+ All Categories
Home > Documents > FIGURAS DECORROSXO EM CRISTAIS DE HEMATITAboletim.siteoficial.ws/pdf/1958/7_1-29-34.pdf · 2017....

FIGURAS DECORROSXO EM CRISTAIS DE HEMATITAboletim.siteoficial.ws/pdf/1958/7_1-29-34.pdf · 2017....

Date post: 26-Jan-2021
Category:
Upload: others
View: 1 times
Download: 0 times
Share this document with a friend
6
FIGURAS DECORROSXO EM CRISTAIS DE HEMATITA Por RILSON RODRIGUES DA SILVA Departamento de Geologia da Escola de En genharia da Universi dade do Recife AB STRACT Some c rystals of h ematit e of Congonhas do Campo (Mi nas Gerais-Brasil) studied by the author pr esent natur al etch figur es. The crystals st udied have the following form s: x (1232), n (22 43) , p (1123) *, s (022 ]), c (0001) and onl y on th e ba sal faces, etch figu res were observed. These etch figures are trigonal and dit rigonal regular pyr amid s. The pyramid s an d th e basal faces ha ve equal sym me try. Th er e are one vertical axis of sym metr y and thr ee plan es of symmetry intersecting at angl es of 60° in th e ver tic al axi s. Th e author did not fin d an y refere nces ab o ut etch figures on hematit e in the specialized publicati ons 0 ,2,3,4,) an d textbook s of mineral ogy consulte d (5,6,7, 8) . Considering the degree of polygonization of the etch figures, which have a ditrigonal pyramid form, a lar ger development, small freq uency, and regul ar distribution following one single direction, the author concl udes that these etch fi gur es corres pond to a hi gh er int ensity of co rros ion and are situ ate d on a dislocati on d ire ctio n ( 9). RESUMO Alguns cristais de hernati ta de Congo nhas do Campo (Minas Gerais·Brasil) estu- dados pelo autor apresentam figuras n atura is de corrosao, Os cr ista is examin ados po ssu em as seguintcs Iormas: x ( 232) , n (2243) , p (1123), s (0221), c (0001) e so foram observada s de cor rosfio sdb re as faces hasais, E sta s Iiguras sao pi- ram ides tri gon a is e ditr igona is re gula res. As pi ram ides e as faces ond e ocorrem iem igual sim etria, isto e, urn eixo de simetria tern ario contido em tre s planos de sim etria qu e se interceptam seg undo angulos de 60°. 0 autor nao encontrou, na lit era tura especiali zada (1,2,3,4) e nos livros de mineral ogia co ns ult a dos (5,6,7,8), r ef er en cia s a figuras de corros ao sobre cristais de hematita. Consid erando 0 grau de poligonizacao da s pirarnides ditr igonais de corrosao, 0 maior dese nvolv ime nto, menor freqiiencia e distribuicao , regul ar ao longo de uma di- re cao , 0 autor conclui qu e estas Iigur as correspondem a uma maior inten sidade de corrosfio e est fio situada s sobre uma dir e cao de dislocacao (9 ). as numercs em neq rito tern valores neqcrtivos.
Transcript
  • FIGURAS DECORROSXO EM CRISTAIS DE HEMATITA

    Por

    RILSON RODRIGUES DA SILVA

    Departamento de Geologia da Escola de En genharia da Universidade do Recife

    ABSTRACT

    Some crystals of hematite of Congonh as do Ca mpo (Minas Gerai s-Brasil) stud ied

    by the author pr esent natural etc h figures. The crys tals studied have the followingform s: x (1232), n (22 43) , p (1123) *, s (022]), c (0001) and onl y on th e ba sal

    fac es, et ch figu res were observed. These etch figures are trigonal and ditrigonal regular

    pyramids. The pyramids an d th e basal faces ha ve equa l sym me try. Th er e are one

    vertical axis of sym metry and three planes of symme try in tersec ting at angles of 60°

    in th e ver tic al axi s. The author did not fin d an y refere nces ab out etc h figures on

    hematite in th e sp ecializ ed publications 0 ,2,3,4, ) an d textbooks of mineralogy consulted(5,6,7,8) .

    Conside ri ng th e de gree of polygon izat ion of th e etch fig ures, wh ich have a ditrigonal

    pyramid form, a larger development, small freq uency, and regular distribution following

    on e single di recti on , th e a uth or concl udes that th ese etch figures correspond to a hi gh er

    intensit y of corrosion and ar e situated on a di slocation dire ctio n (9).

    RESUMO

    Alg uns crista is de hernati ta de Congo nhas do Ca mpo (Minas Gerais· Bras il) es tu-dados pelo a utor a prese n tam figuras naturais de corrosao, Os cr ista is examinadospo ssu em as seguintcs Iormas: x ( 232) , n (2243) , p (1123) , s (0221), c (0001)

    e so for am obser vadas fj~lIfa s de cor rosfio sdb re as faces ha sa is, Esta s Iiguras sao pi-

    ramides tri gon a is e ditrigona is regulares. As piramides e as faces ond e ocorrem iem

    igual sim etria, isto e, urn eixo de simet ria ternario con tido em tres planos de sim etriaqu e se int er cepta m seg undo ang ulos de 60°. 0 autor nao enco n trou, na lit era tura

    especializada (1,2,3,4) e nos livros de mineral ogia cons ult ados (5,6,7,8), refer en cia s a

    figu ra s de corrosao sobre cr is ta is de hemat ita .

    Consid erando 0 grau de poligonizaca o da s pi rarnides ditrigonais de corrosao, 0

    m aior desenvolv ime nto, me nor fr eq iiencia e dist ribuicao , regul ar ao lon go de uma di-

    re cao, 0 autor conclui qu e es tas Iiguras corres ponde m a uma ma ior intensidade decorrosfio e est fio situadas sobre uma dir ecao de dislocacao (9 ).

    • as numercs em neqrito tern valores neqcrtivos.

  • 30 BOL. SOC. BRAS. GEOL. V. 7, N. 1, 1958

    INTRODU

  • R. R. SILVA - CORROSAO CRISTAIS HEMATITA 31

    muito nitidos, Observamos que 0 ntirnero de piriimides trigonais e muitosuperior ao de piramides ditrigonais 0 que fez concluir que as ultimas saode Iormacfio posterior a das pirfimides trigonais, conclusao reforcada pelofato de que as piramides ditrigonais nfio exibem mais 0 contorno das facespiramidais como as trigonais (Fotomicrografia 1 e 2).

    Comparando-se a Fig. 1 com a fotomicrografia 1 observa-se que aspiramides trigonais, apresentando faces piramidais com arestas nitidas, pos -suem tres planos de simetria fazendo angulo de 60 ° entre eles e urn eixode simetria ternario contido nestes planes e perpendicular 11 base da pirami-de ou seja 11 face basal do cristal.

    Nas piramides ditrigonais n ao nos foi possivel fazer fotomicrografiacom 0 contorno nitido sem inclinar, ligeiramente, 0 cristal a fim de ohter-mos maior contraste de campo (Fotomicrografia 2). Estas figuras de cor-rosfio apresentam ainda os tres pIanos de simetria e 0 eixo ternario acimamen cion ados con forme mostra a Fig. 3.

    Os fatos acima descritos comprovam, uma vez mais, 0 auxilio preciosoque pode prestar 0 estudo das figuras de corrosao na determinacao da sime-tria das faces de um cristal e, conseqiientemente, da simetria do propriocristal.

    CONCLUSOES

    1 - Em vista do maio I' grau de poligonizacao das figuras de corrosfiocom forma de piramides ditrigonais, seu maior desenvolvimento e sua Ire-qiiencia menor (comparar as fotomicrografias 1 e 2, a primeira realizadacom aumento cinco vezes maior ) em relacao as piriimides trigonais, comosalientamos no paragrafo precedente, e licito concluir que estas piramidescorrespondem a maior intensidade de corrosfio.

    2 - Dos fatos que nos levaram it conclusao anterior, aliados a regula-ridade da distribuicao das piramides ditrigonais e seu alinhamento, fatosque podem ser [acilmente verificados (vel' fotomicrografia 2) , podemos con-cluir que estas figuras de corrosao possuem situacao privilegiada, isto e,estao dispostas ao lange de uma dislocacao, de acordo com a hip6tese deSchockley e Read (9).

    Apos tel' completado 0 presente artigo, tivemos conhecimentode urn trabalho sabre corrosao em hematita, de autoria de A.R. Verma, intitulado "Observations on Growth and Etch Phenomena onHaematite Crystals"; este trabalho foi publicado do Proc. Phys. Soc. Sed.B, v. 65, n. 10, p. 806-811. Neste trabalho, Verma descreve figuras trian-gulares, hexagonais e de outras formas complexas, porem nao se refere apiriimides bi-trigonais como as que observamos; ele nao chega tambern asconclusoes que chegamos, certamente porque em 1952 ainda niio eram co-nhecidos os fatos que nos de ram as bases para conclusfies mais completas.

  • 32 BOL. SOC. BRAS. GEOL. V. 7,N. 1, 1958

    BIBLIOGRAFIA

    1 - HONESS, A. P. (1927) The nature, origin and interpretation of the etch figures oncrystals: J. Wiley & Sons, Inc., N. York.

    2 - VERMA, A. R. (1953) Crystal growth and dislocation: Buterworths Scientific Publi-cations, London.

    3 - BUCKLEY, H. E. (1951) Crystal growths J. Wiley & Sons, Inc., N. York.

    4 - DEKEYSER, W. e AMELINCKX, S. (1955) Les dislocations et la croissance des cris-taux : Masson & Cie, Paris.

    5 - PALACHE, C., BERMAN, H. e FRONDEL, C. (1955) Dana's system of mineralogy:J. Wiley and Sons, Inc., N. York.

    6 - SCHMIDT, W. e BAIER, E. (1955) Lehrbuch der Mineralogie: Birkhaeuser Verlag,Basel.

    7 - KLOCKMANN, F. e RAMDOHR, P. (1955) Tratado de mineralegin: Editorial Cueta-YO Gili S. A., Barcelona.

    8 - KRAUS, E. H., HUNT, W. F. e RAMSDELL, L. S. (1951) Mineralogy: McGraw-HillBook Company, Inc., N. York.

    9 - SCHOKLEY, W. e READ, W. F. (1949) Quantitative Predictionsfrom: Dislocation.Models of Crystal Grain Boundaries: Phys, Rev., v. 75, p. 692.

    Dezemhro de 1957

  • R. R. SILVA - CORROSAO CRISTAIS HEMATITA 33

    pl. dc si meTria

    I

  • 34 BOL. SOC. BRAS. GEOL. V. 7, N. 1, 1958

    Fotomicrografia 1Prrcmides trigonais de ccrrcsoo natural sabre a. face (0001) de urn cristal de hemalita.

    Microscopio Ultropak para rrunerios com aumento de 500x, T=lO seg. (H210/19) .

    •l

    Fotomicroqrcfio 2Pir6:mides bi-trigonais de cor-roseto natural sobre a face basal de urn cristal de hemcrtitc .

    Microscopto Ultropak para mirierios com aumento de l l Ox. T = 2 seg. (H698/27).


Recommended