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Karen Maia da Costa -...

Date post: 04-Jun-2020
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REUTILIZAÇÃO DE PLATAFORMAS FIXAS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA OFFSHORE Karen Maia da Costa Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientadora: Marta Cecila Tapia Reyes Rio de Janeiro Fevereiro de 2018
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REUTILIZAÇÃO DE PLATAFORMAS FIXAS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA

EÓLICA OFFSHORE

Karen Maia da Costa

Projeto de Graduação apresentado ao

Curso de Engenharia Naval e Oceânica

da Escola Politécnica, Universidade

Federal do Rio de Janeiro, como parte

dos requisitos necessários à obtenção

do título de Engenheiro.

Orientadora: Marta Cecila Tapia Reyes

Rio de Janeiro

Fevereiro de 2018

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REUTILIZAÇÃO DE PLATAFORMAS FIXAS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA

EÓLICA OFFSHORE

Karen Maia da Costa

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS

NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇAO DO GRAU DE ENGENHERIO NAVAL E

OCEÂNICO.

Examinada por:

Orientadora: Prof.ª D.Sc. Marta Cecila Tapia Reyes

D.Sc. Isaias Quaresma Masetti

Prof. D.Sc. Alexandre Teixeira de Pinho Alho

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL

FEVEREIRO DE 2018

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Costa, Karen Maia da

Reutilização de Plataformas Fixas para Geração de

Energia Eólica Offshore/ Karen Maia da Costa. – Rio de

Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2018.

VIII, 64 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Marta Cecila Tapia Reyes

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/

Curso de Engenharia Naval e Oceânica, 2018.

Referências Bibliográficas: p. 53-55.

1. Energia Eólica Offshore. 2. Conversão. 3.

Plataformas Fixas. 4.Potencial Eólico. 5. Viabilidade

Econômica. I. Tapia Reyes, Marta Cecila. II. Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de

Engenharia Naval e Oceânica. III. Reutilização de

Plataformas Fixas para Geração de Energia Eólica

Offshore.

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À memória de minha amada

avó, Maria da Glória, meu

exemplo de vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, aos meus pais, Silvio e Isabelle, e à minha irmã,

Caroline, pelo apoio e incentivo à minha formação, sem os quais essa etapa não seria

concretizada. Obrigada pelo amor e compreensão durante todos os momentos difíceis

dessa trajetória. Agradeço, igualmente, aos meus avós que muito me ensinaram.

Aos meus amigos do colégio e da faculdade que me apoiaram e contribuíram para

que a caminhada fosse mais tranquila e prazerosa ao longo desses anos, agradeço de

coração. Ao meu namorado, Natan Rivière, que mesmo longe soube estar presente

nos momentos mais importantes, obrigada pelo carinho e atenção sem iguais.

Agradeço, ainda, à minha orientadora Marta Tapia e ao Isaias Masetti por terem

me guiado e ajudado durante a concepção desse trabalho. Obrigada pela atenção,

dedicação e pelas descontraídas reuniões semanais.

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Naval e Oceânico.

REUTILIZAÇÃO DE PLATAFORMAS FIXAS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA

EÓLICA OFFSHORE

Karen Maia da Costa

Fevereiro de 2018

Orientador: Marta Cecila Tapia Reyes

Curso: Engenharia Naval e Oceânica

Com o atual envelhecimento da frota de plataformas instaladas na costa brasileira, a

demanda por projetos de descomissionamento aumentou consideravelmente. Uma

alternativa bastante conveniente é a reutilização das estruturas existentes para

implantação de novos projetos offshore. Nesse contexto, o presente trabalho traz uma

solução de reuso para plataformas fixas como subestruturas para torres de geração de

energia eólica offshore. Estuda-se um parque eólico na região Nordeste do Brasil,

composto por seis plataformas fora de operação da Bacia de Sergipe. O principal

objetivo do trabalho é a análise de viabilidade econômica do projeto, para a qual foram

calculados os custos de todas as parcelas de vida-útil e a receita do projeto,

proveniente do calculo de potencial eólico local. Após a definição do tipo de

financiamento ideal para o empreendimento, a análise econômica foi realizada e os

resultados finais calculados.

Palavras-chave: Energia Eólica Offshore, Reutilização de Plataformas, Viabilidade

Econômica.

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as partial fulfillment of the

requirements for the degree of Naval Architect and Marine Engineer.

REUSE OF FIXED PLATFORMS FOR OFFSHORE WIND ENERGY GENERATION

Karen Maia da Costa

February/ 2018

Advisor: Marta Cecila Tapia Reyes

Course: Naval Architecture and Marine and Ocean Engineering

The current aging of the platform fleet installed in the Brazilian coast increases

considerably the demand for decommissioning projects. A very convenient alternative

is the reuse of existing structures for the implementation of new offshore projects. In

this context, the present work brings a reuse solution for fixed platforms as

substructures for offshore wind power generation towers. A wind farm in the North-

eastern region of Brazil is studied, consisting of six platforms out of operation in the

Sergipe Basin. The main objective of this work is the analysis of the economic

feasibility of the project, for which the costs of all the design life phases and the project

revenue were calculated, based on local wind potential. After defining the ideal type of

financing for the project, the economic analysis was performed and the final results

reached.

Keywords: Offshore Wind Energy, Reuse of Platforms, Economic Viability.

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SUMÁRIO

1. Introdução ............................................................................................................................................ 1

2. Contexto Motivacional ................................................................................................................... 2

2.1 Introdução à Energia Eólica .............................................................................................. 2

2.2 Panorama da Energia Eólica Offshore ........................................................................ 6

2.2.1 Cenário Mundial ................................................................................................................. 6

2.2.2 Potencial Eólico Brasileiro ............................................................................................. 8

2.3 Descarte de Estruturas Offshore .................................................................................. 10

3. Metodologia de Pesquisa ........................................................................................................... 12

3.1 Seleção do Local .................................................................................................................. 12

3.2 Potencial Eólico ..................................................................................................................... 13

3.3 Análise Econômica .............................................................................................................. 14

4. Análise ................................................................................................................................................. 16

4.1 Mapeamento das Estruturas ........................................................................................... 16

4.2 Potencial Eólico ..................................................................................................................... 21

4.3 Viabilidade Econômica ...................................................................................................... 24

4.3.1 Cálculo dos Custos ......................................................................................................... 24

4.3.2 Cálculo da Receita .......................................................................................................... 41

5. Resultados ......................................................................................................................................... 44

6. Estudo de Sensibilidade ............................................................................................................. 48

7. Conclusão .......................................................................................................................................... 51

8. Referências ....................................................................................................................................... 53

Anexo A – Características das UEP’s no NE .............................................................................. 56

Anexo B – Curvas de potência das turbinas ................................................................................ 57

Anexo C – Conversões Monetárias .................................................................................................. 59

Anexo D – Memória de Cálculo do Fluxo de Caixa ................................................................. 61

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1. INTRODUÇÃO

Grande parte das plataformas fixas de petróleo no nordeste brasileiro excedeu a

vida-útil estimada de projeto ou se encontra no final da mesma. Consequentemente,

tal conjuntura leva a um processo de tomada de decisão quanto ao

descomissionamento das estruturas existentes [1]. Atualmente, de acordo com a

Diretoria de Portos e Costas da Marinha [2], existem 64 plataformas fixas na região,

das quais 20 se encontram fora de operação devido ao exaurimento de recursos,

término do contrato de concessão, baixa produtividade ou consequente inviabilidade

econômica. Entretanto, o futuro de tais plataformas ainda é incerto, visto que os

agentes do setor petrolífero nacional começaram a enfrentar os desafios de projetos

de descomissionamento somente nos últimos anos.

A atividade de descomissionamento de plataformas offshore é algo recente na

indústria brasileira de petróleo. A regulação dessa atividade ainda se encontra em

processo de desenvolvimento, o que traz grandes incertezas econômicas para os

custos de descomissionamento no Brasil [3]. Nesse contexto, buscam-se soluções

alternativas capazes de trazer novas funções para as plataformas existentes. A

possível reutilização das estruturas permite diminuir consideravelmente os custos de

descomissionamento, gerando ainda uma nova fonte de investimento.

Dentro desse cenário, o presente trabalho tem como objetivo propor uma solução

alternativa para o uso de tais plataformas, através da instalação de turbinas eólicas

offshore. A região nordeste do Brasil é bastante conhecida pelo grande potencial de

ventos, mostrando-se bom candidato para implantação de um parque eólico marítimo.

Além disso, o constante aumento na demanda de consumo elétrico no país reforça a

necessidade de diversificação da matriz energética nacional. Assim, a utilização de

plataformas existentes aumenta a atratividade de uma modalidade de geração de

energia ainda inexistente no país, a eólica offshore.

Dessa forma, o foco da tese é avaliar a viabilidade econômica da reutilização de

plataformas fixas como subestruturas para apoio de torres eólicas. Para tal, o trabalho

se inicia com o mapeamento de plataformas existentes, potencialmente elegíveis para

o projeto. Em seguida, estudam-se as características ambientais do local de operação

da usina, através da análise do potencial eólico de geração.

Por fim, é realizada a avaliação de viabilidade econômica do projeto por meio do

cálculo da receita do empreendimento e dos custos de implantação do parque eólico.

Espera-se com os resultados encontrados, possibilitar o estudo de novas soluções de

engenharia de conversão, validando a atual alternativa que visa suprir tanto uma

demanda do recente mercado de descomissionamento quanto à tendência de

aumento do consumo de energia elétrica do país.

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2. CONTEXTO MOTIVACIONAL

O atual cenário energético mundial vem passando por grandes alterações nos

últimos anos com a busca da redução da dependência energética sobre combustíveis

fósseis. Além da instabilidade econômica proveniente da escassez em um futuro

próximo, o impacto ambiental com consequente aumento do aquecimento global e a

instabilidade política com ações militares a nível mundial são parte dos fatores que

levam os governos a empreenderem em ações efetivas em busca de novas fontes

energéticas [4].

Devido, sobretudo, ao impacto ambiental trazido pelas fontes convencionais de

geração de energia elétrica, tem-se buscado incentivar a utilização de fontes

renováveis de energia [5]. O Brasil possui uma expressiva participação de fontes

renováveis na sua matriz energética devido, predominantemente, as grandes

hidrelétricas. Entretanto, as modalidades de geração solar, eólica e de biomassa, por

exemplo, ainda são pouco expressivas.

2.1 INTRODUÇÃO À ENERGIA EÓLICA

A energia do vento tem sido aproveitada pelo homem há milhares de anos. Os

primeiros registros são os barcos a vela utilizados pelos egípcios e datados de

aproximadamente 5.000 A.C.. Outra aplicação histórica se trata dos moinhos de vento

que surgiram na Pérsia por volta de 500 A.C. e, eventualmente, se espalharam pelo

Oriente Médio, chegando a Europa e se estabelecendo, sobretudo, na Dinamarca e

Holanda no século XI [6].

A utilização do vento para a geração de energia elétrica teve inicio no final do

século XIX, com a primeira turbina eólica para a geração de eletricidade desenvolvida

pelo americano Charles Brush, em 1888. Em escala comercial, a primeira fazenda

eólica do mundo foi inaugurada um século mais tarde, em 1980 em New Hampshire

nos Estados Unidos, e tinha uma capacidade produtiva de 600 kW [7].

A tecnologia de aproveitamento eólico capaz de converter a energia cinética do

vento em energia elétrica é conhecida como aerogerador ou turbina eólica. O

aerogerador é um equipamento que absorve parte da potência cinética do vento

através de um rotor aerodinâmico, convertendo em potência mecânica do eixo, a qual

é convertida em potência elétrica através de um gerador elétrico [8].

Os tipos de turbinas eólicas são geralmente classificados de acordo com a direção

do eixo de rotação das pás em turbinas eólicas de eixo vertical (TEEV) ou turbinas

eólicas de eixo horizontal (TEEH) como ilustrado na Figura 1. Os aerogeradores com

rotor de eixo vertical apresentam algumas vantagens em relação aos de eixo

horizontal, pois seu gerador elétrico, caixa de transmissão e os sistemas de controle

podem ser montados no solo [9]. Além disso, as TEEV’s são permanentemente

alinhadas ao vento incidente e, portanto, não há necessidade de controlar a orientação

do rotor.

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Figura 1: Exemplos de turbinas do tipo TEEV e TEEH. Fonte: MAIOLINO [10]

Entretanto as TEEV’s são menos eficientes do que as TEEHs, uma vez que

possuem altura limitada e, consequentemente, menor velocidade do vento. Além

disso, as turbinas de eixo horizontal apresentam as pás dispostas perpendicularmente

ao vento e permitem ajustes do ângulo de passo, o que também contribui para maior

eficiência do aerogerador [8]. Atualmente, todas as turbinas eólicas comercialmente

ligadas à rede elétrica são do tipo de eixo horizontal.

Um aerogerador convencional de eixo horizontal é composto por uma torre, um

rotor com pás uniformemente espaçadas e o nacelle como ilustrado na Figura 2.

Figura 2: Componentes de uma turbina eólica. Fonte: FundacíonMapfre [11]

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O rotor da turbina é constituído pelas pás e pelo eixo e corresponde a parte que é

rotacionada pela ação do vento. As pás do rotor possuem perfil aerodinâmico e

normalmente são fabricadas em material compósito podendo chegar, atualmente, a

comprimentos de até 80 metros. A nacelle corresponde ao compartimento que protege

todos os componentes elétricos da turbina, como engrenagem, eixos de baixa e alta

velocidade, gerador controlador e freio. Em aerogeradores de grande porte, a nacelle

contém acessórios de manutenção, unidades de controle dos componentes e permite

acesso de técnicos ao seu interior [10].

Figura 3: Interior de um nacelle com componentes típicos. Fonte: Vestas [12]

Por fim, a torre corresponde à estrutura de suporte da turbina e suas

dimensões estão associadas ao tamanho da turbina, às condições ambientais do local

de operação e à qualidade do vento em que se deseja atuar. Normalmente são

constituídas de seções tubulares de aço e podem alcançar alturas de 100 metros.

Ademais, no caso de turbinas eólicas offshore, escopo do presente trabalho, as

torres são apoiadas no componente conhecido como subestrutura, composto pela

fundação e peça de transição. Tais fundações offshore podem ser fixas no leito

marinho ou estruturas flutuantes, apesar da segunda opção ser bastante recente no

mercado.

A concepção estrutural da torre e fundação de uma turbina eólica offshore

depende, antes de tudo, da lâmina d'água do campo onde a turbina será instalada

[10]. Atualmente, o tipo mais comumente utilizado é a monocoluna que consiste em

uma tubulação que se estende até o fundo do oceano e é adequada para lâminas

d’água de até 30 metros. Existem igualmente estruturas de base gravitacional e caixão

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(Figura 4) que são apropriadas para menores lâminas d’água, enquanto que estruturas

de jaquetas e trípodes alcançam maiores profundidades e são, portanto, melhores

opções para empreendimentos mais distantes da costa.

Figura 4: Tipos de fundações para apoio de turbinas eólicas offshore. Fonte: MOULAS, et al. [13]

Com o aumento da experiência em empreendimentos offshore e a recente

necessidade de expansão da fonte de energia eólica, a opção por estruturas flutuantes

tem sido bastante estudada e desenvolvida por diversas empresas na região da

Europa. Objetiva-se, sobretudo, a utilização de maiores turbinas em condições de

vento mais distante da costa, acarretando em menos turbulência e maior capacidade

de produção. Dessa maneira, algumas tecnologias já estão sendo empregadas em

projetos piloto e se baseiam em três conceitos básicos: spar buoy, semi-sub e TLP

(Figura 5).

Figura 5: Tipos de fundações flutuantes para turbinas eólicas offshore. Fonte: DNV GL [14]

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2.2 PANORAMA DA ENERGIA EÓLICA OFFSHORE

A energia eólica offshore consiste no aproveitamento da energia cinética do vento,

através da implantação de usinas eólicas ao longo da costa marítima. A transformação

da energia do vento em energia útil se dá através de aerogeradores para geração de

eletricidade. Trata-se de uma fonte energética abundante, limpa e renovável e, no

caso da offshore, apresenta uma série de vantagens no que se refere à uniformidade e

velocidade do vento e não ocupação de terras habitáveis.

A presente seção visa apresentar de maneira geral o contexto de utilização da

energia eólica offshore no mundo e, particularmente, no Brasil, atentando para o

panorama do mercado atual e potencial energético existente.

2.2.1 CENÁRIO MUNDIAL

De acordo com relatório do Global Wind Energy Council [15], em 2016 um total de

14 países já tinham parques eólicos em alto mar. A Dinamarca foi o país pioneiro em

1991, com a produção de energia offshore na primeira usina eólica mundial, a Vindeby

[7]. Desde então, a presença da União Europeia no mercado foi bastante expressiva.

Atualmente, o Mar do Norte concentra cerca de 72% da energia eólica offshore da

Europa, distribuída entre a Noruega, Dinamarca, Reino Unido, Alemanha, Holanda,

Bélgica e França [15].

O início do uso massivo da eólica offshore na Europa se deu, sobretudo, com a

saturação do espaço continental para instalação de novos empreendimentos, aliado a

uma conjuntura de impulso da indústria offshore [16]. Recentemente, a modalidade

energética já apresenta certa maturidade e Reino Unido, Dinamarca e Alemanha

representam os países com as maiores usinas eólicas offshore operacionais e em

construção do mundo, com tamanhos variando de 1GW até 2,5 GW [7].

O amadurecimento da indústria, da tecnologia e a confiança dos investidores nos

projetos, aliada a uma nova geração de aerogeradores causaram uma queda brusca

nos preços da eólica offshore nos últimos anos [15]. Consequentemente à redução de

custo e ao aumento de experiência de mercado, cada vez mais projetos foram

executados em maiores distancias da costa e em laminas d’água mais profundas, o

que é ilustrado no Gráfico1.

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Gráfico 1: Comportamento da distância e profundidade de parques eólicos offshore com o passar dos

anos. Fonte: Fraunhofer IWES [17]

A tendência atual é a expansão da energia eólica offshore em outros continentes.

A Europa ainda lidera o mercado, mas a recente baixa de preços atraiu a atenção de

diversos países, sobretudo na América do Norte e Ásia, como pode ser visto no

Gráfico 2. A primeira usina eólica offshore implantada nos Estados Unidos se tornou

operacional em 2016 e mais projetos estão em andamento atualmente. Já a China

impressionou com o impulso da indústria, tendo o maior crescimento recente e uma

capacidade instalada de 169 GW, visando 210 GW até o ano de 2020.

Gráfico 2: Capacidade acumulada da energia eólica offshore no mundo. Fonte: GWEC [15].

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2.2.2 POTENCIAL EÓLICO BRASILEIRO

Um fator de destaque no contexto energético nacional é o comportamento da

demanda elétrica atrelada ao consumo interno. Nos últimos anos, com o cenário

econômico desfavorável, o consumo de energia elétrica se manteve baixo quando

comparado com os índices de 2014, como pode ser visto no Gráfico 3. Entretanto,

percebe-se uma recuperação nos últimos meses de 2017 e, de acordo com estudos

divulgados pela Empresa de Pesquisa Energética [18], o consumo brasileiro vai

alcançar 1.624 terawatt-hora até o ano de 2050.

A fim de garantir a demanda prevista pelo estudo da EPE [18], serão necessários

muitos investimentos na geração e transmissão de energia elétrica e diversificação da

matriz energética, que atualmente é baseada na produção hidrelétrica como é

ilustrado no Gráfico 4.

Gráfico 3: Comportamento do consumo de energia elétrica no Brasil. Fonte: EPE [18].

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Gráfico 4: Oferta de energia elétrica por fonte. Fonte: EPE [18].

A participação da fonte eólica na oferta interna de energia elétrica atinge,

atualmente, 5,4% do mercado. São 503 parques eólicos e 6.500 geradores em todo

território nacional [15] e a modalidade continua em trajetória ascendente. Uma das

grandes vantagens da geração de eletricidade por meio dos ventos no Brasil é que ela

pode servir como fonte complementar à modalidade hidrelétrica. Isso se evidencia

principalmente no Nordeste, onde o potencial da energia eólica é mais intenso no

segundo semestre do ano, período de seca na região. Já nos primeiros seis meses do

ano, quando as chuvas se tornam mais frequentes, os reservatórios das hidrelétricas

se mantém em níveis adequados ao funcionamento e a oferta eólica diminui. Tal

comportamento pode ser visualizado no gráfico abaixo [15].

Gráfico 5: Complementaridade das fontes eólica e hidrelétrica. Fonte: ANEEL [19].

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Embora existam diversos parques eólicos instalados no Brasil, até o momento

ainda não existem instalações eólicas offshore em operação. Apesar do grande

potencial de ventos na ZEE brasileira, que apresentou um potencial energético de 1,78

TW [20], superando assim o potencial estimado para a área continental do país, a

fonte eólica offshore ainda enfrenta alguns obstáculos. No Brasil, a modalidade

esbarra em altos custos, falta de regulamentação, falta de dados coletados e grandes

extensões de terras desabitadas. De acordo com especialistas, a fonte onshore de

energia vem se mostrando próspera em todos os aspectos, com custos competitivos

frente às outras modalidades. Dessa maneira, a previsão é que a geração de energia

eólica offshore só se torne estrategicamente atrativa no Brasil daqui a 10 a 20 anos.

Contudo, projetos conceituais de parques eólicos offshore já são uma realidade no

país. O Parque Eólico Asa Branca é um projeto que prevê a instalação de uma usina

com capacidade de 500 MW na região costeira do estado de Ceará, com operação

prevista para 2022. Além disso, a própria Petrobras estaria realizando medições em

plataformas com o objetivo de estudar o potencial da fonte eólica [16]. A expertise na

operação offshore para o petróleo e gás natural pode ser um diferencial para a

petrolífera no caso de investimentos em uma nova área.

2.3 DESCARTE DE ESTRUTURAS OFFSHORE

A situação atual do mercado de produção de óleo e gás caminha para o final da

vida-útil de grande parte das instalações offshore existente, tanto no Brasil quanto em

nível mundial. Entre 2021 e 2040 espera-se que cerca de 2000 projetos offshore

entrem na etapa de descomissionamento. Já nos próximos cinco anos, a Europa será

responsável por incorporar cerca 50% dos gastos com projetos de

descomissionamento, para a remoção de grande parte das instalações no Mar do

Norte [21].

Até então pouca importância vinha sendo dada aos custos associados ao

descomissionamento na indústria de petróleo, mas a atual demanda de projetos vem

chamando a atenção do setor petrolífero para o impacto econômico de tais atividades

[3]. De acordo com o relatório divulgado pela IHS Markit apud BARROS et al. [21],

atualmente se descomissionam no mundo cerca de 120 projetos offshore por ano.

Nesse contexto, o planejamento das atividades de desmobilização das infraestruturas

de produção vem se tornando cada vez mais uma prioridade comercial para os

operadores offshore.

No Brasil, até o final de 2015, 106 instalações de produção alcançaram mais de 25

anos de operação, tempo médio de vida-útil de plataformas offshore. Isso representa

mais da metade da frota de instalações offshore brasileiras. Além disso, de acordo

com PIRES et al. [22], 13% das plataformas se encontram prestes a atingir os 25 anos

de vida-útil da estrutura (Gráfico 6). Mesmo com o atual panorama, não existe no

Brasil uma regulamentação específica sobre a extensão da vida-útil de plataformas e

nem legislações ambientais referentes ao abandono/descomissionamento das

mesmas.

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Gráfico 6: Distribuição das plataformas offshore no Brasil por idade. Fonte: PIRES et al. [22].

Percebe-se assim, que as operações de descomissionamento são de natureza

relativamente inovadora, principalmente nos campos brasileiros. Atualmente, existem

cinco opções de descomissionamento para as estruturas no ambiente marinho: (a)

remoção completa com disposição em terra; (b) remoção completa com disposição no

fundo do oceano; (c) remoção parcial; (d) tombamento no local; (e) deixar a estrutura

no local para reutilização [23]. O processo de decisão entre as alternativas existentes

está extremamente atrelado à instalação em questão e requer uma série de estudos

que envolvem engenharia, meio ambiente e segurança e bem-estar.

Do ponto de vista técnico, quanto maior e mais profunda a instalação offshore,

mais apropriado se torna deixa-la parcialmente intacta [1]. Além de maiores custos de

remoção e complexidade das operações, durante o período de exploração, as

estruturas que ficam submersas tornam-se parte integrante do ecossistema

submarino, assim, a remoção de tais partes submersas pode causar impacto direto no

habitat de recife artificial presente na estrutura da plataforma. Por outro lado,

estruturas presentes em águas rasas, são maiores candidatas para a remoção

completa [24]. Nesse caso, o material retirado pode se tornar sucata e é levado para

costa para reuso em outro fim.

Em suma, o processo de descomissionamento da atividade petrolífera trata-se de

uma fase em que há possibilidade de ocorrência de impactos, que representa altos

custos, que apresenta baixo ou nenhum lucro e, ainda, padece de regulamentação

legal no país [24]. Nesse contexto, a opção de reutilização de plataformas, fundações

e outras estruturas offshore, pode ser uma alternativa mais atrativa do ponto de vista

econômico e se trata de uma opção bastante discutida na última década [1].

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3. METODOLOGIA DE PESQUISA

Nesta seção será apresentada a metodologia de análise, os parâmetros

determinantes do projeto e a respectiva abordagem do estudo. Visto que se trata de

uma análise econômica, duas medidas devem ser consideradas: o custo de geração

de energia e a receita do projeto, estabelecendo assim os componentes para o fluxo

de caixa. Portanto, para realizar a viabilidade econômica, serão estudados os diversos

fatores que compõem e influenciam tais elementos, como a localidade do parque

eólico, o potencial das turbinas e as diversas parcelas de custo associadas ao projeto

offshore (Figura 12).

Figura 6: Esquema metodológico do projeto. Fonte: Autor.

3.1 SELEÇÃO DO LOCAL

Normalmente, para determinar a localização de um parque eólico offshore diversos

parâmetros são analisados, sendo o principal deles a distribuição de ventos no local e

consequente potencial eólico da região. Além disso, buscam-se áreas relativamente

próximas das redes de distribuição elétrica e com infraestrutura básica para o

empreendimento.

No caso presente, objetiva-se a reutilização de estruturas já existentes e, portanto,

a escolha do local de instalação das turbinas será restrita às posições de plataformas

operando no litoral brasileiro. Ainda assim, a decisão quanto à localidade levará em

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conta, dentro do possível, as melhores condições de implantação do projeto. Em vista

disso, será realizado, primeiramente, um mapeamento das estruturas de plataformas

fora de operação nas diversas bacias petrolíferas do Brasil. Em seguida, através dos

dados coletados quanto à distância da costa, a concentração de estruturas, a

qualidade do vento, dentre outros, será selecionado o local de estudo.

3.2 POTENCIAL EÓLICO

Após a escolha do local do projeto e respectivas estruturas, é necessário conhecer

as características do vento e avaliar a quantidade de energia que pode ser gerada na

região. O comportamento do vento é comumente determinado através de dados

estatísticos coletados para um ano típico. Em seguida, estima-se o potencial eólico

local através da distribuição de velocidades de vento anual e do gráfico de potência do

modelo da turbina.

Atualmente, o método mais utilizado em aplicações eólicas para descrever o perfil

de velocidades do vento em determinada região é o modelo de distribuição de Weibull.

A função densidade de probabilidade de Weibull é dada pela equação (1), onde 𝐶 e 𝑘

são, respectivamente, os fatores de escala e forma da distribuição.

𝑓(𝑣) =𝑘

𝐶(

𝑣

𝐶)

𝑘−1

𝑒𝑥𝑝 [− (𝑣

𝐶)

𝑘

] {𝑘 > 0𝐶 > 1

(1)

Os parâmetros necessários à equação acima são determinados para o local de

instalação da turbina através do Atlas Eólico Brasileiro, vide [25]. Ademais, o cálculo

da distribuição de Weibull será realizado para todo o intervalo de velocidade de vento

no local e será feito através da formulação disponível no Excel.

Em seguida, deve-se selecionar o modelo de aerogerador a ser utilizado de acordo

com as características de disponibilidade locais. A partir das informações de potência

do modelo selecionado, calcula-se, enfim, o potencial eólico local de acordo com a

equação mostrada abaixo [26].

𝐸 = ∑ 𝑓𝑖𝑃𝑖𝑇𝑖 (2)

Onde, 𝐸 representa a energia gerada em kWh e 𝑓𝑖 é a frequência adimensional

relativa à velocidade do vento 𝑣𝑖, determinada na distribuição de Weibull. 𝑃𝑖 representa

a potência em kW fornecida pela curva de potência da turbina para a velocidade 𝑣𝑖 e 𝑇

é o período de referência de um ano dado em horas.

Para avaliar a eficiência da produção de eletricidade em um dado parque eólico, se

torna importante analisar, igualmente, o fator de capacidade. O fator de capacidade

mede a razão entre a produção de energia real gerada pela turbina e a produção

teórica de energia se a turbina trabalhasse em capacidade plena durante toda

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operação [7]. Dessa forma, o fator de capacidade leva em conta as perdas de

produção devido ao comportamento do vento, ou seja, velocidades de vento diferentes

da nominal, turbulência, ventos cruzados e rajadas. Pode ser calculado pela

expressão (3), onde 𝐹𝐶 , representa o fator de capacidade, 𝐸 é a energia gerada

calculada na equação (2) e 𝐸𝑛 representa a energia nominal em kWh.

𝐹𝐶 =𝐸

𝐸𝑛 (3)

3.3 ANÁLISE ECONÔMICA

Projetos de engenharia requerem uma série de recursos materiais e financeiros ao

longo de suas vidas úteis e, portanto, é importante adotar decisões de investimento

com base em informações cuidadosamente analisadas. Para dar suporte a tais

decisões, a realização de uma análise econômica do projeto se torna necessária nos

estágios iniciais da definição do empreendimento. Dessa forma, através do cálculo de

viabilidade econômica, garante-se a exequibilidade do projeto sem a possibilidade de

comprometimento dos recursos ao longo do tempo [5].

Portanto, na presente seção, será avaliado se existe uma relação custo/benefício

proveitosa, o que será feito através da contraposição dos custos de geração de

energia com o potencial elétrico estimado. Ou seja, será realizado um fluxo de caixa

para a vida útil do projeto e a partir dele será definida a taxa interna de retorno e o

valor presente líquido.

O VPL é uma medida de quanto valor é criado ou adicionado hoje, ao realizar-se

um investimento. Ou seja, consiste em trazer para a data zero todos os fluxos de caixa

de um projeto de investimento e somá-los ao valor do investimento inicial, a

determinada taxa de juros. Em função do objetivo de criar valor, o que se busca nesse

processo é a obtenção de investimento com VPL positivo [5].

A TIR é a taxa que zera o VPL, isto é, é a taxa de retorno para a qual os valores

das despesas, trazidos ao valor presente, são iguais aos valores dos retornos dos

investimentos, também trazidos ao valor presente. Trata-se de um método de

engenharia econômica frequentemente utilizado para análise de decisão de

investimento e é dado por:

∑𝐹𝐶𝑛

(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑛

𝑛

= VPL = 0 (4)

Onde, 𝐹𝐶𝑛 representa o fluxo de caixa para o ano 𝑛 analisado. A avaliação final

verifica se a TIR é maior do que a taxa de juros do mercado, caso seja, o investimento

é viável.

Para a obtenção do VPL e TIR do projeto em questão, é necessário calcular

inicialmente os custos e as receitas de projeto a fim de realizar o fluxo de caixa do

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empreendimento. Essa etapa será extensivamente detalhada, buscando analisar cada

fase da vida-útil de projeto a fim de estimar os custos associados às mesmas. Já no

que se refere à receita de projeto, a partir do potencial eólico encontrado e do valor da

energia no mercado, chega-se ao resultado esperado.

Ademais, a realização da viabilidade econômica do projeto consiste não somente

na busca de validação do investimento, mas também, já que se trata de um projeto de

reutilização de estruturas existentes, da comparação de custos entre o projeto aqui

proposto e um projeto de instalação de novas plataformas para geração de energia

eólica offshore.

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4. ANÁLISE

A presente seção dá continuidade ao que foi discutido anteriormente durante a

etapa de metodologia, abrangendo as análises previamente estabelecidas. A seguir,

será, portanto, definida a localidade do projeto e, assim, calculada a viabilidade

econômica do mesmo, com base no potencial eólico local e custos de execução do

empreendimento.

4.1 MAPEAMENTO DAS ESTRUTURAS

Primeiramente, a fim de estabelecer a boa localidade de instalação das turbinas,

foi desenvolvido um mapeamento de estruturas de plataformas fixas no litoral

brasileiro. Para tal, estudaram-se as bacias petrolíferas em operação na costa e

analisaram-se pesquisas sobre a persistência e intensidade do vento na região

litorânea. Dessa maneira, a busca pelas plataformas ideais ao projeto se limita aos

locais com boa qualidade de vento, proximidade da costa e concentração de

estruturas disponíveis.

De acordo com o levantamento do potencial eólico na margem do Brasil, realizado

por Ortiz et al. [20] em 2011, a velocidade de vento apresenta altas magnitudes em

três regiões de destaque: (i) margem de Sergipe e Alagoas, (ii) Rio Grande do Norte e

Ceará e (iii) Rio Grande do Sul e Santa Catarina, como mostrado abaixo.

Figura 7 : Campo de vento médio e densidade média de potência eólica na margem do Brasil. Fonte: Ortiz

et al. [20]

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Além do parâmetro de qualidade de vento, a região do Nordeste se destaca pelos

campos de petróleo próximos à costa e em pequenas lâminas d’água. Com base nas

informações disponibilizadas pela ANP [27] e pela Diretoria de Portos e Costas da

Marinha [2], atualmente, existem cerca de sessenta plataformas fixas, todas em um

raio de 45 km da costa, nas bacias de Sergipe, Potiguar, Ceará e Camamu. Além

disso, devido à idade de tais campos, boa parte das plataformas está fora de

operação, em processo de descomissionamento ou entrando no fim de sua vida útil,

como é ilustrado no gráfico abaixo.

Gráfico 7: Maturação das plataformas nos bacias brasileiras. Fonte: PIRES et al. [22]

Dessa forma, a priori, os campos localizados na região do Nordeste se tornaram

bons candidatos para o presente estudo. Assim, foram reunidas as informações

quanto às características das UEP’s nas bacias de Camamu, Ceará, Potiguar e

Sergipe. No Anexo A são mostradas as informações encontradas.

A fim de melhor visualizar a proximidade da costa e a concentração de estruturas

foram criadas imagens com auxílio do Google Maps, com as coordenadas das

plataformas. As UEP’s fora de operação foram destacadas em preto com o objetivo de

distinção.

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Figura 8: Mapeamento das UEP’s na Bacia do Ceará. Fonte: Autor.

Figura 9: Mapeamento das UEP's na Bacia Potiguar. Fonte: Autor.

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Figura 10: Mapeamento das UEP's ao norte da Bacia de Sergipe. Fonte: Autor.

Figura 11: Mapeamento das UEP's ao sul da Bacia de Sergipe. Fonte: Autor.

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Figura 12: Mapeamento das UEP's na Bacia de Camamu. Fonte: Autor.

Através da análise das imagens apresentadas, ficou decidido que a Bacia de

Sergipe conta com a melhor composição de fatores relevantes para a localização de

um parque eólico. Além de ser uma região de destaque em qualidade de vento no

litoral brasileiro, a bacia conta ao todo com 14 plataformas fora de operação, em

distância variando entre 6 a 15 km da costa.

Mais precisamente será considerado o grupo de plataformas ao norte da Bacia que

consta de seis plataformas fora de operação ilustradas na imagem abaixo e cujas

características são elencadas na Tabela 1. Além de apresentar uma boa quantidade

de plataformas em conjunto, o local selecionado também contém oito plataformas no

fim da vida operacional que, futuramente, poderão ser adicionadas ao projeto.

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Figura 13: Plataformas selecionados para o parque eólico. Fonte: Autor.

Tabela 1: Características das plataformas selecionadas para reutilização.

SIGLA NOME BACIA LÂMINA

D'ÁGUA LATITUDE LONGITUDE

DISTÂNCIA DA COSTA

PCB03 PLATAFORMA PCB-03

DE CAIOBA Sergipe 27 10°59’44.818”S 36°55’25.794”W 15

PCM04 PLATAFORMA PCM-04

DE CAMORIM Sergipe 18 10°59'07.736"S 36°57'53.042"W 8

PCM05 PLATAFORMA PCM-05

DE CAMORIM Sergipe 20 10°59'58.193"S 36°58'19.505"W 8

PCM06 PLATAFORMA PCM-06

DE CAMORIM Sergipe 26 10°58'59.914"S 36°55'58.199"W 11

PCM08 PLATAFORMA PCM-08

DE CAMORIM Sergipe 26 10°59'17.025"S 36°56'16.719"W 11

PCM10 PLATAFORMA PCM-10

DE CAMORIM Sergipe 21 10°58'38.748"S 36°57'04.099"W 9

4.2 POTENCIAL EÓLICO

Para a localização em destaque da Bacia de Sergipe, os dados de velocidade

média de vento, fator de forma e fator de escala da distribuição de Weibull podem ser

encontrados no Atlas do Potencial Eólico Brasileiro [25]. Foram utilizadas as

informações coletadas para uma altura de 100 m, equivalente à elevação das turbinas

eólicas. Os valores encontrados para o cálculo da distribuição de Weibull são

apresentados abaixo:

Tabela 2: Parâmetros de Weibull na Bacia de Sergipe

Parâmetros de Weibull

Fator de Escala (C) 7,85 m/s

Fator de Forma (k) 4,5

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Figura 14: Fator de escala (C) na Bacia de Sergipe. Fonte: ELETROBRAS [25].

Figura 15: Fator de forma (k) na Bacia de Sergipe. Fonte: ELETROBRAS [25].

Com os parâmetros da função de Weibull em mãos, utiliza-se a equação (1) para

determinação da distribuição de ventos na região, cujo resultado pode ser visualizado

no gráfico abaixo.

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Gráfico 8: Distribuição de vento pela função de Weibull na Bacia de Sergipe

Nesse instante, deve-se determinar o modelo de turbina utilizada no projeto. Como

se trata de uma etapa preliminar, foram considerados quatro modelos para realização

da análise. Tais aerogeradores foram selecionados por se tratar de modelos

amplamente utilizados no mercado de geração de energia offshore e suas respectivas

características técnicas são mostradas abaixo.

Tabela 3: Modelos de turbina selecionados

Modelo Marca Potência Nominal

Velocidade de Entrada

Velocidade de Corte

Diâmetro do Rotor

V164-8.0 Vestas 8.000 kW 4 m/s 25m/s 164 m

6.2M120 Senvion 6.150 kW 3,5 m/s 30 m/s 126 m

M5000 Areva 5.000 kW 4 m/s 25 m/s 116 m

36sl GE 3.600 kW 3,5 m/s 27 m/s 111 m

A partir das curvas de potência disponibilizadas pelo fornecedor (apresentadas no

Anexo B no final do trabalho), aplica-se a equação (2) e (3) com o objetivo de

encontrar o potencial eólico anual de cada modelo de turbina e o respectivo fator de

capacidade. Por fim, os resultados são apresentados abaixo.

Tabela 4: Potencial Eólico dos modelos de turbina para o sítio em análise

V164-8.0 M5000 6.2M120 36sl

Potencial Eólico Anual [MWh] 42.071,22 25.217,90 25223,49 16.314,05

Potencial Eólico Nominal [MWh] 70.080 43.800 54.312 31.536

Fator de Capadicade 60% 57,6% 46,4% 51,7%

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4.3 VIABILIDADE ECONÔMICA

A fim de realizar a análise de viabilidade econômica do projeto, a presente seção

calcula os custos de implantação e operação de um parque eólico assim como a

receita prevista de acordo com o potencial eólico local. Por fim, será montado um fluxo

de caixa e serão encontrados os resultados para o VPL e a TIR referentes ao

investimento, assim como explicado na seção 3.3.

4.3.1 CÁLCULO DOS CUSTOS

Os custos referentes a um projeto de parque eólico offshore consideram todas as

despesas geradas pelo projeto ao longo de sua vida útil. Normalmente, tais custos são

divididos entre CAPEX (capital expenditure) e OPEX (operational expenditures),

referentes às despesas de aquisição e investimento inicial e às despesas geradas ao

longo da operação do parque, respectivamente.

Seguindo a linha de raciocínio de Bjerkseter et al. [7], principal referência para o

cálculo de custos do projeto, na presente tese, a vida útil do parque eólico será

definida de forma a consistir nas seguintes fases e custos correspondentes:

1. Desenvolvimento e Consentimento: fase de definição e pré-

desenvolvimento do projeto do parque eólico.

2. Produção e Aquisição: fase de produção e/ou aquisição dos componentes

necessários.

3. Instalação: fase de instalação dos componentes.

4. Operação e Manutenção: fase onde todas as ações necessárias são

tomadas a fim de garantir a produção de eletricidade do parque.

5. Descomissionamento: fase final de desativação do parque.

Figura 16: Fases da vida-útil do projeto e respectivos componentes de custo. Fonte: Autor.

A seguir, as fases acima mencionadas (Figura 16) serão estudadas

separadamente compondo, ao final, o custo total do projeto. Uma série de decisões

quanto à configuração do parque eólico serão tomadas à medida que se tornarem

necessárias para a determinação do custo. Além disso, visto que o cálculo das

parcelas de custo do projeto se trata de uma atividade extensa e detalhada, foi optado

pela utilização de alguns estudos e teses como referência para os valores aplicados, o

que será explicitado mais adiante.

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É necessário ressaltar que os custos de aquisição e instalação dos componentes

da subestrutura serão calculados considerando as modificações estruturais as quais a

estrutura estará sujeita para recebimento da turbina. As devidas estimativas serão

feitas de acordo com a necessidade de trabalhos na estrutura da plataforma e peça de

transição.

4.3.1.1 Desenvolvimento e Consentimento

Os custos aqui calculados se referem à fase inicial de desenvolvimento do projeto,

sendo consideradas todas as atividades precedentes à produção e aquisição. Essa

fase tem início com a concessão de um sítio para desenvolvimento do parque eólico e

pode estar relacionada com decisões políticas de cunho energético e leilões de zonas

de produção.

Os componentes de custo inclusos nessa etapa abrangem despesas de

planejamento e gestão de projeto, licenciamento, análises de viabilidade, estudos de

impactos ambientais, pesquisas meteorológicas e geofísicas, projeto conceitual de

engenharia e estudos de impacto à sociedade. Nesse instante, já são considerados,

igualmente, possíveis contratos de prestação de serviços durante as etapas de

construção e operação.

Gráfico 9: Componentes de custo de desenvolvimento e consentimento. Fonte: Bjerkseter et al. [7].

O gráfico acima apresenta as parcelas de custo do desenvolvimento do parque

eólico, de acordo com quatro fontes analisadas por Bjerkseter et al. [7] que levam em

consideração um parque eólico offshore de 500 MW composto por turbinas com

estruturas fixas, relativamente próximas à costa. De acordo com The Crown Estate

[28], a fase de desenvolvimento do parque eólico contribui com cerca de 4% dos

custos de capital e está avaliada em, aproximadamente, R$2017 241,3 milhões, para um

parque de 500 MW com 100 turbinas em operação.

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Os custos da presente etapa de projeto variam significantemente com o tamanho

do parque eólico, visto que grande parte das parcelas estão relacionadas com estudos

ambientais no local de instalação e, portanto, variam proporcionalmente à quantidade

de turbinas instaladas. Objetivando-se uma estimativa de custo para o projeto, foi

optado por uma abordagem simplificada onde os custos variam linearmente com o

número de turbinas do parque. Dessa forma, foi considerado o valor de R$2017 2,413

milhões por unidade de turbina.

Outra parcela de custo precedente a fase de produção/aquisição, que não é levada

em conta no grupo acima, se trata do seguro de construção. Projetos de parques

eólicos são bastante complexos e relativamente recentes e, portanto, necessitam de

cuidadosas análises de risco para dar suporte ao investimento. A fim de diminuir o

receio dos investidores e o risco de capital associado, as seguradoras existentes

concedem proteção financeira para danos físicos e atrasos na obra durante a etapa de

construção, montagem e transporte [7].

Um seguro típico de construção cobrindo os riscos anteriormente apresentados

tem custo por volta de R$2017 154.690 por MW [29]. Dessa forma, o custo total da fase

de desenvolvimento e consentimento é totalizado para cada modelo de aerogerador

previamente selecionado e um parque eólico com seis turbinas:

Tabela 5: Custo da fase de Desenvolvimento e Consentimento por modelo de turbina

Desenvolvimento e Consentimento

V164-8.0 M5000 6.2M120 36sl R$

2017 21.902.008,58 R$

2017 19.117.582,43 R$

2017 20.231.352,89 R$

2017 17.818.183,55

4.3.1.2 Produção e Aquisição

O objetivo da presente seção é apresentar os custos relacionados à etapa de

produção e aquisição dos elementos de projeto. Turbinas, subestrutura, torre,

ancoragem, sistemas de transmissão de energia e monitoramento são os

componentes gerais do custo nesse estágio. No corrente estudo, os elementos serão

divididos em: conexão da rede elétrica, turbinas e subestrutura.

Conexão da rede elétrica

A injeção da energia produzida pelas turbinas offshore na rede elétrica local é

realizada através de cabos elétricos submarinos. Dependendo do tamanho do parque

e da disposição das turbinas, são utilizadas igualmente subestações offshore que

interligam os cabos à subestação localizada em terra. Basicamente, existem dois tipos

de cabos empregados em um parque eólico: cabos de interconexão e cabos de

exportação. O primeiro é responsável pela conexão entre as turbinas e a subestação

offshore e se trata de cabos de média voltagem. Já o último conecta a subestação

offshore à subestação onshore, sendo os mesmos de alta voltagem.

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A quantidade de cabos empregados, assim como a necessidade do uso de uma

subestação offshore, são aspectos determinados de acordo com o layout do parque

eólico e a quantidade de megawatts produzidos. No que se refere ao layout,

normalmente sua definição se trata de um trade-off entre custo de capital e

espaçamento entre turbinas. Quanto maior a distância entre os aerogeradores, menor

o efeito de esteira e maior a produção de energia por turbina, à custa de maior CAPEX

[30].

No caso do projeto em estudo, o arranjo do parque eólico já está pré-estabelecido

devido à posição fixa das plataformas existentes. Entretanto, pode-se definir ainda a

melhor configuração dos cabos e a utilização de uma das plataformas como

subestação offshore. Normalmente, para parques eólicos menores de 100 MW e

distanciando menos de 15 km da costa, a subestação offshore não apresenta

vantagens devido ao alto custo agregado [31].

Figura 17: Subestação e turbinas do parque eólico de Ormonde. Fonte: VATTENFALL [32].

Quando se deseja transportar uma grande quantidade de energia em grandes

distâncias, o ideal é aumentar a tensão de forma a diminuir as perdas energéticas

ligadas à alta corrente. Daí a necessidade de subestações marítimas, responsáveis

pela transformação da tensão e unificação dos cabos de interconexão. Entretanto, a

utilização da mesma apresenta altos custos de instalação e operação e, portanto, tal

decisão de projeto deve ser feita com base na análise de cada caso.

Como o projeto utiliza entre 20-48 MW, dependendo do modelo de aerogerador

utilizado, e as plataformas estão localizadas em uma distância máxima de 13 km da

costa, os altos custos associados à utilização de uma subestação offshore não

parecem ser vantajosos. Além disso, o uso da mesma acarreta na diminuição de uma

das plataformas disponíveis para instalação de turbinas, o que diminui o potencial do

parque e, consequentemente, aumenta o custo de energia por turbina em operação.

Se, porventura, mais turbinas forem instaladas no futuro, cabe uma nova análise

de utilização de uma subestação offshore. Entretanto, para o escopo do presente

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projeto e, levando em consideração o tamanho do parque eólico estudado, o uso da

subestação offshore não é recomendado e, portanto, não será realizado.

No que se trata do tipo e arranjo de cabos de interconexão utilizados, os mesmos

serão instalados entre as turbinas e até a costa, onde será feita a conexão com a

subestação onshore. A ampliação da capacidade da subestação terrestre é

considerada responsabilidade da empresa de transmissão a qual receberá os

megawatts produzidos. Pra fins de estudo, a Subestação Jardim (CHESF), localizada

em Nossa Senhora do Socorro, Sergipe, há aproximadamente 16 km da costa, será

utilizada como referência para recebimento da produção energética.

Figura 18: Arranjo preliminar dos cabos submarinos e terrestre. Fonte: Autor.

A figura anterior representa o layout básico da conexão dos cabos submarinos

entre as plataformas e até a costa e, em seguida, do cabo terrestre até a subestação

de referência onshore. As distâncias percorridas entre as plataformas e a subestação

são apresentadas abaixo:

Tabela 6: Distâncias entre os trechos de cabos

Segmento Distância

PCB03 – PCM06 1,7 km

PCM06 – PCM08 0,77 km

PCM08 – PCM10 1,86 km

PCM10 – PCM04 1,73 km

PCM04 – PCM05 1,75 km

PCM05 – costa 7,45 km

costa – Sub. Jardim 16 km

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Os cabos de interconexão submarinos utilizados são tipicamente de cobre ou

alumínio, de média voltagem (33kV – 66kV) com corrente alternada. A seção

transversal dos cabos pode variar entre 240 mm² e 800 mm², dependendo da

quantidade de energia transmitida. Para o estudo, serão considerados cabos de cobre

AC de 33 kV com seção constante de 630 mm². De acordo com WINDSPEED [33], o

preço unitário por metro de cabo, para uma seção de 630 mm² corresponde a R$2017

1.785/metro. Já o valor dos cabos terrestres equivalem a R$2017 1.145/metro.

A fim de evitar danos devido à tensão dos cabos submarinos e simplificar a

instalação dos mesmos, os cabos utilizados são instalados passando pelo interior da

jaqueta e se apoiam no leito marinho durante o caminho percorrido. Dessa maneira, o

comprimento total de cabos deve levar em conta não só a distância entre plataformas,

mas também a lâmina d’água de cada local. Os valores finais de comprimento e custo

são apresentados nas tabelas abaixo.

Tabela 7: Comprimento final dos cabos elétricos

Comprimento total dos cabos de interconexão 17 km

Comprimento total do cabo terrestre 16 km

Tabela 8: Custo total dos cabos de transmissão elétrica

Custo dos cabos de interconexão R$2017 30.345.000

Custo do cabo terrestre R$2017 18.319.240

TOTAL R$2017 48.664.240

Turbinas

A precificação das turbinas está associada a diversos componentes presentes na

torre, no rotor e no nacelle, os quais são apresentados na figura abaixo de acordo com

a parcela de custo relacionada. Percebe-se que a maior quantia de custo da turbina é

devida aos componentes de acionamento e geração de energia presentes no nacelle.

Além disso, as pás constituem, igualmente, uma parcela importante de custos, o que

ocorre, sobretudo devido aos materiais utilizados e à complexa técnica de modelagem.

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30

Gráfico 10: Componentes das parcelas de custo da turbina eólica. Fonte: The Crown Estate [30].

No presente estudo, está sendo analisada a aplicação de diferentes modelos de

turbina, a fim de permitir maior abrangência aos possíveis projetos. Entretanto, devido

à falta de informações quanto ao custo discriminado por modelo e/ou potência, o valor

aqui utilizado para o cálculo do custo da turbina será estimado linearmente

proporcional à potência do aerogerador.

A referência trabalha com um modelo genérico de turbina de 5MW, cujo custo

médio considerando a torre, o nacelle e o rotor é de R$2017 28.315.000 [7]. Dessa

maneira, o custo de aquisição das turbinas do projeto, considerando a utilização de

seis aerogeradores, é apresentado abaixo.

Tabela 9: Custo associado às turbinas

Custo total de turbinas

V164-8.0 M5000 6.2M120 36sl

R$2017

271.821.959 R$2017

169.888.724 R$2017

210.662.018 R$2017

122.319.882

Subestrutura

Entende-se por subestrutura todos os componentes localizados abaixo da turbina

para suporte da mesma, ou seja, fundação e peça de transição. As características da

subestrutura dependem não só da torre instalada e profundidade da lâmina d’água,

mas também do leito marinho, podendo diferenciar, consideravelmente entre

plataformas devido a esse fator. Dessa forma, mesmo dentro de um único parque, é

comum encontrar diferenças físicas entre as subestruturas no que se refere ao

diâmetro e penetração das estacas [7].

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31

Figura 19: Jaqueta e peça de transição do Ormonde Offshore Wind Farm. Fonte: FoundOcean [34]

Assim como observado anteriormente, a parcela de custo relacionada à

subestrutura será relativamente inferior àquela da instalação de um novo parque

eólico. Isto se deve, sobretudo, a existência de plataformas que serão reutilizadas para

o projeto. Dessa forma, serão considerados somente os custos referentes às

modificações necessárias na estrutura da plataforma e à peça de transição.

De acordo com as análises estruturais realizadas por BARROS et al. [1], as

fundações existentes estão em condição de receber novas cargas no que se refere à

instalação de uma torre eólica de 82 m. O estudo avaliou uma plataforma

representativa de quatro pernas, operando há 31 anos no local em uma lâmina d’água

de 30 metros. Para isso, foram analisadas as cargas de tensão nos principais

membros e juntas tubulares da estrutura em condições ambientais extremas de

operação. Além disso, foi verificada se as estacas e o solo são capazes de receber

novos carregamentos.

Finalmente, após análise da vida em fatiga remanescente da estrutura, os

resultados mostram que a jaqueta se encontra em condições apropriadas para

operação por mais 20 anos adicionais com uma turbina eólica [1]. Dessa forma, as

modificações estruturais a serem realizadas nas plataformas do presente projeto

ocorrem somente na substituição de componentes acima da lâmina d’água que estão

sujeitos à ação de vento e onda. Para a parcela de estrutura submersa, as únicas

alterações se referem à renovação da proteção catódica. Por fim, deve ser

considerado, igualmente, o custo de produção da peça de transição da turbina.

O custo total da subestrutura depende tanto no consumo de material quanto na

fabricação dos componentes, para os respectiva finalidade da plataforma. A estrutura

de uma jaqueta para uma turbina de 5 MW em uma lâmina d’água de 30 m tem um

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peso estimado de 825 ton, distribuídos entre 510 ton de estrutura (fundação e peça de

transição) e 315 ton de estacas de ancoragem [35].

De acordo com informações obtidas após reunião com o Eng. Guilherme Lobo da

Petrobras, realizada em 19 de janeiro de 2018, o peso médio de estrutura para a

família de plataformas selecionadas na Bacia de Sergipe é de 820 ton. Assumindo que

a parcela referente à estrutura acima da lâmina d’agua seja de 20% do total e que a

peça de transição tenha cerca de 100 toneladas, o peso total de material a ser

utilizado e fabricado é de 264 toneladas. Além disso, para o valor de R$2017

4.100,00/ton de aço naval e supondo o custo de fabricação como um adicional de

400% em cima do valor do material [7], o custo final de produção da subestrutura pode

ser calculado.

Tabela 10: Custo total da fase de produção e aquisição

Componente Quantidade Custo

Material 264 ton R$2017 1.082.400,00

Fabricação 400% R$2017 4.329.600,00

Custo total de produção por subestrutura R$2017 5.412.000,00

4.3.1.3 Instalação

Na presente seção serão apresentados os custos de instalação dos elementos do

parque eólico, ou seja, os custos associados com o transporte e instalação da turbina,

subestrutura e cabos elétricos. Da mesma maneira, serão inclusos nessa etapa os

custos relacionados à etapa de comissionamento das turbinas, referente aos

processos de finalização, inspeções e testes necessários para a boa operacionalidade

do parque.

Turbinas

Quanto à operação de instalação das turbinas, esta é realizada geralmente por

embarcações jack-up especializadas e abrange as seguintes etapas:

1. Carregamento dos componentes das turbinas no porto;

2. Trânsito até o local de operação do parque eólico;

3. Instalação dos componentes na plataforma;

4. Transito até a próxima plataforma de instalação;

5. Repetição de 4 e 5 para todos os componentes carregados;

6. Volta para o porto a fim de repetir o processo.

Uma turbina eólica consiste de pelo menos sete componentes individuais: nacelle,

eixo, três pás e duas seções de torres, os quais podem sem transportados e

instalados em uma variedade de formas, desde o transporte dos componentes

individualmente até o local e posterior instalação com várias operações de içamento,

até a montagem completa da turbina onshore antes do transporte e um único içamento

para instalação na subestrutura [7]. Dessa maneira, a melhor estratégia de instalação

da turbina depende de uma série de fatores, como as condições ambientais no local

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33

de instalação, numero de içamentos, a capacidade de içamento dos guindastes do

porto e da embarcação, o arranjo do convés da jack-up, entre outros.

Como a definição de tal estratégia requer um estudo detalhado de custo da

operação, foi definida a instalação envolvendo um total de quatro içamentos: duas

partes da torre, rotor completo e nacelle, método de instalação 3 apresentado na

Figura 20. Essa decisão foi tomada com base em um estudo de 17 parques eólicos

europeus, no qual mais de 40% dos casos optam por tal configuração [36]. Dessa

forma, vale ressaltar que a decisão do método de instalação é extremamente

dependente do local e projeto em questão e, portanto, após o correto planejamento e

estudo da operação, existe há possibilidade dos custos reais serem maiores ou

menores do que aqueles que serão considerados para o presente estudo.

Figura 20: Métodos de instalação de componentes de turbinas eólicas. Fonte: KAISER et al. [37].

O Porto de Sergipe, localizado na Barra dos Coqueiros há 15 km do local de

operação do parque eólico, foi escolhido como porto de apoio às operações de

carregamento dos componentes da turbina. Atualmente, o porto opera cargas gerais e

é utilizado, pela Petrobrás, para apoio às atividades de exploração e produção de

petróleo na costa de Sergipe. O porto compreende, ainda, o Terminal Marítimo Inácio

de Barbosa, terminal offshore cujo cais de encontra a 2400 m da linha da costa.

Já no que se refere à embarcação jack-up utilizada, foi considerada uma

velocidade de serviço de 11 nós (velocidade máxima nominal de acordo com

informações do mercado) e espaço de convés para acomodar quatro turbinas por

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34

viagem, de acordo com URAZ [38] como mostrado na configuração R2T na Figura 21.

De acordo com Bjerkseter et al. [7], o custo de afretamento de tal embarcação é por

volta de R$2017 742.435 a diária.

Figura 21: Diferentes configurações de transporte dos componentes de turbinas. Fonte: URAZ [38].

Ademais, é considerado, igualmente, o custo associado à tripulação operante

durante as etapas de instalação das turbinas que desempenham trabalhos

relacionados às operações mecânicas e elétricas da torre. Foram estipulados 15

empregados trabalhando em turnos de 12 horas, totalizando 30 trabalhadores por dia,

ao custo de R$2017 1.400/dia cada [7].

As janelas operacionais consideradas são de 80% para operações no porto e de

trânsito e 50% para içamento dos componentes em mar aberto [39]. O tempo de

carregamento da turbina no navio é estimado em quatro horas por turbina e, de acordo

com Bjerkseter et al. [7], o tempo de instalação da turbina na subestrutura é de 1,2

dias. Dessa maneira, os custos totais de instalação das turbinas são apresentados na

tabela abaixo e expressos por unidade de turbina.

Tabela 11: Custo de instalação por unidade de turbina

Operação Quantidade Duração [dias] Custo unitário Janela de operação

Custo total

Carregamento 1 0,17

R$2017

742.435

80% R$2017

157.767

Transporte 0,17 0,12 80% R$2017

18.932

Instalação 1 1,2 50% R$2017

1.782.000

Mão-de-obra 5 1,5 R$2017

1.400 56% R$2017

18.750

Custo total por unidade de turbina R$2017

1.978.000

Subestrutura

A instalação da subestrutura pode ser realizada com apoio de embarcações OCV,

mas por razões de custo, normalmente são feitas com navios jack-up especializados

em instalação de turbinas eólicas. Devido ao vasto espaço de convés, admite-se o

transporte de componentes de três subestruturas por viagem, totalizando duas viagens

de instalação. Além disso, de acordo com Bjerkseter et al. [7], a instalação completa

de uma subestrutura com fundação jaqueta é estimada em três dias. Considerando

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35

que as estacas representam a maior duração da operação, o tempo estimado para a

instalação da estrutura adicional e peça de transição é de um dia.

Ademais, é considerado um único içamento no cais para carregamento na

embarcação por subestrutura, ou seja, assume-se que a estrutura acima da lâmina

d’água e a peça de transição estão pré-montadas. Admite-se um tempo de içamento

igual ao da turbina, quatro horas por subestrutura.

Novamente, considera-se o custo associado à tripulação operante durante as

etapas de instalação. Foram estipulados 15 empregados trabalhando em turnos de 12

horas, totalizando 30 trabalhadores por dia, ao custo de R$2017 1.400/dia cada [7]. As

janelas operacionais são de 75% para operações no porto e trânsito e 50% para

içamento dos componentes em mar aberto [39]. O resumo das operações assim como

o custo associado a elas pode ser visualizado na Tabela 12.

Tabela 12: Custo de instalação da subestrutura

Operação Quantidade Duração [dias] Custo unitário Janela de operação

Custo total

Carregamento 1 0,17

R$2017

742.435

75% R$2017

94.660

Transporte 0,33 0,06 75% R$2017

11.025

Instalação 1 1 50% R$2017

371.218

Mão-de-obra 5 1,23 R$2017

1.400 55% R$2017

4.736

Custo total por unidade de subestrutura R$2017

481.639

Componentes Elétricos

Os componentes elétricos presentes no parque eólico se resumem aos cabos

elétricos marítimos e terrestre. Para evitar danos causados por impactos, os cabos

submarinos são sempre enterrados no leito marinho, o que acarreta custos

relacionados à embarcação responsável pela escavação do trecho.

O preço da instalação dos cabos tende a variar bastante visto que depende de

uma série de variáveis. Além das características relacionadas ao tipo de cabo e à

profundidade de instalação, o custo da operação varia consideravelmente com a oferta

de embarcações disponíveis, localidade do parque eólico e, sobretudo, tipo de solo e

consequente método de aterro.

De acordo com Douglas Westwood apud Bjerkseter et al. [31], o custo de

instalação de cabos de interconexão corresponde a um terço do valor dos cabos de

exportação, o que resulta em uma média de R$2017 746.223 por quilometro. Já os

cabos subterrâneos apresentam um custo de R$2017 700 por metro [33]. Dessa

maneira, os custos de instalação dos cabos elétricos são totalizados na Tabela 13.

Tabela 13: Custo total de instalação dos componentes elétricos

Custo de instalação dos cabos submarinos R$2017 12.685.791

Custo de instalação dos cabos subterrâneos R$2017 11.177.841

Custo total de instalação dos cabos R$2017 23.863.632

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36

4.3.1.4 Operação e Manutenção

Nessa etapa da vida útil do parque eólico, que é estimada em uma média de 20

anos [40], estão contidas todas as operações de manutenção que tem como objetivo

manter o estado técnico do parque com bom desempenho. Algumas ações tomadas

incluem a retirada de partes/componentes danificados, troca e adição de novas peças,

mudanças ou ajustes de configurações, atualizações de softwares e lubrificação ou

limpeza de componentes [7].

Normalmente, dependendo da etapa de vida útil em que se encontra o parque

eólico, mais ou menos operações de manutenção são necessárias. Entretanto, no

presente trabalho, os custos serão calculados pela média de custos anuais de toda a

vida útil do projeto, devido, sobretudo à falta de dados precisos sobre a variação do

custo para esse tipo de empreendimento.

Além disso, é importante destacar que a estratégia de manutenção utilizada pelo

parque eólico é extremamente específica para uma dada localidade e varia

consideravelmente com base em uma série de parâmetros, dependendo

predominantemente da distância do parque até a costa e das condições ambientais no

local.

De uma forma geral, a manutenção pode ser dividida entre preventiva e corretiva

ou uma combinação das duas. No primeiro caso, a manutenção é realizada com o

objetivo de prevenir certo componente ou sistema de deixar de cumprir seu propósito

de projeto, enquanto que a manutenção corretiva atua com o objetivo de substituir ou

reparar um componente ou sistema já que não está cumprindo seu propósito de

projeto [41]. Dessa forma, as categorias de manutenção podem ser subdivididas da

seguinte maneira:

Manutenção preventiva agendada: método de manutenção no qual os

serviços são realizados baseados em intervalos de tempo fixos ou número

fixo de horas de operação, independente do status operacional;

Manutenção preventiva condicionada: método de manutenção no qual os

serviços se iniciam quando níveis de utilização ultrapassam limites pré-

estabelecidos, sendo assim, baseados no estado de operação do

sistema/componente. A necessidade da manutenção é identificada por

inspeções ou outra técnica de vigilância, como sensores ou análises.

Manutenção corretiva não planejada: método de manutenção no qual os

serviços se iniciam a partir do momento de falha inesperada em um

componente, o qual não está mais cumprindo sua função.

Os danos mais comuns podem ser reparados no local de operação, utilizando uma

equipe transportada em uma pequena embarcação e fazendo uso dos guindastes e

equipamentos da própria turbina. Entretanto, nem todos os reparos podem ser

realizados dessa forma, pois dependendo do tamanho e peso do componente a ser

substituído, pode ser necessário o emprego de uma jack-up com maior capacidade de

içamento [40]. Nesses casos, o custo associado à manutenção tende a ser mais alto,

sobretudo se tratando de uma manutenção corretiva, na qual o custo de afretamento

da embarcação depende da demanda e oferta de ocasião.

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Manutenções preventivas podem ser planejadas com antecedência e, portanto,

estão associadas com custos e paralizações menores que podem ser determinados

previamente com certa precisão. Já para o caso de manutenções não planejadas, os

custos se tornam mais difíceis de prever e são determinados com grande incerteza [7].

Além disso, a frequência com a qual se realizam manutenções preventivas deve

ser definida buscando otimizar o equilíbrio entre custos diretos de manutenção e

perdas de produção com potencial danos severos nas turbinas. A realização de

manutenções com maior regularidade evita uma quantidade maior de falhas, mas tem

como consequência maior custo direto. Em contrapartida, manutenções menos

frequentes podem diminuir o custo, mas elevam o risco [7]. O comportamento descrito

pode ser visualizado no Gráfico 11, o qual resulta em um ponto de manutenção ótimo,

no qual os custos são minimizados.

Gráfico 11: Número ótimo de falhas permitidas. Fonte: BJERKSETER et al. [7].

Devido ao tamanho e proximidade do parque eólico em questão, será considerada

uma base onshore localizada no porto, com embarcações de apoio aos serviços de

manutenção contando, igualmente, com um helicóptero para auxílio na transferência

das equipes técnicas. Em casos de parques eólicos de grande capacidade e distantes

da costa (> 50 km), é considerada a utilização de bases offshore, incluindo um navio-

mãe permanente no local e flotel para acomodação dos tripulantes.

Para reparos com reposição de peças de grande porte, será considerado a

utilização de uma embarcação jack-up. Além disso, o tipo e duração das operações de

manutenção, a frequência de atuação e os equipamentos e materiais necessários,

foram parâmetros baseados no estudo realizado por WINDSPEED [33], o qual

considera a confiabilidade da turbina seguindo um comportamento de “bathtub curve”,

apresentado abaixo.

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Figura 22: Bathtub Curve - Comportamento de falhas ao longo da vida útil. Fonte: WINDSPEED [33].

A primeira fase do gráfico corresponde ao período de burn-in, onde as taxas de

falhas são altas, mas decrescente, devido em grande parte à erros de fabricação. Em

seguida, a confiabilidade do parque eólico está no máximo e se mantém constante por

grande parte da vida útil do projeto. Por fim, no período de wear-out, os componentes

e sistemas atingem o fim da vida útil, com frequentes demandas de manutenção

devido ao desgaste e envelhecimento.

O custo final considerado no presente projeto se baseou, portanto, no estudo

realizado por WINDSPEED [33], o qual considerou diversos parâmetros referente a

proximidade do parque eólico e condições climáticas. Além disso, os resultados foram

dados em custos anuais por MW, o que permite adaptar o valor para o tamanho de

parque eólico que se trabalha. O caso mais próximo do aqui estudado faz referência à

uma distancia de 20 km da costa, com alturas significativas de onda de 1,3 m e ventos

de 7,9 m/s. Para tais características, o custo anual por MW produzido é de

aproximadamente, R$2017 190.000.

Por fim, outra parcela de custo associada à fase de operação do parque eólico se

trata do seguro de operação, o qual é essencial para a atratividade do projeto e

redução de custos ao longo prazo. Normalmente, os seguros para projetos de parque

eólico provém proteção financeira para danos físicos imprevistos, acidente de

maquinários, lesão corporal dos trabalhadores e atrasos durante a etapa de operação

do parque. De acordo com PricewaterhouseCoopers apud Bjerkseter et al. [29], a

média de custo esperado para o seguro é em torno de R$2017 66.300 por MW por ano.

Dessa maneira, o custo anual total de operação e manutenção do parque pode ser

calculado e é apresentado abaixo.

Tabela 14: Custo de operação e manutenção anual

Modelo de turbina

V164-8.0 M5000 6.2M120 36sl

Custo anual de manutenção

R$2017

9.104.371 R$2017

5.690.232 R$2017

7.055.888 R$2017

4.096.967

Custo anual de seguro

R$2017

3.181.862 R$2017

1.988.664 R$2017

2.465.943 R$2017

1.431.838

Total R$2017

12.286.233 R$2017

7.678.895 R$2017

9.521.830 R$2017

5.528.805

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4.3.1.5 Descomissionamento

Nessa seção serão calculados os custos associados à etapa de

descomissionamento do parque eólico. Essa fase envolve todas as medidas tomadas

a partir do momento em que o projeto completou seu ciclo de operação e alcançou o

final de sua vida útil. Dessa forma, estão inclusos no custo as parcelas de remoção e

descarte dos componentes, gestão dos resíduos e limpeza/liberação do local. Isto

engloba as turbinas, as plataformas, peças de transição e cabos elétricos. Trabalhos

adicionais de monitoramento ambiental após o descomissionamento são, igualmente,

considerados nessa etapa [7].

A princípio, os componentes retirados serão sucateados ou reciclados, dentro do

possível. Para isso, uma série de etapas de processamento e transporte são

realizadas, desde o desmonte do sistema offshore até as usinas que realizarão o corte

e tratamento do material. Já no que se referem aos cabos instalados, os mesmo são

cortados e deixados no leito do mar [7].

Visto que a maioria dos empreendimentos desse tipo são relativamente recente,

não existe quantidade de informações abrangente sobre o assunto, uma vez que os

projetos ainda não alcançaram o fim de suas vidas úteis. Por se tratar de um projeto

offshore, os custos associados à engenharia reversa, com o desmonte ocorrendo em

alto mar e o transporte dos componentes para a costa, tendem a ser mais elevados do

que aqueles de parque eólicos onshore.

A estratégia de descomissionamento depende do parque, do mercado de sucata

local e de extensa análise das opções existentes. Atualmente, no Brasil, não existem

normas ambientais que regulem a atividade. Parte dos projetos offshore são

transformados em recifes artificiais ou abandonados quando no final da vida útil, em

geral devido aos altos custos de descomissionamento. Entretanto, o método utilizado

para o presente projeto terá uma abordagem mais conservadora, na qual o processo

de descomissionamento se trata da remoção completa ou parcial da estrutura

instalada.

Em certos casos, existe um valor residual referente ao material que pode ser

reutilizado, sobretudo no que diz respeito à subestrutura que poderia ser aproveitada

para uma nova turbina. Entretanto, visto que a presente tese já trata da reutilização de

estruturas, não será considerada essa possibilidade. Porém, o valor referente ao

ganho com a sucata será examinado e, de acordo com Bjerkseter et al. [7], é estimado

em R$2017 1.520,00 por tonelada (€2017 393,00/ton) com base no gráfico abaixo.

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Figura 23: Previsão do preço da sucata. Fonte: THE EUROPEAN STEEL ASSOCIATION [42].

Dessa maneira, a quantidade de aço associada à subestrutura é tal qual

apresentada na seção 4.3.1.2. Já a quantidade de material referente à turbina é

mostrada na tabela abaixo, estimada com base em [7]. Vale notar, que dependendo do

modelo de turbina e da altura da torre, os valores abaixo podem variar.

Tabela 15: Peso e porcentagem de aço de cada componente da turbina

Elemento Massa Porcentagem em aço

Rotor 110 ton 54%

Nacelle 240 ton 82%

Torre 250 ton 93%

Por fim, o custo da etapa de descomissionamento é estimado em porcentagens do

custo de instalação do parque eólico [43], as quais são determinadas abaixo.

Tabela 16: Custo parcial de descomissionamento

Elemento Porcentagem do

custo de instalação Valor

Turbina e subestrutura 80% R$2017 11.806.267,00

Cabos submarinos 10% R$2017 2.386.363,20

Custo parcial de descomissionamento R$2017 14.192.630,20

Tabela 17: Rendimento devido à sucata por turbina

Elemento Quantidade Valor

Turbina 488,7 ton R$2017 742.824,00

Subestrutura 820 ton R$2017 1.246.400,00

Tabela 18: Custo final da etapa de descomissionamento

Custo de Descomissionamento

R$2017 2.257.286,20

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41

4.3.2 CÁLCULO DA RECEITA

Antes de avaliar a receita do projeto com base no potencial eólico anual calculado

na seção 4.2, deve-se analisar as perdas energéticas às quais a turbina está sujeita.

Tais perdas estão relacionadas à rotina de operação da mesma, na qual deve-se levar

em consideração que a turbina não trabalha 100% do tempo devido às condições de

vento e pausas de manutenção. Além disso, existem igualmente as perdas devido à

transmissão elétrica que ocorrem nos cabos durante o percurso até a subestação

onshore. Dessa maneira, após a análise de disponibilidade e perdas elétricas pode-se

calcular o potencial líquido do parque eólico e a receita do projeto.

Cálculo das Perdas de Transmissão

As perdas de energia geradas pela transmissão são conhecidas como perdas

ôhmicas ou efeito joule, que é a perda térmica que ocorre quando uma corrente

elétrica passa por um condutor [45]. Essa seção se preocupa justamente com o

cálculo de tal perda, a partir do entendimento do circuito da turbina.

O tipo de gerador utilizado em turbinas eólicas trabalha de tal maneira que o

ângulo de fase entre a voltagem e a corrente elétrica é φ=0°, o que resulta em

potência reativa nula e potência aparente igual à potência ativa [44]:

𝑄𝑇 = √3 𝑉 𝑖 𝑠𝑒𝑛(𝜑) = 0 (5)

𝑃𝑇 = √3 𝑉 𝑖 𝑐𝑜𝑠(𝜑) = √3 𝑉 𝑖 = 𝑆𝑇 (6)

Dessa forma, para a voltagem de 33 kV de saída do transformador interno à

turbina e considerando a potencia média de cada modelo de turbina, a perda pode ser

calculada pelo método do cálculo das correntes, no qual a corrente interna ao circuito

trifásico, é dada por [45]:

𝑖 =𝑃𝑇

√3 𝑉 (7)

Tabela 19: Corrente do circuito por modelo de turbina

Modelo de Turbina Potência Nominal Potência Média Corrente

V164-8.0 8.000 kW 4.803 kW 84,06 A

M5000 5.000 kW 2.879 kW 50,37 A

6.2M120 6.200 kW 2.879 kW 50,38 A

36sl 3.600 kW 1.862 kW 32,58 A

Já a perda nos cabos elétricos, pode ser encontrada através de:

𝑃𝑙 = 3 × 𝑖2 × 𝑅 (8)

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Onde, 𝑃𝑙 representa a perda de potência em watt, 𝑖 representa a corrente do

circuito de uma fase, calculada anteriormente em ampères e 𝑅 equivale à resistência

do cabo em ohm, dada pela equação (9).

𝑅 =𝜌 𝑙

𝐴 (9)

Onde, ρ representa a resistividade do material (considerado 1,75 x 10-8 Ωm para o

cobre), 𝑙 equivale ao comprimento do cabo (33 km) e 𝐴 representa a área seccional do

cabo estabelecida em 630 mm2 na seção 4.3.1.2.

Tabela 20: Perdas de transmissão por modelo de turbina

Modelo de Turbina Perdas Ôhmicas Porcentagem de Perda

V164-8.0 19,42 kW 0,40%

M5000 6,98 kW 0,24%

6.2M120 6,98 kW 0,24%

36sl 2,92 kW 0,16%

Cálculo da Disponibilidade

Durante as etapas de manutenção do parque eólico, as turbinas passam por um

período de inatividade. De acordo com [7], a disponibilidade das turbinas levando em

consideração os períodos de inatividade, para parques eólicos próximos da costa

variam de 95% - 98%. Entretanto, as turbinas também experimentam intervalos de

paralisação, sobretudo, durante desligamentos automáticos devido às condições

severas de velocidade de vento. Na totalidade, turbinas eólicas geram energia em

83% do tempo, enquanto que os 17% restantes estão relacionados com a

indisponibilidade devido ao tempo, manutenção e outras causas [46].

Dessa forma, para o parque com 20 anos de vida útil, pode-se calcular a

indisponibilidade das turbinas eólicas e a consequente perda de produção.

Tabela 21: Disponibilidade do parque eólico

Disponibilidade 83%

Tempo total de paralisação 29.784 horas

Tabela 22: Perda de produção anual devido à indisponibilidade

Perda de produção por ano

V164-8.0 M5000 6.2M120 36sl

7.152,10 MWh 4.287,04 MWh 4.287,99 MWh 2.773,40 MWh

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Cálculo da Receita Final

Finalmente, considerando as perdas calculadas previamente, o potencial eólico

anual líquido é apresentado na Tabela 23.

Tabela 23: Potencial eólico anual líquido por modelo de turbina

Modelo de Turbina V164-8.0 M5000 6.2M120 36sl

Potencial Eólico Anual Líquido [MWh] 34.777,94 20.880,14 20.884,76 13.519,43

De acordo com o Leilão de Energia da ANEEL, realizado em novembro de 2017, o

valor da energia de origem eólica está cotado em R$ 276,00/MWh. Além disso, a

venda de créditos de carbono está cotada em US$ 15,10/tCO2. De acordo com a EPA

(United States Environmental Protection Agency), uma turbina eólica evita 3948

tCO2/ano, totalizando um adicional de R$2017 1.167.138,55 na receita anual do

projeto. Dessa forma, o valor final da receita bruta anual pode ser calculado com base

no potencial eólico apresentado anteriormente e considerando as 6 turbinas em

operação.

Tabela 24: Receita bruta anual do parque eólico por modelo de turbina

Modelo de Turbina Receita Anual do Parque Eólico

V164-8.0 R$2017 58.759.415

M5000 R$2017 35.744.650

6.2M120 R$2017 35.752.294

36sl R$2017 23.555.323

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5. RESULTADOS

Ao decorrer das seções anteriores foram definidos e calculados os parâmetros

necessários para a análise de viabilidade econômica do projeto. Além disso, foram

estabelecidas as características do parque eólico pretendido, resultado preliminar do

projeto, o qual é apresentado abaixo.

Tabela 25: Características do parque eólico estudado

Local de Implantação Bacia de Sergipe

Fundações Reutilizadas PCB03; PCM04; PCM05; PCM06; PCM08; PCM10

Subestrutura Jaqueta

Lâmina d’água Máxima 27 m

Distância da Costa 15 km

Número de Turbinas 6

Modelos de Turbina V164-8.0 M5000 6.2M120 36sl

Capacidade do Parque 48 MW 30 MW 37,2 MW 21,6 MW

Fator de Capacidade 60% 57,6% 46,4% 51,7%

Vida Útil 20 anos

Cabos Submarinos AC - 33 kV de cobre

Subestação Offshore NÃO

Figura 24: Esquema do parque eólico estudado. Fonte: Autor.

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Em seguida, a partir dos valores de custo para cada etapa de projeto obtém-se a

participação de cada parcela calculada no CAPEX do empreendimento, como pode

ser visualizado no Gráfico 12 e na Figura 25.

Gráfico 12: Distribuição dos custos de CAPEX

Figura 25: Porcentagem das parcelas do CAPEX. Fonte: Autor.

R$ 0,00

R$ 50.000.000,00

R$ 100.000.000,00

R$ 150.000.000,00

R$ 200.000.000,00

R$ 250.000.000,00

R$ 300.000.000,00

R$ 350.000.000,00

R$ 400.000.000,00

R$ 450.000.000,00

V164-8.0 M500 6.2M120 36sl

Descomissionamento

Desenvolvimento

Turbina

Subestrutura

Cabos

68%

17%

9% 5%

1%

V164-8.0

59% 23%

11%

6%

1%

M5000

63%

20%

10%

6%

1%

6.2M120

51%

28%

13%

7%

1%

36sl

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Como esperado, a maior parcela de custo do CAPEX é referente à aquisição e

instalação das turbinas, seguido do custo dos cabos elétricos. Tal resultado está de

acordo com o indicado por Bjerkseter et al. [7], no qual a participação de custo das

turbinas e cabos elétrico no CAPEX é dada por 44% e 21%, respectivamente. As

referentes porcentagens tiveram um aumento no atual projeto, visto que a parcela de

custos da subestrutura reduziu sua participação no CAPEX. A utilização das

fundações existentes fez com que o custo relacionado à superestrutura representasse

entre 8-12% do CAPEX, em contrapartida aos 20% indicados por Bjerkseter et al. [7].

O alto custo de aquisição da turbina eólica é foco recorrente de estudos de

aprimoramento e redução de custos em parques eólicos. Prevê-se até a década de

2030 avanços tecnológicos e melhorias nos processos de fabricação do rotor que

podem reduzir em até 3,4% o CAPEX de projetos de parques eólicos offshore. Já no

que se refere aos custos relacionados à transmissão elétrica, a introdução do uso de

cabos com maiores capacidades de transmissão, o aumento da diversidade de

materiais dos cabos elétricos e as melhorias nos padrões de produção podem

alcançar uma redução do CAPEX em até 1,1% [43].

Para fins de cálculo do fluxo de caixa do projeto, considera-se um financiamento

de 70% do empreendimento via BNDES, com taxa de juros de 6,75% a.a.. O

financiamento em questão se trata de empréstimos concedidos pelo BNDES [47] para

projetos de implantação ou ampliação de empreendimentos destinados à geração de

energia elétrica a partir de fontes renováveis e termelétrica à gás. No caso da energia

eólica, a amortização pode ser realizada num prazo máximo de 16 anos [47]. Dessa

maneira foi decidido arbitrariamente um prazo de 10 anos pra o presente projeto.

Além disso, o período de carência é de 6 meses a contar a partir do início das

operações do parque eólico e será adotado o Sistema de Amortização Constante

(SAC) [47]. No que se refere aos impostos sobre o Lucro Antes do Imposto de Renda

(LAIR), são apurados o PIS à 1,65% e o CONFINS à 7,6%. É considerada,

igualmente, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) com uma alíquota de

9% para pessoas jurídicas [48]. Ademais, o imposto de renda para pessoa jurídica é

de 15% e a depreciação é de 5% ao ano.

Tabela 26: Parcelas de financiamento e recurso próprio por modelo de turbina

Modelo de Turbina

Valor do Investimento CAPEX

Parcela Financiada Parcela de Recursos

Próprios

V164-8.0 R$ 415.738.959,78 R$ 291.017.271,85 R$ 124.721.687,93

M5000 R$ 311.021.298,63 R$ 217.714.909,04 R$ 93.306.389,59

6.2M120 R$ 352.908.363,09 R$ 247.035.854,16 R$ 105.872.508,93

36sl R$ 262.153.057,75 R$ 183.507.140,43 R$ 78.645.917,33

Para o parque eólico projetado com seis turbinas, os resultados de VPL e TIR são

apresentados abaixo e a extensão dos cálculos pode ser visualizada no Anexo D. Foi

considerada uma taxa mínima de atratividade igual a 6,9% ao ano (taxa Selic de

2017). Percebe-se que para todos os modelos de turbina o VPL encontrando foi

negativo, indicando que o projeto não é viável. Além disso, a TIR também se manteve

abaixo da taxa de mercado, confirmando o resultado. Dessa maneira, foi optado pela

realização de um estudo da sensibilidade do VPL e TIR para o número de turbinas

utilizadas. Espera-se com o aumento das turbinas em operação, alcançar a viabilidade

econômica de projeto.

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Tabela 27: Resultados da viabilidade econômica

Modelo de Turbina VPL TIR

V164-8.0 -R$ 39.672.721,32 4,82%

M5000 -R$ 76.337.962,17 1,49%

6.2M120 -R$ 127.220.272,15 -1,18%

36sl -R$ 103.774.981,81 -2,04%

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6. ESTUDO DE SENSIBILIDADE

Inicialmente foi proposta a utilização de seis plataformas existentes na Bacia de

Sergipe. Tal decisão foi tomada devido a uma série de fatores, como boa qualidade de

vento no local, proximidade da costa e concentração de estruturas disponíveis. Além

das seis fundações fora de operação que foram selecionadas, existem outras oito que

se encontram no final da vida-útil e estão localizadas na mesma região (Figura 26).

Tais plataformas representam a possibilidade de expansão do parque eólico

anteriormente projetado em um número máximo de 14 turbinas.

Figura 26: Plataformas existentes na Bacia de Sergipe. Fonte: Autor.

Dessa forma, foi decidido realizar um estudo da sensibilidade da viabilidade do

projeto com base no número de turbinas instaladas. Para tal, foram consideradas as

variações de custo e receita pela unidade de turbinas do parque eólico. Algumas

considerações foram feitas de forma a representar corretamente a variação do custo

com a ampliação do projeto:

Certas parcelas de custo se mantêm constantes com a variação do número

de turbinas, como é o caso das despesas associadas aos cabos

subterrâneos e cabos submarinos no trecho de exportação até a costa.

Foi estabelecido um comprimento suplementar de 1,55 km de cabos

submarinos por turbina adicionada, correspondente à distância média de

1,5 km entre turbinas e uma profundidade de 25 m.

Na ampliação do parque eólico foi considerada a capacidade de

transmissão dos cabos AC selecionados na seção 4.3.1.2. Para valores

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maiores de 50MW de potência do parque foi definida a utilização de dois

cabos AC 33kV para exportação da energia gerada até a costa.

Foram utilizadas as mesmas condições de financiamento e tributos

calculadas para o parque eólico com 6 turbinas.

Dessa maneira, a divisão dos componentes de custo fixos e variáveis são

apresentados na Tabela 28 e as parcelas totais de custo e receita são resumidas nas

Tabelas 29-31.

Tabela 28: Distribuição dos componentes de custo

Componentes de Custo Fixo Componentes de Custo Variáveis

Aquisição dos cabos elétricos subterrâneos

Aquisição dos cabos elétricos submarinos de exportação

Instalação dos cabos elétricos subterrâneos

Instalação dos cabos elétricos submarinos de exportação

Custo de desenvolvimento e consentimento

Aquisição das turbinas

Aquisição das subestruturas

Aquisição dos cabos elétricos de interconexão

Instalação das turbinas

Instalação das subestruturas

Instalação dos cabos elétricos de interconexão

Custos de O&M

Custos de descomissionamento

Tabela 29: Parcelas de custo fixo e variável por unidade de turbina do CAPEX

Parcelas do CAPEX

Variável V164-8.0 M5000 6.2M120 36sl

R$ 62.586.946,94 R$ 45.134.003,49 R$ 52.115.180,87 R$ 36.989.296,54

Fixo V164-8.0 M5000 6.2M120 36sl

< 50 MW R$ 79.528.098,76 R$ 79.528.098,76 R$ 79.528.098,76 R$ 79.528.098,76

> 50 MW R$ 98.944.251,12 R$ 98.944.251,12 R$ 98.944.251,12 R$ 98.944.251,12

Tabela 30: Parcelas variáveis por unidade de turbina do OPEX

Parcelas do OPEX

V164-8.0 M5000 6.2M120 36sl

R$ 2.050.400,00 R$ 1.281.500,00 R$ 1.589.060,00 R$ 922.680,00

Tabela 31: Receita variável por unidade de turbina

Parcelas de Receita

V164-8.0 M5000 6.2M120 36sl

R$ 11.773.311,64 R$ 7.943.379,07 R$ 7.944.650,65 R$ 5.913.732,04

Finalmente, a partir dos valores calculados acima, para cada modelo de turbina,

buscou-se a quantidade de aerogeradores capazes de viabilizar o projeto. Para os

modelos da Vestas e da Areva, a viabilidade econômica ocorreu com 7 e 10 turbinas

em operação, respectivamente.

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Tabela 32: Resultado para o modelo V164-8.0

Modelo V164-8.0

7 turbinas VPL R$ 7.505.993,90

TIR 7,20%

Tabela 33: Resultado para o modelo M5000

Modelo M5000

10 turbinas VPL R$ 3.512.004,56

TIR 7,04%

Entretanto, para os modelos de turbina da Senvion e GE, mesmo com a utilização

das 14 plataformas existente, a viabilidade econômica não é alcançada. Esse

resultado ocorre devido, sobretudo, ao baixo fator de capacidade das turbinas (46,4%

e 51,7%, respectivamente), o que acarreta em uma variação de TIR e VPL lenta com o

aumento da receita devido ao acréscimo de aerogeradores.

Tabela 34: Resultado para o modelo 6.2M120

Modelo 6.2M120

14 turbinas VPL -R$ 103.062.386,16

TIR 4,18%

Tabela 35: Resultado para o modelo 36sl

Modelo 36sl

14 turbinas VPL -R$ 48.260.422,32

TIR 5,19%

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7. CONCLUSÃO

O presente trabalho buscou, a partir do estudo de viabilidade econômica, propor

uma solução alternativa para o uso de plataformas no final da vida-útil, através da

instalação de turbinas eólicas offshore. A partir do mapeamento de plataformas

existentes, obteve-se o local ideal para implantação do projeto. Em seguida, através

do estudo do potencial eólico de geração, foi calculada a receita para quatro diferentes

modelos de turbina disponíveis no mercado. Por fim, foi realizada a avaliação de

viabilidade econômica por meio do cálculo dos custos de implantação do parque

eólico.

Na seção 5 foram encontrados os resultados para a análise econômica em

questão. Apesar da redução de custos graças à utilização de plataformas existente,

ainda assim o projeto não se mostrou viável economicamente, já que para todos os

modelos de turbina estudados o VPL obteve resultado negativo e a TIR ficou menor do

que a taxa de mercado. Nesse contexto, foi realizada uma análise de sensibilidade do

projeto, aumentando o número de turbinas instaladas com base no número de

plataformas existentes no local.

Para tal análise, os resultados de viabilidade econômica de dois dos modelos de

turbina estudados (V164-8.0 e M5000) foram satisfatórios. Isso mostra que o efeito do

tamanho do parque eólico na viabilidade do projeto é altamente relevante. Além disso,

fica clara a importância da escolha do modelo de turbina a ser utilizado no

empreendimento.

Ainda que os resultados objetivados inicialmente no projeto não tenham sido

satisfatórios, considera-se que as soluções alternativas encontradas são relevantes e

o trabalho realizado resultou em um conteúdo construtivo. As conclusões aqui

alcançadas apontam para a necessidade de estudos posteriores que visem melhorar

as estimativas realizadas e criar alternativas para a viabilidade do projeto.

Vale ressaltar que maiores precisões quanto aos valores calculados podem ser

efetuadas. As bases de cálculo utilizadas para o projeto se baseiam, sobretudo, em

condições de mercado internacionais, onde os empreendimentos de energia eólica

offshore atuam nos dias de hoje. Entretanto, mesmo com estimativas melhoradas, não

se espera que o resultado final de viabilidade se altere. As incertezas e os aspectos

econômicos complexos do mercado nacional de energia, além do resultado final aqui

encontrado, apontam para uma direção onde a viabilidade do projeto e a implantação

de usinas eólicas offshore, de uma maneira geral, dependem de uma motivação extra,

ligada ao interesse político e social em novas fontes energéticas renováveis para o

país.

A proposta apresentada não só desenvolve uma solução para o

descomissionamento de plataformas atuais, como também visa acelerar a entrada da

fonte eólica offshore no mercado nacional. Especialistas não preveem a participação

do país nessa área em um futuro próximo e, apesar da falta de experiência do Brasil

em projetos de eólica offshore, a realização de pesquisas e projetos na área

impulsiona o desenvolvimento do setor.

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Dessa forma, a continuação do trabalho consiste em estudos futuros sobre a

viabilidade técnica do projeto, assim como um estudo detalhado do projeto de

descomissionamento das plataformas existentes. Ademais, outra proposta é um

projeto para reutilização das fundações em campos petrolíferos mais distantes da

costa, com a instalação de turbinas eólicas para suprir a demanda de energia elétrica

das demais plataformas em operação.

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[11] FUNDACÍON MAPFRE. Protection Against Wind-turbine Fires. Disponível em: <http://www.mapfre.com/fundacion/html/revistas>. Acesso em: 30 jan. 2018.

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[18] EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA (EPE). Balanço Elétrico Nacional. 2017.

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[20] ORTIZ, G. P., KAMPEL, M., “Potencial de Energia Eólica Offshore na Margem do Brasil”. V Simpósio Brasileiro de Oceanografia. Santos, SP, Brasil, 2011.

[21] IHS MARKIT. “Decommissioning Quarterly Report”. In: BARROS, J. C., FERNANDES, G. C., MIGUEL, M., et al., “Fixed Plataforms at Ageing Oil Fields – Feasibility Study for Reuse to Wind Farms”. Offshore Technology Conference, 27719-MS, Houston, Texas, USA, 1-4 maio 2017.

[22] PIRES, T. S., MORAIS, C. P. M., FREITAS, R. D. A., et al., “Discussion on the Life Extension of Offshore Production Facilities”. Rio Oil & Gas 2016 Expo and Conference, IBP2106_16, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 24-27 out. 2016.

[23] RUIVO, F. M., “Descomissionamento de Sistemas de Produção Offshore”. In: MARTINS, C. F., O Descomissionamento de Estruturas de Produção Offshore no Brasil. Tese de Pós-graduação, UFES, Vitória, ES, Brasil, 2015.

[24] MARTINS, C. F., O Descomissionamento de Estruturas de Produção Offshore no Brasil. Tese de Pós-graduação, UFES, Vitória, ES, Brasil, 2015.

[25] ELETROBRAS, CEPEL. Atlas do Potencial Eólico Brasileiro. Maio 2017.

[26] TRAPP, B. C., Análise de Viabilidade de uma Fazenda Eólica Offshore no Rio Grande do Sul. Tese de Bel., UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil, 2009.

[27] AGENCIA NACIONAL DO PETROLEO (ANP). Unidade Estacionária de Produção. Ago 2017.

[28] THE CROWN ESTATE. A Guide to an Offshore Wind Farm. 2010.

[29] PRICEWATERHOUSECOOPERS. “Offshore wind cost reduction pathways study – Finance work stream”. 2012. In: BJERKSETER, C., AGOTNES, A., Levelised Cost of Energy for Offshore Floating Wind Turbine Concepts. Tese de M.Sc., Norwegian University of Life Sciences, Noruega, 2013.

[30] THE CROWN ESTATE. Offshore Wind Cost Reduction – Pathways Study. 2012.

[31] DOUGLAS WESTWOOD. “Offshore Wind Asessment for Norway”. 2010. In: BJERKSETER, C., AGOTNES, A., Levelised Cost of Energy for Offshore Floating Wind Turbine Concepts. Tese de M.Sc., Norwegian University of Life Sciences, Noruega, 2013.

[32] VATTENFALL. Disponível em: <https://corporate.vattenfall.com/about-energy/renewable-energy-sources/wind-power/>. Acesso em: 08 jan. 2018.

[33] WINDSPEED. Inventory of Location Specific Wind Energy Cost. Maio 2011.

[34] FOUNDOCEAN. Ormonde Offshore Wind Farm. Disponível em: <http://www.foundocean.com/en/our-projects/case-studies/ormonde-offshore-wind-farm/ >. Acesso em: 12 jan. 2018.

[35] SEIDEL, M., “Jacket Substructures for the Repower 5M Wind Turbine”. 2007. In: BJERKSETER, C., AGOTNES, A., Levelised Cost of Energy for Offshore Floating Wind Turbine Concepts. Tese de M.Sc., Norwegian University of Life Sciences, Noruega, 2013.

[36] KAISER, M. J., SNYDER, B., “Offshore Wind Energy Installation and Decommissioning Cost Estimation in the U.S. Outer Continental Shelf”. 2010. In: BJERKSETER, C., AGOTNES, A., Levelised Cost of Energy for Offshore Floating

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Wind Turbine Concepts. Tese de M.Sc., Norwegian University of Life Sciences, Noruega, 2013.

[37] KAISER, M. J., SNYDER, B. F., Offshore Wind Energy Cost Modelling –Installation and Decommissioning”. Springer, 2012.

[38] URAZ, E., Offshore Wind Turbine Transportation and Installation Analysis. Tese de M.Sc., Gotland University, Visby, Suécia, 2011.

[39] MOSS, D. W., MYHR, A., “Concept for installation of floating offshore wind turbines”. 2009. In: BJERKSETER, C., AGOTNES, A., Levelised Cost of Energy for Offshore Floating Wind Turbine Concepts. Tese de M.Sc., Norwegian University of Life Sciences, Noruega, 2013.

[40] THE CROWN ESTATE. Jack-up Vessel Optimisation. 2014.

[41] RADEMAKERS, L. W. M. M., BRAAM, H., OBDAM, T. S. et al., “Operation and Maintenance Cost Estimator (OMCE)”. 2009. In: BJERKSETER, C., AGOTNES, A., Levelised Cost of Energy for Offshore Floating Wind Turbine Concepts. Tese de M.Sc., Norwegian University of Life Sciences, Noruega, 2013.

[42] THE EUROPEAN STEEL ASSOCIATION. “Scrap price index”. 2013. In: BJERKSETER, C., AGOTNES, A., Levelised Cost of Energy for Offshore Floating Wind Turbine Concepts. Tese de M.Sc., Norwegian University of Life Sciences, Noruega, 2013.

[43] BVGASSOCIATES. Future renewable energy costs: offshore wind. 2016.

[44] WILDI, T., “Electrical Machines, Drives and Power Systems”. 2006 In: BJERKSETER, C., AGOTNES, A., Levelised Cost of Energy for Offshore Floating Wind Turbine Concepts. Tese de M.Sc., Norwegian University of Life Sciences, Noruega, 2013.

[45] BARROS, P. K. S., Metodologia para Cálculo de Perdas Elétricas em Sistemas com Geração Eólica. Tese de Bel., UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2016.

[46] International Renewable Energy Agency (IRENA), Renewable Power Generation Costs. 2014.

[47] BNDES. BNDES Finem – Geração de Energia. Disponível em: <https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/produto/bndes-finem-energia>. Acesso em: 24 jan. 2018.

[48] Receita Federal. Pergintas e Respostas Pessoa Jurídica 2017. Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/ecf-escrituracao-contabil-fiscal/perguntas-e-respostas-pessoa-juridica-2017>. Acesso em: 24 jan. 2018.

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PBIQ-1 PLATAFORMA BIQUARA 1 Potiguar Petrobras Em operação 17 4°51'25.3"S 36°33'37.8"W 25

PAG01 PLATAFORMA DE AGULHA 1 Potiguar Petrobras Em operação 18 4°54'25.412"S 36°15'46.281"W 20

PAG02 PLATAFORMA DE AGULHA 2 Potiguar Petrobras Em operação 18 4°52'36.132"S 36°16'16.240"W 25

PAG03 PLATAFORMA DE AGULHA 3 Potiguar Petrobras Fora de operação 18 4°54'58.296"S 36°15'30.188"W 20

PARB1 PLATAFORMA DE ARABAIANA 1 Potiguar Petrobras Em operação 30 4°41'27.974"S 36°43'41.403"W 31

PARB3 PLATAFORMA DE ARABAIANA 3 Potiguar Petrobras Fora de operação 30 4°41'57.149"S 36°45'1.629"W 31

PART1 PLATAFORMA DE ARATUM 1 Potiguar Petrobras Em operação 7 5°02'0.833"S 36°34'27.240"W 6

PART2 PLATAFORMA DE ARATUM 2 Potiguar Petrobras Fora de operação 7 5°03'25.499"S 36°32'31.044"W 4

PAT01 PLATAFORMA DE ATUM 1 Ceará Petrobras Em operação 45 2°58'41.134"S 38°57'38.680"W 45

PAT02 PLATAFORMA DE ATUM 2 Ceará Petrobras Em operação 45 2°57'41.074"S 38°58'40.979"W 45

PAT03 PLATAFORMA DE ATUM 3 Ceará Petrobras Em operação 45 2°58'06.177"S 38°58'35.676"W 45

PCIO1 PLATAFORMA DE CIOBA 1 Potiguar Petrobras Em operação 9 4°57'59.395"S 36°25'18.197"W 12

PCR01 PLATAFORMA DE CURIMÃ 1 Ceará Petrobras Em operação 45 3°05'26.793"S 38°46'45.627"W 45

PCR02 PLATAFORMA DE CURIMÃ 2 Ceará Petrobras Em operação 45 3°05'27.346"S 38°47'45.895"W 45

PEP01 PLATAFORMA DE ESPADA 1 Ceará Petrobras Em operação 34 3°07'59.099"S 38°49'19.892"W 30

PMNT PLATAFORMA DE MANATI 1 Camamu Petrobras Em operação 36 13°29'23.777"S 38°48'44.373"W 12

PPE1A PLATAFORMA DE PESCADA 1A Potiguar Petrobras Em operação 20 4°42'17.515"S 36°49'39.214"W 30

PPE1B PLATAFORMA DE PESCADA 1B Potiguar Petrobras Em operação 20 4°42'13.223"S 36°48'36.543"W 30

PPE02 PLATAFORMA DE PESCADA 2 Potiguar Petrobras Em operação 25 4°42'53.946"S 36°50'17.333"W 30

PPE03 PLATAFORMA DE PESCADA 3 Potiguar Petrobras Fora de operação 25 4°41'03.913"S 36°49'29.409"W 30

PUB01 PLATAFORMA DE UBARANA 1 Potiguar Petrobras Em operação 17 4°54'54.905"S 36°20'27.832"W 20

PUB10 PLATAFORMA DE UBARANA 10 Potiguar Petrobras Em operação 13 4°57'08.166"S 36°21'22.609"W 15

PUB11 PLATAFORMA DE UBARANA 11 Potiguar Petrobras Em operação 13 4°56'15.262"S 36°20'37.119"W 18

PUB12 PLATAFORMA DE UBARANA 12 Potiguar Petrobras Em operação 13 4°55'22.924"S 36°20'13.304"W 20

PUB13 PLATAFORMA DE UBARANA 13 Potiguar Petrobras Em operação 13 4°54'59.013"S 36°19'02.671"W 20

PUB15 PLATAFORMA DE UBARANA 15 Potiguar Petrobras Em operação 13 4°55'46.695"S 36°24'24.624"W 18

PUB02 PLATAFORMA DE UBARANA 2 Potiguar Petrobras Em operação 13 4°55'50.106"S 36°19'26.204"W 18

PUB03 PLATAFORMA DE UBARANA 3 Potiguar Petrobras Em operação 13 4°55'27.426"S 36°22'36.323"W 18

PUB04 PLATAFORMA DE UBARANA 4 Potiguar Petrobras Em operação 13 4°54'35.464"S 36°24'45.27"W 18

PUB05 PLATAFORMA DE UBARANA 5 Potiguar Petrobras Em operação 13 4°56'02.946''S 36°21'51.167"W 18

PUB06 PLATAFORMA DE UBARANA 6 Potiguar Petrobras Em operação 13 4°56'41.986"S 36°22'26.972"W 18

PUB07 PLATAFORMA DE UBARANA 7 Potiguar Petrobras Em operação 13 4°56'42.393"S 36°20'40.67"W 18

PUB08 PLATAFORMA DE UBARANA 8 Potiguar Petrobras Em operação 13 4°55'26.281"S 36°21'10.123"W 20

PUB09 PLATAFORMA DE UBARANA 9 Potiguar Petrobras Em operação 13 4°55'23.729"S 36°18'53.208"W 20

PXA01 PLATAFORMA DE XAREU 1 Ceará Petrobras Em operação 32 3°01'50.403"S 39°02'43.247"W 35

PXA02 PLATAFORMA DE XAREU 2 Ceará Petrobras Fora de operação 45 3°02'21.145"S 39°02'30.188"W 35

PXA03 PLATAFORMA DE XAREU 3 Ceará Petrobras Em operação 45 3°02'06.296"S 39°01'30.911"W 35

POUB1 PLATAFORMA OESTE DE UBARANA 1 Potiguar Petrobras Em operação 16 4°53'13.779"S 36°25'59.970"W 22

POUB2 PLATAFORMA OESTE DE UBARANA 2 Potiguar Petrobras Fora de operação 16 4°53'30.122"S 36°27'10.815"W 22

PCB01 PLATAFORMA PCB-01 DE CAIOBA Sergipe Petrobras Em operação 28 11°00'29.323"S 36°55'58.132"W 15

PCB02 PLATAFORMA PCB-02 DE CAIOBA Sergipe Petrobras Em operação 28 11°00'01.656"S 36°55'29.285"W 15

PCB03 PLATAFORMA PCB-03 DE CAIOBA Sergipe Petrobras Fora de operação 27 10°59’44.818”S 36°55’25.794”W 15

PCB04 PLATAFORMA PCB-04 DE CAIOBA Sergipe Petrobras Em operação 26 11°00'25.706"S 36°55'33.196"W 15

PCM01 PLATAFORMA PCM-01 DE CAMORIM Sergipe Petrobras Em operação 13 10°59'38.118"S 36°59'36.819"W 6

PCM02 PLATAFORMA PCM-02 DE CAMORIM Sergipe Petrobras Em operação 15 10°59'04.216"S 36°58'55.840"W 6

PCM03 PLATAFORMA PCM-03 DE CAMORIM Sergipe Petrobras Em operação 14 10°58'04.709"S 36°58'38.425"W 6

PCM04 PLATAFORMA PCM-04 DE CAMORIM Sergipe Petrobras Fora de operação 18 10°59'07.736"S 36°57'53.042"W 8

PCM05 PLATAFORMA PCM-05 DE CAMORIM Sergipe Petrobras Fora de operação 20 10°59'58.193"S 36°58'19.505"W 8

PCM06 PLATAFORMA PCM-06 DE CAMORIM Sergipe Petrobras Fora de operação 26 10°58'59.914"S 36°55'58.199"W 11

PCM07 PLATAFORMA PCM-07 DE CAMORIM Sergipe Petrobras Em operação 19 11°00'50.266"S 36°59'18.236"W 7

PCM08 PLATAFORMA PCM-08 DE CAMORIM Sergipe Petrobras Fora de operação 26 10°59'17.025"S 36°56'16.719"W 11

PCM09 PLATAFORMA PCM-09 DE CAMORIM Sergipe Petrobras Em operação 24 10°59'13.473"S 36°56'54.385"W 10

PCM10 PLATAFORMA PCM-10 DE CAMORIM Sergipe Petrobras Fora de operação 21 10°58'38.748"S 36°57'04.099"W 9

PDO01 PLATAFORMA PDO-01 DE DOURADO Sergipe Petrobras Fora de operação 27 11°05'54.130"S 36°57'35.127"W 16

PDO02 PLATAFORMA PDO-02 DE DOURADO Sergipe Petrobras Fora de operação 28 11°06'53.946"S 36°57'59.440"W 16

PDO03 PLATAFORMA PDO-03 DE DOURADO Sergipe Petrobras Fora de operação 28 11°07'06.721"S 36°58'48.867"W 16

PGA01 PLATAFORMA PGA-01 DE GUARICEMA Sergipe Petrobras Em operação 29 11°08'57.141"S 37°02'57.195"W 11

PGA02 PLATAFORMA PGA-02 DE GUARICEMA Sergipe Petrobras Fora de operação 25 11°09'52.004"S 37°03'09.486"W 11

PGA03 PLATAFORMA PGA-03 DE GUARICEMA Sergipe Petrobras Em operação 28 11°08'33.758"S 37°02'24.217"W 11

PGA04 PLATAFORMA PGA-04 DE GUARICEMA Sergipe Petrobras Fora de operação 24 11°07'54.130"S 37°02'51.362"W 10

PGA05 PLATAFORMA PGA-05 DE GUARICEMA Sergipe Petrobras Fora de operação 25 11°09'13.012"S 37°03'42.995"W 10

PGA07 PLATAFORMA PGA-07 DE GUARICEMA Sergipe Petrobras Fora de operação 27 11°12'08.177"S 37°04'46.675"W 10

PGA08 PLATAFORMA PGA-08 DE GUARICEMA Sergipe Petrobras Em operação 38 11°10'38.947"S 37°01'06.846"W 15

PRB01 PLATAFORMA PRB-01 DE ROBALO Sergipe Petrobras Fora de operação 13 10°39'12.455"S 36°38'02.530"W 6

SIGLA NOME BACIA OPERADOR OPERAÇÃOLÂMINA

D'ÁGUALATITUDE LONGITUDE

DISTÂNCIA DA

COSTA

ANEXO A – CARACTERÍSTICAS DAS UEP’S NO NE

Figura 27: Características das UEP's em Bacias do Nordeste

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ANEXO B – CURVAS DE POTÊNCIA DAS TURBINAS

Figura 28: Curva de potência do modelo V164-8.0. Fonte: Vestas.

Figura 29: Curva de potência do modelo 6.2M120. Fonte: Senvion.

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Figura 30: Curva de potência do modelo M5000. Fonte: Areva.

Figura 31: Curva de potência do modelo 36sl. Fonte: GE.

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ANEXO C – CONVERSÕES MONETÁRIAS

Dependendo da fonte de publicação utilizada, as conversões monetárias foram

realizadas para o cambio e a valor atual, a fim de trabalhar com a moeda Real de

2017. Entretanto, uma atenção especial deve ser feita com relação à ordem das

conversões. Caso o valor convertido se trate de um produto a ser fornecido pelo

mercado brasileiro, a inflação deve ser considerada após a conversão cambial. Caso

contrário, se o produto for de origem da moeda em questão, deve-se realizar o ajuste

para o ano de 2017 e, em seguida, a conversão de moeda.

Conversão cambial

Todos os valores foram convertidos para Real utilizando a taxa de câmbio no

ano em questão, pela seguinte relação:

𝑅$𝑡 = 𝑀𝑡𝐶𝑡

Onde:

𝑅$𝑡 representa o valor em Real convertido da moeda estrangeira em um ano t

𝑀𝑡 representa o valor indicado na moeda estrangeira em um ano t

𝐶𝑡 representa a taxa de câmbio entre o Real e a moeda estrangeira em questão

em um ano t

𝑡 representa o ano t da conversão

Tabela 36: Taxas de conversão monetária

Ano EUR USD GBP

2017 3,8702 3,2630 4,4407

2016 3,6380 3,4356 4,0033

2015 4,1106 3,8739 5,8942

2014 3,2023 2,5618 4,1675

2013 3,1610 2,3243 3,8560

2012 2,7384 2,1068 3,3594

2011 2,4162 1,7922 2,9072

2010 2,2336 1,7044 2,6091

2009 2,61107 1,7285 2,8018

2008 2,97706 2,3557 3,5071

Fonte: Banco Central do Brasil

Inflação

A correção para o ano de base de 2018 é feita através da conversão pela taxa

de inflação, como mostrado abaixo:

𝑀2017 = 𝑀𝑡 ×𝐼2017

𝐼𝑡

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Onde:

𝑀2017 representa a moeda convertida para 2017

𝑀𝑡 representa o valor da moeda no ano de referência t

𝐼2017 representa o índice inflacionário no ano de 2017

𝐼𝑡 representa o índice inflacionário no ano de referência t

𝑡 representa o ano t da conversão

Tabela 37: Índices inflacionários

Ano EUR – PPI1 REAL – IPCA2 GBP – CPI3

2017 105,9 4894,92 103,4

2016 102,0 4761,42 100,7

2015 103,7 4450,45 100,0

2014 106,2 4028,44 100,0

2013 108,2 3780,61 98,5

2012 108,3 3574,22 96,1

2011 105,6 3386,8 93,4

2010 100 3175,88 89,4

2009 96,8 3006,47 86,6

2008 100,5 2884,78 84,7

1) Eurostat (EU 2010 = 100)

2) IBGE (dez/93 = 100)

3) ONS (2015 =100)

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ANEXO D – MEMÓRIA DE CÁLCULO DO FLUXO DE

CAIXA

Figura 32: Cálculo da Receita Líquida para o modelo de turbina V164-8.0

Figura 33: Fluxo de caixa para o modelo de turbina V164-8.0

A fim de simplificar o cálculo, foram considerados 18 meses de construção que,

adicionados aos 6 meses de carência, totalizam 2 anos antes dos pagamentos das

parcelas do financiamento.

Ano Receita Bruta PIS/CONFINS OPEX Depreciação LAIR CSLL IR Lucro Líquido Contábil Receita Líquida Final

1 - - - - - - - - -

2 29.379.707,50R$ 2.717.622,94R$ 6.143.116,50R$ 10.393.473,99R$ 10.125.494,06R$ 911.294,47R$ 1.518.824,11R$ 7.695.375,49R$ 18.088.849,48R$

3 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

4 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

5 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

6 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

7 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

8 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

9 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

10 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

11 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

12 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

13 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

14 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

15 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

16 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

17 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

18 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

19 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

20 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

21 58.759.415,00R$ 5.435.245,89R$ 12.286.233,00R$ 20.786.947,99R$ 20.250.988,12R$ 1.822.588,93R$ 3.037.648,22R$ 15.390.750,97R$ 36.177.698,96R$

22 29.379.707,50R$ 2.717.622,94R$ 6.143.116,50R$ 10.393.473,99R$ 10.125.494,06R$ 911.294,47R$ 1.518.824,11R$ 7.695.375,49R$ 18.088.849,48R$

V164-8.0

Ano Recursos Próprios Saldo devedor Amortização Juros Prestação Receita Líquida FC FVA VP

0 124.721.687,93R$ 291.017.271,85R$ - - - - 124.721.687,93-R$ 1,00 124.721.687,93-R$

1 310.660.937,70R$ - 19.643.665,85R$ - 18.088.849,48R$ 18.088.849,48R$ 0,94 16.921.281,09R$

2 279.594.843,93R$ 31.066.093,77R$ 20.969.613,29R$ 52.035.707,06R$ 36.177.698,96R$ 15.858.008,10-R$ 0,88 13.876.924,48-R$

3 248.528.750,16R$ 31.066.093,77R$ 18.872.651,97R$ 49.938.745,73R$ 36.177.698,96R$ 13.761.046,77-R$ 0,82 11.264.666,93-R$

4 217.462.656,39R$ 31.066.093,77R$ 16.775.690,64R$ 47.841.784,41R$ 36.177.698,96R$ 11.664.085,44-R$ 0,77 8.931.818,13-R$

5 186.396.562,62R$ 31.066.093,77R$ 14.678.729,31R$ 45.744.823,08R$ 36.177.698,96R$ 9.567.124,11-R$ 0,72 6.853.191,73-R$

6 155.330.468,85R$ 31.066.093,77R$ 12.581.767,98R$ 43.647.861,75R$ 36.177.698,96R$ 7.470.162,78-R$ 0,67 5.005.688,66-R$

7 124.264.375,08R$ 31.066.093,77R$ 10.484.806,65R$ 41.550.900,42R$ 36.177.698,96R$ 5.373.201,45-R$ 0,63 3.368.132,65-R$

8 93.198.281,31R$ 31.066.093,77R$ 8.387.845,32R$ 39.453.939,09R$ 36.177.698,96R$ 3.276.240,12-R$ 0,59 1.921.118,19-R$

9 62.132.187,54R$ 31.066.093,77R$ 6.290.883,99R$ 37.356.977,76R$ 36.177.698,96R$ 1.179.278,79-R$ 0,55 646.870,20-R$

10 31.066.093,77R$ 31.066.093,77R$ 4.193.922,66R$ 35.260.016,43R$ 36.177.698,96R$ 917.682,54R$ 0,51 470.885,61R$

11 -R$ 31.066.093,77R$ 2.096.961,33R$ 33.163.055,10R$ 36.177.698,96R$ 3.014.643,86R$ 0,48 1.447.042,40R$

12 36.177.698,96R$ 36.177.698,96R$ 0,45 16.244.579,66R$

13 36.177.698,96R$ 36.177.698,96R$ 0,42 15.196.052,07R$

14 36.177.698,96R$ 36.177.698,96R$ 0,39 14.215.203,06R$

15 36.177.698,96R$ 36.177.698,96R$ 0,37 13.297.664,22R$

16 36.177.698,96R$ 36.177.698,96R$ 0,34 12.439.349,13R$

17 36.177.698,96R$ 36.177.698,96R$ 0,32 11.636.435,11R$

18 36.177.698,96R$ 36.177.698,96R$ 0,30 10.885.346,22R$

19 36.177.698,96R$ 36.177.698,96R$ 0,28 10.182.737,35R$

20 36.177.698,96R$ 36.177.698,96R$ 0,26 9.525.479,28R$

21 18.088.849,48R$ 18.088.849,48R$ 0,25 4.455.322,39R$

VPL 39.672.721,32-R$

TIR 4,82%

Financiamento

V164-8.0

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62

Figura 34: Cálculo da Receita Líquida para o modelo de turbina M5000

Figura 35: Fluxo de caixa para o modelo de turbina M5000

A fim de simplificar o cálculo, foram considerados 18 meses de construção que,

adicionados aos 6 meses de carência, totalizam 2 anos antes dos pagamentos das

parcelas do financiamento.

Ano Receita Bruta PIS/CONFINS OPEX Depreciação LAIR CSLL IR Lucro Líquido Contábil Receita Líquida Final

1 - - - - - - - - -

2 17.872.324,99R$ 1.653.190,06R$ 3.839.447,50R$ 7.775.532,47R$ 4.604.154,97R$ 414.373,95R$ 690.623,25R$ 3.499.157,77R$ 11.274.690,24R$

3 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

4 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

5 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

6 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

7 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

8 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

9 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

10 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

11 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

12 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

13 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

14 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

15 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

16 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

17 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

18 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

19 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

20 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

21 35.744.649,99R$ 3.306.380,12R$ 7.678.895,00R$ 15.551.064,93R$ 9.208.309,93R$ 828.747,89R$ 1.381.246,49R$ 6.998.315,55R$ 22.549.380,48R$

22 17.872.324,99R$ 1.653.190,06R$ 3.839.447,50R$ 7.775.532,47R$ 4.604.154,97R$ 414.373,95R$ 690.623,25R$ 3.499.157,77R$ 11.274.690,24R$

M5000

Ano Recursos Próprios Saldo devedor Amortização Juros Prestação Receita Líquida FC FVA VP

0 93.306.389,59R$ 217.714.909,04R$ - - - - 93.306.389,59-R$ 1,00 93.306.389,59-R$

1 232.410.665,40R$ - 14.695.756,36R$ - 11.274.690,24R$ 11.274.690,24R$ 0,94 10.546.950,65R$

2 209.169.598,86R$ 23.241.066,54R$ 15.687.719,91R$ 38.928.786,45R$ 22.549.380,48R$ 16.379.405,97-R$ 0,88 14.333.186,01-R$

3 185.928.532,32R$ 23.241.066,54R$ 14.118.947,92R$ 37.360.014,46R$ 22.549.380,48R$ 14.810.633,98-R$ 0,82 12.123.849,42-R$

4 162.687.465,78R$ 23.241.066,54R$ 12.550.175,93R$ 35.791.242,47R$ 22.549.380,48R$ 13.241.861,99-R$ 0,77 10.140.006,57-R$

5 139.446.399,24R$ 23.241.066,54R$ 10.981.403,94R$ 34.222.470,48R$ 22.549.380,48R$ 11.673.090,00-R$ 0,72 8.361.752,48-R$

6 116.205.332,70R$ 23.241.066,54R$ 9.412.631,95R$ 32.653.698,49R$ 22.549.380,48R$ 10.104.318,01-R$ 0,67 6.770.812,31-R$

7 92.964.266,16R$ 23.241.066,54R$ 7.843.859,96R$ 31.084.926,50R$ 22.549.380,48R$ 8.535.546,02-R$ 0,63 5.350.413,80-R$

8 69.723.199,62R$ 23.241.066,54R$ 6.275.087,97R$ 29.516.154,51R$ 22.549.380,48R$ 6.966.774,02-R$ 0,59 4.085.169,51-R$

9 46.482.133,08R$ 23.241.066,54R$ 4.706.315,97R$ 27.947.382,51R$ 22.549.380,48R$ 5.398.002,03-R$ 0,55 2.960.967,88-R$

10 23.241.066,54R$ 23.241.066,54R$ 3.137.543,98R$ 26.378.610,52R$ 22.549.380,48R$ 3.829.230,04-R$ 0,51 1.964.872,64-R$

11 0,00R$ 23.241.066,54R$ 1.568.771,99R$ 24.809.838,53R$ 22.549.380,48R$ 2.260.458,05-R$ 0,48 1.085.029,87-R$

12 22.549.380,48R$ 22.549.380,48R$ 0,45 10.125.166,00R$

13 22.549.380,48R$ 22.549.380,48R$ 0,42 9.471.623,95R$

14 22.549.380,48R$ 22.549.380,48R$ 0,39 8.860.265,62R$

15 22.549.380,48R$ 22.549.380,48R$ 0,37 8.288.368,21R$

16 22.549.380,48R$ 22.549.380,48R$ 0,34 7.753.384,67R$

17 22.549.380,48R$ 22.549.380,48R$ 0,32 7.252.932,34R$

18 22.549.380,48R$ 22.549.380,48R$ 0,30 6.784.782,36R$

19 22.549.380,48R$ 22.549.380,48R$ 0,28 6.346.849,73R$

20 22.549.380,48R$ 22.549.380,48R$ 0,26 5.937.184,03R$

21 11.274.690,24R$ 11.274.690,24R$ 0,25 2.776.980,37R$

VPL 76.337.962,17-R$

TIR 1,49%

Financiamento

M5000

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63

Figura 36: Cálculo da Receita Líquida para o modelo de turbina 6.2M120

Figura 37: Fluxo de caixa para o modelo de turbina 6.2M120

A fim de simplificar o cálculo, foram considerados 18 meses de construção que,

adicionados aos 6 meses de carência, totalizam 2 anos antes dos pagamentos das

parcelas do financiamento.

Ano Receita Bruta PIS/CONFINS OPEX Depreciação LAIR CSLL IR Lucro Líquido Contábil Receita Líquida Final

1 - - - - - - - - -

2 17.876.146,96R$ 1.653.543,59R$ 4.760.915,00R$ 8.822.709,08R$ 2.638.979,29R$ 237.508,14R$ 395.846,89R$ 2.005.624,26R$ 10.828.333,34R$

3 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

4 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

5 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

6 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

7 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

8 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

9 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

10 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

11 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

12 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

13 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

14 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

15 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

16 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

17 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

18 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

19 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

20 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

21 35.752.293,93R$ 3.307.087,19R$ 9.521.830,00R$ 17.645.418,15R$ 5.277.958,59R$ 475.016,27R$ 791.693,79R$ 4.011.248,53R$ 21.656.666,68R$

22 17.876.146,96R$ 1.653.543,59R$ 4.760.915,00R$ 8.822.709,08R$ 2.638.979,29R$ 237.508,14R$ 395.846,89R$ 2.005.624,26R$ 10.828.333,34R$

6.2M120

Ano Recursos Próprios Saldo devedor Amortização Juros Prestação Receita Líquida FC FVA VP

0 105.872.508,93R$ 247.035.854,16R$ - - - - 105.872.508,93-R$ 1,00 105.872.508,93-R$

1 263.710.774,32R$ - 16.674.920,16R$ - 10.828.333,34R$ 10.828.333,34R$ 0,94 10.129.404,43R$

2 237.339.696,89R$ 26.371.077,43R$ 17.800.477,27R$ 44.171.554,70R$ 21.656.666,68R$ 22.514.888,02-R$ 0,88 19.702.184,46-R$

3 210.968.619,46R$ 26.371.077,43R$ 16.020.429,54R$ 42.391.506,97R$ 21.656.666,68R$ 20.734.840,29-R$ 0,82 16.973.350,48-R$

4 184.597.542,02R$ 26.371.077,43R$ 14.240.381,81R$ 40.611.459,25R$ 21.656.666,68R$ 18.954.792,57-R$ 0,77 14.514.705,05-R$

5 158.226.464,59R$ 26.371.077,43R$ 12.460.334,09R$ 38.831.411,52R$ 21.656.666,68R$ 17.174.744,84-R$ 0,72 12.302.737,78-R$

6 131.855.387,16R$ 26.371.077,43R$ 10.680.286,36R$ 37.051.363,79R$ 21.656.666,68R$ 15.394.697,11-R$ 0,67 10.315.847,60-R$

7 105.484.309,73R$ 26.371.077,43R$ 8.900.238,63R$ 35.271.316,07R$ 21.656.666,68R$ 13.614.649,39-R$ 0,63 8.534.194,28-R$

8 79.113.232,30R$ 26.371.077,43R$ 7.120.190,91R$ 33.491.268,34R$ 21.656.666,68R$ 11.834.601,66-R$ 0,59 6.939.561,08-R$

9 52.742.154,86R$ 26.371.077,43R$ 5.340.143,18R$ 31.711.220,61R$ 21.656.666,68R$ 10.054.553,93-R$ 0,55 5.515.227,88-R$

10 26.371.077,43R$ 26.371.077,43R$ 3.560.095,45R$ 29.931.172,89R$ 21.656.666,68R$ 8.274.506,21-R$ 0,51 4.245.853,78-R$

11 0,00R$ 26.371.077,43R$ 1.780.047,73R$ 28.151.125,16R$ 21.656.666,68R$ 6.494.458,48-R$ 0,48 3.117.368,82-R$

12 21.656.666,68R$ 21.656.666,68R$ 0,45 9.724.317,94R$

13 21.656.666,68R$ 21.656.666,68R$ 0,42 9.096.649,15R$

14 21.656.666,68R$ 21.656.666,68R$ 0,39 8.509.494,06R$

15 21.656.666,68R$ 21.656.666,68R$ 0,37 7.960.237,66R$

16 21.656.666,68R$ 21.656.666,68R$ 0,34 7.446.433,73R$

17 21.656.666,68R$ 21.656.666,68R$ 0,32 6.965.793,95R$

18 21.656.666,68R$ 21.656.666,68R$ 0,30 6.516.177,69R$

19 21.656.666,68R$ 21.656.666,68R$ 0,28 6.095.582,50R$

20 21.656.666,68R$ 21.656.666,68R$ 0,26 5.702.135,17R$

21 10.828.333,34R$ 10.828.333,34R$ 0,25 2.667.041,71R$

VPL 127.220.272,15-R$

TIR -1,18%

6.2M120

Financiamento

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64

Figura 38: Cálculo da Receita Líquida para o modelo de turbina 36sl

Figura 39: Fluxo de caixa para o modelo de turbina 36sl

A fim de simplificar o cálculo, foram considerados 18 meses de construção que,

adicionados aos 6 meses de carência, totalizam 2 anos antes dos pagamentos das

parcelas do financiamento.

Ano Receita Bruta PIS/CONFINS OPEX Depreciação LAIR CSLL IR Lucro Líquido Contábil Receita Líquida Final

1 - - - - - - - - -

2 11.777.661,25R$ 1.089.433,67R$ 2.764.402,50R$ 6.553.826,44R$ 1.369.998,64R$ 123.299,88R$ 205.499,80R$ 1.041.198,97R$ 7.595.025,41R$

3 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

4 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

5 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

6 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

7 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

8 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

9 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

10 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

11 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

12 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

13 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

14 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

15 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

16 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

17 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

18 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

19 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

20 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

21 23.555.322,50R$ 2.178.867,33R$ 5.528.805,00R$ 13.107.652,89R$ 2.739.997,28R$ 246.599,76R$ 410.999,59R$ 2.082.397,93R$ 15.190.050,82R$

22 11.777.661,25R$ 1.089.433,67R$ 2.764.402,50R$ 6.553.826,44R$ 1.369.998,64R$ 123.299,88R$ 205.499,80R$ 1.041.198,97R$ 7.595.025,41R$

36sl

Ano Recursos Próprios Saldo devedor Amortização Juros Prestação Receita Líquida FC FVA VP

0 78.645.917,33R$ 183.507.140,43R$ - - - - 78.645.917,33-R$ 1,00 78.645.917,33-R$

1 195.893.872,40R$ - 12.386.731,98R$ - 7.595.025,41R$ 7.595.025,41R$ 0,94 7.104.794,58R$

2 176.304.485,16R$ 19.589.387,24R$ 13.222.836,39R$ 32.812.223,63R$ 15.190.050,82R$ 17.622.172,81-R$ 0,88 15.420.698,47-R$

3 156.715.097,92R$ 19.589.387,24R$ 11.900.552,75R$ 31.489.939,99R$ 15.190.050,82R$ 16.299.889,17-R$ 0,82 13.342.940,08-R$

4 137.125.710,68R$ 19.589.387,24R$ 10.578.269,11R$ 30.167.656,35R$ 15.190.050,82R$ 14.977.605,53-R$ 0,77 11.469.158,84-R$

5 117.536.323,44R$ 19.589.387,24R$ 9.255.985,47R$ 28.845.372,71R$ 15.190.050,82R$ 13.655.321,89-R$ 0,72 9.781.679,21-R$

6 97.946.936,20R$ 19.589.387,24R$ 7.933.701,83R$ 27.523.089,07R$ 15.190.050,82R$ 12.333.038,25-R$ 0,67 8.264.257,63-R$

7 78.357.548,96R$ 19.589.387,24R$ 6.611.418,19R$ 26.200.805,43R$ 15.190.050,82R$ 11.010.754,61-R$ 0,63 6.901.971,28-R$

8 58.768.161,72R$ 19.589.387,24R$ 5.289.134,55R$ 24.878.521,80R$ 15.190.050,82R$ 9.688.470,97-R$ 0,59 5.681.115,27-R$

9 39.178.774,48R$ 19.589.387,24R$ 3.966.850,92R$ 23.556.238,16R$ 15.190.050,82R$ 8.366.187,34-R$ 0,55 4.589.107,57-R$

10 19.589.387,24R$ 19.589.387,24R$ 2.644.567,28R$ 22.233.954,52R$ 15.190.050,82R$ 7.043.903,70-R$ 0,51 3.614.401,20-R$

11 0,00-R$ 19.589.387,24R$ 1.322.283,64R$ 20.911.670,88R$ 15.190.050,82R$ 5.721.620,06-R$ 0,48 2.746.402,96-R$

12 15.190.050,82R$ 15.190.050,82R$ 0,45 6.820.665,70R$

13 15.190.050,82R$ 15.190.050,82R$ 0,42 6.380.416,94R$

14 15.190.050,82R$ 15.190.050,82R$ 0,39 5.968.584,60R$

15 15.190.050,82R$ 15.190.050,82R$ 0,37 5.583.334,52R$

16 15.190.050,82R$ 15.190.050,82R$ 0,34 5.222.950,90R$

17 15.190.050,82R$ 15.190.050,82R$ 0,32 4.885.828,72R$

18 15.190.050,82R$ 15.190.050,82R$ 0,30 4.570.466,53R$

19 15.190.050,82R$ 15.190.050,82R$ 0,28 4.275.459,81R$

20 15.190.050,82R$ 15.190.050,82R$ 0,26 3.999.494,67R$

21 7.595.025,41R$ 7.595.025,41R$ 0,25 1.870.671,04R$

VPL 103.774.981,81-R$

TIR -2,04%

Financiamento

36sl


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