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jornal api 04

Date post: 23-Mar-2016
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jornal da associação paulista de imprenssa
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Março-Abril /2010 Editado para a Associação Paulista de Imprensa e Federação Nacional das Associações de Imprensa Casa do Jornalista de São Paulo Fundada em 1933 Jornal da Jornal da Edição nº 911 / Ano 76 - Março/Abril 2010 - Rua Álvares Machado, 22 - 3º andar - Centro - São Paulo - SP - Fone: 3242-4004 Fax: 3104-3510 e-mail : [email protected] Força Pública: a nova denominação da Polícia Ostensiva de São Paulo Artigo especial de autoria do Comandante Geral da Policia Militar de São Paulo ............ pág. 8 Costa Carregosa passa o controle e direção do Jornal da Imprensa Paulista – JIP para diretoria presidida por Sérgio Redó... Pág. 3 Balanço da API na posse da nova diretoria – 17 de novembro de 2009 – revela situação extremamente critica... Pág. 10 Nesta Edição: Os exageros do Plano Nacional de Direitos Humanos Paulo Nathanael pág. 4 A chave para o futuro é a inovação Ruy Martins Altenfelder pág. 5 Estágio para futuros educadores uma necessidade Luiz Gonzaga Bertelli pág. 5 Responsabilidade Social, Direitos Humanos e a Imprensa Rosa Maria Custódio pág. 12 Jornalismo de qualidade Adolfo Lemes Gilioli pág. 3 A política do vale tudo Claudio Gomes pág. 7 Ensinar a falar com letras musicais é talento brasileiro Renato Nalini pág. 4 Ditadura ambiental Deputado Major Olimpio pág. 8 Remédio no Brasil, o mais caro do planeta Afiz Sadi pág. 7 Mais segurança nas estradas Deputado Milton Monti pág. 6 Legitimidade associativa Ricardo Jacob pág. 11 Incrível! Desta vez são brancos contra brancos não brancos contra índios!!! Maria Nazareth Dória pág. 12 Esporte Adolfo Luiz pág. 11 Mentiras da economia brasileira Victor Barau pág. 13 A democracia e o decreto Frances Azevedo pág. 13 Direitos Humanos enfrentará crise no Congresso Nacional Claudio Auricchio Turi pág. 10 Problema de raça? Lizar pág. 14 Guerra Fria? Cosme Felix pág. 14 Dólares & Dólares Eduardo Monteiro pág. 14 Sessões: Tribuna Livre pág. 2 Carta ao Escrivão Mor Costa Carregosa pág. 15 Foco na Literatura e nas Artes Rosa Maria Custódio pág. 12 Zap Bira Câmara pág. 15 Reportagens: Posse de Ruy Altenfelder na Academia Cristã de Letras pág. 9 Paulo Nathanael é empossado na Academia Brasileira de Educação pág. 9 Lins funda sua Academia de letras pág. 6
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Março-Abril /2010

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Força Pública: a nova denominaçãoda Polícia Ostensiva de São PauloArtigo especial de autoria do Comandante Geral da Policia Militar de São Paulo ............ pág. 8

Costa Carregosa passa o controle e direção do Jornal da ImprensaPaulista – JIP para diretoria presidida por Sérgio Redó...

Pág. 3

Balanço da API na posse da nova diretoria – 17 de novembrode 2009 – revela situação extremamente critica...

Pág. 10

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o:

Os exageros do Plano Nacional de Direitos Humanos Paulo Nathanael pág. 4

A chave para o futuro é a inovação Ruy Martins Altenfelder pág. 5

Estágio para futuros educadores uma necessidade Luiz Gonzaga Bertelli pág. 5

Responsabilidade Social, Direitos Humanos e a Imprensa Rosa Maria Custódio pág. 12

Jornalismo de qualidade Adolfo Lemes Gilioli pág. 3

A política do vale tudo Claudio Gomes pág. 7

Ensinar a falar com letras musicais é talento brasileiro Renato Nalini pág. 4

Ditadura ambiental Deputado Major Olimpio pág. 8

Remédio no Brasil, o mais caro do planeta Afiz Sadi pág. 7

Mais segurança nas estradas Deputado Milton Monti pág. 6

Legitimidade associativa Ricardo Jacob pág. 11

Incrível! Desta vez são brancos contra brancosnão brancos contra índios!!! Maria Nazareth Dória pág. 12

Esporte Adolfo Luiz pág. 11

Mentiras da economia brasileira Victor Barau pág. 13

A democracia e o decreto Frances Azevedo pág. 13

Direitos Humanos enfrentará crise no Congresso Nacional Claudio Auricchio Turi pág. 10

Problema de raça? Lizar pág. 14

Guerra Fria? Cosme Felix pág. 14

Dólares & Dólares Eduardo Monteiro pág. 14

Sessões:Tribuna Livre pág. 2Carta ao Escrivão Mor Costa Carregosa pág. 15Foco na Literatura e nas Artes Rosa Maria Custódio pág. 12Zap Bira Câmara pág. 15

Reportagens:Posse de Ruy Altenfelder na Academia Cristã de Letras pág. 9Paulo Nathanael é empossado na Academia Brasileira de Educação pág. 9Lins funda sua Academia de letras pág. 6

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Março-Abril /2010Página 2 Jornal da

Estamos chegando próximoaos 120 dias à frente da adminis-tração da nossa querida Associa-ção Paulista de Imprensa “A CA-SA DO JORNALISTA “desde1933”.

Devo confessar que tenho sidosurpreendido por inúmeros gas-tos novos, dos quais não tínhamosconhecimento.

A nossa API sempre foi uma “caixa pre-ta”, usando um recurso de linguagem, noque diz respeito às suas dívidas, compro-missos e problemas internos, que pareciaminsanáveis. Porém, não nos intimidamos emnenhum momento. Os nossos companhei-ros são leais e estão nos ajudando em tudoque podem e está ao seu alcance.

Devo mencionar aqui, a ajuda impor-tantíssima de todos os associados e cola-boradores, e as contribuições de amigos,que lutam conosco para encontrarmos saí-da a cada percalço que nos é imposto, nes-ta corrida de maratona que iniciamos emnovembro de 2009.

Estamos fazendo todo o possível paraque nossos associados e amigos continuemrecebendo o nosso Jornal mensal, pois te-mos consciência plena da importância quenosso JIP tem no mercado editorial brasi-

A crise social, política, econômica e cul-tural que, sistêmica e globalmente, o Brasilenfrenta, reflete na importância de nossas es-colhas. Isto é, o grave desequilíbrio estru-tural brasileiro interfere na qualidade e emnossa incapacidade de escolher as melhoresopções. Preocupo-me com um processodecisório de Estado inspirado em princípios evalores que sustente o futuro da nação. Tra-zendo essa preocupação para o universo donosso dia a dia, fica mais evidente a incertezado futuro, ou mesmo, a possibilidade de umamanhã.

A inércia e o despreparo das denomina-das elites nacionais são muito preocupantes.A proximidade de uma importante eleição nãoestimula sequer a mobilização organizada dasociedade, muito menos sensibiliza a socie-dade industrial, e isso certamente ocorre pelaausência de credos, lideranças e entendimen-to do atual momento e da nossa situação. Aapatia e o predomínio de interesses obtusostem sido a regra. Hoje é mandatório discutira crise do Estado, seu papel, atuação e a cons-trução do futuro. Os tempos exigem alteraçõesprofundas nas relações socioeconômicas, pormeio de reformas essenciais, historicamentedesprezadas. As normas existentes, os regula-mentos e os direitos e deveres continuam re-produzindo princípios cumulativos da primeirafase da nossa industrialização. Não fizemosas reformas básicas e corremos o risco deressuscitarmos ideias que causaram algunsproblemas que estamos vivenciando. A provamais severa é a recorrência no discurso políti-co por um Estado forte, intervencionista, e,por força de suas consequências, devasta-doramente antiempreendedor. É sabido, uni-versalmente, que o Estado de extração demo-crática se configura como indutor. O muro deBerlim é um fato histórico. Aqui, os candida-tos confundem o papel do Estado e a extensãoda sua atuação com o mau desempenho dagestão de Governo. É notória que a adminis-tração governamental, usualmente, tembaixíssima execução e isso, obviamente, é umproblema típico de gestão. A magistral mio-pia no assunto agravará muitíssimo a capaci-dade de entrega e de execução. Em resumo,temos de exigir uma melhor gestão do Esta-do, clareza de seu papel e um direcionamentoestratégico para o futuro.

A consequência perversa adicional do Es-tado interventor é que esvaziará o aindaincipiente empreendedorismo nacional. Quan-do o Estado intervém, de forma absoluta, oempreendorismo morre. Ou seja, o Estado maisforte, mais intervencionista, torna o País maispobre. Dessa forma, recrudescerá o casuísmo,o arbítrio subjetivo e anárquico nas relações eco-nômicas dos ambientes de negócio. De fato,hoje já se usa a poupança pública através doBNDES quando, arbitrariamente, se dirige osrecursos para setores, corporações ou empre-sas escolhidas por critérios discricionários, des-

conhecendo ou ignorando o tecido doempreendedorismo das médias e pequenas ini-ciativas no País. Essa prática, ao longo do nos-so processo histórico de industrialização, é te-nazmente repetida. O Estado faz as escolhas,dita o prioritário, e as necessidades estra-tégicas das médias e pequenas empresas do Paísnaufragam. Concluindo, o que fez o BNDESpela “educação de qualidade” numa Socieda-de de Conhecimento? Estamos, simplesmen-te, falando do alicerce consagrado do desen-volvimento, a “educação de qualidade”. Ora,se o BNDES não fez, contribuiu para as incer-tezas do amanhã.

Hoje, se desconhece qual seja o ideáriodo PSDB, se é que tem. A omissão tem sido aregra como tática política. Existe um candida-to tucano? Qual é o projeto do PSDB para oPaís? Ao mesmo tempo, o governadorJosé Serra desistiu de privatizar a CESP, DilmaRoussef não faria melhor. Será que Dilma quero Leviatã? E José Serra inovará com um téc-nico-burocratismo estatizante? Os dois mode-los são inservíveis para o Brasil. Seremos re-metidos a um encontro com a primeira meta-de do século XX, quando caminhamoscéleres para a segunda década do século XXI.O PT acena com o Estado forte e o PSDB,como grande força político partidária, para de-cepção daqueles que cultivam princípios libe-rais, não encontra arrimo. Encontra sim, o pa-trocínio e atitudes por um Estado ainda maistécnico-burocrata. Essa plutocracia tem raízesprofundas e historicamente fincadas, e contri-bui para a anulação da cidadania e do Estadoplural, dinâmico, criativo. O empresaria-do perde com isso o gene problematizador, elodo diálogo e representante das inquietações eprovocações. Perde com isso também sua vo-cação natural para posicionamentos lógicos-formais, razão prática e juízos analíticos.

Nossas instituições representativas estãoesvaziadas, quando não capturadas pelo mo-delo do Estado forte ou técnico-burocrático. Subserviente somente a interes-ses bem definidos, entregaram às algemas opróprio corpo e a alma empreendedora ao va-zio. As atuais lideranças são fracas e nos pe-nalizam pela falta de compromisso, conhe-cimento, preparo ou ligação material com aprópria atividade. Ou, ainda, por adotarem vi-sões e conceitos obsoletos. Estamos desorgani-zados e paralisados por esse ambiente de miu-dezas e pobreza de princípios, nos quais estãoestabelecidos que os projetos pessoais e os ri-tos comuns no culto à personalidade e egolatria,sustentados pelo patrimonialismo execrável, sãoa regra. O Brasil precisa de um projeto inspira-do em novos princípios e valores, que removaas incertezas que nos espreitam, ou mesmo, queimpeça a possibilidade de um crepúsculo doamanhã.(*) Industrial, economista, presidente do Sindicato daIndústria de Fumo do Estado de São Paulo(Sindifumo) e Diretor eleito da FIESP.

Tribuna Livre / a livre opinião dos leitores

O apagão do futuroJosé Henrique Nunes Barreto (*)

Palavra do Presidente

leiro, graças aos esforços de todauma equipe comandada peloEditor Chefe e ex-presidente daAPI, Jornalista Costa Carregosa,que se esmera a cada nova edi-ção, para trazer informações ematérias que tornam nosso veí-culo de comunicação mais pró-ximo de você, leitor.

Haveremos de construir no-vos tempos aqui na nossa Casa do Jorna-lista, mas é fundamental que possamoscontar com sua efetiva participação. O so-nho sonhado sozinho é simplesmente so-nho, porém, com a participação de todosnosso grande sonho passa a ser realidade.

A nossa realidade, hoje, é de muito tra-balho em prol de nossas metas, todas ex-plícitas na edição do nosso Jornal de Fe-vereiro de 2010. Cada detalhe, neste pro-jeto, é importante e precisamos de vocêpara lutar juntos e alcançarmos a nossaesperada vitória.

Construir relações duradouras semafeto, compreensão e participação, é omesmo que torcer sem vibrar, amar semrir e chorar, lutar sem vencer.

Quero que todos saibam o quanto nósprecisamos de vossa ajuda: para juntosconquistarmos o sucesso da nossa APIneste mandato que iniciamos.

Associação Brasileira de Direito Autoral dosJornalistas lançará núcleo de formação com curso

de planejamento estratégico

Com o curso “Planejamento Estratégico: porque e para que?”, a Associação Brasileira de Di-reito Autoral dos Jornalistas Profissionais (Apijor)iniciará as atividades do seu núcleo de formaçãovoltado aos jornalistas, estudantes e profissionaisde outras áreas que desejem conhecer mais so-bre os desafios do mundo corporativo e a neces-sária democratização na tomada de decisões.

O presidente da Apijor, Paulo Cannabrava Fi-lho, assegura que escolher este programa comoo primeiro curso a ser ministrado pela consultorae pedagoga empresarial Hilda Fadiga não foi umasimples coincidência. “No mundo de hoje, nenhumprofissional, nenhuma empresa terá condições deobter o sucesso sem planejamento e estratégia.É preciso dominar as técnicas do planejamentoestratégico, seja para se organizar enquanto pro-fissional, seja para tornar a sua empresa compe-titiva globalmente.” – alerta Paulo.

Entre os tópicos do programa está o tão fala-do conceito de “Empowerment” (empoderamento)que na realidade significa: “poder com os outros”,“poder em conexão”. Hilda explica que esse con-ceito nasce de uma proposta de desenvolvimen-to não hierárquico, que “se estabelece atravésde relações mútuas de poder entre o pensar e oagir, o decidir e o executar”.

As inscrições serão abertas brevemente. Asaulas serão realizadas todas as segundas-feiras,O foco do curso são pequenos e médios empre-sários, profissionais atuantes em organizações

não-governamentais, investidores sociais e todosos interessados em gerenciar projetos no Tercei-ro Setor.

CURSO: Planejamento Estratégico: porque e para que?BreveMinistrado por Hilda Fadiga

Assistente social, sócia-educadora da Rede Mu-lher de Educação, vice-diretora do InstitutoSamaúma e consultora associada da Nova Socie-dade Comunicação. É autora do livro “Planejamen-to Participativo: Por que e para quê”. Possui pós-graduação em pedagogia empresarial e é consul-tora, há 18 anos, de organismos governamentaise ONGs nacionais e internacionais nas áreas deplanejamento, monitoramento, avaliação partici-pativa de projetos, seleção, treinamento e avalia-ção de desempenho de Recursos Humanos.

INSCRIÇÕES: Horário e local: de segunda à sexta, das 10h às17h, na Associação Paulista de Imprensa - API.A API fica na Rua Álvares Machado, 22 – Centro– São Paulo Próximo aos metrôs Sé e Liberdade.*Condições especiais para jornalistas, recém-for-mados e estudantes.Mais informações no sítio da Apijor, por meio dotelefone 3672-3996 ou pelo endereço eletrô-nico: [email protected]

Sérgio Redó

Fred Ghedini / Jornalista e Ex-presidente SJPESP

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Março-Abril /2010 Página 3Jornal da

Vivemos um momento suigeneris. A maioria do nosso povo sóestava preocupada em saber da pro-gramação dos eventos carnavalescose do estonteante malabarismo das jo-gadas do Robinho. Atitude essa, quemsabe, gerada por estar desiludida e re-voltada com a enxurrada de impunidades cer-cadas de CPIs e de deboches retumbantes. En-quanto isso o desenrolar da perseguição lenta,sorrateira, subalterna e sub-reptícia movida con-tra a imprensa de qualidade pelos seguidoresde expedientes “Fidel/hugochavistas”, de ma-nipulação da opinião pública continua, assus-tadoramente, crescendo.

O Jornal da Imprensa Paulista – JIP, admi-rado pela qualidade de suas matérias e pelo apu-ro de sua edição visual, é um jornal que alia ido-neidade à excelência das informações que pu-blica. A capacidade de análise e síntese dos fa-tos são apresentados de forma inteligível e cria-tiva, diga-se de passagem, é uma das razões dapreferência de seus leitores. Não pode, pois, enão está aceitando, que a causa pública seja des-respeitada a ponto de atingir o patamar de“irresponsabilidade” desses últimos dias. O tris-te feito de algum político de Brasília é menosum dado elementar da natureza, entregue aosinstintos da espécie, do que uma conquista dacivilização humana. Os exemplos soviético-cu-bano e fascista-alemão são clássicos do que amanipulação política é capaz de fazer em ter-mos de relativização do homem, desse homemque vive de favores, preferindo ignorar que podeexistir a liberdade de pensamento e de expres-são. As mazelas continuam acontecendo, e o queparecia um acidente patológico adquire imuni-dades, direitos e privilégios de normalidades.Provocando, assim, uma nefasta mudança cul-tural na sociedade brasileira: cabendo aqui avigilância da imprensa de qualidade O des-potismo agita os vendilhões à produtividade eao distributivismo para se legitimar; lembra en-tão, ou descobre que para tanto precisa cancelardos códigos, o direito do povo à informação, istoé ao jornalismo de qualidade.

Hoje, quando Brasília comemora seus 50anos, é premiada com a putrefação das ações deseu governador José Roberto Arruda. O estra-nho é que os famosos mensaleiros do PT aindaestão soltos.

As noticias continuam. Vamos pinçar algu-mas:

Revista Veja, edição nº 2151- aa)Jerônimo Teixeira e Marcelo Marte – pág.51 – “ Agora as esquerdas seguem acartilha de esterilização cultural propos-ta pelo italiano Antonio Gramsci, um re-volucionário comunista que ordenou àmilitância que trocasse as armas pelo len-

to, silencioso e constante envenenamento do ma-nancial de idéias livres da nação que se tentasubjugar.A luta gramsciana não é travada contraas idéias passadas por produções culturais de gostoduvidosos ou de baixa qualidade. Não. A luta écontra idéias que fujam do controle do partido“.” “Está-se diante da tentativa de abrir uma novafrente de combate no objetivo marxista perma-nente de dominação, controle e vigilância damente dos brasileiros.”

Outro trecho publicado nessa mesma revista,na pág. 53. “Mentir, mentir sempre. E, nos arrou-bos de entusiasmo, abandonar momentaneamen-te o fingimento e deixar escrever as verdadeirasintenções. Assim tem se comportado o regime ira-niano em relação ao seu programa nuclear”.

E, tem esta da coluna do Juca Kfouri: “O es-tupro da Lei de Moralização. – A chamada Lei daMoralização do Futebol acaba de ser violentadapelos deputados em Brasília. Texto de um obscu-ro parlamentar do Partido da Republica baiano,da bancada da bola, José Rocha, que recebeu R$100 mil da CBF, em 2002, e R$ 50 mil, em 2006,retroage à situação que vigorava até que o presi-dente Lula, em 2002 sancionasse a lei moraliza-dora – que foi parida na gestão FHC. Novamenteos cartolas não terão que responder com seupatrimônio pessoal pelo endividamento dos clu-bes de futebol, como prevê a legislação em vigor,mudança que até os advogados dos clubes comvergonha na cara consideram um retrocesso.”

A corrupção política está deteriorando as ins-tituições.

Pedimos aos profissionais da comunicaçãosocial para que pincem as notícias sobre os fatosque estão acontecendo. Analisem e vejam o quan-to uns e outros não se cansam de tentar inventarleis que amordaçam o direito à informação. En-tendo que devemos dialogar sobre esse estado decoisas, jamais empurrá-lo para debaixo do tape-te. Imprensa Livre é Troca de Idéias.

A vida democrática cobra de nós, pessoas comconhecimento e responsabilidade, e com espíritopúblico necessário:- atenção, reflexão e se possí-vel medidas sensatas e possíveis de implementar.

(*) Ex-presidente da APIPresidente Emérito da Academia Cristã de Letras

JORNALISMO DE QUALIDADEProf. Adolfo Lemes Gilioli / Jornalista (*)

Com esta edição, superamos a marca de três anosem que nos dedicamos ao comando editorial e deRedação do Jornal da Imprensa Paulista. Cobri-mos um período superior a 36 meses da Históriarecente de nossa querida Associação Paulista de Im-prensa, e os principais acontecimentos em São Pauloe no Brasil.

Hoje o JIP – Jornal da Imprensa Paulista,graças à qualidade de sua equipe de colunistas édestaque nos meios de Comunicação Social doPaís. Afinal, um Jornal que pode apresentar arti-culistas com o conhecimento, idéias e o renomede Paulo Nathanael Pereira de Souza, RuyAltenfelder Martins da Silva, Luiz GonzagaBertelli, José Renato Nalini, Sérgio OlimpioGomes, Ricardo Jacob, Claudio Gomes, AfizSadi, Adolfo Lemes Gilioli, Victor Barau, AdolfoLuiz, Fred Ghedini, Frances Azevedo, Rosa Ma-ria Custodio, Maria Nazareth Dória, JB Olivei-ra, Cosme Feliz, Eduardo Monteiro, Lizar,Richard Chaves, Roberto Drumond, Paulo Dimasde Bellis Mascaretthi, Sebastião Amorim,Henrique Nelson Calandra e agora Cláudio Turi,Galdino Cocchiaro, Sérgio Redó entre outros,além daqueles que esporadicamente, brindaramnosso público com seus excelentes artigos, comoo consagrado jurista Ives Gandra da Silva Martins,efetivamente é “time Grande”.

Poder compartilhar das idéias, opiniões e co-mentários de articulistas desse nível é uma satis-fação incomum. Mas, temos que confessar que,além do convívio com nossos editorialistas, tam-bém sempre nos foi muito agradável a interaçãocom nossos leitores através de meios eletrônicos.Nesses mais de três anos, recebemos centenas deemails comentando, sugerindo, tecendo críticas eelogios à nossa equipe de articulistas e ao Jornal.Não deixamos de responder pessoalmente nenhu-ma correspondência recebida de nossos leitores.As críticas foram ótimas e contribuíram efetiva-mente para que no correr do tempo pudéssemoscorrigir eventuais falhas. Os elogios e sugestõesforam o incentivo fundamental para que a cadaedição procurássemos superar nossas próprias li-mitações.

É de destacar que desde o começo nosso JIP –Jornal da Imprensa Paulista recebeu muito apoio,principalmente de colegas militantes nas redaçõesdos principais veículos da Imprensa de São Paulo.E tudo começou em 2007, quando o então presi-dente JB Oliveira em meados de outubro afastou-se para concorrer às eleições, postulando o man-dato de Deputado Federal. Assumimos a presidên-cia da Casa do Jornalista de São Paulo por poucomais de 60 dias e com a colaboração dos quase 50novos Assessores da Diretoria que tive oportuni-dade de nomear (70% Jornalistas), demos início aum projeto de completa reformulação da entida-de. Foi um período em que o “brilho” da entidadevoltou, embora efêmero, pois não houve continui-dade do trabalho dos colaboradores que nomeeipor iniciativa e vontade do presidente que reas-sumiu o cargo.

Entretanto, em outubro, já tínhamos lançadouma edição teste do novo Jornal da entidade, su-cessor do Imprensa Paulista, publicado há deze-nas de anos pela entidade, que, inexplicavelmente,foi apropriado e indevidamente registrado comosendo de titularidade e propriedade de um ex-in-tegrante da diretoria anterior. Constatamos a triste

realidade de que, embora fosse um caso que deve-ria ter tido uma ação enérgica judicial por parte dadiretoria anterior, nada tinha sido feito e a Asso-ciação Paulista de Imprensa acabou perdendo atitularidade de seu Jornal. Mas com a colaboraçãoinestimável de idealistas como Eryk Heeyzer deVaz Braga, Bira Câmara, Yukiti Kojitani e ou-tros, passamos a trabalhar um novo título, comosucessor do antigo Jornal da entidade.

Com o retorno de JB Oliveira à presidência e,diante de sua solicitação para que pudesse sem meuconcurso imprimir seu estilo de administração naentidade, decidi assumir sob meu cargo a tarefa de“ressuscitar” o Jornal da entidade. E assim, depoisdos devidos acertos com a equipe de articulistas,pessoal de arte, diagramação, arte-finalização, re-portagem e o presidente da API , conseguimos aparceria com a Gráfica Gazeta (até hojeconosco).Desta maneira em Março de 2007 en-tregávamos o antigo Jornal da AssociaçãoPaulista de Imprensa agora sob nova de-nominação, em novo projeto editorial e gráficode minha autoria, rebatizado e adequadamenteregistrado, como JORNAL DA IMPRENSAPAULISTA, que rapidamente passou a ser cha-mado de JIP. Desde antes de entregarmos ao pú-blico leitor o número inicial, deixamos claro aopresidente da entidade que, para alcançarmos qua-lidade editorial, isenta de vaidades, vontades eimposições – como deve ser um veículo que re-presente a opinião da Imprensa Livre – e tambémem função do acontecimento ocorrido em direto-ria anterior (quando o título do Jornal foiindevidamente registrado em nome de um com-ponente da diretoria como de sua propriedadepessoal), o Jornal seria administrado, dirigido eapresentado como realização independente.

Essa fórmula demonstrou ser a melhor, já queem mais de três anos de existência o Jornal nãosofreu nenhum abalo em razão das várias crisespor que passou a entidade, navegando incólumeem um mar muitas vezes tempestuoso eimprevisível. Esse foi o compromisso que comoprofissional de Imprensa assumi perante a dire-toria da entidade, nossos colaboradores, nossosanunciantes e nosso público-leitor, que aumentaa cada dia. Hoje, podemos constatar com alegriaque o Jornal da Imprensa Paulista é uma reali-zação de fato e de direito.

Agora com a eleição da nova direção da As-sociação Paulista de Imprensa, sob o comandode Sérgio A. Redó, que reputo com plena condi-ção de efetivamente revitalizar a Casa do Jorna-lista de São Paulo é tempo também de umareformulação do Jornal, como, aliás, já preconi-zava em dezembro, quando comentei, nestas pá-ginas do editorial, a necessidade de uma refor-mulação e readequação do JIP. Assim, tive a sa-tisfação, neste mês - depois de intermediar a ces-são de sala e instalações para funcionamento daAPIJOR no prédio da Casa do Jornalista de SãoPaulo - disponibilizar ao presidente Sérgio Redóo comando pleno por parte da entidade do Jor-nal da Imprensa Paulista. Já na próxima ediçãodeverá a diretoria da Associação Paulista deImprensa determinar novo comando e os novosrumos deste Jornal que, espero e acredito, serãocada vez melhores.

Sempre é tempo de Novos Tempos, NovasIdéias e Novos Entendimentos. O Jornal da

Imprensa Paulista passa novamente àtitularidade e domínio pleno da AssociaçãoPaulista de Imprensa.

Registro um agradecimento especial a todaequipe de apoio – fundamental para o trabalho– constituída pelos excelentes profissionaisBira Câmara e os produtores Gráficos e deWEB Tony Berstain e Carol Bertaisn. Nãopoderia deixar de reconhecer a confiança, oapoio e o incentivo dos Jornalistas Membrosdo Colégio Editorial Responsável que comigocompartilharam a responsabilidade da publica-ção: Afonso Luciano Durand; Adolfo L.Gilioli, José Maria Cabral, Antonio Salazar eGenésio Candido Pereira Filho.Quero desta-car a imprescindível colaboração da Jornalis-

ta Rosa Maria Custódio – Editora Assistente - que,a cada edição emprestou o melhor de sua compe-tência e seu talento para que pudéssemos produzira publicação.

Com a consciência de ter cumprido plenamen-te, meu dever como profissional e cidadão, queroagradecer ao Criador e toda nossa equipe de articu-listas, editores, colaboradores, fotógrafos, artistas,gráficos, pessoal administrativo, anunciantes, dire-tores, conselheiros e associados da AssociaçãoPaulista de Imprensa, que me honraram com seucrédito de confiança e por terem me proporcionadoo prazer de trabalhar junto à pessoas de distinçãotão alta no meio social.

Muito Obrigado e até...

EDITORIALCosta Carregosa

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Março-Abril /2010Página 4 Jornal da

O Brasil parece que ainda nãose deu conta do ônus de perten-cer à categoria de estrela entre ospaíses emergentes. Numa épocaem que amargava as agruras dosubdesenvolvimento com infla-ção galopante e economia demorna a gélida, talvez se justifi-casse a sobrevalorização de umdeterminado índice socioeconômico: aabertura de postos formais de trabalho. Afi-nal, seu aumento implicava mais ocupaçõespara uma população pouco qualificada pro-fissionalmente num mercado atrasado.

Sob esse prisma, é de se comemorar –como foi feito pelo governo – o recordeatingido em janeiro: foram abertas 181,4mil vagas, segundo números do CadastroGeral de Empregados e Desempregados(Caged), melhor resultado desde 1992. Masa realidade, hoje, é mais complexa. As em-presas, que movimentam a economia, es-tão muitíssimo mais sofisticadas e exigen-tes quanto à qualificação de seus recursoshumanos, além do fato de que, com aglobalização, a concorrência para preencherofertas de postos de trabalho pode vir dequalquer canto do mundo.

A equação, além disso, abarca outro in-dicador altamente expressivo e pouco ani-mador: o País só cumpriu um terço das me-tas estipuladas por lei em 2001 no PlanoNacional da Educação. Ou seja, diferente-mente do que se previa há oito anos, arepetência de alunos continua elevada; apopulação de universitários, apesar dos pro-gramas criados nos últimos anos, estáaquém do ideal; e o acesso à educação in-fantil ainda é restrito. Quais deficiências,então, não carrega um trabalhador forma-do dentro desse contexto? Essa pergunta,meramente retórica, lança uma sombra deincerteza sobre a sustentabilidade do de-senvolvimento a médio e longo prazo, jus-tamente pela ausência de capital humanoapto a atender as demandas do mercado.

Para não dizer que tudo está perdido,entre as metas do Plano da Educação efeti-vamente cumpridas estão duas extrema-mente relevantes. Uma é a criação de pro-gramas de formação de professores para aeducação tecnológica e formação profissi-onal, modalidades que, em 2006, já conta-vam com 125,9 mil alunos matriculadoscontra os 66,1 de 2000. A outra conquista éa expansão do ensino superior a distância,que atingiu 149,9 mil matrículas em licen-ciatura em 2006, contra o 1,7 mil registra-do em 2000. Nem tudo está perdido, masainda falta muito para atingir o ideal.

Há algumas semanas, Fer-nando Haddad, ministro daEducação, sugeriu em entrevis-ta que os primeiros quatro anosde carreira de um professor re-cém-admitido pela rede públi-ca de ensino fossem encaradoscomo um período de avaliação.O recurso serviria para seleci-

onar os melhores, aprimorando assim aqualidade da educação: o nome dado peloministro a esse processo foi “estágioprobatório”. De fato, um dos significadosda palavra “estágio” é “fase”, mas a coin-cidência suscita outra idéia. Por que nãointegrar o estágio – agora entendido comoo treinamento prático de estudantes previs-to pela Lei 11.788/08 – à política de prepa-ração de professores?

De passagem pelo CIEE, o sociólogoJosé Pastore, um dos maiores especialistasem mercado de trabalho, afirmou catego-ricamente que não há recrutamento maiseficiente e barato do que o estágio. A linhade raciocínio, entretanto, se voltava à rea-lidade das empresas e organizações do 3ºSetor, mas poderia muito bem servir de ori-entação à administração pública dos níveismunicipal ao federal. “A possibilidade deobservar o desempenho do estudante tãoproximamente permite selecionar a nata danata”.

De modo geral, é crescente o interessedos órgãos públicos por estagiários, comorevelam as crescentes parcerias firmadascom o CIEE. Em janeiro, por exemplo, onúmero de estudantes sendo treinados porórgãos da administração pública era 30%superior ao registrado no mesmo mês de2009 – ou seja, 77,5 mil contra 59,5 mil.Apesar dos bons resultados, poucas são asexperiências voltadas especificamente parao setor educacional. Obviamente, um pro-grama de estágio para professores não sa-nará todas as deficiências da educação, ten-do em vista que não diminuirá a distânciaque ainda existe entre o mundo do saber eo mundo do fazer em todas as outras áreasde especialização. Mas é um ponto de par-tida. Até porque a carreira de professor nãodifere tanto das outras: alguns segredos daprofissão somente são aprendidos na prá-tica do dia a dia. Por que, então, não per-mitir que os futuros educadores comecema ganhar experiência antes de começarema ministrar aulas?

* Presidente executivo do Centro deIntegração Empresa-Escola – CIEE, da

Academia Paulista de História – APH ediretor da Fiesp

Equação mais complexaLuiz Gonzaga Bertelli*

A propósito da polemicaque, hoje, varre o país, nosmeios políticos e acadêmicos,provocada pelo extravaganteprograma contido no documen-to intitulado PNDH-3, elabora-do pela Secretaria Especial dosDireitos Humanos, aproveitei oCarnaval para reler uma peque-na jóia, que guardo há decênios emminha biblioteca; a obra clássica doalemão Ferdinand Lassalle: “Que é umaConstituição?” E o que diz o mestregermânico, que, apesar de suas simpati-as socialistas, era antes de mais nada umcientista social e um servidor da inteli-gência supra ideológica (afinal todossabem que as ideologias são modosparciais de pensar dos quase pensado-res)? Diz em suma, que “a verdadeiraconstituição de um país somente tem porbase os fatores reais e efetivos do podere que as constituições escritas não têmvalor, nem são duráveis, a não ser queexprimam fielmente os fatores do poderque imperam na realidade social”. Dizmais: “Pode-se plantar no quintal umamacieira e fixar no seu tronco um papeldizendo – “Está árvore é uma figueira”– ; bastará esse papel para que ocorra asonhada metamorfose? Os frutos daárvore quando chegassem negariam ocartaz nela pregado.” Assim são asconstituições, que não atendem, na suaestrutura, os fatores reais e efetivos depoder de um país, isto porque essesfatores “que atuam no seio de cadacomunidade são essa força ativa eeficaz, que informa todas as leis einstituições jurídicas da sociedade,determinando que não possam ser, emsubstância, a não ser tal como elas são.”

Toda revolução (ou reforma extrema-da) que se fizer na estrutura sócio-política de um povo, para atender aoromantismo juvenil (Lênin chamou-o dedoença infantil) de conspiradores, não sesustenta, se esses fatores reais de podernão forem respeitados. Isso é tão

inevitável, que a “Revoluçãodos Bichos”, de GeorgeOrwell, demonstrou como quea porcada vitoriosa em seulevante contra os humanos,caiu de início, na anarquia datransitoriedade do novoregime, só readquirindoalguma estabilidade, quando

assumiu os “erros”, que combatiamantes da troca de poder... Fato que jálevara Lampedusa, no “Gattopardo”, aexclamar ser preciso mudar para quetudo possa continuar como sempre foi...

Essas reflexões me ocorrem enquan-to leio o cardápio editado pela SecretariaEspecial de Direitos Humanos, ondeconstam receitas detalhadas de comodevem os governos proceder para apagara injustiça supostamente praticada portodos contra minorias sociais brasileiras,ainda não incluídas nos chamadosbenefícios civilizatórios. A começar pelaregularização e proteção da mais antigadas profissões, a prostituição, e afinalizar, pela exclusão do cenário socialde práticas atuais, tidas como inadequa-das e indevidas, como por exemplo:símbolos religiosos em bens públicos,caso do crucifixo em repartições eescolas, sob a alegação de que o Estadoé leigo (sim, mas, e a sociedade não éreligiosa?); ou como o agronegócio, quedeve ser substituído pela agriculturafamiliar (cousa que seria possívelantigamente, quando a demografiamundial era mínima; como alimentar,hoje, bilhões de pessoas sem oagronegócio para produzir alimentos emescala e com apoio na tecnologiaavançada?); ou ainda, a sanha de liqui-dar com a liberdade de expressão, quesegundo o evangelho do PNDH-3deveria ser regulamentada e controladapelo Estado, cousa que todos sabem sera arma predileta das autocracias? E vaipor ai!

(*) Membro da Academia Brasileira eFilosofia, Presidente Emérito do CIEE.

“Um governo, a menos que desconheça a sua missão, nãopode por amor de um interesse comprometer os outros interes-ses da sociedade: é na combinação de todos eles que consisteo grande problema da administração pública”.

Nabuco de Araújo (1850)

Lassalle e os exagerosdo PNDH-3

Paulo Nathanael Pereira de Souza (*)

Educação

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Março-Abril /2010 Página 5Jornal da

Ao reassumir a presidência daAcademia Brasileira de Letras, que jáexercera há pouco, o Ministro Mar-cos Villaça retomou o seu estilo. Pro-moveu um encontro em que samba eletras se irmanaram, sob argumentolouvável: a celebração do centenáriode Noel Rosa.

Essa vocação de abertura do he-ráldico recinto acadêmico para a cul-tura popular é o tom que o ex-Presidentedo TCU costuma imprimir às suas gestões.E nisso torna a Casa de Machado de Assismais divulgada e, por ser mais exposta,mais amada.

Tal aproximação já fora intuída pelo ci-neasta Gofredo da Silva Telles Júnior, tão pre-cocemente desaparecido. Ao fazer odocumentário da posse de sua mãe, LygiaFagundes Telles, na ABL, incluiu às tantasuma porta-bandeiras em ritmo carnavalesco.À época, o sempiterno Presidente Austre-gésilo de Athayde não assimilou a intençãodo jovem e inquiriu a grande dama do ro-mance brasileiro. Ela respondeu que a Aca-demia deveria olhar também para o samba ese abrir para a cultura do povo. Nada maispróximo ao gosto do brasileiro do que fute-bol e samba.

A fidelidade de Lygia ao tema da aproxi-mação antecipou-se outra vez à iniciativa doPresidente Villaça. Ela revê toda a sua obrapara uma republicação valorizada com o olharcrítico de prestigiados analistas da literaturabrasileira. No texto que preparou para inser-ção no livro “Durante Aquele Estranho Chá”e denominado “Machado de Assis: Rota dosTriângulos”, também entra o samba.

Na sua deliciosa fala, Lygia se detém so-bre várias triangulações da prosa machadiana.É quase um ensaio crítico, mas descon-taminado do preciosismo que torna a críticaliterária abominada pela juventude. Ao con-trário, quer-se ler mais e não se chegar ao fi-nal do texto. Mas é justamente aqui que entrao samba. Ela encontra identificação entre orancoroso e contido personagem de DomCasmurro e aquele narrado num antigo sam-ba carioca.

Invoca o poema de Manuel Bandeira, nofascinante diálogo do tuberculoso com o seumédico. O enfermo indaga se o Pneumotórax- nome do poema de Bandeira – não seria ade-quado. O esculápio dá um suspiro e admiteque a única solução é um tango argentino.

Lygia se inspirou nesse argumento paradizer ao Bentinho de Machado que, para ele,a alternativa não é tango ou fado, mas o sam-ba de Herivelto Martins e Ataulfo Alves, quetem versos ajustáveis ao drama casmurro:“Não falem dessa mulher perto de mim! Nãofalem pra não lembrar minha dor..”.

Isto foi escrito bem antes do evento que le-vou a Academia Brasileira a iniciar as come-morações de mais um centenário tão a gosto da

população em geral: o gênio deNoel Rosa.

Pois São Paulo também po-deria participar dessa tendência– e o fará, certamente – mascom uma contribuição autenti-camente paulista. 2010 é tam-bém o ano em que se celebraum século do nascimento deAdoniran Barbosa.

O poeta do “Trem das Onze” continua ofavorito daqueles que preferem a leitura mu-sical das coisas singelas. Letras que contamfatos cotidianos, que podem ocorrer com qual-quer pessoa, mas que são embalados pormusicalidade fácil de se abrigar na memóriade todos. Não são elucubrações sofisticadas,mas relatos rotineiros, familiares às pessoassimples. A maior parte da população é consti-tuída de pessoas assim. Imunes à sofisticação,impermeáveis às pretensões vanguardistas eà ditadura da tecnologia que já surge revestidade fatal obsolescência.

Celebrar Adoniran é resgatar o gosto pau-lista pelo singelo, da música resistente àsmodernidades passageiras. Já se disse que SãoPaulo era “o túmulo do samba”, quando estaterra é ressurreição da verdadeira brasilidade.Aquela que não se condiciona às diretrizes daimplacável lex mercatoria, a impor consumobaseado em realidade alienígena e desvinculadade qualquer parentesco plausível com a verda-de nacional. O brasileiro não tem de se enver-gonhar de sua música autêntica. Não precisade outros ritmos, os quais têm o seu nicho, to-davia sem exclusão daquilo que é nosso.

Todos devem se lembrar de Adoniran Bar-bosa neste 2010. A pedante subserviência pe-rante autores estrangeiros deve conceder pri-oridade àquilo que, sem investimentos ins-titucionais, sem estímulo de qualquer nature-za, brotou espontaneamente. Fruto natural eoriginal de uma nacionalidade ainda em for-mação. E que deve ser glorificado como “pro-dução da casa”. Como “coisa nossa”.

Bem faria a intelectualidade que prefereacompanhar o mercado internacional e queestá em dia com os lançamentos da editoraçãoem todo o mundo, se também direcionasse oolhar para o seu quintal. Aqui também se pro-duziu e se continua a produzir o genuíno. Afe-rir a qualidade é incumbência da crítica, masesta não é infalível. Quando se contrapõe àpreferência popular, destina-se ao olvido. Aoostracismo que continua a ser sanção: a mor-te em vida, que é não ser lido, não ser ouvido,não ser citado, não ser lembrado.

Os responsáveis pela educação – em tãoconstrangedor estágio no último ranking di-vulgado – deveriam refletir melhor sobre ouso daquilo que o povo gosta para fazer o povopensar. Em lugar de forçar a memorização deregras de gramática, ensinar a falar com asletras das músicas. Nisso, o brasileiro éinvencível.

O SAMBA INVADE A ACADEMIAJosé Renato Nalini / Jornalista (*) Inovação, a chave

para o futuroRuy Martins Altenfelder Silva*

É preciso mudar para quetudo continue como está.Consagrada pelo príncipe deSalina no famoso romance Oleopardo, quando usada napolítica a frase soa cínica ereveladora de apego ao podera qualquer preço. Já quandoaplicada à economia moder-na, ganha um significado saudável e ser-ve de sinal de alerta, em especial para asempresas muito bem sucedidas e lucrati-vas. É até compreensível que, ofuscadospor gordos resultados financeiros e sabo-rosas fatias de mercado que detêm, seusgestores tendam a certa acomodação, ce-dendo ao temor de mexer em time que estáganhando e, assim, mantenham-se fiéis aopresente ou, pior, ao passado. Entretanto,a experiência e o aconselhamento de es-pecialistas mostram o outro lado da moe-da, indicando que comandar empresas écomo dirigir um automóvel no caóticohorário de rush. É preciso multiplicar oolhar, atentando para o que ocorre ao lado,observando o que está atrás, mas sem dei-xar de mirar à frente, buscando anteciparos obstáculos que a próxima curva escon-de e já planejando ações para vencê-los.

País tradicionalmente exportador dematérias-prima e importador de produtosde maior valor agregado – tendência quemuito lentamente vai se invertendo –, so-mente há poucas décadas o Brasil desper-tou para a importância de incrementar apesquisa, a inovação e o desenvolvimen-to tecnológico – um descompasso que setraduz no baixo nível de investimento pri-vado e público nessas áreas, nodescolamento entre a atividade acadêmi-ca e as necessidades da produção, e nodescaso para com a formação de profissi-onais aptos a atuar com as competências ehabilidades exigidas pela nova realidadee, principalmente, pelos desafios que seantepõem à aspiração de ocupar uma po-sição destacada no conjunto das nações.

Segundo recente relatório da Organi-zação para Cooperação e Desenvolvimen-to Econômico (OCDE), que reúne os paí-ses mais ricos do mundo, a inovação é afonte principal de dinamismo econômico

e bem-estar social, sendo achave tanto para vencer arecessão econômica quantopara colocar o desenvolvi-mento numa trajetóriaambientalmente sustentável.Entretanto, a situação brasi-leira nos três indicadores deinovação – pesquisa e desen-

volvimento (P&D), patentes e registro demarcas – não é das mais animadoras.

Um comparativo de investimentos emP&D, para ficar apenas num exemplo,mostra o quanto o Brasil precisa avançarpara atingir os patamares dos países de-senvolvidos. Segundo o Instituto de Es-tudos de Desenvolvimento Industrial(Iedi) sobre a P&D nacional, o investi-mento privado é da ordem de 0,5% doPIB contra incentivos governamentais de0,007% do PIB (excluídos os estímulosfiscais da Lei da Informática, considera-da mais um instrumento de política eco-nômica do que de alavancagem à pesqui-sa). Enquanto isso, em 2007, no âmbitodos trinta membros da OCDE e algunspaíses não membros, como China eRússia, esse total atingiu 2,3% do PIBconjunto (a nada desprezível quantia deUS$ 886,3 bilhões), tendo a iniciativaprivada como a principal fonte de finan-ciamento, respondendo por perto de 70%dos gastos.

Para alimentar certo alento, vale re-gistrar alguns sinais positivos no horizon-te, como as 2.500 empresas que apresen-taram, de 2007 para cá, projetos à Finepsob o guarda-chuva da Lei de Inovação.Mas é preciso intensificar e muito a par-ticipação da iniciativa privada, semean-do a cultura da inovação no mundocorporativo e transformando-a em prio-ridade estratégica das organizações. Emsíntese, para a sobrevivência das empre-sas e para o desenvolvimento do País aordem é avançar ou perder, mais uma vez,o bonde da história.

(*) Presidente do Conselho de Administra-ção do CIEE, Presidente do Instituto de

Estudos Avançados da Fiesp, Ex-secretá-rio de Estado Ciência, Tecnologia e Desen-volvimento Econômico do Governo Geral-

do Alckmin.

A Academia Brasileira de Letras continuaa dar o exemplo e mostra porque sobreviveu àderrocada dos valores que é o maior espetácu-lo do crescimento pátrio no último século. Nãoseria mau se outras instituições a acompanhas-

sem no garimpo das coisas boas que nossopovo já produziu e que são relegadas a benefí-cio de muito lixo estrangeiro.

(*) Desembargador do Tribunal de Justiça de SãoPaulo, Presidente da Academia Paulista de Letras

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Março-Abril /2010Página 6 Jornal da

Depois de mais de um ano de exaustivostrabalhos concebidos, planejados e lideradospelo Professor, Escritor e Jornalista AdolfoLemes Gilioli, a cidade de Lins – A Prince-sa da Noroeste - engalanada assistiu a possedos membros da ACADEMIA LINENSEDE LETRAS realizada no último dia 27 demarço no auditório da Casa dos Médicosnaquela cidade, importante Pólo de Desen-volvimento da região Noroeste de SãoPaulo.

A Cerimônia teve a presença de altasautoridades locais, com destaque para oprefeito Waldemar S. Casadei que proferiudiscurso de saudação aos empossados.

A nova Academia conta em seu quadrocom personalidades da região e de SãoPaulo dentre os quais vários acadêmicospertencentes à Academia Cristã de Letras,Academia Paulista de Letras e AcademiaPaulista de História entre outros.

Cerimônia de Posse marca início dos trabalhos daAcademia Linense de Letras

Constituem o quadro de AcademiaLince de Letras os Acadêmicos: Adolfo L.Gilioli, Adilson C.Fulan Silvestrim, AfizSadi, Antonio N.L. Coqueiro, ApparecidaP. Pereira, Bruno Sammarco, CarlosEduardo M. Carvalho, Célia ReginaVolponi, Cinthya N.V. da Silva, Clélia daSilva Perazza, Cynira da Silva Perazza,Dirma Teixeira P.V. da Silva, DouglasMichalany, Frances de Azevedo, HirokoE. Matsuda, Jairo Nunes Calças, JoséRoberto F. da Rocha, Lais Rosa Pacini,Luiz Gonzaga Bertelli, Luzia de OliveiraCardoso, Magaly G.L. Gilioli, Manuel daCosta Carregosa, Manoel M. SantosRamires, Maria Aparecida Zola, MariaBernardete Ramos, Maria Kazue Mori,Marlene Barnet de Melo, Mauro de SouzaRibeiro, Milton A. Toledo Barros, OtacílioGrubert Moraes, Paulo NathanaelPereira de Souza, Ricardo Assef, Rosa

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O trânsito no Brasil se destaca pelo nú-mero de acidentes, especialmente nos finaisde semana e feriados. Preocupado com aquestão, o deputado Federal Milton Montiapresentou à Câmara Federal o projeto delei 5953/2009. A proposta determina que osmotoristas trafeguem pelas rodovias brasi-leiras com os faróis dos automóveis acesosmesmo durante o dia.

O autor do projeto afirma que seu obje-tivo é aumentar a visibilidade dos veículosem trânsito e o grau de segurança nas es-tradas brasileiras. Com isso, Milton Montipretende evitar acidentes nas estradas, evi-

tar perdas materiais e prejuízos econômi-cos, mas, principalmente, preservar vidas.“Eu entendo esse projeto tem grande reper-cussão social, pois toca em um assunto queprecisa de atenção constante das autorida-des brasileiras. Famílias inteiras perdem areferência quando uma tragédia se abatesobre as pessoas, por conta dos acidentesde trânsito”, comenta Milton Monti.

O deputado explica que as motocicletasmais modernas já saem de fábrica com umdispositivo que acende os faróis automati-camente. “Faço a comparação com a moto,porque, embora o carro seja maior, não quer

Deputado quer mais Segurança nas Estradas de São PauloProjeto do deputado que tramita na Câmara Federal quer veículos trafegando com faróis acesos nas rodovias, mesmo durante o dia

dizer que ele, às vezes, não passe despercebi-do no trânsito, quando vai cruzar uma rodo-via. Minha opinião é que manter os faróis dosautomóveis ligados mesmo durante o dia éuma medida útil, válida e importante para asegurança das pessoas e para segurança dotrânsito brasileiro”, justifica.

O projeto de lei 5.953/2009 está nas co-missões de mérito e Milton Monti se diz oti-mista com o andamento da proposta. Segundoo parlamentar, o projeto não traz prejuízos, nãocausa embaraço ou constrangimento a qualquerpessoa e trará segurança a todas as pessoas queestão transitando pelas estradas, rodovias e ci-dades brasileiras.

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Março-Abril /2010 Jornal da Página 7

Quem viveu toda aevolução da medicina,desde a década de 50 aténossos dias, pode consta-tar que tudo é novo semdeixar de ser velho. Senão vejamos: a populaçãobrasileira apresentavauma sintomatologia e si-nais inerentes a uma tu-berculose urinária: distúrbiosmiccionais, hematúria, leucoci-túria, proteinúria, urina ácida, fe-bre vespertina, cansaço, dores ós-seas e musculares e outros. Umaurografia excretora (era o que exis-tia na época) mostrava sinais pró-prios de um processo inflamató-rio nas vias excretoras renais. Issotudo parecia uma alteraçãopatognomica de uma tuberculoserenal, embora não se encontrasseo bacilo de Koch no exame de uri-na, mesmo na cultura.

O tratamento de prova, commedicação da época especifica, cu-rava o paciente; os sintomas desa-pareciam totalmente. Agora vemo importante: a maioria dos médi-cos, pequenos na urologia, nãoacreditava nesse diagnóstico e poressa razão reexaminavam total-mente o paciente e encontravam oque foi descrito acima, mas não co-nheciam e por isso não entrega-vam a medicação que eradispendiosa e necessitava seringerida durante 180 dias a umano para a cura. Essa medicaçãoera fornecida pelos serviços desaúde pública (postos e secretari-as). Pois bem, uma tuberculose clí-nica atinge, até hoje, mais de 30%da população e os resultados con-tinuam na medicina com as mes-mas medicações do passado.

O Ministério da Saúde vemsendo tolhido em todos os senti-dos embora tenha um ministro,José Gomes Temporão, probo erespeitável, que vem lutando porverbas, inovando a produção e ooferecimento de medicamentos,próteses, etc. sob a cegueira e agagueira do governo para a saú-de. Citei esse exemplo da tuber-

culose porque ele persisteaté hoje e muitos médicosdo passado com ele lidaram(mas agora a situação émais grave, porque há umacrise no setor dos medica-mentos úteis para doençasavançadas e graves, masimpossíveis de aquisiçãoem farmácias pelo seu ele-

vado preço.

A agência nacional de saúdefiscalizadora sabe do alcance pelos cli-entes do encontro dos remédios emfarmácias e muitos falsificados. Esseproblema da indústria e do comérciode medicamentos deveriam ter umaatenção especial da Justiça brasileirapara a defesa da população. Não seiporque não agem; talvez o poder dosLaboratórios multinacionais impo-nham, por “variadas formas”, essa li-bertação da medicação os preços aces-síveis ao povo brasileiro. Imaginem,senhores leitores, o quanto de remes-sa de lucros, sai desse país para orga-nizações farmacêuticas alienígenascom prejuízo irreparável a saúde docidadão brasileiro.

O Ministério da Saúde e a Anvisanão têm um apoio político forte dospoderes: senado, câmara, judiciárioe mesmo do executivo, para coibir eenfrentar o poder da indústria farma-cêutica. O remédio vendido no Bra-sil é o mais caro do mundo. O pro-duto vem do país de origem e aqui émaquiado com embalagens bonitaspara impressionar; diminuído no seutamanho, não na sua continuação epor essas razões justificam o aumen-to do preço. Quando isso não é pos-sível, e o remédio é barato e eficaz,retiram-no do mercado. No períodoItamar Franco, o ministro JamilHaddad criou o genérico e depois fi-cou sob o controle do ex-ministroJosé Serra. Agora toda essa medica-ção é manipulada para o aumento doseu preço, mas esse será um novo as-sunto que tentaremos publicar ulte-riormente, com ajuda de Deus.

* Prof. Titular Urologia da UNIFESP, Prof.Honorário das Academias de Medicina de São

Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro; PresidenteEmérito da Academia Cristã de Letras; Emérito

da Sociedade Brasileira de Urologia

Remédio no Brasil – Omais caro do Planeta!

Prof.Dr. Afiz SadiA cada dois anos, participa-mos de eleições, fato que já setornou corriqueiro na vida docidadão, causando certabanalização negativa, habil-mente usada pelos políticospara captação de votos. Apesardessa idéia coletiva equivocada de sebanalizar os processos eleitorais,especialmente os que tem por objetivoa eleição dos mandatários dos Estadose da União, constata-se serem taisprocessos inovados em cada edição,sejam por normas legais devidamenteaprovadas ou por entendimentosemanados da Justiça Eleitoral, a qualvem absorvendo uma função legislativaextravagante cada vez maior.

As resoluções do Tribunal SuperiorEleitoral editadas com o condão deregulamentar as eleições extrapolam,não raro, os limites das previsões legaisexistentes e a tornam, muitas das vezes,letra morta. O pleito previsto parainiciar em junho de 2010 com asconvenções partidárias que irão esco-lher os candidatos, antecipa-se deforma absurda e descarada. Assistimoso embate entre situação e oposição, naeleição presidencial, com seus virtuaiscandidatos já colocados desde o anopassado – Dilma e Serr a – sem que alei seja obedecida e sem que o TribunalSuperior Eleitoral se manifeste arespeito de forma a impedir umaverdadeira campanha eleitoral fora deépoca.

O presidente Lula está, há cerca deum ano, fazendo campanha eleitoralpara sua candidata declarada e ogovernador José Serra, apesar de seescusar em pronunciar sua candidaturaoficialmente, também pratica campa-nha antecipada, veja-se todo o materialpublicitário do governo de São Paulo,além de outras coisas. Tais comporta-mentos, especialmente dos candidatos,que não o são ainda oficialmente,denotam uma total falta de respeitocom cada um de nós, massacrados quesomos pelo pesado marketing políticoantecipado, o qual, se não é capaz demudar radicalmente os rumos daeleição, ao menos a contamina e aemporcalha de maneira vergonhosa. Naverdade quando chegarmos a junho –momento previsto em lei para as

convenções e adequado para aexposição dos candidatos – o“jogo” já estará em seu segundotempo.

A democracia e a legitimida-de do processo eleitoral estarãoirremediavelmente comprometi-

das, seja pela patente ilegalidade dascampanhas antecipadas ou, mesmo,pela polarização conseqüente que retiradas dezenas de agremiações políticopartidárias, que ficaram à margemdesse jogo ilegal, a possibilidade dedisputarem em igualdade de condiçõesos cargos majoritários a partir de junho.Mesmo que possamos concordar comas inúmeras críticas que se faz aospartidos nanicos e o papel que lhes édestinado nas eleições majoritárias,tornando-se legendas de aluguel, aservir para fins nem de perto coerentescom seus princípios programáticosinscritos nos estatutos de fundação,ainda assim, lhes está sendo retirado odireito sagrado de igualdade e, a persis-tir a aberração das campanhas antecipa-das, melhor será voltarmos ao tempo dobipartidarismo.

Parodiando uma propaganda debiscoito, podemos perguntar: Temosque escolher entre Dilma e Serra porque são os únicos ou, são os únicos porque não podemos escolher entre outroscandidatos? Na verdade, quandoentramos no “jogo”, ou seja, passamosa participar do processo eleitoral naqualidade de eleitores, as opções deescolha já se tornaram mínimas e,todas, sem exceção, representam osmesmos interesses e, no fundo asmesmas idéias. É só ver a lista dedoadores – refiro-me à doação oficial.

Vivemos a doce ilusão de que todopoder emana do povo e em seu nome éexercido. Melhor seria a monarquia,vocação clara de nosso país. Na quali-dade de “Sua Majestade” sugerimos oRei Lula e como chefe de governo oprimeiro ministro José Serra. A Dilma?Bem, por decreto de “Sua Majestade”,permaneceria na função de “Coringa” eainda ganharia um Ducado de prêmio.E, para completar, o Santo Daime seriaobrigatório, sob pena de decapitação. OEscrivão mor não se contentaria maiscom as cartas e viria pessoalmente verde perto toda essa revolução. Vidalonga ao Rei!

A POLÍTICA DO VALE TUDOClaudio Gomes / Analista Político

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Março-Abril /2010Página 8 Jornal da

Trabalhamos para que São Paulo apresen-te a cada novo dia uma polícia militar trans-parente e atualizada, profissionalmente cor-reta e socialmente justa.

Promover mudanças exige coragem e vi-são de futuro. Se chegamos ao gigantismo quetem hoje a Instituição, atuando ininterrup-tamente nos 645 municípios do Estado, reali-zando aproximadamente 30 milhões de inter-venções anuais e prendendo em flagrante de-lito, ou seja, no calor do fato mais de 120 milcriminosos por ano, é porque outrora homense mulheres foram capazes de dar respostas àsnecessidades de seu tempo.

Coube a minha geração de Oficiais assu-mir esta proposta de mudança importantíssi-ma e não-apenas simbólica, preservando nos-sa estética caracterizada pela hierarquia e peladisciplina.

A nova denominação tem o objetivo mai-or de fazer os cidadãos compreenderem quea polícia ostensiva é parte da força do públi-co, atuando para o povo.

Não se tratou de escolher um nome. Bus-camos reafirmar valores irrenunciáveis, res-peitar a história, as tradições e a pujança deSão Paulo. Basta o dístico de nossa cidade

uma polícia militarcom nova designa-ção, a mesma inscritana atual sede doQ.C.G. (quartel docomando geral), data-

da de 15 XII 1957, grafada noformato da época: Fôrça Pú-blica.

Seguimos com 100 mil de-dicados homens e mulheres,abrindo novas frentes, deixan-do um esboço de ponte parauma nova polícia marcada poravançados conceitos e ferra-mentas da administração públi-

ca moderna, voltados para gestão, sempre comfoco nas demandas do cidadão, que confia e aci-ona o 190 emergência mais de 150 mil vezesem um único dia.

A população de São Paulo e todos os nos-sos visitantes dispõem de 15 mil viaturas, 06aviões, 17 helicópteros, 426 embarcações e450 cavalos, atuando nas áreas de políciaterritorial, bombeiros, rodoviária, ambiental,choque, tudo para melhor garantir a seguran-ça ao cidadão, na terra, no ar ou no mar.

O apoio que temos recebido da sociedadecivil organizada, conforme se verificou du-rante a 1ª Conferência Nacional de Seguran-ça Pública mostra-se bastante promissor e co-loca a polícia no centro da pauta política, eco-nômica e social.

A letra da canção da polícia militar escritapelo poeta paulista Guilherme de Almeida, porser o trecho cantado com maior ímpeto emnossas comemorações, formaturas e eventosreafirmam nossa indicação “(...) Seus passosdeixam fundo na terra, rastro e raízes : é aForça Pública!”.

Nossos procedimentos e ações internas le-varam a consecução de uma matriz organiza-cional que busca menos mortes, menos lesões,menos sofrimentos, menos dor; para isso nosvalemos de gestão por resultados e vigorosostreinamentos, por exemplo, o já internacio-nalizado Método Giraldi – que é o tiro de pre-servação da vida, que segue e atende aos pa-drões preconizados pela Cruz Vermelha In-ternacional.

Força Pública: a nova denominaçãoda Polícia Ostensiva de São Paulo

Cel PM Álvaro Batista Camilo *

O mundo está despontandopara a insensatez de século e maisséculos de agressão ao meio am-biente e na iminência do compor-tamento da sobrevida do planeta.

Toda a humanidade tem fei-to seu “mea culpa” e busca solu-ções para minimizar o problema.No Brasil não é diferente. Ocorre que aquio oportunismo e o discurso fácil, fala maisalto, e verdadeiramente “matam a vacapara acabar com carrapato”. É o exemploda criação, por decreto, do Governo Fe-deral, através do ministro do Meio Ambi-ente Carlos Minc, do parque nacional daMantiqueira nos Estados do Rio de Janei-ro, São Paulo e Minas Gerais, o quedesabrigará milhares de famílias de agri-cultores, pequenos pecuaristas, produto-res artesanais que estão nas terras a pelomenos 300 anos. No dia 26 de fevereiro,desse ano, fui a Campos do Jordão fazeruma exposição sobre segurança pública,como presidente da Frente Parlamentar daSegurança Pública, mas durante o debatea prefeita de Campos Ana Cristina Ma-chado César (PPS) e dezenas de micro co-merciantes e produtores de produtos

artesanais, do Pico do Itapeva,pediram ajuda e manifestaram odesespero. Todos deverão sair,centenas de empregos diretos emilhares de indiretos serão perdi-dos, sem a menor avaliação do im-pacto social que o famigerado de-creto vai provocar. Me compro-

meti, em público, e pedir socorro, e assimo fiz, pedindo oficialmente apoio ao Mi-nistério do Trabalho, em Brasília, na pes-soa do Ministro do Trabalho Carlos Lupi(PDT) que é meu amigo de partido.

A tensão permanece. Muitos outrosmunicípios do Vale do Paraíba serão seve-ramente afetados, tais como: Jacareí,Taubaté, Santo Antonio do Pinhal, São Josédos Campos, etc.

Enquanto isso o ministro do Meio Am-biente, conhecido como “o doidão”, em-penha seu tempo em participar da “marchada maconha” para defender a legalizaçãodas drogas.

É preciso dar um basta nessa ditaduraambiental, pois, o objetivo de tornar a vidaviável no futuro não justifica criar açõesque a inviabilizem no presente.

Ditadura AmbientalDeputado Major Olimpio / Jornalista, Deputado Estadual

(non ducor duco – não sou con-duzido, conduzo) para traduzir amarca que também é do Estado.Servimos ao cidadão, por isso For-ça Pública.

Ao assumir o comando geralcomprometi-me a dar continuidade aos mui-tos projetos exitosos do governo do Estado, naárea de segurança pública, que já tem comoresultados a queda de mais de 70% nos homi-cídios nos últimos dez anos, um case nacional.O nome Força Pública já havia sido semeadonos corações e mentes da polícia militarpaulista, em harmonia a um conjunto de atua-lizações e mudanças.

Notamos que a prevenção pode ser ágil,rápida, barata e eficiente se o aparelho polici-al contar com recursos humanos com visãotambém pedagógica da atividade policial, comconhecimentos de justiça restauradora epartícipes de uma formação mais humani-zadora, por isso, nossos investimentos nasAcademias de formação.

Em dezembro completamos 178 anos,nosso último concurso público para vaga desoldado atraiu mais de 88 mil candidatos,cujos aprovados já ingressarão, desejamos, em

Nas últimas décadas, a grande ênfase pas-sou a ser dada ao perfil do novo policial quedeve ter excelente relacionamento inter-pessoal e capacidade de mediação de confli-tos, ou seja, mais importante do que fazer édizer/explicar o que e porque algo deve serfeito. Estamos abertos ao diálogo e atuamossempre com transparência.

A nova Força Pública incentivando polí-ticas públicas de transformação social paraaumento da sensação de segurança pode rea-lizar um pouco mais de nossas potencia-lidades. “Uma polícia eficiente e prestativaprecisa investir na formação cuidadosa e com-petente de seus integrantes”, ouvi muito esteensinamento de meu pai, que também foi po-licial.

Na prática, precisamos como Instituiçãodeixar claro para todos que eficiência polici-al e respeito aos direitos humanos são maisdo que meramente compatíveis entre si, sãomutuamente necessários, indissociáveis, porisso Força Pública.

Não tenham dúvidas, a Força Pública se-guirá ligando pontos, tecendo redes, servin-do, protegendo e fazendo história.

Se conseguir mostrar alguns passos destanova polícia, dar-me-ei por vitorioso, pois,creio que há pequenos passos que, emborapouco perceptíveis, como uma mudança denome, podem indicar rumos. Melhores rumos,que passam pelo cumprimento do dever deprestar contas à população.

Buscamos no passado glorioso inspiraçãopara reafirmamos nosso desejo de sermosidentificados e reconhecidos como Força Pú-blica, sabendo que sempre é possível fazermais e melhor.

Contem sempre com a Força Pública, aPolícia Ostensiva de São Paulo.

* Administrador de Empresas pela UniversidadeMackenzie, MBA em Tecnologia da Informação

pela FIAP, Gestor em Segurança Pública pelaSENASP, Comandante-Geral da Polícia Militar do

Estado de São Paulo.

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Março-Abril /2010 Jornal da Página 9

No último dia 10 de março, no Rio deJaneiro, tomou posse na cadeira 26, que temcomo ex-ocupante o intelectual EurípedesCardoso de Meneses, o Presidente Eméritodo CIEE Nacional e de São Paulo, Prof. Dr.Paulo Nathanael Pereira de Souza. Conheci-do educador brasileiro, que já ocupou a Se-cretaria de Educação em São PauloNathanael, pertenceu por 14 anos ao Conse-lho Federal (hoje Nacional) de Educação,

PAULO NATHANAEL PEREIRA DE SOUZA TOMA POSSENA ACADEMIA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO

onde teve destacada atuação chegando a Pre-sidir o colegiado, eleito pela unanimidadedos votos de seus pares. Professor Univer-sitário nas áreas de economia, história e edu-cação, foi secretário municipal de Educaçãoe Cultura de São Paulo (1971-1974) e supe-rintendente da Bienal de São Paulo. Deten-tor de condecorações nacionais e internacio-nais como a Legião de Honra e a Ordem Na-

Em cerimônia realizada no dia 04 deMarço, perante um público que lotou asdependências do Auditório Ernesto Igel doCIEE, tomou posse na cadeira número 6da Academia da Academia Cristã deLetras de São Paulo, o advogado, jornalis-ta e escritor Ruy Martins AltenfelderSilva, presidente do Conselho de Adminis-tração do CIEE e do Centro de EstudosEstratégicos e Avançados da Fiesp. RuyMartins Altenfelder Silva, foi presidente devárias entidades como a AssociaçãoBrasileira de Comunicação Empresarial;Instituto Roberto Simonsen, além deSecretário de Estado de Ciência,Tecnologia, Desenvolvimento Econômico eTurismo do Estado de São Paulo. Membroda Academia Paulista de Letras Juridicas,tomou posse da cadeira que tem comopatrono CATULO DA PAIXÃOCEARENSE, sucedendo a Afonso VicenteFerreira.

A Saudação ao novo acadêmico foiproferida pelo Prof. Paulo NathanaelPereira de Souza, presidente da Academia.

Ruy Altenfelder é o mais novo acadêmico daAcademia Cristã de Letras

cional do Mérito da França. Além de mem-bro da Academia Brasileira de Educação,Paulo Nathanael pertence também aos qua-dros da Academia Brasileira de Filosofia,Academia Paulista de Letras, AcademiaPaulista de História, Academia Crista de Le-tras e a Academia Paulista de Educação (dasduas últimas é o Presidente). Atualmente, éreitor de duas universidades corporativas,UNISCIESP e UNISESCON.

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Março-Abril /2010Página 10 Jornal da

BALANÇO GERAL DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DEIMPRENSA EM NOVEMBRO DE 2009

Esta é a situação da API recebida na posse da nova diretoria capitaneada pelo jornalista, advogado e administrador Sérgio Redó.Balanço Geral demonstra uma situação de déficit crescente e dividas que precisam de solução urgente

Direitos Humanos enfrentará crise no Congresso Nacional, avaliam líderes de bancadasClaudio Auricchio Turi / Jornalista, advogado e vice presidente financeiro da API

O Governo enfrentará dificuldades em apro-var as 27 leis previstas no 3º Programa Nacionalde Direitos Humanos (PNDH), de acordo comlíderes partidários ouvidos pelo G1. Deputados eSenadores da oposição dizem que vão rejeitar aspropostas. E governistas dizem que há necessi-dade de mais discussão. Enquanto isto o povohonesto sofre suas perdas, irreparáveis roubos desolo a mão armada, aliás uma verdadeira guerracivil no campo, que não é divulgada.

Os pontos do programa estão no decreto7.037, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lulada Silva (Curioso: porque será que é a primeiravez que escrevo o nome desse ser humano porinteiro?) em 21 de dezembro de 2009. O PNDHacabou se tornando a primeira grande polêmicado ano na política depois que pontos previstos nodecreto passaram a ser criticados vejam os Srs.por ministros do próprio governo e entidadescomo militares, OAB e Igreja.

O programa traça “diretrizes” e “objetivos es-tratégicos” do governo que incluem, entre outros,a defesa da descriminação do aborto, da uniãocivil homossexual, da revisão da lei da anistia, damudança de regras na reintegração de posse em

invasões de terras e da instituição de“critérios de acompanhamento editori-al” de meios de comunicação (este úl-timo de interesse da API).

O líder do PMDB na Câmara,Henrique Eduardo Alves (RN), pregaa ampliação das discussões com a so-ciedade a partir do Congresso. Segun-do ele, serão realizadas audiências comrepresentantes da sociedade civil, militares, espe-cialistas e representantes da igreja. Alves, no en-tanto, adiantou que é contrário às regras do decre-to que abrem espaço para a revogação da Lei deAnistia e a punição de Militares acusados de abu-sos durante a ditadura.

Não quero me alongar nos trâmites na áreado Legislativo Federal, emperrada por si e pelosistema atual, e comparo essa situação ao doenteinternado em hospital com câncer, onde as célu-las cancerígenas seriam os invasores de terras ouos ladrões de imóvel, se caberia assim dizer paratraduzir o sentimento que ronda a desonestidadenesta matéria; e os pacientes seriam os donos dasterras compradas, pagas, quitadas, e muitas comescrituras públicas registradas no registro de imó-

veis de suas cidades. BEM, COM APE-NAS UM DETALHE: NÃO TERIAMASSISTÊNCIA MÉDICAS E NEMMEDICAMENTOS. Em quanto tempomorreriam, sem defesa? Temos a lamen-tar que muitos já morreram e levando al-guns de suas famílias junto; porque mui-tas da terras, ou a maioria, serviam desustento aos seus e a empregados; mui-

tas terras levadas a rodo, com suas plantações a se-rem colhidas, UM VERDADEIRO ROUBO QUA-LIFICADO.

A reforma agrária se faz necessária no Brasil,pois a estrutura fundiária em nosso país é muito in-justa. Durante os dois primeiros séculos da coloni-zação portuguesa, a metrópole dividiu e distribuiuas terras da colônia de forma injusta. No sistema deCapitanias Hereditárias, poucos donatários recebe-ram faixas enormes de terra (pedaços comparados aalguns estados atuais) para explorar e colonizar.Desde então, o acesso à terra foi dificultado paragrande parte dos brasileiros. O latifúndio (grandepropriedade rural improdutiva) tornou-se padrão,gerando um sistema injusto de distribuição de terra.Para termos uma idéia desta desigualdade, basta ob-

servarmos o seguinte dado: QUASE METADEDAS TERRAS BRASILEIRAS ESTÁ NASMÃOS DE 1% (UM POR CENTO) DA POPU-LAÇÃO.

Ora, para bom entendedor meia palavra basta, etudo tem uma explicação inclusive a morte de do-nos de terras legítimos e legais, que são assassina-dos por camuflados invasores. Pergunto: a mandode quem? Esses mesmos que emperram por detrásou pela frente o PNDH no Congresso Nacional etantos outros? Um verdadeiro arsenal bélico de fa-zer inveja a qualquer exército, um investimento fi-nanceiro muito grande para invasão de terras muitomaior que a soberania imortal do crime e narcotráficoinstalada nos morros do Rio de Janeiro.

Vai um recado à energia silenciosa do um porcento relatado acima: interesses materiais fazemparte de uma vida curta e breve; os mesmos queroubam terras não as levam para a vida após a mor-te, mas levam o impreguinamento da inconsciên-cia e da injustiça. Ou melhor, as pagam aqui mes-mo, PORQUE NINGUEM ESTÁ NO CORPO ENA MENTE DE OUTRA PESSOA PARA SABERO QUE SE PASSA COM CADA UM QUE HA-BITA O NOSSO MEIO.

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Março-Abril /2010 Página 11Jornal da

Pois é, meus amigos, no Futebol,a Libertadores já está comendo solta,em pleno vapor, e nossos concorren-tes ao título não conseguem apresen-tar um futebol convincente. São Pau-lo e Corinthians jogam para o gasto,conforme prevíamos devem passartranqüilos pela fase inicial, mas com este futebollimitado e lento qualquer um dos dois que en-frentar o Internacional e, principalmente, o Cru-zeiro, será desclassificado. É um tal de pouparjogadores, fazer rodízio com os reservas, masquando jogam com seus principais atletas nãomostram um padrão de jogo envolvente e rápidoque os qualifiquem como sérios candidatos aotítulo como apregoam alguns mais fanáticos.

No timão ainda resta a esperança de cair aficha de Ronaldo Fenômeno para se cuidar umpouquinho no peso, a ponto dele ter um mínimode velocidade, pois só com um tiquinho dela eleainda tem talento para dar passes perfeitos e apro-veitar a ruindade da maioria dos zagueiros ad-versários. Em contrapartida a zaga vem preocu-pando, pois o ótimo Wiliam parece que nesta tem-porada sentiu o peso do tempo, demonstrandouma falta de velocidade nos lances fora da áreamaior ainda do que no ano passado. E não temreserva à altura. O time se arrasta em campo,muito lento na subida ao ataque.

É o mesmo problema do Tricolor cujo meiocampo não engrena, o time não tem padrão dejogo definido. Resta a esperança da torcida deque o time são paulino costuma subir de produ-ção na reta final das competições. Jogadores paraisso têm, mas até agora não encaixaram sequeruma boa partida, seja no Paulistão ou na Liberta-dores.

E o Palmeiras parece que quer tomar o lugarda Portuguesa na função de Robin Hood do fute-bol paulista. Perde do São Caetano, do Santo Andrée ganha do líder e melhor time do campeonato, oSantos. Quando a torcida se anima com a vitóriasobre o badalado time de Robinho e Cia. Passa degoleada e virada na casa do adversário paraperdedor para a Ponte Preta em pleno Parque An-tártica. Como entender um time destes?

Já no Santos o clima de juras de amor entreRobinho e o Peixe parece nitidamente aquelenamoro de praia que não sobe a serra, dura nomáximo durante o verão. O craque teria recla-mado dos salários atrasados e coincidentementeficado fora de uma longa viagem pela Copa doBrasil. Seu empresário vai junto com a diretoriado clube tentando vender cotas de participaçãopublicitária para ajudar a pagar os salários de seumaior ídolo.

Um grande espetáculo para os amantes davelocidade. Assim deve ser definida a primeiracorrida da Fórmula Indy no Anhembi no últimodia 14 de março em São Paulo. Organizada em

cima da hora, a prova teve todos osingredientes que enchem os olhos dos es-pectadores: susto com acidente logo na pri-meira volta, chuva ,sol, mais acidentes, en-fim o que não faltou foi emoção.

Tivemos brasileiro no pódio. VitorMeira da A.J. Foyt que terminou em ter-

ceiro.O australiano Will Power da Penske coma melhor estratégia venceu a prova. Carros atin-gindo assustadores 330km/h no final da reta daMarginal com1 km e meio de extensão É a mai-or reta da Fórmula Indy.

Todos os motores da Fórmula Indy eramHonda V8 com 650 cavalos movidos a etanolbrasileiro

É claro que há muito que melhorar. Nossoenviado especial, Alexandre Meira, profundoconhecedor deste esporte, destacou que a gran-de falha foi notada nos treinos livres do sábado aabrasividade da reta do Sambódromo, que im-pedia que os carros andassem em linha reta poisnão tinham tração (inclusive fez com que BiaFigueiredo batesse a mais de 200 por hora). Masdurante a madrugada do sábado para domingo asubprefeitura, seguindo as normas internacio-nais, fez um rápido e perfeito fresamento com máquinas similares às usadas no aeroporto deCleveland.

Mas, segundo Meira, a solução deste pro-blema fez surgir outro imprevisto.Nos treinosdo domingo pela manhã e nas primeiras voltasda corrida, em função do concreto raspado paraobter o grip, subia muita poeira, o que causouuma cascata de acidentes, pois a visão dos pilo-tos estava muito prejudicada. Ou seja péssimavisibilidade somada a velocidade é a mistura ide-al para acidentes, que sempre deram tempero àscorridas.

Alexandre ainda lembrou que foi muito gran-de a reclamação do público quanto à abusividadedos preços para alimentação. Um copo de cer-veja custava 6 reais,o de refrigerante 5 reais, umpicolé 5 reais, um hambúrguer 12 reais e hotdog 10 reais. A galera chiou muito pois não ti-nha opção.

Nosso repórter destacou outro ponto que aorganização tem que rever. Após a chuva a pro-va ficou parada durante 30 minutos, pois hou-ve falha no sistema de escoamento no s do Sam-ba e na curva do Espéria antes da reta dos Ban-deirantes. O sistema de escoamento da Margi-nal também não funcionou e funcionários fica-ram puxando a água empoçada com rodos .Enfim todos estes detalhes podem ser sanadosnos próximos eventos. Valeu pela ousadia e deforma geral o público gostou, principalmentepor poder ver de perto os carros e pilotos, tirarfotos, sem o sistema de quartel que domina aFórmula Um.

Nosso esporte tem emoçãopara todos os gostos!

Adolfo Luiz / Jornalista e Cronista Esportivo

Eleito para ser o Vice-Presi-dente da Associação dos Oficiaisda Reserva e Reformados da Po-lícia Militar do Estado de SãoPaulo (AORRPMESP) pelotriênio 2010/2013 , pretendo cum-prir textualmente o que reza oEstatuto da Associação em seuartigo 7 º, parágrafo único: “Tem aAORRPMESP, caráter representativo declasse, com objetivos nos campos: cívi-co, cultural, social, recreativo, assistencial,beneficente, filantrópico; mantendo o“status” de entidade de classe de Oficiaisda Reserva e Reformados da Polícia Mi-litar de São Paulo...”, com isso legitima aatuação da Diretoria Executiva em proldos interesses e anseios da Família Poli-cial Militar.

Além disso, temos o artigo 5º da Cons-tituição da República Federativa do Bra-sil, caput transcrito, que elenca os direitose garantias individuais e coletivos, maisespecificamente em seus incisos abaixo:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei,sem distinção de qualquer natureza, ga-rantindo-se aos brasileiros e aos estran-geiros residentes no País a inviolabilidadedo direito à vida, à liberdade, à igualdade,à segurança e à propriedade, nos termosseguintes:

XVII - é plena a liberdade de associa-ção para fins lícitos, vedada a de caráterparamilitar;

XVIII - a criação de associações e, naforma da lei, a de cooperativas inde-pendem de autorização, sendo vedada ainterferência estatal em seu funcionamen-to;

XIX - as associações só poderão sercompulsoriamente dissolvidas ou ter suasatividades suspensas por decisão judicial,exigindo-se, no primeiro caso, o trânsitoem julgado;

XX - ninguém poderá ser compelidoa associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quan-do expressamente autorizadas, têm legi-timidade para representar seus filiadosjudicial ou extrajudicialmente (gn).

Com base no texto legal pode-se per-ceber que para o Policial Militar a únicaforma de representação de classe se con-centra na Associação, pois como cidadãode segunda categoria lhe é vedado àsindicalização e a greve, com base aindana Carta Magna, artigo 142, IV - ao militarsão proibidas a sindicalização e a greve.

O esforço da nova diretoria,que assumiu a responsabilidade dedirigir a AORRPM a contar de 25de Janeiro último, é aumentar onúmero de associados para fazerfrente aos novos desafios que pa-riam sobre a nossa sofrida cate-goria Policial Militar.

A luta pela aprovação da Proposta deEmenda a Constituição (PEC 300); pelaequiparação do Auxílio de Local de Exer-cício, extensivo aos inativos e pensionis-tas, com valor único incorporado ao salá-rio; pelo absurdo congelamento do paga-mento da insalubridade até que a lei definanovos parâmetros de pagamento; o cum-primento da data base por parte do poderexecutivo para reajuste e valorização sala-rial, entre outras, são as prioridades que oCoronel Jorge Gonçalves definiu para seusdirigentes, não esgotando com isso as nos-sas metas, que vão desde a consulta préviasobre a conveniência e oportunidade de semudar o nome da nossa querida InstituiçãoPolícia Militar para Força Pública, pois anosso ver, ela nos pertence muito mais doque ao governo que tenta nos impor auto-craticamente essa alteração, indo até as men-sagens a serem encaminhadas à AssembleiaLegislativa.

São posturas ousadas, porém perfeita-mente adequadas e coerentes com a impor-tância de cada associado representado nes-ta Entidade.

Outra forma de representação é a políti-ca; não podemos nos esquecer que este anoteremos eleições para governador, senador,deputado federal e deputado estadual.

Quem será o escolhido pela Família Po-licial Militar para lutar e combater as injus-tiças que os governantes de plantão sempretentam sempre impingir a nossa categoria?

Essa resposta dará um cheque em bran-co a uma pessoa, por no mínimo quatroanos, sem que ela tenha que nos dar qual-quer satisfação, por isso mesmo é uma de-cisão importante e decisiva para nossosanseios.

Reconhecer nos atuais parlamentares alealdade e a determinação em representaros interesses dos Policiais Militares bemcomo banir aqueles que só tentam enganarou fazer jogo de cena com interesseseleitoreiros não condizentes com suas pos-turas e votações em plenário.

Democracia se faz pelo voto, porémacertar a escolha depende do esforço de cadaeleitor.

Legitimidade Associativa doPolicial Militar.

Ricardo Jacob / Jornalista, Tem.Cel. PM

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A Imprensa surgiu como ummeio facilitador da comunicaçãoentre pessoas, numa época em quepoucos - clero e nobreza - dividi-am o poder e desfrutavam de suasbenesses. Desde o início, esteve aserviço dos poderosos, assim comotambém foi a propulsora de gran-des transformações sociais e culturais, incen-tivando as trocas e expandindo o conheci-mento.

Se hoje vivemos num regime democráti-co, se o poder é compartilhado por um núme-ro maior de pessoas, se o conhecimento está àdisposição de gregos e troianos, brancos e pre-tos, ricos e pobres, tudo isso é, em grande par-te, graças à Imprensa e aos homens que dedi-caram suas vidas a serviço da comunicação epropagação da informação.

Várias etapas – imprensa escrita, falada,televisionada – foram vencidas e registradasna História das Comunicações Sociais comosaltos no desenvolvimento da sociedade, im-pulsionando as relações econômicas, sociaise políticas, e acompanhando o desenvolvi-mento das ciências e tecnologias. A internet,como meio de comunicação virtual que rom-pe as barreiras do tempo e do espaço, é oprosseguimento de todo o trabalho realizadoaté agora. As mudanças, que sempre existi-ram, hoje se dão numa velocidade surpreen-dente e os profissionais da comunicação, as-sim como os de outras áreas, são obrigados areciclar, constantemente, seus conhecimen-tos e habilidades, se querem continuar atu-antes e se adequarem ao uso dos novos e di-ferentes meios que surgem a todo instante.

A complexidade nas relações sociais temaumentado na mesma proporção em que sedesenvolvem novos meios de comunicação.Este avanço acelerado das tecnologias não ga-rante comunicação de qualidade, nem torna avida humana mais feliz. Apesar das facilida-des, o mundo parece se transformar numa torrede babel. O controle do uso dos novos meiosnão está apenas nas mãos de pessoas prepara-das, criteriosas e experientes. E aí mora o pe-rigo. Tudo é bom se for usado para o bem. Sepor um lado é bom que todos saibam usar asferramentas que estão à sua disposição numasociedade democrática e tecnologicamente de-senvolvida, o seu mau uso, ou uso indevido,pode causar danos irreparáveis e retrocessosindesejáveis. Conseqüências negativas estãosurgindo em todos os lugares, vitimando pes-soas e instituições.

O ser humano, mesmo nascendo totalmen-te indefeso e dependente, assim que atinge cer-ta idade – mesmo sem ter adquirido uma sóli-da formação pessoal e cultural – sente o dese-jo de ser livre e fazer o que bem entende. ALiberdade é o sonho mais acalentado e tam-bém o mais difícil de ser alcançado. Pois oCriador, além de onipotente e onisciente, é um

pai austero e sagaz: aqueles queescolhem a via fácil - liberdadesem responsabilidade - estão fa-dados ao fracasso e à auto-destruição. Os exemplos não sãopoucos, mas enquanto a aprendi-zagem é individual, o prejuízo ésocial.

Liberdade de Expressão e Liberdade deImprensa são dois conceitos essenciais noarcabouço de uma sociedade democrática,onde os interesses são os mais variados e asforças que os sustentam são quase sempredesiguais. Conceitos essenciais, ou princí-pios, que precisam ser assegurados na prá-tica, e já estão na nossa Constituição, paraque a boa e justa convivência dos indivídu-os nas suas relações grupais e sociais sejauma realidade.

Se o acesso à informação é um direitode todo o cidadão, para que este direito sejadesfrutado, é necessário que a informaçãoseja clara, correta e acessível a todos. Alémdisso, o cidadão precisa ter educação e co-nhecimento suficientes para assimilar a in-formação que lhe é dirigida e dela extrairos benefícios para a sua vida particular ouprofissional. Por outro lado, o profissionaldos meios de comunicação, além de umasólida formação pessoal e cultural, precisadesempenhar suas funções com indepen-dência, honestidade e responsabilidade so-cial. Ele precisa ter conhecimento e consci-ência do seu papel na sociedade, além dashabilidades técnicas que o exercício profis-sional exige. Tudo o que fizer terá reper-cussões na vida pessoal, cultural e social demilhões de seres humanos.

As dificuldades são muitas: falta de re-cursos financeiros (enquanto muitos homenspúblicos desviam dinheiro que não lhes per-tencem e enriquecem de forma aberta e des-prezível); falta de respeito e proteção ao pro-fissional qualificado e responsável; explora-ção e uso abusivo de pessoas despreparadaspara o exercício desta profissão, que, em bus-ca da fama e do glamour, fazem qualquer coi-sa, por parte de grupos e pessoas poderosas(circulam nas altas esferas e gozam de imuni-dades que criam para si mesmas) que só pen-sam no lucro fácil e são os responsáveis peladegradação da vida humana e social.

Aqueles que defendem a exigência dodiploma de curso superior para o exercícioprofissional do comunicador social, acimade tudo, defendem a qualidade da informa-ção que está a serviço da construção de umavida social mais digna, de uma sociedadeverdadeiramente democrática, mais justae harmoniosa – onde os direitos huma-nos sejam respeitados de fato, e não usa-dos como clichês para a disfarçada impo-sição de ideologias mesquinhas eaviltantes.

Meios de Comunicação:Responsabilidade Social e Direitos Humanos

Rosa Maria Custodio É impressionante o que acontecenessas terras que um dia pertenceramaos indígenas. Os índios foram presasfáceis para os caçadores de dotes.Mas... De repente, nos deparamos, empleno século XXI, com atitudes idên-ticas às que foram praticadas séculosatrás.

Em nome da proteção ambiental, criaçãode uma nova fauna e o escambau, em nomeda lei e amparados pela lei, querem expulsargerações de famílias centenárias e desta veznão são brancos contra índios, são brancoscontra brancos!

Quanto mais busco uma justificativa lógi-ca para estes gênios salvadores da pátria, maisfico sem resposta para os seus absurdos!

Será que é algum vírus que contamina obem senso, a moral, a dignidade de certos ci-dadãos em busca de fama, especialmente nosanos de eleições?

Estes elementos que ajudaram a poluir ascidades, as matas, os rios e os mares, são osmesmos que poluíram muitas mentes, e ago-ra querem provar que ainda acreditamos queeles são os poderosos feiticeiros brancos quematam, queimam e destroem tudo a sua vol-ta? Que somos pessoas rudes e primitivas in-capazes de pensar ou reagir contra eles?

É ano de eleições, acredito que ainda po-demos encontrar algumas agulhas no palhei-ro, é raro, mas existem homens de boa vonta-de, dispostos a fazerem a diferença entre apoderosa corrente política.

Acreditando nestes poucos homens emulheres com o dom de se destacarem pelassuas ações humanistas que esperamos umavirada de mesa nestas eleições de 2010. De-sejamos que o destino de muitas famílias per-maneça no mínimo como se encontram: plan-tando em suas terras e criando os seus filhosem paz.

A salvação do planeta não está neste des-

cabido projeto, estes gênios pelo vis-to nunca colocaram o pé no chão, nãoconhecem nada da terra, não sabem oque significam as terras para quemnasceu entre flores e espinhos. Comcerteza têm jardineiros para cuidaremde seus suntuosos jardins ou moram

em áreas de luxo cercadas por árvores que sãosuas inimigas.

Acordem meus irmãos! Se a intenção ésalvar a terra, preservar os animais e as plan-tas, deixem nas mãos de quem cuida há cente-nas de anos. Quem precisa ser educado nãosão os matutos que vivem no mato, quem pre-cisa se conscientizar e parar de avançar ondenão lhe pertence são exatamente aqueles quesão desse time: vamos expulsar os índios doséculo XXI e receber as comendas que virãode muitas partes do mundo!

Meu Deus, quando é que o Brasil vai selivrar de tantas pragas que vivem em nossomeio? Quando pensamos que vamos dormirsem o fantasma do medo, lá vêm essas assom-brações entrando em nossas casas para nosatormentar.

Que apareça um salvador da pátria paranos livrar deles, quem sabe na vida real nãoapareça um Zorro? Defendendo as terras e seusmoradores?

Vamos nos dar as mãos e fazer alguma coi-sa, vamos gritar, vamos nos pintar e sair às ruascom as nossas flechas (línguas) afiadas, é aúnica arma que devemos usar para vencer aque-les que decidem nosso destino em silêncio...

Queremos permanecer em nossa terra! Seé para preservar a terra, as águas, as árvores eos animais, não se esqueçam que também nascinestas terras e faço parte delas!

“SALVE O HOMEM DA TERRA E ATERRA ESTARÁ SEGURA POR ELE. AR-RANQUE O HOMEM DE SUA TERRA E ANATUREZA LHE COBRARÁ NO FUTU-RO A SUA FALTA”.

EM QUE SÉCULO ESTAMOS?Maria Nazareth Dória / Escritora

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Março-Abril /2010 Jornal da Página 13

Desde há muito, o Brasil é ali-mentado com notícias economi-camente convenientes. Isto foiuma constante nos governos mi-litares e veio se aprimorando como decorrer dos anos. Infelizmen-te a imprensa comprometida po-liticamente e/ou financeiramenteajuda em muito a distorcer as re-ais e verdadeiras informações econômicas.Os governos vêm informando apenas o quelhes convém, deixando para meia dúzia deanalistas profissionais as verdades, a ser-viço dos bancos e grandes capitais. O atu-al governo é pródigo neste tema e praticaisso de forma insuperável, pois aprendeucom louvor a mentir, melhor dizendo, ocul-tar as verdades praticadas desde o gover-no FHC. Repetem de tal forma todas asmentiras que elas acabam tornando-se ver-dades, usando esse sistema também paraencobrir os escândalos

Com isso, no mínimo, esconde-se, su-tilmente, o uso das verbas públicas, as in-formações privilegiadas e todas as demaisfalcatruas legalizadas que tanto atrapalham,extorque e encarece o trabalhador brasi-leiro comum. Está mais do que comprova-do que o problema do Brasil não é econô-mico e sim de gestão. Não é pela falta deleis, pois as há em excesso, mas sim deaplicação das leis de forma simplificadas,corretivas e construtivas.

A culpa também não é do povo traba-lhador brasileiro, pois é um povo até paca-to demais e sofre no dia a dia nas coisasmais simples, mas na educação ministradae formação profissional cada vez mais in-suficiente, com a conotação visível e in-tencional para que não haja um maior cres-cimento cultural, tendo como principalobjetivo o de servir como massa de mano-bra aos interesses dos políticos e partidos,provocando consumo irresponsável atra-vés de juros impossíveis de serem pagos, egerando salários insuficientes para um pa-drão de vida decente.

São embutidas diariamente notíciaseconômicas e estatísticas tendenciosas,quanto à taxas de inflação, de emprego, deprodutividade, comparando períodos favo-

ráveis e/ou inúteis. Da marolinhado Lula, restou dizer que o Bra-sil foi afetado em quase 20% naqueda real nas indústrias de qua-se todos os ramos de atividade,compensado apenas pela vendade automóveis e outros eletrodo-mésticos, concluindo o ano de2009 com uma queda no PIB de

0,2%, mas que não leva em conta que hou-ve mais brasileiros no mercado de traba-lho, e que gerou um maior número de de-sempregados e mais achatamento de sala-rial, através dos dissídios coletivos das clas-ses trabalhadoras, hoje também controla-dos pelo time do nosso presidente.

A interrupção nos negócios das empre-sas provocou também um maiorendividamento que comprometeu o lucrodos próximos anos, conta essa que aindatemos que pagar e por fim a grande menti-ra do aumento do salário mínimo que sefor mais bem analisado poderemos verifi-car que subiu menos do que a inflação real,resultado atenuado com o aumento das dí-vidas que as pessoas físicas contraíram eque pagam com juros altíssimos, e outrasque não conseguiram pagar e já nem maisse importam com o nome sujo, mas quepelo menos criou a indústria dainadimplência.

Gostaria de ver nos meios de comuni-cação manchetes e notícias, com estatísti-cas e comparações, sérias sem qualquertendenciosidade ou partidarismo político.Não á possível continuar vendo notíciasplantadas somente pelo mercado financei-ro ou da Bolsa de Valores, que são alta-mente manipulados pelos capitaisespeculadores.

Seria essencial ver a veiculação de no-tícias especificas de cada setor de ativida-de, mostrando os prós e contras de formaisenta. A independência do Banco Central,já está a caminho desse ponto ideal de con-duta, mas os dados são essencialmente fi-nanceiros, que teriam que sercomplementados por todos os demais seg-mentos produtivos, e não apenas com no-tícias bombásticas geralmente plantadas echeias de intenções escusas.

AS MENTIRAS DA ECONOMIA

BRASILEIRAVICTOR BARAU / Analista EconômicoO que vem a ser Democracia

(a verdadeira, obviamente)?Segundo Aurélio: “1. Governo

do povo; soberania popular. 2. Dou-trina ou regime político baseado nosprincípios da soberania popular eda distribuição equitativa do poder,ou seja, regime de governo caracterizado, emessência, pela liberdade do ato eleitoral, peladivisão dos poderes e pelo controle da auto-ridade, e.e... dos poderes de decisão de exe-cução; democratismo”.

Decreto: “Determinação escrita, ima-nada do chefe do Estado, ou de outra autori-dade pública”.

Todavia, para que Democracia paire sobran-ceira, imaculada, impõe-se o respeito aos Di-reitos Fundamentais da pessoa humana, docidadão: direito à vida, à liberdade, à igualda-de, à dignidade, à intimidade, à segurança e àpropriedade. Assim reza a nossa Constituição.

Por sua vez, Direitos Fundamentais ouDireitos Humanos, numa visão ampla, quenas palavras de Cláudio Lembo: “encontramelhor abrigo no interior do Jusnaturalismo,que por conter valores morais, coloca a pes-soa e seus atributos como centrais e, por isso,merece respeito do Estado, que sob nenhumargumento pode agredir a vida, a integrida-de física, a dignidade da pessoa, ou maisabrangentemente, os próprios direitos hu-manos”. (g..n.)

Tal introdução me pareceu oportuna ten-do em vista o nefasto Decreto presidencial,oriundo da Secretaria Nacional dos DireitosHumanos, sob n° 7.037, de 21/12/2009, ondea ocorrência de verdadeiro atentando aos prin-cípios democráticos do Estado de Direito.Entre os quais destaco:

O da liberdade religiosa (Art. 5º, VI)), aoproibir a exposição de imagem ou símboloreligioso em prédios públicos, de qualquerreligião!

Atenta contra o direito de propriedade (Art.5, XXII) e o direito de petição (Art. 5, LIV) aoprever a mediação de sindicatos do setor agrí-cola e o proprietário da terra invadida!

Atenta contra a liberdade de imprensa(Art. 5º, IX, e 220, da C.Federal) ao imporcontrole estatal da Mídia!

Tais, entre outros, os golpes contunden-tes, que ferem profundamente os DireitosHumanos do cidadão.

Urge, pois, reação da sociedade como umtodo; não isoladamente como vem fazendo aIgreja, os Jornalistas, etc. Temos que unir for-

ças, nos agrupar, exercemos a demo-cracia participativa efetiva, qual seja,aquela que visa o bem comum.Aquela que visa preservar os direi-tos básicos de todos os cidadãos. Nãoa pessoal, não aquela que o cidadãofoi atingido diretamente. Mas, sim,a que fere de morte os princípios do

Estado Democrático de Direito!O cidadão brasileiro, o detentor da sobe-

rania popular há de exercer o seu direitodemocrático não somente no dia das eleições,ao votar, mas, também, valendo-se de outrosdireitos como preconizados no Artigo 14,inciso I, da Constituição:

“A soberania popular será exercida pelosufrágio universal e pelo voto direto e secre-to, com valor igual para todos, e, nos termosda lei, mediante: I- plebiscito; II- referen-do; III- iniciativa popular.

Plebiscito: é a opinião do povo acerca deassunto de vital interesse político ou social,através de votação. Consulta à população so-bre assunto importante e polêmico. Ex. Penade Morte.

Referendo: direito que têm os cidadãosde se pronunciar diretamente sobre as ques-tões de interesse geral. Semelhante ao plebis-cito. A diferença é que os cidadãos são cha-mados para dizer sim ou não se uma lei jáexistente deve continuar ou não.

Iniciativa Popular: prerrogativa dos ci-dadãos de se manifestarem a respeito de as-sunto de seu interesse, apresentando projetosde lei para votação e eventual aprovação pe-los Deputados e Senadores, sendo necessário1% dos eleitores do país. Por exemplo, o Pro-jeto de Lei Ficha Limpa que visa impedir acandidatura de políticos condenados.

Infelizmente, o que temos visto, nos últi-mos tempos, é tão somente, o cidadão exer-cer o direito do voto na época das eleições,até porque obrigatório para a maioria (Art. 14,parágrafo. 1º C.F.). No mais, ele se quedasilente, indiferente, desinteressado do proces-so político em nosso país. Quando não éalijado, desviado por interesses escusos. Ou-tros, desinformados ou mal informados. Atéporque, não há interesse do devido processolegal de informação, nos estabelecimentos deensino, por exemplo.

Preclaros cidadãos, solução existe, bastanão só conhecermos nossos DIREITOS, masexercê-los integralmente, unindo-nos aos ver-dadeiros democratas, àqueles que não transi-gem com o Estado Democrático. Avante, pois!

A DEMOCRIA e o DECRETOFrances de Azevedo / Escritora

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A Raça Futura, que nos suplantaráRomance de Bulwer-Lytton, o autor de ZanoniLANÇAMENTO - Brochura, 147 págs., 14 X 20 cm.

O mito da Atlântida, a existência de prodigiosas forças eletromag-néticas, as potencialidades da ciência e da tecnologia, modelossociais avançados, fazem parte da história desta “raça futura”que, um dia, surgindo das profundezas da terra, dominará omundo.Tradução de Júlia Câmara e prefácio de Bira Câmara.

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http://jornalivros.co.ccBIBLIOFILIA & LITERATURA

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Março-Abril /2010Página 14 Jornal da

Os racistas de plantão hoje afirmamque as cotas para negros nas universida-des poderão criar grandes conflitos, re-voltas, e até o levante da populaçãoinjustiçada com os privilégios!!! Afir-mam... “que é inconstitucional, porqueagride o direito democrático da igualda-de que manda a constituição. Se não exis-te raça, porque vamos permitir que as cotas paranegros possam ser implantadas, para incenti-var protestos, atritos, conflitos, e até luta raci-al”? Vejam, todos os brasileiros inteligentes, es-tudiosos, e que têm um pouco de dignidade!!!Vejam!!!

É uma tremenda falta de caráter dessas pes-soas que estimulam o posicionamento errado,dos desinformados, dos que não tiveram opor-tunidade de estudar, dos acomodados, dos in-gênuos e orgulhosos, e dos racistas inconscien-tes, para assim criar uma grande oposição, aoavanço e o surgimento do Brasil novo e demo-crático!!! Eles que defendem uma posição men-tirosa e desumana, prejudicam milhões de pes-soas. Com a maior frieza, afirmam que os ne-gros querem é privilégios e mordomias, agre-dindo a constituição. São uns infelizes eaproveitadores de oportunidades, que queremperpetuar seus privilégios, onde o dinheiro pú-blico flui como água e cai em cascata nos bol-sos, cuecas, meias, malas, em tudo o que é pos-sível para esconder, criando a eles uma ilusãode poder inimaginável; muito estimulado porquestões de impunidade!

Está chegando ao fim este império das som-bras, onde estes defensores do mal terão quearcar com a conseqüência de suas posições ir-responsáveis na História, tentando responsabi-lizar os negros pela própria escravidão. Todasas pessoas reconhecem a frase do evangelho “aopróximo como a ti mesmo” como a matriz dafraternidade! Esta questão de amor foi mal en-tendida pela igreja, e ignorada pelo papaNicolau, que enviou ao rei de Portugal, AfonsoV, uma bula que autorizava e estimulava a es-cravidão!!! Ela diz... “Nós lhe concedemos poreste presente documento, com nossa autorida-de Apostólica plena, a livre permissão de inva-dir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos epagãos e qualquer outro incrédulo e inimigo doCristo, onde quer que estejam, como também

A INEXISTÊNCIA DE RAÇALIZAR / Artista Plástico

seus reinos, ducados, condados, princi-pados e outras propriedades... e reduzirsuas pessoas à perpétua escravidão eapropriar e converter em seu uso e pro-veito e de seus sucessores...” Em 8 dejaneiro de1554, estes poderes foram es-tendidos ao rei da Espanha!!! Apoiadosnesta documentação, Portugal e Espanha

promoveram uma devastação no continente afri-cano, matando e escravizando milhões de pessoas,criando assim “uma das maiores tragédias da hu-manidade!!!

A África, neste período, era o único continen-te do globo que dominava a tecnologia dos me-tais!!! Este é o começo do endividamento históri-co, com a África e com os afro-brasileiros, por cau-sa do processo de colonização predatória!!! Aescravização desumana, com milhões de mortos; aproibição de negros estudarem, eles não podiamver as aulas nem pela janela; a proibição de mon-tar estabelecimentos comerciais; o genocídio pla-nejado; o racismo institucionalizado; o racismoestratégico nas empresas; e a marginalização fria edesumana, nas seis constituintes realizadas emnosso país!!! Estas são apenas algumas das situa-ções que criaram o direito absoluto de reparações,dentro de imensa quantidade, registradas na His-tória.

As ações afirmativas, já feitas no Brasil, emtodas as seis constituintes, foram de100% de direi-tos e privilégios para os brancos, se apropriando,desumanamente, com o apoio da lei, de todos osdireitos dos negros; materiais, morais e intelectu-ais. Foram os negros que construíram o alicercebásico desta nação com sangue suor e lagrimas!!!Essa situação precisa começar ser corrigida já, ain-da mais agora que a ciência através das pesquisasgenéticas vem afirmar que raça não existe, e assimmultiplicando por mil, o direito às reparações peloextermínio de milhões de seres humanos no Bra-sil. Tudo isso, só pela cor de sua pele!!! Esta é aoportunidade pacifica, de eliminar as sombras queenvolvem o Brasil, pelo histórico violento e desu-mano, onde pessoas sombrias e negativas tentamperpetuar, o império do mal, que só beneficia oscorruptos, os facínoras e os sem caráter, através doincentivo da impunidade!!!. Com as ações afirma-tivas e as cotas, estaremos abrindo espaço para queo Brasil venha ser realmente um país sério, justo,fraterno e democrático!!!

Há mais de 20 anos, desde quando o então presi-dente Figueiredo vetou, em 1986, a realização da copado mundo entre nós, devido à falta de recursos paraatender as exigências da FIFA, venho tentando con-vencer à distância (o acesso é quase impossível) ostecnocratas da área econômica do nosso país a usa-rem critérios que permitam canalizar os dólares dosturistas para a rede oficial, ao invés de permitir quefluam para o paralelo. Mas como dizem nos bote-quins: “xá prá lá, né?”

Hoje, felizmente a situação é outra. Entretan-to, naquela ocasião, nossa balança de pagamentoestava totalmente defasada e a divida externa eraabsurdamente elevada! A sugestão faria aumentaras nossas reservas cambiais, o que não deixar deser valido na atual conjuntura.

Em junho de 2005 o ministério do turismo aco-lheu minha sugestão, informou que a estava encami-nhando ao BCB para análise, todavia, ela deve ter seperdido em meio à papelada ministerial. Deve ter in-teresses escusos muito fortes, de grande porte, envol-vendo figuras intocáveis, impedindo que algo sejafeito para conter o “paralelo”!!!

Será que vamos continuar perdendo oportuni-dade? Além do “réveillon”, das férias, do carna-val, das feiras, do GP Brasil, do verão nordestino,os turistas nos visitam com freqüência inclusive anegócios e suas moedas, na maioria dos casos, osdólares fluem para o paralelo!!!

Temos divulgado enfaticamente o êxito doseventos e a arrecadação de milhões de dólares, que,todavia, são ironicamente desviados para o para-lelo, antigamente proibido e intitulado “black” - ocâmbio negro.

Temos comemorações tradicionais que aco-lhem um grande número de turistas, que deixamseus dólares nos hotéis, boates, barzinhos,shoppings, restaurantes, salões de beleza, mesasde jogo, prostitutas, porteiros, taxistas, etc., quan-do poderiam ser canalizados para a rede oficial,sem maiores problemas.

Bastaria criar mini postos do Banco do Brasilnas aduanas rodoviárias, marítimas e aéreas, paraque o turista em férias, participante de comemora-ções ou em visita de negócios, trocasse seus dóla-res por reais (R$) com direito de reversão aoretornarem aos seus países de origem, conversãoessas condicionadas ao visto de entrada nos seuspassaportes! Será que é tão difícil ou falta cora-gem política?!

OS DÓLARES DOS EVENTOS

Embora o nosso país esteja aparentemente mui-to bem de caixa, pois está até fazendo doações mi-lionárias, como no caso do Haiti, lá se foi maisuma oportunidade de canalizar os dólares dos tu-ristas que vieram passar o carnaval, aqui entre nós!

Foi noticiado que era esperada a entrada de meiobilhão de dólares que seriam gastos pelos turistasdurante os “folguedos de momo”, certamente “en-gordando o paralelo”, já que ninguém da área eco-nômica se propõe a estudar a possibilidade, bastan-te viável, de canalizar os dólares dos turistas para arede oficial, criando, como sugeri (*), mini postosdo BB nas aduanas, para conversão das suas moe-das em reais, ao obterem o visto de entrada em seuspassaportes, com direito à reversão das sobras danossa moeda, por ocasião do retorno aos seus paísesde origem!

No dia 14 de março, tivemos uma competiçãoautomobilística internacional, uma prova da Fór-mula “Indy”, com a vinda de inúmeros turistas, quemais uma vez gastaram seus dólares nos segmen-tos ligados ao paralelo!

Quem sabe um dia, um “iluminado” sem “rabopreso” e sem interesse de tirar vantagens, apresen-te a proposta para avaliação “experts” da área eco-nômica...

(*) Veja em Projetos, na barra de abertura dosite www.emquestão.com.br, detalhes sobre a cap-tação de dólares.

CAPTAÇÃO DE DÓLARESEduardo Monteiro / Jornalista

Sabemos que diversos países mantêm estraté-gias de guerra com aparatos muito poderosos. Vezou outra escapa na mídia a informação de experi-mentos bélicos poderosíssimos que abalam o pla-neta, explosões atômicas, nucleares, com capaci-dade de destruir montanhas e territórios imensos.Ora certamente, mexem com a estrutura do plane-ta, provocam rompimentos na terra e na atmosfera.

Sabemos que as emissões de gazes através deescapamentos de automóveis, frascos de desodo-rantes, pum de rebanhos de gado, e mesmo o hu-mano somam nos prejuízos na atmosfera, mas nãopodemos nos esquecer que centenas de naçõesmantêm experiências gigantescas que certamentetêm mais responsabilidade sobre estas catástrofesque vem acontecendo seguidamente nos últimosanos, do que o pum do boi, ou os gazes dos auto-móveis.

Na linha de pensamento que chamo de RE-PENSAR, vejo que quem está destruíndo o ho-mem é o próprio homem, com suas idéias atrasa-das de fazer guerra, com a ambição descontroladapelo poder, com a falsa idéia de superioridade so-

bre outros seres no planeta. Fica claroque se gasta muito mais na construçãoem tecnologia de guerra e destruição doque na ciência de cura de doenças e pro-dução de alimentos. Pior, a falta de pla-nejamento faz com que verdadeiros dra-gões imobiliários movidos pela fome in-finita de dinheiro ocupem áreas compro-metidas com o eco-sistema, provoquem aden-samentos, destruam a natureza, etc.

Os dois últimos grandes abalos ocorridos naAmerica Central/Sul, no Haiti e Chile, deixa claroo descaso das autoridades internacionais e mesmolocais, afinal, são países pobres, com populaçãopobre. Será que no Japão, ou nos países ricos daEuropa, não há um mínimo de previdência, impe-dindo que os estragos sejam tão gigantescos?

Mesmo com o descaso dos poderosos, cientis-tas ou governos inconseqüentes, o continente eu-ropeu também sofreu sérios castigos da naturezacom chuvas fortes e ventos inesperados e os EUAsofreram com nevadas surpreendentes. Ainda as-sim, o que abrirá os olhos dos “poderosos” e mos-

trará que somos todos filhos da Terra, deum único planeta, de uma civilização só?Cada ser humano é responsável pela manu-tenção desta casa onde todos somos hospe-des, pois a vida neste plano tem começo,meio e fim, e somos nós quem temos o po-der de fazê-la boa ou ruim. E ainda mais, acontinuação dos esforços de nossos ances-

trais que a mantiveram para que pudéssemos aquiestar. É responsabilidade de cada um de nós ga-rantir a vida e o futuro da espécie humana, quedepende de centenas e milhares de outras, que fa-zem parte do nosso espaço comum.

Repensando as guerras sangrentas e bárbarasda história, vemos que não foram e não são menoscruéis do que estas guerras frias provocadas porindústrias econômicas que visam tão somente àfalsa ilusão do poder capital. Já está na hora detoda a humanidade acordar para saber que se es-colher o bem, será para todos, se escolher o maltambém o será – pois em um conflito, virtual oumaterial, não haverá vencedores, apenasperdedores. Mais cedo ou mais tarde, quem per-deu há de querer revidar, e assim também é com anatureza, e os fatos estão aí para quem quiser ver:instabilidades climáticas, terremotos, pragas, do-enças epidêmicas, etc.etc.

Tremores provocados pela guerra fria Cosme Felix / Jornalista

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Março-Abril /2010

Jornal da Imprensa PaulistaPublicação de autoria jornalística

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Página 15Jornal da

Costa Carregosa

Cartas a Caminha

CARTAS AO ESCRIVÃO MÓR

Bem, meu Caro Caminha, cá estou novamen-te a enviar notícias desta terra que “achastes” como Bom Cabral. Aqui as coisas continuam comodantes. Denúncias de corrupção, achincalhes, ex-torsões, parecem tiririca no mato: nascem a todahora. O pior é que, aqui, ao invés de arrancar aerva daninha, muitos aproveitam da erva paraoutras coisas...

Dias destes, um filósofo me dizia quenosso amado Imperador Dom Lula, primei-ro e único, pode ser comparado a alguns dosgrandes monarcas franceses por sua atuação.Pensei comigo: Só se for pelas frases: LuizXIV (1638 á 1715) dizia: “L’ Etat c’est moi”- O Estado sou eu!

Luiz XV (1710 á 1774) dizia: “Aprés moi,le deluge” – Depois de mim, o dilúvio!

Como se atribui a nosso mui amado Impe-rador a frase: - O Estado é Eu! Depois d’Eu,o Delúbio! Nada mais Justo, né Caminha?

Mas, afora essas considerações filosófi-cas butiquinianas (termo que uso para qualifi-car a filosofia habitualmente desenvolvida embares, botecos e afins), te informo que estãocada vez mais cheios os cofres dos Movimen-tos Sociais, principalmente os do Sem Ter-ra... Enquanto continua a falta de verbas parasaúde, educação, moradia, conservação deestradas, segurança, pesquisas científicas. Paraos ocupantes do Palácio da Alvorada e Granjado Torto, que são moradias de nossos gover-nantes, se compra toalhas e lençóis de linhoegípcio importados! Os depósitos dos palácios

são cheios e abastecidos com todos os tipos decomidas e bebidas, de preferência as mais ca-ras, enquanto os direitos dos velhinhos aposen-tados, que já eram “estripados” pelo Imposto deRenda, agora serão arregaçados, pois se tencio-na cobrar deles novamente a contribuiçãoprevidenciária, sem qualquer contraprestação emseus benefício. Seguem sem punição as mara-cutaias, escândalos promovidos por DomWaldomiro & Cia. Enquanto deputados e Se-nadores são mimoseados com liberação deverbas de emendas ao orçamento. Com o di-nheiro do povo, se deu apoio a maior Rede deTelevisão destas terras, através de liberação dofinanciamento pelo BNDES, para eles paga-rem dívidas vencidas.

Devemos reconhecer, entretanto, Caro Ca-minha, que Dom Lula, nosso amado Impera-dor, é de uma habilidade conciliatória impres-sionante! De um lado, dá apoio à Hugo Chavez,que pretende ser “jefe absoluto” de toda Amé-rica Latina, enquanto visita o Papa, abraçaObama, e aqui cultiva a amizade e o afeto deDom Sarney, Dom Collor, Dom Quércia e atéde Dom Barbalho. E mais ainda, ofereceu “me-diação” até para a guerra entre palestinos e ju-deus. Os bancos nunca tiveram um resultadotão bom como no governo de nosso amado Im-perador, e até o Vicentinho e o Jacques Wagnerusam gravata e ternos ingleses!

Os burocratas do Império reclamam queseu salário não é lá grandes coisas (mínimode 10 salários do operariado), que trabalham

muito - somente três dias na semana, com di-reito a quatro meses de férias e 15º salário! Jáum certo Dom Vanucchi, criou um tal de Pla-no Nacional de Direitos Humanos que, entreoutras “invenções sociais” prestigiadas pelossociólogos de plantão no Rio de Janeiro, jogaos índios contra os brancos e os brancos con-tra os brancos, toma a terra de quem trabalhae distribui para aqueles que não gostam detrabalhar, institui a fornicação sem responsa-bilidade através da liberação do aborto, tirapoderes do judiciário e põe nas mãos dos ne-gociantes do governo, e outras “cositas” mais.Parece-me que Dom Vanucchi interpreta mala orientação evangélica, que no seu conceitodeve ser: “Dar fome a quem tem sede e Sedea quem tem fome.” E Dom Lula diz que assi-nou sem ler...

Ah! E por aqui criaram um tal de PAC –que segundo alguns significa realmente Pro-grama de Aceleração da Campanha... O ex-governador de Brasília, Dom Arruda, foi cas-sado, preso, e perdeu o cargo por causa dadistribuição de Panetones que podem estarfazendo falta aos desvalidos, mas enchiam até“as cuecas” dos Marqueses Distritais. E, porenquanto, Dom Serra, candidato a sucessãode nosso mui amado Imperador Dom Lula,primeiro e único, parece estar com medo deenfrentar Dna. Dilma, que se sabe, quandovai à luta não perdoa ninguém...

Mas isso já é para outra carta...

Começou a guerra suja da campanha elei-toral para presidente: A Record, a pretextode atacar sua rival, a Globo, já está traba-lhando para solapar a candidatura Serra.A desculpa até que procede; a construçãode uma escola técnica em São Paulo, comverba da Globo, num terreno que ela seapropriou do Estado está muito mal ex-plicada. Mas é evidente que a virulênciada emissora tem segundas intenções.Quando se trata das falcatruas na esferafederal, esse furor moralista desaparece...

* * *Acho que novamente o PSDB entrou nacorrida presidencial para perder. Incompe-tência ou rabo preso? Um dos cabos elei-torais do PT já anunciou o plano de espa-lhar pelo Brasil restaurantes populares,subsidiados pelo Estado, nos moldes da-queles que o governo Alckmin instalou emSão Paulo. Nem uma referência, é claro, aquem teve a idéia e a implantou. Pelo jei-to, como no caso da bolsa esmola, o PT iráse apropriar de mais um projeto do PSDBe convencer a opinião pública de que é opai da criança.

* * *Vi trecho de um documentário sobre Cubana TV Cultura. Chamar de documentário

uma peça publicitária é faltar com a verda-de. Logo no começo faz menção à “sangui-nária ditadura de Fulgêncio Batista, derro-tada pelos heróicos guerrilheiros comanda-dos por Fidel, Chê Guevara, CamiloCienfuegos e outros”. Nenhuma menção aosmilhares de prisioneiros políticos assassi-nados pelo regime que “libertou a ilha”. E,claro, nenhuma palavra sobre a prisão emorte de Cienfuegos, um dos muitos dissi-dentes que pagaram com a vida a ousadiade divergir de Fidel.

* * *É uma pena, mas a Cultura está se transfor-mando numa agência de propaganda de umregime ultrapassado e decrépito que só sub-siste em recantos mais atrasados do plane-ta. Será que já estão exigindo atestado ideo-lógico para quem trabalha na emissora?

* * *Essa enxurrada de denúncias de pedofiliacontra sacerdotes em todo mundo finalmen-te me fez entender porque uma das maioresreligiões do mundo é contra o controle danatalidade. A conclusão parece óbvia: quan-

to mais menores abandonados, mais crian-ças haverá para serem bolinadas, digo,“amparadas”...

* * *E por falar em menor, até quando vai du-rar a hipocrisia de nossos juristas, políti-cos e religiosos, que insistem em ignoraro clamor popular pela mudança do códi-go penal em relação aos menores infrato-res?

* * *Mais uma bola fora da administraçãoKassab: depois de sumir com as bancasde livros usados no centro da cidade, ago-ra também quer tirar as bancas de jornais.O Sindicato dos Jornaleiros está fazendoum abaixo assinado contra a medida, queme parece incompreensível. As bancas,principalmente aquelas que ficam aber-tas 24 horas, além de verdadeiras lojas deconveniência também colaboram paraatenuar a impressão de abandono do cen-tro velho. À noite, onde há uma bancaaberta há também movimento de pesso-as e policiamento. Fechá-las é ajudar aentregar o centro aos nóias e à ban-didagem. Aliás, a proposta dessa admi-nistração de revalorizar o centro não saiudo papel até agora...

ZapBira Câmara

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Março-Abril /2010Jornal daPágina 16

Documentário: Bem Vindo ao Futuro – MetafísicaDesinvertida

Pré-estréia mundial: dia 8 de abril (quinta-feira), às 20horas.

Local: Cine-Clube Socioambiental Crisantempo(Rua Fidalga, 521 – V. Madalena)Entrada Franca SolidáriaInformações e contato: (11) 3034-1550www.keppemotor.com* Depois da projeção haverá uma conversa com os direto-

res do filme, Flávia Rijo e Fernando Kawai, e com os enge-nheiros Cesar Soós e Roberto Frascari, que desenvolveram oKeppe Motor, inspirados no livro “A Nova Física daMetafísica Desinvertida” de Norberto Keppe e orientadospelo autor. Como resultado, eles conseguiram a elaboraçãode um protótipo de alta eficiência energética movido a ener-gia essencial, trazendo soluções inovadoras para a crise mun-dial do clima e da energia.

*No encerramento, será servido um coquetel.

Peça de Teatro: “CINEMA”Local: Teatro do SESI – São Paulo(Av. Paulista, 1313 - Metrô Trianon-Masp)Data: de 26/03 até 04/07 –quinta -feira a sábado, às 20 ho-

ras, e domingo, às 19 horas.Entrada Franca às quintas e sextas-feiras. Sábados e do-

mingos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).Informações: (11) 3146-7405 / 7406* Montagem: Sutil Companhia de teatro (em seu 20º espe-

táculo)*Direção Geral: Felipe Hirsch - Cenografia: Daniela

Thomas*Iluminação: Beto Bruel* Segundo o diretor, o cinema é usado como metáfora: “É

um espetáculo sobre identificação, sobre como você vê e esco-lhe o que ver. Nós somos a imagem de quem nos assiste, nóssomos o cinema”. Em cena, os personagens ocupam uma anti-ga sala de projeção, onde vão circular por estados emocionaisdiversos, e poucos diálogos. Algumas cenas acontecem aomesmo tempo e cabe ao espectador escolher para onde olhar.

Fórum Internacional “CURANDO O MUNDO PELACONSCIÊNCIA” (da Inversão)

Promoção: Associação STOP a Destruição do Mundo*Presidente: Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco (psica-

nalista e escritora)Data: 13 a 15 de maio de 2010 – Informações: (11) 3034-

1550 / (11) 3817-5284* No fórum, serão apresentados os resultados de uma pes-

quisa pioneira realizada por profissionais de várias áreas(Psicopatologia, Saúde, Direitos Humanos, Educação, Eco-nomia, Meio Ambiente, Artes, Mídia), e outros assuntos daatualidade. Também será apresentado o Keppe Motor – in-vento desenvolvido por engenheiros da Associação STOP,orientados pelo cientista brasileiro Norberto Keppe, autor dolivro “A Nova Física da Metafísica Desinvertida” – ondemostra que a energia não advém somente da matéria, mas,na verdade, o caminho é o inverso: a própria matéria advémda energia do espaço chamada Energia Essencial, que existeem todo o lugar do universo. (Norberto Keppe também é psi-canalista, fundador e presidente da Sociedade Internacionalde Trilogia Analítica (SITA) sobre a Metafísica Desinvertida,escrito em 1996.)

* A Associação STOP à Destruição do Mundo é uma OSCIP(Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) inicial-mente fundada em Paris em 1992, pela psicanalista e escritoraCláudia Bernhardt de Souza Pacheco, que reuniu um grandegrupo internacional de indivíduos e instituições dedicados àpreservação da vida humana e da natureza. Dentro de seusprincípios estão o não compromisso com partidos políticos,religiões, nacionalidades, raças e interesses econômicos.

Foco na Literatura

e nas ArtesRosa Maria Custodio


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