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BIOMECÂNICA
Princípios e leis da física aplicados aomovimento humano.
Vítor Milheiro
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O treinador e a biomecânica
Cabe ao treinador conduzir o praticante àconstante melhoria dos seus resultados, até aosseus limites.
Uma das suas principais competências é odomínio das técnicas. Os treinadores precisamdominar suficientemente o movimento humano e
as leis que o regem para duma forma mais capazensinarem as melhores técnicas e identificarem ascausas dos erros que observam.
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O que é “técnica desportiva” ?
Técnicas são unidades básicas que possibilitam a realização eficaz
de uma atividade desportiva.
Representam um determinado procedimento biomecânico para
solucionar um objetivo desportivo, condicionado pelo aparelho
motor humano, pelas condições de envolvimento e pelos
regulamentosMas conhecer bem a técnica implica conhecer os princípios e as
leis do movimento.
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A EVOLUÇÃO DA TÉCNICA
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Californiano
anos 30 -40
Ventral
anos 50 -60
Fosbury flop
anos 70-80
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1930 1980
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Princípios e leis do
movimento
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LEI DA ACÇÃO - REACÇÃO
Sempre que um corpo exerce uma força sobre outro, este
exerce sobre o primeiro uma força de intensidade igual, masde direção e sentido contrário.
Esta lei também se manifesta em fase aérea; neste caso,sempre que há uma ação de um corpo ou parte desse corpo,
há uma reação da restante parte desse corpo e amplitudedos movimentos é inversamente proporcional às massas em
jogo (de cada corpo ou de partes do mesmo corpo).
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PRINCÍPIO DA DIRECÇÃO
Para um aproveitamento máximo das forças realizadas, oatleta deve fazer a acção na direcção oposta aquela paraonde quer que os seus efeitos se manifestem.
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PRINCÍPIO DA TORSÃO - DISTORSÃO Nos movimentos rotacionais em que se pretende lançar ou socar, o
máximo rendimento dos músculos do tronco obtém-se quando oatleta realiza um estiramento prévio desses músculos, através datorção da cintura escapular em relação à cintura pélvica, logoseguida de uma destorção e consequente transmissão da tensão
acumulada ao membro superior ativo.
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PRINCÍPIO DA FLEXÃO - EXTENSÃO
Nos movimentos em que se pretende atingir uma boa
velocidade de saída, salto ou lançamento, com umângulo de saída optimal, o melhor percurso deaceleração é conseguido através da flexão optimal dosmúsculos dos membros inferiores, os mais poderosos do
ser humano, com os atletas a passarem de uma posiçãobaixa para uma alta, constituindo como que uma rampade lançamento ou de salto.
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PRINCÍPIO DO PERCURSO ÓPTIMO DEACELERAÇÃO
Nos movimentos em que se pretende que um corposeja projetado com uma elevada velocidade de saída,um salto ou lançamento, o percurso de aceleração
desse corpo deve ser o maior possível.
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PRINCÍPIO DA COORDENAÇÃO DOS IMPULSOSPARCIAIS
Se se pretende imprimir a um engenho ou a um atleta umaelevada velocidade de saída, então todas as velocidadesdas partes desse corpo, empregues como agentes deaceleração, devem chegar ao máximo ao mesmo tempo.
A força produzida por uma parte do corpo aumenta com aadição da força das articulações subsequentes.
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PRINCÍPIO DO MOVIMENTO DE CHARNEIRA
Nos movimentos rotativos de lançar, socar ou pontapearem apoio, em que é usado apenas um segmento, osatletas rodam todo o lado “atacante” em torno de um eixoque pode ou não passar pelo Centro de Gravidade.
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INÉRCIA E MOMENTO DE INÉRCIA
Inércia é a resistência à alteração do estado cinético
linear por efeito da massa do corpo
Momento de inércia á a resistência à alteração do estadocinético angular por efeito da distribuição da massa do
corpo relativamente ao eixo de rotação Mi = md2
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Relação velocidade angular - momento de inércia
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LEI DA GRAVIDADE
A gravidade é uma força magnética que está sempresempre presente e que atrai os corpos na direcção docentro da terra.
Centro de gravidade - é o ponto de aplicação da
resultante das forças que actuam sobre um corpo.
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A determinação da posição do Centro de Gravidadeserve para:
- estudar posições de equilíbrio
- determinar a trajectória de vôo num salto (se se conhece o
ângulo e a velocidade de saída do CG do solo, pode conhecer-se todaa sua trajectória, mesmo que durante o vôo os segmentos corporais se
movam).
- descrever, duma forma simplificada, deslocamentos dum objecto
ou de uma pessoa, referindo-os apenas ao seu C.G. - estabelecer o lugar em redor do qual se produzirão todas as
rotações no ar, tanto das pessoas como dos engenhos desportivos
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ATRITO
- o atrito é uma força que actua na área de contactoentre duas superfícies, na direcção oposta à do
movimento ou à sua tendência. O atrito determina o grau
de dificuldade de se moverem dois objectos em contacto.
Coeficiente de atrito representa a facilidade relativa dedeslizamento ou a quantidade de interacção mecânica e molecular
entre duas superfícies em contacto e é influenciado por:
- irregularidade e rigidez relativas das superfícies em contacto
- interacção molecular entre as superfícies em contacto
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QUANTIDADE DE MOVIMENTO DE UM CORPO
- é uma grandeza mecânica particularmenteimportante em situações envolvendo colisões.
- em movimentos lineares é o produto entre amassa do corpo e a sua velocidade
M = m . v
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MOMENTO ANGULAR
- é a quantidade de movimento angular contido em umcorpo e é igual ao produto do seu momento de inérciapela sua velocidade angular.
Ma = Mi . Vel ang
PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DO MOMENTO
ANGULAR
- o momento angular de um dado sistema permanececonstante na ausência de momentos de forçaexternos.
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IMPULSO
- quando forças externas actuam, elas modificam a
quantidade de movimento presente num sistema demaneira previsível. Essa alterações dependem daintensidade da acção das forças externas mas também dotempo durante o qual a força actua, assim :
Impulso = F . t
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TRABALHO MECÂNICO
- a quantidade de trabalho mecânico é dada peloproduto da força aplicada pela distância através da qual ocorpo se moveu.
Em função do tipo de acção muscular envolvida, positiva
ou concêntrica, ou negativa ou excêntrica, o trabalhomecânico pode ser positivo ou negativo.
A unidade de trabalho é o Joule (J) ( 1J = 1 N . m)
W = F . d
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POTÊNCIA
Potência traduz a quantidade de trabalho
realizada numa unidade de tempo.
P = W . t
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ENERGIA
- energia é a capacidade de executar trabalho mecânico
a) -Energia Cinética é a energia de movimento e écalculada pelo produto de metade da massa do corpopelo quadrado da sua velocidade
E c = 1/2 m.v2
b) - Energia Potencial é a energia armazenada, quesignifica execução potencial de trabalho mecânico oupotencial para conversão em Energia cinética e écalculada multiplicando o peso do corpo multiplicadopela sua altura.
E = m. .h
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LEI DA CONSERVAÇÂO DE ENERGIA MECÂNICA
Quando a gravidade é a única força externaactuante, a energia mecânica de um corpo permanececonstante.
Ep + E c = C
ou
P . h + 1/2 m.v2 = C
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Energia de deformação ou elástica
é a quantidade de energia que é armazenada por
deformação “elástica” de um corpo e que noutra fase domovimento é devolvida ao atleta ou ao engenho.
K - rigidez relativa do material
x - distância através do qual o material é deformado
ED = 1/2 K . x
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PRINCÍPIO DO TRABALHO E ENERGIA
O trabalho de uma força é igual á alteração naenergia que essa força produz sobre o objecto no qualactua.
Ec - energia cinética
Ep - energia potencial
ET - energia térmica
W = Ec + Ep + ET
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PRINCÍPIO DA VELOCIDADE ANGULAR
Nos movimentos de rotação a velocidade angular pode seraumentada ou diminuída pela flexão ou alongamento daspartes do corpo, alterando a resistência inercial que o corpoem rotação oferece ao movimento. Nos lançamentos oubatimentos em rotação, este princípio assume particularimportância, uma vez que para uma mesma velocidade
angular, quanto maior for o raio de rotação, maior será avelocidade com que o engenho sai da mão do atleta, ouatinge um adversário.
Relação velocidade linear (m/seg) e velocidade angular (rad /seg) V = r . Vel ang
Relação aceleração linear (tangencial) e aceleração angular
a t = r . Acel ang
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LEI DO EQUILÍBRIO
O equilíbrio depende de:
- do peso
- da base de sustentação
- da altura do CG ao solo
- das estratégias re-equilibradoras
- do aproveitamento de forças externas
- ter o corpo não rígido perante forças perturbadoras- da acção reacção dos segmentos do corpo
- transformar o movimento de translação em rotação
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Centro de massa base de apoio
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PRINCÍPIO DO TORQUE OU MOMENTO DE FORÇA
- torque ou momento de força é uma força rotacional queproduz momento angular.
- efeito rotatório provocado pela aplicação de uma força é
igual ao produto da força pela distância perpendicular daforça ao eixo de rotação.
Braço de momento
- é a menor distância (perpendicular) entre a linhade acção de uma força e o eixo de rotação.
Momento de Força = F . d
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PRINCÍPIO DAS ALAVANCAS
- alavanca é uma haste rígida que gira em torno de um eixo.
- o posicionamento relativo da Força aplicada, daResistência e do Fulcro ou eixo de rotação determinam aclassificação das alavancas, que podem ser:
Dividindo a braço de Força pelo braço de Resistência,
determinamos a magnitude da vantagem mecânica daalavanca.
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Alavancas
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MOMENTO DE FORÇA
- um momento de força externo produz aceleraçãoangular de um corpo que é directamente proporcional àintensidade do momento de força, na mesma direcçãodeste e inversamente proporcional ao momento de inérciado corpo.
Variação do estado cinético angular de um corpo porassociação do momento de inércia e da aceleraçãoangular desse mesmo corpo e por efeito da acção de umaforça externa.
È importante a distância da linha da acção da força externaao eixo de rotação do corpo que tem variação do estadocinético angular Mf = Mi . Acel ang
Í Ê
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PRINCÍPIO DA TRANSFERÊNCIA DE "MOMENTUM"
Uma correcta acção dos segmentos livres (braços e pernas), permite
adicionar mais forças a um salto ou lançamento, contribuindo assimpara uma maior velocidade de saída do atleta ou do engenho. Aquantidade de movimento que um corpo possui designa-se por"momentum" e é o resultado do produto da massa desse corpo coma velocidade a que ele se está a deslocar.
É o que acontece nos saltos, em que durante a chamada, os braçose a perna livre devem ser lançados energicamente para a frente epara cima, de modo que, no instante que precede a descolagemsejam travados, provocando uma transferência de "momentum" deuma parte do corpo para outra, adicionando assim mais força na
chamada.
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LEI DA TENSÃO MUSCULAR
A capacidade de produção de tensão muscular estaá relacionada
com a sua área de secção transversa e é de cerca de 90N por cm2
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Leis da mecânica dos Fluidos
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Factores que afectam a magnitude das forçasdos fluidos
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Flutuabilidade
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Resistência dinâmica
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Resistência de Forma
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Força de Sustentação
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