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Espiroquetas orais e Treponema Pallidum

Date post: 29-Jun-2015
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ESPIROQUETAS ORAIS E TREPONEMA PALLIDUM UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Instituto de Ciências e Saúde – ICS Discentes: Andréa Paula, Arivelton Jr., Naara Lima, Thaís Rocha e Thaline Eveli
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Page 1: Espiroquetas orais e Treponema Pallidum

ESPIROQUETAS ORAIS E TREPONEMA

PALLIDUM

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAInstituto de Ciências e Saúde – ICS

Discentes: Andréa Paula, Arivelton Jr., Naara Lima, Thaís Rocha e Thaline Eveli

Page 2: Espiroquetas orais e Treponema Pallidum

Espiroquetas

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Morfologia e Taxonomia

Longas, finas, espiraladas

Gram-negativas

Cilindro protoplasmáticos: filamentos axiais que formam as fibrilas

Compreende três gêneros patogênicos: Treponema Borrelia e Leptospira

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Espiroquetas Orais

Erupção dos dentes e via contato oral

Predileção pela placa gengival, na placa não é sinal favorável

Os espiroquetas orais compreendem pelo menos seis espécies : Treponama denticola. T. vicentinii. T. socranskii, T. pectinovorum, T. oralis e T. macrodentium

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Isolamento e caracterização

Difícil isolamento

Requerimento nutritivo exato, procedimentos de dispersão rígidos, não anaerobiose são impecilios.

Cultiváveis : T. denticola, T. vicentii, T. pectinovorum e T socranskii.

Patognomônicos : Específicos na doença periodontal. Espiroquetas na placa é um fator que prediz a subsequente perda de tecido.

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Virulência

Toxinas: Placa subgengival

Estudos IN VITRO supõem que grande liberação de antígenos desses espiroquetas pode levar a um certo grau de imunossupressão , de acordo com as respostas apresentadas pelos linfócitos frente a vários antígenos e misóginos. Indicando sua “fuga” das defesas imunológicas do hospedeiro e da vigilância fagocítica.

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Diagnóstico

A procura de organismos periodontopatogênicos com vários testes enzimáticos tem mostrado que T. denticola, Phorphyromonas gingivalis, dentre outras, possuem uma que pode ser detectada por uma hidrolase : BANA.

Então, a hidrólise de BANA tem o potencial para ser um indicador objetivo da atividade da doença periodontal, sendo útil para diagnosticar e em seguida inicio de tratamento.

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Treponema

Treponema pallidum

pallidum (sífilis) pertenue (framboesia) endemicum ( bejel)

Treponema carateum - Pinta

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Treponema pallidum

Morfologia

Bainha externa; Membrana externa; Endoflagelos (filamentos axiais); Membrana interna (membrana

citoplasmática); Túbulos citoplasmáticos

Obs: Treponemas se reproduzem por divisão transversa.

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Características de crescimento

T. pallidum patogênico: nunca foi cultivado em meios artificiais.

T. pallidum não-patogênico: podem ser cultivadas em condições anaeróbicas in vitro.

Microrganismos microaerófilo; 3 a 6 dias a 25º C: substâncias redutoras

suspensas; 24 horas a 4º C: sangue total ou plasma.

Cultura

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Reações e agentes físicos e químico

Ressecamento; Temperamento acima de 42º C; Arsenicais trivalentes, mercúrio e bismuto; Penicilina: inatividade metabólica e lenta

velocidade de multiplicação do T. pallidum.

Genoma Cromossomo circular;

Não possuem transposons; Poucos genes para produção de energia e

síntese de nutrientes

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Estrutura antigênica Lipídios ancoram à proteínas membranares mantendo-as

inacessíveis aos anticorpos;

Hialuronidase: degrada Ácido Hialurônico

Cardiolipina;

Anticorpos que coram T. pallidum por imunofluorescência indireta;

Reagina: produz reação positiva nos testes de FC e de floculação com suspensões aquosas de cardiolipina e extraída de tecidos de mamíferos normais.

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Sífilis

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A contagiante história da sífilis

O terror do período do renascimento ao século XIX e XX

Balas mágicas de Paul Ehrlich (Arsfenamina)

Penicilina

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Transmissão

Agente etiológico: T. pallidum

Transmissão horizontal: DST; lesões sifilíticas secundárias

Transmissão vertical: Através da placenta

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Patologia

Sífilis Adquirida Fase primária; Fase secundária; Fase terciária

Sífilis Experimental

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Patologia

Sífilis Congênita Aborto

Sífilis congênita na infância:- Ceratite intersticial- Dentes de Huthinson- Nariz em sela- Periostite- Outras anomalias

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Diagnóstico laboratorial

Amostras

Exame de Campo Escuro

Imunofluorescência

Provas sorológicas para a sífilis (STS)

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Imunidades Resistência a superinfecção por T.

pallidum Reinfecção

Tratamento Penicilina em concentração 0,003

unidade/ml Injeções de penicilina G benzantina

intramuscular Tetraciclinas ou eritrocemina Reação de Jarisch-Herxheim

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Epidemiologia

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima 12 milhões de novos casos de sífilis no mundo a cada ano.

No Brasil, a taxa de incidência é de cerca de 4 casos por 1.000 nascidos vivos e, de acordo com o Ministério da Saúde, do total de casos da forma congênita da doença no Brasil, apenas 16,6% deles são tratados.

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Prevenção e controle

Tratamento imediato e adequado a todos os casos diagnosticados

Acompanhamento das fontes de infecções e dos contatos

Prática sexual segura com preservativos

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Caso clínico aplicado à Odontologia

Paciente do sexo masculino, 11 anos de idade, compareceu à Clinica de Especialização em Odontopediatria de uma Universidade do Estado do Rio de Janeiro, acompanhado de sua mãe, apresentando como queixa principal a presença de “dentes tortos”.

Na anamnese, foi relatada anemia durante a gestação e utilização do medicamento Combirom®, receitado pelo Obstetra. A história médica da criança não continha outros dados relevantes. Ao exame clínico confirmou-se a queixa da mãe, além de pontos de gengivite nos dentes 74, 31 e 32. Além disso, diagnosticaram-se alterações de forma nos elementos 11, 21, 31, 32, 41, 42 e 43 (Figura 1), 16, 26 (estes apresentando também pigmentação inativa na face oclusal - Figura 2), 36 e 46 (Figura 3). Com base nestes achados, o diagnóstico sugestivo era de sífilis congênita tardia. Observou-se ainda mordida aberta combinada severa (Figura 1), palato profundo e atrésico e erupção ectópica dos incisivos laterais superiores (Figura 2), e lingualização dos dentes inferiores posteriores (Figura 3). Ao exame radiográfico panorâmico, nenhuma outra alteração foi observada (Figura 4). Foi realizada então uma abordagem mais direta à mãe, uma vez que nenhum tipo de informação sobre síflis foi relatada na anamnese. A mãe não somente repetiu as mesmas informações da anamnese, como também informou não ter feito nenhum tratamento para a doença ou qualquer tipo de exame para diagnóstico de sífilis durante a gestação.

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FIGURA 1: Aspecto intrabucal do paciente em oclusão, em que se observa alteração de forma nos dentes anteriores e mordidaaberta combinada severa. FIGURA 2: Vista oclusal da arcada superior, mostrando alteração de forma nos primeiros molares permanentes, palatoprofundo e atrésico e erupção ectópica dos incisivos laterais superiores.

Para confirmar o diagnóstico, foi feito um pedido de titulação de VDRL, para ambos. O resultado foi positivo tanto para a mãe como para a criança. Frente à confirmação diagnóstica, a mãe foi orientada a procurar atendimento médico para verificação da necessidade de tratamento para ambos. Quanto ao tratamento odontológico, foram realizados profilaxia profissional, instrução de higiene bucal e controle de biofilme para tratar os pontos de gengivite, bem como também evitar a instalação de processo carioso nos molares, uma vez que estes apresentam a face oclusal com alterações em sua morfologia, que favorecem o acúmulo de biofilme. Para os estigmas sifilíticos nada foi proposto, pois a má-oclusão do paciente não permite qualquer tipo de intervenção operatória nos molares, até que o tratamento ortodôntico seja concluído. Quanto às anomalias de oclusão, o paciente foi encaminhado à Clínica de Ortodontia da Universidade, para posteriormente ser realizada a reconstituição dentária protética estética, caso este seja o seu desejo.

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FIGURA 3: Vista oclusal da arcada inferior, mostrando alteração de forma nos primeiros molares permanentes e lingualização dos dentes inferiores posteriores.FIGURA 4: Exame radiográfico panorâmico: nenhuma outra alteração foi observada.

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Referências bibliográficas JAWETZ, E. Microbiologia Médica. 18ª ed. Editora

Manual Moderno: Espanha. NEWMAN; NINSENGARD. Microbiologia Oral e

Imunológica. Editora Guanabara; Brasil, 1998. WATERLOO, M. R. O; RIBEIRO, A. L. Aspectos bucais da

sífilis congênita: relato de caso. Rev Ibero-am Odontopediatr Odontol Bebê, 2004; 7(36):132-7.

Guia de Vigilância Epidemiológica. Ministério as Saúde. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/sifilis_congenita_gve.pdf. Publicado em 2005, acesso em 26/01/2013.

Revista eletrônica Tribuna da Bahia. Disponível em http://www.tribunadabahia.com.br/2012/10/18/12-milhoes-de-novos-casos-de-sifilis-sao-registrados-por-ano-em-todo-mundo. Publicação em 18/10/2012, acesso em 26/01/2013.


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