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Dra. Julia Harfin

Date post: 30-Jun-2015
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1 1 - Dra. Júlia, em um freio la- bial fibrótico, é necessário a remoção cirúrgica do mesmo? Se afirmativo antes ou após o fechamento? Luis Antônio Peloso A necessidade de remoção ou não do mesmo depende da altura de in- serção e da idade do paciente. Em alguns casos realiza-se antes do tra- tamento ortodôntico, porém em ou- tros se sugere realizá-lo 3 ou 4 me- ses antes da remoção do aparelho. Em outros pacientes ocorre uma adaptação que não requer a sua re- moção, como se tem demonstrado com os casos clínicos. 2 - Qual a sua conduta nos ca- sos onde o paciente perdeu prematuramente os primeiros e segundos molares inferiores permanentes em quadrante, havendo uma distalização dos segundos pré-molares por in- terferências oclusais e mesial- mente a estes o osso está atrófico? Merian Lucena de Moura Leiros O tratamento deve ser multi e interdisciplinar. Deve-se planejar Entrevista R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 5, n. 5, p. 1-5, set./out. 2000 Júlia Harfin juntamente com o protesista qual é o lugar mais conveniente para se po- sicionar os dentes remanescentes de acordo com o tipo de reposição pro- tética a ser realizado (implantes ou próteses convencionais). Em alguns casos pode-se distalizar o segundo pré-molar até a posição do primeiro molar ou optar pela colocação de um implante na região posterior que aju- de a ancoragem, quando estamos frente à ausência do terceiro molar. Em resumo, o segundo pré-mo- lar pode ser mesializado ou distali- zado de acordo com o plano de tra- tamento realizado. 3 - Em pacientes adultos com diastemas generalizados na re- gião anterior e portadores de hábitos bucais deletérios, como por exemplo o pressionamento lingual atípico, que tipo de con- tenção a doutora utiliza? Os resultados obtidos com fonoau- diólogos são realmente eficazes e definitivos? Merian Lucena de Moura Leiros Nestes pacientes a contenção fixa é a ideal porém em alguns casos não é suficiente. Têm-se observado recidivas de mordidas abertas apesar do pacien- te apresentar-se com contenções fi- xas no arco superior e inferior. A correção do hábito de interpo- sição lingual é fundamental. O tra- tamento fonoaudiológico deve inici- ar com o fechamento da mordida e a colocação do aparelho fixo, e deve A Dra. Julia Harfin é uma das personalidades atuantes da ciência ortodôntica internacional e integrante do comitê Executivo da World Federation of Orthodontists. A professora é titular da Facul- dade de Odontologia da Universidade Maimónides e presidente da Associação Latino-americana de Ortodontia. A Dra Harfin tem feito visitas freqüentes ao Brasil para participar de cursos, simpósios e congressos. Aproveitando uma dessas ocasiões, a professora Julia concedeu a entrevista abaixo para participantes e professores do Programa Excelência na Ortodontia. Segundo o Dr. Cléber Bidegain Pereira, um dos profissionais brasileiros mais bem relacionados na ortodontia latino-americana a “Dra. Julia Fiedotin Harfin com formação científica na ortodontia e periodontia é eminente professora e tem intensa atividade na clínica privada. Semelhante a outras grandes personalidades da ciência, é transparente e sincera. Como poucos, acumulou vasta experi- ência em tratamentos ortodônticos de pacientes adultos, os quais, geralmente apresentam, concomitantemente, problemas periodontais. Reúne, portanto, todos os predicados para que sua entrevista seja uma glória para os leitores da Revista Dental Press.”
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1 - Dra. Júlia, em um freio la-bial fibrótico, é necessário aremoção cirúrgica do mesmo?Se afirmativo antes ou após ofechamento? Luis Antônio Peloso

A necessidade de remoção ou nãodo mesmo depende da altura de in-serção e da idade do paciente. Emalguns casos realiza-se antes do tra-tamento ortodôntico, porém em ou-tros se sugere realizá-lo 3 ou 4 me-ses antes da remoção do aparelho.Em outros pacientes ocorre umaadaptação que não requer a sua re-moção, como se tem demonstradocom os casos clínicos.

2 - Qual a sua conduta nos ca-sos onde o paciente perdeuprematuramente os primeirose segundos molares inferiorespermanentes em quadrante,havendo uma distalização dossegundos pré-molares por in-terferências oclusais e mesial-mente a estes o osso estáatrófico? Merian Lucena deMoura Leiros

O tratamento deve ser multi einterdisciplinar. Deve-se planejar

Entrevista

R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 5, n. 5, p. 1-5, set./out. 2000

Júlia Harfin

juntamente com o protesista qual éo lugar mais conveniente para se po-sicionar os dentes remanescentes deacordo com o tipo de reposição pro-tética a ser realizado (implantes oupróteses convencionais). Em algunscasos pode-se distalizar o segundopré-molar até a posição do primeiromolar ou optar pela colocação de umimplante na região posterior que aju-

de a ancoragem, quando estamosfrente à ausência do terceiro molar.

Em resumo, o segundo pré-mo-lar pode ser mesializado ou distali-zado de acordo com o plano de tra-tamento realizado.

3 - Em pacientes adultos comdiastemas generalizados na re-gião anterior e portadores dehábitos bucais deletérios, comopor exemplo o pressionamentolingual atípico, que tipo de con-tenção a doutora utiliza? Osresultados obtidos com fonoau-diólogos são realmente eficazese definitivos? Merian Lucena deMoura Leiros

Nestes pacientes a contenção fixaé a ideal porém em alguns casos nãoé suficiente.

Têm-se observado recidivas demordidas abertas apesar do pacien-te apresentar-se com contenções fi-xas no arco superior e inferior.

A correção do hábito de interpo-sição lingual é fundamental. O tra-tamento fonoaudiológico deve inici-ar com o fechamento da mordida e acolocação do aparelho fixo, e deve

A Dra. Julia Harfin é uma das personalidades atuantes da ciência ortodôntica internacional eintegrante do comitê Executivo da World Federation of Orthodontists. A professora é titular da Facul-dade de Odontologia da Universidade Maimónides e presidente da Associação Latino-americana deOrtodontia. A Dra Harfin tem feito visitas freqüentes ao Brasil para participar de cursos, simpósiose congressos. Aproveitando uma dessas ocasiões, a professora Julia concedeu a entrevista abaixopara participantes e professores do Programa Excelência na Ortodontia.

Segundo o Dr. Cléber Bidegain Pereira, um dos profissionais brasileiros mais bem relacionadosna ortodontia latino-americana a “Dra. Julia Fiedotin Harfin com formação científica na ortodontia eperiodontia é eminente professora e tem intensa atividade na clínica privada. Semelhante a outrasgrandes personalidades da ciência, é transparente e sincera. Como poucos, acumulou vasta experi-ência em tratamentos ortodônticos de pacientes adultos, os quais, geralmente apresentam,concomitantemente, problemas periodontais. Reúne, portanto, todos os predicados para que suaentrevista seja uma glória para os leitores da Revista Dental Press.”

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continuar por um tempo prolonga-do logo após a sua remoção.

A não correção total do hábito é amelhor razão para a recidiva.

4 - Dra. Júlia, quais os objeti-vos principais em um trata-mento de paciente comprome-tido peridontalmente, já quenestes pacientes as forças de-vem ser exercidas com muitacautela e, conseqüentemente,os resultados serão limitados?Paulo César Maia

Os principais objetivos são man-ter e/ou melhorar a saúde periodon-tal de nossos pacientes. Em muitasocasiões esta situação faz com queos objetivos propostos sejam limita-dos pela quantidade de periodonto deinserção apresentado pelo paciente.

5 - Dra. Júlia, quais os cuida-dos pós-tratamento devem serobservados em um pacientecom problemas periodontais?Paulo César Maia

O contínuo controle periodontalantes, durante e após o tratamentoortodôntico é a base do sucesso. Osmaiores fracassos observados ocor-rem quando o paciente não realiza ocontrole e o tratamento periodontalcorretamente.

6 - Dra. Harfin, ao iniciar o tra-tamento ortodôntico em adul-tos com o periodonto de sus-tentação reduzido a grandepreocupação é saber que tipode movimentos devemos rea-lizar para que não se agrave acondição periodontal? ÉricaCortez de Barros

Neste tipo especial de pacientesdeve-se inicialmente realizar o tra-tamento periodontal correto. Umavez que se tenha reavaliado o pacien-te, os movimentos ortodônticos po-dem ser iniciados. As forças empre-gadas estão em relação direta com aquantidade de periodonto de inser-ção apresentado pelo paciente. A ati-vação que se realiza em um pacien-

te que apresenta 80% de periodontode inserção não é a mesma quandopossui somente 20% do mesmo.

Deve-se evitar grandes movimen-tos de intrusão e torque, pois são osque tem a maior possibilidade de in-duzir a uma reabsorção radicular.

A condição periodontal não seagrava na ausência de placa bacte-riana e bolsas periodontais passivas.

7 - Dra. Júlia Harfin, porque asenhora preconiza o uso deamarrilhos para o fechamen-to de espaço inter-dentário emadultos com periodonto desustentação reduzido ao invésde alastic em cadeia? ÉricaCortez de Barros

A utilização de elásticos em ca-deia exerce uma força muito grandeno momento de sua colocação e estasituação pode produzir movimentopalatino ou lingual dos incisivos.

O uso de uma força mais suave econtínua possível é a indicada nes-tes pacientes. Além disso a ligadurametálica retém menos quantidade deplaca bacteriana.

8 - A senhora tem preferênciapor aparelhos fixos ou remo-víveis ao fazer tratamento or-todôntico em pacientes perio-dontalmente comprometidos?Por que? Cássia Magacho dosSantos Dias

Prefiro a aparatologia fixa já quehá um maior controle das forças uti-lizadas sobretudo quando o perio-donto de inserção é reduzido. O pa-ciente utiliza continuamente já quenão pode retirá-lo e o mesmo nãoprovoca dificuldades com a fala.

9 - Existe uma relação defini-da entre a profundidade dabolsa periodontal e a magni-tude da força empregada na-quele dente? E o prazo de ati-vação? Cássia Magacho dos San-tos Dias

A quantidade de força que se uti-liza está em relação direta com a

quantidade de periodonto de inser-ção de cada elemento dentário. Nãopode se realizar uma igual quanti-dade de força em um paciente queapresenta 40% de seu periodonto deinserção que com o que possui 80%do mesmo.

O período de ativação é mais pro-longado para permitir a formação denovo osso.

10 - Qual a sua opinião sobrea movimentação de dentespara áreas de grandes perdasperiodontais? E para onde fo-ram efetuados enxertos ósse-os? Cássia Magacho dos SantosDias

Quando há necessidade de movi-mentar um dente em zonas de gran-de perda óssea, deve-se realizá-locom movimentos muito suaves, ati-vados a intervalos grandes. É impor-tante lembrarmos que se desejamosmovimentar um dente com osso de-vemos utilizar forças muito suaves,não maiores que a pressão capilar.Em casos que se deseja movimentarum dente através do osso as forçassão maiores.

11 - Como atual presidente daALADO o que a Sra. aconselhaaos ortodontistas e ortopedis-tas do Brasil a fazerem paratornar esta associação real-mente forte e expressiva, nointeresse de toda a comunida-de ortodôntica-ortopédica lati-no-americana, da qual nós,brasileiros, fazemos parte?Cássia Magacho dos Santos Dias

A melhor maneira é unir-se àALADO, que é a Associação que re-presenta todos os países da Améri-ca Central e do Sul. Pela primeiravez teremos um representante noComitê Executivo da WFO. Quantomais membros tivermos, mais be-nefícios poderemos conseguir paraelevar o nível de nossa profissão eainda melhorar a qualidade nos tra-tamentos que realizamos em nossospacientes.

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12 - Paciente com problemaperiodontal ativo: qual a con-duta da senhora para a movi-mentação do elemento após aterapia básica - espera-se al-gum tempo após cessar a se-creção ou movimenta-se ime-diatamente? Fátima LamogliaSimas Pinna

Em primeiro lugar deve-se reali-zar um tratamento periodontal com-pleto, e não apenas a terapia bási-ca. Se for necessária a colocação deum enxerto ósseo, deve-se esperar 6meses antes do início da movimen-tação ortodôntica.

Durante o tratamento ortodônti-co deve-se realizar um controle a cada30, 60 ou 90 dias com o especialista,dependendo de cada paciente em par-ticular, para evitar que a bolsa perio-dontal torne-se ativa novamente.

O complemento com antibióticospode ser necessário em alguns ca-sos. O uso de “Periochip” e/ou lava-gens localizadas é recomendável.

No momento em que se observa areativação da bolsa, deve-se suspen-der o tratamento ortodôntico para evi-tar um aumento da perda óssea.

13 - Como você vê a integraçãoentre as especialidades da or-todontia e periodontia?Wilson Roberto Sendyk

Quando o ortodontista trata umpaciente em idade temporária, mis-ta ou permanente jovem, é possívelque seja o único profissional envol-vido no tratamento. Deverá recorrerao clínico geral para a realização deselantes nos molares e as aplicaçõestópicas de flúor necessárias, segun-do o tipo de paciente, porém em ge-ral são intervenções de tempo curto.

Em contrapartida, quando trata-mos um paciente adulto a relação como periodontista é de suma importân-cia e valor, e podíamos dizer que umanão pode existir sem a outra.

14 - Quais são os benefíciosque um tratamento ortodônti-co pode trazer para o trata-

mento periodontal? WilsonRoberto Sendyk

Está demonstrado que uma posi-ção correta dos dentes permite ummelhor controle da placa bacteriana.O bom posicionamento de pilaresposteriores permite uma reparaçãoóssea da região, permitindo destamaneira a colocação de uma próteseou de implantes de forma correta.Podemos citar também que o fecha-mento de diastemas não apenas trazuma melhor estética dos tecidos gen-givais assim como a recuperação dapapila prepara a região para alcan-çar uma reparação óssea que é tãoimportante para o futuro destes ele-mentos dentários.

Em resumo, o tratamento orto-dôntico favorece o alcance, a manu-tenção e/ou melhoria dos resultadosdo tratamento periodontal.

15 - Inversamente, quais osbenefícios que a periodontiapode propiciar para o trata-mento ortodôntico? WilsonRoberto Sendyk

Está totalmente demonstrado quenão se pode realizar movimentos or-todônticos na presença de doença pe-riodontal.

Caso não se considere esta situa-ção o resultado é a perda de inser-ção dos elementos envolvidos.

O monitoramento periodontaldeve ser realizado durante todo o tra-tamento ortodôntico e os controlesdevem prosseguir uma vez que se te-nha finalizado o mesmo, durantetoda a vida do paciente.

Ambas as disciplinas devem per-correr o mesmo caminho, de formaconjunta e paralela para obter o êxi-to do tratamento neste tipo especialde pacientes.

16 - Como você vê o traumade oclusão dentro da etiopa-togenia da doença periodon-tal? Wilson Roberto Sendyk

Está demonstrado e prontamen-te comprovado nos trabalhos deEriccson, Lindhe e Thilander que se

unirmos o movimento ortodôntico,inflamação periodontal mais traumada oclusão, o resultado é uma perdado periodonto de inserção, aumentoda mobilidade, terminando com aavulsão dentária.

O papel dentro da etiopatogeniada enfermidade periodontal não éprimário, porém de grande importân-cia no desenvolvimento e controle damesma.

17 - A banalização do trata-mento ortodôntico realizadopor profissionais sem a míni-ma formação necessária nãoestaria aumentando a incidên-cia de doença periodontal napopulação? Wilson RobertoSendyk

Não há nenhuma dúvida que la-mentavelmente nós estamos enfren-tando uma situação como esta.

Creio que nosso dever é por umlado procurar melhorar o método deinstrução aos colegas e por outro darmaior informação aos pacientes paraque tenham poder de decisão no mo-mento da escolha do profissional queirá atendê-lo.

18 - É possível a execução demovimento de intrusão dedentes posteriores em adul-tos? Em caso afirmativo, quala sua sugestão para o sistemade forças? Marco Antônio LopesFeres

Após os trabalhos do Dr.Goldstein, temos utilizado seu mé-todo para extruir molares, especial-mente os superiores, com resultadosaceitáveis. Por depender da colabo-ração do paciente, às vezes é difícilde se obter todos os resultados pre-vistos.

19 - Em quais situações a senho-ra recomenda a montagem dosmodelos em articulador (semiou totalmente ajustável)?Marco Antônio Lopes Feres

A montagem em articulador seaconselha em todos os pacientes que

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apresentem sinais e sintomas de dis-função temporomandibular, desvioda linha média e pacientes com fal-ta de elementos dentários, especial-mente os posteriores.

Nos pacientes com dentadura de-cídua, mista ou permanente precoce,não é descartada em todos os casos.

Em pacientes Classe III é impor-tante para determinar se em cêntri-ca pode-se levar a uma oclusão topoa topo ou não, e desta maneira verse é possível alcançar uma correçãoortodôntica do problema.

Em pacientes Classe II leva-se auma relação cêntrica clinicamente ecaso a discrepância for evidente, rea-liza-se a montagem no articulador.

Atitude semelhante se toma fren-te aos pacientes Classe I.

20 - Qual seu protocolo em re-lação à contenção ortodônticaem pacientes adultos? MarcoAntônio Lopes Feres

O tempo de contenção nos pa-cientes adultos está condicionado a:má-oclusão inicial, biotipo facial,quantidade de periodonto de inser-ção presente, quantidade e tipo demovimentação realizada, etc.

21 - Pacientes com problemasperiodontais, freqüentementeapresentam algum grau de de-sarmonia oclusal. A senhora con-sidera que, nestes casos, o tra-tamento ortodôntico oudesgates seletivos, devemacompanhar o tratamento perio-

dontal? Cléber Bidegain PereiraNestes pacientes o ideal, em pri-

meiro lugar, é realizar o tratamentoperiodontal e solucionar as desarmo-nias oclusais por movimentação or-todôntica.

Se, por determinadas circunstân-cias o paciente não puder ou não de-sejar a correção ortodôntica, e esti-vermos frente a contatos prematu-ros que trazem como conseqüênciaforças excessivas sobre um elemen-to dentário que apresenta um perio-donto de inserção diminuído, deve-se realizar desgaste seletivo paraevitar o contato prematuro.

22 - Adultos com diastemascrescentes e doença periodon-tal devem, depois de contro-lada a doença periodontal, fe-char os diastemas e “splintar”os dentes comprometidos?Cléber Bidegain Pereira

Uma vez controlada a doença pe-riodontal, o fechamento ou não dosdiastemas depende de uma série decircunstâncias. Em alguns casos odiastema é tão grande que o pacien-te interpõe a língua cada vez que de-glute, exercendo uma força nocivasobre os dentes que faz com que odiastema se agrave cada vez mais.

Caso se corrija o diastema, o tipode contenção depende da quantida-de de periodonto de inserção apre-sentada pelo paciente. Por outrolado, se o periodonto de inserçãoestiver muito reduzido, aconselha-sea colocação de uma contenção fixa

permanente.Deve haver um controle especial-

mente nos movimentos de protrusãoe balanceio, para evitar contatos pre-maturos que sobrecarreguem esteselementos dentários, recidivando oespaço interincisivo.

23 - Indivíduos com um incisi-vo central em articulação in-vertida, e conseqüente movi-mento de “vai-e-vem”, retra-ção gengival localizada no den-te comprometido, carece detratamento ortodôntico tantoquanto de terapia periodontal?Cléber Bidegain Pereira

Nesta situação o melhor seria,uma vez realizada a terapia básica,normalizar a oclusão dentária paraevitar o movimento de vai-e-vem ou“jigling”. Os trabalhos de Ericsson,Lindhe e Thilander, realizados emcães, demonstram que este tipo demovimento tende a produzir perdasósseas do tipo angular.

24 - Dra. Julia, a senhora temalguma experiência com as“distrações” no aumento docorpo mandibular? CléberBidegain Pereira

Até o momento temos realizadoalgumas distrações.

Em algumas temos obtido êxitoe em outras fracasso, sobretudoquando a parte muscular não tenhasido devidamente estudada e nãotenha acompanhado o aumento docorpo mandibular.

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Luís Antônio Peloso

- Especialista em ortodontiapela Escola de Aperfeiçoa-mento Profissional Prof.Badéia - MG

- Participante do PrimeiroPrograma Brasileiro deEducação Continuada para Especialistas emOrtodontia e Ortopedia Facial.

- Ortodontista clínico em Varginha - MG

Fátima LamogliaSimas Pinna

- Especialista em ortodontiapela Policlínica Geral doRio de Janeiro.

- Participante do PrimeiroPrograma Brasileiro deEducação Continuada para Especialistas emOrtodontia e Ortopedia Facial.

- Ortodontista clínica no Rio de Janeiro – RJ.

Marco AntônioLopes Feres

- Professor Adjunto da Disci-plina de Ortodontia naGraduação e Pós-Gradua-ção em Odontologia daUniversidade Federal doParaná.

- Professor Adjunto, responsável pela discipli-na de Oclusão da Pontifícia UniversidadeCatólica do Paraná.

- Curso de Ortodontia pela Foundation ForOrthodontic Research Califórnia, EUA.

- Membro da American Association Of Ortho-dontists.

Paulo César Maia

- Especialista em ortodontiapela Associação Brasileirade Odontologia - RegionalCampo Belo - MG.

- Participante do PrimeiroPrograma Brasileiro deEducação Continuada para Especialistas emOrtodontia e Ortopedia Facial.

- Ortodontista clínico em Guaxupé – MG.

Wilson RobertoSendyk

- Doutorado em Periodontia eMestre em Odontologia -FOUSP.

- Professor Titular da Disci-plina de Periodontia daUNISA.

- Responsável pelo Curso de Especializaçãoem Implantodontia Bucal da UNISA.

- Membro do Advisory Council da Academyof Osseointegration - EUA.

- Cursos de Aperfeiçoamento emImplantodontia na Columbia University(EUA) e Universidade de Gotemburgo (Sué-cia).

- Especialista em Implantodontia Oral ePeriodontia pelo Conselho Federal de Odon-tologia.

Merian Lucena deMoura Leiros

- Especialista em ortodontiapela Universidade Federaldo Ceará.

- Participante do PrimeiroPrograma Brasileiro deEducação Continuada para Especialistas emOrtodontia e Ortopedia Facial.

- Ortodontista clínica em Natal – RN.

Cléber BidegainPereira

- Pesquisador no BurlingtonGrowth Center da Universi-dade de Toronto.

- Ganhador da medalha “Dr.Luiz Cesar Pannain”.

- Vice-presidente da Associação Brasileira deUsuários de Computadores na Odontologia.

- Presidente dos Simpósios de Informática naOrtodontia e Ortopedia promovidos pelaSPO desde 1992.

- Membro da Academia Gaúcha de Odontologia.

Cássia Magachodos Santos Dias

- Especialista em ortodontiapela Policlínica Geral doRio de Janeiro.

- Participante do PrimeiroPrograma Brasileiro deEducação Continuada para Especialistas emOrtodontia e Ortopedia Facial.

- Ortodontista clínica em Niterói – RJ.

Érica Cortez deBarros

- Especialista em ortodontiapela Universidade Paulista- UNIP.

- Participante do PrimeiroPrograma Brasileiro deEducação Continuada para Especialistas emOrtodontia e Ortopedia Facial.

- Ortodontista clínica em Sorocaba – SP.

R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 5, n. 5, p. 1-5, set./out. 2000


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