Date post: | 19-Jan-2016 |
Category: |
Documents |
Upload: | rafael-fernandes |
View: | 31 times |
Download: | 0 times |
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA)
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA (EST)
COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL
ESTUDO DO ÍNDICE DE FORMA
MANAUS-AM
MAR/2013
BIANCA GUEDES MOURA
RAFAEL COSTA FERNANDES
ESTUDO DO ÍNDICE DE FORMA
MANAUS-AM
MAR/2013
Trabalho solicitado
para obtenção de parcial
referente a disciplina de
Materiais de Construção Civil
I ministrada pela Prof. ª Dr. ª
Valdete Santos.
RESUMO
Para a obtenção de um concreto endurecido com a trabalhabilidade
adequada, é necessária a seleção e proporção adequada dos materiais. Pelo
menos três quartas partes do volume do concreto são ocupadas pelos
agregados, sendo assim, sua qualidade de considerável importância.Desta
forma realizou-se um estudo com o objetivo de analisar a forma destes
agregados.
Foram estudados 10 exemplares de pedras no dia 25 de fevereiro de
2014, no laboratório do curso de civil da Escola Superior de Tecnologia (EST),
o estudo teve início às 10h 30 min, e término às 11h. Posteriormente foi
calculado o índice de forma de cada exemplar.
Resultou-se que 3 das 10 amostras selecionadas, não estavam em
condições de uso para serem agregados graúdos no concreto, tendo Índice de
Forma superior a 3. Então se concluiu, quais tipos de fragmentos de rocha
podem ser utilizados para compor o concreto, conforme a NBR 7908.
PALAVRAS-CHAVE: Índice de Forma; agregados; NBR 7809
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................5
2. OBJETIVO GERAL........................................................................6
3. MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................6
4. REVISÃO LITERÁRIA...................................................................7
4.1 AGREGADOS.............................................................................7
4.2 ABNT NBR 7809:2006 VERSÃO CORRIGIDA: 2008..............8
5. RESULTADOS.............................................................................10
6. CONCLUSÃO...............................................................................11
7. APÊNDICE...................................................................................12
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................15
1. INTRODUÇÃO
O concreto é o material mais utilizado na construção civil, composto por
uma mistura de cimento, agregados e água e sua resistência e durabilidade
depende da proporção dos materiais que o constituem. Sendo os agregados
cerca de 70% de sua constituição, estes tem forte influência nas características
finais do concreto.
Inicialmente, para se obter concreto é necessário verificar o panorama
dos agregados disponíveis, uma vez que a resistência a compressão do
concreto não é mais, necessariamente governada pela resistência da pasta
matriz.
O que define a resistência à compressão do material é o agregado ou
sua interface com a pasta. Desta maneira o agregado deixa de ser considerado
apenas um material inerte e se torna o fator limitante da resistência do
concreto, que passa a ser controlada por suas características físicas,
mecânicas e mineralógicas. Por esse motivo é fundamental que se conheça as
características dos agregados com os quais estão sendo trabalhados.
O estudo da dimensão dos agregados é fundamental para um concreto
de alta qualidade e para isto é utilizado o cálculo do índice de forma.
O índice de forma permite avaliar a qualidade de um agregado graúdo e
relação à forma dos grãos, ele se baseia na medida da relação entre o
comprimento e a espessura dos grãos do agregado.
5
2. OBJETIVO GERAL
Identificar e calcular o índice de forma de 10 amostras de agregado
graúdo colhidas no Laboratório de Materiais, Solos e Estruturas localizado no
Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Estado do Amazonas
(UEA) através das dimensões medidas no mesmo.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Materiais utilizados:
Laboratório;
Dez amostras de agregados;
Paquímetro analógico;
Bloco de anotações;
Câmera fotográfica.
Métodos:
Foram colhidas dez rochas presentes no Laboratório de Materiais, Solos
e Estruturas, e com a utilização de um paquímetro analógico foram medidas as
dimensões de cada rocha. Com isso, utilizou-se a fórmula do índice de forma
IF=l/e para obter os índices desejados e assim fazer sua análise.
l=maior medida mensurada (comprimento).
b= média medida mensurada (largura).
e= menor medida mensurada (espessura).
4. REVISÃO LITERÁRIA
6
4.1. AGREGADOS
Este trabalho trata-se de uma tentativa de esclarecer com clareza e
coerência o que são os Agregados de construção civil, tratando-se de
materiais com forma e volume aleatórios detentores de dimensões e
propriedades adequadas para a elaboração de materias na construção civil.
Têm um custo relativamente reduzido, sendo este um dos motivos para a sua
utilização. Os agregados com emprego constante na construção civil são a
areia e a brita.
Portanto este termo “agregados para a construção civil” é empregado no
Brasil para identificar um segmento do setor mineral que produz matéria-prima
mineral bruta ou beneficiada de emprego imediato na indústria da construção
civil. São basicamente a areia e a rocha britada. Portanto o termo “emprego
imediato na construção civil” – que consta da legislação mineral para definir
uma classe de substâncias minerais – não é muito exato, já que nem sempre
são usadas dessa forma. Muitas vezes entram em misturas – tais como o
concreto e a argamassa – antes de serem empregadas na construção civil.
Segundo o Serviço Geológico Americano (USGS – United States
Geological Survey), o consumo anual de bens minerais por habitante nos EUA,
em 2000, foi próximo de 10.000 kg. Deste total, 5.700 kg foram de brita e 4.300
kg de areia e cascalho. Considerando-se que parte da rocha britada foi usada
com fins industriais – cimento, cal, indústria química e metalurgia – o total de
agregados para a construção civil para cada indivíduo consumido em média
ultrapassa 7.500 kg.
Ou seja, 75% do consumo médio de bens minerais foram de agregados
para a construção civil. No século passado a produção total de agregados
apenas nos Estados Unidos aumentou de uma modesta quantidade de 58
milhões de toneladas em 1900 para 2,76 bilhões de toneladas em 2000.
Porem já no mercado brasileiro estes produtos são atendido por uma
ampla e diversificada gama de produtores, envolvendo cerca de 3.100
7
empresas: 600 de produção de brita e 2500 de extração de areia, com um total
de 75.000 empregos diretos e 250.000 indiretos.
A mineração de agregados para construção civil, em relação aos outros
setores da mineração brasileira, possui características típicas, destacando-se:
grandes volumes de produção, beneficiamento simples; baixo preço unitário;
alto custo relativo de transporte; e necessidade de proximidade das fontes
produtoras / local de consumo. Os agregados são considerados bens minerais
de uso social e matérias-primas.
O consumo de agregados per capita é um importante indicador da
situação econômica e social de um país, bem como seu nível de
desenvolvimento, uma vez que o uso de agregados é relacionado com a
melhoria da qualidade de vida e geração de conforto.
4.2 ABNT NBR 7809
Determinação do índice de forma pelo método do paquímetro
Definição:
Índice de forma do agregado: Média da relação entre o comprimento e a
espessura dos grãos do agregado, ponderada pela quantidade de grãos de
cada fração granulométrica que o compõe.
Comprimento de um grão: Maior dimensão possível de ser medida em
qualquer direção do grão.
Espessura de um grão: Menor distância possível entre planos paralelos
entre si em qualquer direção do grão.
Materiais/equipamentos:
- Jogo de peneiras das séries normal e intermediária;
- Paquímetro com resolução de 0,1 mm, aferido;
- Estufa (105 a 110ºC);
Execução:
8
01) Secar a amostra em estufa mantida a (105±5)°C até massa
constante;
02) Realizar a análise granulométrica da amostra, de forma a dividi-la
em frações, utilizando as séries normal e intermediária.
03) Desprezar as frações passantes na peneira com abertura de malha
9,5 mm e aquelas cujas porcentagens retidas individuais, em massa, sejam
iguais ou menores
que 5%.
04) Cada fração obtida de acordo com os itens acima deve ser
quarteada até obtenção do número de grãos obtidos na seguinte equação:
Onde, 200 é o número de grãos necessários para a realização do
ensaio; Ni é o número de grãos a serem medidos na fração i (Quando for
fracionário, arredondar ao inteiro mais próximo); Fii é a porcentagem de massa
retida individual da fração i.
05) Efetuar, com auxílio de paquímetro, a medida do comprimento e da
espessura de cada um dos grãos obtido.
5. RESULTADO
9
A tabela a seguir expressa os dados coletados de 10 amostras de
agregados:
Dados Experimento Índice de Forma
Amostra 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Comprimento 28,50 mm
21,50 mm
26,50 mm
19,00 mm
26,00 mm
29,00 mm
22,00 mm
27,00 mm
55,00 mm
32,50 mm
Largura 22,00 mm
17,50 mm
19,50 mm
17,50 mm
19,50 mm
14,00 mm
17,00 mm
26,00 mm
29,50 mm
19,50 mm
Espessura 13,00 mm
11,00 mm
19,00 mm
9,50 mm
10,00 mm
7,00 mm
13,00 mm
7,00 mm
15,00 mm
15,00 mm
IF 2,19 1,95 1,39 2,00 2,60 4,14 1,69 3,86 3,67 2,17
De acordo com a norma estabelecida pela NBR 7809, os agregados com
grãos de forma cúbica tida como forma ótima para agregados britados, terão
índice próximo de 1; os grãos lamelares apresentarão valores bem mais altos,
sendo considerado aceitável o limite de 3.
Percebe-se, pelo resultado mostrado na tabela, que os únicos agregados
que passam do limite, são os agregados representados nas amostras 6, 8 e 9,
conforme as imagens correspondentes no apêndice
Observa-se que o agregado mais próximo do índice de 1 é a amostra 3,
sendo assim o mais próximo da forma esférica, menos ideal para agregados do
concreto, pois quanto mais arestas, maior a superfície de atrito e resulta em
maior resistência mecânica. Porém a forma esférica dá uma maior
trabalhabilidade do concreto.
6. CONCLUSÃO
10
Com a realização deste experimento pudemos observar as formas de
diversas pedras e pudemos notar também seu índice de forma. Tendo em vista
que a verificação destes índices nos permitiu ter uma noção clara e real da
qualidade não adequada de matéria prima que esta sendo realizada na
construção civil, uma vez que os índices apresentados em nosso experimento
não estão qualificados para uso .
Apesar da NBR 7908 ir além do paquímetro para o calculo do Índice de
Forma, os equipamentos disponíveis apenas permitiram o resultado pela forma,
desconsiderando algumas variáveis na norma. Então, apesar da não
integralização total do experimento, apenas com paquímetro foi-se possível
chegar a resultados satisfatórios para refinar a qualidade dos agregados
graúdos.
7. ANEXO
11
FIGURA 1- Fotografia da amostra 1. FIGURA 2- Fotografia da amostra 2.
FIGURA 3- Fotografia da amostra 3. FIGURA 4- Fotografia da amostra 4.
FIGURA 5- Fotografia da amostra 5. FIGURA 6- Fotografia da amostra 6.
12
FIGURA 7- Fotografia da amostra 7. FIGURA 8- Fotografia da amostra 8.
FIGURA 9- Fotografia da amostra 9. FIGURA 10- Fotografia da amostra 10
13
FIGURA 11- Fotografia das 10 amostras.
FIGURA 12- Fotografia do paquímetro utilizado.
FIGURA 13- Fotografia da dupla realizando o experimento.
14
8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
Sites visitados em 02/03/2014:
http://ecivilufes.files.wordpress.com/2011/04/ensaios-de-
agregados-grac3bados.pdf
http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/
balancomineral2001/agregados.pdf
http://www.markengenharia.com.br/artigos/49CBC0426.pdf
15