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INSTITUTO HOMEOPÁTICO JACQUELINE PEKER CURSO DE ... · do fluxo de ar nas vias respiratórias. ......

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1 INSTITUTO HOMEOPÁTICO JACQUELINE PEKER CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ACUPUNTURA VETERINÁRIA RELATO DE CASO: ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA EM EQUINOS CAMILA OLIVEIRA ROCHA CAMPINAS 2012
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INSTITUTO HOMEOPÁTICO JACQUELINE PEKER

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ACUPUNTURA VETERINÁRIA

RELATO DE CASO:

ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA DOENÇA PULMONAR

OBSTRUTIVA CRÔNICA EM EQUINOS

CAMILA OLIVEIRA ROCHA

CAMPINAS

2012

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RELATO DE CASO:

ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA DOENÇA PULMONAR

OBSTRUTIVA CRÔNICA EM EQUINOS

CAMILA OLIVEIRA ROCHA

CAMPINAS

2012

Monografia apresentada ao Instituto

Homeopático Jacqueline Pecker, como parte

integrante do Curso de Especialização em

Acupuntura Veterinária.

Orientadora: Márcia Valéria Rizzo Sccognamillo Szabó

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ROCHA, O.C. RELATO DE CASO: ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA EM EQUINOS. Campinas, 2012. 30p. Trabalho de conclusão do Curso de Especialização em Acupuntura Veterinária – Instituto Homeopático Jacqueline Peker, CAMPINAS - SP

RESUMO:

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada por redução do diâmetro dos

brônquios, presença de processo inflamatório e obstrutivo brônquico e limitação crônica e progressiva

do fluxo de ar nas vias respiratórias. Uma afecção muito frequente em cavalos atletas produzindo uma

diminuição da performance, intolerância ao exercício, dispnéia expiratória, tosse e perda de peso nos casos crônicos mais graves. A DPOC pode ser consequente à estabulação e exposição a feno, serragem

e mofos; como também influenciadas em situações climáticas mais secas e em primaveras com pólen

circulando no ar. Embora os alérgenos pareçam ser mais importantes, é possível que vírus e bactérias também contribuam para a inflamação das vias aéreas superiores. Esta enfermidade, quando

diagnosticada, possui um prognóstico reservado devido as suas manifestações clínicas severas que

pode levar à aposentadoria do animal. A Acupuntura, mostrou ser uma grande aliada para o tratamento

alopático que muitas vezes era ineficaz, oferecendo ao animal uma condição de vida melhor por mais tempo independente da idade ou atividade que este exerça. Neste trabalho apresenta-se o relato de caso

de um animal da espécie Equina, da raça Quarto de Milha, Macho, de 21 (vinte e um) anos de idade,

com aproximadamente 15 dias de evolução, o qual foi tratado com a acupuntura e obteve-se melhora do quadro com eliminação total dos sinais clínicos.

Palavra chave: DPOC, asma equina, performance equina, tosse equina, obstrução brônquica.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................06

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................................................07

2.1 Definição ............................................................................................................................07

2.2 Sinonímias .................................................................................................................. ........07

2.3 Etiologia ................................................................................................................... ..........07

2.4 Fisiopatologia .....................................................................................................................08

2.5 Sinais Clínicos ............................................................................................................. ........08

2.6 Diagnóstico ........................................................................................................................09

2.7 Tratamento ........................................................................................................................10

2.7.1 Alopático ............................................................................................................10

2.7.2 Manejo ...............................................................................................................10

2.8 Prognóstico ........................................................................................................................11

3 DPOC SEGUNDO A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC) .........................................................11

3.1 Etiologia da DPOC segundo a MTC .....................................................................................13

3.2 Diagnóstico da DPOC segundo os FPE ................................................................................13

3.2.1 Tratamento ........................................................................................................14

3.3 Diagnóstico da DPOC segundo as síndromes Zang Fu .......................................................16

3.3.1 Deficiência de Yin do Fei .....................................................................................16

3.3.2 Deficiência de Qi do Fei ......................................................................................16

3.3.3 Deficiência do Qi do Shen ...................................................................................17

3.3.4 Deficiência de Qi do Pi com Fleugma .................................................................18

4 RELATO DE CASO ...............................................................................................................................18

4.1 Pontos de Acupuntura Estimulados ...................................................................................19

4.2 Descrição dos Pontos Estimulados .....................................................................................20

4.3 Discussão e Resultados.......................................................................................................29

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................... ..........................29

6 REFERÊNCIAS .....................................................................................................................................30

5

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Meridiano do Pulmão: P1 (1), P7 (7) e P9 (9) ........................................................................21

Figura 2: Meridiano do Estômago: E36 (36) .........................................................................................24

Figura 3: Meridiano do Intestino Grosso: IG11 (11) .............................................................................25

Figura 4: Meridiano do Vaso Consepção: VC22 (22) ............................................................................26

Figura 5: Meridiano da Bexiga: B13 (13), B17 (17), B20 (20), B21 (21) e B23 (23)................................27

Figura 6: Ponto Imunidade ...................................................................................................................28

Figura 7: Meridiano do Vaso Governador ............................................................................................28

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1 INTRODUÇÃO

O aparelho respiratório dos equídeos pode ser dividido em via respiratória anterior e via

respiratória posterior. A região denominada de via respiratória posterior é composta por laringe,

traquéia, brônquios e pulmões, sendo os brônquios as estruturas anatômicas afetadas pela Doença

Pulmonar Crônica Obstrutiva (DPOC).

A suscetibilidade desta enfermidade aumenta devido à estabulação, exposição a feno muito

seco, rações fareladas, serragem e mofos; como também influenciada pelo clima seco e pela primavera

com pólen circulando no ar e inalados pelos cavalos. Embora os alérgenos pareçam ser mais

importantes, é possível que vírus e bactérias também contribuam para a inflamação das vias aéreas

inferiores.

A DPOC vem sendo fonte de grande preocupação pois afeta animais de esporte diminuindo a

sua performance atlética e também na reprodução pois os garanhões podem ter a sua qualidade de

sêmen diminuídas pelo maior esforço no momento da coleta.

Os primeiros sinais clínicos observados variam desde a tosse seca ou até mesmo com

expectoração de secreção clara e mucosa à amarelada (dependendo da invasão de bactérias

oportunistas), ruídos na auscultação, esforço respiratório em repouso, emagrecimento e intolerância ao

exercício.

A escolha para relatar esta enfermidade, deve-se à presença desta na rotina equestre,

apresentando prejuízos econômicos decorrentes dos gastos com tratamento alopático sem melhora

efetiva do animal, que são suspensos de treinamentos e competições por longos períodos ou mesmo

pela diminuição das coletas nos centros reprodutivos e em alguns casos, a finalização da atividade

física e a incapacidade de coleta de sêmen.

A acupuntura é um complementar excelente para tratar a DPOC, pois, a medicação para esta

enfermidade reduz os sinais clínicos, mas quando suspensa, o animal tem recidiva que pode ser mais

acentuada, pois os fármacos não ocasionam cura. Portanto, o tratamento com acupuntura é a técnica

mais utilizada para este caso porque promove a reabilitação do animal atleta, devolvendo a este o

equilíbrio energético que ocasiona bem estar e qualidade de vida.

Os objetivos da monografia foram:

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A consolidação dos conhecimentos teóricos e práticos adquiridos no curso de especialização

em Acupuntura veterinária realizado no Instituto Homeopático Jacqueline Peker;

Oferecer tratamento com Acupuntura para DPOC ao paciente do caso relatado promovendo o

retorno à atividade esportiva que o animal havia deixado.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA - DPOC

2.1 Definição

Esta enfermidade é caracterizada por redução de diâmetro dos brônquios, presença de

processo inflamatório e obstrutivo brônquico e limitação crônica e progressiva do fluxo de ar nas vias

respiratórias (SOUZA, 2012).

2.2 Sinonímias

São muitos os sinônimos pelos quais a DPOC é conhecida, entre eles: enfisema crônico,

bronquite crônica, bronquiolite crônica e obstrução de fluxo de ar recorrente (THOMASSIAN, 2005).

Também pode ser conhecida como obstrução recorrente das vias aéreas (ORVA) ou equine

recurrent airway obstruction (RAO) (OLIVEIRA FILHO; FOGANHOLI; ROCHA; BUENO, 2012).

2.3 Etiologia

A provável etiologia do distúrbio é a repetida agressão alérgica às mucosas das vias

respiratórias condutoras (OLIVEIRA FILHO; FOGANHOLI; ROCHA; BUENO, 2012).

Pode ser consequente a processos pulmonares primários desencadeadores de bronquites,

bronquiolítes, por manifestações alérgicas tipo asmática, poeira ou substâncias alérgicas em suspensão

no ar (THOMASSIAN, 2005).

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Os especialistas atribuem o desenvolvimento da síndrome à hipersensibilidade a

contaminantes ambientais inalados/aspirados, como os esporos fúngicos, pólens, e possivelmente

outros materiais protéicos (OLIVEIRA FILHO; FOGANHOLI; ROCHA; BUENO, 2012).

Muitos outros fatores etiológicos são também responsabilizados pelo desencadeamento da

DPOC, como o vírus, principalmente da influenza equina bactérias como o Streptococcus

zooepidemicus, Corynebacterium equi e Bordetella bronchiseptica; parasitas com o ciclo pulmonar,

Dictyocaulus arnfield (fase larvária 4) e Parascaris equorum; fungos como o Aspergillus fumigatus,

Aspergillus niger, Alternaria, Penicillium e Riffizopus sp, produzindo pneumonite alérgica por reação

de hipersensibilidade (THOMASSIAN, 2005).

2.4 Fisiopatologia

Devido ao contato direto entre órgãos do aparelho respiratório e ar inalado, este aparelho pode

ser considerado a principal interface entre o ambiente externo e o ambiente interno do corpo, o que

torna necessária a presença de mecanismos físicos e fisiológicos de defesas para a manutenção da

saúde do cavalo. Estas barreiras de defesas são caracterizadas pela presença de células do sistema

imunológico, presença de células com funções especializadas no tecido que reveste o trato respiratório

e pela produção de muco, as quais protegem o organismo do animal contra muitos agentes

responsáveis por doenças alérgicas, infecciosas e outras (SOUZA, 2012).

Quando os equinos susceptíveis ou acometidos por DPOC são expostos a antígenos, uma

resposta inflamatória ocorre nas vias aéreas, com hiperresponsividade e broncoespasmos da via aérea.

Diversos mediadores inflamatórios são secretados, promovendo contração direta do músculo liso da

via aérea de pequeno calibre e aumento do broncoespasmo causado por outros fatores (como respostas

colinérgicas), atração de neutrófilos e aumento da produção de muco (SMITH, 2006).

A DPOC produz hipoxemia, decréscimo da complacência e aumento da resistência pulmonar

com baixa troca gasosa, compatíveis com quadro de obstrução difuso do fluxo de ar. O processo

inflamatório que se instala, com produção de tampões de muco, restos celulares e exsudato, associado

ao broncoespasmo decorrente da ação de mediadores químicos e estimulação de receptores alfa-

adrenérgicos, que determina a manifestação e a intensidade dos sinais clínicos da doença.

(THOMASSIAN, 2005).

A incidência de DPOC aumenta com a idade, mas não se sabe se a inflamação de vias aéreas

posteriores em equinos jovens, quando não tratadas ou sem alteração de manejo, progredirá para

DPOC com a idade (SMITH, 2006)

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2.5 Sinais Clínicos

O quadro clínico caracteriza-se por dispnéia, hiperpnéia, pouca tolerância ao exercício e

expiração forçada. O aumento da frequência respiratória durante o repouso é a primeira manifestação

clínica (THOMASSIAN, 2005).

A tosse pode ser a principal queixa do proprietário (SMITH, 2006).

Tosse curta e fraca pode estar presente, pronunciando-se e adquirindo características de sibilo

com o exercício. O quadro pode ainda ser estimulado ao se fazer o animal entrar em contato com

ambiente empoeirado, ar frio e úmido e alimento farelado seco (THOMASSIAN, 2005).

A secreção nasal pode ser copiosa, espessa e mucopurulenta, ou pode estar ausente até mesmo

quando existe quantidade significativa de exsudato nas vias aéreas posteriores, provavelmente porque

o equino deglute a maior parte do material. A inspiração é mais curta que a expiração e o esforço da

última está aumentado, o que pode conduzir a uma “linha de asma” causada pela hipertrofia dos

músculos oblíquos abdominais externos (SMITH, 2006).

As narinas frequentemente estão dilatadas e o equino pode mostrar-se ansioso. Chiados ou

estalidos de muco podem ser ouvidos nas narinas. A coloração das mucosas geralmente é normal, mas

pode estar pálida; mesmo em casos muito graves, as mucosas raramente estão cianóticas. Esses

equinos podem perder quantidades consideráveis de peso, tornando-se emaciados. Os achados

auscultatórios variam com a gravidade da doença. Podem ocorrer sibilos inspiratórios e expiratórios de

intensidade baixa e elevada (SMITH, 2006).

O ânus pode estar protraído se a dispnéia for severa. Pode haver enfisema com alterações

estruturais permanentes nas paredes alveolares e tecidos intersticiais (FILHO et al., 2012).

A febre é rara, embora, ocasionalmente, uma reação alérgica grave possa iniciar um pico

febril. Uma febre persistente deve levar o veterinário a suspeitar de uma infecção (SMITH, 2006).

A doença geralmente é insidiosa no início e tem natureza progressiva. Muitos equinos podem

ser levemente afetados ou afetados apenas durante certas estações do ano. Entretanto, episódios

“asmáticos” agudos não são raros. Com frequência, ocorre o comprometimento da tolerância ao

exercício por parte dos cavalos afetados (FILHO et al., 2012).

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2.6 Diagnóstico

O diagnóstico da DPOC geralmente é baseado no histórico clínico do animal e no exame

físico geral, principalmente o exame do trato respiratório. Há também outros meios de diagnosticar

esta enfermidade, incluindo o lavado traqueal, que pode ser necessário para investigar problemas

secundários, e o lavado bronco-alveolar. Este último método-diagnóstico é mais indicado para

comprovação da DPOC do que o lavado traqueal (SOUZA, 2012).

O exame clínico deve ainda constar de criteriosa percussão do pulmão onde, via de regra, se

estabelece um evidente aumento de área pulmonar com hipersonoridade, auscultação feita em

ambientes livres de ruídos e com o animal calmo, ouvindo-se sons patológicos como ruídos de muco,

“roncos”, “apitos” e roce, sendo que a maioria apresenta apenas ruído vesicular aumentado durante a

inspiração. A auscultação com inspiração forçada exacerbará os ruídos pulmonares (THOMASSIAN,

2005).

Mesmo os equinos nitidamente acometidos intermitentemente com DPOC podem apresentar

provas de função pulmonar normais durante o período em que não são desafiados (SMITH, 2006).

A aspiração traqueobrônquica permanece sendo boa técnica diagnóstica para a avaliação da

inflamação das vias respiratórias. Os aspirados traqueobrônquicos exibem aumento no muco e nos

neutrófilos, e frequentemente há muitas células multinucleadas, a presença de eosinófilos é

inconsistente, e sua ausência não descarta a possibilidade de DPOC alérgica. Os resultados da cultura

deverão ser sempre interpretados em conjunto com a citologia e os sinais clínicos do cavalo (FILHO et

al., 2012).

2.7 Tratamento

2.7.1 Alopático

O tratamento deve ser conduzido no sentido de alívio da insuficiência respiratória do animal e

estar direcionado para a etiopatogenia da afecção. Cavalos com crises agudas podem ser tratados com

antihistamínicos associados a corticoterapia. Drogas broncoespasmolíticas e mucolíticas que podem

ser injetáveis, por via oral ou em sistemas de nebulização, produzem alívio imediato dos sintomas

(THOMASSIAN, 2005).

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O acompanhamento clínico do paciente e a sustentação terapêutica durante 5 a 7 dias são

fundamentais na recuperação do processo (THOMASSIAN, 2005).

2.7.2 Manejo

A percepção do proprietário para descobrir o fator desencadeante é essencial para o sucesso do

manejo (FILHO et al., 2012).

Deve-se atentar para as possíveis etiologias da afecção, no sentido de se estabelecer um

esquema preventivo (THOMASSIAN, 2005).

Os cavalos apresentam melhora substancial do quadro clínico quando são mantidos em manejo

extensivo de pastagens, mantendo apenas a possibilidade dos mesmos terem acesso espontâneo a

abrigos e baias quando assim o desejarem. Os animais devem ser mantidos protegidos do vento,

principalmente nos meses de inverno, ao ar livre ou baias arejadas. Toda poeira da baia deve ser

evitada, e a cama não deve conter partículas que permaneçam em suspensão no ar (FILHO et al.,

2012).

O feno deve ser de boa qualidade, sem conter “mofo” e convenientemente umedecido antes de

ser ingerido (THOMASSIAN, 2005).

Quando os equinos são transportados, suas cabeças não devem ser amarradas próximas ao

fardo de feno. Essa prática sobrepõe uma proximidade estrita a uma fonte concentrada de mofo e

depuração mucociliar diminuída pela posição da cabeça (SMITH, 2006).

2.8 Prognóstico

Os animais apresentam um prognóstico bom quanto a vida, porém para uma rotina atlética

mais exacerbada, a maioria torna-se incapaz de continuar devido a queda de performance ocasionada

pela baixa capacidade de captação de oxigênio pelos pulmões. Normalmente esses animais se

aposentam ou são encaminhados para reprodução, porém, pode ocorrer na reprodução, a exclusão de

garanhões que não conseguem concluir a coleta do sêmen.

12

3 DPOC SEGUNDO A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC)

A MTC é fundamentada na natureza e usa uma terminologia relacionada com o ambiente.

Entre os sistemas usados estão a Teoria dos Cinco Elementos de Fogo, Terra, Metal Água, Madeira e a

Teoria dos Oito Princípios de Yin/Yang, Calor/Frio, Exterior/Interior, Excesso/Deficiência. Além

disso, afirma que as influências externas, como o Vento, transportam patógenos, conceito não muito

diferente daqueles sobre nossos poluentes e vírus (SHOEN, 2006).

O Pulmão (Fei) está relacionado ao Metal e é mais susceptível aos problemas durante o

outono, quando o tempo começa a esfriar. Também está relacionado a um período do dia específico,

quando a energia que passa pelo meridiano do Fei encontra-se mais forte, que é entre 3 e 5h. Muitos

pacientes asmáticos e que apresentam bronquite têm seus piores ataques nas primeiras horas da

manhã. Na MTC, o corpo é divido em três áreas distintas conhecidas como aquecedores:

- Aquecedor Superior (Jiao Superior): localiza-se cranialmente ao diafragma e aloja os pulmões e o

coração.

- Aquecedor Médio (Jiao Médio): Localiza-se entre o diafragma e o umbigo e aloja baço-pâncreas, o

fígado, a vesícula biliar e o estômago.

- Aquecedor Inferior (Jiao Inferior): Localiza-se abaixo do umbigo e aloja os rins, a bexiga, o intestino

e os órgãos sexuais (SHOEN, 2006).

Os pulmões situam-se na parte cranial do corpo, conhecida como aquecedor superior, em

íntima relação com o sistema imunológico de primeira linha chamado de Wei Qi (Qi defensivo)

circulante. Os pulmões se abrem para o ambiente por intermédio do nariz, filtrando patógenos e

poluentes durante a respiração (SHOEN, 2006).

Se o Wei Qi circulante não puder resolver a invasão de Vento por patógenos (vírus, bactérias,

poluentes), os Pulmões respondem produzindo Fleugma. Inicialmente, a Fleugma é Fria, transparente

e aquosa. Se a condição persistir, os líquidos do Fei se esgotam e a secreção se torna mais espessa,

colorida e mais aderente. Essa condição é conhecida como Fleugma quente (Fleugma-Calor). Fleugma

quente pode aumentar a tosse e a náusea, além de ressecar ainda mais os Pulmões, o que acarreta

doença respiratória crônica. Isso é considerado uma condição do aquecedor superior, criando sinais de

deficiência do Yin do Fei e de deficiência do Qi do Fei. Yin é o fluido que umidece, resfria e lubrifica

o corpo. É mais ativo à noite, quando predominam o relaxamento, o sono e o frio. Sem a capacidade

de resfriamento do Yin, ocorre inflamação. O Qi é considerado a energia Yang aquecedora do corpo

que vitaliza os tecidos e a circulação (SHOEN, 2006).

Segundo MACIOCIA (2007), Fei governa o Qi (Energia) e a respiração, captando o Qi do

ar. Situando-se no Aquecedor Superior e tem estreita relação com o Coração para formação do Qi do

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tórax ou Zhong Qi. As principais funções do Fei são governar o Qi e a respiração, controlar os canais

de energia, a pele e o pêlo, regular a passagem das águas e abrigar a Alma Corpórea. O Fei é o Zang

(órgão) mais externo; é a conexão entre o organismo e o mundo exterior. Por essa razão, o Fei é

facilmente atacado por agentes patogênicos externos. Através da respiração, o Fei extrai o Qi Límpido

para o organismo, combinando-o ao Qi dos alimentos proveniente do Baço-Pâncreas (Pi), formando o

Zhong Qi. O Wei Qi também precisa passar pelo Fei para ser distribuído ao corpo, mostrando como o

Fei influencia os vários tipos de Qi. A pele relaciona-se com Metal e Fei. Por isso, o Fei orienta o Qi

para os canais e colaterais que se situam na pele, além de receber o Qi do ar condensando-o

(característica do Movimento Metal) e fazendo sua descendência e dispersando o Wei Qi. O Fei

descende parte do Qi do Ar para o Rim (Shen), nutrindo a Essência. Quando o Fei não descende o Qi

do Ar surgem sintomas como dispnéia, fraqueza, astenia. O líquido Corporal é levado ao Aquecedor

Superior, de onde é redistribuído pelo Fei. Após o recebimento dos fluidos refinados do Pi, o Fei os

reduz a uma névoa fina e os "pulveriza" por toda área sob a pele. Por meio das funções dispersora e

descendente, o Fei é responsável pela excreção dos fluidos corpóreos, através da sudorese ou da urina.

Através das funções de dispersão e descendência do Qi e dos Líquidos Corpóreos, o Fei nutre e

umedece a pele e os pêlos. Se essa função for obstruída a pele e os pêlos se tornarão ásperos e secos.

Fei também abriga a alma corpórea (Pó), expressão somática da alma, relacionada com os sentidos, ou

seja, com a capacidade do indivíduo de contatar o meio. A Pó é a parte mais física e material da alma.

No nível emocional, é diretamente afetada pela tristeza ou lamento que dissolvem o Qi do Fei

interferindo na respiração que se torna curta e superficial.

3.1 Etiologia da DPOC segundo a MTC

Cavalos susceptíveis ao vírus, como o da gripe, geralmente têm seu Wei Qi enfraquecido, o

que faz com que eles sucumbam facilmente à mudança ambiental. Os Fatores Patogênicos Exógenos

(FPE) Frio, Calor e Vento podem invadi-lo, através dos poros da pele e das cavidades nasal e oral,

causando distúrbios no sistema do órgão Zang-Fu Fei (SHOEN, 2006).

O Fei controla a pele, sendo o mais “exterior” dos órgãos e influencia o Wei Qi; por todas

essas razões, o Fei é o órgão mais fácil e diretamente invadido pelos FPE, principalmente Vento,

Calor, Fogo, Frio, Umidade e Secura. O Fei é, algumas vezes, denominado o órgão “delicado” por sua

susceptibilidade ao ser invadido pelos FPE (MACIOCIA, 2007).

14

Os FPE se ocupam de uma luta com o Wei Qi e dificultam as funções de dispersar e descer do

Qi do Fei. Todos os sintomas e sinais que se originam desses padrões de Excesso são um reflexo das

dificuldades das funções do Qi do Fei (MACIOCIA, 2007).

O Vento, frequentemente, se combina com outros FPE, principalmente Frio e Calor, para

formar Vento-Frio e Vento-Calor; estes são os dois FPE mais comuns no ataque contra o Fei. Quando

o Fei é atacado por eles, a porção exterior do Fei (ou porção do Qi defensivo do Fei) é invadida em

vez do próprio órgão.O padrão é, portanto, um padrão exterior, embora possam ocorrer sintomas tais

como tosse (MACIOCIA, 2007).

O Fei também é facilmente afetado pela Secura, uma vez que necessita de certa quantidade de

umidade para funcionar adequadamente (pode-se pensar nos fluidos umedecendo a cavidade pleural).

O tempo excessivamente seco pode, portanto, fazer com que o Fei se torne seco, causando sintomas

como tosse seca, garganta seca e pele seca (MACIOCIA, 2007).

Normalmente a Umidade não ataca diretamente o Fei, exceto quando combinada com o

Vento, sendo que, nesse caso, não apenas prejudicará as funções de dispersar e descer do Fei, dando

origem aos sintomas exteriores usuais anteriormente mencionados, mas também sua função de

regularizar as passagens da Água (MACIOCIA, 2007).

3.2 Diagnóstico da DPOC segundo os FPE

a) Invasão de vento-frio: Caracterizada por tosse aguda com muco branco, corrimento nasal

com secreção clara obstruindo ou não o nariz, aversão ao frio, temperatura normal ou

levemente aumentada (LOBO JUNIOR, 2012).

b) Invasão de Vento-Calor: Tosse aguda com expectoração amarela, aversão ao frio,

predomínio de febre, nariz obstruído com secreção amarela, sede, depressão, fadiga, boca seca

e dor de garganta (LOBO JUNIOR, 2012).

c) Invasão de Vento-Secura: Caracterizada por tosse aguda e seca como se houvesse prurido na

garganta, nariz, lábios e garganta secos, obstrução nasal (LOBO JUNIOR, 2012).

d) Invasão de Vento-Fleugma: A tosse é forte e áspera, frequentemente acompanhada de muco

espesso (SHOEN, 2006).

e) Invasão de Calor: Um quadro com febre, sede, tosse rouca, inquietação, expectoração de

muco amarelo, alargamento das narinas e dispnéia indicará calor nos pulmões (LOBO

JUNIOR, 2012).

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f) Invasão de Mucosidade-Calor: Além do calor, há presença de mucosidade (gerada pelo

Vento-Calor, secando os fluidos e condensando-os a Mucosidade), Características desse

quadro: tosse seca com expectoração amarela e pegajosa, febre, inquietação (LOBO JUNIOR,

2012).

3.2.1 Tratamento

a) Invasão de vento-frio: Eliminar o Vento Frio, parar a tosse e restabelecer a difusão e a

descida do Qi do Fei. Para eliminar o Vento-Frio: B12 (expele o Vento Externo, também é

utilizado para regular os pulmões; B10 (utilizado em casos de Vento-Frio), VB20 (acalma

Vento-Interno e também elimina Vento-Frio e Vento-Calor); IG4 e P7 (pontos importantes

para remover Vento-Externo). Para a tosse e restabelecer a descida do Qi do Fei: P7 (Além de

remover Vento-Externo também acalma a tosse e restabelece a descida do Qi do Fei); B13

(Cessa a tosse e também restabelece a descida do Qi do Fei, ponto assentimento do Fei); P6

(Cessa a tosse por ser um ponto de acúmulo); VC22 (Regula a difusão e a descida do Qi do

Fei e cessa a tosse) (LOBO JUNIOR, 2012).

b) Invasão de Vento-Calor: Eliminar o Vento-Calor, parar a tosse e restabelecer a difusão e

descida do Qi do Fei. Para eliminar o Vento-Calor: IG4 e P7 (pontos que removem Vento-

Calor); VG14 (Conhecido como “Grande Vértebra” tonifica o Qi defensivo e o QI nutritivo,

pode também ser usado para prevenir a invasão por Vento Externo, além disso ajuda na

dispersão do Fei diminuindo a tosse); IG11 (Além de expelir o Vento Externo, remove o

Calor); B12 (expele o Vento Externo, também é utilizado para regular o Fei); P5 (ajuda a

parar a tosse e também elimina Calor do Fei). Para a tosse e restabelecer a descida do Qi do

Fei: P7 (Além de remover Vento-Externo também acalma a tosse e restabelece a descida do

Qi do Fei); B13 (Cessa a tosse e também restabelece a descida do Qi do Fei, ponto

assentimento do Fei); P6 (Cessa a tosse por ser um ponto de acúmulo); VC22 (Regula a

difusão e a descida do Qi do Fei e cessa a tosse) (LOBO JUNIOR, 2012).

c) Invasão de Vento-Secura: Cessar a tosse, restabelecer a descida do Qi do Fei e promover os

fluidos. Para promover os fluidos: P9 (Tonifica o Qi e o Yin do Fei, além de nutrir seus

fluidos); BP6 (tonifica o Yin e promove os fluidos); R6 (Umedece a garganta e tonifica o Yin e

promove fluidos). Parar a tosse e restabelecer a descida do Qi do Fei: IG11(além de expelir o

Vento Externo, remove o calor); B12 (expele o Vento Externo, também é utilizado para

16

regular o Fei); P5 (ajuda a parar a tosse e também elimina Calor do Fei) (LOBO JUNIOR,

2012).

d) Invasão de Vento-Fleugma: O ponto P5 é usado para reduzir a Fleugma e abrandar a asma,

E40 é usado como ponto de influência para fleugma e VC22 é um excelente ponto para

descender o Qi. Finalmente, B13 pode ser acrescentado como ponto Shu dorsal do Fei.

(SHOEN, 2006).

e) Invasão de Calor: Cessar a tosse e restabelecer a descida do Qi do Fei: IG11 (além de expelir

o Vento Externo, remove o Calor); B12 (expele o Vento Externo, também é utilizado para

regular o Fei); P5 (ajuda a parar a tosse e também elimina Calor do Fei). Clarear o Calor no

Fei: VG14 (usado em casos de sintomas pronunciados de Calor, para tonificar o Qi defensivo

e o Qi Nutritivo; pode também ser usado para prevenir a invasão por Vento Externo, além

disso ajuda na dispersão do Fei , diminuindo a tosse); P5 (usado em condições de Calor no

Fei) P1 (ponto de alarme do Fei, usado em padrões de Excesso ou de Estagnação e é capaz de

tratar condições agudas de Calor no Fei); IG11 (remove o Calor) (LOBO JUNIOR, 2012).

f) Invasão de Mucosidade-Calor: Cessar a tosse e restabelecer a descida do Qi do Fei, diminuir

o Calor no Fei como no item anterior. Diminuir a mucosidade: VC12 (dispersa o Frio e a

Umidade por meio do aquecimento do Aquecedor Médio); E40 (É um ponto específico para

Fleugma e Umidade); BP6 (também é um ponto utilizado para eliminar a Umidade); BP9

(independentemente de a Umidade ser Umidade Fria ou Umidade Calor, este é um dos pontos

mais importantes para a drenagem da Umidade) (LOBO JUNIOR, 2012).

3.3 Diagnóstico da DPOC segundo as síndromes dos Zang Fu

3.3.1 Deficiência de Yin do Fei

A deficiência de Yin do Fei resulta na falha em umedecer o sistema do Fei, incluindo as vias

aéreas superiores e inferiores, e prejudica o ascendente-descendente normal do Qi (XIE; PREAST,

2011).

O diagnóstico é baseado nos sintomas decorrentes da deficiência de Yin. Haverá sinais de

excesso de Yang, como sede, febre, tosse seca (ou com expectoração difícil de pouco muco) e com

som baixo, que melhora durante o dia e piora à noite (lembrar que a noite é Yin), pelos secos (lembrar

que a nutrição dos pelos é relacionada ao Fei), ar seco expelido pelas narinas, língua vermelha e seca,

17

pulso rápido e vazio (este último relacionado com padrão de deficiência) e cansaço são também

sintomas encontrados nesse padrão (LOBO JUNIOR, 2012).

O tratamento consiste em parar a tosse e sanar a deficiência de Yin do Fei. Para isso

poderemos usar os seguintes pontos: P9 (tonifica tanto Qi quanto o Yin do Fei, além disso , é um ponto

fonte); P5 (Ponto Mar, tonifica o Yin e umidece a Secura); BP6 (Ponto importante para tonificar o

Yin); B13(Por ser um ponto de associação do Fei pode tratar toda alteração nesse órgão) (LOBO

JUNIOR, 2012).

3.3.2 Deficiência de Qi do Fei

Os agentes que podem prejudicar e enfraquecer o Qi do Fei são a tosse ou a dispnéia

prolongadas. O excesso de trabalho e a tristeza e o pesar emocionais também podem gradualmente

danificar o Qi do Fei. A fraqueza do Baço (elemento mãe do Fei) e do rim ( filho do Fei) também

podem levar à deficiência de Qi do Fei. A deficiência de Qi do Fei resulta na falha em ascender e

descender, causando dispnéia e asma (XIE; PREAST, 2011).

O diagnóstico é baseado na presença de tosse branda prolongada fraca que piora durante o dia

(lembrar que o Qi é Yang), voz fraca (lembrar que o Qi do Fei que dá o vigor da voz influenciando o

seu tom e a sua força), cansaço, podendo ocorrer intolerância ao exercício (isso porque o Fei governa

o Qi , uma vez que o distribui para todo o corpo. Assim uma deficiência de Qi do Fei irá gerar uma

deficiência na produção de Zhong Qi, com comprometimento na distribuição de Qi para o resto do

corpo), aversão ao frio. Pulso vazio (caracterizando uma deficiência) e língua pálida (característica de

deficiência de Qi) (LOBO JUNIOR, 2012).

O tratamento consiste em nutrir o Qi do Fei, cessar a tosse e restabelecer a descida do Qi são

prioridades do tratamento. Para nutrir os Pulmões: P9 (ponto fonte, além de tonificar o Yin e o Qi do

Fei); B13 (Por ser um ponto de associação do Fei pode tratar toda alteração nesse órgão); E36

(tonifica o Qi do Fei e harmoniza o Qi nutritivo e defensivo); B43 (tonifica Fei e Qi do sangue em

casos de debilidade crônica) (LOBO JUNIOR, 2012).

3.3.3 Deficiência do Qi do Shen

18

Sua origem pode ser qualquer doença crônica que enfraquece o Zheng Qi (o poder da

resistência do organismo) e danifica o Qi original – Yuan levando a deficiência de Qi do Shen. O

excesso de trabalho e de atividade sexual prejudicam o Jing (essência) do Shen. Medo e choque

emocional também podem danificar o Qi do Shen. O Qi do Shen deficiente falha em apreender e

receber o Qi do Jiao superior até o Jiao inferior, causando dispnéia e asma (XIE; PREAST, 2011).

O diagnóstico é baseado nas características desse padrão que incluem tosse fraca, cansaço

podendo ter intolerância ao exercício, micção frequente. Pulso vazio e língua pálida (LOBO JUNIOR,

2012).

Deve-se atentar para a tonificação do Qi do Shen e cessar a tosse. Sugestões de pontos para

tonificação do Qi do Shen: VC4 (Usado para exaustão crônica pois trabalha com as reservas de Jing e

Yuan Qi); R3 (ponto fonte do Shen); B23 (ponto de associação do Shen); E36 (Ponto Mar, Tonifica o

Qi do Fei e de todo o corpo por tonificar o Qi do Pi e o estômago-Wei); BP6 (tonifica o Qi do Pi e faz

subir o Qi do Aquecedor médio e inferior) (LOBO JUNIOR, 2012).

A moxabustão e a inserção de agulhas podem ser feitas em R3, B23 e B13. VC17 é usado

porque é o ponto de influência para o Qi, e VC6 pode ser acrescentado por sua capacidade de reforçar

o Shen (SHOEN, 2005).

3.3.4 Deficiência de Qi do Pi com Fleugma

A deficiência de Qi do Pi leva ao prejuízo em sua função de transformar e transportar, gerando

acúmulo de Umidade e de Fleugma. Esta se acumula no Fei, levando ao bloqueio no fluxo de Qi e

resultando em tosse (LOBO JUNIOR, 2011).

A Fleugma acumulado no Fei pode tornar-se Calor ou Fogo, que danifica o Yin e leva a

dispnéia (XIE; PREAST, 2011).

Os sintomas são cansaço (o Pi produz o Qi dos Alimentos), falta de apetite (característica de

deficiência de Qi do Pi), fezes soltas (acúmulo de Umidade no trato intestinal) e tosse crônica com

catarro branco (caracterizando o acúmulo de Fleugma). O pulso estará vazio e a língua pálida com

saburra espessa (caracterizando o acúmulo de Fleugma) (LOBO JUNIOR, 2012).

Para o tratamento os pontos sugeridos para tonificar o Qi do Pi: VC12 (corresponde ao centro

de energia conhecido como centro do Pi; tonifica a deficiência do Qi do Pi); BP3 (tonifica o Qi do Pi,

além de eliminar a Umidade e a Fleugma), BP6 (além de fazer subir o Qi, tonifica o Pi e elimina a

Umidade); E40 (é o melhor ponto geral para Umidade); E36 (dispersa a Umidade e tonifica e faz subir

19

o Qi); B20 (ponto de associação do Pi, tonifica o Pi, deficiente e o Qi do corpo todo, além de eliminar

a Umidade e a Fleugma) (LOBO JUNIOR, 2012).

4 RELATO DE CASO

Em Outubro do ano de 2011, Toff, um equino mestiço da raça Quarto de Milha de 21 anos, foi

atendido no Jockey Club de Uberaba com manifestações clínicas condizentes com DPOC onde

observava-se tosse com expectoração de secreção esbranquiçada tendendo ao amarelado, dispnéia,

dilatação das narinas, ruídos respiratórios. A proprietária, relatou grande perda de peso nos últimos

dias. No dia seguinte foi confirmado o diagnóstico por endoscopia e foi feita coleta da secreção

traqueobrônquica que estava por todo o assoalho da traquéia para avaliar presença de bactérias. O

resultado do laboratório não revelou bactérias. Então o tratamento iniciou-se com mucolíticos,

antihistamínicos e inalação com corticóide. Dentro de duas semanas não houve melhoras. Então, o

tratamento com acupuntura foi introduzido. A princípio a estratégia de tratamento seria de: eliminar a

Fleugma, tonificar o Qi do Fei, Qi do Shen e depois uma imunoestimulação pela idade avançada do

animal.

Seguem a seguir as sessões com a lista de pontos estimulados, as alterações clínicas

observadas e a descrição anatômica e funcional de cada ponto.

4.1. Pontos de Acupuntura Estimulados

As sessões eram realizadas uma vez por semana de 15-20 minutos de agulhamento, 5 minutos

de moxabustão e finalizava com a aplicação de Vitamina B12 e/ou Sangue.

- 1ª Sessão: 18/10/11: Agulhamento simples nos pontos: P1, P7, P9, ID14, B13, B23. Aplicação de 2

ml de Vitamina B12 nos pontos: B13, B17 e B23.

- 2ª Sessão: 26/10/11: Agulhamento simples nos pontos: P1, E36, P9, IG11, VC22, B13, B20, B21,

B23. Aplicação de 2 ml de Vitaina B12 nos pontos: B13, B20, B21 e B23. Moxabustão nos pontos:

E36 e IG11.

20

- 3ª Sessão: 04/11/11: Agulhamento simples nos pontos: P1, IG11, B13, B20, B21, B23. Aplicação de

2 ml de Vitamina B12 nos pontos: B13, B20, B21, B23. Moxabustão nos pontos E36 e IG11. Injeção

de 2 ml de sangue no VC22 e no Ponto imunidade (10 ml).

- 4ª Sessão: 09/11/11: Agulhamento simples nos pontos: P1, IG11, B13, B20, B21, B23. Aplicação de

2 ml de Vitamina B12 nos pontos B13, B20, B21, B23, IG11. Moxabustão nos pontos E36 e IG11.

Injeção de 2 ml de sangue no VC22 e no Ponto imunidade (10 ml).

- 5ª Sessão: 16/11/11 - Agulhamento simples nos pontos: IG11, B13, B20, B21, B23. Aplicação de 2

ml de Vitamina B12 nos pontos: P1 e B13. Injeção de 2 ml de sangue nos pontos IG11 e no VG14 e

no Ponto imunidade (10 ml).

Não tosse em exercícios, está bem disposto, Liberado para exercícios normais. Dia 19

competiu e não teve sinais da doença.

- 6ª Sessão: 23/11/11 – Agulhamento simples nos pontos: P1, IG11, B13, B20, B21, B23. Aplicação

de 2 ml de Vitamina B12 nos pontos: P1, VG14 e B13. Injeção de 2 ml de sangue nos pontos IG11 e

ID9 e no Ponto imunidade (10 ml).

- 7ª Sessão: 30/11/11 – Agulhamento simples nos pontos: P1, IG11, B13, B20, B21, B23. Injeção de 2

ml de sangue nos pontos IG11, B13, P1 e no VG14 e no Ponto imunidade (10 ml).

- 8ª Sessão: 07/12/11 – Agulhamento simples nos pontos: P1, IG11, B13, B20, B21, B23. Injeção de 2

ml de sangue nos pontos IG11, B13, P1, VG14 e no Ponto imunidade (10 ml).

Animal voltou a engordar

Melhora da tosse e dispnéia em repouso mas tosse esporadicamente nos exercícios.

- 9ª Sessão: 14/12/11 - Injeção de 2 ml de sangue nos pontos IG11, B13, P1e no Ponto imunidade (10

ml).

- 10ª Sessão: 28/12/11 – Injeção de 2 ml de sangue nos pontos IG11, B13, P1 e no Ponto imunidade 10

ml).

Após isso não foram feitas mais sessões e o animal não teve mais sinais da doença e nem

recaídas.

4.2 Descrição dos Pontos Estimulados

21

P1: Zhong fu (Palácio Central)

Localização: Em uma depressão no centro do músculo pectoralis descendens, 1,5 cun lateral ao sulco

peitoral (no primeiro espaço intercostal) (XIE; PREAST, 2011).

Ações: Promove a descida do Qi do Fei e interrompe a tosse, resolve Fleugma do Fei, dispersa a

plenitude do tórax e interrompe dor no tórax (MACIOCIA, 2007).

Método: Inserção perpendicular da agulha a uma profundidade de 2 cun, aquapuntura na profundidade

de 1 cun (XIE; PREAST, 2011).

Indicação: Ponto de alarme do Pulmão; tosse, asma, DPOC, dor no ombro, dor no tórax (XIE;

PREAST, 2011).

P7: Lie-que (Sequência Interrompida)

Localização: Na borda craniomedial do rádio, cranial à veia cefálica no nível da borda distal da

castanha, 1,5 cun proximal à prega transversa da articulação do carpo (XIE; PREAST, 2011).

Ações: Promove a descida e a dispersão do Qi do Fei, liberta o exterior e expele vento exterior,

beneficia a bexiga e abre a passagem das águas , benificia a cabeça e o pescoço, regula a subida e a

descida do Qi na cabeça, abre o nariz (MACIOCIA, 2007).

Método: Inserção oblíqua da agulha a uma profundidade 1 cun (XIE; PREAST, 2011).

Indicação: Ponto mestre de cabeça e pescoço, ponto de conexão-luo do canal do Fei, ponto confluente

com o canal do VC. Rigidez e dor cervical, cefaléia, paralisia facial, tosse, DPOC (XIE; PREAST,

2011).

P9: Tai-yuan (Grande abismo)

Localização: Aspecto medial do carpo, na junção do rádio com a primeira coluna dos ossos do carpo,

no nível dos ossos do carpo acessório (XIE; PREAST, 2011).

Ações: Resolve fleugma, promove a descida do Qi do Fei e interrompe a tosse, tonifica o Qi e o Yin do

Fei, tonifica o Qi da reunião (Zong Qi), promove a circulação do sangue e influencia o pulso, clareia o

calor do Fei e do Fígado (MACIOCIA, 2007).

Método: Inserção perpendicular ou obliqua da agulha em uma profundidade de 0,5 cun (XIE;

PREAST, 2011).

22

Indicação: Ponto Riacho-Shu (terra), ponto fonte-Yuan, ponto de influência do pulso e vasos. Tosse

crônica, asma, DPOC, voz fraca, dor na articulação do carpo (XIE; PREAST, 2011).

Figura 1: Meridiano do Pulmão: P1(1), P7 (7) e P9 (9)

Fonte: XIE; PREAST, 2011.

E36: Hou-san-li

Localização: 0,5 cun lateral ao aspecto cranial da tíbia, sobre o músculo tibialis cranialis (XIE;

PREAST, 2011).

Ações: Benificia estômago e baço, tonifica o Qi e o sangue, tonifica o Qi original, regulariza o Qi

defensivo e nutritivo, aumenta o Yang, expele vento, umidade e friom, resolve edema (MACIOCIA,

2007).

Método: perpendicular da agulha a uma profundidade de 1,5 cun, moxabustão, aquapuntura e

hemopuntura (XIE; PREAST, 2011).

Indicações: Ponto mestre do trato gastrintestinal e abdômen, ponto mar-He (terra), dores abdominais,

úlcera gástrica, estase alimentar fraqueza generalizada, constipação e diarréia (XIE; PREAST, 2011).

23

Figura 2: Meridiano do Estômago: E36 (36).

Fonte: XIE; PREAST, 2011.

IG11: Qu-chi (Charco/Poça da coroa do casco)

Localização: Em uma depressão cranial ao cotovelo (aspecto lateral), na prega cubital transversal,

cranial ao epicôndilo lateral do úmero (XIE; PREAST, 2011).

Ações: clareia o calor e esfria o sangue, remove as obstruções e o calor do canal (MACIOCIA, 2007).

Método: perpendicular da agulha a uma profundidade de 1,5 cun, moxabustão, aquapuntura e

hemopuntura (XIE; PREAST, 2011).

Indicações: Ponto Mar-he (terra, ponto mãe), otontalgia, uveíte, convulsão, febre, dor abdominal,

diarréia, paralisia do membro torácico (XIE; PREAST, 2011).

24

Figura 3: Meridiano do Intestino Grosso: IG11 (11).

Fonte: XIE; PREAST, 2011.

VC22: Tian-tu (Chaminé Celestial)

Localização: Na linha média ventral em uma depressão cranial ao esterno (XIE; PREAST, 2011).

Ações: Estimula a descida do Qi do Pulmão e resolve fleugma (MACIOCIA, 2007).

Método: perpendicular da agulha a uma profundidade de 0,5 cun, moxabustão, aquapuntura e

moxabustão (XIE; PREAST, 2011).

Indicações: Tosse, DPOC, asma, afonia, dor de garganta, desordens da tireóide, espasmo

diafragmático (XIE; PREAST, 2011).

25

Figura 4: Meridiano doVaso Concepção: VC22 (22) .

Fonte: XIE; PREAST, 2011.

B13: Fei-shu (Associação do Pulmão)

Localização: Na borda caudal da cartilagem escapular (oitavo espaço intercostal -EIC), 3 cun lateral a

linha média dorsal (no sulcodo músculo ileocostal) (XIE; PREAST, 2011).

Ações: Estimula a dispersão e a subida do Qi do Fei, expele o vento externo, regula o Qi nutritivo e

defensivo, tonifica o Qi do Fei e nutre o Yin do Fei, clarei o calor, acalma a mente (MACIOCIA,

2007).

Método: Inserção da agulha a uma profundidade de 1 cun, aquapuntura e hemoacupuntura (XIE;

PREAST, 2011).

Indicação: Ponto de associação shu-dorsal do Fei, tosse, DPOC, asma, febre intermitente, sudorese,

congestão nasal (XIE; PREAST, 2011).

B20: Pi-shu (Associação do Baço-Pâncreas)

Localização: No 17° EIC, 3 cun lateral à linha média dorsal (no sulco do músculo ileocostal) (XIE;

PREAST, 2011).

Ações: Tonifica o Baço e o Estômago, resolve a umidade, regula os intestinos, eleva o Qi do Baço e

interrompe o sangramento e nutre o sangue (MACIOCIA, 2007).

26

Método: Inserção perpendicular da agulha a uma profundidade de 1,5 cun, moxabustão, aquapuntura e

hemopuntura (XIE; PREAST, 2011).

Indicação: Ponto de associação shu-dorsal do BP, diarréia, edema, dor na região dorsal, icterícia,

repleção abdominal (XIE; PREAST, 2011).

B21: Wei-shu (Associação do Estômago)

Localização: Caudal à ultima costela, 3 cun lateral à linha média dorsal (no sulco do músculo

ileocostal) (XIE; PREAST, 2011).

Ações: Subjuga a rebelião do Qi do Estômago, tonifica o Estômago, resolve a umidade (MACIOCIA,

2007).

Método: Inserção perpendicular da agulha a uma profundidade de 1,5 cun, moxabustão, aquapuntura e

hemopuntura (XIE; PREAST, 2011).

Indicação: Ponto de associação shu-dorsal do E, promove a motilidade gastrintestinal, alivia cólica,

diarréia, diarréia, cosntipação (XIE; PREAST, 2011).

B23: Shen-shu (Associação do Rim)

Localização: Segundo espaço intervertebral lombar (L2-L3), 3 cun da linha média dorsal (XIE;

PREAST, 2011).

Ações: Tonifica e nutre a essência do Ri, consolida o Qi do Rim, fortalece a parte inferior das costas,

nutre o sangue, beneficia os ossos e a medula, resolve a umidade e beneficia a micção, fortalece a

função do rim de recepção do Qi (MACIOCIA, 2007).

Método: Inserção perpendicular da agulha a uma profundidade de 1,5 cun, moxabustão, aquapuntura e

hemopuntura (XIE; PREAST, 2011).

Indicação: Ponto de associação shu-dorsal do rim, incontinência urinária , impotência, edema,

problemas auriculares, dor na região dorsal (XIE; PREAST, 2011).

27

Figura 5: Meridiano da Bexiga: B13 (13), B17 (17), B20 (20), B21 (21) e B23 (23).

Fonte: XIE; PREAST, 2011.

Ponto Imunidade (Tireóide): Ponto extra exclusivo de cavalos

Localização: No 4 EIC pouco abaixo do cotovelo, somente do lado esquerdo.

Ações: Imunoestimulação

Método: Inserção da agulha hipodérmica e paralela, sentido ombro. Aplicação de 5 a 10 ml de sangue.

Indicação: Doenças crônicas, distúrbios imunomediados.

Figura 6: Ponto imunidade.

Fonte: Acervo pessoal.

28

VG14: Da-zhui (grande vértebra)

Localização: Na depressão na linha média dorsal no espaço intervertebral cervicotorácico (XIE;

PREAST, 2011).

Ações: clareia calor, expele vento exterior, regula o Qi nutritivo e defensivo, extingue o vento interior,

desobstrui a mente, tonifica Yang (MACIOCIA, 2007).

Método: perpendicular da agulha a uma profundidade de 2 cun, moxa ou aquapuntura (XIE; PREAST,

2011).

Indicações: febre, tosse, DPOC, rigidez cervical, erupções cultâneas, convulsão (XIE; PREAST,

2011).

Figura 7: Meridiano do Vaso Governador: VG14 (14).

Fonte: XIE; PREAST, 2011.

4.3 Discussão e Resultados

O animal idoso, já está com sua essência exaurida e qualquer doença crônica enfraquece o Zhong

Qi e danifica o Qi original, tudo isso leva a uma deficiência de Qi do Shen (Movimento Água) que não

consegue apreender e receber o Qi do Jiao Superior até o Jiao Inferior, causando dispnéia e asma.

O animal também tem sintomas do Movimento Terra (emagrecimento) no caso sendo uma

deficiência do Qi do Pi. A deficiência de Qi do Pi leva ao prejuízo em sua função de transformar e

transportar, gerando acúmulo de Umidade e de Fleugma (secreção). Esta se acumula no Fei, levando

ao bloqueio no fluxo de Qi e resultando em tosse.

A tosse ou a dispnéia prolongadas podem enfraquecer e prejudicar o Qi do Fei (Movimento

Metal). A fraqueza do Pi (Elemento mãe do Fei) e do Shen ( Filho do Fei) também podem levar à

29

deficiência de Qi do Fei. A deficiência de Qi do Fei resulta na falha em ascender e descender,

causando dispnéia e asma.

Além disso, o animal tem tosse com secreção esbranquiçada mas, tendendo a amarelada, que

pode ser um início de Calor no Fei.

O tratamento com acupuntura atuou inicialmente removendo os FPE Umidade e Fleugma,

levando à redução da secreção. Com a continuidade das sessões a acupuntura restabeleceu Qi dos

Zang Fu envolvidos melhorando a condição corporal, responsabilidade do Pi, e principalmente

restabelecendo a função respiratória, papel do Fei, além de reforçar o Shen.

O risco de recidiva da enfermidade pode ocorrer em casos de manejo inadequado ou até mesmo

por resposta negativa as medicações e os animais podem fazer uso contínuo de medicamentos para as

crises que normalmente acontecem e isso irá agravar cada vez mais a condição energética do seu Zang

Fu e o animal poderá não voltar às atividades rotineiras. Portanto os efeitos da acupuntura auxiliam o

animal a manter a longevidade e qualidade de vida.

5 CONCLUSÃO

Pode-se concluir que a evolução favorável do relato de caso é um indício de que a acupuntura

é uma técnica eficaz no tratamento da DPOC, onde restabeleceu o equilíbrio energético entre os

meridianos afetados, além do retorno as atividades atléticas e hoje o animal não apresenta mais sinais

da doença.

30

6 REFERÊNCIAS

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http://www.revista.inf.br/veterinaria10/revisao/edic-vi-n10-RL36.pdf. Acesso em: 02 Set. 2012.

LOBO JUNIOR, J.E.S. Acupuntura na prática clínica veterinária. 1 ed. Belo Horizonte: Interbook,

2012.

MACIOCIA, Giovanni. Os fundamentos da medicina chinesa:Um texto abrangente para

acupunturistas e fitoterapeutas. 2 ed. São Paulo: Roca, 2007.

OLIVEIRA FILHO, J.P.; FOGANHOLI, J.N.; ROCHA, E.J.N.; BUENO, A. P. Obstrução

recorrente das vias aéreas inferiores (RAO) em equinos. Equine recurrent airway obstruction.

Disponível em: http://www.revista.inf.br/veterinaria09/revisao/edic-v-n9-RL03.pdf. Acesso em: 02

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PREAST Vanessa. Acupuntura Veterinária Xie. 1 ed. São Paulo: MedVet, 2011.

SHOEN, Alien M. Acupuntura veterinária - Da arte antiga a medicina moderna. 2 ed. São Paulo:

Roca, 2006.

SMITH, Bradford P. Tratado de medicina interna de grandes animais. 3 ed. São Paulo: Manole

Ltda, 2006.

SOUZA, D.W. Doença respiratória. Disponível em: http://www.abraveq.com.br/artigo_0012.pdf.

Acesso em: 10 Out. 2012.

THOMASSIAN, Armen. Enfermidades dos cavalos. 4.ed. São Paulo: Varela, 2005. XIE, Huisheng;


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