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Comunhão: Resultado de experiências Comunhão: Resultado de experiências radicais com Jesus. radicais com Jesus.
(Estudo 3)(Estudo 3)
Pr. Fernando FernandesPr. Fernando Fernandes
PIB em Penápolis, 15/08/2010PIB em Penápolis, 15/08/2010
Mês da ComunhãoMês da Comunhão
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O Dr. Zygmunt Bauman, no livro A
Sociedade Individualizada,
abordando sobre a mentalidade
individualizada de nossa sociedade, faz uma colocação muito interessante sobre o
relato bíblico de Caim, em Gn 4.8-11. 3
O Dr. Zygmunt, citando o filósofo ético Emmanuel Levinas, afirma que da pergunta zangada de Caim como
resposta a Deus iniciou toda a imoralidade individualista que move
as sociedades atuais, Gn 4.9b-10.
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É claro que somos guardiões do nosso irmão, afirma o Dr Zygmunt.
Esta responsabilidade recai sobre os nossos ombros justamente por sermos
pessoas morais e por vivermos em famílias, clãs, comunidades e
sociedades.5
Quer admitamos ou não somos guardiões
uns dos outros, porque o bem-estar
do meu irmão depende do que eu faço ou do que me
abstenho de fazer em favor da unidade e da boa convivência em
comunhão. 6
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A afirmação do Dr. Zygmunt, apesar de ter como pano
de fundo uma interpretação sociológica da
Bíblia, é verdadeira e
desafiadora para nós evangélicos. 7
Isto porque a comunhão cristã é, de fato, a vivência e a convivência na
igreja, uma associação mista, porém, indivisível, que gera prazer e dor ao
mesmo tempo, mas que deve ser motivada pelo espírito do
compartilhar gracioso em contraste com o espírito egoísta.
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A comunhão cristã é um compartilhar de amizade concretizada na divisão prática dos bens, na unidade da fé e na unção do Espírito Santo, que nos auxilia na vivência em mutualidade.
Comunhão é o vínculo espiritual que liga o cristão à igreja local, aos outros
irmãos, a Jesus Cristo e a Deus. 9
A compreensão sobre o que é a
comunhão cristã é o que nos faz
entender que as pessoas e os
relacionamento interpessoais não são descartáveis.
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Independentemente de seus erros e de suas
ações, mesmo que suas atitudes se configurem na mais alta traição, as pessoas jamais devem
ser tratadas com indiferença, desprezo,
abandono ou com revanchismo emocional.11
Para promovermos a comunhão cristã e para desfrutarmos de suas bênçãos
em relacionamentos benfazejos, pautados em espiritualidade e
mutualidade sadias, devemos ter compaixão, ser generosos, perdoar, amar e contribuir para a restauração
do outro.12
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Diante deste desafio, penso que terceira experiência que devemos ter
com Jesus para vivenciarmos a comunhão, é...
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3. A Experiência 3. A Experiência dede
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João 21.15João 21.15--1717
15
Cura interior é resultado da ação de Deus em nós, que espera de nós uma
vida consagrada a ele, mas que, ao mesmo tempo, agregue valor
espiritual e moral à nossa existência.
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A cura interior é o tratamento de Deus em nossas mentes, almas e corações,
nos libertando de todo o entulho existencial e religioso que nos
impedem de desfrutar uma espiritualidade sadia.
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O objetivo primário e
espiritual da cura interior é
estender o senhorio e o
poder de curador de Cristo ao
nosso passado, antes da
conversão.
O objetivo secundário e
psicológico é a nossa libertação de
todo cativeiro emocional
provocado pelas experiências negativas do
passado. 18
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Devido a esta definição bíblico-teológica do que é a cura interior, não
poderíamos escolher outro personagem que não fosse o Apóstolo
Pedro para este estudo.
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Nenhum outro apóstolo causa tão profunda impressão no
leitor da Bíblia quanto o impulsivo
Pedro.20
A relevância de Pedro na história da Igreja se faz sentir na própria ordem da lista dos apóstolos, que destaca a
proeminência de Simão Pedro, Mt 10.2, Mc 3.16 e Lc 6.14.
21
O impacto causado pela figura de Pedro obedece à razão direta de sua semelhança com cada um de nós, na complexidade de nossas contradições
e ambiguidades espirituais, emocionais e religiosas.
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Assim como nós, Pedro experimentou sucessivas alternâncias entre a firmeza
e o esfriamento espiritual, entre o autocontrole e a explosão emocional, entre o surto psicótico e a sobriedade espiritual e entre a opressão maligna
e a unção espiritual.
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Esta alternância entre a mais baixa carnalidade e a mais elevada
espiritualidade, seja em Pedro ou em nós, se comprova na Bíblia em Mt 14.28-31, 16.16-17 e 21-23,
18.21-22, 19.24-27, 26.31-35, 36-46, 57-75; em Mc 9.2-7, 13.1-4; em Lc 5.8,
8.42b-46, 24.9-12 e em Jo 6.60-61, 13.2-9, 34-38 e 18.10-11.
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As reações de Pedro variavam
desde a mais expressiva
coragem até a posição
pusilânime de negar a Jesus
aos impropérios.25
Pedro era um homem impulsivo, tempestuoso, consciente de seus
pecados e confiante até, mas a sua decisão e atitude de negar a Jesus na noite em que ele fora preso causou
enfermidades e feridas profundas em sua alma, em seu coração e em seu
espírito.26
Assim, espiritual, emocional e moralmente
enfermado, Pedro carece de cura interior para prosseguir e para
ser restaurado à vocação que recebera
de Jesus, para o apostolado e liderança
espiritual da Igreja. 27
Ao negar a Jesus, Pedro nega a sua própria
consciência, sua própria personalidade e os laços de amizade,
de empatia e de intimidade que haviam
entre ele, Jesus e os demais apóstolos,
Lc 22.54-62. 28
Este rompimento de laços de amor, de mutualidade e de comunhão enfermou
o espírito, a alma, o coração e a mente de
Pedro de tal forma, que suas lágrimas se tornaram
amargas, com um sabor áspero e desagradável
como o do fel. 29
São lágrimas de decepção que
causam tristeza e dor, e que deixa o
ser cheio de amargura pela
própria atitude e desgostoso de si
mesmo.30
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É justamente quando nos sentimos assim como Pedro, por causa das feridas e marcas deixadas pelos rompimento de laços afetivos,
fraternos, conjugais e espirituais, seja nas relações interpessoais, na família ou na igreja local, é que carecemos de
uma experiência radical de cura interior com Jesus.
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O único remédio que cura as feridas do
espírito, da alma, da mente, do coração e
da existência é o remédio que Jesus
ministrou ao apóstolo Pedro, que
é o Amor, Jo 21.15-17.
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A narrativa bíblia indica uma alternância de sinônimos para a
palavra amor entre os termos agapaõe phileõ em João 21.15-17.
Jesus usa agapaõ nas duas primeiras perguntas e Pedro responde às três
com a palavra phileõ.33
Agapaõ é amar, ter afeição, gostar, querer bem e se mostrar solícito,
mas também é adorar.
O amor `agápê é a mais sublime virtude cristã, 1Co 13.13, e é o amor que Deus sente e manifesta por nós pecadores em Jesus Cristo, Rm 5.8.
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Phileõ é amar, ter afeição, gostar, mas também pode significar beijar.
Jesus ao usar o termo agapaõmantém firme o seu evangelho, a sua
palavra, as suas promessas e o seu amor altruísta e incondicional por
Pedro, tendo morrido na cruz para a sua salvação e para a preservação dos
laços de comunhão.35
Pedro, arrependido, recebendo e aceitando a cura interior ministrada
por Jesus, não mais usa o termo agapaõ para falar de seu amor, visto
que falhara ao não cumprir a promessa altruísta de dedicação
abnegada e de fidelidade incondicional e ao seu Mestre e
Senhor.36
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Jesus, percebendo o arrependimento e o comedido amor de Pedro,
auscultando o pulsar de um coração sincero e realmente arrependido e
movido pela afeição mútua, ministra a cura interior a Pedro.
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Logo após a experiência de cura interior com Jesus, Pedro recebe do
Senhor a tarefa de cuidar e de pastorear o seu rebanho, que deve
viver em COMUNHÃOCOMUNHÃO na Comunidade Eclesial, a Igreja, desfrutando das
bênçãos da espiritualidade sadia, da empatia, da mutualidade e dos relacionamentos interpessoais
benfazejos. 38
Depois desta experiência de cura interior, cheio do poder do Espírito
Santo, Pedro atua como líder espiritual na igreja local e como
ministrador de cura, como pregador eloquente e como um destemido missionário transcultural, At 2.4, 14-40, 3.1-10, 9.32-43 e 10.9-48.
39
Por causa de sua transformação e de
sua coragem, resultado da cura
interior, Pedro enfrentou a perseguição,
compareceu às barras dos tribunais e foi
preso, At 4.1-22, 5.27-32 e 12.1-14. 40
Por causa do enfrentamento à
religiosidade nominal enfermiça
e por promover comunhão cristã,
Pedro morreu crucificado, como Jesus, porém, de
cabeça para baixo.41
Esta experiência de cura interior ministrada por Jesus é o que todos
nós carecemos se desejamos promover e vivenciar a comunhão
cristã na igreja local, para que desfrutemos das bênçãos decorrentes dos vínculos espirituais e relacionais
que nos mantém unidos AA Cristo e EMEMCristo.
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As doenças causadas pelo pecado, as
feridas da alma e as marcas dos conflitos que insistem em nos
enclausurar são curadas por Jesus,
que nos liberta e nos regenera por seu
amor. 43
A cura interior ministrada por Jesus nos faz
renascer sem as alternâncias da religiosidade,
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mas com a plena consciência de nossas limitações, do nosso amor por Jesus,
por nós mesmos e pelos irmãos, como Pedro renascera.
Amados, Pedro, uma vez curado e renascido para a nova vida em Cristo,
liberto das enfermidades que afetavam a sua espiritualidade, a sua existência e os seus relacionamentos,
ao escrever Cartas às Igrejas, não é mais lembrado por ter negado a Jesus, mas é respeitado e amado por ter se
tornado o Apóstolo da Esperança.45
Você também pode ter a sua experiência de cura interior com Jesus e renascer para uma nova vida, assim
como Pedro.
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Deixe Jesus ministrar em sua vida a cura interior e seja restaurado pelo amor que fez com que ele morresse
por você na cruz.
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Sem esta experiência de cura interior jamais se apagarão de sua mente as
mágoas e os ressentimentos causados pelos relacionamentos partidos, e jamais se fecharão as feridas que a
traição, a desunião e o desamor deixaram em seu coração.
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Creia!
Jesus te cura e restaura você, sua
vida, família e seus
relacionamentos!
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Amém.
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