PROFESSORrevista do
>>> SAEGO 2016Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás
MATEMÁTICA
entrevista
A avaliação como instrumento para o avanço e a melhoria do sistema
o programa
O Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás
os resultados
Os resultados alcançados em 2016
ISSN 2238-0086
ISSN 2238-0086
PROFESSORrevista do
>>> SAEGO 2016Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás
MATEMÁTICA
FICHA CATALOGRÁFICA
GOIÁS. Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte.
SAEGO – 2016 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.
v. 1 (jan./dez. 2016), Juiz de Fora, 2016 – Anual.
Conteúdo: Revista do Professor - Matemática.
ISSN 2238-0086
CDU 373.3+373.5:371.26(05)
GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS
MARCONI FERREIRA PERILLO JÚNIOR
SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE
RAQUEL FIGUEIREDO ALESSANDRI TEIXEIRA
SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO
MARCOS DAS NEVES
SUPERINTENDÊNCIA DE ACOMPANHAMENTO DOS PROGRAMAS INSTITUCIONAIS
RALPH WALDO RANGEL
NÚCLEO DE ORGANIZAÇÃO E ATENDIMENTO EDUCACIONAL
JOÃO BATISTA PERES JÚNIOR
GERÊNCIA DE AVALIAÇÃO DA REDE DE ENSINO
MÁRCIA MARIA DE CARVALHO PEREIRA
Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaMarcus Vinicius David
Coordenação Geral do CAEdLina Kátia Mesquita de Oliveira
Coordenação da Unidade de PesquisaTufi Machado Soares
Coordenação de Análises e PublicaçõesWagner Silveira Rezende
Coordenação de Design da ComunicaçãoRômulo Oliveira de Farias
Coordenação de Gestão da InformaçãoRoberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo
Coordenação de Instrumentos de AvaliaçãoRenato Carnaúba Macedo
Coordenação de Medidas EducacionaisWellington Silva
Coordenação de Monitoramento e IndicadoresLeonardo Augusto Campos
Coordenação de Operações de AvaliaçãoRafael de Oliveira
Coordenação de Processamento de DocumentosBenito Delage
sumário
resultados27 Os resultados alcançados em 2016
29 Resultados da escola
31 Roteiros de leitura e análise de resultados
44 Resultados por turma
padrões e níveis48 Padrões e níveis de desempenho
49 5º Ano do Ensino Fundamental
66 9º Ano do Ensino Fundamental
84 3ª Série do Ensino Médio
sugestões pedagógicas102 Sugestões para a prática pedagógica
7 apresentação
o programa16 O Sistema de Avaliação Educacional
do Estado de Goiás – SAEGO
entrevista9 A avaliação como instrumento para
o avanço e a melhoria do sistema
apresentação
P rofessor, esta revista é para você. Pensada e
feita para possibilitar seu uso no cotidiano pe-
dagógico. Nela, você encontra os resultados da sua
escola no SAEGO 2016. Com esses resultados, você
obtém um diagnóstico do desempenho de seus es-
tudantes nos testes de proficiência. A partir disso, po-
tencialidades e fragilidades podem ser identificadas
no processo de ensino-aprendizagem, permitindo
uma ampla reflexão sobre as práticas pedagógicas.
Inicialmente, apresentamos o SAEGO e as infor-
mações que o constituem: os dados fornecidos pela
avaliação, bem como os dados da realidade escolar,
os quais compõem esse grande cenário que é o Sis-
tema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás.
A partir de uma análise do panorama do sistema
de avaliação, desde sua criação, no ano de 2011, até
seu penúltimo ciclo de aplicação, em 2015, apresen-
tamos os dados do programa, dando ênfase aos ga-
nhos experimentados, pela rede estadual de ensino
e pelas escolas particulares conveniadas, no que diz
respeito aos resultados.
Em seguida, trazemos os resultados da avaliação
de 2016. Junto às informações pertinentes aos re-
sultados – participação, proficiência média, percen-
tual de estudantes pelos padrões de desempenho,
percentual de acerto por habilidade avaliada –, ofe-
recemos a você um roteiro que pode ajudá-lo a ler
e a compreender as informações produzidas pelo
SAEGO, de modo que você possa utilizá-las para
sistematizar estratégias para a melhora do desem-
penho dos estudantes. Esse roteiro propõe algumas
atividades, cujo objetivo é fornecer ferramentas que
permitam a interpretação pedagógica dos resulta-
dos.
Além dos resultados obtidos nos testes realizados
pelos estudantes, você tem acesso a algumas infor-
mações sobre o contexto da sua escola, como o
Índice Socioeconômico (ISE). É importante ressaltar
que as escolas de Goiás possuem também o Índice
de Desenvolvimento da Educação Goiana (Idego)
como indicador de qualidade da educação.
Por fim, apresentamos sugestões para a prática
pedagógica, com o objetivo de auxiliá-lo na utili-
zação dos resultados da avaliação, para que ações
pedagógicas sejam planejadas e executadas em sua
escola. Trata-se de uma sugestão de ação. Seu intui-
to não é outro senão incentivá-lo a tratar os dados
da avaliação como parte do projeto político-peda-
gógico da escola.
Nosso compromisso é oferecer a você uma visão
geral da avaliação externa e dos resultados obtidos
por sua escola no SAEGO. Esses resultados devem
ser amplamente debatidos, com o envolvimento de
toda a comunidade escolar. Esperamos que este
material atinja esse propósito.
Boa leitura!
Revista do Professor - Matemática 7
Raquel Teixeira é formada em letras, mestre e doutora em
linguística. Está frente à Secretaria pela segunda vez. Com expe-
riência política – deputada federal por dois mandatos – Raquel
é autora do Projeto de Lei que criou o ensino fundamental de
nove anos. Tendo participado ativamente na elaboração do Pla-
no Nacional de Educação, ajudou a criar o piso salarial para pro-
fessores e relatou o projeto para instituição da escola de tempo
integral. Natural de Goiânia, é docente titular da Universidade
Federal de Goiás.
Raquel Teixeira
Secretária de Estado da Educação, Cultura e Esporte
entrevista
Para sustentar bons resultados no indicador brasileiro de qualidade da educa-
ção, Goiás busca fortalecer o diagnóstico e o monitoramento e, sobretudo,
reunir esforços para a melhoria da educação, a partir do trabalho coletivo dos
profi ssionais da rede de ensino. Capitaneada pela professora Raquel Teixeira, a
pasta de Educação, Cultura e Esporte tem como projeto a excelência e a equida-
de. Confi ra os comentários dela sobre o tema na entrevista a seguir.
A avaliação como instrumento para o avanço e a melhoria do sistema
CAEd: Por que avaliar a rede de
ensino por meio de um sistema pró-
prio é importante?
Raquel: A avaliação nacional
ocorre a cada dois anos e para algu-
mas etapas apenas de forma amos-
tral. A avaliação hoje em dia é um
instrumento que temos para defi nir
correção de rumo, políticas públicas,
enfi m, para defi nir para aonde vamos.
Se você não sabe onde está, você
não sabe para aonde você tem que
ir. Goiás trabalha com a ideia da ex-
celência e da equidade. E tanto para
a excelência quanto para a equidade,
se você não tiver evidências, se você
não tiver dados, você não pode ata-
car ou corrigir os problemas. Então,
a avaliação é absolutamente essen-
cial, é uma mensuração que orienta
rumos. Ela não é punitiva, ela fornece
dados para avançarmos e melhorar-
mos o sistema.
CAEd: Implementar o sistema
próprio de avaliação é bastante
desafi ador. Envolve mobilizar a co-
munidade escolar, aplicar os testes
e articular a divulgação dos resulta-
dos e a apropriação deles. Há anos
avaliando a rede, qual é o balanço
dessa política?
Raquel: O nosso trabalho é de
mobilização, de convencimento. Te-
mos mostrado para alunos e profes-
sores, de forma muito simples, qual é
a importância da avaliação. E o SAE-
GO está se tornando uma rotina nas
nossas escolas. Precisamos, talvez,
aprofundar o nível de apropriação
que temos dos dados. Precisamos
avançar um pouco na nossa autono-
mia, no nosso protagonismo, até na
condução das nossas políticas. Mas
não há dúvida: é um caminho que
mudou a cultura da educação em
Goiás, permitiu-nos estar entre os
cinco melhores [sistemas educacio-
nais] do país com certa sustentabili-
dade. Isso é refl exo da maturidade do
sistema próprio de avaliação.
8 SAEGO 2016
Raquel Teixeira é formada em letras, mestre e doutora em
linguística. Está frente à Secretaria pela segunda vez. Com expe-
riência política – deputada federal por dois mandatos – Raquel
é autora do Projeto de Lei que criou o ensino fundamental de
nove anos. Tendo participado ativamente na elaboração do Pla-
no Nacional de Educação, ajudou a criar o piso salarial para pro-
fessores e relatou o projeto para instituição da escola de tempo
integral. Natural de Goiânia, é docente titular da Universidade
Federal de Goiás.
Raquel Teixeira
Secretária de Estado da Educação, Cultura e Esporte
entrevista
Para sustentar bons resultados no indicador brasileiro de qualidade da educa-
ção, Goiás busca fortalecer o diagnóstico e o monitoramento e, sobretudo,
reunir esforços para a melhoria da educação, a partir do trabalho coletivo dos
profi ssionais da rede de ensino. Capitaneada pela professora Raquel Teixeira, a
pasta de Educação, Cultura e Esporte tem como projeto a excelência e a equida-
de. Confi ra os comentários dela sobre o tema na entrevista a seguir.
A avaliação como instrumento para o avanço e a melhoria do sistema
CAEd: Por que avaliar a rede de
ensino por meio de um sistema pró-
prio é importante?
Raquel: A avaliação nacional
ocorre a cada dois anos e para algu-
mas etapas apenas de forma amos-
tral. A avaliação hoje em dia é um
instrumento que temos para defi nir
correção de rumo, políticas públicas,
enfi m, para defi nir para aonde vamos.
Se você não sabe onde está, você
não sabe para aonde você tem que
ir. Goiás trabalha com a ideia da ex-
celência e da equidade. E tanto para
a excelência quanto para a equidade,
se você não tiver evidências, se você
não tiver dados, você não pode ata-
car ou corrigir os problemas. Então,
a avaliação é absolutamente essen-
cial, é uma mensuração que orienta
rumos. Ela não é punitiva, ela fornece
dados para avançarmos e melhorar-
mos o sistema.
CAEd: Implementar o sistema
próprio de avaliação é bastante
desafi ador. Envolve mobilizar a co-
munidade escolar, aplicar os testes
e articular a divulgação dos resulta-
dos e a apropriação deles. Há anos
avaliando a rede, qual é o balanço
dessa política?
Raquel: O nosso trabalho é de
mobilização, de convencimento. Te-
mos mostrado para alunos e profes-
sores, de forma muito simples, qual é
a importância da avaliação. E o SAE-
GO está se tornando uma rotina nas
nossas escolas. Precisamos, talvez,
aprofundar o nível de apropriação
que temos dos dados. Precisamos
avançar um pouco na nossa autono-
mia, no nosso protagonismo, até na
condução das nossas políticas. Mas
não há dúvida: é um caminho que
mudou a cultura da educação em
Goiás, permitiu-nos estar entre os
cinco melhores [sistemas educacio-
nais] do país com certa sustentabili-
dade. Isso é refl exo da maturidade do
sistema próprio de avaliação.
Revista do Professor - Matemática 9
CAEd: Em relação às políticas
que vocês desenvolvem em Goiás,
como a avaliação tem ajudado a im-
plementá-las?
Raquel: As nossas políticas são
tomadas em função das avaliações.
Defi nimos mudanças na formação
de professores, no trabalho de tuto-
res [os tutores pedagógicos são pro-
fi ssionais que atuam junto aos coor-
denadores pedagógicos nas escolas
da rede] a partir das avaliações. Além
do SAEGO, desenvolvemos a ADA, a
Avaliação Dirigida Amostral. Essa ava-
liação é bimestral e a cada aplicação
buscamos identifi car as difi culdades
em língua portuguesa, matemáti-
ca e ciências. A partir daí, a equipe
pedagógica tem uma semana para
elaborar exercícios e atividades de
apoio ao professor para corrigir algu-
mas lacunas. A ADA ajuda a construir
a ideia, a cultura da avaliação como
instrumento de apoio para o avanço,
para o desenvolvimento, para a me-
lhoria, como também faz o SAEGO.
Então, pretendemos fortalecer cada
vez mais as avaliações, exatamente
para defi nir novas políticas, ajudar a
superar ou compensar carências, al-
gumas fragilidades do sistema, como
a sua própria complexidade. Temos
um sistema educacional muito com-
plexo: oferecemos do 1º ao 5º, do 6º
ao 9º [anos do ensino fundamental]
e ensino médio. Até o ano de 2016
tínhamos, inclusive, educação infan-
til. Então, se não tivéssemos parale-
lamente esse sistema de acompa-
nhamento, de monitoramento, de
avaliação, não seríamos capazes de
superar ou compensar essas carên-
cias. É isso o que nos permite cami-
nhar, buscando o melhor.
CAEd: Em relação ao Ideb, Goiás
atinge as metas propostas, para o
ensino fundamental há melhora
tanto na taxa de aprovação quanto
no desempenho e para o ensino mé-
dio o crescimento é mais tímido, o
que acompanha o retrato nacional.
O que a secretaria pretende realizar
para seguir cumprindo as metas?
Raquel: Temos trabalhado de for-
ma muito intensa no aprimoramento
do grupo de tutoria, no circuito de
gestão para todas as escolas, esta-
belecendo rotinas, porque a maioria
dos diretores não teve formação es-
pecífi ca para a gestão. Já contamos
com o currículo de referência, o que
garante essa sustentabilidade nos re-
sultados. Estamos fazendo formação
de professores de forma sistemática,
porque não existe qualidade da edu-
cação que seja melhor do que a qua-
lidade dos professores. Então, busca-
mos o envolvimento dos professores
nos processos permanentes de for-
mação focada no “chão da escola”,
com o auxílio dos tutores.
CAEd: Em relação aos resultados
até 2015, a participação de vocês é
muito boa, melhor ainda no ensino
fundamental, mas há queda no ensi-
no médio. Por que isso ocorre?
Raquel: O ensino médio é o grande
"gargalo" da educação brasileira hoje,
não é? É também o desafi o. Nenhum
país do mundo tem uma estrutura de
ensino médio tão ruim quanto a nossa.
Desinteresse e desestímulo não têm
a ver com a qualidade dos professo-
res, dos diretores ou do sistema, têm
a ver com a estrutura do ensino mé-
dio em si. Esperamos que a reforma
do ensino médio seja implementada
e faça realmente a diferença. O aluno
precisa, depois dos 15 anos, ter a fl exi-
bilidade da escolha dos seus itinerários
de aprendizagem. No PISA [Programa
Internacional de Avaliação de Alunos,
coordenado pela Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Eco-
nômico, a OCDE], por exemplo, 15
anos é a faixa etária dos alunos. Ne-
nhum teste internacional seria possível
depois dessa idade, porque na maior
parte dos países do mundo até os 15
há um currículo mais ou menos uni-
versal para todos. A partir daí, a maio-
ria dos países permite fl exibilização e
difi cilmente poderíamos comparar um
aluno de 16, 17 anos que faça ensino
médio nos Estados Unidos com o que
faz no Canadá, lá na China, ou então
em qualquer outro lugar. Temos que
entender: até 15 anos, até o fi nal do en-
sino fundamental, há necessidade de
conhecimentos universais acumulados
pela humanidade que sejam de domí-
nio de todos. Depois disso, o aluno tem
que ter a possibilidade de escolher os
seus itinerários de aprendizagem, para
se aprofundar naquilo que ele quer que
seja a sua formação profi ssional futura.
Enquanto não conseguirmos estabele-
cer esse modelo novo de estrutura de
ensino médio, não teremos os alunos
de volta, entusiasmados, porque se in-
sistirmos na estrutura atual, continuare-
mos a fracassar.
CAEd: Os resultados do SAEGO,
como também os das avaliações na-
cionais, evidenciam as difi culdades
de aprendizagem em matemática. O
que a secretaria tem proposto hoje
para a rede, a fi m de sensibilizar pro-
fessores e estudantes para a melho-
ria nesse aspecto?
Raquel: Olha, nós temos uma di-
fi culdade profunda de recrutamento
de professores de matemática. O que
as universidades em geral formam de
licenciados em matemática é muito
baixo, não atende à demanda e aí o
que acontece? Nós temos profes-
sores de outras áreas de formação
dando aula de matemática e isso não
tem como dar certo! E além da falta
real de professores nas aulas de ma-
temática, temos equívocos de forma-
ção e de cultura da escola. Descobri
essa semana que um professor de
matemática trabalha na secretaria da
10 SAEGO 2016
CAEd: Em relação às políticas
que vocês desenvolvem em Goiás,
como a avaliação tem ajudado a im-
plementá-las?
Raquel: As nossas políticas são
tomadas em função das avaliações.
Defi nimos mudanças na formação
de professores, no trabalho de tuto-
res [os tutores pedagógicos são pro-
fi ssionais que atuam junto aos coor-
denadores pedagógicos nas escolas
da rede] a partir das avaliações. Além
do SAEGO, desenvolvemos a ADA, a
Avaliação Dirigida Amostral. Essa ava-
liação é bimestral e a cada aplicação
buscamos identifi car as difi culdades
em língua portuguesa, matemáti-
ca e ciências. A partir daí, a equipe
pedagógica tem uma semana para
elaborar exercícios e atividades de
apoio ao professor para corrigir algu-
mas lacunas. A ADA ajuda a construir
a ideia, a cultura da avaliação como
instrumento de apoio para o avanço,
para o desenvolvimento, para a me-
lhoria, como também faz o SAEGO.
Então, pretendemos fortalecer cada
vez mais as avaliações, exatamente
para defi nir novas políticas, ajudar a
superar ou compensar carências, al-
gumas fragilidades do sistema, como
a sua própria complexidade. Temos
um sistema educacional muito com-
plexo: oferecemos do 1º ao 5º, do 6º
ao 9º [anos do ensino fundamental]
e ensino médio. Até o ano de 2016
tínhamos, inclusive, educação infan-
til. Então, se não tivéssemos parale-
lamente esse sistema de acompa-
nhamento, de monitoramento, de
avaliação, não seríamos capazes de
superar ou compensar essas carên-
cias. É isso o que nos permite cami-
nhar, buscando o melhor.
CAEd: Em relação ao Ideb, Goiás
atinge as metas propostas, para o
ensino fundamental há melhora
tanto na taxa de aprovação quanto
no desempenho e para o ensino mé-
dio o crescimento é mais tímido, o
que acompanha o retrato nacional.
O que a secretaria pretende realizar
para seguir cumprindo as metas?
Raquel: Temos trabalhado de for-
ma muito intensa no aprimoramento
do grupo de tutoria, no circuito de
gestão para todas as escolas, esta-
belecendo rotinas, porque a maioria
dos diretores não teve formação es-
pecífi ca para a gestão. Já contamos
com o currículo de referência, o que
garante essa sustentabilidade nos re-
sultados. Estamos fazendo formação
de professores de forma sistemática,
porque não existe qualidade da edu-
cação que seja melhor do que a qua-
lidade dos professores. Então, busca-
mos o envolvimento dos professores
nos processos permanentes de for-
mação focada no “chão da escola”,
com o auxílio dos tutores.
CAEd: Em relação aos resultados
até 2015, a participação de vocês é
muito boa, melhor ainda no ensino
fundamental, mas há queda no ensi-
no médio. Por que isso ocorre?
Raquel: O ensino médio é o grande
"gargalo" da educação brasileira hoje,
não é? É também o desafi o. Nenhum
país do mundo tem uma estrutura de
ensino médio tão ruim quanto a nossa.
Desinteresse e desestímulo não têm
a ver com a qualidade dos professo-
res, dos diretores ou do sistema, têm
a ver com a estrutura do ensino mé-
dio em si. Esperamos que a reforma
do ensino médio seja implementada
e faça realmente a diferença. O aluno
precisa, depois dos 15 anos, ter a fl exi-
bilidade da escolha dos seus itinerários
de aprendizagem. No PISA [Programa
Internacional de Avaliação de Alunos,
coordenado pela Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Eco-
nômico, a OCDE], por exemplo, 15
anos é a faixa etária dos alunos. Ne-
nhum teste internacional seria possível
depois dessa idade, porque na maior
parte dos países do mundo até os 15
há um currículo mais ou menos uni-
versal para todos. A partir daí, a maio-
ria dos países permite fl exibilização e
difi cilmente poderíamos comparar um
aluno de 16, 17 anos que faça ensino
médio nos Estados Unidos com o que
faz no Canadá, lá na China, ou então
em qualquer outro lugar. Temos que
entender: até 15 anos, até o fi nal do en-
sino fundamental, há necessidade de
conhecimentos universais acumulados
pela humanidade que sejam de domí-
nio de todos. Depois disso, o aluno tem
que ter a possibilidade de escolher os
seus itinerários de aprendizagem, para
se aprofundar naquilo que ele quer que
seja a sua formação profi ssional futura.
Enquanto não conseguirmos estabele-
cer esse modelo novo de estrutura de
ensino médio, não teremos os alunos
de volta, entusiasmados, porque se in-
sistirmos na estrutura atual, continuare-
mos a fracassar.
CAEd: Os resultados do SAEGO,
como também os das avaliações na-
cionais, evidenciam as difi culdades
de aprendizagem em matemática. O
que a secretaria tem proposto hoje
para a rede, a fi m de sensibilizar pro-
fessores e estudantes para a melho-
ria nesse aspecto?
Raquel: Olha, nós temos uma di-
fi culdade profunda de recrutamento
de professores de matemática. O que
as universidades em geral formam de
licenciados em matemática é muito
baixo, não atende à demanda e aí o
que acontece? Nós temos profes-
sores de outras áreas de formação
dando aula de matemática e isso não
tem como dar certo! E além da falta
real de professores nas aulas de ma-
temática, temos equívocos de forma-
ção e de cultura da escola. Descobri
essa semana que um professor de
matemática trabalha na secretaria da
Revista do Professor - Matemática 11
escola, apoiando a diretora na área
administrativa, e uma professora de
geografi a dá aulas de matemática.
Desnecessário dizer que eu fi quei
muito brava com essa diretora. Mas
esse é um caso que tomei conheci-
mento, e os que eu não tomo? Esta-
mos aperfeiçoando o nosso monito-
ramento da rede para evitar que isso
aconteça, mas ainda temos em torno
de 40% de professores com desvio
de aula, de atuação em desacordo
com a formação. Matemática sofre
muito com esse problema, e diferen-
temente de língua portuguesa, que
você pode aprimorar o aprendizado
no convívio com as pessoas, mate-
mática precisa da escola. É o tipo de
ensinamento que requer escola, pro-
fessor, e professor qualifi cado!
CAEd: Professora, algum recado
para os profi ssionais da rede que vão
ler os materiais de divulgação e apro-
priação dos resultados do SAEGO?
Raquel: Deposito minha confi an-
ça absoluta [nos professores], mesmo
com todas as difi culdades que nós te-
mos: de quadro temporário, precário,
como eu insisto em dizer que estamos
tendo difi culdade de superar. Uma boa
notícia aos professores da rede é a au-
torização de concurso público com va-
gas para matemática, física e química.
Essa é uma primeira medida. Reconhe-
ço as difi culdades, mas, mesmo assim,
estamos avançando, estamos entre os
cinco melhores sistemas educacionais
do Brasil, em todos os níveis: 1º ao 5º,
6º ao 9º [anos do ensino fundamen-
tal] e ensino médio. As minhas palavras
para a rede, para os professores e para
os gestores são de gratidão. Reitero o
meu compromisso de estar lutando
sempre para melhorar as condições.
As minhas palavras para
a rede, para os professores e
para os gestores são de gratidão.
Aprender é um direito de todos. A materializa-
ção desse direito é um enorme desafi o para pro-
fessores, gestores e toda a comunidade escolar.
O direito à aprendizagem está relacionado
com objetivos que trabalham os aspectos cogni-
tivos, que são fundamentais e, portanto, devem
ser atingidos. Entretanto, cabe à escola, para que
esse direito seja, de fato, uma realidade, trabalhar
também com valores que estão relacionados à
formação do ser humano e à construção de uma
sociedade justa, democrática e solidária. Essa é a
complexidade da ação pedagógica que desafi a o
dia a dia dos profi ssionais da educação. Nesse sen-
tido, a defi nição das orientações curriculares e a
implementação do projeto político-pedagógico no
interior de cada escola são elementos essenciais
para garantir o êxito do processo educativo.
A avaliação em larga escala se situa no interior
de cada escola, em particular, e na rede de ensino,
de modo geral, como uma linha auxiliar ou uma
ferramenta para que o direito de aprender seja ga-
rantido a todos os estudantes.
A igualdade de oportunidades educacionais é
um dos pilares para a construção de uma escola
democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse
olhar que professores e gestores devem analisar e
se apropriar dos resultados da avaliação em larga
escala, dando vida e signifi cado pedagógico aos
números, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.
Os dados não falam por si. Eles devem ser con-
textualizados, considerando vários fatores que es-
tão relacionados com os resultados obtidos pela
escola no processo de avaliação em larga escala.
São um ponto de partida, um convite à análise e ao
planejamento para promover a equidade e melho-
rar a qualidade do ensino ofertado. As avaliações
externas complementam o trabalho diário da esco-
la e suas avaliações internas, jamais as substituem.
Além do perfi l socioeconômico, que já vem
sendo estudado pelas avaliações como um fator
que pode interferir nos resultados, é importante
destacar aqueles internos à vida da escola: as ca-
racterísticas da gestão, as práticas pedagógicas, o
clima escolar etc.
O clima escolar está relacionado a vários aspec-
tos característicos do processo educativo e que
são importantes para um bom desenvolvimento
das atividades curriculares: convivência, cuidado,
disciplina, interesse e motivação, organização e
segurança; uma gestão democrática comprome-
tida com a qualidade da educação; professores
comprometidos com o sucesso escolar e com a
viabilização do direito dos seus alunos aprenderem
etc. Todos esses aspectos refl etem uma concep-
ção de escola e de educação, perpassando toda
a dinâmica da escola, inclusive na forma como a
avaliação é concebida e apropriada pelos agentes
que a constituem. Dessa forma, tudo isso deve es-
tar contido no projeto político-pedagógico da es-
cola, a partir de um marco referencial que trabalha
a formação de valores e, portanto, a importância
da educação na vida dos estudantes.
É nesse sentido que os resultados do SAEGO
2016 devem ser apropriados pela comunidade es-
colar, como um diagnóstico importante para as re-
visões necessárias ao processo pedagógico desen-
volvido. Devem ser analisados em conjunto com
as atividades curriculares e com os processos de
avaliação interna previstos no cotidiano da escola.
Sabemos que são muitos os desafi os da escola
no mundo atual: ela deve ser um espaço de co-
nhecimento, de liberdade, de criação, de cidada-
nia e de busca permanente pela equidade, além
de transmitir os conhecimentos historicamente
acumulados. E é com o olhar de educador que
enfrenta esses desafi os e mantém a esperança e a
capacidade de luta que convidamos você a acom-
panhar o relato a seguir.
Aprender - Direito de Todos
12 SAEGO 2016
escola, apoiando a diretora na área
administrativa, e uma professora de
geografi a dá aulas de matemática.
Desnecessário dizer que eu fi quei
muito brava com essa diretora. Mas
esse é um caso que tomei conheci-
mento, e os que eu não tomo? Esta-
mos aperfeiçoando o nosso monito-
ramento da rede para evitar que isso
aconteça, mas ainda temos em torno
de 40% de professores com desvio
de aula, de atuação em desacordo
com a formação. Matemática sofre
muito com esse problema, e diferen-
temente de língua portuguesa, que
você pode aprimorar o aprendizado
no convívio com as pessoas, mate-
mática precisa da escola. É o tipo de
ensinamento que requer escola, pro-
fessor, e professor qualifi cado!
CAEd: Professora, algum recado
para os profi ssionais da rede que vão
ler os materiais de divulgação e apro-
priação dos resultados do SAEGO?
Raquel: Deposito minha confi an-
ça absoluta [nos professores], mesmo
com todas as difi culdades que nós te-
mos: de quadro temporário, precário,
como eu insisto em dizer que estamos
tendo difi culdade de superar. Uma boa
notícia aos professores da rede é a au-
torização de concurso público com va-
gas para matemática, física e química.
Essa é uma primeira medida. Reconhe-
ço as difi culdades, mas, mesmo assim,
estamos avançando, estamos entre os
cinco melhores sistemas educacionais
do Brasil, em todos os níveis: 1º ao 5º,
6º ao 9º [anos do ensino fundamen-
tal] e ensino médio. As minhas palavras
para a rede, para os professores e para
os gestores são de gratidão. Reitero o
meu compromisso de estar lutando
sempre para melhorar as condições.
As minhas palavras para
a rede, para os professores e
para os gestores são de gratidão.
Aprender é um direito de todos. A materializa-
ção desse direito é um enorme desafi o para pro-
fessores, gestores e toda a comunidade escolar.
O direito à aprendizagem está relacionado
com objetivos que trabalham os aspectos cogni-
tivos, que são fundamentais e, portanto, devem
ser atingidos. Entretanto, cabe à escola, para que
esse direito seja, de fato, uma realidade, trabalhar
também com valores que estão relacionados à
formação do ser humano e à construção de uma
sociedade justa, democrática e solidária. Essa é a
complexidade da ação pedagógica que desafi a o
dia a dia dos profi ssionais da educação. Nesse sen-
tido, a defi nição das orientações curriculares e a
implementação do projeto político-pedagógico no
interior de cada escola são elementos essenciais
para garantir o êxito do processo educativo.
A avaliação em larga escala se situa no interior
de cada escola, em particular, e na rede de ensino,
de modo geral, como uma linha auxiliar ou uma
ferramenta para que o direito de aprender seja ga-
rantido a todos os estudantes.
A igualdade de oportunidades educacionais é
um dos pilares para a construção de uma escola
democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse
olhar que professores e gestores devem analisar e
se apropriar dos resultados da avaliação em larga
escala, dando vida e signifi cado pedagógico aos
números, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.
Os dados não falam por si. Eles devem ser con-
textualizados, considerando vários fatores que es-
tão relacionados com os resultados obtidos pela
escola no processo de avaliação em larga escala.
São um ponto de partida, um convite à análise e ao
planejamento para promover a equidade e melho-
rar a qualidade do ensino ofertado. As avaliações
externas complementam o trabalho diário da esco-
la e suas avaliações internas, jamais as substituem.
Além do perfi l socioeconômico, que já vem
sendo estudado pelas avaliações como um fator
que pode interferir nos resultados, é importante
destacar aqueles internos à vida da escola: as ca-
racterísticas da gestão, as práticas pedagógicas, o
clima escolar etc.
O clima escolar está relacionado a vários aspec-
tos característicos do processo educativo e que
são importantes para um bom desenvolvimento
das atividades curriculares: convivência, cuidado,
disciplina, interesse e motivação, organização e
segurança; uma gestão democrática comprome-
tida com a qualidade da educação; professores
comprometidos com o sucesso escolar e com a
viabilização do direito dos seus alunos aprenderem
etc. Todos esses aspectos refl etem uma concep-
ção de escola e de educação, perpassando toda
a dinâmica da escola, inclusive na forma como a
avaliação é concebida e apropriada pelos agentes
que a constituem. Dessa forma, tudo isso deve es-
tar contido no projeto político-pedagógico da es-
cola, a partir de um marco referencial que trabalha
a formação de valores e, portanto, a importância
da educação na vida dos estudantes.
É nesse sentido que os resultados do SAEGO
2016 devem ser apropriados pela comunidade es-
colar, como um diagnóstico importante para as re-
visões necessárias ao processo pedagógico desen-
volvido. Devem ser analisados em conjunto com
as atividades curriculares e com os processos de
avaliação interna previstos no cotidiano da escola.
Sabemos que são muitos os desafi os da escola
no mundo atual: ela deve ser um espaço de co-
nhecimento, de liberdade, de criação, de cidada-
nia e de busca permanente pela equidade, além
de transmitir os conhecimentos historicamente
acumulados. E é com o olhar de educador que
enfrenta esses desafi os e mantém a esperança e a
capacidade de luta que convidamos você a acom-
panhar o relato a seguir.
Aprender - Direito de Todos
Revista do Professor - Matemática 13
As palavras de Cora Coralina, escritora natural
de Goiás, anunciam o clima de contentamento
da escola de Goiás. As difi culdades da educação
pública não abatem essa escola. Na verdade, os
desafi os de ensino e aprendizagem são respon-
sáveis por mobilizar os atores do sistema de en-
sino - gestores, professores e, claro, alunos e familia-
res - para superação, para o desenvolvimento.
A cada edição do Ideb, bons e melhores resul-
tados. Em especial, a ampliação e a consolidação
da escola de tempo integral são as escolhas para a
formação sólida, pautada na qualidade da educa-
ção a partir do diálogo, no dia a dia da escola de
Goiás, a partir da troca, do aprendizado. Porque a
escola de Goiás busca educar, mas também aco-
lher, orientar, fomentar sonhos.
“A escola ajuda no futuro. Há várias coisas, tipo
matemática e português, que a gente vai preci-
sar muito, muito mesmo para quando a gente for
trabalhar, e a gente quer sempre ter um trabalho
bom. A escola é muito importante” – comenta Gui-
lherme, aluno do 9º ano.
A escola de Goiás como uma segunda casa. A
escola de Goiás sabe e reconhece o espaço do
saber como também o de bem receber.
“A gente costuma muito fi car aqui o dia inteiro
e quando a gente fi ca em casa, a gente fi ca só, a
gente sente falta do que a gente faz aqui na esco-
la, a gente faz uma coisinha só em casa, aí, nossa,
a gente quer fazer mais de uma coisinha, a gente
sente falta de conversar com os colegas. A gente
conversou com a nossa mãe, a gente queria es-
tudar meio período, a gente queria inventar outra
coisinha para a gente fazer no outro período, não
é, então, sabe, a gente pegou e falou assim ‘não,
vamos estudar numa de dia inteiro, novamente’.
Na escola sempre tem algo novo para a gente fa-
zer” – justifi ca Carine, aluna do 9º ano.
Porque a escola de Goiás é lugar de abrigo, de
conforto.
“Os alunos gostam muito desse espaço, por-
que, querendo ou não, é aqui que eles passam
dez horas diárias. Aqui eles criam vínculos, fazem
amizade para a vida inteira e são bem acolhidos.
Quando chegam as férias, muitos choram, não
querem ir, querem fi car. E quando a gente libera os
que passaram? Eles voltam e ajudam os que fi ca-
ram de recuperação. A gente até entende, é uma
rotina aqui. Aqui eles estudam, brincam. E a gente
recebe no fi m de semana também. Quem quiser
vir, vem” – afi rma a diretora de escola Neuva.
A escola de Goiás busca compartilhar as difi -
culdades da implementação do projeto de tempo
integral para crescer.
Neuva complementa: “Quando começamos,
não tínhamos espaço físico, não tínhamos recursos
humanos nem sabíamos lidar com a questão da
criança dez horas na escola. No início, na realida-
de, a escola de tempo integral seria um lugar para
tirar as crianças da rua e, logo, estudando, pegan-
do exemplos de escolas, de outros estados, como
funciona a escola de tempo integral, nos adequan-
do, em especial aos recursos humanos, não está-
vamos preparados, começamos a construir, vamos
dizer que somos pioneiros. Hoje temos muita ba-
gagem tanto para continuar o projeto quanto para
ajudar as outras escolas a implementarem. Nós co-
meçamos do nada. Hoje, a escola que entra já tem
algum projeto”.
O amadurecimento do projeto da escola de
Goiás é percebido.
“Quando a gente entrou na escola, o que tem
aqui, não era como é. Mudou muito a escola, e
melhorou também muito. Hoje existe organização
das ofi cinas, das atividades de cada disciplina” –
atesta Caroline, aluna do 9º ano.
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”
A escola de Goiás, que acumula diversidade,
reúne os atores e traduz mutualidade.
Caroline ainda manda o recado: “A gente tem
que se empenhar cada vez mais. A escola faz o alu-
no, mas o aluno também tem que ajudar, não é?
A escola melhora o aluno e o aluno melhora mais
ainda a escola”.
Para Michaela, aluna do 4º ano, não é diferen-
te: “A escola ensina muita coisa pra gente, ela dá
exemplo. A professora reconhece quando a gente
agradece e respeita o colega”.
A escola de Goiás também prima por disciplina
e normas.
“A escola de tempo integral é uma realidade,
veio para fi car. Apesar, ainda, de muitos pais enten-
derem que a escola de tempo integral é para que
eles possam trabalhar, a ideia da modalidade não
é essa. A relação entre alunos e escola de tempo
integral, a priori, não é fácil. Somos austeros. O que
rege essa escola para ter esse resultado [Ideb acima
da meta] é exatamente a disciplina. Qualquer lugar,
na vida, que você for trabalhar, você precisa ter
disciplina, respeito. A criança tem que se adequar,
com o regimento da escola, e os pais também.
Como nós fazemos? Entrevista com a direção, pais
e alunos, todos, independentemente de classe, de
cor, e apresentação do regimento. Aí todo mundo
já sabe como vai funcionar” – explica a diretora de
escola Elandia, mais conhecida como Índia.
A escola de Goiás estabelece parceria entre os
atores para seguir, para fazer acreditar.
“Sempre trazemos ex-alunos de sucesso, hoje
profi ssionais, até professores. Apresentamos isso
porque sempre incentivamos os alunos daqui.
Porque pobreza não tem que casar com falta de
conhecimento, pelo contrário. Com comprometi-
mento, familiar inclusive, e disciplina, alcançamos
o sucesso: o aluno entra na faculdade, muitas ve-
zes sem ajuda de programas sociais” – reforça ela.
Atualmente, mais de 10% das escolas públicas
estaduais de Goiás são de tempo integral. Para
2017, pelo menos 30 escolas do sistema vão inte-
grar a escola integral do novo ensino médio.
14 SAEGO 2016
A escola de Goiás, que acumula diversidade,
reúne os atores e traduz mutualidade.
Caroline ainda manda o recado: “A gente tem
que se empenhar cada vez mais. A escola faz o alu-
no, mas o aluno também tem que ajudar, não é?
A escola melhora o aluno e o aluno melhora mais
ainda a escola”.
Para Michaela, aluna do 4º ano, não é diferen-
te: “A escola ensina muita coisa pra gente, ela dá
exemplo. A professora reconhece quando a gente
agradece e respeita o colega”.
A escola de Goiás também prima por disciplina
e normas.
“A escola de tempo integral é uma realidade,
veio para fi car. Apesar, ainda, de muitos pais enten-
derem que a escola de tempo integral é para que
eles possam trabalhar, a ideia da modalidade não
é essa. A relação entre alunos e escola de tempo
integral, a priori, não é fácil. Somos austeros. O que
rege essa escola para ter esse resultado [Ideb acima
da meta] é exatamente a disciplina. Qualquer lugar,
na vida, que você for trabalhar, você precisa ter
disciplina, respeito. A criança tem que se adequar,
com o regimento da escola, e os pais também.
Como nós fazemos? Entrevista com a direção, pais
e alunos, todos, independentemente de classe, de
cor, e apresentação do regimento. Aí todo mundo
já sabe como vai funcionar” – explica a diretora de
escola Elandia, mais conhecida como Índia.
A escola de Goiás estabelece parceria entre os
atores para seguir, para fazer acreditar.
“Sempre trazemos ex-alunos de sucesso, hoje
profi ssionais, até professores. Apresentamos isso
porque sempre incentivamos os alunos daqui.
Porque pobreza não tem que casar com falta de
conhecimento, pelo contrário. Com comprometi-
mento, familiar inclusive, e disciplina, alcançamos
o sucesso: o aluno entra na faculdade, muitas ve-
zes sem ajuda de programas sociais” – reforça ela.
Atualmente, mais de 10% das escolas públicas
estaduais de Goiás são de tempo integral. Para
2017, pelo menos 30 escolas do sistema vão inte-
grar a escola integral do novo ensino médio.
Revista do Professor - Matemática 15
O Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás – SAEGO
o programa
A qui, você encontra um pouco da história do SAEGO, das principais mu-
danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pela
rede estadual de ensino e pelas escolas particulares conveniadas no que diz
respeito aos seus resultados. Uma história feita não só de números, gráfi cos
e dados, mas, principalmente, enredada pela vida escolar e pelo dia a dia de
milhares de crianças e jovens goianos.
Criado em 2011, pelo estado de Goiás, o Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás (SAEGO) tem como principal objetivo assegurar aos estudantes o acesso a uma educação de qualidade e equânime. Desde sua criação, o SAEGO, por meio dos instrumentos de avaliação, vem produzindo diagnósticos importantes sobre a realidade da rede estadual e das escolas particulares conveniadas de Goiás, subsidiando assim ações e políticas públicas que visem a enfrentar os obstáculos encontrados.
O SAEGO mantém o mesmo desenho de avaliação desde sua criação, em 2011, avaliando, anualmente, o 2° ano do ensino fundamental em língua portuguesa, o 3° e 5° anos, também do ensino fundamental, e a 3ª série do ensino médio, em língua portuguesa e matemática. Além de avaliar os alunos da rede estadual pública, o programa abrange escolas particulares conveniadas.Avaliando em seus seis anos de aplicação as mesmas etapas e disciplinas, o SAEGO consegue oferecer, ao longo do tempo, importantes informações sobre o ensino ofertado e acompanhar os avanços conquistados, nessas etapas, depois da implementação do programa.
A rede estadual e as escolas particulares conveniadas, a partir de 2013, obtiveram um percentual de participação acima de 75%, participação mínima esperada para que os resultados possam ser generalizados.
2011
2012
2013
2015 foi o ano que apresentou o maior percentual de participação desde a criação do programa. Nessa edição, 84% dos estudantes da rede estadual e 93,5% dos estudantes das escolas particulares conveniadas responderam ao teste. Em todas as aplicações, as escolas particulares conveniadas apresentaram um percentual de participação mais expressivo do que o da rede estadual.
Nessa edição, foram avaliados 98.886 estudantes da rede estadual de ensino, bem como 8.135 das escolas particulares conveniadas.
2014
2015
Desde 2011, o SAEGO avaliou cerca de 530 mil estudantes da rede pública estadual e 42
mil das escolas particulares conveniadas. Entre 2011 e 2015, o percentual de participação
cresceu gradativamente nas duas redes de ensino.
Na rede pública, o percentual subiu de 77,9% para 84% e nas escolas particulares con-
veniadas, de 92,5% para 93,5%.
Em 2016, foram avaliados 108.940 estudantes da rede estadual e 8.517 estudantes das
escolas particulares conveniadas, todos em língua portuguesa e matemática. O percentual
de participação de ambas as redes foi bem alto. Na rede estadual mais de 87% de estudan-
tes realizaram os testes do SAEGO e nas escolas particulares conveniadas, esse número
foi de 94%.
16 SAEGO 2016
O Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás – SAEGO
o programa
A qui, você encontra um pouco da história do SAEGO, das principais mu-
danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pela
rede estadual de ensino e pelas escolas particulares conveniadas no que diz
respeito aos seus resultados. Uma história feita não só de números, gráfi cos
e dados, mas, principalmente, enredada pela vida escolar e pelo dia a dia de
milhares de crianças e jovens goianos.
Criado em 2011, pelo estado de Goiás, o Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás (SAEGO) tem como principal objetivo assegurar aos estudantes o acesso a uma educação de qualidade e equânime. Desde sua criação, o SAEGO, por meio dos instrumentos de avaliação, vem produzindo diagnósticos importantes sobre a realidade da rede estadual e das escolas particulares conveniadas de Goiás, subsidiando assim ações e políticas públicas que visem a enfrentar os obstáculos encontrados.
O SAEGO mantém o mesmo desenho de avaliação desde sua criação, em 2011, avaliando, anualmente, o 2° ano do ensino fundamental em língua portuguesa, o 3° e 5° anos, também do ensino fundamental, e a 3ª série do ensino médio, em língua portuguesa e matemática. Além de avaliar os alunos da rede estadual pública, o programa abrange escolas particulares conveniadas.Avaliando em seus seis anos de aplicação as mesmas etapas e disciplinas, o SAEGO consegue oferecer, ao longo do tempo, importantes informações sobre o ensino ofertado e acompanhar os avanços conquistados, nessas etapas, depois da implementação do programa.
A rede estadual e as escolas particulares conveniadas, a partir de 2013, obtiveram um percentual de participação acima de 75%, participação mínima esperada para que os resultados possam ser generalizados.
2011
2012
2013
2015 foi o ano que apresentou o maior percentual de participação desde a criação do programa. Nessa edição, 84% dos estudantes da rede estadual e 93,5% dos estudantes das escolas particulares conveniadas responderam ao teste. Em todas as aplicações, as escolas particulares conveniadas apresentaram um percentual de participação mais expressivo do que o da rede estadual.
Nessa edição, foram avaliados 98.886 estudantes da rede estadual de ensino, bem como 8.135 das escolas particulares conveniadas.
2014
2015
Desde 2011, o SAEGO avaliou cerca de 530 mil estudantes da rede pública estadual e 42
mil das escolas particulares conveniadas. Entre 2011 e 2015, o percentual de participação
cresceu gradativamente nas duas redes de ensino.
Na rede pública, o percentual subiu de 77,9% para 84% e nas escolas particulares con-
veniadas, de 92,5% para 93,5%.
Em 2016, foram avaliados 108.940 estudantes da rede estadual e 8.517 estudantes das
escolas particulares conveniadas, todos em língua portuguesa e matemática. O percentual
de participação de ambas as redes foi bem alto. Na rede estadual mais de 87% de estudan-
tes realizaram os testes do SAEGO e nas escolas particulares conveniadas, esse número
foi de 94%.
Revista do Professor - Matemática 17
E o que mostram os resultados do SAEGO em relação ao desempenho
estudantil?
Quando analisamos os resultados do SAEGO, é possível observar que, em
língua portuguesa, houve melhoria nos resultados da rede estadual em todas
as etapas avaliadas. Já entre as escolas particulares conveniadas, a 3ª série
do ensino médio apresentou uma redução de 1,1 na profi ciência, se com-
pararmos os anos de 2011 e 2015. Entretanto, não chega a ser uma queda
considerável.
Na aplicação realizada em 2015, com exceção da 3ª série do ensino médio
das escolas particulares conveniadas, todas as etapas, das duas redes avalia-
das, apresentaram avanços de profi ciência, que variaram entre 9 e 20 pontos.
Em todas as etapas, os resultados de profi ciência das escolas particulares
conveniadas superaram os da rede estadual. Na 3ª série do ensino médio,
apesar da pequena queda no resultado de profi ciência, os resultados ainda
fi caram quase 30 pontos acima do desempenho da rede estadual. O gráfi co
1, apresentado a seguir, demonstra esses dados.
Gráfi co 1
Profi ciência em língua portuguesa – 3ª série do ensino médio
262,9 262,8270,0 267,7
272,1
292,7287,8
301,7
291,1 291,6
240,0
250,0
260,0
270,0
280,0
290,0
300,0
310,0
2011 2012 2013 2014 2015
Rede Estadual Rede Particular Conveniada
Fonte: CAEd/UFJF, 2016.
De acordo com a análise apresentada no gráfi co 2, observa-se que, em
matemática, o 5° ano do ensino fundamental apresentou melhoria no resulta-
do de profi ciência, se comparados os anos de 2011 e 2015, tanto na rede es-
tadual quanto na rede conveniada. Já o 9° ano, em 2015, na rede conveniada
obteve profi ciência inferior àquela observada em 2011.
A 3ª série do ensino médio requer um pouco mais de atenção, uma vez
que, ao analisarmos os seus resultados, percebemos diminuição da profi ciên-
cia em ambas as redes avaliadas.
Assim como aconteceu com os resultados de língua portuguesa, em todas
as etapas, os resultados de profi ciência em matemática das escolas particula-
res conveniadas superaram os da rede estadual.
Gráfi co 2
Profi ciência em matemática – 3ª série do ensino médio
270,8265,3 262,7
266,6 264,1
308,2
296,2
305,7299,8
293,0
230,0
240,0
250,0
260,0
270,0
280,0
290,0
300,0
310,0
320,0
2011 2012 2013 2014 2015
Rede Estadual Rede Particular Conveniada
Fonte: CAEd/UFJF, 2016.
18 SAEGO 2016
E o que mostram os resultados do SAEGO em relação ao desempenho
estudantil?
Quando analisamos os resultados do SAEGO, é possível observar que, em
língua portuguesa, houve melhoria nos resultados da rede estadual em todas
as etapas avaliadas. Já entre as escolas particulares conveniadas, a 3ª série
do ensino médio apresentou uma redução de 1,1 na profi ciência, se com-
pararmos os anos de 2011 e 2015. Entretanto, não chega a ser uma queda
considerável.
Na aplicação realizada em 2015, com exceção da 3ª série do ensino médio
das escolas particulares conveniadas, todas as etapas, das duas redes avalia-
das, apresentaram avanços de profi ciência, que variaram entre 9 e 20 pontos.
Em todas as etapas, os resultados de profi ciência das escolas particulares
conveniadas superaram os da rede estadual. Na 3ª série do ensino médio,
apesar da pequena queda no resultado de profi ciência, os resultados ainda
fi caram quase 30 pontos acima do desempenho da rede estadual. O gráfi co
1, apresentado a seguir, demonstra esses dados.
Gráfi co 1
Profi ciência em língua portuguesa – 3ª série do ensino médio
262,9 262,8270,0 267,7
272,1
292,7287,8
301,7
291,1 291,6
240,0
250,0
260,0
270,0
280,0
290,0
300,0
310,0
2011 2012 2013 2014 2015
Rede Estadual Rede Particular Conveniada
Fonte: CAEd/UFJF, 2016.
De acordo com a análise apresentada no gráfi co 2, observa-se que, em
matemática, o 5° ano do ensino fundamental apresentou melhoria no resulta-
do de profi ciência, se comparados os anos de 2011 e 2015, tanto na rede es-
tadual quanto na rede conveniada. Já o 9° ano, em 2015, na rede conveniada
obteve profi ciência inferior àquela observada em 2011.
A 3ª série do ensino médio requer um pouco mais de atenção, uma vez
que, ao analisarmos os seus resultados, percebemos diminuição da profi ciên-
cia em ambas as redes avaliadas.
Assim como aconteceu com os resultados de língua portuguesa, em todas
as etapas, os resultados de profi ciência em matemática das escolas particula-
res conveniadas superaram os da rede estadual.
Gráfi co 2
Profi ciência em matemática – 3ª série do ensino médio
270,8265,3 262,7
266,6 264,1
308,2
296,2
305,7299,8
293,0
230,0
240,0
250,0
260,0
270,0
280,0
290,0
300,0
310,0
320,0
2011 2012 2013 2014 2015
Rede Estadual Rede Particular Conveniada
Fonte: CAEd/UFJF, 2016.
Revista do Professor - Matemática 19
Em língua portuguesa, ao fazermos a análise dos dados dos anos de 2011 a
2015, verifi camos que o percentual de estudantes no padrão de desempenho
abaixo do básico diminuiu e o do padrão avançado aumentou, em todas as
etapas. Os estudantes do 9° ano da rede estadual em 2011 encontravam-se
no padrão de desempenho básico e em 2013, de acordo com o resultado de
profi ciência, avançaram para o padrão de desempenho profi ciente. O 5º ano
das escolas particulares conveniadas também apresentou mudança de pa-
drão de desempenho. Em 2011, os estudantes do 5º ano estavam no padrão
de desempenho profi ciente e em 2013 apresentaram desempenho caracte-
rístico do padrão avançado.
No entanto, em matemática, conforme mostra o gráfi co 3, tanto no 9°
ano quanto na 3ª série do ensino médio, as escolas particulares conveniadas
apresentaram aumento de estudantes no padrão de desempenho abaixo do
básico e queda no percentual de estudantes no padrão avançado, se compa-
rarmos as edições do SAEGO de 2011 e 2015.
Gráfi co 3
Distribuição do percentual de estudantes por padrão de desempenho – ma-
temática – escolas conveniadas
12,5%
8,6%
13,5%
21,3%
35,3%
33,7%
36,1%
32,4%
37,0%
40,6%
36,5%
31,7%
15,2%
17,1%
13,9%
14,6%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
9º ano
3º ano
9º ano
3º ano
2011
2015
Abaixo do Básico Básico Proficiente Avançado
Fonte: CAEd/UFJF, 2016.
Apesar de sua importância, os dados de desempenho não são os únicos
que devem ser considerados para a compreensão de uma determinada reali-
dade escolar. Para uma análise consistente do perfi l da unidade avaliada (es-
cola, regional, rede) é fundamental que sejam analisados outros indicadores,
tais como as taxas de matrícula e de fl uxo, por exemplo.
Os gráfi cos a seguir apresentam o comportamento dessas duas taxas no
intervalo de 2011 a 2015.
Analisando as taxas de matrícula do estado de Goiás, apresentada no grá-
fi co 4, observa-se uma queda entre o número de matrículas apresentado no
primeiro e no último ano desse intervalo, tanto para o ensino fundamental
quanto para o ensino médio, perfazendo uma redução de 26.355 e 8.488
matrículas, respectivamente. Esse decréscimo pode ser atribuído à transição
demográfi ca observada nas últimas décadas em diferentes estados e regiões
do Brasil.
Gráfi co 4
Taxa de matrícula – Goiás
913.364 913.421 899.937 893.353 887.009
264.689 262.168 260.562 259.489 256.201
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
800.000
900.000
1.000.000
2011 2012 2013 2014 2015
Ensino Fundamental Ensino Médio
Fonte: Inep, 2016.
20 SAEGO 2016
Em língua portuguesa, ao fazermos a análise dos dados dos anos de 2011 a
2015, verifi camos que o percentual de estudantes no padrão de desempenho
abaixo do básico diminuiu e o do padrão avançado aumentou, em todas as
etapas. Os estudantes do 9° ano da rede estadual em 2011 encontravam-se
no padrão de desempenho básico e em 2013, de acordo com o resultado de
profi ciência, avançaram para o padrão de desempenho profi ciente. O 5º ano
das escolas particulares conveniadas também apresentou mudança de pa-
drão de desempenho. Em 2011, os estudantes do 5º ano estavam no padrão
de desempenho profi ciente e em 2013 apresentaram desempenho caracte-
rístico do padrão avançado.
No entanto, em matemática, conforme mostra o gráfi co 3, tanto no 9°
ano quanto na 3ª série do ensino médio, as escolas particulares conveniadas
apresentaram aumento de estudantes no padrão de desempenho abaixo do
básico e queda no percentual de estudantes no padrão avançado, se compa-
rarmos as edições do SAEGO de 2011 e 2015.
Gráfi co 3
Distribuição do percentual de estudantes por padrão de desempenho – ma-
temática – escolas conveniadas
12,5%
8,6%
13,5%
21,3%
35,3%
33,7%
36,1%
32,4%
37,0%
40,6%
36,5%
31,7%
15,2%
17,1%
13,9%
14,6%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
9º ano
3º ano
9º ano
3º ano
2011
2015
Abaixo do Básico Básico Proficiente Avançado
Fonte: CAEd/UFJF, 2016.
Apesar de sua importância, os dados de desempenho não são os únicos
que devem ser considerados para a compreensão de uma determinada reali-
dade escolar. Para uma análise consistente do perfi l da unidade avaliada (es-
cola, regional, rede) é fundamental que sejam analisados outros indicadores,
tais como as taxas de matrícula e de fl uxo, por exemplo.
Os gráfi cos a seguir apresentam o comportamento dessas duas taxas no
intervalo de 2011 a 2015.
Analisando as taxas de matrícula do estado de Goiás, apresentada no grá-
fi co 4, observa-se uma queda entre o número de matrículas apresentado no
primeiro e no último ano desse intervalo, tanto para o ensino fundamental
quanto para o ensino médio, perfazendo uma redução de 26.355 e 8.488
matrículas, respectivamente. Esse decréscimo pode ser atribuído à transição
demográfi ca observada nas últimas décadas em diferentes estados e regiões
do Brasil.
Gráfi co 4
Taxa de matrícula – Goiás
913.364 913.421 899.937 893.353 887.009
264.689 262.168 260.562 259.489 256.201
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
800.000
900.000
1.000.000
2011 2012 2013 2014 2015
Ensino Fundamental Ensino Médio
Fonte: Inep, 2016.
Revista do Professor - Matemática 21
A análise específi ca das taxas de matrícula do ensino fundamental, des-
crita no gráfi co 5, identifi ca as redes municipais como as responsáveis pela
maior concentração de atendimentos nessa etapa da educação básica. Fato
que se justifi ca pela gradual consolidação do processo de municipalização da
oferta do ensino fundamental, preconizada na Lei de Diretrizes e Bases (LDB)
9394/96.
Em oposição à queda no número de matrículas, identifi cada na rede públi-
ca de ensino, observa-se que as escolas particulares conveniadas têm, paula-
tinamente, aumentado o atendimento no ensino fundamental. Entre os anos
de 2011 e 2015 essas escolas matricularam mais 16.606 estudantes.
Gráfi co 5
Taxa de matrícula - ensino fundamental
482.060 490.940 484.672 480.429 472.236
278.460 260.633 248.555 245.230 245.328
152.339 161.340 167.313 167.870 168.945
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
450.000
500.000
550.000
2011 2012 2013 2014 2015
Rede Municipal Rede Estadual Rede Particular
Fonte: Inep, 2016.
Conforme observamos no gráfi co 6, no ensino médio o maior número
de matrículas está concentrado na rede estadual. Essa distribuição pode ser
justifi cada pelo fato de que cabe a essa dependência administrativa a respon-
sabilidade pela oferta prioritária dessa etapa de ensino.
Gráfi co 6
Taxa de matrícula – ensino médio
222.383 217.222 215.184 213.928 211.246
447 532 553 592 585
38.175 40.105 40.282 40.306 39.264
0
25.000
50.000
75.000
100.000
125.000
150.000
175.000
200.000
225.000
250.000
2011 2012 2013 2014 2015
Rede Estadual Rede Municipal Rede Particular
Fonte: Inep, 2016.
22 SAEGO 2016
A análise específi ca das taxas de matrícula do ensino fundamental, des-
crita no gráfi co 5, identifi ca as redes municipais como as responsáveis pela
maior concentração de atendimentos nessa etapa da educação básica. Fato
que se justifi ca pela gradual consolidação do processo de municipalização da
oferta do ensino fundamental, preconizada na Lei de Diretrizes e Bases (LDB)
9394/96.
Em oposição à queda no número de matrículas, identifi cada na rede públi-
ca de ensino, observa-se que as escolas particulares conveniadas têm, paula-
tinamente, aumentado o atendimento no ensino fundamental. Entre os anos
de 2011 e 2015 essas escolas matricularam mais 16.606 estudantes.
Gráfi co 5
Taxa de matrícula - ensino fundamental
482.060 490.940 484.672 480.429 472.236
278.460 260.633 248.555 245.230 245.328
152.339 161.340 167.313 167.870 168.945
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
450.000
500.000
550.000
2011 2012 2013 2014 2015
Rede Municipal Rede Estadual Rede Particular
Fonte: Inep, 2016.
Conforme observamos no gráfi co 6, no ensino médio o maior número
de matrículas está concentrado na rede estadual. Essa distribuição pode ser
justifi cada pelo fato de que cabe a essa dependência administrativa a respon-
sabilidade pela oferta prioritária dessa etapa de ensino.
Gráfi co 6
Taxa de matrícula – ensino médio
222.383 217.222 215.184 213.928 211.246
447 532 553 592 585
38.175 40.105 40.282 40.306 39.264
0
25.000
50.000
75.000
100.000
125.000
150.000
175.000
200.000
225.000
250.000
2011 2012 2013 2014 2015
Rede Estadual Rede Municipal Rede Particular
Fonte: Inep, 2016.
Revista do Professor - Matemática 23
O gráfi co 7 ilustra o comportamento da taxa de aprovação do ensino fun-
damental das redes municipais e estadual de ensino, assim como da rede
particular de ensino. A análise desse gráfi co aponta que as escolas particulares
detêm os maiores percentuais de aprovação, mantendo-se, nos cinco anos
observados, acima de 97%. Quanto às redes municipais e estadual, apesar de
uma ligeira redução no percentual de aprovação em 2014 (redes municipais)
e nos anos de 2014 e 2015 (rede estadual), a análise do gráfi co 7 aponta uma
tendência ascendente nesses indicadores. Vale destacar que todas as depen-
dências administrativas apresentaram uma taxa de aprovação superior a 85%.
Gráfi co 7
Taxa de Aprovação – ensino fundamental
93,292,793,4
90,689,991,1
90,391,7
88,6
85,4
97,897,497,697,297,0
78,0
80,0
82,0
84,0
86,0
88,0
90,0
92,0
94,0
96,0
98,0
100,0
20152014201320122011
Municipal Estadual Particular
Fonte: Inep, 2016.
24 SAEGO 2016
Por sua vez, o gráfi co 8 ilustra o comportamento das taxas de aprovação
do ensino médio das redes municipais e estadual de ensino, assim como das
escolas particulares conveniadas. Também nessa etapa de ensino, em que
pese a ligeira redução observada em 2014 (nas redes municipais e escolas
particulares conveniadas) e em 2013 (na rede estadual), a tendência desses
indicadores é ascendente.
Gráfi co 8
Taxa de Aprovação – ensino médio
91,085,3
80,983,683,1 84,082,783,8
81,478,0
94,894,194,293,693,3
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
20152014201320122011
Municipal Estadual Particular
Fonte: Inep, 2016.
Revista do Professor - Matemática 25
A seleção de dados, que acabamos de apresentar, não pretende esgotar as inúmeras
possibilidades de análise do contexto educacional do estado de Goiás. Antes, pretende su-
gerir caminhos e enfatizar a importância de uma refl exão que considere outros elementos
além dos resultados de desempenho apresentados no SAEGO.
A refl exão proposta não se confi gura como uma atividade individual, ao contrário, apre-
senta-se como um exercício que cabe a todos os profi ssionais envolvidos com a educa-
ção. Os resultados da avaliação podem servir como ponto de partida para uma série de
refl exões acerca das políticas públicas educacionais e das ações, pedagógicas e de gestão,
no interior de cada escola, uma vez que os dados informados no SAEGO são, na verdade,
um dos muitos aspectos que envolvem a realidade educacional das instâncias avaliadas.
Debruçar-se sobre os resultados e analisá-los é uma ação essencial para que esses cum-
pram um importante papel na garantia do direito que todos têm de aprender!
26 SAEGO 2016
Os resultados alcançados em 2016resultados
Professor, apresentamos os resultados alcança-
dos pela sua escola na avaliação de matemá-
tica do SAEGO 2016. É importante que você leia,
analise e compreenda as informações.
Entretanto, você não deve parar por aqui. É im-
prescindível que toda a escola seja envolvida na
discussão desses dados. Acreditamos que a esco-
la capaz de fazer a diferença é, também, aquela
que consegue garantir a aprendizagem dos seus
estudantes, interpretando, analisando e utilizando
as informações da avaliação educacional – externa
e interna –, com vistas à melhoria permanente dos
resultados.
Nesta seção você encontra os resultados de
cada etapa de escolaridade avaliada, seguidos de
um roteiro de leitura e interpretação das informa-
ções disponíveis. Em primeiro lugar, são apresenta-
dos os resultados de proficiência média, a distribui-
ção dos estudantes pelos padrões de desempenho
e a participação. Em seguida, estão dispostos os
percentuais de acerto em relação às habilidades
avaliadas nos testes. Cada tipo de resultado conta
com roteiro específico.
Além disso, são apresentadas informações
acerca do contexto de sua escola, como o Índice
Socioeconômico (ISE). É importante ressaltar que,
além dos resultados apresentados nesta revista, as
escolas de Goiás possuem o Índice de Desenvolvi-
mento da Educação Goiana (Idego) como indica-
dor de qualidade da educação.
O que é o Idego?
O Índice de Desenvolvimento da Educação Goiana (Idego)
é um indicador que reúne dois elementos importantes para a
qualidade da educação: o fluxo escolar e o desempenho nas
avaliações em larga escala. O índice é calculado com base nos
dados sobre aprovação, obtidos através do Censo Escolar, e nos
dados de desempenho, obtidos através dos testes padronizados
do SAEGO. Dessa forma, o Idego, calculado de modo seme-
lhante ao Ideb, apresenta resultados sintéticos, permitindo traçar
metas de qualidade para os sistemas de ensino, específicos para
cada escola.
Revista do Professor - Matemática 27
Os níveis de ISE calculados para o SAEGO são:
O que é o ISE – Índice Socioeconômico?
O Índice Socioeconômico (ISE) reúne
informações sobre as condições sociais,
culturais e econômicas dos estudantes e de
suas famílias. Levando em conta uma série
de aspectos, como a escolaridade dos pais e
a posse de bens (materiais e culturais), o ISE
é uma importante informação para a com-
preensão do desempenho escolar, tendo
em vista que é influenciado por diversos fa-
tores, entre eles, o contexto social da escola
e as condições econômicas e sociais das fa-
mílias dos alunos.
» Ter uma geladeira » Ter coleta de lixo » Ter de 1 a 20 livros » Morar em rua com
calçamento » Ir quase nunca ou
nunca a shows » Ter mãe com os
anos iniciais do ensino fundamental completos
» Ter pai com os anos iniciais do ensino fundamental completos
» Ter um banheiro » Ter máquina de lavar » Ter um micro-ondas » Ir quase nunca ou
nunca a parques » Ir quase nunca ou
nunca a cinemas
» Ter um dicionário de língua portuguesa
» Não ter familiar que receba Bolsa Família
» Ter um dicionário bilíngue
» Ir quase nunca ou nunca a museus
» Ter acesso à internet » Ir quase nunca ou
nunca a teatros » Ter um automóvel
» Ter um computador » Ter dois ou mais
dicionários de língua portuguesa
» Ter um quarto próprio » Ter um ar-condicionado » Ir quase nunca ou
nunca a praias » Passear na cidade nas
férias » Ter um smartphone » Ter de 21 a 100 livros » Ter mãe com os
anos finais do ensino fundamental completos
» Ter pai com os anos finais do ensino fundamental completos
» Ir quase sempre a cinemas
» Ir quase sempre a parques
» Ir quase sempre a shows
» Ter dois ou mais smartphones
» Viajar nas férias » Ter pai com ensino
médio completo » Ter mãe com ensino
médio completo » Ter um ou mais
videogames
» Ir quase sempre ou sempre a praias
» Ter dois ares-condicionados
» Ter dois computadores » Ter dois ou mais
dicionários de língua portuguesa e bilíngues
» Ter dois ou mais automóveis
» Ir quase sempre ou sempre a teatros
» Ir quase sempre ou sempre a museus
» Ir sempre a cinemas » Ter pai com ensino
superior completo » Ter dois ou mais micro-
ondas » Ir sempre a parques » Ter mãe com ensino
superior completo » Ter duas ou mais
máquinas de lavar » Ter dois ou mais
banheiros » Ir sempre a shows » Ter mais de 100 livros
Nível Nível
Nível 1
+Nível 2
+Nível 3
+Nível 4
+Nível 5
+
Nível Nível Nível1 2 3 4 5
28 SAEGO 2016
Resu
ltado
s da
esc
ola
Resu
ltado
s da
esc
ola
Com o intuito de ajudá-lo no processo de leitu-
ra e análise dos resultados, sugerimos dois roteiros
com orientações, passo a passo, de como deve ser
feita a leitura e a interpretação dos resultados do
SAEGO 2016, em cada etapa de escolaridade ava-
liada. Para isso, você deve reproduzir as atividades
para cada uma das etapas.
Para aprofundar as reflexões acerca dos resul-
tados da avaliação em larga escala, é importante,
ainda, consultar o Glossário da Avaliação em Lar-
ga Escala, disponível em www.saego.caedufjf.net,
bem como os padrões e níveis de desempenho es-
tudantil, os quais descrevem, pedagogicamente, o
significado das médias alcançadas pelos estudan-
tes de Goiás que participaram do SAEGO 2016. Es-
sas descrições estão disponíveis na seção Padrões
e níveis de desempenho desta revista e ilustrados
com itens representativos de cada nível.
Roteiros de leitura e análise de resultados
Revista do Professor - Matemática 31
Essa é a primeira informação sobre o desem-
penho dos estudantes de sua escola: a média de
proficiência1 alcançada pela escola nas três últimas
edições do SAEGO, na disciplina Matemática, em
cada etapa avaliada. A observação da média nos
ajuda a verificar a melhoria da qualidade da educa-
ção ofertada, a partir da evolução do desempenho
da escola ao longo do tempo.
1 A média de proficiência da escola é o valor da média aritmética das proficiências alcançadas pelos estudantes da escola, no teste.
Este primeiro roteiro orienta a leitura e interpretação dos resultados gerais da sua escola: proficiência, distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho e participação.
1
Proficiência alcançada pela escola nas três últimas edições do SAEGO em matemática.
O termo proficiência refere-se ao conhecimento ou à aptidão que os
alunos demonstram ter em relação a um determinado conteúdo de uma disciplina
avaliada pelos testes cognitivos.
32 SAEGO 2016
ATIVIDADE 1
Observe, na página de resultados, as proficiências alcançadas pelos estudantes nas três últimas
edições do SAEGO, em uma determinada etapa, e preencha o quadro a seguir.
EDIÇÃO PROFICIÊNCIA ANÁLISE
2014 Qual é o comportamento da média de proficiência da sua escola, ao longo dos anos?
( ) Está aumentando
( ) Está estável
( ) Está diminuindo
OBS.:
2015
2016
Com seus colegas professores e com a equipe pedagógica, levante algumas hipóteses sobre a
evolução dos resultados da sua escola ao longo do tempo. Registre o que vocês discutiram. Isso
pode ajudá-los na apropriação das informações fornecidas pelos resultados do SAEGO.
Repita o processo para todas as etapas avaliadas.
Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho nas três últimas edições do SAEGO.
Depois de observar a proficiência da escola,
vamos verificar como os estudantes estão distri-
buídos pelos padrões de desempenho. De acordo
com a proficiência alcançada no teste, um estu-
dante demonstra determinado perfil ou padrão de
desempenho, ou seja, quanto maior a proficiência
desse estudante, mais elevado é o seu padrão de
desempenho.
Entretanto, em uma turma ou em uma escola,
os estudantes apresentam diferentes padrões de
desempenho. Sendo assim, a escola deve trabalhar
para que haja menos estudantes nos padrões mais
baixos, aumentando o percentual nos padrões
mais elevados, pois almejamos uma educação que
seja de qualidade e para todos. Por isso, essa aná-
lise é tão importante, professor. Ela lhe dará infor-
mações fundamentais para o seu planejamento,
para a construção permanente do projeto políti-
co-pedagógico e para a definição de metas, estra-
tégias e metodologias adequadas às necessidades
dos seus alunos.
Revista do Professor - Matemática 33
Observe o segundo gráfico da página de resultados e preencha o quadro abaixo com o per-
centual de estudantes que se encontra em cada um dos padrões de desempenho. Em seguida,
acrescente o número absoluto de estudantes, na edição de 2016, em cada padrão2.
EDIÇÃO ABAIXO DO BÁSICO BÁSICO PROFICIENTE AVANÇADO
2014
2015
2016% de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos
C Os percentuais de estudantes nos padrões mais baixos têm diminuído, aumentado ou man-
tiveram-se estáveis ao longo do tempo?
C Qual é o padrão em que se encontra o maior número de estudantes?
C Observando o percentual de estudantes em cada padrão de desempenho, é possível dizer
que os estudantes da sua escola apresentaram:
( ) Melhora gradativa
( ) Estabilidade no desempenho
( ) Queda no desempenho
C Junto com seus colegas e equipe pedagógica, levante possíveis hipóteses para esses resul-
tados.
C Que estratégias podem ser utilizadas para aqueles estudantes que estão nos padrões mais
baixos?
Esse exercício é importante para que as ações sejam bem direcionadas e possam ajudar os
estudantes a desenvolverem as competências necessárias, a fim de que tenham seu direito à
aprendizagem garantido.
2 Para encontrar o número absoluto de alunos, em cada padrão, pode ser feito um cálculo utilizando regra de três, considerando o total de alunos que realizou o teste. Exemplo: Alunos avaliados: 80; percentual de alunos no padrão básico: 20%; total de alunos nesse padrão: 16.
ATIVIDADE 2
34 SAEGO 2016
Dados de participação nas avaliações do SAEGO nas três últimas edições.
Depois de observar o desempenho alcançado
pelos estudantes da sua escola, é hora de verificar
como foi a participação no teste. O indicador de
participação revela o nível de adesão à avaliação e
é uma informação muito importante para que os
resultados alcançados possam ser generalizados.
Ou seja, quanto maior for a participação dos estu-
dantes nos testes, mais consistente é o resultado
de desempenho alcançado. Consideramos como
percentual mínimo para a generalização dos resul-
tados da escola uma participação acima de 75%.
Na página de resultados, localize o percentual de participação dos estudantes da sua escola,
para a etapa de escolaridade que você está analisando.
EDIÇÃO PARTICIPAÇÃO ANÁLISE
2014
Ao longo do tempo a participação
( ) cresceu;
( ) ficou estável;
( ) diminuiu.
Levante hipóteses para o atual índice de participação da escola em relação aos anos anteriores.
Caso a participação em 2016 não tenha correspondido às expectativas, o que pode ser feito para aumentá-la no próximo ciclo do SAEGO?
Um ponto importante nessa atividade é comparar a participação dos estudantes no dia da aplicação do teste com a sua frequência às aulas.
2015
2016
Depois que você já identificou e refletiu um pouco sobre os resultados alcançados por sua
escola, é hora de transportá-los para a escala de proficiência e interpretá-los pedagogica-
mente.
ATIVIDADE 3
Revista do Professor - Matemática 35
Escala de proficiência de matemática
* As habilidades relativas a essas competências não são avaliadas nesta etapa de escolaridade.
A gradação das cores indica a complexidade da tarefa.
Abaixo do Básico
Básico
Proficiente
Avançado
COMPETÊNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
5EF 9EF 3EM
Localizar objetos em representações do espaço D1 D1 e D9 D6 Identificar figuras geométricas e suas
propriedadesD2, D3 e D4 D2, D3 e D4 D1 e D3
Reconhecer transformações no plano D5 D5 e D7 * Aplicar relações e propriedades * D6, D8, D10 e D11 D2, D4, D5, D7, D8, D9 e D10 Utilizar sistemas de medidas D7, D8 e D10 D15 * Medir grandezas D9, D11 e D12 D12, D13 e D14 D11, D12 e D13 Estimar e comparar grandezas D6 * * Conhecer e utilizar números
D13, D14, D15, D16, D21, D22 e D24
D16, D17, D21, D22, D23 e D24 D14 Realizar e aplicar operações
D17, D18, D19, D20, D23, D25 e D26
D18, D19, D20, D25, D26, D27 e D28
D16 Utilizar procedimentos algébricos *
D29, D30, D31, D32, D33, D34 e D35
D15, D17, D18, D19, D20, D21, D22, D23, D24, D25, D26, D27, D28, D29, D30 e D31
Ler, utilizar e interpretar informações
apresentadas em tabelas e gráficosD27 e D28 D36 e D37 D34 e D35
Utilizar procedimentos de combinatória e
probabilidade* * D32 e D33
PADRÕES DE DESEMPENHO - 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
PADRÕES DE DESEMPENHO - 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
PADRÕES DE DESEMPENHO - 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
DOMÍNIOS
Espaço e Forma
Grandezas e Medidas
Números e Operações / Álgebra e
Funções
Tratamento da Informação
36 SAEGO 2016
COMPETÊNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
5EF 9EF 3EM
Localizar objetos em representações do espaço D1 D1 e D9 D6 Identificar figuras geométricas e suas
propriedadesD2, D3 e D4 D2, D3 e D4 D1 e D3
Reconhecer transformações no plano D5 D5 e D7 * Aplicar relações e propriedades * D6, D8, D10 e D11 D2, D4, D5, D7, D8, D9 e D10 Utilizar sistemas de medidas D7, D8 e D10 D15 * Medir grandezas D9, D11 e D12 D12, D13 e D14 D11, D12 e D13 Estimar e comparar grandezas D6 * * Conhecer e utilizar números
D13, D14, D15, D16, D21, D22 e D24
D16, D17, D21, D22, D23 e D24 D14 Realizar e aplicar operações
D17, D18, D19, D20, D23, D25 e D26
D18, D19, D20, D25, D26, D27 e D28
D16 Utilizar procedimentos algébricos *
D29, D30, D31, D32, D33, D34 e D35
D15, D17, D18, D19, D20, D21, D22, D23, D24, D25, D26, D27, D28, D29, D30 e D31
Ler, utilizar e interpretar informações
apresentadas em tabelas e gráficosD27 e D28 D36 e D37 D34 e D35
Utilizar procedimentos de combinatória e
probabilidade* * D32 e D33
PADRÕES DE DESEMPENHO - 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
PADRÕES DE DESEMPENHO - 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
PADRÕES DE DESEMPENHO - 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
DOMÍNIOS
Espaço e Forma
Grandezas e Medidas
Números e Operações / Álgebra e
Funções
Tratamento da Informação
Como o desempenho é apresentado em ordem crescente e cumulativa, os estudantes posicionados em um nível mais alto da escala demonstram ter desenvolvido não só as habilidades do nível em que se encontram, mas também, provavelmente, aquelas habilidades dos níveis anteriores. A gradação de cores – que vai do amarelo claro ao vermelho – também nos indica o grau
de complexidade e o nível de desenvolvimento dessas habilidades. Pedagogicamente falando, cada nível da escala corresponde a diferentes características de aprendizagem: quanto maior o nível (posição) na escala, maior a probabilidade de desenvolvimento e consolidação da aprendizagem.
A escala de proficiência é uma espécie de régua na qual os resultados alcançados nas avaliações em larga escala são apresentados. Os valores obtidos nos testes são ordenados e categorizados em intervalos ou faixas que indicam o grau de desenvolvimento das habilidades para os estudantes que alcançaram determinado nível de desempenho.
Revista do Professor - Matemática 37
Trace uma linha correspondente à proficiência da sua escola sobre a escala no ponto em que
está localizada a média de 2016. Depois de traçar essa linha, responda:
C Em qual padrão de desempenho se encontra a média da sua escola nesse ano?
C De acordo com as médias dos anos anteriores, a escola manteve-se no mesmo padrão ou
houve mudança? Caso tenha ocorrido mudança, ela avançou nos padrões ou retrocedeu?
C Observe as competências relacionadas à esquerda da escala de proficiência. De acordo
com a média da sua escola, registre sobre o desenvolvimento de cada uma das competên-
cias avaliadas – é importante observar o que já foi consolidado, o que ainda não foi e o que
está em processo de desenvolvimento. Para isso, observe a explicação sobre as caracterís-
ticas da escala de proficiência, em destaque.
Você encontra a escala de proficiência interativa no endereço www.saego.caedufjf.net.
Nela, você pode fazer vários exercícios com diferentes resultados e verificar os padrões de
desempenho, de acordo com cada resultado. Além disso, estão disponíveis exemplos de
itens de acordo com cada nível.
ATIVIDADE 4
Outra interpretação pedagógica dos resultados é identificar as habilidades desenvolvidas, ou
não, pelos grupos de estudantes, de acordo com o padrão de desempenho em que se encontram.
Para isso, volte à Atividade 2 e copie o número de alunos encontrados. Em seguida, vá à seção
Padrões e níveis de desempenho e registre, em cada padrão, as habilidades desenvolvidas por cada
grupo de estudantes.
EDIÇÃO ABAIXO DO BÁSICO BÁSICO PROFICIENTE AVANÇADO
Nº de estudantes
Habilidades desenvolvidas
C Quais são as diferenças significativas no desenvolvimento das habilidades entre os estudantes
desta etapa de escolaridade? Para responder a essa pergunta, você precisa comparar o que
os estudantes de padrões mais avançados desenvolveram em relação aos estudantes aloca-
dos nos padrões mais baixos. Registre e discuta com seus colegas sobre suas constatações.
ATIVIDADE 5
38 SAEGO 2016
ALGUMAS DICAS SOBRE O USO DOS RESULTADOS
Comparar os resultados da sua escola ao longo dos anos, para a mesma etapa de escolaridade. Interpretar os resultados como dados
longitudinais.
Comparar os resultados das diferentes disciplinas.
Tomar a média de proficiência de maneira isolada, sem analisá-la com a
ajuda da escala.
Comparar os resultados das diferentes etapas de escolaridade, com a mesma escala de proficiência, para uma mesma disciplina avaliada.
Analisar os resultados a partir da leitura da escala de proficiência, observando o significado pedagógico da média, tendo em vista o desenvolvimento de habilidades e competências.
O QUE FAZER COM OS DADOS
O QUE NÃO FAZER COM OS DADOS
MÉDIAS DE PROFICIÊNCIA
Revista do Professor - Matemática 39
Identificar, em cada disciplina e etapa, os alunos que têm apresentado maiores dificuldades de aprendizagem.
Reconhecer que a cada padrão correspondem níveis diferentes de aprendizagem e usar essa informação para o planejamento pedagógico.
Acompanhar, ao longo do tempo, se a escola tem tido resultados semelhantes para cada etapa e disciplina.
Entender que, quando os estudantes melhoram sua proficiência, eles necessariamente avançam nos
padrões de desempenho.
Entender que os alunos que se encontram no padrão mais baixo não
são capazes de aprender.
Entender que os alunos que se encontram em um padrão de
desempenho em uma disciplina se encontram no mesmo padrão em
outra.
Entender que os alunos que se encontram no padrão mais avançado não necessitam de atenção por parte
do professor e da escola.
Entender que os padrões de desempenho são os mesmos para
todas as etapas e disciplinas avaliadas.
PADRÕES DE DESEMPENHO
40 SAEGO 2016
Acompanhar a participação dos estudantes nos testes, de modo a buscar a maior participação possível.
Entender que a participação nos testes mensura a garantia do aluno de ser avaliado, decorrência de seu direito de aprender.
Acreditar que, uma vez que a participação já esteja elevada, não é preciso realizar nenhuma ação para
que o percentual aumente ainda mais.
PARTICIPAÇÃO
Revista do Professor - Matemática 41
DADOS CONTEXTUAIS
Compreender que as condições socioeconômicas dos estudantes afetam seu desempenho escolar.
Planejar ações pedagógicas e de gestão na escola com base nos resultados.
Reconhecer que as escolas desempenham importante papel na aprendizagem dos estudantes, a despeito de suas origens sociais.
Monitorar os resultados da escola ao longo do tempo a partir do alcance de metas.
Atribuir a dificuldade na melhoria dos resultados apenas à ação de professores e diretores.
Comparar os resultados com os de outras escolas, sem observar dados de contexto.
Atribuir apenas às condições socioeconômicas o resultado da
aprendizagem dos alunos.
METAS
ISE
42 SAEGO 2016
Resu
ltado
s po
r tur
ma
Resu
ltado
s po
r tur
ma
Revista do Professor - Matemática 45
Este é o segundo roteiro que completa as orientações para leitura e interpretação dos resultados da sua escola. Além dos resultados gerais vistos até agora, você tem acesso aos resultados de cada turma da escola.
2
Proficiência alcançada por cada turma na avaliação do SAEGO 2016, em matemática.
Para cada turma, apresentamos os resultados
de proficiência, padrão de desempenho e parti-
cipação com base na Teoria da Resposta ao Item
(TRI) e o percentual de acerto por habilidade com
base na Teoria Clássica dos Testes (TCT). É impor-
tante conhecer e refletir sobre cada um.
C Analise a proficiência média das turmas e o padrão em que elas estão localizadas. Há gran-
des diferenças de desempenho entre as turmas?
C E entre os turnos, há diferenças?
C Como foi a participação das turmas?
C Dialogue com seus pares e levante possíveis hipóteses para esses resultados.
TURMA3 PROFICIÊNCIA MÉDIA
PADRÃO DE DESEMPENHO (DE ACORDO COM A MÉDIA) PARTICIPAÇÃO
3 Caso haja mais turmas avaliadas, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todas as turmas.
ATIVIDADE 1
46 SAEGO 2016
Percentual de acerto nas habilidades avaliadas pelo SAEGO 2016.
Depois de conhecer e refletir sobre a proficiência, o padrão de desempenho e a participação
das turmas é hora de analisar as habilidades avaliadas no SAEGO 2016 e verificar quais apresenta-
ram maiores dificuldades para os alunos. Analise a proficiência média das turmas e o padrão em
que elas estão localizadas. Há grandes diferenças de desempenho entre as turmas?
C Identifique, em cada turma, as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.
C Relacione a habilidade descrita e escreva, na frente de cada turma, o percentual de acerto
referente a ela4 .
C No portal da avaliação, observe quantos itens cada estudante acertou em relação a cada
descritor/habilidade. Observe em quais habilidades o estudante não obteve nenhum acerto.
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
4 Caso seja necessário, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todos as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.
ATIVIDADE 2
Revista do Professor - Matemática 47
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
Padrões e níveis de desempenho
Para caracterizar o desenvolvimento de habili-
dades e competências, são definidos padrões
de desempenho estudantil. A partir deles, você,
professor, pode enriquecer sua prática docente
e organizar melhor as intervenções pedagógicas,
seja de recuperação, reforço ou aprofundamento,
de acordo com o perfil cognitivo dos estudantes
identificado pela avaliação.
Esta seção contém informações sobre os níveis
de proficiência e as habilidades e competências alo-
cadas em intervalos menores da escala. Um conjun-
to de níveis constitui um padrão de desempenho.
Esses níveis fornecem mais detalhamento so-
bre a aprendizagem. Além disso, apresentamos um
item exemplar para cada nível. Esse item corres-
ponde à avaliação de uma das habilidades com-
preendidas nesse intervalo. As descrições das ha-
bilidades relativas aos níveis de desempenho de
matemática estão de acordo com a descrição pe-
dagógica apresentada pelo Inep, nas Devolutivas
Pedagógicas da Prova Brasil, e pelo CAEd, na aná-
lise dos resultados do SAEGO 2016.
/// Abaixo do Básico
Padrão de desempenho muito abaixo do mínimo esperado para a etapa de escolaridade e área do conhecimento avaliadas. Para os alunos que se encontram neste padrão, deve ser dada atenção especial, exigindo uma ação pedagógica intensiva por parte da instituição escolar.
/// Básico
Padrão de desempenho considerado básico, a etapa e área de conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão caracterizam-se caracterizado por um processo inicial de desenvolvimento das competências e habilidades correspondentes à etapa de escolaridade em que estão situados.
/// Proficiente
Padrão de desempenho considerado adequado para a etapa e área do
conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão demonstram
ter desenvolvido as habilidades essenciais referentes à etapa de escolaridade em que
se encontram.
/// Avançado
Padrão de Desempenho desejável para a etapa e área de conhecimento avaliadas.
Os alunos que se encontram neste padrão demonstram desempenho além do esperado para a etapa de escolaridade em
que se encontram.
48 SAEGO 2016
Abaixo do Básico5º Ano do Ensino Fundamental
ATÉ 150 PONTOS
NÍVEL 1 /// ATÉ 150 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Corresponder pontos dados em uma reta numérica, graduada de 2 em 2 ou de 5 em 5 unidades, ao
número natural composto por até 3 algarismos que eles representam.
C Identificar a localização de um objeto situado entre outros dois.
C Executar adição ou subtração de números naturais de até 3 algarismos sem reagrupamento.
C Localizar informações, relativas ao maior elemento, em gráficos de colunas.
C Localizar informações apresentados em gráficos de colunas, associando as informações dos eixos.
(M040125BH) Observe a reta numérica abaixo. Essa reta está dividida em partes iguais.
52 54 56 58 60 X 64
Nessa reta numérica, o número representado pelo ponto X éA) 61B) 62C) 63D) 65
Esse item avalia a habilidade de os estudantes
corresponderem um ponto a um número natural
formado por dois algarismos em uma reta numérica.
Para resolvê-lo, eles devem primeiramente perce-
ber que o comprimento de cada um dos intervalos
dessa reta numérica é igual a 2 unidades. Assim, o
número representado pelo ponto X corresponde ao
número 62, equidistante 2 unidades à direita do nú-
mero 60 e 2 unidades à esquerda do número 64.
Logo, os estudantes que optaram pela alternativa B,
provavelmente, desenvolveram a habilidade avaliada
pelo item.
Revista do Professor - Matemática 49
NÍVEL 2 /// DE 150 A 175 PONTOS
C Determinar a área de figuras desenhadas em malhas quadriculadas por meio de contagem.
C Resolver problemas do cotidiano envolvendo adição de pequenas quantias de dinheiro.
C Localizar informações, relativas ao menor elemento, em gráficos de colunas.
C Localizar informações em tabelas simples.
Básico5º Ano do Ensino Fundamental
DE 150 A 200 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
50 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes determinarem a medida
da área de um retângulo desenhado na malha quadriculada.
Para resolvê-lo, os estudantes devem perceber que, nesse problema,
cada quadradinho tem lado equivalente a 1 cm, ou seja, a área de cada
quadradinho corresponde a 1 cm², que é a unidade de área mencionada.
Na sequência, eles podem proceder com a contagem dos quadradinhos,
um a um, ou utilizar a configuração retangular para obter a quantidade de
centímetros quadrados que formam essa quadra, 24. Alguns estudantes,
já em um nível mais avançado, podem ainda utilizar a malha quadriculada
para extrair as medidas das dimensões do retângulo, 4 cm e 6 cm. Em
seguida, devem efetuar o cálculo da medida da área do retângulo como
produto desses valores, obtendo 4 x 6 = 24 cm². Os estudantes que assi-
nalaram a alternativa B, possivelmente, consolidaram a habilidade avaliada
nesse item.
(M050092H6) Uma gráfica utilizou papéis personalizados para produzir convites para um cliente. O formato e as dimensões de cada convite estão representados em cinza na malha quadriculada abaixo.
1 cm
1 cm
Quantos centímetros quadrados de papel, no mínimo, essa gráfica utilizou para fazer cada um desses convites?A) 20B) 24C) 28D) 48
Revista do Professor - Matemática 51
NÍVEL 3 /// DE 175 A 200 PONTOS
C Localizar um ponto ou objeto em uma malha quadriculada ou croqui, a partir de duas coordenadas
ou referências, ou vice-versa.
C Reconhecer, entre um conjunto de polígonos, aquele que possui o maior número de ângulos.
C Associar figuras geométricas elementares (quadrado, triângulo e círculo) a seus respectivos nomes.
C Converter uma quantia, dada na ordem das unidades de real, em seu equivalente em moedas.
C Determinar o horário final de um evento a partir de seu horário de início, em um intervalo de tempo
dado, todos no formato de horas inteiras.
C Associar um número natural, formado por até 4 dígitos, a sua decomposição representada pela soma
dos valores relativos de seus algarismos.
C Associar a fração a uma de suas representações gráficas.
C Determinar o resultado da subtração de números representados na forma decimal, tendo como
contexto o sistema monetário.
C Comparar números racionais em sua representação decimal, com o mesmo número de casas deci-
mais.
C Utilizar a multiplicação de 2 números naturais, com multiplicador, formado por 1 algarismo, e multi-
plicando formado por até 3 algarismos, com até 2 reagrupamentos, na resolução de problemas do
campo multiplicativo envolvendo a ideia de soma de parcelas iguais.
C Reconhecer o maior valor em uma tabela de dupla entrada, cujos dados possuem até duas ordens.
C Reconhecer informações em um gráfico de colunas duplas.
52 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identi-
ficarem as coordenadas de um setor em um referencial
de linhas e colunas.
Para resolvê-lo, os estudantes devem, inicialmente,
perceber que as letras fazem referência às linhas do de-
senho e os números, às colunas. A praça de alimentação,
local destinado à comemoração mencionada no enun-
ciado do item, está localizada no cruzamento da linha
F com a coluna 3. Os estudantes que assinalaram a al-
ternativa C, possivelmente, desenvolveram a habilidade
avaliada.
(M050088H6) O quadro abaixo representa um centro comercial em que a localização de algumas lojas e setores é feita por um referencial de linhas e colunas.
E
Salão decabeleireiro Cinema
FEstacionamento Praça de
Alimentação
G
EntradaPrincipal Loja de
DepartamentosFarmácia
1 2 3 4
Foi organizado um evento na praça de alimentação para comemorar o aniversário desse centro comercial. Nesse referencial, a localização do setor destinado a esse evento é A) Linha E e coluna 1.B) Linha F e coluna 1.C) Linha F e coluna 3.D) Linha G e coluna 3.
Revista do Professor - Matemática 53
NÍVEL 4 /// DE 200 A 225 PONTOS
C Reconhecer retângulos em meio a outros quadriláteros.
C Reconhecer a planificação de uma pirâmide entre um conjunto de planificações.
C Determinar o total de uma quantia a partir da quantidade de moedas de 25 e/ou 50 centavos que a
compõe, ou vice-versa.
C Determinar a duração de um evento, cujos horários inicial e final acontecem em minutos diferentes
de uma mesma hora dada ou em dois horários representados por horas exatas.
C Converter uma hora em minutos.
C Converter mais de uma semana inteira em dias.
C Interpretar horas em relógios de ponteiros.
C Determinar o resultado da multiplicação de números naturais por valores do sistema monetário na-
cional, expressos em números de até duas ordens, e posterior adição.
C Determinar os termos desconhecidos em uma sequência numérica de múltiplos de cinco.
C Determinar a adição, com reserva, de até três números naturais com até quatro ordens.
C Determinar a subtração de números naturais, usando a noção de completar.
C Determinar a multiplicação de um número natural de até três ordens por cinco, com reserva.
C Determinar a divisão exata de números formados por 2 algarismos por números de 1 algarismo.
C Reconhecer o princípio do valor posicional do Sistema de Numeração Decimal.
Proficiente5º Ano do Ensino Fundamental
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
DE 200 A 250 PONTOS
54 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes reco-
nhecerem o tempo de duração de um evento dado, o
seu horário de início e de término.
Para resolvê-lo, os respondentes podem fazer a dife-
rença entre os horários fornecidos no enunciado: 12 – 7,
concluindo que Camila permanece no trabalho por 5 ho-
ras. De forma análoga, os estudantes ainda podem che-
gar ao resultado realizando uma contagem progressiva,
do 7 para o 12 (8, 9, 10, 11 e 12), percebendo que Camila
sai 5 horas após o horário que entrou. Os estudantes que
assinalaram a alternativa B, possivelmente, consolidaram
a habilidade avaliada nesse item.
(M050053ES) Camila entra no trabalho diariamente às 7h da manhã e sai às 12h.Quantas horas por dia Camila permanece no trabalho?A) 4 horas.B) 5 horas.C) 6 horas.D) 12 horas.
C Reconhecer uma fração como representação da relação parte-todo com o apoio de figuras.
C Associar a metade de um total ao seu equivalente em porcentagem.
C Associar um número natural à sua decomposição expressa por extenso.
C Localizar um número em uma reta numérica graduada na qual estão expressos números naturais
consecutivos e uma subdivisão equivalente à metade do intervalo entre eles.
C Reconhecer o maior valor em uma tabela cujos dados possuem até oito ordens.
C Localizar dados em tabelas de múltiplas entradas.
Revista do Professor - Matemática 55
NÍVEL 5 /// DE 225 A 250 PONTOS
C Localizar um ponto entre outros dois fixados, apresentados em uma figura composta por vários ou-
tros pontos.
C Reconhecer a planificação de um cubo entre um conjunto de planificações apresentadas.
C Determinar a área de um terreno retangular representado em uma malha quadriculada.
C Determinar o horário final de um evento a partir do horário de início, dado em horas e minutos, e de
um intervalo dado em quantidade de minutos superior a uma hora.
C Resolver problemas envolvendo conversão de litro para mililitro.
C Converter mais de uma hora inteira em minutos.
C Converter uma quantia dada em moedas de 5, 25 e 50 centavos e 1 real em cédulas de real.
C Estimar a altura de um determinado objeto com referência aos dados fornecidos por uma régua
graduada em centímetros.
C Determinar o resultado da subtração, com recursos à ordem superior, entre números naturais de até
cinco ordens, utilizando as ideias de retirar e comparar.
C Determinar o resultado da multiplicação de um número inteiro por um número representado na
forma decimal, em contexto envolvendo o sistema monetário.
C Determinar o resultado da divisão de números naturais formados por 3 algarismos, por um número
de uma ordem, usando noção de agrupamento.
C Resolver problemas envolvendo a análise do algoritmo da adição de dois números naturais.
C Resolver problemas, no sistema monetário nacional, envolvendo adição e subtração de cédulas e
moedas.
C Resolver problemas que envolvam a metade e o triplo de números naturais.
56 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes resolve-
rem problemas com números naturais, envolvendo sub-
tração com significado de comparar.
Para resolvê-lo, os estudantes devem perceber que o
valor mensal que um supervisor ganha a mais do que um
operador de caixa nessa loja pode ser calculado pela di-
ferença dos valores recebidos, ou seja, efetuando corre-
tamente a subtração: 2 950 – 1 560, encontrando como
resposta 1 390 reais. Assim, os estudantes que assinala-
ram a alternativa A, possivelmente, desenvolveram a ha-
bilidade avaliada nesse item.
(M050125H6) Em uma grande loja de departamentos, um operador de caixa recebe 1 560 reais por mês e um supervisor de vendas 2 950 reais por mês. Quanto um supervisor de vendas recebe a mais do que um operador de caixa por mês nessa loja?A) 1 390 reais.B) 1 410 reais.C) 2 950 reais.D) 4 510 reais.
C Localizar um número em uma reta numérica graduada na qual estão expressos o primeiro e o último
número representando um intervalo de tempo de dez anos, com dez subdivisões entre eles.
C Localizar um número racional dado em sua forma decimal em uma reta numérica graduada na qual
estão expressos diversos números naturais consecutivos, com dez subdivisões entre eles.
C Reconhecer o valor posicional do algarismo localizado na quarta ordem de um número natural.
C Reconhecer uma fração como representação da relação parte-todo, com apoio de um polígono
dividido em oito partes ou mais.
C Associar um número natural às suas ordens, ou vice-versa.
Revista do Professor - Matemática 57
NÍVEL 6 /// DE 250 A 275 PONTOS
C Reconhecer polígonos presentes em um mosaico composto por diversas formas geométricas.
C Determinar a duração de um evento a partir dos horários de início, informado em horas e minutos,
e de término, também informado em horas e minutos, sem coincidência nas horas ou nos minutos
dos dois horários informados.
C Converter a duração de um intervalo de tempo, dado em horas e minutos, para minutos.
C Resolver problemas envolvendo intervalos de tempo em meses, inclusive passando pelo fim do ano
(outubro a janeiro).
C Reconhecer que, entre quatro ladrilhos apresentados, quanto maior o ladrilho menor a quantidade
necessária para cobrir uma dada região.
C Reconhecer o m² como unidade de medida de área.
C Determinar o resultado da diferença entre dois números racionais representados na forma decimal.
C Determinar o resultado da divisão exata entre dois números naturais, com divisor até quatro e divi-
dendo com até quatro ordens.
C Determinar porcentagens simples (25%, 50%, 100%).
C Associar a metade de um total a algum equivalente, apresentado como fração ou porcentagem.
C Associar números naturais à quantidade de agrupamentos de 1 000.
C Reconhecer uma fração como representação da relação parte-todo, sem apoio de figuras.
Avançado5º Ano do Ensino Fundamental
ACIMA DE 250 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
58 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes re-
solverem problemas envolvendo a subtração de nú-
meros racionais em sua representação decimal com
ideia de completar.
Para resolvê-lo, os estudantes devem compreen-
der que a quantidade de carne que falta para ser
comprada corresponde à diferença entre a quanti-
dade que Luiza necessitava inicialmente, 4,5 quilo-
gramas, e a quantidade que ela conseguiu comprar,
3,75 quilogramas. A partir desse raciocínio, eles de-
vem utilizar seus conceitos sobre cálculos com nú-
meros racionais para executar a operação 4,5 – 3,75,
considerando as regras do algoritmo da subtração
para números racionais com diferentes quantidades
de casas decimais, e encontrar 0,75 como resposta
correta. Os estudantes que assinalaram a alternativa
A, possivelmente, desenvolveram a habilidade avalia-
da nesse item.
(M050330ES) Para fazer os salgadinhos da festa de sua filha, Luiza precisa comprar 4,5 quilogramas de carne. Ao chegar no açougue, percebeu que tinha pouco dinheiro e comprou apenas 3,75 quilogramas de carne. Após essa compra, quantos quilogramas de carne ainda faltam para fazer os salgadinhos dessa festa?A) 0,75B) 0,85C) 1,25D) 1,75
C Localizar números em uma reta numérica graduada na qual estão expressos diversos números natu-
rais não consecutivos e crescentes, com uma subdivisão entre eles.
C Resolver problemas, por meio da realização de subtrações e divisões, para determinar o valor das
prestações de uma compra a prazo (sem incidência de juros).
C Resolver problemas que envolvam soma e subtração de valores monetários.
C Resolver problemas que envolvam a composição e a decomposição polinomial de números naturais
de até cinco ordens.
C Resolver problemas que utilizam a multiplicação envolvendo a noção de proporcionalidade.
C Reconhecer a modificação sofrida no valor de um número quando um algarismo é alterado.
C Reconhecer que um número não se altera ao multiplicá-lo por 1.
C Interpretar dados em uma tabela simples.
C Comparar dados representados pelas alturas de colunas presentes em um gráfico.
Revista do Professor - Matemática 59
NÍVEL 7 /// DE 275 A 300 PONTOS
C Interpretar a movimentação de um objeto utilizando referencial diferente do seu.
C Reconhecer um cubo a partir de uma de suas planificações desenhadas em malha quadriculada.
C Determinar o perímetro de um retângulo desenhado em malha quadriculada.
C Converter medidas dadas em toneladas para quilogramas.
C Resolver problemas envolvendo conversão de quilograma para grama.
C Converter uma quantia, dada na ordem das dezenas de real, em moedas de 50 centavos.
C Estimar o comprimento de um objeto a partir de outro, dado como unidade padrão de medida.
C Resolver problemas sobre intervalos de tempo envolvendo adição e subtração e com intervalo de
tempo passando pela meia-noite.
C Determinar a quantidade de dezenas presentes em um número de quatro ordens.
C Resolver problemas que envolvem a divisão exata ou a multiplicação de números naturais.
C Associar números naturais à quantidade de agrupamentos menos usuais, como 300 dezenas.
C Interpretar dados em gráficos de setores.
60 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes resolve-
rem problemas envolvendo o perímetro de figuras planas
desenhadas em malhas quadriculadas.
Para resolvê-lo, os estudantes devem realizar a con-
tagem do número de lados dos quadradinhos que com-
põem o contorno da quadra (24) e multiplicar essa quan-
tidade pela medida correspondente ao lado de cada
quadradinho da malha (5 cm), ou seja, devem calcular
24 x 5 cm = 120 cm. Os estudantes que assinalaram a
alternativa C, possivelmente, desenvolveram a habilidade
avaliada pelo item.
(M050095H6) Para o acabamento da decoração de uma caixa de madeira, será colada uma fita de cetim em volta de sua tampa. O formato dessa tampa está representado, em cinza, na malha quadriculada abaixo, em que o lado de cada quadradinho equivale a 5 centímetros.
Qual deve ser o comprimento mínimo, em centímetros, dessa fita de cetim?A) 28B) 35C) 120D) 175
Revista do Professor - Matemática 61
NÍVEL 8 /// DE 300 A 325 PONTOS
C Reconhecer uma linha paralela a outra dada como referência em um mapa.
C Reconhecer os lados paralelos de um trapézio expressos em forma de segmentos de retas.
C Reconhecer objetos com a forma esférica entre uma lista de objetos do cotidiano.
C Calcular o perímetro de uma figura poligonal irregular desenhada sobre uma malha quadriculada, na
resolução de problemas.
C Determinar a área de um retângulo desenhado em malha quadriculada, após a modificação de uma
de suas dimensões.
C Determinar a área de uma figura poligonal não convexa desenhada sobre uma malha quadriculada.
C Estimar a diferença de altura entre dois objetos, a partir da altura de um deles.
C Converter medidas lineares de comprimento (m/cm, km/m).
C Resolver problemas que envolvem a conversão entre diferentes unidades de medida de massa.
C Resolver problemas que envolvem grandezas diretamente proporcionais, requerendo mais de uma
operação.
C Resolver problemas envolvendo divisão de números naturais com resto.
C Associar a fração 1
2 à sua representação na forma decimal.
C Associar uma fração com denominador 10 à sua representação decimal.
C Associar 50% à sua representação na forma de fração.
C Associar um número natural de seis ordens à sua forma polinomial.
C Interpretar dados em um gráfico de colunas duplas.
62 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes
resolverem problemas envolvendo a conversão de
unidades de medida de comprimento.
Para resolver esse item, os estudantes precisam
reconhecer que 1 km equivale a 1 000 m e, portan-
to, 378 km equivalem a 378 000 m. Dessa forma,
os estudantes que assinalaram a alternativa C, pos-
sivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada
pelo item.
(M050096H6) Patrícia fez uma viagem de carro de Belo Horizonte – MG até Petrópolis – RJ, percorrendo 378 km.Qual foi a distância, em metros, que Patrícia percorreu nessa viagem?A) 3 780B) 37 800C) 378 000D) 3 780 000
Revista do Professor - Matemática 63
NÍVEL 9 /// ACIMA DE 325 PONTOS
C Reconhecer a planificação de uma caixa cilíndrica.
C Determinar o perímetro de um polígono não convexo desenhado sobre as linhas de uma malha
quadriculada.
C Resolver problemas que envolvem a conversão entre unidades de medida de tempo (minutos em
horas, meses em anos).
C Resolver problemas que envolvem a conversão entre unidades de medida de comprimento.
C Converter uma medida de comprimento, expressando decímetros e centímetros, para milímetros.
C Determinar o minuendo de uma subtração entre números naturais, de três ordens, a partir do conhe-
cimento do subtraendo e da diferença.
C Determinar o resultado da multiplicação entre o número 8 e um número de quatro ordens com
reserva.
C Reconhecer frações equivalentes.
C Resolver problemas envolvendo multiplicação com significado de combinatória.
C Comparar números racionais com quantidades diferentes de casas decimais.
C Reconhecer o gráfico de linhas correspondente a uma sequência de valores ao longo do tempo
(com valores positivos e negativos).
C Associar as frações 1
5 ou
1
10 à sua representação percentual.
C Reconhecer, entre um conjunto de quadriláteros, aquele que possui lados perpendiculares e com a
mesma medida.
C Determinar a razão entre as áreas de duas figuras desenhadas em malha quadriculada.
64 SAEGO 2016
(M080011H6) Sávio fez a redução do desenho de um cata-vento. O desenho original e sua redução estão representados na malha quadriculada abaixo.
DESENHO ORIGINAL
DESENHO REDUZIDO
A área do desenho do cata-vento reduzido em relação ao original éA) a metade.B) a quarta parte.C) o dobro.D) o quádruplo.
Esse item avalia a habilidade de os estudantes determina-
rem a razão entre as áreas de duas figuras planas semelhan-
tes desenhadas sobre uma malha quadriculada.
Para resolvê-lo, os estudantes devem acionar o conhe-
cimento de que a área, enquanto grandeza bidimensional,
varia, em relação às medidas dos lados, de forma quadráti-
ca, ou seja, havendo uma redução dos lados da figura pela
metade, a área da figura reduzida resultará em da área da
figura original. Os estudantes podem ainda efetuar o cálculo
da medida da área do desenho original e do desenho redu-
zido, pela contagem dos quadradinhos da malha, obtendo,
nessa ordem, 24 e 6 unidades de área, percebendo assim
que a medida da área do desenho reduzido equivale à quarta
parte da medida da área do desenho original. Os estudantes
que assinalaram a alternativa B, possivelmente, consolidaram
a habilidade avaliada nesse item.
Revista do Professor - Matemática 65
Abaixo do Básico9º Ano do Ensino Fundamental
ATÉ 225 PONTOS
NÍVEL 1 /// ATÉ 225 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Determinar a área de figuras desenhadas em malhas quadriculadas por meio de contagem.
C Localizar um ponto ou objeto em malha quadriculada ou croqui, a partir de duas coordenadas ou
referências, ou vice-versa.
C Associar figuras geométricas elementares (quadrado, triângulo e círculo) a seus respectivos nomes.
C Reconhecer retângulos em meio a outros quadriláteros.
C Reconhecer a planificação de uma pirâmide entre um conjunto de planificações.
C Reconhecer, entre um conjunto de polígonos, aquele que possui o maior número de ângulos.
C Converter uma quantia, dada na ordem das unidades de real, em seu equivalente em moedas.
C Determinar o total de uma quantia a partir da quantidade de moedas de 25 e/ou 50 centavos que a
compõe, ou vice-versa.
C Determinar o horário final de um evento, a partir de seu horário de início, e de um intervalo de tempo
dado, todos no formato de horas inteiras.
C Determinar a duração de um evento cujos horários inicial e final acontecem em minutos diferentes
de uma mesma hora dada.
C Converter uma hora em minutos.
C Converter mais de uma semana inteira em dias.
C Interpretar horas em relógios de ponteiros.
66 SAEGO 2016
C Corresponder pontos dados em uma reta numérica, graduada de 5 em 5 unidades, ao número natu-
ral composto por até 3 algarismos que ele representa.
C Localizar um número em uma reta numérica graduada na qual estão expressos números naturais
consecutivos e uma subdivisão equivalente à metade do intervalo entre eles.
C Determinar os termos desconhecidos em uma sequência numérica de múltiplos de cinco.
C Resolver problemas do cotidiano envolvendo adição de pequenas quantias de dinheiro.
C Reconhecer o princípio do valor posicional do Sistema de Numeração Decimal.
C Reconhecer uma fração como representação da relação parte-todo, com o apoio de um conjunto
de até cinco figuras.
C Associar um número natural à sua decomposição expressa por extenso.
C Associar a fração 1
4 a uma de suas representações gráficas.
C Reconhecer o maior ou o menor número em uma coleção de números racionais, representados na
forma decimal.
C Determinar o resultado da subtração de números racionais representados na forma decimal, tendo
como contexto o Sistema Monetário Brasileiro.
C Determinar a adição, com reserva, de até 3 números naturais com até quatro ordens.
C Resolver problemas simples utilizando a soma de 2 números racionais em sua representação deci-
mal, formados por 1 algarismo na parte inteira e 1 algarismo na parte decimal.
C Determinar a subtração de números naturais usando a noção de completar.
C Utilizar a multiplicação de 2 números naturais, com multiplicador formado por 1 algarismo e multi-
plicando formado por até 3 algarismos, com até 2 reagrupamentos, na resolução de problemas do
campo multiplicativo envolvendo a ideia de soma de parcelas iguais.
C Determinar o resultado da multiplicação de números naturais por valores do sistema monetário na-
cional, expressos em números de até duas ordens, e posterior adição.
C Determinar a divisão exata de números formados por 2 algarismos por números de 1 algarismo.
C Associar a metade de um total ao seu equivalente em porcentagem.
Revista do Professor - Matemática 67
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identifi-
carem um objeto em uma malha quadriculada a partir de
suas coordenadas de linha e coluna.
Para resolvê-lo, eles precisam compreender que a
primeira referência diz respeito à coluna e a segunda, à
linha. Portanto, o estabelecimento procurado é aquele
que está localizado no cruzamento da coluna 6 com a
linha Y, ou seja, o supermercado. Os estudantes que assi-
nalaram a alternativa D, possivelmente, desenvolveram a
habilidade avaliada pelo item.
(M090118H6) O mapa abaixo utiliza um referencial de linha e coluna para identificar a localização de algumas regiões de um bairro. Nesse mapa, foram destacados alguns dos estabelecimentos mais importantes dessas regiões.
Qual estabelecimento está destacado na região de localização 6Y desse referencial? A) Cinema.B) Loja de tecidos.C) Posto de gasolina.D) Supermercado.
C Interpretar dados apresentados em tabela e gráfico de colunas.
C Localizar dados em tabelas de múltiplas entradas.
C Reconhecer informações em um gráfico de colunas duplas.
68 SAEGO 2016
Básico9º Ano do Ensino Fundamental
DE 225 A 275 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
NÍVEL 2 /// DE 225 A 250 PONTOS
C Localizar um ponto entre outros dois fixados, apresentados em uma figura composta por vários outros
pontos.
C Reconhecer a planificação de um cubo entre um conjunto de planificações apresentadas.
C Determinar a área de um terreno retangular representado em malha quadriculada.
C Determinar o horário final de um evento, a partir do horário de início, dado em horas e minutos, e de
um intervalo dado em quantidade de minutos superior a uma hora.
C Resolver problemas envolvendo conversão entre litro e mililitro.
C Converter mais de uma hora inteira em minutos.
C Converter uma quantia dada em moedas de 5, 25 e 50 centavos e 1 real em cédulas de real.
C Estimar a altura de um determinado objeto com referência aos dados fornecidos por uma régua
graduada em centímetros.
C Localizar um número em uma reta numérica graduada na qual estão expressos o primeiro e o último
número representando um intervalo de tempo de dez anos, com dez subdivisões entre eles.
C Localizar um número racional dado em sua forma decimal em uma reta numérica graduada na qual
estão expressos diversos números naturais consecutivos, com dez subdivisões entre eles.
C Reconhecer o valor posicional do algarismo localizado na quarta ordem de um número natural.
C Reconhecer uma fração como representação da relação parte-todo, com apoio de um polígono
dividido em oito partes ou mais.
C Associar um número natural às suas ordens, ou vice-versa.
C Determinar uma fração irredutível, equivalente a uma fração dada, a partir da simplificação por três.
C Reconhecer a fração que corresponde à relação parte-todo entre uma figura e suas partes hachuradas.
C Associar um número racional que representa uma quantia monetária, escrito por extenso, à sua re-
presentação decimal.
Revista do Professor - Matemática 69
Esse item avalia a habilidade de os estudantes re-
solverem problemas envolvendo a subtração de nú-
meros naturais.
Para resolvê-lo, eles devem compreender que
para encontrar a quantidade de empadas que Nélia
comprou é necessário retirar a quantidade de coxi-
nhas, 110, e a quantidade de quibes, 50, do total de
salgadinhos dessa compra. Ou seja, realizar a subtra-
ção 200 – 110 – 50 e encontrar 40 como resposta
correta. Outra estratégia possível para a resolução
desse item é proceder inicialmente com a soma das
quantidades de quibes e coxinhas que foram infor-
madas no enunciado, 110 + 50, obtendo 160 e, em
seguida, subtrair essa quantidade de 200 para obter
a quantidade de empadas compradas. Os estudan-
tes que assinalaram a alternativa D, possivelmente,
desenvolveram a habilidade avaliada nesse item.
(M090540E4) Para uma festa de aniversário, Nélia comprou 200 salgados, sendo que, desse total, 110 são coxinhas, 50 são quibes e o restante são empadas.Quantas empadas, ao todo, Nélia comprou para essa festa de aniversário?A) 360B) 160C) 90D) 40
C Resolver problemas envolvendo a análise do algoritmo da adição de dois números naturais.
C Determinar o resultado da subtração, com recursos à ordem superior, entre números naturais de até
cinco ordens, utilizando as ideias de retirar e comparar.
C Determinar o resultado da multiplicação de um número inteiro por um número representado na
forma decimal, em contexto envolvendo o sistema monetário.
C Resolver problemas que envolvam a metade e o triplo de números naturais.
C Determinar o resultado da multiplicação de um número natural de um algarismo por outro de dois
algarismos, em contexto de soma de parcelas iguais.
C Determinar o resultado da divisão de números naturais formados por 3 algarismos, por um número
de uma ordem, usando noção de agrupamento.
C Resolver problemas, no Sistema Monetário Nacional, envolvendo adição e subtração de cédulas e moedas.
C Determinar a divisão exata de uma quantia monetária formada por 3 algarismos na parte inteira e 2 al-
garismos na parte decimal, por um número natural formado por 1 algarismo, com 2 divisões parciais
não exatas, na resolução de problemas com a ideia de partilha.
C Interpretar dados apresentados em um gráfico de linha simples.
C Associar dados apresentados em gráfico de colunas a uma tabela.
70 SAEGO 2016
NÍVEL 3 /// DE 250 A 275 PONTOS
C Reconhecer polígonos presentes em um mosaico composto por diversas formas geométricas.
C Reconhecer o ângulo de giro que representa a mudança de direção na movimentação de pessoas/
objetos.
C Reconhecer a planificação de um sólido simples, dado através de um desenho em perspectiva.
C Localizar um objeto em representação gráfica do tipo planta baixa, utilizando dois critérios: estar mais
longe de um referencial e mais perto de outro.
C Determinar a duração de um evento a partir dos horários de início, informado em horas e minutos,
e de término, também informado em horas e minutos, sem coincidência nas horas ou nos minutos
dos dois horários informados.
C Converter a duração de um intervalo de tempo dado em horas e minutos para minutos e dado em
anos e meses para meses.
C Resolver problemas envolvendo intervalos de tempo em meses, inclusive passando pelo fim do ano
(outubro a janeiro).
C Reconhecer que, entre quatro ladrilhos apresentados, quanto maior o ladrilho menor a quantidade
necessária para cobrir uma dada região.
C Reconhecer o m² como unidade de medida de área.
C Determinar porcentagens simples (25%, 50% e 100%).
C Resolver problemas que envolvam a composição e a decomposição polinomial de números naturais
de até cinco ordens.
C Associar números naturais à quantidade de agrupamentos de 1 000.
C Associar a metade de um total a algum equivalente, apresentado como fração ou porcentagem.
C Reconhecer uma fração como representação da relação parte-todo, sem apoio de figuras.
C Determinar uma fração irredutível, equivalente a uma fração dada, a partir da simplificação por sete.
C Localizar números em uma reta numérica graduada na qual estão expressos diversos números natu-
rais não consecutivos e crescentes, com uma subdivisão entre eles.
C Identificar, em uma coleção de pontos de uma reta numérica, os números inteiros positivos ou ne-
gativos, que correspondem a pontos destacados na reta.
C Determinar o resultado da soma ou da diferença entre dois números racionais representados na
forma decimal.
C Resolver problemas envolvendo adição ou subtração de números inteiros com sinais opostos forma-
dos por até 2 algarismos.
Revista do Professor - Matemática 71
Esse item avalia a habilidade de os estudantes resolverem problemas que envolvem grandezas direta-
mente proporcionais, representadas por números naturais.
Para resolver esse item, inicialmente os estudantes devem perceber a proporção apresentada, ou seja,
devem notar que o tempo que Daniela leva para percorrer uma determinada distância é diretamente pro-
porcional à quantidade de quilômetros percorridos. Em uma possível resolução desse item, os estudantes
devem determinar o tempo gasto por Daniela para percorrer 1 quilômetro, dividindo 80 minutos por 4
quilômetros, obtendo 20 minutos. A partir daí, devem multiplicar esse tempo por 10, que é a quantidade de
quilômetros informada no comando. Outra estratégia para resolução seria o uso de uma regra de 3 simples,
em que os estudantes devem organizar os dados de forma correta e aplicar procedimento algébrico para
determinar um tempo desconhecido em uma proporção, como exemplificado abaixo:
Os estudantes que assinalaram a alternativa D, provavelmente, desenvolveram a habilidade avaliada nesse item.
(M090221H6) Daniela percorre diariamente 4 km em 80 minutos, mantendo sempre a velocidade constante.Quanto tempo ela levará para percorrer 10 km mantendo sempre a mesma velocidade constante?A) 20 minutos.B) 32 minutos.C) 160 minutos.D) 200 minutos.
C Resolver problemas que envolvam soma e subtração de valores monetários.
C Resolver problemas por meio da realização de subtrações e divisões, para determinar o valor das
prestações de uma compra a prazo (sem incidência de juros).
C Resolver problemas que utilizam a multiplicação envolvendo a noção de proporcionalidade.
C Resolver problemas envolvendo grandezas diretamente proporcionais, representadas por números
inteiros.
C Determinar o resultado da divisão exata entre dois números naturais, com divisor até quatro e divi-
dendo com até quatro ordens.
C Reconhecer a modificação sofrida no valor de um número quando um algarismo é alterado.
C Reconhecer que um número não se altera ao multiplicá-lo por 1.
C Analisar e interpretar dados dispostos em uma tabela simples.
C Associar dados apresentados em tabela a gráfico de setores.
C Comparar dados representados pelas alturas de colunas presentes em um gráfico.
C Analisar dados apresentados em um gráfico de linha com mais de uma grandeza representada.
72 SAEGO 2016
Proficiente9º Ano do Ensino Fundamental
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
NÍVEL 4 /// DE 275 A 300 PONTOS
C Interpretar a movimentação de um objeto utilizando referencial diferente do seu.
C Localizar um ponto em um plano cartesiano com o apoio de malha quadriculada, a partir de suas
coordenadas ou vice-versa.
C Reconhecer um cubo a partir de uma de suas planificações desenhadas em uma malha quadriculada.
C Converter medidas dadas em toneladas para quilogramas.
C Converter unidades de medidas de comprimento, de metros para centímetros, na resolução de si-
tuação-problema.
C Determinar o perímetro de um retângulo desenhado em malha quadriculada, com as medidas de
comprimento e largura explicitadas.
C Reconhecer que a medida do perímetro de um retângulo, em uma malha quadriculada, dobra ou se
reduz à metade quando os lados dobram ou são reduzidos à metade.
C Determinar o volume através da contagem de blocos.
C Resolver problemas envolvendo conversão de quilograma para grama.
C Converter uma quantia, dada na ordem das dezenas de real, em moedas de 50 centavos.
C Estimar o comprimento de um objeto a partir de outro, dado como unidade padrão de medida.
C Resolver problemas sobre intervalos de tempo envolvendo adição e subtração e com intervalo de
tempo passando pela meia-noite.
C Associar números naturais à quantidade de agrupamentos menos usuais, como 300 dezenas.
C Determinar a quantidade de dezenas presentes em um número de quatro ordens.
C Localizar números racionais em sua representação decimal na reta numérica.
DE 275 A 325 PONTOS
Revista do Professor - Matemática 73
Esse item avalia a habilidade de os estudantes re-
solverem problemas que envolvam números inteiros
negativos e positivos.
Para resolver esse item, os estudantes devem
compreender que as altitudes abaixo do nível do
mar são representadas por números negativos. Sen-
do assim, devem perceber que Fernanda estava ini-
cialmente a uma altitude de - 13 metros e que, ao
descer 25 metros, sua distância em relação ao nível
do mar aumentou e sua altitude passou a ser – 38
metros. Finalmente, o estudante deve concluir, en-
tão, que ao subir 9 metros para se juntar ao grupo,
sua distância em relação ao nível do mar diminuiu, e
sua altitude nesse momento passou a ser – 29 me-
tros. Alguns estudantes que já estão em nível mais
avançado de desenvolvimento, podem ainda atribuir
sinais negativo e positivo, respectivamente, para os
deslocamentos de descida e subida de Fernanda e
com isso modelar e calcular a expressão – 13 + (–
25) + 9 para solucionar o problema. Os estudantes
que assinalaram a alternativa B, possivelmente, con-
solidaram a habilidade avaliada nesse item.
(M090775E4) Fernanda pratica mergulho. Em um dia, ela mergulhou com um grupo em mar aberto a uma profundidade inicial de 13 metros. Em seguida, ela desceu por mais 25 metros, e posteriormente subiu 9 metros para juntar-se novamente ao grupo. Considere como zero a altitude no nível do mar.Em relação ao nível do mar, qual foi a altitude que Fernanda atingiu quando se juntou novamente ao grupo?A) – 16 metros.B) – 29 metros.C) – 38 metros.D) – 48 metros.
C Determinar a soma de números racionais em contextos de sistema monetário.
C Resolver problemas que envolvem mais de duas operações com números naturais de até 3 algaris-
mos.
C Resolver problemas que envolvem a divisão exata ou a multiplicação de números naturais.
C Resolver problemas envolvendo adição e/ou subtração entre até 3 números inteiros positivos e ne-
gativos formados por até 3 algarismos.
C Determinar o valor numérico de uma expressão algébrica de 1º grau, envolvendo números naturais,
em situação-problema.
C Interpretar dados em gráficos de setores.
C Analisar dados dispostos em uma tabela de dupla entrada.
74 SAEGO 2016
NÍVEL 5 /// DE 300 A 325 PONTOS
C Reconhecer uma linha paralela a outra dada como referência em um mapa.
C Reconhecer os lados paralelos de um trapézio expressos em forma de segmentos de retas.
C Reconhecer objetos com a forma esférica entre uma lista de objetos do cotidiano.
C Reconhecer que o ângulo não se altera em figuras obtidas por ampliação/redução.
C Localizar dois ou mais pontos em um sistema de coordenadas cartesianas.
C Calcular o perímetro de uma figura poligonal irregular desenhada sobre uma malha quadriculada, na
resolução de problemas.
C Determinar o perímetro de uma figura poligonal regular, com o apoio de figura, na resolução de uma
situação-problema.
C Determinar a área de um retângulo desenhado em malha quadriculada, após a modificação de uma
de suas dimensões.
C Determinar a área de uma figura poligonal não convexa desenhada sobre uma malha quadriculada.
C Estimar a diferença de altura entre dois objetos, a partir da altura de um deles.
C Converter medidas lineares de comprimento (m/cm, km/m).
C Resolver problemas que envolvem a conversão entre diferentes unidades de medida de massa.
C Associar um número natural de seis ordens à sua forma polinomial.
C Determinar, em situação-problema, a adição e a subtração entre números racionais, representados
na forma decimal, com até 3 algarismos na parte decimal.
C Resolver problemas envolvendo o cálculo da variação entre duas temperaturas representadas por
números inteiros com sinais opostos.
C Resolver problemas que envolvem grandezas diretamente proporcionais requerendo mais de uma
operação.
C Resolver problemas envolvendo grandezas diretamente proporcionais, representadas por números
racionais na forma decimal.
C Resolver problemas envolvendo divisão de números naturais com resto.
Revista do Professor - Matemática 75
Esse item avalia a habilidade de os estudantes re-
conhecerem a representação fracionária de um nú-
mero racional dada sua representação decimal.
Para resolvê-lo, os estudantes devem perceber
que se trata de um número com parte inteira e de-
cimal, representando 6 inteiros e 9 décimos. A partir
daí, os respondentes devem ter conhecimento de
que 9 décimos representam 9 partes de um inteiro
que foi dividido em 10 partes iguais; logo, sua repre-
sentação fracionária é 9
10 e, por isso, precisam repre-
sentar a parte inteira do número (6) por uma fração
com denominador 10, no caso 60
10, e somar as duas
frações encontradas para obter a resposta. Os estu-
dantes que assinalaram a alternativa D, possivelmen-
te, desenvolveram a habilidade avaliada.
(M090098H6) A representação fracionária do número racional 6,9 é
A) 6910 .
B) 96 .
C) 69 .
D) 1069 .
C Associar a fração 1
2 à sua representação na forma decimal.
C Associar uma fração com denominador dez à sua representação decimal.
C Associar 50% à sua representação na forma de fração.
C Determinar a porcentagem envolvendo números inteiros em problemas contextualizados ou não.
C Associar uma situação-problema à sua linguagem algébrica, por meio de equações do 1º grau ou
sistemas lineares.
C Interpretar dados em um gráfico de colunas duplas.
76 SAEGO 2016
Avançado9º Ano do Ensino Fundamental
ACIMA DE 325 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
NÍVEL 6 /// DE 325 A 350 PONTOS
C Reconhecer a planificação de uma caixa cilíndrica.
C Reconhecer a medida do ângulo determinado entre dois deslocamentos, descritos por meio de
orientações dadas por pontos cardeais.
C Reconhecer as coordenadas de pontos representados no primeiro quadrante de um plano cartesia-
no.
C Reconhecer a relação entre as medidas de raio e diâmetro de uma circunferência com o apoio de
figura.
C Reconhecer a corda de uma circunferência, as faces opostas de um cubo, a partir de uma de suas
planificações.
C Comparar as medidas dos lados de um triângulo a partir das medidas de seus respectivos ângulos
opostos.
C Resolver problemas utilizando o Teorema de Pitágoras no cálculo da medida da hipotenusa, dadas
as medidas dos catetos.
C Resolver problemas fazendo uso de semelhança de triângulos (com apoio de figuras).
C Resolver problemas que envolvem a conversão entre unidades de medida de tempo (minutos em
horas, meses em anos).
C Resolver problemas que envolvem a conversão entre unidades de medida de comprimento (metros
em centímetros).
C Converter unidades de medida de massa, de quilograma para grama, na resolução de situação-pro-
blema.
Revista do Professor - Matemática 77
C Determinar o perímetro de um polígono não convexo desenhado sobre as linhas de uma malha
quadriculada.
C Resolver problema envolvendo o volume de um cubo ou de um paralelepípedo retângulo com o
apoio de figura.
C Estimar o valor da raiz quadrada de um número inteiro aproximando-o de um número racional em
sua representação decimal.
C Determinar o minuendo de uma subtração entre números naturais, de três ordens, a partir do conhe-
cimento do subtraendo e da diferença.
C Determinar o resultado da multiplicação entre o número 8 e um número de quatro ordens com
reserva.
C Resolver problemas envolvendo grandezas diretamente proporcionais com constante de proporcio-
nalidade não inteira.
C Resolver problemas envolvendo multiplicação com significado de combinatória.
C Associar a fração 1
10 à sua representação percentual.
C Determinar um valor monetário obtido por meio de um desconto ou um acréscimo percentual.
C Associar um número racional, escrito por extenso, à sua representação decimal, ou vice-versa.
C Reconhecer frações equivalentes.
C Determinar o valor de uma expressão numérica, com números irracionais, fazendo uso de uma apro-
ximação racional fornecida, ou não.
C Comparar números racionais com quantidades diferentes de casas decimais.
C Determinar o valor numérico de uma expressão algébrica que contenha parênteses, envolvendo
números naturais.
C Determinar a solução de um sistema de duas equações lineares.
C Reconhecer o gráfico de linhas correspondente a uma sequência de valores ao longo do tempo
(com valores positivos e negativos).
C Resolver problemas que requerem a comparação de dois gráficos de colunas.
78 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes resolverem
problemas envolvendo a aplicação do Teorema de Pitágoras.
Para resolvê-lo, os estudantes devem ser capazes de
compreender que o comprimento da rampa utilizada, indi-
cado no desenho, corresponde à hipotenusa do triângulo
retângulo, cujos catetos medem 3m e 4m, e, por isso, pode
ser calculada aplicando-se o Teorema de Pitágoras, obtendo
. Alguns estudantes podem ainda perceber
que o triângulo retângulo envolvido no problema tem lados,
cujas medidas são um terno pitagórico e, assim, chegarem à
conclusão de que , ao associarem ao terno 3, 4 e 5.
A escolha da alternativa A indica que esses estudantes, pro-
vavelmente, desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.
(M090100H6) Observe abaixo o esquema de uma rampa infl ável para um parque infantil. Essa rampa possui o formato de um prisma reto de base triangular.
comprim
ento da rampa
De acordo com esse desenho, qual é a medida do comprimento dessa rampa infl ável?A) 5 mB) 7 mC) 14 mD) 25 m
Revista do Professor - Matemática 79
NÍVEL 7 /// DE 350 A 375 PONTOS
C Reconhecer ângulos agudos, retos ou obtusos de acordo com sua medida em graus.
C Reconhecer, entre um conjunto de quadriláteros, aquele que possui lados perpendiculares e com a
mesma medida.
C Reconhecer as coordenadas de pontos representados em um plano cartesiano localizados em qua-
drantes diferentes do primeiro.
C Determinar a posição final de um objeto, após a realização de rotações em torno de um ponto, de
diferentes ângulos, em sentido horário e anti-horário.
C Resolver problemas envolvendo ângulos, inclusive utilizando a Lei Angular de Tales sobre a soma dos
ângulos internos de um triângulo.
C Resolver problemas envolvendo as propriedades de ângulos internos e externos de triângulos e qua-
driláteros, com ou sem justaposição ou sobreposição de figuras.
C Determinar a medida do ângulo interno de um pentágono regular, em uma situação-problema, sem
o apoio de imagem.
C Resolver problemas utilizando o Teorema de Pitágoras no cálculo da medida de um dos catetos,
dadas as medidas da hipotenusa e de um de seus catetos.
C Converter uma medida de comprimento, expressando decímetros e centímetros, para milímetros.
C Determinar o perímetro de uma região retangular, obtida pela justaposição de dois retângulos, des-
critos sem o apoio de figuras.
C Determinar a área de um retângulo em situações-problema.
C Determinar a área de regiões poligonais desenhadas em malhas quadriculadas.
C Determinar a razão entre as áreas de duas figuras desenhadas em malha quadriculada.
C Resolver problema envolvendo o volume de um cubo ou de um paralelepípedo retângulo sem o
apoio de figura.
C Converter unidades de medida de volume, de m3 para litro, em situações-problema.
C Reconhecer a relação entre as áreas de figuras semelhantes.
C Determinar a soma de números racionais dados na forma fracionária e com denominadores diferentes.
C Determinar o quociente entre números racionais, representados na forma decimal ou fracionária, em
situações-problema.
80 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes
resolverem problemas envolvendo o volume de um
cubo sem o apoio de imagem.
Para resolvê-lo, os estudantes devem perceber
que a quantidade mínima de areia que deve ser utili-
zada para preencher totalmente essa caixa equivale
à medida do volume do paralelepípedo, cujas arestas
medem 0,3 m, 1,5 m e 1,2 m. A partir desse raciocí-
nio, os estudantes podem calcular o volume desse
paralelepípedo ao efetuarem a operação do produto
das suas dimensões, 0,3 m x 1,5 m x 1,2 m = 0,54
m³. Os estudantes que assinalaram a alternativa D,
possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada
nesse item.
(M090102H6) Márcia encomendou de um marceneiro uma caixa de madeira com tampa, em formato de paralelepípedo retângulo para usar como caixa de areia para seus fi lhos. Ela solicitou que essa caixa tivesse internamente 0,3 m de altura; 1,5 m de comprimento e 1,2 m de largura.Quantos metros cúbicos de areia, no máximo, Márcia poderá colocar dentro dessa caixa?A) 5,22B) 3,00C) 2,10D) 0,54
C Comparar números racionais com diferentes números de casas decimais, usando arredondamento.
C Determinar o valor numérico de uma expressão algébrica de 2º grau, com coeficientes naturais,
envolvendo números inteiros.
C Determinar o valor de uma expressão numérica com números racionais (inteiros ou não).
C Localizar na reta numérica um número racional, representado na forma de uma fração imprópria.
C Associar uma fração (com denominador diferente de 10) à sua representação decimal.
C Associar uma situação-problema à sua linguagem algébrica, por meio de inequações do 1º grau.
C Associar a representação gráfica de duas retas no plano cartesiano a solução de um sistema de duas
equações lineares, ou vice-versa.
C Resolver problemas envolvendo equação do 2º grau.
C Determinar a média aritmética de um conjunto de valores.
C Estimar quantidades em gráficos de setores.
C Analisar dados dispostos em uma tabela de três ou mais entradas.
C Interpretar dados fornecidos em gráficos envolvendo regiões do plano cartesiano.
C Interpretar gráficos de linhas com duas sequências de valores.
Revista do Professor - Matemática 81
NÍVEL 8 /// ACIMA DE 375 PONTOS
C Resolver problemas utilizando as propriedades das cevianas (altura, mediana e bissetriz) de um triân-
gulo isósceles com o apoio de figura.
C Reconhecer que a área de um retângulo ou de um trapézio quadruplica quando seus lados dobram.
C Resolver problemas utilizando a soma das medidas dos ângulos internos de um polígono.
C Determinar a área de figuras formadas pela composição/decomposição de triângulos, paralelogra-
mos, trapézios e círculos.
C Determinar o valor de uma expressão numérica envolvendo adição, subtração, multiplicação e po-
tenciação entre números racionais representados na forma decimal.
C Resolver problemas envolvendo grandezas inversamente proporcionais.
C Determinar o valor numérico de uma expressão algébrica do 1° grau, com coeficientes racionais,
representados na forma decimal.
C Reconhecer a expressão algébrica que expressa uma regularidade existente em uma sequência de
números ou de figuras geométricas.
C Executar a simplificação de uma expressão algébrica, envolvendo a divisão de um polinômio de grau
um, por um polinômio de grau dois incompleto.
82 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes deter-
minarem a razão entre as áreas de duas figuras planas
semelhantes desenhadas sobre uma malha quadriculada.
Para resolvê-lo, os estudantes devem, inicialmente,
perceber que a figura que representa o ladrilho de argila
equivale a uma ampliação da figura que representa o
molde e, ainda, que a área, enquanto grandeza bidimen-
sional, varia, em relação às medidas dos lados, de forma
quadrática, ou seja, ampliando em duas vezes os lados
de uma figura. Dessa forma, a área da figura ampliada
resultará no quádruplo da área da figura original. Os es-
tudantes podem ainda efetuar o cálculo da medida da
área do molde e do ladrilho de argila pela contagem
dos quadradinhos da malha, obtendo, nessa ordem, 8
e 32 unidades de área, percebendo assim que a medida
da área do ladrilho equivale ao quádruplo da medida da
área do molde. Os estudantes que assinalaram a alter-
nativa D, possivelmente, consolidaram a habilidade ava-
liada nesse item.
(M090111H6) Carla utilizou um molde com formato de um trapézio para fazer um ladrilho de argila conforme representado no desenho abaixo.
Molde
Ladrilho de Argila
A área do ladrilho de argila em relação à área do molde éA) a metade.B) a quarta parte.C) o dobro.D) o quádruplo.
Revista do Professor - Matemática 83
Abaixo do Básico3ª Série do Ensino Médio
ATÉ 250 PONTOS
NÍVEL 1 /// ATÉ 250 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Reconhecer a planificação usual do cubo a partir de seu nome.
C Resolver problemas envolvendo conversão de litro para mililitro.
C Determinar uma fração irredutível, equivalente a uma fração dada, a partir da simplificação por três.
C Associar um número racional que representa uma quantia monetária, escrito por extenso, à sua re-
presentação decimal.
C Reconhecer o maior ou o menor número em uma coleção de números racionais, representados na
forma decimal.
C Reconhecer a fração que corresponde à relação parte-todo entre uma figura e suas partes hachuradas.
C Determinar a divisão exata de uma quantia monetária formada por 3 algarismos na parte inteira e 2
algarismos na parte decimal, por um número natural formado por 1 algarismo, com 2 divisões parciais
não exatas, na resolução de problemas com a ideia de partilha.
C Resolver problemas simples utilizando a soma de 2 números racionais em sua representação decimal,
formados por 1 algarismo na parte inteira e 1 algarismo na parte decimal.
C Interpretar dados apresentados em um gráfico de linha simples.
C Interpretar dados apresentados em tabela e gráfico de colunas.
C Associar dados apresentados em gráfico de colunas a uma tabela.
C Associar uma tabela de até duas entradas a informações apresentadas textualmente ou em um gráfi-
co de barras ou de linhas.
C Associar um gráfico de setores a uma tabela que apresenta a mesma relação entre seus dados.
84 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes iden-
tificarem o gráfico de setores que representa os dados
listados em uma tabela simples.
Um caminho que os estudantes possuem para resol-
ver esse item consiste em associar, de forma ordenada,
cada motivo ao percentual que o representa. Em seguida,
eles devem procurar o gráfico que apresenta os tama-
nhos dos setores, de acordo com a ordem obtida, sendo
o maior setor associado à indicação; o segundo maior
setor associado à proximidade, e assim por diante. Os es-
tudantes que assinalaram a alternativa D, possivelmente,
desenvolveram a habilidade avaliada nesse item.
(M100079A9) Um grupo de pessoas respondeu a uma pesquisa sobre a forma de escolha de seus médicos. As respostas obtidas foram registradas no quadro a seguir.
Como você escolhe seu médico?Motivos Porcentagem
Proximidade 22%Indicação 31%Disponibilidade 19% Atendimento telefônico 13%Outros motivos 15%
De acordo com os dados desse quadro, o gráfico que melhor representa essas informações é
A)OutrosMotivos
Proximidade
Indicação
IndicaçãoDisponibilidade
IndicaçãoAtendimentotelefônico
B)OutrosMotivos
Proximidade
IndicaçãoIndicaçãoDisponibilidade
IndicaçãoAtendimentotelefônico
C)OutrosMotivos
Proximidade
Indicação
IndicaçãoDisponibilidade
IndicaçãoAtendimentotelefônico
D)OutrosMotivos
Proximidade
IndicaçãoIndicaçãoDisponibilidade
IndicaçãoAtendimentotelefônico
Revista do Professor - Matemática 85
NÍVEL 2 /// DE 250 A 275 PONTOS
C Reconhecer o ângulo de giro que representa a mudança de direção na movimentação de pessoas/objetos.
C Reconhecer a planificação de um sólido simples, dado através de um desenho em perspectiva.
C Localizar um objeto em representação gráfica do tipo planta baixa, utilizando dois critérios: estar mais
longe de um referencial e mais perto de outro.
C Reconhecer as coordenadas de pontos representados em um plano cartesiano localizados no pri-
meiro ou segundo quadrante.
C Identificar, em uma coleção de pontos de uma reta numérica, os números inteiros positivos ou ne-
gativos, que correspondem a pontos destacados na reta.
C Determinar uma fração irredutível, equivalente a uma fração dada, a partir da simplificação por sete.
C Resolver problemas envolvendo adição ou subtração de números inteiros com sinais opostos forma-
dos por até 2 algarismos.
C Localizar o valor que representa um número inteiro positivo associado a um ponto indicado em uma
reta numérica.
C Resolver problemas envolvendo grandezas diretamente proporcionais, representadas por números inteiros.
C Reconhecer os zeros de uma função dada graficamente.
C Determinar o valor de uma função afim, dada sua lei de formação.
C Determinar um resultado utilizando o conceito de progressão aritmética.
C Resolver problemas cuja modelagem recaia em uma função do 1° grau.
C Resolver problemas que envolvem a comparação entre dados de duas colunas de uma tabela de
colunas duplas.
Básico3ª Série do Ensino Médio
DE 250 A 300 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
86 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes re-
conhecerem os zeros de uma função representada
graficamente.
Para resolvê-lo, eles precisam reconhecer que os
zeros ou raízes de uma função correspondem aos
valores de x e que tornam essa função nula, o que,
graficamente, corresponde à abscissa dos pontos de
intersecção do gráfico com o eixo Ox. Nesse caso,
os estudantes devem observar que o gráfico inter-
cepta o eixo x nos pontos (0, 0) e (3, 0), ou seja, 0 e 3
são os valores que tornam a função nula. A escolha
da alternativa D indica que esses estudantes desen-
volveram a habilidade avaliada pelo item.
(M100100H6) Observe abaixo o gráfi co de uma função real defi nida no intervalo [– 1, 4].
Quais são os zeros dessa função?A) – 4 e 16.B) – 1, 0 e 4.C) – 1 e 4.D ) 0 e 3.E) 4 e 16.
C Associar um gráfico de setores a dados percentuais apresentados textualmente.
C Associar dados apresentados em tabela a gráfico de setores.
C Analisar dados dispostos em uma tabela simples.
C Analisar dados apresentados em um gráfico de linha com mais de uma grandeza representada.
C Interpretar dados apresentados em gráfico de múltiplas colunas.
Revista do Professor - Matemática 87
NÍVEL 3 /// DE 275 A 300 PONTOS
C Associar uma planificação usual dada de um prisma hexagonal ao seu nome.
C Localizar um ponto em um plano cartesiano com o apoio de malha quadriculada, a partir de suas
coordenadas ou vice-versa.
C Reconhecer as coordenadas de um ponto dado em um plano cartesiano com o apoio de malha
quadriculada.
C Interpretar a movimentação de um objeto utilizando referencial diferente do seu.
C Reconhecer que a medida do perímetro de um retângulo, em uma malha quadriculada, dobra ou se
reduz à metade quando os lados dobram ou são reduzidos à metade.
C Converter unidades de medidas de comprimento, de metros para centímetros, na resolução de si-
tuação-problema.
C Determinar o volume através da contagem de blocos.
C Localizar números inteiros negativos na reta numérica.
C Localizar números racionais em sua representação decimal na reta numérica.
C Determinar a soma de números racionais em contextos de sistema monetário.
C Resolver problemas envolvendo adição e/ou subtração entre até 3 números inteiros positivos e ne-
gativos formados por até 3 algarismos.
C Determinar o quarto valor em uma relação de proporcionalidade direta a partir de três valores forne-
cidos em uma situação do cotidiano.
C Resolver problemas utilizando operações fundamentais com números naturais.
C Determinar um valor reajustado de uma quantia a partir de seu valor inicial e do percentual de reajuste.
C Determinar o número de termos de uma progressão aritmética, dados o primeiro, o último termo e
a razão, em uma situação-problema.
C Reconhecer que a solução de um sistema de equações dado equivale ao ponto de interseção entre
as duas retas que o compõem.
C Determinar o valor numérico de uma expressão algébrica de 1º grau, envolvendo números naturais,
em situação-problema.
88 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes resolverem problemas envol-
vendo cálculo de porcentagens.
Para resolvê-lo, eles devem atentar ao enunciado, a fim de perceber
as condições da promoção para novos alunos dessa academia. Como
Gabriela efetuou o pagamento da mensalidade de 11 a 30 dias após a
matrícula, há previsão de um acréscimo de 10% sobre o seu valor. Assim,
o valor pago por ela corresponde ao valor da mensalidade acrescido de
10%, ou seja, R$ 150,00 + 10% de R$ 150,00, equivalente a R$ 150,00 + R$
15,00, totalizando, assim, R$ 165,00. Os estudantes que assinalaram a al-
ternativa E, possivelmente, consolidaram a habilidade avaliada nesse item.
C Reconhecer o valor máximo de uma função quadrática representada graficamente.
C Reconhecer, em um gráfico, o intervalo no qual a função assume valor máximo.
C Determinar a moda de um conjunto de valores.
C Associar a fração 1
2 a 50% de um todo.
C Analisar dados dispostos em uma tabela de dupla entrada.
C Determinar, por meio de proporcionalidade, o gráfico de setores que representa uma situação com
dados fornecidos textualmente.
(M120281H6) Em uma academia de ginástica, há uma promoção para novos alunos: 10% de desconto na primeira mensalidade se ela for paga juntamente com a matrícula. Se a primeira mensalidade for paga até 10 dias depois da matrícula, deverá ser pago o valor integral de R$ 150,00. Já no caso de o pagamento da primeira mensalidade ser feito de 11 a 30 dias após a matrícula, há um acréscimo de 10% nesse valor. Gabriela se matriculou nessa academia e efetuou o pagamento da primeira mensalidade 15 dias após a matrícula. Qual é o valor da primeira mensalidade que Gabriela pagou?A) R$ 135,00B) R$ 140,00C) R$ 150,00 D) R$ 160,00E) R$ 165,00
Revista do Professor - Matemática 89
Proficiente3ª série do Ensino Médio
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
NÍVEL 4 /// DE 300 A 325 PONTOS
C Reconhecer que o ângulo não se altera em figuras obtidas por ampliação/redução.
C Localizar pontos em um sistema de coordenadas cartesianas.
C Determinar o perímetro de uma região retangular, com o apoio de figura, na resolução de uma si-
tuação-problema.
C Determinar a área de um retângulo em situações-problema.
C Resolver problemas envolvendo área de uma região composta por retângulos a partir de medidas
fornecidas em texto e figura.
C Determinar o volume através da contagem de blocos.
C Identificar, em uma coleção de pontos na reta numérica, aquele que melhor representa a localização
de um número irracional dado na forma de um radical.
C Associar uma fração com denominador 10 à sua representação decimal ou vice-versa.
C Associar uma situação-problema à sua linguagem algébrica, por meio de equações do 1º grau ou
sistemas lineares.
C Resolver problemas envolvendo o cálculo da variação entre duas temperaturas representadas por
números inteiros com sinais opostos.
C Determinar, em situação-problema, a adição e a subtração entre números racionais, representados
na forma decimal, com até 3 algarismos na parte decimal.
C Resolver problemas utilizando proporcionalidade direta ou inversa, cujos valores devem ser obtidos
a partir de operações simples.
DE 300 A 350 PONTOS
90 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes
identificarem, na reta numérica, em qual intervalo
está localizado um número irracional dado.
Para resolver esse item, os estudantes devem ve-
rificar que os números quadrados perfeitos que vêm
antes e depois do 2 são, respectivamente, o 1 e o
4, e assim, constatar que, como 1 < 2 < 4, então ,
ou seja , e, consequen-
temente, , sendo assim, o número
irracional está localizado entre – 2 e – 1. Como
o ponto Q está também entre – 2 e – 1, é necessário,
então, que o estudante determine se o número men-
cionado é maior ou menor que Q. Para isso, ele deve
perceber que o ponto Q está representando o núme-
ro – 1,2 na reta e que 1,2² = 1,44 < 2 e, sendo assim,
o que implica que , ou
seja, o número está à esquerda do ponto Q e,
consequentemente, entre os pontos P e Q. Os estu-
dantes que assinalaram a alternativa A, provavelmen-
te, desenvolveram a habilidade avaliada nesse item.
C Determinar, em situação-problema, a adição e a multiplicação entre números racionais, envolvendo
divisão por números inteiros.
C Determinar porcentagens envolvendo números inteiros.
C Determinar o percentual que representa um valor em relação a outro.
C Resolver problemas envolvendo grandezas diretamente proporcionais, representadas por números
racionais na forma decimal.
C Reconhecer o gráfico de função a partir de valores fornecidos em um texto.
C Determinar a solução de um sistema de duas equações lineares.
C Determinar um termo de progressão aritmética, dada sua forma geral.
C Determinar a probabilidade da ocorrência de um evento simples.
C Resolver problemas de contagem usando princípio multiplicativo.
(M110108CE) Marlene representou na reta numérica abaixo alguns pontos.
– 1– 2
O número 2- está entre os pontosA) P e Q.B) Q e R.C) R e S.D) S e T.E) T e U.
Revista do Professor - Matemática 91
NÍVEL 5 /// DE 325 A 350 PONTOS
C Reconhecer a medida do ângulo determinado entre dois deslocamentos, descritos por meio de
orientações dadas por pontos cardeais.
C Reconhecer as coordenadas de pontos representados no primeiro quadrante de um plano cartesiano.
C Reconhecer a relação entre as medidas de raio e diâmetro de uma circunferência com o apoio de figura.
C Reconhecer a corda de uma circunferência e as faces opostas de um cubo, a partir de uma de suas
planificações.
C Comparar as medidas dos lados de um triângulo a partir das medidas de seus respectivos ângulos opostos.
C Resolver problemas utilizando o Teorema de Pitágoras no cálculo da medida da hipotenusa, dadas
as medidas dos catetos.
C Resolver problemas fazendo uso de semelhança de triângulos com apoio de figuras.
C Determinar medidas de segmentos por meio da semelhança entre dois polígonos.
C Determinar o perímetro de uma região formada pela justaposição de retângulos, sendo todas as me-
didas fornecidas com o apoio de imagem.
C Resolver problema envolvendo o volume de um cubo ou de um paralelepípedo retângulo com o
apoio de figura.
C Converter unidades de medida de massa, de quilograma para grama, na resolução de situação-problema.
C Reconhecer frações equivalentes.
C Associar um número racional, escrito por extenso, à sua representação decimal, ou vice-versa.
C Estimar o valor da raiz quadrada de um número inteiro aproximando-o de um número racional em
sua representação decimal.
C Resolver problemas envolvendo grandezas diretamente proporcionais com constante de proporcio-
nalidade não inteira.
C Determinar o valor numérico de uma expressão algébrica que contenha parênteses, envolvendo
números naturais.
C Determinar um valor monetário obtido por meio de um desconto ou um acréscimo percentual.
C Determinar o valor de uma expressão numérica, com números irracionais, fazendo uso de uma apro-
ximação racional fornecida ou não.
92 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes
resolverem um problema envolvendo uma função
exponencial.
Para resolvê-lo, eles devem primeiramente com-
preender que os símbolos expressam algebricamen-
te uma função exponencial do tipo ,
na qual P é a variável dependente (população de ca-
prinos e ovinos) e t é a variável independente (tem-
po em anos). Devem também compreender que
o enunciado requer o valor de P quando t corres-
ponder a 6 anos. A partir desse raciocínio, podem
substituir t por 6 e efetuar os cálculos apropriados,
encontrando P(t) = 6 400. Assim, os estudantes que
assinalaram a alternativa E, provavelmente, desen-
volveram a habilidade avaliada pelo item.
C Determinar a solução de um sistema de duas equações lineares.
C Determinar o valor de variável dependente ou independente de uma função exponencial com ex-
poente inteiro dado.
C Determinar o valor de uma expressão algébrica.
C Determinar a solução de um sistema de três equações sendo uma com uma incógnita, outra com
duas e a terceira com três incógnitas.
C Resolver problemas envolvendo divisão proporcional do lucro em relação a dois investimentos ini-
ciais diferentes.
C Resolver problemas envolvendo operações, além das fundamentais, com números naturais.
C Resolver problemas envolvendo a relação linear entre duas variáveis para a determinação de uma delas.
C Resolver problemas envolvendo probabilidade de união de eventos.
C Avaliar o comportamento de uma função representada graficamente, quanto ao seu crescimento ou
decrescimento.
C Determinar a probabilidade, em percentual, de ocorrência de um evento simples na resolução de
problemas.
C Resolver problemas que requerem a comparação de dois gráficos de colunas.
(M120282H6) Em determinado período, um pecuarista constatou que a população P, em milhares, de caprinos e ovinos da empresa onde atuava variava de acordo com a função P(t) =
. 2t, em que t representa o tempo, em anos, a partir do início do registro dessa população.Depois de 6 anos do início desse registro, a população, em milhares, de caprinos e ovinos será deA) 2.B) 3.C) 9.D) 12.E) 16.
Revista do Professor - Matemática 93
Avançado3ª Série do Ensino Médio
ACIMA DE 350 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
NÍVEL 6 /// DE 350 A 375 PONTOS
C Reconhecer ângulos agudos, retos ou obtusos de acordo com sua medida em graus.
C Associar um sólido geométrico simples a uma planificação usual dada.
C Reconhecer as coordenadas de pontos representados em um plano cartesiano localizados no ter-
ceiro ou quarto quadrantes.
C Determinar a posição final de um objeto, após a realização de rotações em torno de um ponto, de
diferentes ângulos, em sentido horário e anti-horário.
C Resolver problemas envolvendo ângulos, inclusive utilizando a Lei Angular de Tales sobre a soma dos
ângulos internos de um triângulo.
C Resolver problemas envolvendo as propriedades de ângulos internos e externos de triângulos, qua-
driláteros e pentágonos, com ou sem justaposição ou sobreposição de figuras.
C Determinar a medida do ângulo interno de um pentágono regular, em uma situação-problema, sem
o apoio de imagem.
C Resolver problemas utilizando o Teorema de Pitágoras.
C Determinar a razão de semelhança entre as imagens de um mesmo objeto em escalas diferentes.
C Determinar o perímetro de uma região retangular, obtida pela justaposição de dois retângulos, des-
critos sem o apoio de figuras.
C Determinar a área de regiões poligonais desenhadas em malhas quadriculadas.
C Reconhecer a relação entre as áreas de figuras semelhantes.
C Resolver problema envolvendo o volume de um cubo ou de um paralelepípedo retângulo sem o
apoio de figura.
C Converter unidades de medida de volume, de m3 para litro, em situações-problema.
C Determinar o quociente entre números racionais, representados na forma decimal ou fracionária, em
situações-problema.
C Determinar a soma de números racionais dados na forma fracionária e com denominadores diferentes.
C Determinar o valor numérico de uma expressão algébrica de 2º grau, com coeficientes naturais,
envolvendo números inteiros.
C Determinar o valor de uma expressão numérica com números racionais (inteiros ou não).
C Comparar números racionais com diferentes números de casas decimais, usando arredondamento.
94 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes re-
solverem problemas envolvendo a interpretação de
informações apresentadas em uma tabela de múlti-
plas entradas.
Para resolvê-lo, eles devem compreender a dis-
tribuição dos dados na tabela, isto é, que as crian-
ças matriculadas nas instituições estaduais de ensino
desse estado estão divididas por sub-regiões e por
faixa etária. Para encontrar a resposta, então, esses
estudantes devem calcular o total de crianças ma-
triculadas em cada sub-região, nas três faixas etárias
e comparar os resultados, considerando as duas re-
giões que apresentaram o maior somatório. Os estu-
dantes que assinalaram a alternativa E, possivelmen-
te, consolidaram a habilidade avaliada.
C Localizar na reta numérica um número racional, representado na forma de uma fração.
C Associar uma fração à sua representação na forma decimal.
C Utilizar o cálculo de porcentagens na resolução de problemas envolvendo números racionais (não inteiros).
C Associar uma situação-problema à sua linguagem algébrica, por meio de inequações do 1º grau.
C Determinar a solução de um sistema de equações lineares compostos por três equações com três in-
cógnitas.
C Associar a representação gráfica de duas retas no plano cartesiano à solução de um sistema de duas
equações lineares, ou vice-versa.
C Resolver problemas envolvendo equação do 2º grau.
C Determinar a média aritmética de um conjunto de valores.
C Determinar os zeros de uma função quadrática, a partir de sua lei de formação.
C Determinar o valor de variável dependente ou independente de uma função exponencial com ex-
poente fracionário dada.
C Estimar quantidades em gráficos de setores.
C Analisar dados dispostos em uma tabela de três ou mais entradas.
C Interpretar dados fornecidos em gráficos envolvendo regiões do plano cartesiano.
C Interpretar gráficos de linhas com duas sequências de valores.
(M100109H6) A tabela abaixo relaciona as matrículas das crianças de 0 a 7 anos nas instituições estaduais de ensino nas 5 sub-regiões de um determinado estado, no ano de 2010.
RegiõesMatrículas por idade
6 a 7 anos 4 a 5 anos 0 a 3 anos
I 1 004 1 224 1 188
II 259 301 334
III 1 410 1 615 1 674
IV 1 617 3 993 2 802
V 1 561 1 884 1 267Disponível em: <https://goo.gl/2IA7vu>. Acesso em: 5 jul. 2015. *Adaptado para fi ns didáticos.
De acordo com os dados dessa tabela, as duas regiões que apresentaram a maior quantidade de crianças de 0 a 7 anos matriculadas em instituições estaduais de ensino foramA) I e II.B) II e IV.C) III e IV.D) III e V.E) IV e V.
Revista do Professor - Matemática 95
NÍVEL 7 /// DE 375 A 400 PONTOS
C Resolver problemas utilizando as propriedades das cevianas (altura, mediana e bissetriz) de um triân-
gulo isósceles com o apoio de figura.
C Determinar a medida de um dos lados de um triângulo retângulo, por meio de razões trigonométri-
cas, na resolução de problemas com apoio de figuras, dados os valores do seno, cosseno e tangente
do ângulo na forma fracionária.
C Determinar o seno, o cosseno ou a tangente de um ângulo no ciclo trigonométrico ou como razão
entre lados de um triângulo retângulo.
C Determinar, com o uso do Teorema de Pitágoras, a medida de um dos catetos de um triângulo re-
tângulo não pitagórico.
C Resolver problemas por meio de semelhança de triângulos sem apoio de figura.
C Determinar a equação de uma reta a partir de dois de seus pontos.
C Determinar o ponto de interseção de duas retas.
C Resolver problemas envolvendo perímetros de triângulos equiláteros que compõem uma figura.
C Reconhecer que a área de um retângulo quadruplica quando seus lados dobram.
C Determinar a área de figuras simples (triângulo, paralelogramo, trapézio), inclusive utilizando compo-
sição/decomposição.
C Determinar a área de um polígono não convexo composto por retângulos e triângulos, a partir de
informações fornecidas na figura.
C Determinar o valor numérico de uma expressão algébrica do 1° grau, com coeficientes racionais,
representados na forma decimal.
C Determinar o valor de uma expressão numérica envolvendo adição, subtração e potenciação entre
números racionais, representados na forma decimal.
C Resolver problemas envolvendo grandezas inversamente proporcionais.
C Executar a simplificação de uma expressão algébrica, envolvendo a divisão de um polinômio de grau
um, por um polinômio de grau dois incompleto.
C Reconhecer gráfico de função a partir de informações sobre sua variação descritas em um texto.
C Reconhecer gráfico de função afim a partir de sua representação algébrica.
C Reconhecer a lei de formação de uma função afim dada sua representação gráfica.
C Corresponder um polinômio na forma fatorada às suas raízes.
C Determinar os pontos de máximo ou de mínimo a partir do gráfico de uma função.
96 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes re-
conhecerem a lei de formação de uma função poli-
nomial do 1º grau, a partir do esboço de seu gráfico.
Para resolvê-lo, os estudantes precisam, primeira-
mente, reconhecer que a forma geral da lei de for-
mação de uma função polinomial do 1º grau é dada
por . Em seguida, eles precisam iden-
tificar dois pontos que pertençam ao gráfico dessa
função, nesse caso, os pontos (1, 1) e (0, -2). Dessa
forma, uma possível estratégia para a resolução seria
compreender que o número -2, ordenada do pon-
to (0, -2), corresponde ao valor do coeficiente b da
função. A partir do reconhecimento dessa relação,
os estudantes podem utilizar as coordenadas do ou-
tro ponto destacado no gráfico (1,1) para encontrar o
valor do coeficiente a = 3, por meio de substituição
e, assim, chegarem à conclusão de que a lei de for-
mação da função é . Os estudantes que
assinalaram a alternativa E, provavelmente, desen-
volveram a habilidade avaliada nesse item.
(M120827A9) O gráfico abaixo representa uma função do 1° grau.
A representação algébrica dessa função éA) y = x + 1B) y = x – 2C) y = –2x + 1D) y = –2x + 3E) y = 3x – 2
C Determinar o valor de uma expressão algébrica, envolvendo módulo.
C Determinar a expressão algébrica que relaciona duas variáveis com valores dados em tabela ou gráfico.
C Resolver problemas que envolvam uma equação de 1º grau que requeira manipulação algébrica.
C Determinar a maior raiz de um polinômio de 2º grau.
C Resolver problemas para obter valor de variável dependente ou independente de uma função expo-
nencial do tipo f(x) = ax + b, com a>0 e não inteiro.
C Resolver problemas envolvendo um sistema linear com duas equações e duas incógnitas.
C Resolver problemas usando permutação.
C Resolver problemas utilizando probabilidade, envolvendo eventos independentes.
Revista do Professor - Matemática 97
NÍVEL 8 /// DE 400 A 425 PONTOS
C Determinar a distância entre dois pontos no plano cartesiano.
C Determinar a equação de uma reta a partir de sua representação gráfica.
C Determinar a medida de um dos lados de um triângulo retângulo, por meio de razões trigonométri-
cas, na resolução de problemas com apoio de figuras, dados as aproximações dos valores do seno,
cosseno e tangente do ângulo na representação decimal.
C Interpretar o significado dos coeficientes da equação de uma reta, a partir de sua forma reduzida ou
de seu gráfico.
C Resolver problemas utilizando a soma das medidas dos ângulos internos de um polígono.
C Associar um prisma a uma planificação usual dada.
C Determinar a quantidade de faces, vértices e arestas de um poliedro por meio da aplicação direta da
Relação de Euler.
C Reconhecer a proporcionalidade dos elementos lineares de figuras semelhantes.
C Determinar uma das medidas de uma figura tridimensional, utilizando o Teorema de Pitágoras.
C Determinar a equação de uma circunferência, dados o centro e o raio.
C Determinar o perímetro de uma região circular na resolução de problemas sem apoio de figuras.
C Determinar o perímetro de uma região formada pela composição de um retângulo e dois semicírcu-
los na resolução de problemas.
C Determinar a área da superfície de uma pirâmide regular.
C Determinar o volume de um paralelepípedo, dadas suas dimensões em unidades diferentes.
C Determinar o volume de cilindros.
C Determinar o volume de um cone reto a partir das medidas do diâmetro da base e da altura na reso-
lução de problemas sem apoio de imagem.
C Reconhecer a expressão algébrica que expressa uma regularidade existente em uma sequência de
números ou de figuras geométricas.
C Reconhecer o gráfico de uma função trigonométrica da forma f(x) = a.sen(x).
C Reconhecer um sistema de equações associado a uma matriz.
C Determinar a expressão algébrica associada a um dos trechos do gráfico de uma função definida por partes.
C Determinar o valor de uma função quadrática a partir de sua expressão algébrica e das expressões
que determinam as coordenadas do vértice.
C Resolver problemas envolvendo a resolução de uma equação do 2º grau, sendo dados seus coeficientes.
C Resolver problemas usando arranjo.
98 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes resolverem problemas en-
volvendo razões trigonométricas no triângulo retângulo.
Para resolvê-lo, os estudantes devem reconhecer a razão trigonométrica
mais adequada para a resolução do item. Como foi dada a medida do cateto
adjacente ao ângulo de 600, e é necessário encontrar a medida do cateto
oposto a esse ângulo, a razão trigonométrica mais adequada para a resolução
desse item é a tangente. Além disso, os estudantes devem perceber que a altura
h aproximada do pássaro, em relação ao solo, corresponde à medida do cate-
to encontrada através da razão tangente
acrescida da altura do observador (1,70 m). Assim, os estudantes que assina-
larem a alternativa A, 13,81 metros de altura, provavelmente desenvolveram a
habilidade avaliada nesse item.
(M120284H6) Com um binóculo, um observador avista um pássaro no topo de uma árvore sob um ângulo de 60°, conforme representado na figura abaixo.
Dados: sen 60° ≅ 0,87cos 60° = 0,5tg 60° ≅ 1,73
Qual é a altura aproximada desse pássaro em relação ao solo, em metros?A) 13,81 B) 12,11C) 10,41D) 7,79E) 6,09
Revista do Professor - Matemática 99
NÍVEL 9 /// ACIMA DE 425 PONTOS
C Reconhecer a equação que representa uma circunferência, dentre diversas equações dadas.
C Utilizar as razões trigonométricas na resolução de problemas sem apoio de imagem.
C Determinar o centro e o raio de uma circunferência a partir de sua equação geral.
C Determinar a equação de uma circunferência a partir de seu gráfico.
C Resolver problemas envolvendo relações métricas em um triângulo retângulo que compõe uma
figura plana dada.
C Determinar a quantidade de faces, vértices e/ou arestas de um poliedro por meio da relação de Euler
em um problema que necessite de manipulação algébrica.
C Determinar o volume de pirâmides regulares.
C Resolver problemas envolvendo áreas de círculos e polígonos.
C Resolver problemas envolvendo semelhança de triângulos com apoio de figura na qual os dois triân-
gulos apresentam ângulos opostos pelos vértices.
C Resolver problemas envolvendo cálculo de volume de cilindro.
C Resolver problemas envolvendo cálculo da área lateral ou total de um cilindro, com ou sem apoio de figuras.
C Reconhecer o gráfico de uma função exponencial do tipo f(x) = 10x+1.
C Reconhecer o gráfico de uma função logarítmica dada a expressão algébrica da sua função inversa
e seu gráfico.
C Determinar a lei de formação de uma função exponencial, a partir de dados fornecidos em texto ou
de representação gráfica.
C Determinar a inversa de uma função exponencial dada, representativa de uma situação do cotidiano.
C Determinar a inclinação ou coeficiente angular de retas a partir de suas equações.
C Determinar a solução de um sistema de três equações lineares e três incógnitas apresentado na for-
ma matricial escalonada.
C Reconhecer o gráfico de uma função trigonométrica da forma f(x) = a.sen(x) + b.
C Resolver problemas de análise combinatória utilizando o Princípio Fundamental da Contagem.
100 SAEGO 2016
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a lei de formação
de uma função exponencial a partir de seu gráfico.
Para resolvê-lo, eles devem reconhecer que o gráfico representado refere-se a
uma função exponencial, definida de , cuja lei de formação é do tipo
, para todo , sendo Eles devem, ainda, verificar
que o ponto pertence ao gráfico dessa função, o que significa que f(-1 ) =
6, e devem utilizar essa informação para calcular a constante a da seguinte forma:
A escolha da alternativa A indica que esses estudantes desenvolveram a habili-
dade avaliada pelo item.
(M100242E4) Observe abaixo o gráfico de uma função exponencial f: IR → *IR+.
1 2 x–1
1
2
3
4
5
6
y
–1
0
Qual é a lei de formação dessa função?
A) f(x) = 61 x
` j
B) f(x) = 61 x 1+
` j
C) f(x) = 61 1
x+` j
D) f(x) = 6x
E) f(x) = 6x + 1
Revista do Professor - Matemática 101
5
4
3
2
1
Sugestões para a prática pedagógica
Comparar descritores/ habilidades avaliadas nos testes do SAEGO 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.
Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.
Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano.
Comparar os resultados das avaliações internas com os resultados das avaliações externas.
Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.
Depois de conhecer e analisar os resultados
da sua escola e de suas turmas, é hora de pensar
em metas e estratégias que visem à melhoria dos
resultados alcançados, tendo como referência o
projeto político-pedagógico da escola.
Esta seção apresenta algumas sugestões pe-
dagógicas que podem contribuir para aprimorar a
qualidade do trabalho docente.
Antes de iniciar um planejamento escolar, inde-
pendente da fase em que estamos, devemos estar
sempre atentos a uma perspectiva formativa, cujo
foco é o processo e a aprendizagem dos estudan-
tes. Além disso, temos que considerar a flexibilida-
de do projeto político-pedagógico e a possibilida-
de de mudanças no planejamento escolar sempre
que for necessário.
102 SAEGO 2016
D1
D2
D3
D4
D5
D6
D7
D8
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.1
Comparar descritores/ habilidades avaliadas nos testes do SAEGO 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.2
Vamos reunir os materiais de orientação do trabalho escolar:
Vamos partir de um exemplo hipotético. Mas você deve seguir o que está previsto nas orientações cur-
riculares de seu estado:
É preciso conhecer, estudar e esmiuçar as orientações curriculares, que fundamentam o trabalho peda-
gógico na escola, bem como a(s) matriz(es) de referência, que fundamenta(m) a elaboração dos testes da
avaliação em larga escala. Os livros didáticos e outros materiais são importantes no apoio ao trabalho em
sala de aula.
Orientações curriculares
Livros e outros materiais didáticos
Matriz(es) de referência
da avaliação
ORIENTAÇÕES CURRICULARES
1. Operações com números racionais fracionários e decimais.
M Efetuar operações de adição e subtração de frações, em situações-problema, com denominadores iguais e diferentes.
M Efetuar operações de multiplicação e divisão de frações utilizando cancelamento, em situações-problema.
M Calcular as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão de números decimais, em situações-problema.
2. Porcentagem.
M Aplicar noções de porcentagem na resolução de problemas.
3. Juros simples e compostos.
M Utilizar noções de juros simples em situações-problema.
M Utilizar noções de juros compostos em situações-problema.
...
MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO
Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes significados.
Identificar frações equivalentes.
Resolver problema que envolva porcentagem.
...
Revista do Professor - Matemática 103
Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano. Essa organização deve seguir o planejamento (p. ex.: bimestral, trimestral...)3
Comparar os resultados das avaliações internas (dados como frequência às aulas, nota de provas, parecer, relatório e trabalho individual e em grupo) com os resultados das avaliações externas (dados como participação, proficiência, padrão de desempenho, percentual de acerto por habilidade).4
Antes de partir para o planejamento de cada aula, você deve organizar os conteúdos que serão abordados
em sala de aula, durante todo o ano letivo. Para isso, vamos seguir o exemplo e destacar conteúdos considera-
dos importantes para o desenvolvimento das habilidades em foco:
C Como os estudantes da(s) sua(s) turma(s) vêm desenvolvendo os conteúdos previstos em sala de aula?
C Você sente necessidade de modificar as estratégias de ação e planos de aula para um melhor desenvol-
vimento dos estudantes em relação a esses conteúdos?
C Para isso, recorra aos resultados das avaliações.
PLANO DE CURSO
1º Bimestre:
1. Operações com números racionais fracionários e decimais
• Efetuar operações de adição e subtração de frações, em situações-problema, com denominadores iguais e diferentes.
• Efetuar operações de multiplicação e divisão de frações utilizando cancelamento, em situações-problema.
• Calcular as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão de números decimais, em situações-problema..
2º Bimestre:
2. Porcentagem
• Aplicar noções de porcentagem na resolução de problemas.
3. Juros simples e compostos.
• Utilizar noções de juros simples em situações-problema.
• Utilizar noções de juros compostos em situações-problema.
...
104 SAEGO 2016
AVALIAÇÃO EXTERNA
RESULTADOS DA ESCOLA NO SAEGO 2016
Retome a coleta e a análise que você fez sobre os resultados da sua escola e de cada turma na seção Resultados alcançados em 2016. Consulte também os resultados dos seus estudantes no portal da avaliação.A seguir, faça o que se propõe na Etapa 5.
QUAIS RESULTADOS?
QUAIS AVALIAÇÕES?
AVALIAÇÃO INTERNA Frequência, provas, testes, observação
Por etapa e turma
Matemática – 9º ano EF Turma A5
Nota/Avaliação/Parecer sobre os estudantes:
• Estudante 1: 6,4
• Estudante 2: 8,1
• ...
Relatório geral da turma:
• Os estudantes, em sua maioria, conseguem realizar operações envolvendo frações, mas têm dificuldade de calcular porcentagens diferentes de 25%, 50% e 75%.
• ...
Relatório por estudante:
• Estudante 1: dificuldade em realizar operações de multiplicação e divisão de frações
• Estudante 2: ...
DADOS DA AVALIAÇÃO
INTERNA
ESCOLA
DADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA
SAEGO
5 Trata-se de um exemplo hipotético. Você deve utilizar os dados da(s) sua(s) turma(s) para realizar essa atividade.
Revista do Professor - Matemática 105
Plano de ação da EscolaOs conteúdos podem ser relacionados às habilidades não desenvolvidas?
SIM! Então vamos pensar em planos de ação para o desenvolvimento conjunto desses conteúdos, competências e habilidades.
NÃO! Os planos de ação devem ser elaborados para cada conteúdo. Vamos ficar atentos para não desenvolver planos de ação para uma única habilidade, mas para um conjunto delas, relacionadas a um determinado conteúdo proposto nas orientações curriculares.
Lembre-se de que todo o planejamento da escola é coletivo e tem como refe-rência o projeto político-pedagógico!
É importante compreender a relação entre as orientações curriculares e as habilidades avaliadas pelo SAEGO. As hipóteses levantadas no diagnós-tico poderão ajudá-lo nessa tarefa.
Parecer da Escola. Escola e Turmas .
Com base nos resultados das avalia-ções internas, identifique, junto com seus pares, as principais dificuldades apresentadas pelos estudantes em relação aos conteúdos desenvolvidos durante o ano letivo. Para isso, utilize as notas e relatórios.
De acordo com a proficência média da escola e o percentual de acerto por descritor/habilidade das turmas, identifique em quais habilidades os estudantes demonstraram maiores dificuldades.
Relacione as informações coletadas nas duas avaliações:
M São resultados similares? M As dificuldades apresentadas em
sala de aula são as mesmas que aquelas apresentadas na avaliação do SAEGO 2016?
M Junto com os seus colegas, levante hipóteses para o que vocês identificaram.
Retome o Plano de curso e relacione conteúdos e habilidades que não foram desenvolvidos de modo apropriado:- Conteúdo 1 Habilidade A - resultados Habilidade B - resultados ...- Conteúdo 2 ...
/// PARTE A C Resultados da Escola
Observe as competências e as habilidades desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes,
com base na proficiência média da escola, percentual de acerto das habilidades (da escola) e diagnóstico
interno (escola e turmas).
UM OLHAR PARA OS DIFERENTES DADOS
DIAGNÓSTICO DA ESCOLA
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.5
106 SAEGO 2016
Agora é possível elaborar um planeja-mento pedagógico com base no Plano de Ação da Escola e no PPP, obser-vando as competências e habilidades ainda não desenvolvidas pelos estu-dantes.
Apresentaremos, a seguir, alguns exemplos de habilidades, relacionadas às respectivas competências, acom-panhadas por atividades pedagógicas e itens de avaliações em larga escala que abordam essas habilidades. É im-portante ressaltar que o trabalho com os conteúdos curriculares pode ser reformulado durante o ano letivo, com vistas ao desenvolvimento pleno das habilidades esperadas para cada eta-pa de escolaridade.
O próximo passo será elaborar um pla-no de ação de acordo com o desem-penho dos estudantes. Para isso, uti-lize o diagnóstico já realizado por você nas Atividades 1 e 2 dos resultados das turmas.
De acordo com o padrão de desem-penho em que se encontram, os es-tudantes apresentam dificuldades que requerem intervenções de Recupera-ção, Reforço ou Aprofundamento.
Ao pensar na sua sala de aula, você deve propor um plano de ação que contemple intervenções orientadas para estudantes com diferentes níveis de desenvolvimento de habilidades e competências.
/// PARTE B C Resultados dos estudantes
Observe as habilidades e as competências desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes da
escola, com base na distribuição desses estudantes por padrão de desempenho, no percentual de acerto
dos itens de cada estudante e no diagnóstico interno dos estudantes.
EXEMPLODIAGNÓSTICO DOS ESTUDANTES
PLANO DE AÇÃO DO PROFESSOR
Esses dados já estão
prontos. Basta você
consultar as atividades
propostas nos roteiros de leitura
e interpretação dos resultados
alcançados.
Revista do Professor - Matemática 107
Porcentagem
C O assunto porcentagem é recorrente em toda a matemática e surge nas mais diversas si-
tuações. Por sua importância e centralidade, deve ser trabalhado ao longo do ensino funda-
mental para que possa ser devidamente compreendido, pois está presente em problemas di-
versos, relacionados a diferentes saberes matemáticos, além de ser amplamente empregado
em outras disciplinas, bem como na vida cotidiana. Basta abrir um jornal e observar o quão
frequente é o uso de porcentagens. Pela sua abrangência e utilidade, esse é um assunto que
deve ser permanentemente reforçado também ao longo de todo o ensino médio.
Objetivamente falando, uma porcentagem é uma fração de denominador 100.
Por exemplo, “dez por cento” escreve-se como “10%” e significa “dez centésimos”, isto é, .
Assim, sempre que se diz “dez por cento”, está se pensando em 10% de uma determinada gran-
deza. Nesse caso, está se pensando em dez centésimos dessa grandeza, ou seja, um décimo.
Como porcentagens surgem a todo instante, é conveniente ter em mente os significados fracio-
nários daquelas mais frequentemente utilizadas.
PORCENTAGEM 10% 20% 25% 50% 75% 100%
SIGNIFICADO FRACIONÁRIO
EXEMPLO
É importante observar que, em vários con-
textos, porcentagens superiores a 100% não
fazem sentido. Por exemplo, quando se tra-
ta de descontos, não faz sentido falar em um
desconto de 150%, já que não há como dar um
desconto superior ao preço da referida merca-
doria. Esse tipo de reflexão deve ser feita com
os alunos.
Entretanto, quando se fala em acréscimo, faz
sentido falar em 150% de aumento no preço de
uma mercadoria. Mas deve-se ter cuidado, pois
um erro muito frequente é considerar que, se uma
mercadoria custava 100 reais e passou a custar
400 reais, então o preço dessa mercadoria foi rea-
justado em 400%, já que o preço atual é o quádru-
plo do preço original. De fato, o preço atual é o
quádruplo do preço original; porém, o aumento foi
de R$ 400,00 – R$ 100,00 = R$ 300,00 = 3 × R$
100,00, que corresponde a um aumento de 300%
em relação ao preço original, e não de 400%. Esses
equívocos devem ser desconstruídos junto aos alu-
nos, e essa é uma tarefa nossa, professores.
Os problemas de porcentagem envolvem,
em geral, três elementos fundamentais: o valor
básico, a taxa de porcentagem e a porcentagem
do valor básico. Os problemas mais simples de
porcentagem consistem em, dados dois desses
elementos, calcular o terceiro.
Apresentaremos, a seguir, um conjunto de ati-
vidades a serem propostas em sala de aula para
subsidiar discussões relacionadas ao uso de por-
centagens na resolução de problemas. Você irá
notar que buscamos apresentar dois métodos
para resolver cada tarefa proposta, e é claro que
outros métodos são possíveis. Estimulamos que
todas as soluções que surjam sejam apresentadas
e debatidas com os alunos, além dos comentários
que se seguem às tarefas. Não deixe de explorar
os erros que os alunos eventualmente comete-
rão, buscando desconstruir os raciocínios e pro-
cedimentos equivocados, por meio de discussões
coletivas com a turma.
108 SAEGO 2016
I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA
Problema 1:
O salário mensal de um trabalhador é R$ 980,00. Ao receber um aumento salarial de 5%, quanto
passou a ser seu novo salário?
Solução:
1º método: Tem-se que 5% de R$ 980,00 é 5 centésimos de 980, ou seja:
Logo, o valor do aumento foi de R$ 49,00. Com isso, o novo salário desse trabalhador será:
R$ 980,00 + R$ 49,00 = R$ 1 029,00
2º método: Considerar o salário original como 100% e, somado aos 5% de reajuste, conclui-se que o
salário reajustado corresponde a 105% do salário original. Assim, o salário com aumento vale
ou seja, R$ 1 029,00.
Problema 2:
O preço do ingresso para a entrada do cinema foi reajustado em 25% e, com isso, passou a valer
R$ 11,25. Qual era o preço do ingresso antes desse reajuste?
Solução:
1º método: Seja x o preço do ingresso da entrada do cinema antes do reajuste. Com o reajuste de
25%, passou a custar:
+
Resolvendo essa equação obtém-se:
++
ou seja, o preço do ingresso para a entrada do cinema custava R$ 9,00 antes do reajuste
2º método: Seja x o preço da entrada do cinema antes do reajuste. Empregando proporção, tem-se:
Preço do ingresso (em real) Porcentagem
x 100%
11,25 125%
Daí se tem:
ou seja, o preço do ingresso para a entrada do cinema custava R$ 9,00 antes do reajuste.
Revista do Professor - Matemática 109
Problema 3:
Numa empresa há 620 funcionários. Desse total, 341 são homens. Qual é a porcentagem de mu-
lheres dentre os funcionários dessa empresa?
Solução:
1º método: Nessa empresa há 620 – 341 = 279 funcionárias. Indicando por x% o percentual de mu-
lheres nessa empresa, tem-se:
Resolvendo essa equação obtém-se:
Logo, 45% do total dos funcionários dessa empresa são mulheres.
2º método: Nessa empresa há 620 – 341 = 279 funcionárias. Indicando por x% o percentual de mulhe-
res nessa empresa tem-se:
Porcentagem Nº de funcionários
x% 279
100% 620
Daí se tem:
Logo, 45% do total dos funcionários dessa empresa são mulheres.
110 SAEGO 2016
Problema 4:
Em uma liquidação, um lojista diminuiu em 20% o preço de todas as mercadorias. Terminado o
período da liquidação, o lojista resolveu reajustar todos os preços de forma a restaurá-los aos preços
praticados antes da liquidação. Qual deverá ser o percentual de aumento?
Solução:
1º método: Seja p o preço original de uma mercadoria, antes da liquidação. Se com a liquidação
houve uma diminuição de 20% em seu preço, seu novo preço passou a ser:
Sendo x% o reajuste a ser aplicado em todas as mercadorias de forma que seu preço retorne ao valor
anterior à liquidação, deve-se ter:
+
Resolvendo essa equação na variável x obtém-se:
+ ( (
Logo, para que os preços praticados durante a liquidação retornem ao patamar praticado originalmen-
te, estes devem ser aumentados em 25%.
Observação: Em tarefas nas quais só são envolvidas porcentagens, incidências de acréscimos ou decrésci-mos consecutivos, ou ainda acréscimos seguidos de decréscimos, todos descritos em forma de porcentagens, sem envolver quantidades absolutas, nas quais o que se deseja é conhecer a porcentagem resultante, é possível se atribuir um valor absoluto arbitrário para a grandeza em tela para se lidar com valores absolutos em lugar de porcentagens, o que em geral acaba por tornar a resolução mais simples.
2º método: Basta acompanhar o que deveria acontecer com uma mercadoria cujo preço original era
100 reais. Ao ter seu preço reduzido em 20%, por conta da liquidação, seu preço passou a ser:
reais
Para que seu preço retorne ao preço praticado antes da liquidação (100 reais), esse deve ser aumen-
tado em 20 reais. Se o preço dessa mercadoria durante a liquidação era 80 reais, deve-se descobrir
quanto 20 reais representam de 80 reais, em porcentagem. Para isso:
Porcentagem Valor absoluto
100% 80
X% 20
Daí se tem:
Logo, para que os preços praticados durante a liquidação retornem ao patamar praticado originalmen-
te, esses devem ser aumentados em 25%.
Observação: Um erro muito comum é o aluno avaliar que, se foi dado um desconto de 20%, para “anu-lá-lo”, bastaria dar um aumento também de 20%. Ou, equivalentemente, ao se conferir um aumento de 20%, para “anulá-lo”, bastaria conceder um desconto de também 20%. O exemplo acima ilustra que esse raciocínio é falacioso. Ou seja, o aumento que “anula” um desconto de 20% é o de 25%.
Revista do Professor - Matemática 111
Veja a seguir exemplos de itens que foram
aplicados em avaliações em larga escala que bus-
caram avaliar a habilidade de resolver problemas
envolvendo porcentagens, nas diferentes séries e
anos escolares.
Por se tratar de um conhecimento ampla-
mente utilizado no cotidiano, deve-se buscar
sempre fazer uso de notícias atuais, obtidas em
jornais e revistas, nas quais, invariavelmente, se
encontrará o uso de porcentagem. Este tipo de
expediente permitirá lidar com contextos sem-
pre atuais e significativos para trabalhar com por-
centagens.
112 SAEGO 2016
II. ITENS RELACIONADOS ÀS HABILIDADES
No 5º ano do ensino fundamental, a habilidade está associada ao Tema Números e Operações / Álgebra
e Funções e, particularmente na matriz de referência de matemática do Saeb, figura como o descritor:
D26: Resolver problema envolvendo noções de porcentagem (25%, 50%, 100%).
(M050122G5) Durante um campeonato de futebol, um time pode conquistar, no máximo, 88 pontos. O time que fi cou em último lugar nesse campeonato fez apenas 25% desse total de pontos.Qual foi a pontuação desse time no campeonato?A) 22B) 25C) 63D) 66
(M050165G5) Em uma loja, um tapete que custa R$ 40,00 está com a seguinte promoção.
EU RIO
Promoção: Tapete
Com 25% de desconto à vista!
Pedro comprou esse tapete à vista.Quanto ele pagou por essa compra?A) R$ 10,00B) R$ 15,00C) R$ 25,00D) R$ 30,00
Dessa forma, no 5º ano do ensino fundamental, deve-se propor atividades envolvendo somente as por-
centagens: 25%, 50% e 100%, conforme descritas em D26.
É importante observar que muitos alunos tendem a considerar uma porcentagem como um valor ab-
soluto, considerando 25% de 88 pontos como sendo 25 pontos, e 25% de 40 reais como sendo 25 reais,
levando-os, assim, a marcarem as alternativas B ou C nos exemplos acima.
Revista do Professor - Matemática 113
No 9º ano do ensino fundamental, essa habilidade também está associada ao Tema Números e Opera-
ções / Álgebra e Funções e, na matriz de referência de matemática do Saeb, figura como o descritor:
D28: Resolver problema envolvendo porcentagem.
(M070103G5) No início de um determinado mês, uma distribuidora de bebidas possuía, em seu estoque, 60 galões de água mineral. No decorrer desse mês, foram vendidos 45 desses galões.A quantidade de galões vendidos nesse mês representa que porcentagem do estoque inicial de galões dessa distribuidora?A) 25%B) 45%C) 60%D) 75%
(M080044G5) Um programa de computador para compactar arquivos reduz o tamanho do arquivo de uma imagem em 40%. Mauro utilizou esse programa para compactar uma imagem cujo tamanho original era 800 kb.Após a compactação desse programa, o tamanho do arquivo dessa imagem passou a ser A) 320 kb.B) 400 kb.C) 480 kb.D) 760 kb.
No 9º ano do ensino fundamental, deve-se propor atividades envolvendo diferentes porcentagens.
Nessa etapa de escolarização, ainda é comum encontrarmos alunos tratando porcentagem como um
valor absoluto, considerando 45 galões como 45% no primeiro dos exemplos acima, levando, assim, muitos
deles a marcarem a alternativa B.
114 SAEGO 2016
Na 3ª série do ensino médio a habilidade em foco está associada ao Tema Números e Operações / Álge-
bra e Funções e, na matriz de referência de matemática do Saeb, figura como o descritor:
D16: Resolver problema que envolva porcentagem.
(M110203G5) As ações de uma empresa na bolsa de valores iniciaram o dia valendo R$ 68,10 e, após o fechamento da movimentação fi nanceira, cada uma das ações dessa empresa passou a ser cotada a R$ 74,36.Qual foi, aproximadamente, o percentual de aumento no valor das ações dessa empresa ao fi m desse dia?A) 6,26%B) 8,42%C) 9,19%D) 91,58%E) 109,19%
(M120298G5) Nas turmas de Cálculo em uma universidade, no primeiro semestre de 2014, 30% dos alunos matriculados foram reprovados. No segundo semestre desse mesmo ano, o número de matriculados em Cálculo aumentou 20% em relação ao semestre anterior, enquanto que a quantidade absoluta de alunos reprovados foi a mesma do primeiro semestre de 2014.Dentre os alunos matriculados em Cálculo no segundo semestre de 2014, o percentual de reprovados foiA) 10%B) 25%C) 30%D) 36%E) 50%
(M120299G5) Uma impressora está anunciada em uma loja virtual pelo valor de R$ 670,00 para pagamento em quatro parcelas iguais. Em caso de pagamento à vista, é concedido um desconto de 15% sobre o valor anunciado.O valor dessa impressora, no caso de pagamento à vista, éA) R$ 268,00B) R$ 569,50C) R$ 610,00D) R$ 644,87E) R$ 655,00
Note que, nessa etapa de escolaridade, já se lida com contextos um pouco mais complexos, envolvendo
tanto valores absolutos quanto porcentagens mais “quebradas”, conforme os dois primeiros exemplos, e
ainda tarefas que tratam da incidência sucessiva de porcentagens.
Revista do Professor - Matemática 115
PROFESSORrevista do
>>> SAEGO 2016Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás
MATEMÁTICA
entrevista
A avaliação como instrumento para o avanço e a melhoria do sistema
o programa
O Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás
os resultados
Os resultados alcançados em 2016
ISSN 2238-0086