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XII CONFERÊNCIA Helena Rua
Nuno Carrancho
O PODER DFI „401GITFILIZIWITIO na OESTNO 011;PFORPIPÇÂO
O BIG DATA CHEGOU!!!
ESTÁ PREPARADO?
AS EMPRESAS E INSTITUIÇÕES TÊM CADA
VEZ MAIS DADOS SOBRE OS SEUS CLIENTES/
STAKEHOLDERS, MAS A VERDADE É QUE É
NECESSÁRIO TRANSFORMAR ESSES MESMOS
DADOS EM INFORMAÇÃO ÚTIL QUE POSSA
ALAVANCAR OS NEGÓCIOS. SERÁ A ESCASSEZ DE
TALENTO E A MATURIDADE DAS ORGANIZAÇÕES
UM ENTRAVE PARA O DESENVOLVIMENTO?
DURANTE A XII CONFERÊNCIA DA EXECUTIVE
DIGEST, SOB O TEMA "O PODER DA DIGITALIZAÇÃO
NA GESTÃO DA INFORMAÇÃO - COMO ALAVANCA
DOS NEGÓCIOS", NA CATÓLICA PORTO BUSINESS
SCHOOL, OS ORADORES EXPLICARAM QUAIS SÃO
AS PRINCIPAIS DIFICULDADES E DESAFIOS DOS
NEGÓCIOS NUMA SOCIEDADE CADA VEZ MAIS
DIGITALIZADA E CENTRADA NO PODER DO CLIENTE
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XII CONFERENCIA O BIG DATA CHEGOU!!! ESTÁ PREPARADO?
unca as empresas tiveram tanta in-formação dos seus clientes/stakehol-ders como hoje. É uma imensidão de dados, de informa-ção. Na verdade, sabem tudo; quase tudo, das nossas vidas. E foi a digi-
talização, o mundo digital em que hoje vivemos, que nos trouxe aqui», afirmou Ricardo Florêncio, CEO da Multipu-blicações, na abertura da conferência.
«Mas, e conforme referiu Umberto Eco, "O Excesso de Informação provoca amnésia". Ou como é comum dizer-se, "o excesso &Informação pode gerar desinformação"..»
«Este é um desafio com que as empresas se deparam diariamente. Como tratar toda a informação que temos? Colijo torná-la útil e rentável? Que tipo de informação é que realmente interessa? Como podemos utilizá-la como alavanca denegócio? Qual o impacto da digitalização naeficiência da gestão de informação?»
«É muito fácil perdermo-nos nesta imensidão de informação!!! É muito fácil termos a tendência de querer utilizar, gerir, cruzar, cada vez mais informação e informação e, no fim e afinal, não serve os objectivos que nos tínhamos proposto, e até podemos ter perdido a oportunidade de utilizar essa informação...»
«Mas toda esta informação leva também a: utro tipo de situações. A questão da cibersegurança. Se há tanta informação, se essa informação está sempre a circular nesses mesmos meios digitais, como a tornar e manter segura?»
«Ainda noutro prisma, ternos ainda a
questão da confidencialidade dos dados. Aliás, este é um outro paradoxo da nossa
sociedade atual. Por um lado, partilha tudo e mais alguma coisa. Disponibiliza os seus dados dc todas as formas, muitas vezes talvez não apercebendo que o fez. E depois reclama que os seus dados foram utilizados exatamente a quem os cedeu...»
«Se virarmos a página, também concluí-mos que nunca os clientes tiveram tanta informação sobre as empresas/marcas como hoje. O mundo digital esventrou totalmente as empresas, colocando-as à disposição de tudo e de todos. E assim, se por um lado as empresas querem conhecer os seus clientes um a um, e dar-lhes um tratamento e atenção
personalizado, os clientes hoje exigem que as empresas / marcas os conheçam, os satisfaçam e que não os aborreçam, ou seja, não lhes apresentem produtos, soluções, que deveriam saber à partida que não lhes interessam,»
«São assim muitos os desafios que se colocam às empresas e aos seus res-ponsáveis», conclui Ricardo Florêncio.
MESA REDONDA Durante a mesa redonda, Manuela Vaz, managing director da Accenture, Eugénio Baptista, director central de Sistemas de Informação da CGD, Ricardo Viana, director do Digital Office da Efacec, e Sérgio Carvalho, director de Marketing da
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BIG DATA «AS TECNOLOGIAS QUE TEMOS AGORA
PARA TRABALHAR OS DADOS REALMENTE TRAZEM MUITO MAIS INFORMAÇÃO PARA
DENTRO DAS EMPRESAS», AFIRMA MANUELA VAZ, MANAGING DIRECTOR DA ACCENTURE
..‘› Sofia Salgado, da Católica
Business S
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Ricardo Florêncio, CEO da Multipublicações
Fidelidade, explicaram o que as empresas estão a fazer neste âmbito e o poder que a informação confere aos negócios.
Para Manuela Vaz, «na altura em que os modelos eram pré-Big Data havia, e continua a haver, um terna importante de muitos dados e pouca informação». De acordo com a managing director da Accenture, «as tecnologias que temos agora para trabalhar esses dados real-mente trazem muito mais informação para dentro das empresas». Esse foi um primeiro desafio com o qual tiveram de lidar. O segundo desafio, refere, «foi saber de que forma se extrai essa informação, o desafio de construir equipas, ter talento para desenvolver os modelos de analytics,
ter a informação em tempo real». Mas, de acordo com a managing director da Accenture, existe ainda «um terceiro que são os modelos de governance, ou seja, como é que as organizações se preparam para lidar com tudo isso. Nós também ouvimos, e é um facto, que o que é real-mente importante é conseguir entregar a informação certa, no momento certo, à pessoa que precisa dela. E este é um paradigma». Nestas três dimensões - na dimensão das arquitecturas que hoje trazem o processamento dos dados, na dimensão de construir as ferramentas de reporting, de analytics e a dimensão de termos os modelos operativos dentro das organizações que nos permitem tirar partido desses dados - o estado de maturidade das organizações tam-bém é distinto. «A primeira dimensão é aquela em que as organizações têm estado focadas e depois começa a luta do talento para desenvolver os modelos
certos em cima desses dados para extrair informação. Depois ainda há uma outra questão. Depois de conseguirmos ter tudo isto - o que não é fácil principalmente para as empresas tradicionais que não nascem neste mundo -, há o momento em que é necessário pensar se estamos a endereçar os problemas certos, como é que vamos garantir que estamos a en-tregar a informação certa a quem precisa dela no momento certo», refere Manuela Vaz. É aqui que começam os desafios de governance. «O que tem acontecido em muitas organizações é que cada um analisa os dados à sua maneira e mesmo com todas estas novas arquitecturas continua a ser um tema», admite.
No caso da CGD, e segundo Eugénio Baptista, director central de Sistemas de Informação da instituição financei-ra, «quando se fala neste tema, seja na gestão da informação, seja dos sistemas operacionais, existe um tripé que é clás-
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XII CONFERÊNCIA O BIG DATA CHEGOU!!!
ESTÁ PREPARADO?
CASE ESADE BARCELONA CARLOS JORDANA PROFESSOR
Quando se fala do impacto da digitalização na competitividade não está em causa o futuro. A sociedade
e as empresas mudaram muito nos últimos 15 anos, mas a verdade é que se continua a falar da Internet e da digitalização como algo que tem de vir
1-lá empresas ganhadoras e perde-
doras. São empresas que perante
algo que aconteceu, são capazes de
ver oportunidades, e empresas que
perante algo que aconteceu continuam
a ignorar a realidade e. muitas delas,
acabam por desaparecer.
Estamos num ponto crítico na evo-
lução. Podemos definir três grandes
etapas na história da Internet: De 1995
a 2005 configura-se uma primeira
etapa dominada pelas empresas que criavam páginas para gerar
conteúdo. As corporações publicavam informação e as pessoas
viam. Mas é verdade que as grandes empresas de e-commerce
nasceram nesta época. Por que é que conseguiam vender para
todo o mundo e o pequeno comerciante não? Porque a vantagem
competitiva não é ter uma página na Internet. De 2005 a 2015, a
maior parte do conteúdo, da informação que estava na Internet,
já não entrava nas corporações através das webs mas, sim, através
dos utilizadores nos fóruns, depois nos Blogs e finalmente nas
redes sociais.
Agora estamos na terceira época. A maior parte do conteúdo que
hoje está a entrar na Internet já não é pelas empresas através das
suas páginas nem dos utilizadores através das intervenções nas suas
redes sociais. Está a chegar através de sensores ou smartphones que
todos temos a menos de 20 cm do nosso corpo. Essa é a principal
fonte de informação. Os cálculos dizem-nos que nos próximos cinco
anos vai multiplicar-se por 300 o tamanho da informação depositada
na Internet. Esse salto exponencial da informação disponível será
com a Internet das Coisas, liderada neste momento pela informação
nos smartphones que comunicam continuamente onde estamos,
para onde vamos e o que fazemos. Podemos, por exemplo, saber
quando o tráfego está congestionado através da quantidade de
smartphones que estão num determinado trajecto.
Quando dizemos que a informação está nas coisas, referimo-
-nos a coisas deste tipo. É verdade que estamos na fase inicial,
mas o próximo desafio passa por saber gerir toda esta informação.
Temos à nossa frente 10 anos se durar o mesmo que duraram as
duas anteriores etapas. Nesta altura vão aparecer quatro ou cinco
empresas, tal como aconteceu anteriormente, que serão capazes
de transformar todos esses dados em informação relevante para
tomar decisões de negócio. O ponto crítico é: de forma síncrona.
Tenho um big data que de forma síncrona e automática permite
recolher informação. A Amazon neste momento é capaz de saber
com 80% de probabilidade quais são os grupos que vão fazer
compras antes de que eu mesmo saiba que o vou fazer. Isto é pu-
ramente data mining e big data. Procurando relações, procurando
comportamentos similares... Portanto, de forma síncrona são
capazes de lançar mensagens a esses grupos. Quem não entrar
neste jogo, está fora, tal como aconteceu nas etapas anteriores.
Seguramente, neste momento, já estão constituídas as tais quatro
ou cinco empresas capazes de liderar a gestão da informação que
neste momento está a ser criada pela Internet das Coisas e que
são lideradas por jovens de calções e tshirt e que dentro de 10 ou
15 anos estarão entre os 20 primeiros da lista da Fortune.
A Internet está a mudara forma como construímos a reputação
e a transparência. Neste momento, mentir já é muito complicado.
A Internet está a impactar não só a forma como nos relacionamos
com os nossos mercados, mas também como nos organizamos
internamente. Através da Internet das Coisas e dos sensores
colocados nas máquinas de produção, de forma síncrona e sem
intervenção humana, são tomadas decisões sobre o que é preciso
fabricar, quando. que matérias-primas comprar...
Estamos perante uma mudança que já aconteceu, não estamos
a falar do futuro, e é preciso decidir se, perante esta mudança, as
empresas querem ser ganhadoras ou perdedoras.
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,e, CONHECER O CLIENTE
kligi «HOJE CONSIGO EM CADA FASE DO PROCESSO TER MAIS
• DADOS, MAIS MÉTRICAS E AINDA CONHECER MELHOR AS
NECESSIDADES DO CLIENTE», REFERE EUGÉNIO BAPTISTA,
DIRECTOR CENTRAL DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DA CGD
»Marta Cordeiro e Cunha. directora de clientes »José Pedro Almeida, gestor do Projecto
da Sonae MC, explicou na sua apresentação Business Intelligence do Centro Hospitalar de
como usar o Big Data "para fazer o chefe feliz" São João, revelou como a instituição usa o Big Data para salvar vidas
«EM ÁREAS EM QUE EXISTE INFORMAÇÃO OPERACIONAL, ESTAMOS A FALAR DE UM NOVO NÍVEL SEGURANÇA. COMEÇA A TER UM IMPACTO DIRECTO NA VIDA OPERACIONAL DAS PESSOAS
sito: pessoas, processos e tecnologias». O que a tecnologia trouxe nos últimos
anos foi uma capacidade de processa-mento que não existia. «Hoje consigo em cada fase do processo ter mais dados, mais métricas e ainda conhecer melhor as necessidades do cliente. Portanto, o desafio é ir mudando, mas a mudança é inevitável por dois motivos: por um lado, porque se fala muito nas novas gerações e nós estamos a trabalhar para a minha geração e para as outras gerações e, portanto, temos de fazer as coisas já. Por outro lado, embora as apps sejam a face visível de tudo o que está por trás do digital, é preciso dar uma boa experiência de utilização», refere Eugénio Baptista. «Esta revolução permite-meter informação para me focar no cliente. Esse é o grande desafio na banca de retalho», refere.
Um dos temas mais sensíveis no digital é a segurança dos dados. Ricardo Viana, director do Digital Office da Efacec, afirma que no contexto da indústria, é
preciso pensar para além da questão dos dados que são acessíveis aos hackers, aos quais podem aceder e retirar informação. «Quando estamos a falar em áreas em que existe informação operacional, ou que está ligada, por exemplo, às smart cities, smart grids, já estamos a falar de um novo nível segurança, ou seja, é algo que começa a ter um impacto directo na vida operacional das pessoas», adianta Ricardo Viana. Se pensarmos que cada vez mais há uma convergência entre o que é a Tecnologia de Informação clás-sica e o que é a Tecnologia Operacional, estamos a falar em informação que em tempo real condiciona o que estamos a fazer. De acordo com o director do Digital Office da Efacec, «temos de pensar que vivemos em cidades em que está tudo ligado e não se trata só de saber o que tenho na base de dados. Se os dados estiverem vulneráveis, isso pode ter impacto naquele momento e dar origem a situações verdadeiramente comple-
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XII CONFERÊNCIA O 13IG DATA CHEGOU!!! ESTÁ PREPARADO?
» Manuela Vaz, managing director da Accenture; Eugénio Baptista, director central de Sistemas de informação da CGD; Ricardo Viana, director do Digital Office da Efacec; Sérgio Carvalho, director de Marketing da Fidelidade
xas. A forma como temos de abordar a segurança dos dados e da informação não pode ser tradicional, temos de ir para além disso». Para haver segurança não basta comprar equipamentos que evitam o acesso. «É mudar o mindset para perceber que a segurança é uma responsabilidade de todos. Nós estamos atentos a isso até porque as nossas áreas de negócio têm impacto em coisas na nossa vida no dia-a-dia», conclui.
MUDANÇA NO MODELO DE NEGÓCIO
Sérgio Carvalho, director de Marketing da Fidelidade, admite que o sector dos seguros chegou um pouco tarde à cor-rida da digitalização da informação. «A mudança é a nossa maior dificuldade, desde logo a tecnologia de informação, os sistemas...Basta pensar que a Fidelidade resultada fusão de oito a dez seguradoras no seu percurso e, portanto, há muitas feridas por sarar, juntando a isto o tema
das pessoas», afirma. Durante anos, a actividade seguradora, que é bastante regulamentada, olhava sempre para o risco, parco objecto de risco e o cliente nisto não era a parte mais importante. As seguradoras basicamente trabalhavam para o seu cliente que era o distribuidor. Era um modelo de negócio B2B. «Desde há uns anos, com este tema do digital, o cliente ganha uma relevância gran-de. E agora dar este passo tem muitas consequências. Como é que se muda a mentalidade de uma organização baseada em cálculo e risco para preocupar-se com dados, pessoas, cruzar informação, partilha de informação entre parceiros que normalmente se viam como rivais? Acresce ainda facto de, fruto dessas fusões, aqueles que hoje em dia são colegas antes foram concorrentes na mesma zona, e hoje têm de trabalhar em conjunto sabendo que, no limite, no contexto omnicanal podem ambos ter de prestar serviço ao mesmo cliente, porque ele não diferencia se o canal de distribuição é o banco, o agente A ou o B, a internet ou o telefone ou os próprios espaços da companhia», refere Sérgio Carvalho. De acordo com o director de
Marketing da Fidel idade. «o que o cliente espera é um serviço contínuo e aqui o papel da informação é fundamental. Se não houver um fluxo de informação contínuo sobre aquilo que está a acon-tecer com o cliente na recolha, isto não vai funcionar». Acresce aqui também o facto de as seguradoras terem outro problema que é a falta recorrente. «No caso de um seguro automóvel, podemos dizer que, em média, de dez em dez anos, há um acidente. Tirando o pagamento, o outro momento de contacto é um acidente que acontece de dez em dez anos. Isto não é nada agradável para o nosso negócio nos tempos que correm», conta Sérgio Carvalho. Mas o sector dos seguros está a transformar-se em, mais do que cobrir riscos, ser um prestador de serviços. Este é, por exemplo, o caso da Fidelidade; «que está a entrar fortemente na área da saúde», afirma.
O MAIOR ACTIVO DAS EMPRESAS
Questionada sobre se a informação é hoje o maior activo das empresas e o que podem as tradicionais fazer para acompanhar esta evolução, Manuela Vaz é peremptó-ria: «Correr, correr e transformarem-se
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ií
INFORMAÇÃO O CONSUMIDOR, O CLIENTE, ESTÁ
DISPOSTO A DAR-NOS INFORMAÇÃO, MAS EXIGE TRANSPARÊNCIA, OU SEJA,
SABER EXACTAMENTE O QUE NOS ESTÁ A DAR - NÃO PODEMOS ESTAR A
RECOLHER INFORMAÇÕES E MAIS TARDE O CLIENTE
DESCOBRIR, PORQUE QUEBRA COMPLETAM ENTE
A CONFIANÇA
MANUELA VAZ ACCENTUPE
71
XII CONFERÊNCIA O 13IG UAI /-\ CHEGOUH: ESTA PREPARADO?
e focarem-se na informação do cliente que, no fim do dia, é aquilo que nos vai permitir ter negócio». A Accenture tem conduzido nos últimos anos um survey sobre "Personalization" oara perceber a apetência dos consumidores ao tema da personalização. Os resultados não deixam dúvidas. «80% dos inquiridos não vêem questão nenhuma em que a sua informação seja recolhida se isso lhes trouxer beneficio. E nestes 80% não estamos a falar só de geração Z ou de Millennials», refere.
De facto, os consumidores e clientes estão predispostos a dar informação, dados, para serem melhor servidos. «Cla-ramente se estão dispostos a dar-nos, as organizações têm de estar preparadas para activar essa informação e trans-formar isso em negócio», diz Manuela Vaz. Aliado a isto vem um conjunto de desafios. «O consumidor, o cliente, está disposto a dar-nos essa informação, mas exige transparência, ou seja, saber exactamente o que nos está a dar - não podemos estar a recolher informações e mais tarde o cliente descobrir, porque quebra completamente a confiança. O cliente quer ainda ter a capacidade de dizer para não se usar mais a informação sobre ele ou alterá-la porque mudou, e que essa informação esteja aliada a um serviço», explica a managing director da Accenture. Se as organizações con-seguirem cumprir estas t rês etapas vão conseguir estabelecer esta relação de confiança com o consumidor. «Neste mundo digital, a confiança é tudo, até porque qualquer coisa que corra menos bem, sabemos que está imediatamente a seguir nas redes sociais», afirma.
O DESAFIO DO LEGADO
A CGD tem um legado de 1 terabyte de dados e Eugénio Baptista afirma que
neste âmbito há dois desafios. «Um é o desafio de arquitectura de cloud. Muito daquilo que tenho no meu legado pode potenciar o negócio se eu tiver uma boa arquitectura. O nosso legado pode ser um asset porque tem uma plataforma robusta para prestar grandes transac-ções. Onde é que o legado não entra? É que hoje ninguém é bom a fazer tudo e, portanto, temos de agregar o legado a parceiros», avança. «Sempre que en-contramos alguém que faz melhor do que nós ou diferente daquilo que que fazemos devemos integrá-la na cadeia», afirma o director central de Sistemas de Informação da CGD. Depois, «o desafio do legado é não estragar. Não vamos destruir tudo o que fizemos para fazer coisas novas e giras porque o meu negócio é confiança e a minha matéria-prima é dinheiro», refere, acrescentando que «a arte é conseguir ir integrando coisas, mantendo o que temos de bom do pas-sado e integrando na oferta».
Do ponto de vista da tecnologia, refere Eugénio Baptista, «o céu é o limite. Haja dinheiro, e há tecnologia para fazer pra-ticamente tudo». O que é falta, afirma, são «processos para fazer essas coisas, pensar que com as mesmas pessoas e com os mesmos processos e com as mes-mas ferramentas vamos ter resultados diferentes». Portanto, é preciso mudar os processos não só de negócio como de tratamento da informação.
«O grande desafio é governar toda esta temática. Não chega ter aquela informação estática. Hoje tenho de basear a minha oferta ao cliente não no comportamento dele no último mês, mas no comportamento de ontem ou dos últimos 10 minutos», refere.
A segunda dificuldade «são as pessoas, porque a digitalização vai gerar uni em-prego maciço, porque há um conjunto de
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INDÚSTRIA 4.0 O DESAFIO NA INDÚSTRIA 4.0 PASSA POR UTILIZARA INFORMAÇÃO
PARA AS EMPRESAS CONSEGUIREM, EM TEMPO REAL, UTILIZANDO
OS MECANISMOS DE MACHINE LEARNING E INTELIG .ÈNCIA
ARTIFICIAL. PREVER E INFLUENCIAR TODA A CADEIA DE VALOR
"Carlos Caldeira, presidente da ANI foi o orador de encerramento da conferência
O SECTOR DOS SEGUROS ESTÁ A TRANSFORMAR-SE EM, MAIS DO QUE COBRIR RISCOS, SER UM PRESTADOR DE SERVIÇOS. ESTE É, POR EXEMPLO, O CASO DA FIDELIDADE
profissões que vão ser impactadas. A boa novidade para as gerações que aí vêm é que há novas profissões. Essas novas profissões vão exigir também pessoas com skills diferentes».
«O terceiro aspecto dentro dos recursos humanos é que em algumas profissões, como programadores, já há uma falta tão grande que a mesma profissão, no mesmo contexto, tem uma procura multiplicada. Temos um défice na Eu-ropa de umas centenas de milhares de programadores para podermos competir com os Estados Unidos.»
Pegar em tudo isto «cria a última dificuldade, que é criar equipas. Não podemos ir para uma era digital e rá-pida com os mesmos métodos que eram usados antigamente», conclui.
INDÚSTRIA 4.0
Para Ricardo Viana é ainda importan-te referir a Indústria 4.0, cujo desafio passa por utilizar a informação para as empresas conseguirem, em tempo real, utilizando os mecanismos de machine learning e inteligência artificial, prever e influenciar toda a cadeia de.valor.
«Estamos a falar em utilizar a in-formação para melhorar todo o ciclo produtivo, aumentar a produtividade e necessariamente influenciar toda a cadeia de valor. Deste ponto de vista industrial, tudo o que tem a ver com a indústria 4.0 é algo a que estamos particularmente atentos e a trabalhar nisto», revela o director do Digital Office da Efa.cec. •
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XII CONFERENCIA O BIG DATA CHEGOU!!!
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TESTEMUNHOS
ACCENTURE EXPERIÊNCIAS HIPERPERSONALIZADAS Cerca de 2.5 quintilion de bytes de dados são criados todos os dias. Navegação e pesquisas dos consumidores,
histórico de compras e pagamentos, redes sociais, geo-tags...
A tecnologia permite hoje tirar partido
desses volumes massivos de dados, no-
meadamente permitindo criar a magia por
detrás das experiências hiperpersonali-
zadas que os consumidores exigem. O
consumidor está claramente no controlo
e exige que a sua experiência se ajuste
"magicamente" sempre que interage no
plano físico, digital ou emocional.
Só conseguem entregar estas expe-
riências, as empresas inteligentes (com
uma cadeia de abastecimento inteligente:
marketing inteligente; financeira inte-
ligente; serviço ao cliente inteligente;
compras inteligentes...). Estas empresas
inteligentes são justamente aquelas que
são movidas a dados, tecnicamente ágeis,
"design-led", utilizam IA (Inteligência
Artificial) e Machine Learning e colocam o cliente no centro.
Na construção da hiperpersonalização, a
transparência é chave. A personalização só
é relevante se interpretar correctamente
as necessidades do consumidor - isto está
perfeitamente dependente de ter e com-
preender os seus dados. Transparência
e segurança sobre como são os dados
recolhidos, utilizados e partilhados, assim
como dar ferramentas simples e intuitivas
para que possa manter o controlo dessa
mesma informação é um imperativo para
ganhar a confiança do consumidor, sem a
qual este não estará disposto a partilhar
os seus dados. A tecnologia tem tido uma evolução ex-
ponencial e permite-nos, de facto, termos
as empresas inteligentes que os clientes
exigem. O verdadeiro constrangimento
hoje é a capacidade das organizações
adoptarem e se adaptarem. Este é o
desafio que as empresas hoje enfrentam
para se manterem relevantes.
MANUELA VAZ
EDP ADAPTAÇÃO AO MERCADO RANDSTAD MELHORES PRÁTICAS A digitalização é hoje um tema incontornável em qualquer
organização, com todas as oportunidades e desafios que
se colocam à gestão da informação na era do digital
Conceitos como "big data", "internet of things" ou "realidade
virtual" passaram a estar no radar das empresas que não querem
perder o comboio da competitividade e da inovação. No final, o
objectivo é simples: facilitar a vida aos nossos clientes e permitir
oferecer produtos e serviços cada vez mais personalizados e
pensados à medida das suas necessidades individuais. Torna as
empresas mais ágeis e com maior capacidade de adaptação às
mudanças do mercado. O caminho para lá chegar nem sempre é
assim tão simples. Envolve investimento, investigação e, muitas
vezes, mudanças estruturais no seio das empresas. Um caminho
que é essencial ser percorrido...
PAULO CAMPOS COSTA
A abordagem de temas actuais, assim como a
qualidade do painel de oradores, faz da Conferência
da Executive Digest um espaço de partilha de
melhores práticas, aprendizagem e networking,
quer para gestores, quer para stakeholders
A digitalização na perspectiva dos dados e da forma como
se gere a informação serão fundamentais para o desenvolvi-
mento do negócio das empresas e para o seu sucesso. Agora
que o big data entrou no léxico empresarial é necessário
adaptá-lo e transformá-lo em informação inteligível e de
negócio. Conhecer os desafios e o que de melhor se faz nas
nossas empresas é um privilégio e um benchmark para todas
as organizações, em especial para as que além da gestão de
dados também gerem pessoas.
JOSÉ MIGUEL LEONARDO
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TESTEMUNHOS
BP PORTUGAL FUTURO DIGITAL Digitalizar ou "morrer" é um dos grandes desafios que se apresenta hoje em dia aos empresários e às empresas em
qualquer geografia. Isto porque, para se manter competitivo no mercado mundial, o sector empresarial não tem outra
opção senão modernizar os seus processos produtivos, optimizando-os através da adopção da digitalização que
tem vindo a emergir paulatinamente nos últimos anos como prática comum no dia-a-dia das empresas
A indústria 4.0, que assenta na digitalização,
é uma tendência que tem por base o Big
Data, o cloud computing e a internet e cujos
principais objectivos são o aumento da efi-
ciência das empresas, a redução de custos e
o aumento da competitividade, uma trilogia
tão necessária ao tecido industrial e sector
empresarial nacional.
As empresas que não forem capazes de se
qualificar, e dar o passo no sentido do futuro
digital, tirando partido destas novas tecno-
logias, serão inevitavelmente ultrapassadas
pela concorrência. Concorrência que num
mundo em que o digital impede a criação de
barreiras surgirá de onde menos se espera.
O panorama nacional parece, contudo,
animador. As empresas dão sinais de já ter
compreendido o poder da digitalização para
o seu negócio e essa evolução transparece
já na forma como conseguem, por exemplo,
acompanhar a tendência dos produtos cada
vez mais individualizados, taylor made, únicos.
O advento das abordagens disruptivas
quer no desenvolvimento de produto, na sua
produção e mesmo em toda a cadeia logística
associada, alavancado pela digitalização e pela
internet das coisas não é, contudo, desprovido
de riscos: à medida que as máquinas, o softwa-
re e a digitalização ganha terreno, os postos
de trabalho e as qualificações necessárias
estão a transformar-se à mesma velocidade
e no futuro, que parece ser já amanhã, terão
necessariamente de evoluir.
Escolas, universidades e empresas terão de
focar-se na digitalização e nas tecnologias de
informação porque as empresas procuram,
e precisam com a máxima urgência, de co-
laboradores com um perfil em que se exige
que sejam cada vez mais um especialista em
software, que entenda toda a cadeia de valor
e que saiba gerir o volume de informação (Big
Data) que ininterruptamente lhe é fornecido.
Em suma, neste novo panorama o momento
é de acção, quem parar ficará para trás e, mais
uma vez, a Executive Digest teve a visão para
trazer o tema da digitalização para a praça
pública, debatendo-o na sua XII Conferência e
apontando caminhos e tendências com alguns
dos principais especialistas nesta matéria.
ANABELA SILVA
CATÓLICA PORTO BUSINESS SCHOOL GESTÃO DA INFORMAÇÃO A digitalização é uma realidade na era que já vivemos da loT (Internet of Things). Sabemos que existe
muita informação disponível, muitos dados a serem recolhidos a cada instante e num suporte digital
As questões que então se colocam e que nos
trouxeram à Católica Porto Business School
são: o que fazemos com essa informação,
enquanto gestores? Como guardamos,
processamos, analisamos essa informação?
O que produzimos com essa informação e
para quem? Quando falamos da digitalização,
falamos na imaterialização de processos,
no potencial de integração de sistemas, no
acesso a informação mais fina e como tal
mais rica, disponível a quem precisa dela
e no momento em que é precisa. Com a
velocidade com que as transformações
ocorrem e com que os dados disponíveis
se multiplicam, impõe-se a partilha de
boas práticas, relativamente à gestão da
informação, para que melhore a gestão
baseada na informação. Na Católica Porto
Business School estamos comprometidos
com o desenvolvimento dos profissionais
da Economia e da Gestão para os mercados
globais, continuamente antecipando as
necessidades futuras das organizações.
A promoção deste evento e deste tema,
enquadra-se nesta responsabilidade de
juntar as empresas, os profissionais e a
academia, para continuar a melhor prepa-
rar os futuros gestores e assim contribuir
para uma melhor qualidade da gestão das
organizações e uma melhor Economia.
SOFIA SALGADO PINTO
Executive Digest Tiragem: 17000
País: Portugal
Period.: Mensal
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 4
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Área: 18,89 x 8,33 cm²
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26 TEMA DE CAPA* "
XII CONFERÊNCIA EXECUTIVE DIGEST
BIG DATA 1i' CHEGOU!!!
-ESTÁ pREpAR4D_Q?1--.. As empresas e instituições têm cada vez
mais dados. mas importa transformar esses
mesmos dados em informação útil para
alavancar os negócios. o desafio está aí
Executive Digest Tiragem: 17000
País: Portugal
Period.: Mensal
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 1
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Área: 20,00 x 19,46 cm²
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AS RELAÇÕES COM STÁRTUPS NOS MERCADOS EMERGENTES
O BIG DATA'.
AS EMPRESAS E INSTITUIÇÕES TEM CADA VEZ „; MAIS DADOS. MAS IMPORTA TRANSFORMAR ESSES MESMOS DADOS EM INFORMAÇÃO ÚTIL PARA ALAVANCAR OS NEGÓCIOS. O DESAFIO ESTÁ AI