Date post: | 23-Feb-2016 |
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FOTOGRAFANDO
10 PAISAGENS...-
5 GaleriaFotos enviadas por nossos leitores.
34 Fotografar em cativeiro é o bicho!Dicas e técnicas para quem deseja fotografar animaissem ter de se aventurar por florestas distantes.
3 O A importância do direito autoral - Artigoo advogado (e fotógrafo) José Roberto Comodo Filho ensinacomo proteger os direitos sobre suas fotos.
Digital - O Senso rA importância dos sensores para a fotografia digital.31
pÁG.36 3 6 Vânia Toledo - PortfólioConheça o trabalho dessa talentosa e cativanteprofissional, que comemora 25 anos de fotografia.
40 Floripa - Por Dentro da LuzDicas de lugares e macetes para planejar um passeiofotográfico pela capital de Santa Cata rina, no Sul do país.
54 O Fotógrafo curioso - ArtigoTentativas e erros para o aprimoramento da técnica.
62 SLR digitaisConheça 3 modelosdisponíveis no mercado.
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FotoblogsDiários fotográficos na internet.
Notícias do mundo fotográficoo que acontece nas empresas, cursos,lançamentos de produtos e serviços.
CartasMensagens recebidas pela redaçâo da Fotágraphos.
FOTO OA CAPA:
Marcos Kim
FOTÓGRAPHOS
Viva a Fotografia!
Aqui estamos, no segundo passo da caminhada que
nos predispomos a fazer. Muito felizes, pois não
esperávamos tamanha repercussão, já no primeiro
número da revista. Recebemos centenas de mensagens
de apoio pelo lançamento da Fotógraphos, e aproveito
para reiterar meus agradecimentos a todos que, de
alguma forma, estão colaborando conosco, acreditando
e ajudando a transformar este sonho em realidade. Faço
questão de compartilhar a alegria da equipe com todos os
leitores e anunciantes. Afinal, sem vocês, a revista não tem razão de existir.
Ainda temos mUito a fazer, sabemos que o desafio está apenas começando.
Não podemos nos deixar levar pela euforia, mas devemos saber aproveitar as
oportunidades. Esse apoio que temos recebido é fundamental para orientar nosso
compromisso em produzir uma revista cada vez melhor, e a participação dos leitores
é sempre importante nesse sentido.
Por falar em oportunidade, preparamos uma matéria exclusiva para quem deseja
aproveitar ao máximo um dos mais interessantes motivos fotográficos: paisagens! São
vinte páginas recheadas de dicas e fotos para você aprimorar sua técnica no assunto.
Enquanto produzíamos essa matéria, fiquei impressionado com a quantidade e a
qualidade do material que nos foi disponibilizado. Fotos de profissionais "feras",
como Adriano Gambarini, Araquém Alcântara e Marcos Kim, e também de
amadores que levam a fotografia a sério e dão show com suas imagens. É muito
gratificante poder contar com uma colaboração tão especial assim.
Dando continuidade à seção Por Dentro da Luz, nesta edição trazemos fotos inéditas
sobre Florianópolis, a "Ilha da Magià'. Falar sobre um lugar desses e, melhor ainda,
fotografá-Io, é realmente um privilégio.
Despeço-me agradecendo a todos que enviaram fotos para a seção Galeria.
Recebemos centenas de e-mails e correspondências vindos de diversos lugares deste
enorme país, e isso torna a experiência de produzir a Fotógraphos ainda mais rica
e estimulantes para nós. Continuem participando.
Até o próximo encontro e boas fotografias!
Rodrigo Torres Costadiretor editorial
FOTÓGRAPHOS • 04
Fotographos
Expediente
Dir. Editorial: Rodrigo Torres Costa
Dir. Administrativo: Eduardo Aniceto Portella
edua [email protected]
REDAÇÃO
Jornalista Resp: Heitor Augusto
Colaboraram nesta edição:
Armando Vernaglia Jr. , Charles Dias,
José Roberto Comodo, Silvana de Carvalho,
Sandra Mastrogiacomo, Sérgio de Assis
PRODUÇÃO
Direção de Arte: Rodrigo Torres Costa
Criação e Produção: Daniel Kachvartanian
Projeto Gráfico: Art&Cia Propaganda e Mkt
Revisão: Renata Con50li
PUBLICIDADE
Daniel Santos
Paulo Henrique Frias de Oliveira
phfri [email protected]
DISTRIBUiÇÃO EXCLUSIVA EM BANCAS
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(21) 2195-3200
PLANEJAMENTO DE CIRCULAÇÃO
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Av. Brig. Faria Lima, 1.768, cj. 7B
Jd. Paulistano - São Paulo, SP
Tel.: 1011) 3815-7472 Fax: r.201
IMAGENS QUE INSPIRAM
Apresentamos algumas imagens, selecionadas entre as centenas que nos foram
enviadas por amantes da fotografia espalhados por todo o país. Fotos sobre os
mais diversos assuntos e muitas, inclusive, inspiradas nas matérias publicadas na
primeira edição. Agradecemos a todos e desejamos que a participação aumente cada
vez mais, pois, para nós, é um prazer admirar tanta foto boa. Difícil é escolher!
as otos pertencem a uma série, chamada
"Retratos da Rua': que retrata as expressões das pessoas em seus
momentos de reflexão e sossego... Busca trazer um pouco de suas
expressões, enquanto envoltas em seus próprios pensamentos.
Ambas fOram tiradas em Petrópolis (RJ), por Cristiano Hammes.
Foto abaixo: câmera Canon EOS Elan 7e, objetiva Canon
USM 75-300 mm, exposição de i145s com abertura jl4.5 e
filme Fuji Reala ISO i 00 (com ampliação em preto-e-branco).
Foto ao lado: mesmo equipamento, exposição de i1500s com
abertura jl5. 6 efilme Fuji Superia ISO 400.
FOTÓGRAPHOS • 05
IMAGENS QUE INSPIRAM
, ,
FOTÓGRAPHOS • 06
IMAGENS QUE INSPIRAM
a eCentro do Rio dejaneiro, março de
2004, o antigo e o novo - passado
epresente - será que o moderno
ultrapassou o clássico?É o que vejo
no Rio! Câmera Pentax Asahi, filme
[lford Hp5, [50400 efotometragem
da máquina - Marcus Boechat,Rio de janeiro (Rj).
••• Da lfI "Estou enviando
uma foto dejulho de 2004,tirada em Bariri, no interior
de São Paulo, num fim detarde que tinha um colorido
impressionante. "- KellyPolato, São Paulo (SP).
Câmera Rolleiflex efilme Fuji Chrome RMS
o Mostrando que
não precisamos ir longe para
produzir belas imagens, a foto
ao lado foi feita pela fotógrafa
Glaucia Villaça, de Vila Nova
(Ri), no jardim de sua casa.
Câmera Pentax KJ 000, filtro
cIose-up, rebatedor de luz e
filme Fuji Pro- Value 200.
Participe também da Galeria Fotágraphos e ganhe filmes para continuar praticando!
FOTÓGRAPHOS • 08
TEMA PRÁTICO
FOTOGRAFANDO
PAISAGENSSaber explorar todo o potencial que uma paisagem pode
oferecer não é tarefa fácil. São vários os aspectos envolvidos,
e aprender a lidar com eles é apenas o primeiro passo.
por Rodrigo Torres Costa
São quatro e meia. Acordo. Olhopara o lado e minha esposa ain
da dorme. Dirijo o olhar para o
quarto em frente e me deleito com o sono
tranqüilo do meu filho, de apenas um ano
e meio. Ah, que inveja! Mas o "dever"me chama. Levanto silenciosamente e
caminho com cuidado para a sala, onde a
"tralha" - mochila com câmeras e objeti
vas, tripé, filmes, boné - me aguarda para
mais uma jornada fotográfica. Loucura?
Talvez! Entretanto, acordar cedo para
fotografar paisagens tem suas vantagens.
E que vantagens! Quem já se aventurou
de alguma forma para obter instantes
especiais na natureza entende muito bem
sobre o que estou falando. Nesses mo
mentos, ficamos mais próximos da ma
ravilhosa Criação Divina, e é sobre essas
oportunidades de contato com as belezas
das paisagens naturais que falaremos a
partir de agora (deixaremos as paisagens
urbanas para outra ocasião) e também das
técnicas necessárias para aproveitá-Ias da
melhor maneira possível.
PAISAGENS
De acordo com o dicionário Houaiss,
defini-se como paisagem: "uma extensão
de território que o olhar alcança num
lance; vista, panorama". Ou ainda:
"conjunto de componentes naturais ou
não de um espaço externo que pode ser
apreendido pelo olhar".
Entender o que é paisagem é o primei
ro passo para dominar o assunto do ponto
de vista fotográfico. Esse é um tema bas
tante complexo, e a sua aparente facilidadecostuma trazer resultados insatisfatórios
aos fotógrafos mais descuidados.
A utilização pretendida com as fotos
também é um aspecto muito importante
a ser considerado, quando partimos para
uma sessão fotográfica de paisagens.
Adriano Gambarini, fotógrafo profis
sional que já teve matérias e fotos suas
publicadas em revistas respeitadas sobre
o assunto (veja pág. 28), como a NationaL
Geographic, é enfático: "Para o fotógrafo
amador, a relação com a fotografia de
paisagem deve ser total e diretamente
emocional; gostou daquela cena, daquela
paisagem? Então, fotografe! Não perca
aquele momento mágico por causa de
restrições técnicas ou tecnológicas. Foto
grafe, sempre". De acordo com ele: "Para
quem quer se profissionalizar neste mundo
da fotografia de natureza e, conseqüente
mente, de paisagem, aí, sim, deve haver
um engajamento, uma proposta, um com
promisso. A fotografia profissional deve
unir rigor técnico, beleza que emociona
e, principalmente, veracidade nas informa
ções que acompanham a imagem, pois ela
teoricamente vai passar pelo olhar de mais
pessoas, formará opinião, poderá se tornar
referência. Essa é uma responsabilidade
muito grande, e o profissional tem que
levar isso em consideração."
E, por melhor que seja o equipamento
utilizado, ele nunca será suficiente para
transmitir toda a beleza e a magnitude da
cena como a enxergamos, de modo que,
se não utizarmos as técnicas adequadas,
o resultado pode ser decepcionante. Em
contrapartida, um registro bem-feito
pode ser muito compensador, pois, semsombra de dúvida, esse é um dos temas
mais fascinantes da fotografia, dadas
às infinitas possibilidades de obtermos
lindas imagens que nos são oferecidas
diariamente pela vida.
o LOCAL E OS PONTOS DE VISTA
Escolher o local é o primeiro passo
para produzir suas fotos de paisagem. De
nada adianta possuir os equipamentos
mais avançados e as técnicas mais ade
quadas se você não tiver um bom cenário
para fotografar. Pode ser uma região
montanhosa, um vale, uma praia, o mar,
uma cachoeira, um penhasco, porém o
fundamental é que o ambiente possua
atrativos que mereçam ser registrados em
filme ou sensor digital.Mas como saber se o local escolhido
vale ou não a pena ser fotografado? Bem,
não existe uma fórmula exata para essa
questão, por isso o "olhar" do fotógrafocontinua sendo essencial. Assim, o melhor
a fazer é sempre exercitar a capacidade de
enxergar boas oportunidades e nunca ter
JI A fotografia profissional deve unir rigor técnico, beleza que emociona e, principal
mente, veracidade nas informações que acompanham a imagem. JI (Adriano Gambarini)
FOTÓGRAPHOS • 10
Ao fotografar paisagens, precisamos aprender atrabalhar com o que a natureza oferece a cada instante.
TEMA PRÁTICO
medo ou preguiça de realizar novas experiências. Com o tempo, o olhar passa a ficarmais treinado e seletivo,e a tendência é queos resultados fiquem cada vez melhores.
Quando estiver escolhendo algumlocal para fotografar, não se deixe levarpelas primeiras impressões. Observeatentamente todo o cenário e não deixe de
reparar em detalhes isolados que podemser muito interessantes.
Procure obter diversos pontos devista, analisando quais lhe agradammais. Caminhe, mude de lugar. Andepara frente e para trás. Abaixe. Experimente um ponto mais elevado (umapedra, um morro etc.) Percorra toda acena utilizando seus olhos e suas pernas(importante: essa dica ajuda a melhorarsuas fotos e também sua saúde, portanto,pratique). A sua posição em relação àcena e aos seus elementos pode mudardrasticamente o resultado final das ima
gens, causando, por exemplo, grandeinfluência na disposição entre o que estásituado no primeiro plano e no fundo
da composição. A perspecriva também éalterada conforme a mudança de posiçãoe conforme a objetiva utilizada, comoveremos adiante. Com isso, você podeobter uma sensação de maior ou de menor profundidade.
Resumindo, a definição do local e doponto de vista é o primeiro passo paraconseguir resultados satisfatórios emfotografias de paisagens.
LUZES E SOMBRAS
Ao contrário de retratos de pessoasem áreas externas, onde o tema da foto
pode movimentar-se para obter um posicionamento mais favorável em relaçãoà luz, com fotos de paisagens precisamosaprender a trabalhar com o que a naturezaoferece a cada instante.
As condições de iluminação costumam ser decisivas para o sucesso ou ofracasso no resultado final. Dependendoda hora do dia e das condições do tempo, podemos obter diferentes "climas".Isso significa que fotografar uma cena
~ Água Estas duas fotos iLustram a diferença
de fotografarmos o movimento da água com
diferentes veLocidades do obturador. A foto
menor foi feita com tempo de 11250s de
exposição, e a foto maior, abaixo, foi tirada
utilizando-se 118s. Observe que a veLocidade
pode servir para ''congeLar'' o movimento ou
então para criar um efeito de véu na água.
FOTÓGRAPHOS • 12
nas primeiras horas da manhã nos dará
um resultado completamente diferente
se fotografarmos ao meio-dia, ou no fim
de tarde, e por aí vai. A direção da luz
muda com as horas, alterando a situação
de contraste e o jogo de luz e sombras na
cena. A temperatura da luz também muda
com o passar das horas.
Muitos fotográfos de paisagens pre
ferem fotografar logo pela manhã ou no
fim de tarde, quando a temperatura daluz é menor, resultando em um tom mais
quente e agradável. Entretanto, mesmoem horários menos recomendados, como
próximo ao meio-dia, é possível fazer belos
registros fotográficos de
paisagens. Entender ascaracterísticas da luz é
fundamental para estar
atento a elas e aproveitar
ao máximo as oportuni
dades que podem jamais
se repetir. Qualquer alte
ração pode transformar
uma paisagem sem grandes atrativos em uma
ótima foto, ou então
causar o efeito contrário,transformando um lindo
lugar em uma cena sem
graça para clicarmos.
Como a posição do sol determina a
textura e o clima da foto, procure observar
a cena de vários ângulos, analisando como
a luz interage com o ambiente até encon
trar a composição e a iluminação que mais
lhe agradar. Não faça apenas fotos com o
sol posicionado às suas costas. Fotografar
em situação de contraluz, por exemplo,
pode trazer resultados muito gratificantes.
Nesse caso, é muito importante cuidar
para que a exposição seja feita corretamen
te, uma vez que esse tipo de iluminação
FOTÓGRAPHOS • 13
.Â. O céu é um dos principais elementos
em grande parte de fotografias de paisagens.
Ele pode contribuir muito com o clima da
foto, desde que corretamente fotografado.
Como normalmente apresenta intensi-
dade de luz superior à do primeiro plano,
precisamos ter muito cuidado ao fazer a
medição de exposição para a cena. Caso
contrdrio, o céu pode ficar muito claro
(superexposto) ou o primeiro plano pode ficar
muito escuro e sem detalhes (subexposto).
Uma maneira de atenuar esseproblema é
utilizar filtros especiais, como o polarizador
e o graduado, conforme explicado adiante
nesta matéria (pdgs. 23 e 25).
pode enganar os fotômetros até das maismodernas câmeras fotográficas.
Seja paciente para esperar o momentoideal, pois, muitas vezes, em questões deminutos, ou até de segundos, uma paisagem pode se modificar completamente,seja por um movimento de nuvens que seabre ou que entra na frente do sol, ou pelainclusão de algum elemento inesperado,como um bando de pássaros a voar pelocéu, por exemplo.
o TEMPO
O mais comum é as pessoas fotografarem paisagens com o sol presente, emdias quentes e secos. Entretanto, podemosobter bons resultados quando o tempo
está mais ftio e até chuvoso.
Em épocas como o outono e o inverno, os dias são mais curros, e o ângulomais baixo do sol oferece condições especiais de iluminação e de cores.
Embora os dias ensolarados sejammais convidativos às fotos, c;.ostumam
ser muito propícias as situações adversas,como, por exemplo, momentos antes oudepois de uma chuva forre e com o solainda presente, com o primeiro planobastante iluminado, destacando-se do
céu escuro e carregado ao fundo. Diascom o tempo completamente fechadoe nuvens carregadas também podem serótimos para produzirmos fotos bastantedramáticas e interessantes. Mas, nesse
FOTÓGRAPHOS • 14
caso, lembre-se de proteger adequadamente seu equipamento, pois a água e apoeira são grandes inimigas das câmerase das objetivas.
Em condições extremas de iluminação, pode ser necessário fazer a mediçãomanual, utilizando o fotômetro do seu
equipamento em modo spotou parcial naárea mais imporrante da cena, ou compensando adequadamente a exposição. Se emum dia com o céu cheio de nuvens car
regadas você superexpuser o filme, petderátoda a dramaticidade do momento. Nesse
caso, o ideal é fazer a medição na área mais
iluminada, garantindo que o céu terá tonsmais escuros no resultado final.
Além de aproveitar as mudanças deluz que ocorrem durante um dia, vocêtambém pode registrar as alterações sofridas pelas paisagens, de acordo com asestações do ano. Se fotogtafat um mesmo local durante cada uma das estações,no fim de um ano, poderá constatarclatamente as variações ocorridas.
~ Pôr-do-sol Para jótografar o céu com o
sol ainda presente e evitar excessiva subexposição
das imagens, a melhor dica éjótometrar a área
próxima ao sol, mas sem ele aparecer no visor.
Depois, recomponha a cena (agora com o sol
incluído, mas sem olhar diretamente para ele)
e jótograft com a medição ftita anteriormente.
Para garantir, também faça jótos com variação
de exposição (bracketing).
TEMA PRÁTICO
por Marcos Kim
Milhões de anos em quinze minutos
imprudente) gritar dentro da caverna.Bom, surgiu uma questão técnica
crucial: e a fotometragem? Essa câmeranão tem fotômetro. Levei um fotômetrode mão. Mas ... nada de leitura. Como atênue luz da entrada estava muito dis
tante, não consegui medi-Ia. E como nãotrouxe a câmera 6 x 4,5 ...
Estava à beira de um abismo, com
o tripé montado, a câmera na posiçãoexata, o enquadramento bem resolvido.Tudo pronto. Resolvi chutar a exposição,baseado na fotometria do dia anterior
(que eu não sabia se estava correta, afinalainda não tinha revelado o filme). Mas
antes tentei medir uma última vez: fiqueibem à beira do abismo, estiquei o braço,fotômetro na ponta dos dedos. Aleluia!Consegui UMA medição de luz. Quinzeminutos, abertura fIl. A medição é emISO 50, apesar de usar Fuji Provia 100F,pois essa câmera exige o uso de um filtroneutro graduado central.
Quinze minutos ... Raras vezes usei
uma exposição tão longa assim. Nessemeio tempo, um pequeno grupo de turistas entrou na caverna, com uma lanterna. Achei ótimo, adicionaria um ele
mento novo e imprevisível à imagem.Segundo estudos, as estalactites, ou
seja, as formações pontiagudas que surgem a partir do teto da caverna, crescemcerca de 3 mm a cada 10 anos. Imagine,3 cm a cada 100 anos! Enfim, menos deum metro a cada 3 mil anos ... Pode-se
imaginar o tempo que essa caverna levoupara ser formada? E pelo que pesquisei, aCaverna do Morro Preto é pré-cambriana. Tem pelo menos 4,6 milhões de anos.Restos de fósseis já foram encontradosem seu interior.
Quinze minutos ... Enquanto esperava, conversava com o Mateo, com o
Cateto e comigo mesmo. Além de nós,só havia um morcego insone. Torci paraque o tripé não se movesse, torci paraque o Cateto agüentasse parado o maiortempo possível.
Quinze minutos ... Pareceu muitotempo. Mas depois pensei: que são 15minutos diante da eternidade dessa paciente Criação de Deus?
Toda boa foto tem uma boa história.
Permitam-me contar a desta panorâmica à esquerda, que eu considero uma dasmelhores que Deus me permitiu fazer.
O lugar se chama Caverna do Morro Preto. Fica na cidade de Iporanga, acerca de 350 km de São Paulo. Perten
ce ao Parque Estadual Turístico do AltoRibeira (Petar). Bem perto do local,existe uma das cavernas mais famosas
do Brasil, a Caverna do Diabo.
Fui a esse fantástico parque emdois dias seguidos, no começo de2004. No primeiro dia, fiz várias fotos com uma câmera 6 x 4,5. Estava,
digamos assim, sentindo o lugar, sacando suas possibilidades de enquadramento, seus melhores horários e
permitindo que o deslumbramentodiminuísse, para avaliar tecnicamente o que fotografar. O fotômetro dacâmera sugeriu cerca de oito minutosde exposição (abertura f8). Usei cromo Fuji Provia 100F. Os raios de luzforam feitos com lanternas e pequenos flashes, pelo meu assistente Mateo e pelo guia Cateto. Aliás, sem elesseria impossível fazer as fotos.
No fim do primeiro dia, caiu umachuva torrencial. Costumo considerar
isso um bom sinal, sinal de que provavelmente vem tempo limpo e claro nodia seguinte. Foi o que aconteceu.
O segundo dia estava ótimo, mesmo dentro da caverna percebi isso.Fiquei literalmente várias horas lá dentro, sem a menor noção do tempo passando. Levei apenas a câmera panorâmica Fuji (modelo GX617). Adoroesse formato panorâmico, que utilizafilme 120 mm e faz um belo cromo no
formato 6 x 17 cm. Faz apenas quatrofotos por filme ...
Estava muito feliz, extasiado até.
Sabia que estava prestes a realizar umabela imagem. Pedi ao Cate to para ficarparado, iluminando um local apenascom a luz da carbureteira: uma suave
chama, do tamanho de um isqueiro.Pedi ao Mateo para sentar na entradada caverna e ficar ali. Levei um inter
comunicado r, pois é impraticável (e
• CÂMERAS: qualquer câmera pode serutilizada, desde uma simples pinhole atéuma avançada digital de 16 megapixels.
No fundo, o mais importante é estar nolugar certo, na hora certa e contando coma luz ideal. Se isso acontecer e você sou
ber utilizar corretamente o equipamentodisponível, pronto! Pode ser uma câmeracompacta, uma SLR de filme ou digital,uma de médio formato ou até uma de
grande formato, por que não? Cadaequipamento possui suas peculiaridadese, sabendo delas, o fotógrafo pode tirar omáximo proveito de cada oportunidade.Um tipo de equipamento muito interessante para fotografar paisagens, aindapouco conhecido no Brasil, é a câmerapanorâmica, capaz de registrar uma cenacom uma extensão maior do que a usual.Marcos Kim, que fotografa paisagens profissionalmente, utiliza uma Fuji GS617,que produz imagens de 6 x 17 cm emfilmes de médio formato.
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
Estar bem pteparado é essencial paraque a missão fotográfica não se transformeem uma aventura frustrante. Isso significaque não basta estar com o equipamentonecessário, você também precisa utilizarroupas e calçados adequados, que garantamseu conforto e sua segurança durante aempreitada. Vejamosalguns itens essenciaispara quem deseja fotografar paisagens.
FOTÓGRAPHOS • 15
TEMA PRÁTICO
T Filmes positivos, também conhecidos
por cromos, são recomendados principalmente
para fotógrafos com conhecimentos mais avan
çados, pela sua reduzida latitude de exposição
e ótima definição de imagem. A foto abaixo,
de elevada saturação de cores, foi produzida
utilizando-se o filme Velvia 100E da Fuji.
• OBJETIVAS: ao fotografarmos paisagens, precisamos ter em mente a sensaçãode espaço e de profundidade que pretendemos transmitir. A partir daí, podemosescolher qual ou quais objetivas deverãoser utilizadas. Lentes grande-angularessão perfeitas para fotografarmos cenaspanorâmicas, cobrindo um maior ângulo
<llIII A regra dos terços consiste em dividir
a cena em três partes horizontais e três verticais,
colocando o assunto principal em um ou mais
pontos de interseção das linhas imaginárias. Na
foto ao lado, a fotógrafa destinou aproximada
mente 1/3da área para o céu e 2/3para as mon
tanhas, com uma composição clássica e eficiente.
de visão e incluindo uma maior área da
cena na foto. Em contrapartida, teleobjetivas podem ser úteis para capturarmosdetalhes ou áreas restritas da paisagem quetransmitam um maior impacto. Hoje emdia, muitos fotógrafos preferem utilizarobjetivas zoom pela praticidade que elasoferecem. Há modelos que possuem distâncias focais que variam de 24 e 28 mmaté 200 ou 300 mm e que, por conta daavançada tecnologia empregada em suaconstrução, oferecem boa resolução ereduzida distorção de imagem.
Enquanto objetivas grande-angularescostumam causar uma sensação maior deperspectiva e profundidade, distanciandoos elementos visíveis, teleobjetivas criamuma sensação de maior proximidadedeles, causando um certo "achatamento"
na perspectiva. Esses são aspectos muitoimportantes a serem considerados no momento da composição final, já que alteramcompletamente o resultado das fotos.
Situações de iluminação mais contrastadaspodem valorizar suas imagens produzidasem filmes P&B. Procure também registrarobjetos e cenas que resultem em formassimples e atraentes em suas fotos .
• FILMES: a escolha deve depender única
e exclusivamente dos resultados que se
deseja obter. Embora não existam regras,
muitos fotógrafos profissionais optam por
utilizar filmes positivos, também conhe
cidos por cromos. De custo mais elevado,
os cromos se caracterizam pela maior de
finição de imagem e reduzida latitude de
exposição, o que os torna menos tolerantes
a erros. Filmes negativos, além de maisbaratos, costumam oferecer maior latitude
de exposição, sendo uma ótima opção
para quem ainda se encontra em fase de
aprendizado. Além disso, as principais
marcas do mercado disponibilizam uma
grande variedade de filmes negativos que
garantem boa definição de imagem e boa
saturação de cores, qualidades importan
tes para a fotografia de paisagens.
Para aqueles que desejam se aprimo
rar no assunto, fotografando em preto-e
Preto-e-brancoEmbora a maioria
das pessoas utilize
filmes coloridos para
fotografar paisagens,
filmes P&B também
são excelentes para
essafinalidade.
branco, é muito importante conhecer as
caracteríticas que cada produto oferece.O Kodak Tri-X e o Ilford HP5, ambos
150400, costumam oferecer contraste
mais elevado, ao passo que o Fuji Neopan
gera tons mais suaves, por exemplo. Mas,
quando falamos de fotografia em preto
e-branco, não podemos esquecer-nos dos
processos de revelação e de ampliação, que
têm grande influência no resultado final
FOTÓGRAPHOS • 17
e devem ser, também, considerados com
igual relevância. Para quem deseja se apro
fundar um pouco mais nesse assunto, umaboa dica é conhecer o sistema de zonas
utilizado pelo fotógrafo Ansel Adams.
• TRIPÉ: para os que desejam levar real
mente a sério a fotografia de paisagens, um
bom tripé é indispensável. Enquanto um
estável e prático pode ser a glória, um não
TEMA PRÁTICO
"As cores e os tons que a natureza produz sempre me fascinaram.
E, na fotografia em cores, encontrei a tela ideal para reproduzi-Ias."(César Monteiro)
Morro dos Três Irmãos
Este belíssimo registro fotográfico,
produzido na Chapada da Diamantina (BA)
pelo fotógrafo César Monteiro, nos mostra
como o esforço para capturar uma linda
paisagem pode valer a pena.
~ Panorâmico
Esse ftrmato é muito adequado
para a fttografia de paisagens.Por causa do seu elevado custo,
é praticamente utilizado apenas
por fttógrafts profissionais.
~ Escala
Quando fttogra
famos paisagens,
muitas vezes podeser necessário incluir
pessoas ou objetos que
nos ajudem a ter umaidéia melhor da di
mensão e da escala da
cena e dos elementos
que a compõem. Estas
duas fttos (ã direita,
e abaixo) são bons
exemplos de como
utilizar apropriada-mente esse recurso.
muito esrável pode ser completamenteinútil, conforme as condições do solo edo vento, por exemplo. Existem modelosque, apesar de mais caros, são leves e extremamente confiáveis, tornando a tarefa
de carregar o equipamento menos árdua.Dependendo da distância percorrida,isso pode representar um grande alívio,fazendo valer cada centavo investido.
Um acessório útil que pode ser utilizadocom um tripé é um disparador via caboou controle remoto, que evita contatofísico com a câmera e reduz a chance de
ela tremer durante a exposição. Uma dasgrandes vantagens de utilizar esses acessórios é poder usar aberturas de diafragmareduzidas, aumentando a profundidadede campo e conseguindo-se foco em umaárea maior da cena fotografada.
I
• FilTROS: em algumas ocasiões, filtros
podem ser muitos úteis para tornar suas
fotos de paisagens ainda mais atraentes.
Eles proporcionam um modo simples de
alterarmos algumas variáveis, como expo
sição e cor da imagem; e utilizá-Ios pode
ser bastante interessante e compensador.Embora atualmente existam vários filtros
apropriados, alguns são considerados
como básicos ou até essenciais para fotó
grafos de paisagens. O polarizador e o UVsão os mais utilizados, mas existem outros
bastante úteis também, como o graduado
com densidade neutra e o laranja, que
"aquece"a cena.
Quando fotografamos com o sol posicio nado a um de nossos lados, rotacionan
do o filtro polarizador, podemos clarear ouescurecer o azul do céu, causando maior
ou menor destaque deste em relação ao
primeiro plano e às nuvens, quando
elas estiverem presentes. Outro efeito
proporcionado por filtros polarizadoresé o de eliminar ou reduzir reflexos em
superfícies não metálicas, como água e
vidro, por exemplo.
TEMA PRÁTICO
 Contraluz Para jàzer fOtos nesta situação, é muito importante tomar alguns cuidados.
Nunca olhe diretamente para o sol, o que pode causar sérios danos à sua vista. Em segundo lugar,
dê atenção redobrada para a exposição da fOto, pois as condições costumam enganar osfOtômetros
das câmeras epode ser necessário utilizar o modo manual ou jàzer variações de exposição. Nas
duas fOtos acima, a presença de névoa ajudou a definir a presença dos raios de sol na imagem.
FOTÓGRAPHOS • 21
TEMA PRÁTICO
Araquém Alcântara, O olhar da experiênciapor Silvana de Carvalho
Como um poeta que se alimenta do ser humano, dos sentimentos e da vida,o fotógrafo catarinense Araquém Alcântara inclui um outro componente quenão escapa ao seu olhar e é fonte constante de inspiração: a natureza brasileira. Aos 54 anos de idade e há 35 fotografando e viajando pelo Brasil, elenão pára e se dedica, atualmente, a seis projetos de livros. Esses trabalhosnascem de suas entusiasmadas investidas na natureza: é fácil encontrá-Io
detalhando, com brilho nos olhos, uma determinada imagem. Referência nafotografia de natureza do Brasil, ele saboreia a vida e o trabalho com um misto de maturidade e juventude. "Tempo, tempo, tempo, tempo. Puxa, comoesse senhor dos destinos passa rápido, né?", pergunta. Mas as sua imagensficam. Acompanhe as dicas do mestre.
Que o motiva a fotografar a natureza?A percepção dara de que o novo está na
mara, como dizia Mario de Andrade. A reve
lação de todos os mistérios, a mais rara beleza,o mais ansiado prazer. O fotógrafo da natureza tem que ser poeta, viajante, humanista.Precisa da aventura para se conhecer, precisada adversidade para celebrar. Ao contemplara beleza, cresce como ser humano e quantomais rompe mato, menos sossega. Sabe queo espírito criador se move nesses ermos, nosínfimos, nas coisas simples. Fotógrafo danatureza tem o privilégio de conviver com oprimirivo, o intocado e, por isso mesmo, rema responsabilidade de lurar pela integridadedesses santuários, tem que passar adiante umavisão holística do universo. O fotógrafo danarureza rem um importante papel a cumprirna divulgação da biodiversidade brasileira, nabusca de uma identidade e de uma memória
para o país. Ao acredirar na força rransformadora de sua linguagem, ele alcança espaçosdesconhecidos, inóspitos e revela o oculto desteimenso continente. Através de seu olhar nos
torna íntimo de culturas e geografias,de mitos esaberes do povo. O fotógrafo amplia a visão domundo, desvela humanidades, contribui paraa construção de uma nova pátria.
Que é uma boa imagem para você?Li certa vez que o grande forógrafo é
aquele que rransforma uma cena banal emalgo absolutamente revelado r, extraordinário.Para alcançar isso, é preciso talento, suor, sorte,técnica, tecnologia ... É a busca da unidaderigorosa de formas de que nos falava o grandeBresson. O fotógrafo precisa estar sempre atento porque, às vezes, é contemplado com essabenção, está tudo pronto na sua frente, é só nãoperder o dique. Outras vezes, é preciso interferir, provocar a unidade no caos, compor.
Qual a principal característica de um bomfotógrafo de natureza?
O verdadeiro fotógrafo da narureza remque rer um profundo amor pelo selvagem, oprimitivo. Precisa amar tudo o que é vivo e
querer transformar em beleza aquilo que o comove. Precisa exercitar diariamente a paciênciae a contemplação. Para atingir a maturidade,isto é, o conhecimento da luz, deve, sobrerudo,
se aprimorar como ser humano, humanizar,libertar o olhar. Buscar a compreensão de quenão sabe nada, de que tudo é revelação. Paramelhor interpretar a realidade, procura liberrar-se de fórmulas, tem que viver absoluramente Íntegro com a sua linguagem. A câmera temque se transformar na extensão de seus olhos ea técnica, quase um ato condicionado. Ele vê,repara, contempla, e, num átimo de segundo,todos os seus sentidos se congregam. Antes quea informação chegue ao cérebro, elejá decidiu omelhor enquadramento, a melhor abordagem,a lente que vai utilizar, o diafragma, a velocidade. Quando uma grande foto se apresenta, ofotógrafo pressente antes do dique, como umaviso, um toque. E um frêmito percorre todo oseu ser. Resta saber se ele concreriza esse toque,se a intuição se transforma em realização. Porisso que fotografia é sentimento e percepção,é Aagrar a respiração da vida, do universo. Detanto ver e reparar, assim que pouso o olharsobre uma foto já sei se é mero registro, umxetox bem-feito ou se o fotógrafo enriqueceuaquilo que viu. Espera-se de um profissionalque ao menos faça um registro competente dedeterminado evento e nos brinde, de vez em
quando, com uma imagem extraordinária.
Qual a importância do equipamento fotográfico nesse tipo de fotografia?
Não pretendo valorizar demais o equipamento e a tecnologia, mas, na fotografia da natureza, é preciso ter um aparato sofisticado delentes, sobretudo, quando se trata de fotografaranimais. Ourro dia, no Rio Negro, Pantanal daNhecolândia, um aluno me chamou a arençãopara a lua que se punha atrás de umas árvoressecas. Nosso interesse até então era registrar asprimeiras luzes do amanhecer numa bela lagoada Fazenda Santa Sofia. Meu olhar se fixou em
uma árvore em especial, que parecia servir dedormitório para um bando de araras. Achei quevalia a pena tentar algo naquela direção.
FOTÓGRAPHOS • 22
Já saí com a 800 mm armada na Nikon F5
para não espantar as araras. Quando chegueiperto, alvorocei-me. Percebi que a composição poderia ficar maravilhosa, utilizando umenquadramento vertical e colocando a lua naparte superior da foto e da árvore. As duas araras que estavam nos galhos superiores ficaramexatamente dispostas dentro da lua. Esperei umpouco (eis a baralha, a paciência, sempre) paraque os animais acordassem e a lua ficasse maisamarela. Medi a luz na lua e fora dela, fotômetro
pontual, reenquadrei a cena e diquei o filmeinteiro. Meus alunos, ao meu lado, tentaram.
Não conseguiram porque a distância exigiauma superlente, no mínimo uma 600 mm.Importante dizer que esse caso não é regra. Épossível fazer grandes fotos sem grandes teles,mas, para isso, é preciso conhecer o hábito doanimal, esgueirar-se pelo mato ou permanecer àespreita absolutamente quieto e camuAado
Qual o segredo para captar registros quefogem do lugar-comum?
A maioria dos forógrafos não consegue sairdo meto registro, porque não tem talento ouporque a busca é superficial. É preciso casrigaros olhos diariamente, o exercício permanentedo ato de ver ajuda a criatividade. À5 vezes, épreciso retomar a um lugar várias vezes, emépocas diferentes, para conseguir um bomresulrado, com a luz cerra.
Quais as dicas para quem está começando?No começo, é preciso informação e exer
cício consrante. A grande questão é que o aspirante a fotógrafo da narureza precisa viajar eainda rem que comprar toupas, boras, chapéus,bolsas esranques erc. Precisa ler muito, fazerfaculdade é bom, mas não é tudo. Trabalhar
como assisrente de forógrafo rambém é bom,aprender os macetes. O mercado de rrabalho émuito fraco, por isso, para se colocar, é precisodesenvolver um ensaio consciente e exausrivo.
Esses primeiros ensaios nos ensinam a sintetizar, a criar um jeito próprio de dizer as coisas.Com um estilo próprio e uma remática maisespecializada, as coisas começam a acontecer.
Fotografando com filtros graduados
TEMA PRÁTICO
FotografiainfravermelhaEmbora a fotografia infra
vermelha ainda seja poucoconhecida no Brasil, com
a sua utilização, podemos
jàzer lindas fotos de paisa
gens como estas, produzidas
por Romulo Lubachesky.
Aguarde matéria completasobre o assunto, em breve!
DQuando vamos fotogra
far paisagens e incluir océu na cena, deparamoscom um aspecto técnicoque pode fazer com que
o resultado fique aquém do esperado.O problema costuma ser a grande
diferença de luminosidade entre océu e o primeiro plano, o que poderesultar em cenas muito escuras oucom o céu "lavado" e muito claro.
Nesses casos, podemos utilizar filtrosgraduados, que retêm a luz em umaárea específica da imagem.
Ao lado, podemos visua1izar a mesma cena foto
grafada sem nenhum filtro(acima) e outra em que foiutilizado um filtro graduado com densidade neutra,da Cokin (à direita).
FOTÓGRAPHOS • 23
TEMA PRÁTICO
.•. Cerca Podemos tirar ótimas fotos de pai
sagens nos atendo a detalhes como folhagens,
cercas, troncos etc. Abertura 18, velocidade
1/125s, filme Velvia lOOF efiltro polarizador.
Nas fotografias em preto-e-branco,filtros coloridos, como o amarelo, o la
ranja e o vermelho, servem para escurecer
o tom do céu. Mas lembre-se sempre de
que, se utilizados exagerada ou inadequa
damente, eles podem até comprometer
suas fotos. Portanto, utilize-os semprecom bom senso.
• MOCHilA: além de manter seu equipa
mento longe da água e da poeira, uma boa
mochila pode tornar sua movimentação
muito mais agradável e confortável, dei
xando suas mãos livres para manusear a
câmera, os filtros e o tripé, por exemplo.
• OUTROS: esteja sempre bem preparado,
leve pilhas e filmes de reserva (ou cartões
de memória, se for o caso), para não correr
o risco de perder ótimas oportunidades
fotográficas por faltar algum deles .
Um bloco de anotações também pode
ser útil, para registrar informações sobre os
locais, os horários e as condições da foto.
VISUALlZAÇÃO E COMPOSiÇÃO
Visualizar uma foto significa ima
ginar ou intuir o resultado que você
procura obter, observando a cena e ava
liando as possibilidades que o instanteoferece. No momento de visualizarmos
mentalmente uma imagem, precisamosconsiderar todos os fatores envolvidos
no registro fotográfico: equipamento
utilizado (câmera, objetiva, formato do
filme ou sensor digital), qualidade da luz
(direção, intensidade, temperatura etc.)
e, evidentemente, a própria paisagem.
Da visualização mais elaborada, che
gamos ao enquadramento desejado. Uma
dica básica que pode ajudar é utilizar a
regra dos terços em suas composições,
dividindo a área da imagem em três áreas
iguais e utilizando as linhas (imaginárias)
resultantes como guias para posiciona
mento dos objetos e das cenas fotografa
das. Mas como toda regra, essa também
foi feita para ser quebrada. Por isso, nunca
tenha medo de arriscar. Analise sempre os
resultados para ver onde está acertandoou errando na hora de fazer suas com
posições. Experimente enquadramentoshorizontais, verticais e concentre-se em
algo que possa manter o interesse pelafoto. Preste atenção em como os elemen
tos da paisagem interagem entre si e com
a luz. Com o tempo, esse processo vai setornando mais natural, e os resultadostendem a melhorar cada vez mais.
Mudança de luz nas paisagens: como as horas do dia influenciam suas fotos
A luz é a principal matéria-prima
da fotografia, e entender o seu "com
portamento" é essencial para quem
deseja obter bons resultados, seja em
fotos de paisagens, de pessoas, deplantas, still etc.
Logo pela manhã, antes do solnascer, a luz é menos intensa e os tons,mais esmaecidos, deixando as fotos
com cores menos saturadas. Assim que
o sol aparece, o ângulo e a intensidadeda luz ressaltam as texturas e as formas
dos elementos presentes na cena
Nas horas próximas ao meio-dia,
o sol está alto, as sombras adquirem
seu menor compnmento e o contraste entre as áreas de luz e sombra
é bastante acentuado.
No fim de tarde, a luz volta a ad
quirir ângulo e intensidade que dão
destaque às formas e às texturas, e
as sombras tornam-se alongadas nadireção contrária à da manhã. Por
causa da sua temperatura mais baixa,
nesses horários, a luz produz tons
mais quentes e alaranjados.As mudanças entre as estações do
ano também têm grande influência naqualidade (direção, intensidade) da luz
e, portanto, nas fotos de paisagens.
FOTÓGRAPHOS • 24
JJ o grande fotógrafo é aquele que tcansforma uma cena banal em algoabsolutamente revelador, extraordinário. Para alcançar isso, é preciso
talento, suor, sorte, técnica, tecnologia ... JJ (Araquém Alcântara)
Utilizando filtro polarizador em fotografias de paisagens
Com filtro
Sem filtromáximo do filtro polarizador é obtido
quando fotografamos a um ângulo de 45°
em relação ao objeto fotografado.
Em paisagens, o efeito é percebido
apenas quando fotografamos com o sol
posicionado em um de nossos lados.
Ou seja, se você resolver fotografar como sol à sua frente ou atrás, o filtro não
apresentará resultados. Utilizá-l o emdias nublados tam
bém costuma gerar
efeitos pouco ou
nada perceptíveis.A foto acima, à
esquerda, foi feitautilizando-se um
filtro polarizador,e as duas fotos ao
lado mostram a
mesma cena fo
tografada com esem o uso do filtro.
Note a diferença!
Um dos filtros mais uti
lizados por quem cos
tuma fotografar pai
sagens - o polarizado r
- reduz e, em alguns casos, até elimina o
reflexo de superfícies não metálicas.
Um dos principais efeitos causados
por esse tipo de filtro é o de elevar a satu
ração das cores e o contraste na imagem.
Para utilizar um filtro polarizador,
basta rosqueá-lo na objetiva e rotacioná
10 até que se obtenha o efeito desejado.
É importante destacar que o efeito
FOTÓGRAPHOS • 25
PRÁTICO
ATITUDE
Uma pequena coisa que faz uma gran
de diferença! Para quem deseja realmente
produzir belas fotos de paisagem, atitude
é um ingrediente que nunca pode faltar
na receita. Algumas vezes é necessário
agüentar quilômetros de caminhada ou
ter de esperar bastante tempo para que a
situação de luz fique mais favorável para o
registro da cena. Enfim, coisas que apenas
com muita disposição e determinação
conseguimos enfrentar.
Mas o que realmente imporra é que to
dos os esforços valem a pena quando temos
o privilégio de admirar - e melhor ainda,
fotografar - a beleza da Criação. Quem se
dedica à fotografia de paisagens sabe muito
bem sobre o que estou falando.
o que realmente importa é que todos os esforços valem a pena quando temos oprivilégio de admirar - e melhor ainda, fotografar - a beleza das paisagens.
FOTÓGRAPHOS • 26
TEMA PRÁTICO
Na estrada Muitas vezes não precisamos ir muito longe para jazermos boas fotos
aisagens. Durante uma viagem pela Rodovia Anhangüera, indo de São Paulo
ampinas, notei esta bela cena em um local próximo a fundia!. Parei o carro e
'llfti. O Brasil é um país repleto de lugares com ótimas oportunidades fotográfi
atento! Câmera Canon EOS 300, objetiva Tamron SP 24-135 mm,
'5s,18 efiltro polarizador.
TEMA PRÁTICO
A paisagemnatural de
Adriano
Gambarinipor Silvana de Carvalho
A amplitude e a beleza enconrradasna natureza petmirem ao fotógrafoum rransitar absoluto e com muitas
opções. No enranto, mais do que um
clique que denote uma imagem perfeita,
a fotografia de natureza segue um rumo
diferenre para aqueles que a encaram des
pojados de deslumbres, mas munidos de
sinceridade. "Fotografia de natureza, para
mim, vai muito além do que, por vezes,
o mercado define", começa dizendo o fo
tógrafo paulista Adriano Gambarini, cuja
carreira teve início há 15 anos, quando ele
concebeu a idéia de que a câmera fotográ
fica setia a parceita perfeita para o tegistro
das viagens, da natureza, dos povos, enfim,
dos temas que sempre lhe atraíram.
Generoso com o olhar que lança para
as paisagens de divetsos países do mundo
- mas com especial dedicação à natureza
brasileira -, Gambarini explica melhor
o conceito de trabalho que imprime nas
imagens que já somam um arquivo com
mais de 35 mil fotogramas. "A verdadeira
fotografia de natureza só existe mediante
um sétio e comprometido trabalho, quan
do o fotógrafo se prepara para o clique,
quando ele avalia, pesquisa e conhece
todas as variáveis impressas no registro
daquele animal ou daquela paisagem",
explica, enfatizando a idéia com uma per
gunra: "Por que os fotógrafos da National
Geographic levam, às vezes, um ano para
concluir uma pauta?"
..•. Textura Formações rochosas
no Parque Nacional Sete Cidades,norte do Piauí.
T Homenagem '/1 Tailândia é
conhecida como 'Land ofsmild E
não é exagero, fti um dos povos mais
receptivos e adordveis que jd conheci.
Queria homenagear o povo tailandês,
que hoje estd sofrendo com a catástrofi
natural que aconteceu recentemente. "
Ko Lanta, ilha do sul do país.
Atuanre na produção de forografias
de narureza para o mercado publicirário,
Adriano Gambarini produz agendas, livros,
calendários e house organs para empresas
privadas. Seu rrabalho como forógrafo
de natureza prima pela veracidade das
informações conridas na imagem, comodesraca Rose Morara, chefe do Cenrro
Nacional de Pesquisa para a Conservação
de Predadores Naturais (Cenap), Ibama:
''A forografia de vida selvagem não é fácil.
Acompanhar pesquisadores, muiro menos.
Cruzar rios nadando, correr horas a fio por
enrre charcos, brejos e maras. O Adriano
faz isso como ninguém. Fica evidenre seu
respeiro pelo rrabalho de pesquisa, a solidariedade e seus valores éricos inabaláveis.
A qualidade nas foros fica por conra de ele
ver a forografia como a arre de expressar - e
acredirar - no mundo em que vivemos".
"A verdadeira fotografia de natureza só existemediante um sério e comprometido trabalho( ...)"
FOTÓGRAPHOS • 28
A resposta pode estar na complexidade encontrada em muitos assuntos
fotografados, sobretudo, naqueles quecontam com fatores únicos, diferenciados,
transitórios e surpreendentes. "Não dá para
pensar que fotografia de natureza é sair no
mato, encontrar uma onça e fotografá-Ia.
Há todo um preparo por parte do fotógrafo
para chegar até esse momento. Conhecertudo sobre o animal e sobre seu meio am
biente são apenas algumas das informações
que se deve ter em mãos. É claro que o ines
perado pode acontecer, mas só o trabalho
duro justifica os bons resultados."
A responsabilidade com que atua naárea transformou Gambarini em um dos
principais nomes da fotografia de natureza
no Brasil, com passaporte carimbado por
publicações renomadas, como cerca de
10 versões da National Geographic, como a
americana, a francesa, a grega e a tailandesa.
Seu olhar apurado também abriu
espaço para vários trabalhos com base
científica. Formado em geologia pela
Universidade de São Paulo, é espeleó
logo e mergulhador desde 1987, tendo
participado de expedições de pesquisas,
mapeamentos e explorações de cavernassecas e submersas. Tornou-se referência
na fotografia de cavernas e publicou as
principais matérias sobre o tema nos
últimos anos. "Meu envolvimento com
a fotografia aliada à pesquisa também se
dá com organizações não-governamen
tais. Há mais de cinco anos acompanho
pesquisadores de carnívoros e faço foto
grafias de onça, lobo-guará e cachorro domato", acrescenta. Esse trabalho resultou
no último livro lançado por ele, que traz
a pioneira documentação de todas as
espécies de carnívoros do Brasil.O ser humano inserido na natureza
é outro caminho trilhado pelo fotógrafo.
Acompanhado pelas Nikon FI00, FM2 eF3 e diversas lentes, Gambarini tem vasto
material sobre a forma de viver de popula
ções indígenas e povos de várias partes do
mundo. Essas imagens já se transformaram
em livros, guias, calendários e editoriais,
mas têm ainda futuro promissor. "Estou
trabalhando atualmente em três projetos
de livros e duas exposições sobre meus
ensaios intimistas, a cultura e os povos dos
14 países que conheci", conclui, avaliando
que, além da verdade por trás das imagens,
ele ainda tem como base de trabalho a pre
ocupação constante com uma linguagem
própria, com a sua assinatura. "Quero fazer
com que as pessoas reconheçam meu olhar
em cada foto que faço. Independentementede ele ser bom ou ruim, é o meu olhar."
Alguém duvida?
FOTÓGRAPHOS • 29
~ Salar do Suriri, norte do Chile.
Um dos maiores salares do país, explorado
por companhias de extração de sal, abriga
uma população da ameaçada vicunha.
T Caatinga e suas cabras, um dos únicos
animais capazes de suportar a seca nordestina.
A IMPORTÂNCIA 00 OIREITO AUTORAL
A importância do direito autoralpor José Roberto Comodo Filho
V lvemos uma era em que a preocupação com a velocidade no trânsiro das
informações já ultrapassou há muiro
tempo a preocupação com as questões éti
cas e de respeiro aos direiros dos cidadãos.
Ou seja, criou-se no inconsciente coleti
vo da mídia a idéia de que o fim justifica
os meios e que levar a informação - ou a
imagem impactante - para a sociedade é
mais importante do que respeitar as regras
jurídicas que regulamentam os direiros
que terceiros têm sobre suas próprias ima
gens e, pior, os direiros que os aurores das
imagens têm sobre elas.
Diariamente chegam ao meu escritó
rio casos de fotógrafos que tiveram suascriações utilizadas indevidamente, como
também chegam casos de pessoas (mo
delos profissionais ou cidadãos comuns)
que foram forografadas e tiveram suas
ou jornalisticamente se concordar expres
samente com tal utilização. E surgirão
sempre muitas questões para debate, por
exemplo: Como resolver a questão dos pa
parazzt? Qual o limite entre a liberdade de
informar e o direiro à própria imagem?
As respostas para essas questões podem
ser encontradas primeiramente na Consti
tuição Federal e depois no Código Civil.Com relação aos direiros do auror, os
problemas são muiro mais complexos.
Isso porque se criou na sociedade algu
mas falsas convicções que precisam ser
combatidas. Grande parte das pessoas
simplesmente não compreende que as
forografias somente podem ser utilizadas
onde, quando e da forma como o fotó
grafo auroriza - e que copiar uma foro
sem aurorização é um crime igual a co
piar um CD ou um livro.
da chamada "Lei dos Direiros Aurorais".
Mas para que esse combate aconteça,
é preciso que uma das classes mais desu
nidas que já se teve notícia - a dos fotó
grafos - passe a agir de forma coordenada
e a REAGIR a rodas as agressões contraseus direitos. E isso deve ser observado
por rodos os fotógrafos - desde o ama
dor, passando por aquele que está come
çando a se profissionalizar e terminando
nos mais respeitados profissionais.
Algo muiro importante a se falar é
a existência de duas "espécies" de direiro, bem diferentes: os direiros morais e
os direiros patrimoniais. O desconheci
mento dessa divisão é uma das principais
causas de uso indevido da forografia.
Outro assunro para o qual gostaria de
chamar a atenção é a importância de tan
ro os fotógrafos quanto os forografados
"A sociedade em que vivemos não consegue compreenderque o fotógrafo É UM ARTISTA. E que a fotografia deve ser
respeitada como uma OBRA DE ARTE(. .. )"
imagens utilizadas de forma desaurorizada. E rodos demonstram verdadeiro
desespero diante da aparente impotên
cia para brigar por seus direiros quando,
do outro lado, estão os grandes grupos
que controlam a mídia.
Mas é preciso compreender que o
Brasil possui uma das mais bem forma ta
das legislações para defesa do direiro do
autor e dos direiros relacionados à per
sonalidade das pessoas. Neste primeiro
artigo, vamos nos ater a explicar algumas
questões relacionadas exatamente a esses
direiros que a Lei protege.
O primeiro passo é diferenciarmos o
uso indevido da imagem daquilo que é oabuso ao direiro do auror.
Na essência, o uso indevido da ima
gem está relacionado à pessoa forografada
(seja ela modelo ou não, seja ela artista ou
não, seja ela famosa ou não). Isso quer di
zer, em tese, que qualquer pessoa somente
pode ter sua imagem utilizada comercial
A sociedade em que vivemos - e no
Brasil isro pode ser observado com mais
clareza - não consegue compreender que
o fotógrafo É UM ARTISTA. E que a
forografia deve ser respeitada como uma
OBRA DE ARTE, fruro do espíriro cria
tivo do fotógrafo (e isso vale até para a
foro publicitária). Também não é com
preendido (ou aceiro) que, para uma fo
rografia ser protegida, ela não precisa ter
sido criada por um profissional - a Lei
protege a forografia e o seu criador, sem
se preocupar com o conteúdo da imagem
e a capacidade de quem a cria.
Na prática, equivale a dizer que se
uma criança pegar a câmera do pai,
apertar o botão e o resultado desse "cli
que" for surpreendentemente bom, a
ponto de ser utilizado indevidamente
numa campanha publicitária, a criança
deverá receber indenização.
As ferramentas para fazer valer o direiro do auror encontram-se rodas dentro
FOTÓGRAPHOS • 30
saberem se posicionar de forma correta
no momenro de negociação com as em
presas da mídia. Ou seja, é de fundamen
tal importância o conhecimento acerca
dos CONTRATOS, que são criados
para fixar os direiros e os deveres de cada
parte. E aqui surge um novo problema,
pois ora encontramos contraros de ces
são, ora contraros de licença, ora contra
ros absolutamente criativos que buscam,
normalmente, prejudicar fotógrafos e fo
rografados. Mas esse é um assunto para
um próximo encontro. Até lá!
JOSÉ ROBERTO CaMaDa FILHO é ad
vogadoformado pela USP há 15 anos, sóciodo
escritórioCaMaDa & CaMaDa Advogados
Associadose especialistaem questõesrelacionadas
a Direito do Autor e Contratos. Também éfotó
grafo amador há 10 anos e sócio da RlGUAR
DARE - Scuola di Fotografia.Podeser encontrado atravésdo e-mail [email protected]
o SENSOR
POR DENTRO DO DIGITAL
o SENSOREmbora muitos fotógrafos - amadores e profissionais - estejam
migrando para o sistema digital, muitas dúvidas ainda pairam no ar.
A partir desta edição, a Fotógraphos abordará aspectos e conceitos
importantes para quem deseja adquirir e tirar o máximo proveito das
novas tecnologias que estão surgindo. Acompanhe.
colaboração Armando Vernaglia Jr.
O ue a fotografia digital chegoupara ficar ninguém duvida. E
o melhor de tudo é que o novo
sistema de captura de imagens não pára
de evoluir. Fabricantes dos quatro cantos
do mundo lançam novos produtos em
um ritmo frenético, e o que ocorre em
muitos casos é que os consumidores não
conseguem entender e acompanhar todas
essas inovações.
Para facilitar um pouco a vida de quem
está entrando no mundo digital, apresen
taremos, a partir desta edição, uma série
de matérias que abordarão os principais
aspectos envolvidos na construção e na
utilização dos modernos equipamentos.
5ensores digitais, resolução, objetivas, qua
lidade de imagem, formatos de arquivos,
impressão, memória de armazenamento.
Esses são apenas alguns dos assuntos que
trataremos. Para começar, falaremos sobreo sensor, considerado "a alma" ou "o cora
ção" das câmeras digitais.
OS SENSORES
Enquanto na fotografia "convencio
nal" o filme é o responsável pelo registro
da luz, no sistema digital essa tarefa fica
por conta do sensor. Por questões de
espaço, custo e qualidade, os fabricantesacabam desenvolvendo e adotando dife
rentes tecnologias que atendam melhor àssuas finalidades, e atualmente existem dois
principais tipos de sensores no mercado,
que são o CCD e o CM05.O CCD (Charge Coupled Device) é
constituído por milhões de células fotos
sensíveis, que convertem a informação óp
tica em carga elétrica, sendo que a leitura é
feita em ordem seqüencial, célula a célula,
linha a linha. Por esse fator, para que a
imagem capturada seja completamente
"montada" no sensor, a carga elétrica
precisa percorrer toda a sua área.No caso dos sensores CM05 (Com
plementary Metal Oxide Semicondutor),as células fazem o registro de forma inde-
pendente. Por isso, o tempo de captura da
imagem acaba sendo menor.
De um modo geral, sensores CM05
são mais baratos de produzir que sensores
CCD, e isso explica por que têm sido
amplamente utilizados na fabricação de
câmeras digitais. Outro aspecto importan
te é que eles consomem menos energia, o
que representa uma grande vantagem.
Mas o fato é que cada tipo de senso r
possui suas características, e algumas em
presas oferecem variantes de cada tecno
logia, a fim de obter uma melhor relação
entre o custo e o benefício dos seus equipa
mentos. A Fuji, por exemplo, desenvolveu
o seu 5uper CCD, utilizado na Finepix
53 Pro, câmera D5LR profissional, que
otimiza os resul tados mesmo em condiçõesde altas luzes e elevado contraste.
Conhecer os principais tipos de sen
sores disponíveis é o primeiro passo para
entender um pouco mais sobre a sua
capacidade e utilização.
Enquanto na fotografia" convencional" o filme é o responsável pelo
registro da luz, no sistema digital essa tarefa fica por conta do sensor.
FOTÓGRAPHOS • 31
o SENSO R
.•. Tecnologia A indústria tem desen
volvido sensores digitais capazes de produ
zir fotos com qualidade extraordindria.
Além da alta resolução, as câmeras atuais
registram imagens com ótima gradaçãotonal e baixo nível de ruído. Embora
apenas presentes nos equipamentos mais
sofisticados, daqui pouco tempo os sensores
mais avançados estarão disponíveis também nas câmeras de custo mais acessível.
QUALIDADE DE IMAGEM
A disputa que vem acontecendo pormais e mais megapixels faz parecer quequanto maior a resolução, melhor a qualidade da imagem. Mas a questão não é tãosimples assim, e a combinação de algunsfatores - qualidade óptica das lentes, tamanho do sensor, nível de sofisticação dosofiware, formato de arquivo utilizado etc.- determinam a qualidade resultante.
Isso significa que, quando falamos deimagem digital, precisamos considerartanto a quantidade como a qualidadedos pixels que determinado equipamentooferece. Ou seja, além da resolução máxima de captura, devemos estar atentosa aspectos como precisão geométrica efidelidade na captura das cores, assimcomo ao nível de ruído apresentado nasdiferentes opções de ISO.
E que o leitor, ou melhor, o sensor tema ver com isso? Tudo! Pois ele é um dos
maiores responsáveis por essa qualidadedos pixels que formam a imagem.
Cada pixel é formado por um sinalelétrico gerado pela luz que atinge umaou mais foto células correspondentes aele. Quanto melhor for o sensor, melhorserá a sua qualidade tonal e a sua capacidade de registrar imagens com maisdetalhes. E o tamanho que ele possuitem grande poder de influência sobreesse aspecto. Vejamos como.
TAMANHO É DOCUMENTO?
Oe um modo geral, o tamanho dosensor está diretamente relacionado à qualidade de uma câmera digital e às imagensque ela produz.
Por questões mercadológicas (custo,posicionamento de marcas e produtos), osfabricantes atualmente utilizam variados
tamanhos de sensores em câmeras digitais,sendo que os menores normalmente sedestinam às amadoras e os maiores, às
profissionais, cuja qualidade da imagemé um item primordial.
Os tamanhos mais comuns de senso
res disponíveis hoje em dia são: o 111.8",o 2/3", os de aproximadamente 23 x15 mm (conhecidos como APS size) e o
full frame, de 36 x 24 mm. Traduzindopara o bom português, os sensores 111.8"têm 7,2 x 5,3 mm de tamanho (largurax altura), os 2/3" têm 8,8 x 6,6 mm, os
APS size têm aproximadamente 23 x15 mm (pode variar um pouco, conformeo fabricante), e os fUll frames são assimchamados, pois têm o mesmo tamanhode um fotograma de filme 35 mm, queé o "filme comum", aquele que estamosacostumados a encontrar no mercado.
Os sensores 111.8" são encontrados
em câmeras como Nikon Coolpix 995,linha Canon Powershot G, Powershot
S50, Olympus C5050Z, entre muitasoutras. É o formato mais comum entre as
A disputa por mais e mais megapixe/s faz parecerque quanto maior a resolução, melhor a qualidade da
imagem. Mas a questão não é tão simples(. ..)
Tamanhos de sensoresA figura ao lado mostra a
diferença entre os principaistamanhos de sensores digitaisdisponíveis atualmente.
• 111.8" - Nikon Coolpix 995,Canon Powershot G3 e G5.
• 2/3 - Nikon Coolpix 8700,Sony F828, Canon PowershotPro 1, Minolta Oimage 7Hi.
• APS size- Canon EOS 3000e 100, Nikon 070.
• Fullframe-CanonEOS 10se KOOAK 14n.
FOTÓGRAPHOS • 32
câmeras digitais amadoras, por possuíremtamanho reduzido e por apresentaremmenores custos de produção.
Existem sensores ainda menores, quecostumam ser utilizados em câmeras mais
simples e também em telefones celulares.O 2/3" é encontrado em câmeras um
pouco mais caras, como Nikon Coolpix5700 e 8700, Sony F717 e F828, MinoltaOimage 7HI, Canon Powershot Prolentre outras. Esse tipo é um pouco maiscaro que o de 1/1.8".
Os sensores APS size de 23 x 15 mm
são encontrados em câmeras avançadas,destinadas a amadores avançados etambém a fotógrafos profissionais. Sãomodelos como: Canon EOS 3000, 100
e 20D (sensor de 22,7 x 15,1mm), NikonD70 e DlOO (23,7 x 15,6 mm) e PentaxIst-D (23,7 x 15,6 mm - o mesmo sensorusado nas câmeras Nikon).
Por fim, temos os sensores lull Irames
(36 x 24 mm), encontrados nas câmerasCanon EOS 1Ds, EOS 1Ds MK II e
Kodak SLR/c e SLR/n, que são equipamentos caros e sofisticados, projetadospara atender a fotógrafos profissionais.
Como regta geral, quanto maior é osensor, maior é seu custo de produção, oque em parte explica os preços elevadosdos equipamentos profissionais.
APROVEITAMENTO DA LUZ
Quanto maior o sensor, maior será a
sua área para captar a luz, e assim regisrraras image'ns fotografadas. Ou seja, quantomaior a área, melhor será o aproveitamento de luz. Graças a isso, câmeras com sensores maiores tendem a ter muito menos
problema de noise, ou ruído.O noise, ou ruído, é uma interferência
elétrica ocorrida dentro do sensor toda vez
que a câmera é operada em sensibilidadesISO acima do mínimo do sensor, ou em
longas exposições (tempos longos de obturador). Por exemplo, quando o mínimodo sensor é ISO 100 e o fotógrafo o regulapara operar em ISO 400.
Além disso, o ruído aparece sempreque o sensor for exposto à luz por períodosmais longos que poucos segundos, comoocorre em fotos noturnas.
Se um sensor é projetado para trabalhar em ISO 100, ao aumentarmos a sen
sibilidade para ISO 200, 400 ou maiores,o sinal elétrico dentro do sensor deve ser
ampliado para permitir a maior capraçãode luz, e esse aumento do sinal elétrico
gera interferências (chamadas de ruído),que prejudicam a qualidade, as cores e adefinição das imagens. Os sensores maiores sofrem menos com as interferências
elétricas e, assim, são mais aptos a operarem sensibilidades ISO mais altas ou a
serem usados para fotografias de longaexposição. Mas, mesmo assim, ainda hálimites que podem ser considerados maisestreitos do que os existentes na fotografiacom filme fotográfico.
Outro ponto a favor dos sensoresmaiores é que a informação fotografada émenos comprimida. Isso significa que, sevocê fotografa uma paisagem e a distribui
num sensor de apenas 8 mm de largura,provavelmente existirá perda de deralhesfinos, pois uma grande quantidade deinformação será comprimida numa áreamuito pequena. Por melhor que seja aóptica das lentes, isso é inevitável. Nossensores maiores, a informação de pequenos detalhes é mais bem preservada.
Graças aos dois fatores citados acima, as imagens geradas por câmerascom sensores maiores tendem a ser mais
limpas, com menos ruído, com melhordefinição, cor, contraste e qualidade geralda imagem. Daí tiramos nossa primeiraconclusão: fotógrafos que querem máximaqualidade em suas fotos, que pretendemfazer grandes ampliações de suas imagens,ou que precisam constantemente fotografar com sensibilidades ISO mais altasem locais escuros devem considerar essa
questão e procurar câmeras com sensoresmaiores, como os APS e osfull ftames.
Algumas dúvidas nascem dessa conclusão: Então apenas câmeras com sensores grandes valem a pena? E todas essascompactas que estão no mercado, nãoprestam? Na verdade, não é bem assim.A escolha do equipamento depende dasua aplicação e das necessidades do fotógrafo. Um sensor pequeno também temvantagens. Por seu tamanho reduzido, ascâmeras podem ser compactas, fáceis delevar a todo lugar e mais econômicas nogasto de pilhas/baterias, e podem, aindaassim, obter uma qualidade muito boade imagem, compatível com o uso e asnecessidades da maior parte do públicoamador da fotografia.
Ou seja, se você busca praticidade eportabilidade, câmeras compactas comsensores pequenos podem resolver seudilema. Se procura máxima qualidade,mesmo que para isso seja obrigado acarregar equipamentos maiores, maispesados e mais caros, opte por aquelescom sensores maIOres.
O importante é saber que, quando falamos de sensores, tamanho é documento,
sim, e que, além da quantidade de pixels,
marca, objetivas utilizadas etc., esse deveser um importante aspecto a se considerarna aquisição de um novo equipamento. Omelhor a fazer é analisar suas reais neces
sidades quanto à qualidade de imagem eresolução e não se esquecer nunca de que"quem vê cara não vê coração".
FoTÓGRAPHoS • 33
o SENSO R
Fator de corte nascâmeras digitais
O tamanho dos sensores digitais,além de influenciar a qualidadefinal das imagens, também causafreqüentes confusões por conta doque é conhecido como fator de cortenas Imagens.
Muitos usuários acreditam quesensores menores que os lull ftames
multiplicam a distância focal dasobjetivas, servindo como uma espécie de extensão para elas. É como se,num passe de mágica, uma objetiva300 mm - ao ser utilizada conjuntamente com um sensor de fator decorte 1,5 x - se transformasse em uma
450 mm, por exemplo.Na verdade, essa confusão ocorre
porque normalmente utilizamosobjetivas que foram projetadas paraserem usadas em equipamentos convencionais. Quando a área do sensoré menor do que a de um fotograma de35 mm, há uma perda em uma parte(em torno) da imagem, que nos dáessa falsa impressão de ampliação. Eisso vale para todas as objetivas, independentemente da distância focal.
Assim como a distância focal
não muda, a profundidade de campotambém permanece a mesma quandoutilizamos câmeras digitais com sensores menores. Ocorre que, por conta daárea disperdiçada, para conseguirmosincluir no visor a mesma cena quedesejamos fotografar quando não hácorte, precisamos nos afastar mais. Naprática, a profundidade de campo acabaaumentando por conta dessa alteraçãona distância entre a câmera e a cena.
Uma questão muito importante éque, mesmo que se consiga incluir acena de um mesmo modo quando háfator de corte, a alteração da distânciaentre a cena e a câmera gera alteraçãona perspectiva, o que pode mudar significativamente o resultado da foto.
Atualmente, muitos fabricantes
produzem objetivas supergrande-anguiares com o objetivo de amenizar oefeito que ocorre por conta do fator decorte em alguns equipamentos.
EM CATIVEIRO
FOTOGRAFAR EM CATIVEIRO,E O BICHO!
Algumas dicas va~osas do fotógrafo Sérgio Assis para
quem gosta de fotografar animais, mas não tem como
viajar para lugares distantes e de difícil acesso.
por Sérgio Assis. textos e fotos
.Â. Bichos em cativeiro
As fotos que ilustram esta matéria
foram produzidas pelo fotógrafo
Sérgio Assis no Bosque dos jequitibds,
em Campinas (SP).
Fotografar animais
em cativeiro exige
paciência e persistência.
Para eliminar
grades e telas, osanimais devem
estar distantes e
o fotógrafo deve
chegar o mais perto possível das grades,
sempre lembrando que animais em ca
tiveiro ficam mais agressivos que no seuhábitat natural, daí a necessidade de não
se esquecer da própria segurança. Além
disso, usar grande abertura de diafragma
e uma alta velocidade de obturador pode
ajudar no resultado das fotos. O uso de
um tripé ou um monopé é imprescindível
para que a imagem não saia tremida.
Fotografar animais em cativeiro tam
bém exige do fotógrafo paciência e per
sistência. Se possível, peça para um téc
nico auxiliá-lo. Esse tipo de profissional
"fala" com os bichos e, por incrível que pa
reça, eles entendem.
Finalmente, a postura do fotógrafo
diante de animais precisa ser diferencia
da: ele tem que ter rapidez para apertar
o disparado r e, desse modo, captar o
momento mágico. Não se movimentar
demais e se manter tranqüilo durante a
sessão pode ajudar bastante.
Lembre-se de que, com alguns conhe
cimentos de fotografia e bastante respeito
à natureza, podemos fazer muitas fotos
de qualidade.
Para quem gosta de fotografiade natureza, principalmente de
fotografar animais, e não dispõe
de recursos financeiros para fazer uma
viagem à Amazônia ou à África, por
exemplo, é possível fazer boas fotografiasde animais em cativeiro, dentro de um
zoológico. Um bom trabalho pode ser
urilizado na edição de uma revista ou em
outro meio de comunicação, ou ainda em
bancos de imagens.
Para fotografar em zoológico, algumas
recomendações devem ser seguidas. Em
primeiro lugar, aconselha-se fazer as fotos
em dias que o local não esteja aberto para
o público, pois, nessas ocasiões, os animaisestão mais à vontade e menos "estressados".
Em dias normais de visitação, o barulho e a
agitação dos visitantes acabam dificultan
do a confecção de boas imagens.
A fim de obter uma autorização para
fotografar nos dias em que o zoológico es
teja fechado, recomenda-se que o fotógrafo
prepare um projeto, simples e objetivo,
cujas finalidades e metodologia de tra
balho estejam explicitadas. Aurorizada a
entrada, é aconselhável que o biólogo ou o
veterinário do local acompanhe o trabalho,
fornecendo informações sobre costumes
dos animais e regras de segurança.Outra dica se refere ao melhor horário
para fotografar: quando a luz está surgindo
e/ou quando está indo embora, ou seja, das6 às 9 horas e das 16 até as 18 horas (no
horário de verão, fica mais fácil fotografar
nos dois períodos).
Além da autorização do zoológico e da
utilização de um equipamento adequado
(uma teleobjetiva é bastante recomenda
da), alguns cuidados são essenciais, como,
por exemplo, não fotografar animais que
estão muito próximos às grades e conside
rar o enquadramento e a luz. É importanteestar atento a elementos - como telas e
paredes - que podem prejudicar a foto
grafia, principalmente quando os animais
estão próximos a eles.
FOTÓGRAPHOS • 35
VÂNIA TOLEOO
Vânia T oledo
Um olhar querevela almas.
por Silva na de Carvalho
/IA empatia é O
elemento mais
importante paraum bom retrato.A minha linha é
. -seguir a emoçao,mostrar para apessoa que estouali para fazer omelhor. /I
Com a mesma desenvoltura com quefaz rerraros de personalidades brasi
leiras e inrernacionais, a forógrafa mi
neira, mas "paulistana de coração", Vânia
Toledo, recorda momenros especiais que
a forografia lhe reservou.
Comunicativa e dona de uma gar
galhada conragiante, que deixa as pessoas
completamente à vonrade, ela surge es
parramando forografias de celebridades e
de amigos sobre a mesa em seu estúdio,
em São Paulo (SP), avisando que é uma
seleção emocional, para começar a come
morar os 25 anos de forografia profissional
completados em 2005. As imagens em
prero-e-branco formam um verdadeiro
mosaico de histórias que ela também
fotografou com a memória.Relembrando a forma como cada
uma foi criada, ela revela uma das prin
cipais características de um fotógrafo de
retraro: a conexão que ele deve estabele
cer com o forografado. "A empatia é o
elemenro mais importanre para um bom
retraro. A minha linha é seguir a emoção,
T Caetano Veloso o cantor e com
positor em um dique feito em 1984, com
ofilme Tri-X puxado para 1.600. Segundo
Vânia Toledo, o segredo para a realização
de fotos como esta vai além da exploração
de recursos técnicos. "Ofotografàdo tem
que estar muito à vontade, só assim o
retrato transmitird emoção '; ensina.
FOTÓGRAPHOS • 36
mostrar para a pessoa que esrou ali parafazer o melhor", revela.
Aurora de livros e de exposições de
sucesso e que conraram com cenas clicadas
com as câmeras profissionais Nikon (F2e F4) e Penrax (4 x 5; 6 x 7; 6 x 4,5), ela
agora se prepara para concretizar um novo
projeto de livro, desta vez, com imagens
feitas com as "maquininhas" que não saemde sua bolsa. Há 30 anos, Vânia cultiva
um hábiro considerado secrero: registra
flagranres de personalidades nas ruas,nos teatros e em vários ourros locais de
São Paulo, que ela adorou aos 13 anos de
idade. Os chamados snapshots estarão nolivro Diário de Bolsa e foram feiros, ini
cialmenre, com uma Yashica de foco fixo,
a "inhashid', apelidada pelo ministro da
cultura, Gilberro Gil, e, depois, por uma
Penrax, a "penraquinhà', que deu lugar à
"nikonzinha" com zoom, que hoje ganhou
o espaço de sua bolsa." Gosro de fazer
forografias com o olhar esponrâneo, sem
preocupações estéticas excessivas e equipa
menros caros. Descobri logo cedo que as
.•. A criatividade do olhar da fotógrafà
para um retrato considerado ousado hd 10 anos.
A imagem feita com a Pentax 6 x 4,5 éparte
de um ensaio que foi realizado para uma
campanha publicitdria, mas virou mesmo umcalenddrio no ano de 1995. Vtzle a dica:
"Cada fotografàdo tem uma luz, merece um
tratamento diferente. Gosto de descobrir
essa luz e acho que virei retratista por isso. "
VÂNIA TOLEOO
pessoas relaxam quando a câmera é poucopretensiosa", comenta, estimulando aqueles que gostam de fotografar.
Foi assim, fazendo diques espontâneos, que ela começou a perceber quedeveria trocar a carreira de socióloga pelade fotógrafa. "Acho que desde sempreeu fotografava com o olhar. Minha mãesempre queria ouvir as minhas descriçõesde festas e eventos, pois eu memorizava ascenas como ninguém", relembra.
Essa caraterÍstica, segundo ela, deregistrar com o olhar, é um dom e sesobrepõe ao aprendizado técnico. "Écondição básica ter um bom olho", diz aautodidata fotógrafa que tinha um hábitoeficaz para o processo de aprendizagem:o treino prático, sempre muito bemanalisado, com direito a anotações quepudessem, mais tarde, mostrar os errose os acertos em cada imagem. "Com opassar dos anos, você vai aprendendo ater sensibilidade visual, a reconhecer a
melhor luz. Ao fazer um retrato, olho paracada pessoa e só depois a ilumino, nuncadeixo a luz pronta, pois o ser humano émuito especial e não posso usar a mesmaluz. Essa consciência vem com o tempo ecom a observação, com o olhar que lançopara o outro. Acho que virei retratista porisso", confessa.
UM víCIO: GENTE
Intuição, raciocínio rápido e respeito. Essas três palavras resumem atriburosque Vânia Toledo imprime em cada tra
balho que realiza. "Acrescentariaainda a emoção, que é semprerenovada, mesmo com tantos
anos de trabalho, e o meu principal trunfo, que é saber dirigir ofotografado", justifica, afinal, ela éautora de retratos de importantespersonalidades, como artistas epolíticos. "Tento sempre encontrar uma forma de estabelecer
do m P A atriz
Fernanda Montenegro, o compo
sitor e cantor Itamar Assunção e
a cantora Elis Regina. Imagens
com a cor preferida da fotógrafa:
"Vejo o mundo em preto-e-brancoe minha conexão com ele ocorre
através do meu trabalho. "
FOTÓGRAPHOS • 38
a xoe Nesta imagem, a atriz
Cristiane Torloni está em cena na peça Sa
lomé. O teatro é a segunda grande paixão
de Vânia Toledo. Ela promete o lançamento
de um livro com imagens que colheu dosartistas nos últimos 30 anos.
uma conexão que permita o dique.Para alguém ser bem fotografado, essapessoa tem que querer. Meu vício égente, mas quando percebo que a pessoa está ali e não quer fazer a foto ounão está preocupada com ela, deixoo trabalho", comenta.
Vânia também não abre mão da
fotografia analógica. Só com o tempoos filmes fotográficos poderão darespaço aos pixe/s. "Só brinco com odigital, por enquanto. Acho que elenão tem a profundidade, a nitidez,as alterações de nuanças. O digitalnão alcançou aquilo que meu olhoenxerga. Penso que um retrato temque ter o mínimo de Photoshop e omáximo de atitude!", finaliza, dando
um último conselho para quem estácomeçando: ''Ao escolher o melhorretrato que se faz de uma pessoa,opte sempre pela fotografia que lhetransmita mais emoção, que fale maispróximo ao seu coração, mesmo quenão tenha a luz perfeita. Pode seruma dica não viável economicamente,
mas garanto que é o melhor caminhopessoalmente", encerra, recolhendo asimagens que estão sobre a mesa paralançar um último olhar sobre aquelasque entraram nesta edição.
VÂNIA ToLEoo
Intuição, raciocínio rápido e respeito. Essas três palavras resumematributos que Vânia Toledo imprime em cada trabalho que realiza.
FoTÓGRAPHoS • 39
A "Ilha da Magia" está repleta de pontoshistóricos e naturais para fotografar.
Para quem deseja fazer um passeiofotográfico pela ilha, o ideal é
seguir um roteiro pré-estabelecido,
pois a cidade é grande e são muitas as pos
sibilidades fotográficas que ela oferece.
Uma boa dica é começar pelo Centro, onde se encontra o maior número
de pontos turísticos não naturais, como
monumentos e prédios históricos.
Embora Floripa seja uma cidade bas
tante segura, é bom não dar chance para
o azar, porque equipamentos fotográficos
costumam chamar a atenção. Nesse caso, é
~ Palácio Cruz e SouzaConstruído no século XVI,
serviu como residência dos
governadores no tempoda colônia. Por causa da
cor externa, também ficouconhecido como Paldcio
Rosado. Atualmente abrigao Museu Histórico de
Santa Catarina.
melhor prevenir do que se lamentar.
Partindo do Centro, o leitor pode
optar por visitar o leste, o norte ou o sulda ilha. Como veremos adiante, cada um
desses lugares possui suas peculiaridades
e diferentes assuntos para serem fotogra
fados, como praias, montanhas, vilas e
construções históricas.
Gostamos sempre de alertar para a
importância de se buscar outras refe
rências (guias, livros etc.) sobre o local a
fotografar. Quanto mais informações vocêobtiver, melhor tende a ser o resultado.
FOTÓGRAPHOS • 43
~ Ponte Hercílio luz, manhã
Canon EOS 300, objetiva Tamron SP 24
135 mm, filme Fuji Sensia 100, exposição
de 1/180s e abertura f8 efiltro polarizador.
..•.. Catedral MetropolitanaConcluída em 1772, foi erguida no lugar
de uma antiga capela, que jd era pequena
demais para o número de fteqüentadores.
Norte da ilhaÉ a região mais desenvolvida de Flo
ripa, contando com ótima infra-estrutura. . .para recepClOnar os VIsItantes, como res-
taurantes, bares, hotéis e outros serviços.
As praias do norte, embora menos
"selvagens" que as do sul, também sãomuitos bonitas e oferecem inúmeras
oportunidades fotográficas.
Você pode, por exemplo, aproveirar
para conhecer as dunas que separam as
Praias dos Ingleses e do Santinho. Ou en
tão visitar a Praia do Forte, que possui areia
branca e fina, e a Fortaleza de São José da
Ponta Grossa, construída pelos portugue
ses para defender a ilha de invasores.
O acesso ao norte da ilha é feito por
vias bem pavimentadas e isso pode facilitar
.•. Embarcações nafrente da praiade Santo Antônio de Lisboa. Câmera
Canon EOS 30, objetiva EF 50 mmfi.8, exposiçãode 1/125s e aberturafi6 efilme Fuji Provia 1DOE
o passeio, principalmente se você estiver
acompanhado da família.
Para quem gosta de fotografia sub
aquática, a Praia Brava é uma ótima
pedida, já que sua água clara favorece a
prática do mergulho.Na Praia de Jurerê, de areia fina e
pouca ondulação, encontra-se o Iate Clu
be de Santa Catarina, um bom lugar para
quem gosta de fotografar embarcações.
Além desses que citamos, o norte
possui ainda outros pontos que devem ser
explorados. E clicados, claro!
FOTÓGRAPHOS • 45
POR DENTRO DA LUZ
" .. ..
Praia Moleo nome tem sua origem na areia do
lugar, solta e macia. Considerada um dosprincipais points da ilha, essa praia é muito freqüentada por surfistas e praticantesde parapente, que utilizam a encostacomo rampa de decolagem.
Para aproveitar ao máximo a potencialidade do local, uma boa pedidaé utilizar uma teleobjetiva. Com ela,pode-se fotografar as manobras radicais
dos surfistas, as cores e os movimentos
graciosos dos parapentes no céu e também a beleza dos seus freqüentadores(neste caso, recomendamos não ficar
"apontando" indiscriminadamente suacâmera para os corpos sarados alheios,pois isso lhe pode causar alguns efeitoscolaterais, como olho roxo!)
Junto à Praia Mole está a da Galheta,mais tranqüila e também muito bonita.
FOTÓGRAPHOS • 49
.Â. A Praia Mole é um dos principais
points da ilha. Durante o verão, a
areia fica lotada de surfistas e belas
garotas. Se você preferir fOtografar o
local com pouco movimento, o ideal échegar cedo e aproveitar as primeiras
horas da manhã, quando poucos
"corajosos"já se levantaram da cama.
..•. Primeiras horas
Estas duas fOtografias, de tons mais
quentes, fOram tiradas logo pela
manhã, quando o sol ainda nascia no
horizonte. Imagens assim nos mostram
que pode ser muito compensador
chegar mais cedo à praia para
fOtografar com a iluminação especial
que o horário costuma proporcionar.
'I' I 'I I'
~ lagoa do Peri A água doce
e tranqüila da lagoa pode servir
para uma boa sessãofotográfica e
também para um delicioso banho
refrescante. Abaixo, registro feito no
local pelo fotógrafo Zé Paiva.
Sul da ilhaTrata-se de um local muito tecomen
dado para quem deseja explorar o aspecto
rústico da vida dos pescadores e a beleza
natural de praias, trilhas e lagoas.Na comunidade de Ribeirão da Ilha,
localizada a 36 quilômetros do centro da
cidade, podemos registrar a influência
causada pela colonização portuguesa na
ilha. As casas (de paredes, portas e janelascoloridas), assim como as cortinas utiliza
das (quase todas de renda), são motivos
bastante fotogênicos.
A região também conta com belas
praias, como a do Campeche, a Armação,a Morro das Pedras e a Matadeiro.
No extremo sul da ilha, há algumas
praias que, por terem acesso mais difícil
- é preciso encarar trilhas que passam
pela mata e pelos morros -, estão ainda
preservadas da ação do homem. A Praia
Lagoinha do Leste possui um rio e é
cercada por morros. A de Naufragados,
também acessível apenas por trilhas ou
por transporte marítimo, é bastante inspi
radora para as fotos, pois, além da beleza
natural, conta com a presença de; um farole de uma fortaleza, a de Nossa Senhora da
Conceição de Araçatuba.
Para quem for visitar o sul da ilha,uma boa dica é conferir a Praia do Pântano
do Sul, uma colônia de pescadores com
restaurantes que servem pratos típicos.
T A parte sul da ilhase caracteriza principalmente pelo seu
aspecto mais rústico epela diversidade
natural que podemos encontrar lá.
IgrejasSem dúvida alguma, um assunto que
merece destaque em Flotipa são as suas
igrejas - principalmente as mais antigas -,
que representam a influência marcante da
arquitetura açoriana na ilha.Embora muitas delas tenham sido
restauradas sem a preocupação de conser
var a aparência original intacta, as igrejasainda mantêm sua autenticidade.
São ótimos lugares para se fotografar
e registrar os lados histórico e religioso
da região. Algumas igrejas que valem servisitadas são: a de Sant'ana, a de Nossa
Senhora da Necessidade, a de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e a
de São Francisco de Paula.
..Â. A influência açoriana na constru
ção das igrejas de Floripa é muito mar
cante. Na foto acima, a Igreja de NossaSra. das Necessidades, em Santo Antônio
de Lisboa. Abaixo, a de Nossa Sra. do
Rosário dos Homens Pretos, a segunda
mais antiga da ilha.
Fortalezas
• São José da Ponta Grossa
Localizado ao norte da ilha, trata-se
de um lugar bastante inspirador para
fotografar, tanto pela vista que oferece
como pelas paredes e muros de pedras.
Em Florianópolis, podemos encon
trar algumas fortalezas que foram cons
truídas pelos portugueses com o objetivode defender a ilha de invasões de outros
povos, principalmente os espanhóis.
Esses fortes (todos já foram restauta
dos) possuem grande valor dos pontos de
vista arquitetônico e histórico. O primeiro a ser construído foi o de Santa Cruz,
que está localizado em uma pequena ilha
ao norte de Floripa. Passado um ano, os
portugueses decidiram erguer mais duasfortalezas, a de Santo Antônio e a de São
José da Ponta Grossa, esta última locali
zada entre as Praias Daniela e Jurerê.Também foram construídos os For
tes de Nossa Senhora da Conceição (Ilha
de Araçatuba) e o de Samana, ptóximoà Ponte Hercílio Luz.
Essas construções são ótimos locais
para se fotogtafar, pois possuem muitos
elementos intetessantes, como paredes e
muros de pedras, tortes e canhões. Além
disso, por causa de seu posicionamento
estratégico, costumam oferecer lindas
vistas do mar e das praias próximas.
o FOTÓGRAFO CURIOSO
o Fotógrafo curiosopor Charles Dias
Existe um ditado do grande matemá
tico e filósofo francês René Descar
tes (1596 - 1650) que diz: "Penso,
logo existo" e que guarda a essência do serhumano. Atrevo-me a roubar esse ditado,
modificá-Ia um pouco e assim descrever
o ser humano fotógrafo amador com um:
"Bisbilhoto, logo fotografo melhor".
Acho interessante como as pessoas
vêem a fotografia como uma arte fechada,
hermética, como se fosse cheia de regras
que não pudessem ser quebradas, cheiade fórmulas e receitas de bolo. Mesmo
alguns fotógrafos com muito tempo deestrada acreditam nisso com toda a força
do seu coração e estão redondamente er
rados. Muito pelo contrário, a fotografia
deve ser encarada como um playground,
um parque de diversões a ser exploradocom interesse e curiosidade.
Vamos começar do começo, com
a câmera fotográfica. É incrível comoo brasileiro não tem o costume de ler
manuais de instruções, ainda mais de
equipamentos eletrônicos, o que acon
tece também com fotógrafos. Por mais
simples que seja o equipamento, uma
leitura atenta do manual é muito impor
tante para que se conheça cada detalheda câmera e do seu funcionamento. As
sim, quando for praticar, você vai poder
se concentrar melhor no ato fotográfico,
e não em achar aquele botão que permi
te acionar tal função.
Pronto, agora que você já leu tudo so
bre sua câmera e sabe como operá-Ia di
reitinho, chegou a hora de conhecer os se
gredos que não estão descritos no manual.
É incrível como há funções e possibilida
des na maioria das câmeras fotográficas,
que não estão descritas no manual. Uma
rápida procura no www.google.com com"nome-da-câmera secrets" e você encon
trará diversos links com coisas que você
nem imaginava que sua câmera fizesse.
Esses segredos são descobertos por
usuários que bisbilhotam a câmera, entram em menus, acionam botões e ten
tam combinações de funções. Claro que
se deve fazer isso com segurança e tendo
noção do que se está fazendo. O mais no-
tório exemplo desse universo de funçõesdesconhecidas é o de uma câmera reflex
digital de marca muito famosa que teve
seu jirmware (programa interno de con
trole) levemente modificado, o que per
mite que a câmera passe a ter funções deum modelo muito mais caro.
Como equipamento não é tudo na fo
tografia, devemos estender a bisbilhotice
também para o modo como se fotografa.
Lembre-se de que regras foram feitas para
primeiramente serem aprendidas, prati
cadas e então para serem quebradas.
Existe um processo fotográfico cha
mado crossprocessing, no qual se revela um
filme cromo como se fosse um filme nega
tivo comum (os processos de revelação de
ambos os tipos de filme são diferentes), o
que resulta em cores alteradas e saturadas,
permitindo resultados diferenciados e, em
muitos casos, excelentes, um truque mui
to utilizado na fotografia de moda. Esse
tipo de processo não foi criado, surgiu
quando alguém revelou o cromo de for
ma errada, como se fosse um negativo, e
hoje é usado por fotógrafos que ousam e
querem resultados diferentes.
Com a mágica tecnológica que per
mite que imagens digitais sejam criadas
diretamente na câmera fotográfica ou
com a digitalização de negativos, slides
e ampliações em papel, as fronteiras de
possibilidades para um fotógrafo curioso
se ampliaram enormemente. Isso é algo
muito interessante e que tem sido alvode um intenso debate. Afinal de contas,
vale manipular as imagens digitais/ di
gitalizadas? Imagens manipuladas conti
nuam sendo fotografia ou passam a ser
web art? Debates filosóficos fotográficos
à parte, o playground eletrônico permite
muitas possibilidades.
Aqui também podemos dividir os fo
tógrafos amadores em três tipos básicos.
De um lado temos os que se permitem o
mínimo de intervenção possível na ima
gem, o suficiente somente para corrigir
ligeiros desvios normais do processo de
digitalização ou captura digital da ima
gem. Esses fotógrafos fazem somente
pequenos ajustes de nitidez e contraste.
FOTÓGRAPHOS • 54
O segundo grupo é composto por aque
les um pouco mais ousados, que usam
alguns truques aprendidos na internet,
mas fazendo tudo com muita segurança
e algum preconceito. O último grupo é
formado por aqueles que gostam de pas
sar algum tempo "brincando" com algu
mas imagens em seu programa favorito,
que gostam de testar pequenos progra
mas disponíveis na internet e que dis
cutem com outros fotógrafos diferentes
métodos de processamento de imagens.
Quero dizer com tudo isso que o fo
tógrafo será mais completo se ousar fazer
algo diferente com suas imagens, procurando resultados inusitados. O estilo
pode ser um novo ângulo ao se fotogra
far, um tom de sépia que só você saiba
como conseguir, um desfoque leve que
deixa a imagem poética. Bisbilhotar na
fotografia é algo que traz crescimento e
faz parte da formação do fotógrafo. Pro
cure fazer algo diferente, invente com lu
zes, sombras, exposição e manipulações,
você só tem a ganhar com isso.
Charles Dias, 32 anos, é economista, fotdgrafo
amador há quase 10 anos e é criador e editor do
"Loucopor Fotografia" www.Joucoporfotogra
fia.net, revistaon-line gratuita defotografia.
T EfeitoAqui temos uma foto
(à esquerda) com um visual diferente da
original (menor, à direita), mais bonita
e atraente. Este resultado foi conseguido
por acaso, enquanto eu tentava trabalhar
a granulação da foto. Comecei a brincarcom os controles
da ferramenta
até conseguir o
melhor efeito.
FOTOBlOGS
DIÁRIOS FOTOGRÁFICOS NA REDE
FOTOBLOGSSucesso das câmeras digitais aumenta o número de fotoblogs na internet.
por Sandra Mastrogiacomo
-:a-
ALGUNS FOTOBLOGS PARA VISITAR
•---- •••• ,) ~ ~J>I.~ j--
• http://comodoJotoblog.uol.com.brFotoblog em que Como do, da escola
de fotografia Riguardare, mostra o seu
trabalho. São imagens que retratam per
sonagens, cultura e monumentos.
• http://35mm.org/fotoblog
Fotoblogcomunitário em que o internauta
pode postar fotos por categoria: Abstrato,
Animais, Jornalismo, entre outros. Para par
ticipar, é preciso fazer um cadastro.
• http://fotolog.net/verasayaoFotos de Santa Catarina pelas lentes da
fotógrafa Vera Sayão.
• http://lost.art.br
Mais site do que fttoblog, o Lost Art mos
tra o trabalho de um casal de fotógrafos,
Louise Chin e Ignácio Aronovich.
• http://fotolog.terra.com.br/toninho
Fotoblog com fotos dos principais pontos
turísticos de São Paulo. Fotos feitas porum cobrador de ônibus com uma câmera
digital compacta (imagem acima).
ONDE HOSPEDAR O SEU FOTOBLOG
• http://fotoblog.uol.com.brFunciona nos mesmos moldes do Terra.
A diferença é que apenas assinantes do
Doi podem desfrutar das vantagens adicionais oferecidas.
• http://fotolog.terra.com.brServiço gratuito ou pago. No serviço gratuito, o internauta tem acesso limitado,
tendo apenas direito a uma postagem por
dia e 10 comentários por foto. O serviço
pago já permite um número maior de
postagens e comentários (06 e 100, res
pectivamente), além de outras vantagens.
Quem já é assinante do Terra tem um
custo mensal de R$ 7,90 e para quem
assina apenas o serviço, R$ 9,90.
• http://www.flogao.com.brServiço gratuito que dá direito a postar
duas fotos por dia e também um númeroilimitado de comentários.
• http://www.fotoblogs.net
Serviço pago. O Fotoblogs.net oferece
dois planos: no Plano 100, o internauta
tem direito a postar 2 fotografias por
dia, 100 comentários por fotografia, sem
limite de espaço, smiles, formatação de
texto e sem propaganda por R$ 3,00/
mês. No Plano 200, são 6 fotografias
por dia, 200 comentários por fotografia,
também sem limite de espaço, smiles,
formatação de texto e sem propaganda,
por R$ 6,00/mês.
A onda de diários virtuais começoupor volta do ano 2000, mas foi
somente em 2002 que a comuni
dade fotográfica começou a se interessar
por essa nova forma de se comunicar e
apresentar o seu trabalho globalmente.
Hoje, passados quase três anos e com
a facilidade de se adquirir uma câmera
digital, o número de fttoblogs praticamente
duplicou e o Brasil é recordista, já ultrapassando a marca de 10.000.
Fotoblog (ou fttolog) é um espaço
virtual, de fácil acesso e gerência, que
permite a postagem de fotos e com uma
interface muito simples. A comunicação
é feita inteiramente por imagens, sem o
uso de textos, quando muito, apenas uma
legenda para situar a foto.Geralmente, do lado direito da tela,
aparecem imagens em thumbnail (imagens
menores, ampliadas através de um diquedo mouse). No meio da tela, fica em des
taque a última foto disponibilizada.
No Brasil, diversos provedores e sites
oferecem o serviço de criação e de hospe
dagem de fotoblogs, gratuitos ou pagos. Mas
a grande maioria está hospedada gratuita
mente, o que ocasiona os chamados bugs,
deixando o serviço lento e os fotoblogueiros
com os nervos à flor da pele.
Há fttoblogs - individuais ou comu
nitários - de tudo o que se possa imagi
nar. Desde páginas de profissionais que
publicam suas próprias imagens com o
propósito de divulgar seus trabalhos, como
daqueles que apenas querem partilhar fo
tografias pessoais com parentes e amigos.
FOTÓGRAPHOS • 55
MUNOO FOTOGRÁFICO
,O IC A
DO MUNDO FOTOGRÁFICO
Fique por dentro das principais novidades e
lançamentos do mercado da fotografia. Equipamentos
e acessórios, serviços, exposições e cursos.
por Sandra Mastrogiacomo
Mundo digital
Fuji comercializa câmera de 12 megapixe/s
Câmera digital 0-590zoom da Olympus
A Câmera Digital Compacta D-590zoom da Olympus tem 4 megapixels, telade cristal líquido semitransmissiva de1,8 polegadas, bateria recarregável deLi-ion (com carregador), 10 modos selecionáveis de fotografia (incluindo filmecom áudio), processador de imagemTruePic e impressão PictBridge.
5eu senso r produz imagens comopções de tamanhos de impressão de até11 x 14 polegadas ou 27,9 x 35,5 cm.A combinação do zoom óptico 3x como zoom digital de 4x oferece um zoomcontínuo de 12x.
No modo supermacro da câmera,é possível capturar detalhes de até3,5 polegadas (8,9 cm).
O corpo da câmera é ultracompacto,feito de policarbonato e com acabamento prateado.
Preço sugerido: R$ 2.399 mil.
-iii
Jl '
o
imagens de altíssima qualidade (4.256 x2.848 pixels de gravação) e capturar detalhes muito finos.
O 5uper CCD 5R é o principal destaque desse novo modelo, proporcionandouma faixa dinâmica, cerca de quatro vezesmaior do que a faixa obtida na versãoanterior, que equipava a 52 Pro. Foi desenvolvido para simular as características defaixa tonal das películas fotográficas.
A 53 Pro também tem LCD de 2 polegadas mais um visor para visualização dasinformações de exposição e configuração,
flash inteligente com sistema de exposiçãoD-TTL, disparado r com velocidade de30s a 1/4000s e compatibilidade comobjetivas Nikkor.
O preço médio (sugerido) para oconsumidor final é de R$ 18 mil.
A câmera FinePix 53 Pro, nova digitalprofissional da Fujifilm, tem resoluçãode 12 megapixels e 5uper CCD 5R II, oque dá ótima latitude de exposição e faixatonal, passando a ter um desempenhopróximo ao da capacidade de definiçãodos filmes fotográficos.
A sua resolução permite produzir
C/ick, programa de fotografia na internetAALLTV (www.alltv.com.br)apresenta todos os domingos,
a partir das 18h, um programa sobre fotografia. A interatividadeé uma das marcas da produção. O internauta pode enviar suasfotos e fazer perguntas para os apresentadores e os convidados doprograma, num bate-papo informal sobre o prazer de fotografare os caminhos que levam a uma boa foto. A apresentação é feitapelos fotógrafos Vidal Cavalcante e Brígida Rodrigues.
FOTÓGRAPHOS • 56
--- MUNDO FOTOGRÁFICO
Câmera digital com visar sensível ao toqueA BenQ lançou a DC-E40, a primeira
câmera digital com viso r sensível ao toque
que permite acessar as funcionalidades
através do LCD, abolindo botões na parte
traseira do equipamento.
A DC- E40 tem resolução de 4 mega
pixels, LCD de 1,5 polegadas, disparado r
de 10 segundos, zoom de até 4x, gravação
de vídeo com áudio, modo de captura,
modo flash, efeitos (normal, preto-e-bran
co, sépia) e equilíbrio de branco.
A câmera tem manuseio simples e prático, conta, ainda, com o recurso de ano
tação digital sobre a foto, em que, através
da tela LCD, se escolhe o tipo de caneta,
borracha ou cor para se fazer desenhos ou
anotações na imagem e salvá-Ia.
De formato compacto, pesa 125 gra
mas e tem preço médio de R$ 1.399 mil.
Agfaphoto abre fábrica em Manaus
A AGFAPHOTO abrirá, ainda no10 semestre de 2005, uma nova fábrica na
zona franca de Manaus (AM).
A unidade brasileira compreenderátoda a divisão de consumo: filmes, cor
te e embalagem de papel fotográfico,acabamento de químicos fotográficos eequipamentos de laboratório.
Filme revelado 42 anos depois
Um filme exposto deve ser revelado omais rápido possível, para não se correr otisco de perder as fotos. Essa é a otientaçãodada pela maioria dos laboratórios fotográficos. No entanto, um filme utilizadoem 1962 e revelado somente em 2004
provou justamente o conttário. As fotosem preto-e-branco saíram nítidas e perfeitas. Vale a pena conferir: http://home.rmci.
netldeanw/verichrome-pan_l. html
Impressora Canon PIXMA IP3000
Pentax lança câmera digital à prova di água
Fotos digitais pela interneto Submarino está oferecendo a im
pressão de fotos digitais pela interner.No site, o cliente pode escolher o ta
manho da cópia, o tipo de papel, a botdae a cor. Tem, ainda, acesso a ferramentas
básicas para tetocar e editar as fotos.
Projeto utiliza a técnica pinhole
o projeto "Ver-o-Peso pelo furo daagulha" é um ensaio fotográfico sobre oMercado Ver-o-Peso em Belém do Pará.
A técnica utilizada é a do Pinhole, na
qual se utiliza uma câmera arresanal comum pequeno furo de agulha no lugar daobjetiva. A proposta do projeto é exploraras possibilidades estéticas dessa linguagemfotográfica em um trabalho de documentação cultural e arquitetônica da cidade.
Mais informações no site do fotógrafoDirceu Maués, autor do projeto: http://geo
cities.yahoo. com. br/dimaues/index. htm
o destaque da linha PIXMA é a im
pressora iP3000, que possui velocidade de
22ppm em preto e 15ppm em cor, a reso
lução é de 4.800 dpi, podendo imprimirfrente e verso automaticamente.
Indicada para aqueles que têm como
prioridade as impressões coloridas, a
iP3000 trabalha com quatro cartuchos
que podem ser substituídos individualmente, conforme acabam.
Em trabalhos fotográficos, a iP3000
imprime até o tamanho 10 x 15, sembordas. Pode ser conectada dire
tamente à câmera digital.
A Canon substituiu recentemente
toda a sua linha de impressoras jato de
tinta pelas da linha PIXMA, que possui
um número maior de bicos injetores, o
que garante imagens de maior qualidade
e rapidez na impressão.
A nova câmera digital da Pentax, a
Optio WP, tem 5 megapixels, zoom óptico
de 3x, zoom digital de 4x, LCD de 2 po
legadas, disparado r automático, memória
interna de 10,5 MB e é à prova d'água.
Ideal para a prática de esportes aquáti
cos ou, ainda, para usar em dias de chuva
ou locais com areia e lama, a Optio WP
pode ser imersa na água em uma profun
didade máxima de 1,5 m. Possui função
de filmagem (colorido, preto-e-branco,
sépia), funções gravador de voz, molduras,
macro (até 1 em), filtragem de cores e
ajuste de balanço de branco.A câmera
pesa apenas
120 gramas,
tem espessurade22mm
e será lançada no Brasil
no segundotflmestre
do ano.
Consigo oferece espaço gratuito
de exposição para fotógrafosCom o objetivo de fomentar a foto
grafia, a Consigo, loja de equipamentosfotográficos, oferece gratuitamente umespaço para que amadores e profissionaispossam expor o seu trabalho. A organizaçãoe divulgação da exposição ficam a cargo dofotógrafo. Os interessados devem apresentarsua proposta para Maira, no endereço:Rua Conselheiro Crispiano, 105 10 andar, Centro, São Paulo (SP).
• Informações: (lI) 3214-2660
FOTÓGRAPHOS • 57
Câmera digital mais fina do mundo
Primeiro lançamento da Casiode 2005, a
EX-SI00 é
considera
da a câme
ra mais fina
do mundo,
com apenas 16,7 mm de es
pessura, peso de 113 gramase tamanho de um cartão de
crédito (88 x 57 x 16,7 mm).
Tem resolução de 3.2 megapixels,
zoom óptico externo de 2.8x, zoom
digital de 4x, memória interna de
9,3MB, tela LCD, gravador de vÍdeoe é a única com lente de cerâmica, o
que resulta em maior qualidade óptica
e mais resistência que o cristal.
No modelo EX-P700, destaque
para a resolução de 7.2 megapixels.
Possui zoom óptico de 4x, digital de
4x, tela de cristal líquido e funçãomacro de 10 a 50 cm.
Também possui controle remoto,
função "Business Shot", que endireitaautomaticamente textos distorcidos,
7 pontos de autofoco, bateria de
longa duração (de 7 a 8 horas de
duração, recarregável) e efetua até
5 disparos em 1segundo.
Casio apresenta novos modelos digitais
Suprimentos para fotografia digital Extralife
A Casio am
pliou as suasduas linhas de
câmeras digitais com três
novos modelos:
na linha QV-R,
o último modelo lançado é a QV-R61; nalinha Exilim, a EX-P700 e a EX-SI00.
A QV-R61 tem resolução de 6 mega
pixels, LCD de 2.0", zoom óptico de 3x,
zoom digital de 4x, gravação de vídeo,
sem áudio, de até 60 segundos e corpo
compacto de alumínio.
As características operacionais também
foram aprimoradas, com o acréscimo das
funções One-Touch e Best Shot Mode,
com 23 tipos de ajustes de cenas.Nesse modelo tam- '"
bém foi incorporada
a tecnologia da linha
Exilim, que possui fun
ções para realçar o pro
cessamento de imagem
e o desempenho funcional da câmera,
proporCIonan
do imagensem alta re
soluçãoe menor
consumo
de energia.--
--
Projeto sobre etnias vira livro
o livro Povos de São
Paulo é o resulrado final
do projero homônimoque, duranre 2004, co
, lheu informações sobre
diversas ernias presenres na capiral paulista. Apublicação rraz forografias e depoimenros dosfotógrafos: Pisco Dei Gaiso, Marlene Bérgamo,João Wainer, Juan Esteves, Mônica Zararrini,
Iatã Cannabrava, Gal Oppido, EduardoMuylaerr, Penna Prearo e Egberro Nogueira.• Ed. Terceiro Nome, 170 págs., 60 reais.
São Paulo, 1860 - 1960- A paisagem humana
o livro São Paulo, 1860
- 1960 - A Paisagem Humana", do jornalista pernambucano Fernando Ponela,
trata do homem que vive nametrópole paulistana. Cerca de 230 forografias mostram o progresso e as transformaçõesocorridas no período de cem anos da cidade deSão Paulo, com seus personagens, cosrumes,ruas e lugares pirorescos.• Ed. Albatroz, 256 págs., 140 reais.
Livro conta história do surfe
no Brasil através de fotografias
o Brasil do Surf, arravésde imagens do espone,mosrra todo o liroral bra
sileiro com um pouco dahistória da culrura local
e as ondas que fascinammilhões de pessoas no
mundo inreiro. Editado por Albeno Woodward, o livro ainda conra com o trabalho dos
fotógrafos: Clemenre Courinho, Levy Paiva,Ed Viggiani, Delfim Manins, enrre ourros.• Ed. Cosmmos, 250 págs., 110 reais.
MUNOO FOTOGRÁFICO
O aparelho permite transferir dados e
fotografias digitais entre os computadorese os cartões de memória.
A Extralife também possui uma linhade cartões de memória nos modelos Com
pact Flash e Secure Digital, nas versõesde 128 MB, 256 MB, 512 MB e 1 GB
(este pode arquivar mais de 1.000 fotos
com resolução máxima). A velocidade de
leitura é de 52x no Compact Flash e de
60x no Secure Digital.
Na parte de impressão, a empresa
oferece os papéis Soft Gloss Photo, disponíveis nos formatos 10 x 15 ou A4.
A Extralife, empresa de
suprimentos de informática, está investindo
em produtos voltados
para a área de fotografia
digital, como leitores/cartões de memórias e
papéis para impres
são de fotografias.O Card Reader Ex
tralife é um dos únicos leitores e gravado
res de cartão de memória no mercado que
têm a capacidade de trabalhar com todos
os tipos de cartões existentes no Brasil.
Brasileiros, de Araquém Alcântara,
mostra história do nosso povo
Em seu 17° livro,
Araquém Alcânrara mosrraem Brasileiros um perfil dopovo brasileiro, em suas váriasmiscigenações e ernias. Através do registro das imagens,rorna-se um documenro vivo
da história, culrura e geografia do Brasil.O livro reúne 139 forografias P&B, pro
duzidas desde os anos 70, e rraz personagensde todas as regiões do país. Os texros são dojornalista Ronaldo Bressane.• Ed. Terrabrasil, 192 págs., 135 reais.
FOTÓGRAPHOS • 58
é a luz branca pura:luz do sol, dia limpo,às 9 horas da manhã.
é nome de coisas legais:Ferrari 050, máquinas,
lugar na Nova Zelândia ...(pesquise no Google!)
com redutor de olhos vermelhos, função
webcam (com som) e sistema PictBridge.A F455 tem zoom óptico de 3.4x, o
que equivale a uma lente de 38-130 mmde uma câmera 35 mm, zoom digital de4.1x e função macro com distância mÍnima de 9 cm. Pode ser encontrada nas
versões prata e preto, por um preço médio(lançamento) de R$ 2.499 mil.
Já a E510 tem zoom óptico de 3.2x(equivalente a 28-91 mm de uma câmera35 mm), zoom digital de 3.9x, funçãomacro, com distância mínima de 6,7 cm
e supermacro, com mínima de 2,6 cm.Encontrada somente na cor prata, pelopreço médio de R$ 2.099 mil.
Novos modelos de 5 megapixe/s da Fuji
A Fujifilm, mulcinacional japonesa,lançou, no fim de 2004, dois modelos deequipamentos de alta definição de imagem e design anojado: as câmeras digitaisFinePix F455 e FinePix E510.
Ambas possuem 5.2 megapixels
(imprimem cópias fotográficas de até20 x 30 cm), LCD de 2 polegadas, flash
Iluminação baseada em luz fria
é consultoria de:Gerenciamento de Cor
Macintosh
PhotoshopFoto Digital
ckerfiee, refletor e abas dealumínio espelhado.
A fixação é feitacom uma haste giratória e pino de encaixe.
O produto estádisponível em trêsmodelos: Digital Li
ght 2 x 55 (l10W), Digital Light 4 x 55(220W) e Digital Light 6 x 55 (330W).
A Mako, empresa especializada em comercializar
produtos de fotografia, estácom uma nova linha de ilu
minação contínua à base deluz fria, o Digital Light.
A luz fluorescente tem
temperatura de cor de5.500K, captura digital ou analógica. Possui reator de alta freqüência (40kHz),fli--Kodak incentiva a fotografia
A Kodak
Brasileira,
para incentivar o hábito de fo
tografar nasclasses populares, lançou no fim de 2004a câmera 35 mm EC 300. Substituindo a
KB 32, ela tem os mesmos recursos e um
preço bem mais acessível: 109 reais.A EC 300 traz lentes especiaisde vidro
com camada anti-reflexo, possibilitandoa produção de fotos com maior nitidez.A distância entre o flash e a lente reduz a
incidência de olhos vermelhos.
O flash dispara em todas as fotos efunciona também em dias ensolarados, o
que elimina as sombras, por exemplo.A Câmera tem desligamento auto
mático, visor grande e rebobinamentomotorizado do filme.
Características da EC 300
• Objetiva 30 mm • Abertura f/8.0flash e luz do dia • Foco fixo: 1,20 m aoinfinito· Velocidade do obturador: l/I OOs• Dimensões: 117 mm x 66 mm x 41 mm
(LxAxP) • Peso: 199,3 gramas.
Marcos Kim, consultorrenomado de Photoshope Fotografia Digital,
realiza palestrasem todo o Brasil eem Portugal, e faz
parte da d50
somos obsessivos por fotografia
(11) 3885.09009124.1724
FOTÓGRAPHOS • 59
MUNOO FOTOGRÁFICO
Cursos e Exposições -
-.....w".::10 segundos.
Preço médio
(lançamento) :750 reais.
Com fun
ções simples de
operar, a Mirage Yes possui 2.0 megapixels,
LCD de 1,6 polegadas, zoom digital de 4x,
memória de 8MB, expansível até 264 MB
com o uso de cartão de memória. O preçomédio é de 660 reais.
sador de imagem
em tempo real, fun
ção filmadora comáudio, indicador de
histograma, conexão
USB 2.0, modo de seleção de cena e com
patibilidade com sistema PictBridge. Vem
ainda com um carregador de baterias, que
podem durar até 180 disparos de flash.
A previsão da Sony é que a Cybershot
DSC-T33 chegue às lojas americanas pelo
preço médio de 450 dólares.
workshop dedicado à fotografia. Foi inten
sa a troca de experiências em um clima de
cordialidade entre os participantes.
Apesar de serem pouco difundidos
no Brasil, os workshops (de um ou doisdias) são muito comuns nos EUA e na
Europa e, geralmente, uma boa maneira
de colocar as pessoas em contato com
possibilidades fo
tográficas que normalmente elas não
teriam disponíveis,contando com a mo
nitoria de alguém
mais experiente e
uma boa organi
zação, garantindo
tranqüilidade.
A Sosecal, distribuidora de câmeras,
filmes, fotoquímicos e papel fotográfico,
lançou no fim de 2004 mais dois modelos
de sua linha Mirage: Steel e Yes.
O modelo Mirage Steel é um equi
pamento leve (82 gramas) com três
opções de uso: câmera digital, webcam e
filmadora. Possui 3.1 megapixels efetivos
(chega a 6.3 megapixels através de inter
polação), zoom digital de 4x, LCD de
1,5 polegada e disparado r automático de
Nova câmera digital ultrafina da Sony
Mirage lança novas câmeras digitais
Fotografia de moda e sensualidade
A Sony anunciou o lançamento, no
mercado norte-americano, da Cybershot
DSC-T33, a câmera digital mais fina da
empresa, com 3,8 em de espessura.
A DSC- T33 tem corpo de alumí
nio, 5.1 megapixel de resolução, visor
LCD de 2,5 polegadas, sistema ópticocom zoom de 3x e
zoom digital de 12x.Possui macro de
1 em, sistema Quick
Operation, proces-
No fim de 2004, reuniram-se em
um sítio em Cajamar (SP) I7 fotógrafos,
4 modelos, equipe de produção e os fo
tógrafos profissionais especializados emmoda/sensualidade Guilherme Lechat
e Clovis do Nascimento, colunistas do
"Louco por Fotografia" (www.loucopor
fotografia.net) para um dia inteiro de
Brasileiro expõe em Londres
o fotógrafo brasileiro Luiz CláudioMarigo foi um dos vencedores do concurso Wildlift Photographer ofthe Year2004.
A sua foto, Lobo-Guará, ganhou na categoria categoria From Dusk to Dawn (DoNascer ao Pôr-do-Sol) e poderá ser vistaentre as 90 fotografias selecionadas para aexposição anual da BBC e do Museu deHistória Natural, na capiral inglesa.• Informações: 44 (0)20 7942 5015
Fotoforma oferece
dois novos workshopsEm março, Isabel Amado ensinará a
editar um trabalho a partir de um conceitodiscutido e elaborado em conjunto com oautor, apresentará técnicas de confecçãoe utilização de papéis e demais materiaispara a montagem e preservação de fotografias, dará dicas de catalogação e acondicionamento para arquivo fotográfico.Data: 19 e 20 de março. Horário: sábado,
das 9 às 16h; domingo, das 10 às 17h.Vagas: 12. Preço: 320 reais (em 2 vezes)• Informações:Rua Alcindo Parreira, 50, Vila Mariana,
São Paulo. Tel.: (11) [email protected]
Agenda Ateliê da Imagem
o Ateliê da Imagem está com asinscrições abertas para os seus cursos:Iniciação à fotografia, Laboratório P&B,Estúdio, Digiral e Autoral.• Informações:Rua Urbano Santos, 15, Urca, R]Telefax: (21) 2542-7078/ 2541-3314
Exposição de fotografia no Conjunto
Cultural da Caixa, em São Paulo
o Conjunto Cultural da Caixa, emSão Paulo, apresenta a exposição Tenro
Ser - Devaneios. A mostra do fotógrafobaiano Paulo Lima demonstra, através de
suas fotos, o seu fascínio pelo jogo da luzou pela ausência dela, ressaltando a belezae a cultura brasileira.
A exposição permanece até o dia 13de março, no Conjunto Cultural da Caixa,Praçada Sé, 111, Centro, São Paulo, de terça
a domingo, das 9 às 21h. Entrada gratuita.• Informações: (11) 3107-0490
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*ist O
AS CÂMERAS
Antes de optar por qualquer equi
pamento, devemos ter em mente quais
os nossos objetivos e necessidades. Daí,
podemos escolher com maior chance de
acerto qual câmera, objetiva e acessórios
utilizar. Na pág. 64, montamos uma tabe-
Mesmo sendo necessário um
investimento considerável para adquirir
qualquer uma das câmeras analisadas
a seguir, existem alguns bons motivos
para se optar por um modelo SLR quan
do se fala em fotografia digital.
Em primeiro lugar, para quem já
está acostumado a fotografar com uma
câmera SLR de filme, a transiçâo se dá
de uma forma mais tranquila, já que o
layout é bastante semelhante entre
os dois tipos.
Além disso, o sistema SLR oferece
uma grande versatilidade, permitindo atroca de lentes de acordo com as neces
sidades e possibilidades dos praticantes.
Isso significa que você pode comprar
um conjunto básico (corpo da câmera +
1 objetiva) e depois expandi-Io, adquirin
do novas objetivas e acessórios.
Nikon 070
Ia para auxiliá-lo na comparação entre os
recursos de cada equipamento analisado.
Para aqueles que já utilizam o sistema
SLR de filme de algum desses fabricantes
(Canon, Nikon e Pentax), a migração para
uma câmera digital da mesma marca pode
representar uma grande economia, já que
FDTÓGRAPHDS • 62
Outra vantagem é que essas câ
meras oferecem ótima qualidade de
imagem, capazes de produzir fotos que
podem ser impressas em tamanho A3.
Isso se deve não apenas à sua resolu
ção, mas também ao fato de que as
empresas utilizam sensores maiores
nessas câmeras do que nas compactas
digitais mais acessíveis. Isso costuma
se traduzir em melhor definição de de
talhes, menor ruído e maior gradação
tonal, ou seja, melhores imagens em
boas ou más condições de iluminação.Embora os modelos analisados
adiante possuam recursos avançados
e totalmente automáticos que os per
mitam ser utilizados até por fotógrafos
iniciantes, muitos amadores avançados
e até profissionais têm optado por algum
deles. Entenda por quê.
Canon
EOS
3000
em todas elas é possível utilizar as mesmas
objetivas no novo sistema.
Também vale a sugestão de, antes de
comprar qualquer equipamento, você
pedir para o vendedor uma apresentação
do produto pelo qual se interessou, pois
acreditamos que é muito importante "sen-
ti-lo" nas próprias mãos e, se possível, tirar
algumas fotos como teste para ver qual o
resultado que mais lhe agrada.
Veja agora um pouco do que estas
máquinas são capazes!
RECURSOS
Os três modelos apresentados possuem uma enorme variedade de recursos
disponíveis, desde os mais básicos, comocontrole de branco (white balance) e
seleção de sensibilidade à luz (ISO), até
alguns mais avançados, como modo op
ção de formato de arquivamento (JPG e
RAW em todas - apenas a Pentax *ist D
oferece também a possibilidade de gravar
as imagens no formato TIF).
Para quem gosta de fotografar sem se
preocupar com regulagens de abertura do
diafragma e de velocidade do obturador,
as três câmeras oferecem modos comple
tamente automáticos, sendo que na 300D
e na D70 é possível selecionar um dos
tipos de cena para "orientar" a exposição,
como paisagem, retrato, esporte, macroe cena noturna.
Para aqueles que desejam um maior
controle sobre os ajustes, é possível abrir
mão da automatização e utilizar o modo
manual nessas câmeras. Essa opção pode
ser útil para lidar com as condições de
iluminação que costumam "enganar" o fo
tômetro, para fazer fotos mais criativas ou
até mesmo para ajudar a entender e a do
minar melhor as regulagens de exposição(velocidade do obturador e abertura do
diafragma). Aliás, essa é uma das grandes
vantagens que o sistema digital oferece:
a possibilidade de aprender a fotografar
através de experiências imediatas, com a
visualização direta dos resultados obtidos
nas mais diversas situações de iluminação
e regulagens do equipamento.
Saiba um pouco mais sobre cada um dos
modelos analisados pela Fotógraphos:
Canon EOS 3000
Esta, que foi primeira DSLR de custo
mais acessível a ser lançada no mercado,
tornou-se um grande sucesso mundial e
virou uma referência que guiou o lança
mento de novos produtos, como o da D70
e da *istD, inclusive. A 300D possui um
sensor CMOS com resolução de 6.3 mega
pixels efetivos, resultando numa imagem
máxima de 3152 x 2068 pixels.
O layout e a construção da câmera
evidenciam que se trata de um produto focado no mercado amador. Como no Brasil
todos os equipamentos acabam custando
mais do que nos EUA - principalmente
por conta da pesada carga tributária -,
muitos profissionais têm optado por essa
câmera, em vez de adquirir modelos mais
caros e avançados, como a 20D e a 1Ds,
também produzidos pela Canon.
Trata-se de uma ótima opção para
quem deseja entrar no mundo das DSLRs,
pois, embora o seu corpo seja de plástico,
o que confere um toque amador a ela, a
EOD 300D é a que possui o melhor custoentre as três câmeras analisadas.
Para aqueles que estão acostumados
com SLRs de filme, a inicialização (tempo
que leva para estarem disponiveis as fotos
desde o momento que a ligamos), de apro
ximadamente 3 segundos, pode ser um
pouco frustrante, mas nada que desabone
a compra. Embora utilize o mesmo sensor
da EOS 10D, mais antiga, a EOS 300D
apresenta resultados melhores, graças às
novas regulagens utilizadas na sua fabri
cação. As imagens possuem cores fortes e
vibrantes e, ainda que em nossos testes o
vermelho tenha ficado com a saturação
um pouco elevada, ela apresentou boa
reprodução dos tons de pele.
A 300D vem com sapata para flash ex
terno, mas não possui contato Pc. O flash
embutido é eficiente e pode ser útil nas
situações em que seja necessário utilizar
iluminação de preenchimento.
Uma qualidade que observamos nessa
câmera é que as imagens apresentam
muito pouco ruído, mesmo em ISOsmais elevados.
Nikon 070
Uma das principais caractensncas
que chamam a atenção de quem segura a
D70 é a sua construção, comparável à de
modelos mais caros disponíveis no mercado. Considerada a "irmã mais nova"
da D100, também da Nikon, ela produz
imagens com boa qualidade e resolução
de 6.1 megapixels efetivos.
Um dos problemas dessa câmera é que
ela possui sensibilidade mínima disponível
de ISO 200, e nessa opção ela apresenta
sinal de ruído mais elevado do que a rival,a EOS 300D.
O corpo da D70 é baseado no da
FOTÓGRAPHOS • 63
SlRS DIGITAIS
Outras opçõesde câmeras
Canon EOS 200
OIympus Evolt E·300
SLRS DIGITAIS
Compare os 3 modelosConfira algumas diferenças e semelhançasexistentes entre a EOS 3000, a 070 e a *ist O.
Canon EOS 3000 Nikon 070 Pentax *ist o
R$ 4.300 milR$ 6.000 milR$ 7.300 mil
'. I
6.3 megapixels6.1 megapixels6.3 megapixels
Canon EF
Nikon FPentax K·AF
1.6x
1.5x1.5x
RAW e JPG
RAW e JPGRAW. JPG e TIF
CompactFlash I ou 11e
CompactFlash I ou 11eCompactFlash I ou 11e
Microdrive
MicrodriveMicrodrive
100·1600
200·1600200-3200
650 g
680 g550 g
142 x 99 x 72,4 mm
140 x 111 x 78 mm129 x 94,5 x 60mm
7 pontos de foco
5 pontos de foco11 pontos de foco
Evaluativa 35·zonas,
Matrix 3D,16 segmentos,
Centro·ponderada e
Centro·ponderada eCentro·ponderada e
Parcial 9%
Pontual (spotlPontual (spotl
Manual. programa,
Manual. programa,Manual. programa,
prioridade de velocidade,
prioridade de velocidade,prioridade de velocidade e
prioridade de abertura e
prioridade de abertura eprioridade de abertura
6 modos automáticos
6 modos automáticos
30s a 1/4000s + Bulb
30s a 1/8000s + Bulb30s a 1/4000s + Bulb
1/200s
1/500s1/150s
3 segundos
Menos que 0,5 segundo3 segundos
Bateria recarregável
Bateria recarregávelDuas CR·V3 de Iítio (não
Bp·511 de lítio-íon
EN·EL3 de Iítío-íonregarregáveisl ou 4 pilhas AA
Ótima qualidade
Qualidade de ímagem,Corpo compacto e leve,
de imagem e preço
rápido start·up eboa ergonomía e compativel
competítivo
qualidade da construçãocom lentes manuais
Ausêncía de ajustes
Performance do autofocoCusto elevado em relação
personalizados de
com baixo contraste, ISOàs concorrentes, foco
autofoco e de medíção,
mínímo - 200, ruído maislento em situações de
construção maís "frágil"
perceptível que na 3000movimento do objeto
FOTÓGRAPHOS • 64
F80, (mesmo fabricante) com um design
arraente e bastante agradável.Enquanto a Canon privilegiou a
simplicidade na construção da 3000, aNikon preferiu dar um apelo diferente à070, embutindo mais funções e recursosnela e tornando-a mais atraente parafotógrafos mais avançados.
A 070 possui sapata para flash externo e flash embutido e, assim comoa 3000, não apresenta contato Pc. Otempo de inicialização dessa câmera merece destaque em relação às concorrentes:menos de 0,5 segundo!
Pentax *jst D
Esta, que é a mais compacta e levedentre as câmeras analisadas, é uma óti
ma escolha principalmente para aquelesusuários que já possuem objetivas damarca, inclusive as manuais.
A empunhadura também é outravantagem desse modelo, além da boa(embora não excepcional) qualidadede imagem que ela apresenta, com seus6.3 megapixels de resolução.
Assim como as concorrentes, a *istO
tem sapata para flash externo e flash embutido, mas não possui contato Pc.
O preço, que é o mais alto da comparação, acaba espantando muitos usuáriospotenciais, o que é uma pena, pois tratase de um ótimo produto.
A melhor escolhaComo afirmamos no início da análise,
a escolha do equipamento deve ser feita levando-se em consideração principalmenteo uso que será feito dele. Cada uma dascâmeras apresentadas possui suas qualidades e seus defeitos, e esperamos queessa breve análise possa ajudá-Io a tomara decisão mais acertada.
Para aqueles que já possuem objetivasde alguma dessas marcas, acreditamos que,por motivos financeiros, o ideal é adquiriruma OSLR do mesmo fabricante.
Para quem está entrando agora nessemundo, as melhores opções são a EOS3000 e a 070, principalmente pelo custo-benefício que ambas oferecem.
Embora a câmera da Canon possuamenor preço, a 070 ainda leva vantagemsobre ela, principalmente pela qualidadede construção do corpo e pelos recursosmais avançados que apresenta.
CARTASDOS LEITORES
DOS LEITORES
Recebemos centenas de mensagens nos parabenizando pelo lançamento
da Fotágraphos. Agradecemos a cada um de vocês pelo carinho.
Continuem participando, enviando suas mensagens por carta ou e-mail.
EnVie sua mensagem por e-mail: [email protected]:Av.Brlgadeiro Faria lima. 1.768. Cj. 7B, Jardim Pauhstano, CEP 01451-001, São Paulo (SP).
:=,.....Como fotografar
s..~ Pessoas
COMPREI A REVISTA POR ACASO, quan
do soube que teria de esperar meu ônibus
na rodoviária por 55 minutos. Sou hobbysta
metido a fotógrafo nas horas vagas, e é a se
gunda revista sobre fotografia que compro,mas essa é pra comprar sempre. Fiquei to
talmenre deslumbrado com a qualidade e a
quanridade de fotos na revista. As matérias
estão bem explicadas, didáricas com conreú
do perrinenre, A sensação que tive ao ler a
revisra é estar conversando com apaixonadospor fotografia, em uma exposição fotográfica. Parabéns e conrinuem assim!
Henrique Cinrra, São Paulo (SP)
Edi tor: Nossa filosofia é realmente esta, a de esta
belecer um diálogo com todos aqueles que, assim
como você e nós da Fotógraphos, são apaixonados
por fotografia. Muito obrigado. Abraços.
COMO FOTÓGRAFO PROFISSIONALe pro
fessor de fotografia por mais de 25 anos, ficomuito sarisfeito de saber do lançamento da
nova revista. Gostaria de saber quando vamosenconrrar a revista nas bancas? Haverá as
sinaturas? E a periodicidade, será mensal?
Aguardando ansiosamenre pela chegada damais nova amiga, desejo à Fotógraphos um
longo tempo de vida para que possamos
sempre aprender um pouco mais.
Julio NogueiraEditor:júlio, tivemos um pequeno atraso na pro
dução da segunda edição, mas, para a próxima,
a periodicidade bimestral será cumprida. Futu
ramente vamos oferecer serviço de assinaturas.
Estamos nos estruturando para isso e, assim que
acontecer, avisaremos na própria publicação e
no site. Obrigado pela mensagem, e que possamosevoluir com nossos leitores também.
FOI COM MUITA SATISFAÇÃO que
enconrrei na banca de jornal a vossa pu
blicação. O mercado editorial brasileiro
carecia de uma publicação como essa,
que abrange não só restes de câmera e no
tícias de mercado, mas algo mais comple
xo, com arrigos bem escritos, reporragens
sólidas e um estilo editorial primoroso. A
Forógraphos estará sempre fazendo parre
do nosso acervo de leitura para alunos e
associados. Gostei da revisra por comple
to e desde já deixo um canal aberro para
que sempre que precisar disponha de
nossas informações, de nosso acervo e de
nossa história, incorporada à fotografiabrasileira desde a década de 30.
NÃO SEI SE É EXAGERO, mas bastou uma
única publicação pra derrubar toda a semiologia fotográfica de Barrhes. Ao conrrário
do que o auror definiu como o punctum da
fotografia, a impressão que eu tenho é que
sou sugado cada vez mais para denno das
páginas da revista. A suavidade gráfica aju
dou, porém o que mais me impressionou foi
a linguagem que fala - com facilidade - alíngua do fotógrafo. Achei genial a passagem
típica de arrigos no meio da reporragem sobre filmes e equipamentos digitais. "Nestecaso, uma doação à revista ou a seus editoresserá muito bem-vinda". Essa frase deu um
tempero especialíssimo à revista, mas não
acredito que sem a menção aos editores essetrecho seria impresso (risos). Não sei como
vocês conseguiram esse papel ou alcançaramessa qualidade sem o apoio de uma megaedi
tora, mas se ajuda for o problema, adoraria
colaborar com a produção da Fotógraphos.Eduardo Bruno
Editor: A qualidade a que você se referefoi pos
sível graças ao esfórço de pessoas que, como você e
eu, amam a fotografia. Estamos buscando apoio
das empresas do setor, para manter essapublicação
no mercado, pois trata-se de uma revista custosa(embora muito gratificante!) para produzir. De
qualquer modo, continuo aceitando doações, nem
que sejam para cobrir os custos de um especial
Caribe - Por Dentro da Luz. Prometo publicarna revista (risos). Abraços.
IMPRESSIONOU-ME A QUALIDADE da
revista. Gostei imensamenre de todos os arri
gos, em especial o "São Paulo - Por Denrro da
Luz", com fotos divinas e dicas valiosas para
quem quer se avenrurar pe-
Agradeço também emnome do Foto Cine Clube
Bandeirante pelos cursoscitados em vossa revista.
Douglas R. NascimentoPona- Voz - FCCB
Editor: É uma enorme
satisfação e motivo de or
gulho poder contar com
o apoio de um clube tão importante para a
fotografia nacional como o FCCB.
Fico muito agradecido, e sempre man
teremos nossas páginas abertas para apoiar
iniciativas como a de vocês. Obrigado, feli
citações a todos os integrantes do clube.
FOTÓGRAPHOS • 65
Ias ruas da nossa grande metrópole. Também
sou fotógrafa amadora e tenho deixado de
fotografar alguns lugares bonitos em SP por
causa de faixas, painéis de propaganda e toda
a sorre de impedimentos. Desejo à revista
muito sucesso e que ela realmenre privilegie aFOTOGRAFIA em vez da máquina fotográfica e suas lenres.
Lucy Belinello, professora e forógrafà amadora.
Editor: Você tem razão, Lucy. Também enfren
tei este problema (poluição visual) para produ
zir fotos da refirida matéria. E, para piorar,
estávamos em época de campanha eleitoral!
É realmente lamentável o descaso dos políticos
e da própria população a respeito dessa questão.Obrigado pela mensagem, e boas fotos!
EM MEIO ÀS MESMICES, vezes por ourra
rompidas de verdade, vezes muiras apenas na
aparência, conquanto que vultos surjam comuma cerra deslumbrância de carnavalescas
fantasias venezianas, numa das boas bancas
da cidade, esta manhã enconrro a novidade,
Qual gajeiro d'el Rei Dom Sebastião, no altodo mastro da Nau Catarineta, tive Ímpetos
de bradar: AlvÍssaras! Terra à vista! Nem pre
ciso alongar-me e dizer o porquê, cerro? Pela
edição inaugural, já me firmo na esperança
de que a Fotógraphos chegue. Cresça. E per
maneça. Assino a FHI-Leica. Noto que vocês
impavidamenre ulrrapassam a murerinha de
teorismo doutoral. Não nascem presos ao cor
dãozinho umbilical de pingue-pongues enrreanalogicomanias e digitalomanias ... Sua revis
ta afugenra tédios, frutos do marasmo confuso,apressado da verborréia generalizada de cerras
divulgações que, a rigor, nascem nos gabi-netes, onde seus criadores podem não
ser rrial-inrencionados, mas, de um
modo ou outro, para meu gosto e
necessidade, simplesmenre só posso
pô-Ios na galeria de SERES criadospor Cervanres, Kafka, Emilio de Menezes ou Ariano Suassuna ... Porranto
a Diretores, Produrores, Redatores,Colaboradores: ALvfSSARAS!
Fábio Martins, 75 anos de coração e
profissão ligados à fotografia.Editor: Fico honrado e até emocionado
com essas (e outras) cartas que recebe
mos. Fazer algo por amor - seja uma
foto, um texto, uma revista - é uma dá-
diva, E, quando temos o privilégio de compar
tilhar nossas paixões como os outros, ajudandoa construir algo positivo, a gratificação é ainda
maior. Muito obrigado pela sua criativa e bo
nita mensagem, Abraços a você e a todos, nos
encontramos na próxima edição!
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