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EMcantos_Portugal

Date post: 07-Mar-2016
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Com o calor a fazer sentir, a EMcantos preparou para si uma edição cheia de sugestões para que possa preencher o seu tempo-livre.
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Editorial

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Diretora: Luísa Fernandinho|[email protected]|Subdiretora: Sílvia Coelho|[email protected]|

Edicão: Sílvia Coelho|[email protected]|

Edição online: Sílvia Coelho, Luísa Fernandinhowww.emcantos-producoes.pt

Redação: Sílvia Coelho, Luísa Fernandinho|[email protected]|

Design e paginação: Sílvia Coelho

Colaboradores: Câmara Municipal de Penafiel, CâmaraMunicipal de Paredes, Câmara Municipal de Paços deFerreira, Câmara Municipal de Lousada, CâmaraMunicipal de Felgueiras, Câmara Municipal de Castelo dePaiva, Rota do Românico, Câmara Municipal de Mação,Câmara Municipal de Vila de Rei, Associação Geoparquede Arouca, Antonieta Alves PereiraDepartamento Comercial:Luísa Fernandinho|[email protected]|Sílvia Coelho|[email protected]|

Tiragem: 9.000 Exemplares

Registro ERC: 125934

Fotografia: Sílvia Coelho; Luísa Fernandinho; MarcoRomãoAssinaturas: Silvia Coelho|[email protected]|Luísa Fernandinho|[email protected]|

Impressão: Lisgráfica - Impressão e ArtesGráficas SA

Propriedade:EMcantos produções Lda.Urbanizaçao da Boavista Lote i Sítio doRoncão - Boidobra6200 - 567 Covilhã (Portugal)Tel: +351 275 322 132Fax: +351 275 322 132

Tradução: Luísa Fernandinho

Foto CAPA: EMcantos Produções Lda.

Depósito Legal: 316664/10

ISSN N.º: 1647-8290

NIF: 509463924

Caros leitores,

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O verão está aí…O calor, as praias, os piqueniques, ospasseios pela natureza são razões que sobram para dardescanso ao corpo e à mente e partir de férias. Nesta ediçãodeixamos algumas sugestões. Fomos à procura das melho-res praias fluviais em Portugal e Espanha. Uma dica fantásti-ca e pouco dispendiosa. Percorremos Portugal de norte a sulem busca de lugares prazenteiros e paisagens idílicas paraque possa desfrutar sozinho, a dois ou em família de unsmomentos bem passados.Mas e porque férias não são só sinónimo de praia da-mos aconhecer outros destinos de sonho. Parta à aventura edeixe-se seduzir! Na nossa rubrica trilhos&trilhas viajamosaté ao centro de Portugal e descobrimos Mação e Vila deRei. Fomos também à descoberta da Rota do Românico eandamos por terras do Vale de Sousa.Como vê razões não lhe faltam para se deixar encantar…

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Vale de SousaUma regiãocom alma nobreFomos à descoberta destaregião de senhores nobres.

pág. 6 - 11

Arouca Geopark

Um mundo para descobrirCom o bom tempo sabe bem um passeio pararecarregar baterias para mais um ano de trabalho.Praia, mar, sol, rio são certamente, grandes aliadosdo lazer e do ócio…

pág. 21 - 23

a descoberta

Viajar pelo passadoEm pleno território do Tâmega eSousa, no coração do norte de Portu-gal, ergue-se um importante patrimónioarquitetónico de origem românica.Traços comuns que guardam lendas ehistórias nascidas com a fundação danacionalidade e que testemunham opapel relevante que este territóriooutrora desempenhou na história danobreza e das ordens religiosas emPortugal.

pág. 12 - 16

trilhos&trilhas

Viagem ao centrode PortugalMação e Vila de Rei são dois con-celhos vizinhos que se unem querpelos sabores à mesa quer poruma cultura histórica rica.

pág. 24 - 32

Troque o salgado do marpela àgua doce do rio

Com o calor a apertar sabe bem um mergulho emáguas frescas e cristalizantes. Para quem prefere orio à praia, preparamos uma lista das melhorespraias fluviais em Portugal e Espanha. Deixe-seacariciar pelo verde da paisagem e troque o salga-do do mar pela água doce e fresca do rio.Descontraia ao som dos passarinhos e aproveite oprazer de mergulhar naquelas que são considera-das as melhores águas.

pág. 18 - 20

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o meu

passaporte

Lousada - Porto - Portugal:

Pega-se num punhado de juventude,uma pitada de curiosidade, uma ou duasgotas de loucura e parte-se.

Parte-se, quebra-se, estilhaça-se odesespero de não saber para onde vaieste rio quase parado, cheio de esco-lhos, e atravessa-se, navega-se,procura-se o desconhecido em busca dese sentir algo: perturbante, vibrante,vívido... que te diz: “estás finalmente arenascer!”

Porque o hábito é irmão do consensoe vizinho da mediocridade.

É assim que se pega no nosso corpoe nas nossas tralhas e se mete tudonum avião, abandonando o conhecido,pacífico e reconfortante país que não tequis ver nascer...

Tower Hamlets - Londres - ReinoUnido:

Fuga para a frente... e se aterra dooutro lado onde se fala Outra língua emuito mais que uma Outra linguagem,uma Outra forma de estar.

Limito-me a sentir, a viver simples-mente como quem tem fome, avidez dadiferença, do Outro.

As pessoas... são pessoas em todo olado e estão por toda a parte. Trazemconsigo os seus países.

Mas acima de tudo, a certeza que nacomunhão e partilha é que reside Aquiloque todos vamos encontrando.

Aquilo não tem um nome, nem tãopouco há um conceito ou ideia que,realmente, o defina, é mais uma energia,que flui e toca os que não a renegam...

E então, sentes que o ar é mais docee que realmente te satisfaz as entra-nhas: leve e uno... uma sinfonia (des)concertante.

Não vou defini-lo para não o cons-tranger, encarcerar em si, enquadrarnumas letras, rotular e arrumar naprateleira da estupidez.

Os sítios... são o passado, o futuro...e o presente que vivemos a cada estalarde dedos e bater...tum, tum... docoração... tum, tum... Magníficasreproduções de vontades!

Viver!Comédia irónica. Talvez sádica duma

capital cosmopolita, alimentada daessência capitalista, que tenta camuflaro vazio que também aqui se sente.

Que se sente em qualquer país,

FUGA PARA A FRENTE

cidade, vila ou lugar... condição máximade todos os que de carne são compos-tos... mais, mais, mais, mais... tum,tum... mais, mais... tum, tum...

Tratar de esvaziar, esfregar e limparcaixotes do lixo, completamente dentrodas pequenas paredes simétricas erepletas de recantos com partículas delixo nauseabundo... faz mais sentidoaqui do que em Portugal!?

Mais perto de qualquer coisa... demerecer tudo o que vem a seguircompleta e inteiramente.

É isso mesmo?!No fundo de cada um deles dorme

uma verdade: a viagem vale cadasegundo e merece cada frustração,expiação, curiosidade... mais e maisrespostas àquelas perguntas queocorrem a cada rebentar de ossos, quecrescem para uma essência evoluídaque viaja no sentido de si mesma e jáacordada.

É como se a vida ganhasse maistextura, ou por outra, ganhasse final-mente textura.

Cada traço fora do plano, é a vida aacontecer por si mesma, é ela a gritar-me que ainda não a tenho merecido eque às vezes brincamos às escondi-das...

Where are you? Where are youuuu?

I’m going to catch you... I think I know

where you are now!!

Desvanece e aparece, cintila e torna-se opaca, num vai e vem, sem ordemaparente, cheia de gavetas entreabertascom sombras de pequenos cadáveresde memórias vividas e por viver.

A fusão entre os sentidos baralhadossem norte nem sentido, na loucura daliberdade total, sem amarras nem maisentraves tontos... lúcida e translúcida dementira e enganos e verdades meias,com salpicos de carne e sangue, derespirar entrecortado e arrebatadocoração.

Ahhh... tum, tum, tum,tum...E tudo parece tão simples no início...

é tão fácil sonhar, não há constrangi-mentos de qualquer tipo, não há limites,nem arestas, apenas figuras etéreasdaquilo que pode vir a ser... Que quasese sente o gosto suave no palato daalma e se cheira com as narinastrementes o doce aroma da baunilhaesvoaçante, entre esfumaçantessorrisos de conquistas e encontros detraços de alma que se sonham.

A cruel pureza da ingenuidade.

N.B.:Publicado em:www.akademiamagazine.comwww.noticiaaberta.comAntonieta Alves e Pereirahttp://antonieta-pereira.webs.com

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Uma região com alma nobre

Penafiel

Sentir PenafielPenafiel é um concelho com forte

património cultural e histórico queoferece ao mundo uma panóplia desugestões que vão desde a sua históriaà sua gastronomia passando pelas suaspaisagens naturais, tradições, feiras efestividades.

Por aqui podem ser apreciados váriosmonumentos desde a Anta de SantaMarta, o Menir de Luzim, gravurasrupestres e várias necrópoles.

Mas há muito mais para ver…. Étambém neste território que pode servisitado um dos maiores castros doNoroeste Peninsular – o Monte Mozinho(Oldrões/Galegos). Trata-se de umacidade proto-romana. Integra a Rota dosCastros e Verracos da FronteiraHispano-Lusa, juntamente com asDeputações de Ávila e Salamanca

(Espanha) e os municípios de Mirandado Douro e Mogadouro.

Também merecem um especialrelevo, os monumentos que integram aRota do Românico do Vale do Sousacomo o Mosteiro Beneditino de Paço deSousa, a Igreja de S. Gens (Boelhe), aIgreja da Gândara (Cabeça Santa), aIgreja de S. Miguel de Entre-os-Rios(Eja), os Túmulos da Igreja de S. Pedrode Abragão, o Memorial da Ermida(Irivo) e a ponte de Espindo (entreBustelo e Lodares/Lousada).

Outro dos pontos turísticos de maiorrelevo prende-se com o património earquitetura rurais, existentes em várioslugares e aldeias do concelho, comespecial incidência para as AldeiasPreservadas de Quintandona (Lagares)e Cabroelo (Capela), e de Entre-os-Rios,

em recuperação.Recomenda-se ainda avisita do Mosteiro Beneditino de Busteloe ao aqueduto que se ergue na suaenvolvente, bem como o Santuário daNossa Senhora da Piedade (Sameiro) eo Centro Histórico da cidade.

Mas visitar Penafiel é também sentira sua gastronomia. Salienta-se aLampreia e o Sável, aqui especialmenteconfecionada na modalidade de arroz (àEntre-os-Rios) e à Bordalesa.

O cabrito assado no forno e o cozidoà portuguesa são outros dos pratos derequinte deste concelho, sempreacompanhados por um excelente vinhoverde, rei nas mesas penafidelenses. Nadoçaria, os bolinhos de amor, as tortasde S. Martinho, a Sopa Seca e o Pão-de-Ló de Rio de Moinhos não podemfaltar.

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Fotos: Câmara Municipal de Paços de FerreiraTexto: EMcantos e Câmara Municipal de Paços de Ferreira

O Vale do Sousa é constituído pelos concelhos de Penafiel, Paredes, Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira e Castelo dePaiva. A norte faz fronteira com o Vale do Ave e a sul com o entre Douro e Vouga, a poente com a área metropolitana do Porto e anascente com o Baixo Tâmega.

Ao todo, os seis concelhos do Vale do Sousa integram 144 freguesias que abrangem uma área de aproximadamente 767,1 Km2.Mas, falar da região do Vale de Sousa é também falar da história da nobreza portuguesa e das ordens religiosas.Estes concelhos surgem na Idade Média como domínios da nobreza ou das ordens religiosas não se podendo detetar um núcleo

populacional que não estivesse integrado neste regime feudal.

Paredes

Uma viagem pela Rota dos MóveisSituado a norte do país, o concelho

de Paredes faz parte da região do DouroLitoral e pertence ao distrito do Porto.Conta com uma área 157 Km2 repartidaem 24 freguesias.

Rica em património arquitetónico,arqueológico e natural, Paredes coloca àdisposição do seu visitante váriosmonumentos de interesse, como a Igrejade São Pedro de Cête, integradaatualmente na Rota do Românico, aCapela da Nossa Senhora do Vale, oCastro do Muro de Vandoma, o Cruzeirodo Adro da Nossa Senhora do Vale, oDólmen do Padrão, a Igreja de SãoCristovão, Matriz de Louredo, a Igreja deS. Tomé, o Pelourinho de Louredo e oPelourinho de Paredes ou ainda Torredos Mouros ou dos Alcoforados.

Mas há muito mais. O concelho de

Paredes é também uma fonte de crastose necrópoles que fazem a delícia dequalquer forasteiro. Um dos melhoresexemplos é o Castro de S. Silvestre,situado a uma altitude máxima de 395metros, e que se carateriza por umaconfiguração cónica com boas condi-ções naturais de defesa e um horizontevisual de médio alcance.

Existem também o Castro do Montede Castro que oferece uma excelentevista sobre o Vale do Rio Sousa.

A necrópole de Parada de Tondeia,descoberta em 1921, na vertentesudeste do cabeço onde está a IgrejaParoquial é outro bom exemplo do quese pode e deve visitar nesta região.Sugerimos também uma visita àsnecrópoles de Vandoma, do Calvário, doTanque.

Como não podia deixar de ser oconcelho de Paredes também sedescobre e saboreia à mesa. Osmaiores destaques vão para o cabritoassado no forno, a sopa seca produzidaà base o pão, canela, açúcar e hortelã ea regueifa. Na doçaria o grande herói é o“Cavaco”.

O “Cavaco” é feito de uma massaespessa, tipo pão doce, que é enroladae recheada com um creme de ovos,açúcar, castanhas moídas, com umtravo de limão e canela.

Este doce tem a sua essência nasreceitas antigas, uma vez que recorre àutilização de produtos tradicionais, entreos quais se destacam as castanhas, queno passado tiveram um papel muitoimportante na alimentação da populaçãodeste concelho.

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Felgueiras

Viver a culturaO município de Felgueiras, localizado

na parte superior do Vale do Sousa,abrange cerca de 116 Km2, repartidospor 32 freguesias. É constituído porquatro centros urbanos: a cidade deFelgueiras, a cidade da Lixa, a vila deBarrosas e a vila da Longra. O patrimó-nio monumental do concelho é rico ediverso, sendo de realçar o que seintegra na Rota do Românico do Vale doSousa: Mosteiro de Pombeiro, Igreja deAirães, Igreja de Sousa, Igreja de Unhãoe a Igreja de S. Mamede em Vila Verde.O Mosteiro de Pombeiro, monumentonacional classificado, é anterior àfundação da Nacionalidade e a expres-são máxima das origens remotas e dariqueza cultural das terras felgueirenses.

Os bordados são uma das mais ricastradições do concelho, que empregacerca de dois terços das bordadeirasnacionais. O filé ou ponto de nó, o pontode cruz, o bordado a cheio, o richelieu eo crivo são exemplos genuínos doproduto artesanal de verdadeiras mãosde fada.

Os sabores autênticos dagastronomia, a frescura e intensidadedos aromas dos vinhos e o ambiente de

grande animação proporcionam momen-tos inesquecíveis. Dando corpo a essariqueza, foi já constituída a “Confraria doVinho de Felgueiras”, destinada adivulgar e defender o vinho e agastronomia felgueirenses.

Na gastronomia destacam-se o pãode ló de Margaride, e os maravilhososvinhos verdes. O cozido à portuguesa, obacalhau, o arroz de cabidela, e osassados no forno a lenha, enchemigualmente a mesa dos felgueirenses, edeliciam todos quantos têm a oportuni-dade de à mesma se sentarem.

“Os bordados são umadas mais ricas tradiçõesdo concelho, queemprega cerca de doisterços das bordadeirasnacionais.”

Lousada

Qualidade e prazer

Com uma população a rondar os 45mil habitantes, distribuídos por 25freguesias e cerca de 95km2, Lousadadista 35 km do Porto, fazendo fronteiracom os concelhos de Penafiel, Paredes,Paços de Ferreira, Santo Tirso, Vizela,Felgueiras e Amarante.

As estações arqueológicas, igrejas esolares majestosos, pelourinho, pontes,aqueduto e a Torre dos Mouros constitu-em o património histórico de ummunicípio onde as belezas naturais seafirmam por excelência.

O artesanato tem nos bordados umaimportante expressão, mas a tecelagem,especialmente em linho, a pirotecnia,cestaria, tamancaria e latoaria encon-tram-se igualmente em atividade, numaterra onde o incomparável vinho verde ea saborosa gastronomia, nomeadamenteo cabrito assado com arroz de forno, obasulaque, o pão de ló e os beijinhos deamor, merecem também especialrelevância.

É aqui que se pode ver o maior andordo país. Transportado na festa daSenhora da Aparecida por cerca de 70homens, constitui uma importante

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atração turística, mas as romariasprolongam-se durante todo o ano, comfolclore, bandas de música, grupos debombos, gigantones, fogo-de-artifício e“vacas-de-fogo”.

Rotas do Românico, do Vinho Verdee do Gourmet, roteiros culturais eprogramas de animação cultural edesportiva durante o ano surgem comopropostas, com destaque para o novoComplexo Desportivo e o Eurocircuito,que confirmam que viver em Lousadasignifica, cada vez mais, qualidade eprazer.

“É aqui que se pode ver omaior andor do país.Transportado na festa daSenhora da Aparecida porcerca de 70 homens,constitui uma importanteatração turística.”

Paços de Ferreira

A Capital do MóvelAo falar de Paços de Ferreira

recorda-se de imediato a Capital doMóvel. Assumiu-se atualmente como umdos maiores centros de produção demobiliário a nível nacional e mesmo daGaliza. Tendo já acolhido a 1ª bienalInternacional de Design de Mobiliário etambém uma Feira do Móvel que serealiza todos os anos.

A história do mobiliário tem iníciocom Albino de Matos que concebeunovos modelos de mobiliário escolarpara um melhor método de aprendiza-gem. Com o tempo nas suas instalaçõescomeçariam a sair operários e técnicosespecializados que iriam criar as suaspróprias empresas de mobiliário. A partirdaí Paços de Ferreira assume-se comoCapital do Móvel há cerca de vinte anose é um local ideal para as suas comprasde mobiliário com uma variada oferta.

Não se esqueça de visitar o MuseuMunicipal do Móvel onde poderá apreciarobjetos que fazem parte das vivênciasda população do concelho.

Para além do móvel, o concelho noponto de vista histórico tem a assinalar aexistência de um castro de significativaimportância a nível europeu. Pertencen-

te à cultura castreja do noroestePeninsular parece ter surgido comoresposta à campanha militar romana deDécimo Júnio Bruto. A Citânia deSanfins terá sido a capital dos povosCalaicos e Brácaros, situados precisa-mente na margem direita do rio Douro, ea sua localização estratégica permitia-lhes vigiar uma grande parte da regiãode Entre Douro e Minho.

Através das investigações arqueoló-gicas suspeita-se que a Citânia deSanfins seria já habitada nos tempospré-históricos, mas que o seu povoa-mento desenvolveu-se com as campa-nhas romanas devido à sua situaçãoestratégica.

A citânia ocupa uma colina com umaplataforma central entre montanhas demédia altitude, a partir da qual podemosadmirar uma vista panorâmica da região.Aqui encontram-se várias muralhas queindicam um forte sistema defensivo. Nocentro o visitante pode aperceber-se queexistem vestígios de construçõesretangulares e de grandes dimensõesdonde se retiraram fragmentos de

(continua página seguinte)

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estátua de guerreiro e outros que sepensa ser de caráter religioso. Aoafastar-se um pouco da zona centralpassa-se pela parte já urbanacaraterizada por um conjunto deconstruções de planta circular equadrangular agrupadas aproximada-mente em quarenta conjuntos, separa-das por arruamentos ortogonais. Desçaaté ao sopé e aprecie um balneáriocastrejo onde a população poderiabeneficiar de banhos a vapor e água fria.

Para melhor compreender o quotidia-no dos habitantes da Citânia de Sanfinsnada melhor que uma visita ao MuseuArqueológico situado em Sanfins deFerreira num edifício de estilo barroco,conhecido como Casa da Igreja ou Solardos Brandões. Fundado em 1947 noinício ocupava apenas uma saladisponibilizada pelos proprietários masem 1984 a câmara municipal adquiriu atotalidade do edifício. Aqui o visitantepoderá apreciar o espólio arqueológicoda Citânia assim como da área doconcelho. No 1º piso e parte do rés-do-chão pode-se observar a vida dos povosque aqui viveram como material lítico,cerâmica. De ressaltar duas arasvotivas, gravuras rupestres e umaescultura de guerreiro.

Objetos ligados à atividade da fiaçãoe tecelagem e também materiaismetálicos (fíbulas, alfinetes de bronze),além de objetos romanos e medievais.

No piso inferior poderá apreciar umvariado acervo encontrado na área doconcelho da cultura megalítica eromana.

A Citânia de Sanfins conta com um

Centro Interpretativo e o Museu Arqueo-lógico que dispõe de um auditório e áreade exposições e de um Centro deArqueologia Castreja e Estudos Célticose uma Reserva Visitável.

A gastronomia Pacence é um dospontos fortes, sendo de destacar ocapão à Freamunde acompanhado combatata assada e grelos.

Na origem do capão existe uma lendacuriosa que remonta aos temposromanos. Conta-se que devido aobarulho que o galináceo fazia demadrugada proibiu-se a existênciadestes animais na cidade de Roma.Depressa os habitantes engendraramuma forma de resolver a questão,capando o galo. Este capado, paracompensar dedicava-se a maior parte dotempo a alimentar-se, engordando cadavez mais.

Para degustar este prato típicoaproveite o mês de dezembro e visite aFeira dos Capões (instituída em 1719)que se realiza na Semana Gastronómicado capão de Freamunde, sendo o pontoalto desta semana gastronómica, oconcurso Gastronómico Capão àFreamunde.

Outras especialidades a não deixarde lado são o cabrito ou anho assadocom arroz de forno, cozido à portuguesae os rojões. À sobremesa experimente adoçaria de Paços de Ferreira como asrochas da Citânia e/ou as brisas do Pilar.

Atualmente, Paços de Ferreira apostaigualmente no Turismo de negócios.Desde 1994 que o concelho possui umParque de Exposições composto porquatro pavilhões, um auditório com

capacidade para 187 pessoas, novesalas de formação, gabinetes dosserviços administrativos, um bar erestaurante. Um espaço convidativo agrandes eventos e perfeito para encon-tros de grandes organizações.

Embriaga-se o capão com um cálicede vinho do Porto e passada meia hora,mata-se, depena-se, abre-se e lava-se.

Depois de estar em água fria comrodelas de limão, cerca de uma hora,põe-se a escorrer e mergulha-se em“vinha de alho”.

Deve permanecer neste molho, devéspera, e proceder-se a diversasviragens, esfregando o capão.

No dia seguinte põe-se ao lume umacaçarola com azeite, gordura de porco ecebolas às rodelas. Quando a cebolaestá estalada, deita-se uma boa colherde sopa de manteiga, 2,5 dl de vinhobranco e sal q.b.

Escorre-se o capão, esfrega-se todocom este novo molho e recheia-se comfarófia e um picado feito com os miúdosdo capão e bocadinhos de salpicão epresunto.

Coloca-se na assadeira, de preferên-cia uma pingadeira de barro e leva-se aoforno a assar lentamente, picando-secom um garfo de vez em quando, aomesmo tempo que se rega com o molhoda assadeira. Quando picar com o garfofaça-o de forma cuidadosa para não ferira pele que deve ficar estaladiça e loura.

Receita Tradicional“Capão à Freamunde”

partidas&chegadas

Castelo de Paiva

Um oásis

virado para

o rioQuem passa por Castelo de Paiva

não vai certamente esquecer as suasmagnificas paisagens, nem as suaspraias fluviais, vinhedos das suasimensas quintas ou os seus lugarejostípicos. Visitar este concelho é sinónimode paz, ar puro e descanso.

E há muito para se ver! A Igreja Real,com os seus tetos pintados e asesculturas existentes no adro é um bomponto de partida. Existe também aCapela no Monte de Santo Adrião ou oMonte de S. Domingos, com a suacapela e monumental carrilhão.

O território de Castelo Paiva érecortado por abundantes rios e riachosque convidam o forasteiro para aventu-ras. Destacam-se os rios Douro, Paiva,Arda e Sardouro. Aqui e ali é possívelobservar uma quinta senhorial, onde seproduz o melhor verde tinto do mundo,umas das jóias deste concelho.

Rio de Montanha, o Paiva, de águaspuras e cristalinas é o paraíso parapescadores e para os amantes dacanoagem. Aqui é possível observarlontras e nadar despreocupadamente.Existem pequenas praias fluviais queconvidam a um mergulho refrescante ena zona do Castelo, onde o Paiva seencontra com o Douro, existe umailhota, património municipal, onderecentemente foi descoberto a estruturade uma antiga ermida do século XV. Nomeio do rio, a ilha permanece desentinela ao tráfico fluvial e desperta osjovens para a prática dos desportosnáuticos ou mesmo para um animadoacampamento em período estival.

Castelo de Paiva tem também umagastronomia rica e diversificada. Ocabrito assado com arroz do forno, aposta arouquesa, o cozido à lavrador, osbifes de cebolada à Santa Eufémia, atradicional vitela à posta, as iscas debacalhau, o arroz de lampreia e o sávelna época devida, são algumas dasiguarias que não pode deixar deapreciar. Nos doces as famosasrabanadas à moda de Paiva, a sopa-seca, os melindres e o pão-de-ló fazemas honras à mesa. A acompanhar, opremiado vinho verde tinto de Paiva, umdos melhores da região demarcada.

Curiosidades

Sabia que...

... aqui é produzida e comercializadacerca de 80% da indústria mobiliáriaportuguesa. Os concelhos de Paredes ePaços de Ferreira são conhecidos pelosseus móveis, famosos em Portugal e noresto do mundo.

... Felgueiras é responsável por 50% daexportação nacional de calçado e por 1/3dos melhores Vinhos Verdes da Região,fazendo de Felgueiras um dos municípi-os com maior desenvolvimentoeconómico do Norte do País.

... em Penafiel realiza-se o Cortejo doCarneirinho, tradição única no país, noâmbito das Festas do Corpo de Deus.Esta iniciativa consiste no seguinte: ascrianças do 1.º ciclo do ensino básico eda educação pré-escolar do concelhooferecem aos seus professores (as) /educadores (as) um carneirinho com oqual desfilam pela cidade.

... o Rio Paiva é o rio menos poluído daEuropa. O Rio Paiva é um rio portuguêsque nasce na Serra de Leomil emMoimenta da Beira e desagua no Douroem Castelo de Paiva.

... perto do lugar da Igreja, em Baltar,concelho de Paredes, existe um penedoonde os juízes ordinários faziamalgumas audiências públicas, pelo queainda hoje é conhecido entre ospopulares por Penedo das Audiências.

... Américo Monteiro de Aguiar, conheci-do como Padre Américo e fundador daObra Meninos de Rua, nasceu emGalegos, concelho de Penafiel, a 13 deoutubro de 1887.

... o Capão é caraterístico de Paços deFerreira, cozinhado tradicionalmentesegundo uma receita própria, a que sechama “Capão à Freamunde”.

... o Túmulo de Egas Moniz, aio de D.Afonso Henriques, encontra-se noMosteiro de Paço de Sousa, no concelhode Penafiel.

... José Teixeira da Silva nasceu no lugardo Telhado, de Castelões deRecezinhos, em 22 de junho de 1818.Ficou célebre na história de Portugalcomo Zé do Telhado, um herói que setornou vilão.

partidas&chegadas

Capital do Móvel: mobi-liário e decoração paratodos os gostos

A maior feira de mobiliário e decora-ção do país destinada ao grande públicoestá de volta. De 27 de agosto a 4 desetembro, entre as 10 horas e as 22horas a 37ª Capital do Móvel abre asportas à qualidade, ao design e àinovação.

A edição de agosto deste certameconta com um mais arrojado programacultural, que pretende estimular osvisitantes a permanecer durante maistempo no certame, um espaçogastronómico mais completo e diversifi-cado. Estes são importantes comple-mentos de conforto e entretenimentopara os milhares de pessoas que sedeslocam a Paços de Ferreira paraconhecer a qualidade, o design e asnovas coleções da Capital do Móvel.Recorde-se que cerca de 30 por centodos visitantes são provenientes davizinha Galiza, o que significa um forteinvestimento em comunicação naquelaregião de Espanha.

A promoção interna da 37ª Capital doMóvel também continuará forte, envol-vendo televisão, rádios nacionais, jornaisdiários e revistas da especialidade, bemcomo ações de Marketing Direto eeventos promocionais.

O setor do mobiliário continua acrescer em volume de exportações,sendo já o quinto mais importante dopaís em volume, ao mesmo tempo queem 2010 se registou uma pequenaevolução positiva no mercado interno,depois de alguns anos em queda.Perante este cenário de crescimentopositivo do setor do mobiliário – indústriae comércio – visitar a feira Capital doMóvel torna-se imprescindível antes detomar qualquer decisão.

No entanto, e considerando a atualcrise económica que Portugal e o restodo mundo atravessam, a organização daCapital do Móvel entendeu continuarcom a campanha “Comprou, Ganhou!”,em que oferece a viagem, o alojamentoe as refeições a quem se deslocar aPaços de Ferreira e formalizar umacompra durante os dez dias da feira.Bem como disponibiliza um espaçoinfantil, com profissionais credenciados,onde o visitante poderá deixar os seusfilhos em segurança enquanto conhecetranquilamente o certame.

Para mais informações, visitewww.capitaldomovel.pt, onde poderáobter o seu convite gratuito.

Viajar pelo passadoà d

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Estilo: Românico tardio com influênciasprotogóticas;Horário da visita: De quarta-feira adomingo das 10h às 13h e das 14h às 18h.Localização: Lugar do Mosteiro, freguesiade Pombeiro de Ribavizela, concelho deFelgueiras, distrito do Porto.

Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro(Felgueiras)

Estilo: Românico nacionalizadoHorário da visita: Por marcaçãoLocalização: Lugar da Igreja, freguesia deSousa, concelho de Felgueiras, distrito doPorto.

Igreja de São Vicente de Sousa(Felgueiras)

Estilo: RomânicoHorário da visita:Por marcaçãoLocalização:Lugar da Igreja,freguesia deUnhão, concelhode Felgueiras,distrito do Porto.

Igreja do Salvador de Unhão (Felgueiras)

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Em pleno território do Tâmega e Sousa, nocoração do Norte de Portugal, ergue-se um importan-te património arquitetónico de origem românica.Traços comuns que guardam lendas e históriasnascidas com a fundação da Nacionalidade e quetestemunham o papel relevante que este territóriooutrora desempenhou na história da nobreza e dasordens religiosas em Portugal.

Esse património encontra-se estruturado na Rotado Românico, que o convida a uma viageminspiradora a lugares com História, junto de singula-res conjuntos monásticos, igrejas, memoriais,pontes, castelos e torres senhoriais.

Numa viagem pelas memórias do românico, estaRota oferece ainda aos visitantes momentos decontemplação e convida ao contato com as gentesda região. Trilhos e caminhos esperam-no parapasseios a pé ou de bicicleta, em comunhão com anatureza. Aos mais afoitos o rio Paiva desafia-ospara experiências únicas, com descidas de rafting

inesquecíveis.As inúmeras festas e romarias são o palco

privilegiado para um regresso aos mercados deantigamente, animados pelos singulares modos dedançar, tocar e cantar. Marcas identitárias tambémpresentes nos ofícios e artes tradicionais, ondesobressaem os bordados, os trabalhos em linho e os

restauros de peças de arte em talha e madeira.Sinta os paladares e os cheiros da cozinha

tradicional, sempre regados com os vinhos verdes deexcelência nascidos nestas terras. Retempere forçasna tranquilidade que envolve as unidades de turismorural da região ou opte por um passeio por jardinscentenários, onde o tempo parece ter parado. Poronde quer que vá, será acolhido com a gentileza e aautenticidade da população local.

Como vê razões não faltam para que aproveite umfim de semana, as férias ou um feriado e dar umpasseio pela Rota do Românico. De certeza que nãose vai arrepender!

Mais informações através de:VALSOUSA - Associação de Municípios do Vale doSousaRota do RomânicoPraça D. António Meireles, 454620-130 Lousada – PortugalCoordenadas: 41°16' 33.72" N / 8°17' 1.54" OTelefone: (+351) 255 810 706Telemóvel: (+351) 918 116 488Fax: (+351) 255 810 709E-mail: [email protected]: [email protected]

Estilo: RomânicoHorário da visita: Por marcaçãoLocalização: Lugar do Mosteiro, freguesia deSanta Maria de Airães, concelho de Felgueiras,distrito do Porto.

Igreja de Santa Maria de Airães(Felgueiras)

à descoberta

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Na sequência do alargamento da Rota do Românico

aos municípios de Amarante, Baião, Celorico de

Basto, Cinfães, Marco de Canaveses e Resende, já

foi iniciado o processo de seleção dos monumentos

que serão, posteriormente, integrados, de forma

faseada, no itinerário de visita da Rota do Românico.

14EntrevistaUm saber fundado na históriaTexto: EMcantos e Rota do Românico

Fotos: Rota do Românico

Estilo: Românico de resistênciaHorário da visita: Por marcaçãoLocalização: Lugar de São Mamede,freguesia de Vila Verde, concelho deFelgueiras, distrito do Porto.

Igreja de São Mamede de Vila Verde(Felgueiras)

Estilo: RomânicoHorário da visita: De quarta-feira adomingo das 10h às 13h e das 14h às18h.Localização: Lugar da Torre, freguesia deVilar do Torno e Alentém, concelho deLousada, distrito do Porto.

Torre de Vilar (Lousada)

Estilo: Românico de resistênciaHorário da visita: Por marcaçãoLocalização: Lugar da Igreja,freguesia de Aveleda, concelho deLousada, distrito do Porto.

Igreja do Salvador de Aveleda (Lousada)

Estilo: Metodologia construtiva medievalHorário da visita: LivreLocalização: Lugar de Vilela, freguesia de Aveleda,concelho de Lousada, distrito do Porto.

Ponte de Vilela (Lousada)

Estilo: Metodologia construtiva medievalHorário da visita: LivreLocalização: Lugar de Espindo, freguesia deMeinedo, concelho de Lousada, distrito doPorto.

Ponte de Espindo (Lousada)

à descoberta

Conhecer a Rota do Românico é fazer uma viagem ao passado desvendando lendas ehistórias e conhecendo os usos e os costumes de um povo. Entre os dias 28 e 30 desetembro, a RR organiza o seu I Congresso Internacional. Um momento de reflexãodedicado ao Património e ao seu papel no desenvolvimento dos territórios. A EMcantos foiconhecer o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido.

EMcantos: Quais os objetivos e comose desenvolveu o projeto da Rota doRomânico?

Rota do Românico: A Rota do Românicoé um projeto já com 13 anos, emborapublicamente apenas tenha sido apresenta-da em Abril de 2008. A ideia começou agerminar em 1998 quando a VALSOUSA –Associação de Municípios do Vale do Sousa,a CCDR-N - Comissão de Coordenação eDesenvolvimento Regional do Norte, a ex-DGEMN – Direção Geral dos Edifícios eMonumentos Nacionais e o ex-IPPAR –Instituto Português do PatrimónioArquitetónico, entre outras entidades, deraminício a um processo de colaboração queviria a culminar na criação da Rota doRomânico do Vale do Sousa.

Foram selecionados 21 monumentos dosseis municípios que compunham aVALSOUSA e, em 2003, com recurso acofinanciamento comunitário, deu-se inícioao desenvolvimento concreto deste projetoatravés das ações de restauro, conservaçãoe valorização dos monumentos, que foramcomplementadas com ações nos domíniosda formação profissional, comunicação,informação e interpretação.

Em março de 2010, a Rota deu mais umpasso importante no seu percurso com oalargamento aos restantes seis municípiosda NUT III - Tâmega: Amarante, Baião,Celorico de Basto, Cinfães, Marco deCanaveses e Resende.

A Rota do Românico definiu, desdesempre, como grande objetivo o desenvolvi-mento integrado e sustentado da regiãoonde está implantada, através doordenamento do território; da valorização doseu denso e rico património, sobretudo o de

matriz românica; da criação de um novosetor produtivo gerador de riqueza,assente no turismo cultural epaisagístico; da melhoria da imageminterna e externa do território; daqualificação dos recursos humanos daregião e do fomento da empregabilidadequalificada.

E: Quais os concelhos que seintegram na Rota?

RR: Os doze concelhos que integramatualmente a Rota do Românico são:Amarante, Baião, Castelo de Paiva,Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras,Lousada, Marco de Canaveses, Paçosde Ferreira, Paredes, Penafiel eResende.

E: Quais os monumentos quepertencem à Rota?

RR: O percurso de visita da Rota doRomânico é constituído, neste momento,por 21 monumentos: o Mosteiro dePombeiro e as Igrejas de Sousa, Unhão,Airães e Vila Verde, localizados emFelgueiras; a Torre de Vilar, as Igrejas deAveleda e Meinedo, e as Pontes deVilela e Espindo, em Lousada; oMosteiro de Ferreira, em Paços deFerreira; o Mosteiro de Cête, a Ermidada Senhora do Vale e a Torre de Aguiarde Sousa, em Paredes; o Mosteiro dePaço de Sousa, o Memorial da Ermida, eas Igrejas de Abragão, Boelhe, CabeçaSanta e Entre-os-Rios, em Penafiel; e,finalmente, o Marmoiral de Sobrado, emCastelo de Paiva.

Na sequência da adesão dos novosmunicípios do Tâmega foi já iniciado oprocesso de seleção dos benspatrimoniais de origem românica, cujos

Estilo: RomânicoruralHorário da visita:Por marcaçãoLocalização: Lugarda Igreja, freguesiade Meinedo, concelho de Lousada, distrito doPorto.

Igreja de Santa Maria de Meinedo(Lousada)

Estilo: Românico nacionalizadoHorário da visita: Por marcaçãoLocalização: Avenida do Mosteiro de Ferreira,freguesia de Ferreira, concelho de Paços deFerreira, distrito do Porto.

Mosteiro de São Pedro de Ferreira(Paços de Ferreira)

Estilo: Românico tardioHorário da visita: Por marcaçãoLocalização: Largo do Mosteiro, freguesia deCête, concelho de Paredes, distrito do Porto.

Mosteiro de São Pedro de Cête(Paredes)

Estilo: RomânicoHorário da visita: Por marcaçãoLocalização: Largo Vitorino Leão Ramos,freguesia de Cête, concelho de Paredes,distrito do Porto.

Ermida de Nossa Senhora do Vale(Paredes)

Estilo: Românico nacionalizadoHorário da visita: Por marcaçãoLocalização: Largo do Mosteiro, freguesia dePaço de Sousa, concelho de Penafiel, distritodo Porto.

Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa(Penafiel)

Estilo: RomânicoHorário da visita: LivreLocalização: Lugar da Ermida, freguesia deIrivo, concelho de Penafiel, distrito do Porto

Memorial da Ermida (Penafiel)

Estilo: Românico nacionaliza-doHorário da visita: PormarcaçãoLocalização: Rua Paçal,freguesia de Abragão,concelho de Penafiel, distritodo Porto.

Igreja de São Pedro de Abragão(Penafiel)

à descoberta

resultados serão conhecidos em breve.Os monumentos selecionados serão,posteriormente, integrados no itineráriode visita da Rota do Românico.

E: Como pode fazer o visitantepara conhecer e percorrer a Rota?

RR: Os visitantes que pretendamconhecer os monumentos da Rota doRomânico podem optar pela marcaçãode visitas, garantindo-se assim aabertura dos monumentos e, casopretendam, o acompanhamento por umTécnico Intérprete do Património daRota do Românico.

A marcação deverá ser efetuada comuma antecedência mínima de três dias,através do sítio da internet(www.rotadoromanico.com), do correioeletrónico ([email protected]), oudos telefones +351 255 810 706 ou +351918 116 488. A página do Facebookconstitui também uma importante fontede informação da Rota do Românico.

Para os que pretendam visitar a Rotado Românico de forma autónoma foiconcebido e implementado um inovadorsistema de sinalização turística ecultural, que comporta diferentes tiposde objetos sinaléticos de direção,informação e interpretação dos monu-mentos românicos, bem como daglobalidade da Rota que os integra.

Os Centros de Informação da Rotado Românico, localizados nos Mosteirosde Ferreira, de Paço de Sousa e deFerreira e na Torre de Vilar, são tambémuma alternativa e um bom ponto departida para uma visita. Nestes espaçosos visitantes e turistas poderão aceder,de modo didático e interativo, a informa-ção sobre a Rota do Românico e oterritório do Tâmega e Sousa.

E: Qual a importância para a regiãoda Rota do Românico em termossociais, económicos e turísticos?

RR: A Rota do Românico só fazsentido se for fruída pela comunidadelocal, pelos visitantes e pelos turistas.Nesse sentido, tem sido feito umenorme e diversificado trabalho em prolda divulgação e da promoção do projetoe do seu território de influência, sendo

nossa pretensão afirmar a Rota comoum produto turístico-cultural capaz deposicionar o Vale do Sousa, e agoratambém o Tâmega, como um destino dereferência do Românico a nível nacionale internacional.

Este objetivo é indissociável deoutros que têm pautado a atuação daRota do Românico, nomeadamente oplaneamento turístico dos recursos, dasinfraestruturas de suporte e dasfacilidades de apoio turísticas; a

dinamização de cursos e ações deformação que contribuam para aqualificação e formação dos profissio-nais do turismo, que facilitem o aumentoda empregabilidade qualificada e, claro,a melhoria da imagem interna e externada região, mediante o reforço da suaautoestima coletiva.

Este projeto não tem a pretensão deresolver todos os problemas estruturaisdo território, mas pode dar um forte

(Continua página seguinte)

Estilo: Românico nacionalizadoHorário da visita: Por marcaçãoLocalização: Largo da Igreja, freguesia deBoelhe, concelho de Penafiel, distrito do Porto.

Igreja de São Gens de Boelhe (Penafiel)

Estilo: RomânicoHorário da visita: Por marcaçãoLocalização: Praça Carlos Pereira Soares,freguesia de Cabeça Santa ou da Gândara,concelho de Penafiel, distrito do Porto

Igreja do Salvador de Cabeça Santa(Penafiel)

Estilo: RomânicoHorário da visita: LivreLocalização: Lugar da Meia Laranja, freguesiade Sobrado, concelho de Castelo de Paiva,distrito de Aveiro

Marmoiral de Sobrado (Castelo de Paiva)

Estilo: Românico de resistênciaHorário da visita: Por marcaçãoLocalização: Lugar de Entre-os-Rios,freguesia de Eja, concelho de Penafiel, distritodo Porto

Igreja de São Miguel de Entre-os-Rios(Penafiel)

Estilo: RomânicoHorário da visita: LivreLocalização: Lugar da Vila, freguesia deAguiar de Sousa, concelho de Paredes, distritodo Porto.

Torre do Castelo de Aguiar de Sousa(Paredes)

contributo nesse sentido. A crescenteprocura turística, bem como o papelmobilizador e ativo que a Rota tem vindoa desempenhar na dinâmicasocioeconómica da região, visível, porexemplo, na candidatura ao PROVERE -Programa de Valorização Económica deRecursos Endógenos, em que consegui-mos agregar, em torno do nosso projeto,mais de uma centena de empresas eoutras entidades, provam que a Rotapoderá contribuir claramente, a diversosníveis, para o desenvolvimento daregião.

E: No próximo mês de setembrovai realizar-se um Congresso Interna-cional da Rota do Românico. Quais asprincipais razões que levaram àrealização deste congresso?

RR: É verdade. Trata-se do ICongresso Internacional da Rota doRomânico e vai realizar-se nos dias 28,29 e 30 de setembro, no AuditórioMunicipal de Lousada.

Esperamos que este evento constituaum momento de alargada reflexãodedicada ao Património e ao seu papelno desenvolvimento e promoção dosterritórios, sendo o seu programamarcado pela transversalidade detemáticas: a arte românica, a conserva-ção e salvaguarda do património, asartes tradicionais, o património intangí-vel, o turismo cultural, o desenvolvimen-to regional, entre outras.

Este Congresso será certamente umaoportunidade privilegiada para aprodução e partilha de conhecimentosem torno do Património, bem como paraa troca de experiências com represen-tantes de projetos congéneres e para oreforço da ligação institucional comdiversas entidades académicas,culturais e científicas.

Os interessados em participar neste ICongresso Internacional poderão obtermais informações e inscrever-se no sítioda internet da Rota do Românico.

E: Quem são os organizadores?RR: A organização deste I Congresso

Internacional está a cargo da Rota do

Românico, da VALSOUSA – Associaçãode Municípios do Vale do Sousa e daAMBT – Associação de Municípios doBaixo Tâmega.

Contamos com o apoio da EntidadeRegional de Turismo do Porto e Norte dePortugal, da Associação de Turismo doPorto - Agência Regional e daTRANSROMANICA, a maior redeeuropeia de locais e itinerários români-cos, que a Rota do Românico integracomo associada.

Foram, ainda, estabelecidas parceri-as com algumas entidades privadas,designadamente instituições bancárias,unidades hoteleiras e órgãos decomunicação social.

E: No que respeita ao evento e aosparticipantes podem ser adiantadosalguns nomes e novidades?

RR: Neste Congresso estarãoreunidas personalidades de relevo,nacional e internacional, ligadas àstemáticas do românico, da reabilitaçãopatrimonial, das artes e ofícios tradicio-nais, da atividade turística e do desen-volvimento regional, entre outras.

Entre os oradores nacionais estãoAníbal Costa e Carlos Costa, daUniversidade de Aveiro, DomingosTavares, José Augusto Sotomayor-Pizarro, Lúcia Rosas e Teresa Soeiro, daUniversidade do Porto, Joaquim InácioCaetano, da Universidade de Lisboa,Luís Fontes e Paula Bessa, da Universi-dade do Minho, Miguel Malheiro, daUniversidade Lusíada do Porto, AugustoCosta, do Instituto da Habitação e daReabilitação Urbana, Catarina ValençaGonçalves, do projeto “Rota do Fresco”,e Teresa Ferreira, do Turismo dePortugal. Dos oradores estrangeirosestão já confirmados Annabel KateLawson, da empresa “Andante Travels”,do Reino Unido, Enrique HernándezPavón, da Universidade de Sevilha,Espanha, Greg Richards, da Universida-de de Tilburg, Holanda, Juliane Koch, daTRANSROMANICA, Alemanha, ManuelPeregrina, da Fundação El LegadoAndalusí, Espanha, Marta Cendón, da

Universidade de Santiago deCompostela, Espanha, Michel Thomas-Penette, do Instituto Europeu deItinerários Culturais, Luxemburgo,Nicolas Reveyron, da UniversidadeLumière - Lyon 2, França, Patrice Morot-Sir, da Escola de Avignon, França, eRomano Toppan, da Universidade deVerona, Itália.

E: No futuro quais as principaisapostas da Rota do Românico?

RR: O recente alargamento da Rotado Românico aos restantes municípiosda NUT III - Tâmega constitui segura-mente o projeto que maiores desafiosinstitucionais e operacionais encerra,mas será também o que vai dotar a Rotade uma escala territorial essencial paraa sua consolidação. Deste modo, foramjá aprovados projetos cofinanciados quepossibilitarão, à semelhança do efetuadopara o Vale do Sousa, concretizar açõesno domínio da conceção e produção demateriais informativos e promocionais,bem como da recuperaçãoinfraestrutural e valorização doselementos patrimoniais românicos.Neste âmbito, serão tidas em conta,sempre que possível, as recomendaçõesresultantes do Plano de Promoção daAcessibilidade que tem vindo a serdesenvolvido sob o lema “Rota doRomânico: Património Para Todos”. Deforma paralela, pretende-se tambémcimentar outras importantes componen-tes do projeto da Rota do Românico.Uma das apostas está ligada ao reforçoda vertente turística e cultural doproduto, com a apresentação de umcalendário anual de eventos e desugestivos programas de visitasdirigidos ao mercado nacional einternacional. O lançamento do projetopedagógico, do centro de estudos, dosistema de monitorização e certificaçãodos produtos e serviços associados àRota do Românico, bem como aidentificação e levantamento do patrimó-nio intangível e vernacular, constituemigualmente outras relevantes ações jáplanificadas.

à descoberta

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À mesa em Mação

Batem-se muito bem os ovos inteiroscom o açúcar, as cascas de limão, o sale o mel.A farinha, a canela e a erva-doce sãodesfeitas com um pouquinho de leite,junta-se ao anterior e bate-se umpouco.O restante leite só se junta na hora de irao forno.Coa-se tudo por um passador de rede.Aquece-se o forno bem quente e nelese coloca a caçarola vazia (de barro),durante 15 minutos.Depois, com o auxílio de um púcaropreso a uma cana, coloca-se o prepara-do dentro da caçarola (a qual já estábem quente).Deixa-se cozer.

Tijelada

12 ovos1 litro de leite500 gramas de açúcar2 colheres de sopa de melCanela q.b.Erva-doce q.b.Cascas de limão q.b.Sal q.b.

Arroz de lampreia

Depois de amanhada a lampreia, corta-se aospedaços para dentro de um tacho, onde vai acozinhar (para não perder o sangue).É temperada com salsa, poejos, louro, coentros,folhas de alho, vinho tinto de preferência evinagre.É acompanhada com arroz malandro, cozido àparte.(Recolha em Ortiga – Barragem)

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PRAIADECONGIDAPRAIADAALBUFEIRADOAZIBOPRAIADECARVOEIROPRAIADEALDEIADOMATOPRAIADEVA

Troque o salgado do mar pela água doce do rio

Com o calor a apertar sabe bem um mergulho em águasfrescas e cristalizantes. Para quem prefere o rio à praia,preparamos uma lista das melhores praias fluviais emPortugal e Espanha. Deixe-se acariciar pelo verde dapaisagem e troque o salgado do mar pela água doce efresca do rio. Descontraia ao som dos passarinhos eaproveite o prazer de mergulhar naquelas que sãoconsideradas as melhores águas.

Norte (Portugal)

- Praia Fluvial da Congida (Freixo de Espada à Cinta)

- Praia Fluvial da Albufeira do Azibo (Macedo de Cavaleiros)

Centro (Portugal)

- Praia Fluvial de Valhelhas (Manteigas)

- Praia Fluvial de Carvoeiro (Mação)

- Praia Fluvial da Aldeia do Mato (Abrantes)

Litoral (Portugal)

- Praia Fluvial Quinta do Barco (Sever do Vouga)

Galiza (Espanha)

- Praia Fluvial da Coba (Ourense e Lugo)

- Praia Fluvial Rio Verdugo (Pontevedra)

Extremadura (Espanha)

- Praia Fluvial de Orellana la Vieja (Badajoz)

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DEVALHELHASPRAIADAQUINTADOBARCOPRAIADACOBAPRAIADORIOVERDUGOPRAIAORELLANALAVIEJA

Mas praia fluvial é muito mais do queágua doce e banhos refrescantes. Praiafluvial é também sinónimo de piqueni-ques, passeios e caminhadas, desportosnáuticos e porque não de banhos de sol.Afinal praia não significa apenas calor!Aproveite os dias maiores e vá fazeruma caminhada à beira rio…ou entãotire um fim-de-semana para se dedicar asi e à família e parta à descoberta doque melhor a natureza tem para lheoferecer.

A norte de Portugal encontrará aPraia Fluvial da Congida, mais precisa-mente no concelho de Freixo de Espadaà Cinta. Um destino de sonho para quempretende alguma adrenalina e diversão.Existem gaivotas, uma piscina flutuanteque convida os banhistas para umas

horas bem passadas. Galardoada combandeira azul é um presente danatureza para todos os que a visitam.Daqui partem os barcos repletos deturistas à descoberta do rio Douro.

Mas continuando a viagem, mais anorte, no concelho de Macedo deCavaleiros encontra-se a Praia Fluvialda Albufeira do Azibo. Um lugar mimadopela natureza envolvido por uma rarabeleza paisagística e biológica. Conheci-da como umas das mais prestigiadaspraias fluviais da Europa recebe hávários anos consecutivos a bandeiraazul, o que a torna num dos melhoreslocais culturais e turísticos, sendo quenas infra-estruturas constam restauran-tes, cafés, parque de campismo, WC,chuveiros, aluguer de barcos.

Entrando na região mais central dePortugal encontramos a Praia Fluvial deValhelhas, em Manteigas. Local de rarabeleza, situada no coração da Serra daEstrela e banhada pelo Zêzere dispõe deparque de campismo, parque demerendas, bares de apoio, entre outrasfacilidades.

No centro de Portugal, a Praia Fluvialde Carvoeiro faz as delícias dos seusadmiradores. Envolvida por umaluxuriante moldura de pinhal, é uma dasjóias da coroa do concelho de Mação.Uma agradável surpresa para quem porali passa não só pelo enquadramentonatural, mas também pela qualidade ebeleza das infra-estruturas que aenvolvem.

Não muito longe descobrimos a PraiaFluvial da Aldeia do Mato, em plenoconcelho de Abrantes. Com as suasmargens a serem beijadas pelas águasda barragem de Castelo de Bode eacariciadas por uma beleza paisagísticainebriante é muito procurada para aprática de atividades náuticas e derecreio.

Subindo até ao litoral encontra-se aPraia Fluvial da Quinta do Barco emSever do Vouga. Localizada na margemesquerda do rio Vouga está ladeada porum cenário natural verdejante. Com oseu areal de areias brancas coloca àdisposição um parque infantil, zona demerendas e balneários. Aqui poderápraticar canoagem, desportos radicais eandar em barcos de recreio.

Atravessando a fronteira até à nossavizinha Espanha encontramos a PraiaFluvial da Coba entre Ourense e Lugo.Um local espetacular, nas margens dorio Lugo, de encher a vista a quem porali passa.

Outro dos locais privilegiados é aPraia Fluvial do Rio Verdugo, emPontevedra. A um quilómetro saindo docentro da aldeia de Pontecandelas, estáesta maravilha de praia fluvial, na qualtoda a vegetação e a água fazem umamagnífica e perfeita combinação paradeleitar os cinco sentidos de qualquerum que a visite.

Um pouco mais a sul, na província deExtremadura encontra-se a Praia Fluvialde Orellana la Vieja. Um oásis para osamantes da natureza e do rio.

Praia Fluvial da Congida (Freixo de Espada à Cinta)

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PRAIADECONGIDAPRAIADAALBUFEIRADOAZIBOPRAIADECARVOEIROPRAIADEALDEIADOMATO

Praia Fluvial da Aldeia do Mato (Abrantes)

“Aproveite os dias maiores e vá fazer uma caminhada àbeira rio…ou então tire um fim-de-semana para sededicar a si e à família e parta à descoberta do quemelhor a natureza tem para lhe oferecer.”

Arouca Geopark

Um mundo para descobrirTexto produzido em co-autoria com a Associação Geoparque AroucaFotos: Associação Geoparque Arouca

Com o bom tempo sabe bem umpasseio para recarregar baterias paramais um ano de trabalho. Praia, mar,sol, rio são, certamente, grandes aliadosdo lazer e do ócio, mas a natureza é umpoço inesgotável de propostas paraumas horas ou dias bem passados etem para oferecer um sem-número depossibilidades… Basta escolher e partirà aventura! Sugerimos uma viagem pelopatrimónio geológico e cultural... queparta à descoberta da natureza!Aconselhamos uma viagem até aoArouca Geopark.

Arouca é uma vila portuguesa dagrande área metropolitana do Porto,situada no distrito de Aveiro. Pertence àregião norte e integra a sub-região doEntre Douro e Vouga. O Arouca Geoparké reconhecido pelo património geológicode relevância internacional, comparticular destaque para as PedrasParideiras da Castanheira, as TrilobitesGigantes de Canelas e os Icnofósseis doVale do Paiva.

Promover o Arouca Geopark édesvendar uma história com mais de

500 milhões de anos, onde as forma-ções geológicas se assumem como umaherança para a humanidade, que deveser conhecida, entendida e protegida.Desde Abril de 2009, integra as RedesEuropeia e Global de Geoparques sobos auspícios da UNESCO, vendo osseus valores geológicos reconhecidosao mais alto nível.

Estendendo-se por uma área total de328 Km2, o Arouca Geopark oferece aovisitante 41 geossítios, sítios deinteresse geológico, que simbolizam umvalioso património geológico da região.Cada geossítio representa uma mais-valia da geodiversidade da região deArouca. Em complementaridade, 47% doterritório está classificado como área deconservação classificada pela RedeNatura 2000 - Serra da Freita e Arada,rio Paiva e Serra de Montemuro – o quecomprova a importância da suabiodiversidade.

A Serra da Freita, o Rio Paiva, oMosteiro de Arouca, o PatrimónioGeológico, as minas de volfrâmio e agastronomia regional e conventual são

os principais aliados desta região e quea diferenciam das demais, tornando-aúnica no mundo.

O rio Paiva é sem dúvida um dosmelhores exemplos disso. Aqui chegamapaixonados pelos desportos radicais detodos os cantos do país e da Europa,não fosse o rio considerado por muitosespecialistas a melhor pista de águasbravas a nível nacional e alvo dereferenciação internacional.

Mas existem muitas outras atividadesque podem ser praticadas. Opedestrianismo, o BTT, a orientação, orafting, a canoagem ou o canyoning sãoalguns dos exemplos do que por aqui sepratica.

Por tudo isto o Arouca Geopark é umterritório que estimula o turista a viverexperiências únicas, que o transformamnum protagonista e não apenas nummero observador da paisagem. Permiteconhecer, compreender e apreciar osdiferentes aspetos da natureza, nuncaperdendo o contato com a identidadecultural, os usos e costumes tradicionaisda região.

O que visitar?Parta à descoberta e deixe-se levar pela beleza destas

paragens, numa harmoniosa combinação de recursosnaturais, geológicos, arquitetónicos, culturais egastronómicos que fazem do Arouca Geopark um destinoúnico no norte de Portugal. Aqui encontrará inúmerosgeossítios de interesse geológico e turístico, um ricopatrimónio arquitetónico, que tem o seu ex-líbris noMosteiro de Santa Maria de Arouca, uma natureza quaseselvagem e uma gastronomia ímpar no panorama nacional.Deixamos-lhe pois algumas sugestões:

Serra da Freita

Gigante erguido sobre a vila de Arouca, estende-sepelos concelhos de Arouca, S. Pedro do Sul e Vale deCambra. Juntamente com as serras de Arada e do Arestal,constitui o Maciço da Gralheira. A par do centro histórico deArouca é uma das mais conhecidas “salas de visita” doGeoparque Arouca, encontrando-se aqui, 17 dos 41geossítios, alguns dos quais constituem os pontos turísti-cos mais conhecidos de Arouca como a Frecha da Mizarelaou as Pedras Parideiras. Encontramos aqui, ainda, aMamoa da Portela da Anta e algumas das aldeias maispitorescas, como é o caso da Castanheira e de Cabaços.Espaço de eleição para a prática de atividades desportivase recreativas. Percorrer um dos percursos pedestres queatravessam a serra, praticar rappel numa das escarpas ou,simplesmente, relaxar na praia fluvial de Albergaria daSerra são algumas das propostas possíveis para desfrutarda serra da Freita.

Frecha da Mizarela (Geossítio)

É entre altas e afiadas escarpas de granito e xisto quese forma uma das quedas de água com maior desnível naPenínsula Ibérica. Na Frecha da Mizarela, o rio Caimadespenha-se de uma altura de 70 metros. A rudeza daspedras e a ferocidade das águas conferem-lhe um elevadovalor estético, sendo este um dos locais mais visitados doArouca Geopark. Encontra-se localizado na Serra da Freita,junto ao lugar da Mizarela

Pedras Parideiras (Geossítio)

E das pedras nascem outras pedras. Curioso fenómenogeológico único no país e, tanto quanto se conhecetambém no mundo. Singular corpo granítico de ondebrotam nódulos negros biconvexos. Esta raridade, envoltade misticismo, situa-se numa área restrita junto ao lugar daCastanheira, na Serra da Freita.

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Trilobites do CIGC – Centro de InterpretaçãoGeológica de Canelas (Geossítio)

É na freguesia de Canelas, concretamente, no Centro de Interpretação Geológica deCanelas, que se encontram alguns dos maiores e mais raros exemplares destes fósseisde artrópodes marinhos que dominaram a fauna do planeta durante a Era Paleozóica ese extinguiram há cerca de 250 milhões de anos.

Monte e Capela da Senhora da Mó (Geossítio)

Daqui pode-se desfrutar de uma das melhores vistas panorâmicas sobre o vale deArouca. Localizado a 711 metros de altitude, ergue-se diante da vila de Arouca, da qualdista 8 quilómetros. No seu topo encontra-se uma singela capela dedicada à Senhorada Mó. Terá sido mandada construir pelas freiras, no século XVI. A 8 de Setembrorealiza-se aqui uma das mais famosas e singulares festividades locais.

Serra de Montemuro

Uma das sete serras mais altas do país e a terceira mais alta a sul do Douro, a serrade Montemuro é o ponto mais alto do Arouca Geopark. Nesta encontra-se o marco daPedra Posta, local panorâmico sobre o vale de Alvarenga e de Nespereira, classificadocomo geossítio pela sua singularidade geomorfológica.

Portal do Inferno (Geossítio)

Zona de montanhas unidas com passagem estreita, em forma de garganta e comprecipício dos dois lados, o Portal do Inferno é uma janela aberta sobre as serranias daGralheira e do Montemuro.

Rio Paiva

Um dos melhores rios para a prática, nos meses de inverno, de atividades de águasbravas, tais como rafting, hidrospeed e canoagem. No verão, as suas águas cristalinasconvidam a momentos de pura descontração nas praias fluviais do Areínho, Paradinha,Vau, Espiunca, Janarde e Meitriz. Ao longo do seu trilho é, também, possível encontraralguns geossítios de significativa relevância como a cascata das Aguieiras - queda deágua da ribeira homónima, que após percorrer Alvarenga cai, vertiginosamente, sobreas escarpas graníticas que ladeiam o rio Paiva. A Gola do Salto, local no leito do rioPaiva marcado por um desnível com cerca de quatro metros, muito apreciado pelospraticantes de rafting, sendo a sua passagem classificada por estes últimos como demáxima dificuldade. A Garganta do Paiva, localizada junto à ponte de Alvarengaencontra-se em sítio estratégico de acordo com a geologia do rio, pois aqui o Paivacorre mais apertado devido à existência de uma rocha de elevada dureza.

O que fazer?

Rodeado por um sem números de locais fantásticos para visitar, muitas são tambémas emoções que o Arouca Geopark tem para oferecer. Rafting, kayak, canoagem, BTT,escalada, canyoning ou percursos pedestres são, apenas, algumas das propostas parauma experiência inesquecível.

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Mação e Vila de Rei são dois concelhos vizinhos e quese unem quer pelos sabores à mesa quer por umacultura histórica rica. Um, Mação situado na margemdireita do rio Tejo está rodeado por montanhas, vales,cursos de água, e monumentos pré-históricos. Outro,Vila de Rei serviu em tempos como pontos de paragemobrigatória para reis e rainhas. De paisagens idílicas erepleto de vestígios arqueológicos é uma das nossasugestões para esta edição.

Viagem ao centro de Portugal

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O renascerda pré-históriaem Mação

Montanhas, vales, cursos de água,monumentos pré-históricos, boagastronomia. Tudo isto se pode encontrarem Mação. Situado na margem direita dorio Tejo foi, em outros tempos, palco deinvasões e guerras.

O seu nome, Mação, deriva do latim, mas existe tambémquem afirme que provem do francês Maçon (pedreiro),sugerindo a hipótese de alguns francos se terem estabeleci-do por estas paragens. No entanto, nada é certo. Teorias àparte, os fatos dizem que teve foral pela primeira vez com aRainha Santa Isabel e, pelos inúmeros vestígios arqueológi-cos concluiu-se que foi habitado por populações pré-históricas. Também os romanos por ali andaram deixandoinúmeras marcas da sua passagem. Nos primórdios daFundação de Portugal foi fronteira entre duas civilizações: acristã e a islâmica. Passada a Reconquista Cristã iriaacompanhar as mudanças do reino, tendo sido um importan-te aquartelamento de militares no tempo do Marquês dePombal, na iminência de um conflito armado com Espanha.Mais tarde seria pilhada pelos franceses nas invasõesnapoleónicas.

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Atualmente é um concelho pertencente ao distrito de Santarém e conta comoito freguesias: Aboboreira, Amêndoa, Cardigos, Carvoeiro, Envendos, Mação,Ortiga e Penhascoso.

Feita esta pequena introdução pode-se adivinhar que existe um patrimónioconsiderável a explorar, destacando desde já as gravuras rupestres e os monu-mentos megalíticos.

Quando se iniciaram os trabalhos da atual auto-estrada A23 descobriu-se umagravura rupestre de um cavalo, mais tarde fruto de prospeções arqueológicasseriam encontradas outras gravuras pré-históricas no Vale do Ocreza e abrigospintados no Pego da Rainha. No caso do Ocreza com 31 rochas observamosgravuras datadas do Neolítico/Calcolítico, representando figuras antropomórficas,zoomorfas, filiformes, hermi-circunferências, espirais, picotados, etc.

Na Ribeira do Carvalheiro contam-se dez painéis verticais com covinhas dofinal da Idade do Bronze. Nos abrigos de Pego da Rainha o visitante terá queentrar para observar em perfeitas condições as pinturas esquemáticas comcolorações vermelhas/alaranjadas do Neolítico.

O megalitismo também está presente através de monumentos funerárioscomo as antas. A mais representativa e que merece certamente uma visita é aAnta do Rio Frio. A sua importância reside nas caraterísticas diferentes queapresenta e no fato de sugerirem uma passagem para uma mentalidade maisindividualista.

Não nos podemos esquecer dos vestígios romanos existentes ao longo doconcelho como o chamado Balneário Lusitano-Romano do Vale do Junco paraalém de pontes e vias. A descoberta do balneário deu-se na década de 50 e aoque tudo indica a distribuição dos compartimentos e sua disposição levou osarqueólogos a identificar este espaço a um balneário romano. Aqui foramencontrados vários objetos de cerâmica e moedas de cobre.

Mas para melhor compreender este património visite o Museu de Arte Pré-histórica e do Sagrado no Vale do Tejo em Mação e agende uma visita aos sítiosarqueológicos, onde terá à sua disposição um guia. No museu observe e aprecieartefatos, objetos que foram retirados das escavações arqueológicas, estandohoje em exposição demonstrando as capacidades de sobrevivência dos povosancestrais.

O Museu de Arte Pré-histórica, antes Museu Municipal Dr. João CaladoRodrigues (estudioso da arqueologia do concelho), atualmente é peça chave noestudo das populações do Vale do Tejo e também coordena importantes projetoseuropeus.

Aproveite um circuito pelas gravuras rupestres e sinta a natureza. O concelhode Mação carateriza-se pelas florestas que apresenta. Passeie pelas manchas depinheiro-bravo nos vales, tojos, giestas, urzes e estevas nos cumes das monta-nhas e os freixos, choupos, amieiros e salgueiros e também manchas.

Se sentir necessidade de um mergulho vá até à Praia fluvial do Carvoeirogalardoada com bandeira azul. Dispõe de um bar, piscina para crianças, balneári-os públicos, um posto de primeiros socorros e uma zona coberta com equipamen-tos para refeições.

O concelho dispõe igualmente em Ortiga de uma outra praia fluvial comequipamentos de excelente qualidade para praticar desportos ao ar livre. Sedesejar uma estadia prolongada sugerimos que se instale no Parque de Campis-mo de Ortiga. Classificado com duas estrelas pode beneficiar de água quente,sala de convívio, estacionamento, assadores, para além de atividades deaventura (cruzeiros no Tejo, rappel, canoagem, escalada, parapente ou BTT).

Foto: Câmara Municipal de Mação

Ocreza

No caso do Ocreza com 31 rochas observamosgravuras datadas do Neolítico/Calcolítico,representando figuras antropomórficas, zoomorfas,filiformes, hermi-circunferências, espirais,picotados.

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Mação: arte de fazer

Mas Mação é muito mais. É também gastronomiasalientando-se os produtos regionais como o presun-to, enchidos, mel e azeite sob a marca “Mação: Artede Fazer”. São produtos de qualidade com um sabororiginal que denotam a experiência da sua população.

E quem é que nunca se deliciou com o presuntode Mação?! Certificado em 2010, o Presunto deMação representa 70% da produção nacional.Produto de elevada qualidade e tradicional doconcelho que devido à existência de condiçõesclimatéricas no inverno permite uma cura progressiva,produzindo um presunto que se diferencia pelo seusabor e constitui uma excelente entrada para umarefeição em casa ou num restaurante da vila. Nãodeixe de saborear o mel de Mação enriquecido com adiversidade floral e pode mesmo escolher entre o deurze, rosmaninho e o multifloral, ótimo para barrar nopão num qualquer piquenique e não se esqueça delevar também os enchidos da marca Mação.

Existem outras especialidades a não esquecer. Ocabrito assado em forno de lenha à moda de Mação,ensopado de enguia, achigã grelhado, sável na Telha,e o arroz de lampreia (recolhida tal como o sável nabarragem da Ortiga e presente nos menus dosrestaurantes da zona) fazem as delícias de quem sesenta à mesa. Na doçaria sugerimos a tigelada.

Por último não podemos deixar de referir oartesanato a latoaria, a olaria, bordados de Mação,tecelagem de lã e linho em Cardigos, construção debarcos e redes de pesca em Ortiga, trabalhos emmadeira tradicional, especialmente brinquedos emAboboreira.

O cabrito assado em forno delenha à moda de Mação, ensopadode enguia, achigã grelhado, sávelna Telha, e o arroz de lampreia(recolhida tal como o sável nabarragem da Ortiga e presentenos menus dos restaurantes dazona) fazem as delícias de quemse senta à mesa. Na doçariasugerimos a tigelada.

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Freguesias de Mação

Gastronomia - Sarrabulho e Maranhos;Artesanato - Trabalhos em madeira, tapetes, colchas detrapos.

AboboreiraApós algumas investigações concluiu-se que o nome

terá origem no fato de a figueira quando se enche defrutos, o povo chama-a de Abebereira. Ao que tudo indicaAfonso Henriques conquistou estas terras aos muçulmanostendo ficado na dependência direta da coroa.

Património cultural e edificado - Igreja Matriz, Capelasdo Espírito Santo, Senhor dos Aflitos, Senhora da Moita, eMisericórdia, Ponte RomanaLocais de interesse turístico - Aldeia da LajeGastronomia - Enchidos, Febras da matança, Cavacas eTigeladas.

CarvoeiroTerra de profundas riquezas encerra em si muitos

vestígios da existência de uma povoação romana. Após asua conquista por Afonso Henriques passou para o domíniodas ordens religiosas. Em 1518, D. Manuel concedeu-lheforal. Por altura das invasões francesas, Carvoeirocontrariamente a muitas freguesias não foi invadida, tendoservido como refúgio para os habitantes das terrasvizinhas. A partir de 1878 passa a pertencer ao concelho deMação.

OrtigaPartilha com as restantes freguesias o percurso

histórico. Tendo a destacar a estação arqueológica do Valedo Junco cujos estudos sugerem tratar-se de um BalneárioRomano. Aqui nesta freguesia encontra-se também a Antade Rio Frio em excelente estado de conservação.

Em Ortiga no entanto, podemos obter um contato maisdireto com natureza na albufeira da Barragem Ortiga, ondese encontra a praia fluvial e praticar vários desportos, paraalém dos soberbos pinhais.

Quanto ao nome a sua origem é curiosa. Segundo seconta foram os muçulmanos que lhe chamaram Ortigana,indo buscar ao grego o vocábulo Ortigo (codorniz), assimpensa-se que seriam terras com abundância desta ave.

Património cultural e edificado - Igreja Matriz, Anta,Estação Arqueológica RomanaOutros locais de interesse turístico - Barragem, Parquede Campismo, Praia Fluvial, Jardim da freguesiaGastronomia - Lampreia, Achigã, Caldeirada de peixeArtesanato - Picareto, peças em madeira e arame (crivos,peneiras, gaiolas), mantas, colchas e tapetes

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Património Cultural e Edificado - IgrejaMatriz, Castro S. Miguel, Cruzeiro,Capelas de Santo António, N. S. daGargantada, Santo Isidro, Espirito Santo,Santa Margarida, e de Santa MargaridaMadalenaGastronomia - Maranhos, Morcela deArroz, e TigeladasArtesanato - Mantas de trapos

AmêndoaPovoada desde tempos pré-históricos,

os romanos chamavam-lhe Amindula. Asua história percorre os mesmos trilhosque as suas vizinhas, tendo sido conquis-tada aos mouros por D. AfonsoHenriques. Depois pertenceu a ordensreligiosas e à nobreza.

No início foi integrada no concelho deVila de Rei, mas em fins do século XIXpassou para o de Mação.

Património Cultural e Edificado -Igreja Matriz, Ponte Romana, Capelasde N. S. Pranto, S. Francisco, N. S. deFátima, S. João, S. Bartolomeu, N. S.das Dores, e de S. Cristo, N. S. daSaúde, S. Lourenço, do Espírito Santo,N. S. dos Remédios, Ermidas de S.António de S. José e de N. S. Concei-ção e Igreja de S. José das MatasLocais de Interesse Turístico -Gravuras rupestres do Paleolítico noOcreza, Ladeira, Serra da Forca,Barragem da Pracana, e Castelo VelhoGastronomia - Maranhos e Sarrabulho

EnvendosA origem do seu topónimo não está

bem esclarecida, confirmada está apresença romana que exploraram oouro assim como tambémcartagineses.

Envendos é conhecido pelas suaságuas termais da Ladeira de Envendosque curam doenças do forodermatológico, digestivas e cardio-circulatório.

PenhascosoEm 1941 era chamada de

Panascos. Pensa-se que terá origemnuma planta gramínea panasco,corrente aqui para o pasto dos animais.Mas foi determinado que passaria aPenhascoso já que se defendia que onome provinha do nome Penha. O seupercurso foi igual à das outras freguesi-as, primeiro pertenceu ao concelho doSardoal e 1898 foi integrado no deMação.

Os vestígios deixam antever umpovoamento que recua aos tempos pré-históricos, tendo sido encontradosalguns objetos de sílex e também deum castro.

Património cultural edificado - IgrejaMatriz, Capelas de S. Bartolomeu, S.António, e do Divino Espírito Santo,cruzeiro, castro, moinhos de vento eágua e Palácio do PenhascosoGastronomia - Arroz de Maranho,

CardigosEsta freguesia está mesmo situada

no centro de Portugal e é conhecida pelaindústria de velas, artesanato de linho,presuntos, queijaria, pastelaria. Como asoutras freguesias é ocupada desdetempos imemoriais, passando pelosromanos, muçulmanos e finalizando naconquista cristã por D. Afonso Henriquesque a concede às ordens religiosas-militares.

Cardigos pertence ao Concelho deMação desde 1878, tendo sido antes deVila de Rei.

Património cultural e edificado - IgrejaMatriz, Capela de S. Bento, pelourinho,Ponte Romana, Fonte do Chão Dião, eoutros vestígios arqueológicosLocais de interesse turístico - Serra doSantoGastronomia - Maranhos, Cabritoassado, Cavacas, Bolo Finto,Coscorões, e TigeladasArtesanato - Bordados em linho, ecestos em verga, decoração de velas.

MaçãoA freguesia de Mação e os seus

arredores conservam em si um grandepatrimónio arqueológico como compro-vado em Março de 1943 com a desco-berta, nos Paços do Concelho, de umgrande depósito construído paraesconderijo de objetos pessoais outalvez para homenagem religiosa.

Na Vila de Mação destacam-se aCapela da Misericórdia onde se podeadmirar, um nicho com a imagem de S.Maria de Mação em pedra de ançã doséc.XV vinda da região de Coimbra.

Também a Igreja Matriz merecedestaque, construída em 1597, expõeelementos artísticos de rara beleza daarte portuguesa como os azulejospadronizados, com cercadurapolícromados do séc. XVII, e talhadourada do séc.XVIII nos altares ecapelas. Por entre a cobertura deazulejo podemos reparar em váriosregistos figurativos, polícromados depassagens bíblicas como a Visitação oua Árvore de Jesse.

Migas com bacalhau assado ou carne deporco e salada de almeirão com feijãoArtesanato - Tapeçaria (tapetes ecarpetes do Cairo)

Gastronomia - Couves com feijão, Pãode milho, Cebola roída, Azeitonaretalhada, Migas de S. Bento, Fofas deMação, Bolos fintos, Filhós, Broas demelArtesanato - Olaria, Funilaria,Albardeiros, Ferraria, Tapeçaria, (tapetesponto de Arraiolos, Mantas de trapos).

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Vila de ReiTerra de reis e de rainhas

Foi o primeiro marco geodésico de Portugal, assinalado por uma pirâmide conhecidapelo Picoto da Milriça, construída em 1802, permitia às populações uma miragem de360 graus à sua volta para a serra da Estrela, Lousã e lezírias ribatejanas. Eis Vila deRei!

Foto: Câmara Municipal de Vila de Rei

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Terra acarinhada pela rainha Santa Isabel, desde temposimemoriais que foi povoada. Prova disso são os inúmerosvestígios arqueológicos distribuídos por todo o concelho. Masfalar de Vila de Rei é também falar de paisagens idílicas, quedasde água paradisíacas, artesanato, enchidos e queijos.

Terra de reis e de rainhas, logo no início da fundação dePortugal pertenceu à coroa e ao que parece muito visitada pelosmonarcas, sendo a Santa Isabel e D. Dinis os mais assíduos.Conta a história que D. Dinis concedeu o primeiro foral a Vila deRei numa altura em que aqui pernoitou depois de vários dias decaça. Outros aludem à figura da rainha Santa Isabel comooutorgante do foral. Aliás é uma personalidade recorrente nasfestas e tradições de Vila de Rei.

Antes por aqui estiveram os romanos atraídos pelas riquezasdo concelho como o ouro. É bem visível a sua presença atravésdas conheiras que mais não são de que minas de ouro a céuaberto. Atualmente o município promove percursos pedestrespela que hoje é conhecida como a Rota das Conheiras. Sugeri-mos que contate o município para mais informações sobre estespercursos.

Mas Vila de Rei tem muito mais para mostrar. Ao percorrer aregião, vale a pena uma visita à Aldeia de Xisto da Água Formosaonde se pode admirar as casas de xisto separadas por ruasestreitas e ladeada por uma natureza incrível. Da Aldeia parte ocaminho de xisto, outrora trilhos de moleiros e agricultores paraas azenhas e matos circundantes. Uma sugestão interessantepara quem gosta do contato íntimo com a natureza e para osamantes das aventuras ao ar livre.

Convidamos também os visitantes a subir a serra da Milriçapara contemplar a paisagem junto ao marco geodésico. Aqui valea pena uma visita ao Museu da Geodesia onde pode observar osinstrumentos geodésicos utilizados pelos geógrafos portuguesesnas explorações aquando da descoberta do território. Nesteespaço, criado em 2002 pela autarquia e Instituto GeográficoPortuguês, incentiva-se a reflexão sobre o conhecimentocientífico e tecnológico em Portugal.

Um dos ex-líbris da vila é a ponte dos três concelhosconstruída pelos romanos e considerada Imóvel de InteressePúblico. Utilizada durante muitos séculos foi sofrendo algumasalterações e denominada de muitas maneiras: Ponte do Isna,Ponte dos Mouros ou Ponte Romana.

Da cultura até à mesa

Visitar Vila de Rei é também sinónimo de comer bem. Agastronomia do concelho, elevada a património cultural é um dospontos fortes da Vila, e traz consigo uma herança históricaherdada dos seus antepassados que se recupera de geração emgeração.

À mesa encontra-se com frequência a afamada Sopa dePeixe, a quem se junta o Bucho Recheado, os Maranhos, oBacalhau à Vila de Rei, Bacalhau à Cobra, Achigã Frito eGrelhado, Cabrito Assado, Cozido à Vila de Rei, Migas, BolosFintos, Arroz Doce de Vila de Rei, Tigeladas, Pudim de Vila deRei, Broas de Mel e os bem conhecidos enchidos, queijo e mel.

Para do património gastronómico, Vila de Rei é também umaregião rica em artesanato, ainda que este tenha pouca expressãoeconómica. Destaca-se a cestaria e a tecelagem produzida pelasgentes da terra e apreciada por muitos visitantes. No MercadoMunicipal de Vila de Rei, a loja “Vila de Rei com Tradição” – Lojade Produtos Endógenos, pode encontrar à venda diversosprodutos locais de artesanato, desde artefatos em vime fabrica-dos pelos irmãos cesteiros da aveleira (cestos para a roupa,papéis e pão, cestas, garrafões empalhados) e utensílios ligadosà extração do mel, com os respetivos cortiços. Para venda estáigualmente o famoso mel de Vila de Rei, artigos de tecelagemproduzidos pelas artesãs da Fundada e Cidreiro, como colchas,toalhas, naperons, tapetes e ainda mantas de trapos.

Bacalhau à Vila de Rei (Chef Silva)

Ingredientes:

- 4 Postas de bacalhau demolhado;- 8 Batatas;- 4 Dentes de alho;- 50 Gramas de margarina;- 100 Gramas de farinha;- 1 Litro de leite;- Azeitonas pretas;- Óleo para fritar;- Pão ralado;- Sal q.b.

Preparação:

Na Véspera: Enxugue e asse o bacalhau, depreferência na chapa quente, para o “marcar” sempassar muito. Lasque o bacalhau em lascas peque-nas e tempere com bastante azeite e bastantes alhospicados.

No próprio dia: Descasque as batatas e corte-as emrodelas. Lave, escorra, frite e tempere-as com sal.Misture azeitonas pretas com o bacalhau e disponhaem camadas num tabuleiro com as batatas. Alisebem. De seguida faça o creme. Misture a margarinacom o leite e a farinha, leve ao lume, sem parar demexer no fundo com uma colher de pau, até ferver.Tempere com sal, pimenta e noz-moscada e deite porcima do bacalhau. Polvilhe com pão ralado ou queijo.Leve ao forno forte até aloirar. No final, não esquecerde deitar o azeite do tempero por cima do bacalhau

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