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Learning to Pray (With Christ in the School of Prayer)£o de... · Com Cristo na escola de oração...

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Learning to Pray (With Christ in the School of Prayer), traduzido de Classic Books forToday, n. 174, 1994, periódico publicado pelo Herald of His Coming, P.O. Box 886,Newton, Kansas 67114.

© 2009 Editora dos Clássicos.

Tradução: Elenir Eller CordeiroRevisão: Paulo César de OliveiraCapa: Wesley MendonçaDiagramação: José Murad Badur Editor: Gerson Lima

1ª edição: junho de 2009 / Reimpressão: fevereiro de 20132ª edição: agosto de 2014

Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) o Departamento Nacional do Livro

M9811c M9811c Murray, Andrew Com Cristo na escola de oração / Andrew Murray; traduzido por Elenir Eller Cordeiro. _ São Paulo: Clássicos, 2009 312 p.: 23x16 cm ISBN 978-85-87832-45-0

1. Oração 2. Espiritualidade 3. Discipulado4. Vida Cristã I. Título

Todos os direitos reservados na língua portuguesa por:Editora dos Clássicos

www.editoradosclassicos.com

[email protected]

/edclassicos

/editoradosclassicos

19 3217-7089 / 19 3889-1368

Proibida a reprodução total ou parcial deste livrosem a autorização escrita dos editores.

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SUMÁRIO

Prefácio à Edição Brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9

Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

Lição 1 - O Mestre singular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17

Lição 2 - Os verdadeiros adoradores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25

Lição 3 - A sós com Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33

Lição 4 - O modelo de oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41

Lição 5 - A certeza da resposta à oração . . . . . . . . . . . . . . . . . .49

Lição 6 - A paternalidade infinita de Deus . . . . . . . . . . . . . . . .57

Nota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .64

Lição 7 - A dádiva que inclui tudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .67

Lição 8 - A ousadia dos amigos de Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . .75

Lição 9 - A oração provê trabalhadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83

Lição 10 - A oração deve ser específica . . . . . . . . . . . . . . . . . . .91

Lição 11 - A fé que recebe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .99

Lição 12 - O segredo da oração da fé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .107

Lição 13 - A cura da incredulidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .115

Nota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .123

Lição 14 - Oração e amor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .125

Lição 15 - O poder da oração em unidade . . . . . . . . . . . . . . . .133

Lição 16 - O poder da oração perseverante . . . . . . . . . . . . . . .141

Nota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .149

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Lição 17 - Oração em harmonia com Deus . . . . . . . . . . . . . . .153

Nota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .161

Lição 18 - Oração em harmonia com o destino do homem . .163

Lição 19 - Poder para orar e trabalhar . . . . . . . . . . . . . . . . . . .171

Lição 20 - O principal objetivo da oração . . . . . . . . . . . . . . . .179

Lição 21 - A condição que inclui tudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . .187

Nota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .195

Lição 22 - A Palavra e a oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .199

Lição 23 - Obediência, o caminho para o poder na oração . .207

Lição 24 - A súplica que prevalece sempre . . . . . . . . . . . . . . .217

Nota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .225

Lição 25 - O Espírito Santo e a oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . .227

Nota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .235

Lição 26 - Cristo, o Intercessor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .237

Nota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .245

Lição 27 - Cristo, o Sumo Sacerdote . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .249

Lição 28 - Cristo, o sacrifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .257

Lição 29 - Nossa confiança em oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . .265

Nota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .273

Lição 30 - O ministério da intercessão . . . . . . . . . . . . . . . . . . .277

Lição 31 - Uma vida de oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .285

Nota Final - George Müller e o

segredo de seu poder em oração . . . . . . . . . . . . . . . . .293

As citações bíblicas são da 2ª edição da Versão Revista e Atualizada da Sociedade Bíblica do Brasil.

Em todos os ensinamentos de Jesus aos Seus discípulos ne-nhum deles recebeu tanta ênfase quanto os segredos para umavida de oração vitoriosa. No entanto, para nossa surpresa, aolongo dos anos esse tem sido um dos assuntos e práticas mais ne-gligenciados por aqueles que dizem seguir o Mestre.

Andrew Murray1, um servo consagrado ao Senhor, apren-deu, Com Cristo na Escola de Oração, que a prática constante daoração, de acordo com os ensinamentos do Mestre, é um dos

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Prefácio à Edição Brasileira

1 Você encontra uma nota sobre o autor em seu livroHumildade, a Beleza da Santidade, publicado por esta editora.

COM CRISTO NA ESCOLA DE ORAÇÃO

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principais segredos para a vida cristã vitoriosa e a base para asustentação e o avanço da obra de Deus na Terra, assim como asua negligência é a raiz da doença espiritual da Igreja e a estag-nação da obra de Deus.

Procurando cumprir o chamado principal do ministério, queé treinar os filhos de Deus para que estes sejam capacitados a edi-ficarem o Corpo de Cristo (Ef 4.11-12), ele nos convoca a sermostreinados por Cristo em Sua escola de oração para podermos vi-ver de acordo com Sua vontade e, assim, Sua obra ser levadaadiante.

Para isso, ele procurou reunir nesta obra tudo que Jesusdisse sobre oração, enriquecendo-a com notas contendo trechosde ouro de outros servos do Senhor, encerrando com o excelentetexto George Müller e o Segredo de seu Poder em Oração.

Ele nos desafia a cultivarmos, individualmente, uma vida deoração diária em secreto com nosso Pai celestial, visando aden-trarmos pela fé no nível de poder que Cristo reservou para SuaIgreja, de que, em Seu nome, pelo poder da oração, continuaría-mos realizando Sua obra na Terra e fazendo obras maiores doque as que Ele fez. Ele nos encoraja a apropriar-nos das pro-messas do Mestre de que, em Seu nome, tudo que pedirmos aoPai Ele nos concederá, levando-nos a crer que é a vontade deDeus termos todas as nossas orações respondidas e que a au-sência disso tem como consequência a terrível fraqueza de nossavida espiritual.

Por meio desta obra somos exortados a alcançar uma vidapoderosa em plena união com Cristo e a compartilhar, pelo Es-pírito, da intercessão d’Aquele que agradou ao Pai em tudo,através de Sua vida de oração, e hoje, à direita do Pai, vive parainterceder pelos santos. Assim, viver pela vida de Cristo é com-

PREFÁCIO À EDIÇÃO BRASILEIRA

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partilhar de Sua vida de intercessão, e somente assim seremos li-vres dos enganos que nos fazem sentir confortáveis com oraçõessem resposta, pois a oração que está realmente em união comCristo é sempre respondida.

Poucos livros sobre oração causaram tanto impacto sobre aIgreja, tocando a vida de milhares de cristãos ao redor do mundo,como esta magnífica obra. Andrew Murray escreveu cerca de 250livros, e, dentre eles, Com Cristo na Escola de Oração é reconhecido pelos mais experimentados servos do Senhor nos últi-mos dois séculos como um dos maiores clássicos sobre o cami-nho da vida profunda com Cristo.

Ao publicarmos este clássico, louvamos imensamente aonosso Pai por cumprirmos mais um encargo que Ele mesmonos confiou e oramos para que cada leitor, ao adentrar nestas ins-piradoras páginas, adentre também, de fato, nas realidades es-pirituais de cada lição.

Pelos interesses de Cristo,

Os Editores.

Monte Mor, 3 de junho de 2009.

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De todas as promessas ligadas ao mandamento “permaneceiem mim” (Jo 15.4) não existe nenhuma maior, e nenhuma quemais rapidamente nos leve a confessar: “Não que eu o tenha járecebido ou tenha já obtido a perfeição” (Fl 3.12), do que esta: “Sepermanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem emvós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7). Podercom Deus é a mais alta realização de uma vida de plena perma-nência n’Ele.

E de todas as características de uma vida semelhante à deCristo não há nada mais sublime nem mais glorioso do que se

Prefácio

COM CRISTO NA ESCOLA DE ORAÇÃO

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conformar a Ele na obra a qual agora, incessantemente, Se dedicana presença do Pai – Sua poderosa e eficaz intercessão. Quantomais permanecemos n’Ele e crescemos à Sua semelhança, maispoderosamente Sua vida sacerdotal opera em nós, e nossa vidase tornará tal qual a Sua, uma vida que sempre suplica e preva-lece em favor dos homens.

“Tu nos fizestes reis e sacerdotes para Deus” (Ap 1.6). Poder,influência e bênção são fatores primordiais no ofício de um rei oude um sacerdote. O rei exerce um poder que vem de cima parabaixo; o sacerdote exerce um poder que vai de baixo para cima,levando-o a prevalecer com Deus. Nosso bendito Sacerdote e ReiJesus exerce Seu poder de rei fundamentado no de sacerdote:“Ele pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vi-vendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.25). E conosco,Seus reis e sacerdotes, não pode ser diferente: é pela intercessãoque a Igreja deve exercer seu mais alto poder e que cada um deseus membros deve provar sua descendência israelita, comopríncipe que luta com Deus e com os homens e prevalece.

Este livro foi escrito sob uma profunda convicção de que o lu-gar e o poder da oração na vida cristã têm sido muito pouco com-preendidos. Estou bem certo de que enquanto considerarmos aoração apenas um meio de manter nossa vida cristã, nunca al-cançaremos seu pleno significado. Mas se aprendermos a consi-derá-la como a parte mais sublime do trabalho a nós confiado,como a raiz e a força de todo o empreendimento divino, mais nosconscientizaremos de que, acima de qualquer outra coisa, preci-samos estudar e praticar a arte de orar corretamente. Se, de al-guma maneira, tiver conseguido salientar o ensino progressivode nosso Senhor em relação à oração, sua nítida indicação de queas maravilhosas promessas da última noite (Jo 14.16) estavam in-timamente ligadas com as obras que iríamos realizar em Seu

PREFÁCIO

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nome (obras maiores até) e com a produção de muito fruto, to-dos nós teremos de admitir algo seriíssimo: somente quando aIgreja se dispuser para esta divina obra de intercessão é que po-demos esperar que o poder de Cristo se manifeste em seu favor.Minha oração é que Deus use este livro para tornar mais claropara alguns de Seus filhos o maravilhoso lugar de poder e in-fluência que Ele – e também o mundo cansado – espera ver ocu-pado por eles.

Relacionado a isso, gostaria de acrescentar outra verdade queveio a mim com surpreendente clareza à medida que meditavanos ensinamentos de Jesus sobre oração: que o Pai escuta, aten-tamente, cada oração de fé, a fim de nos conceder seja o que forque desejamos ou pedimos em nome de Jesus. Acostumamo-nostanto a limitar Seu maravilhoso amor e Suas grandes promessasque não conseguimos ler as mais simples e claras afirmações denosso Senhor sem estabelecer condições e sem levantar objeçõeshumanas. Se há algo que a Igreja precisa aprender é que Deusquer responder às nossas orações e que ainda não penetrou nocoração do homem o que Deus fará ao filho que se dispõe a crerque sua oração será respondida. Deus ouve oração; essa é umaverdade admitida pela maioria dos cristãos, mas são poucos osque entendem seu significado ou experimentam seu poder. Se oque escrevi fizer com que o leitor busque as palavras do Mestree tome posse de Suas maravilhosas promessas, simples e literal-mente como são, então meu objetivo terá sido alcançado. E sómais uma coisa. Milhares têm, nos últimos anos, alcançado umabênção indescritível ao compreender que Cristo é nossa vida ecomo Ele se incumbe de ser e fazer em nós tudo que precisamos.Não sei se já aprendemos a aplicar essa verdade à nossa vida deoração. Muitos alegam que não têm poder para orar com fé, parafazer a oração que “muito pode por sua eficácia” (Tg 5.16). A

COM CRISTO NA ESCOLA DE ORAÇÃO

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mensagem que de bom grado gostaria de lhes transmitir é quenosso amado e bendito Jesus está esperando, ansioso, para lhesmostrar exatamente como fazer isso.

Cristo é a nossa vida (Cl 3.4): no céu, Ele vive sempre a orar;Sua vida em nós é uma vida de contínua oração, se tão somenteconfiarmos n’Ele para isso. Cristo nos ensina a orar não apenaspelo exemplo, pela instrução, pelo mandamento ou pelas pro-messas, mas através de revelar-nos a Si mesmo como o Interces-sor eterno, como nossa Vida. Apenas quando crermos nisso, e ir-mos e permanecermos n’Ele também para a nossa vida de oração,é que os nossos temores de não sermos capazes de orar correta-mente desvanecerão, e alegre e triunfantemente confiaremos emnosso Senhor para nos ensinar a orar, para ser Ele mesmo a vidae o poder de nossa oração.

Que Deus abra nossos olhos para ver o santo ministério deintercessão para o qual nós, como Seu sacerdócio real, fomos se-parados. Que Deus nos dê um coração generoso e ousado paracrer na poderosa influência que nossas orações podem exercer.E que todo temor quanto à nossa capacidade de cumprir nossavocação desapareça à medida que virmos Jesus, que vive paraorar, que vive em nós para orar e oferece Sua própria garantiapara nossa vida de oração.

Andrew Murray

Wellington, 28 de outubro de 1895

De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar... – Lucas 11.1

Os discípulos haviam estado com Cristo e viram-nO orar.Haviam aprendido a perceber uma ligação íntima entre sua ex-traordinária vida pública e sua vida secreta de oração. Haviamaprendido a crer n’Ele como o Mestre na arte da oração, poisninguém podia orar como Ele. Tudo isso justifica o pedido:“Senhor, ensinanos a orar”. E anos depois eles nos conscienti-zariam por meio de seus escritos que as lições de Jesus sobre

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“Senhor, ensina-nos a orar.”

O Mestre Singular

Lição 1

COM CRISTO NA ESCOLA DE ORAÇÃO

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oração estavam entre as coisas mais maravilhosas e sublimestransmitidas pelo Mestre.

Certa vez, enquanto Jesus orava em um determinado lugar,os discípulos, vendo o empenho e o fervor com que orava, sen-tiram necessidade de pedir: “Senhor, ensina-nos a orar”. À me-dida que crescemos na vida cristã, o pensamento e a fé na in-cessante e infalível intercessão do Amado Mestre tornam aoração algo ainda mais precioso, e a esperança de intercedercomo Cristo ganha um atrativo totalmente novo para nós. E con-forme O vemos orar, e reconhecemos que ninguém pode orarnem ensinar como Ele, sentimos a mesma necessidade que osdiscípulos sentiram de pedir: “Senhor, ensina-nos a orar”. E en-quanto pensamos em tudo que Ele é e tem, em quanto necessi-tamos d’Ele e em como Ele mesmo é nossa vida, sentimos se-gurança de que basta pedir e Ele terá imenso prazer em nos levara uma comunhão mais íntima com Ele e nos ensinará a orarcomo Ele ora.

Anime-se, irmão! Por que não nos achegarmos ao nossoAmado Mestre e pedir que Ele também nos matricule nesta es-cola cujas portas estão sempre abertas àqueles que anseiam porprosseguir seus estudos na divina arte da oração e da interces-são? Sim, vamos agora mesmo dizer ao Mestre, como os discí-pulos disseram há tempos: “Senhor, ensina-nos a orar”. En-quanto meditamos percebemos que cada palavra dessa petiçãoé plena de significado.

“Senhor, ensina-nos a orar.” Sim, a orar. É isso que precisa-mos aprender. Embora, a princípio, oração pareça ser algo tãosimples que até a mais débil criança pode fazer, também é, aomesmo tempo, o trabalho mais sublime e santo que o homempode realizar. Ela é comunhão com o Deus Invisível e Santís-simo. É a compreensão de que os poderes do mundo eterno

LIÇÃO 1 O MESTRE SINGULAR

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estão à nossa disposição. É a própria essência da verdadeira re-ligião, o canal de todas as bênçãos, o segredo do poder e da vida.Não somente para nós mesmos, mas para outros, para a Igrejae para o mundo. É por meio da oração que Deus nos dá o direitode tomar posse de Si mesmo e de Sua força. É pela oração queas promessas esperam por seu cumprimento, o reino por suavinda e a glória de Deus por sua plena revelação. E como temossido indolentes e inadequados para realizar esse abençoadotrabalho! Somente o Espírito de Deus pode nos capacitar a fazerisso de forma correta. Facilmente nos enganamos e paramos deorar, e o resultado é grande ausência de poder. Nosso treina-mento inicial, o ensino da Igreja, a influência do hábito, o tu-multo das emoções – quão rapidamente essas coisas nos levamà oração sem poder espiritual e sem muita eficácia. A oração ver-dadeira – que toma posse da força de Deus e abre de fato os por-tões do céu –, por ela quem não clamaria: “Oh, que alguém meensine a orar assim?”.

Jesus abriu uma escola e se dispõe a treinar os redimidos queexpressam um desejo profundo por obter poder na oração. Quetal ingressarmos nela com esta súplica: “Senhor, como carecemosdesse ensino! Ó, ensina-nos a orar”.

“Senhor, ensina-nos a orar.” Sim, a nós, Senhor. Temos lidoem Tua Palavra as orações poderosas que Teus servos do pas-sado fizeram e as grandes maravilhas que Tu operaste em res-posta às suas petições. E se isso ocorreu na Antiga Aliança, notempo de preparação, quanto mais agora, nos dias de cumpri-mento, Tu não darás a Teu povo a segurança plena de Tua pre-sença em nosso meio. Temos ouvido como Teus apóstolos ex-perimentaram a verdade gloriosa do poder da oração em Teunome e estamos certos de que tais promessas podem ser verda-deiras para nós também. Ainda hoje temos ouvido inúmeros

COM CRISTO NA ESCOLA DE ORAÇÃO

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relatos de sinais gloriosos de Teu poder, os quais Tu ainda con-cedes àqueles que confiam plenamente em Ti. Senhor, todos es-ses homens eram sujeitos às mesmas paixões que nós! Sendo as-sim, ensina-nos também a orar. Se as promessas, os poderes edons do mundo vindouro são para nós, então nos ensina a orarpara que os recebamos abundantemente. Se Tu tens confiado anós a Tua obra, se de nossas orações também dependem a vindade Teu reino, se por meio de nossa oração Teu nome pode serglorificado, então, “Senhor, ensina-nos a orar”. Sim, a nós, Se-nhor. Eis-nos aqui como Teus aprendizes; queremos de fato serensinados por Ti. “Senhor, ensina-nos a orar.”

“Senhor, ensina-nos a orar.” Sim, sentimos uma grande ne-cessidade de ser ensinados a orar. Nada parece, no início, tãosimples e depois tão difícil, a ponto de sermos coagidos a con-fessar: não sabemos orar como convém. É verdade que temos aPalavra de Deus, com suas firmes e claras promessas; mas o pe-cado tem obscurecido tanto nossa mente que raramente sabemoscomo aplicar a Palavra. Quando se trata de coisas espirituais,nem sempre buscamos as mais necessárias ou nem sempre ora-mos de acordo com a lei do santuário. E em relação às coisas tem-porais, somos mais incapazes ainda de usar a liberdade maravi-lhosa que o Pai nos concedeu de pedir o que precisamos. Emesmo quando sabemos o que pedir, quanta necessidade aindahá de fazer a oração aceitável. A oração deve ser para a glória deDeus, em total rendição à Sua vontade, em plena certeza de fé,no nome de Jesus, e com tal perseverança que, se necessário for,se recusa a não ser atendida. E como precisamos aprender todasessas coisas. E isso só acontece na escola de muita oração, pois aprática faz a perfeição. Só se aprende a divina arte da oração efi-caz em meio à dolorosa consciência de nossa ignorância e faltade merecimento e em meio ao conflito entre crer ou duvidar.

LIÇÃO 1 O MESTRE SINGULAR

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Mesmo que não estejamos cientes disso, o Autor e Consumadorde nossa fé e de nossa oração, o qual zela por nossos pedidos eobserva os que n’Ele confiam, sim, Ele é o maior interessado paraque nossa educação na escola de oração alcance a perfeição.Que brote no mais profundo de nosso coração um desejo ardentepor aprender a orar, desejo esse produzido pelo reconhecimentode nossa ignorância e pela fé no nosso Mestre perfeito. Que es-tejamos convictos de que Ele nos ensinará a orar com poder. Sim,nunca duvidemos disso, Ele ensina a orar.

“Senhor, ensina-nos a orar.” Ninguém pode superar Jesus naarte de ensinar; por isso roguemos a Ele: “Senhor, ensina-nos aorar”. Um aluno necessita de um professor que conhece bem suamatéria e saiba ensinar, com paciência e amor, para preencher assuas necessidades. Louvado seja Deus! Porque Jesus é tudo issoe muito mais. Ele sabe tudo sobre oração. É Jesus, Ele mesmoorando, quem nos ensina a orar. Ele sabe tudo sobre oração.Aprendeu a orar em meio a lutas e lágrimas de Sua vida na Terra.É o trabalho que mais Lhe dá prazer no céu; lá ainda exerce umavida de oração. Nada Lhe deixa mais satisfeito do que encontraraqueles que desejam ser levados à presença do Pai, aqueles aquem pode revestir de poder para orar e trazer as bênçãos deDeus sobre os que os rodeiam, aqueles que podem ser treinadospara ser Seus cooperadores na intercessão pela qual Seu reinoserá revelado na Terra. Como Ele sabe ensinar! Seja pela urgên-cia da necessidade, seja pela confiança jubilosa. Seja pelo ensinoda Palavra, ou pelo testemunho de outro crente que sabe o queé ter orações respondidas. Por meio do Espírito Santo Ele pene-tra nosso coração e nos ensina a orar revelando-nos o pecado queimpede nossa oração, ou nos dá a garantia de que nossa oraçãofoi aceita por Deus. Ele ensina não apenas nos dando ideias so-bre o que pedir e como pedir, mas soprando dentro de nós o

COM CRISTO NA ESCOLA DE ORAÇÃO

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próprio espírito de oração, e ainda vivendo dentro de nós comoGrande Intercessor. É com muita certeza e grande alegria que po-demos declarar: “Quem ensina como Ele?”. Jesus nunca ensinouSeus discípulos a pregar, somente a orar. Não falou muito sobreo que fazer para pregar bem, mas falou muito sobre como orarbem. Saber como falar com Deus é bem mais importante do quesaber como falar com os homens. A prioridade é ter poder comDeus e não com os homens. Não há nada que seja mais prazerosoa Jesus do que nos ensinar a orar.

Meu amado irmão, reflita! Não é isso que precisamos, rogarao Mestre que nos ministre, por um tempo, um curso especial so-bre a arte da oração? Medite em Suas palavras proferidas naTerra e renda-se aos Seus ensinamentos na mais profunda con-fiança de que, com um professor assim, é impossível não fazerprogresso. Separe tempo não apenas para meditar, mas para orare permanecer diante do trono, para ser treinado no trabalho deintercessão. Estejamos certos de que em meio a nossos tropeçose temores Ele realizará Sua obra em nós de forma esplêndida. Elesoprará Sua própria vida, que é toda oração, dentro de nós. Àmedida que nos tornarmos participantes de Sua justiça e de Suavida, Ele também intercederá por meio de nós. Como membrosde Seu corpo e como sacerdócio santo, faremos parte da obra sa-cerdotal de rogar e prevalecer com Deus em favor dos homens.Sim, por mais ignorantes e débeis que sejamos, vamos pedircom muito gozo: “Senhor, ensina-nos a orar”.

LIÇÃO 1 O MESTRE SINGULAR

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“SENHOR, ensina-nos a orar.”

Bendito Senhor! Que vive eternamenteem oração, Tu podes me ensinar a orartambém e, do mesmo modo, a orareternamente. Sei que Tu terias imensoprazer em me fazer compartilhar da Tuaglória no céu, levando-me a orar semcessar e a permanecer para sempre comosacerdote na presença de meu Deus.

Senhor Jesus! Peço a Ti que a partir dehoje inclua meu nome no rol daquelesque confessam sua incapacidade de orarcomo convém e que rogam muitoencarecidamente a Ti por um curso queos ensine a orar. Senhor, ensina-me aperseverar Contigo nesta escola e aseparar tempo para ser treinado por Ti!Que um profundo sentimento de minhaignorância, do imenso privilégio deexperimentar o poder da oração, danecessidade do Espírito Santo comoEspírito de oração, me leve a rejeitar de

COM CRISTO NA ESCOLA DE ORAÇÃO

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uma vez por todas os pensamentos deque sei como orar e me faça prostrar, empobreza de espírito, diante de Ti e emverdadeira prontidão para aprender.

E enche-me, Senhor, da confiança de quecom um professor igual a Ti é impossívelnão aprender a orar. Certo de que tenhoJesus como meu mestre, o qual estásempre orando ao Pai, e que por meio deSua oração governa o destino de SuaIgreja e do mundo, eu declaro que nãotemerei. E à medida que eu precisarconhecer os mistérios do mundo daoração, Tu me irás descortiná-los. Equando eu não souber como prosseguir,Tu me hás de ensinar a ser forte na fé,dando glória a Deus.

Bendito Senhor! Tu não decepcionarásum aluno que confia em Ti, nem, porTua graça, ele a Ti. Amém.

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Os verdadeiros adoradores

Lição 2“Em espírito e em verdade.”

Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores ado-rarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai

procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seusadoradores o adorem em espírito e em verdade. – João 4.23-24

Essas palavras de Jesus à mulher de Samaria são Seu pri-meiro ensino registrado sobre a matéria da oração. Elas nos dãoalguns primeiros vislumbres maravilhosos em relação à palavraoração. O Pai procura adoradores: nossa oração satisfaz Seu co-ração amoroso e Lhe traz alegria. Ele busca verdadeiros adora-dores, mas é algo raro de encontrar. A verdadeira adoração é em

COM CRISTO NA ESCOLA DE ORAÇÃO

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espírito e em verdade. O Filho veio abrir o caminho para esse tipode adoração e Ele mesmo nos ensina a adorar em espírito e emverdade. Sendo assim, uma de nossas primeiras lições na escolade oração deve ser compreender o que é orar em espírito e emverdade e saber como conseguir isso.

À mulher de Samaria nosso Senhor citou três tipos de ado-ração. Primeiro, a adoração ignorante dos samaritanos: “Vósadorais o que não conheceis”. Segundo, a adoração inteligentedos judeus, os quais tinham o verdadeiro conhecimento de Deus:“… nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dosjudeus”. Finalmente, a nova e espiritual adoração que Ele mesmoveio introduzir: “Mas vem a hora e já chegou, em que os verda-deiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade”.Pelo contexto, é claro que as palavras “em espírito e em verdade”não significam, como geralmente se pensa, com seriedade, de co-ração, com sinceridade. Os samaritanos possuíam os cinco livrosde Moisés e certo conhecimento de Deus: sem dúvida, havia en-tre eles pelo menos um que honesta e seriamente buscava aDeus em oração. Os judeus possuíam a verdadeira e completa re-velação de Deus em Sua palavra, conforme lhes fora dada; haviaentre eles homens piedosos que invocavam a Deus de todo seucoração. E mesmo assim não “em espírito e em verdade” no ver-dadeiro sentido das palavras. Jesus diz: “Mas vem a hora e já che-gou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espí-rito e em verdade”.

Entre os cristãos também podemos encontrar os três gruposde adoradores. Aqueles que em sua ignorância praticamente nãosabem o que pedem: eles oram com seriedade, porém recebempouco. Existem outros que possuem um conhecimento mais cor-reto, que tentam orar com todo seu entendimento e coração e mui-tas vezes oram seriamente. Mas mesmo assim não conseguem a

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plena bem-aventurança de adorar em espírito e em verdade. De-vemos pedir ao Senhor Jesus que nos introduza neste terceirogrupo; precisamos ser ensinados a adorar em espírito e em ver-dade. Somente isso é adoração espiritual; somente isso nos trans-forma no tipo de adoradores que o Pai procura. Na oração, tudodependerá de nosso entendimento correto e da prática de ado-ração em espírito e em verdade.

“Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adoremem espírito e em verdade.” O primeiro pensamento sugeridoaqui pelo Mestre é que deve haver harmonia entre Deus e Seusadoradores; assim como Deus é, assim Sua adoração deve ser.Isso está de acordo com um princípio predominante em todo ouniverso: deve haver correspondência entre um objeto e o órgãoque ele revela ou ao qual se rende. O olho possui uma capacidadeinterior de se adaptar à luz, e o ouvido ao som. Quem se dispõea prestar verdadeira adoração a Deus, a encontrá-lO e conhecê-lO, a possuí-lO e se regozijar n’Ele, deve estar em harmoniacom Ele, deve ter a capacidade de recebê-lO. Porque Deus é Es-pírito, devemos adorá-lO em espírito. Como Deus é, assim sãoSeus adoradores.

E o que isso significa? A mulher perguntou ao Senhor se Sa-maria ou Jerusalém era o verdadeiro lugar de adoração. Ele res-pondeu que dali em diante a adoração não estaria mais limitadaa determinado lugar: “Mulher, podes crer-me que a hora vem,quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai”.Porque Deus é Espírito – não limitado pelo espaço ou tempo,mas em Sua infinita perfeição é o mesmo sempre e em todo lu-gar – assim também Sua adoração, daquele momento em diante,não estaria mais restrita a um lugar ou forma, mas à importân-cia. Como nosso cristianismo padece por estar limitado a tempoou a lugar específico. Aquele que busca orar com seriedade na

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“igreja” ou em seu quarto vive a maior parte da semana ou dodia em completa desarmonia com aquilo que orou. Sua adora-ção foi resultado de um lugar ou hora estabelecida, não de todoo seu ser. Deus é Espírito: Ele é o Eterno e o Imutável; o que Eleé, sempre será e em verdade. Nossa adoração também deve serem espírito e em verdade: Sua adoração deve ser o espírito denossa vida; nossa vida deve ser adoração em espírito comoDeus é Espírito.

“Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adoremem espírito e em verdade.” O segundo pensamento que nos é apresentado é que essa adoração em espírito deve vir do próprioDeus. Deus é Espírito: somente Ele tem o Espírito para dar. Porisso enviou Seu Filho, para nos capacitar para a adoração espi-ritual, dando-nos o Espírito Santo. Jesus se refere à Sua própriaobra quando diz duas vezes: “Mas vem a hora”, e depois acres-centa, “e já chegou”. Ele veio para batizar com o Espírito Santo;o Espírito não podia ser derramado até que Ele fosse glorificado(Jo 1.33; 7.37-38; 16.7). Só depois que aniquilou o pecado, en-trando no Santo dos Santos com Seu sangue e tendo recebido emnosso favor o Espírito Santo (At 2.33), é que Ele pôde enviá-lO anós como o Espírito do Pai. Só depois que Cristo nos redimiu, en’Ele recebemos a posição de filhos, é que o Pai enviou o Espí-rito de Seu Filho em nosso coração para clamar “Aba, Pai”. Aadoração em espírito é a adoração do Pai no Espírito de Cristo,o Espírito de adoção.

Eis a razão por que Jesus usa aqui o nome Pai. Nunca en-contramos um dos santos do Antigo Testamento se apro-priando do nome filho ou chamando Deus de Pai. A adoraçãodo Pai só é possível àqueles a quem o Espírito do Filho foidado. A adoração em espírito somente é possível àqueles aquem o Filho revelou o Pai e àqueles que receberam o espírito

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de adoção. É somente Cristo que abre o caminho e ensina aadoração em espírito.

E em verdade. Isso não significa somente com sinceridade.Tampouco de acordo com a verdade da Palavra de Deus. A ex-pressão possui um significado profundo e divino. Jesus é o uni-gênito do Pai, cheio de graça e de verdade: a lei foi dada por Moi-sés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Jesus diz: “Eusou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6). No Antigo Testa-mento tudo era sombra e promessa; Jesus trouxe e dá a realidade,a essência, das coisas que se esperam. N’Ele a bênção e o poderda vida eterna são nossa verdadeira possessão e experiência. Je-sus é cheio de graça e de verdade; o Espírito Santo é o Espíritoda verdade; por meio d’Ele a graça que está em Jesus é nossa defato e de verdade, uma comunicação positiva a partir da vida di-vina. Portanto, a adoração em espírito é a adoração em verdade;um verdadeiro relacionamento vivo com Deus, uma real cor-respondência e harmonia entre o Pai, que é Espírito, e o filhoorando no espírito.

A mulher de Samaria não podia entender imediatamente oque Jesus lhe disse. Era necessário acontecer o Pentecoste paraque o significado das palavras de Jesus fosse plenamente reve-lado. Quando entramos pela primeira vez na escola de oração, di-ficilmente estamos preparados para compreender tal ensino. Sócom o passar do tempo entendemos isso melhor. Precisamos terpaciência e receber uma lição de cada vez. Somos carnais e nãopodemos oferecer a Deus a adoração que Ele busca. Mas Jesusveio para dar o Espírito. Ele O deu a nós. Que nossa disposiçãopara orar tenha como base as palavras que Cristo nos ensinou.Que haja a profunda confissão de nossa incapacidade de ofere-cer a Deus a adoração que Lhe agrada; a aptidão de uma criançapara aprender, que espera n’Ele para ser instruída; uma fé

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simples que se rende ao mover do Espírito. Acima de tudo, ape-guemo-nos à abençoada verdade – descobriremos que o Senhortem mais a nos dizer sobre isso – de que o conhecimento da Pa-ternidade de Deus, a revelação da Sua infinita Paternalidade emnosso coração, a fé no infinito amor que nos dá Seu Filho e SeuEspírito para que nos tornemos filhos são sem dúvida o segredoda oração em espírito e em verdade. Esse é o novo e vivo cami-nho que Cristo abriu para nós. Ter Cristo, o Filho, e o Espírito doFilho, habitando em nós e revelando o Pai, é o que nos torna ado-radores verdadeiros e espirituais.

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“SENHOR, ensina-nos a orar.”

Bendito Senhor! Eu exalto o amor comque Tu ensinaste a uma mulher, querecusara a Ti um copo de água, o que é aadoração a Deus. Eu me regozijo nacerteza de que Tu nos ensinarás amesma coisa agora a Teu discípulo quevem a Ti com um coração que anseia pororar em espírito e em verdade. Ó meuSanto Mestre! Ensina-me esse benditosegredo.

Ensina-me que a adoração em espírito eem verdade não vem do homem, massomente de Ti; que não é somente algo detempos e épocas, mas o fluir de uma vidaem Ti. Ensina-me a aproximar-me deDeus em oração sob a profundaconvicção de minha ignorância e de nãopossuir nada em mim mesmo para Lhe

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oferecer, e ao mesmo tempo da provisãoque Tu, meu Salvador, fazes por meio darespiração do Espírito em minhasgagueiras infantis. Eu realmente Tebendigo, pois em Ti sou uma criança,livre para ter acesso a Ti; pois em Titenho o espírito de adoção e de adoraçãoem verdade. Ensina-me, acima de tudo,bendito Filho do Pai, a revelação do Paique dá confiança em oração; e que ainfinita Paternalidade do coração deDeus seja minha alegria e força parauma vida de oração e de adoração.Amém.


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