lodo se cobriaImmerso em agrr. dor

E a dura guerra ,Se encarniçavaDe sangue a terra,lá rubra eslava.

Assim calcando da nalura os laços,Irmãos erguiam contra irmãos os braços.

B porque? pnra que ?... Fallaz cbimera,I* _iil.Mii. de Imi,ia infrciie liberdade ,Oue de crimes nfto geraTua promessa vria de flicidadc !Promettes paz . e eterna primaveraK sangue só nos dás : n França o attesla ;

Do Praia a igualdade,Cruel mentira, o mundo boje a detesta.Ah ! não fo.se lieçílo sonho tão caroAo coração do vale , qua deseja'v>ue da justiça ao faroAlvo pcreiine a humanidade seja.Pedem os homens leu seguro amparo ,Mas qnando intensa tua loi derramas,

A fraca naturezaDelirante se cresta um luas chamnias.

Bem celeste hc o sol, — mas quem po.léraSeus raios supporlar,Se npós seu brilho a noite não livera

Sereno icspirar?A vida roubaria a quantos dera

(.'.om seu plácido olhar.Bem sem limites,Ventura etherea,Não nos permilles,Oh vil matéria!

De luz c trevas necessita o mundo;Kis a harmonia do saber profundo.

Loucos, não oenheceis n essência humana,Nem as leis dn Eternal Sabedoria !

Na vossa furia insanaCuidais que o ferro a humanidade gui? IO ferro alçado pela mão profanaCeifa sem produzir, nunca floresce ;

L da vicloria o diaSó raia para quem mais a merece.Bem cedo raiará.—Olhai o vedeKssa cornada estrella fulgurante (1):

Do oceaso a eslrada medeA cauda , que após deixa roçagante.

11J AiluJe ao comeu ijuc pt-la primeira tt. foi titIO no I. ° de

itlillClU.t ik.lsilictlOC. 185Kssu celeste annunein absortos lade,\ ós, quo nu oeeaso estais, quo o céo o mostra

Ao guerreiro nrcstanle,Que pelo amor da pátria vu» onostra.... ... (vido,- >l* que prodígio!—Inda he tempo, eu vos con-

vindo, irmãos, viude a nó»,(.outra quem he du céu tão piotegido .

Cl ueis, que podeis vót ?Não hasta tanto sangue despnrgido

Por capricho feros?Védo o que alcançamOs olho» vossos ?Pois não vos cansamTantos destroço»?

Inda querei» mais sangue, Inda mais guerra?Pou bem , sangue do irmãos beba es»a teu a.

üh vcnturosas margens do Janeiro,Testemunhas do amor 0 do clemência

Do lilho do primeiroQue nos deo hum i pátria o independência 1Dizei ao nosso auguato BrasileiroQue a palavra do heróe será guardada.

Forçando á obediênciaMais esta quarta estrolla rebcllada.Mas quem he esse heróe forte e radiosoQue parece senhor já da victoria,

Da fortuna mimosoA quem destina o céo tamanha gloria ?Ueslu, conde prudente o raleroao,Ramo tios Limas, de immortal renome,

A que para memóriaDe altos feitos, Caxias he leu nome !

Já le conhece o gênio qoe me inllainma,li a Ivra me outorgou ,

PVa celebrar varões, por quem se afamaA pátria que os criou.

Teu glndio, que vibrando a paz derrama ,O een nabençoou

Gladio preslnnle,Nossa esperança,Dá-nos ovantePaz e bonança :

Km li (1'nliiia tio heróe o timbre en leio:Da pa/,, da pátria e da justiça esteio.

Fugi, tremei, rebeldes! Kil-o á frenteDesse exercito oulr'ora «Sopesado;

Qão rápido e valentePcrluslra ngora o campo dilatado!Ksse corpo n quem move huma alma ingente,.lã rigores tio lempo nlfoiilo insulta;

E vendo o rosto amadoDo caro herói! que o guia, alegro exulta.ir;irr(i ile 1643 , díi ein quo o F.xm. conde de (.aiias levantou owu ¦jfjmjiainrtito e Ifii a sua primeiia uiarclia coui Uir<.ft,'5o aooccidenlf , ptri «iid-s* eslava u inimigo.

Bravos do império ! (di/) Ria, voemosContra lilho» ,« „• a pátria renegaram;

(Infralos!) caslia-jemoaO impio crime de que elles tu mancharam;Mas nn luror da puj-na nus lembremosQue são nossos irmãos, e que oa amam is;

Si- a morte nos juraram,Nós, vencendo-os, .. palria inda na chamemos,

Assim fallou o herda ile humano peitotl.nitl gosto o céu ouvi».Sorrio-se a humanidade, e com respeite.

O exeieito o applau.lio.Árdua a campanha fui, renhido o pleito.

Qual nunca nIli se viu ;Nem mais se vejaNessas campinasTanla lercia,Tantas minas;

Que ao valor não se oppOe pia brandura .Antes hc o ornamento da braima ,

Ah ' deixemos troar a artilhei ia,Relinírem as lanças nu refrega,

I. a brava infanleriaRecbassar a columna, que a carrega:Que outro signal tio céo já me annuncia (a)A doce pai. Oh salve, paz celeste !

Com teu orvalho regaO ramo tle oliveira, que Irouxeate.Salve , mil veiea salve, oh paz saudosa !Com mais transporte o viajoi sedento

Dessa Arábia arenosa,Do longo caminhar o eshautto o alento,Não snutla , não corre á illm hervosa,Que pingue fonte occulla em seu remanso!

Oh ! suave o momentoQue da vida aos afans traz o descanço !

Reiuperanvse os opacos nevoeiros;Mis brilha nova luz !

Que gloria para vós, nobres guerreiros,Deste impeliu tia eru/.!

Vós Iodos vos moslrastes Brasileiros,Todos vós! Ora sus!

Ódios antigos.lá se acabaram;Irmãos, amigosSe congrocarem.

Sublimes nesse dia vos moslrastes ,Quando ns armas, da pátria aos pés curvnsles.

Exulta, oh llio Grande! A fronte eleva,li contempla leu prospero futuro,

Mas vê a espessa trevoAo sul, e ao oceidente horrendo o escuro.

(*J) Ailo~ão;in leg-indo cometa , qne lyj vUto mi principie 'lsatuiu «le 1845, quando st tratava <lc |i«.

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186 íltincvurt iSvnoÜicnoc.Além em sangue liydra faroa se ceva.Oue iissás cansou Io, e ioda Imjo lu ameaça

Máo grado o ferio muroOue enlro ella o ti seus Ímpetos rechaça.Vó« , que Ai idos de faina, ii sepultura ,De sangue envoltos, rápidos haixastes,

Di/ei-nos, quo venturaDe lanla guerra em Iroco nos Icgaslcs?Quão» o. Iropbaoa de vossa vida obscura ?Que leitos ao porvir vos lecuuiuicndam?

I. quo exemplos doixaslcsOue os vossos netos p'ra o luluro aprendam?

Nada! — só sangue o Rio Grande brada,lirada lodo o Brasil.

Nilo vos ergueates contra a mao pesadaDo despotismo vil,

Que não gemia a pátria conculcadaPresa ao jugo servil;

A lllx 1 al.lla'

Nella imperava,Justa igualdadeA afortunara.

Oue oulros maiores bens podicis dar-lheP'ra assim a paz e a ordem perturbar lhe?

Mas licai-vos em paz, manes sangrentos ,Qua arraia talvez por esses combroe de ossos,

Com fúnebres lamentosExpiando os passados erros vossos.Não maia aggravarei vossos torraenlo*Co'a obra vossa, inspiração do inferno;

Possam os rogos nossosAbrir-vos a manado do dia eterno.IgOOO Gênio quo os vales arrebatas,Vencendo o adeio il'agu',a inagetlosa,

Quando os peitos dilalaaCo' a harmonia da guerra eatrepilnaalJgnoo gênio , se as azas mais desatasPor essas regiões que audaz discorro.

Co' a Iji.i gloriosa ,Como o cysne, cantando , exhauslo morro.

Oh pátria minha, novo canto encetaQua exceda ao canto meu.

Em premiar o berôe venço o poeta,Dá gloria a quem l'a deo ;Caminha agora cm paz; attinge a mela.<Juc o céo lo proserevoo.

Bem be que estudesNa adversidade;Quem lem virtudesTem liberdade.

Dele força a união, firmeza o Ihrono,Respeita a. hisloria, destes bens abono.'

D J. G. Magalhães.

0 'UViXWi ASSACO. •

(lOJfl).

a mimia anua

D. Caiibiíi,i líoroliim Da Siloa.

Kjnlaok )0»r l«i, „u..t»í )0U> I,m -mb,*.'.

$..UMIM. liem. e*4 Jmi.

— Nr,o chore», „i, |,Pin preudo,Cedo aos lares tornarei!E ,l,i louro coroadoMil abraços le darei.

• Vou salvar a palria amigaDessa bollandexa opprassOo,llogo ao coo quu baila imigaNão me corte o coração.

E o Narcisa i mão beijandoTriste Adolpho se aparlj.i,Eella Iriate suspirandoSobre a praia a sós ficou.

•Ia da chilupa velleiraDranda aura as rrllas anclieu ,E us salsas águas ligeira•ia de Nyglheroy fundou.

Einda Adolpho daamuradaNella os olhos a cravar,Que saudade angustiadaLlio eslava o peilo a rasgar .', ..

Que não maia ello lho ouviaOs suspiros de aOIicçBn ,Nem nas faces Ibe imprimialieijus de consolação.

Eella Irisle, suspirando,De sobre a rocha domar,Sempre, sempre, sempre olhando.i rachalupa a navegar;..,

Mos j:\ o sol era posto,Ella de vista a perdeu ,E passada de desgostoTnstonha se recolheu.

il.L» 'Mdt!.lBLtTai*,,a°lhm<km 1w»lo ¦ «oll»»Klo

iMíuctroit üctsilicucc. 137li des que raiava o diaD horisonte a acclarar,Ali que a imite desciaSobro a Urrai negrcjar;

Na racha se debruçavaRepassada da aitlicçao,I ás , ,.ii, i.inli.i- relatavaPe/urcs do coração.

C.omsigo as vetes dizia,Amargo pranto a soltar,1', da dor «pie a compungiaMil gemidos a soltar:

— Klle «licc »c partindo:Ctdo aos lares tornarei,K nu , saudades curtindo,Na promessa uccrcditci.

• Klle dise, mo abraçando:Mil abraços te dureiNa promessa accreditandoAqui sempre o esperarei. •

Mas hum dia assim dizendoDo terno peito sollouGemido,.. languido., ¦ horrendo.Que nas selvas cchoou !. . .

Longa tacilurnidadoPtola praia se estendeu ....Queixuine.s, ais de saudadeNunca muis se lho entendeu ....

O sul então despontandoSua luz clara espargiu ,I'. ao longo us mares surca.uloliuma chuhipa su viu

Abicou a barra asinha,K a Nygtheroy saudou ,Vs das novas com que vinhaA cidade alvoroçou.

Vinha nella quem brilharaDe Gutirarapes no acção,Adolpho, que desembarcaraSó p ra ver sua affecção.

Pela saudado mudadoTraz das faces o rnbor,K dos olhos apagadoO brilhar encantador.

Abi mesmo onde magoadaMagoado elle a deixou,

Ahi mesmo, rrclinadu,Ahi mesmo elle a avistou.

K para ella correndoKui seos l.i...... -i apertou....Apertou... cadáver... horrendo...Que jumuis desamparou !...

Ambes ficaram abraçadosJunlot ao bater do mar,Onda o mar cm ions magoadosKstú sempre a murmurar.'...

J. NoatUTO dkS. S.

A 3Xi$9WrllL2J>&i>£.

Grata porção do ser, lume da vida,Fogo tio coração,

Da existência do home', 6 lui, ou sombra..O' sensibilidade,

Uyttario da razão, numen do peito ,Tlu-rinoinelro tle amoi ,

Prazeres da nossa alma, ou dores delia!Tu existir deviat

Só no homem ftlii; no que não sentedar-lhe o coração

Amorabundos philtros i que não ouveSoluço enamorado

Da tutpirosa Naiade na lympha ;Nem amante suspiro

Tão suave do zeplivro amoroso :Que hum instante não sente

O mago elleilo tle .supremo enlevoDe ndorosas delicias

Quando, tio bella nos seus mimos lautos,Entorna a flor do campo

Mavioso beijo de encantado gozoNas a/.as lusurroaas

De fugitiva brisa, á quem perfuma!Klle pois que não tente

Os dons da natureza, as graças delia ;Klle, que não comprehendu

Supremas fruições, enleves dulius,Prazeres sucrosnntns ,

Que do lão terno , endeusado seio ,Quaes elluvios do hum Deos ,

Inelfavel despede alma amizade;Klle que não entende

Sublimados mysterios indisiveisQue em seu bello ideal

Nos milagres de nmor, nos mimos delle

m iHiiictrua ÍUmoiIíciioc.

C.rca iu i..ul,.ida em estosArdeule a enamorada phantasia !

I.ll.- que não penetraOsacrario feliz de hum bem supremo

Aonde hum peito nobreLiba alíeclos do céo nunca empanados

Por soidido interesse,Quo na lerra dos homens enlre crimes

He alma das acções...Kssc quo fosse embora a lua viclima

O' sensibilidade!Mas quem tle alfcclos lá do céo mais rico

Estrema sua almaGozos de amor. encantos <ramizado,

Qua ao roubar-lhe o caprichoDoce porção de si no amigo terno

Chora, porque o presava!...K tu, ente insensível, entretantoQue teu capricho injusto

Mala no amigo soberboso dizes .*

« Que me imporia perdei 0 j• hu delle »ão preciso Homem ditosoQue amando calculado

Os serviços do hum Itoineui. profanava»li nume d'amizatle !Mas como assim nao ser »i não conheces

Hum ponto, liiiin ponto apenasUa scnsibilidatlu !... Alma sensível

Porque tão vaa te entregasAos divinos transportes (('amizade ?

Amas? morres de amor !Presas? (ua amizade to assassina !

Nüo ames pois. n.1o proses....Mas de ti não depende o leu destinoDeos assim le ba ceado !

Presa pois. e prosando bebe a inorle!Ama , e morra de amor !

Teixeira e Sousa.

«^^P^

HIlilIlflIIII)IIliii;llli'i:is

MliiilTO«l.ftl

HEifBIQCETA

01

OS ÚLTIMOS MOMENTOS l»E N.VPOI.EÃO.

R0UA1.CK.

Em Sanla Helena, Iodas as vezes que o tem-po permiti,;,, Napoleão sabia . fosse em car-i-uagem tosse ú cavallo, e, como elle bem de-pres.su tivesse percorrido o estreito espaço quelhe haviam consignado , gostara muitas' vezestle explorar os po,menores. Assim , depois tleler íeilo o seu diário ( porque huma ile suasoccupaçOea favoritas era o redacçno de suasmemórias) passava algumas horas á ler ou áestudar o inglez, lomovn os seus vestidos. osabia depois, acompanhado ,1o general Bcr-Irand , do Sr. Las-Casas, ou tio general Gonr-gaiul. Kslas excursões eram todas dirigidas aovalle visinho: devolta passavam habitualmentepela casa do general Berlrnnd , nu então , aocontrario, começavam por esle lado e desciamo volle. Exploravam assim a visinhonça, visi-laudo as poucos habitações que ahi haviam :todas oram pobres e miseráveis. Os caminhosestavam algumas vezes impraticáveis; porémquanto peiores eram estes caminhos, o maisdiflieuldiidos haviam ú vencer, tonto mais Na-poloflo parecia gostar do semelhantes exenr-soes; era islo para elle hum simulacro doliberdade. A única cousa á que não podia lia-biluor-se, era o encontro das scnlincllas in-glezas, colloeadas ile espaço cm espaço, paraubsorval-o. .Nas suas excursões habiluaês,ndoptou emliin huma eslaeão regular no meiodo valle,

Hum dia que filo fez huma nova excursão

uo meio de rochedos selvagens, detcubrio Im-mu

pobre casinha, cuja porta abrio; cntmuem bum pequeno jardim todo esmaltado doIln.es ile goranio, que huma moça regava.Esta moça era morena e fresca cumo as suusflores; linha olhos a/.ues ile huma expressãotle bondade 16o graciosa , que Napoleão licntiarroba lado.

Como vos chamaes? perguntou-lhe.MenriqucuT, respondeo ella.Mas o vosso nome dc fumiliu'.'Brow.

Pa roceis atuar muito as flores '.'He todo o meu recurso.Como assim ?Todos os dias vou á cidade levar estes ge-

ronios, o vim dos Ires ou quatro Jpence quese me dá em troco dos meus i aiindlielos.

C vosso pai, e VOSSO mãi , o que Ia/ementão.'

Ai ile mim ! já não os tenho, respondeua pobresinlia com profunda emoção.

Nem hum parente !Hum único parente não lenho; sou in-

leiramcnte desconhecida nesta ilha. Ha Iresannos, meu pai, antigo official inferior duexercito inglez, e minha mãi partiram deLon-tires c trouxeram-mo paia ir njunlar-me, di-ziam elles, ú parentes que tinham na Índia , equo deviam ajudol-os ú fazer fortuna, Nós nlioéramos ricos: meus pais passaram por todosos trabalhos do mundo iifiin de ajuntareiu usomma necessária para fazer esla longa viagem.Porém, pobre de mim! elles nuo deviam che-gar ao Iim.' me,, pai morreo durante ti viagem,e quando o nosso navio arribou a esla ilha,minlia infeliz mãi snlTreo tnnlo que ulii nosdeixaram, Klln esteve bastante tempo doente,o jii não tínhamos recursos, quando, para darhum pouco ile allivio á nossa miséria, lembrei-me dc vender flores. Hnm negociante tlu ei-dada que, como vós, interrogou-mo sobro anossa íituo.çti.0, condooo-sc de nós; deo-nos

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190 ítliltCVU.I i)iMCÍIÍcil0C.

estu cal.ami, on le minha mãi rcsliihclccco-sehum pouco, e ahi vivemos, durante dotison-nus, do proiluclo desle pe(|ueiio jurdim. Iluhum .iim.., minha boa mãi, quu leve hiiinarecebida, obterá de Deos hum termo nos seusaolTrtmentea, Becommcn.lou-mu alk «pie li-vesse coragem, a vós o vedes, Sr., eu lhe ohe-ileço.

A tnoçu. depois du ler fallatlo desta manei*in, deafei-H em pronto. Durante esla curlnnarração, o rosio do Napolete aa linha riai-velmenle commovido. Palavras sem conncjãolahiram de sua boca, depois disse mais dis-lindamente:

— Pobre menina ! qne lizesle a Deos porá.sores aqui abandonada Uo miseravelmente ?Singular semelhança do deslino ! Como eu,ella mio tem mais pátria, nem família.... Jánão (eiu mãi; c cu.... perdi meu lilho.

E pronunciando oslas palavras , hum sus-piro tanto mais pcnivel, quanto mais tempoliavia sido concentrado, eacapoui-ie do peitodu imperador; elle occullou a cabeça entreus mãos. e grossas lagrimas desusaram-se deseus olhos. Sim , o homem qtk> n perda domais bello Ihrono do inundo linha achadocalmo e reaignado, chorou ú lembrança d

«»li iti . •.seu filho. Porém para ligo, chamando ti siIoda a sua firmeza., disse á moça:

Quero levar huma lembrança dc minhavisita ; colhei vossas mais lindas Dorei e fu/.ei-me hum iam alheie.

Ilenriquela lançou sem demora mãos á obra,o quando Napoleüo deo-lba em troco cincopeças de ouro, exclamou:

Ah ! grande Deos! senhor, porque nãovicilei mais cedo; talvez, nada tivesse fui tido uminha míli e ellu n.io morresse I

Bem, bem! minha lillia , eis o que sãobom sentimentos; eu voltarei a ver-vns.

En Ido olhando cem pejo paru as cinco pc-ças de ouro, Ilenriquela replicou:

Mus, senhor, nunca poderei riai-vos has-luiilus flores para huma lão grande lomma.

Não vos dè isso cuidado , respondeo i\a-jioleão sorrindo ; eu tornarei á \ir prociual-us,

E deixou-a. Logo que ujuntou ae aos seuscompanheiro! dc viagem , contou-lhes a suaihjicoherla. Parecia.feliz cm lor achado humadesgraça que consolar; c, desde esle i,is-lanlo, a jmen Henriquclu auguacnloe a no-iiieiicluliira especial de Longwood: chiuiu.u-sen.Yympha de Santa Helena, Porque, om sua iu-Umidade, Mapoleãn linha o costume rlc hup-liso* inscnsivclnicnle tudo quanto o ccrcaia;nssiiii a parlo da ilha que elle percorria em scikspasseios, não se chamava senão o Vallc duSilencio, O Sr. de Míileolm* em cuja casa mo-

rara em Itnors. chegando á Sanla Heleno,era o Àmphjfiao. () „,;.j„r »e„ visinho, deseis pés «le altura, chamaia-se o Çioemle, SirJorge Coekburn era designado pelo nome deSr. ahn.rantf. quando o imperudor eslava alegre 1 um» se linha ;', quoiiar-ia delle. nOo crumais do quo o lultarao.

Algum dias depois desla visita , RapoleBo,ao ve.slit-sc. disse que queria tornar á ver su.ípupilla, c opresenli.l-a aos seus peh. Acharama moça em cusa: ella linha subido , no inter-vallo de leiiT|)o(le«*oirido. o nome de seu bem-leitor; a vivamente comm..vida , não «le suagrandeza paaaada, mus dus auai desgraças re*centes, fe/. ao seu illnslio hospede , o melhor«pie pòsle , as honras ile sua pobre cabana. «•ublliluio ao pouco valor de ann hospitalidadea graça cun que n poi em pratica: apresentouligos, flores do seu jardim e uguu do ribeiro«lovulle, quo nascia uo seu mesmo jardim.Senhor, ditNM uliu á .Napoleão, vós o vo-dai, eu vos esperava. Dosgraçadomeule nAolui baslnnle á lempo prevenida de vossa visita,senão ler-vos-hia obsequiado com o Ihcsouroque me liavieiadado.

B <u teria reinado por semelhantes ce-renionias, replicou o imperador. Quando vierver-vos, não quero oulra cousa muis do qnevossa água que he excellente. lie com estacondição qua me lornareis a \cr. Além disso ,eu não sou senão lumi antiga soldado comovosso pai, c o soldado não lem sempre ú suudisposição ligos e água ; entendo disso algumacousa.

Desde esse dia, nunca Napolefio «guio emsons passeios esta direcç.io , sem- parar algunsinstantes diante da cubana de Ilenriquela'esla coiiiu á porta, ollereciu llie hum mag-nilico ramalhota, limita tusso ri'agna do ri-beiro, o depo s do responder graciosamenteil duas ou Ires plirases que sc lhe dirigiam ,o imperador saudava-a o continuava o seu ca-.ninho, conversando sempre com os quo oacompanhavam sobre o cxcellenle caruetor,.espirito c educação da joven ingleza.

Mo uni! i seguinte , Napolefio começou n sou-tir os primeiros sympUmios da moléstia ú quedevia -sucumbir mais larde. Ilenriquela, ntlovendo mais o seu bemtV-iti.r-, vem Iodos os-«lias á Longwoori informar-se rie sua suudc ; e ,depois de oiiliegnr o rainulbel.i á hum dos cria-dos elu casa , Imiiam bem tristemente para asun. Uniu dia , oonilmlo, que ella osluva sen-liiilii em seu jardim , ouvio o rodar de humncarruagem» Atravessou u estrada o achou-se-eiiificnlij dc Napolefio. Logo quo cila o en-caro ti, o rosto deste tomou huma expressão-do tristeza.

ÍHtllCVUA ik.10Uic1.0c. IO!Achais-iuo bom mndado.nlo be assim ,

minha menina! disse-lhe elle doe, mente.Sim, senlior, hu verdade; 11111» .gora

vossa inoge&tade vai restabelecer-se completa-mente,

Duvido, disso o imperador MeuHindo acabeça com ar da incredulidade, Todavia, ho-je, bem o vedes, qui* faier-vns btunn visita.

Iiesceo com effeito do sua carruagem, aapoiado aoliraco do grande marechal, ganhoua cabana. Munido sentou-ac:

Dai-me Imm copo d'ag:,a do ribeiro, mi-nha cara llenriquela. isso talvez mitigue o fogoque me devora.... aqui assim.... disse elle le-valido ambas us m.ios no peito.

A moça nppretaou se a obedecer. ApenasNapoloão bebeo, seu rosto, de contraído queestava , lornou-se sereno.

Obrigado! obrigado! minha querida li-lha, disse-lhe com bondade, eata água alli-vieu hum pouco meus solfiinienlos. Se en li-vesse bebido mais cedo , talvez .'... acerescen-lou elle levantando os olhos para o céo, po-leu, agora, já he demasiado larde..,.

I.nllio, replicou llenriquela .(Teclandodar alegria an sen soaio. quanto sou feliz purvos parecer boa e»la ngua ! eu vol a levarei tu-dos os din* : ella vos curará.

Não! minha cara menina, seria inútil,não me engano; be esta a ultima visita quevosfuço, eu o .sinto. Ha aqui \íuw dolore-eordo

qua ine inata ( c o imperador designava aillnirgi,) ; mas já que voa não tornarei a ver,quero deixar-vos huma lembrança minha. Quoposso eu dar-vos?

A'eslas palavras a moça não pode mais con-ter se, e desfazondo-seem lagrimas, cal.iu aospés do imperador, dizendo :

A vossa benção , senhor.Napoleão levantou-se, a abençoou Ilenri-

quelu com a gravidade que dá a fé, porquesempre teve as crenças que constituem o ho-mem honrado: assim morreo como clirislão,e guardou sempre lodo o respeito á sua mãi.

Desde este (lia, llenriquela não faltou emir religiaaamentea Longwood. Levava água dnribeiro e sempre seu raniallietc, mas lambemvoltava sempre mais triste; porque cada diatrazia neÜoius mais assustadoras da saudü doimperador.

No começo de maio de 182 1, que o sol cs-lava mnis bri!'.iíiiiIc (jue de costume e que maisalegre llenriquela se dirigia a Longwood , nhichegou ella com aquella esperança infantil quelhe dava huma secreta confiança nu ngua doribeiro de seu jardim. Tinham-lho dilo 110 diaanterior que o imperador passava melhor , esua iniaginaçfu. reconhecida havia creado im-

mediatament. hum prodígio, .• eslt prodinioera a cura de Napolefio.RIU chega.... mus, iulcli/! qnantoa reoíi-dade esteta longe da seus sonho. | Acha todo

o mondo conatenmdo, Desla vez temendo pelarida de seu. beinl.ilor, equerendo tornar úvi l-o ainda bun» vez . e dizer-lhe hum ulliumo*. pede paru ser admilliih,,, sua presença.Insta, supphea em vflo á principio; mas final-

mente suas lagrimas li in t«nte poder que ellahe iiflroilu/iila na eainora.

Kn este o momento soleumo em (pie Mapo-•«•lio, em seu leito da dor, rodeado demujteit,depois de longa prostração, se levantara sobrea cama, e pedira qne collocaaaem diante deseus ollms o beste de seu nibn eque Ihoubris-sem a janella que eslava no lodo da França;depois, lendo dirigido sdeoses tocantes á estacara pátria, o delírio apoderno-se do sua ca-beca , seos membros eutesaram-se pelas con-vulsões, os olho» tornai am se fixos e ouviram-se ainda sahir de sua boca estas palavras inar-lindadas: França!... mru /illm! i; nada mais:Napnludro linha cessado du viver.

A' eslns palavras, á esla visla . as flores quea joven menina vinhi oflfarecerescapam-se ib<suas tnfuis tremulas ; ella mesma cabe de jue*Ihos; depois, fazendo Imm esforço, procuraBgarrnr a müoqueNapuleBo lem fora da cama,sem dtwida paru netk repousar seus lábios....nua immetliul.mente sua cabeça inclina-se,sua boen perde a còr, suas palpebras loi mim-se pesadas, e ella cabe docemente no pé duleite cumo suecumbinde a hum somno ine-sistivel....

llenriquela nãu tornou a despertar;

Saint-Hilaire.

Utilidade dos puxões dorcllia.

Deixemos fallar a philanlrnpia do século .cerlaa-anliguolbas que o sncutejer dos leniposvai lançando fora da redoma dos usos, merc-ciam mui bem as honras de huma relnibilila-eõo. Kín parÜcular notaremos o louvável cos-lume dos nossos honsinaioics q«ie puniamnas orelhas certa casta de delidos. O abtuidu-no em que cubro tão uhl receita nos ía. bojover e lastimar graves erros e gravíssimas rein-cidoncias : a necessidade de lão heróico roíllü-diose tem loi nado palpitante em liuma épocade negligencia e perda de memória como nnossa; liei lo nos seja portanto advogar poi.hnm pouco a causa du mais infallivol panncêa .

19* iiltncvti.t lUacilicucc.Que!.'' (dit-uoslia Ioda Bgastada alguma »,.-•

i.hnr.. th, (um) au>ti aconselhar que se nos ptueu*ofí/Aa»! ? _ ,\â0% un0t miiiiin senborai nuncaseriamos de voto que »., maceroasa o vossocorpo melindroso- bem basta os sapalinbns,o colelo e os espartilho»; « sobro Imlo as ore-lhas! basta que rósmesmas os fureis com bomforro quente para dopendurardes lindaateteias,.Não vos tomois p„i» de bum receio pânico,Isto não he comvosco, nem c»m os vossos li-llios, pobre» criança»! (Au in,irlvii»ados jij.or tantos modos, quo vós mui bem sabei».Isto be eomnosco, be cornos ináos dus ho-meus.

\ olho como a terra he este santo expedicn-le ; o Adão qne como .fiz In Fonlain» foi iu-cumbido por Deus da tarefa du nouuador, usoudelle peL primeiro res, quandoo burro (quoentretanto be sempre o mesmo) se esqueciatlu nome que lha coubera cm partilha: o factobeque as orelhas do pobre animal passambojo em provérbio. O Doos Apoilo, insul-lado pela injusta sentença do desastrado .Mi-tias quasi que atinou com ello : não lhe puxouas orelhas ho verdnde; mas transplantou-lhepara a cara as de hum jumento| emfim pu-ni,»-,, nas orelhas. Ue digno tio observar-sequo os Latinos cuja lingua levo nilo pequenadoso tle sal allico chamavam a ponta tia orelhasedes memoriae; nWo porque julgassem ellesque a alma abi era domiciliaria, pois quo hebom sabido qua nos mil boleo*. a mudançasque a philosophia houve por bom intimar ápobro alma, nunca por laes tlistrictoa a qui-/.eram. Oquo islo vem ducr lio qno buni pu-.xão de orelhas bo optimo estimulante paru amemória, li nüo pareça estranha esta opiniãopois que lie fado reconhecido que basta humasimples fricção na lesta para tornar presentehum nome esquecido, huma dala apagada.Hum professor conhecemos ...is quo cumpri-mia as fontes quando buscava lumbrar-ae doalgum termo que lhe não oceorrin, c quasisempre com b„m exilo. Us lubnquistns dizemínai-uvilhas sobre aeIBcncin da liuma piladaem ca/.os taes: remédio iuulil, e que t.s maisdas ycz.es produz o mesmo achaque, Uoni-jo-pulhia emlim.

Quo do males so nilo teriam eriladn comesta rtipidn o simples applicaçho! t1 Quo do1 rrus, se não feria,n sanado coin ella 1 i1 feriaHercúlea por ventura recebido a túnica falai,se quando Iraqueou por ümpliale Ilio liouvos-sem rijamente esfregada as orelhas? TeriaSausãi, perdido a sua força o poder, se lheuppIicasBt-in a louipo o mosmo castigo quando

cedia a Delile! Teria Napoleio confiado naphilantropia Inglesa, sa podesse tor bum lallembrete quando lhes entregava o seu dinliei-ro. Mo b trinta roses nlo! Teriam lanlo» Im-ps redores Romanos, lanlo» monarebas , lan-los generais cuhido tob 0 punhal, so os houve»-sem -castigado assim, logo qoo deepresavamos primeiros indicio»? NSoe mil vezes nao |Portanto noa sconselharemoa sempre lãt»salutar especifico: e oru» se amofinem nos-co os nossos leitores. Quem ha quo não me-roça hoje algum puxão de orelhas/ SerOo es-sos legisladores tle leis canhotas e olgorvias,itnpralicadas a impraticáveis? Serão esses fa-¦«dores de liberdades vesgas o idiotas, as quaesvivem sempre com achaques de apoplexio, outle rheumalisuio? Esses grande» socialistas,cslutlislas, e economistas que empenufio ns'nações nlú os cabellos e que teni já devoradoO que competia as gerações vindoura.'.? Serão osnbvsní.ísos philusnphoa da época quo vão já soesquecendo do banqueta de sangue, da laçodo erros o loucuras quo apresentaram ao m.in-do em 179o? Ajincadamenle não. Senmesmo S. Pedro foi digno de bum tal castigopnr negar a sou divino mostre , depois do lersido advertido, a de ler, nüo pochado, mascortado o orelha do Malco; se Luiz \1V, ca-l.eça de bum século glorioso mereceu fro-qui.-nleinenlo d'estns lembranças, como noseximiremos nós, filhos du hum século orou-liuisi. o embriagado}

ü» tulenlos mais respeitáveis não podaramescapar a tão justa punição: Ovtdiopelas suasleviandades. Shakspearo pelos se us anaebro-nismos, livrou pelai suas iucoherencias nopl.rasi', llarduin.i pclnt suas opiniões extra-vnganlemenle temerárias, e lemerariamenteoxliitvagnnles.ócc. Perguntai á critica francezao quo pensa tlu autor de. \otre Ditme de Paris, overois: pergunlni a Hor..riu o quo pousa eiledos quo erram sempre uMiuma mesma cousa,Chorda oberrut eadem ,* perguntai-lhe o que de-sejarin fazer uo buni IJouiero, quando o ve"loscnnejando, u verois que milagroso romotlionão seria humpuxilo tlu orelhas. — Se a muitossil puxasse de vez om quando as orelhas, ellesas não torceriam depois sen deilar sangue.

Leitor, usai portanto deste myslico reme-d-o que vos lembra buni. que I alves bem deliucareca, o quiçá pur ter escrilo estas linhas!A. SI.

ÍHiiicrtM tívaoilicncc. 193

Conccilo de M.i'"Galvniii.

Km o dia s; do mez passado livcmos asa-tisfuçuo tle assistir no Ilu ali o do S. Pedro doAlcântara ao ooneerto uiusical, executado embeneficio de M.'"# Galvani, professora assásncrodilinla nesta capital. O concurso foi has-taule numeroso c poucas vagas se notaram, seu-do por aqui sensivel o progresso quo entre nósfazem de dia cm tlia as liellas-arles. e um parti-cular a musica, num dos talentos dt, nosso paiz.Infelismente n.io foi muito apurado, nem nemdisposto o concerto quanto á variedade •¦ es-unIII i das peças; porémquaulo ao pessoal leveo publico o prazer de ver remidos alguns ar-listas de merecimento qua n.io são estranhosaos applausos. A Sra. Noiigaret foi (talvez porser hospedo ) a coroa desta funceão; assim odecidio o auditórioi c a Sra. Candiani quea lias desenvolveu lodo o seu oncanlu, e quefui saudada pela plaléa com aqucllu acolhi-incuto do costume, n.io recebeo iguacs ova-ções; e houve quem altrilmisse a isio humleve descuido quo to»e ao retirar-se pula segun-da vez, n que ini mui severamente reprehen-didn por huma folha diária. A' Si as. Del,nas-Iro e Depcrini estiveram mais que soflriveis, 6notámos qua o publico ficara bastante salisfeito, Us Srs. Massiaui e |\ÍCCÍ houveram se comsullicionle animação e vivera no desempenhodu duelo da opera Chi Ia dura Ia ríttfc. OsSrs. Finrilo e Groniani agradaram geralmen-le, esle nu duelo .Yína Possuo aquelle no ler-Ci to da Seiniraiiiide. A ária de Beatricedi Ten-laexecutada pela Sra. Candiani esteve excel-lente; c, ainda o repelimos, farin as honrasdo concerto ti nfto ser „ eppariçflu da Sra.Nongarel, talento feiticeiro, artista cujapresença aiilicipa e previne ns applausos. Ilefacl" qne a cai atina'ds Cruiin Coara executadapela Sra. Nongarct, sendo aliás mui bella, nâohe lá Mo diilicil que a Sra Candiani possa ti-nir dnhi máos indícios a seu respeito,

M.'"* Galvani impossibilitada por moléstianfto ponde dar toda a expansão á sua voz eporisso parecia eila imprópria para lão vastasul In, O publico reconhecendo o merecimento<la beneficiada a animou com justos applausos,inda em despeito da desordem que reinou nohi'ii concerto, o da falta, aliás grave, das duasimnphoniut protnullUlns, as quaes se subsli-tuiram por outras. Concluiremos tecendo en-comios ao dislinclo artista M. Heinc-rs (jueexecutou na nova flauta de linchem algumasvariaçftcs sobre a cavatina de Anna Bolena ; auria exculailu ilo neocoi não agradou h todos;

.piantu a nós ficámos haslanlr salisleilos, :it-tentas us dilliculdades do novo instrumento.

T.fc

Animes dc Medicina Ikasileiia.Muito folgamos ter occasião de aimunriar

aos nossos leitores o apparcciiuento do jornaltia academia imperial de Medicina desta còr-le. Ksla sabia associação, que ú medicinabrasib-ira bastantes serviços* já lem prestado ,achava-se privada, do teu periódico ha maisde hum anuo; o que certamente ||*.- devia sernocivo, visto ser este o melhor o mais adeqoa-do vcliictilo para tra/.er ao conhecimento ,b*publico os seus trabalhos. Causas imprevistase ineommodoi do redactor nomeado, « Dr.Paula Menezes, causarão a cessação da /.' .»Medira llrasileira, e em seu lugar apparoeuhoje os Aunsuu dr medicina brasileira, sendopara isto nomeado redactor, na sessão de 5de Abril dn corrente anno, n Dr. Franciscode PaulaCandido, Nós, qua criámosn primeirojornal da academia, c que por muitos innoSo suste,,lámos, nâo podemos deixar de muitonoa allegrarmos ao ver, que u corporação, áqual nos honramos pertencer, vai de novo cm-prohontler esla árdua e ulil tarefa , toda eilaem proveito da sciencia e da humanidade.(I Dr. PaulaCandido, medico da caza imperiale professòi de physica da escola medica Ilu-minense, offereee todas as garantias possíveispara o bom resulta lo desta empresa, e lie duesperar, uão só (pie Iodos os seus collegas 0coadjiivaráo, mas lambem (pie elle, nuncadeixando esfriar o seu amor e dedicação pelasciencia, que cultiva, faça apparccer Iodos osnúmeros, qne se seguirem tão bons a inleres-sa,ites como esle primeiro, qne agora acabade sahir ;t luz.

Br. Maia.

Os Dous Walriui.niios Muilo-grados.

Com esle titulo acaba de ser publicado liumInteressantíssimo romance, escripto pelo nossodigno collega o Sr. Dr. José Manoel Valdez yPalácios. 0 romance fôrma parle, como episo-din, da grande obra — Viuyrm ile Cuzro — aqual se acha já muilo adiantada. Ilasliuite acre-ditada hc n penriíi do Sr. Valdo/ para qne Iho

19/4 iHincvu.1 ücaoiltcnoc.lhe possam ser uleia as linhas que poderíamosescrever em abono tio sua rccenle pro«Jocç..o:a Minerea Hrasilitnte |,-i„ p,„ *Pzes brindadoM seus leitores com ns cxcellcnios artigos tpielhe lem comnuiiiicado o Sr. Dr. Valde/; porelles e pela narle da sua obra que jíi está pu-bliradn, poderão os leitores ojuitur do inere-cimento do romance que lemos a satisfaçãode recommentlar-lhes. II mm historia senti-mental onda a virtutlo resplaiklece em coresmelancólicas o suaves s onde as emoções maispuras so succetlcm com arte, oiulo lasta» cs-mo eu, uniu Im* impregnado tle buma sensi-liilidado inaviosa enlevae oiüristece ducemento« espirito; onde o interesse expira com a ul-lima palavra, deixando n'alma imprcssücs «lu-i.iiIuiii.is- eis aqui o livro rui.- nos apresentao Sr. \ tiltlez, livro que recominemlninti» aopublico. esperando oceastoo opp«„ luna paraanalysal-o mais extensaincnte.

Convocação.

lium dos Brasileiros mais zelosos pela glo-nu e prosperidade do seu pai/, nos envia deBerlio o seguinte •ppelLrj ao patriotismo na-cional,

«p Bbisilkibos. —Até agora a nação brasi-letra nlo tem posto outro monumotito tle gra-lidão ao defunto imperador 1). Pedro 1 senãoaquelle sentimento tle amor e de veneração,que inflamina e que deve inllammar qualquercoração patriótico.pp As paixfles que d'antes se levantavam con-tra o reconhecimento do tamanhos benefíciosconferidos por aquelle augusto soberano á na-ção Brasileira já são extinetas, e geral be osentimento de gralidão para com elle.

pp Pareço então ser o tempo de dar corpoaquelle espirito de reconhecimento, e nós,que lemos visto o que fez e o que padeceo ofundador do Império Brasileiro, nós todos te-inos a missão tle erigir para nossos filhos hu-ma testemunha substancial e duradoura denosso amor e da nossa a ri mi raça o.

' l'0'.'*.- Pfit','° I. qoo erigio o Império doBrasil, foi elle, quem llie deo huma constitui-Ção debaixo de cujos auspícios a felicidadepublica fez rápidos progressos, foi elle quemintroduziu o nobre povo dos Brasileiros entrea guinde familia daa nações;, elle der.-llie estadigna posição, na qual.para sempre ha dc ficarni.gmenlando em felicidade eglorin, em q-ianlofizer uso próprio daquella dádiva immortal.

. K*to sentimento de apreço th, q„e I). P,..dro | fez para nó» todos sedo universal, nãosou senito o interpreto ,1a» vossos opiniões seperlendo, que he l,.,»p„ ,|„ ,-„,. ,- „.„ im,moria tal testemunha jW.r necçilt, «V A-,,,,,, „,,,,„,.»i huma da* frutas publmii da metrópole tl„ ,,,,.perio.

• Appello enlão aos corações patrióticos doIodos os Brasileiros, propomlo-lbcs queso facabuma stibsciipçãti publica para este lim ,-i„Iodas as provincias do imperio debaixo dudirecçãodascamara» municipaes e recolhendo-se as sommsis suliscriplas e de Imitiu vez pa-gas para o Ihesuurn publico á disposição deluima comiuissãn, composta do K\ii». Sr. mi-nislro do império e de mais quatro individuosiiomi-.dtvi no Rio tle Janeiro pela maioria doisul«cii|ilores tle sominas não menores do4o«**)oooou pelos seus procuradores, devendoos escolhidos para tal commissão ler assignadupelo menos a soinmu de aoo^MW cada hum.. Hum dos mais celebres meslres da artesculptoria de dono século, o cavalleiro deSehwanlhaler, famoso pelas grandes obrasproduzidas pelo seu gênio, o qua ornam amór parle das praças publicas dai cidades tiaEuropa (i) em rciuiniscenciu dos seus grandeshomens I tributo que com cada dia se lornamais gerai) a minha requisição tem feito dousesboços, tle huma estatua equestre e dc humaa pé parn vossa escolha.

• Ponho enlão debaixo de vossos olhos osdesenhos destes esboços, que São para esla-luas fundidas em cobre como lioje geralmentefuzem por sollrer mudança nenhuma aindamesmo em mil annos nem serem expostas aquebra como as de pedra.« A estatua eqüestre duas vezes grandezanatural custaria (iõooo lloríni ao cambio dea&, 5o contos do róis com pedestal, funda-mento c tudo, poslo em pé pelas pessoas quea acompanhariam alé no Bio ; e a pedestre Iresvezes grandeza natural 4aooo llorins ao cain-bio de a&, õ.í:Goo«J3ooo. —A complelação debuma destas estatuas levariu pouco mais oumenos dous annos e meio,

pp Convido pois os vossos nobres coraçõesá escolha e ásubscripção. He objecto tle pun-dunor brasileiro a erecção deste monumento.Bem sei, que não so pôde appelia r a estesentimento sem ser ouvido com benevolênciade todos os meus compatriotas.

«Ainda devo advertir a grande importância,qne hum tal monumento grandioso e da mão

M) JaMSiiriim da» suu mio, mais de 30 estatua» er-uc.trei .lebrouic e ,',0 de mármore, toils» colouae» ; e «Uo m fundindo agora«•«tattt»! fcitta porellç a, do dcfonlo rei .1» Saccia o ¦ de navari», quelem .8-1 ihm dn roínnrímanlo Inl-t .««.I», i .„_: ...»_ .Jí__ . ._.„„ |,„, „„„ „, uv UUIUII(U l(TI ,,„ oBêjca c a Uf n-.iv-.iria, quatem 51 pejd« comprimento tottd, icndo juiaiui-i-tttu.ua tle acom

produaid» peli arlc, modem».

JHtucvü.1 •tictoiliciioc. 193do primeiro meslre da arte devo ler sobre odesenvolvimento de luun gosto nobre e pi.rolia iiioeidndc dedicada ús arles. lornniulo assimíhIjIIi.i Ini.i.le em vanlagem ,1., industria do

(mu como irmão inseparável dus artes; Iam-

>em valo a pena notiir. que n quarta até aterço purlr tlus soiitmos i.ou.eudu» ficara nopuii pela obra ile pedra pura os pcileslae*. .

• Munich . . S .le novembro du iS-**',. •

Ilu. li.'.,MM IRO.

Novo mclliodo dc preparar o fia-«lilho dc seda.

Us casulus de luxos dc seda servidos ã pro-pagai-f.o da ruça não podem te desfiar porlerem sido furadoa |>eíu borboleta que dellas*ah<\ São porém utinsadea, rasendo-ae dellaso fiadilbo de que dão a mais bella qualidade.

Para isto cortam-aa os casulos ú tesoura elira-se-lhe o invólucro tia eí.rvsulidu e a pelledu lug.irln m-llescontidos; suo fervidos tlepoisem nguu quente, mechendo se, e tle quandoem quando lira-se a maaaa <la caldeira, a ba-te-se rijamente paru privai a tia gom.nu, tpieadhera os lios th. cnsub. huns aos oulros. Dc-pois tle repetidas betedusas faz se. secar o fia-.lilho que resulta desla operação para se pòr,i venda.

O liadilbo assim preparado he duro em ma-ranbado a sempre mui designai ; muitos ca-miIi.s não licuin aofficientementa privado» tlesuu gom.nu, para poderem ser cantados semgrande perda.

Para se prevenir lac-s inconvenientes, e pnrase obter lium lia.lilho assa* homogêneo e quefacilmente se deixo caedar, procede-se tlu ma-neira seguinte:

Lavados os casulos e melliilos dentro <l'|inttisacco tle linho I.ranço, mergulha-se n'ugua combum peso que o comprima.. Os casulos assimeu,bebidos pelo espaço tle 94 horas são muitasvezes espremido» pura serem, privados de suaágua suja, c desla maneira iicum em, parlelavados.

Tirada a massa do sacco e pela ultima vez es-premida, he posta depois em huma caldeiraquo contenha huma dissolução fraca do po-tussa, lle mister cerca de meia onça de po-li.ssa pura hum litro dágua; a dissolução oulixivia marca então quasi dois grãos do arcoine-tro de liaiiiné. Pode-se, querendo, servir-sede.huma lixivia tle cinzas dc igualforçn.

Faz-se fervor o sneco c os casulos nelle en-

cernidos, po. huma hora, havendo o cuidadode culcar en, cima de quando em quando pauque todo» os eaaums se sinbebam tgnabtaeaie.

Islo feita, lire-eedn fogo , leva-se em águapi.ru até qne eslu teia límpida, e entoe só re»-larã espremel-o n mais poasitel para piivul..tlu água eoiiiiilii no» casulos, os qoact toe pos-loa a seccar no sol em hum (orno.

Secco» oa casulos, fotinum pequenas mas-sas, que com facilidade se abrem entre osdedos , ot. por nwio tle luun sctloirn.

Bali maneira tle preparação nüo lii a n ledanenhuma tle suas qualidades , conserva seulustre c sua fona ; u diminuía quantidade dopotaaaa eiapregada, somente infue o glútenque a pega huns lios aos outros; ella o .lis-solve em grande parte c deeeolora au mesmotempo a seda amarella , cujo Dedilho torna-sepor conseqüência da biim amarcllo mui pai-lido.

-\. (uuv vives. I). SI.

Diamante, da Coroa de França.Debaixo desta denominação comprehendo-

so todas us jóias tpie fuzem parle da dotaçãomovei th, coroa, u entre as quaes so distingueo ffsgmlrde pozo tle ..ítj quilates uvaliado emisooo.ooe-fr. A grandeza desta pedra , o (üi-hulho perfeito .Io sou lavrado, a pureza dusoa anua, suu transparência, a viracidade uo brilho que pessue, fazem desle brilhanterelebre buma tlus obras primas da naturezalossil. O primeiro inventario geral dos dia-munles, peroluse pedrarias tlu coroa foi feitodurante o império era iHio: voltando dsGand,LuisXVIII fez proceder a bum exame desteinventario-, iodas as joius e adornos foram des-mon Iodos, e os diamantes, peroluse pedra-rias que continham , foram pesados e lo ados:achou-se que essas jóias eram em numero04.81a pesando 18701 quilates-, eno valor do200,00. *Co IV. O novo exame a que se proce-deo em conformidade da lei de a de marçode 183a sobre a lista- civil, e que foi executadopor AI. Bapsl e La/urre, joulhciros da coroa,apresentou o mesmo numero o o<mesmo pesoo avaliação. Entre toda. essas jóias distinguem-se: a coroa- com õaoey.brilhantes, ..'(. dia-manles rosas, o 5o saphiras, no valor du• 4."os. 788 fr. ; hum adorno completo con-tendo 21 oo.pérola» c õso-diamaules rasas, novalor de 1.165,1G5 Ir.; luun crachá ila ordemdo Espirito Santo com 443 brilhantes, no va-lor de SBJ.966 IV.; outro adorno completocontendo S90 rubins, G042 brilhantes c 5*2

190 itltlICVUA UlM8Í(ÍCU0C.

..... i.i.•• rosas, no vulur de .">.,Y ;..*> I,. ¦ bn-lão do ebapda com s i brilhantes uo valor de*4o.;go ir., c\c.

y Vlctor lítigo.

mui dislinclo poete II. VktorRam acabade ser nomeado par de França. \ enficou-aaemfim essa nomeação du quu ha muilo selalluva , e (pie tanto luuua | quem ., nceheo««.mo .1 <| i in a conferiu. Porém, se esla no*iicia nos i o. In-,i d... pruer a mis ••ii.ni-.--ii,.,Innginquoa admiradores desse belln talento,lambeu nos cspoiia a lembram a «los milha-raa do sacrifícios inúteis, (pu- »ã« nrrraaario»no nosso paiz para chegar-se a hum grão maia..ii menoaelevado, eunliio recubor acorda domiirtvrío..., o cscurneo.u inveja.... <> olvido..,e a esmola I

Novo anti-iiiflaiiiiiinvcl.

O barão Cm los Witlersledl dosouhrio humaespécie «le amido que empregado sobre u tar-ça, n mussi-lina, nu qualquer oulra eepectede tecido, á maneira da gnmma onmmum ,os torna q&asi incombuslivais. Su os pannoaassim preparados chegam a arder , n próprio-liado aiili-iulliiminavel desla matéria he lal queellaa não produúrSo chammas. Demais esln|).e|)a.nção do nenhum modo ataca os tecidos,nem lhes rouba nada de sua belleza.

A guarda morre c não se eu-trega!

Lê-se na Illuslraçâo o facto seguinle queachamos siiminamente curioso: — sPalla-aede huma contestação assás singular. As famosaspalavras: A guarita morre e Mo « sufraga / sãoaltribuidas por alguns historiadores coutem-poraneos ao general Cambronna , n por ou-lios ao general Michel, morto emWatorloo úfrente d'hum regimento da guarda imperial.Aviava eoslilhos do general Michel contestamá cidade de Nantes o direito de fazer gravareslas palavras históricas sobre o monumentoque ella eleva á memória do Camhi-nnnc. Areclamação já foi dirigida ao ministro do in-terior.

xslolÕCS.

A bailarina Aula.» que v»ia duzentos annosontea d« Jesus tihri.lo oro Ifio gulcsa que co-mia ii eéa dai libras de ctune, com doze pães.a Mia Ires cnna.las do vinho, filio, outragrego famosa «lesoliava os homens a bebera ns vencia a comer. Theodoro rafam que hu-ma mulher da Sv ria comia todos nsdins u-inlanilinbaa, a comtudo sem podur fnrtor-ae ;Miicudoniu» foi (piem a curou desla moléstiafaxendo-a beber água benta. Phagon coi idiante «Io imperador Aurclitmohuin jauili in-loiro. hum carneira, hum luitão rom cempães. bebendo á prop«.rç-|«>. OimpernilorCIau-din Albino comeu hum dia uo almoço qui.nhentoa ligos, com pocogm . dez melftea, qun-ronta oalraa, e muilas uvas. u atldola Milr...du Crotona conioo hum dia hum boi todo in-loiro . depois de o ler carregado longo tempoás cosias. O imperadorMaximiliano toriHwaeUu» gordo á força do comer qna os hracolclesde sua mulher serviam-lhe de anncis.

Cha radas.Tu que distas do sol hum gráo somenteHuma terça menor formas cmiimigo. iQuaai todos por mim julgam das cousasB so eu mudo inda as cousas permanecem a

TODO,ü tempo hu quem melhor sabe appUcar-me.

8a ma buscas no moiu do começo,i\o começo do meio lias de encuitrar-mo íU sceplro sustentei da Unbylonio. ¦>

TODO.

Alguns annos demais.... Lanças-lc á arena :Terás prazeres.... Durarão momentos.feras angustias... Durarão p'ra sempre, (ba.lium passo... dois... maia outro—eis-te na tom*

Coirecções ao n. 11.Na pagina 154 columna a." onde diz 1835-30

lèa-se i -35- 5tí.

Na pagina 1G4 columna 2." onde diz Pom-peu l«Ja-se Pompoii.

Muilas outras incorrecçôes escaparam sobreludo na capa, por incúria dos Ivpographos :para fazer cessar este inconveniente, a redac-çao da Minena Itrasiliense procurou huma ou-tra lypographia donde a folha podesse exlra-hir-se limpa dos erros e senões que a inacu-lavam .


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