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Guia Boas Práticas Marketing...

Date post: 15-Dec-2018
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Guia de Boas Práticas de Marketing Territorial
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Guiade Boas Práticas

de MarketingTerritorial

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índice1 O que é o Marketing Territorial? | 06 |A dinâmica do Marketing Territorial no âmbito territorial e geográfico | 06 |Uma fotografia realista do “território” | 06 |Uma lógica de futuro | 06 |

2Príncipios básicos do Marketing Territorial | 08 |A história do Marketing Territorial em traços gerais | 08 |A importância do Marketing Territorial na vida das pessoas e das empresas | 08 |O marketing do futuro | 08 |A importância das boas práticas | 08 |

A sustentabilidade dos processos de financiamento, produção e comercialização | 09 |

3O Marketing Territorial de Produto | 10|

Produto | 10 |O que é um produto, como surge e vinga no mercado | 10 |Os princípios do que é um bom produto | 12 |Produtos com final feliz | 12 |Saber encontrar e superar as expetativas do(s) mercado(s) | 12 |

Como actualizar a inovação | 12 |

Promoção | 12 |Como divulgar e promover um produto | 12 | Questões básicas | 12 |As técnicas de ontem e de hoje | 12 |O futuro da “promoção”A dinâmica da sociedade digital - As novas ferramentas | 12 |

Preço | 15 |Uma visão a 360. Fatores a considerar na construção de um preço | 15 |Mercado interno e internacional | 15 |A lógica do preço para o mercado interno (regional e nacional, mercado europeu e mercados emergentes) | 15 |

Custo VS Investimento | 15 |

Distribuição | 15 |Como levar o produto até ao consumidor final, seja particular, ou uma empresa | 15 | Os principais factores logísticos a considerar | 15 | E tudo na distribuição mudou com a era digital | 15 | Oportunidades e sinergias | 15| O cliente ali tão perto | 15 |

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4O Marketing Territorial de Serviço | 18 |

O processo | 18 | O que é prestar um serviço | 18 |Que processo usar e em que é que isso nos diferencia |18 |A galinha do vizinho é mesmo melhor que a minha | 18 |O processo e a inovação | 18 |

A dinâmica do processo | 18 |

A evidência física | 18 |A minha casa, a sua casa | 18 |Manter, mudar ou inovar | 18 |A arte de receber | 18 |A importância de um sorriso | 18 |

Imagens que valem mais do que mil palavras | 19 |

As Pessoas | 19 |Há caras que não se esquecem | 19 |As pessoas são quem faz a diferença | 19 |Pessoas felizes = Projectos felizes | 19 |A importância da formação | 19 |

As pessoas sempre as pessoas | 19 |

5Exemplos de boas práticas & Cases Studies | 20|

5 Bons exemplos no âmbito do Marketing Territorial | 21 |

6 Saiba olhar para o seu negócio numa lógica de Marketing Territorial | 22 |Mini “check list” | 22 |Faça e não faça | 22 |Não sabe? Pergunte |23 |A importância de uma boa ideia: seja criativo | 23 |

Aprenda com os seus erros ou como tornar fraquezas em forças | 23 |

7Das palavras à acção | 24 |Pare, escute e olhe para o seu negócio | 24 |O segredo já não é a alma do negócio | 24 |Quando a concorrência é saudável e se recomenda | 24 |Tenha consciência das suas acções / práticas: meça o que anda a fazer | 24 |Seja responsável, não está sozinho na caminhada | 24 |

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1O que é o Marketing Territorial?1.1. A dinâmica do Marketing Territorial no âmbito territorial e geográfico.

Seja uma cidade, uma região ou um país, o marketing territorial permite-nos olhar para uma realidade geo-gráfica e todas as suas componentes ou características específicas numa lógica de mercado e assim poder ir ao encontro e satisfazer as expectativas e desejos daqueles que são o seu público-alvo, sempre numa orientação concertada de criação de valor.

1.2. Uma fotografia realista do “território”

Olhar a paisagem, o meio envolvente numa lógica de mercado, permite-nos identificar e valorizar aspectos e variantes que de outra forma, seriam dificilmente agre-gados e compreendidos.A baixa densidade populacional, por exemplo, maiori-tariamente vista como negativa e sinónimo de deser-tificação, também pode significar mais liberdade, mais espaço para oportunidades e menos poluição para as pessoas, em relação aos bens e serviços disponíveis naquela área.Podemos assim, aplicar de forma objectiva e prática uma leitura de mercado, a um espaço geográfico, ou a uma região, como se fosse um produto. E assim identificar, usar de forma diferenciada e controlar, as suas variantes de marketing mix, de modo a optimizar os recursos existentes, quer humanos, quer económicos, quer tec-nológicos de modo a ir ao encontro da plena satisfação dos diversos públicos. Quer numa lógica interna a nível de residentes, quer numa lógica externa, a nível de pos-síveis investidores, por exemplo.O conceito macro e micro, está directamente ligado à proporcionalidade e importância que se possa atribuir aos factores diferenciadores que constituam vanta-gens competitivas de referência. A “Pera do Oeste” ou o “Presunto de Barrancos” pode ser aceite com uma micro estratégia, com vista a uma dinamização macro da eco-nomia regional. Por outro lado, a “Região Demarcada

Douro”, assume uma dimensão macro e na sua origem mas destina-se à promoção demarcada de um vinho específico de uma determinada região.De uma fotografia de ambiente geral, passamos a uma leitura mais precisa e orientada, como se de um raio-x se tratasse. Assim podemos identificar todas as suas carac-terísticas, pontos fortes e pontos fracos, aspectos menos bons e vantagens que se desejam verdadeiramente competitivas.

1.3. Uma lógica de futuro

Numa lógica de marketing, em que queremos de forma consciente, concertada e planeada ir ao encontro do nosso público, dos nossos consumidores, podemos planear e projectar um lugar de futuro para a região em causa, uma vez que podemos e devemos olhar para as suas características e recursos de uma forma objectiva e intencional, sempre com vista a um futuro económico e social mais promissor.Se assim for e o todo significar e for assumido interna-mente e para o exterior como uma valiosa e diferen-ciadora soma das partes, conseguimos olhar para os recursos geográficos, económicos e outros, de uma região, das gentes que a compõem, desde as suas vias de ligação às principais actividades, etc., e planear o fu-turo. O queremos num futuro próximo e onde gostaría-mos de estar num futuro mais distante, onde a evolução económica de um território, traz de forma efectiva mais riqueza e valor aos seus habitantes.As forças e instituições locais, públicas e privadas, nomeadamente através dos seus empresários nos mais diversos campos de actividade, podem reunir-se à volta de um mesmo desígnio comum, que promova o bem-estar de quem reside, de quem está de passagem ou procura motivos para ficar, sempre mas sempre, com o objectivo transversal de criação de riqueza e valor para todos: cidadão comum, poder local, tecido empresarial, investidores, etc.

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2Príncipios básicosdo Marketing Territorial2.1. A história do Marketing Territorial em traços gerais

A evolução da humanidade está inequivocamente li-gada ao seu contexto geográfico mais básico. Os acessos e recursos, bem como potencial alimentar, de expansão e defesa são desde sempre factores considerados na escolha e fixação de um grupo populacional, numa certa região, em detrimento de outra. Ou seja, podemos assumir que a satisfação das necessidades mais básicas e primárias, estão intimamente ligadas ao percurso e fixação de gentes a lugares, numa perspectiva primária e simples de sobrevivência e depois de evolução e criação de riqueza. Onde as trocas, desde os primórdios, se renovaram naturalmente, mas onde as necessidades e motivações continuam a evoluir numa perspectiva de maior satisfação e realização.

2.2. A importância do Marketing Territorial na vida das pessoas e das empresas

Digamos que olhar e gerir o mercado de um ponto de vista geográfico / territorial, económico e social, possui acima de tudo a mais-valia de ser uma alavanca agrega-dora ao desenvolvimento e crescimento sustentável das populações.Potencialidades intrínsecas de uma área ou território, de carácter disperso e díspar, podem ser legitimamente reunidos em prol de um desígnio comum e partilhado, como por exemplo: gestão dos recursos naturais e am-bientais, promoção turística sustentável e de qualidade, fixação de população, etc. É muito importante que a so-ciedade, seja no seu âmbito mais alargado, quer no seu carácter mais regional e local, sejam capazes de encon-trar factores diferenciadores e competitivos que estejam directamente associados à região onde se inserem. Este valor de identidade, pode apresentar com muita força e legitimidade associada, ofertas inovadores e de referên-cia, que permitem não só diferenciar quem as produz (empresas, associações, pequenos produtores,

etc.), mas também quem está associado ao seu processo de comercialização, divulgação etc., até chegar ao con-sumidor final.Os valores regionais, podem e devem associar valores aos benefícios de um produto, ou de um serviço de de-terminada região. Seja pela potencialização máxima de factores de sucesso intrínsecos, seja pela criação de valor pela inovação, onde se poderia perspectivar ausência a condições naturais, ou imediatas de sucesso, de riqueza.A criação de uma das maiores centrais fotovoltaicas solares, colocou Amareleja no mapa. Onde podia ser visto um deserto de desinteresse e recursos, foi possível criar valor e gerar riqueza, encarando características / limitações de ordem geográfica e atmosférica – zona periférica e das mais quentes de Portugal – numa aposta de valor diferenciada.

2.3. O marketing do futuro

A importância das boas práticas

Os bons exemplos devem ser seguidos ou, pelos menos, considerados quanto se passa da teoria à prática. O desenvolvimento de políticas sociais e económicas sus-tentáveis, permite criar com segurança, uma margem de futuro: equilibrada, rica para o presente, mas igualmente promissora a nível de gerações futuras.A criação por exemplo, de uma região protegida pela variedade e importância da riqueza da sua fauna e flora, recursos naturais, etc. possui um grande potencial de criação de riqueza. A valorização e correta promoção deste potencial junto das populações é fundamental para uma estratégia de sucesso.Ter uma mente aberta, disposta à mudança é sempre uma aposta ganhadora. Veja-se o excelente exemplo, de referência mundial, em que os Açores se tornaram: a proibição da caça à baleia, permitiu a criação de umaoferta turística de excelência, de natureza ímpar e alta-mente diferenciadora: a observação das baleias. É muito importante, para todas as gerações passadas, a

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preservação das tradições em espaços museológicos ou edificações de referência (antigos postos baleei-ros) agora colocados ao serviço do turismo ecológico e sustentável, das gerações presentes e futuras, pela oportunidade de disfrutar, aprender e crescer com uma natureza real, simples e próxima.

A sustentabilidade dos processos de finan-ciamento, produção e comercialização

Todas as actividades humanas sem excepção, necessi-tam de equilíbrio e de uma perspectiva de crescimento sustentado ou não são garantia de criação de valor às gerações futuras, por mais rentáveis que efectivamente sejam na actualidade.A promoção turística por exemplo, vem conhecendo com o passar dos anos, mutações muito importantes, sendo frequente nos últimos anos um pouco por todo o território nacional a discussão entre o turismo de massas e o turismo de qualidade. Numa relação di-recta entre a capacidade e competência da oferta, mas também a pensar num retorno mais feliz e rico para as comunidades locais e seus participantes. Sem esquecer obviamente o papel fundamental do consumidor que ao tornar-se de dia para dia mais atento e exigente, obriga a uma capacidade de resposta actual e segmentada por parte dos diversos agentes económicos e stakeholders.O futuro passa naturalmente por uma real sustentabi-lidade, de modo a assegurar adequadamente a criação constante de valor para as populações, respeitando o tempo e ciclo de vida do território em si.

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3O Marketing Territorial de ProdutoImporta compreender que a dinâmica do Marketing aliada ao contexto territorial, abrange a dinâmica básica associados aos elementares P’s quer do produto, quer do serviço. A perspectiva do marketing de produto, que tem uma adaptação / tradução directa do Inglês, é válida também no âmbito do serviço.Os P’s do Marketing Mix de produto são: Produto (Pro-duct), Promoção (Promotion), Distribuição (Place) e Preço (Price).O alargamento dos P’s no âmbito do serviço são: Pro-cesso (Process), Evidência Física (Phisical Evidence) e as Pessoas (People).Com esta pequena e breve introdução, passaremos a apresentar cada uma das variantes do marketing mix, de uma forma simplista e prática aliadas à dinâmica e lógica territorial. Será o âmbito do produto ou do serviço prestado, a par da perspectiva e ordem de grandeza e / ou importância que ajudaram a encontrar o contexto e posicionamento pretendido junto do público-alvo.Ou seja, será a imagem, a ideia que se pretenda vir a criar na cabeça do consumidor, que dirá do âmbito e sucesso daquela estratégia de marketing. A para naturalmente da qualidade e nível de satisfação sobre o produto ou serviço.É importante considerar que valores como a origi-nalidade, autenticidade e tradição, são um património natural que as regiões, num âmbito de marketing de local, tendem a descurar, ou pelo menos a não potenciar devidamente. E em nada colidem com a modernização e inovação da sociedade moderna, mesmo no seu âmbito mais tecnológico.O “serious game”, ferramenta inovadora de promoção aos recursos e actividades da região do Ribatejo e Alto Alentejo, é a prova de disso mesmo. Como introduzir uma ferramenta moderna ao serviço de regiões e lo-calidades que há muito existem e são uma referência e tradição, é um desafio imenso que será naturalmente ganho, uma vez que estejam devidamente envolvidas e apoiadas, todas as entidades activas ao nível da econo-mia local.

Basicamente, trata-se de colocar ao serviço das pessoas, das suas empresas, produtos e serviços, ferramentas do marketing, da distribuição moderna, da promoção e divulgação da era digital, georreferenciação, etc. num âmbito mais local com vista a uma desenvolvimento económico e social com resultados práticos.Assim sendo, apresentam-se seguidamente as variantes do marketing mix, na sua perspectiva mais elementar, mas sem descurar a realidade geográfica em que se podem e devem inserir.

3.1. Produto

O que é um produto, como surge e vinga no mercado

Um produto ou está devidamente orientado para o mer-cado ou não vinga. Além do consumidor ser cada vez mais informado, exigente e crítico, a sorte de principi-ante na dinâmica da oferta, não passa disso mesmo.O consumidor usa, compara, procura e tempos de crise como os que vivemos actualmente, a compra por im-pulso reduz-se a situações e produtos pontuais.Há que conhecer o mercado, saber ouvir o consumidor e estar à altura das espectativas e exigências da procura. Mas também dos próprios concorrentes e colabora-dores.As técnicas de gestão modernas implicam directamente e de forma activa a colaboração e participação dos colaboradores da empresa. É intrínseco à cultura e mis-são de muitas empresas a mais-valia que representa de forma efectiva o capital humano no desenvolvimento e crescimento das diversas actividades.

Os princípios do que é um bom produto ou Produtos com final feliz

A simplicidade é o factor que na maioria das vezes dita o sucesso de um produto. Há, como é óbvio, diversos factores a considerar e, em certos segmentos, nomeada-mente na área industrial e do foro “business to business”,

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a complexidade aumenta exponencialmente.Mas a verdade é que o consumidor quer e espera, efectivamente, que este ou aquele produto ou serviço que pretende adquirir cumpra à altura do que se propôs. Caso contrário, a reclamação acontece a par da devolução. E é factual que a compra não só não se repe-tirá, como será desaconselhada a terceiros.Por outro lado, um Cliente satisfeito traz à empresa e aos seus produtos / serviços, uma publicidade que não há plano de marketing que supere. Aquilo que era um “boca-a-boca” convencional e frequentemente relativi-zado passou, com a abrangência e dinâmica das redes sociais, a uma projecção e escala inimagináveis.

Saber encontrar e superar as expectativas do(s) mercado(s)

Estar atento à dinâmica do mercado e às expectativas dos Clientes. O consumidor sabe mais sobre o seu produto e o segmento, do que a própria empresa. No sentido em que, num ato de compra, o consumidor vai informado e escudado num manancial de informação, referências, qualidades, preços praticados, etc., que as próprias empresas não têm, em termos práticos,interesse directo ou capacidade de reunir.A verdade é que uma decisão de compra baseia-se hoje em prossupostos que não eram sequer considerados à 5 ou 10 anos atrás. A cada vez mais mencionada e equacionada “pegada ecológica” é disso mesmo um bom exemplo, a par das acções e práticas efectivas de responsabilidade social.A entrada em bolsa é hoje acompanhada com infor-mação credível e actual relativamente ao desempenho sustentável” da empresa. A “certificação energética” é uma realidade social, que procura assegurar uma exis-tência sustentada.

Como actualizar a inovação

Os empresários, os cidadãos, os órgãos de poder local e regional, etc., têm que estar informados, actualizados e pontos a intervir de modo a reinventarem a sua reali-dade geográfica se necessário.Os diversos esforços de coesão com vista à candidatura de diversos fundos comunitários, são disso um bom exemplo. Havendo a vontade e a par dela um caminho traçado de forma consciente e estratégica, a concer-tação de esforços vinga e é possível criar melhores infra-estruturas, melhores redes de acesso, polos industriais e tecnológicos inovadores, optimizar recursos naturais e com eles criar novos factores de atracção, promoção conjunta de destinos e/ou criação projectos regionais

projecção nacional, ibérica, europeia ou mesmo mun-dial.A recente estratégia de posicionar Portugal como um destino de surf de excelência, mostra a evolução e matu-ridade de mentalidades. Bem como a capacidade de nos posicionarmos de forma atractiva e ganhadora perante a concorrência de outros locais e países do mundo. E a aposta é clara e simples: venham, se não encontrarem boas ondas, pagamos para cá voltarem novamente. Esta é a mais recente aposta do turismo de Portugal e que, sem dúvida, contribui para uma imagem e posiciona-mento de excelência para a comunidade surfista a nível mundial.

3.2. Promoção

Como divulgar e promover um produto

Primeiro pense em quanto pretende investir numa acção de promoção. Defina em função do plano estratégico da empresa, o que é que pretende promover? A sua marca ou o seu produto ou serviço? Qual o benefício que pre-tende promover? A quem se destina? Qual a amplitude que quer dar à sua mensagem? Tipifique e defina o seu público-alvo.É fundamental que meça o impacto da sua mensagem, caso contrário nunca saberá avaliar e optimizar o re-torno do seu esforço e do seu investimento. Atingiu os objectivos a que se propôs? Aumentou a sua quota de mercado, o lançamento do seu produto foi um sucesso com um nível de satisfação e intenção de repetição de compra satisfatórios? Qual a taxa de retorno do seu investimento? Ficou a conhecer melhor o seu consu-midor? Está à altura das suas expectativas e tem como superá-las? Onde quer que o seu negócio esteja daqui a 10 anos?A definição de uma estratégia de comunicação é funda-mental. Não tem que ser um documento complexo, mas antes uma consolidada lista de intenções naquilo que são as principais características e fundamentos da sua oferta.Nunca relativize ou desvalorize a imagem ou ausência dela, que os outros têm de si. Sejam seus empregados, seus colaboradores, fornecedores ou clientes. Estabeleça uma relação de confiança e parceria com os seus inter-locutores. De um simples, mas bem delineado plano de CIM (Comunicação Integrada de Marketing) nasce uma boa acção de comunicação.Lembre-se que quando procura uma atitude, está a trabalhar ao nível da marca. E que quando promove um comportamento, está a relacionar-se com o seu público a nível de produto. Conta aquilo que as pessoas fazem

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em relação ao que tem a oferecer e não, directamente, aquilo que pensam de si. Estando todos os factores pre-sentes no que se trata de comportamento de consumo, prevalece a ordem e nível de importância atribuídos. Quer ao seu produto, aos preços que pratica, etc.

Questões básicas

Pense bem no que o move e naquilo que pretende alcançar com a sua comunicação. Estude e promova adequadamente os benefícios do seu produto. Estabe-leça uma mensagem clara. Seja eficaz e salvaguarde uma margem de erro para as suas acções.Faça o seu planeamento de média à medida das suas capacidades e de modo a assegurar que impacta do melhor modo o seu público-alvo.Tenha presente que a media regional (imprensa local e regional, rádios locais, etc.) uma força viva da região e constituem de um modo geral, um investimento relati-vamente acessível e com uma boa cobertura.Existem ainda, suportes de “média” / meios nacionais (jornais, por exemplo) que possuem edições regionais que podem ser uma aposta interessante e acessível.Mantenham também presente, que boas acções de relações públicas, podem trazer-lhe um bom retorno e visibilidade com implicações financeiras mínimas. Aliás se envolver os “médias” tradicionais e digitais nas suas actividades, pode conseguir uma visibilidade extra, dando a conhecer, por exemplo, o seu processo de fa-brico tradicional, o lançamento inovador de um produto de tradição ancestral, etc.

As técnicas de ontem e de hoje: o futuro da “promoção”

Dar-se a conhecer ainda passa, felizmente, por dar-se a conhecer efectivamente. A presença em feiras temáticas, pode ser um esforço concertado que lhe trará visibi-lidade e assertividade a nível de contactos. Pondere sempre muito bem e não descure, o seu esforço de comunicação. Mais vale uma boa acção concertada e dirigida, do que tentar disparar para todo o lado, e só “fazer como a concorrência faz”. Com a concorrência também se aprende, lembra-se?Mais uma vez a simplicidade, pode trazer-lhe retornos e contribuir para uma imagem geral do seu negócio positiva e credível. Um exemplo prático: de nada lhe servirá um Site (ou sítio), nem boas aplicações móveis para demonstração dos seus produtos e serviços, se as imagens que tiver disponíveis foram tirados de forma “caseira”. Como verá mais à frente, uma imagem vale

mais do que mil palavras e um bom argumento de ven-das (vulgo “salesfolder”) fará e muito, pela qualidade da sua imagem e dos seus produtos.Se parar um pouco para pensar no universo regional que o rodeia, o seu local tem uma entidade, criada há mui-tos, muitos anos, mas que o tempo não apagou, antes reafirmou. O Brazão da sua cidade ou concelho, traduz a identidade original do lugar. Tudo o que representa, desde tempos muito antigos, mais não é do que os factores diferenciadores e/ou de criação de riqueza as-sociados aquele determinado lugar: a cortiça, a pesca, o rio, a vinha, a perspectiva defensiva ou de troca associa-das. Num simples Brazão regional, se encerra a história e valências de uma determinada região. Ao limite, que uma identidade visual tão simples, mas estrategica-mente simbólica são o que de melhor lhe pode servir de mote ou inspiração, para se promover e dar-se a conhe-cer numa lógica de marketing territorial.

A dinâmica da sociedade digital - As novas ferramentas

Perspectiva Micro:No seio pessoal ou da empresa há que criar e gerir de forma optimizada e realista uma entidade digital, seja através da implementação de um site, de uma página no facebook ou microsite, intranet (rede empresarial), etc. Quando o fizer, há que fazê-lo bem e de forma prática e funcional, caso contrário correr o risco de o feitiço se virar contra o feiticeiro e o seu público o ver com descrédito ou falta de qualidade. Pelo que a entrada no mundo digital ou é bem-feita e sustentada ou não deverá acontecer.A título particular ou privado, a realidade do mundo e comunicação digital, é um dado seguro de futuro. Não vale a pena empurrar para a frente e adiar o inadiável, vivemos num mundo digital. E hoje, não é amanhã, nem depois, quem não está na web, não existe.Por isso, fale e faça-se ouvir digitalmente alto e bom som:- Crie um site (sítio) para a sua empresa / actividade e faça-o bem feito de forma estruturada. Mais vale um site simples e eficaz de utilização (interface) simples, do que um complexo de difícil navegação e actualidade;- E actualidade é a palavra de ordem no contexto digi-tal: refresque a actualize as suas mensagens. Crie um “newsletter” digital e envie-a aos seus contactos. É mais “verde” e pode monitorizar, acompanhar em tempo útil o sucesso da sua mensagem.- Se a sua realidade local / regional o permitir crie uma intra net (rede interna) que optimize a sua identidade e os produtos e serviços que oferece. Este género de

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associativismo digital pode ser vantajoso e implicar um nível de investimento mais reduzido e suportável.- As comunicações e aplicações móveis devem ser encaradas como uma mais - valia para sua actividade e para os seus produtos / serviços. O consumidor está mesmo à distância de um click, nomeadamente a nível de informação.- Tablets são uma montra digital de produtos, desin-vista no papel, seja mais verde e descubra tudo o que o mundo digital pode fazer por si e pela sua empresa. Um “salesfolder” em formato digital, por exemplo, constituirá uma útil e prática ferramenta de trabalha. Motiva a sua força de vendas ao dotá-la de recursos actuais e aces-síveis e surpreende os seus parceiros e clientes pela sua actualidade.

Perspectiva Macro:O mudo digital dá uma visibilidade à região que se insere e à sua actividade que não conseguiria de outra forma ou dimensão. Ponha-se no mapa com as diversas aplicações disponíveis na internet, optimize custos e contactos falando sem custos via skype, por exemplo.- Peça a sua “assinatura digital” e habitue-se a uma nova dinâmica e lógica empresarial. Os concursos públicos e acessos a informação, bem como processamento da in-formação referente à sua empresa e actividade, nomea-damente a nível de Estado (Finanças, Segurança Social, etc.) dependem cada vez mais e em termos práticos desta funcionalidade.- As previsões meteorológicas, as cotações cambiais, as transacções bancárias via net, etc., permitem-lhe mais e melhores respostas com uma diminuição significativa de custos.- É possível, por exemplo, gerir e monitorizar a gestão de uma frota automóvel a nível de distribuição sem sair da sua secretária.

3.3. Preço

Uma visão a 360. Factores a considerar na construção de um preço

Pense em preço, pense em valor. E pense em todos, de forma estruturada e consistente. E nunca se esqueça do seu, do valor que o seu trabalho e dos seus colabora-dores têm para a actividade que desenvolve. Tende-se a equacionar os custos directos e indirectos associados, mas às vezes o óbvio fica por contabilizar.Todas as horas dedicadas por si e pela sua família, se uma empresa de âmbito familiar se tratar, deverão ser consideradas na construção de uma ordem de grandeza, de valor, associados aquilo que faz, que produz.

Por outro lado, factores de proximidade de carácter re-gional – como o associativismo - permitem-lhe optimizar recursos e tornar-se mais competitivo. O consumidor é informado e conhecedor do valor da qualidade e da au-tenticidade. A procura de produtos biológicos por exem-plo, tradicionalmente mais caros em cerca de 20 a 30% do produto industrial, tem conhecido um crescimento motivador nos últimos anos. Isto para lhe dizer que tam-bém existem factores que reforçam o valor atribuído e percepcionado de um preço, pelo que deverá ponderar bem, a par da qualidade e imagem, o limite até o qual o consumidor está disposto a pagar por si.Tal como nas outras variantes do marketing mix, vale a pena fazer alguns estudos e testes de preço. As suas margens vão agradecer.

Custo VS Investimento

Numa lógica de gestão moderna e actual, é estrate-gicamente importante que os recursos de uma em-presa sejam devidamente adequados a esta ou aquela finalidade, numa perspectiva de investimento. Não se quer, nem se pretende gastar dinheiro. Gasta-se dinheiro quando não se pensa e planeia o que fazer com ele. Se os recursos a utilizar forem devidamente planeados e estruturalmente assentes numa estratégia concertada e partilhada, o investimento deverá assegurar um retorno futuro. Porque não existem fórmulas de sucesso garan-tido, assegure-se que o seu investimento tem retorno garantido, crie uma margem de erro, assegure reorien-tação da estratégia ou minimização do seu impacto: quanto mais planeamento, menos surpresas.

3.4. Distribuição

Como levar o produto até ao consumidor final, seja um particular, ou uma empresa

Vá até ao consumidor final ou deixe que ele venha até si. Em qualquer dos casos e mais uma vez, pondere e planei muito bem o esforço financeiro e de recursos que toda a logística obriga.Acondicionar um produto que sai da terra, mesmo sem o fazer chegar a lado nenhum, tem custos. Este pro-cessamento, por exemplo, implica boa capacidade de armazenamento, a não descurar. Até ao momento em que tem que ter o assegurar capacidade de armazena-mento, também. Desde os custos menos óbvios, como o do espaço em armazém das mercadorias aos custos as-sociados à subida e descida do preço dos combustíveis, seguros, sistema de utilização da sua frota automóvel, devem ser muito bem ponderados.

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Os principais factores logísticos a considerar e o que mudou com a era digital

As novas tecnologias, especialmente na área da comu-nicação vieram efectivamente encurtar distâncias e dar novas dimensões ao tempo e ao espaço. A gestão moderna a nível de distribuição, permite remotamente gerir e afectar os recursos mais adequados às necessi-dades e interesses da empresa.Um dos maiores grupos de confecção têxtil do mundo – nascido e gerido a partir da Galiza – assegura uma capacidade de resposta útil, a nível mundial, ou seja para qualquer país, de 28 dias. Desde a concepção de um modelo, à venda efectiva em loja, todo o sistema de fi-nanciamento, gestão e controlo estão sintonizados para cumprir sem falhas este compromisso final. A verdade é que além de uma brutal vantagem competitiva e de vendas / resultados, a diferenciação, com esta capaci-dade ímpar de resposta, é também assegurada pela qualidade do produto final.

Oportunidades e sinergias - O cliente ali tão perto

Adicionalmente existem factores a considerar, como sejam o acesso e proximidade. Do lado de lá da fronteira, por exemplo a distribuição pode ser mais vantajosa. Um menor esforço fiscal, associada a um parceiro de maior dimensão (não necessariamente da mesma área de negócio), podem trazer sinergias muito interessantes a nível do custo de um frete, por exemplo. O espaço em transporte pode permitir ganhos interessantes com uma gestão eficiente a nível de pesos e volumes. Diferentes cargas de vários clientes, podem partilhar a mesma ocupação de espaço e custos associados, como seja a refrigeração, ou tempo útil de vida (produtos perecíveis, por exemplo) optimizando tempo e recursos.

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4O Marketing Territorial de Serviço4.1. O Processo

O que é prestar um serviço

O processo é o método estrutural como apresenta o serviço que presta. Ou seja o modo, segundo o qual to-das as disponibilidades oferecidas chegam até ao cliente final.

Que processo usar e em que é que isso nos diferencia

O modo diferenciado como é prestado um serviço pode estar na maneira diferenciadora como o apresenta: as Feiras Medievais por exemplo, que nos últimos anos têm conhecido uma imensa participação e notoriedade um pouco por todo o país, tratam-se na realidade de vestir uma mesma oferta turística ou gastronómica na área da restauração numa vertente lúdica, onde o consumidor é literalmente parte integrante da festa.

A galinha do vizinho é mesmo melhor que a minha

No âmbito do marketing territorial a “naturalidade” de um produto ou serviço, advém naturalmente da origem. Aliás é a sua origem que remete para as suas principais características. A “alheira do Fundão” e a “alheira de Mirandela” têm em si mesmas associadas características únicas. Desde o consumidor final ao parceiro de negó-cio, existem pressupostos regionais, de lugar, que devem ser muito bem considerados e tidos como elementos de referência numa estratégia de promoção e divulgação. Não podemos descurar a legitimidade em detrimento da qualidade, pois não é só porque foi feito “ali” que é necessariamente bom, mas a expectativa e nível de exigência está presente e é determinante no momento de selecção e compra.

A dinâmica do processo e a inovação

Numa abrangência e perspectiva global, numa lógica macro de mercado territorial, os principais países emergentes, adoptaram posicionamentos específicos para sectores e determinadas áreas de actividade, numa segmentação em que inovaram a generalidade a para dos produtos que produzem na dinâmica da estrutura que os faz chegar ao destino.O Brasil no sector primário com a agricultura e pecuária - produção em grandes extensões - a Índia a nível de prestação de serviços em grande escala a par da China com a sua máquina industrial, reinventarem mais do que os processos de fabrico, o modo como o potenciar em grande escala o processo da prestação de serviços.A oferta médica na Índia por exemplo, mostra como o processo de prestação de um serviço médico – opera-ção ao coração, por exemplo – deslocou e optimizou temporal e geograficamente recursos inimagináveis e economicamente mais acessíveis.

4.2. A Evidência Física

A minha casa, a sua casa ou a arte de rece-ber

Proximidade e conforto são determinantes naquilo que em serviço chamamos de evidência física, ou seja fisicamente aquilo com que contactamos, interagimos quando usufruímos de uma vivência, da experiência com um serviço.Se vai a um dentista, a higiene é para si um imperativo, não se concebe que seja sequer de outro modo. Com este exemplo, olhe à sua volta e pergunte qual a melhor maneira de receber quem o visita. Também aqui, existem exemplos de excelência que lhe permitem uma rápida, mas assertiva visita nostálgica ao passado. O crescimento do turismo rural, muitas das vezes em zonas onde a oferta é francamente pobre ou

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escassa, vieram reabilitar infra-estruturas e criar oferta hoteleira e emprego, em zonas muitas vezes inóspitas e que pareciam esquecidas.À beleza natural de uma região só falta de fato e muitas vezes, juntar o saber receber: minha casa, sua casa.

Manter, mudar ou inovar

Aquilo que se vê, aquilo com que se interage, diz muito de si e do serviço que presta. Tal como no fac-tor de comunicação, a criação de uma entidade, de um logotipo são muito importantes e podem mesmo ser determinantes, a imagem, o suporte físico que chega até aos seus clientes e parceiros, é determinante para uma experiência de sucesso, que se quer repetir e que se recomenda.Por isso, está nas suas mãos, saber como se apresentar e com que impressão quer deixar quem o visita. De nada lhe serve, servir os melhores petiscos da região, por quem muitos clientes arriscam uns bons quilómetros, se a carta estiver desactualizada ou incorrecta, a limpeza deixar a desejar, o estacionamento privado ou não, estiver sempre caótico, etc.A boa impressão criada é de manter sempre. Não se fique pelas primeiras boas impressões, ou os seus cli-entes também se ficaram pelas primeiras visitas.

Imagens que valem mais do que mil pala-vras

Vital para o seu sucesso é a imagem com que se apre-senta, ou seja qual a identidade que lhe está associada? Mais uma vez, há que investir minimamente na sua ima-gem, e a recuperação de certos valores regionais, podem e devem trazer-lhe um reconhecimento imediato a nível de negócio. Um logotipo é um património que lhe estará sempre ligado e que dirá muito de si. Em comunicação, tudo se reinventa e como pode constatar nos últimos anos, tem-se assistido a um regresso às origens, não só a nível de produtos e serviços “do antigamente”, mas mesmo a imagens do antigamente, com que gerações antigas e novas muito se identificam.

4.3. As Pessoas

Há caras que não se esquecem, a importân-cia de um sorriso

Nos serviços, como em tudo, as pessoas marcam. Quando falámos em cima da importância de um sorriso, é porque ele de fato é importante.A simpatia de quem nos recebe faz-nos crer voltar e dá sem dúvida, mais sentido a tudo aquilo que foi vivencia-do. O trato pode ser simples, mas se for autêntico, marca e marca pela positiva. Por isso pessoas felizes, fazem pro-jectos felizes. E isso sente-se, vive-se. É por isso mesmo que nos serviços, são as pessoas quem faz a diferença.

A importância da formação

E quanto mais estivermos preparados, mais diferença se faz. Acima de tudo porque com a formação adequada, a diferença faz-se pela positiva e pela qualidade.A atenção ao detalhe e ao pormenor, o cuidado que se tem e o modo como se atende um telefone ou recebe um recado, fazem toda a diferença.Sem artifícios, é fundamental estar-se atento e ter uma atitude cuidada e responsável naquilo que fazemos.Promova a formação e o conhecimento, estimule a curiosidade dos seus colaboradores. Que a gente da terra, saiba da “sua” terra e do seu negócio como mais ninguém e que este conhecimento chegue simples e credível aos que o rodeiam.

As pessoas sempre as pessoas

Pode estar de visita ao sítio mais lindo e vibrante som que sempre sonhou, se for mal recebido, nunca irá es-quecer… e será pela negativa que se recordará, até das coisas boas. Porque perguntar-se-á sempre e se tivesse corrido bem, então como seria?

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5.1. S. João da Madeira

A “metodologia de trabalho desenvolvida localmente”, bem como a “qualidade final do produto turístico apre-sentado” diferenciam o projecto de marketing territorial no âmbito do turismo industrial, como um projecto de sucesso. A replicar noutras zonas do país.Promovido pela Câmara Municipal de São João da Madeira, este projecto agrega um núcleo de empresas que se associaram à iniciativa (Viarco, Heliotextil, Helsar, Everest, Fepsa e Cortadoria) e que permitem indivi-dualmente ou através de uma rota temática, o contacto directo com a realidade industrial do concelho, que promove e reforça assim a sua natureza industrial.Fruto do sucesso nacional e projecção além-fronteiras desta iniciativa decorreu, o 4º Encontro Europeu de Turismo Industrial, onde estiveram presentes alguns dos principais responsáveis e especialistas internacionais na área do Turismo industrial.Para além de profissionais e peritos universitários de Portugal, França e Espanha, países que assumiram a co-organização do congresso, este alargou-se também a representantes do Reino Unido, Alemanha, Holanda, República Checa e Itália.Os co-organizadores do Congresso aprovaram as bases para a criação da Rede Europeia de Turismo Industrial, assinando para o efeito a Declaração de S. João da Madeira.Nesse documento, pode ler-se que “o Turismo Industrial tem potencial para gerar experiências enriquecedoras de alto valor, combinando o conhecimento, os sentidos e as emoções”.

5.2. A Austrália e o melhor emprego do mundo

Numa campanha de marketing para promover a ilha de Hamilton, o Turismo de Queensland lançou uma campanha a nível mundial, para contratação de um empregado durante 6 meses. O seleccionado foi Ben

Southall de 34 anos, eleito para o emprego entre 34 mil candidatos. Entre os requisitos para ocupar o lugar, era necessário saber nadar, mergulhar, fazer fotos e vídeos, e relatar pela internet as actividades realizadas durante a missão – viver seis meses na ilha Hamilton na Austrália. Para o efeito, recebeu 120 mil dólares (cerca 84 mil euros) pelo seu trabalho.O concurso fez parte do plano publicitário destinado a promover o potencial turístico do estado australiano de Queensland e suas ilhas. Uma estratégia simples, mas eficaz que cumpriu o seu objectivo: colocar Queensland no mapa e tornar-se um desejado destino de férias.“Queremos abrir as nossas portas para o mundo e con-vidar um sortudo para viver em Queensland por 6 meses e depois contar ao mundo sobre as experiências vividas. Acredito que o maior risco será que o empregado não vai querer ir para casa ao final de 6 meses” disse a Min-istra do Turismo de Queensland Desley Boyle. Missão cumprida!

5.3. Açores, o 2º melhor destino sustentável do mundo

A National Geographic Traveler (NGT) apresentou uma lista com as ilhas e arquipélagos classificadas como os melhores destinos turísticos de todo o mundo.De entre as 111 ilhas e arquipélagos analisados nesta lista, os Açores obtiveram uma honrosa posição, o segundo lugar com 84 pontos, numa pontuação de zero a cem, sendo por isso classificados como, “um sítio mara-vilhoso. Ambientalmente em boa forma”. Ficando apenas atrás das Ilhas Faroé na Dinamarca que obtiveram 87 pontos.Estes pontos foram obtidos através de 522 peritos em turismo sustentável, que registaram os destinos em risco de sucumbir à pressão turística e os que conseguiram encontrar um equilíbrio: “os nossos 522 especialistas votaram nos destinos que devem evitar o perigo, os que estão sucumbir a ele e quais o que pendem na balança”.A apreciação feita pelos 522 peritos em turismo sus-

5Exemplos de boas práticas & case studies

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tentável às ilhas foi: “não é um destino de praia, caso contrário seria susceptível ao turismo de massa. De facto, o seu clima caprichoso provavelmente impede o fluxo de turistas. As verdes e vulcânicas montanhas das ilhas e as pitorescas cidades a preto e branco aparentam estar intactas.Belo lugar. Estrutura ambiental em boa forma. Os habi-tantes locais são muito sofisticados, uma vez que muitos viveram além-mar.Distantes e temperados os Açores permanecem lev-emente turísticos.O principal tipo de visitante é o turista independ-ente que fica em “Bed&Breakfeast” (alojamento tipo “Cama&Pequeno-almoço). O ecossistema – desde as belas colinas das Flores às baías rochosas da Terceira — está em grande forma. As baleias são ainda uma vista frequente. A cultura local é forte e vibrante, habituada a convidar alguém para um jantar em casa, ou bem rece-ber para uma refeição durante as festividades”.

5.4. Alqueva promove o turismo nocturno: uma perspectiva estelar de sucesso

O Alqueva apresenta um céu nocturno com característi-cas únicas para o desenvolvimento de uma Reserva Dark Sky®. Pelo que se tornou recentemente o primeiro sítio no mundo a receber a “Starlight Tourism Destination Certification”, concedida pela Fundação Starlight, com o apoio da UNESCO, OMT e IAC. Para potenciar este projecto, em 2009 foi constituída a parceria Terras do Grande Lago Alqueva composta pela Rede de Turismo de Aldeia do Alentejo | Genuineland como coordenador, a TGLA – Turismo Terras do Grande Lago Alqueva, a EDIA SA e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, com o objectivo de criar a Reserva Dark Sky® Alqueva e proceder à sua certificação. A Reserva Dark Sky® Alqueva é um projecto estruturante de desenvolvimento sustentável que visa a implemen-tação da Agenda para a Sustentabilidade e Competitivi-dade do Turismo Europeu nos concelhos de Alandroal, Barrancos, Moura, Mourão, Portel e Reguengos de Mon-saraz. Criar um destino onde o motivo de atractividade seja desfrutar em pleno um imenso céu estrelado livre de poluição luminosa que permita oferecer ao turista actividades nocturnas, é aposta de valor e diferenciação desta iniciativa.A parceria público-privada que coordena este projecto criou o Grupo de Trabalho Dark Sky® Alqueva para de-senvolver a esta “Reserva Dark Sky® Alqueva”, de modo a agregar os diversos os municípios da região envolvidos, as empresas do sector do turismo e energéticas, bem

como as associações e peritos nacionais e internacionais da especialidade.O objectivo foi criar uma oferta turística de valor diferen-ciador que capitalize as características e potencialidades da região, promovendo-a dentro e além-fronteiras, contribuindo para um aumento significativo de visitas à região.

5.5. Promover Portugal através da tradi-cional calçada portuguesa

A simplicidade de uma boa ideia aliada às novas tecno-logias de informação: Promover PORTUGAL através da tradicional calçada portuguesa feita com pedras brancas e pretas com a tecnologia do QR Code. Cá dentro ou lá fora, como em Barcelona, a cidade mais visitada do Mun-do, basta fotografar o QR colocado no chão e recebe-se informação sobre Portugal e ganha uma noite de hotel grátis. Simplesmente genial! Assim se aliou um país de tradições e com uma riqueza turística invulgar à identi-dade de um mesmo país que se apresenta moderno, ac-tual e criativo. Esta iniciativa não passou indiferente pelo seu carácter inovador, a sua actualidade e modernidade como estratégia promocional do turismo de Portugal, chegando mesmo a ser premiada internacionalmente com um Eurobest, um dos prémios mais significativos a nível de comunicação.

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6.1. Mini “check list”

Qual é sua principal actividade?Dentro daquilo que faz em que é que se considera real-mente bom?Aquilo em que é bom promove a sua diferenciação (jun-to do público e junto da concorrência, por exemplo)?O que é podia fazer melhor para tornar a sua ocupação / negócio mais rentável?Divulga convenientemente as suas actividades?Acompanha o nível de satisfação dos seus colabora-dores, parceiros e consumidores de forma satisfatória, ou não o faz de todo?Aposta na inovação da sua oferta?Aposta na comunicação do que faz?Considera a sua comunicação um gasto ou um investi-mento?Está satisfeito com a sua distribuição?Os preços que pratica são vantajosos para si?Onde imagina a sua marca / produto / actividade daqui a 10 anos?A região onde mora / tem a sua empresa, inspira-o?Considera que os atributos da “terra” são um factor difer-enciador e vantajoso para os seus produtos / serviços?

Faça na sede da sua empresa este género de preguntas e deixe que os seus colaboradores e parceiros, tenham também uma palavra a dizer. O seu sentido crítico aliado aos do que lhe são mais próximos, podem permitir-lhe aferir forças e fraquezas do seu negócio e são uma boa maneira de se manter atento e actual face ao meu onde se insere e ao mercado onde atua.

6.2. Faça e não faça!

Promova as boas acções e acções de sucesso e faça dos erros, lições a aprender e a não esquecer. Para o efeito, precisa de bom senso e estratégia: se não souber o que anda a fazer, não sabe por onde deve ir. Com base nisto, assuma tudo aquilo que faz bem e deve continuar a fazer em prol do seu negócio, motivação e formação dos seus funcionários, campanhas promocionais de descon-to, etc. E assuma e delimite aquilo que não deve fazer de todo, porque prejudica a sua própria motivação, dos seus funcionários e não é com teimosia que vamos lá. Mas sim com coerência e pertinência naquilo que temos para receber e oferecer aos outros.

6.3. Não sabe? Pergunte!

Procure informação, seja curioso e não tenha nenhum receio em perguntar sobre aquilo que não sabe.Procure nas forças vivas da região e a nível central, as respostas para as suas perguntas. À distância de um telefonema, de uma carta ou correio electrónico, estão muitas oportunidades que teima por não aproveitar.Dependendo do âmbito da sua actividade, foque-se a nível central, nas agências e ministérios que têm infor-mação disponível que lhe pode ser útil. E a nível local nas entidades que lhe poderão facultar informação em tempo útil e com maior proximidade, como por exem-plo:

6Saiba olhar para o seu negócio numa lógica de Marketing Territorial

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Ministérios Finanças, Agricultura, Pescas, etc.Câmaras de ComércioIAPMEIEntidades locais agregadoras de diversas actividades económicas (NERPOR / UAERLVT)Câmaras Municipais (Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavião, Marvão, Monforte, Nisa, Ponte de Sor, Portalegre, Sousel, Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha, Almeirim, Alpiarça, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Sal-vaterra de Magos e Santarém. E respectivas Juntas de Freguesia locais.

6.4. A importância de uma boa ideia: seja criativo!

Ouse e inove! Mais vale uma pequena boa ideia, do que um mega projecto impraticável. A simplicidade de uma boa ideia, tem a grandeza e o potencial que você quiser. Seja persistente e estabeleça um plano de acção. Pode ter que repensar a sua estratégia por exemplo, por questões de financiamento, por exemplo, mas ao menos tentou e optimizou os recursos que planeou usar.Dê a conhecer o mérito de se ter esforçado, acredite que tem valor.

6.5. Aprenda com os seus erros ou como tornar fraquezas em forças!

Seja optimista, em tempos de crise podem surgir boas oportunidades de negócio! Tem é que manter o sentido crítico e estar atento! É possível actuar em contra ciclo se souber o que anda a fazer.Exemplo: “A minha região é um deserto, a paz é tanta que aborrece!” Aborrece-o a si, porque não vive o rebuliço diário da cidade e sabe melhor que ninguém o que é uma boa noite de sono. Há muita gente que não tem essa sorte. Promova o silêncio e boas noites de sono como aquilo que de melhor tem para oferecer e garante a devolução em caso de insatisfação. Experimente e meça o impacto da sua oferta e das suas acções.

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7Das palavras à acção7.1. Pare, escute e olhe para o seu negócio... COM ATENÇÃO

Sinta o pulso ao seu negócio, oiça os seus colaboradores e o que a concorrência diz e pensa de si. Seja curioso e crítico, não se trata de gerir uma paranóia sobre a sua imagem, mas é francamente saudável ter consciência do modo como é visto: é actual, inovador, reconhecem-lhe qualidade e competência no que faz?São nestas aparentes pequenas questões que estão muitas vezes grandes verdades sobre o seu negócio ou potencial dele.Se na sua região, não for “o” produtor, mas um “dos” isso pode colocá-lo perante uma oportunidade de asso-ciativismo, que trará projecção e mercado para as suas produções locais.A mostra de produtos e presença em feiras de promoção e divulgação, podem passar a fazer parte das suas activi-dades, dando-lhe uma maior visibilidade porque “agora” passou a ter possibilidade e uma maior oportunidade de se mostrar ou deixar que mostrem os seus produtos por si.

7.2. O segredo já não é a alma do negócio

Partilhe informação de forma sistemática e pertinente com os seus colaboradores, parceiros e consumidor final. Doseado e avaliando naturalmente a informação que distribui, mas não deixe de o fazer. Os seus colabo-radores sentir-se-ão mais motivados, os seus parceiros mais envolvidos no seu negócio e o consumidor final mais atento às suas actividades e capacidade de dinami-zação.Dê-se a conhecer, tal como já foi referido, participe em Feiras e Exposições, reúna esforços e parceiros “locais” para o efeito, pois a união faz a força. Promova o que faz, mesmo que seja no jornal da terra ou região, contribui para o seu negócio e ajuda a dinamizar os meios locais.Dê amostras do seu produto, deixe que experimentem o seu serviço em condições vantajosas.

Não se alheie das novas tecnologias: crie um site, use o Facebook, Twiter ou outros. Ou não o faça de todo, mas assuma de forma coerente e consciente essa decisão e garanta que quando o contactarem tem como respon-der prontamente e em tempo útil.

7.3. Quando a concorrência é saudável e se recomenda

Veja a possibilidade de uma parceria estratégica como um bom investimento, um factor de diferenciação e uma boa oportunidade de negócio.Escute o que pretendem e esperam de si, não imponha os seus produtos à revelia de quem os poderá querer comprar. Esteja muito atento àquilo que os seus con-correntes fazem, e adopte uma atitude positiva: boas ideias, mesmo que não sejam suas, podem gerar boas ideias... desde que se respeite naturalmente os direitos e deveres de todos .Não copie, inove: se quiser a sua galinha pode ser igual-mente boa, mas diferente da galinha do vizinho.

7.4. Tenha consciência das suas acções / práticas: meça o que anda a fazer

Se não tiver consciência e capacidade de análise e crítica sobre as suas actividades, não só não se posiciona de forma credível e competitiva, como compromete a sua capacidade de resposta e anula ou reduz dramatica-mente a sua margem de erro.Monitorize o que anda a fazer, esteja atento à concor-rência e dê muita importância ao nível de satisfação e reclamação sobre aquilo que faz.Crie esquemas simples, mas eficazes de controlo. Esta-beleça níveis de descontos sobre os preços, por exem-plo. Não faça uma “atenção” por impulso porque é do seu bolso que sai ou não chega a entrar.

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7.6. Seja audaz. Inove!

Aprenda a viver e a tirar o máximo partido das novas tecnologias de comunicação. Os jogos sérios (tradução literal do inglês “serious game”), por exemplo, desen-volvido no âmbito deste projecto, é a tradução prática de como diversas ferramentas das novas tecnologias de comunicação, podem ser usadas e colocadas à disposição dos interesses e estratégias mais variadas, nomeadamente a nível regional. Onde o carácter inova-dor, em particular a amplitude e versatilidade das suas aplicações, são colocadas de modo completamente sin-gular ao serviço da promoção e divulgação do Ribatejo e Alto Alentejo.Basicamente trata-se de aplicações informáticas, inter-activas, com o objectivo de transmitir conteúdos de cariz educativo aos utilizadores/jogadores, simulando, para isso, contextos e realidades, em que os jogadores têm um papel activo. O termo sério (“serious”) refere-se, neste caso, a produtos e situações ligadas à área da defesa, da educação, exploração científica, serviços de saúde, gestão de emergência, planeamento urbano, engenharia, etc.Os jogos sérios consistem normalmente em jogos on-line, por vezes multilingues, que podem ser classificados / agrupados em função do contexto retratado e dos seus objectivos. Alguns exemplos:Advergame, usado como ferramenta de marketing, tende a usar jogos, em particular os electrónicos, na divulgação de marcas, produtos, organizações, etc.Edutainment, forma e ajuda a socializar o seu público-alvo, através de formas familiares de entretenimento.Os jogos de cariz jornalístico – notícias - reportam even-tos recentes ou enviam comentários editoriais sobre um determinado evento. Enquanto os jogos de “Simulação” simulam actividades e experiências da vida real, com o objectivo de representar a realidade.

Não se fique pelas palavras, assuma como parte inte-grante da sua acção, a participação activa em prol da comunidade em que se insere. Promova por exemplo, a possibilidade de realizar estágios profissionais na sua empresa, estabelecendo uma ponte a nível de formação e instituições universitárias, bem como uma porta aberta à fixação de população jovem activa, que ser activa e motivada.

7.5. Seja responsável, não está sozinho na caminhada

Seja consciente e verde em tudo o que puder. Ser ecologicamente sustentável e socialmente responsável, faz de si e do seu negócio uma franca vantagem com-petitiva. Se precisa de renovar ou reforçar a sua frota automóvel, escolha de forma consciente e sustentada.Optimize os seus recursos: promova o digital e faça um consumo de papel equilibrado, por exemplo.Veja a energia solar ou eólica como uma alternativa à energia eléctrica. Uma boa rede de painéis solares, poderá torná-lo auto-suficiente e mesmo tornar-se uma fonte de rendimento extra.Optimize o seu consumo de água e garante a eficácia e sustentabilidade dos seus consumos. Opte por redu-tores de caudal, por exemplo nas torneiras do seu es-critório e promova estas e outras acções junto dos seus parceiros e funcionários. Criará boa vontade para com a sua pessoa, equipa e negócio e o ambiente agradece.Privilegie os seus parceiros locais nas escolhas de dis-tribuição, por exemplo. E promova pequenas acções de sensibilização ou visitas às suas instalações de modo a ser uma mais-valia pedagógica para a comunidade em que se insere, especialmente dos mais novos e respec-tivos agregados familiares.

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8FICHA TÉCNICA

NERPOR - Núcleo Empresarial da Região de PortalegreParque de Feiras e Exposições de PortalegreApartado 2027300-901 PortalegreTelefone: +(351) 245 302 300

UAERLVT - União das Associações Empresariais da Região de Lisboa e Vale do TejoVárzea de MesiõesPavilhão de Exposições da NersantApartado 1772354-909 Torres NovasTelefone: +(351) 249 839 500

Co-financiamento

Esta publicação é parte integrante do Projecto Marketing Territorial no Norte Alentejo e no Ribatejo, desenvolvido em co-promoção pelo NERPOR-AE e pela UAERLVT

Para a sua execução, este projecto contou com a participação de:

www.ipiconsultingnetwork.com

www.pressaporter.pt

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