LARANJA E SEUS PRODUTOS
EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL DE SUCO DE LARANJA
2.3282.421
2.781
2.332
2.814
2.422
2.664
2.236 2.225
2.441
2.626
2.282
2.019
2.433 2.441
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
01995/06 1997/08 1998/09 1999/10 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/101996/07
1. Qual a produção mundial de laranja e
de suco de laranja?
A produção mundial de laranja em 2009 foi
de 65 milhões de toneladas. A participação
brasileira nessa produção foi de 25%. Na
última década, a produção mundial de suco
esteve entre 2,2 e 2,8 milhões de
toneladas de FCOJ equivalente, isto é, em
suco concentrado. Abaixo é possível
visualizar a produção da região da Flórida e
da região de São Paulo-Triângulo Mineiro.
Há produção de suco em outras regiões do
mundo, entretanto como pode se observar,
Brasil e Estados Unidos são responsáveis
por mais de 80% da produção de suco
mundial.
Produção: Flórida Produção: São Paulo and Triângulo Mineiro Produção Mundial
Em milhões de toneladas de FCOJ e NFC equivalente a 66ºBrix
Fonte: Elaborado por Markestrat a partir de CitrusBR
2. Quem são os maiores produtores e
consumidores de suco de laranja?
O Brasil (região de São Paulo) e Estados
Unidos (região da Flórida) são os maiores
produtores de suco de laranja mundiais. Os
maiores consumidores do suco de laranja
brasileiro são os Estados Unidos com
aproximadamente 851 mil toneladas / ano e
a União Europeia com aproximadamente 1
milhão de toneladas / ano.
3. O que é tecnicamente considerado um
suco cítrico e um suco de laranja?
Suco cítrico é o suco obtido de frutos
cítricos, entre eles a laranja, o limão, a
tangerina, o grapefruit e o pomelo, por
exemplo. Embora o Brasil produza suco de
outras frutas cítricas, o principal produto
exportado é o suco de laranja que
corresponde a 38% do consumo mundial de
sucos de frutas e 50% do consumo brasileiro
de sucos de frutas.
LARANJA E SEUS PRODUTOS
EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL DE SUCO DE LARANJA
2.3282.421
2.781
2.332
2.814
2.422
2.664
2.236 2.225
2.441
2.626
2.282
2.019
2.433 2.441
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
01995/06 1997/08 1998/09 1999/10 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/101996/07
1. Qual a produção mundial de laranja e
de suco de laranja?
A produção mundial de laranja em 2009 foi
de 65 milhões de toneladas. A participação
brasileira nessa produção foi de 25%. Na
última década, a produção mundial de suco
esteve entre 2,2 e 2,8 milhões de
toneladas de FCOJ equivalente, isto é, em
suco concentrado. Abaixo é possível
visualizar a produção da região da Flórida e
da região de São Paulo-Triângulo Mineiro.
Há produção de suco em outras regiões do
mundo, entretanto como pode se observar,
Brasil e Estados Unidos são responsáveis
por mais de 80% da produção de suco
mundial.
Produção: Flórida Produção: São Paulo and Triângulo Mineiro Produção Mundial
Em milhões de toneladas de FCOJ e NFC equivalente a 66ºBrix
Fonte: Elaborado por Markestrat a partir de CitrusBR
2. Quem são os maiores produtores e
consumidores de suco de laranja?
O Brasil (região de São Paulo) e Estados
Unidos (região da Flórida) são os maiores
produtores de suco de laranja mundiais. Os
maiores consumidores do suco de laranja
brasileiro são os Estados Unidos com
aproximadamente 851 mil toneladas / ano e
a União Europeia com aproximadamente 1
milhão de toneladas / ano.
3. O que é tecnicamente considerado um
suco cítrico e um suco de laranja?
Suco cítrico é o suco obtido de frutos
cítricos, entre eles a laranja, o limão, a
tangerina, o grapefruit e o pomelo, por
exemplo. Embora o Brasil produza suco de
outras frutas cítricas, o principal produto
exportado é o suco de laranja que
corresponde a 38% do consumo mundial de
sucos de frutas e 50% do consumo brasileiro
de sucos de frutas.
4. Qual a diferença do suco de laranja
fresco e do suco exportado?
O suco de laranja fresco, obtido
diretamente da fruta espremido em casa ou
em restaurantes, padarias, etc, é o suco
natural, que deve ser consumido na hora
pois tem vida curta e pode deteriorar-se
quando armazenado por muito tempo. O
suco exportado pode ser o suco concentrado
(FCOJ – Frozen Concentrated Orange Juice)
ou suco não concentrado e refrigerado (NFC
– Not from Concentrate), sendo que ambos
passam por um processo industrial que
permite o transporte e armazenamento por
períodos mais longos. O suco concentrado e
congelado (FCOJ) é exportado e
reconstituído com a adição de água no país
de destino, para adaptação de acordo com
as exigências do mercado consumidor local.
5. Quais os outros subprodutos da laranja?
Eles também são exportados?
O processo de produção de suco de laranja
gera diversos subprodutos, que também são
exportados. Entre os subprodutos da
laranja, estão o farelo de polpa cítrica
(CPP), utilizado em alimentação animal, o
óleo essencial e líquidos aromáticos,
utilizados nas indústrias alimentícia e
cosmética, e os terpenos utilizados na
indústria química, por exemplo.
6. Quais as modalidades de fruta e suas
características?
As de fruta diferenciam-se entre si com
relação a tamanho, acidez, conteúdo de
açúcares e outras características. O plantio
de diferentes variedades contribui para
ampliar o período de colheita, manejar o
controle de doenças e reduzir os impactos
das adversidades climáticas. Entre as
principais variedades cultivadas no Brasil
estão as precoces (Hamlin, Westin, Rubi e
Pineapple), meia-estação (Pêra) e tardias
(Valência e Natal). Nos pomares de São
Paulo, 55% das árvores são de variedades
tardias.
7. Qual a posição do Brasil na produção e
exportação de laranja e suco de laranja?
O Brasil é o maior produtor e exportador de
suco de laranja, produzindo 53% do suco de
laranja do mundo e exportando 98% de sua
produção. Aproximadamente 85% do suco de
laranja exportado mundialmente é
proveniente do Brasil. Em nenhum outro
setor o Brasil exerce uma posição de
liderança tão isolada.
8. O Brasil exporta laranja in natura?
Sim, entretanto o volume exportado é muito
pequeno, especialmente se comparado ao
volume de suco. O mercado internacional
tem preferência pelas frutas produzidas na
região do Mediterrâneo e Califórnia, e nos
últimos anos houve um aumento da
produção de frutas em lugares como a
Espanha e o continente africano. A produção
brasileira de frutas destina-se em sua maior
parte às indústrias processadoras de suco e
ao abastecimento do mercado interno de
frutas in natura.
COMÉRCIO E EXPORTAÇOES
9. Quais os tipos de suco de laranja
exportados?
O Brasil exporta basicamente o suco de
laranja concentrado e congelado ou FCOJ
(Frozen Concentrate Orange Juice), e o suco
não concentrado ou NFC (Not-From-
Concentrate). A tecnologia que permite
exportar grandes quantidades de sucos a
granel para destinos longínquos foi
desenvolvida no Brasil, ao longo de anos de
NFC equivalente a 66° Brix Valor Exprotado
Valo
r export
ado e
m U
S$ d
óla
res
Fontes: Elaborado por Markestrat a partir de Cacex, Siscomex & SECEX/MDIC.
10. Como é reconhecida a qualidade do
suco brasileiro no mercado Internacional?
O suco brasileiro é considerado de ótima
qualidade. As exportações para os EUA são
submetidas a uma rigorosa inspeção pelo
Departamento de Agricultura (USDA) sendo
classificadas através de uma escala que
atribui pontos às vendas como cor, sabor,
ratio (equilíbrio doce/ácido) e defeitos. O
suco brasileiro possui alto score e é
classificado como US grade A, sendo muitas
vezes utilizado em misturas com outros
sucos de qualidade inferior (blended). Além
disso, no mercado Europeu o suco brasileiro
passa pela certificação de qualidade da SGF,
organismo que atesta a qualidade e
autenticidade das matérias primas utilizadas
em sucos e alimentos à base de frutas
importados pelos países Europeus.
FCOJ
Quanti
dade e
m m
il t
onela
das
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
2.0
00
2.0
01
2.0
02
2.0
03
2.0
04
2.0
05
2.0
06
2.0
07
2.0
08
2.0
09
1.277 1.348 1.189 1.312 1.254 1.320 1.208 1.271 1.122 1.130
171169145
10383
605125
$ 1.034$ 845
$ 1.041$ 1.193
$ 1.058 $ 1.111
$ 1.469
$ 2.252
$ 1.997
$ 1.619
EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE E DO VALOR FINANCEIRO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE SUCO DE LARANJA
LARANJA E SUAS PARTES
APROVEITAMENTO DA LARANJA
Sementes
Segmentos de suco
Segmentos oleosos
Flavedo
Albedo
Núcleo central
Segmento
eParede de s gmento
ele, sement e ba açoP e g
4 2 %9, 4
Suco de laranja 44,81%
Polpa2,67%
Óleos Essenciais 1,79%
D-Limoneno 0,92%
Água 0,46%
Óleo 0,11%
4. Qual a diferença do suco de laranja
fresco e do suco exportado?
O suco de laranja fresco, obtido
diretamente da fruta espremido em casa ou
em restaurantes, padarias, etc, é o suco
natural, que deve ser consumido na hora
pois tem vida curta e pode deteriorar-se
quando armazenado por muito tempo. O
suco exportado pode ser o suco concentrado
(FCOJ – Frozen Concentrated Orange Juice)
ou suco não concentrado e refrigerado (NFC
– Not from Concentrate), sendo que ambos
passam por um processo industrial que
permite o transporte e armazenamento por
períodos mais longos. O suco concentrado e
congelado (FCOJ) é exportado e
reconstituído com a adição de água no país
de destino, para adaptação de acordo com
as exigências do mercado consumidor local.
5. Quais os outros subprodutos da laranja?
Eles também são exportados?
O processo de produção de suco de laranja
gera diversos subprodutos, que também são
exportados. Entre os subprodutos da
laranja, estão o farelo de polpa cítrica
(CPP), utilizado em alimentação animal, o
óleo essencial e líquidos aromáticos,
utilizados nas indústrias alimentícia e
cosmética, e os terpenos utilizados na
indústria química, por exemplo.
6. Quais as modalidades de fruta e suas
características?
As de fruta diferenciam-se entre si com
relação a tamanho, acidez, conteúdo de
açúcares e outras características. O plantio
de diferentes variedades contribui para
ampliar o período de colheita, manejar o
controle de doenças e reduzir os impactos
das adversidades climáticas. Entre as
principais variedades cultivadas no Brasil
estão as precoces (Hamlin, Westin, Rubi e
Pineapple), meia-estação (Pêra) e tardias
(Valência e Natal). Nos pomares de São
Paulo, 55% das árvores são de variedades
tardias.
7. Qual a posição do Brasil na produção e
exportação de laranja e suco de laranja?
O Brasil é o maior produtor e exportador de
suco de laranja, produzindo 53% do suco de
laranja do mundo e exportando 98% de sua
produção. Aproximadamente 85% do suco de
laranja exportado mundialmente é
proveniente do Brasil. Em nenhum outro
setor o Brasil exerce uma posição de
liderança tão isolada.
8. O Brasil exporta laranja in natura?
Sim, entretanto o volume exportado é muito
pequeno, especialmente se comparado ao
volume de suco. O mercado internacional
tem preferência pelas frutas produzidas na
região do Mediterrâneo e Califórnia, e nos
últimos anos houve um aumento da
produção de frutas em lugares como a
Espanha e o continente africano. A produção
brasileira de frutas destina-se em sua maior
parte às indústrias processadoras de suco e
ao abastecimento do mercado interno de
frutas in natura.
COMÉRCIO E EXPORTAÇOES
9. Quais os tipos de suco de laranja
exportados?
O Brasil exporta basicamente o suco de
laranja concentrado e congelado ou FCOJ
(Frozen Concentrate Orange Juice), e o suco
não concentrado ou NFC (Not-From-
Concentrate). A tecnologia que permite
exportar grandes quantidades de sucos a
granel para destinos longínquos foi
desenvolvida no Brasil, ao longo de anos de
NFC equivalente a 66° Brix Valor Exprotado
Valo
r export
ado e
m U
S$ d
óla
res
Fontes: Elaborado por Markestrat a partir de Cacex, Siscomex & SECEX/MDIC.
10. Como é reconhecida a qualidade do
suco brasileiro no mercado Internacional?
O suco brasileiro é considerado de ótima
qualidade. As exportações para os EUA são
submetidas a uma rigorosa inspeção pelo
Departamento de Agricultura (USDA) sendo
classificadas através de uma escala que
atribui pontos às vendas como cor, sabor,
ratio (equilíbrio doce/ácido) e defeitos. O
suco brasileiro possui alto score e é
classificado como US grade A, sendo muitas
vezes utilizado em misturas com outros
sucos de qualidade inferior (blended). Além
disso, no mercado Europeu o suco brasileiro
passa pela certificação de qualidade da SGF,
organismo que atesta a qualidade e
autenticidade das matérias primas utilizadas
em sucos e alimentos à base de frutas
importados pelos países Europeus.
FCOJ
Quanti
dade e
m m
il t
onela
das
2.500
2.000
1.500
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08
2.0
09
1.277 1.348 1.189 1.312 1.254 1.320 1.208 1.271 1.122 1.130
171169145
10383
605125
$ 1.034$ 845
$ 1.041$ 1.193
$ 1.058 $ 1.111
$ 1.469
$ 2.252
$ 1.997
$ 1.619
EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE E DO VALOR FINANCEIRO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE SUCO DE LARANJA
LARANJA E SUAS PARTES
APROVEITAMENTO DA LARANJA
Sementes
Segmentos de suco
Segmentos oleosos
Flavedo
Albedo
Núcleo central
Segmento
Pa e de egm n or de s e t
el en e baP e, sem te gaço
%49,24
Suco de laranja 44,81%
Polpa2,67%
Óleos Essenciais 1,79%
D-Limoneno 0,92%
Água 0,46%
Óleo 0,11%
11. O Suco de laranja é uma commodity?
Sim, o suco de laranja, assim como outras
commodities, é um produto produzido e
exportado em grandes quantidades, com
características uniformes. Teoricamente as
commodities têm baixo grau de
industrialização, entretanto o suco de
laranja exportado passa por diversos
processos industriais para que possa ser
comercializado de acordo com as exigências
dos mercados consumidores com relação a
análises microbiológicas, temperatura, Brix
(concentração de sólidos solúveis), ratio
(razão entre o Brix e o grau de acidez),
entre outras características. A Bolsa de Nova
Iorque negocia contratos futuros de FCOJ
(suco de laranja concentrado e congelado).
12. Como funciona a cadeia de produção?
A indústria representa um elo intermediário
da cadeia produtiva de suco de laranja, que
é formada também por citricultores,
engarrafadores, distribuidores, redes
varejistas e consumidores nos países
importadores. Parte da laranja utilizada
para processamento é proveniente de
pomares próprios da indústria, ao passo que
o restante é adquirido de citricultores por
meio de contratos de médio e longo prazo
ou no mercado “spot” isto é, contratos no
momento da safra.
13. Como funciona a logística de
exportação?
97% do suco de laranja exportado é
produzido nas indústrias localizadas no
interior do Estado de São Paulo. De lá, o
suco é transportado em caminhões tanque,
próprios para este uso, que percorrem as
principais rodovias paulistas até o porto de
Santos. No porto, navios desenvolvidos
especificamente para o transporte de suco
são carregados para seguirem aos destinos
consumidores. É importante notar que a
tecnologia envolvida no transporte é
extremamente avançada e exige altos
investimentos por parte da indústria, tanto
do ponto de vista asséptico, quanto no
desenvolvimento de tecnologias que
permitam o transporte para destinos
longínquos de forma que o produto chegue
aos terminais estrangeiros mantendo suas
características de temperatura e
microbiologia.
14. Quais as principais barreiras tarifárias e
não tarifárias ao suco de laranja brasileiro?
O suco de laranja brasileiro enfrenta diversas
barreiras tarifárias que diminuem sua
competitividade no mercado internacional.
Veja abaixo as barreiras tarifárias que são
impostas pelos principais mercados
importadores do suco brasileiro:
O suco brasileiro também precisa atender a
uma série de exigências técnicas que
envolvem questões fitossanitárias, de
embalagem, de consistência na qualidade do
produto, regularidade na entrega,
conformidade com o Codex Alimentarius,
respeito às legislações gerais e locais para
comércio de alimentos, entre outras. Há
exigências técnicas que representam
verdadeiras barreiras não-tarifárias para o
suco brasileiro.
País/Região Alíquota do Imposto
de Importação
7,5% para suco abaixo
de -18ºC e 30% para suco
acima de -18ºC
Europa
Estados Unidos
Japão
Coreia do Sul
China
Austrália
Outros países
12,20%
FCOJ US$ 415/ton
NFC US$ 42/ton
25,50%
54%
5%
Isentos
VALOR DOS IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO PARA O SUCO DE LARANJA BRASILEIRO
Fontes: Elaborado por Markestrat a partir de dados da CitrusBR.
O México tem isenção até alcançar 30.000 toneladas ao ano. No entanto,
as exportações mexicanas atuais não atingem essa quantidade, ficando,
portanto, isentas de tributação.
15. Porque a exportação está tão
concentrada em Europa, Estados Unidos e
Japão?
Os principais mercados importadores são a
Europa, que importa aproximadamente 70%
do suco brasileiro, e os Estados Unidos, que
importam aproximadamente 13%. O
restante está dividido em outros países,
com destaque para Japão e China. A
principal explicação reside no fato que o
suco de laranja é um produto caro,
consumido por públicos de renda mais
elevada. No caso da China, por exemplo,
percebe-se que o pontencial de consumo é
grande quando os preços do produto estão
mais baixos. Um segundo fator importante é
a logística, pois o suco exportado a granel é
recebido em terminais próprios e com
tecnologia específica para recebimento do
suco. Atualmente as empresas brasileiras
dispõem de terminais na Europa, Estados
Unidos, Japão, e Austrália.
DESTINO DO FCOJ BRASILEIRO POR DÉCADA E EM 2009
Fontes: Elaborado por Markestrat a partir do Cacex, Siscomex e SECEX/MDIC.
América do Norte
Década 1970
3% 2%2%
43%
53%
2%
9%
63%
26%
3%
11% 13%
4%
64%
70%71%
16% 13%
33%
Década 1980 Década 1990 Década 2000
Década 2009
Europa Asia Outros continentes
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
26%América doNorte
74%Europa
DESTINO DO NFC BRASILEIRO
NA DÉCADA DE 2000
Fontes: Elaborado por Markestrat a partir de Cacex,
Banco do Brasil, Siscomex & SECEX/MDIC.
11. O Suco de laranja é uma commodity?
Sim, o suco de laranja, assim como outras
commodities, é um produto produzido e
exportado em grandes quantidades, com
características uniformes. Teoricamente as
commodities têm baixo grau de
industrialização, entretanto o suco de
laranja exportado passa por diversos
processos industriais para que possa ser
comercializado de acordo com as exigências
dos mercados consumidores com relação a
análises microbiológicas, temperatura, Brix
(concentração de sólidos solúveis), ratio
(razão entre o Brix e o grau de acidez),
entre outras características. A Bolsa de Nova
Iorque negocia contratos futuros de FCOJ
(suco de laranja concentrado e congelado).
12. Como funciona a cadeia de produção?
A indústria representa um elo intermediário
da cadeia produtiva de suco de laranja, que
é formada também por citricultores,
engarrafadores, distribuidores, redes
varejistas e consumidores nos países
importadores. Parte da laranja utilizada
para processamento é proveniente de
pomares próprios da indústria, ao passo que
o restante é adquirido de citricultores por
meio de contratos de médio e longo prazo
ou no mercado “spot” isto é, contratos no
momento da safra.
13. Como funciona a logística de
exportação?
97% do suco de laranja exportado é
produzido nas indústrias localizadas no
interior do Estado de São Paulo. De lá, o
suco é transportado em caminhões tanque,
próprios para este uso, que percorrem as
principais rodovias paulistas até o porto de
Santos. No porto, navios desenvolvidos
especificamente para o transporte de suco
são carregados para seguirem aos destinos
consumidores. É importante notar que a
tecnologia envolvida no transporte é
extremamente avançada e exige altos
investimentos por parte da indústria, tanto
do ponto de vista asséptico, quanto no
desenvolvimento de tecnologias que
permitam o transporte para destinos
longínquos de forma que o produto chegue
aos terminais estrangeiros mantendo suas
características de temperatura e
microbiologia.
14. Quais as principais barreiras tarifárias e
não tarifárias ao suco de laranja brasileiro?
O suco de laranja brasileiro enfrenta diversas
barreiras tarifárias que diminuem sua
competitividade no mercado internacional.
Veja abaixo as barreiras tarifárias que são
impostas pelos principais mercados
importadores do suco brasileiro:
O suco brasileiro também precisa atender a
uma série de exigências técnicas que
envolvem questões fitossanitárias, de
embalagem, de consistência na qualidade do
produto, regularidade na entrega,
conformidade com o Codex Alimentarius,
respeito às legislações gerais e locais para
comércio de alimentos, entre outras. Há
exigências técnicas que representam
verdadeiras barreiras não-tarifárias para o
suco brasileiro.
País/Região Alíquota do Imposto
de Importação
7,5% para suco abaixo
de -18ºC e 30% para suco
acima de -18ºC
Europa
Estados Unidos
Japão
Coreia do Sul
China
Austrália
Outros países
12,20%
FCOJ US$ 415/ton
NFC US$ 42/ton
25,50%
54%
5%
Isentos
VALOR DOS IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO PARA O SUCO DE LARANJA BRASILEIRO
Fontes: Elaborado por Markestrat a partir de dados da CitrusBR.
O México tem isenção até alcançar 30.000 toneladas ao ano. No entanto,
as exportações mexicanas atuais não atingem essa quantidade, ficando,
portanto, isentas de tributação.
15. Porque a exportação está tão
concentrada em Europa, Estados Unidos e
Japão?
Os principais mercados importadores são a
Europa, que importa aproximadamente 70%
do suco brasileiro, e os Estados Unidos, que
importam aproximadamente 13%. O
restante está dividido em outros países,
com destaque para Japão e China. A
principal explicação reside no fato que o
suco de laranja é um produto caro,
consumido por públicos de renda mais
elevada. No caso da China, por exemplo,
percebe-se que o pontencial de consumo é
grande quando os preços do produto estão
mais baixos. Um segundo fator importante é
a logística, pois o suco exportado a granel é
recebido em terminais próprios e com
tecnologia específica para recebimento do
suco. Atualmente as empresas brasileiras
dispõem de terminais na Europa, Estados
Unidos, Japão, e Austrália.
DESTINO DO FCOJ BRASILEIRO POR DÉCADA E EM 2009
Fontes: Elaborado por Markestrat a partir do Cacex, Siscomex e SECEX/MDIC.
América do Norte
Década 1970
3% 2%2%
43%
53%
2%
9%
63%
26%
3%
11% 13%
4%
64%
70%71%
16% 13%
33%
Década 1980 Década 1990 Década 2000
Década 2009
Europa Asia Outros continentes
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
26%América doNorte
74%Europa
DESTINO DO NFC BRASILEIRO
NA DÉCADA DE 2000
Fontes: Elaborado por Markestrat a partir de Cacex,
Banco do Brasil, Siscomex & SECEX/MDIC.
16. Porque as grandes empresas
exportadoras não têm marca própria e
não vendem o próprio suco diretamente
nos mercados internacionais?
A produção em grande escala certamente
traz vantagens competitivas para a
indústria brasileira, que foi se consolidando
e concentrando em resposta ao processo de
concentração dos engarrafadores e
varejistas no mercado externo. Por outro
lado, quanto mais atividades a indústria
exercer, maiores são os investimentos e
riscos envolvidos. Para comercializar o suco
engarrafado nos mercados internacionais é
necessário Concorrer com gigantes
engarrafadores e distribuidores, o que
demanda altíssimos investimentos.
17. Como é a formação do preço da
tonelada de suco de laranja?
O preço do suco de laranja exportado
depende da combinação de diversas
variáveis de mercado, tais como: o preço
dos contratos futuros de suco de laranja na
bolsa de NY, o nível dos estoques, o
tamanho das safras brasileira e norte-
americana, a demanda nos mercados
consumidores bem como as condições
econômicas nesses países, além das
influências climáticas a cada ano.
18. As empresas brasileiras produzem
suco de laranja fora do Brasil?
Sim, algumas empresas brasileiras possuem
instalações nos Estados Unidos. Das nove
fábricas em funcionamento atualmente na
Flórida, quatro possuem seu headquarter no
Brasil. As duas fábricas de Auburndale, da
Sucocitrico Cutrale, a de Lake Wales da
Citrosuco e a de Indiantown da Louis
Dreyfus. Dessa forma, cerca de 50% do suco
de laranja produzido nos Estados Unidos
provém de empresas brasileiras instaladas
em território americano.
19. Qual o histórico da atividade produtora
e exportadora de sucos cítricos no Brasil?
O grande impulso para o desenvolvimento da
indústria cítrica brasileira foi a geada que
atingiu os pomares da Flórida em 1962,
chegando a destruir 13 milhões de árvores
adultas e impedindo os americanos de
abastecerem seu mercado interno e o mercado
europeu. O Brasil trabalhou para preencher
essa lacuna, e no início da década de 60 fez as
primeiras exportações experimentais de suco
concentrado de laranja. Nas décadas
seguintes, a região da Flórida sofreu com
sucessivas geadas que causaram perdas na
produção, diminuição no rendimento das
frutas devido ao congelamento das células e
polpa, além da morte de milhares de árvores.
Assim as exportações brasileiras se firmaram e
a indústria entrou em uma fase de franca
expansão, ao ponto de que na década de 80, o
Brasil tornou-se o maior produtor mundial de
laranjas, superando os Estados Unidos não só
em produção como também em tecnologia de
citros.
20. Porque o consumo de suco
industrializado é irrisório no Brasil?
A maior parte da produção de suco
industrializado no Brasil é destinada à
exportação pois o Brasil é um dos poucos
países do mundo cujos habitantes tem o
privilégio de poder consumir o suco preparado
na hora com custos baixos. Da produção total
de suco de laranja industrializado no Brasil,
apenas 97% são destinados ao mercado
externo.
21. Quais são as principais indústrias
brasileiras produtoras e exportadoras de
sucos cítricos?
Atualmente, as maiores indústrias são a
Sucocítrico Cutrale; a Citrovita, que faz parte
do Grupo Votorantim; a Citrosuco, que faz
parte do Grupo Fischer; e a Louis Dreyfus
Commodities. Juntas, essas empresas
respondem por 98% da produção e 99% das
exportações brasileiras de suco de laranja.
LARANJA NO BRASIL
16. Porque as grandes empresas
exportadoras não têm marca própria e
não vendem o próprio suco diretamente
nos mercados internacionais?
A produção em grande escala certamente
traz vantagens competitivas para a
indústria brasileira, que foi se consolidando
e concentrando em resposta ao processo de
concentração dos engarrafadores e
varejistas no mercado externo. Por outro
lado, quanto mais atividades a indústria
exercer, maiores são os investimentos e
riscos envolvidos. Para comercializar o suco
engarrafado nos mercados internacionais é
necessário Concorrer com gigantes
engarrafadores e distribuidores, o que
demanda altíssimos investimentos.
17. Como é a formação do preço da
tonelada de suco de laranja?
O preço do suco de laranja exportado
depende da combinação de diversas
variáveis de mercado, tais como: o preço
dos contratos futuros de suco de laranja na
bolsa de NY, o nível dos estoques, o
tamanho das safras brasileira e norte-
americana, a demanda nos mercados
consumidores bem como as condições
econômicas nesses países, além das
influências climáticas a cada ano.
18. As empresas brasileiras produzem
suco de laranja fora do Brasil?
Sim, algumas empresas brasileiras possuem
instalações nos Estados Unidos. Das nove
fábricas em funcionamento atualmente na
Flórida, quatro possuem seu headquarter no
Brasil. As duas fábricas de Auburndale, da
Sucocitrico Cutrale, a de Lake Wales da
Citrosuco e a de Indiantown da Louis
Dreyfus. Dessa forma, cerca de 50% do suco
de laranja produzido nos Estados Unidos
provém de empresas brasileiras instaladas
em território americano.
19. Qual o histórico da atividade produtora
e exportadora de sucos cítricos no Brasil?
O grande impulso para o desenvolvimento da
indústria cítrica brasileira foi a geada que
atingiu os pomares da Flórida em 1962,
chegando a destruir 13 milhões de árvores
adultas e impedindo os americanos de
abastecerem seu mercado interno e o mercado
europeu. O Brasil trabalhou para preencher
essa lacuna, e no início da década de 60 fez as
primeiras exportações experimentais de suco
concentrado de laranja. Nas décadas
seguintes, a região da Flórida sofreu com
sucessivas geadas que causaram perdas na
produção, diminuição no rendimento das
frutas devido ao congelamento das células e
polpa, além da morte de milhares de árvores.
Assim as exportações brasileiras se firmaram e
a indústria entrou em uma fase de franca
expansão, ao ponto de que na década de 80, o
Brasil tornou-se o maior produtor mundial de
laranjas, superando os Estados Unidos não só
em produção como também em tecnologia de
citros.
20. Porque o consumo de suco
industrializado é irrisório no Brasil?
A maior parte da produção de suco
industrializado no Brasil é destinada à
exportação pois o Brasil é um dos poucos
países do mundo cujos habitantes tem o
privilégio de poder consumir o suco preparado
na hora com custos baixos. Da produção total
de suco de laranja industrializado no Brasil,
apenas 97% são destinados ao mercado
externo.
21. Quais são as principais indústrias
brasileiras produtoras e exportadoras de
sucos cítricos?
Atualmente, as maiores indústrias são a
Sucocítrico Cutrale; a Citrovita, que faz parte
do Grupo Votorantim; a Citrosuco, que faz
parte do Grupo Fischer; e a Louis Dreyfus
Commodities. Juntas, essas empresas
respondem por 98% da produção e 99% das
exportações brasileiras de suco de laranja.
LARANJA NO BRASIL
22. Onde estão localizadas as indústrias
exportadoras de suco de laranja?
As indústrias estão localizadas em sua
maioria na região Sudeste, no interior do
Estado de São Paulo e Paraná. A região
conhecida como “cinturão citrícola” é
composta por cidades do interior de São
Paulo mais o triângulo mineiro. Há também
pequenas indústrias na Bahia, Sergipe e Rio
Grande do Sul.
São Paulo
Brasil
Cinturão Citrícola Brasileiro
23. Qual a área plantada e os níveis de
produtividade?
A laranja é a fruta mais plantada no país,
sendo que seu cultivo ocupa
aproximadamente 800 mil hectares.
Utilizando apenas 0,2% das terras aráveis do
Brasil (aproximadamente 340 milhões de
hectares), o Brasil é o maior produtor de
laranjas do mundo.
A média nacional em termos de
produtividade era de 380 caixas/hectare em
1990, e atualmente é de 475 caixas/hectare.
Isso significa um enorme ganho de
produtividade alcançado por investimentos e
pesquisas, sem que a área plantada fosse
aumentada. Dependendo do tamanho das
propriedades e das tecnologias utilizadas, há
produtores que conseguem atingir uma
produtividade acima de 1400 caixas por
hectare, entretanto a maior parcela dos
produtores que fornecem laranja para a
indústria de sucos encontra-se numa faixa de
produtividade entre 700 e 1.099 caixas por
hectare.
24. Quando ocorre a safra da laranja no
Brasil e em outras regiões do mundo?
No Brasil o clima favorável permite que as
laranjas sejam cultivadas ao longo de todo o
ano. A safra comercial vai de Julho a Junho
do ano seguinte, e o período de colheita vai
de Maio a Fevereiro do ano seguinte. Nos
Estados Unidos a safra comercial vai de
outubro a setembro do ano seguinte e a
colheita estende-se de Outubro até Junho do
ano seguinte.
25. Como são as condições de trabalho no
setor citrícola?
No Brasil a cadeia citrícola emprega ao longo
do ano trabalhadores fixos e temporários. A
colheita é realizada quase totalmente de
forma manual portanto é intensiva em mão
de obra. No cinturão citrícola, assim como
nas principais regiões produtoras do mundo e
em outros cultivos de commodities, as
atividades de plantio dos pomares, cultivo da
safra, colheita das frutas e transporte da
laranja até o ponto de compra são de
responsabilidade dos produtores agrícolas. Na
última safra estima-se que a cadeia agrícola
envolveu um total de 230 mil empregos
diretos e indiretos.
A legislação trabalhista brasileira é uma das
mais rigorosas do mundo e deve ser cumprida
à risca por todos os empregadores. A norma
reguladora 31, por exemplo, estabelece a
necessidade do trabalhador rural em oferecer
condições adequadas de trabalho, higiene e
conforto, com instalações adequadas para
refeições e descanso, fornecimento de
equipamentos de proteção individual,
treinamento, etc. As empresas brasileiras
associadas à SGF – organização internacional
que certifica a qualidade de matérias primas
para o mercado europeu - seguem um código
de conduta pelo qual comprometem-se a
seguir também os padrões da Organização
Internacional de Trabalho. São realizadas
auditorias periódicas nas fábricas e pomares
para garantir que os padrões estejam sendo
seguidos.
26. Por que houve um processo de
concentração e consolidação da indústria de
sucos cítricos no Brasil?
O processo de consolidação começou nos
mercados consumidores, ou seja, na ponta
final da cadeia citrícola. Fusões e aquisições
entre os distribuidores e supermercados
externos motivaram fusões e aquisições dos
engarrafadores de suco. Os engarrafadores são
os clientes das indústrias de sucos cítricos.
Vale lembrar que o processo de concentração
não é exclusivo do setor citrícola, e ocorreu
nos últimos anos em outros setores da
economia brasileira e mundial, como forma de
aumentar a eficiência, reduzir custos e
otimizar processos. A partir da concentração
dos engarrafadores e redes varejistas na
Europa e Estados Unidos, a indústria brasileira
precisou adaptar-se para continuar
competitiva no mercado. Os investimentos
necessários para a produção de suco de laranja
em grande escala são altos, pela própria
natureza do negócio e pela logística envolvida.
Também é importante perceber que a
concentração existe na ponta da produção,
pois a maioria dos pomares está sob a
propriedade de uma pequena parcela dos
citricultores, pela mesma lógica de mercado
que requer produção em escala e
investimentos em tecnologia, combate a
pragas, irrigação, etc.
27. Como é a relação entre produtores de
laranja e indústria de suco?
A indústria precisa dos produtores de laranja
para produzir suco de laranja, uma vez que os
pomares próprios da indústria fornecem apenas
uma parcela da quantidade de laranjas
utilizadas. O citricultor que deseja vender sua
produção à indústria pode optar pela
assinatura de contratos ou por vender sua
mercadoria no mercado spot, ou seja, com
contratos para a safra do ano e sujeito às
variações de oferta e demanda do mercado. Há
citricultores que avaliam as condições de risco
do mercado e preferem ainda assim investir no
mercado spot, mas infelizmente há
citricultores que tem dificuldades em analisar
todas as variáveis de mercado e acabam tendo
prejuízos sofrendo com a volatilidade dos
preços internacionais do suco de laranja.
28. Quais as características dos contratos
entre produtores e indústria?
Há diversos tipos de contrato entre produtores
e indústria. Há contratos de longo prazo e
médio prazo, que determinam as condições de
compra por parte da indústria, estabelecendo
preços fixos ou atrelados a prêmios de acordo
com as condições do mercado. Em condições
de mercado favoráveis, nos casos em que a
safra é baixa e a demanda é alta, os preços do
mercado spot podem ser mais atrativos. Cabe
aos citricultores a decisão sobre a forma de
venda de sua produção: se prefere correr o
LARANJA NO BRASIL
22. Onde estão localizadas as indústrias
exportadoras de suco de laranja?
As indústrias estão localizadas em sua
maioria na região Sudeste, no interior do
Estado de São Paulo e Paraná. A região
conhecida como “cinturão citrícola” é
composta por cidades do interior de São
Paulo mais o triângulo mineiro. Há também
pequenas indústrias na Bahia, Sergipe e Rio
Grande do Sul.
São Paulo
Brasil
Cinturão Citrícola Brasileiro
23. Qual a área plantada e os níveis de
produtividade?
A laranja é a fruta mais plantada no país,
sendo que seu cultivo ocupa
aproximadamente 800 mil hectares.
Utilizando apenas 0,2% das terras aráveis do
Brasil (aproximadamente 340 milhões de
hectares), o Brasil é o maior produtor de
laranjas do mundo.
A média nacional em termos de
produtividade era de 380 caixas/hectare em
1990, e atualmente é de 475 caixas/hectare.
Isso significa um enorme ganho de
produtividade alcançado por investimentos e
pesquisas, sem que a área plantada fosse
aumentada. Dependendo do tamanho das
propriedades e das tecnologias utilizadas, há
produtores que conseguem atingir uma
produtividade acima de 1400 caixas por
hectare, entretanto a maior parcela dos
produtores que fornecem laranja para a
indústria de sucos encontra-se numa faixa de
produtividade entre 700 e 1.099 caixas por
hectare.
24. Quando ocorre a safra da laranja no
Brasil e em outras regiões do mundo?
No Brasil o clima favorável permite que as
laranjas sejam cultivadas ao longo de todo o
ano. A safra comercial vai de Julho a Junho
do ano seguinte, e o período de colheita vai
de Maio a Fevereiro do ano seguinte. Nos
Estados Unidos a safra comercial vai de
outubro a setembro do ano seguinte e a
colheita estende-se de Outubro até Junho do
ano seguinte.
25. Como são as condições de trabalho no
setor citrícola?
No Brasil a cadeia citrícola emprega ao longo
do ano trabalhadores fixos e temporários. A
colheita é realizada quase totalmente de
forma manual portanto é intensiva em mão
de obra. No cinturão citrícola, assim como
nas principais regiões produtoras do mundo e
em outros cultivos de commodities, as
atividades de plantio dos pomares, cultivo da
safra, colheita das frutas e transporte da
laranja até o ponto de compra são de
responsabilidade dos produtores agrícolas. Na
última safra estima-se que a cadeia agrícola
envolveu um total de 230 mil empregos
diretos e indiretos.
A legislação trabalhista brasileira é uma das
mais rigorosas do mundo e deve ser cumprida
à risca por todos os empregadores. A norma
reguladora 31, por exemplo, estabelece a
necessidade do trabalhador rural em oferecer
condições adequadas de trabalho, higiene e
conforto, com instalações adequadas para
refeições e descanso, fornecimento de
equipamentos de proteção individual,
treinamento, etc. As empresas brasileiras
associadas à SGF – organização internacional
que certifica a qualidade de matérias primas
para o mercado europeu - seguem um código
de conduta pelo qual comprometem-se a
seguir também os padrões da Organização
Internacional de Trabalho. São realizadas
auditorias periódicas nas fábricas e pomares
para garantir que os padrões estejam sendo
seguidos.
26. Por que houve um processo de
concentração e consolidação da indústria de
sucos cítricos no Brasil?
O processo de consolidação começou nos
mercados consumidores, ou seja, na ponta
final da cadeia citrícola. Fusões e aquisições
entre os distribuidores e supermercados
externos motivaram fusões e aquisições dos
engarrafadores de suco. Os engarrafadores são
os clientes das indústrias de sucos cítricos.
Vale lembrar que o processo de concentração
não é exclusivo do setor citrícola, e ocorreu
nos últimos anos em outros setores da
economia brasileira e mundial, como forma de
aumentar a eficiência, reduzir custos e
otimizar processos. A partir da concentração
dos engarrafadores e redes varejistas na
Europa e Estados Unidos, a indústria brasileira
precisou adaptar-se para continuar
competitiva no mercado. Os investimentos
necessários para a produção de suco de laranja
em grande escala são altos, pela própria
natureza do negócio e pela logística envolvida.
Também é importante perceber que a
concentração existe na ponta da produção,
pois a maioria dos pomares está sob a
propriedade de uma pequena parcela dos
citricultores, pela mesma lógica de mercado
que requer produção em escala e
investimentos em tecnologia, combate a
pragas, irrigação, etc.
27. Como é a relação entre produtores de
laranja e indústria de suco?
A indústria precisa dos produtores de laranja
para produzir suco de laranja, uma vez que os
pomares próprios da indústria fornecem apenas
uma parcela da quantidade de laranjas
utilizadas. O citricultor que deseja vender sua
produção à indústria pode optar pela
assinatura de contratos ou por vender sua
mercadoria no mercado spot, ou seja, com
contratos para a safra do ano e sujeito às
variações de oferta e demanda do mercado. Há
citricultores que avaliam as condições de risco
do mercado e preferem ainda assim investir no
mercado spot, mas infelizmente há
citricultores que tem dificuldades em analisar
todas as variáveis de mercado e acabam tendo
prejuízos sofrendo com a volatilidade dos
preços internacionais do suco de laranja.
28. Quais as características dos contratos
entre produtores e indústria?
Há diversos tipos de contrato entre produtores
e indústria. Há contratos de longo prazo e
médio prazo, que determinam as condições de
compra por parte da indústria, estabelecendo
preços fixos ou atrelados a prêmios de acordo
com as condições do mercado. Em condições
de mercado favoráveis, nos casos em que a
safra é baixa e a demanda é alta, os preços do
mercado spot podem ser mais atrativos. Cabe
aos citricultores a decisão sobre a forma de
venda de sua produção: se prefere correr o
LARANJA NO BRASIL
risco do mercado spot ou garantir a venda de
sua produção por meio de contratos de
médio e longo prazos.
29. Quais as principais doenças que
afetam a produção de frutas cítricas e qual
a sua importância para o produtor e o
mercado?
Na última década os produtores brasileiros
enfrentaram doenças que prejudicaram seus
pomares e ocasionaram perdas de árvores e
prejuízos financeiros. O cancro cítrico, o
CVC, a morte súbita dos citros e o Greening
foram as doenças que mais afetaram os
citricultores. Atualmente a doença que mais
preocupa os citricultores de São Paulo e da
Flórida é o Greening ou HLB
(Huanglongbing), pela velocidade com que
se alastra. O greening é uma doença
bacteriana transmitida pelo psilídeo
Diaphorina Citri, uma espécie de mosquito
que com sua picada contamina a seiva da
árvore, condenando folhas, galhos e frutos à
desnutrição. Uma das conseqüências da
doença é a formação de frutos esverdeados,
por isso o nome greening. A prevenção e
controle dessas doenças são
importantíssimas para a sustentabilidade dos
pomares e manutenção das margens de lucro
dos citricultores, uma vez que grandes
perdas podem ocasionar a diminuição da
safra e afetar os preços da fruta e do suco.
30. Quais os últimos avanços no combate
ao Greening?
Ainda há diversas perguntas sem resposta,
relacionadas ao controle do vetor, à eficácia
de inseticidas para a prevenção, ao papel de
árvores assintomáticas e murtas para o
avanço da doença. Além disso, os institutos
de pesquisa tentam determinar o efeito de
temperatura e idade das árvores sobre a
contaminação, e verificar qual a melhor
forma de detectar a doença e desenvolver
mudas resistentes. Segundo o Fundecitrus,
Fundo de Defesa da Citricultura, as
perspectivas para o Estado de São Paulo são de
aumentar o risco de produção e os custos,
tendo como conseqüência um declínio na
oferta de fruta no médio prazo.
31. Há diferenças entre as cadeias citrícolas
de São Paulo e da Flórida?
Os produtores e fábricas da Flórida precisam
lidar com desafios como as condições
climáticas adversas, a valorização das terras, a
pouca disponibilidade de água, a especulação
imobiliária e o custo de mão-de-obra, além
dos prejuízos causados pelo Greening. Por
outro lado, estão mais próximos do mercado
consumidor e não sofrem com as flutuações do
câmbio ou a imposição de tarifas. Para os
produtores brasileiros os principais desafios
são o câmbio, as barreiras tarifárias ao
comércio impostas pelos importadores e o alto
investimento logístico. Além disso, produtores
na Europa e EUA contam com um volume
substancial de auxílios e subsídios
governamentais diretos para a produção
agrícola.
32. Existe algum perigo de expansão da
produção de laranja que possa degradar
as florestas tropicais e subtropicais?
Não. As indústrias exportadoras e seus
fornecedores estão localizados na região
Sudeste, e cumprem de maneira estrita as
legislações ambientais às quais estão
sujeitas, respeitando as leis que tratam de
áreas de preservação permanente e reserva
legal. Nos últimos anos a produtividade dos
pomares tem aumentado como resultado de
pesquisas e investimentos realizados pelos
citricultores, sem aumento da área
plantada. A laranja não provoca
desmatamentos ou mudanças diretas e
indiretas no uso da terra.
33. O que a indústria de sucos cítricos
tem feito para reduzir o aquecimento
global?
O aquecimento global é causado pelo
acúmulo de GEEs (gases de efeito estufa)
na atmosfera. A indústria brasileira realizou
um estudo conjunto no ano de 2010 para
identificar o carbon footprint do suco de
laranja concentrado e congelado (FCOJ) e
do NFC – suco não concentrado, entregues
nos portos europeus. A análise do carbon
footprint do setor é importante para
identificar pontos de melhoria e
implementar mudanças que contribuam
para a diminuição das emissões.
Entretanto, por tratar-se de um produto
agrícola, é necessário que os números
sejam atualizados com os dados das
próximas safras para evitar distorções. De
maneira geral a indústria brasileira já adota
em seus processos diversas ferramentas
para atingir uma produção o mais limpa
possível: a matriz energética é composta
em sua grande parte por fontes renováveis
e também há utilização de bagaço de cana
de açúcar para geração de energia.
34. 1. As indústrias de sucos cítricos têm
algum projeto ou iniciativa ligados a
sustentabilidade?
Ao longo de sua existência, a indústria de sucos
cítricos tem desenvolvido tecnologias e
aperfeiçoado seus processos agrícolas e fabris
de modo a causar cada vez menos impactos ao
meio ambiente. É uma indústria pioneira na
adoção de boas práticas e ferramentas para usar
a água e energia de maneira sustentável, gerar
o mínimo possível de resíduos sólidos e gasosos,
aumentar a produtividade nos pomares sem
aumento da área plantada, entre outros. Cada
empresa possui seus projetos individuais, e na
CitrusBR há um subcomitê de sustentabilidade
para tratar de assuntos do tema de forma
coletiva.
35. De onde vem a água utilizada na produção
do suco de laranja?
Cada vez mais as indústrias buscam maneiras de
reduzir a quantidade de água captada para a
condução de suas operações. Aproximadamente
25% da água utilizada nas fábricas é proveniente
da rede de abastecimento ou de captação
superficial e/ou subterrânea na bacia onde está
localizada, sendo que o restante da água é
obtida da própria fruta, após o processo de
concentração do suco. A água das laranjas é
utilizada para lavagem de frutas, equipamentos,
ou mesmo em outros processos para fabricação
de suco e subprodutos. Atualmente, são
devolvidas entre 1,5 e 3 vezes o volume de água
captada frente ao lançado, seja na forma de
ferti-irrigação e / ou lançamento de efluentes
tratados.
36. 1. As indústrias colaboram de alguma
forma para a sustentabilidade social e
econômica dos municípios onde estão
localizadas?
Sim, além de priorizar a contratação de
funcionários residentes na região onde estão
instaladas, as indústrias colaboram com as
comunidades locais patrocinando eventos
culturais, apoiando projetos sociais, entre
outras iniciativas.
SUSTENTABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
risco do mercado spot ou garantir a venda de
sua produção por meio de contratos de
médio e longo prazos.
29. Quais as principais doenças que
afetam a produção de frutas cítricas e qual
a sua importância para o produtor e o
mercado?
Na última década os produtores brasileiros
enfrentaram doenças que prejudicaram seus
pomares e ocasionaram perdas de árvores e
prejuízos financeiros. O cancro cítrico, o
CVC, a morte súbita dos citros e o Greening
foram as doenças que mais afetaram os
citricultores. Atualmente a doença que mais
preocupa os citricultores de São Paulo e da
Flórida é o Greening ou HLB
(Huanglongbing), pela velocidade com que
se alastra. O greening é uma doença
bacteriana transmitida pelo psilídeo
Diaphorina Citri, uma espécie de mosquito
que com sua picada contamina a seiva da
árvore, condenando folhas, galhos e frutos à
desnutrição. Uma das conseqüências da
doença é a formação de frutos esverdeados,
por isso o nome greening. A prevenção e
controle dessas doenças são
importantíssimas para a sustentabilidade dos
pomares e manutenção das margens de lucro
dos citricultores, uma vez que grandes
perdas podem ocasionar a diminuição da
safra e afetar os preços da fruta e do suco.
30. Quais os últimos avanços no combate
ao Greening?
Ainda há diversas perguntas sem resposta,
relacionadas ao controle do vetor, à eficácia
de inseticidas para a prevenção, ao papel de
árvores assintomáticas e murtas para o
avanço da doença. Além disso, os institutos
de pesquisa tentam determinar o efeito de
temperatura e idade das árvores sobre a
contaminação, e verificar qual a melhor
forma de detectar a doença e desenvolver
mudas resistentes. Segundo o Fundecitrus,
Fundo de Defesa da Citricultura, as
perspectivas para o Estado de São Paulo são de
aumentar o risco de produção e os custos,
tendo como conseqüência um declínio na
oferta de fruta no médio prazo.
31. Há diferenças entre as cadeias citrícolas
de São Paulo e da Flórida?
Os produtores e fábricas da Flórida precisam
lidar com desafios como as condições
climáticas adversas, a valorização das terras, a
pouca disponibilidade de água, a especulação
imobiliária e o custo de mão-de-obra, além
dos prejuízos causados pelo Greening. Por
outro lado, estão mais próximos do mercado
consumidor e não sofrem com as flutuações do
câmbio ou a imposição de tarifas. Para os
produtores brasileiros os principais desafios
são o câmbio, as barreiras tarifárias ao
comércio impostas pelos importadores e o alto
investimento logístico. Além disso, produtores
na Europa e EUA contam com um volume
substancial de auxílios e subsídios
governamentais diretos para a produção
agrícola.
32. Existe algum perigo de expansão da
produção de laranja que possa degradar
as florestas tropicais e subtropicais?
Não. As indústrias exportadoras e seus
fornecedores estão localizados na região
Sudeste, e cumprem de maneira estrita as
legislações ambientais às quais estão
sujeitas, respeitando as leis que tratam de
áreas de preservação permanente e reserva
legal. Nos últimos anos a produtividade dos
pomares tem aumentado como resultado de
pesquisas e investimentos realizados pelos
citricultores, sem aumento da área
plantada. A laranja não provoca
desmatamentos ou mudanças diretas e
indiretas no uso da terra.
33. O que a indústria de sucos cítricos
tem feito para reduzir o aquecimento
global?
O aquecimento global é causado pelo
acúmulo de GEEs (gases de efeito estufa)
na atmosfera. A indústria brasileira realizou
um estudo conjunto no ano de 2010 para
identificar o carbon footprint do suco de
laranja concentrado e congelado (FCOJ) e
do NFC – suco não concentrado, entregues
nos portos europeus. A análise do carbon
footprint do setor é importante para
identificar pontos de melhoria e
implementar mudanças que contribuam
para a diminuição das emissões.
Entretanto, por tratar-se de um produto
agrícola, é necessário que os números
sejam atualizados com os dados das
próximas safras para evitar distorções. De
maneira geral a indústria brasileira já adota
em seus processos diversas ferramentas
para atingir uma produção o mais limpa
possível: a matriz energética é composta
em sua grande parte por fontes renováveis
e também há utilização de bagaço de cana
de açúcar para geração de energia.
34. 1. As indústrias de sucos cítricos têm
algum projeto ou iniciativa ligados a
sustentabilidade?
Ao longo de sua existência, a indústria de sucos
cítricos tem desenvolvido tecnologias e
aperfeiçoado seus processos agrícolas e fabris
de modo a causar cada vez menos impactos ao
meio ambiente. É uma indústria pioneira na
adoção de boas práticas e ferramentas para usar
a água e energia de maneira sustentável, gerar
o mínimo possível de resíduos sólidos e gasosos,
aumentar a produtividade nos pomares sem
aumento da área plantada, entre outros. Cada
empresa possui seus projetos individuais, e na
CitrusBR há um subcomitê de sustentabilidade
para tratar de assuntos do tema de forma
coletiva.
35. De onde vem a água utilizada na produção
do suco de laranja?
Cada vez mais as indústrias buscam maneiras de
reduzir a quantidade de água captada para a
condução de suas operações. Aproximadamente
25% da água utilizada nas fábricas é proveniente
da rede de abastecimento ou de captação
superficial e/ou subterrânea na bacia onde está
localizada, sendo que o restante da água é
obtida da própria fruta, após o processo de
concentração do suco. A água das laranjas é
utilizada para lavagem de frutas, equipamentos,
ou mesmo em outros processos para fabricação
de suco e subprodutos. Atualmente, são
devolvidas entre 1,5 e 3 vezes o volume de água
captada frente ao lançado, seja na forma de
ferti-irrigação e / ou lançamento de efluentes
tratados.
36. 1. As indústrias colaboram de alguma
forma para a sustentabilidade social e
econômica dos municípios onde estão
localizadas?
Sim, além de priorizar a contratação de
funcionários residentes na região onde estão
instaladas, as indústrias colaboram com as
comunidades locais patrocinando eventos
culturais, apoiando projetos sociais, entre
outras iniciativas.
SUSTENTABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
37. Como funciona o mercado de
engarrafadores e consumidores?
O suco de laranja brasileiro é exportado
para seus mercados consumidores como
uma commodity, ou seja, produzido em
grandes quantidades com qualidade
uniforme para venda aos engarrafadores.
No país importador, o suco é adaptado às
preferências locais e em seguida
engarrafado e comercializado pelos
varejistas. Assim como as indústrias
brasileiras especializaram-se na produção e
distribuição internacional do suco, os
engarrafadores e redes varejistas
especializaram-se em suas áreas de
atuação, e para ganhar eficiência num
mercado altamente competitivo, foram se
concentrando de modo que o número de
players é cada vez menor.
38. O que é Private Label?
Private Label são os sucos de marca
própria, ou seja, sucos vendidos sob as
marcas de grandes redes varejistas, por
exemplo supermercados. Geralmente os
produtos “private label” não são produzidos
pela mesma empresa que os comercializa.
Os sucos “branded”, por outro lado, são os
sucos que possuem uma marca específica
para o produto, sem estarem sob a marca
de uma rede varejista, portanto são
comercializados em diferentes
estabelecimentos.
39. Quais são os países que mais
consomem suco de laranja?
Analisando os 40 países que consomem 99%
do suco de laranja do mundo, verifica-se
que a maioria são países Europeus, além
dos Estados Unidos, Japão e China.
Os países que consomem mais suco de
laranja são os Estados Unidos, Alemanha,
França, Reino Unido e Canadá. Entretanto,
desde 2003 houve queda no consumo dos
maiores consumidores: Estados Unidos
consumiram 15% a menos e Alemanha
consumiu 26% a menos.
40. Por que o consumo de suco de laranja
no mundo está em queda?
Nos últimos anos, apesar do crescimento nos
índices demográficos e no mercado de
bebidas, houve uma queda no consumo de
suco de laranja nos principais mercados
consumidores (EUA e Europa) em função do
surgimento e competição com outras bebidas,
tais como águas engarrafadas, refrigerantes,
isotônicos e chás, além de outros sabores de
sucos de frutas.
41. 1. O que pode ser feito para reativar o
consumo mundial de suco de laranja?
A queda de consumo nos principais mercados
consumidores, em função da competição com
outras bebidas e sucos de outras frutas,
demanda de promoção comercial e
investimentos em marketing. É necessário
trabalhar para aumentar o consumo de suco
no mercado interno e recuperar o share de
mercado perdido no mercado externo. Esse
trabalho envolve identificar seus diferenciais
positivos em comparação com outras bebidas,
e realizar parcerias com os engarrafadores e
comercializadores do suco no mercado
consumidor, uma vez que as indústrias
brasileiras não chegam até os consumidores.
A CitrusBR tem um projeto em andamento
com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos)
para desenvolver um trabalho nesse sentido,
chamado I Feel Orange (ifeelorange.com).
42. Qual o potencial de mercados
emergentes e outras regiões como o
Oriente Médio?
O mercado chinês é um dos mercados
consumidores que mais crescem, não somente
para o suco de laranja. Entretanto, ainda há
restrições com relação ao nível de renda do
consumidor chinês, uma vez que se trata de
um produto mais caro: quando o preço do
suco de laranja exportado aumenta por algum
motivo, a demanda chinesa cai. No Oriente
Médio há ainda a questão dos hábitos de
consumo, pois a preferência é por sucos mais
diluídos. Há um potencial de desenvolvimento
desses mercados, à medida que aumentar a
renda dos consumidores, entretanto isso é
previsto para o médio/longo prazo.
MERCADO CONSUMIDOR
37. Como funciona o mercado de
engarrafadores e consumidores?
O suco de laranja brasileiro é exportado
para seus mercados consumidores como
uma commodity, ou seja, produzido em
grandes quantidades com qualidade
uniforme para venda aos engarrafadores.
No país importador, o suco é adaptado às
preferências locais e em seguida
engarrafado e comercializado pelos
varejistas. Assim como as indústrias
brasileiras especializaram-se na produção e
distribuição internacional do suco, os
engarrafadores e redes varejistas
especializaram-se em suas áreas de
atuação, e para ganhar eficiência num
mercado altamente competitivo, foram se
concentrando de modo que o número de
players é cada vez menor.
38. O que é Private Label?
Private Label são os sucos de marca
própria, ou seja, sucos vendidos sob as
marcas de grandes redes varejistas, por
exemplo supermercados. Geralmente os
produtos “private label” não são produzidos
pela mesma empresa que os comercializa.
Os sucos “branded”, por outro lado, são os
sucos que possuem uma marca específica
para o produto, sem estarem sob a marca
de uma rede varejista, portanto são
comercializados em diferentes
estabelecimentos.
39. Quais são os países que mais
consomem suco de laranja?
Analisando os 40 países que consomem 99%
do suco de laranja do mundo, verifica-se
que a maioria são países Europeus, além
dos Estados Unidos, Japão e China.
Os países que consomem mais suco de
laranja são os Estados Unidos, Alemanha,
França, Reino Unido e Canadá. Entretanto,
desde 2003 houve queda no consumo dos
maiores consumidores: Estados Unidos
consumiram 15% a menos e Alemanha
consumiu 26% a menos.
40. Por que o consumo de suco de laranja
no mundo está em queda?
Nos últimos anos, apesar do crescimento nos
índices demográficos e no mercado de
bebidas, houve uma queda no consumo de
suco de laranja nos principais mercados
consumidores (EUA e Europa) em função do
surgimento e competição com outras bebidas,
tais como águas engarrafadas, refrigerantes,
isotônicos e chás, além de outros sabores de
sucos de frutas.
41. 1. O que pode ser feito para reativar o
consumo mundial de suco de laranja?
A queda de consumo nos principais mercados
consumidores, em função da competição com
outras bebidas e sucos de outras frutas,
demanda de promoção comercial e
investimentos em marketing. É necessário
trabalhar para aumentar o consumo de suco
no mercado interno e recuperar o share de
mercado perdido no mercado externo. Esse
trabalho envolve identificar seus diferenciais
positivos em comparação com outras bebidas,
e realizar parcerias com os engarrafadores e
comercializadores do suco no mercado
consumidor, uma vez que as indústrias
brasileiras não chegam até os consumidores.
A CitrusBR tem um projeto em andamento
com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos)
para desenvolver um trabalho nesse sentido,
chamado I Feel Orange (ifeelorange.com).
42. Qual o potencial de mercados
emergentes e outras regiões como o
Oriente Médio?
O mercado chinês é um dos mercados
consumidores que mais crescem, não somente
para o suco de laranja. Entretanto, ainda há
restrições com relação ao nível de renda do
consumidor chinês, uma vez que se trata de
um produto mais caro: quando o preço do
suco de laranja exportado aumenta por algum
motivo, a demanda chinesa cai. No Oriente
Médio há ainda a questão dos hábitos de
consumo, pois a preferência é por sucos mais
diluídos. Há um potencial de desenvolvimento
desses mercados, à medida que aumentar a
renda dos consumidores, entretanto isso é
previsto para o médio/longo prazo.
MERCADO CONSUMIDOR
43. Como é feito o suco de laranja
industrializado?
Depois de colhidas, as laranjas são enviadas
para as fábricas e espremidas em um
processo industrial. Este suco espremido
fresco pode ser concentrado, através da
retirada de água por meio de processo
específico, ou pode passar por
pasteurização, que consiste na esterilização
do suco mantendo a água da laranja. Em
ambos os casos as vitaminas naturais e os
fitonutrientes não são prejudicados. No caso
do suco concentrado, antes de chegar ao
consumidor ele é recondicionado, passa por
processos industriais para readição de água
e mistura com outros sucos por exemplo,
antes de ser engarrafado e comercializado.
44. Qual a diferença entre suco
concentrado e não concentrado?
O suco concentrado é o suco que passa por
um processo industrial pelo qual parte da
água natural é removida. Atualmente o suco
concentrado e congelado ainda é o tipo mais
exportado pelo Brasil pois ocupa um volume
menor e quando congelado fica com
consistência pastosa, podendo ser
bombeado. O suco não concentrado (NFC) é
o suco que passou por um processo de
pasteurização (aquecimento e posterior
resfriamento a fim de destruir as bactérias
indesejáveis), sendo um produto bem mais
próximo do suco espremido na hora de
beber.
45. Qual a diferença entre suco, néctar e
refresco?
A diferença entre suco, néctar e refresco
está relacionada ao teor do suco de fruta
presente na bebida envasada. Os sucos
devem conter 100% de fruta in natura, sem
adição de corantes e conservantes artificiais
e podendo ou não ter polpa da própria fruta.
Néctares são bebidas que contém entre 25 e
99% de suco, dependendo da legislação
local, e podem conter adoçantes, corantes e
outros aditivos que são mais baratos que os
CONSUMO
sólidos naturais das frutas. Por último, os
sucos são bebidas que contém abaixo de 25%
de suco e em muitos países contém entre 2 a
3%, a exemplo da China. Os néctares e
refrescos são bebidas de menor valor
agregado, portanto consumidos por
populações de menor renda.
46. Como podemos incluir o suco de laranja
100% em uma dieta saudável?
O consumo de suco de laranja não dispensa
tratamentos médicos e a adoção de uma dieta
equilibrada. Entretanto, é uma bebida rica
em vitamina C, vitaminas do complexo B
(folato e tiamina), beta-caroteno, fibras,
potássio e flavonóides que auxiliam
prevenção de doenças e fortalecimento da
saúde. O suco de laranja é uma maneira
conveniente de ajudar adultos e crianças a
atenderem o número de porções diárias
recomendadas de frutas e verduras, pois uma
porção de meio copo de suco de laranja 100%
equivale a uma porção de fruta. Além disso, o
consumo de uma laranja atende à quantidade
recomendada de dose diária de vitamina C
(60 mg).
47. O suco de laranja tem muito açúcar e
calorias?
Não há nenhuma adição de açúcares no suco
de laranja 100% - apenas os açúcares naturais
encontrados na fruta inteira. Além disso, o
suco de fruta é considerado um "nutriente-
bebida" o que significa que, por caloria,
engloba um valor mais nutritivo do que outras
bebidas. Como a nutrição é mais do que
calorias, é importante pensar nos benefícios
nutricionais associados ao seu consumo.
48. Suco de laranja engorda?
Não. A maioria das pesquisas não mostra uma
relação entre o sobrepeso e consumo do suco,
mas há alguns equívocos em geral sobre a
adequação suco de laranja 100% como parte
da dieta - a ciência atual fortemente mantém
os benefícios nutricionais do suco de fruta.
Pesquisas realizadas nos EUA pelo NHANES -
National Health and Nutritional Examination
Survey) mostraram que crianças que bebem
o suco 100% tiveram maior ingestão de
determinados nutrientes, como vitamina C,
ferro e ácido fólico, e menor ingestão de
gordura total, saturada de gordura e açúcar
adicionado. A pesquisa baseia-se na maior
base de dados do governo americano em
curso sobre o consumo de alimentos.
49. Quais as vantagens de consumir suco
de laranja?
O consumo de suco de laranja diário ajuda
a tornar o organismo mais resistente a
infecções, combater estresses e alergias e
prevenir diversas doenças. A vitamina C
possui propriedades cicatrizantes e auxilia o
organismo a absorver ferro dos alimentos; os
flavonóides e o beta-caroteno atuam como
antioxidantes; o potássio é importante para
o funcionamento dos nervos e pode ajudar a
reduzir o risco de hipertensão; as fibras
melhoram o funcionamento intestinal e
ajudam na prevenção de doenças como
diverticulite e câncer de cólon; além de
outros benefícios já estudados.
50. Existem estudos que comprovam os
benefícios de consumir suco de laranja
regularmente?
Sim, existem inúmeros estudos no Brasil e
Exterior sobre os benefícios do consumo das
substâncias contidas no suco de laranja. Há
estudos que mostram o aumento do HDL
(bom colesterol), diminuição do colesterol
ruim, prevenção de pedras nos rins, controle
da hipertensão, diminuição de ocorrência de
doenças cardiovasculares, além de
benefícios para a imunidade, saúde dos
ossos e doenças inflamatórias, entre outros.
43. Como é feito o suco de laranja
industrializado?
Depois de colhidas, as laranjas são enviadas
para as fábricas e espremidas em um
processo industrial. Este suco espremido
fresco pode ser concentrado, através da
retirada de água por meio de processo
específico, ou pode passar por
pasteurização, que consiste na esterilização
do suco mantendo a água da laranja. Em
ambos os casos as vitaminas naturais e os
fitonutrientes não são prejudicados. No caso
do suco concentrado, antes de chegar ao
consumidor ele é recondicionado, passa por
processos industriais para readição de água
e mistura com outros sucos por exemplo,
antes de ser engarrafado e comercializado.
44. Qual a diferença entre suco
concentrado e não concentrado?
O suco concentrado é o suco que passa por
um processo industrial pelo qual parte da
água natural é removida. Atualmente o suco
concentrado e congelado ainda é o tipo mais
exportado pelo Brasil pois ocupa um volume
menor e quando congelado fica com
consistência pastosa, podendo ser
bombeado. O suco não concentrado (NFC) é
o suco que passou por um processo de
pasteurização (aquecimento e posterior
resfriamento a fim de destruir as bactérias
indesejáveis), sendo um produto bem mais
próximo do suco espremido na hora de
beber.
45. Qual a diferença entre suco, néctar e
refresco?
A diferença entre suco, néctar e refresco
está relacionada ao teor do suco de fruta
presente na bebida envasada. Os sucos
devem conter 100% de fruta in natura, sem
adição de corantes e conservantes artificiais
e podendo ou não ter polpa da própria fruta.
Néctares são bebidas que contém entre 25 e
99% de suco, dependendo da legislação
local, e podem conter adoçantes, corantes e
outros aditivos que são mais baratos que os
CONSUMO
sólidos naturais das frutas. Por último, os
sucos são bebidas que contém abaixo de 25%
de suco e em muitos países contém entre 2 a
3%, a exemplo da China. Os néctares e
refrescos são bebidas de menor valor
agregado, portanto consumidos por
populações de menor renda.
46. Como podemos incluir o suco de laranja
100% em uma dieta saudável?
O consumo de suco de laranja não dispensa
tratamentos médicos e a adoção de uma dieta
equilibrada. Entretanto, é uma bebida rica
em vitamina C, vitaminas do complexo B
(folato e tiamina), beta-caroteno, fibras,
potássio e flavonóides que auxiliam
prevenção de doenças e fortalecimento da
saúde. O suco de laranja é uma maneira
conveniente de ajudar adultos e crianças a
atenderem o número de porções diárias
recomendadas de frutas e verduras, pois uma
porção de meio copo de suco de laranja 100%
equivale a uma porção de fruta. Além disso, o
consumo de uma laranja atende à quantidade
recomendada de dose diária de vitamina C
(60 mg).
47. O suco de laranja tem muito açúcar e
calorias?
Não há nenhuma adição de açúcares no suco
de laranja 100% - apenas os açúcares naturais
encontrados na fruta inteira. Além disso, o
suco de fruta é considerado um "nutriente-
bebida" o que significa que, por caloria,
engloba um valor mais nutritivo do que outras
bebidas. Como a nutrição é mais do que
calorias, é importante pensar nos benefícios
nutricionais associados ao seu consumo.
48. Suco de laranja engorda?
Não. A maioria das pesquisas não mostra uma
relação entre o sobrepeso e consumo do suco,
mas há alguns equívocos em geral sobre a
adequação suco de laranja 100% como parte
da dieta - a ciência atual fortemente mantém
os benefícios nutricionais do suco de fruta.
Pesquisas realizadas nos EUA pelo NHANES -
National Health and Nutritional Examination
Survey) mostraram que crianças que bebem
o suco 100% tiveram maior ingestão de
determinados nutrientes, como vitamina C,
ferro e ácido fólico, e menor ingestão de
gordura total, saturada de gordura e açúcar
adicionado. A pesquisa baseia-se na maior
base de dados do governo americano em
curso sobre o consumo de alimentos.
49. Quais as vantagens de consumir suco
de laranja?
O consumo de suco de laranja diário ajuda
a tornar o organismo mais resistente a
infecções, combater estresses e alergias e
prevenir diversas doenças. A vitamina C
possui propriedades cicatrizantes e auxilia o
organismo a absorver ferro dos alimentos; os
flavonóides e o beta-caroteno atuam como
antioxidantes; o potássio é importante para
o funcionamento dos nervos e pode ajudar a
reduzir o risco de hipertensão; as fibras
melhoram o funcionamento intestinal e
ajudam na prevenção de doenças como
diverticulite e câncer de cólon; além de
outros benefícios já estudados.
50. Existem estudos que comprovam os
benefícios de consumir suco de laranja
regularmente?
Sim, existem inúmeros estudos no Brasil e
Exterior sobre os benefícios do consumo das
substâncias contidas no suco de laranja. Há
estudos que mostram o aumento do HDL
(bom colesterol), diminuição do colesterol
ruim, prevenção de pedras nos rins, controle
da hipertensão, diminuição de ocorrência de
doenças cardiovasculares, além de
benefícios para a imunidade, saúde dos
ossos e doenças inflamatórias, entre outros.