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IMMB - LITURGIA

Date post: 26-Sep-2015
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IMMB - LITURGIA
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IMMB - LITURGI A Manual Litúrgico da IMMB Johrei Center Itaboraí - Ano 2015
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IMMB - LITURGIA

IMMB - LITURGIA

IMMB - LITURGIAManual Litrgico da IMMBJohrei Center Itabora - Ano 2015

Meishu-Sama afirma que, mesmo se entronizarmos a Imagem de Deus, se o local onde ela for colocada e todos os detalhes a ela relacionados no estiverem em harmonia, Deus no poder atuar.

ALTAR MESSINICO

Mostraremos a organizao do altar messinico e como so utilizados os instrumentos bsicos para realizar-se um ritual. Podemos observar, na ilustrao abaixo, a organizao de um altar messinico:

No centro do altar, est entronizada a Imagem da Luz Divina, escrita em caracteres japoneses, perante a qual os messinicos oram a Deus. direita desta, encontra-se a fotografia do Fundador da IMM e, esquerda, colocado um arranjo de ikebana estilo Sanguetsu, que representa a importncia do belo na vida das pessoas.

Os lugares reservados para as prticas litrgicas da igreja esto divididos em: assento de Deus (local onde est entronizada a Imagem da Luz Divina), altar e nave.

A nave se estende a partir do altar at o fim do recinto; nele onde os fiis e frequentadores realizam suas prticas religiosas.

Imagem da Luz Divina

O centro da f dos messinicos chamado de Deus Supremo, Criador do Universo. Nos altares das igrejas messinicas, Deus representado por um pergaminho colocado na posio central, onde esto escritos os ideogramas Dai Komyo Shin Shin (Deus verdadeiro da grande luz do dia).

Tambm chamado, principalmente pelos messinicos japoneses, de Miroku Omikami, que poderia ser traduzido como Deus da construo do Paraso em relao ao termo bdico Mundo de Miroku, que significa Mundo do Paraso.

A Imagem Daikomyoshinshin outorgada para ser assentada nas unidades religiosas.

Devido a isso, a doutrina messinica afirma que tanto a viso monotesta como a politesta s correspondem verdade quando coexistem, isto , assim como existe um s Criador, ele se manifesta em seus enviados e instrumentos divinos, sempre em prol da evoluo do ser humano.

Imagem de Meishu-Sama

Mokiti Okada, cujo nome religioso Meishu-Sama, nasceu no dia 23 de dezembro de 1882, no bairro de Hashiba, na cidade de Tquio, Japo. Desde criana, dedicou-se s artes e se preocupava com os problemas da humanidade.

Aps inmeras dificuldades na vida familiar e empresarial, foi cada vez mais se aprofundando na filosofia, na religio e no estudo sobre a origem do sofrimento humano.

Em 1926, alcanou o estado de suprema iluminao, em que lhe foi revelado por Deus sua misso e lhe foram concedidos o conhecimento e a fora necessria para a construo de uma nova civilizao material e espiritualmente desenvolvida.

Meishu-Sama em 1945 iniciou no Japo, a construo de prottipos do Paraso Terrestre tambm conhecido como Solos Sagrados.

Seu objetivo era deixar para a humanidade a base para a construo de um Mundo Ideal, materializao da Verdade, do Bem e do Belo, por intermdio de prottipos do Paraso nas cidades de Hakone, Atami e Kyoto. Estes representariam a sntese de toda a sua doutrina e a prpria misso da Igreja Messinica Mundial, a construo do Paraso Terrestre.

Fora do Japo, j existem solos sagrados no Brasil e na Tailndia e h previso da construo de mais um no continente africano, na cidade de Cacuacu.

Seu maior legado, porm, foi outorgar humanidade a permisso de qualquer ser humano ser capaz de transmitir a poderosa Luz de Deus, que purifica o corpo e o esprito e elimina a verdadeira causa de todos os sofrimentos humanos, trazendo sade, paz e prosperidade ao mundo, conhecido pelo nome deJohrei.

Em vida, ele escreveu mais de 300 mil pontos focais, conhecidos pelo nome de Ohikari (medalha da luz divina), que permitem a qualquer ser humano ser representante de Deus e manifestar Seu amor e Sua fora de salvao a seu semelhante.

Meishu-Sama ainda escreveu milhares de textos a respeito de sade, alimentao, agricultura, arte, poltica, educao, entre outros assuntos, todos eles revelados por Deus como norte para a transformao da cultura materialista e egosta em altrusta e espiritualista.

Ao falecer, em 10 de fevereiro de 1955, o Fundador havia deixado prontas as bases para a construo de um mundo ideal, o Paraso Terrestre, onde a sade, a prosperidade e a paz pudessem imperar.

Tokonoma

(toko-no-ma)

Ensinamento de Meishu-Sama:

Para se estabelecerem os lugares, devem ser considerados de ordem inferior queles que ficam prximos entrada, e de honra, os que esto mais afastados. Sabemos que o lugar de maior honra, os que esto mais afastados. Sabemos que o lugar de maior honra o que fica em frente ao Toko-no-ma.

Extrado do Ensinamento Alicerce do Paraso ORDEM.

Toko-no-ma Nas casas japonesas, o local considerado nobre de um cmodo, com uma reentrncia, que fica mais elevada que o assoalho e geralmente toma toda a parede. No toko-no-ma pendura-se quadros ou panos e ornamenta-se com vivificaes florais.

Hassoko

Mesa colocada em frente ao altar para colocadas as oferendas. Estilo de mesas estilo xintosta, com trs andares, onde fica localizada em frente da imagem da Luz Divina.

Ikebana

(,"vivificao floral") aartejaponesade.

Ikebana Sanguetsu um estilo deIkebana, criada porMeishu-Sama, que se caracteriza e diferencia-se dos outros estilos da Ikebana, pelo princpio de no se modificar sobremaneira os tamanhos, formatos das folhas e galhos utilizados. Tenta-se vivificar o arranjo floral de maneira mais natural possvel, com as flores e galhos do jeito que so encontrados na Natureza.

um estilo artstico de arranjos florais, de origem japonesa, com o objetivo de alegrar a vida, elevar o nvel do sentimento e do esprito humano e harmonizar o ambiente.

uma forma deBelomanifestado atravs da beleza das flores, para que fossem colocados em todos os lugares das residncias, dos locais de trabalho, etc. Pois a influncia positiva gerada pela beleza das flores que compem o arranjo, modificaria a atmosfera espiritual e material do ambiente, bem como o sentimento das pessoas, levando luz queles que a apreciam.

Meishu-Sama costumava dizer: "Onde h flor, aflora luz." Esta frase utilizada como um lema pelos praticantes desta arte floral.

Samb

Bandeja japonesa milenar utilizada para colocar objetos litrgicos. Utilizados para colocar oferendas e pedidos no altar

Pedidos de Prece Posio de Samb

1 Degrau do Hassoko coloca-se o Oniko;

2 Degrau do Hassoko coloca-se a Consagrao do Ohikari

3 Degrau do Hassoko coloca-se os pedidos de preces e agradecimentos

O Terceiro degrau reservado para pedidos de prece. Tendo somente um samb colocar no centro.

No caso de terem dois sambs, um com consagrao de Ohikari e o outro com pedido de prece, o de consagrao dever ficar no segundo degrau e o pedido no terceiro.

No caso de terem dois sambs, ambos com pedido e agradecimentos, colocam-se no terceiro degrau, deixando o meio livre.

No caso de trs sambs, pedido de preces e agradecimento, deve ser colocado no terceiro degrau, colocando um no centro do terceiro degrau.

No caso de trs sambs, sendo que um resevado para consagrao vai para o segundo degrau no meio, e os pedidos no terceiro deixando livre o meio.

VESTES LITRGICAS

Segundo Meishu-Sama, o smbolo da IMM representa a sntese do Plano de Deus para a humanidade, a construo do Paraso Terrestre Reino dos Cus na Terra. Sua forma circular, o smbolo projeta o movimento infinito da Perfeio Divina. O crculo de cor dourada, no centro, representa a Luz do Supremo Deus, que a origem de toda a Criao. O crculo de cor vermelha representa o Sol, que a origem do elemento fogo, o polo positivo da Luz. O crculo de cor branca, parcialmente oculto pela cruz verde, representa a Lua, que a origem do elemento gua, o polo negativo da Luz. A cruz equilibrada, de cor verde, representa o Planeta Terra, que a origem do elemento Terra, o polo neutro da Luz. A parte vertical da cruz projeta a realidade espiritual, e a parte horizontal, a realidade material, que constituem a Grande Natureza.

A unio e a integrao das partculas atmicas do Fogo (elemento positivo), da gua (negativo) e da Terra (elemento neutro) criam e materializam a Luz, expandindo-a em todas as direes do planeta. As linhas oblquas representam a expanso dessa Luz.

O smbolo da IMM projeta o modelo da Cultura Cruzada da Trilogia Verdade-Bem-Belo existente na Grande Natureza. Segundo narrativa messinica, essa cultura espiritualista foi revelada por Deus para concretizar, na Terra, um mundo espiritual e materialmente evoludo o Paraso Terrestre.

O smbolo da IMM chamado de emblema utilizado como decorao em vrios materiais religiosos da liturgia, tais como na cortina do altar, nos emblemas das medalhas Ohikari e nas vestimentas litrgicas, conforme mostra a ilustrao a seguir:

Logotipo da IMM.

Como em qualquer religio, os sacerdotes da Igreja Messinica tambm utilizam as vestes litrgicas quando da realizao dos rituais. Na liturgia messinica, h trs tipos de vestes: o jo-I, o josho e o fusa, que so utilizadas pelos sacerdotes durante os cerimoniais religiosos.

A primeira vestimenta utilizada pela Igreja Messinica foi o joh-i, em 1974, no Culto do Paraso Terrestre, no Japo, por Kyoshu-Sama (Itsuki Okada, filha de Meishu-Sama e terceira Lder Espiritual da igreja) na poca.

Jo-i- significa: jo (purificao ou estar purificado) i (vestimenta)

uma espcie de casula utilizada pelo chefe do cerimonial no Solo Sagrado.

Classificao nas cores do jo-i:

Presidente mundial Violeta-Escura

Presidente do pas Laranja

As vestes indicam tambm a funo de cada ministro. No Brasil, as vestes nos cultos dirios e mensais so os ternos. J as vestes das ministras so tailleur ou saia com comprimento adequado.

Em ambos os casos, alm destes, h o josho (estola), que representa o traje oficial usado por Kyoshu-Sama.

Nota: O Trono de Kyoshu para os messinicos o elo que une os membros a Deus e a Meishu-Sama. por intermdio dele que passa todo e qualquer fato que ocorre na Igreja. Kyoshu-Sama a funo de chefe mximo da Igreja.

Reverendo Hideo Sakakibara, que assumiu o Gabinete da Liturgia da Sede Geral da Igreja Messinica do Japo em 1958, escreve a respeito:

Existem pessoas que no se importam a maneira como esto vestidas no culto. Se tiverem sentimento sincero, pensam que podem se vestir de maneira simples que no tem problema. Porem, quando pensamos realmente que estamos na frente de Deus, acredito que no haja ningum que no pense em suas roupas. Mesmo os oficiantes que dedicam na liturgia devem se vestir adequadamente.

Josho- significa: jo (purificao ou estar purificado) - sho (estola).

O josho (estola) uma faixa litrgica colocada sobre os ombros e utilizada, geralmente, em cerimnias da Igreja Messinica pelo chefe do cerimonial. Porm, h casos em que, alm do chefe do cerimonial, outros oficiantes que acompanham a cerimnia devero us-lo.

O josho, conforme ilustrao tem o distintivo da IMM. Este foi criado por Meishu-Sama e simboliza, em todos os seus aspectos e cores, a prpria filosofia da igreja. Como regra geral, usar as vestes litrgicas apenas sobre o traje normal. Ilustramos abaixo o modelo do josho.

Ocasies de uso do josho:

Cultos Regulares: especiais e mensais;

Culto de lanamento de Pedra Fundamental, cumeeira, entronizao de imagens das unidades religiosas e do lar e inaugurao de templos;

Cerimnias: enlace matrimonial, apresentao de nascimento, bodas de prata e ouro, outorga de Ohikari, aniversrio de 15 anos, formatura e funeral.

Fusa: um pingente em forma de lao que difere, pela cor, a graduao pela hierarquia religiosa. Trata-se de outro acessrio utilizado nas vestimentas e que liga os dois lados centrais da estola. Classificao nas cores do fusa:

Diretor: Vermelho-Escuro

Oficiantes do Solo Sagrado (Guarapiranga): Dourado

Ministro Adjunto: Verde-Escuro

Ministro Assistente: Verde-Claro

Os pingentes (fusa) so substitudos de acordo com a alterao do grau eclesistico.

AS MEDALHAS OHIKARI E O JOHREI

As medalhas so confeccionadas no Brasil. Quanto ao seu formato, a parte frontal igual para todas; o que difere so as tampas que ficam na parte posterior: Daikomyo: trs crculos; Komyo: dois crculos; Ohikari: um crculo. J a medalha Shoko tem o mesmo design do Ohikari, porm com um tamanho um pouco menor. Em seguida, relacionaremos o significado de cada imagem dos smbolos em japons:

Daikomyo - Grande Luz Divina

Destinada a ministros dirigentes / adjuntos:

Permite aplicar Johrei coletivo.

Komyo - Luz Divina

Destinada a ministros assistentes:

Permite aplicar Johrei individual a messinicos e frequentadores.

Ohikari Luz

Destinada a adultos messinicos:

Permite aplicar Johrei individual a messinicos e frequentadores.

Shoko - Pequena Luz

Destinada s crianas messinicas:

Permite aplicar Johrei aos familiares.

A montagem das medalhas, incluindo a insero das respectivas imagens, realizada na Sede Central, em So Paulo. Todas as medalhas, depois de fechadas e devidamente preparadas, antes de outorgadas, so consagradas no Altar do Solo Sagrado.

O Johrei a canalizao, por meio de um ministrante a um recebedor, de uma bola de luz existente no corpo de Meishu-Sama. O Ohikari (Medalha conhecida como Luz Divina, que as pessoas recebem ao se tornarem membros da Igreja Messinica e as qualifica a ministrar Johrei.), por sua vez, possui uma imagem dentro da medalha e a representao desta Luz. O Johrei serve como um instrumento bsico utilizado em todos os rituais litrgicos relevantes da liturgia messinica. A prtica do Johrei para as pessoas que participam dos cerimoniais dos ritos de nascimento e casamento tem como objetivo abenoar uma vida plena de felicidade.

Recomenda a Igreja Messinica que, ao ministrar o Johrei, o canalizador mantenha atitude de orao, em silncio, por ser este um ato sagrado que nos une a Deus e a Meishu-Sama.

Johrei

GESTOS CORPORAIS

A postura a comunicao do corpo. Os modos de olhar, de gesticular, de entrar na igreja, tudo revela nosso interior. Por vezes, ao cumprimentarmos um altar de qualquer igreja, o fazemos apressadamente e sem concentrao, o que torna o gesto mecnico.

Quando os fiis entram na Igreja Messinica, orientado que cumprimentem primeiramente o altar antes de qualquer atividade.

A seguir, faremos a explicao, em ordem sequencial, dos procedimentos bsicos de como a pessoa que chega pela em frente ao altar ou inicia uma orao, reverencia o altar messinico e seus respectivos significados:

Estando em p, com as mos sobrepostas abaixo do umbigo, na altura do abdmen, faz-se uma pequena reverncia, inclinando-se o tronco para frente num ngulo de 15. As costas devem permanecer alinhadas com a nuca. Mantendo as mos unidas, estas so levadas a 30 cm frente na altura do nariz. Inclina-se o tronco para frente num ngulo de 45 por duas vezes. Ao curvarem-se, as mos voltam-se sobrepostas abaixo do umbigo, na altura do abdmen. De p, levantam-se novamente as mos a 30 cm altura do nariz, dobrando os braos em V, como mostra na sequncia das fotos a seguir.

Em seguida, explicar-se- como bater as trs palmas, aps as reverncias. Inicialmente, puxa-se a mo direita na altura das segundas articulaes da mo esquerda, separam-se as mos calmamente at a largura dos ombros. Ao bater cada palma, mantm-se sempre o mesmo ritmo e velocidade.

Sobre a utilizao das palmas na prtica dos rituais, Hideo Sakakibara orienta:

O cerimonial realizado seguindo os princpios de que o esprito precede a matria, da identidade esprito-matria e do preceito de que a esquerda avana e a direita recua. No caso das palmas, por exemplo, a mo esquerda representa o fogo (Ka, em japons), o esprito. A direita representa a gua (Mizu), a matria. Assim, o juntar das mos simboliza a unio esprito-matria, e o recuar a mo direita um pouquinho para baixo da esquerda significa que a matria fica atrs, ou seja, que o esprito precede a matria. As trs palmas simbolizam os planos Divino, Espiritual e Material. Quando batemos palmas, esquerda (KA) e direita (MI) se unem resultando em Deus (KAMI), que se estende pelo Cu e pela Terra. A vibrao espiritual do som das palmas representa a grande alegria pela bondade divina. Ou seja, o Universo se descortina, a porta do Cu se abre e a grandiosa Luz Divina transborda, preenchendo todo o ambiente. (Ibid. Sekai Kyusei kyo no Matsuri Nitsuite III: Matsuri no Sugata: Izunom, Japan, n.22, vol. 6-2, Setembro/1994, p. 18.).

Ele tambm aborda os gestos, a postura, o tom de orao e demais procedimentos bsicos.

O ritual desde o xintosmo era referida a palavra Matsurigoto. Goto (em portugus: coisa, algo) significa ao. Forma de expresso. Individual ou em grupo, o sentimento de respeito a Deus expresso em atos. A forma apropriada para expressar a Deus os sentimentos de forma natural o ritual. Metaforicamente falando, quando recebemos visitas, mesmo que tenhamos sentimento sincero, se no lhes oferecermos o lugar para sentar, no utilizarmos palavras de cortesia, nem servirmos ch, ser que as visitas pensaro que temos sentimento sincero? Acho que no. Ns devemos servir a Deus dando o melhor de nossas roupas, alimentos e moradia, pois s assim estaremos realmente correspondendo com sentimento sincero. Nesse sentido, antes de fazermos orao lavamos as mos e enxugamos com pano para limp-las. Atravs desta limpeza que o sentimento puro penetra em nossos coraes. ( Ibid., n 36, vol. 9-4, Maro/1998, p. 20. )

No Brasil, os sacerdotes realizam as oraes e o Johrei coletivo de p. No intervalo entre as programaes, o celebrante, s vezes, senta-se ou fica de p, dependendo do tipo do altar.

No Japo, ocorre o mesmo. Quando houver tatame, geralmente senta-se de seiza (Maneira do japons se sentar sobre as pernas dobradas, em cima do tatame.) nas oraes como no intervalo das programaes. Nesse sentido Sakakibara orientou:

Dentre as formas dos rituais existem os muito rgidos, jeito de sentar, de se levantar, maneira certa de chegar ao lugar, de se movimentar, de bater palmas, etc., a forma de fazer a oferenda, de orar, de fazer o ofertrio enfim tudo faz parte da forma de realizao dos cerimoniais. Tudo faz parte de um conjunto que deve ser seguido sem erros, e para poder segui-los, deve-se praticar diariamente, para que assim o corpo aprenda por si os movimentos de forma clara.

Desta forma, podemos expressar o verdadeiro sentimento de sinceridade, pois esta base das normas, o principio. Obedecendo estas formas de reverencia a Deus, tambm obedecemos s formas de reverencia aos antepassados, aos pais, aos chefes, e aos mais velhos. Dentro de casa, no trabalho se no forem obedecidas s regras bsicas, tudo se desarmoniza e os enganos ocorrem. Pela ordem Deus e o homem, pais e filhos, chefes e subalternos, enfim qualquer relacionamento humano. Podemos ainda citar a relao conjugal, de amizade, de vizinhos, tudo se harmoniza quando respeitamos a ordem.

MATERIAIS DE LIMPEZA

Os materiais de limpeza devem ser guardados e separadamente de outros materiais de limpezas comum e marcados no prprio material os nomes dos lugares onde sero utilizados.

Jaleco Branco: Ao dedicar na liturgia deve-se utilizao do jaleco acompanhado dos demais itens descrito abaixo.

Mascara e Luvas: Durante a limpeza da Imagem da Luz Divina e a foto de Meishu-Sama, faz-se necessrio o uso de mscara e luvas por respeito e para no manch-la. Tambm as utilizamos quando abrir ou fechar a porta ou cortina do Assento de Deus (No Caso de Altares Antigos).

Chinelos: Na limpeza do Altar no se deve usar calados que normalmente andamos pelas vias pblicas. O uso de chinelos exclusivos para o Altar demonstra grande respeito, pois um local sagrado. Devem ser guardados na Difuso e somente utilizados nos dias de limpeza.

Toalha /Flanela Branca, Espanados, Vassoura: Na limpeza da Imagem da Imagem da Luz Divina devemos tomar todo o cuidado para no toca-lo e passar o espanador de cima para baixo sem muita fora.

Na limpeza da Imagem de Meishu-Sama, passar um espanador no quadro e limpar o vidro com um pano branco especial.

Limpeza do Hassoko, Tokonoma, Ikebana e Urna devem ser limpas com o pano /flanela branca seca.

Nota: Antes de iniciar e ao terminar a limpeza e a preparao do culto, devem-se fazer uma reverencia, solicitando e agradecendo pela misso em realizar a dedicao, devem-se lavar as mos, o que significa um maior respeito e venerao por Deus e pelos objetos do Altar.

Quando os Sambs so levados para o Altar no precisa a utilizao de mscaras e luvas.

As oferendas e os objetos destinados aos rituais litrgicos

Segundo Sakakibara, a beleza das oferendas colocadas em bandejas no hassoko, a preparao do plpito para a palestra, o arranjo de flores naturais e sua conservao, tudo deve concorrer para uma proveitosa realizao dos cultos.

Nos cultos dirios, matinais e vespertinos realizados em todos os Johrei Center da Igreja Messinica, depositada somente no culto matinal, uma oferenda levada num recipiente especial chamado de Oniku, que significa: algo que se oferece todos os dias.

O SIGNIFICADO DO ONIKU

Nos cultos dirios, matinais e vespertinos realizados em todos os Johrei Center da Igreja Messinica, depositada somente no culto matinal, uma oferenda levada num recipiente especial chamado de Oniku, que significa: algo que se oferece todos os dias.

A gua, o arroz e o sal so elementos bsicos para a subsistncia humana e representam todos os produtos provenientes do cu, da terra e do mar respectivamente. So oferecidos nos cultos dirios em louas especiais.

O significado oriundo desta palavra segundo a liturgia messinica :

ONIKU99 (Ni = Dirio) (ku = Oferecer)

Preparao do Oniku

Os dedicantes ao preparar o ONIKU, ao preparar segue-se uma ordem primeiramente pegue o pote e coloque gua filtrada ou da fonte e fecha-se com a tampa do mesmo. Em seguida prepara-se o sal e o arroz.

Nota: Escolhe e lava o arroz e deixar o escorrer. A quantidade em proporo de fartura e igualdade de tamanho, o Sal deve ser um pouco acima, pois representa a parte espiritual.

As oferendas j mencionadas, alm de serem colocadas no altar em cultos matinais, tambm so utilizadas em ocasies em todos rituais litrgicos realizados na IMM, simbolizando a manifestao de gratido dos membros a Deus.

Antes das oferendas serem levadas ao altar, a fim de que elas possam torna-se consagradas, utilizado o kiribi (metal e pedra que, ao serem friccionados, lanam fasca), que representa o smbolo de purificao pelo fogo.

Maneira de Utilizar: Segurando na Madeira que contem o metal anexado com a mo direita, e a pedra na mo esquerda, faz-se uma pequena reverncia em frente do que dever ser purificado.

Comea e termina de consagrar pelo lado esquerdo. Por exemplo: quando se usa o KIRIBI em frente ao ONIKU ou do dedicante, comea pelo lado esquerdo de quem usa o KIRIBI, e bat-lo trs vezes, seguindo o lado direito, e terminando pelo esquerdo.

Ao Consagra-lo o sambo deve ser colocado no primeiro Hassoko, o pote de gua deve estar no Centro do sambo, com a tampa aberta e voltada para Imagem da Luz Divina. O Sal fica ao lado da Imagem de Meishu-Sama e o Arroz do lado da Ikebana.

OS TIPOS DE LITURGIA

Como qualquer outra religio, a Igreja Messinica possui diversos tipos de liturgia e suas respectivas finalidades.

Na IMM, so denominados cultos os ofcios religiosos direcionados a Deus e aos antepassados. J o termo cerimnia se refere aos ritos ligados tanto a rituais extras quando queles ligados biografia humana, ao rito de passagem. Na liturgia messinica, existem diversos tipos de rituais e so classificados em:

1. Cultos regulares: dirio, mensal e especial;

2. Rituais - extras: que se referem a vrias atividades espontneas;

3. Ritos de passagem: ligados biografia humana.

Nesse sentido, dentre os diversos rituais que existem na liturgia messinica, mostraremos aqueles que mais so realizados em suas unidades religiosas.

Cultos Regulares

As celebraes litrgicas da Igreja Messinica so divididas em cultos dirios, mensais e especiais.

Oscultos diriosso realizados nos perodos da manh e da noite, e denominados de culto matinal e culto vesperal, respectivamente. Eles so realizados em todas as unidades religiosas: Solo Sagrado, Centro de Aprimoramento e Johrei Center.

Em todos esses ofcios, os messinicos, voltados para a Imagem do altar, agradecem as bnos e a proteo recebidas durante o dia que passou.

Oculto mensal chamado de Culto Mensal de Agradecimento. Nesta ocasio, os messinicos oferecem a Deus sua sincera gratido pelo ms que findou e renovam seus compromissos para o ms que se inicia. celebrado no primeiro domingo do ms no Solo Sagrado e, posteriormente, nos Centros de Aprimoramento e Johrei Centers.

Alm dos cultos mensais, so celebrados oscultos especiais, que compem o calendrio litrgico da Igreja Messinica, na seguinte cronologia: Ano-Novo e Fundao da IMM (janeiro), Paraso Terrestre (junho), Agricultura Natural (agosto), Antepassados (novembro) e Natalcio de Meishu-Sama (dezembro).

O significado de cada culto especial explicado a seguir:

Culto do Ano-Novo e da Fundao da Igreja

No dia 1 de janeiro de 1935, Meishu-Sama instituiu a Igreja Messinica Mundial na cidade de Tokyo, Japo. Neste dia, os messinicos comemoram o culto do ano-novo juntamente com esta importante data. Inicia-se, para os messinicos, uma vida nova em vrios aspectos no que se refere famlia, ao trabalho e ao servir Obra Divina. o dia em que os fiis relatam a Deus seus objetivos e prometem esforar-se ao mximo no transcorrer do ano que se inicia.

Culto do Paraso Terrestre

No alvorecer do dia 15 de junho de 1931, Meishu-Sama subiu ao monte Nokoguiri no Japo e, voltado para a direo do Sol que comeava a nascer, entoou a orao Amatsu-Norito. Posteriormente, explicitou-nos o significado da Revelao Divina que ocorrera naquele momento: a Transio da Noite para o Dia. A Luz, que comeou a brilhar no mundo espiritual, iria refletir-se, pouco a pouco, no mundo material, dando incio construo do Paraso Terrestre.

Culto de Agradecimento pela Agricultura Natural

Nesse culto, os messinicos agradecem as bnos de Deus e da Natureza pela Agricultura Natural, que, segundo Meishu-Sama, um mtodo agrcola revelado por Deus.

O Mestre diz em seus Ensinamentos:

Em seu estado original, ela (a Grande Natureza) a prpria Verdade e por isso serve de modelo a todos os projetos do homem [...] O Johrei, a Agricultura Natural e outros princpios preconizados por mim [...] se baseiam na Lei da Natureza.

Culto s Almas dos Antepassados

No Japo, este culto realizado em 2 de julho e, no Brasil, em 2 de novembro. o momento em que os messinicos oferecem aos espritos de seus antepassados e amigos oraes de gratido e amor. Nesse dia, a Luz enviada por Deus muito intensa, correspondendo atitude do grande nmero de fiis que, unindo seus sentimentos, renem-se e sufragam seus ancestrais com toda a gratido.

Culto do Natalcio de Meishu-Sama

Meishu-Sama[1]nasceu em 23 de dezembro de 1882. Para os messinicos, o Culto do Natalcio de Meishu-Sama a oportunidade em que no s prometem realizar a Obra Divina na Terra, mas tambm oferecem suas oraes para que a Luz que ele transmite do cu seja derramada sobre toda a humanidade.

[1]O fundador Mokiti Okada chamado por seus seguidores de Meishu-Sama (Senhor da Luz).

Cerimnias Especiais

Geralmente esses rituais no constam da programao de cultos regulares da igreja, elas s acontecem em ocasies especiais. Dentre esses, vamos apresentar aqueles que servem para a construo de um novo templo. As cerimnias seguem a seguinte ordem: Cerimnia de Lanamento de Pedra Fundamental, Cerimnia da Cumeeira e a Cerimnia de Inaugurao de Templo.

Cerimnia de Lanamento de Pedra Fundamental

Em japons jitinsai significa: (JI: terreno - TIN: assento - SAI: cerimnia).

Essa cerimnia realizada antes de se construir um novo edifcio, cujos objetivos so:

1. Pedir permisso a Deus para a realizao da construo;

2. Purificar o terreno;

3. Pedir proteo eterna ao edifcio que ali ser construdo.

Cerimnia da Cumeeira

Essa cerimnia realizada ao se chegar ao cume do novo edifcio, cujo objetivo agradecer e pedir para que a construo desse templo seja concluda sem acidentes ou doenas e executada com brevidade e acerto.

Cerimnia de Inaugurao do Templo

Para a instalao de um novo edifcio denominado Centro de Aprimoramento da Igreja Messinica faz-se, em primeiro lugar, um culto de Entronizao da Imagem da Luz Divina e da Foto do Fundador. Este o ponto mais alto e que norteia toda a construo. Antes da entronizao, que realizada sempre noite, 108 feito um ritual de purificao com kiribi em todos os lugares da nova igreja a partir do Altar onde a Imagem ser assentada e consagrada. Somente a partir da os messinicos realizam suas oraes voltadas para ela.

Ritos de passagem

Os ritos de passagem so categorias de rituais que marcam a passagem de uma pessoa atravs do ciclo de vida, de uma fase para outra ao longo do tempo, de um papel ou posio social para outra, integrando as experincias humanas e culturais com destino biolgico: nascimento, reproduo e morte. Estas cerimnias fazem as distines na base da vida, observadas em todos os grupos, entre jovens e velhos, homens e mulheres, vivos e mortos.

Na Igreja Messinica Mundial, dentre os diversos ritos de passagem existentes, apresentaremos os mais importantes da vida humana: nascimento, casamento e falecimento.

No Brasil, a apresentao da criana feita perante o altar da Igreja Messinica a partir do 75 dia do seu nascimento at trs anos de idade. Quanto escolha dos padrinhos, orienta-se que pelo menos um deles seja membro da Igreja. As datas para a realizao do ato litrgico ficam a critrio de cada unidade religiosa.

O ritual de casamento chamado de cerimnia do enlace matrimonial. Ele realizado tanto na unidade religiosa ou perante o altar itinerante da prpria Igreja Messinica, o que possibilita casar em lugares fora da igreja, como praia, stios ou clubes. A cerimnia tem a durao de vinte minutos e celebrada pelo chefe do cerimonial um ministro sacerdotal da unidade religiosa a que pertencem os noivos. Em toda celebrao de casamento, sempre h a presena de, no mximo, um casal de padrinhos para cada um dos nubentes, pois caso ocorra algum problema, a misso dos padrinhos orientar o casal. No incio, da celebrao, so levadas pelos oficiantes as oferendas para o altar simbolizando que nada falte em suas vidas. O chefe do cerimonial entoa uma orao especfica do enlace matrimonial voltado para a imagem da Luz Divina, no centro do altar, rogando pela felicidade dos noivos. Logo aps, os noivos oferecem um ramo de pinheiro, denominado ofertrio de gratido, que significa o sentimento dos noivos pela nova vida que juntos iniciam. A partir de ento, o chefe do cerimonial ministra o Johrei ao casal e convoca os noivos a fazer a troca das alianas. Em seguida, os noivos leem um texto de compromisso matrimonial e, representando a unio das famlias, feita a troca de taas entre os noivos.

O ritual de funeral

Existem elementos antropolgicos em todos os rituais de morte, mas existe o elemento cultural que provoca um impasse sobre a configurao do ritual de funeral. Este item focar sobre o ritual de funeral realizado atualmente pela IMMB.

Sabemos tambm que a forma praticada aqui no Brasil, j tem uma histria que vem de um processo de transplantao durante o qual certas adaptaes foram feitas ao longo do tempo e outras mantidas em sua origem.

Cultuar os antepassados para os messinicos de suma importncia tanto para os descendentes quanto para os ascendentes. Por isso tem aumentado o nmero de famlias messinicas que possuem altar em seus lares. Esses altares so compostos de Imagem da Luz Divina, e um oratrio no qual se cultua seus ancestrais. Rememorar os antepassados atravs do ritual de funeral e os cultos subsequentes torna-se uma prtica importante para a elevao espiritual dos ancestrais ali assentados e consequentemente o conforto emocional e tranquilidade dos seus descendentes.

Nesse sentido, para melhor compreenso do ritual de funeral, descreveremos passo a passo o seu processo de realizao. Assim que o registro de bito for providenciado, o corpo do falecido deve ser limpo de acordo com o costume do lugar e a urna funerria preparada. A disposio da urna funerria normalmente obedece ao costume local. Geralmente, os procedimentos preparatrios para a realizao do funeral da IMMB segue a seguinte ordem:

A famlia comunica o falecimento da pessoa unidade religiosa a qual pertence e pede providncias para que seja feita a cerimnia de funeral. fundamental que a famlia informe unidade a existncia de altar em seu lar. Caso a famlia possua o altar o procedimento dos rituais obedece a uma determinada programao, diferentemente do caso em que a famlia no possua o altar do lar. Nesse sentido alguns preparativos em relao ao funeral so necessrios para que seja feita a cerimnia para ambas s situaes:

(a) Preparao do corpo: limp-lo e vesti-lo (famlia ou funerria), de acordo com o costume do local.

(b) Ohikari: o falecido dever ser enterrado com o Ohikari no pescoo mesmo em caso de cremao. Caso o Ohikari no seja enterrado junto com o falecido, a famlia dever devolv-lo Igreja.

(c) Shinrei-Saishi- (Ofcio Religioso de Assentamentos de pessoa recm-falecida.) orientar a famlia a solicitar o Assentamento e Sagrao de Espritos de Pessoas Recm-Falecidas imediatamente aps o falecimento.

(d) Os objetos pessoais do falecido devem ser tratados com respeito, especialmente at que se completem 50 dias de falecimento.

A partir da, os dois tipos de rituais litrgicos para a realizao do funeral ser apresentado no captulo posterior.

A cerimnia de funeral da IMMB

Na religio messinica a maneira de se realizar o cerimonial de funeral diferenciada de acordo do membro, ter ou no, oratrio dos antepassados no lar.

Para quem no tem esse oratrio, a cerimnia no velrio reduzida, restringindo-se a uma programao em que so feitas oferta de flores pelo sacerdote e familiares e em seguida, entoam-se trs oraes. Inicialmente, feita pelo sacerdote, uma orao de despedida voltada para o falecido, e em seguida, todos os presentes entoam as oraes Amatsu-Norito e a orao do Senhor (Pai Nosso). Em seguida, realizado o cortejo at o local onde realizado o sepultamento. Assim que possvel, em seguida, os familiares devem solicitar os cultos subsequentes nos Johrei Center a que pertencem.

J, para a famlia que possui altar e mitamaya (oratrio dos ancestrais) no lar, a cerimnia do funeral, tanto no velrio, quanto a cerimnia de retorno ao lar, mais complexa, pois so necessrio um maior nmero de rituais, como mostraremos a seguir:

Inicialmente, a famlia do falecido, antes de realizar a cerimnia de funeral no velrio, dever comunicar unidade religiosa, que a famlia do falecido possui o altar do lar com o mitamaya. A pessoa da unidade religiosa, responsvel do setor de funeral, ciente desta situao, providencia o utenslio chamado mitamashiro (o assento provisrio de pessoa recm-falecida).

H um aspecto importante, que diferencia a possibilidade dessa pessoa poder ou no ter a condio de ser assentada, no mitamashiro, isto : s permitido o assento do falecido caso este for da linhagem de sangue direta do chefe da famlia, como avs, pais, a prpria esposa, filhos e netos. J no caso do falecido pertencer linhagem de sangue indireta como avos, pais e parentes da esposa, estes no realizado com o mitamashiro. Neste ltimo caso, faz-se o ritual de maneira reduzida. Todavia, em ambos os casos acima, isto , realizar o funeral no velrio para quem tem altar no lar ou no, so incentivados a registrarem o esprito do falecido, para que seja cultuada nos Solos Sagrados do Japo e do Brasil.

Abordaremos agora sobre o procedimento do ritual de funeral mais detalhados nos velrios para quem possui altar do lar com mitamaya. Cada unidade religiosa tem disponibilizado sempre um kit para fazer esta preparao do mitamashiro. Neste mitamashiro so escritos os dados do falecido no papel, e dobrado em trs partes.

Em seguida, o papel dobrado colocado na base de madeira, conforme ilustrao a seguir:

Posicionamento dos participantes no velrio

Para melhor facilitar a realizao do funeral, de acordo com o local, foram definidas as posies da urna funerria a partir da entrada principal na sala do altar do lar e no velrio pblico e dos participantes nas cerimnias de assentamento e funeral, como mostra a figura a seguir.

Programao da cerimnia de funeral da IMM do Brasil

A seguir, ser descrita, a cerimnia de ritual de funeral que seguir numa ordem sequencial dos processos ritualsticos que so: a Cerimnia de Assentamento do esprito, cerimnia de despedida, a Cerimnia de sepultamento ou cremao, a Cerimnia de purificao, a Cerimnia de retorno ao lar e a Cerimnia de cada dez dias de falecimento.

A cerimnia de Assentamento do esprito

A Cerimnia de Assentamento do Esprito a cerimnia em que o esprito assentado no mitamashiro (assento de pessoa recm-falecida).

Posicionamento do oficiante diante do mitamashiro:

O mitamashiro dever ser colocado pelo sacerdote na cabeceira da urna funerria, assim que o corpo estiver preparado para ser velado, conforme ilustrao a seguir:

Em seguida, o sacerdote se posiciona e comea a orao do ritual de assentamento, iniciando com uma palma sem som antes de ser entoada a orao.

Em seguida, lida a orao Amano kazo uta (orao de contagem dos nmeros sagrados), feita em japons arcaico, com o objetivo de fazer a transferncia do esprito do falecido para o mitamashiro.

Orao de Contagem dos Nmeros Sagrados:

Hito, Futa, Mi, Yo, Itsu, Muyu, Nana, Ya / Kokono, Tari, Ya...

Hito, Futa, Mi, Yo, Itsu, Muyu, Nana, Ya / Kokono, Tari, Ya...

Hito, Futa, Mi, Yo, Itsu, Muyu, Nana, Ya / Kokono, Tari, Momoti Yorozu...

Esprito de__________________________, que partiste para o Mundo Espiritual aos ____ dias do ms de______ do ano de _______, vem e assenta-te neste mitamashiro.

A partir do trmino dessa orao ento, como se acredita que o esprito esteja assentado no mitamashiro, todas as oraes utilizadas nas cerimnias posteriores, passaro a ser feita em direo ao mitamashiro. Em seguida, faz-se a transferncia do mitamashiro para o samb124, que est em uma mesa colocada do lado direito da urna funerria.

Logo aps so entoadas a orao Amatsu-Norito e a Orao do Senhor pelo sacerdote juntamente com os participantes. Essa orao parte integrante da programao de todos os elementos dos rituais litrgicos da IMMB.

Cerimnia de Despedida

Esta cerimnia realizada meia hora antes de ser fechado o caixo no velrio. A programao utilizada para esta cerimnia serve tanto para a famlia que possui o altar do lar e oratrio como para a famlia que no o possui. Para quem possui altar, as palmas e as oraes so direcionadas a um mitamashiro (acessrio especfico onde est assentado o esprito do falecido). J para quem no tem o oratrio, a orao direcionada diretamente em direo pessoa recm-falecida.

Os procedimentos bsicos que se utilizam nesta cerimnia direcionados para o mitamashiro

1 cumprimento (abaixa-se com um leve gesto de cabea);

1 reverncia (abaixando-se uma segunda vez um pouco mais inclinado);

Em seguida, bate-se 1 palma sem som.

Aps a palma faz-se outra vez outra reverncia e finalmente 1 cumprimento (voltado ao mitamashiro).

Descreveremos a seguir, a programao da Cerimnia de Despedida para quem possui altar do lar:

- Diante do mitamashiro (assento da pessoa recm-falecida colocado na mesa ao lado)

realizada a Orao de despedida.

(o oficiante faz 1 reverncia e 1 palma sem som antes e depois da orao).

(Em seguida, as palavras de condolncias so proferidas por um representante dos amigos da famlia).

O locutor l os telegramas. (opcional)

Ofertrio (flores brancas depositadas sobre o corpo do falecido)

Nessa etapa do ritual estabelecida obedecida hierarquia abaixo:

1 Chefe do cerimonial.

2 Familiares (pais, irmos em ordem hierrquica).

3 Amigos.

4 Representante dos presentes.

A seguir todos entoam as Oraes Amatsu-Norito e Orao do Senhor.

Salmo de Meishu-Sama.

Ao final, o locutor encerra a Cerimnia de Despedida agradecendo aos participantes.

Em seguida, o oficiante leva o mitamashiro, acompanhando o caixo durante o cortejo at o local onde o corpo ser sepultado.

Logo aps o sepultamento, ainda no cemitrio, dando prosseguimento ao ritual so oferecidos trs tipos de oferendas: vela, gua e flores. Assim que posicionado, o oficiante entoa as oraes Amatsu-Norito e Orao do Senhor (Pai Nosso) acompanhado pelos participantes,

Aps o sepultamento, o oficiante acompanha a famlia no transporte solene do mitamashiro at a casa da famlia do falecido, para que seja realizada a Cerimnia de retorno ao lar, pois se acredita que durante o perodo de cinquenta dias, a alma do falecido permanece entre seus familiares.

Cerimnia de purificao

O ritual de purificao destinado aos participantes (familiares e amigos) que retornam de um funeral, e consiste em arremessar uma mnima poro de sal acima dos ombros ou utilizar o kiribi antes de adentrarem em seus lares. Esse ritual representa uma purificao das ms vibraes espirituais trazidas do cemitrio.

Cerimnia de Retorno ao lar

Aps o ritual de purificao, as pessoas j estaro preparadas para adentrarem a residncia da famlia do falecido. Seguindo o ritual de funeral, o prximo passo a Cerimnia de Retorno ao Lar, que consiste em colocar o mitamashiro (Haste de madeira composta de papel branco contendo o nome, idade e data de falecimento do esprito da pessoa recm-falecida.) ao lado esquerdo do mitamaya (Oratrio feito em madeira que corresponde morada dos antepassados.), onde feita uma comunicao da realizao do funeral.

Essa comunicao obedece a uma hierarquia litrgica na seguinte ordem: primeiro diante da Imagem da Luz Divina, em seguida, diante do mitamaya, e por ltimo, feita uma comunicao e orao ao esprito da pessoa recm-falecida, para seu desapego e consequente elevao.

No Altar do Lar

O locutor inicia o Culto de Retorno ao lar obedecendo a uma programao especfica da liturgia messinica, como seguem os passos abaixo:

- Diante da Imagem da Luz Divina:

so oferecidos gua, sal e arroz.

Orao Amatsu-Norito.

(os participantes acompanham o oficiante batendo 3 palmas com som antes e depois da orao).

- Diante do mitamaya:

so oferecidos gua, sal e arroz.

entoar: kakuriyo no Ookami.../ kan nagara... (2 palmas com som).

- Diante do Mitamashiro:

so oferecidos alimentos que o falecido mais gostava

Orao de Retorno ao Lar.

Orao Amatsu-Norito.

entoar: kakuriyo no Ookami.../ kan nagara... (2 palmas sem som).

Ao final, o locutor encerra o Culto de Retorno ao lar do esprito agradecendo aos participantes.

Cerimnia de cada dez dias at completar cinquenta dias de falecimento.

Imediatamente aps o Culto de retorno ao lar so realizadas na residncia da famlia do falecido, cerimnias a cada dez dias de falecimento at que se complete cinquenta dias do passamento. Este culto em inteno ao esprito da pessoa recm-falecida e importante para os messinicos, pois a primeira oportunidade que lhes oferecida, aps a morte de um familiar, para que possam homenagear o ente querido.

No Altar do Lar:

O locutor inicia o Culto de cada 10 Dias de falecimento e o Culto de Assentamento do esprito que est completando 50 dias de Falecimento obedecendo a uma programao especfica da liturgia messinica, como seguem os passos a seguir:

- Diante da Imagem da Luz Divina

Oferendas (gua, sal e arroz).

Orao de comunicao do culto

Orao Amatsu-Norito

- Diante do mitamaya (morada dos ancestrais)

Orao de comunicao aos ancestrais e antepassados

- Diante do mitamashiro. (acessrio utilizado para o assento do esprito novo), o oficiante deposita os alimentos que ele mais apreciava.

Em seguida, o locutor explica aos participantes, o significado do culto de cada dez dias de falecimento, que ser realizado diante do mitamashiro, baseado no Ensinamento de Nidai-Sama:

As preces oferecidas no Culto de Cada 10 Dias de Falecimento servem para preparar o esprito, para que este desapegue da vida terrena e se conscientize de sua nova realidade. Durante estes cultos estaremos solicitando luz e compreenso para sua caminhada. Neste perodo as palmas devem ser sem som, pois como ainda no completaram 50 dias de falecimento os espritos ainda no tm um lugar determinado no Mundo Espiritual, no sendo considerado um antepassado. (COLETNEA A FONTE DA SABEDORIA. Prtica da F. 2 Ed. So Paulo: Fundao Mokiti Okada, 2006, pp. 126-127.).

Orao do Culto de cada 10 dias de falecimento

Orao Amatsu-Norito

(os participantes acompanham o oficiante nas reverncias com palmas sem som)

(Em seguida o oficiante faz a transferncia do mitamashiro diante do mitamaya) conforme mostra a foto a seguir.

O oficiante faz a Orao de contagem dos nmeros sagrados Amano kazu uta,e, em seguida, o oficiante retira o mitamashiro de frente do mitamaya.

- Diante do mitamaya. (morada dos ancestrais), o oficiante deposita como oferendas: gua, sal, arroz e alimentos aos antepassados.

Em seguida, o locutor explica aos participantes, o significado do culto de cinquenta dias de falecimento, que ser realizado diante do mitamaya, baseado no Ensinamento de Nidai-Sama:

Este culto destinado ao esprito que est completando 50 Dias de Falecimento e foi transferido para o goreiji (Assento dos Ancestrais colocado dentro do mitamaya), no qual passar a ser considerado tambm um antepassado. Dessa maneira, neste culto as palmas j so com som, pois o esprito ocupa agora uma posio determinada entre as camadas do mundo espiritual.

Orao do culto de assentamento do esprito que est completando cinquenta dias de falecimento.

Orao Amatsu Norito e Orao do Senhor.

(os participantes acompanham o oficiante nas reverncias com palmas com som)

Ao final, o locutor encerra o Culto de Cada 10 Dias de Falecimento e o Culto de Assentamento do esprito que est completando 50 dias de Falecimento, agradecendo aos participantes.

Abaixo mostraremos o quadro sistemtico do processo do ritual de funeral do velrio at a cerimnia de assentamento do esprito do falecido no Solo Sagrado.

O processo das demais cerimnias religiosas ao falecido no Solo Sagrado

Independentemente dos seis elementos j apresentados e que constituem o ritual de funeral, os fiis tambm so incentivados a solicitarem o registro do esprito recm-falecido, imediatamente aps a sua morte, uma vez que no possvel a realizao de cultos para os antepassados sem que haja um registro formal com a identificao do solicitante e da pessoa recm-falecida. O sistema utilizado para atender a essas solicitaes praticado em todas as unidades religiosas no pas e no mundo. Esse procedimento oficializado pela secretaria de liturgia, na Sede Central da IMMB, onde formalizado o registro. Em seguida, esse registro encaminhado aos Solos Sagrados do Japo e do Brasil para que sejam realizados os ofcios religiosos correspondentes quele registro.

Vale ressaltar que esse registro inicial (Shinrei-saishi) o registro que permitir a inscrio do nome do antepassado nos demais ofcios religiosos praticados pela Igreja. Lembrando que devemos entender por ofcios religiosos, os formulrios que fazem parte do trabalho burocrtico da secretaria de liturgia, e que ao serem encaminhados aos Solos Sagrados, ganham status de cultos oficiais. A seguir, faremos uma breve explanao da dinmica desses ofcios:

Shinrei-Saishi - Oficio religioso de Assentamento de pessoas recm-falecidas.

Este um culto realizado, pelo oficiante, sem a participao de familiares ou membros da igreja. Imediatamente aps o falecimento da pessoa, a famlia orientada a solicitar o registro desse culto em nome do falecido, junto ao santurio dos espritos novos.

Maitokasai - Ofcio religioso de cada 10 dias de falecimento.

So cultos realizados, a cada dez dias, durante cinquenta dias contados a partir do primeiro dia do falecimento, incluindo-se o dia do passamento. No quinquagsimo dia realizado um culto de transferncia e assentamento desse esprito na morada dos ancestrais, e a partir da considerado um antepassado. Geralmente so cultos que contam com a participao de familiares e membros em geral.

Nensai - Oficio religioso de Aniversrio de Falecimento.

So cultos realizados para os espritos que completam cem dias de falecimento. Aps essa data, esses cultos continuam sendo oferecidos durante cinco anos ininterruptamente. Depois do quinto ano os cultos so realizados com intervalos de cinco anos at que os espritos completem vinte anos de falecimento. A partir da, os cultos so oferecidos num intervalo de dez anos at completarem cinquenta anos de falecimento. Aps o quinquagsimo anos de falecimento so realizados cultos peridicos a cada cinquenta anos at completarem mil anos. A partir de mil, a cada cem anos.

Ireisai - Oficio religioso em Sufrgio dos Ancestrais.

So cultos realizados para a elevao espiritual da rvore genealgica da famlia independentemente das datas de falecimento.

Eidai-Saishi - Ofcio religioso perptuo.

So realizados para os membros da igreja, que sejam nicos da famlia que prossigam na f messinica, e para tanto, deixa solicitado antes de seu falecimento para que a IMM se responsabilize pelos cultos vindouros direcionados a ele.

Sorei-Saishi - Ofcio Religioso de Assentamento e Sagrao dos Ancestrais.

Refere-se ao Ofcio de Registro dos Ancestrais e Antepassados dos membros da IMM no Santurio dos Ancestrais.

Dentre esses ofcios religiosos, os ofcios de Shinrei-Saishi, Sorei-Saishi e Eidai-Saishi so realizados pelo oficiante do culto em carter interno, isto , o oficiante realiza o culto dentro do santurio, sem que haja participao direta ou indireta de familiares ou membros. Em outras palavras, no h presena de fiis assistindo a esses cultos.

Quadro do processo de solicitao dos cultos aos antepassados no Solo Sagrado pelo fiel:

GLOSSRIO

Pessoa

Meishu-Sama

Senhor da Luz.

Mokiti Okada

Fundador da IMM, respeitosamente chamado: (Meishu-Sama).

Nidai- Sama

Segunda Lder Espiritual da IMM.

Yoshi Okada

Esposa do fundador chamada respeitosamente: (Nidai-Sama).

Sandai -Sama

Terceira Lder Espiritual da IMM.

Itsuki Okada

Filha do Fundador chamada respeitosamente: (Sandai-Sama).

Kyoshu-Sama

Quarto e atual Lder Espiritual da Igreja.

Yochi Okada

Neto do fundador chamado respeitosamente: (Kyoshu-Sama).

Hideo Sakakibara

Chefe do Gabinete da Liturgia da Sede Geral da IMM-falecido.

Tetsuo Watanabe

Atual Presidente Mundial da IMM.

Altar

Johrei Centers

Nome dado s unidades religiosas da IMM no Japo e no Brasil.

Matsuri

Festividade.

Matsuri-au

Culto.

Seityu

Centro Frontal: linha central em frente imagem do Altar.

Miroku Oomikami

Deus Criador do universo.

DaiKomyoShinShin

Grandiosa Luz do Supremo Deus ou Imagem da Luz Divina.

Kami

Deus.

Amatsu Norito

Orao milenar derivada do xintosmo e adaptada messinica.

Hassoko

Mesa colocada em frente ao altar para colocadas as oferendas.

Oniku

Oferenda diria.

Gonyurei

Ato de Kyoshu-Sama colocar esprito nas letras das Imagens.

Gokafu

Consagrao feita pelo Presidente da Igreja Messinica do pas.

Oficiantes

Kaiten

Girar os ps.

Kagamu

Reverenciar.

Rittai

Corpo em p.

Sashyu

Colocar as mos sobrepostas.

Yu

Pequeno cumprimento, abaixando levemente a cabea 15.

Hai

Cumprimento mais profundo abaixando tambm os ombros 45.

Material litrgico

Jo-i

Casula.

Josho

Estola.

Fusa

Pingente da estola cujas cores designam o grau sacerdotal.

Ohikari

Medalha da luz divina que o membro recebe ao entrar na Igreja.

Ohikari Daikomyo

Grande Luz Divina permitido ao sacerdote o Johrei coletivo.

Ohikari Komyo

Luz Divina permite ao membro ministrar Johrei individual.

Shoko

Pequena Luz permite a criana ministrar Johrei aos seus pais.

Johrei

Ato de levantar a mo e ministrar a Luz de Deus com o Ohikari.

Antepassados

Mitamaya

Oratrio messinico para os antepassados da famlia.

Goreiji

Assento dos ancestrais da famlia colocado dentro do oratrio.

Mitamashiro

Assento de recm-falecidos (at 50 dias de falecimento).

Sorei-Saishi

Ofcio Religioso de Assentamento e Sagrao dos Ancestrais.

Shinrei Saishi

Ofcio Religioso de Assentamento feito para o recm-falecido.

Nensai

Ofcio religioso do aniversrio de falecimento.

Ireisai

Ofcio religioso em sufrgio para as famlias e antepassados.

Eidai Saishi

Ofcio religioso perptuo.

Maitokasai

Culto de cada 10 dias de falecimento.

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